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A Nascar foi a primeira liga esportiva no mundo a conseguir manter, em meio a pausa do esporte por conta da pandemia, seu calendário em an-damento. Mais do que isso, a competição americana de automobilismo

anunciou que o Fox Sports transmitirá as corridas da categoria. Todas virtuais.No último dia 17, a Nascar anunciou a criação da eNASCAR iRacing Pro Invitatio-

nal Series, uma competição virtual montada em parceria com a iRacing e que teria a participação de pilotos e ex-pilotos da Nascar. Na noite de quinta-feira (19), a Nascar anunciou um acordo com a Fox Sports para transmitir a competição virtual.

O acordo é válido apenas para o mercado americano, uma vez que ele é com a Fox Sports, que assim como a Fox News seguem sob comando da família Murdo-

O B O L E T I M D O M A R K E T I N G E S P O R T I V O

DO

POR ERICH BETING

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N Ú M E R O D O D I A EDIÇÃO 1459 - SEXTA-FEIRA, 20 / MARÇO / 2020

de euros por temporada é o valor do title sponsor da Copa da Itália; de acordo com o site Sport Business, a Coca-Cola quer ter esse patrocínio5mi

Nascar já negocia direitos de liga virtual

ch. A temporada começa em 22 de março, no circuito virtual de Miami. O canal FS1 exibirá a corrida, bem como o aplicativo da Fox Sports. A equipe que faz geral-mente as transmissões da Nascar pelo canal nos EUA fará também a transmissão.

"Essa é uma oportunidade única de oferecer uma competição e entretenimento para nossa audiência em meio a um momento desafiador para todos. Nós valoriza-mos nossa relação com a comunidade da Nascar e apreciamos todos os esforços que foram feitos para que o projeto ganhasse corpo", disse Brad Zager, produtor executivo da Fox Sports, ao anunciar o acordo para transmissão do torneio.

Até o dia 3 de maio, pelo menos, a Nascar estará paralisada. A liga de carros con-vocou então alguns ex-pilotos famosos, como Dale Earnhardt Jr., que hoje é pro-prietário de uma equipe da Nascar. Além dele, Kyle Busch, Bobby Labonte, Denny Hamlin, Clint Bowyer, Kyle Larson e Christopher Bell estão entre os participantes.

"Até que tenhamos os carros de volta às pistas, nossa comunidade está alinhada para promover aos nossos fãs uma divertida e competitiva experiência nos dias de corrida", disse Ben Kennedy, vice-president de desenvolvimento da Nascar.

A primeira transmissão do torneio virtual acontece neste domingo. A criação da competição com famosos é uma forma também de turbinar o projeto da eNASCAR Coca-Cola iRacing Series, competição virtual criada este ano pela categoria e que distribuirá um total de US$ 300 mil em prêmios. O torneio regular envolve times e profissionais de e-Sports na elite, mas é aberto ao público em geral, que paga uma mensalidade para participar das competições virtuais. A primeira prova foi realizada em 9 de fevereiro, e Dale Earnhardt Jr., que está na elite, foi o vencedor.

B A N D S P O R T S A B R E S I N A L D E C A N A L P E L A I N T E R N E T

A pandemia do coronavírus mudou o hábito das TVs no Brasil. Com o sinal das emissoras sendo aberto pelas operadoras de TV por assinatura, o Bandsports decidiu levar também para a internet o seu conteúdo.

Desde hoje, o canal pode ser acessado por meio de site. Assim como os demais canais de esportes, a pro-gramação do Bandsports foi alterada após a suspensão da maioria das competições esportivas. Novos programas foram inseridos durante a parte da tarde na programação.

L I G A S A B R E M S I N A L D E

S T R E A M I N G

Em meio à pausa forçada do es-porte, as principais ligas americanas decidiram abrir o sinal de suas plata-formas de streaming para manter ativo os fãs. NBA, MLB e NHL anunciaram que os torcedores poderão acessar gra-tuitamente suas plataformas durante o período de quarentena no mundo.

No Brasil, a NBA liberou o acesso ao League Pass até o dia 20 de abril. Além disso, o site da liga de basquete tem informações sobre prevenção ao coronavírus para os fãs da modalidade.

A abertura do sinal do streaming só é possível porque as ligas são donas dos direitos sobre os jogos antigos, dife-rentemente do que acontece no Brasil.

O P I N I Ã O

É hora de começar a olhar para a frente!

Nas próximas semanas, entraremos no Brasil no mesmo estágio de ten-são que envolve a Europa e os Estados Unidos por conta do aumento do contágio do coronavírus. Com a maioria das pessoas isolando-se

em suas casas, começaremos a lidar com nossa insegurança frente ao incerto. Durante toda a semana, iniciamos uma intensa reflexão na Máquina do Esporte

de como seguir adiante em meio à incerteza. Mais do que uma questão financeira, a falta de uma ideia clara de como sairemos como sociedade depois de todo esse tempo para refletir e aprender é o que nos move adiante. Podemos viver com menos dinhei-ro, mas definitivamente não podemos viver sem a relação entre as pessoas.

Por isso mesmo, é hora de começar a olhar para a frente. Nós vamos saber viver em isolamento. Para quem conseguir aproveitar, vamos sair desse período recluso

como pessoas melhores. A criatividade vai aflorar dentro de nós, mas provavelmente saíremos dessa mais caridosos, mais preo-cupados em olhar para o outro, perceben-do que a vida precisa da tal da empatia.

Em tempos de isolamento fica clara a importância que o esporte tem na vida das pessoas. Seja na prática ou no consumo como espectador, a vida é mais leve com o esporte. E nós, que trabalhamos com isso, precisamos começar a entender a impor-tância que temos para a sociedade.

A matéria que abre o Boletim desta sexta-feira é um exemplo de como, nos EUA, o mercado esportivo já não está olhando apenas para os estragos da paralisação, mas encontrando caminhos para crescer em meio à crise e cumprir até mesmo sua função social: entreter as pessoas. A Nascar não só mostrou o caminho ao criar um torneio virtual reunindo pilotos reais. Ela já começa a fazer disso um novo negócio!

É natural que, mais uma vez, sejam os Estados Unidos a mostrar o caminho. O americano tem a cabeça focada na geração de receitas e no atendimento ao consu-midor. Por aqui, começamos a dar os primeiros passos com aquilo que é mais forte no brasileiro: a solidariedade. Os clubes já se prontificaram a tentar ajudar a suprir a falta de leitos hospitalares no caso de um avanço catastrófico do coronavírus. Já é algo.

A partir de segunda-feira, a Máquina do Esporte assume a sua parte dentro da crise. Vamos trazer uma série de produtos para o profissional do esporte se atualizar, se conectar virtualmente e ganhar mais subsídios para se preparar para quando a má-quina do esporte voltar a girar não só virtualmente. Vamos juntos olhar para a frente?

Estados Unidos já encontram suas

alternativas para o isolamento; é hora

de também olharmos para a frente

POR ERICH BETING

diretor executivo da Máquina do Esporte

Clubes cedem estruturas no

combate a vírus

A Major League Rugby, tor-neio de rúgbi que envolve 11 times americanos e um canadense, an-unciou que cancelou a temporada 2020, a terceira em sua história.

A decisão foi tomada por conta da quarentena imposta nos EUA. Para amenizar as perdas do fim do torneio, a liga anunciou que fará a MLR 2020: Virtual, competição de e-Sports que será transmitida por meio da plataforma de streaming especializada em games Twitch.

Segundo a MLR, a decisão de ir para o torneio virtual é uma forma de manter os fãs engajados. Um jogador de cada um dos times vai representar a equipe durante os jo-gos contra os demais times da liga.

R Ú G B I C A N C E L A L I G A E D E C I D E FA Z E R T O R N E I O V I R T U A L M E N T E

O Palmeiras usou seu perfil no Twitter para enviar uma carta de

apoio à Itália e aos italianos em meio ao caos instalado no país por conta

do coronavírus. No dia em que o país atingiu maior número de mortos pela doença do que a China, o clube fun-

dado por italianos fez a carta.Lembrando a história do clube

(fundado por imigrantes e depois mudando de nome) e da Itália, a carta diz que "esse parece ser nosso destino:

ressurgir sempre e mais fortes".

NO TWITTER, PALMEIRAS

PUBLICA CARTA DE APOIO PARA

OS ITAL IANOS

POR REDAÇÃO

Com a paralisação do esporte no Brasil, diversos clubes anunciaram na quinta-feira que suas estruturas estão dispo-níveis para que secretarias de saúde possam usá-las em caso de necessidade para combate à pandemia do coronavírus.

O primeiro a anunciar a medida foi o Athletico, que deixou o CT do Caju e a Arena da Baixada à disposição das autori-dades paranaenses. Pouco depois, o governador baiano Rui Costa anunciou que o Fazendão, antigo CT do Bahia, tinha sido inspecionado e poderá receber pacientes infectados com o covid-19 que não precisem de tratamento complexo.

Depois, Corinthians, São Paulo e Botafogo (RJ) anunciaram que suas estruturas poderiam ser utilizadas pelas secretarias de saúde. O Corinthians, inclusive, já utilizará no final de se-mana sua Arena para receber doações de sangue, que ca-íram sensivelmente nas últimas semanas com o avanço da pandemia. O Allianz Parque também receberá um mutirão para doação de sangue. As pessoas têm evitado ir a hospi-tais por conta da pandemia, o que tem feito cair o estoque de sangue nos hemocentros. Daí a ideia de usar os estádios para poder receber sangue sem colocar o doador em risco.

Apesar da mobilização do futebol para auxiliar no comba-te ao alastramento do coronavírus, até agora as secretarias de saúde não confirmaram o uso das instalações, já que a estrutura hospitalar ainda tem sido suficiente para atender à demanda de pessoas com a doença. Na Inglaterra, o Chelsea abriu o hotel em seu estádio para médicos dormirem.

Um dia após a decisão de encerrar a temporada da Superliga B de vôlei tanto no feminino como no masculino, a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) anunciou a mesma definição para a Superliga Banco do Brasil Femi-

nina, principal divisão do vôlei nacional entre as mulheres. É a primeira competição nacional que termina sem campeão por conta da pandemia do coronavírus.

A opção pelo encerramento da temporada foi escolhida após votação realizada por videoconferência. Por maioria, ficou decidido também que o torneio termina com a classificação final respeitando a tabela atual, mas nenhuma equipe será declarada campeã. A decisão foi tomada pelos clubes por conta da falta de uma definição de quando o calendário voltaria ao normal. O contrato com a maioria das atletas tem vencimento até o final do mês de abril, quando o torneio acabaria. Sem verba para prolongar os acordos, a maioria dos clubes optou pelo cancelamento.

"Mais uma vez colocamos nossa opinião, pelo fim do campeonato visando o bem de todos os envolvidos, e demos direito de voto aos clubes. A maioria demonstrou pensar como a CBV e está decretado o fim desta temporada. Sentimos muito por ver a Superliga terminar dessa forma, mas sabemos que é absolutamente necessá-rio", declarou Renato D'Avila, superintendente de competições de quadra da CBV.

Já na Superliga masculina, a votação seguiu por um caminho diferente. Por 10 votos a 3, ficou decidido que haverá uma nova reunião em até um mês para que haja uma segunda conversa a respeito do assunto. Por enquanto, a competição está apenas paralisada por tempo indeterminado. A superliga é transmitida pelo Sportv e pela plataforma de streaming da CBV em parceria com a TV N Sports.

Superliga feminina é 1° torneio cancelado

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POR REDAÇÃO