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Espanha – As Comunidades Autónomas (julho 2018)
Índice
Introdução 1
1. Economia Regional 3
1.1. População e Taxa de Desemprego 3
1.2. Distribuição do PIB por Comunidades Autónomas 3
1.3. Evolução do PIB 4
1.4. PIB per capita 5
1.5. Breve Caracterização Económica 6
2. Comércio Externo de Bens 13
2.1. Principais Comunidades Autónomas Exportadoras 14
2.2. Principais Comunidades Autónomas Importadoras 14
2.3. Trocas Comerciais de Bens com Portugal 14
2.3.1. Trocas Comerciais de Bens das Comunidades Autónomas com Portugal 16
3. Investimento 21
3.1. Fluxos de Investimento por Comunidades Autónomas 21
3.2. Investimento de Portugal em Espanha por Comunidades Autónomas 21
3.3. Investimento de Espanha em Portugal por Comunidades Autónomas 22
4. Indicações estratégicas para as empresas portuguesas 22
5. Endereços Úteis 23
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Introdução
O Reino de Espanha é constituído por 17 Comunidades Autónomas e duas cidades autónomas (Ceuta e
Melilla no Norte de África), com diferentes graus de autonomia. A Constituição espanhola estabelece a
descentralização do poder central para as regiões, situação que tem um impacto significativo a nível
político e administrativo no país. Espanha é, deste modo, um dos Estados mais descentralizados da
Europa.
Cada Comunidade está dividida em Províncias (50 no total) formadas por grupos de Municípios, cada um
com o seu Conselho Municipal, Comarcas e ainda numerosas entidades locais (cerca de 15 000).
Existem 17 Comunidades bastante diferentes sobre diversas perspetivas: histórica, cultural, linguística e
económica.
Comunidade Autónoma Províncias
Andaluzia Almería, Cádiz, Córdoba, Granada, Huelva, Jaén, Málaga, Sevilha
Aragão Huesca, Teruel, Zaragoza
Canárias Las Palmas de Gran Canaria, Santa Cruz de Tenerife
Cantábria Cantábria
Castela e Leão Ávila, Burgos, León, Palencia, Salamanca, Segovia, Soria, Valladolid, Zamora
Castilla-La Mancha Albacete, Ciudad Real, Cuenca, Guadalajara, Toledo
Catalunha Barcelona, Gerona, Lérida, Tarragona
Comunidade de Madrid Madrid
Comunidade Foral de Navarra Navarra
Comunidade Valenciana Alicante, Castellón, Valencia
Extremadura Badajoz, Cáceres
Galiza La Coruña, Lugo, Orense, Pontevedra
Ilhas Baleares Ilhas Baleares
La Rioja La Rioja
País Basco Álava, Guipúzcoa, Vizcaya
Principado de Astúrias Astúrias
Região de Múrcia Múrcia
Total de 17 Comunidades Total de 50 Províncias
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GALICIA
ASTURIAS
CANTABRIA
PAÍS VASCO
NAVARRA
LA RIOJA
CASTILLA LEÓN
ARAGÓN
CATALUÑA
COMUNIDAD VALENCIANA
CASTILLA LA MANCHA
EXTREMADURA
ANDALUCÍA
MURCIA
ISLAS BALEARES
ISLAS CANARIAS
MADRID
Mapa
Fonte: INE-Instituto Nacional de Estadística
Principais Indicadores Económicos
2017 2017 2017 2017 2016* 2017
População PIB
pr.corr.(a) PIB per capita
Taxa Cresc. PIB
PIB em PPC (b)
Taxa Desemprego
Milhões Pessoas
Milhões Euros
Euros % UE 28=100 %
Andalucía 8,4 155 213 18 470 2,7% 68 24,4
Aragón 1,3 36 054 27 403 3,6% 99 11,4
Asturias 1,0 22 708 22 046 3,5% 79 14,6
Baleares 1,1 29 911 25 772 2,7% 95 12,6
Canarias 2,1 44 206 20 425 2,9% 75 22,0
Cantabria 0,6 13 083 22 513 3,2% 82 13,5
Castilla y León 2,4 57 094 23 555 1,9% 87 13,7
Castilla-La Mancha 2,0 40 046 19 681 2,5% 72 19,7
Cataluña 7,6 223 139 29 936 3,3% 110 12,6
Com.Valenciana 4,9 108 781 22 055 3,2% 81 16,8
Extremadura 1,1 18 520 17 262 2,4% 63 25,1
Galicia 2,7 60 824 22 497 3,1% 82 14,7
La Rioja 0,3 8 137 26 044 1,8% 96 11,5
Madrid 6,5 219 976 33 809 3,4% 125 13,8
Murcia 1,5 30 344 20 585 3,3% 76 17,2
Navarra 0,6 19 827 30 914 2,8% 114 9,6
País Vasco 2,2 71 743 33 088 3,1% 121 10,6
Espanha 46,6 1 163 662 24 999 3,1% 92 16,6
Portugal 10,3 193 122 18 691 2,7% 77 8,1
Fontes: Espanha: INE Espanha; Portugal: INE, Banco de Portugal, EIU. Notas: PIB, PIB per capita: “Principais Indicadores Económicos” Março 2018
AICEP. (*) 2016 “GDP per capita in 27 EU Regions”, Eurostat 28 Fevereiro 2018
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1. Economia Regional
1.1. População e Taxa de Desemprego
Em 2017, a população de Espanha atingiu mais de 46,5 milhões de habitantes. A Comunidade mais
povoada é a Andaluzia, com 8,4 milhões de habitantes, seguida pela Catalunha (7,6 milhões), Madrid
(6,5 milhões) e Comunidade Valenciana (cerca de 5 milhões).
Relativamente ao desemprego, de acordo com o INE espanhol, o número total de desempregados era,
no final de 2017, de cerca 3,5 milhões de pessoas. A taxa de desemprego atingiu 16,6% da população
ativa.
Apenas as Comunidades da Catalunha, Baleares, La Rioja, Aragão, País Basco e Navarra registaram
uma taxa de desemprego inferior a 13% da população ativa. As taxas de desemprego mais elevadas
observaram-se na Extremadura (mais de 25%), na Andaluzia (24,4%) e nas Ilhas Canárias (22%).
Fonte: INE-Instituto Nacional de Estadística
1.2. Distribuição do PIB por Comunidades Autónomas
Em 2017, a Catalunha e Madrid foram, em termos absolutos, as Comunidades que mais contribuíram
para o produto interno bruto (PIB) nacional, ambas com valores muito semelhantes e próximos dos 19%
do total. Seguiram-se as Comunidades da Andaluzia (13,3%) e a Comunidade Valenciana (9,3%). Estas
quatro comunidades representaram mais de 60% do PIB espanhol.
O peso relativo de cada Comunidade Autónoma, no conjunto da economia espanhola, não sofreu
grandes alterações nos últimos anos.
Taxa de desemprego 2017
(Espanha = 16,6%)
GGAALLIICCIIAA
AASSTTUURRIIAASS PPAAÍÍSS VVAASSCCOO
NNAAVVAARRRRAA
CCAASSTTIILLLLAA LLEEÓÓNN AARRAAGGÓÓNN
CCAATTAALLUUÑÑAA
CCOOMMUUNNIIDDAADD
VVAALLEENNCCIIAANNAA
AANNDDAALLUUCCÍÍAA MURCIA
IISSLLAASS
BBAALLEEAARREESS
IISSLLAASS CCAANNAARRIIAASS
MMAADDRRIIDD
EEXXTTRREEMMAADDUURRAA CCAASSTTIILLLLAA
LLAA MMAANNCCHHAA
CCAANNTTAABBRRIIAA ≥ 20% 15% < 20% 13% < 15% < 13%
LLAA RRIIOOJJAA
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Distribuição do PIB por Comunidades Autónomas (%) - 2017
Fonte: INE-Instituto Nacional de Estadística
1.3. Evolução do PIB
Segundo os dados oficiais publicados pelo INE espanhol, a economia registou em 2017 um crescimento
de 3,1%. De acordo com a primeira estimativa sobre o crescimento do PIB por Comunidades
Autónomas, observamos que as cinco Comunidades Autónomas que lideraram o crescimento da
economia espanhola foram Aragão, Astúrias, Madrid, Múrcia, Catalunha, Cantábria, a Comunidade
Valenciana, a Galiza e o País Basco. Todas elas registaram uma taxa de crescimento do PIB igual ou
superior à média nacional.
Por outro lado, La Rioja, Castela e Leão, Extremadura e Castilla la Mancha foram a regiões com menor
dinamismo económico, com um crescimento igual ou inferior a 2,5%.
Taxa de crescimento do PIB (2017)
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Fonte: INE-Instituto Nacional de Estadística - “Contabilidad Regional de España”
1.4. PIB per capita
Em 2017 o produto interno bruto médio per capita espanhol alcançou 24 999 euros. No entanto, a
situação varia substancialmente consoante as Comunidades Autónomas. Assim, enquanto Madrid
apresenta uma média de mais de 33 800 euros por habitante, a Extremadura tem apenas 17 262 euros
por habitante. Com valores superiores à média espanhola encontramos sete Comunidades Autónomas,
nomeadamente Madrid, País Basco, Navarra, Catalunha, Aragão, La Rioja e as Ilhas Baleares.
PIB per capita por Comunidades Autónomas (2017)
Fonte: INE-Instituto Nacional de Estadística
Unidade: Euros
Em termos relativos, Madrid apresenta um PIB per capita 35% acima da média nacional, enquanto o
País Basco e Navarra excederam este valor médio em 32% e 24%, respetivamente. Por outro lado, a
Extremadura e a Andaluzia registam valores bastante inferiores à média nacional (69% e 74%,
respetivamente).
Taxa Crescimento PIB 2017 (Espanha = 3,1%)
GGAALLIICCIIAA
AASSTTUURRIIAASS PPAAÍÍSS VVAASSCCOO
NNAAVVAARRRRAA
CCAASSTTIILLLLAA LLEEÓÓNN AARRAAGGÓÓNN
CCAATTAALLUUÑÑAA
CCOOMMUUNNIIDDAADD
VVAALLEENNCCIIAANNAA
AANNDDAALLUUCCÍÍAA MURCIA
IISSLLAASS
BBAALLEEAARREESS
IISSLLAASS CCAANNAARRIIAASS
MMAADDRRIIDD
EEXXTTRREEMMAADDUURRAA CCAASSTTIILLLLAA
LLAA MMAANNCCHHAA
CCAANNTTAABBRRIIAA
>= 3,3% 3% < 3,2% < 3%
LLAA RRIIOOJJAA
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Índice do PIB per capita por Comunidades Autónomas (2017)
Fonte: INE-Instituto Nacional de Estadística
Pode observar-se que as regiões com um PIB por habitante superior à média nacional estão situadas no
centro e no nordeste do território espanhol.
Fonte: INE-Instituto Nacional de Estadística - “Contabilidad Regional de España”
1.5. Breve Caracterização Económica
Andaluzia
A estrutura económica da Andaluzia caracteriza-se pelo grande peso do seu setor terciário. No entanto,
o setor da agroindústria alimentar é muito relevante para esta Comunidade Autónoma, especialmente o
azeite, as frutas e os legumes, representando grande parte das vendas andaluzas ao exterior. Exemplos
de importantes empresas deste sector são o Grupo Deoleo, Puleva (Grupo Lactalis), Heineken (Marca
CruzCampo) e Sovena.
GGAALLIICCIIAA AASSTTUURRIIAASS
PPAAÍÍSS VVAASSCCOO
NNAAVVAARRRRAA
CCAASSTTIILLLLAA LLEEÓÓNN AARRAAGGÓÓNN
CCAATTAALLUUÑÑAA
CCOOMMUUNNIIDDAADD
VVAALLEENNCCIIAANNAA
AANNDDAALLUUCCÍÍAA MURCIA
IISSLLAASS
BBAALLEEAARREESS
IISSLLAASS CCAANNAARRIIAASS
MMAADDRRIIDD
EEXXTTRREEMMAADDUURRAA CCAASSTTIILLLLAA
LLAA MMAANNCCHHAA
CCAANNTTAABBRRIIAA
Índice PIB per capita 2017
(Espanha = 100)
< 80 85 < 100 100 < 115 >115
LLAA RRIIOOJJAA
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A zona de Algeciras (Cádiz) acolhe numerosas indústrias dos sectores petroquímico e energético, e a
zona de Huelva é um relevante núcleo industrial de química de base. É de referir ainda que a Andaluzia
é a segunda região mais importante no que se refere à indústria aeronáutica, destacando-se o grupo
Airbus e o cluster aeronáutico existente em Sevilha.
A Andaluzia conta com 11 parques tecnológicos, entre os quais se destacam o Parque Científico
Tecnológico de Cartuja/Sevilha e o Parque Tecnológico de Andalucía, em Málaga.
Neste contexto, destacam-se seis setores estratégicos nesta região: aeronáutica, agroindústria,
biotecnologia, energias renováveis, metalomecânica e tecnologias de informação e comunicação (TIC).
Aragão
Os setores estratégicos da economia aragonesa são a indústria automóvel, a logística, os transportes e
a indústria têxtil. Existem mais de 200 empresas estrangeiras instaladas em Aragão, como a Opel (PSA),
que tem uma importante fábrica em Saragoça, a BSH Eletrodomésticos (Grupo Bosch), a
Supermercados Sabeco (marca Simply, grupo francês Auchan), a distribuidora de produtos
farmacêuticos Alliance Healthcare, Esprinet Ibérica (informática e eletrónica), Schindler elevadores ou a
Adidas España, entre outras. O primeiro grupo empresarial de capital aragonês por volume de faturação
é a Saica, no setor do papel.
Os setores de oportunidade considerados por “Aragon Exterior” são: logística, TIC, automóvel,
aeronáutica e saúde.
No que se refere às infraestruturas, devemos referir a ligação da rede de alta velocidade a Barcelona e a
Madrid e a centralidade de Saragoça como ponto nevrálgico do ponto de vista geográfico/logístico. É
assim relevante destacar a Plataforma Logística de Saragoça (PLAZA), centro logístico intermodal de
transportes, com mais de 13 milhões de m2, aberto a todo tipo de empresas que participem em
atividades relacionadas com o transporte e a logística.
Astúrias
A economia do Principado das Astúrias conta com um relevante setor industrial, assumindo especial
importância o siderúrgico, o alimentar, a construção naval, o armamento, a química e os equipamentos
de transporte. A importância do setor terciário tende a aumentar, sendo este facto um sintoma da
concentração da população nos centros urbanos e da importância que o turismo entretanto adquiriu na
região.
Nos últimos anos, as Astúrias reduziram a sua dependência da indústria pesada e da agricultura, tendo
fomentado o investimento nos setores das tecnologias de informação e do turismo, assim como na
promoção das empresas com valor acrescentado nos setores do aço e carvão, pelos quais a região é
conhecida.
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Ilhas Baleares
O turismo define o tipo de economia das Ilhas Baleares, sendo que cerca de 80% do VAB tem origem no
setor dos serviços. O setor industrial, que representa menos de 10% do VAB, é basicamente composto
por empresas das áreas da confeção e têxtil, calçado, complementos de moda, bijutaria e alimentos
processados.
O transporte aéreo é a principal via de comunicação das Ilhas Baleares, mas a via marítima é também
muito importante, nomeadamente no que se refere ao transporte de mercadorias. Os principais portos
das Ilhas Baleares são os de Palma de Mallorca, Mahón, Ibiza e La Savina (Formentera), destinados
fundamentalmente ao tráfego de passageiros e mercadorias.
Ilhas Canárias
A economia das ilhas Canárias é pouco diversificada, baseando-se no setor terciário, e
fundamentalmente no turismo, atividade que sustenta esta Comunidade. Este setor estimulou o
desenvolvimento da construção, outra área de relevo na economia local. A indústria representa menos
de 10% do VAB regional e incide na transformação agroalimentar, tabaco e refinaria de petróleo (ilha de
Tenerife). O setor comercial é forte devido às importantes infraestruturas marítimas, dispondo as
Canárias de uma ampla rede de portos comerciais, pesqueiros e desportivos.
É importante frisar que as Ilhas Canárias têm, historicamente, um tratamento económico e fiscal
diferenciado do resto das Comunidades Autónomas espanholas. O Regime Económico e Fiscal das
Canárias (REF) contempla incentivos fiscais relativos à atividade empresarial, nomeadamente a Zona
Especial Canaria (ZEC).
Cantábria
Na estrutura industrial da Cantábria existem quatro setores que se destacam dos restantes. Em primeiro
lugar, o setor de componentes de automóvel ligado a uma competitiva indústria auxiliar automóvel. Em
segundo lugar, o setor dos metais transformados, de ampla tradição na Cantábria, que integra
numerosas empresas metalúrgicas, siderometalúrgicas e de transformados, constituindo um dos pilares
da indústria regional. Em terceiro lugar, o setor da indústria agroalimentar, vinculado aos recursos
naturais da região, é representado por indústrias lácteas e de conservas. Por último, outro setor
relevante é o químico, no qual se enquadram várias empresas multinacionais.
Castela e Leão
A participação do setor industrial na estrutura produtiva regional de Castela e Leão tem sido,
tradicionalmente, superior à média espanhola, sendo uma atividade muito concentrada no setor do
automóvel e, em menor medida, no agroalimentar.
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No setor automóvel, esta região conta com quatro fábricas - Renault (Valladolid e Palencia), Grupo Fiat
Iveco (Valladolid) e Nissan (Ávila) - além de cerca de 150 empresas a montante ou a jusante destas,
espanholas e também multinacionais.
No que se refere ao setor agroalimentar, são relevantes as indústrias das carnes, dos vinhos, dos
produtos de panificação e pastelaria, assim como dos lacticínios; quanto às principais empresas,
destacam-se a Campofrío, o Grupo Hélios, a Nestlé/Lactalis, a Siro e a Pascual. Relativamente ao setor
químico-farmacêutico podemos referir a presença de empresas como a GSK. É também relevante a
atividade económica no âmbito da energia, nomeadamente na energia eólica, hidráulica e na solar.
Ao nível de captação de investimento, o governo regional considera também prioritários os setores da
aeronáutica, logística, turismo e segurança.
Castilla-La Mancha
O setor primário teve um papel destacado na economia de Castilla-La Mancha até ter sido
progressivamente substituído pelo setor dos serviços, atual motor da economia da Comunidade. Entre as
exportações agrícolas, as mais relevantes são as de vinho.
Pela sua localização geográfica, numerosas mercadorias passam por Castilla-La Mancha, o que justifica
o desenvolvimento do setor logístico, que aliado aos competitivos custos de solo industrial torna esta
Comunidade uma região atrativa para este setor.
Em paralelo, esta é uma das principais regiões espanholas na geração e produção de energias
renováveis. Relativamente ao setor aeronáutico, é de referir o Parque Aeronáutico e Logístico de
Albacete.
Catalunha
A Catalunha dispõe de uma estrutura sectorial muito diversificada, de forte cariz industrial. Os setores
mais relevantes são o automóvel, alimentar e bebidas, têxtil, logística, plásticos, produtos químicos (polo
petroquímico de Tarragona), farmacêutico, eletrónica avançada, maquinaria e equipamentos mecânicos,
metalurgia e produtos metálicos ou papel. Como novas indústrias que se desenvolveram mais
recentemente destacam-se a biotecnologia, as energias renováveis e a reciclagem.
Os serviços a empresas, o comércio, a energia, os fornecedores de transporte, as telecomunicações e
os serviços financeiros são atividades que representam mais de 60% do VAB catalão. Entre as
atividades do setor terciário em crescimento, destacam-se os serviços de saúde e sociais, as TIC, os
meios de comunicação, os audiovisuais, a logística, o turismo e a educação.
A Catalunha tem um elevado número de centros logísticos, destacando-se a Zona d'Activitats
Logístiques - ZAL, que cobrem mais de 300 hectares na zona de Barcelona. Dispõe também de uma
extensa rede de estradas e ferrovías, incluindo a rede de alta velocidade Barcelona - Madrid.
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Comunidade Valenciana
Os principais setores empresariais na Comunidade Valenciana são o automóvel, químico, plástico,
turismo e o setor agroalimentar. Esta região é ainda a maior produtora de cerâmica em Espanha,
representando cerca de 80% do total das exportações espanholas do setor. O mesmo acontece com o
calçado, setor em que esta Comunidade representa cerca de 50% do total das exportações espanholas.
A Comunidade Valenciana exporta também produtos hortofrutícolas, em particular citrinos, e destaca-se
no setor da decoração de interiores que comporta os subsetores do mobiliário, dos têxteis e da
iluminação.
Podemos destacar ainda a presença de multinacionais como a Ford, UBE Corporation (químico), Franz
Schneider (componentes automóvel), Cessna Aircraft ou Obeikan (embalagens).
Pela sua localização geográfica e por possuir 5 portos, destacando-se o Porto de Valência com grande
importância no Mediterrâneo, principalmente em contentores (líder no Mediterrâneo Ocidental), e 2
aeroportos internacionais, esta região é uma importante plataforma logística, muito relevante ao nível
das trocas mediterrânicas.
Extremadura
Na estrutura económica da Extremadura sobressai a grande importância do sector dos serviços, que
substituiu nas últimas décadas o peso que o sector primário tinha nesta região. O tecido empresarial
desta Comunidade Autónoma caracteriza-se pelo facto de mais de 50% das empresas existentes ter
apenas um ou dois trabalhadores; existem apenas cerca de 15 empresas com mais de 500
trabalhadores. Os principais subsectores industriais são o agroindustrial, o energético, a cortiça e o têxtil.
Relativamente ao mercado externo, o sector alimentar representa cerca de metade do total das
exportações da região. No geral, são os produtos siderúrgicos, as conservas de verduras e hortaliças, os
produtos hortofrutícolas frescos e congelados, o vinho, o tabaco, a cortiça e o azeite que constituem o
grosso das exportações.
Galiza
Depois da entrada de Espanha na UE, esta Comunidade Autónoma sofreu uma forte transformação
passando de agrária e rural, a industrial e urbana, sem prejudicar o importante papel que continua a
desempenhar o setor da agricultura e da pesca nesta região. Atualmente, os setores mais importantes
desta Comunidade incluem, por um lado, os já enraizados na economia galega e que receberam grande
parte dos investimentos da região; e, por outro lado, os que têm tido uma rápida evolução e apresentam
rácios positivos de crescimento como a pesca e produtos do mar, indústria naval, indústria têxtil,
indústria da madeira, produção automóvel, energia elétrica, logística, TIC, energias renováveis e
biotecnologia.
Os pólos económicos da Galiza são as províncias da Corunha e de Vigo, a primeira com maior
dinamismo do que a segunda. Como terceira área económica surge Santiago de Compostela.
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Nos setores acima referidos sobressaem algumas multinacionais galegas que conseguiram posicionar-
se internacionalmente (Grupo Inditex, Calvo, Adolfo Domínguez, Coren no setor alimentar, etc). Podem
encontrar-se também diversas empresas estrangeiras que elegeram a Galiza como localização dos seus
investimentos (PSA-Citroën, Alcoa, Bosch Service Solutions, etc).
A Galiza ocupa uma posição marítima relevante, contando com mais de 120 portos, sendo os mais
importantes os de Ferrol, da Coruña e de Vigo, situados nas principais rotas de transporte marítimo
internacional. Devemos destacar também a Zona Franca de Vigo, a única no noroeste da península.
A Galiza conta com mais de 100 parques industriais, comerciais e de serviços distribuídos pelas quatro
províncias galegas, com uma superfície de cerca de 50 milhões de m².
La Rioja
É a segunda Comunidade Autónoma mais pequena de Espanha e a que tem menos habitantes. É
eminentemente rural, com a cultura vinícola a ocupar metade do setor agrário. Esta região sempre se
situou na “gama alta” das Comunidades Autónomas, com níveis de rendimento per capita superiores à
média nacional espanhola, que atualmente supera também a média da União Europeia.
O peso do setor industrial é de cerca de 25% do total do VAB da região, destacando-se o ramo da
alimentação e bebidas, principalmente a produção de vinho. A região conta também com uma importante
indústria de metais, borracha e calçado. La Rioja possui ainda um elevado número de empresas de
extração e transformação de recursos minerais importantes, relevando-se a extração de inertes, como a
areia e o cascalho, seguida da extração de argila e produção de gesso para cerâmica estrutural e
decorativa.
Madrid
O principal centro financeiro e empresarial do país, onde se encontram localizadas muitas das
multinacionais estrangeiras presentes no mercado espanhol, constituindo um dos importantes destinos
europeus para a realização de projetos de investimento de empresas estrangeiras. Madrid é um dos
principais centros logísticos de Espanha e do sul da Europa.
A economia desta Comunidade caracteriza-se pelo domínio do setor dos serviços destacando-se, como
mais importantes, os serviços a empresas, os transportes e comunicações, os serviços imobiliários e os
serviços financeiros. O turismo é uma atividade especialmente importante, ocupando uma boa parte da
população, que se estende para além da hotelaria, abrangendo o comércio, os transportes e a indústria
do lazer, entre outras.
É importante realçar a forte presença nesta Comunidade Autónoma dos subsetores da indústria
farmacêutica e biotecnologia, das TIC, do setor aeroespacial e do transporte. No que se refere à
indústria aeronáutica e aeroespacial, conta-se tanto com centros e empresas internacionais como com
companhias espanholas (Airbus, General Dynamics, Hexcel, Indra, Sener, ITP Aero, Aernnova, etc).
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Os setores considerados prioritários para a captação de investimento pela Comunidade de Madrid são
as ciências da saúde, os centros de I&D e tecnologia e as TIC.
Múrcia
Nesta Comunidade, os serviços representam mais de 60% do VAB regional e do emprego, tendo este
setor nos últimos anos registado uma notável expansão. No entanto, a agricultura continua a ter
importância na região, principalmente a intensiva de irrigação, ligada à indústria alimentar que é a que
concentra a maior parte da produção e do emprego industrial na Comunidade. Esta região é também
uma das mais relevantes produtoras de energia de Espanha, graças ao pólo energético de Cartagena.
Navarra
A estrutura económica de Navarra diferencia-se da média espanhola pela destacada relevância do setor
industrial, salientando-se os seguintes subsetores: automóvel e componentes (Volkswagen Navarra S.A.,
KYB, TRW Automotive, Faurecia), indústria agroalimentar (Granini/Riha), maquinaria, equipamento
elétrico e eletrodomésticos (BSH Electrodomésticos), biomedicina (CINFA, 3P Biopharmaceuticals) e
energias renováveis.
Apesar de ter uma incidência económica relativamente pequena, o setor primário tem, em Navarra, um
importante valor sociológico e fornece matéria-prima de qualidade ao setor agroindustrial. É importante
referir que existem várias Denominações de Origem Controlada na região, nomeadamente em queijos,
vinhos e pimentos.
País Basco
O País Basco caracteriza-se pelo significativo peso do setor industrial, sendo os subsetores de maior
relevo desta Comunidade o automóvel, aeronáutica, siderúrgico, produção de bens de equipamento e
energia. A indústria concentra-se em Vizcaya, onde predominam as indústrias siderúrgica e metalúrgica,
naval e química. Em Guipúzcoa prevalecem a transformação de metais e as indústrias do papel, têxtil,
metalurgia de base, alimentar e mobiliário. Em Vitoria-Gasteiz, a indústria é orientada para a produção e
transformação de metais, da borracha, de produtos alimentares e de componentes para a indústria
automóvel.
Existem diversos clusters sectoriais que ocupam um lugar de relevo entre as atividades industriais desta
Comunidade Autónoma: automóvel; ambiente; máquinas e ferramentas; energia; papel; audiovisual;
marítimo; eletrónica, TIC; aeronáutico e aeroespacial.
Os setores considerados prioritários para a captação de investimento são as ciências da saúde, energia,
automóvel, transporte e tecnologias de informação.
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2. Comércio Externo de Bens
De acordo com os dados divulgados pelo Ministério da Economia e Competitividade de Espanha, no ano
2017, as exportações espanholas de bens ascenderam a mais de 277 mil milhões de euros,
correspondendo a um aumento de 8,9% face ao ano passado, resultado determinado fundamentalmente
pela boa evolução do mercado europeu. Por sua vez, as importações cresceram 10,5%, atingindo mais
de 301 mil milhões de euros. Esta evolução provocou um aumento do défice da balança comercial de
bens de cerca de 32% relativamente ao ano anterior, tendo o mesmo atingido perto de 25 mil milhões de
euros.
A UE e a zona euro representaram cerca de 66% e 52% do mercado exportador com taxas de
crescimento de 8% no primeiro caso e de 8,5% no segundo. Os cinco principais clientes de Espanha -
França, Alemanha, Itália, Portugal e Reino Unido - absorveram cerca de 50% do total exportado em
2017. As exportações de bens para estes principais mercados, cresceram 9,6% para Itália (face ao ano
anterior), 9,1% para Portugal, 8,1% para França e 7,7% para a Alemanha. O Reino Unido sofreu uma
quebra de 1,1%.
Quanto às vendas para os países terceiros (34,3% do total) aumentaram 10,6%, destacando as
exportações para a Oceânia (+23,5%), América Latina (+12,7%), Ásia, excluindo Médio Oriente
(+11,2%), América do Norte (+10%) e África (+8,5%). Por outro lado, destaca-se a evolução negativa das
exportações para Arábia Saudita (-4,1%).
As maiores contribuições positivas para o crescimento global das exportações espanholas neste período
correspondem a França, Alemanha, Itália e Portugal. Ao invés, são de destacar contributos negativos da
Argélia, Irlanda, Reino Unido e Omã.
Os bens de equipamento (com uma quota de mais de 20% do total das exportações espanholas,
registaram um crescimento de 9,2% em comparação com o ano anterior), o setor alimentar (16,5% do
total, +6,3%), o setor automóvel (mais de 16% do total, +0,1%), e os produtos químicos (14% do total,
+7,8%) foram os principais setores exportadores. O setor que mais contribuiu para o crescimento das
exportações foi o dos produtos energéticos, seguido dos bens de equipamento, produtos químicos e
alimentares.
Os maiores grupos de produtos importados foram os bens de equipamento (21,5% do total em 2017,
aumentaram 7,8% face ao período homólogo do ano anterior), os produtos químicos (cerca de 15% do
total, +5,7%), os produtos energéticos (13,4% do total, +36%) e o setor automóvel (cerca de 13% do
total, +4,8%).
No ranking de clientes, Portugal passou a ser o 4º destino das vendas espanholas no exterior com uma
quota de 7,2% do total, a seguir à França, Alemanha e Itália, ultrapassando o Reino unido. No que se
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14
refere ao ranking dos fornecedores de Espanha, Portugal mantém a 8ª posição, representando 3,6% do
total importado em 2017.
2.1. Principais Comunidades Autónomas Exportadoras de Bens
Em 2017, a Catalunha representou 25,6% do total das exportações espanholas, registando as
exportações desta Comunidade uma variação de 8,7% em relação ao ano anterior. Seguem-se, por
ordem de importância, a Andaluzia (11,2% do total, +20,5%), a Comunidade de Madrid (11% do total,
+7,8%), a Comunidade Valenciana (10,6% do total, +2,4% face a 2016), o País Basco (8,6% do total,
+10,5%) e a Galiza (7,8% do total, +8,2%).
2.2. Principais Comunidades Autónomas Importadoras de Bens
No que se refere à importação, é de destacar que as Comunidades de Madrid e da Catalunha
concentram quase metade das compras espanholas ao exterior, alcançando a Catalunha 27,9% do total
e Madrid 20,2%. As compras da Catalunha no exterior registaram um aumento de 8,3% em 2017
relativamente ao ano anterior e as da Comunidade de Madrid aumentaram 5,6%.
2.3. Trocas Comerciais de Bens com Portugal
De acordo com os dados do da Secretaria de Estado de Comercio de Espanha, no ano 2017, as
exportações espanholas para Portugal (19 844 milhões de euros) registaram um crescimento de 9,1%,
em relação ao ano anterior, enquanto as importações de Espanha com origem em Portugal (11 001
milhões de euros) subiram 3,7%.
Balança Comercial Espanha – Portugal
Unidade: Milhões de euros
Fonte: ICEX España Exportación e Inversiones
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Conforme referido anteriormente, no ranking de clientes, Portugal, com uma quota de 7,2% em 2017, é o
4º destino das vendas espanholas, ocupando, por outro lado, a 8ª posição como fornecedor, com uma
quota de 3,6% do total
No que se refere às compras de Espanha a Portugal, em 2017, os principais grupos de produtos foram
os produtos químicos (9,9% do total), equipamento, componentes e acessórios para automóvel (8,7%),
produtos siderúrgicos (6,8%), vestuário (5,6%) e combustíveis e lubrificantes (5,4%).
Compras de Espanha a Portugal (2017)
Setor Valor %
1 Indústria química (Produtos químicos) 1 090 9,9%
2 Equipamento, componentes e acessórios para automóvel 952 8,7%
3 Produtos siderúrgicos 750 6,8%
4 Vestuário 620 5,6%
5 Combustíveis e lubrificantes 595 5,4%
6 Embalagens 549 5,0%
7 Mobiliário 383 3,5%
8 Peixe e mariscos 347 3,2%
9 Energia eléctrica 330 3,0%
10 Tabaco 295 2,7%
Total 11 001 100,0%
Vendas de Espanha a Portugal (2017)
Setor Valor %
1 Industria química (Produtos químicos) 2 152 10,8%
2 Equipamento, componentes e acessórios para automóvel 1 099 5,5%
3 Veículos de transporte 1 022 5,2%
4 Vestuário 993 5,0%
5 Combustíveis e lubrificantes 963 4,9%
6 Produtos siderúrgicos 795 4,0%
7 Produtos semitransformados metálicos não ferrosos 794 4,0%
8 Peixe e mariscos 592 3,0%
9 Equipamentos e componentes eletrónicos e informáticos 518 2,6%
10 Carnes frescas e congeladas 495 2,5%
Total 19 844 100,0%
Unidade: Milhões de euros
Fonte: ICEX España Exportación e Inversiones
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2.3.1. Trocas Comerciais de Bens das Comunidades Autónomas com Portugal
Em 2017, ao nível das trocas comerciais de bens com as Comunidades Autónomas espanholas, os
nossos principais clientes foram Madrid (importações de 1.936 milhões de euros, 17,6% do total, +22%
face ao ano anterior), Galiza (1.912 milhões de euros, 17,4% do total, -0,7%), Catalunha (14,6%, -4,4%),
Andaluzia (9,1%, +8,5%) e a Comunidade Valenciana (8,6% do total, -3,7%).
Os principais fornecedores de Portugal foram, por seu turno, as Comunidades da Catalunha (23,5% do
total, +7% face ao ano anterior), Madrid (quota de mais de 15%, +13,5%), Galiza (cerca de 14%, +7,6%),
Andaluzia (10,7%, +14%) e Castilla la Mancha (7,2%, +28%).
Comunidades Autónomas - Ranking Clientes de Bens de Portugal (2017)
Comunidades Autónomas – Ranking Fornecedores de Bens de Portugal (2017)
Fonte: ICEX España Exportación e Inversiones
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Trocas Comerciais de Bens das Comunidades Autónomas com Portugal (2017)
Comunidades Autónomas
2017 Variação 2017/16 (%) Clientes % Total
Fornec. % Total Exportação Importação Saldo Exportação Importação
Andalucía 2 114 1 006 1 108 14,0 8,5 9,1 10,7
Aragón 711 398 313 11,5 -4,6 3,6 3,6
Asturias 176 240 -64 -17,4 3,9 2,2 0,9
Balears 59 53 5 383,5 17,0 0,5 0,3
Canarias 21 300 -279 12,2 37,0 2,7 0,1
Cantabria 139 53 86 -30,6 7,1 0,5 0,7
Castilla y León 1 111 645 466 5,1 -14,8 5,9 5,6
Castilla-La Mancha 1 422 437 986 28,3 10,1 4,0 7,2
Cataluña 4 670 1.610 3 060 7,0 -4,4 14,6 23,5
Com. Valenciana 1 170 950 220 -8,8 -3,7 8,6 5,9
Extremadura 590 469 122 16,4 20,4 4,3 3,0
Galicia 2 740 1 912 828 7,6 -0,7 17,4 13,8
Madrid 3 064 1 936 1 128 13,5 22,0 17,6 15,4
Murcia 438 187 251 29,3 3,8 1,7 2,2
Navarra 312 255 57 -2,9 2,3 2,3 1,6
País Vasco 942 453 489 7,2 -3,9 4,1 4,7
La Rioja 161 88 74 13,8 4,8 0,8 0,8
Total Espanha 19 844 11 001 8 843 9,1 3,7 100,0 100,0
Fonte: ICEX España Exportación e Inversiones
Unidade: Milhões de euros
Conforme já mencionado, em 2017, Madrid foi a Comunidade espanhola que mais comprou a Portugal.
Portugal é o 9º fornecedor desta Comunidade com uma quota de 3,2% do total, tendo as compras
registado um acréscimo de 22% face ao ano anterior, e o 2º cliente (quota de 10%).
No caso da Galiza (a segunda Comunidade cliente em 2017), Portugal foi o 2º fornecedor e 2º cliente,
com quotas de 11,2% e 12,6%, respetivamente.
Quanto à Catalunha (terceira comunidade cliente), Portugal ocupou a 12ª posição como fornecedor, com
uma quota de 1,9% do total em 2017, e a 4ª posição como cliente (quota de 6,6%).
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Principais clientes: Madrid, Galiza e Catalunha - Trocas comerciais de Bens com Portugal
Trocas comerciais de Bens de Madrid com Portugal
Unidade: Milhões de euros
Fonte: ICEX España Exportación e Inversiones
Em 2017, as compras da Comunidade de Madrid a Portugal registaram um acréscimo de 22%
relativamente ao ano anterior e as vendas 13,5%. A taxa de cobertura passou de 170% para 158%.
Compras de Bens de Madrid a Portugal
Setor Valor %
1 Energia elétrica 327 16,9%
2 Equipamentos, componentes e acessórios para a indústria automóvel 166 8,6%
3 Tabaco 152 7,9%
4 Industria química (produtos químicos) 115 5,9%
5 Vestuário 112 5,8%
Total 1 936 100,0%
Vendas de Bens de Madrid a Portugal
Setor Valor %
1 Industria química (produtos químicos) 301 9,8%
2 Equipamentos, componentes e acessórios para a indústria automóvel 210 6,9%
3 Perfumaria e cosmética 209 6,8%
4 Energia elétrica 191 6,2%
5 Vestuário 147 4,8%
Total 3 064 100,0%
Unidade: Milhões de euros
Fonte: ICEX España Exportación e Inversiones
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Trocas comerciais de Bens da Galiza com Portugal
Fonte: ICEX España Exportación e Inversiones
Unidade: Milhões de euros
Em 2017, as compras da Galiza a Portugal registaram um decréscimo de 0,7% em relação ao ano
anterior, e as vendas aumentaram 7,6%. A taxa de cobertura passou de 133% para 143%.
Compras de Bens da Galiza a Portugal
Setor Valor %
1 Vestuário 328 17,2%
2 Produtos siderúrgicos 262 13,7%
3 Peixe e mariscos 240 12,5%
4 Equipamentos, componentes e acessórios p/ a indústria automóvel 165 8,6%
5 Veículos de transporte 146 7,6%
Total 1 912 100,0%
Vendas de Bens da Galiza a Portugal
Setor Valor %
1 Vestuário 388 14,1%
2 Peixe e mariscos 359 13,1%
3 Produtos siderúrgicos 170 6,2%
4 Equipamentos, componentes e acessórios p/ a indústria automóvel 153 5,6%
5 Produtos semitransformados metálicos não ferrosos 153 5,6%
Total 2 740 100,0%
Unidade: Milhões de euros
Fonte: ICEX España Exportación e Inversiones
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Trocas comerciais de Bens da Catalunha com Portugal
Fonte: ICEX España Exportación e Inversiones
Unidade: Milhões de euros
Em 2017, as compras da Catalunha a Portugal registaram uma quebra de 4,4% face ao ano anterior
enquanto as vendas aumentaram 7%. A taxa de cobertura passou de 259% para 290%.
Compras de Bens da Catalunha a Portugal
Setor Valor %
1 Industria química (produtos químicos) 232 14,4%
2 Vestuário 138 8,6%
3 Equipamentos, componentes e acessórios p/ a indústria automóvel 128 7,9%
4 Veículos de transporte 119 7,4%
5 Máquinas e material elétrico 77 4,8%
Total 1 610 100,0%
Vendas de Bens da Catalunha a Portugal
Setor Valor %
1 Industria química (produtos químicos) 860 18,4%
2 Veículos de transporte 368 7,9%
3 Equipamentos, componentes e acessórios p/ a indústria automóvel 204 4,4%
4 Produtos semitransformados metálicos não ferrosos 201 4,3%
5 Vestuário 185 4,0%
Total 4 670 100,0%
Unidade: Milhões de euros
Fonte: ICEX España Exportación e Inversiones
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3. Investimento
3.1. Fluxos de Investimento por Comunidades Autónomas
Segundo os dados do Ministério da Economia e Competitividade de Espanha, em 2017, o investimento
direto estrangeiro bruto em Espanha atingiu 36 122 milhões de euros em 2017, mais 0,7% face ao ano
anterior, de acordo com os dados do Registro de Investimento Estrangeiro da Secretaria de Estado de
Comércio. Em valores líquidos, diminuiu 12,3% face a 2016, para 24 545 milhões de euros.
O fluxo de investimento produtivo estrangeiro bruto (descontadas as ETVE entidades de Tenencia de
Valores Extranjeros, fluxos financeiros sem efeitos económicos significativos) sofreu uma quebra de
7,2%, ascendendo a 23 758 milhões de euros. Em valores líquidos, e devido ao aumento do
desinvestimento, diminuiu 36%.
Os cinco principais países investidores concentram cerca de 70% do total: Luxemburgo (20,9%),
Alemanha (13,6%), Reino Unido (13,1%), EUA (10,7%) e França (9,7%).
Por comunidades autónomas, os principais destinos são Madrid, que acumula a maior percentagem de
investimento, 61% do total com um aumento de 24,7%; seguindo-se a Catalunha com 13% do total,
registando nesse ano uma quebra de cerca de 40%; e o País Basco, com 11% do total e um aumento de
mais de 70%.
Os principais setores de destino do investimento produtivo foram as atividades imobiliárias (13,2% do
total em 2017), o fornecimento de energia elétrica e gás (10,3% do total), os serviços financeiros (7%),
as telecomunicações (6,7%) e o comércio grossista (6,4%), representando estes cinco setores cerca de
metade do total do investimento.
Por outro lado, em 2017, o investimento direto espanhol no estrangeiro, em valores brutos, situou-se em
30 736 milhões de euros, 42% menos que no ano anterior. Em valores líquidos a quebra foi de mais de
100%.
Descontadas as ETVE, o investimento espanhol produtivo bruto no exterior somou 19 761 milhões, 47%
menos que em 2016 e, em valores líquidos, este fluxo registou uma quebra de mais de 130%.
Os sete primeiros destinos foram os EUA, França, México, Canadá, Países Baixos, Colômbia e Brasil.
3.2. Investimento de Portugal em Espanha por Comunidades Autónomas
De acordo com as fontes espanholas, o investimento produtivo de Portugal em Espanha foi de apenas
46 milhões de euros, tendo registado uma quebra de quase 90% face ao ano anterior, representando
0,2% do total.
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22
De acordo com os dados disponíveis (maio 2018), existem cerca de 350 empresas espanholas com
capitais portugueses, das quais cerca de 75% estão sedeadas em três Comunidades Autónomas: Madrid
(mais de 160 empresas), Catalunha (cerca de 50 empresas) e Galiza (cerca de 40 empresas).
Se se tiverem em conta as delegações regionais de grandes empresas presentes neste mercado e
empresas portuguesas que operam sem estrutura própria em Espanha domiciliadas em escritórios de
advogados ou através de “escritórios virtuais”, o número de empresas espanholas com capital português
poderia duplicar-se.
3.3. Investimento de Espanha em Portugal por Comunidades Autónomas
O investimento espanhol considerado produtivo em Portugal, atingiu 975 milhões de euros, em termos
brutos, em 2017, o que representa mais 115% face ao anterior. O nosso país ocupa o 8º lugar entre os
destinos do investimento espanhol no exterior, representando cerca de 5% do total. Este fluxo dirigiu-se
fundamentalmente aos serviços financeiros.
Ao nível das Comunidades Autónomas, os principais investidores em Portugal foram a Catalunha com
67% do total em 2017, e Madrid com cerca de 32%.
4. Indicações Estratégicas para as Empresas Portuguesas
Como já vimos, existem 17 Comunidades Autónomas com características muito diferentes a nível
económico. Assim, enquanto Madrid apresenta um PIB per capita 35% acima da média nacional, a
Extremadura atinge menos de 70%. As regiões mais ricas de acordo com este indicador são Madrid, o
País Basco, Navarra, Catalunha, Aragão, La Rioja e as Ilhas Baleares.
As Comunidades Autónomas espanholas são também muito diferentes em outros aspetos, como os
hábitos de comércio, hábitos de consumo, preferências dos clientes, clima e cultura. É ainda relevante
ter em consideração que existem quatro línguas oficiais, o castelhano a nível nacional, o catalão na
Catalunha, o euskera no País Basco e o galego na Galiza.
Abordagem nacional ou regional
É muito importante ter em conta que Espanha não é um mercado único e homogéneo, é um conjunto de
diferentes mercados, e portanto as empresas devem ponderar uma abordagem regional a este mercado.
Neste contexto, a estratégia de comercialização deve ser diferenciada, por forma a serem detetadas as
regiões com maior potencial para o produto ou serviço a comercializar, sendo necessário um
investimento prévio no conhecimento do mercado concreto a atingir e as suas especificidades. Um
produto com boa aceitação no País Basco poderá não ter o mesmo êxito na Andaluzia.
aicep Portugal Global
Espanha – As Comunidades Autónomas (julho 2018)
23
Finalmente, é importante não esquecer que a grande descentralização de poderes políticos e
administrativos entre o Governo central e as Comunidades se reflete nas políticas de desenvolvimento
regional, e portanto nas políticas de apoio à internacionalização, captação de investimento e apoios
locais às empresas.
5. Endereços úteis
Espanha
www.lamoncloa.gob.es Governo de Espanha
www.investinspain.org ICEX España Exportación e Inversiones
www.icex.es ICEX España Exportación e Inversiones
Andaluzia
www.juntadeandalucia.es Junta da Andaluzia
www.agenciaidea.es Agência de Inovação e Desenvolvimento da Andaluzia – IDEA
www.extenda.es Agência da Andaluzia para Promoção Externa
Aragão
www.aragon.es Governo Autonómico de Aragão
www.iaf.es Instituto Aragonês de Fomento – IAF
www.aragonexterior.es Aragón Exterior
Astúrias
www.asturias.es Principado das Astúrias
www.idepa.es Instituto de Desenvolvimento Económico do Principado das
Astúrias – IDEPA
Baleares
www.caib.es Governo Autonómico das Ilhas Baleares
www.idi.es Instituto de Inovação Empresarial das Ilhas Baleares
Canárias
www.gobcan.es Governo Autonómico das Ilhas Canárias
www.proexca.es Sociedade Canária de Fomento Económico
Cantábria
www.cantabria.es Governo Autonómico da Cantábria
www.sodercan.com Sociedade para o Desenvolvimento Regional da Cantábria
Castilla-La Mancha
www.castillalamancha.es Governo Autonómico de Castilla La Mancha
ipex.castillalamancha.es Instituto de Promoção Externa – IPEX
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Castela e Leão
www.jcyl.es Governo Autonómico da Junta de Castela e Leão
www.empresas.jcyl.es Portal de Empresa de Castella y Léon
www.invertirencastillayleon.com Agência de Investimentos e Serviços de Castela e Leão – ADE
Catalunha
web.gencat.cat Generalitat de Catalunya - Governo da Catalunha
accio.gencat.cat/cat ACC1Ó Agência para a Competitividades das Empresas
Comunidade Valenciana
www.gva.es Generalitat Valenciana
http://www.ivace.es IVACE Instituto Valenciano de Competitividad Empresarial
Extremadura
www.juntaex.es Governo da Extremadura
www.extremaduraavante.es Extremadura Avante
Galiza
www.xunta.es Xunta de Galicia
www.igape.es Instituto Galego de Promoção Económica – IGAPE
La Rioja
www.larioja.org Governo Autonómico de La Rioja
www.ader.es Agência de Desenvolvimento Económico de la Rioja – ADER
Madrid
www.comunidad.madrid/ Comunidade de Madrid
www.madrid.es Ayuntamiento de Madrid
www.investinmadrid.com Cámara Oficial de Comercio e Industria / Comunidade de Madrid
Múrcia
www.carm.es Comunidade Autónoma da Região de Múrcia
www.institutofomentomurcia.es Instituto de Fomento da Região de Múrcia
Navarra
www.navarra.es Comunidade Foral de Navarra
www.sodena.com Sociedade de Desenvolvimento de Navarra – SODENA
País Basco
www.euskadi.eus Governo do País Basco
www.spri.eus Sociedade para a Promoção e Reconversão Industrial SPRI
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Contactos Úteis:
aicep Portugal Global
Rua Júlio Dinis, nº 748 - 9º Dto
4050-012 Porto – Portugal
Tel.: (+351) 226 055 300
E-mail: [email protected] | http://www.portugalglobal.pt
aicep Portugal Global
Av. 5 de Outubro, 101
1050-051 Lisboa – Portugal
Tel.: (+351) 217 909 500
E-mail: [email protected] | http://www.portugalglobal.pt
aicep Portugal Global
Oficina Económica y Comercial de la Embajada de Portugal
Calle Lagasca, 88 - 4º
28001 Madrid – España
Tel.: (+34) 917 617 200
E-mail: [email protected]
aicep Portugal Global
Inversiones y Comércio de Portugal
Calle Bruc, 50 - 5º
08010 Barcelona – España
Tel.: (+34) 933 014 416 | Fax: (+34) 933 185 068
E-mail: [email protected]
Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, E.P.E. – Av. 5 de Outubro, 101, 1050-051 LISBOA
Tel. Lisboa: + 351 217 909 500 Contact Centre: 808 214 214 [email protected] www.portugalglobal.pt
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