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Traduzido do original em Inglês

Journey into the Gospel

By Paul Washer © HeartCry Missionary Society | www.HeartCryMissionary.com

Publicaremos esta obra em oito partes, ou fascículos, e, posteriormente, em um volume

único contendo toda a obra. A presente publicação é composta da parte II deste livro.

O conteúdo deste e-book não é reconhecido por HeartyCry Missionary Society

como a publicação oficial desta obra em Língua Portuguesa.

Para obter mais informações sobre HeartyCry Missionary Society visite o seu website:

www.HeartCryMissionary.com

Tradução por Camila Almeida

Revisão e Capa por William Teixeira

1ª Edição: Agosto de 2015

Salvo indicação em contrário, as citações bíblicas usadas nesta transcrição são da versão Almeida

Corrigida Fiel | ACF • Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.

Traduzido e publicado pelo website oEstandarteDeCristo.com, com contato prévio com HeartyCry

Missionary Society (HeartCryMissionary.com), sob a licença Creative Commons Attribution-

NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International Public License.

Você está autorizado e incentivado a reproduzir e/ou distribuir este material em qualquer formato,

desde que informe o autor, as fontes originais e o tradutor, e que também não altere o seu conteúdo

nem o utilize para quaisquer fins comerciais.

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Uma Jornada No Evangelho Por Paul David Washer

[Publicaremos esta obra supracitada em oito partes, ou fascículos.

A presente publicação é composta da parte II deste livro. Veja a Parte I clicando aqui]

Capítulo I

O Motivo de Deus Para Enviar O Filho

É oportuno perguntar qual poderia ter sido a motivação de Deus para enviar o Seu Filho

unigênito para morrer, para que homens pudessem ser salvos. Nas Escrituras, descobrimos

que Deus não salva o homem por causa de alguma necessidade Divina, ou por causa do

valor inerente do homem, ou por causa de algum ato nobre que o homem poderia ter feito.

Em vez disso, Deus foi movido a salvar para o louvor da Sua própria glória e pelo grande

amor com que nos amou.

Deus Não Tinha Necessidade

Uma das verdades mais inspiradoras sobre Deus é que Ele é absolutamente livre de qual-

quer necessidade ou dependência. Sua existência, o cumprimento de Sua vontade e a Sua

felicidade ou boa vontade não dependem de alguém ou alguma coisa fora de Si mesmo.

Ele é o único Ser que é verdadeiramente auto-existente, autossustentável, autossuficiente,

independente e livre. Todos os outros seres derivam sua vida e bem-aventurança de Deus,

mas tudo o que é necessário para a existência e perfeita felicidade de Deus é encontrado

em Si mesmo. Ensinar ou mesmo sugerir que Deus fez o homem ou salva o homem porque

Ele era carente ou incompleto é absurdo, e até mesmo blasfemo.

Deus fala através do Salmista: “Da tua casa não tirarei bezerro, nem bodes dos teus currais.

Porque meu é todo animal da selva, e o gado sobre milhares de montanhas. Conheço todas

as aves dos montes; e minhas são todas as feras do campo. Se eu tivesse fome, não to

diria, pois meu é o mundo e toda a sua plenitude” (Salmos 50:9-12).

O apóstolo Paulo escreve: “O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do

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céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens; nem tampouco é servido

por mãos de homens, como que necessitando de alguma coisa; pois ele mesmo é quem dá

a todos a vida, e a respiração, e todas as coisas” (Atos 17:24-25).

Charles Hodge escreve: “De acordo com as Escrituras Deus é autossuficiente. Ele não

precisa de nada fora de Si mesmo para Seu próprio bem-estar ou felicidade. Em todos os

aspectos, Ele é independente de Suas criaturas” (Systematic Theology [Teologia Siste-

mática], Vol. 1, p. 556).

A. W. Tozer escreve: “Se todos os seres humanos, de repente, tornassem-se cegos, ainda

assim o sol brilharia durante o dia e as estrelas à noite, pois estes não devem nada aos

milhões que se beneficiam de sua luz. Assim, se cada homem na terra se tornasse ateu,

isso não afetaria a Deus de forma alguma. Ele é o que Ele é em Si mesmo, sem conside-

ração de qualquer outro. Crer nEle não acrescenta nada às Suas perfeições; duvidar dEle

não O diminui em nada” (The Knowledge of the Holy [O Conhecimento do Santo], p. 40).

O Homem Não Tinha Mérito

Uma das verdades mais humilhantes sobre o homem é que Ele é absolutamente desprovido

de virtude ou mérito. De acordo com as Escrituras, a imagem de Deus no homem foi seria-

mente desfigurada e a corrupção moral contaminou todo o seu ser: corpo (Romanos 6:

6,12; 7:24; 8:10,13), razão (Romanos 1:21; 2 Coríntios 3:14-15; 4:4; Efésios 4:17-19),

emoções (Romanos 1:26-27; Gálatas 5:24; 2 Timóteo 3:2-4) e vontade (Romanos 6:17;

7:14-15). Todos os homens nascem com uma grande tendência ou inclinação para o peca-

do e são capazes do maior mal, dos crimes mais indizíveis e das perversões mais vergonho-

sas. Tudo o que os homens fazem é contaminado por sua própria corrupção moral, e o

pecado impregna até mesmo os seus atos mais heroicos e altruístas (Isaías 64:6). As Escri-

turas também ensinam que as ações do homem não são movidas por qualquer amor por

Deus ou qualquer desejo de obedecer aos Seus mandamentos. O homem não ama a Deus

de um modo digno nem de acordo com os comandos da lei (Deuteronômio 6: 4-5; Mateus

22:37), nem há um homem que glorifique a Deus em cada pensamento, palavra e ação (1

Coríntios 10:31; Romanos 1:21). Todos os homens preferem a si mesmos a Deus (2 Timó-

teo 3:2-4), e todos os atos de altruísmo, heroísmo, dever cívico e bem religioso exterior é

movido pelo amor a si mesmo ou amor a outros homens, mas não por amor a Deus. Além

disso, a mente do homem é hostil para com Deus, não pode submeter-se à vontade de

Deus, e não pode agradar a Deus (Romanos 8:7-8). Portanto, os homens tendem a cada

vez maior corrupção moral, e esta deterioração moral seria incalculavelmente mais rápida

do que é se não fosse pela intervenção Divina, que restringe o mal do homem. Finalmente,

o homem não pode livrar-se ou recuperar-se de sua condição pecaminosa e depravada.

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Ele é morto espiritualmente (Efésios 2:1-3), moralmente corrupto (Salmo 51: 5) e não pode

mudar a si mesmo (Jeremias 13:23).

Com base na descrição bíblica acima sobre o homem, é evidente que Deus não foi movido

a salvar o homem por causa de alguma virtude inerente ou mérito encontrado nele. É

evidente que não há nada no homem caído que poderia motivar um Deus santo e justo a

amá-lo, mas somente para trazê-lo a julgamento e condená-lo. O que, então, moveu Deus

a enviar o Seu Filho unigênito para a salvação de homens pecadores? De acordo com as

Escrituras, Deus o fez para o louvor da Sua glória e pelo grande amor com que nos amou.

Para A Glória De Deus

As Escrituras ensinam que a criação do universo, a Queda do homem, a nação de Israel, a

cruz de Cristo, a Igreja, e o julgamento das nações, todos têm um grande e final propósito:

a glória de Deus. O que significa dizer que Deus faz todas as coisas para a Sua própria

glória? Isso significa que Ele faz tudo o que Ele faz, a fim de que a plenitude de tudo o que

Ele é seja manifestado à Sua criação e que Ele seja estimado, adorado e apreciado como

Deus.

Charles Hodge escreve: “Os homens têm por muito tempo se esforçado para encontrar uma

resposta satisfatória à pergunta: Por que Deus criou o mundo? Para que finalidade isso foi

concebido?... O único método satisfatório de determinação da questão é apelando para as

Escrituras. Ali é explicitamente ensinado que a glória de Deus, a manifestação de Suas

perfeições, é a finalidade última de todas as Suas obras” (Teologia Sistemática, Vol. 1, p.

565, 567).

Jonathan Edwards escreve: “Assim, vemos aquela grande finalidade das obras de Deus,

que é tão variadamente expressa na Escritura, é de fato apenas UMA; e esta finalidade é

mais adequada e abrangentemente chamada, A GLÓRIA DE DEUS” (Obras, Vol. 1, p. 119).

Mais uma vez, Jonathan Edwards escreve: “Assim, é evidente que a glória de Deus é a

finalidade última da obra da redenção...” (Obras, Vol. 1, p. 111).

Deus Deve Buscar A Sua Própria Glória?

É frequentemente perguntado, mesmo por Cristãos sinceros, se é ou não é correto para

Deus agir visando a Sua própria glória. Para responder a essa pergunta, precisamos ape-

nas considerar quem é Deus. De acordo com a Escritura, Ele é infinitamente maior do que

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toda a Sua criação reunida. Portanto, não é apenas o direito, mas é necessário que Ele

tome o lugar mais alto e faça da Sua glória a grande razão ou finalidade principal de tudo o

que Ele faz. É certo para Ele tomar o centro do palco e realizar todas as coisas para que

Sua glória [i. e. a plenitude de quem Ele é] seja conhecida por todos, com o fim de que Ele

seja glorificado [i. e. estimado e adorado] acima de tudo. Para Ele, evitar tal preeminência

seria negar que Ele é Deus. Para qualquer um que não seja Deus buscar tal preeminência

seria a forma mais grosseira de idolatria.

Thomas Boston escreve: “Cada agente racional propõe-se um fim ao agir, e o mais perfeito,

o fim mais elevado. Ora, Deus é o Ser perfeitíssimo, e Sua glória, a finalidade mais nobre”

(Obras, Vol. 1, p. 11).

A. A. Hodge escreve: “Uma vez que o próprio Deus é infinitamente mais digno do que a so-

ma de todas as criaturas, segue-se que a manifestação de Sua própria excelência é... o

maior e mais digno fim concebível” (Outlines of Theology [Esboços de Teologia], p. 245

[Publicado em Português pela Editora PES — N. do R.]).

Charles Spurgeon escreve: “Deus deve ter o motivo mais elevado, e não pode haver maior

motivo concebível que a Sua própria glória... O bem de Suas criaturas Ele considera cuida-

dosamente; mas mesmo o bem de Suas criaturas é apenas um meio para o fim principal, a

promoção da Sua glória. Todas as coisas existem, então, para Seu prazer, e para a Sua

glória elas diariamente trabalham” (MTP [Metropolitan Tabernacle Pulpit: Púlpito do Taber-

náculo Metropolitano], Vol. 10, p. 304).

Eis um trecho da carta de Robert Haldane, dirigida, em 1824, ao Sr. Cheneviere, o bem

conhecido professor de Teologia em Genebra: “Não havia nada trazido à consideração dos

estudantes de teologia os quais me assistiram em Genebra, que pareceu contribuir tão

eficazmente para a derrubada de seu falso sistema de religião, fundado sobre filosofia e

vãs sutilezas, como a visão sublime da majestade de Deus apresentada nos quatro versos

finais desta parte da Epístola (ou seja, Romanos 11:33-36). DEle, e por Ele, e para Ele são

todas as coisas. Aqui, Deus é descrito como o Seu próprio fim último em tudo o que Ele faz.

Considerando Deus como alguém tal como eles mesmos, eles [ou seja, os alunos] ficaram,

a princípio, primeiramente assustados com a ideia de que Ele deve amar a Si mesmo supre-

mamente, infinitamente mais do que todo o universo, e, consequentemente, deve preferir

Sua própria glória a todo o mais. Mas quando eles foram lembrados que Deus na realidade

é infinitamente mais amável e mais valioso do que toda a criação, e que, consequente-

mente, se Ele vê as coisas como elas realmente são, Ele deve considerar-Se infinitamente

digno de ser mais valorizado e amado, viram que esta verdade era incontestável. Sua aten-

ção foi, ao mesmo tempo direcionada para numerosas passagens da Escritura, que afir-

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mam que a manifestação da glória de Deus é a grande finalidade da criação que Ele tem

principalmente em vista em todas as Suas obras e dispensações, e que este é um propósito

que O leva a exigir que todas as Suas criaturas racionais devam concordar, e buscar, e

promovê-lo como seu primeiro e mais importante dever. Passagens para esse efeito, tanto

no Antigo e Novo Testamento, excedem em número àquelas passagens com as quais estão

cientes os que examinam este assunto” (Romanos, p. 552).

A Glória De Deus E O Bem Da Criatura

É extremamente importante compreender que Deus não busca a Sua própria glória à parte

do maior bem de Suas criaturas. Na verdade, o maior bem que Deus poderia realizar para

as Suas criaturas e a maior bondade que Ele alguma vez poderia mostrar-lhes é glorificar

a Si mesmo — para dirigir todas as coisas e operar em todas as coisas para que a plenitude

de tudo o que Ele é seja exibido diante deles. Se Deus é de valor, esplendor e beleza infi-

nitos, então, segue-se que o mais valioso, o mais esplêndido, e mais belo dom que Ele

alguma vez poderia dar às Suas criaturas é a mais plena revelação de Si mesmo.

Louis Berkhoff escreve: “Ao buscar a auto-expressão para a glória do Seu nome, Deus não

desconsidera o bem-estar, o bem maior de outros, antes promove-os... O fim supremo de

Deus na criação, a manifestação de Sua glória, portanto, inclui, como fins subordinados, a

felicidade e a salvação das Suas criaturas, e o recebimento de louvores a partir de corações

gratos e adoradores” (Louis Berkhoff, Systematic Theology [Teologia Sistemática], p. 136-

137).

A. A. Hodge escreve: “Nada pode exaltar e abençoar tanto a criatura do que ser feita o

instrumento e o testemunho da glória do Criador infinito” (Esboços de Teologia, p. 245).

Hugh Binning escreve: “a busca de Sua majestade por Sua própria glória não é prejudicial

ao bem da criatura, mas a própria comunicação de Sua plenitude ocorre junto com isso, de

modo que ao glorificar a Si mesmo, Ele é mais benéfico para Suas próprias criaturas... Nos-

so bendito Senhor deve, então, fazer mais para nosso benefício quando Ele faz tudo para

a Sua própria glória... Ó bendito auto-interesse que nos deu um ser e bem-estar; que não

faz nenhuma vantagem disso, mas dá vantagem! Ele tem a honra de tudo, mas nós temos

o benefício de tudo” (Obras, p. 4).

Charles Spurgeon escreve: “O fim principal do homem é glorificar a Deus e desfrutá-lO. O

maior e mais elevado objetivo de Deus é fazer para Si mesmo um nome glorioso e eterno.

Uma vez que Deus é Deus isso deve ser assim; pois Ele é cheio de amor e bondade para

com as Suas criaturas, e Ele não pode abençoar mais plenamente as Suas criaturas do

que por Se fazer conhecido a elas. Tudo o que é bom, verdadeiro, santo, excelente, amável,

está em Deus. Ele não é apenas o doador de ‘todo bem e todo dom perfeito’, mas Ele pró-

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prio é a soma e a substância de toda a bênção; e é para o bem maior de todas as criaturas

que Ele fez com que elas venham a conhecer o seu Deus” (MTP, Vol. 37, p. 565).

Glória De Deus Através Do Evangelho

Nós aprendemos que Deus glorifica a Si mesmo por dirigir todas as coisas e operar em

todas as coisas para que a plenitude de tudo o que Ele é seja revelada à Sua criação. De

todas as obras de Deus na história, nenhuma glorifica tanto a Deus como a Cruz de Jesus

Cristo e a salvação que foi cumprida por Ele. Neste único ato, a plenitude dos atributos de

Deus é revelada da melhor maneira possível, o que torna possível que Deus seja estimado,

adorado e apreciado no maior grau possível tanto pelos anjos e remidos. Por que Deus deu

Seu Filho para a salvação dos homens? Não olhe para a razão em uma humanidade caída

que é arruinada em valor e destituída de mérito. Olhe para Deus! Ele realizou esta grande

obra da salvação por causa do Seu Nome e louvor da Sua glória! Jonathan Edwards es-

creve: “Agora, esta distintiva glória do Ser Divino tem sua manifestação mais brilhante nas

coisas desveladas para nós no Evangelho; as doutrinas ensinadas ali, a palavra ali dita, e

os conselhos Divinos, agem e operam ali revelados. Estas coisas têm as mais claras, mais

admiráveis e distintivas representações e demonstrações da glória da perfeição moral de

Deus, que jamais foram feitas ao mundo” (Obras, Vol. 1, p. 291).

1. Em Romanos 11:36 é encontrada uma das declarações mais majestosas de toda a

Escritura. De acordo com este texto, qual é o grande propósito ou “principal finalidade”

de todas as coisas? Como isso nos ajuda a entender o Divino motivo por trás da obra da

salvação de Deus?

2. Nas Escrituras, Deus agir em prol de Seu Nome é Ele agir para a Sua própria glória.

De acordo com a seguinte Escritura, qual é a motivação de Deus para salvar o Seu povo?

Será que Ele os salva como uma resposta ao mérito deles, ou com a finalidade de

demonstrar a Sua própria glória?

Salmos 79:9.

Salmos 106:6-8.

Isaías 48:9.

Isaías 63:12.

Jeremias 14:7.

Ezequiel 36:22-23.

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Notas De Estudo

Romanos 11:36. “Para Ele são todas as coisas”. Nesta frase simples é encontrado o sentido

de tudo. É uma verdade fundamental da Escritura que Deus criou todas as coisas e age em

todas as coisas por Seu beneplácito, e para o grande propósito de demonstrar ou fazer

conhecidos os Seus gloriosos atributos, para que Ele possa ser adorado e totalmente

apreciado como Deus. “A Ele seja a glória para sempre”. O universo foi criado para ser um

teatro sobre o qual Deus pudesse mostrar Seu valor infinito. Portanto, a única resposta

apropriada é estimar o valor de Deus acima de todas as coisas, atribuir somente a Ele a

mais alta honra, adoração e louvor, e, finalmente, encontrar a nossa alegria e satisfação

única e completamente nEle. No estudo de teologia, há uma frase em latim muito importante

usada para descrever esta verdade: Soli Deo Gloria, que traduzida é “Somente a Deus seja

a glória”. “Amém” é uma afirmação simples, ainda assim poderosa, que pode ser traduzida

como: “Assim é”, “Assim seja” ou “Que isso seja cumprido”. Aqueles que entendem o valor

de Deus nunca são inquietados ou incomodados por tais declarações como: “Deus faz tudo

para a Sua própria glória”. Eles simplesmente curvam-se em adoração e reconhecem que

Ele está certo em fazê-lo.

Salmo 79:9. Ajuda-nos, ó Deus da nossa salvação, pela glória do teu nome... por amor do

teu nome. Homens indignos e pecadores não têm nenhuma base para o seu pedido de

salvação, exceto que Deus pode fazê-lo por Sua própria glória. João Calvino escreve: “Eles

(ou seja, Israel) testemunham que eles não trazem nada propriamente seu para influenciá-

lO a ter misericórdia deles; e que o único fundamento que eles apresentam diante dEle é a

Sua própria glória. Disto aprendemos que os pecadores não são reconciliados com Deus

pelas satisfações ou pelo mérito das boas obras, mas por um livre e imerecido perdão” (CC

[Calvin's Commentaries: Comentários de Calvino], Vol. 5, p. 291). Matthew Henry escreve:

“O nome e honra de Deus seriam muito promovidos, se Ele os libertasse; a Sua misericórdia

seria glorificada ao libertar aqueles que eram tão miseráveis e impotentes. Ao revelar Seu

braço eterno em nome deles, Ele faria para Si um nome eterno; e sua libertação seria um

tipo e figura da grande salvação, que na plenitude dos tempos o Messias, o Príncipe,

operaria, para a glória do nome de Deus” (MHC [Matthew Henry's Commentaries: Comen-

tários de Matthew Henry], Vol. 3, p. 543).

Salmo 106:6-8 — Não obstante. Deus salva o pecaminoso Israel (v. 6-7) não “por causa”,

mas “apesar” do que eles merecem. Não há nada em nossa humanidade caída que poderia

mover um Deus justo a agir em nosso nome. É graça Divina e não o mérito humano, o que

retém Deus de vindicar a Sua justiça e derramar a Sua ira. O paralelo do Novo Testamento

a esta palavra é o termo, “Mas Deus...”, em Efésios 2:4. Ele salvou por amor do Seu nome,

para que Ele pudesse fazer conhecido o Seu poder. O Nome de Deus é uma referência ao

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próprio Deus. Deus salva o homem por causa de quem Ele é, por amor de Si mesmo, por

Sua própria boa vontade e glória. Esta é a grande “causa primeira” de tudo o que Deus faz.

Albert Barnes escreve: “Pela a promoção da Sua própria honra e glória; pode ser visto que

Ele é poderoso e misericordioso. Isso é constantemente dado como a razão pela qual Deus

salva os homens; por que Ele perdoa o pecado; por que Ele redime a alma; por que Ele

liberta do perigo e da morte... Esta é a maior razão que pode ser atribuída ao perdão e

salvação de pecadores” (BN [Barne's Notes: Notas de Barnes], Salmos, Vol. 3, p. 104).

John Gill escreve: “E assim, o Israel espiritual de Deus é salvo, não pelas excelências

superiores neles, pois eles não são mais sábios do que outros; nem por causa da sua

retidão; mas para mostrar a sabedoria e fidelidade de Deus, Sua graça e misericórdia, Sua

justiça e santidade, poder, bondade e verdade” (EONT [Exposition of the Old and New

Testaments: Exposição do Antigo e Novo Testamentos], Vol. 4, p. 159).

Isaías 48:9. “Por amor do Meu nome retardarei a Minha ira”. Aqui, Deus adia Seu julga-

mento por causa de Seu próprio propósito, reputação e glória. Não há nada no homem

pecador que poderia motivar um Deus santo e justo a retardar ou restringir a Sua ira contra

ele. A razão para a misericórdia deve vir de dentro do próprio Deus. “E por amor do meu

louvor me refrearei para contigo, para que te não venha a cortar”. A misericórdia de Deus

é motivada por uma paixão pela Sua própria glória. Ao retardar a Sua ira, Ele recebe

louvores para Si mesmo através daqueles que estão sendo salvos e através daqueles que

ouvem sobre isso! Toda a história redentora abunda da glória de Deus! Charles Spurgeon

escreve: “Então, o Senhor olhou para encontrar uma razão para misericórdia em seu com-

portamento passado, mas não conseguiu ver nenhuma. Ele olhou para seu caráter presente

para um fundamento, e não o achou, pois mesmo enquanto eles estavam sob a vara,

exibiam dureza de coração, de modo que nem mesmo os olhos da misericórdia podia ver

alguma razão neles para o favor. O que o Senhor fará? Ele não agiria sem uma razão: deve

haver algo para justificar a Sua misericórdia, e mostrar a sabedoria do Seu caminho. Desde

que não há nenhuma no infrator, onde a misericórdia encontrará o seu apelo? Eis a inven-

tividade do amor eterno! O Senhor volta-Se para Si mesmo; e dentro de Si mesmo encontra

uma razão para Sua graça...” (MTP, Vol. 18, p. 158).

Isaías 63:12. “Aquele cujo braço glorioso ele fez andar à mão direita de Moisés, que fendeu

as águas diante deles, para fazer para si um nome eterno?”. Israel era uma nação de

idólatras indignos, mas Deus salvou Israel para fazer para Si um nome eterno. Através da

obra de redenção, Deus constrói um monumento eterno para a Sua glória. Matthew Henry

escreve: “Isto é o que Deus está fazendo no mundo com o Seu glorioso braço, Ele está

fazendo para Si mesmo um nome glorioso, e este durará por eras sem fim, quando os

nomes mais célebres dos grandes da terra estarão escritos no pó” (MHC, Vol. 4, p. 372).

Charles Spurgeon escreve: “Agora, como Deus obteve para Si mesmo um grande nome no

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Mar Vermelho, Ele tem obtido muito mais pelas grandes obras de salvação no dom de

Jesus. Ah! Aqui o Egito é eclipsado, e a destruição de Faraó não mais é lembrada... En-

quanto eu O vejo abaixar a cabeça bendita, e O ouço bradar de Sua morte: ‘Está consu-

mado’, eu digo que o Altíssimo obteve para Si um nome eterno, um nome glorioso... Todos

as outras profundidades são superficiais; este é um abismo. Todas as outras alturas da

bondade podem ser escaladas; mas esta nunca. Empilhe os Andes sobre o Pelion, os Alpes

sobre Alpes, o Matterhorn sobre Mont Blanc, e os Andes nos Himalaias; todos não são

grandes o suficiente para serem um símbolo de Seu amor. O Filho de Deus encarnado

condenado! O Filho de Deus morto! O Filho de Deus na sepultura! e tudo isso por nós!

Verdadeiramente, Ele fez para Si mesmo um nome glorioso” (MTP, Vol. 37, p. 567-568).

Jeremias 14:7. “Posto que as nossas maldades testificam contra nós”. Charles Spurgeon

escreve: “Você é obrigado a confessar que há dez mil razões pelas quais Deus não deve

abster-Se de Sua ira, e por quais razões esmagadoras Ele deve lançar você fora; mas você

não consegue encontrar sequer um único argumento pelo qual Ele deve ter o prazer de

poupar e salvar você. Todo homem que é realmente trazido a Cristo é primeiramente despi-

do de tudo que ele estabeleceu como dependência como fundamento de esperança, e feito

ver que nele mesmo há culpa merecedora de condenação, e rebelião que exige punição,

mas não há nenhuma qualidade que possa mover a simpatia Divina ou segurança, por sua

própria excelência, com relação a Deus. Em nós, por natureza, não há belezas de caráter,

nem encantos da virtude, ou amabilidade de conduta que conquiste o coração do Todo-

Poderoso” (MTP, Vol. 18, p. 159). “Ó Senhor, age por amor do teu nome; porque as nossas

rebeldias se multiplicaram; contra ti pecamos”. Não tendo encontrado nada em seu povo

para mover Deus à misericórdia, o profeta Jeremias suplica a Deus que salve, apesar deles

e por amor do Seu nome. João Calvino escreve: “O Profeta toma como certo que só havia

um remédio: que Deus salvará o Seu povo por amor de Seu próprio Nome; como se ele

dissesse: “Em nós mesmos nada encontramos, senão razões para a condenação; busco,

então, em Ti mesmo uma razão para perdoar-nos; pois, enquanto Tu nos observas, Tu

deves necessariamente nos odiar e ser, assim, um juiz rígido; cesse, pois, de procurar algu-

ma coisa em nós ou de chamar-nos para uma consideração, mas busca em Ti mesmo um

motivo para salvar-nos” (CC, Vol. 9, p. 210-211).

Ezequiel 36:22-23. “Dize, portanto à casa de Israel: Assim diz o Senhor DEUS: Não é por

respeito a vós que eu faço isto, ó casa de Israel, mas pelo meu santo nome, que profanastes

entre as nações para onde fostes. E eu santificarei o meu grande nome, que foi profanado

entre os gentios...”. O povo de Israel precisava entender por que eles estavam sendo

libertos. Deus não estava salvando-os por causa do mérito ou virtude deles, mas, apesar

de não terem nenhum dos dois. Este é um grande desencorajamento para o orgulho.

Matthew Henry escreve: “As razões para a misericórdia de Deus são todas buscadas dentro

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dEle mesmo; Ele retirará o seu povo da Babilônia, não por causa deles, mas por causa de

Seu próprio nome” (MHC. Vol. 4, p. 961). Este texto é um lembrete importante que a obra

salvadora de Deus em nosso favor foi “por causa dEle” e “apesar de nós”. O nosso caráter

e ações somente poderiam levar um Deus santo a afastar-Se, e um Deus justo a condenar,

mas Deus nos salvou de modo que Seus gloriosos atributos podem ser revelados, e que

Seu nome seja feito grande entre as nações.

ORE PARA QUE O ESPÍRITO SANTO use estas palavras para trazer muitos

Ao conhecimento salvador de JESUS CRISTO.

Sola Scriptura!

Sola Gratia!

Sola Fide!

Solus Christus!

Soli Deo Gloria!

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10 Sermões — R. M. M’Cheyne

Adoração — A. W. Pink

Agonia de Cristo — J. Edwards

Batismo, O — John Gill

Batismo de Crentes por Imersão, Um Distintivo

Neotestamentário e Batista — William R. Downing

Bênçãos do Pacto — C. H. Spurgeon

Biografia de A. W. Pink, Uma — Erroll Hulse

Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a

Doutrina da Eleição

Cessacionismo, Provando que os Dons Carismáticos

Cessaram — Peter Masters

Como Saber se Sou um Eleito? ou A Percepção da

Eleição — A. W. Pink

Como Ser uma Mulher de Deus? — Paul Washer

Como Toda a Doutrina da Predestinação é corrompida

pelos Arminianos — J. Owen

Confissão de Fé Batista de 1689

Conversão — John Gill

Cristo É Tudo Em Todos — Jeremiah Burroughs

Cristo, Totalmente Desejável — John Flavel

Defesa do Calvinismo, Uma — C. H. Spurgeon

Deus Salva Quem Ele Quer! — J. Edwards

Discipulado no T empo dos Puritanos, O — W. Bevins

Doutrina da Eleição, A — A. W. Pink

Eleição & Vocação — R. M. M’Cheyne

Eleição Particular — C. H. Spurgeon

Especial Origem da Instituição da Igreja Evangélica, A —

J. Owen

Evangelismo Moderno — A. W. Pink

Excelência de Cristo, A — J. Edwards

Gloriosa Predestinação, A — C. H. Spurgeon

Guia Para a Oração Fervorosa, Um — A. W. Pink

Igrejas do Novo Testamento — A. W. Pink

In Memoriam, a Canção dos Suspiros — Susannah

Spurgeon

Incomparável Excelência e Santidade de Deus, A —

Jeremiah Burroughs

Infinita Sabedoria de Deus Demonstrada na Salvação

dos Pecadores, A — A. W. Pink

Jesus! – C. H. Spurgeon

Justificação, Propiciação e Declaração — C. H. Spurgeon

Livre Graça, A — C. H. Spurgeon

Marcas de Uma Verdadeira Conversão — G. Whitefield

Mito do Livre-Arbítrio, O — Walter J. Chantry

Natureza da Igreja Evangélica, A — John Gill

OUTRAS LEITURAS QUE RECOMENDAMOS Baixe estes e outros e-books gratuitamente no site oEstandarteDeCristo.com.

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Natureza e a Necessidade da Nova Criatura, Sobre a —

John Flavel

Necessário Vos é Nascer de Novo — Thomas Boston

Necessidade de Decidir-se Pela Verdade, A — C. H.

Spurgeon

Objeções à Soberania de Deus Respondidas — A. W.

Pink

Oração — Thomas Watson

Pacto da Graça, O — Mike Renihan

Paixão de Cristo, A — Thomas Adams

Pecadores nas Mãos de Um Deus Irado — J. Edwards

Pecaminosidade do Homem em Seu Estado Natural —

Thomas Boston

Plenitude do Mediador, A — John Gill

Porção do Ímpios, A — J. Edwards

Pregação Chocante — Paul Washer

Prerrogativa Real, A — C. H. Spurgeon

Queda, a Depravação Total do Homem em seu Estado

Natural..., A, Edição Comemorativa de Nº 200

Quem Deve Ser Batizado? — C. H. Spurgeon

Quem São Os Eleitos? — C. H. Spurgeon

Reformação Pessoal & na Oração Secreta — R. M.

M'Cheyne

Regeneração ou Decisionismo? — Paul Washer

Salvação Pertence Ao Senhor, A — C. H. Spurgeon

Sangue, O — C. H. Spurgeon

Semper Idem — Thomas Adams

Sermões de Páscoa — Adams, Pink, Spurgeon, Gill,

Owen e Charnock

Sermões Graciosos (15 Sermões sobre a Graça de

Deus) — C. H. Spurgeon

Soberania da Deus na Salvação dos Homens, A — J.

Edwards

Sobre a Nossa Conversão a Deus e Como Essa Doutrina

é Totalmente Corrompida Pelos Arminianos — J. Owen

Somente as Igrejas Congregacionais se Adequam aos

Propósitos de Cristo na Instituição de Sua Igreja — J.

Owen

Supremacia e o Poder de Deus, A — A. W. Pink

Teologia Pactual e Dispensacionalismo — William R.

Downing

Tratado Sobre a Oração, Um — John Bunyan

Tratado Sobre o Amor de Deus, Um — Bernardo de

Claraval

Um Cordão de Pérolas Soltas, Uma Jornada Teológica

no Batismo de Crentes — Fred Malone

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2 Coríntios 4

1 Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;

2 Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem

falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem,

na presença de Deus, pela manifestação da verdade. 3 Mas, se ainda o nosso evangelho está

encoberto, para os que se perdem está encoberto. 4 Nos quais o deus deste século cegou os

entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória

de Cristo, que é a imagem de Deus. 5 Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo

Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. 6 Porque Deus,

que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações,

para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. 7 Temos, porém,

este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. 8 Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.

9 Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;

10 Trazendo sempre

por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus

se manifeste também nos nossos corpos; 11

E assim nós, que vivemos, estamos sempre

entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na

nossa carne mortal. 12

De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. 13

E temos

portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também,

por isso também falamos. 14

Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará

também por Jesus, e nos apresentará convosco. 15

Porque tudo isto é por amor de vós, para

que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de

Deus. 16

Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o

interior, contudo, se renova de dia em dia. 17

Porque a nossa leve e momentânea tribulação

produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; 18

Não atentando nós nas coisas

que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se

não veem são eternas.