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INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI
FACULDADES IDEAU
O PSICÓLOGO ENQUANTO MANTENEDOR DA SAÚDE PSÍQUICA NO
TRABALHO E OS DIFERENTES TRANSTORNOS DE ANSIEDADE.
CENTENARO, Katiúcia Lemos Sandri1*EVANGELISTA, Jéssica¹POZZER, Mariana Louise¹
SILVA, Aramis Ziguer¹BARAZETTI, Patrícia Carla²COSTA, Gisele Maria Tonin2
FABIANI, Nadine Teixeira Pilotto²FLORES, Antoniele C.Sthepanus²LONGO, Patrícia Di Francesco²
SILVA, Lisiane Borges da²
RESUMO: O avanço das tecnologias influencia consideravelmente no cotidiano das pessoas, principalmente sua comunicação. As mídias são utilizadas para comunicar diferentes questões que influenciam o pensamento e a compreensão do mundo, até mesmo de forma inconsciente. Nesse sentido para a promoção de assuntos relacionadas à manutenção da saúde mental, a tecnologia torna-se uma grande aliada. A velocidade dos dias atuais, além de trazer inúmeras facilidades, também desenvolveu na sociedade diferentes dificuldades de ordem psíquica, entre elas os transtornos de ansiedade. A ansiedade pode ser vista como um sinal de alerta, algo que indica um perigo eminente e capacita a pessoa a tomar medidas acerca da ameaça percebida, contudo quando essa defesa natural se torna excedente, principalmente no contexto laboral, podem ser desenvolvidos diferentes transtornos que afetam o indivíduo de forma biopsicossocial. Assim o objetivo principal deste trabalho foi a realização de uma pesquisa teórico prática visando elucidar para a população em geral, através de mídias sociais, a respeito dos transtornos de ansiedade existentes no mundo laboral e como preveni-los. Para isso foi efetivada uma pesquisa bibliográfica de acordo com a visão de diferentes autores. Este trabalho também envolve o enfoque exploratório, e esclaresce conceitos relacionados aos transtornos de ansiedade, além de abranger a análise quantitativa da divulgação promovida nas mídias. Desse modo, apesar das redes sociais serem uma ferramenta importante na divulgação e promoção da saúde mental, alcançou considerável grupo de seguidores, porém pequena quantidade de curtidas, comentários e interações do público. Diante desse resultado, por ser pioneiro, o trabalho buscou estabelecer pontos importantes a serem observados para futuras pesquisas na área.
Palavras-chave: Ansiedade, tecnologia, psicologia organizacional, teoria cognitivo comportamental.
ABSTRACT: The advance of technologies influences considerably in people´s daily lives, mostly their communication. The social medias are used to convey different questions that influence the thought and comprehension of the world, subconsciously, even. In this way, for the promotion of issues related to mental health maintenance, the technology has become a great ally. The fast pace of the present, besides inumerous facilities, has also developed many psychic difficulties in society, among all of them, the anxiety disorders. Anxiety can be seen as a warning sign, something that indicates an eminent danger and allows people to take measures regarding the threat. However, when this natural response becomes an excess, pricipally in the work environment, different kinds of disorders can be generated, that affect the individual biopsychosocially. Therefore, the main goal is to carry out a theoretical and practical research to elucidate the population in general, through social medias, regarding anxiety disorders that take place in the workplaces and how to prevent them. For that, a bibliographic research was made according to a view of different authors. This work also involves the exploratory approach, clarifies concepts related to anxiety disorders and includes a quantitative analysis of the divulgation promoted in the media. Although social networks are an important tool in the dissemination and promotion of mental health, it reached a large group of followers, however a small amount of likes, comments and interactions of the public. Faced with this result, the pioneering work attempted to establish important points to be observed for future research in the area.
1 Discentes do Curso de Psicologia, Nível VI 2017/02- Faculdade IDEAU – Getúlio Vargas/RS.2 Docentes do Curso de Psicologia, Nível VI 2017/02 - Faculdade IDEAU – Getúlio Vargas/RS.*E-mail para contato: [email protected]__________________________________________________________________________________________
Projeto de Aperfeiçoamento Teórico e Prático – Getúlio Vargas – RS – Brasil 1
INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI
FACULDADES IDEAU
Keywords: Anxiety, technology, organizational psychology, cognitive behavioral theory.
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
É notável o quão rápido as tecnologias tem avançado nos últimos anos, passando de
facilitadoras do trabalho para participantes do cotidiano das pessoas. Porém, o que define a
importância das tecnologias é a significação que se dá a elas, o que explica a crescente
influência exercida pelo universo tecnológico, através do uso da internet, celulares, televisão,
dentre outros meios tecnológicos.
Nos dias atuais a tecnologia vem sendo utilizada de maneira bastante eficaz na
promoção da saúde mental. Contando com o auxílio das redes sociais, aplicativos de
comunicação, sites de pesquisa, a população vem se familiarizando cada vez mais com o
assunto.
Diante de determinadas relações e ambientes de trabalho, o indivíduo é acometido por
sensações e emoções desconfortáveis, onde uma delas é a ansiedade, que pode manifestar-se
de forma somática, fisiológica e psíquica principalmente quando há aumento do ritmo de
trabalho e da pressão em determinadas atividades, prejudicando o desempenho e a saúde
mental do colaborador.
Nesse sentido, esta pesquisa pretende elucidar a importância do psicodiagnóstico, por
se tratar de um processo que identifica desde fraquezas e forças do funcionamento
psicológico, até a possível existência de alguma patologia, o que possibilita a prevenção do
agravamento patológico. Além de apontar a forma de trabalho que envolve a Teoria Cognitiva
Comportamental – TCC, que devido sua forma participativa de trabalho, traz resultados
excelentes no combate aos transtornos relacionados à ansiedade.
Portanto, este trabalho tem como objetivo principal realizar uma pesquisa teórico
prática, visando mostrar à população em geral, através das mídias sociais, quais são as
principais patologias existentes no mundo laboral e como prevení-las, destacando as
principais características dos transtornos relacionados a ansiedade, pois o longo período de
contato, com esse ambiente traz inúmeras influências sobre o indivíduo, que o afetam de
forma biopsicossocial.
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2 DESENVOLVIMENTO
Nesta parte do trabalho será detalhado o referencial teórico, a metodologia
empregada e os resultados encontrados. Contém a exposição ordenada e pormenorizada do
assunto tratado do estudo.
2.1 A inserção da psicologia no meio organizacional
Os primeiros psicólogos organizacionais eram conhecidos como experimentais e
aplicavam os princípios da psicologia para resolver os problemas dentro das organizações.
Com a 1ª Guerra Mundial passaram a investigar a real motivação dos soldados, a moral e os
problemas psicológicos ocorridos em função de diferentes incapacidades, muitas vezes físicas
e até de disciplina. Tais estudos acabaram contribuindo para o desenvolvimento da Psicologia
Organizacional (BASTOS & MARTINS, 1990).
Atualmente, a psicologia do trabalho pode ser designada como campo de compreensão
e intervenção sobre o trabalho e as organizações, visando analisar a interação das múltiplas
dimensões que caracterizam pessoas, grupos e organizações, com a finalidade de construir
estratégias e procedimentos que promovam, preservem e reestabeleçam o bem-estar
(ZANELLI & BASTOS, 2004 apud LEÃO, 2012).
A inserção do psicólogo no contexto organizacional remete ao desenvolvimento de um
ambiente de trabalho melhor, aplicando várias técnicas, entre elas o recrutamento e a seleção.
No recrutamento as empresas atraem candidatos para suprir suas necessidades. A seleção
envolve a análise e comparação entre os requisitos exigidos pela organização e as
características apresentadas pelos candidatos, com o objetivo de encontrar os que melhor se
enquadram ao perfil recrutado (CHIAVENATO, 2014).
Além disso, o psicólogo atua na gestão de pessoas para melhorar o clima da empresa,
e a cultura quando necessário. O clima organizacional é um dos campos mais estudado dentro
das organizações, envolvendo as percepções que os trabalhadores constroem em seu trabalho,
ou seja, corresponde ao comportamento humano dentro das organizações. Já a cultura envolve
questões que vão além do clima, como valores e pressupostos que são mantidos pelos
membros da organização. (MENEZES, 2010).
O desenvolvimento de pessoas nas organizações vem sendo muito discutido, mas para
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compreender sua importância e contribuição é necessário entender a definição de treinamento
e desenvolvimento de pessoas. Como descreve Chiavenato (2014), o treinamento pode ser
entendido como um processo usado para tornar excelente o desempenho de uma pessoa nas
atribuições específicas do cargo que esta deve ocupar, tornando as pessoas mais produtivas,
criativas e inovadoras. Desse modo, treinamento é algo mais pontual e visa o momento e
cargo atual do indivíduo.
Já o desenvolvimento de pessoas está relacionado com a educação e orientação para o
futuro. Não visa unicamente o cargo atual, mas busca proporcionar oportunidades para o
desenvolvimento e crescimento profissional e pessoal. Ou seja, trabalha com a preparação a
longo prazo do indivíduo, desenvolvendo as competências necessárias para ocupar cargos
posteriores, auxiliando no aproveitamento das oportunidades de crescimento dentro da
organização (CHIAVENATO, 2014).
O psicólogo organizacional vêm assumido um papel muito importante, adotando uma
postura de facilitador entre as relações humanas e organizacionais, visando o equilíbrio entre
os dois eixos principais, que são o lucro da empresa e a qualidade de vida no trabalho. Esse
equilíbrio leva a um maior desenvolvimento tanto dos trabalhadores quanto da organização,
impactando diretamente a eficiência, qualidade e rendimento da mão de obra, performance e
lucratividade da empresa, pois parte-se do pressuposto que funcionários felizes rendem mais,
e consequentemente a organização lucra mais (TANNHAUSER, 1994).
Para um melhor entendimento serão abordados a seguir os diferentes olhares da
psicologia organizacional envolvendo a área institucional.
2.2 A psicologia institucional
A psicologia institucional trabalha com as instituições como totalidade e estuda os
processos de formação e vinculação grupal que envolve a formação dos grupos, relacionando-
os aos acordos feitos com as atribuições propostas pelas organizações (BLEGER, 1984).
De acordo com Bleger (1984) não é possível ser psicólogo sem se preocupar com os
fenômenos que ocorrem na sociedade dinâmica a sua volta. Nesse sentido o autor afirma que
na psicologia institucional o psicólogo visa à promoção da saúde, ampliando o foco clínico
para a psico-higiene, que busca a promoção da saúde em questões simples do dia a dia, a fim
de obter uma população sadia.
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As instituições estão presentes na vida de todo ser humano, e traz influências sobre ele
ao longo de sua existência, tais como, a instituição familiar, escolar, acadêmica, social,
cultural, regional, laboral, entre outras. Todas elas proporcionam diferentes vivências que
contribuem para a formação da identidade de cada sujeito. Assim, pode ser compreendido o
impacto que as mudanças podem causar dentro das instituições em geral, afinal, alterar algo
dentro da instituição é como alterar as bases das pessoas envolvidas nelas, podendo
desestabilizá-las, tornando necessário o auxílio da psicologia institucional para a alavancagem
dos processos de melhoria (BLEGER, 1984).
A psicologia institucional também estuda as relações estabelecidas nas instituições,
chamando a atenção para a dinâmica inconsciente das relações intra e intergrupais. Muitas
vezes as instituições acabam perpetuando de forma inconsciente alguns problemas cotidianos,
mas que impactam diretamente no objetivo geral do grupo. Nesse contexto a psicologia
institucional auxilia na resolução/identificação da problemática, pois envolve um processo de
investigação e ação, onde o método clínico de indagação operativa é um instrumento básico
de pesquisa (BLEGER, 1984).
O psicólogo institucional busca ampliar as relações humanas com base nas dinâmicas
de grupo, ou seja, criar um espaço psicossocial alternativo, onde estão presentes a
desconfiança, os temores e também os conflitos, visando sua aceitação, enfrentamento e
resolução. Esse tipo de reconstrução implica principalmente em desenvolver um clima de
confiança, onde todos os problemas possam vir à tona possibilitando sua resolução, além de
proporcionar um ambiente que considere a opinião alheia, e onde seja possível compartilhar
pensamentos e sentimentos visando o autoconhecimento individual e grupal (PILON, 1987).
No trabalho institucional, cabe ao psicólogo detectar os pontos de urgência,
observando que em todos os grupos existe "um tipo de relação que é, paradoxalmente, uma
não relação, no sentido de uma não individuação, que se impõe como estrutura básica de todo
o grupo" (BLEGER, 1984 – p.102, apud GULA & PINHEIRO, 2007).
Essa forma de relação grupal também é conhecida como sociabilidade sincrética, onde
os indivíduos se relacionam buscando promover relações de complementaridade e de
aceitação das diferenças. Essa forma de relação segundo Gula & Pinheiro (2007) pode sofrer
algumas alterações no seguinte sentido: “quanto mais um grupo assume a condição de uma
organização, tanto mais sua finalidade será a de existir por si próprio, deixando de lado os
objetivos pelos quais se originou” (p.15).
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A psicologia institucional portanto, se utiliza da indagação operativa para
compreender e enxergar sob novos pontos de vista as questões relacionadas à sua atividade.
Como exemplo dessa atuação pode-se citar a busca pelo entendimento dos acontecimentos na
ordem em que se dão, seus significados, sua relação com a sociedade onde esta inserida, e por
fim a elaboração de hipóteses que após sua exposição impulsionam o sujeito a busca pela
mesma compreensão (GUIRADO, 2015).
Além destes aspectos, no item a seguir será embasada a aplicabilidade da psicologia
no ambiente laboral, levando em consideração as influências do ambiente de trabalho na
saúde psíquica dos colaboradores.
2.3 A psicologia e o trabalho
Desde o início da humanidade o trabalho aparece como atividade fundamental para a
satisfação das necessidades, contudo, conforme as sociedades foram se desenvolvendo, novas
formas de trabalho apareceram, além da busca por melhores condições de vida. Desse modo o
homem passou a criar ferramentas que facilitassem seu trabalho (surgimento das Ciências) e
que fossem capazes de produzir na mesma velocidade em que as sociedades cresciam
(Revolução Industrial) (TANNHAUSER, 1994).
Do mesmo modo, o trabalho dentro das organizações sofreu influência de diferentes
teorias ao longo do tempo, sendo moldado de acordo com as necessidades identificadas em
cada época. Atualmente, as diretrizes do trabalho estão relacionadas a princípios que
enfatizam a cooperação, a valorização dos grupos/equipes, a redução dos níveis hierárquicos,
responsabilidades partilhadas, a visão dos colaboradores como parceiros, além do auto-
gerenciamento pessoal e profissional de cada individuo (MATOS & PIRES, 2006).
Outro aspecto relacionado ao trabalho é a jornada laboral, que se expressa pelo
componente de duração, ou seja, a quantidade de tempo que o trabalho consome da vida das
pessoas. Sob este ponto de vista é possível observar que o aumento da jornada de trabalho
influência diretamente na qualidade de vida, afinal interfere na possibilidade de usufruir ou
não de mais tempo livre, além de estabelecer relações diretas entre as condições de saúde, o
tipo e o tempo de trabalho executado (ROSSO, 2006).
Segundo o mesmo autor, a intensidade laboral se refere ao consumo de energias
pessoais e grupais no processo de trabalho, gerando o desgaste físico e mental. Nesse sentido
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pode-se atentar para as condições de trabalho, pois agravam sua intensidade, além das
exigências impostas aos trabalhadores, pois a combinação de tais elementos sugere fortes
impactos sobre a saúde em seus aspectos físico, emocional e cognitivo.
Sendo assim é importante o entendimento da visão biopsicossocial do ser humano, que
relaciona três níveis de características fundamentais para sua existência, sendo elas:
características biológicas (questões orgânicas), psicológicas (processos afetivos, racionais e
raciocínio), e sociais (valores e crenças). A inter-relação desses níveis aliadas ao ambiente de
trabalho conduz a diferentes padrões nas relações de trabalho. Nesse sentido, pode-se dizer
que as somatizações, muitas vezes, são influenciadas pelas condições de vida, qualidade das
interações e pelas características do ambiente físico, onde se está inserido. Por isso estas
reações formadas de mente, corpo e ambiente, podem provocar variados níveis de
somatizações, as quais consistem em distúrbios físicos cujas sensações são principalmente de
dor e mal-estar, podendo gerar o desenvolvimento de diversas doenças (FRANÇA, 2008).
Dessa forma, alguns aspectos relacionados à vida laboral (trabalho excessivo, jornada
abusiva, local de trabalho impróprio e insalubre, entre outros), podem contribuir para o
adoecimento do colaborador. As principais doenças e transtornos encontrados entre os
trabalhadores são a síndrome de burnout, LER- Lesões por Esforços Repetitivos, problemas
gástricos em geral, depressão, síndrome do pânico, distúrbios do sono, transtornos
relacionados ao estresse, além de transtornos relacionados à ansiedade, os quais são o foco
desta pesquisa, sendo abordados especificamente no tópico a seguir (FRANÇA &
RODRIGUES, 2014).
2.3.1 Transtornos de ansiedade
A ansiedade certamente já foi experimentada por todos em algum momento de suas
vidas, onde 1 em cada 4 pessoas apresenta prevalência dos sintomas durante no mínimo 12
meses (SADOCK & SADOCK, 2007).
A ansiedade pode ser vista como um sinal de alerta, que indica um perigo eminente e
capacita a pessoa a tomar medidas acerca da ameaça percebida. Ela relaciona fatores
genéticos e de experiência, e também pode ser vista como uma sensação difusa, desagradável
e vaga de apreensão. Muitas vezes vem acompanhada por sintomas como cefaleia, diarreia,
dilatação da pupila, formigamento de extremidades, palpitações, aperto no peito, desconforto
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estomacal, inquietação, entre outros (SADOCK & SADOCK, 2007).
Os efeitos da ansiedade também afetam o pensamento, a percepção e o aprendizado,
pois reduzem a concentração e a memória. Também pode ocasionar distorções da percepção
relacionadas ao tempo, espaço, às pessoas e os acontecimentos, perturbando a capacidade de
fazer/manter relações (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2014).
O diagnóstico de um transtorno de ansiedade ocorre quando os sintomas não são
consequência dos efeitos fisiológicos do uso de uma substância ou de outra condição médica.
Eles podem ser diferenciados através dos tipos de objetos ou situações que induzem a
ansiedade ou comportamento de esquiva, além da ideação cognitiva associada, sendo que os
principais transtornos relacionados à ansiedade são: transtorno de pânico, transtorno de
ansiedade de separação, mutismo seletivo, agorafobia, fobia específica, fobia social e
transtorno de ansiedade generalizada (SADOCK & SADOCK, 2007).
Com relação ao transtorno de ansiedade de separação pode-se dizer que os sintomas se
desenvolvam com frequência na infância, mas podem ser expressos durante a idade adulta.
Neste caso o individuo passa a sentir-se ansioso quanto à separação da figura de apego, e
preocupa-se com a ocorrência de possíveis danos que acarretariam sei afastamento
(AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2014).
O mutismo seletivo pode ser caracterizado pelo fracasso em falar nas situações sociais,
onde exista a expectativa de fala, embora muitas vezes o indivíduo fale em outros momentos.
Já os indivíduos com fobia específica mostram-se apreensivos, ou se esquivam de objetos ou
situações específicas, também chamadas de situações fóbicas, por exemplo, animais, sangue,
entre outros (MENICALLI, 2002).
No transtorno de fobia social o individuo apresenta ideação cognitiva relacionada à
possibilidade de ocorrer à avaliação negativa por parte dos demais, fazendo com que seja
humilhado/rejeitado pelos outros, gerando assim a ansiedade ou esquiva de interações e
situações sociais que envolvem qualquer possibilidade de avaliação (CASTILLO, et al, 2000).
Enquanto isso, os indivíduos com transtorno do pânico sofrem ataques de pânico
recorrentes, com intenso medo e desconforto que atingem um pico em poucos minutos,
acompanhados de sintomas físicos e/ou cognitivos. Os ataques podem ser inesperados,
quando ocorrem sem razão significativa aparente, ou esperados quando acontecem em
resposta a um objeto ou situação temida (CASTILLO, et al, 2000).
A apreensão ou ansiedade acerca do uso de transporte público, estar em espaços
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abertos ou até mesmo fechados, ficar em filas, estar no meio de uma multidão ou estar fora de
casa sozinho, são sintomas apresentados por pessoas que sofrem com a agorafobia, onde o
diagnóstico é feito quando o indivíduo apresenta no mínimo duas das características citadas
(AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2014).
Os indivíduos que sofrem com o transtorno de ansiedade generalizada mostram
preocupações persistentes e excessivas com grande dificuldade em se controlar. Tais
preocupações relacionam-se a vários domínios, como desempenho no trabalho e escola, por
exemplo, além de experimentarem vários sintomas físicos como inquietação ou sensação de
“nervos à flor da pele", fatigabilidade, dificuldade de concentração, ocorrência de “brancos";
irritabilidade, tensão muscular e perturbação do sono (CASTILLO, et al, 2000).
Também é importante compreender que as pessoas que sofrem com os transtornos de
ansiedade podem apresentar diferentes tipos de comorbidade, sendo que as mais frequentes
são os transtornos depressivos, déficit de atenção/hiperatividade, entre outros (HUTZ et al,
2016).
Desse modo, para investigação e compreensão do estado psíquico dos sujeitos é de
extrema importância à aplicabilidade de técnicas relacionadas ao psicodiagnóstico, tema que
será abordado no próximo item.
2.4 A importância do psicodiagnóstico na prevenção da saúde psíquica
O psicodiagnóstico pode ser visto como um processo que identifica desde fraquezas e
forças do funcionamento psicológico, até a possível existência de alguma patologia. Esse
processo utiliza-se de diferentes técnicas e testes, de aplicabilidade individual ou coletiva,
visando auxiliar o entendimento dos problemas com base em pressupostos teóricos, além de
identificar e avaliar aspectos específicos do paciente (CUNHA, 2000).
Conforme o Conselho Federal de Psicologia, a utilização de técnicas e medidas de
avaliação no psicodiagnóstico, como a testagem e anamnese psicológica, visam aprimorar a
qualidade dos serviços prestados, oferecendo informações norteadoras na descoberta das
condições psicológicas e características cognitivas apresentadas pelos pacientes (CFP, 2013).
A avaliação e a testagem psicológica de modo geral se assemelham, no entanto, são
diferenciadas da seguinte forma: A avaliação é um instrumento amplo que coleta dados de
forma integrada, utilizando-se de métodos e técnicas diversas de investigação, como por
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exemplo, dinâmicas individuais ou grupais, entrevistas, testagem e outras. Enquanto os testes
são instrumentos exclusivos de uso do psicólogo e fornecem medidas relacionadas ao estado
psíquico de cada sujeito (NORONHA et al, 2005).
Os testes na prática psicodiagnóstica se destacam não apenas por identificar eventuais
desorganizações no funcionamento psíquico do sujeito, mas por abranger diversos pontos que
auxiliam nas avaliações psicológicas. Além de técnicas psicométricas, também são utilizados
testes projetivos que conseguem, por exemplo, apontar indícios de patologias ou desordens
em pacientes ainda em estágio inicial evitando o agravamento da patologia (DUARTE &
BORDIN, 2000).
O psicodiagnóstico também pode ser caracterizado como um processo científico, que
se baseia em um contrato de trabalho entre o psicólogo e o paciente. Com base nos dados
iniciais apresentados, o psicólogo, elenca possíveis hipóteses e define quando e quais
instrumentos serão utilizados para a investigação diagnóstica. Deste modo, se estabelece um
plano de avaliação, contendo a quantidade aproximada de sessões contidas neste processo, os
resultados encontrados na aplicação dos testes devem ser relacionados com as informações da
história clínica e pessoal do paciente, ou até mesmo com outras, a partir do elenco das
hipóteses iniciais. Posteriormente, os resultados são comunicados ao solicitante, e podem
subsidiar decisões e recomendações (HUTZ et al, 2016).
Conforme Hutz et al, ( 2016) a relação terapêutica no psicodiagnóstico envolve duas
questões centrais: o objetivo da relação e seu limite. A relação busca estabelecer um senso de
colaboração e confiança a fim de obter informações fidedignas do paciente. Contudo durante
a coleta de dados o psicólogo deve buscar a construção do vínculo, mas sem desviar seu foco
da demanda latente.
Nesse sentido, os objetivos do psicodiagnóstico estão relacionados aos motivos do
encaminhamento para consulta, pois se relacionam com as questões propostas e com as
necessidades da fonte de solicitação. Para Cunha (2000), os principais tipos de
psicodiagnósticos são: de classificação simples e nosológica, de diagnóstico referencial, para
simples descrição, avaliação compreenssiva, de entendimento dinâmico, preventivo, para
determinar prognóstico, e perícia forense.
De acordo com Hutz et al (2016) os transtornos de ansiedade são descritos como um
dos mais prevalentes entre os transtornos mentais. Nesse sentido é importante que o
profissional saiba fazer a diferenciação entre os níveis esperados da forma patológica da
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ansiedade. Tendo em consideração o período de desenvolvimento em que a pessoa está e o
contexto onde está inserida.
No processo de avaliação psicodiagnóstica dos transtornos de ansiedade é importante
que: Se investigue os motivos do encaminhamento, pois como geralmente as queixas são de
sintomas físicos, é importante que o paciente já tenha passado por avaliação médica a fim de
descartar tais hipóteses; investigue a presença de possíveis estressores familiares e/ou sociais
envolvidos principalmente os fatores de risco como bullying e agressões diversas; se busque
informações sobre o inicio dos sintomas, e a história de desenvolvimento do sujeito (HUTZ et
al, 2016).
Quando esclarecidos aos objetos e as situações que induzem a ansiedade, o
comportamento evitativo e a cognição associada, o psicólogo pode identificar qual transtorno
de ansiedade está presente, e de acordo com a linha teórica adotada pelo profissional, realizar
seu planejamento de trabalho (HUTZ et al, 2016).
Conforme Bernardes (2013), outro aspecto importante, relacionado não apenas ao
psicodiagnóstico, mas a prestação de serviços psicológicos em geral é a ética profissional.
Nesse sentido, o psicólogo deve atentar para a importância do sigilo e dos princípios éticos na
prestação de serviços, além da preocupação com seu preparo profissional, baseando e
promovendo seu serviço no respeito, na liberdade, dignidade e igualdade do ser humano.
Por fim, como afirma Persicano (1997), o psicodiagnóstico é muito mais que um
conjunto de técnicas e práticas, ele está integrado a toda prática da psicologia. Muito além de
um “método da clínica”, ele se configura como uma forma ou processo de pensamento que
auxilia no conhecimento e intervenção sobre seu objeto de interesse, abrangendo as diferentes
áreas de atuação da psicologia. Dessa forma apresentamos a seguir alguns pressupostos
teóricos da TCC como método de trabalho terapêutico.
2.5 A importância da Teoria Cognitivo Comportamental no meio laboral
A dinâmica laboral, quando excessiva, abusiva ou até mesmo insalubre contribui para
o desenvolvimento de várias patologias, tanto de ordem física, mas principalmente psíquica.
Nestes casos buscar auxílio profissional se torna indispensável, se a queixa é física procura-se
o médico, se psíquicas procura-se apoio psicológico. Diferentes são as formas teóricas de
trabalho na psicologia, contudo, nesse contexto, por se tratar de uma forma de trabalho com
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ênfase objetiva/breve, estruturada e direcionada para resolução de conflitos, a Teoria
Cognitivo Comportamental – TCC, pode ser indicada para se obter melhorias nos aspectos de
ordem psíquica (BECK, 2013).
TCC é um termo genérico que abrange uma coletânea de mais de 20 abordagens
dentro do modelo cognitivo-comportamental. Essa teoria se baseia em um conjunto de teorias
que são utilizadas para desenvolver planos de tratamento e orientar o trabalho do terapeuta.
Sua abordagem é baseada em dois princípios centrais: O primeiro princípio afirma que nossas
cognições têm uma influência controladora sobre nossas emoções e comportamentos. E o
segundo, ressalta que o modo de agir ou se comportar pode impactar profundamente os
padrões de pensamento e emoções (WRIGHT et al, 2008).
De acordo com Knapp (2008), todas as teorias do modelo cognitivo-comportamental
partilham alguns princípios básicos, mesmo quando apresentam diferentes abordagens
conceituais e estratégicas nos diversos transtornos, são eles: a influência da atividade
cognitiva no comportamento; a atividade cognitiva pode ser monitorada e alterada e o
comportamento desejado pode ser influenciado a partir da mudança cognitiva.
Dentro da TCC existem algumas diferenças entre a terapia cognitiva e a terapia
cognitivo-comportamental, mas é importante frisar que ambos são métodos terapêuticos
usados para ajudar as pessoas a entender e influenciar o seu comportamento. A terapia
cognitiva é um tipo específico de terapia utilizada para entender o comportamento, o
pensamento e as emoções, a fim de tratá-los. Enquanto a terapia comportamental pode ser
vista como um termo genérico que é utilizado para uma série de terapias (KERBAUY, 1983).
A TCC seja individual ou em grupo visa gerar mudanças nos pensamentos, nos
sistemas de significados, nas reações emocionais e nos comportamentos de maneira duradoura
devolvendo autonomia aos pacientes. Esse trabalho oferece formas que auxiliam os
indivíduos a se ajudarem, realizando questionamentos e ouvindo os demais componentes do
grupo, podendo encarar os problemas de maneiras diferentes (RANGÉ, 2011).
Outro aspécto importante relaciona-se a relação terapêutica, que contém dados
disponíveis para análise, afinal as variáveis relevantes em clínica são categorias amplas que
incluem resistência à mudança, relacionamento terapêutico e interação entre terapeuta e
cliente (GUILHARDI,1997 apud SILVA, 2014).
Na abordagem da TCC defende-se que os eventos ativam os pensamentos, e como
consequência geram as emoções e comportamentos. Nesse sentido, com relação às técnicas
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utilizadas, o terapeuta e o paciente trabalham juntos para identificar as crenças que motivam
os comportamentos. Para esta descoberta utilizam algumas técnicas que incluem, por
exemplo, a identificação de pensamentos ou cognições disfuncionais, automonitoração de
pensamentos negativos, identificação da relação entre pensamentos e crenças, sentimentos
subjacentes, desenvolvimento da capacidade de identificar e aprender padrões de pensamentos
funcionais e adaptativos, testes de realidade dos pressupostos básicos mantidos pela pessoa
sobre si mesmo, o mundo e o futuro (SILVA, 2014).
A TCC vem sendo amplamente estudada, e cerca de mais de 500 estudos científicos
apontam a eficácia da teoria para uma ampla gama de transtornos psiquiátricos e psicológicos.
Dentre os transtornos tratados com sucesso pela TCC, esta pesquisa manterá o foco nos
transtornos relacionados à ansiedade, que estão presentes em larga escala nos ambientes
laborais (BECK, 2013).
No contexto laboral, como vem sendo discutido ao longo deste trabalho, os indivíduos
defrontram-se com diferentes tarefas que devem ser executadas dentro do tempo estabelecido
pela organização, contudo todo e qualquer indivíduo independente do contexto onde está
inserido, mantém seu comportamento baseado em suas crenças centrais, e estas muitas vezes
podem ter traços disfuncionais que impactarão nas relações interpessoais e nas atividades
desempenhadas. Desse modo, devido a grande exigência por eficiência no desempenho
laboral, é comum dentro de tais ambientes encontrar pessoas que sofram com a ansiedade
(BECK, 2013).
A ansiedade é uma característica peculiar do ser humano, e existem diversas
abordagens terapêuticas capazes de auxiliar no seu enfrentamento, dentre elas pode-se indicar
a aplicação da TCC, pois é um sistema psicoterapêutico que segue a linha de pensamento
onde diz que a emoção e o comportamento são determinados pela forma como a pessoa
interpreta o mundo. Os indivíduos que sofrem com a ansiedade geralmente não observam o
quão “excessivas” são suas preocupações, trazendo um sofrimento além do esperado, além de
dificultar os processos de tomada de decisão (OLIVEIRA & SOUSA, 2010).
Para enfrentamento dos transtornos relacionados à ansiedade, a TCC objetiva
proporcionar aos pacientes o desenvolvimento de estratégias para lidar com os sintomas de
ansiedade. Esse processo busca estruturar os pensamentos do individuo e confrontá-los com a
realidade existente, sendo função do terapeuta trabalhar juntamente com o individuo para
tornar tais pensamentos funcionais. Afinal o portador do transtorno acredita que seus
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pensamentos são de total clareza e concordância com a realidade, e necessita de auxílio para
identificar a disfunção existente em suas crenças (OLIVEIRA & SOUSA, 2010).
2.6 Metodologia
Esta pesquisa foi realizada durante o segundo semestre do ano de 2017, em uma
faculdade localizada na região do Alto Uruguai, tendo como objetivo principal, a partir de
uma pesquisa teórica prática, elucidar a população em geral, através de mídia social, quais são
as principais patologias existentes no mundo laboral e como preveni-las.
Sendo assim se buscou destacar as principais características dos transtornos de
ansiedade relacionando-os com a vida laboral dos indivíduos, afinal, atualmente grande parte
da população passa a maior parte do seu tempo vinculada ao trabalho, e dessa forma recebe
inúmeras influências advindas deste ambiente, que o afetam de forma biopsicossocial.
Também foram relacionadas varias características da ansiedade, e sua relação com o
ambiente laboral, caracterizando este estudo como um levantamento bibliográfico, procurando
explicar um problema a partir de referências teóricas (CERVO & BERVIAN, 2007); E
exploratório, pois procura desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias, tendo em
vista a formulação de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos
posteriores (GIL, 2008).
A partir da análise quantitativa das curtidas nas postagens feitas nas mídias sociais
(facebook e instagran) é possível perceber a necessidade de esclarecimentos acerca da doença
mental abordada, envolvendo a análise de dados quantitativos, que de acordo com Baptista e
Campos (2010), são dados que podem ser agrupados para a investigação científica, de modo a
apontar a frequência e até mesmo a intensidade com que aparecem tais particularidades.
2.7 Análise dos Resultados
Para divulgação da pesquisa, em agosto de 2017 foi desenvolvida a criação de uma
fanpage junto ao facebook e um perfil no instagran. Ambas alcançaram alguns seguidores que
acompanharam as postagens realizadas, sendo 90 seguidores no instagran e no facebook 853
curtidas e 862 seguidores. Numa era onde as pessoas passam a maior parte do tempo
conectadas, a escolha destas mídias sociais facilitou a promoção de assuntos relacionados à
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saúde mental, como se pode ver na Tabela 1.
O conteúdo da revisão bibliográfica foi divulgado nas mídias sociais (facebook e
instagran) com o objetivo de informar acerca dos perigos da ansiedade, além da importância
de buscar ajuda nos casos onde se encontra dificuldades de enfrentamento, afinal os
transtornos de ansiedade influenciam diretamente na qualidade de vida, além de interferir nas
relações interpessoais e no desempenho laboral dos indivíduos.
Tema das imagens
Facebook (curtidas)
Data Horário
Alcance %Curtidas / Alcance
Comp. Instagran(curtidas)
Data
1. Sintomas da ansiedade
39 08/09/1709:03 h
1.198 3,255426 3 42 03/09/17
2. Ansiedade e o trabalho
57 11/09/17 09:37 h
1.353 4,21286 5 11 15/09/17
3. Gerenciamento da ansiedade
52 18/09/17 08:57h
1.531 3,396473 8 18 22/09/17
4. Tipos de transtorno de ansiedade
68 18/09/17 22:04 h
1.855 3,665768 2 17 22/09/17
5. Monstro da ansiedade
38 25/09/17 12:43 h
1.191 3,190596 6 16 29/09/17
6. Psicoterapia 21 25/09/17 18:34 h
1.151 0,182323 7 16 29/09/17
Tabela 1: Relação das curtidas e do alcance das postagens nas redes sociais (Comp. = Compartilhamentos)Fonte: Autores da pesquisa, 2017.
Analisando a Tabela 1, observa-se com referência as postagens no facebook, que a
mais visualizada e curtida foi a de número 4, no entanto quando comparado com as postagens
do instagran esta recebeu apenas 17 curtidas, a baixa quantidade de curtidas no instagran
pode estar relacionada com o fato de que a postagem do facebook foi feita 4 dias antes,
portanto é possível que as pessoas que curtiram no facebook não tenham dado atenção a
postagem do instagran, visto que na grande maioria, as postagens foram acessadas pelos
mesmos grupos de amigos, isso pode ser confirmado analisando que as figuras postadas antes
no facebook tiveram poucas curtidas no instagran.
Já no instagran a postagem que mais recebeu curtidas foi a postagem de número 1
(Tabela 1), que comparado com o facebook teve praticamente as mesmas curtidas, no entanto
é importante observar que esta figura foi postada 5 dias antes no instagran do que no
facebook. Se tomarmos como base a hipótese anterior é possível que se as figuras fossem
postadas antes no instagram do que no facebook a quantidade de curtidas teria sido maior, no __________________________________________________________________________________________
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entanto isso não pode ser afirmado pois essa forma de postagem ocorreu uma única vez,
sendo necessário averiguar essa hipótese realizando repetições em futuros trabalhos. Outra
hipótese é que houve mais curtidas no instagram, com relação a imagem 1, pelo fato de ter
sido a primeira postagem ou por realmente ter chamado atenção do público.
As curtidas no facebook mostraram-se maiores quando relacionadas às do instagran,
uma possível explicação para este fato é que o número de pessoas ativas no facebook é de
1.86 bilhões, contra 600 milhões inscritas no instagran (LACERDA, 2017), então quando
analisado proporcionalmente, supõe-se que 67,75% do público em geral têm facebook, mas
não possuem instagran.
Quando analisado separadamente as postagens do facebook, verefica-se que a figura
número 4 - Tipos de transtorno de ansiedade (Tabela 1) recebeu mais curtidas e teve um
maior alcance. Isso pode demonstrar o interresse da população internauta, e é possível que
essa seja uma das dúvidas relacionadas à patologia, pois geralmente se entende que a
ansiedade esta relacionada a uma única patologia, contudo os transtornos de ansiedade
diferem entre si quando relacionados os tipos de objetos ou situações que induzem o medo,
ansiedade ou comportamento de esquiva (SADOCK & SADOCK, 2007).
Contrastando os dados de curtidas das postagens de ambas as redes sociais, é possível
identificar o melhor resultado no facebook. Podendo ser entendido como uma causa do
planejamento indevido das postagens, onde não se procurou conhecer os perfis de usuários de
cada mídia social, o que facilitaria o processo de criação de estratégias de montagem de posts,
investindo em recursos audiovisuais como fotos e vídeos curtos no instagram, e o uso de
eventos, grupos, páginas e textos no facebook.
Outro aspecto observado relaciona-se com os horários das postagens em ambas as
páginas. Onde observou-se que os horários de maior visualização e movimento das páginas
ocorreu nos horários de intervalo entre o turno da manhã e da tarde, e também durante a noite
após o horário de trabalho. Entende-se então que nesse aspecto, em futuras publicações torna-
se necessário um melhor planejamento para alavancar a divulgação nas mídias.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
As duas redes sociais usadas para divulgação desta pesquisa foram o instagram e
facebook, que são duas entre as dez redes sociais mais usadas como plataforma de mídia. Com
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o acompanhamento destas mídias notou-se que o facebook tem um alcance maior de usuários,
por ser uma rede social mais antiga e ter um número maior de usuários englobando até mesmo
o público já idoso, enquanto o instagram atinge seguidores mais jovens. O instagram é uma
rede de publicidade visual, ou seja, para compartilhamento de fotos ou vídeos curtos, o que
contribui para a criação de um vínculo entre as empresas e seus clientes, a partir do
comportamento de sua rotina, fazendo com que as pessoas se sintam envolvidas com a
empresa ou grupo. Enquanto o facebook é uma rede de múltiplas opções que relaciona grupos,
eventos, páginas de produtos, fotos, videos e textos.
Com relação às postagens pode-se afirmar que as maiores curtidas e o maior alcance
ocorreram na mídia social facebook;Dentre as imagens postadas no facebook a que pelo
número de curtidas mostrou maior interresse pelo público foi a de número 4 - Tipos de
transtorno de ansiedade; Dentre as imagens postadas no instagran a que pelo número de
curtidas mostrou maior interresse pelo público foi a de número 1 - Sintomas da ansiedade.
As redes sociais mostram ser uma ferramenta importante na divulgação e promoção da
saúde mental, e o formato adotado alcançou considerável grupo de seguidores, porém
pequena quantidade de curtidas, comentários e interações do público. Contudo é interessante
analisar que se trata um projeto pioneiro, e deste modo à conquista do público alvo demora
certo período de tempo, afinal necessita da utilização de investimentos no impulsionamento
das postagens. Diante desse resultado, o trabalho buscou estabelecer pontos importantes a
serem observados para futuras pesquisas na área.
Também se pode entender que muitas pessoas viram as postagens, no entanto não
curtiram ou compartilharam, talvez por medo de serem identificados, ou com medo de
mostrarem que enfrentam determinado problema. Perante isso, fica evidente que as pessoas
têm medo de ser julgadas em todos os locais, inclusive nas redes sociais, podendo ser
rotuladas por algo que está postado apenas em caráter informativo ou de divulgação.
A partir da análise das curtidas obtidas nas mídias mencionadas, pôde-se averiguar que
as postagens estavam muito extensas, tornando a leitura maçante e cansativa, haja visto que,
os usuários das redes sociais têm preferência por postagens mais curtas e com mais recursos
visuais. Assim torna-se importante incentivar a manutenção das futuras postagens, tornando
seu conteúdo mais reduzido e com elementos visuais de impacto.
Por fim pode-se apontar como sugestão a continuidade na utilização das páginas
criadas junto ao facebook e instagran, com a publicação dos conteúdos produzidos nos
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Projetos de Aperfeiçoamento Teóricos Práticos – PATP. Consequentemente essa atividade
aumentaria o número de seguidores da página e as postagens teriam alcance muito maior de
pessoas, em virtude de sua dinâmica, rotacionando os temas e postagens referentes à
abrangente ciência que é a Psicologia.
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