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1 Fast-Fashion Estudo da Marca Collins Christiane Bove; Claudia Alvez; Gabriela Alamino; Julia Pierson; Luiza Morelli; Nadia Weber; Pamela Ribeiro; Rafaella Galisteu. 1 Professores orientadores: Prof a Ms Miriam T. Lona e Prof. Ms. Rafael Ribeiro Resumo O artigo aborda sobre moda e marca: comportamento de compra e consumo conceituando a análise do mercado Fast-Fashion, ponderando-se sobre a empresa de vestuário Collins e foram realizadas pesquisas para entender o cliente da marca, levando em consideração sua experiência como consumidor do segmento, além de sugerir uma proposta sustentável para a marca. Palavras-chave: Moda; Fast Fashion; Sustentabilidade; Público-alvo; Consumidor; Observação; Pesquisa. Abstract The article talks about fashion and brand: purchase behavior and consumption conceptualizing the analysis of market-Fast Fashion, pondering over the firm Collins clothing and surveys were conducted to understand the customer's brand, taking into consideration his experience as a consumer of segment, besides suggesting a sustainable proposition for the brand. Key-words: Fashion; Fast Fashion; Sustainability; Audience; Consumer; Observation; Research Introdução Neste artigo, será abordado o tema Moda e Marca: Comportamento de compra e consumo, conceituando o segmento de Fast-Fashion. Nesta perspectiva foi 1 [email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected] - alunas do 4º semestre do curso de Bacharelado em Negócios da Moda da Universidade Anhembi Morumbi.

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Page 1: Moda collins   parte i final (2)

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Fast-Fashion – Estudo da Marca Collins

Christiane Bove; Claudia Alvez; Gabriela Alamino; Julia Pierson; Luiza Morelli; Nadia Weber; Pamela Ribeiro; Rafaella Galisteu.1

Professores orientadores: Profa Ms Miriam T. Lona e Prof. Ms. Rafael Ribeiro

Resumo

O artigo aborda sobre moda e marca: comportamento de compra e consumo conceituando a análise do mercado Fast-Fashion, ponderando-se

sobre a empresa de vestuário Collins e foram realizadas pesquisas para entender o cliente da marca, levando em consideração sua experiência como consumidor do segmento, além de sugerir uma proposta sustentável para a

marca. Palavras-chave: Moda; Fast Fashion; Sustentabilidade; Público-alvo;

Consumidor; Observação; Pesquisa.

Abstract

The article talks about fashion and brand: purchase behavior and

consumption conceptualizing the analysis of market-Fast Fashion, pondering over the firm Collins clothing and surveys were conducted to understand the customer's brand, taking into consideration his experience as a consumer of

segment, besides suggesting a sustainable proposition for the brand.

Key-words: Fashion; Fast Fashion; Sustainability; Audience; Consumer; Observation; Research

Introdução

Neste artigo, será abordado o tema Moda e Marca: Comportamento de compra

e consumo, conceituando o segmento de Fast-Fashion. Nesta perspectiva foi

1 [email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected] - alunas do 4º semestre do curso de Bacharelado em Negócios da Moda da Universidade Anhembi Morumbi.

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escolhida a marca Collins. Para realizar a proposta deste semestre, será

elaborada uma pesquisa quantitativa com o público consumidor da marca, em

que se observa a relação aos hábitos e atitudes de compra, a partir do

questionário elaborado, tabulação e análise, com os resultados obtidos será

sugerida uma proposta sustentável a Collins.

1. Moda e Marca: Comportamento de compra e consumo

Em sentido geral, quando se fala sobre sustentabilidade, surgem

inúmeras definições. Uma destas definições, descrita por Lilian Berlim, aponta

que, a “sustentabilidade não está só relacionada a ações de filantropia, gestão

de resíduos ou plantio de árvores, mas a uma reorganização da visão de

mundo de cada cidadão”. (BERLIM, 2012, p.13).

A sustentabilidade se vinculada a conscientização do ser humano, a

reeducação de hábitos cotidianos refletidos no desenvolvimento sustentável.

O desenvolvimento sustentável surge durante a Comissão Mundial sobre

Meio Ambiente e Desenvolvimento2, criada pela ONU (Organização das

Nações Unidas) na década de 1980. Foi elaborado o relatório Our Commom

Future (Nosso Futuro Comum), cuja definição pode ser compreendida como:

[…] as atuais gerações satisfazem as suas necessidades sem, no entanto, comprometer a capacidade de gerações futuras satisfazerem as suas próprias necessidades. (Brundtland apud Scharf, 2004, p.19).

Assim, a preocupação com as necessidades desta geração, sem que

prejudiquem gerações futuras, pois não há como evitar a inserção do

desenvolvimento sustentável nas organizações. Logo para Lilian Berlim, “Em

síntese, o desenvolvimento sustentável se baseia em três pilares de igual valor:

justiça social, viabilidade econômica e preservação ambiental.” (BERLIM, 2012

pag. 17).

2 Também conhecida como Comissão de Brundtland por ter sido presidida por Gro Harlem Brundtland, foi criada com o objetivo de analisar questões relativas aos danos causados ao meio ambiente e propor novas ações a governos, cidadãos, empresas e institutos a fim de reduzir o impacto negativo de ações no mesmo.

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3

Deste modo, levando-se em consideração o equilíbrio dessas três

dimensões em uma organização, para que assim a mesma possa ser

classificada como sendo sustentável.

Portanto, ao cogitar este desenvolvimento, empresas de moda têm

passado por transformações em suas estruturas administrativas e produtivas.

O comportamento do consumidor alterou-se, a competitividade aumentou,

surgiram novas formas de lidar com o mercado varejista, e a inovação

apresenta-se fortemente relacionada à comunicação.

Então, percebe-se que dentro de uma organização existem

movimentações em determinados setores, sendo um deles o de marketing. A

movimentação gerada pelas alterações e exigências atuais causa dentro uma

organização à busca por novos meios de atrair a clientela, para consumir seu

produto.

Segundo, Maria Carolina (2011, p. 1),

[...] essas mudanças geram forte impacto psicológico e sociológico, o que obriga a criar maneiras de gerenciamento e adotar novos padrões de eficiência e produtividade.

Logo, as empresas criam novas estratégias, estas, que por sua vez,

veem de acordo com a demanda atual.

No mercado de moda a sustentabilidade é transferida para o consumidor

com expressões como: moda verde, moda sustentável, ecomoda, entre outros.

Tais expressões na indústria de moda vêm tentando traduzir de alguma

maneira as relações entre o segmento e conceito de sustentabilidade, pois,

como em muitos outros setores, a sustentabilidade se apresenta como

necessidade, que não deve apenas ser introduzida no mercado de moda como

um acessório, ou até mesmo, um adicional, a sustentabilidade tem de ser vista

como parte das organizações.

Sabendo que a moda contemporânea está relacionada com o consumo,

com a efemeridade, com a obsolescência programada, com a indústria

fragmentada e com os apelos midiáticos, inserir a sustentabilidade nas

empresas de moda possibilita uma maior visibilidade, a partir do momento que

a preocupação com o desenvolvimento sustentável trás ao consumidor a ideia

de que a marca se importa com questões que envolvem o planeta Terra. Neste

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4

conceito, muitas organizações se apropriam do termo, para mostrar ao

consumidor que se preocupam com questões sustentáveis, termo que é

benéfico para a construção da percepção de uma marca.

Assim, para as marcas de moda estabelecer uma relação entre a

sustentabilidade e seu consumidor, acaba por se tornar um desafio. As marcas

criam estratégias que revelam a seus produtos, atributos construídos por

designers, que são referenciados na sustentabilidade, ou pelo menos a sua

preocupação enquanto processo criativo.

Por isso, organizações reformulam suas marcas para atrair clientes que

procuram não somente o logotipo que a marca carrega, mas também a

qualidade, serviço, contato e identificação, deste modo, a experiência

transmitida pela marca. Tendo em vista que o consumidor é estimulado a

adquirir um produto pela influência da personalidade percebida da marca.

Portanto, a escolha de um produto não se dá de maneira racional, mas sim, de

maneira sensorial. (CARVALHAL, 2014)

Também se entende que o consumo vem atrelado ao exercício da busca

a si mesmo. Qualquer que seja experiência criada por uma determinada marca,

a mesma tende a propiciar um forte elo emocional ao consumidor. Assim, é

necessário que a marca tenha uma definição clara de seus traços de

personalidade (CARVALHAL, 2014).

Portanto, a identidade de uma marca não vem do acaso, ela é

construída, e neste processo atrela-se a organização da mesma, porém,

durante esta organização, a marca ainda não é vista pelo seu consumidor, para

isso há a conexão à divulgação, havendo a aceitação social. (SHIMAMURA,

SANCHES, 2012)

Conceituando desta maneira, em marcas de moda do Fast-Fashion, não

se privilegia a criatividade, mas sim, a busca por tendências; eliminando neste

caso a originalidade de seus produtos, por outro lado, tendo o seu diferencial

no quesito preço. (SHIMAMURA, SANCHES, 2012)

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5

2. Fast-Fashion

Durante as décadas de 1950 e 1960, a moda passa a ser ditada pelos

jovens que atuavam como formadores de opinião, fazendo que a alta costura

não fosse mais a grande ditadora de tendências de moda.

Ao longo dos anos 1960 e 1970, esse consenso estético foi pulverizado com o impulso do sportwear, das modas jovens marginais, dos criadores do prêt-à-porter (...). Já não há uma moda; há modas (LIPOVETSKY, 1989 apud SHIMAMURA; SANCHES, 2012, p. 69).

Entre as décadas de 1980 e 1990, com a oferta de produtos em

enormes proporções a segmentação do mercado, obtendo uma difusão de

informações sobre moda e uma grande produção de novas tendências de

consumo, segundo Delgado (2008 apud SHIMAMURA; SANCHES, 2012).

Assim, o Fast-Fashion é criado e se expande pela produção

extremamente rápida, de baixo custo e abordando o consumidor com

novidades constantes. Para Santiago; Morelli (2010, p. 3, 4):

[...] fast fashion combina capacidade de produção rápida com capacidade intensificada de design para desenvolver produtos [...] dentro de um lead time 3 mínimo com o intuito de fornecer produtos novos, com maior frequência.

Não só os pontos citados anteriormente são características do

segmento, como o preço baixo é o principal atrativo e, segundo Enrico Cietta

“[...] São obtidos principalmente pela exploração de seus fornecedores, [...] que

levam, inevitavelmente, à exploração de mão de obra”. (2010, p.19)

Com isso, podemos observar na tabela 1 que a escala de produção do

Fast-Fashion se diferencia do modo padrão de produção.

Tabela 1: Escala de produção

3 Lead time – é a diferença de tempo entre o início da criação e a entrega do produto no ponto de venda

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6

Produção Padrão Fast-Fashion

Coleção Sazonais - Semestrais Minicoleções - Semanais

Tempo de Produção 24 Meses Poucas Semanas

Preços Variados Baixos e Competitivos

Lançamento Coleções Temas

Orientações Estilistas Consumidor

Tendência Maior Risco Menor Risco

Prioridade Identidade e Estilo Lucro

Fonte: Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE

O preço acessível para esse tipo de produção é crucial. Devido a sua

rapidez, as peças são facilmente rotativos e descartáveis, fazendo com que o

consumidor volte à loja procurando algo novo. Cada vez mais se vê o quanto o

consumidor é influente dentro da marca, e que acarreta a impulso de consumo

e “[...] resíduos têxteis seis vezes superiores ao mercado antes da revolução do

fast-fashion” (CIETTA, 2010, p.19)

Enrico Cietta Também cita que:

O consumidor é, portanto, o produtor último do valor. O sistema circular de produção/distribuição/promoção/consumo permitem que o elemento imaterial produzido pelo consumidor retorne ao produtor e este, sobre aquela base, esteja à altura de iniciar a produção de um novo bem.” (2010, p. 80).

O Fast-Fashion tende a atender os desejos de consumo e com isso,

dentro de seu sistema produtivo, possibilitam alterações dentro, para adequar-

se ao consumidor final. A vida útil dos produtos é curta, forçando a constante

produção de pequenos lotes, inconsequentemente causando o descarte de

peças em curto prazo que tende o consumidor a adquirir mais e mais produtos

sem uma consciência sustentável, como descreve Aguiar; Martins; Matos

(2010, p.5)

O ciclo de vida dos produtos está cada vez menor e essa metamorfose é o máximo para os consumidores do século XXI, a durabilidade que era uma característica importante nos produtos fabricados foi trocada pela obsolescência. Procura-se o novo a todo o momento independente do custo ou valores éticos, alimentando uma sociedade consumista que busca incansavelmente no amor ao novo, uma maneira de

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individualizar-se de maneira estilizada gerando uma sociedade de representação que fomenta a cultura do descarte.

Dentro deste contexto, o consumo influente pelas empresas com as

características mostradas, tem um impacto em questão a sustentabilidade.

Segundo Cietta (2010) a consequência mais direta característica do processo

produção/consumo é de que a aquisição de um bem imaterial é um ato de

experiência, tornando a compra um ato subjetivo e que, em maioria, ocasiona o

descarte têxtil pela alta rotatividade de produção e interesse constante do

consumidor em produtos novos.

Portanto, pode-se concluir, mediante as pesquisas feitas, que não há

nenhum ato sustentável atribuído a empresa de Fast-Fashion, e também não

há preocupação em atuar a sustentabilidade. O assunto é muito limitado dentro

deste segmento, que visa à alta lucratividade com produção de baixo custo e

exploração de mão de obra.

Para fins de analisar a possibilidade de incluir o setor a mostrar-se

sustentável, foi escolhida uma marca brasileira de Fast-Fashion para analisar

como a marca se constrói dentro deste segmento e se há possibilidade de

incluí-la em vias sustentáveis.

3. Objeto de estudo - Moda Collins

A Moda Collins, que é atualmente uma das maiores marcas femininas do

segmento Fast-Fashion do Brasil, foi inaugurada em 1983 pelo coreano Won

Kyu Lee que imigrou para o Brasil aos 29 anos de idade no início da década de

1980, sem o mínimo conhecimento da língua portuguesa e completamente

sozinho, com o objetivo de construir uma vida financeiramente melhor da que

tinha em seu país de origem. “Seu Lee”, como é conhecido, começou

vendendo tecidos de porta em porta na cidade de São Paulo, e com sua

vocação para empreender, pouco tempo depois ergueu um prédio no bairro de

Bom Retiro para o comércio de roupas, e até o ano de 2011, era o próprio

quem desenhava grande parte dos modelos de sua loja, habilidade que

aprendeu instintivamente.

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8

No início dos anos 1990, a primeira loja Collins foi inaugurada no

shopping Interlagos, e desde então a marca seguiu inaugurando lojas em

shoppings e ruas da cidade de São Paulo, oferecendo apenas roupas e

acessórios femininos em seu mix de produtos. A marca que na metade da

década de 2000 parecia estar em plena ascensão, com crescimento de 10 lojas

por ano em média, colocou em prática no ano de 2010 seu projeto de

expansão de marca inaugurando sua primeira loja fora do estado de São Paulo

em um shopping Center de Brasília, além lançar sua extensão de linha

chamada Collins Kids, voltada para o público infantil com idades de 4 a 12

anos.

Apenas um ano se passou e a Moda Collins inaugurou na cidade de São

Paulo a primeira e que viria a ser a única, loja exclusiva infantil, mas encerrou

suas atividades no final de 2013 após a decisão da marca de não oferecer os

produtos infantis, passando a se posicionar como uma marca restrita ao público

feminino adulto. Embora a Collins Kids tenha sido uma experiência breve na

história da Collins, esta seguiu com seu projeto de expansão pelo país, e sendo

assim, em quatro anos estados como Pará, Rio de Janeiro, Mato Grosso do

Sul, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, receberam lojas Collins em alguns de

seus mais notáveis Shoppings Centers.

Atualmente, conta com mais de 70 lojas próprias espalhadas pelo

Brasil, sendo 62 lojas apenas no estado de São Paulo, além de ter suas peças

comercializadas em pelo menos 500 lojas multimarcas em todo o país.

No entanto, como em muitas redes varejistas do segmento Fast-

Fashion, a Moda Collins foi alvo de investigações depois que uma operação da

Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo realizada em

oficinas de costura clandestinas na região do Bom Retiro no ano de 2011,

constatou o uso de mão de obra análoga à escravidão. Em 78 oficinas foram

encontradas etiquetas da marca em muitas peças de roupas produzidas por

bolivianos que trabalhavam em condições sub-humanas, com remuneração de

até um real por peça produzida.

De acordo com a superintendência, entre 2009 e 2010, 800

trabalhadores produziram cerca de 1,8 milhão de peças para a marca, que

sonegou quase 140 milhões de reais ao Fundo de Garantia por Tempo de

Serviço (FGTS), além de 400 mil reais ao INSS. Na época, a DPU/SP

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(Defensoria Pública da União em São Paulo) ajuizou uma ação pública contra a

Collins na qual exigia que a marca em questão, pagasse 300 mil reais para a

FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador), por danos morais coletivos, mas para

não ter que arcar com tamanha multa, a Moda Collins assinou um contrato de

ajustamento de conduta no qual se comprometeu a fiscalizar as confecções

terceirizadas e a regularizar a situação de todos os seus funcionários.

Neste contexto, com os objetivos de compreender o posicionamento da

marca e o comportamento de compra de seu público alvo, foi realizada uma

pesquisa quantitativa com a consumidora Collins.

Um fator de grande relevância observado à loja em questão foi a pouca

quantidade de clientes que efetuavam a compra. Em uma análise prévia

realizada por 45 minutos, ainda sem o questionário, de 26 pessoas que

entraram na loja apenas uma deixou a loja com sacolas.

Sendo assim, o grupo optou por trabalhar com os clientes que

compraram e os que não compraram, e adicionar a pergunta que informasse

por qual motivo a compra não foi realizada.

A pesquisa foi realizada na loja localizada na Rua Pamplona, no bairro

Jardim Paulista da cidade de São Paulo, em um período de quatro dias (22, 23,

24 e 25 de outubro), das 11h00min às 17h30min, com respondentes do sexo

feminino de idades entre 35 e 50 anos.

Ao todo foram 88 mulheres entrevistadas, sendo apenas 13 (15%) que

efetivamente realizaram a compra. Esses resultados foram tabulados, e estão

apresentados nos gráficos de 1 a 4.

Portanto, os dados coletados e tabulados são todos de autoria própria

do grupo de pesquisa deste artigo.

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Gráfico 1: Faixa etária

A marca estudada posiciona-se voltada para jovens mulheres de faixa

etária entre 25 e 30 anos, urbanas, contemporâneas e dinâmicas. Seu mix de

produtos prioriza predominantemente roupas para o ambiente de trabalho e

para o dia-a-dia. Foram observadas as mídias digitais de comunicação que a

marca utiliza, como website, página no Facebook e perfil do Instagram oficiais,

e notou-se uma linguagem visual igualmente jovem, devido ao uso de

expressões na língua inglesa e cores vibrantes e chamativas.

Em suas imagens publicadas, é possível comprovar e torna-se evidente

o posicionamento de marca voltada para mulheres jovens que buscam roupas

com informação de moda, uma vez que em algumas destas fotos aparecem

apresentadoras de programas de televisão esportivos e musicais, nos quais a

linguagem, o formato e o perfil de seus telespectadores entram em harmonia

com o posicionamento de marca da Moda Collins. Entretanto, as observações

realizadas em relação às consumidoras e os dados apresentados no gráfico 1,

mostraram que a cliente da marca são majoritariamente mulheres de idades

entre 30 a 39 anos (37%), seguido por 40 a 49 anos (25%).

Tabulados os resultados sobre os motivos pelos quais as clientes não

efetivaram a compra, pode-se perceber que principal motivo foi o fato de não

11%

37%

25%

20%

8%

2%

IDADES DAS RESPONDENTES

20 - 29 30 - 39 40 - 49 50 - 59 60 - 69 70 - 79

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11

terem encontrado o que desejavam (70%), seguido por terem achado os

produtos caros e entrado apenas com o intuito de olhar, ambos com 10%.

Considerando que quem entrou também não encontrou nada que lhe

interessasse, pode-se dizer que 80% entraram e não se interessaram pelos

produtos.

Estes resultados combinados com o perfil real de sua consumidora, bem

comosua faixa etária, podem ser indícios de que a marca não compreende o

perfil de seu público-alvo e não está tendo sucesso em sua comunicação de

marca, uma vez que as observações realizadas pelas pesquisadoras

confirmaram a má comunicação da Collins, pois apenas senhoras com mais de

60 anos observaram a vitrine e foram embora, mulheres na faixa dos 40 anos

de idade deixaram a loja na posse de sacolas, sendo que a marca se posiciona

para mulheres na faixa de 25 anos de idade. “Se a identidade da marca for

confusa ou ambígua, há pouca chance de ocorrer uma construção eficaz dessa

marca.” (AAKER ; JOACHIMSTHALER, 2000, p. 41).

Outro fator relevante representados no gráfico 2, é a força que a vitrine

da loja teve para que a cliente decidisse entrar na loja uma vez que 44% das

consumidoras disseram terem sido atraídas pelo expositor. Com relação ao

momento de compra (gráfico 3), foi perguntado às clientes quais fatores são de

maior relevância, permitindo múltiplas opções. Qualidade do produto, com

81%, é a opção com maior peso, seguida por preços baixos e atendimento.

A vitrine é o fator que aparece com menor representatividade (3%),

porém ao retomar as informações do gráfico 2, temos um indicativo de que a

Collins está trabalhando de forma correta sua Promoção4, pois o fator de

menor representatividade para que a cliente entre em uma loja de roupas, no

caso a vitrine, foi a resposta de porcentagem mais alta.

4 De acordo com Kotler (2007), mix de marketing engloba todas as ações que uma empresa pode fazer para despertar no consumidor a demanda por seu produto ou serviço. Essas possibilidades são então agrupadas em quatro grupos, conhecido como os 4Ps :Produto,Preço, Praça e Promoção. Por Produto entendem-se bens e serviços que são oferecidos ao consumidor por uma empresa, e Preço a quantia de dinheiro que o cliente terá que desembolsar para obter certo produto. Praça são as atividades da empresa para disponibilizar o produto para seu mercado alvo. Por último, Promoção se refere a atividades que convencem seu cliente a comprar seu produto.

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12

Gráfico 2: Atratividade

Gráfico 3: Preferência do consumidor

Prosseguindo a análise, uma parte do questionário teve o intuito de

investigar o quanto a situação de a Collins ter sido processado pelo MPT por

trabalho análogo ao escravo interfere nas vendas. Para isso foram comparadas

as lojas em que as clientes compravam com o fato delas acreditarem ou não,

se essa mesma loja estava ligada a este tipo de mão de obra.

23%

21%

24%

20%

6%6%

MOTIVOS PARA ENTRAR COLLINS

A vitrine me atraiu, e entrei com ointuito de comprar

A vitrine me atraiu, e entrei com ointuito de ver quais produtoshaviam na loja Já conheço a marca, e visito comcerta frequência

Já conheço a marca e entrei com ointuito de comprar uma peçaespecíficaEntrei para comprar um presente

Outros

25%

32%

13%

19%

6%4% 1%

FATORES QUE INCENTIVAM A COMPRAR EM UMA LOJA

Preço

Qualidade

Variedade

Atendimento

Ambientação

Localização

Vitrine

Page 13: Moda collins   parte i final (2)

13

Um ponto bastante interessante, e que deve ser ressaltado, é a

quantidade de clientes que não ligaram nenhuma marca ao trabalho escravo

(34%), mostrando que o assunto talvez não tenha sido discutido em mídias de

maior acesso. Com relação à compra em lojas ligadas a este tipo de mão de

obra, 43% afirmaram comprar em lojas que acreditam fazer uso de trabalho

escravo. Sobre as demais não é possível afirmar nada, uma vez que podem

também ter essa atitude, porém relacionada com alguma marca fora da lista.

Ainda citando o gráfico 3, devido ao fato da opção relacionada à

qualidade do produto ser bastante significativa, decidiu-se por comparar as

entrevistadas que escolheram essa opção com aquelas que compraram na

C&A, já que esta é conhecida por oferecer produtos de baixa qualidade.

Segundo Da Villa e Panizzolo (1996 apud CIETTA, 2012) o objeto das relações

entre a marca e seus fornecedores se constitui, exclusivamente, por produtos,

e não por serviços, e geralmente as contratações são centradas no preço - não

na qualidade. Dessa maneira podemos entender que para o Fast- Fashion a

prioridade é o preço baixo, mesmo que isso afete a qualidade. Inclusive a

marca C&A divulga sua filosofia de trabalho como "vender o melhor da moda

por preços justos", corroborando a ideia de que o foco das lojas Fast-Fashion é

o preço.

Essa comparação se faz interessante, uma vez que as entrevistadas que

selecionaram qualidade, a priorizam em relação a preços baixos (alternativa

encontrada na mesma questão). Visto que a C&A, por ser uma Fast-Fashion,

prioriza preços baixos com relação à qualidade, e que 39% das consumidoras

que priorizam a qualidade compram na C&A, é possível encontrar nessa

relação uma contradição.

Provavelmente esse tipo de atitude abre um espaço grande para uma

ação de marketing, sendo aqui questões éticas bastante importantes. O intuído

deve ser ajudar o consumidor a entender sobre o modo de consumo e o

alinhamento que a marca oferece, e não encaminhá-lo para o que interessa

apenas à marca.

Page 14: Moda collins   parte i final (2)

14

Gráfico 4: Atitudes sustentáveis

Em uma das perguntas, as entrevistadas respondiam que atitudes

sustentáveis elas relacionavam à moda (gráfico 4). Houve um problema com

essa questão e alguns questionários foram anulados, sendo assim temos uma

amostra de tamanho 63 para essa questão.

Dentro desse percentual também se separou em dois grupos, o primeiro

com as entrevistadas que não citaram nenhuma ação e o segundo que citaram

pelo menos uma ação. Dessa maneira os grupos ficaram com 20% e 80%,

respectivamente. Verifica-se que 1/5 das entrevistadas não consegue fazer

essa relação é um tanto preocupante, e até mesmo começa a colocar em

dúvida a vantagem de fazer uma ação sustentável. Para fazer a análise das

opções citadas, trabalhamos apenas com entrevistadas que selecionaram ao

menos uma opção, ou seja, uma amostra de 51 pessoas.

As cinco alternativas que mais foram citadas se referem a tecidos como

matéria prima, são elas: outros tecidos ecológicos, o uso de retalhos na

produção, algodão orgânico, couro ecológico e poliéster de PET, com valores

que variam entre 35% e 24%. Uma atitude também citada se relaciona

26

23 23

20

17 1716 16

15

1312 12

1110

0

5

10

15

20

25

30

AT IT UDES SUST ENTÁVEIS QUE RELACIONAM A M ODA

Algodão orgânico

Couro ecológico

Outros tecidos ecológicos

Uso de retalhos na produção

Economia de água em geral

Conformidade com leistrabalhistasCuidado com resíduosquímicos em geralReutilização de sobras deprodutoDoação de peças que sobram

Doação de peças usadas(pelo cliente)Poliéster de PET

Cuidado com os resíduos daconfecçãoCuidado com resíduosquímicos na tinturaEconomia de água na tintura

*Para criação do gráfico, foram desconsideradas todas as ações com frequência menor do que 10.

Page 15: Moda collins   parte i final (2)

15

novamente à matéria prima, que é o uso de retalhos na produção (29%).

Atitudes relacionadas a ações de cunho social aparecem logo a seguir,

conformidade com as leis trabalhistas foi citada por 25% das entrevistadas.

4. Proposta Sustentável

A partir da aplicação dos questionários, tabulação e análise, as

pesquisadoras perceberam que a consumidora Collins majoritariamente, não

relaciona ações sustentáveis de cunho social com moda, porém ações

ambientais com relação à matéria prima e tecidos usados, aparecem com

destaque no momento da análise. Portanto, percebe-se que a consumidora da

marca não tem consciência de suas escolhas de consumo, uma vez que

prioriza qualidade a preços baixos (gráfico 3), o que não é cabível ao se discutir

a essência da Collins ou de lojas do segmento Fast-Fashion no geral.

Analisado o Produto5·, o perfil desta cliente e loja em questão, bem como suas

respostas, identifica-se que a marca não está sendo bem sucedida no que diz

respeito a Produto, então como solução, pautou-se a ação sustentável nesses

parâmetros. Para que a consumidora se identifique com a proposta da marca,

foi decidido por unir sustentabilidade social, ambiental e moda.

A proposta consiste em, no período de compras de natal, a Moda Collins

oferecer para suas clientes quatro modelos distintos e colecionáveis de Eco

Bags a partir de um valor gasto com produtos da marca. As Ecos Bags seriam

feitas por uma cooperativa6 de confecção, mais precisamente, a Cooperativa

de Confecção e Costura e Estamparia de Santo André, ou Olho Vivo (nome

fantasia), que é constituída por 32 moradores de núcleos pobres da região.

Para que a cliente compreenda a relação entre moda e ações sociais,

seriam enviados e-mails com a história da cooperativa e de sua parceria com a

Collins.

5 Mix de marketing: Produto, Preço, Praça e Promoção, de acordo com Kotler (2007). 6 Associação social que combina ações em âmbito econômico e social, com o objetivo de eliminar intermediários, barateando custos e diminuindo preços através da racionalização e produção em grande escala a partir da união voluntaria de pessoas.

Page 16: Moda collins   parte i final (2)

16

Esta medida mostra-se eficiente para que não seja gerado lixo com a

impressão de cartões ou folders explicativos, além de ao final de cada

mensagem, a cliente será convidada para visitar a loja Collins mais próxima,

tendo como função estabelecer uma relação de proximidade com seu público

alvo e de educar o consumidor sobre sustentabilidade.

“O desenvolvimento de um relacionamento profundo com um segmento de clientes normalmente é muito mais importante do que simples números podem sugerir. Os clientes leais e comprometidos não apenas influenciam outras pessoas, como também fornecem uma base estável de vendas” (AAKER ; JOACHIMSTHALER, 2000, p. 278).

A proposta apresentada se mostrou adequada para o público alvo, uma

vez que a idade média das compradoras permitiu considerar-se a hipótese que

estas frequentam feiras e supermercados, tornando as sacolas de úteis e

evitando o uso de sacolas plásticas, além de ser uma forma de divulgação da

marca. Como parte da proposta e para reforçar ainda mais a relação com sua

cliente, seriam divulgados nas mídias digitais oficiais da marca, fotos das

sacolas com dicas de sustentabilidade, história da cooperativa, mostrará a

parceria da marca, e sua relação com sustentabilidade.

Considerações Finais

A partir da pesquisa pode-se dizer que a essência da marca Collins é

vestir mulheres de personalidade, dinâmicas, contemporâneas e

independentes. A Moda Collins poderia apresentar melhor a essência com

ações de marketing, publicidade em meios de comunicação cujo leitor tenha o

perfil da consumidora da marca, visual merchandising mais adequado para seu

público alvo, e uma possível reelaboração em seu mix de produtos. Foi

identificado também, que seu posicionamento não está sendo bem comunicado

para seu mercado consumidor, o que interfere negativamente nas vendas e na

fidelização dos clientes.

Após a realização de uma pesquisa quantitativa, tabulação e análise de

dados, foi elaborada uma proposta sustentável em âmbito social para a marca,

uma vez que estas só relacionaram moda à sustentabilidade ambiental, foi

considerado de extrema importância a realização de uma ação de marketing

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que as fizessem contribuir positivamente com a sociedade e provar que é

possível que o segmento Fast-Fashion contribua de uma forma significativa de

para o bem estar de pessoas, mesmo que este venha a ser prejudicial para o

meio ambiente, o que não os isenta de repensar suas ações em qualquer

escala da sustentabilidade, pois mesmo que a importância da preservação do

meio ambiente, redução de poluição e de emissão de resíduos tóxicos seja

indireta para o bem estar dos seres humanos, é uma parte de grande

importância para contribuir para uma moda mais limpa com menor geração de

poluentes.

É possível observar-se também que a empresa Moda Collins Ltda.,

precisa urgentemente sofrer um processo de modernização em seu modelo de

gestão, de produção e de administração, uma vez que não somente não realiza

nenhuma ação de cerne sustentável, como também não está cumprindo com

os itens que havia acordado em 2012 com a DPU/SP, motivo pelo qual está

sendo convocada para audiência com o Ministério Público do Trabalho. A

Collins poderá pagar 100 mil reais por item descumprido.

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