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FACULDADE EDUCACIONAL ARAUCÁRIA GABRIELE SANTANA DE ALMEIDA GUSTAVO AMBROZIO THAYNARA CRISTINA CANTELE AUDITORIA CONTÁBIL NO COMBATE A FRAUDES

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FACULDADE EDUCACIONAL ARAUCRIA

GABRIELE SANTANA DE ALMEIDAGUSTAVO AMBROZIOTHAYNARA CRISTINA CANTELE

AUDITORIA CONTBIL NO COMBATE A FRAUDES

ARAUCRIA2015GABRIELE SANTANA DE ALMEIDAGUSTAVO AMBROZIOTHAYNARA CRISTINA CANTELE

AUDITORIA CONTBIL NO COMBATE A FRAUDES

Trabalho de concluso de curso apresentado como requisito parcial concluso do Curso de Cincias Contbeis da Faculdade Educacional Araucria.

Orientador: Prof. Anderson Burbela

ARAUCRIA2015TERMO DE APROVAO

GABRIELE SANTANA DE ALMEIDAGUSTAVO AMBROZIOTHAYNARA CRISTINA CANTELE

AUDITORIA CONTBIL NO COMBATE A FRAUDES

Trabalho de concluso de curso aprovado como requisito parcial para a obteno do grau de Bacharel no curso Cincias Contbeis da Faculdade Educacional Araucria pela seguinte banca examinadora:

Coordenador do Curso

___________________________Anderson Burbela

Banca examinadora

______________________________Professor 1

______________________________Professor 2

______________________________Professor 3

Araucria, 09 de maro de 2015.

Dedicamos este trabalho primeiramente a Deus, aos ensinamentos de todos os professores, ao apoio das nossas famlias e amigos que nos ajudaram e torceram por ns.AGRADECIMENTO

Ao professor orientador, por dar o auxlio necessrio produo do trabalho, sempre com dedicao e boa vontade.Aos amigos e familiares, que sempre nos motivam a fazer mais e melhor, compreendendo o tempo que ficamos distantes por conta dos estudos.A todos com boa inteno que colaboraram, voluntria ou involuntariamente, para a elaborao do trabalho.E a Deus acima de tudo, pela vida e sade que tem nos dado.

Para conhecermos os amigos necessrio passar pelo sucesso e pela desgraa. No sucesso, verificamos a quantidade e, na desgraa, a qualidade.

ConfcioRESUMO

O presente trabalho tem por objetivo geral tratar da importncia da auditoria no combate a fraudes. Foram abordados conceitos de auditoria contbil e a importncia no controle de patrimnio e combate a fraudes e em quais setores elas podem ocorrer. A finalidade da auditoria consiste em obter informaes e confirmaes de documentos, objetivando mensurar a exatido dos registros e dos controles contbeis, buscando informaes que sejam confiveis, adequadas e seguras, essas informaes podem ajudar a descobrir e combater fraudes em setores pblicos e privados. Com isso, foi proposto explicar as formas e como a auditoria contbil combate as fraudes. Elas podem ser cometidas por qualquer pessoa, e em vrios setores de uma empresa ou de instituies pblicas. Foram realizadas pesquisas com auditores da rea estudada, e constatou-se que a auditoria contbil no pode combater as fraudes, j que o objetivo dela somente encontrar possveis erros e repassar para os rgos competentes.

Palavras-chave: Auditoria. Fraudes. Combate.

SUMRIO

1 INTRODUO91.1TEMA DO TRABALHO91.2PROBLEMA DE PESQUISA101.3OBJETIVOS101.3.1Objetivos especficos101.4JUSTIFICATIVA102 FUNDAMENTAO TERICA111.5DEFINIO E FINALIDADE111.6FATORES ANALISADOS PELA AUDITORIA111.1TIPOS DE FRAUDE133 METODOLOGIA CIENTFICA163.1 ESPECIFICAO DO PROBLEMA163.1.1 Perguntas de pesquisa163.2 DELINEAMENTO DA PESQUISA173.2.1 Tipos de pesquisa173.2.1.1 Pesquisa bibliogrfica173.2.1.2 Pesquisa descritiva183.2.1.3 Pesquisa de campo183.2.2 Coleta de dados193.2.2.1 Entrevista193.3 POPULAO E AMOSTRA193.4 FONTE COLETA E TRATAMENTO DE DADOS193.4.1 Fonte de dados193.4.2 Coleta de dados203.4.3 Tratamento de dados203.5 LIMITAES DO ESTUDO204 ANLISE E APRESENTAO DOS DADOS225 CONCLUSO246 REFERNCIAS267 ANEXOS277.1 PERGUNTAS REALIZADAS NA ENTREVISTA27

1 INTRODUO

A auditoria contbil tem a finalidade de apurar informaes empresariais divulgadas conferindo a exatido dos registros contbeis e a realidade das operaes, e sobre estes verificar se refletem proporcionalmente a situao patrimonial, financeira e econmica das empresas.No entanto, com o aumento da economia e o desenvolvimento das organizaes os processos tornaram-se mais complexos, dificultando o acompanhamento efetivo e adequado dos administradores. O que gerou a necessidade de adotar controles nas organizaes para facilitar e verificar melhor a veracidade das informaes, demonstraes e procedimentos internos. obrigao da administrao de uma organizao apresentar suas demonstraes contbeis esclarecedoras e verdadeiras avaliao pblica. Porm, podem existir pessoas mal-intencionadas dentro da mesma, que podem cometer crimes financeiros, e fazer com que as informaes divulgadas sejam distorcidas, demonstrando uma situao que seja favorvel a seu interesse, caracterizando as fraudes.Nesse caso, para cumprir com o objetivo da contabilidade, o auditor precisa organizar corretamente seu trabalho, avaliar o sistema de controle interno relacionado com a parte contbil e executar a reviso analtica das contas do ativo, passivo, despesas e receitas, a fim de colher evidncias comprobatrias das informaes contbeis e, a partir da avaliao das mesmas, emitir um parecer.Assim, a partir desta pesquisa bibliogrfica ser possvel reconhecer a importncia da auditoria interna na preveno e combate s fraudes.

1.1 TEMA DO TRABALHO

Neste trabalho sero abordados temas relacionados a auditoria contbil no combate s fraudes, como o controle interno do patrimnio e os setores em que podem ocorr-las.

1.2 PROBLEMA DE PESQUISA

Como a auditoria contbil pode combater fraudes?

1.3 OBJETIVOS

O presente trabalho tem como objetivo mostrar como a auditoria contbil pode combater fraudes nos mais diversos campos do setor.

1.3.1 Objetivos especficos

Este trabalho tem como objetivos: Apresentar a definio de auditoria contbil e suas finalidades; Apresentar os modos de ao da auditoria contbil; Identificar formas de combater fraudes atravs da auditoria contbil.

1.4 JUSTIFICATIVA

Por lei, todas as empresas do Brasil devem ter um contador na sua empresa ou contratar um escritrio para que seja feito o balano patrimonial e o pagamento de impostos das mesmas. Pelo grande nmero de escritrios do setor contbil, necessrio garantir certa uniformidade e organizao, e o mais importante: o combate a fraudes.Para isso, necessrio o trabalho do auditor. Neste trabalho ser apresentado o papel do Auditor Contbil no combate a fraudes, e a justificativa maior pensar como aprimorar mtodos para combater a corrupo e sonegao.

2 FUNDAMENTAO TERICA

1.5 DEFINIO E FINALIDADE

Segundo Attie (2011, pg. 5), auditoria uma especializao contbil, cujo objetivo testar a eficincia e a eficcia do controle patrimonial, implantado com o objetivo de expressar uma opinio sobre determinado dado. O seu exame engloba a verificao documental, os livros e registros controladores de patrimnio, visando s informaes contidas nessas afirmaes. A nfase que se d a cada situao varia de acordo com uma srie de decorrncias dos segmentos da organizao.Entretanto, continua o autor, a ao da auditoria extremamente crtica. Ela no pode se limitar apenas ao que est registrado nos documentos, mas tambm quilo que pode ter sido omitido dos livros. Ainda segundo Attie, a funo auditora necessita ser executada em carter de entendimento e que o trabalho merea toda a credibilidade, no podendo existir quaisquer dvidas quanto honestidade do auditor.Portanto, segundo Santos, Schmidt e Gomes (2006), como nem sempre as demonstraes contbeis so esclarecedoras a composio analtica do patrimnio e de suas variaes, a contabilidade dispe de mais uma tcnica especializada, denominada anlise de balanos, que permite decompor, comparar e interpretar essas demonstraes contbeis, oferecendo, aos interessados na riqueza patrimonial, dados analticos e interpretao sobre os componentes do patrimnio e sobre os resultados da atividade econmica desenvolvida pela entidade.

1.6 FATORES ANALISADOS PELA AUDITORIA

Segundo S (2011, pg. 07), a metodologia utilizada varia de acordo com o objeto que se examina. Geralmente, usa-se o mtodo analtico, no dispensando, quando necessrio, mais detalhes sobre tal. As pericias, quando esto voltadas para a localizao de fraudes, devem ter planos especficos, com cautelas que envolvem, algumas vezes, cuidados especiais. Sendo assim, necessrio:

1. Identificar bem o objetivo;2. Planejar competentemente o trabalho;3. Executar o trabalho baseado em evidncias inequvocas, plenas e totalmente confiveis;4. Ter muita cautela na concluso, e s a emitir depois que se esteja absolutamente seguro sobre os resultados;5. Concluir de forma clara, precisa, inequvoca. (LOPES DE S; 2011, pg.07).

Ainda dentro desta rea, os autores Santos, Schmidt e Gomes (2006, pg. 64) ressaltam que cabem ao auditor interno realizar avaliaes e exames para a comprovao de dados e informaes das demonstraes contbeis apresentadas, a seguir:1. Exatido, fidedignidade, justeza, completabilidade, tempestividade da apresentao e da publicao das demonstraes contbeis de qualquer relatrio formal ou institucional, de natureza oramentria, financeira, contbil ou tributria;2. Fidedignidade, integridade, adequao, confiabilidade e utilidade dos registros oramentrios, financeiros, econmicos e contbeis;3. Correo, eficcia e adequao dos controles da guarda, da divulgao, do arquivo, dos meios de consulta e da informatizao da documentao pertinente rea contbil, bem como das formas de identificao, classificao e divulgao das respectivas informaes;4. Adequao e eficcia dos controles, registros e meios de proteo dos ativos e comprovao de sua existncia real, utilidade, ociosidade e economicidade, bem como a comprovao da autntica e completa dos passivos;5. Eficincia eficcia e economicidade na utilizao de recursos e na administrao contbil-financeira e tributria de fundos e programas;6. Cumprimento das polticas, procedimentos, normas legais e objetivos compreendidos na rea auditada;7. Exame e avaliao das aplicaes de recursos, observando o cumprimento de normas legais, institucionais e aspectos contratuais pertinentes;8. Avaliao do alcance dos objetivos das operaes financeiras, investimentos, imobilizaes, obrigaes, despesas, receitas, fundos e programas etc.;9. Exame e avaliao das fontes de recursos, observando os aspectos econmicos acerca da tempestividade de sua aplicao;10. Exame e avaliao da rentabilidade das aplicaes e sua contribuio na formao do resultado da empresa;11. Transferncia, adequao e tempestividade das informaes particularmente em relao aos princpios fundamentais de contabilidade;12. Emisso de opinio sobre as demonstraes contbeis, fundos e programas e planos de natureza financeira, institudos ou administrados pela empresa;13. Assessoramento ao conselho fiscal, em matria compreendida no mbito de sua competncia especfica;14. Acompanhamento dos trabalhos de auditoria independente. (SANTOS SCHMIDT; GOMES, 2006, pg. 64-65)Segundo os mesmos, ao realizarem seus exames, os auditores internos devem estar conscientes da possibilidade de existirem fraudes ou erros nos registros que examinam. Portanto, devem examinar com extremo cuidado profissional os meios usados para proteger o patrimnio contra os diversos tipos de danos decorrente de roubo, fraude, atividades ilegais ou atentatrias a esse patrimnio, e ainda serem capazes de identificar os indcios de possveis ocorrncias dos mesmos. Para isso, devem ter conhecimentos tcnicos sobre os sistemas e procedimentos da organizao, bem como sobre os tipos e caractersticas bsicas de fraude ou erros possveis de ocorrerem na rea examinada.De maneira geral, pode-se concluir que a preveno desses riscos compreende as medidas tomadas pela administrao, por meio de um sistema contbil adequado e um controle interno eficaz, a fim de diminuir sua realizao e limitar a possibilidade de ocorrncia. Lembrando ainda, a adoo de controles que previnam a ocorrncia de fraudes contra o patrimnio, ou permitam detect-las quando ocorrerem de responsabilidade tanto gerencial quanto diretiva. J a constatao de existncia de fraudes contra o patrimnio responsabilidade da administrao, mediante a estrutura de controle por ela determinada. (Santos; Schimdt; Gomes, 2006)

1. TIPOS DE FRAUDE

Segundo Magalhes et. al. (2009), falhas nas aquisies, guarda, conservao e alienao dos bens materiais, danificao, extravio ou desvio so algumas imperfeies administrativas que podem atingir a integridade prpria ou de outras pessoas/empresas, podendo causar danos e prejuzos a ambas as partes.Tambm podem vir a acontecer erros como omisso, incompreenso, clculos incorretos, falsas situaes e tcnica mal aplicada. Os motivos que levam a isso podem ser voluntrios faltos, culpas, fraudes, crimes ou involuntrios ignorncia, falhas fsicas e psquicas, boa-f, etc. Outros tipos de fraudes so as que entram no grupo das infraes: violao de estatutos, posies jurdicas, social, dos acionistas ou associados; a inobservncia de instrues; desobedincia s leis; etc.Segundo, Antnio Lopes de S (2011, pg. 214), destaca que h diferena entre o erro e a fraude. O erro ocorre involuntariamente, sem o intuito de prejudicar o outro, apenas um equvoco. J a fraude algo consentido.

Fraudar enganar ou burlar. Engana-se a outrem para proveito prprio; burla-se a lei em benefcio prprio. A fraude no se presume, deve ser provada por quem acusa, embora se admita a prova por indcios ou circunstncias. Variantes da fraude so: furto, roubo, leso, desfalque, alcance, estelionato, falsificao. (MAGALHES ET. AL. 2009, pg.17)

Antnio Lopes de S (2011, pg. 215-224) salienta onde podem ocorrer as fraudes em uma organizao.

a) Fraude no capital circulante

O maior ndice de fraudes ocorre nos elementos do capital circulante da empresa, ou seja: dinheiro, estoques e crditos a receber, sendo as principais:

Aquisio fictcia de bens; Reparaes no realizadas; Troca de bens, com recebimentos de elementos de menor qualidade e dinheiro no caixa.

b) Fraudes nos custos

Os custos so fontes de fraudes, quer para alterar lucros, quer para evitar cargas tributaria.As fraudes, cometidas pelos empresrios, quase sempre, visam a interesses, pois, em pagar menos imposto de renda, iludir credores, iludir controles de preos governamentais.

c) Fraudes nas despesas

As despesas possuem um campo vasto para a prtica de fraude, pois abrangem as administrativas, comerciais, financeiras, tributarias e as extraordinrias.Conforme o interesse, pratica-se a fraude: se o interesse lesar scios, herdeiros, credores, pode-se simular uma m situao, produtora de perdas, quando, na realidade, o dinheiro escoa para a mo dos fraudadores.

3 METODOLOGIA CIENTFICA

Metodologia Cientfica significa, segundo Marconi e Lakatos (2003, pg. 17), introduzir o discente no mundo dos procedimentos sistemticos e racionais, base da formao tanto do estudioso quanto do profissional.

3.1 ESPECIFICAO DO PROBLEMA

Este trabalho tem como objetivo analisar como realizada a auditoria contbil no combate s fraudes. Para isso, utilizou-se de ferramentas bibliogrficas de diversos autores sobre o tema, alm de entrevistas com alguns auditores, afim de apresentar o que o trabalho prope e alcanar os objetivos pr-estabelecidos.

3.1.1 Perguntas de pesquisa

Foi apresentado algumas questes para direcionar as pesquisas para o presente trabalho.Para isso, listou-se perguntas com base nos objetivos especficos da pesquisa:

a) Qual a definio de auditoria contbil?b) Quais so os modos de ao da auditoria contbil?c) Quais so as formas de combate fraude pela auditoria contbil?

3.2 DELINEAMENTO DA PESQUISA

Delineamento da pesquisa para Gil (2007, pg. 43) refere-se ao planejamento da pesquisa, englobando o projeto de anlise, interpretao de dados, e controle das variveis compreendidas. o desenvolvimento da pesquisa, a partir dos procedimentos tcnicos utilizados para sua realizao.Esta pesquisa teve o delineamento partido da escolha do tema e das reas que mais sero analisadas, determinando os tipos de pesquisa sero abrangidos por este trabalho.Foram utilizados: pesquisa bibliogrfica, exploratria, explicativa, descritiva e pesquisa de campo. J na coleta de dados, utilizou-se a entrevista.

3.2.1 Tipos de pesquisa

Para cada assunto h mtodos e tcnicas especficas e tambm suas particularidades, com diferentes pontos de vista, variando de acordo com o objeto de estudo e qualificao do pesquisador. Por conta disso, h inmeros tipos de pesquisa. (Cervo e Bervian; 2002, pg. 65)Os tipos de pesquisa utilizados nesta pesquisa foram: bibliogrfica, descritiva e pesquisa de campo.

3.2.1.1 Pesquisa bibliogrfica

Segundo Marconi e Lakatos (2001, pg. 43), pesquisa bibliogrfica um procedimento formal com mtodo de pensamento reflexivo que requer um tratamento cientfico e se constitui no caminho para se conhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais. [...]. encontrar respostas para questes propostas, utilizando mtodos cientficos.Este trabalho utiliza este mtodo de pesquisa, pois foram feitos diversos usos de fontes bibliogrficas para sua realizao.

3.2.1.2 Pesquisa descritiva

Gil (2007, pg. 42) cita a pesquisa descritiva como a descrio das caractersticas de certa populao ou ocorrncia, relacionando e comparando as variveis. Dentre as caractersticas esto as formas, padro de coleta de dados, questionrio e observao.Neste trabalho nota-se o uso da pesquisa descritiva na fundamentao terica e tambm no questionrio usado para coleta de dados.

3.2.1.3 Pesquisa de campo

a pesquisa utilizada com o objetivo de conseguir informaes e/ou conhecimentos acerca de um problema, para o qual se procura uma resposta, ou de uma hiptese que se queira comprovar, ou descobrir novos fenmenos ou as relaes entre eles. (Marconi e Lakatos; 2003, pg. 186) utilizado esse tipo de pesquisa neste trabalho, pois foram utilizadas vrias informaes de outras reas.

3.2.2 Coleta de dados

3.2.2.1 Entrevista

A entrevista um encontro entre duas pessoas, a fim de que uma delas obtenha informaes a respeito de determinado assunto, mediante uma conversao de natureza profissional. um procedimento utilizado na investigao social, para a coleta de dados ou para ajudar no diagnstico ou no tratamento de um problema social. (Marconi e Lakatos, 2003; pg. 195)

3.3 POPULAO E AMOSTRA

Segundo Marconi e Lakatos (2003, pg. 223), populao o conjunto de seres animados ou inanimados que apresentam pelo menos uma caracterstica em comum. Amostra uma poro ou parcela, convenientemente, selecionada da populao.Este trabalho tem como populao todas as empresas que utilizam a auditoria contbil, utilizando como amostragem a no-probabilstica por convenincia, na qual foi selecionado dois auditores para coleta de dados.

3.4 FONTE COLETA E TRATAMENTO DE DADOS

3.4.1 Fonte de dados

Conforme Collis e Hussey (2005, pg. 154) as fontes de dados podem ser divididas em duas principais: primrios aquelas que so obtidas na fonte e secundrios dados de fontes j existentes.3.4.2 Coleta de dados

Segundo Marconi e Lakatos (2003; pg. 165), coleta de dados a parte da pesquisa em que se inicia a aplicao dos instrumentos elaborados e das tcnicas selecionadas, a fim de se efetuar a coleta dos dados previstos.

3.4.3 Tratamento de dados

Como em boa parte dos casos os documentos a serem utilizados na pesquisa no receberam nenhum tratamento analtico, torna-se necessria a anlise de seus dados. Essa anlise deve ser feita em observncia aos objetivos e ao plano da pesquisa e pode exigir, em alguns casos, o concurso de tcnicas altamente sofisticadas. (GIL, 2007; pg. 88)Neste estudo, foram utilizados dados primrios, por parte das pesquisas bibliogrficas e pelos dados coletados atravs das entrevistas, a partir de questionrios estruturados, usando a amostragem no-probabilstica por convenincia com dois auditores contbeis. A anlise foi dada pela interpretao dos dados coletados.

3.5 LIMITAES DO ESTUDO

Delimitar a pesquisa estabelecer limites para a investigao. Podem ser limitadas em relao ao assunto, extenso e uma srie de fatores, isto , meios humanos, econmicos e de exiguidade de prazo. (Marconi e Lakatos; 2003; pg. 162)Esse trabalho est limitado prtica auditora contbil interna. A coleta de dados no-probabilstica por convenincia delimita a pesquisa para uma pequena amostra perto da imensido da populao abrangida pelo trabalho, por conta de recursos e tempo reduzidos. Outra delimitao se d por conta do direcionamento da pesquisa para a parte mais terica e conceitual de auditoria contbil, abrangendo com menor intensidade a prtica e mtodos de como realizar a mesma.

4 ANLISE E APRESENTAO DOS DADOS

Uma vez manipulados os dados e obtidos os resultados, o passo seguinte a anlise e interpretao dos mesmos, constituindo ambas para o ncleo central da pesquisa. (Marconi e Lakatos; 2007; pg. 169)A partir dos dados coletados por meio de entrevista com dois auditores de escritrios contbeis, analisou-se as perguntas de pesquisa e outros assuntos que surgiram ao longo da realizao do trabalho.O primeiro auditor, o qual no quis se identificar, apresenta a importncia da auditoria contbil na viso dele. Segundo tal, necessria para validar os fatos contbeis, os possveis erros e fraudes. Sendo assim, necessrio tambm desenvolver planos de aes para corrigi-los.Os mtodos mais utilizados para identificar uma fraude o teste por anlise de dados, no qual so escolhidos fatos aleatrios para uma anlise. Outro mtodo verificar as notas explicativas anteriores, para verificar se ocorreram os mesmos problemas no perodo auditado.Uma das questes abordadas pela entrevista foi a diferena entre erro e fraude. Segundo o entrevistado, o erro um fato isolado que no gera uma diferena relevante para o resultado da empresa. J a fraude so fatos comuns na empresa, na qual pode variar o resultado e valores muito acima do praticado no mercado.A suspeita de uma fraude pode ser observada pela existncia de caixa 2[footnoteRef:1] e por contratos fora de preo de mercados. Ela pode ser cometida por diversos funcionrios ligados diretamente com a administrao da empresa. [1: Prtica contbil fraudulenta.]

Ao ser questionado como a auditoria contbil pode combater as fraudes, o entrevistado afirmou que um auditor no pode combater as fraudes. Ele somente deve informar os administradores as possveis incoerncias ou os fatos concretos dos mesmos.Entretanto, a auditoria contbil pode fazer com que se reduza as fraudes por intermdio do conhecimento de que haver uma auditoria na empresa, ou seja, sabendo que h auditorias frequentes na empresa, os administradores, contadores e afins tero receio de realizar fraudes. Finalizando a entrevista, o auditor afirma que possvel criar planos de aes para prevenir possveis fraudes, mas combate-las , infelizmente, impossvel para a auditoria.Na segunda entrevista, com uma auditora, tambm de escritrios contbeis, foram feitas as mesmas perguntas.A auditoria contbil, segundo a entrevistada, serve para verificar a veracidade dos fatos ocorridos na empresa auditada e analisar se esto em conformidade com as leis especficas para cada situao tributria (lucro real, presumido ou simples).Para identificar uma fraude, faz-se uma anlise a fim de saber a exatido dos fatos ocorridos na empresa. Depois segue para anlise das contas da empresa e ento certifica-se de que no h fraude.O erro comea quando uma pessoa se equivoca quando faz uma operao dentro da empresa. Se a mesma no informa o acontecido e persiste nesta operao, beneficiando a si mesma e negligenciando a empresa, caracterizada uma fraude.Ao ser perguntada sobre os fatores que causam uma suspeita de fraude, a resposta no fica muito diferente do outro entrevistado. A auditora tambm menciona o caixa 2 como uma grande suspeita. O enriquecimento rpido e contnuo de uma pessoa tambm pode causar estranheza aos olhos do auditor contbil, assim como furos em setores especficos.Qualquer pessoa com vnculo na empresa pode se beneficiar de forma fraudulenta. Caso nunca se manifeste qualquer tipo de teste no setor em que a fraude foi realizada, dificilmente ir ser detectada.Com testes especficos para cada rea da empresa, com perguntas aleatrias aos funcionrios da mesma, pode-se contatar as fraudes. Com a presena da auditoria, at consegue-se prevenir fraudes. Entretanto, acab-las, difcil para a auditoria.

5 CONCLUSO

Conclui-se com esta pesquisa que a auditoria contbil uma prtica do ramo que serve para verificar a confiabilidade e a veracidade dos fatos registrados pela contabilidade. de grande importncia, pois cabe a ela fiscalizar as apresentaes do Patrimnio, gerados pela contabilidade, para que no ocorra nenhum equvoco no mesmo, que possa comprometer a empresa auditada ou outros rgos pblicos ou privados.Os mtodos utilizados da auditoria so vrios e variam de acordo com o caso auditado. Entretanto, o mais utilizado o teste por anlise de dados, na qual escolhe-se documentos aleatrios e verifica possveis fraudes no mesmo. Sendo assim, algumas fraudes podem passar despercebidas, j que os dados nem sempre sero totalmente auditados, conforme falou um dos entrevistados da pesquisa.Para que o auditor verifique se h incoerncias, deve-se tomar uma srie de padres para ter a certeza do ocorrido, sem levantar testemunhos equivocados. Para isso, deve-se analisar bem o objetivo da auditoria que est sendo realizada, utilizando apenas mtodos e dados de absoluta confiabilidade.Na concluso da percia, deve-se document-la de forma clara e objetiva, para que no haja interpretaes diferentes. Alm disso, o auditor contbil precisa ter absoluta certeza da concluso, para depois emiti-la. As consequncias de uma afirmao equivocada por parte de um auditor podem ser totalmente prejudiciais, podendo desde atrapalhar a investigao ou at mesmo acabar com a reputao e as finanas de uma empresa.No final do trabalho, principalmente com as respostas obtidas pelas entrevistas com auditores, constatou-se que o auditor contbil no consegue combater as fraudes j que nem o seu papel. Contudo, a auditoria pode ajudar a diminuir o nmero de casos fraudulentos, seja por meio do receio de empresrios e administradores de que uma vistoria seja realizada, seja por meio da no-impunidade de casos onde ocorreram fraudes e foram descobertos pela auditoria. J que a auditoria incapaz de combater as fraudes, este trabalho no consegue atingir seu objetivo da forma esperada: apresentar como a auditoria consegue combater as fraudes. Porm, ele auxilia, e muito, no conhecimento da auditoria contbil, prtica muito presente e extraordinariamente importante no ramo da Contabilidade.

6 REFERNCIAS

ATTIE, W. Auditoria: conceitos e aplicaes. 6. ed. So Paulo: Atlas, 2011.

CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A. Metodologia cientfica. 5. ed. So Paulo: Pretince Hall, 2002.

COLLIS, J; HUSSEY, R. Pesquisa em administrao: um guia prtico para alunos de graduao e ps-graduao. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2005

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. So Paulo: Atlas, 2007.

MAGALHES, A. de D. F. et. al. Percia Contbil. 7. ed. So Paulo: Atlas, 2009.

MARCONI, M. de A.; LAKATOS, E. M. Fundamentos de metodologia cientfica. 5. ed. So Paulo: Atlas, 2003.

MARCONI, M. de A.; LAKATOS, E. M. Fundamentos de metodologia cientfica. 6. ed. So Paulo: Atlas, 2007.

S, A. L de. Percia contbil. 10. ed. So Paulo: Atlas, 2011.

SANTOS, J. L. dos; SCHMIDT, P.; GOMES, J. M. M. Fundamentos da auditoria contbil. 1. ed. So Paulo: Atlas, 2006.

7 ANEXOS

7.1 PERGUNTAS REALIZADAS NA ENTREVISTA

Para a coleta de dados por meio da entrevista, utilizou-se as seguintes perguntas:a) Na sua opinio, para que serve e qual a importncia da auditoria contbil?b) Quais so os mtodos utilizados para identificar uma fraude? E quais so os mais eficazes, na sua opinio?c) Como distinguir um erro de uma fraude contbil?d) Quais so os fatores que causam mais suspeita de uma fraude?e) Como a auditoria contbil pode combater as fraudes?