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JULIANE CRISTINA DE SOUZA

COLEÇÃO DE JÓIAS MILANOFIORI

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR II

BALNEÁRIO CAMBORIÚ 2008/1

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JULIANE CRISTINA DE SOUZA

COLEÇÃO DE JÓIAS MILANOFIORI

UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR II

BALNEÁRIO CAMBORIÚ 2008/1

Projeto apresentado como requisito na disciplina de TGI ( Trabalho de Graduação

Interdisciplinar), sob a orientação da Profª

Daniela Aquino no curso de Design com habilitação em Moda.




Dedicatória

Dedico este projeto ao meu querido pai (in memorian), meu grande incentivador, que acreditava e acredita muito no meu potencial onde quer que ele esteja. E ao meu marido Anderson de Oliveira.




Agradecimentos

Primeiramente quero agradecer a Deus, pela força e coragem durante toda essa caminhada. Agradeço também a todos meus professores

que me acompanharam durante a graduação,

principalmente a minha orientadora Daniela Aquino. Aos meus pais Antonio Carlos de Souza (in

memorian) e Tânia Regina de Souza, meus

�Paitrocinadores� por todas as minhas

conquistas inclusive essa. Aos meus irmãos

Tony e Ivana. Agradeço muito ao meu marido Anderson, que

me incentivou, brigou e me fez acreditar que eu era capaz de conseguir tudo que eu quisesse. As minhas amigas Juliany, Simone e Thamy que me ajudaram muito com �GATJ� (Grupo

de Apoio ao TCC da Jú). Obrigada por tudo, agradeço de coração e

tenho um imenso carinho por todos.




Resumo

O projeto tem como propósito desenvolver uma coleção de jóias inspirada na

catedral de Milão, sendo denominada �Milanofiori�. Agregando design e funcionalidade

e uma boa base de pesquisa, até mesmo uma pesquisa de campo na cidade inspiradora, a

coleção vem para satisfazer o público escolhido. Por isso o desenvolvimento deste

projeto visa à necessidade dessas mulheres que buscam elegância através de detalhes.

Para tal, métodos e ferramentas foram utilizados visando coerência no decorrer das

etapas.

Palavras � chave: Jóia, funcionalidade e beleza feminina.




Abstract

The project is to develop a collection of jewelry inspired by the cathedral of

Milan, being called "Milanofiori." Meeting design and functionality and a good basis

for research, even a field in search of inspiring city, the collection has been chosen to

meet the public. So the development of this project aims to need those women who seek

elegance through details. To this end, methods and tools used were seeking consistency

during the stages.

Key-Words: jewelry, functionality and female beauty.




SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO

1.1 Objetivos ...............................................................................................02

1.1.1 Objetivo Geral ........................................................................................02

1.1.2 Objetivo Específico ................................................................................02

1.3 Justificativa .............................................................................................03

2 METODOLOGIA DO PROJETO ......................................................04

2.1 MD3E .....................................................................................................05

3 PRÉ CONCEPÇÃO .............................................................................06

3.1 Pesquisa ..................................................................................................06

3.1.1 Pesquisa Bibliográfica.............................................................................06

3.2 História da Joalheria ..............................................................................06

3.2.1 História da Joalheria Brasileira...............................................................09

3.2.1.2 História da Maquiagem ..........................................................................12

3.2.1.3 História da Catedral de Milão ................................................................14

3.2.1.4 Análise e Síntese da Pesquisa Bibliográfica ..........................................17

3.2.2 Mercado .................................................................................................18

3.2.3 Pesquisa de Mercado .............................................................................18

3.2.3.1 Concorrentes ..........................................................................................18

3.2.3.1.1 H.Stern ...................................................................................................18

3.2.3.1.2 Vivara .....................................................................................................20

3.2.3.1.3 Vancox ....................................................................................................21

3.2.3.2 Análise da concorrência .........................................................................23

3.2.3.3 Estado Design .........................................................................................23

3.2.3.4 Tendência ...............................................................................................29

3.2.3.5 Analise e síntese da pesquisa de mercado ..............................................32

3.2.4 Pesquisa de campo ..................................................................................33

3.2.4.1 Aplicação do questionário e analise .......................................................33




3.2.4.2 Analise e síntese da pesquisa de campo .................................................39

3.2.4.2.1 Questionário ...........................................................................................39

3.4 Fundamentação teórica ..........................................................................40

3.4.1 Design Moda .........................................................................................40

3.4.2 Design de jóias .......................................................................................42

3.4.3 Semi � Jóias ...........................................................................................43

3.4.4 Acessórios ..............................................................................................45

3.5 Briefing ..................................................................................................46

3.5.1 Produto ...................................................................................................46

3.5.2 Mercado de luxo .....................................................................................47

3.6 Especificação do Produto .......................................................................49

3.6.1 Ferramentas de projeto ...........................................................................49

2.6.1.1 G.U.T ......................................................................................................49

3.6.1.2 5W2H .....................................................................................................50

3.7 Conceito do produto ...............................................................................51

4. CONCEPÇÃO .....................................................................................53

4.1 Gerações de Alternativa ........................................................................53

5. PÓS-CONCEPÇÃO .............................................................................70

5.1 Modelo volumétrico ..............................................................................70

5.1.1 Execução ................................................................................................70

5.2 Memorial Descritivo ...............................................................................71

5.2.1 Função estética e formal .........................................................................71

5.2.2 Função de uso .........................................................................................72

5.2.3 Função ergonômica .................................................................................72

5.2.3.1 Usabilidade .............................................................................................73

5.2.4 Materiais e tecnologia ............................................................................73

5.2.4.1 Ouro .......................................................................................................74

5.2.4.2 Ônix ........................................................................................................75

5.2.4.3 Diamante .................................................................................................76

5.2.4.4 Lapidação ................................................................................................77

5.2.4.5 Cravação .................................................................................................78

5.2.4.6 Esmaltado ................................................................................................79




5.2.5 Processo de fabricação ............................................................................81

5.2.6 Função técnica .........................................................................................83

5.2.6.1 Desenho técnico .....................................................................................83

5.2.6.1.1 Legenda ..................................................................................................85

5.2.6.1.2 Vista explodida ......................................................................................87

5.2.7 Função de marketing ..............................................................................89

5.2.7.1 Custos .....................................................................................................90

5.2.7.2 Publicidade e propaganda do produto ....................................................90

5.2.7.3 Embalagem ............................................................................................91

5.2.7.4 Logotipo .................................................................................................92

5.2.8 Função informacional .............................................................................92

5.2.9 Tag Informativo ......................................................................................93

5.3 Certificado de Garantia ...........................................................................93

6. CONSIDERACÕSS FINAIS ..................................................................................94

7. REFERENCIAS .......................................................................................................95




INDÍCE DE FIGURAS

Figura 01 ................................................................................................................ 06

Figura 02 ................................................................................................................08

Figura 03 ................................................................................................................08

Figura 04 ................................................................................................................10

Figura 05 ................................................................................................................10

Figura 06 ................................................................................................................11

Figura 07 ................................................................................................................14

Figura 08 ................................................................................................................14

Figura 09 ................................................................................................................15

Figura 10 ................................................................................................................15

Figura 11 ................................................................................................................16

Figura 12 ................................................................................................................19

Figura 13 ................................................................................................................19

Figura 14 ................................................................................................................20

Figura 15 ................................................................................................................21

Figura 16 ................................................................................................................22

Figura 17 ................................................................................................................22

Figura 18 ................................................................................................................23

Figura 19 ................................................................................................................24

Figura 20 ................................................................................................................24

Figura 21 ................................................................................................................25

Figura 22 ................................................................................................................25

Figura 23 ................................................................................................................26

Figura 24 ................................................................................................................26

Figura 25 ................................................................................................................27

Figura 26 ................................................................................................................27

Figura 27 ................................................................................................................28

Figura 28 ................................................................................................................28

Figura 29 ................................................................................................................29

Figura 30 ................................................................................................................30

Figura 31 ................................................................................................................30




Figura 32 ................................................................................................................30

Figura 33 ................................................................................................................31

Figura 34 ................................................................................................................31

Figura 35 ................................................................................................................32

Figura 36 ................................................................................................................41

Figura 37 ................................................................................................................41

Figura 38 ................................................................................................................42

Figura 39 ................................................................................................................42

Figura 40 ................................................................................................................44

Figura 41 ................................................................................................................44

Figura 42 ................................................................................................................45

Figura 43 ................................................................................................................45

Figura 44 ................................................................................................................48

Figura 45 ................................................................................................................48

Figura 46 ................................................................................................................48

Figura 47 ................................................................................................................54

Figura 48 ................................................................................................................55

Figura 49 ................................................................................................................56

Figura 50 ................................................................................................................57

Figura 51 ................................................................................................................58

Figura 52 ................................................................................................................59

Figura 53 ................................................................................................................60

Figura 54 ................................................................................................................61

Figura 55 ................................................................................................................62

Figura 56 ................................................................................................................63

Figura 57 ................................................................................................................64

Figura 58 ................................................................................................................65

Figura 59 ................................................................................................................66

Figura 60 ................................................................................................................67

Figura 61 ................................................................................................................68

Figura 62 ................................................................................................................69

Figura 63 ................................................................................................................70

Figura 64 ................................................................................................................74

Figura 65 ................................................................................................................75




Figura 66 ................................................................................................................75

Figura 67 ................................................................................................................76

Figura 68 ................................................................................................................77

Figura 69 ................................................................................................................77

Figura 70 ................................................................................................................78

Figura 71 ................................................................................................................78

Figura 72 ................................................................................................................78

Figura 73 ................................................................................................................80

Figura 74 ................................................................................................................80

Figura 75 ................................................................................................................81

Figura 76 ................................................................................................................82

Figura 77 ................................................................................................................82

Figura 78 ................................................................................................................82

Figura 79 ................................................................................................................82

Figura 80 ................................................................................................................82

Figura 81 ................................................................................................................83

Figura 82 ................................................................................................................83

Figura 83 ................................................................................................................91

Figura 84 ................................................................................................................92

Figura 85 ................................................................................................................93

Figura 86 ................................................................................................................94

Figura 87 ................................................................................................................94




LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 01: Renda Fixa ........................................................................................... 34

Gráfico 02: Costume de compra ............................................................................. 34

Gráfico 03: Costume de se maquiar ........................................................................ 35

Gráfico 04: Que maquiagem você costuma ter sempre com você .......................... 35

Gráfico 05: O que você acha da jóia com dupla funcionalidade ............................. 36

Gráfico 06: Que tipo de jóia para facilitar o transporte ........................................... 36

Gráfico 07: Preferência de ouro ............................................................................... 37

Gráfico 08: Tipo de Gema ....................................................................................... 37

Gráfico 09: Valor máximo de pagamento ............................................................... 38

Gráfico 10: Aspecto considerado na compra .......................................................... 38




1 INTRODUÇÃO

Toda diversidade de materiais preciosos começam na antiguidade, mas

precisamente pela mãe natureza, de minas, jazidas e garimpos são retirados sais

minerais e unidos ao processo de fabricação e técnicas básicas de ourives e tornam-se as

mais belas e sofisticadas peças da joalheria.

A moda conquista a cada temporada, mais espaço na joalheria, assim como o uso

de materiais ecologicamente corretos e design. As formas geométricas predominaram,

mas as formas orgânicas não ficaram de fora e aparecem fazendo releituras dos

elementos da natureza.

No entanto este projeto segue o intuito de desenvolver uma coleção de jóias

inspirada na catedral de Milão, e devido à exploração de todo o mercado joalheiro, da

moda e de pesquisa de campo, foi constatada uma carência de mercado que agregue um

diferencial sem perder o conceito e a delicadeza.

O projeto também precisou identificar as necessidades do público alvo, que são

mulheres sofisticadas, independentes financeiramente, que estão sempre na moda,

possuem um hábito de comprar objetos de grandes valores, que viajam, cuidam da

estética e que principalmente vivem na correria do dia a dia, entre o trabalho e o lazer.

Tem gente que adora maquiagem e faz uso de diversos produtos diariamente.

Outras preferem apenas um lápis e um batom. Independentemente de como as mulheres

se relacionam com a maquiagem, este item reflete a personalidade, estilo, jeito e modos

de pensar de cada mulher. Na escolha de traços e cores, estão os desejos de pessoas que

buscam uma vivência mais marcante e cheia de estilo.




A joalheria presa com o bem estar da cliente, não só buscando o despertar do

desejo de possuir uma jóia, como o cuidado estético do próprio consumidor. Devido à

efêmera forma que a moda conduz seus lançamentos, o projeto tem o intuito de estar




2

propondo uma parceria com uma empresa de cosméticos, já que a peça agrega

um cosmético.

1.1 Objetivos

Neste tópico serão abordados os objetivos, tanto geral quanto específico que o

projeto apresentará.

1.1.1 Objetivo Geral

Desenvolver uma coleção de jóias inspiradas na igreja gótica de Milão

1.1.2 Objetivos Específicos

Desenvolver uma coleção para o público-alvo proposto, com nível social

econômico e cultural elevado.

Propor uma parceria com uma empresa de cosméticos.

Identificar as tecnologias e os processos adequados para confecção do

produto.

Pesquisar e adequar a jóia as tendências 2008.

Criar uma coleção de jóias onde dentro dela crie uma linha com dupla

funcionalidade.




3

1.2 Justificativa

De acordo com a pesquisa de mercado, os indivíduos têm lidado com a

aceleração das transformações culturais e a diversidade na criação de peças da joalheria.

Atualmente a moda vem inspirando vários fatores do dia a dia,

Os cosméticos vão ganhando destaques no mundo da moda, a cada temporada

cria-se produtos diferenciados, com design e inspirações. Porém alguns desses produtos

já comercializados são produtos estrangeiros e pouco deles agregam valores como de

uma jóia.

A solução encontrada para este problema será a criação de uma jóia, que agregue

um cosmético nacional que facilite a vida dessas mulheres bem sucedidas que cuidam

da aparência.




4

2.0 METODOLOGIA DO PROJETO

Este projeto partiu de uma pesquisa exploratória e a estadia ao local do tema,

que surgiu com junção da beleza extraordinária de Milão com a necessidade de facilitar

a vida das mulheres. Desta forma, o projeto segue o método MD3E � Santos (2000),

onde a partir da definição do problema de projeto, é dirigido para a divisão de três

etapas básicas (Pré-Concepção, Concepção e Pós Concepção) sem que exista a regra de

que o mesmo deve, obrigatoriamente, começar pela Pré-Concepção.

Com a utilização das ferramentas G.U.T onde posso definir e resolver meus

problemas e com a 5W2H que resolve os problemas, defini, soluciona, e de quanto será

gasto para solucionar o problema. Também utilizei a técnica de MESCRAI de

BAXTER (2000), nas gerações, onde modifico um produto, buscando alternativas

óbvias.

Contudo, é importante ressaltar que as três etapas sigam uma seqüência de

maneira lógica e coesa, não necessariamente linear e seqüencial, porém é vital que a

metodologia seja aplicada por completo para o desenvolvimento da pesquisa até o

produto final.




5

GESTÃO DO PROCESSO DE DESIGN

PRÉ-CONCEPÇÃO CONCEPÇÃO PÓS-CONCEPÇÃO

DEFINIÇÃO PROBLEMA

GERAÇÃO ALTERNATIVAS

DETALHAMENTO SUB-SISTEMAS

ESPECIFICAÇÃO PRODUTO

SELEÇÃO ALTERNATIVAS

ESPECIFICAÇÃO COMPONENTES

ESPECIFICAÇÃO PROJETO

DEFINIÇÃO & JUSTIFICATIVA

ESPECIFICAÇÃO PRODUÇÃO, VENDA

& PÓS-VENDA

DOCUMENTAÇÃO DO PROJETO

PRODUÇÃO

MD3E Santos (2000)




6

3. PRÉ CONCEPÇÃO

3.1 Pesquisa

Nesta etapa do projeto apresenta todas as pesquisas realizadas para concepção da

jóia, sendo assim: pesquisa bibliográfica e pesquisa de campo.

3.1.1 Pesquisa Bibliográfica

Nesta etapa do projeto apresenta a história da joalheria, temática, mercado,

estado do design, tendência e após uma breve análise dos dados obtidos.

3.2 História da Joalheria

Conforme Julieta Pedrosa¹ há sete mil anos atrás, desde que um ancestral do

homem moderno utilizou conchas e sementes como adorno pessoal, o desejo pelo

embelezamento do corpo passou a ser utilizada. (Ver figura 01)

Figura 01: Colar de conchas Fonte: Site portal das jóias, 2008.




7

O período neolítico data as simples peças de ouro, seguido da prata, cobre e o

bronze. Segundo (portal das jóias) os objetos que se trabalhava com ditos materiais

consistiam em diademas lisas ao modo de cinto, grossos braceletes e colares rígidos ou

torcidos de uma peça terminada por bolas piriformes, outros colares formados por bolas

perfuradas e enfim, anéis e brincos de formas circulares simples.

Na antiguidade as técnicas básicas dos ourives tornaram-se mais sofisticadas. Os

etruscos atingiram uma perfeição inigualável em técnicas de filigrana e granulação em

ouro (ver figura 02 e 03). Por volta da mesma época os joalheiros liderados por ²Lalique

criaram design de jóias que não eram jóias práticas para uso e o estilo rapidamente

desapareceu.

¹Julieta Pedrosa designer e professora de história da joalheria.

²Lalique, René Jules Lalique, Joalheiro francês.




8

Figura 02: Broche Art Noveau. Figura 03: Broche de ouro Fonte: Jóia Brasil, 2008 Fonte: Site feninjer 2008.

Na mesma época, os joalheiros que eram liderados por René Lalique, criaram

um design inspirados na natureza, porém as jóias não eram jóias práticas para uso, pois

foi utilizados marfim e chifres de animais e com isso o estilo desapareceu rapidamente.

(Ver figura 04).

Figura 04: Ornamento parte humano, parte inseto Fonte: site portal das jóias 2007.




9

De acordo com o site jóia br (2008) com a paz da 1ª Guerra em 1918, impõe-se a

joalheria Art Deco com seu design associado ao cubismo ao abstracionismo e a

arquitetura da Bauhaus, atenuado na década de 30 pelos motivos figurativos e florais

reintroduzidos por Cartier.

Após a 2ª Guerra Mundial os clientes passaram a consumir jóias não só para uso,

mas como investimentos.

O destaque passou a ser na qualidade das gemas, perfeitamente facetadas e

montadas de acordo com a moda. Pela metade do século XX, passaram a ser utilizadas

novas idéias, novos conceitos e materiais.

3.2.1 História da Joalheria Brasileira

No final do séc. XV as viagens patrocinadas pelos portugueses e espanhóis,

afetaram muito o comércio das gemas ocidental. Com Colombo descobrindo o novo

mundo em 1942, o comércio de esmeraldas e imensas quantidade de prata e ouro que

foram descobertos em uma mina na América do Sul, isso gerou uma fortuna para à

Espanha e Portugal.

Desde o descobrimento do Brasil em 1500, na Europa o Brasil era um retrato fiel

por causa da história da joalheria, pelo fato de que no séc. XVI os portugueses

chegaram ao Brasil e encontraram tribos indígenas com adornos de penas de pássaros,

ossos de animais ou aves e sementes.




10

Na Europa no séc. XVI, estava na moda as jóias renascentistas, esmaltadas e

com pedras preciosas. Diferente do Brasil que ainda sua história da joalheria estava

ainda no inicio, e as jóias utilizadas por homens e mulheres eram trazidas de Portugal

ou outro país da Europa (Ver figura 05). As jóias femininas passaram a ser usadas nos

cabelos, deixando de lado os penteados medievais. Os homens também utilizavam jóias,

em suas vestimentas, broches nos chapéus, anéis e um brinco em uma das orelhas.

Moda criada pelo rei francês Francisco I.

Figura 05: Pendente de ouro utilizado por homens e mulheres. Fonte: Site jóia br, 2007.

As gemas eram lapidadas em uma mesa, onde a superfície reta fazia com que os

diamantes adquirissem um brilho escuro, logo depois no inicio do séc. XVII passaram a

ser lapidadas em um tom de rosa. Este novo século trouxe o barraco, onde as jóias

significavam status, devido à quantidade de gemas.

Com início do séc. XVIII, vários acontecimentos surgiram como a descoberta da

mina de ouro, gemas e diamantes, topázios e esmeraldas. Este século também viu

chegar o apogeu de tráficos de negros, graças às minas de ouro e gemas.

Na década de 1770, com a conseqüência da miscigenação de brancos e escravos

negros, a maioria dos mulatos aprendeu de mestres europeus as diversas expressões

artísticas do estilo Barroco e, junto com a herança cultural ancestral vinda da África,

produziram interessantes peças de joalheria.




11

No século XIX, foram criadas jóias para a corte do Imperador Napoleão, onde

serviram de padrão para toda Europa até 1815.

De acordo com site Jóia Br (2007) Em 7 de setembro de 1822, a coroa de

D.Pedro I, é confeccionada pelo ourives fluminense Manuel Inácio de Loiola e pesa

2.689g de ouro. As jóias usadas por homens e mulheres passam a ser decoradas com

gemas que lembram as cores escolhidas para a nova Bandeira, e é considerada chique a

utilização de motivos decorativos que façam alusão aos novos símbolos do Império e às

riquezas brasileiras. (Ver figura 06).

Figura 06: Coroa de Dom Pedro I Fonte: Site jóia br, 2007.

Com início do século XX foi adotado um novo estilo, inspirado no século XVIII

e chamado de Belle Époque, inspirada na delicadeza das guirlandas, das flores

estilizadas e da utilização da platina. Assim como o começo do uso da platina, na

metade do século XX, novas idéias e conceitos passaram a ser utilizado, como titânio e

o Níbio.

A história da joalheria mostra que desde o tempo em que as peras eram

lapidadas até as jóias da era vitoriana, as jóias não haviam experimentado tanta tensão

na atribuição de valor como a que vem atingindo sua produção contemporânea.




12

3.2.1.2 História da Maquiagem

De acordo com THIVES³ (2007), O Rio Nilo, no Egito, é que vamos encontrar

os primeiros testemunhos do uso de cosméticos, pois o rio fornecia uma variedade de

elementos como flores e cascas de arvores para a fabricação dos cosméticos.

A maquilagem dos olhos, era o principal foco, era uma estratégia para

embelezar, rejuvenescer aqueles que faziam o uso dela.

Cleópatra representou bem o ideal de beleza daqueles tempos, recorria à

maquiagem para qualquer dever, sejam eles encontros políticos, viagens ou até mesmo

em casa.

Na Idade Média, os homens e as mulheres já não usavam os ornamentos na

cabeça como no período anterior, e uma transformação no estilo da maquiagem ocorreu,

devido ao rosto já não ficava tão exposto, que passou a ser utilizada para disfarçar as

marcas deixadas por doenças, como a varíola. O cosmético era feito de farinha de trigo,

talco e giz, o que obrigava as mulheres a usarem máscaras para que a maquilagem não

rachasse.

Na Idade Moderna, século XVIII, com a Revolução Francesa veio um recuo dos

cosméticos em razão do período de batalhas. A partir do século XX teve início a

produção industrial para fins de comercialização de cosméticos, surgindo então grandes

marcas que até hoje se destacam no mercado mundial, tais como Helena Rubistein.

³ THIVES, Fabiana. Profissional da moda, especialista em marketing, maquiadora profissional e professora de Cosmetologia na Universidade do Vale do Itajaí.




13

Nesse mesmo período surgia a americana Avon - empresa multinacional de

cosméticos, dirigida por um ex-vendedor de livros que viu no comércio de perfumes um

negócio mais lucrativo.

Segundo MOLINOS (2000). Só há uma maneira de olhar o passado: voltando a

�parabólica�, para o mundo, ouvindo os sons, vasculhando cheiros e emoções na

memória pessoal e coletiva. Captando dos mais diversos sinais, como saber por que as

mulheres usavam batons tão delineados na década de 40, sem levar em conta que os

EUA entraram na guerra, que a Max factor andava de mãos dadas com o cinema, que

Walt Disney e a Coca Cola desembarcaram por aqui enquanto Carmem Miranda foi

estrelar em Hollywood? Não há como falar do passado da maquiagem na cadeira do

especialista. É preciso resgatar as promessas de uma época, as fantasias, assim como as

desilusões e os fatos sendo um espectador aberto às informações que vem de todos os

lados. Foi com esse espírito que produz o estilo de maquiagem.

Em 1900, as mulheres eram praticamente proibidas de usar maquiagem, pois não

era de bom tom para donzelas e senhoras casadas, diferente de hoje, onde os produtos

de maquiagem estão cada vez mais bem elaborados, com hidrantes, bloqueadores

solares e efeito bronzeador. A cada tendência uma cor é mais utilizada para os lábios e

pálpebras, o blushe voltou para a nova geração que pretende aparentar um rosto

saudável, fino e elegante.

Na contemporaneidade, segundo o pesquisador João Braga: �As exigências do

mundo contemporâneo pela busca frenética do novo, ou pelo menos da novidade, são

tão significativas que tornam o processo elíptico de criação-apogeu-decadência ainda

mais rápido, sendo também muito bem explorado, divulgado e massificado pelos meios

de comunicação que nos trazem tudo com muita rapidez�. (BRAGA, 2005).




14

3.2.1.3 História da Catedral de Milão

De acordo com RODRIGUES e ENGE (2007), em 1386 foi construída pela

vontade do arcebispo Antonio da Saluzzo e do Sr. de Milão Gian Galliazzo Visconti,

onde antigamente encontrava-se a antiqüíssima catedral de Santa Maria Magiore, a

catedral de Milão.

Em 1418 foi consagrado o autor Magiore, pelo Papa Martino V. Após

aproximadamente 500 anos, a catedral foi finalizada em 1813. (Ver figura 07).

Figura 07: Praça Duomo e de fundo Catedral. Fonte: site corbis, 2007

Uma das maiores catedrais em estilo gótico em todo o mundo, em dimensões,

pois tem cerca de 160m de comprimento por 92 de largura. Suas dimensões representam

aquilo que mais impressiona e provoca admiração a quem a visita, num primeiro olhar.

(Ver figura 08 e 09).

Figura 08: Praça de Duomo. Fonte: Site Corbis, 2007.




15

Figura 09: Parte de trás e lateral da catedral Fonte: Souza, 2007.

Uma das coisas mais interessantes a ser fazer em toda Milão, é que com apenas

4 Euros, você visita o telhado do Duomo, todo em placas de mármore, da mesma pedra

de sua fachada, suas esculturas (santos, gárgulas e agulhas) e de onde se tem uma bela

vista de toda a cidade. ( Ver figura 10).

Figura 10: Telhado de Duomo. Fonte: Site Corbis, 2007




16

Figura11: Agulhas da catedral Fonte: Site Corbis, 2007.




17

3.2.1.4 Análise e Síntese da Pesquisa Bibliográfica

Desde os primórdios o homem teve a necessidade de se adornar, por isso

implicava em domínio e status, a peça de adorno tinha o intuito de classificar o ser

humano pela bravura e força. Por isso a jóia é dita como um objeto de desejo e poder.

Assim, com relação à joalheria e sua ligação com a moda, é muito importante que não

se estabeleça entre duas nenhum antagonismo, nenhuma dependência excessiva. Mesmo

a concordância de que a jóia enquanto objeto de consumo sofre suas influências da

moda, não faz dela um objeto efêmero e de modismo.

Atualmente o que continua sendo um dos principais motivos de aquisição de

uma jóia, é a beleza, desejo e sonho.

Milão é conhecida como a capital do mundo da Moda, bem como seu design,

por seus estilistas famosos, por sua temporada que representa a tradição da manufatura e

uma grande capacidade de combinar marketing de moda com criação.

Diante desses fatores, a população Italiana obteve uma cultura um pouco

diferenciada em relação ao Brasil, por exemplo. O fato é que com o tempo, e o mundo

da moda expandindo aos quatro cantos do mundo, o Brasil por si só começou a acreditar

na moda brasileira, e por sua vez a população começou a engrenar nesse mundo.

A capital da Moda espanta-nos pela sua beleza exuberante de Duomo, uma praça

localizada no coração da cidade com sua catedral gótica com mais de 600 anos. A

catedral é muito caracterizada pelas suas agulhas e vitrais.

O projeto que está sendo desenvolvido tem o intuito de agregar a joalheria não

só a beleza gótica da catedral de Milão como um pedaço da cultura Italiana.




18

3.2.2 Mercado

O mercado joalheiro é amplo, porém o produto a ser desenvolvido exige

características de exclusividade sem banalizar o produto, desta forma, o produto terá

uma limitação na produção, protegendo assim a usuária de obter uma jóia comum.

A peça vai ser direcionada para o mercado joalheiro nacional com vendas no

próprio site e lojas.

3.2.3 Pesquisa de Mercado

Esta etapa do projeto aborda algumas marcas do mercado de jóias.

3.2.3.1 Concorrentes

O setor joalheiro possui uma vasta variedade de produtos no mercado, porém

somente algumas se destacam.

3.2.3.1.1 H. Stern

De acordo com o site oficial da marca, o fundador desta marca Hans Stern, em

1945 com apenas 22 anos, começou seu pequeno negocio de compras e vendas de

pedras na cidade do Rio de Janeiro.

Nos anos 50 a pequena joalheria de Hans Stern, dava início do estrelato

internacional.




19

Ao longo dos anos, a H. Stern estabeleceu muita sofisticação e beleza, dando

continuidade ao seu trabalho e possuindo várias lojas pelo Brasil e mundo a fora.

A brasileira H. Stern é hoje uma das joalherias mais respeitadas no Exterior �

com pontos de vendas em doze países � graças à ousadia do seu idealizador que sempre

deu um voto de confiança ao talento do designer brasileiro.

Figura 12: Bracelete de ouro amarelo texturizado

Fonte: Site clixfot, 2008.

Bracelete lançado para coleção de 2008, inspiração na cultura grega com

recortes delicados em ouro criando folhagens e outras formas orgânicas.

Figura 13: Pulseira inspirada no Séc XVII Fonte: Site Clix, 2008.




20

Inspirada em Portugal no século XVII, H. Stern lança em 2008, pulseira com

argolas e elos entrelaçados formando corrente maleáveis e um berloque com estrela de

diamantes.

3.2.3.1.2 Vivara

De acordo com o site oficial, sua primeira loja foi inaugurada em 1972 na Rua

sete de abril no centro de São Paulo, com o intuito de atender um público exigente que

procurasse uma jóia de qualidade para representar sua personalidade.

A Vivara procura manter um trabalho artesanal de ourivesaria juntamente com

inovação, tecnologia e design. E para isso pode-se contar com uma equipe de designers

que busca tendências, materiais e principalmente tenta entender a peculiaridades do

público.

Reconhecida pela Worl Gold Council (Conselho Mundial do Ouro), uma

organização internacional formada pelas maiores empresas mineradoras de ouro, que a

escolheu para representá-la no Brasil em uma campanha de resgate dos valores do ouro.

Figura 14: Brincos em ouro 18k Fonte: Site oficial da Vivara, 2008.




21

Os nós oceânicos da embarcação portuguesa foi à inspiração para esta coleção

chamada Knot; anéis, brincos e berloques em ouro amarelo escovado em fios de ouro

curvados com diamantes.

Figura 15: Pulseira em ouro amarelo com diamantes. Fonte: Site oficial da Vivara, 2008.

A pulseira da linha esteira, inspirada na arte plumária indígena do Brasil, seus

finíssimos fios de ouro, cuja principal característica é a fabricação artesanal e

verdadeiras esculturas são criadas. A coleção é formada por brincos, anéis e berloques

em ouro amarelo e branco 18k e com diamantes.

3.2.3.1.3 Vancox

Empresa de Belo Horizonte surgiu em 1982 pelo fundador Ricardo Brofen, e a

responsável pelas belas jóias da empresa é a designer Wanda Gontijo, graduada no

Brasil e na Inglaterra.




22

A Vancox exibe as mais belas jóias pelo mundo, exportando para países como

Estados Unidos, Europa, Oriente médio e Japão.

Figura 16: Anel com diamantes da Vancox. Fonte: Site Vancox, 2007.

Anel em ouro branco 18k, com formato arredondado e cravação em diamantes.

Uma jóia clean com um gosto refinado dado aos diamantes.

Figura 17: Anel em ouro com formato de flor. Fonte: Site Vancox, 2007. Anel da coleção Lottus, com formato nas flores de Lottus, em 18k e quartzo

brancos.




23

3.2.3.2 Análise da concorrência

Através desta pesquisa, foi possível identificar que apesar das grandes empresas

de joalheria, com tradição, tecnologia, matéria-prima, tendência e design, não existe

nenhum concorrente com a mesma proposta de jóia, que agregue dentro dela um

cosmético além da inspiração na igreja gótica de Milão.

3.2.3.3 Estado Design

E é nele que o ambiente economico vem crescende cada vez mais, levando o

aumento da competitividade.

A moda vai e volta, mas o design da toda exclusividade sem perder a inspiração.

E nada melhor do que o mercado de jóias para mostrar todo percurso da moda e

inspiraçoes atuais.

Figura18: Pendente e anel em ouro branco Fonte: Site matix jewel trend 2007.




24

Peça limitada do designer francês Jean Marc Gareal, feita em ouro branco e

quartzo absolutamente protagonista da jóia.

Figura19: Pingente de ouro, diamantes e pedras brasileiras.

Fonte: Revista Vogue 2007. A designer Yael Sonia, Brasileira e formada pela respeitadíssima Parson`s

School of Design, criou o pingente de ouro com diamantes e pedras preciosas onde hoje

abre sua loja em Nova york expondo todas suas jóias com jeitinho brasileiro.

Figura20 : jóia da Newd em ouro escovado. Fonte: Site Newd 2007.




25

A Newd está lançando no mercado Italiano uma jóia com o intuito de adornar o

corpo sem precisar de um suporte de uma corrente.

Figura 21: Anel de ouro como quebra-cabeça Fonte: Revista Elle 2007.

Assim como Antonio Bernando na figura abaixo criou um anel totalmente

desmontável, um quebra cabeça tridimensional que provoca exclamações exclusivas de

estrangeiros em feiras de jóias mundo a fora.

Figura 22: Batom da Givenchy Fonte: Revista Elle 2007.

A Givenchy criou o batom Interdit Pretty Rose, que é formulado com cristais

líquidos e possui uma textura ultra macia e para facilitar a vida das mulheres agregou

um cordão.




26

Figura 23: Pó da Chanel com formato em lantejoulas Fonte: Revista Elle 2007.

Devido ao fato da moda fazer cada vez mais parte da vida cotidiana das

mulheres, a Chanel aproveitando esta influência da moda, lançou a linha Lumiere

d`Artiffices, que segundo a revista Elle, faz brilhar os olhos de qualquer mortal. Com

três tons (prateado, branco-perolado e dourado), inspirado na alta-costura e que simula

camadas de lantejoulas.

Figura 24: Batom pingente de celular Boticário Fonte: Revista Elle Portugal, 2007.

A Boticário lançou um gloss para pingente de celular, para adolescentes. Uma

forma rápida e prática para estar sempre bonita.




27

Dadinhos de sombras, um acessório pra lá de luxuoso, lançado pela Dior com

uma cordinha em couro bronze.

Figura 25: Acessório da Dior, Dadinho com sombra. Fonte: Revista Elle, 2007

Figura 26: Pulseira da Yves Saint Lareaut. Fonte: Souza, 2007.

Em 2005, a Yves Saint Lareut, lançou no mercado uma pulseira, com berloques e

dentro gloss um de cada cor. A pulseira é belíssima, porém um pouco pesada de se usar

e a maioria dos consumidores usam para outros fins.




28

Figura 27: Porta perfume D&G Fonte: Revista Estilo, 2008.

Dolce & Gabana lança badalados aramos em embalagens sedutoras, onde você

pode se perfumar e fazer charme levando para todos os lados. Com cada frasco vêm

juntamente mais dois refis.

O pingente com cristais Swarovski vermelhos traz batom e gloss cintilante além

de um espelho e um pincel acoplado na parte superior.

Figura 28: Batom e gloss Yves Saint Laurent Fonte: Revista Elle, 2008.




29

3.2.3.4 Tendência

Segundo o caderno de tendência da IBGM, sua ampla pesquisa realizada obteve

como resultado sinais de mudança no ambiente da joalheria.

O sentimento que a jóia trás aos seus consumidores, seja ela desejo ou nostalgia,

pôs em prática novas possibilidades de design e formas às jóias, como a jóia de Marília

Capisani, utilizando-se de uma foto personalizada com pérolas barrocas que se

movimentam de forma lúdica, é chamada de Sempre Comigo (Ver figura 29). Assim

misturando o atual com o retro, o high com o low, o descolado com o nerd, fez com que

a diversidade dessa tendência resgate a estética das décadas da segunda metade do

século XX. Além dos ¹pingentes-charms customizam a mercadoria e faz o consumidor

se sentir o próprio autor do seu look. (Ver figura), o Art Noveau e o Neo barroco

apresenta peças incríveis para 2008, os consumidores estarão protegidos e com estilo.

Brasilidade, texturas, o glamour cinematográfico, as musas da década de 60 e

materiais alternativos surgem.

Figura 29: Pingente Sempre Comigo Fonte: Site oficial Marília Capisani, 2008.




30

Figura 30: Anel com textura em círculos Figura 31: Colar em ouro branco e madeira Fonte: Site oficial da IBGM 2008. Fonte: Site oficial da IBGM 2008.

Figura 32: Correntes e pulseiras com fios entrelaçados Fonte: Revista Estilo 2008. As tramas estão sendo um sucesso. De ouro ou prata, braceletes e colares trazem

toda sofisticação para a moda e garantem looks para todas as horas.




31

Figura 33: Anel da Les Bijoux Fonte: Revista Elle 2008.

Marca da Francesa Sophie Levy, a Les Bijoux, conhecida pelas peças esculpidas

em resina e tamanho G, acabam de chegar ao Brasil. Os anéis e colares em forma de

enormes flores vão estar na próxima estação.

Figura 34: Colares sobrepostos Fonte: Revista Elle 2008.

Camadas de colares Art deco e voltas de pérolas desde os mais curtos até os

longos, fazem da sobreposição a nova tendência. Basta respeitar a altura diferente para

cada peça.




32

Figura 35: Broches retrô Fonte: Revista Estilo 2008.

Cravejados de pedras, os broches retrô dão um toque sofisticado e dá um

glamour a qualquer look. Vale usá-los para enfeitar lapelas, fechar cardigãs ou até dar

acabamento aos decotes.

3.2.3.5 Análise e síntese da pesquisa de mercado

De acordo com ROBLE (2008), designer e diretor de Criação da Datamaker

Designer, com tanta tecnologia disponível a todos, marketing onipresente e agressivo,

design inovador e atrativo, logística ágil e surpreendente, corporações poderosas e

globalizadas e comunicações rápidas e eficientes, pode-se dizer que sua empresa não

está apenas no mercado. Assim como as concorrentes, ela está num supermercado. Para

ser mais verdadeiro, num hipermercado.

O mercado está investindo cada vez mais em jóias, e o setor joalheiro tem

crescido consideravelmente, e para isso acontecer devemos aos criadores e designers. E

a cada ano que passa, concursos de jóias premiam cada vez mais novos talentos.




33

Segundo a Designer Káttia Faggiani, o Brasil não parece ser um país ideal para

vendas de jóias, mas se prestar mais atenção, percebe-se que além de existir pessoas de

alto poder aquisitivo, o brasileiro tem o perfil perfeito para esse tipo de compra: adquire

produtos por impulso e se deixa levar pela emoção.

E o grande lance do mercado joalheiro juntamente com a moda é que

consideravelmente resgatam os valores das antigas famílias, das jóias com valores

sentimentais; não é a toa que o país apresentou um crescimento de 35% nos últimos

cinco anos dentro deste mercado.

É crescente o uso de materiais alternativos com intuito de valorizar o design e a

identidade cultural brasileira. Porém, o consumidor brasileiro está cada vez mais

exigente, e a compra de um produto normal já não basta, a alma do negócio é a

diferenciação, a funcionalidade, a qualidade, o status, a moda e o design.

3.2.4 Pesquisa de campo

Descreverá as pesquisas de campo realizadas em forma de questionários

aplicados nas cidades de Santa Catarina: Florianópolis, Balneário Camboriú e Criciúma.

3.2.4.1 Aplicação do questionário e análise

Foram aplicados quarenta questionários, nas cidades de Florianópolis, Balneário

Camboriú e Criciúma, com intuito de se aprofundar nos quesitos: renda fixa do usuário,

cores, tipo de metal, gemas, opinião relacionada ao produto.




34

1- Sua renda fixa é de:

5%15%

28%42%

10%1000 a 2000

2000 a 3000

3000 a 5000

5.000 a 7000

acima de 8000

Gráfico 01: Renda Fixa. Fonte: Acervo pessoal, 2008.

De acordo com o gráfico de renda fixa, constatamos que quem compra peças da joalheria fica em torno de R$ 5.000,00 a R$ 7.000,00.

2- Você costuma comprar acessórios, roupas, calçados, jóias de alto padrão e valor?

82%

18%

Sim

Não

Gráfico 02: Costume de compra. Fonte: Acervo pessoal, 2008.

Conforme o gráfico acima 82% dos questionados costumam comprar

produtos de alto valor.




35

3 � Você tem o costume de se maquiar?

13%

87%

Sim

Não

Gráfico 03: costume de se maquiar. Fonte: Acervo pessoal, 2008.

De acordo com o questionário, 87% dos questionados possuem o

costuma de se maquiar.

4 � Qual maquiagem você costuma ter sempre junto com você?

17%

4%

13%

37%

17%

12%Pó Compacto

Base

Panckaque

Gloss

Corretivo

Rímel

Gráfico 04: tipo de maquiagem ter sempre junto de você Fonte: Acervo pessoal, 2008

Conforme o questionário, 37% dos questionados, costumam ter sempre

um gloss junto.




36

5 � O que você acha de facilitar o transporte da maquiagem, utilizando-a dentro de uma jóia?

52%

33%

15%

Ótimo

Bom

Ruim

Gráfico 05: O que você acha da jóia com dupla funcionalidade Fonte: Acervo pessoal, 2008.

Defini-se que 52% dos questionados, acharam uma ótima idéia de utilizar

uma maquiagem dentro de uma jóia.

6- Que tipo de jóia você gostaria de obter a maquiagem dentro dela, facilitando o

transporte?

5%13%

20%

28%

34%

Anel

Brinco

Pulseira

Colar

Pingente de bolsa

Gráfico 06: Tipo de jóia para facilitar o transporte Fonte: Acervo Pessoal

Define-se que 34% escolheram que para facilitar o transporte seria em um pingente de bolsa.




37

7 � Qual seria sua preferência de cor de ouro?

42%

13%5%3%

19%

18% Amarelo polido

Amarelo fosco

Branco polido

Branco fosco

Amarelo c/ branco

Rosa

Gráfico 07: Preferência de ouro Fonte: Acervo Pessoal

42% dos questionados preferem o amarelo polido.

8 � Qual o tipo de gema que você gostaria que tivesse na peça?

57%

0%

3%

0%

40%

Diamante

Rubi

Esmeralda

Topázio

Nenhum

Gráfico 08: Tipo de gema Fonte: Acervo Pessoal

De acordo com o questionário, 40% dos questionados preferem diamante na

peça.




38

9 � Qual o valor máximo que você pagaria neste tipo de jóia?

5%

57%

35%

3%

Até R$200,00

R$300,00 a R$ 500,00

R$600,00 a R$800,00

Acima de R$ 1000,00

Gráfico 09: Valor máximo de pagamento Fonte: Acervo Pessoal

Conforme o questionário, 57% pagaria de R$ 300,00 a R$ 500,00 na peça

proposta.

10 � Aspecto considerado no momento da compra de jóia (pode ter mais de uma

resposta).

12%

20%

24%16%

9%

19% Material

facilidade de transporte

Estética e beleza

Produto de luxo

Design diferenciado

Certificado de garantia

Gráfico 10: Aspecto considerado de compra Fonte: Acervo Pessoal

Defini-se de que os aspectos considerados no momento da compra são:

estética e beleza, facilidade de transporte da maquiagem, produto de luxo e

certificado de garantia.




39

3.2.4.2 Analise e síntese da pesquisa de campo

Serão analisadas todas as informações e dados obtidos na pesquisa de campo.

3.2.4.2.1 Questionário

Para a realização de pesquisa de campo, foi elaborado um questionário sobre

jóias no segmento feminino, além de ser inserido neste um contexto sobre jóias e suas

utilizações.

A entrega dos questionários nas regiões de Balneário Camboriú, Florianópolis e

Criciúma, não foram feito aleatoriamente, foi escolhido um perfil, de mulheres que são

independentes financeiramente, que trabalham, que procuram estar por dentro das

tendências de moda e que principalmente são vaidosas.

Dentro desta enquete, procurei deixar claro a minha proposta de trabalho, de

agregar um cosmético dentro de uma jóia para facilitar o transporte além de andar na

moda.

Portanto, através desta pesquisa notou-se que a criação de uma linha de jóias que

transporta uma maquiagem dentro dela será bem aceito ao público por ser uma jóia

diferenciada e na moda.




40

3.4 Fundamentação teórica

3.4.1 Design Moda

Para muitas pessoas, a única função da moda é vestir o ser humano. Ela é muito

mais que isso. A moda é um sistema que acompanha o vestuário e o tempo, que integra

o simples uso das roupas no dia a dia em contexto maior, social, sociológico.

(PALOMINO, 2003).

Definida como a tendência do consumo num dado período. Pode-se dizer que a

moda começou a tomar forma quando os homens passaram a se cobrir com peles de

animais. Primeiramente, as roupas foram usadas para se proteger do clima, mas logo se




41

transformaram em sinônimo de status e poder e com o decorrer do tempo, as fibras

apareceram como lã, algodão e seda.

A moda é um fenômeno sociocultural que move uma economia global, que

cresce a cada ano, e expressa valores da sociedade, bem como hábitos e costumes de

uma determinada época.

Portanto, a criação da moda cabe aos estilistas e figurinistas que trabalham sob

influencia da época, local e sociedade. Rapidamente mutável, acompanhando: tempo,

roupas, cabelo, maquiagem e comportamento, a moda é uma influência passageira que

transmite o reflexo do mundo atual.

Figura 36: Cori inverno 2008 Figura 37: Cori inverno 2008. Fonte: Site Chic, Gloria Calil, 2008. Fonte: Site Chic, Glória Calil, 2008.

Podemos perceber acima como a influência da época inspira a moda atual. A

marca Cori no São Paulo Fashion Week 2008, com seus estilistas Dudu Bertholini e




42

Rita Comparato, criaram uma coleção com peças de alfaiataria, como calças de cintura

alta e pata de elefante, assim como brincos enormes e pulseiras.

3.4.2 Design de jóias

Alguns designers caracterizam a jóia somente se for criada a partir de metais

nobres, pedras preciosas ou semipreciosas, porém alguns desconsideram esta colocação.

Acham que se a jóia é só criada com estes materiais então como devemos chamar os

ornamentos produzidos pelos índios, ou aquelas peças étnicas de tribos preservadas até

hoje?

Na verdade é muito variável para muitos designers de hoje. Mas segundo Xico

Gonçalves (2002), a jóia além de um símbolo de status e riqueza que vem desde os anos

80, a jóia pode ser considerada jóia desde que é criada por metais nobres e pedras

preciosas ou semipreciosas.

Atualmente o design tomou conta da joalheria, peças cada vez mais ousadas em

formatos, cores e materiais.

Figura 38: Anel em ouro rosa Figura 39: Anel em ouro bicolor Fonte: Site oficial da IBGM, 2008 Fonte: Site oficial da IBGM, 2008.




43

3.4.3 Semi � Jóias

De acordo com o site jóiasweb (2007), a jóia sempre foi um motivo de status, e

continua nos tempos atuais simbolizando poder aquisitivo. Mais os tempos modernos

nos deram a oportunidade a agregar outros valores, assim chamadas semi-jóias e

bijuterias ganhando relevâncias. Estes produtos acrescentam a maneira em que nos

vestimos, dando mais valorização a criatividade e a afirmação da identidade, muito mais

acentuada que nos tempos históricos. Além disso, devemos acrescentar o nível técnico

alcançado no mundo da joalheria, que consegue produzir grandes quantidades de peças

interessantes, com o uso maior de matérias-primas mescladas com os eternos itens,

como o ouro e os diamantes.

Porem a semi-jóia, não é considerada como jóia, pelo seu peso que é inferior,

não dispõe de um carimbo que certifica que é jóia e seu fecho não é rústico.

Devido seu valor de mercado, pode causar o mesmo efeito que uma jóia em

ambiente de trabalho, festas e demais locais de uso.

Seu futuro é promissor, diante das feras de jóias que oferecem este produto pelo

valor, e pela grande preferência de compra por clientes de poderes aquisitivos diversos.

Apesar de sabermos a diferença, ainda no mercado da venda temos muitas

duvidas, pois seu valor muitas vezes é elevado. E para diferenciar neste caso de uma

jóia basta lembrar que o que defini o preço, é o conjunto de seus atributos, como a

qualidade, raridade, valor de mercado, aspectos culturais, durabilidade, valor histórico,

nobreza, criatividade, assinatura do designer ou da casa executora.




44

Figura 40: Brinco folheado a ouro da Primma Jóia Fonte: ÁgataWeb, 2008

Colar em pedra natural e Ouro folheado, em banho tom Ouro Palha, não

alérgico. Medindo 160 cm de comprimento (aberto) e pesando cerca de 57g. Com

esferas em Ouro folheado e Ágata Azul.

Figura 41: Brinco longo folheado a ouro. Fonte: Site ÁgataWeb, 2008.

Brinco folheado, não alérgico. Medindo 5,5cm de comprimento e pesando, em

média, 2g. Longo com diversos elos formando um pingente.




45

3.4.4 Acessórios

Os acessórios invadem a moda com tudo, e revelam misturas surpreendentes e

garantem mais versatilidade a qualquer look. Os colares com pingentes redondos com

seu design clean e sofisticado e materiais se fundem entre si e exaltam a personalidade.

Além dos colares, temos um mercado expandindo com os acessórios que se

inspiram nas jóias, através das cores dos metais e brilhantes. As bolsas e cintos com

pedrarias imitando gemas, os pingentes em metais nas bolsas e telefones celulares.

Karlla Girotto em parceria com a stilist Fawsia Borralho, a GIBB, marca de �coisas para

enfeitar�, na concepção dela são acessórios feitos a mão que misturam várias referencias

e materiais. Nesta primeira produção de bolsas foram usados chifres, sedas e até leques

africanos.

Figura 42: Colares redondos Figura 43: Bolsa Suzy de Karlla Girotto Fonte: Revista Elle, 2008. Fonte: Revista Estilo, 2008.




46

3.5 Briefing

Funciona como roteiro de informações sobre o produto, o consumidor e o

mercado.

3.5.1 Produto

Nome: Coleção Milanofiori

Categoria: Jóias

Local de uso: no cotidiano e festas

Composição industrial: Ouro e pedra ônix

Técnicas de fabricação: Artesanal

Imagem do produto no mercado: Produto elegante, inovador, funcional, que

segue uma tendência de moda.

Características promocionais: Uma nécessaire virá juntamente com qualquer jóia

da coleção e na compra das jóias com dupla funcionalidade será premiada com um refil

extra de cosmético.

Pontos positivos: Praticidade, funcionalidade, beleza.

Pontos negativos: divulgação da temática, pois não é todo mundo que tem o

conhecimento do histórico e físico da Igreja de Milão.

Influências culturais: Esta peça com inspiração na Igreja católica de Milão tem o

intuito de proporcionar praticidade além da modernidade nesta elegante jóia.




47

3.5.2 Mercado de luxo

Segundo VILLAÇA e CASTILHO (2006), O gosto excessivo por luxo surge nos

primórdios do capitalismo, nos cortes modernos da Baixa Idade Média européia e

posteriormente na burguesia em ascensão. Entre os séculos XVII e XVIII, o luxo

adquiriu marcas cortesã, sendo aumentado em quantidades e refinamentos, assim ficou

sendo uma das épocas mais materialistas da história.

O luxo se dá no detalhe, nas particularidades, diagnosticadas por poucos, o luxo

se dá no design, na sofisticação tecnológica, na hipermobilidade e na individualização.

O luxo exige aprendizado do raro, do exótico e do sensível e exige também separação e

limites: da sala vip ao mundo virtual. As definições tradicionais do luxo hesitam em

torno de algumas noções: supérfluos, raridade, preço, boa qualidade e marca de

prestígio. E um exemplo para tudo isso é a panela mais cara do mundo, uma panela de

luxo da marca Fissler, uma empresa alemã de utensílios domésticos. A panela

Diamond-Sttuded Saucepan, que tem os punhos de ouro 18 quilates e está ornamentado

com 200 diamantes de diversos tamanhos, além dos punhos a tampa também é decorada

com 900 gramas de ouro. O fabricante informa que seu produto estará na próxima

edição do Guinness Bock (livro dos recordes), como a panela mais cara do mundo, pois

a panela vale nada mais nada menos que 348 mil reais. (Ver figura)

A joalheria Japonesa Nagahori, exibiu recentemente uma bola e um taco de

golfe luxuosos, totalmente feito de platina e cravejados de diamantes. De acordo com a

empresa, o taco pesa 500g e a bola 165g e estão expostos em Tóquio. (Ver figura)

De acordo com uma matéria na revista W Varejo (2007), uma Universidade de

Milão chamada de Máster em Made in Italy, fez uma pesquisa sobre o que é luxo com

233 jovens universitários de 6 países, e revelou que o conceito de luxo para eles pode




48

seguir duas estradas fundamentais: uma mais emocional, de resposta aos desejos, e a

outra ligada à exclusividade e ao prestigio.

As novas produções de sentido do luxo proporcionam importantes oportunidades

para a joalheria brasileira, já que uma grande diversidade de materiais e formas vem

sendo utilizados e a joalheria contemporânea permite que as inspirações dos designers

visite um ambiente mais erotizado de criação.

Figura 44: Panela de Luxo Fissler Figura 45: Bola e taco de golfe luxuosos Fonte: Site webluxo, 2008 Fonte: Site webluxo, 2008

Figura 46: Orquídea Negra Cartier Fonte: Site webluxo, 2008




49

3.6 Especificação do Produto

Descreve as ferramentas projetais utilizadas no projeto.

3.6.1 Ferramentas de projeto

Aqui serão aplicadas algumas ferramentas, na quais são muito úteis para definir

e resolver problemas, e como posicionar a solução.

Serão utilizadas as ferramentas: G.U.T e 5W2H.

2.6.1.1 G.U.T

Na qual a G.U.T tem o objetivo de mostrar a situação do produto no mercado,

onde averiguamos os problemas, classificando-os em gravidade, urgência e tendência,

com níveis 3, 2 e 1. Isto é, o problema que se classificar em primeiro lugar, terá mais

urgência a ser resolvido.

Gravidade Urgência Tendência

3 Muito Grave Urgente medida corretiva Piora continuamente

2 Média gravidade Medida corretiva breve Piora ao longo prazo

1 Pouco grave Não é prioritário Problema estável

Problema G U T G x U x T Classificação

Leveza do Produto 2 2 1 4 5°

Conforto no uso 3 2 1 6 4°




50

Atingir a expectativa do mercado

3 3 2 18 2°

Definir formas 2 1 3 6 4°

Segurança e facilidade no

encaixe 3 3 3 27 1°

Unir o refil da maquiagem ao metal

2 2 2 8 3°

Os problemas ficaram nas seguintes colocações:

1° A segurança e facilidade no encaixe.

2° Atingir a expectativa do mercado.

3° Unir o refil da maquiagem ao metal.

4° Conforto no uso e definir formas.

5° Leveza do produto.

3.6.1.2 5W2H

A 5W2H é uma ferramenta de plano de ação para resolver os problemas,

definindo o que (what), porque (why) solucionar problemas, quem (who) deverá

resolver o problema, onde (where) deverá ser aplicado o plano de ação, quando (when)

deverá ser solucionado, como (how) será feito e quanto (howmuch) será gasto na

solução do problema.

Com esta ferramenta podemos ter uma visão ampla dos problemas e de suas

soluções, definindo metas e objetivos sólidos.




51

O QUE? POR QUE? QUEM? QUANDO? ONDE? COMO? QUANTO?

Tecnologia

Para proteger o cosmético

Ourives

Processo de montagem

No local

de fabricação

Encaixe sob

pressão

R$ 300,00

Estética

Como se trata de uma

jóia

necessita de beleza e

delicadeza

Designers

Na

concepção

do produto

No

desenho do projeto

Proporcionar um sistema de encaixe mais

eficiente

R$ 300,00

Cravação

Para agregar valor e beleza

Cravadores

Depois do acabamento

da peça

No local de

fabricação

Bigodinho R$ 4,00 cada

cravação

Encaixe

Para que o usuário

possa executar

quaisquer movimentos

Ourives

No processo

Na fábrica

Sistema de Encaixe

***

3.7 Conceito do produto

Este processo consiste na imagem de que o produto apresentará diante do

mercado e do público definido. Serão avaliados quesitos como:

● Sofisticação ● Qualidade ● Praticidade ●Funcionalidade




52




53

3. CONCEPÇÃO

Neste capítulo será abordada a etapa de desenvolvimento das alternativas, bem

como sua avaliação e seleção daquelas que mais se adapta no contexto do projeto, para

isso foi utilizado a técnica de criatividade MESCRAI.

3.1 Gerações de Alternativas

As gerações de alternativa foram elaboradas com base no tema de inspiração da

catedral gótica de Milão, cujas algumas peças apresentam a proposta de agregar um

cosmético.




54

Figura 47: Geração 01 Fonte: Souza, 2008.

Inspirado nas formas das mandalas dos vitrais e pisos da catedral.




55

Figura 48: Geração 02 Fonte: Souza, 2008

Inspirado nas formas dos vitrais, o caimento dos fios da à sensação

das torres da igreja.




56


Pulseira trabalhada com voltas rebuscadas, feita na inspiração retro.




57


Brinco com diamantes cravejados trabalhando o rebuscado da igreja e as correntes dando o caimento das torres.




58


Pulseira trabalhada com argolas inspirada em todo complemento da igreja e mandala retro dos vitrais da igreja.




59


Brinco inspirado nas formas das janelas e vitrais.




60


Pingente de bolsa inspirado na torre da igreja.




61


Brinco inspirado em todos os complementos da igreja, portas, janelas, arabescos.




62


Anel inspirado no terraço da igreja.




63


Brinco inspirado nas mandalas.




64


Anel inspirado nas formas dos arcos.




65


Pulseira trabalhada com uma flor, estilizando uma das mandalas.




66


Brinco estilizado nas formas retro.




67


Pingente inspirada nos vitrais.




68


Brinco inspirado nos vitrais, mas estilizando em forma de flor.




69

3.1.1 Alternativa Escolhida

Figura 62: Alternativa escolhida Fonte: Souza, 2008.




70

5. PÓS-CONCEPÇÃO

A pós-concepção se trata da confecção do modelo volumétrico para a análise e

melhoramento da peça.

5.1 Modelo volumétrico

Segundo BAXTER (2000) o modelo volumétrico ajuda o Designer a

desenvolver novas idéias e promover a visualização tridimensional que seria complexa

apenas no papel.

5.1.1 Execução

Foram feitas uma série de ampliações dos produtos até chegar à proporção ideal

para o modelo final

Figura 63: Modelo volumétrico do pingente Fonte: Souza, 2008.

A peça sendo usada para ver o comprimento e sua aparência.




71

5.2 Memorial Descritivo

Esta etapa são abordadas todas as informações recolhidas durante o projeto.

Serão descritas as principais funções adquiridas pelo produto já desenvolvido, constando

estes com suas respectivas informações que capacitaram sua elaboração.

5.2.1 Função estética e formal

Segundo GOMES (2000), Com base nas leis da Gestalt, a arte se funda no

principio da pregnância da forma. Ou seja, na formação de imagens, os fatores de

equilíbrio, clareza e harmonia visual constituem para o ser humano uma necessidade e,

por isso, considerados indispensáveis, seja numa obra de arte, em um produto industrial

ou em qualquer outro tipo de manifestação visual.

O pingente segue a lei da segregação que se dá pela capacidade perceptiva de

separar, identificar, evidenciar ou destacar unidades formais em um todo produto.

Assim como também na unificação que se verifica quando os fatores de harmonia,

equilíbrio do todo estão presentes no objeto ou composição.

A linha de jóias Milanofiori segue em linhas muito semelhantes, além de

apresentar a lei de continuidade e semelhança. Tais características fazem com que o

produto apresente uma estética agradável e delicada, de acordo com a temática.

A praticidade está descrita através da peça que só tem o objetivo de adornar

como também agrega um cosmético. Além da praticidade da conservação e limpeza da

jóia, isto acontece por meio dos materiais aplicados no produto. Também pode-se

ressaltar quando se trata de versatilidade, por ser um produto diferenciado pode ser

usado em qualquer ocasião do cotidiano do usuário.




72

A funcionalidade relaciona-se com sua imagem visual e com seu desempenho de

acordo com sua função de uso.

5.2.2 Função de uso

A linha de jóias MilanoFiori é formada por quinze produtos, na qual dois deles

agrega uma dupla funcionalidade.

São elas: 5 pingentes ,5 brinco, 3 pulseiras e 2 anéis

1° função: Adorno pessoal (jóia);

2° função: Facilidade de ter a maquiagem dentro da jóia;

3º função: Divulgar a arte da igreja gótica de Milão.

A primeira função funciona como adorno que surgiu desde os primórdios com a

história da joalheria, onde tinham a intenção de enfeitar o corpo.

A forma de como o homem sempre teve a intenção de enfeitar, como forma de

conquista, de status e poder ainda continua. Por isso a segunda função de facilitar a vida

das mulheres que procuram estar sempre bonitas e bem apresentáveis.

5.2.3 Função ergonômica

O termo ergonomia é derivado das palavras gregas Ergon (trabalho) e Nornos

(regras, normas). (DUL e WEERDMEESTER, 1993)

Conforme KAMINSK (2000). Os objetivos básicos da ergonomia no produto

são: a segurança, a satisfação, e o bem estar dos clientes no seu sistema produtivo

propriamente dito.




73

No caso de um produto, KAMINSK (2000) diz que para ser aceito no mercado,

o mesmo deve possuir qualidade estéticas, ergonômicas e técnicas. A qualidade técnica

diz respeito a eficiência que com a qual o produto realizara a função que lhe foi

destinada. A qualidade estética tem por finalidade atrair o consumidor, e o produto deve

representar cores, formas, texturas que sejam agradáveis a ele. A qualidade ergonômica

se refere a vários aspectos que devem ser avaliados durante a vida toda do produto.

Assim, o produto deve apresentar fácil fabricação e montagem, manuseio e boa

adaptação as medidas do homem (antropometria), além de ser leve.

5.2.3.1 Usabilidade

As peças desenvolvidas para a coleção de jóias Milanofiori são peças que

poderão ser usadas em qualquer ocasião, seja ela formal ou no dia a dia.

São peças contemporâneas, irreverentes e de fácil combinação e uso do produto.

A coleção Milanofiori é composta por quinze peças: 5 pingentes, 5 brinco, 3

pulseiras e 2 anéis, nas quais foram trabalhadas em materiais que não causam alergia

como o ouro, metais vazados para melhor ergonomia e chapas finas para melhor

aproveitamento e formas arredondadas para não machucar o usuário.

5.2.4 Materiais e tecnologia

Esta etapa trata-se da escolha dos materiais que serão usados para a confecção

das peças.




74

5.2.4.1 Ouro

Segundo o site Portal das jóias, é um metal de transição brilhante, amarelo,

pesado, maleável, dúctil (fácil de se transformar em fio), e que não reage com a maioria

dos produtos químicos, mas é sensível ao cobre. É conhecido desde a antiguidade.

Calcula-se que o ouro é conhecido há mais de 6.000 anos.

Figura 64: Pepita de ouro. Fonte: Site Portal das jóias

Para se utilizar esses metais, é preparada uma liga que os torna mais duro. No

caso do ouro, a liga mais utilizada é a 750 (a mesma de 18 quilates). Isso significa que

nessa liga:

750 partes são de ouro puro (999)

250 partes são de outros metais - prata e cobre

Sua cor varia conforme a proporção da liga prata/cobre, e de acordo com o metal

utilizado para endurecer a liga. Veja:




75

Ouro + 2/3 de prata + 1/3 de cobre Ouro Amarelo

Ouro + 1/3 de prata + 2/3 de cobre Ouro Rosa

Ouro + prata + zinco Ouro Azul

Ouro + prata + ferro (ou aço) Ouro Negro

Ouro + cobre Ouro Vermelho

Ouro + paládio Ouro Branco

Ouro + prata Ouro Verde

Figura 65: Tabela de ouro colorido Fonte: Site Jóia e Arte, 2008

5.2.4.2 Ônix

Conforme o site Portal das jóias, O ônix possui uma combinação de cor negra e

branca em camadas. Pertence ao grupo das calcedônias � quartzos microcristalinos O

ônix todo negro, que encontramos comumente, é na verdade uma calcedônia ou ágata,

que por sua vez é tingida para chegar à tonalidade forte do preto.

Composto de camadas retilíneas e paralelas de cores diferentes, pode se

encontrar ônix de cores branca, preta e marrom.

Figura 66: Pedra ônix

Fonte: Site Portal das jóias, 2008




76

5.2.4.3 Diamante

Conforme o site Jóia e Arte, o homem conhece o diamante há milhares de anos.

Uma das doze pedras preciosas que o Cohen Gadol (Sumo Sacerdote) usava o Choshen

(Peitoral) do Efod (veste do Sumo Sacerdote), representando as doze tribos de Israel,

era um diamante.

Carbono puro, essa é a composição dessa pedra tão fascinante e desejada.

A mais jovem rocha vulcânica da qual se extrai diamantes possui a idade de 70

milhões de anos.A origem do nome, "Adamas", é grega. Significa invencível,

indomável.O diamante é conhecido por ser a pedra mais dura e mais resistente.

Foram trazidos à superfície por erupções vulcânicas, ficaram depositados nos

locais de onde atualmente podem ser extraídos por métodos economicamente viáveis.

As jazidas são encontradas, portanto, em terras vulcânicas, no entanto a maioria

delas está localizada em depósitos aluvionais, formados pelas correntezas de rios. Em

média 250 toneladas de minério são extraídas para que se obtenha 1 quilate de diamante

lapidado.

Hoje em dia encontramos diferentes lapidações, graças ao surgimento do laser,

são cabeças de cavalo, estrelas, luas, entre outros.

Figura 67: Diamante Fonte: Site Portal das jóias, 2008.




77

5.2.4.4 Lapidação

De acordo com o site escola bella arte, desde a antiguidade, as pedras eram

polidas para aumentar seu brilho e ressaltar a sua transparência. As lapidações só

começaram a aparecer por volta de 1400 na Índia.

Existem dois tipos de lapidações: a facetada e a lisa. A lapidação facetada é dada

as pedras transparentes, pois além de aumentar o seu brilho, pode em alguns casos,

proporcionar um jogo de cores na pedra. Já a lapidação lisa consiste na chamada

lapidação cabochão que são gemas lapidadas na forma arredondada, sem faces. Um

cabochão sempre tem a parte superior convexa (arredondada para fora), ao passo que a

parte interior pode ser plana, convexa ou côncava.

É o tipo de Lapidação mais antiga que existe, talvez pelo fato de ser de fácil

confecção, podendo muitas vezes aproveitar a forma natural de uma gema. Ela é usada

das gemas translúcidas ou opacas.

Figura 68: Ourives lapidando Figura 69: Tipos de lapidações Fonte: Site jóia e arte, 2008 Fonte: Site jóia e arte, 2008.




78

5.2.4.5 Cravação

Segundo o site Portal das jóias, existem várias opções de cravação possíveis,

com resultados completamente diferentes. A mais comum é a cravação bigodinho, onde

a peça é fixada por pequeninas garrinhas que são tiradas do próprio metal com uma

ferramenta chamada buril. Outra é a cravação inglesa, onde todo o material da borda da

pedra é empurrado para cima da mesma; nesta não aparece nenhum detalhe de garra. A

diferença entre elas é que a cravação inglesa fica com um visual mais limpo, mas ao

mesmo tempo a pedra fica parecendo ligeiramente menor. A cravação bigodinho

aumenta um pouco a pedra, devido ao efeito do trabalho realizado ao redor dela.

Figura 70: Cravação bigodinho Figura 71: Cravação Inglesa. Fonte: Site Portal das jóias, 2008 Fonte: Site Portal das Jóias, 2008

Figura 72: Ourives cravando Fonte: Site netcidade, 2008.




79

5.2.4.6 Esmaltado

De acordo com o site Jóia br , a esmaltação a fogo é uma das formas mais

antigas de aplicação de cores em jóias e objetos religiosos, sendo freqüentemente

utilizada em substituição a pedras preciosas. O esmalte é vidro, basicamente uma

combinação de fluxo (vidro incolor) e óxidos metálicos (cobre, manganês e ferro) que

lhe dão a coloração. Quando aquecido a aproximadamente 800 ºC, o esmalte torna-se

líquido e adere a superfície do metal. Em joalheria, aplica-se o esmalte molhado com

pincel. Os metais mais utilizados para a esmaltação são o cobre, a prata e o ouro.

Existe seis tipo de técnicas que são feitas em joalheria. São elas:

Basse Taille: Em francês significa "baixo entalhe", é a técnica na qual padrões

ou desenhos são gravados na superfície do metal e, após a esmaltação com esmaltes

transparentes, tornam-se visíveis através do vidro.

Champlevé: Em francês é "campo elevado". Nesta técnica o esmalte é aplicado

em depressões feitas na peça, deixando áreas de metal exposto. As depressões são

executadas pelo processo de corrosão por ácido, embora outros métodos possam ser

utilizados. Desenvolvida inicialmente pelos Celtas no século III a.C. para a decoração

de seus escudos, esta técnica tem sido a mais popular forma de esmaltação.

Cloisonné: Em francês quer dizer "cela", ou seja, um espaço fechado. Nesta

técnica, fios muito delicados de metal são dobrados para formar um desenho; o esmalte

é, então, depositado dentro destes espaços fechados. Embora possa ser executada sobre

um fundo de cobre, é mais utilizada sobre prata ou ouro. O Império Bizantino no século

XIII a. C. desenvolveu belíssimas obras religiosas em cloisonné sobre peças de ouro.




80

Grisaille: Significa "grisalho" ou "acinzentado" em francês. É uma forma de

pintura com esmalte em tons monocromáticos. Utilizando-se um fundo esmaltado em

preto, são aplicadas sucessivas camadas de esmalte branco, criando vários tons de cinza.

Limoges: Esta técnica consiste de uma pintura com esmalte especialmente

preparado, onde diferentes cores são aplicadas na superfície do metal sem a separação

por fios ou relevos.

Plique-à-jour: Em francês significa "aplicado em espaços vazados" ou

"membrana por onde passa a luz do dia". Esta técnica assemelha-se a um vitral em

miniatura, muito famosa na época da Art Noveau. As peças executadas em plique-à-jour

são mais frágeis, já que não possuem um fundo para a proteção do esmalte.

Figura73: Passando o esmalte. Figura 74: Queimando o esmalte com o maçarico Fonte: Site jóia br, 2008 Fonte: Site jóia br, 2008




81

5.2.5 Processo de fabricação

De acordo com o site portal jóia br, a joalheria artesanal é o processo pelo qual

uma peça é confeccionada de maneira artesanal e única.

Por isso, a coleção Milanofiori tem o processo todo artesanalmente.

Na primeira etapa foi feita a fundição do metal.

Figura 75: Processo de fundição. Fonte: Souza, 2008

Segunda parte foi feita a laminação onde a barra por meio de sua

passagem entre dois cilindros girantes, com separação menor que a espessura de

entrada. A barra é "puxada" pelos cilindros devido às forças de atrito entre as

superfícies. O montante da redução é limitada pelas potências dos motores, e resistência

mecânica dos cilindros, mancais, eixos cardans e redutores.




82

Figura 76: Etapa de laminação Fonte: Souza, 2008.

Na terceita etapa é feito a medida e o recorte do metal

Figura 77: Marcação no metal Figura 78: Recorte do metal Fonte: Souza, 2008. Fonte: Souza, 2008.

Terceira etapa é feita a parte da solda e montagem da jóia. A parte

superior da peça foi martelada para criar o formato côncavo, como pode-

se perceber na figura 80.




83

Figura 79: Solda e Montagem Figura 80: Jóia já soldada

Fonte: Souza, 2008 Fonte: Souza, 2008

Na quarta etapa é feito toda a parte de acabamento com a lima, para que

a peça fique alinhada e a parte superior da peça, é abaloada feita artesanalmente. Depois

a peça vai para a máquina chamada �Rola�onde a peça é toda polida.

Figura 81: Limando a peça Figura 82: Peça na máquina de rola para polir Fonte: Souza, 2008-06-08 Fonte: Souza, 2008




84

5.2.6 Função técnica

Neste item de projeto será apresentado o desenho técnico bem como sua vista

explodida.

5.2.6.1 Desenho técnico

Será apresentado o desenho técnico da peça confeccionada.




85




86




87

5.2.6.1.2 Vista explodida

Será apresentada a vista explodida da peça, onde se pode melhor compreender

toda a montagem da jóia.




88




89

5.2.7 Função de marketing

Segundo KOTLER (2003) as empresas de sucesso hoje em dia dão grande

importância ao marketing.

Marketing é a arte de criar e distribuir um produto ou serviço de forma

econômica e rentável, de maneira a atender plenamente as necessidades e aos desejos de

um consumidor.

Devido à proposta da Milanofiori de criar jóias inspiradas na catedral de Milão,

na qual algumas delas possui a função de agregar um cosmético, a marca propõe uma

parceria com a empresa Natura, que conquistou posição de destaque no cenário

empresarial brasileiro.

Este item funcionará como metas a serem atingidas e métodos de marketing a

serem seguidas.

Mercado a ser atingido: Brasil e Internacionalmente

Sistema de vendas: Varejo

Pontos de vendas: Joalherias conceituadas

Identificação visual: Coleção de Jóias Milanofiori

5.2.7.1 Custos

A peça foi produzida em ouro e possui 45,3 g . Obteve um custo de R$1.575,00

mais a mão de obra de R$ 1, 000,00.

A peça para venda tem o total de R$ 5.500,00.




90

5.2.7.2 Publicidade e propaganda do produto

As peças da coleção �Milanofiori� estarão sendo divulgadas em revistas como:

Vogue, Elle, Catarina e Caras. Além de possuírem em joalherias catálogos da coleção.




91

5.2.7.3 Embalagem

Segundo CALDAS (2004), vivemos em um mundo cada vez mais complexo,

com linguagens que almejam simplificação. A complicação e as falsas inovações

tecnológicas estressam. A funcionalidade é crescente, mas não aparente.

As idéias de reaproveitamento e de reciclagem ganham força, transformando-se

em constante.

Há uma sensibilidade aguçada pelo translúcido e o transparente: nas embalagens

de produtos.

Todas as embalagens da coleção acompanham uma nécessaire de brinde, já as

peças que agregam um cosmético, a embalagem vem acompanhada de um refil extra do

cosmético.

De acordo com toda pesquisa de tendência e bibliográfica foi confeccionada uma

caixa de acetato transparente com tampa dourada e um saco de veludo cinza.

Figura 84: Embalagem das jóias Milanofiori Fonte: Souza, 2008




92

5.2.7.4 Logotipo

De acordo com a temática e a proposta do projeto, elaborou-se um logotipo,

seguindo o nome da marca: Milanofiori.

A criação do nome veio propriamente da temática, na qual Milanofiori é uma

palavra italiana que significa flor de Milão. Foi também elaborado juntamente com a

logo um extra �Jóias de Luxo� abaixo da logo para melhor entendimento do público.

Devido à proposta do projeto de criar jóias para mulheres que procuram se

cuidar, de estar sempre bonita, seja no dia a dia ou em alguma festa, nada melhor do que

homenagear essas mulheres com esta simbologia.

Figura 85: Logo da marca Fonte: Souza, 2008

5.2.8 Função informacional

A função informacional tem como objetivo assegurar ao consumidor da garantia

e da qualidade do produto. Ao adquirir uma das peças da coleção �Milanofiori�, a

mesma virá acompanhada de um tag informativo.




93

5.2.9 Tag Informativo

Figura 86: Tag informativo Fonte: Souza, 2008.

5.3 Certificado de Garantia

Figura 87: Certificado de garantia Fonte: Souza, 2008.




94

6. CONSIDERACOES FINAIS

Em virtude do que foi mencionado neste projeto, entendemos que a moda está

cada vez mais ampliando o seu poder, não precisamos ir particularmente a uma loja de

vestuário, acessórios ou de sapatos para ver as tendências e de como a moda influência.

Hoje a moda está no banco do nosso carro, do quadro que está na sala, no frasco do

nosso perfume favorito. E cada vez mais cresce o número de consumidores em todo o

mundo para esses produtos.

Antigamente o mercado joalheiro tinha a perspectiva bem diferente dos dias

atuais, produziam peças sem muito design e com o poder de massificação, já hoje a

tendência é criar uma peça única e exclusiva.

Como a jóia tem o poder de adornar, embelezar, nada melhor do que obter a

junção de uma jóia com o artefato da maquiagem.

De acordo com todos esses itens, tive o prazer de propor a temática da catedral

de Milão, pois não são todos que teve e tem o imenso prazer de conhecer pessoalmente

essa obra de arte, no entanto a jóia ressalta essa bela arte retro.

Foi muito gratificante fazer este projeto devido ao encontro de cada objetivo e

principalmente ter criado uma linha de jóias feita de coração, pelo fato de ter sido

elaborado esta pesquisa na capital da moda.




95

7. REFERENCIAS

PALOMINO, Érika. A MODA. São Paulo, SP: Publifolha, 2002.

MOLINOS, Duda. Maquiagem. 4.ed. Sao Paulo: SENAC, 2000.

O`HARA, Georgina. Enciclopédia da Moda. São Paulo: Companhia das Letras,

1992.

GONÇALVES, Xico. Abc da Moda. Porto Alegre: Zero Hora Editora

Jornalística, 2002.

RODRIGUES, Lúcio; ENGE, Bebel. Manual do Turista Brasileiro. 2ª Ed. São

Paulo: Ed. Conteúdo. 2007.

HOLLANDER, Anne. O sexo e as roupas: a evolução do traje moderno. Rio de

Janeiro: Rocco Jovens Leitores, 1996.

ALLÉRES, Danielle. Luxo...: Estratégias � Marketing. Rio de Janeiro: Editora

FGV, 2000.

BAXTER, Mike. Projeto de Produto � 2ª Edição. São Paulo: Edgard Blücher,

2000.

CALDAS, Dário 1961 � Observatório de Sinais: Teoria e prática da pesquisa

de tendências. 1ª edição, Rio de Janeiro: Ed. SENAC Rio, 2004.

KAMINSK, Paulo Carlos. Desenvolvendo produtos com planejamento,

criatividade e qualidade. Rio de Janeiro: LCT, 2000.

KOTLER, Philip. Administração de Marketing � A edição do novo Milênio.

São Paulo: Prentice Hall, 2000.

SANTOS, Flávio Anthero Nunes Vianna dos, 1971. MD3E (Método de

Desdobramento em três Etapas): Uma proposta de método aberto de




96

Projeto para uso no Ensino do Design Industrial. Tese de Doutorado. PDGEP

� UFSC. Flávio Anthero Nunes Vianna dos Santos, Florianópolis, SC. 2005.

GOMES Filho, João. Gestalt do objeto: Sistema de leitura visual da forma. 5

ed, São Paulo: Escrituras, 2000.

WF varejo, ano 4 nº 16/ abril/maio/junho2007. Editora link. Diretora Tereza

Cristina Pricoli.

ELLE: Brasil. São Paulo: Ed. Abril nº 3, ano 19. 2007- Mensal.

VOGUE. São Paulo. Ed. Abril nº 3, ano 19. 2007 � Mensal.

ELLE: Brasil.São Paulo: Ed. Abril nº 6, ano 20. 2007 � Mensal.

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http://www.mariliacapisani.com.br/site/index2.php?pag=clipping_1 acesso em

10 de março de 2008 às 21h41min.

http://www.joiabr.com.br/artigos/hist.html acesso em 05 de janeiro de 2008 às 16h42min.



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http://www.joiabr.com.br/artigos/hist.html


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