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O apaixonado do Bus 7 Romance José Rodrigues Duarte

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O apaixonado do Bus 7

Romance

José Rodrigues Duarte

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Um apaixonado é uma pessoa que não tem calor nos pés

corre... corre...pensa sempre que nunca chega a tempo de amar.

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O apaixonado do Bus 7

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O apaixonado do bus 7

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Não tires a liberdade de uma princesa, contenta-te com a sua

beleza e talvez amizade.

Autor

Uma beleza de mulher é uma pedra preciosa que se deve

guardar na nossa alma.

Autor

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Num dia de primavera quando todas as árvores

ganham a sua força de viver, renovam e dão novos frutos a

vida de um homem jovem chamado Germano Wilson

engenheiro de informática, na idade de se por a questão de

procriação, depois de acabar de trabalhar no seu escritório de

informática entra no Bus 7 com destino ao centro da cidade

de Bienne na Suíça, na sua observação repara com uma

jovem lindíssima para ele, como uma obra do criador, ela

agarrada ao barão de inox de segurança do Bus, muito perto

de ele. Ficando hipnotizado com tal bela criatura os seus

pensamentos pareciam místicos e batendo com os seus

neurónios uns nos outros passando um momento de

felicidade, a menina saiu na praça Guisan em frente ao Hotel

Elite, ele continuou sem ter tempo de lhe dar uma palavra só

viu que ela vestia uma camisola branca fina que lhe cobria

dois magníficos peitos de uma bondade divina, cobertos com

um camisola com o logo MINERVA.

Ele mordeu a língua de ter perdido uma grande

oportunidade da sua vida, com raiva e tristeza pela sua pouca

coragem, na paragem seguinte saiu do Bus e veio à procura

da sua princesa deu voltas nas ruas e ruazinhas da cidade sem

sucesso, então melancólico e sentiu-se pobre como Jó,

resolveu todos os dias depois, do trabalho sentar-se num

banco em frente da paragens onde a sua princesa saiu e

desapareceu, na convicção de a poder ver a sair do Bus a sua

apaixonada e seu amor súbito.

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Todos os dias durante algumas semanas o nosso

Germano vinha no Bus 7 e parava na mesma paragem e se

sentava uma hora e meia, comia com os olhos tudo o que

passava com a esperança de descobrir a sua feiticeira (ao

figurado), ele sentia o calor do banco mas a esperança de

encontrar a mulher do seu sonho era cada vez mais presente.

Até que um dia passa o velho Inácio, uma personagem de

terceira idade cheio de saúde que apreciava o jovem depois

de algum tempo, lhe pergunta boa tarde porque é que se

senta todos os dias aqui durante muito tempo e sempre à

mesma hora e sempre vindo do mesmo Bus 7? Germano

onde o amor cego lhe tinha tirado a vergonha da sua maneira

de ser, conta a historia ao velho Inácio...

Este fica alguns minutos a pensar antes de responder

e diz uma beleza como tu dizes só pode ser uma cabeleireira,

vendedeira ou uma empregada de mesa, porque nestas

profissões foi aonde eu sempre encontrei as verdadeiras

belezas simples... Germano responde não estou apaixonado

de uma profissão, estou apaixonado de uma beleza que

entrou nos meus olhos ao mais profundo da minha orbita

visual. Se a encontrar até vou agradecer a Lourdes a (Santa

Teresa de Lisieux) Inácio continua o seu caminho e diz a

Germano isso é a sério! É para valer... Acrescenta boa sorte,

meu amigo!

Só se cura um amoroso! Com uma pastilha de amor.

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Ao sexto dia num dia de primavera bonita que

começava a nascer o Germano encheu-se de coragem e

contou a sua história ao seu amigos e colegas de trabalho,

estes que conheciam Germano pela sua cultura e o seu

desinteresse por namoricos, ficaram todos de boca aberta

pelo tom sério que Germano tinha ao contar a aventura e lhe

perguntavam então que idioma fala ela não falou para

ninguém só olhava, mas com uns olhos verdes claros bonitos

com os dentes brancos de marfim eu me senti hipnotizado

pela sua beleza que até os meus gestos ficaram reduzidos e

inativos, só quando ela saiu me dei conta que tinha perdido a

minha máxima ocasião de encontrar a minha felicidade de ser

humano. Teresa a velha secretaria que nunca encontrou nada

para trincar diz amanhã vou também vestir um T-shirt

Minerva e vou no Bus 7 para encontrar o meu príncipe,

adiantando nunca na minha vida, tive uma história assim é

mais raro que ganhar ao Euro milhões. Todos se riam mas de

forma dócil!

Aníbal um amigo e um fervente adepto e cliente de

Facebook diz a Germano olha amigo se tu estás de acordo,

vamos procurar a beleza no Facebook, Germano responde

positivamente.

Depois de terminar o trabalho Aníbal escreve uma notícia sobre o seu Facebook e envia a todos os amigos, como ele tem amigos jornalistas, eles encontram piada de publicar no jornal da região, Germano com esta comunicação perdeu a sua liberdade de ser humano reservado, mostrou a fraqueza do ser humano

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em frente ao amor e muitas pessoas começaram a visita-lo para ver o apaixonado sentado à espera da princesa desconhecida, a qual ele nem sabia se o seu coração já estava ocupado dilema da vida de um amoroso fácil, as pessoas curiosas passavam e riam-se reservadamente. Germano não olhava para as pessoas, mas volta e meia chegava uma pessoa amiga que o conhecia e falava com ele, ele lá ficava com a sua vontade de encontrar o diamante do Bus 7. Germano passou assim alguns dias sentado às mesmas horas no banco em frente na paragens do Bus 7, até que um dia a princesa deu sinal de si pelo intermédio do Facebook, e escreveu estou disposta a encontrar este senhor, mas o meu coração já está ocupado, sou empregada de mesa num restaurante de gastronomia da cidade, chamo-me Elvira e efetivamente nesse dia vestia um t-shirt MINERVA, Germano deixou de ir esperar no banco da cidade que já vinha a ser uma história turística dos apaixonados de sensações fortes. Entrou em contato com Elvira e durante alguns tempos se comunicavam pelo Facebook até que um dia resolveram tomar um café juntos para esclarecer os seus afetos. Germano pensou depois friamente ao ridículo que se

expôs e ao mesmo tempo dizia-se, mas porque temos de

passar por situações tão complicadas e burlescas, quando as

impulsões amorosas nos possuem, olha para o espelho e vê

as suas faces a ficar vermelhas fecha os olhos e vira-se

esfregando a cara!

Antes do encontro com Elvira. Germano vai ao

casamento de um amigo de infância e pensa ao casamento

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como deve ser bonito a felicidade das pessoas quando andam

a preparar o casamento é maravilhosa, ele via na cara do seu

amigo a mudança de alegria e motivação para preparar os

festejos do seu casamento. Ele se ponha a questão se ele um

dia também iria conhecer estes momentos de felicidade.

A hora do encontro se aproximava, este encontro

com a mulher que o fazia avermelhar de timidez pelos feitos

da sua instintiva amorosidade, e esta situação ia-lhe deixar

marcas na sua vida, às 17h00 exatas ele entra no café aonde

foi marcado o encontro, mal se sentou uma linda jovem entra

e olha com os seus olhos claros como um limpa para-brisas de

carro olhando de esquerda para a direita num angulo de 190°

graus, e num gesto instintivo Germano se levanta e faz sinal à

sua idólatra, esta com um sorriso parte em sua direção

Germano se apresenta e ela dizendo o seu nome e diz

podemos nos beijar para desejar um bom encontro entre

amigos.

Os dois sentam-se à mesa Germano pergunta o que

ela deseja tomar ela diz um sumo de laranja e Germano pede

um café à empregada de mesa que entretanto chegou para

tomar o pedido. Depois um momento de silêncio de alguns

segundos que se fez sentir como um espaço de horas

indeterminadas, até que Germano começou a contar o

histórico à Elvira, em dizendo não sei se me vai autorizar mas

vamos nos tratar por tu, ela diz sim com certeza! Ele começa

a contar como se passou aquele dia eu tinha acabado de

trabalhar como de habito foi apanhar o autocarro (bus 7) na

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paragem e mal entrei os meus olhos bateram nos seus, mas

tu desviaste a cara para o lado, eu senti no meu corpo o meu

sangue que começou a ferver e com os olhos passei-te ao

scanner nunca tive tanto sentimento de apaixonado por uma

pessoa como por ti naquele dia, mas ao mesmo tempo fiquei

sem forças para te dizer alguma coisa tudo isto foi tão rápido

que quando saístes no largo ``Praça Guisan`` eu não tive

tempo sequer de descer também só foi depois na Praça

Central que saí e vim à tua procura, como um doido e com

um passo acelerado até à paragem aonde tu saístes olhei

para todos os lados mas não te encontrei, passado duas horas

fui para casa entrei no meu apartamento de três assoalhadas

preparei alguma coisa para comer vi a televisão, mas a tua

imagem não mais saiu da minha mente, mais tarde fui para a

cama. Mas não consegui dormir, passei a noite com

pesadelos e numa aflição de ansiedade e agonia de te ter

perdido de vista para sempre.

Elvira olhava e ouvia Germano com muito afeto e

paixão, mas sem sentir outras emoções mais profundas e

Germano continuava a sua argumentação de striptease

emocional sem vergonha, como um bebé que se declara à sua

mama. Germano contínua, no dia seguinte, resolvi esperar à

mesma hora em frente à paragem do Bus 7.

O meu sentimento tomou conta da minha razão e

encontrei-me desnudíssimo de vergonha a única coisa que eu

pensava era de te encontrar para te declarar meu amor, e o

resto tu já sabes, hoje seu feliz e triste ao mesmo tempo por

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te ver aqui ao meu lado, claro que já me dissestes que estavas

comprometida e com projetos de viagens e casamento, só me

resta desejar-te muita sorte para o futuro e eu vou continuar

a minha vida mas com a tua linda imagem.

Elvira tomou a parola e disse, pois é assim peço

desculpa, por não partilhar contigo os mesmos sentimentos o

meu coração bate numa outra morada. Mas fico sempre à tua

escuta se te posso ajudar como amiga.

Eu estou terminar a minha formação dentro da

hotelaria e depois juntamente com o meu namorado

pensamos ir fazer um estágio em Inglaterra ou Austrália, ele

também trabalha no mesmo ramo.

Germano, diz penso fazer algumas viagens no mundo

globe-trotter, talvez fazer uma viagem pelo médio oriente,

mas antes dar uma pequena viagem com a minha mota em

suíça. Elvira diz se quiseres, podes enviar-me uma carta de

viagem, assim sabemos novidades um do outro, o meu

namorado já está ao corrente da tua história, até um dia faz

questão de te conhecer.

Elvira e Germano acabarão por falar da sua profissão

durante longos minutos, e à hora de se separar Germano deu-

lhe um beijo na mão e despediu-se dizendo até sempre.

Germano saiu do café, Elvira caminhou o seu caminho

dizendo adeus a Germano.

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No dia seguinte depois de ter passado uma noite mal

dormida Germano resolveu ir passear de barco até às ilhas

São Pierre no lago de Bienne.

Embarcou no barco de turismo da região destinação

ilhas de São Pierre, o barco ia a metade cheia com turistas da

região. Germano sentou-se nas cadeiras da frente do barco,

tirou a sua máquina de fotografias para fora e fez algumas

fotos da parte direita do lago. Ligerz, Twanner, as pessoas

falavam Suíço Alemão e Francês, algumas crianças que

acompanhavam os avôs ou pais brincavam uns com os outros

Germano tentava passar sem ser muito visto a imagem do dia

anterior ainda estava presente na sua memória.

Ele começava a realizar, que tinha de viver e fazer a

sua vida sem Elvira. O barco parava haviam pessoas que

saiam outras que entravam, o barco começou a ir contra as

margens esquerdas em direção das Ilhas. As Ilhas eram muito

frequentadas não só pela sua beleza, mas também porque foi

ali que Jean Jacques Rousseau autor do livro Émile e do

Contrato social esteve exilado durante 6 semanas em 1765,

por causa do conflito que teve com o pastor De Montmolin

que o acusou responsável da sua lapidação à Môtiers,

encontra-se no distrito (Canton) de Berna o lago de Bienne

faz parte dos 3 lagos ao pé da região do Jura.

Pode-se ir também por terra depois de Erlach

(Cerlier) até às ilhas de São Pierre.

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Na ilha há uma grande quinta com muita vinha, frutas

e legumes rodeada de água, com um mosteiro, ai pode-se

visitar o quarto aonde pernoitou alguns dias o grande

filósofo.

Segundo os historiadores foi ai que Jean-Jacques

Rousseau começou uma obra mas nunca acabou com o título

(les Rêveries du promeneur solitaire) = os sonhos do

passeador solitário.

Ele deixou escrito alguns apontamentos como este

que dizia no seu quinto passeio...

Quando a noite se aproximava desci os altos da ilha e

com muita satisfação sentei-me à beira do lago e num silêncio

de asilado encubro, ouvi o som das ondas e a efervescência

da água corrente que batia nos rochedos que tomou conta

dos meus sentidos a minha alma mergulhou-se num sonho

delicioso, a noite muita das vezes me surpreendeu sem eu ter

notado o fluxo e refluxo da água com o seu ruído contínuo,

fazia dilatar as minhas orelhas e os meus olhos fixados nas

pequenas partículas da água, dava-me um prazer de assistir a

uma existência de prazer e ser feliz sem me preocupar da

razão do meu estar. Tradução do texto original em francês

por José Duarte

Germano passeou pelas Ilhas e sentou-se à borda do

lago havia crianças que brincavam, e se amolavam uns com os

outros na brincadeira sobre os olhares dos pais, estes sem

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mais, diziam meninos fiquem quietinhos, mas acabavam por

virar as costas um rapaz de cerca de 10 anos tinha apanhado

uma boneca da sua irmã com cerca de 7 anos e lhe dizia vou

lavar os pés da tua menina pois estes estão a cheirar a

transpiração, assim ela vai lavadinha para casa, a irmã

chorava num choro sem vontade, e corria atrás dele para lhe

apanhar a boneca, assim brincaram até o barco de passeiros

chegar para os levar de volta a Bienne.

Germano olhava para as crianças com uma mágoa de

pensar que ele não ia ter a satisfação de ver os seus filhos a

brincar com uma boneca na beira do lago, pois já tinha

tomado a decisão de ficar solteirão para sempre.

Germano foi ao quiosque comprar uma carta postal

para enviar a Elvira e desejar-lhe tudo bom para as suas

provas finais da profissão.

Neste momento se lembrou que ela lhe tinha dito que

depois dos exames ela e o seu amigo Luiz iam fazer um

estágio a Londres ou Austrália para melhorar o seu Inglês.

Germano comprou a carta de visita sentou-se numa

mesa do self-service com uma cerveja e um sanduíche e

escreveu a sua carta simples dizendo que passou um lindo dia

em solitário, mas com lindas imagens da natureza à sua volta,

terminando com os votos de tudo bom para as provas, pôs a

carta numa caixa dos coreiros que se encontrava ao lado do

quiosque e verificou que a dita caixa estava bem cheia, na

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Suiça é moda de enviar cartas postais dos locais turísticos,

agora é menos por causa dos Iphones e tabletes, mas uma

carta postal é romântico.

Germano resolveu regressar à Bienne por comboio

com o seu saco de costas, então caminhou até Landeron em

passando por Erlach, duas aldeias que ficam perto das ilhas e

que tem acesso terrestre com pequenas pontes no Inverno

são interditas mas desde abril até outubro estão abertas ao

público. Germano gostou de apreciar a paisagens à sua volta,

depois parou para tomar uma cerveja na aldeia de Landeron

que é uma aldeia linda do Cantão de Neuchâtel que faz

fronteira com o Cantão de Berna e do concelho de Bienne.

O Castelo de Landeron (Le Chateau de Landeron) com

as suas janelas da era gótica hoje está instalado um cinema e

o teatro da aldeia. Têm um chafariz impressionante aonde

todos os visitantes fazem alta para beber, é uma linda e

pequena aldeia medieval.

A viagem continuou até Bienne, Germano entrou no

seu pequeno apartamento e preparou alguma coisa a comer

como já era tarde resolveu fazer pasta com um molho basílico

(pesto) que a sua mãe lhe deu, a sua mãe Dona Gloria de

origem Italiana, mais precisamente de Piemonte, e cada vez

que Germano lhe faz visita lá para os lados de Zurique esta

lhe enchia a mala do carro com conservas caseiras.

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Germano comeu o prato de pasta que achou

maravilhoso, mas entre os fios da pasta e cor verde do molho

via mentalmente a silhueta da sua Elvira, não sabendo como

ia ter de esquecer o seu ato de apaixonado, ele se diz a si

mesmo afinal quando se está apaixonado é como ter

comichão nas costas, mas cada vez que se coça mais se tem

vontade de coçar...

Germano acaba de dormir de cansaço do dia em cima

do seu pequeno sofá e com a televisão ligada, pois ele que

queria ver a reportagem sobre o programa de abertura do

novo estádio de futebol de Bienne (Tissot Arena) acabou por

não ver nada. Quando acordou desligou a televisão e foi-se

lavar para se deitar.

Dormiu bem e durante a noite tinha ligeiramente

sonhado que andava a percorrer o mundo com um saco às

costas, mas sem muita precisão.

No dia seguinte resolveu falar com o seu diretor para

tirar seis meses de pausa de trabalho para poder realizar os

seus sonhos de viagens, marcou um encontro com o diretor, e

explicou a sua vontade de fazer seis meses sabáticos para

fazer uma viagem através o mundo, este acordou o pedido e

Germano ficou muito satisfeito, pois começou a organizar a

sua viagens, depois foi passear a Bienne como era a feira dos

comerciantes na cidade foi visitar um pouco a feira na rua

central encontrou o velho Inácio cumprimentou e contou-lhe

a novidade este disse-lhe olha aproveita de fazer umas

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viagens e tenta esquecer o passado, senão vai passar uns dias

de meditação no Mosteiro dos Capuchinhos em Friburgo

Suíça, pois eu aqui há anos fui passar uns diazinhos lá e

depois senti-me como novo.

Inácio bateu nas costas do seu amigo e partiu sem olhar para traz murmurando sozinho e desejando o melhor ao jovem. Germano ficou a olhar para Inácio que desaparecia na rua e ao mesmo tempo viu que ele mancava um pouco da sua perna esquerda Germano pensou tudo o que é esquerdo não é seguro, mas estamos habituados a viver com os dois lados esquerdos e direita porque um sem o outro também coxeia. Germano riu-se sozinho e diz mesmo nas tristezas, têm-se de encontrar alguma coisa para rir. Germano resolveu ir passar uns dias no Canton (Cantão) do Grison (Grisão) com a sua mota, Norton chegou ao apartamento preparou as suas coisas, no dia seguinte, partiu com destino ao Grison a manhã estava fresca para um dia de verão, mas o clima na Suiça é assim mesmo nos meses de Julho pode fazer frio. A região de Grison (Grisão) é muito linda, mas um bocado longe pois são cerca de 270 km depois de Bienne Berna. Resolveu ir pela autoestrada e só fazer stop nos restaurantes de autoestrada, parou duas vezes antes de chegar a Zurique, depois continuou direção Davos parando também algumas vezes e para almoçar depois de almoço fez uma sesta, por volta dos 16 h 00 chegou a Saint-Moritz que é uma cidade do Canto de Grisão com muitos comércios de luxo os artigos nas vitrinas não tem preço marcado para não

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se saber o preço quase que é um afronto à classe operaria, os hotéis de 4 e 5 estrelas com as suas receções luxuosas os porteiros e condutores à porta prontos a acolher os grandes milionários deste mundo, pois dizem que é nesta cidade aonde se encontra mais milionários ao metro quadrado. Saint Moritz é uma cidade do distrito de Maloja que se fala três línguas. Alemão, italiano e romanche (idioma do Grisão) mas a língua mais falada é o Inglês por causa dos ricalhaços turistas. St.Moritz é um lugar dos mais célebres do mundo é chique, elegante e único, escondido a uma altitude de 1856 metros torna-se o berço dos desportos de inverno. Tem uma história muito rica com os desportos de inverno e termal, pois já organizou dois Olimpíadas (1926 e 1948) Esta cidade tem Hotéis e Restaurantes de alta qualidade. É uma região aonde se encontra lindos lagos que se situam no Alto Engadine, com um clima seco legendário e sol 322 dias. Em St Moritz vive-se do Turismo de luxo. Com uma clientela de mais 70% de visitas. Germano visitou calmamente nas ruelas de luxo de St. Moritz, depois de passar algumas horas entre as montras de marca tomou alguma coisa e continuou a viagem, depois de alguns quilômetros entrou na freguesia de Sils-Maria e viu a casa aonde morou Nietzsche o escritor filosofo que viveu aqui nesta aldeia algum tempo, aonde escreveu o famoso livro (Assim falava Zarathoustra) e com um sentimento de saber mais sobre Friedrich Wilheim Nietzsche 1844-1900, seu verdadeiro nome, procurou um hotel próximo, e mais à frente encontro o velho hotel Schweizerhof parou a sua Norton, entrou na receção, perguntou por um quatro a empregada lhe disse sim, mas para duas noites ele disse sim.

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Tomou conta do quarto no quarto andar arrumou as suas coisas e foi a pé até ao museu do Nietzsche, mas quando ali chegou estava a quase a fechar a porta, ainda entrou mas ficou pouco tempo dentro, desanimado acabou por se passear ao lado do lago de Sils-Maria aonde cruzou muitos turistas grupos que falavam Inglês e Alemão, o lago de Sils-Maria chama-se o pequeno paraíso, as pessoas passeiam-se calmamente na margem do lago ou fazem viagens em barcos pequenos, são lindíssimas paisagens únicas entre as montanhas e o lago.

Museu do Nietzsche em Sils-Maria

A cama aonde dormiu o filósofo

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Germano, passeia-se e aprecia o panorama que se oferece a ele, passados algum tempo volta em direção ao hotel senta-se na esplanada e toma uma cerveja o sol começa a se esconder, ele se diz antes de ir jantar vou dar um mergulho na piscina de água salgada do hotel, sem perder mais tempo levanta-se e prepara-se para ir à piscina. A água está a 33°C com jatos de massagens, aproveita para fazer massagens às pernas e costa, senta-se nos bancos dentro da piscina e lembra-se da sua passagens com Elvira e Luiz se pergunta aonde estarão, pois tenho que lhe enviar uma carta postal daqui.

St. Moritz Suisse Mal ele não sabia que Elvira e Luiz depois dos seus exames resolveram ir passar 4 semanas de férias à terra dos ovos de Luiz que é a Argentina a Buenos Aires. Antes de partir enviaram uma carta postal a Germano mas este já tinha partido para o Grisão, portanto não sabe.

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Germano sai da piscina, vai ao quarto, prepara-se para depois ir comer ao restaurante, senta-se à mesa o empregado de mesa apresenta a carta, ele escolhe uma salada mista e como prato principal os Capuns que é uma especialidade do Grisão Os CAPUNS faz parte da culinária tradicional paisana, são travesseiros feitos com massa de spätzli e de carne de grisão atado com couve cardos só as folhas verdes e levados ao forno para gratinar. Ele pede também para acompanhar uma pequena garrafa de vinho tinto da região Malanser, no final passa pelo Bar para tomar um café, e ao mesmo tempo passa pelo quiosque para comprar uma carta postal e enviar a Elvira.

O lago de St. Moritz

Escreve a Elvira e conta-lhe o que visitou durante estes dias em duas palavras, termina dando cumprimentos e um abraço amigo para Luiz também. Antes de ir para o quarto passeou ainda cerca de

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meia hora, depois foi para o quarto. No dia seguinte depois do pequeno almoço foi visitar o museu do Nietzsche, pagou a entrada e começou a visita muitos livros antigos do filósofo no rés-do-chão 16 montras com fotografia e livros para vender em Alemão e alguns em Francês, subiu ao 1er andar e viu o quarto com a cama aonde dormia o filósofo, uma cama pequeníssima num quarto sem conforto. Germano comprou o livro en Francês do filósofo Humain, trop humain (Humano muito humano) assim já tinha literatura para ler o resto da tarde, depois de almoço resolveu visitar St Moritz agarrou na sua mota Norton 961 e lá foi até à cidade, vagabundou toda a tarde como fazia bom tempo apreciou as montras e as bonitas turistas que pareciam sair de um outro planeta parecia que estava num desfile de Miss mundo eram todas umas mais bonitas que as outras, estes momentos lhe fizeram esquecer a sua linda Elvira. A língua mais falada de St Moritz é o Inglês. À tarde regressou ao hotel e no dia seguinte partiu para Coire en alemão Chur é a capital do distrito (canton de grisão) pela estrada teve tempo de apreciar as lindas paisagens da região, quando chegou procurou um hotel para passar uma noite antes de continuar a viagens de volta para Bienne foi no hotel Best Western que resolveu passar uma noite. Depois de almoço foi visitar o museu e a catedral. Elvira e Luiz estavam nas ruas de Buenos Aires passeando e descobrindo Luiz que tinha crescido nas fabelas (bairro das latas) de Buenos Aires. O cheiro que Luiz sentiu ao chegar ao bairro aonde ele cresceu as barracas sem portas com cortinados a tapar ainda estava na mesma forma como ele conheceu, sem quarto de banho sem luz os caminhos de terra aonde ele e os amigos jogavam à bola, e a rua que servia

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de salão a todos os vizinhos era na rua que se vivia, ele caminhava com Elvira e contava as suas aventuras de criança antes de partir para a Suíça, ela dizia como se pode ser assim feliz com tanta miséria como vizinho. Alguns minutos de silêncio se faziam esperar e Luiz olhava de um lado para o outro das ruelas para ver se encontrava alguém conhecido, mas não conhecia ninguém as pessoas mudaram mas o bairro não, os dois namorados abraçaram-se um ao outro e beijaram-se longamente dizendo um ao outro obrigado por te encontrar. Mais adiante encontraram um jovem a jogar com uma lata de conserva e Luís disse, também fiz muitas das vezes assim! Elvira foi à carteira tirou dez pesos argentinos e deu ao rapazinho e disse vai comprar uma bola este diz não vou comprar uma tortilha e se chegar vou comprar uma bolita. Elvira deu-lhe mais dez pesos e disse, agora podes comprar as duas coisas o menino com os olhos pretos arregalados sorrindo antes de responder muchas gracias señora es muy amable, e desapareceu nas ruelas apertadas do bairro das latas de Buenos Aires. Elvira e Luiz erraram mais algum tempo e argumentando tudo o que viam, a Argentina vinha de travessar muitos anos de crise Da ditadora militar até à banca rota. Todas estas situações deixaram marcas na vida das pessoas, desde a junta militar que deixou desparecidos, mortos e refugiados ainda hoje há mais de 30.000 pessoas que estão dadas como desaparecidos. O general Vilela o ditador que acabou por morrer na prisão. Os pais de Luiz que imigraram para a Suiça pelo

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intermédio de um tio irmão do pai, nos anos 2000 quando Luís ainda tinha 5 anos, foram assim que Luiz frequentou a escola primária e secundária Suíça e depois fez a sua aprendizagem de cozinheiro. Elvira viu ainda afixes de Evita (o seu nome é Maria Eva Duarte Perón) perguntou a Luiz ainda existe pessoas que adoram Eva Perón ele respondeu sim Evita como lhe chamam é como uma santa para muitos e acrescenta quando passarmos por uma livraria vamos comprar o livro da sua biografia foi uma grande senhora, infelizmente morreu muito cedo. Os dois continuaram no passeio de recordações e depois tomaram o caminho da cidade aonde foram almoçar num restaurante típico de Buenos Aires os hábitos na argentina é de comer muita carne, as carnes são excelentes os bifes e costeletas pesam entre 250 gramas a 400 gramas, quase todos os restaurantes tem os famosos churrascos, mas também tem de bons peixes. Os dois amorosos entraram num restaurante sem ver o nome e descobriram ao entrar que o restaurante se chamava Luiz deu-lhes um ar de riso comeram bem e depois foram ao hotel para fazer uma sesta.

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Estação de caminhos de ferro de St. Moritz Entretanto no Grisão Germano se preparava para continuar a sua viagem em direção Zurique e Bienne, arrancou com a sua mota e saco, mas ao sair da aldeia viu uma jovem com um saco às costas a pedir boleia, ele parou junto de ela e perguntou para onde ia ela respondeu num Alemão Austríaco vou para Zurique, ele disse olhe se quiser levo-a na mota ela disse está bem eu até gosto de andar de mota, Germano tirou o casco de reserva e a menina antes de por o casco disse primeiro vamo-nos apresentar eu chamo-me Sarah e você? Ele diz meu nome é Germano. Depois da apresentação lá seguiram na autoestrada não havia muito tráfico, mas com o barulho não dava para falar muito, Germano sentia as mãos da jovem a agarrasse à sua cinta e pensou às mãos de Elvira, as mãos de Sarah eram macias e meigas uma menina cheia de coragem (para andar a viajar sozinha) mas que não devia trabalhar muito manualmente.

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Perguntou-lhe se ela queria parar um pouco para tomar uma bebida Sarah diz sim e Germano parou num restaurante de autoestrada, aproximaram-se du café bar e pediram as bebidas em cima de uma bandeja se sentaram na esplanada e Sarah explicou a causa da sua viagem, dizendo que a sua Santa mãe morreu há seis meses e sempre lhe disse que a mais bonita recordação que tinha foi uma viagem em auto stop que fez em Suíça no Canton do Grisão ela dizia que as pessoas eram muito simpáticas e que na região do Grisão encontrou camponês que lhe ofereceram dormida e comida ela contava isto muitas das vezes, e eu ao princípio não dei muita atenção porque as recordações são recordações e os tempos mudam. Mas quando terminei os meus estudos e após a morte da minha Santa mãe resolvi fazer uma viagem nos seus traços, hoje encontro-me em algures da Suíça com um motorista (motard) que não conheço, só sei que se chama Germano, e é muito simpático... Entretanto se sentaram ao lado da mesa deles uma família de africanos que vinham a brincar uns com os outros e Germano diz eu admiro estes povos Africanos sem nada, mas estão sempre felizes não precisam de muita coisa para estar satisfeitos com a vida, eu diria que vivem ao presente sabendo que o futuro é o presente de amanhã. Germano pergunta a Sarah pelo pai, ela diz o meu pai separou-se da minha mãe quando eu tinha 10 anos, sempre se ocupou muito de mim foi um bom pai morreu com uma doença não identificada quando eu tinha 15 anos, era um homem como muitos outros mentia, não era fiel e não gostava de pagar impostos, gostava de ir ao futebol, mas foi um bom e maravilhoso pai.

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Germano agarrou-lhe pela mão por cima da mesa e num gesto de carinho deu-lhe um beijo na mão. Germano acabou por contar um pouco os seus projetos de ir viajar globe-trotter, e para realizar o seu sonho pediu seis meses sabático dizendo que vai partir no médio Oriente, e depois vai ver como dar seguida ao seu destino. Sarah olhava para Germano com os olhos de admiração e ternura, e sentia que dentro dela começava a cozer alguma coisa estranha e anormal pois só conhecia este homem há alguns minutos, não sabia o que ele fazia, se era casado ou não, e de repente lhe perguntou Germano tu és casado? Este riu-se e diz não minha amiga eu sou livre como um canário mas não sei cantar, ela riu-se e ao mesmo tempo uma cor rubi apareceu-lhe nas faces sem rogas e sem pintoras guarnecidos com dois olhos castanhos e cabelos pretos cortados curtos mas bem tratados. Germano levantou-se e dobrado em cima da mesa deu um beijo na testa de Sarah e diz não me incomoda de fazeres tal pergunta. Os Africanos despedem-se e partem dizendo boa viagem e boa sorte e riem-se de maneira maliciosa, e com a mão fizeram um sinal dizendo adeus e o mais jovem cantarolava do, ré, mi, fá, sol, lá, si, do, assim fazia a minha avó e abanava com o posterior outro mais velhito lhe respondia, com do e mi e lá, si, fá... O tró-ló-ló e abanava as nádegas. Assim a rir-se foram desaparecendo. Germano e Sarah, levantaram-se, arranjaram o tabuleiro e foram para o parque aonde estava a mota, ele agarrou sem pensar na mão de Sarah esta respondeu com um aperto e a flama se incendiou, o que se chama o amor passageiro à primeira vista os dois agarrados um ao outro em

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cima da passadeira do parque ficaram alguns segundos sem respirar e num beijo que não parecia terminar mais... Sem falar aproximaram-se da mota e sem dar uma palavra arrumaram, as coisas beijaram para desejar um ao outro uma boa viagem. Sarah pensou à sua mãe, e disse para consigo mesmo, talvez encontrei o secreto da família que a minha mãe nunca contou, mas também seja isso a razão de ela ter sempre uma saudade pela sua viagem em Suíça. Enquanto Germano conduzia a mota Sarah com as suas mãos suaves lhe apertava a cinta e numa satisfação de serenidade sentia, começou a cair umas gotas de chuva raríssimas como que esta água temperada e límpida viesse batizar um grande momento da sua vida com um desconhecido o qual queria conhecer mais. Dentro da sua cabeça não ouvia o barulho do motor da mota nem via as lindas arvores nas bermas da estrada sentia um vazio total e uma grande felicidade imensa penetrava nos seus neurónios com um ritmo repetido. Passados alguns quilómetros Germano perguntou o minha Sarah vai tudo bem e esta respondeu prontamente às maravilhas! Assim uma viagem nunca tinha de terminar. Germano riu-se e diz é de fato uma bela viagem, os dois ficaram num grande silêncio, depois de uma curva apareceu um arco-íris maravilhoso e duas vozes se ouviram um dia de alegria a nos contemplar.

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O comboio Bernina ( Grison) Entraram na cidade de Zurique e pararam em frente à estação de caminho de ferro, Germano não sabia se devia partir ou ficar para dar uma continuidade aos seus sentimentos, dizendo-se mas os meus sentimentos, talvez não sejam os sentimentos dela e perguntou a Sarah meu carinho o que vamos agora fazer? Ela lhe diz vou ficar sozinha agora, vou ficar um pouco perdida pois tu já ocupaste o meu espaço de viagem, agora só tenho receio de te perder para sempre. Os dois se abraçaram e num beijo a fazer parar o trânsito da estação de Zurique. Germano diz, olha se estás de acordo, vamos ficar juntos um dia e amanhã cada qual segue o seu caminho, e se um milagre tiver de acontecer estamos os dois para o festejar. Sarah agarrou-se a Germano e diz tu já foste e és o meu milagre e Germano diz abraçado a ela e tu és a minha graça.

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Aos bordos do lago de Zurique nos meses de verão. Germano estacionou a mota os dois pegaram nos sacos e foram à procura de um hotel, Claro uma estadia nos hotéis no centro da cidade são custosos, mas Germano tem uma boa carta de crédito pois esta ocasião não tem preço. Acabaram por encontrar um hotel 3 estrelas aonde entraram para perguntar se tinham quartos libres ao chegar à receção olharam para os funcionários e com surpresa viram um empregado de cor que lhe momentos antes num café de autoestrada lhe tinha cantado do, ré, mi, fá, sol, lá, si, ele olhou o casal e diz do, ré, mi é aqui. Os três riram-se Germano ia para perguntar o um quarto e este diz temos! Temos, foi buscar as chaves e diz é ao 7 andar pegar o elevador à esquerda

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Germano e Sarah entram nos ascensores sorriem e entregam-se um ao outro num grande beijo. O elevador pará aos soluços os dois saem e entram no quarto 705, mal abrem a porta vem um painel colocado em cima da cama com uma pauta de musica do, ré, mi, fá, lá, do, si, do. Os dois abraçam-se e se deixam cair na cama se despindo de maneira apreçada, entregam-se nas mais profundas relações amorosas íntimas, a fome juntou-se à vontade de comer durante algumas horas os dois fizeram conhecimentos carinhosos e cariciosos, durante que Sarah se ausentou para ir ao quarto de banho, Germano deitado em cima da cama se pergunta eu esqueci a minha bonita Elvira, e uma grande perturbação entra na sua cabeça entre amor e amizade consumida. Germano espera por Sarah esta deita-se ao lado de Germano e dois se contemplo o corpo um do outro com muita carícia e delicadeza, Germano nunca tinha visto um corpo assim tão perfeito e jovem. Ele perguntou Sarah gostas de mim ela lhe diz não mas adoro-te e amo-te e tenho medo de te perder. Duas lagrimas branquinhas caiem pela face de Sarah, Germano limpa as lagrimas com os dedos. Ela diz o amor faz assim em pouco tempo traz o riso, alegria, felicidade e tristeza é a cozinha do amor que eu nunca conheci estou a conhecer pela primeira vez estes sentimentos tão desordenado para atingir talvez a felicidade ou a saudade eternal como a minha Santa mãe. Alguém bate à porta do quarto e diz serviço Germano veste umas calças e uma camisa para ir abrir a porta e Sarah vai para a casa de banho, Germano abre a porta é o nosso amigo recepcionista que chega com uma garrafa de espumante da região de Zurique com pequenos aperitivos

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para acompanhar e diz é para desejar uma boa estadia no nosso hotel, Germano pega no tabuleiro e diz muito obrigado até breve. O empregado diz à vossa saúde, e fecha a porta. Germana e Sarah brindam e provam o espumante, Germano liga a televisão e vê as noticias na Síria e no médio Oriente os dois comentam nós estamos aqui a viver a felicidade e a consumir o prazer e perto de nós, no mundo as crianças morrem sem ter visto nada mais do que a guerra, fome e as injustiças de uma sociedade sem sentimentos e sem tolerância que vive na indiferencia, egoísmo e ódio. Estes homens, mulheres e crianças que vivem na tristeza, fome, medo e sofrimento e que não percebem sequer do que são culpados. Os dois pombinhos resolveram sair do quarto para ir passear um pouco na cidade de Zurique, ao visitar mão a mão numa das ruas com as montras mais caras do mundo, os dois apreciam as ourivesarias e artigos diversos de luxo. Germano entra na confeitaria Sprüngli e compra uma caixa de trufas para oferecer a Sarah. Os dois dessem as ruas até ao lago de Zurique as paisagens são maravilhosas, sentam-se os dois à beira do lago e falam das suas vidas mais íntimas para melhor se conhecer, ela conta as suas aventuras na faculdade e a sua vida de família ele acaba também por contar a sua experiencia do apaixonado do bus, eles sorriem e dizem parece tudo isso esta já muito longe de nós, eles abraçam-se e com beijinhos de carinho e meiguice dizem e um parar o outro se fosse-mos comer! Então resolvem ir jantar ao Zeughauskeller que é um restaurante típico de Zurique de 1487 com uma decoração e história muito antiga.

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As especialidades da casa são fatiazinhas de vitela à moda de Zurique (émincé de veau à la zurichoise) e o famoso escalope de vitela Cordon bleu a guarnição é o rösti. Germano e Sarah sentam-se numa mesa no fundo do restaurante para ficar mais à vontade encomendam as especialidades da casa com uma garrafa de vinho tinto da região de Zurique Germano explica a história do restaurante e provam as iguarias um do outro em comentando os sabores assim passam duas horas à mesa, o empregado de mesa chega para perguntar se desejam sobremesa Germano diz olha vamos provar o bolo com Kirch que é uma especialidade Suiça muito interessante! Germano encomenda e o empregado limpa as migalhas da massa antes de colocar os talheres para o bolo. Sarah ao ver o empregado de mesa a limpar a mesa lembra-se de um colega da UNI, do qual o seu pai era professor da hotelaria e gostava de contar adivinhas sobre a gastronomia. Uma era sobre as migalhas da mesa... Germano pede para ela contar. Bem então vamos! O que é? O que é? Eu e as minhas irmãs incomodamos toda a gente estamos espalhadas na mesa no chão e mesmo em cima das calças ou vestidos das senhoras somos pequeninas mas incomodas.

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Antes de servir a sobremesa nos restaurantes com um bom serviço limpam-nos pela esquerda e pela direita com um guardanapo, escova ou outros objetos levam-nos juntas umas por cima das outras e deitam-nos ao balde do lixo com o resto das outras coisas. Portanto nos poderíamos dar prazer a outros animais! Adivinhe quem somos nós? Nós somos as migalhinhas de pão! Germano e Sarah riam-se e o empregado de mesa ouviu e riu-se discretamente. No final do jantar foram para o hotel para se melhor conheceram No dia seguinte, viram chegar a hora da dura separação. Muitos amorosos viram a sua aventura fazer pelo menos uma interrupção desconhecida! Germano acompanhou Sarah ao comboio, abraçados um ao outro com momentos de silêncio grandes aonde só os dois poderiam descrever, o comboio chegou e deu a sua apitadela habitual Germano ajudou a Sarah a subir e dando-lhe uma beijoca final os dois dizem eu envio um ESM. Sarah senta-se no banco tire do saco o seu portável e começa a escrever e a dizer a Germano as suas felicidades em o encontrar. Germano antes de pegar na mota lê a ESM e responde a Sarah com muita emoção e afeto... Segue o seu destino para chegar a Lucerna antes de partir para uma longa viagem. Germano pega na sua mota sente ainda os odores de Sarah na suas mãos e roupa sente uma alegria e satisfação que se transforme numa inquietação e nervosismo, no comboio passa-se a mesma coisa com Sarah.

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Germano chega a casa e vê que a caixa do correio está a vomitar os jornais e correspondência que se juntou durante a sua ausência. Sobe ao apartamento para ir buscar a chave da caixa do correio e abre vê alguns postais de Elvira e Luiz sente uma curiosidade de saber aonde eles estão e ao mesmo tempo vê que as emoções com Elvira são passageiras Sarah começou a ocupar espaço nos seus sentimentos. Lê os postais e fica muito contente das notícias, Elvira e Luiz viajam na Argentina e estão felizes e para ele é positivo! Germano senta-se no salão pega num copo de água e olha par o seu velho Napolitano é uma imagem em porcelana que a sua mãe lhe deu para lhe fazer companhia. Germano vira-se para ele e diz e tu como vais meu Napolitano! Este responde-lhe bem... Mas tu está muito confuso e apaixonado e ao mesmo tempo curioso de saber como Elvira e Luiz passaram as férias em Argentina. Passados alguns dias Germano organiza a sua viagem de globe-trotter, aluga um contentor para guardar os móveis e material de casa. Agarra no velho Napolitano para o meter também no contendor e este lhe diz; não me deixes aqui eu quero ir contigo para te guiar e moderar, Germano passeia-se no apartamento com a imagem do velho Napolitano na mão sem saber o que fazer e num gesto imprevisto põe o Napolitano no bolso de seu saco das costas! Dizendo aqui estás sempre

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comigo velho amigo. Depois de deixar o contendor na estação de mercadorias e volta para o apartamento para acabar de limpar e dar as chaves ao porteiro, pois a ultima noite que ele vai dormir em Bienne vai ser em casa do seu amigo Aníbal este também lhe guarda algumas coisas mais privadas as quais Germano teve o cuidado de embalar e colocar numa caixa plástica. Mas antes de ir para casa do seu amigo passa pela cidade para fazer algumas compras de higiene e uma garrafa de uísque para oferecer a Aníbal. Germano foi de bus e neste momento lembrou-se de Elvira o dia que a encontrou e depois deste dia tudo tinha mudado na sua vida, ele olha para todos os lados com a esperança de ver a sua Elvira, o seu portável toca ele vê que é a sua amorosa Sarah e o seu pensamento dispare-se como as folhas num dia de ventania na Póvoa de Varzim, norte de Portugal, ele se reconcilia com a ideia de que Elvira foi a escada para chegar a Sarah. Ele sai do autocarro e começa uma longa conversariam ao telefone com Sarah ela conta-lhe que encontrou um Job (emprego) na cidade de Viena e que vai começar na próxima semana diz a Germano que os contatos dela ficam sempre os mesmos. Germano lhe diz que vai partir amanhã depois de Zurich em direção a Tailândia que vai ficar alguns dias em Banguecoque e depois vou viajar um pouco ao norte da Tailândia até à China. Sarah lhe diz olha tu não me troques por une Tailandesa prometes? Sim minha querida, tu és a minha Tailandesa de coração, os dois mandam beijinhos pelo

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telemóvel e despedem-se no silencio amoroso e longo. Passados alguns minutos os dois fazem EMS para explicar os seus inesperados silêncios, aonde deixaram falar mais os sentimentos que as palavras. Germano continua a sua viagem para fazer as compras e entra no supre mercado Denner, comprou alguns artigos de higiene pessoal e uma garrafa de uísque para dar ao seu amigo Aníbal, e regressa a casa do seu amigo. Ele já estava há sua espera Aníbal preparou a jantar e os dois falaram muito sobre a viagem de Germano, Aníbal lhe disse diz sempre alguma coisa envia fotos das regiões aonde passas assim ficamos sempre ao corrente das tuas viagens, para realizares tudo isto que eu te estou a dizer ofereço-te esta tableta Ipade. Germano atirou-se ao eu amigo e disse tu és o melhor obrigado irmão. A hora de se deitar começou a chegar Germano dormiu no canapé do salão, os dois se despediram em dizendo um ao outro dorme bem. No dia de manhã Germano acordou cedo para se prepare para partir para Zurich, foi ao saco e verificou se a imagens do Napolitano estava bem ao tocar na imagem pensar que ela lhe diz, dormiu um pouco nervoso, tem calma tudo vai bem se passar... Germano diz obrigado velho Napo... Preparou-se tomou café com Aníbal e saíram os dois deram-se um grande abraço e uma beijoca de amigos, os dois separam-se fazendo sinais até se perderem de vista... Germano como foi a pé até à estação começou a cantarolar Do, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si, uma velha senhora que passava

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ouviu e disse simples mas bonita! Disseram-se bom dia e continuaram o seu caminho. Germano entrou no comboio em direção a Zurich Aeroporto. Ele toma a linha de Tailandês Airways destinação Banguecoque depois a linha a Phuket, a viajem vai durar cerca de 10 horas durante a viagem, ele se instala e tire um livro do saco para ler durante a viagem a maioria dos viajadores são asiáticos e turistas casais e pessoas sós, mas não muito jovens. Ao seu lado sentou-se um senhor de origem asiática que se começou a instalar tirou os sapatos calçou umas meias ofertas pela companhia para a circulação do sangue e um saco com uma escova de dentes e pasta. Deixou-se relaxar em fechando os olhos, ouvindo os diferentes idiomas que se falavam há sua volta, algumas crianças que faziam companhia aos pais eram amimalhados pelas hospedeiras de bordo com muito carinho. Germano tirou o seu portável e controlou as SMS tinha uma do seu amigo Aníbal, outra de Sarah e uma de Elvira todos lhe desejavam boa viagem ele olhou antes de fechar o telemóvel as fotos de Sarah e depois desligou o aparelho deixando assim os seus pensamentos vagabundar entre Bienne de Elvira e Sarah à Viena, mas Sarah começava a ocupar um grande espaço nos seus pensamentos. O avião deslocou e o voo tomou a estabilidade de cruzeiro, Germano pegou num livro de Francês e Tailandês e começou a ler as palavras mais usuais da língua Tai, e tentando ouvir a conversação entre as hospedeiras en

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Tailandês a missão lhe parecia muito complexa, mas ele sabe que a aprendizagem de uma língua começa sempre por uma dificuldade de sons e gestos bocais incompreensíveis. Depois de uma boa hora a ler as hospedeiras servem a refeição da noite, através a refeição os primeiros contactos com a cultura gastronómica tailandesa! Após a refeição Germano resolveu dormir um pouco o seu companheiro de viagem dormia já há muito tempo e ressonava sem incomodar o resto dos passageiros, dentro do avião só se ouve o barulho dos motores, todos os passeiros dormem ou estão num silencio profundo, salvo um bebé que tem dificuldade a tomar o seu sonho e a sua jovem mãezinha faz todo para que este encontre a sua tranquilidade. Germano passou algumas horas num sono ligeiro mas em abrir os olhos, abrindo os olhos com um anúncio de turbulência mas sem muita agitação o avião manteve-se estável, todos os passageiros começaram a acordar menos o bebé que dormia num sono profundo e a sua mãezinha de origem asiática também. Germano pegou no livro do jornal e começou a escrever as primeiras linhas sobre a sua viagem, em tendo cuidado de escrever sempre da mesma cor e com a mesma esferográfica comprou algumas esferográficas idênticas para garantir a sua maneira de escrever o jornal. Elvira e Luís regressaram da Argentina e foram trabalhar para um hotel (Belevue palace) para a cidade de Berna que é a Capital Suíça, A viagem em Argentina os consolidou em competências com as outras culturas em especial les culturas de América Latina.

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A Argentina faz fronteira com vários países de América latina como Uruguai, Paraguai, Brasil, Chili, Elvira e Luis fizeram algumas viagens en autocarro fora da capital, foram visitar a região dos vinhedos de Mendonza e assim aproveitaram para fortalecer os conhecimentos sobre os vinhos Argentinos que estão na moda na capital suíça. Elvira trabalha na sala de jantar e o Luis como ajudante molheiro (saucier) o hotel Belevue em Berna capital Suíça, é um hotel de 5 estrelas, com uma brigada de cozinha e serviço muito grande e muito frequentado pelos políticos suíços e estrangeiro. Germano prepara-se para aterrar no aeroporto de Bangkok: O comandante anuncia a chegada ao Aeroporto de Bangkok, o aeroporto de Bangkok é o mais importante aeroporto do Sudeste Asiático, com cerca de 42 milhões de passageiros por ano. É um aeroporto muito moderno. Depois de receber seu saco de bagagem Germano chamou um táxi e dirigiu-se ao hotel que ficava cerca de 20 km do Aeroporto. Instalou-se e foi fazer conhecimentos com a cidade e ao mesmo tempo fazer exercícios no idioma Tai. Viu os primeiros tuk tuk são motorizadas de três rodas com uma cabina atrás para duas pessoas, são os meios de transportes mais utilizados pelos estrangeiros (turistas) na Tailândia.

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Algumas palavras em Tai que Germano começou a prenunciar, como... Bom dia, boa tarde, boa noite = Sawãtdi krap Sim, obrigado = Sabail dii krap Eu chamo-me= Pom Germano Tchue Adeus =Pail gone Obrigado, a = Kopkun Krap Aonde posso encontrar um táxi = Pom ja riak táxi dail tii mail krap Quanto custa ir e vir= Thaorail Krap Estas palavras eram poucas mas já dava para começar ele encontrou muita satisfação a pronunciar as primeiras palavras. As visites os monumentos Germano visitou-os a uma velocidade de um corredor de maratona, alguns monumentos que visitou foram o Wat Arun que é o templo Budista, Lumpini Parc com as suas magnificas arvores e atrações para os turistas, mercado flutuante, (floating market) um mercado no rio Chao Phraya, com os barcos e os comércios é uma atração para os turistas e amadores das outras culturas, Wat Pho com um grande buda deitado, Vimanmex Place é o Palácio Real, com o seu Buda de esmeralda emblema nacional. Wat Traimit é aqui que se pode admirar un grande buda de oro 5,5 toneladas, Chianatown ou aldeia chinesa, Chatuchak, Ayutthaya, Grande Palácio e outros monumentos. Germanno encheu os olhos durante dois dias e quando tinha tempo enviava as fotografias a Sarah, Elvira e ao seu amigo Aníbal, estes comentavam de volta.

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Passados dois dias passados em Banguecoque. Germano tomou o avião e foi até Phuket uma cidade cheia de fábulas, Germano começava cada dia a gostar mais da cultura Tailandesa e da religião budista entre o cheiro de amor por Sarah na sua cabeça começava a emergir uma duvida de se consagrar à vida de templo. Após chegar ao aeroporto internacional de Phuket que se situa a 32 km do centro da cidade, ainda se ver traços do sismo (tsunami) do 26 dezembro de 2004, aonde morreram centenas de milhares de pessoas en vários países limítrofes, mas pequeno a pequeno tudo estava a entrar em normalidade. Germano interessa-se à religião e costumes, sabe que se deve respeitar em Tailândia nesta região é também aonde se pratica o turismo do sexo, mais Germano não se impressiona por momento com isso pois mesmo que não seja o fervente amador da libertinagem gosta de olhar para as Tailandesas com muito respeito pois são mulheres bonitonas, mas ele pensa às suas divas que estão na Europa. A região de Phuket é muito frequentada pelos turistas Alemães, Franceses e Ingleses. Nas ruas ouve-se a falar estas línguas correntemente. Mesmo as cartas dos restaurantes estão escritas em Alemão e encontra-se mesmo algumas especialidades destes países. Sarah envia fotos no seu novo Job em Viena e Germano fica encantado, Elvira envia também umas dicas para provar a gastronomia Tailandesa, em metendo o assento nas variedades nas ervas aromáticas que são a riqueza da cozinha Tailandesa.

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A cozinha Tai Pois a cozinha Tai não é uma cozinha uniforme, cada região tem os seus sabores e odores, antigamente os tailandeses comiam sem talheres comiam com os dedos hoje comem com talhares mas maior parte das vezes são com as colheres e garfos ou pauzinhos (baguetes). A cozinha tailandesa é um pouco como a dos países vizinhos que são: Chinês, Índios e Birmanos, uma cozinha exótica muito excitante e com sabores fortes de caril, menta, citronela, coentros, basílico vermelho, gengibre, macis e muitas frutas como papaia, goiaba, pitaya (Fruta do Dragon) manga, mangostão, longão, maça de água e o famoso durián que é considerado o rei das frutas.

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Germano enche os olhos com a variedade gastronómica asiática faz fotos sem parar de escrever o seu jornal. Germano faz fotos de todos os pratos, que vê nos restaurantes de rua em Tailândia, come-se todo o dia, em vagabundando nas ruas phuket encontra no mercado um senhor com uma pulôver do FC Basileia e lhe diz boa tarde em Suíço alemão este lhe responde e para e lhe pergunta tudo bem, está de férias neste bom pais quentinho e exótico! Germano diz sim, sim! Alguns dias, e diz eu também vim para passar alguns dias e já lá vão trinta anos. Apresentaram-se o pelo nome ele chama-se Henri um nome típico da Suíça, explica que está a passar férias em Phuket mas mora em CHIAM-RAI uma cidade ao norte da Tailândia.

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Henri diz que vive com o mínimo substancial que é autorizado pelo governo e que para ajudar dá aulas de inglesas privadas. Aos trinta anos parti da Suíça para viver uma vida sem stresse e sem preocupações de trabalho. Hoje estou aqui e sou muito feliz conheço os hábitos e costumes Tailandeses e falo o idioma fluentemente o que me ajuda nas minhas relações com os habitantes, também gosto de visitar outros países vizinhos, mas a minha preferência é sempre a Tailândia. Também fiz um recolhimento espiritual num convento budista e assim tive mais riqueza pessoal em privilegiando o valor do homem ao valor financeiro, expressando pode-se viver muito feliz com um quarto da nossa riqueza. Os dois fizeram um encontro à noite na feira noturna de Phuket para comer e falar de suas experiencia de vida. O bazar de Phuket é imenso é um local de turistas e comerciantes encontra-se tudo desde alimentação, roupas, brinquedos e animais. Pode-se comer especialidades chinesas, tailandesas e japonesas como les sushis, e a cozinha amarga e doce. Germano e Henri, primeiro vão visitar a feira e depois vão comer alguma coisa, Henri foi visitar o seu amigo criador de Galos de combate. Germano, ficou muito surpreendido com a elegância dos animais com uma postura direita os mestres passavam os dedos pela garganta para estes ficar

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sempre com o bico direito no ar um espetáculo que merecia atenção. Henri falou o seu amigo sobre o combate próximo e perguntou a Germano se ele também queria ver sem hesitar Germano disse sim! Depois visitaram o bazar e Henri cumprimentava algumas pessoas que ele já conhecia com uma mestria de cumprimentar à moda Tailandesa e Germano por sua vez ia-se adaptando e imitando os gestos aos novos códigos de saber estar tailandeses. Chegou a hora de comer alguma coisa os dois se sentaram numa mesa e en frente havia um bar há sushis e um bar a insetos comestíveis. Germano foi provar os sushis de peixe e Henri foi buscar espetadas de frango grelhadas com um molho picante e duas boas cervejas Tailandesas. Germano olhou as mesas à sua volta e viu um jovem Tailandês com um senhor de idade madura de origem europeia numa mesa a namorar, estes estavam muito entretido um com outro que não deram conta do olhar de Germano. Henri que também viu a cena disse virado para Germano infelizmente é a parte negra da minha Tailândia num ar triste e revoltoso, pois a prostituição é a primeira razão de muitos turista em especial homens! Rematando mas nós podemos ficar alheios destas coisas e aproveitando a beleza e tranquilidade da natureza que este país nos oferece. Germano depois de passar algumas horas com o seu

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novo amigo entra ao hotel en Tuk-Tuk, antes de dormir envia algumas fotos para Sarah e para o seu amigo Aníbal e também para Elvira e Luís. Sarah após dois meses não via chegar o seu ciclo menstrual e começou a suspeitar que está grávida e sem tardar passou na farmácia mais próxima para fazer um teste. Entretanto começou a pensar como anunciar a Germano a situação pois já tinham passados dois meses e ela nunca tinha abordado o caso com Germano. Pois tiveram relações imprudentes dando-se ao prazer um de outro sem medir os riscos e as consequências. Sarah entrou na farmácia e pediu para lhe fazerem um teste, passados alguns minutos o anuncio do resultado era decisivo era positivo, a farmacêutica convidou-a visitar o seu ginecologista, ela assim fez, telefonou e pediu uma visita o mais urgente possível, passado dois dias visitou a ginecologista aonde tiveram uma longa conversa sobre o seu estado de gravidez: Sarah sentiu pela primeira vez uma imensa alegria de ser mãe e uma tristeza que Germano não estava presente para partilhar na sua felicidade, ela não sabia como lhe anunciar, pois não queria estragar o seu projeto de viajar e mesmo de ir passar uns tempos no convento, ela não sabia como ele ir reagir. Sarah continua a trabalhar e conta a uma amiga colega de trabalho, esta oferecesse para ajudar tudo o que Sarah necessitar. Como o trabalho de Sarah é de assistente social de uma freguesia da cidade, ela não tem problemas com o

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trabalho pois podia trabalhar até ao fim da sua gravidez e depois ter três meses pagos após o parto, mas o mais complicado era como anunciar a Germano. Germano envia muitas fotografias e filmes dos combates de galos Sarah fica encantada com que a alegria de ver o seu apaixonado numa felicidade total. Germano anuncia que vai fazer uma visita ao Burma (Miramar) depois volta en Tailândia dizendo que deseja fazer um retiro num convento antes de regressar en Suíça. Sarah resolve não anunciar a gravidez ao seu querido para não estragar os seus projetos, mas escrever uma carta por semana e contar tudo data por data para quando Germano chegar a casa na suíça ficar ao corrente de tudo o que se passa com a gravidez. Germano depois de passar algumas semanas na região de Phuket parte em direção a Chiang Rai, e vai visitar o seu amigo, depois vai fazer uma viagem pelo norte de Tailândia até Myanmar (Birmânia), Germano faz a viagem em avião até Chiang Rai o seu amigo vem o buscar e faz-lhe visitar um pouco a cidade.

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A entrada para as residências particulares em Tailândia Germano aluga uma motorizada e visita as cidades e lugares turísticos à volta de Chiang Rai o seu amigo o deixa dormir em sua casa e Germano fica ali a conhecer a região algumas semanas, depois parte para visitar a Birmânia aonde ele encontra um país muito acolhedor, e muito lindo apesar da sua pobreza marcante os turista não são muitos ele visita os pontos mais turísticos e algumas pagodes (templos) e monastérios.

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Paisagens no norte da Tailândia Sarah continua a sua via de mulher em gravidez a seu ventre começa a ser notado pelos colegas de trabalho e amigos, Sarah sabe que tem de enfrentar perguntas um pouco desconfortáveis mas está preparada a enfrentar, mesmo que saiba que não tem repostas adequadas. Elvira e Luís continuam no seu trabalho em Berne envia notícias volta e meia a Germano e este por sua volta lhe dá notícias por meio do Facebook, Elvira e Luís pensam casar dentro de um ano, mas primeiro querem ir fazer um estágio em Austrália para melhorar o Inglês. Germano regressa a Chiang Rai após algumas semanas, e visita o seu amigo de novo, mas com a vontade de ir fazer uma estadia num templo já tinha lido alguma coisa sobre os critérios de entrada nos templos budistas, mas

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queria perguntar ao seu amigo como se vivia dentro dos templos. Seu amigo aconselha a fazer um retiro no templo de Wat Ram Poeng na região de Chiang Mai, cidade ao norte de Tailandia, dentro deste templo se pratique a filosofia Vipassana que têm come objetivo meditações de observações através do corpo. Henri explicou a Germano as normas para entrar num retiro é simples, mas são para respeitar exemplo não levar nada de valor nem aparelhos informáticos, maquina de fotografias e portável, nem livros nem rádios, nem fumar nem beber álcool ou tomar drogas e nem falar, nem dinheiro nem relógio, para passar a viver um mês como os monges devia também assinar um documento de compromisso a seguir os seguintes preceitos. Não matar os seres vivos incluindo as formigas e os mosquitos, não beber ou comer o que não fosse dado, manter-se sem atividades sexuais, não maltratar ninguém com as palavras, não dizer palavras feias, não fazer gestos obscenos, não usar perfumes e cosméticos, não dormir em camas de luxo ou altas (a cama normalmente é de madeira com um travesseiro de madeira. Germano olhava para Henri e não sabia se lhe dizia, olha vamos lá... Ou se dizia, bem o que me parece é que devo voltar à minha linda casinha em Suiça e vou visitar a minha Sarah a Viena de Áustria. Depois de uma longa conversa o seu amigo disse-lhe eu acho o melhor é ficares aqui uma semana comigo e depois tomas uma solução.

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Os insetos comestíveis e o mosteiro de ouro

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Germano passeou durante um semana entre Chiang Rai e Chiang Mai, mas cada vez que encontrava um monge ficava admirado pelo carinho e respeito que a população lhe dava e a devoção de ser algum tempo monge ganhava afeto.

As paisagens nos jardins da cidade de Chiang Rai Cada dia praticava mais a língua Tailandesa pelo menos já podia pedir de comer e beber sem muitas dificuldades, ele tinha umas economias, mas economizava, pois comia na rua e vivia como os Tailandeses é a maneira de não ter surpresas. O seu amigo tinha-lhe dito que uma família média em Tailândia vivia com 150.00 € por mês se ele gastar média de 200.00 € por mês pode ficar na Tailândia cerca de 10 anos com a sua reserva em carta de créditos.

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O mosteiro branco perto de Chiang Rai

Germano economicamente estava à vontade e isso lhe dava uma estabilidade. Germano em casa do seu amigo olhava para a decoração da casa dele e dizia este Henri deve ser feliz, aqui vive de uma maneira individual tem os seus hábitos de funcionar não se interessa com os impostos, com a reforma com o mercado e ganância de ganhar dinheiro vive o dia-a-dia mas com projetos a longo prazo... Num momento de reflexão diz mas eu não podia viver assim eu queria ter uma família e ouvir os gritos das crianças à minha volta! Germano ficou admirado na maneira de viver de Henri, dava aulas de inglês privadas às crianças em especial das famílias Tailandesas tinha uma motorizada e era assim

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que ele se deslocava em toda a região, a casa aonde vivia era uma casa alugada uma casa bonita com três quartos um grande salão e um terraço aonde ele tinha uma cozinha instalada num canto. O dia de Henri começava às 7h00 locais ele se preparava para tomar um chá em seguida ir ao banheiro. Henri tinha pantufas em cada canto da casa na frente da casa para entrar no começo do salão outras para estar no salão e outras nos quartos na frente do quarto de banho e outras na saída do para o terraço, quando Germano lá chegou pela primeira vez Henri explicou o porquê do arsenal de chinelos pantufas e pôs à sua disposição cinco pares de cor azul. Germano pensou para si é uma pessoa muito simpática, mas é uma pessoa para viver sozinha, Henri tinha uma amiga Tailandesa que era como namorada, mas que nunca dormia em casa de Henri, Germano não conseguiu entrar na vida secreta de Henri para saber mais sobre os seus amores. Todos os dias depois de sair do quarto de banho Henri preparava o seu pequeno almoço num ritual de apreciação e de tempo Germano nunca soube por que razão ele fazia assim, ele pegava num pão em forma de papo-seco o cortava em quatro e cada quarto era comido em 22 minutos pontuais bem calculados, acompanhados com manteiga e marmelada Tai, sumo de laranja e chá. No final comia um iogurte com cereais, Henri sentava-se à mesa para comer o pequeno almoço às 8h00 e levantava-se às 10h15 minutos depois ia ao quarto de banho e saia para dar aulas aos alunos.

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O dia da festa nacional, em baixo os elefantes

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Ele fabricava o seu pão uma vez por semana no dia da fabricação do pão Henri não saía de casa, depois de o deixar arrefecer o congelava, e todos os dias à noite antes de se deitar tirava os pães do congelador para o pequeno almoço do dia seguinte era um protocole que ele fazia com muito empenhamento e dedicação. Henri passeou-se com Germano várias vezes para lhe fazer visitar a região, pois Germano sentia-se privilegiado de ter um guia turístico privado, como Henri falava a língua local as viagens tornavam-se mais fáceis e ele aproveitava também para aprender novas palavras, e a cultura do país. As visitas mais relevantes foram aos templos do triângulo de ouro: como Wat Rong Khun templo branco, What Phra, Doi Tung,Wat Phra That Doi Chon Thong. O triângulo de ouro é uma das mais belas regiões de Tailândia, com Chiang Rai como cidade principal ao meio de uma zona montanhosa e selvagem, habitada por numerosas minúcias éticas ( Akha,les Yao,e os Lahu). Como fronteira tem Miramar (Birmânia) um grande parque nacional se situa na montanha (Chiang Dao). O nome de Triânglo de ouro vem da cultura muito lucrativa da flor papoila de onde se comercializa o Ópio. A cultura da papoila hoje não existe na Tailândia, mas em Birmânia sim.

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A cozinha da rua e das feiras

A feira noturna

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As visitas aos mosteiros foi par Germano uma riqueza de conhecimentos míticos de um valor imenso. Wat Rong Khun mosteiro branco foi aquele que mais marcou a visita de Germano, mas também percebeu que o Budismo, assim como todas as religiões tem suas várias facetas, um mosteiro de que gostou muito também foi o (Wat Pho em Bangkok) com o seu gigantesco buda dourado com mais de 40 metro de comprimento impressiona pelo tamanho e posição.

O mosteiro perto da cidade Chiang Rai A Europa estava a passar um momento da sua história difícil por causa da chegada massiva dos refugiados, vindos da Síria, segundo Aníbal nas suas mensagens perguntava a Germano como este via a situação depois da Tailândia, pois a situação estava a se tornar muito complicada para os governos da zona Euro.

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Germano responde, sabes caro amigo aqui não se fala muito disso porque mesmo a televisão não passa muito tempo com esses assuntos como sabes (os daeches não gostam de porco e aqui é o que se mais come. Germano diz a Aníbal que Sarah também lhe tem falado deste assunto pois como ela está a trabalhar no social da cidade de Viena, ai começaram a chegar muito refugiados e ela tem muita empatia com eles, ela diz que eles chegam cheio de medo e muitos traumatizados, ela contou aqui há dias que um jovem lhe disse que nunca foi feliz na sua vida, pois sempre viveu debaixo do medo, sempre ouvir bombas e sempre viu pessoas inocentes a morrer ou a ficar mutiladas para a vida, vivi numa cultura de guerra e ódio e sei que a vida não pode ser só isto, e começou a chorar dizendo não queremos ser um encargo para vocês aqui na Europa, mais viemos para regressar ao nosso país e ajudar a construir um país novo e sem guerras, mas para voltar a nossa casa nova temos de passar por casa dos vizinhos que são vocês. Sarah na cidade de Vienne está cada vez mais ocupada com os trabalhos aos refugiados, juntos aqueles que são verdadeiros refugiados de guerra juntaram-se também outros que são mais imigrantes econômicos e trazem problemas imensos ao país de acolhimento. Sarah gerava a seu estado de gravidar sem anunciar a Germano enviava-lhe fotografia sempre a esconder as partes inferiores do corpo. Ela começava a preparar a chegada do seu rebento com muita alegria e muitas vezes ao dia cantava `` DO, RÉ, MI,

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FA, LA, SI... Em lembrança aos dias passados com Germano nas cidades Suíças. Mas as suas ocupações eram cada vez mais ativas pois a situação na Europa não era a melhor e a chegada de refugiados em massa não arranjava a situação, todos os país da União Europeia tinham problemas de finanças e politica. Os países mais tocados eram, Grécia, com muitas dificuldades financeiras e com centenas de refugiados em passagem para a Europa não sabia o que fazer. Portugal, com uma crise politica com muito desemprego e uma grande crise financeira, com os bancos a caírem em falência ou a ser vendidos aos especuladores estrangeiros, é uma quebra de cabeças para o Banco central de UE. Espanha, com milhões de desempregados e sem governo há mais de três meses, estava a passar uma das maiores crises depois da guerra civil 1939. Itália lutava de unhas e dentes para sair da crise que dura a França por uma situação não muito confortável com muitos desempregados e centenas de refugiados em Pas de-Calais França, que querem passar para a Inglaterra país escolhido pela maioria dos refugiados, mas os Ingleses estão a ficar fartos de tantos refugiados e começaram a fechar a fronteira. Os países que se portam melhores são a Alemanha, Áustria e outros países do norte. Sarah na sua cidade Viena, que é considerada a melhor cidade do monde para viver em 2016, entre o trabalho e os seus pensamentos para o futuro tem ainda lugar para olhar a beleza cultural da cidade, como ela diz aos amigos Viena tem sempre uma musica de fundo que se ouve em cada rua, mesmo quando chove ou neva ouve-se uma musica maravilhosa que nos enche os pulmões de ar límpido e fresco que nos dá vontade de dividir esta alegria com os

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mais carenciados. Neste mundo aonde uns e outros são mais

A Cidade de Viena Áustria

egoísta. Encontra-se os que pensam na repartição dos valores para atenuar a pena dos outros. Elvira e Luís estavam a preparar para partirem para

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Austrália e enviavam algumas fotos de preparação para a viagem muito simpáticos. Germano apreciava e dava as respostas com as imagens do seu canto de paraíso, desejando ao casal muitas felicidades para o futuro. Germano não sabia porquê mas seus pensamentos estavam cada vez mais virados para a Sarah, mas a sua admiração pela Elvira era intacta, talvez Elvira fosse a escada para encontrar Sarah, ele sentia muita atrapalhação nos seus devaneios. No final da semana Germano levantou-se, tomou o pequeno almoço juntamente com Henri e disse ao seu amigo, olha Henri se tiveres um momento para falar comigo eu queria, Henri lhe disse, pode ser agora pois estamos sozinhos a tomar o nosso chá. Germano diz, olha! Pensei muito sobre a minha retirada no mosteiro, bem estou disposto a passar algumas semanas en Wat Ram Poeng em Chiang-Mae, a causa que me motivou foi ver os monges tão felizes com a população e quero saber mais sobre a vida dos monges. Henri que já adivinhava a decisão de Germano começou a contar algumas histórias que viveu no templo durante a sua estadia, e terminando diz então vamos hoje visitar o café dos meus amigos aonde nos encontramos muitas vezes, Germano respondeu pela positiva. Os dois foram ao café que se chamava os Helvécios que era em honra aos residentes suíços, ao qual se juntavam mais outras nacionalidades, uma vez chegados numa pequena esplanada duas voz ao mesmo tempo chamaram

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Henri vêm para cá, Germano olhou era uma mesa com cerca de oito pessoas que tomavam café, cerveja, falavam juntos e também havia três bonitas raparigas de origem tailandesas, juntas uma agarrada a um senhor com idade de ser mais seu avó do que namorado, ele quando viu Germano a olhar para eles, virou-se para ela e dá-lhe um beijo na testa e acabou por se rir em direção de Germano. Henri vira-se para Germano e pergunta-lhe o que ele quer tomar Germano diz uma cerveja tailandesa, aqui só há Heineken responde uma pessoa. Germano, isto quer dizer que só apreciam as meninas Tailandesas e riu-se par o seu amigo Henri! Este riu-se e diz para muitos sim.

A casa de Henri Germano pensa mas afinal gostam da Tailândia ou só gostam das tailandesas, ele pensou estes velhotes que se

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ficassem na Suiça ou nos seus países só vegetavam, aqui ganharam uma nova vida, mas a verdade dos sentimentos estão bem escondidos! Mas os pobres reformados da Europa são ricos na Tailândia, uma triste constatação da história egoísta do ser humano. Henri reservou a sua estadia para duas semanas, mas com a condição de prolongar... Germano se prepara par entrar no monastério, Henri o vai acompanhar. Germano deixa todos os valores em casa de Henri só leva consigo a carta de seguros e o passaporte. Germano envia mensagens a todos a anunciar a entrada no monastério. O velho Napolitano diz a Germano, tu não me deixes ficar aqui! Germano hesita não, não tu és a minha serenidade e meteu a imagem do napolitano no bolso. O acolhimento se faz com o ritual e Germano passa a primeira noite na quarto dos hóspedes, mas um pouco idêntica à da do retiro, a cama é uma (beliche) dura sem conforto, mexe-se e pensa o que é que via fazer sem falar durante 15 dias num monastério budista, para Germano esta situação de modéstia e mesmo simplicidade de viver, não era em harmonia com a riqueza dos templos budistas que ele tinha visitado, pois nestes há muita riqueza. Ele começava a ganhar uma opinião que o budismo é também uma filosofia. Ele tenta fazer um caminho de meditação em pensando a todas as pessoas que encontrou na sua vida e nas relações com elas, nos pensamentos mais perturbadores Germano aperta o seu Napolitano com a mão e se diz porquê estas atitudes, porque o homem tem de passar por estes momentos para justificar a sua existência.

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No dia seguinte um monge que falava francês e um pouco português, vem explicar as regas do retiro, Germano não era sozinho para fazer o retiro encontravam-se com ele mais seis pessoas de origem diversas. Germano teve de assinar um documento como ir viver como todos os monges, havia a diferencia no vestir os laicos vestia de branco era o caso de Germano. Os compromissos iam ser mais rigorosos que somente não falar. No dia seguinte do registro todos os novos chegados tomavam conhecimento das regras do retiro, como não matar seres vivos, sim mesmo os mosquitos não se lhe podia dar uma sapatada quando eles picavam nem nas formigas que passavam em cima do beliche (cama) não comer nada que não fosse dado, não ter pensamento e atos do corpo livre e absentar de todas as atividades sexuais, isto para Germano não era muito difícil, porque tinha resolvido fazer uma pausa até encontrar de novo a sua linda Sarah, não mentir nem dizer palavrões que pode-se ofender os outros. Não beber álcool nem fumar, nem usar drogas, não comer entre o meio-dia e madrugada, não dançar, cantar, escutar música ou assistir a Shows, nem usar enfeites e se enfeitar com perfumes e cosméticos. Não dormir nem se sentar em assentos de luxo. Germano já tinha sido informado de tudo isto mais ou menos por Henri, mais no contexto que se encontrava estas informações tinham outra ressonância. Na receção do monastério tinha-se se deixar, tudo o que era pessoal de valor, como passaporte, livros, dinheiro, telemóvel, câmara fotográfica e mesmo o relógio. Mas

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Germano tinha dado tudo de valor a guardar ao seu amigo Henri. A cada um foi atribuído um quarto individual e já era muito bom, Germano tomou conta do seu novo aposento sem muita coragem, mas com a vontade de saber o que viria como positivo depois desta experiencia. A eletricidade foi cortada a 21 h 00 até às 4 H00 da manhã.

O beliche nos mosteiros A primeira noite como estagiário ao budismo foi de descoberta, como ele não sabia muito sobre o budismo, mas confuso do que via no retiro e o que viu como turista nos monastérios budista, uma mistura de riqueza e pobreza este casamento de uma filosofia que ele gostaria de ser mais bem informado.

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Germano passou a viver como um monge e dia após dia se conhecia melhor e um certo gosto pela vida dos monges o invadia. Na sua iniciação ao budismo, passava por longas meditações e leitora dos livros sobre iniciação ao budismo em respeitando as regras de vida do monastério, encontrou um monge francês que vivia há muitos anos aqui e que lhe ensinava o budismo em especial a meditação e as seis Dharmas de preparação. Germano se via a mudar dia a dia sem esforço e ganhar uma grande serenidade de espírito e se sentia que a seu retiro o ia mudar enormemente. Passeava nos jardins do monastério a ler e a meditar os únicos livros autorizados eram sobre o budismo. Mas ele pensava também à sua vida depois do retiro, muitas das vezes chegava-lhe a ideia de tudo deixar e se converter na vida de monge, mas atrás uns raios de clareza chegavam e diziam que Sarah estava certamente à sua espera? Pois entrou para o retiro para fazer 15 dias e já lá iam dois meses de retiro, todos os dias, na sua beliche fora do barulho, pois nem uma chave se ouvia para fechar ou abrir as portas era um silêncio total, mas mesmo assim não deixava de cantarolar para ele mesmo o seu Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si em recordação a sua querida e ao mesmo tempo agradecer ao Velho Napolitano a sua presença, pois este lhe dava força. Enquanto Sarah se ia aproximando de dar à luz do seu bebê que era um rapaz segundo o ginecólogo, a sua motivação continuava intata pois sabia que Germano o dia que soubesse vinha a correr para ver o seu filho, ela que depois que soube que estava grávida, escreveu todas as semanas a Germano para sua direção na Suiça a explicar o andança do seu estado, assim ele um dia mais tarde poderia ler como a situação se passou na sua ausência e também para

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evitar as más interpretações relacionadas com a sua gravidez. Mas cada vez estava mais nervosa pela ausência de notícias de Germano, pois já passaram dois meses que não tinha novelas suas. Passados alguns meses sem notícias de Germano, os dias aproximavam-se para dar nascimento à flor da sua vida e só queria dividir a alegria com Germano. Então a hora chegava para ir para a clinica e enquanto preparava a sua mala, começou a cantarolava Do, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si, Dó... Uma amiga que chegou para acompanhar, entrou, ouviu e começou também a cantar e Sarah olhou para a sua amiga a qual também conhecia a origem da cantarola, e umas lagrimas brilhantes molhavam as faces da sua linda cara e en poucos segundos leva as suas lagrimas à boca e diz virada para a sua amiga são lágrimas são tão salgadinhas e aliviam tanto. Passados alguns horas, um lindo bebé nasceu com 3,800 kg e 0,58 cm de altura e cabelos dourados com o nome Remi. Germano preparava-se para sair do monastério e entregar-se de novo a viver como laico, então comunicou da receção do monastério para o seu amigo o vir buscar, Henri andava muito admirado pela demora e ficou muito satisfeito pela notícia foi buscar o Germano e regressaram diretamente a casa carregou a sua Ipad e enviou notícias para todos a contar as suas experiencias, mas como eles sabiam não os pode contatar durante estes períodos. Sarah ao receber notícias de Germano resolveu enviar

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uma fotografia dela e du bebê e lhe contou um pouco o porquê do seu segredo. Germano ao receber as notícias virou-se para Henri e diz olha amigo durante o tempo que me preocupei de mim, outros sofriam pela minha ausência, sou pai sem ter assistido ao nascimento do meu filho sinto-me triste e envergonhado eu que no monastério queria aprender a ser um HOMEM bom, abandonar o egoísmo e fugacidade, Encontrei o maior monge da minha vida na imagem de Sarah. Germano vira-se par Henri diz pois tenho de entrar a casa e depois partir para encontrar a minha esposa e filho. Germano pega no telemóvel e telefona a Sarah nos primeiros cinco minutos não falaram só chorarão ao telefone, e depois uma longa conversação com muito carinho e mesmo risos, despediram-se com muitos beijos e dizendo adeus até breve. Germano, dá as boas notícias a todos os amigos, amigas e família. Elvira ficou muito satisfeita pelas noticias, Germano preparou a viagem e passados alguns dias regressou à Bienne a casa do seu amigo e viu a montanha de cartas de Sarah, mas não abriu, pois já estava ao corrente do conteúdo, no dia seguinte partiu en comboio para Viena para encontrar a sua amada e filho, estes vinham o esperar à estação, Germano com a sua bagagens e carregados de presentes para os dois saiu da estação olhava em todas as direções e não via nada, passou em frente de uma florista entrou e comprou um grande arranjamento de rosas mal saiu viu uma bela senhora a empurrar um carrinho de bebê e reconheceu Sarah esta também os dois aceleram o passo e caiem nos braços um do

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outro sem falar e com as lágrimas que corriam pela face, Germano pega no bebê e como muita precação coloca-o entre eles e se abraçam e beijam esquecendo o tempo até que o Remi começa a dar sinais de gritinhos como a cantarolar, Dó, Ré, Mi... Sarah diz: hoje é um dia maravilhoso e tu és o mágico, obrigado! Germano responde: tu és a libertadora da minha liberdade... Obrigado! Hoje Germano e Sarah trabalham e vivam em Viena, com a família a crescer Remi tem mais uma irmã Elsa e um irmão mais novo Bernardo. Amor não é fazer amor Amor é viver em afeição! O autor termina com uns poemas da sua autoria Não há dia mais longe No que o dia sem amor É como estar na praia Num dia sem calor

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Paisagem da viagem ao Grisão

Uma árvore sagrada na Tailândia

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A queda de água em Tailândia

Três elefantes de turismo

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Viena de Áustria

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Poema o momento

Que valor pode dar ao meu instante Aprendi a contar e escrever horas e horas sem momento Mas nunca ninguém me ensinou o valor do instante Este momento que esta ao presente no meu coração O qual não me rouba a minha vontade do instante Grito para os sábios e os licenciados Para apreciar e ensinar o valor do instante Por favor é só um instantinho mas estou com pressa A delicadeza do momento, deixo num instante o malandro passar. Assim na minha vida todos os momentos Ofereço aos outros os instantes do meu olhar de pensar Fico sem forças para ralhar e dizer no momento Parem um instante que os outros também querem falar E por um instante vou-vos deixar de maçar.

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O amor é uma doença agradável aonde se gosta de sentir no

começo, no meio e no fim de vida, como uma dorzinha que

nunca passa e que se gosta de guardar.

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