laodicéia, a sétima carta do apocalipse

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  • 8/8/2019 Laodicia, a stima carta do Apocalipse

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    Laodicia, a stima igreja do Apocalipse

    Meditando na carta de Jesus para a igreja de Laodiceia (Ap 3.14.21), a ltima dasSete Cartas doApocalipse, observa-se que esta a nica igreja que apenas recebe reprimendas de Cristo. Jesus,

    cabea da Igreja, conhece bem cada uma de suas igrejas. Ele exalta a virtude e recrimina o pecado.

    Mas, aqui, ele nada viu que fosse digno de apreo.

    A igreja estava numa cidade muito prspera, que era conhecida por seus avanos no campo da

    medicina, a ponto de elaborar um famoso colrio e Laodiceia tambm era afamada pela fabricao

    de tecidos finos. Mas, em vez de influenciar a cidade, a igreja que estava sendo influenciada por

    ela. O apego as coisas materiais e sua confiana nas riquezas, na medicina e na glria efmera deste

    mundo haviam cegado os membros da igreja, provocando a perda da santidade e do fervorespiritual. No vos conformeis com este sculo (Rm 12.2) e no ameis o mundo e nem aquilo

    que h no mundo (1 Jo 2.15).

    Havia uma diferena gritante na maneira como os crentes daquela igreja enxergavam a si mesmos e

    como Jesus os via. Enquanto eles se consideravam abenoados a ponto de nem sequer dependerem

    mais de Deus (3.17), Jesus os via como carnais, pobres, cegos e nus. Mas, por sua misericrdia,

    Jesus ainda no desistiu deles, e, graciosamente (Is 55.1), lhes oferece ouro imperecvel para sua

    verdadeira riqueza, colrio para abrir seus olhos espirituais e vestimentas verdadeiramente gloriosaspara cobrir a vergonha da nudez deles (3.18).

    Como um pai disciplina o filho que ama, Jesus est disciplinando a igreja no intuito de corrigi-la

    (3.19). Jesus tambm claro a respeito do risco que os crentes esto correndo se persistirem naquela

    mesma condio espiritual. Sem fervor no d! melhor ser frio logo duma vez, pois o morno

    engana a si mesmo e tambm engana os outros. O morno acaba fazendo escola, ou seja, acaba

    influenciando negativamente os demais. Jesus mesmo exortou que o nosso falar deveria ser: "sim,

    sim ou no, no" (Mt 5.37)! Nada de mais ou menos! Nada de ficar em cima do muro! E, em outra

    ocasio, Jesus afirmou: "Quem comigo no ajunta, espalha" (Mt 12.30). Ou ou no ! Ou somos

    ou no somos seus seguidores (Jo 12.42)!

    Jesus deseja que sua igreja seja fervorosa. Mas fervor no deve ser confundido com fanatismo ou

    emocionalismo irracional que promove histeria coletiva. O culto precisa ser racional (Rm 12.1), os

    crentes maduros no devem raciocinar como crianas (1 Co 14.20), devem julgar cuidadosamente

    as profecias (1 Co 14.29), no devem crer em qualquer um que se diz cheio do Esprito Santo, mas,antes, devem provar os espritos para saber se de fato procedem de Deus (1 Jo 4.1) e nem podem

    agir como loucos falando em lnguas todos ao mesmo tempo (1 Co 14.23) pois Deus no Deus de

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    desordem (1 Co 14.33), portanto, tudo deve ser feito com ordem e decncia" (1 Co 14.40). E

    cuidado com fogo estranho (Lv 10.1)!

    Crentes mornos provocavam nuseas em Deus e esto prestes a serem vomitados (3.16). No

    entanto, mesmo nesta dura frase, vemos um sinal de esperana, porque s pode ser vomitado aquilo

    que est dentro. Portanto, notamos que aqueles crentes ainda estavam em Cristo, mas, como lemos

    mais adiante, Cristo no estava necessariamente dentro deles, pois descrito como estando do lado

    de fora da igreja batendo porta, procurando entrar, o que tambm um forte sinal de sua

    compaixo.

    Sendo assim, podemos estar em Cristo, mas pode ser que Cristo no esteja em ns. Algo parecido

    com o que Jesus diz em Joo 15: "Eu sou a videira verdadeira... todo ramo que, estando em mim,

    no d fruto, cortado e lanado fora". Os ramos infrutferos podem at estar na rvore, mas estoenfermos, porque, por alguma razo, a seiva da rvore no est chegando a eles, por isto no esto

    produzindo os devidos frutos, razo porque esto prestes a serem descartados. Assim tambm

    acontece com o sal quando se torna inspido (Mt 5.13).

    Nossa vitalidade e entusiasmo espiritual vem de nosso relacionamento com Cristo. Como os ramos

    precisam da seiva para terem vida, ns tambm precisamos da seiva da Videira Verdadeira que

    Jesus. Ele o nosso Po Vivo! Verdadeiro alimento para as nossas almas! Jesus no pode ficar do

    lado de fora e nem na periferia de nossa existncia. Jesus deve estar dentro de nossos coraes, nocentro de nossas vidas, governando nossos passos, para que sempre possamos dizer como Paulo:

    "No mais eu, mas Cristo vive em mim" (Gl 2.20).

    "Quem tem ouvidos, oua o que o Esprito diz s igrejas" (3.22)!

    Bispo Ildo Mello

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