introduccion candomblé

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  • 8/13/2019 Introduccion Candombl

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    CURSO DE

    INTRODUO

    AO

    CANDOMBL

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    IL AS SSS E SL

    JULHO DE 1994

    DEDICATRIA

    Esta modesta contribuio ao nosso amado Candombl eu dedico queles que a prestigiaremcom sua leitura e crticas construtiva e a todos queles que tornaram possvel sua realizao.

    Em especial:

    Meu Pai AGUINALDO DE SSS

    Min!a Me IZETE DE SN

    Meus Pais de "anto JOO BOSCO LURDES DE OBALUA

    Meu #aba$e$er% ALE!

    &o meu amor "AL#INHO

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    &os amigos que me inspiraram como pro'essores e mestres meu agradecimento especial (E)*&*+E" P,)-/&0 e (1-2M&.

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    A$%&'()*+,-.

    &os meus irmos: &le3andre

    )ic!ard e )enato.

    4 querida 5ellen e a 6anana.

    &os amigos queridos:

    7al$er

    #ranca

    7alma

    *ina

    &na *ascimento

    &da de "ng8

    9undia )egina ;

    Maria /orda

    &na de

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    MDULO I

    2 ? Cargos no #arraco

    22 ? -ermos e nomes no rito

    222 ? & dana dos

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    52"-D)2C,, Candombl uma religio origin=ria da 1'rica trazida ao #rasil pelos negros escravizados na pocada colonizao brasileira. & presena das religies a'ricanas uma conseqF%ncia imprevista do tr='icodos escravos que determinou a a'lu%ncia de cativos 6eA%s e *ag8s +aomeanos e 9orub=s; trazidos daCosta dita dos Escravos e desembarcados principalmente na #a!ia e em Pernambuco.& e3traordin=ria resist%ncia oposta pelas religies a'ricanas s 'ormas de alienao e de e3termnio!averia de surpreender. & religio 'oi tolerada porque os sen!ores Aulgavam as danas e os batuques

    simples divertimentos de negros nost=lgicos Gteis para que eles guardassem a lembrana de suasorigens diversas e de seus sentimentos de averso recproca., Candombl se di'undiu no #rasil no sculo passado com a migrao de a'ricanos como escravospara os sen!ores de terra. & populao escrava no #rasil consistia quase totalmente de negros de&ngola. *o momento da c!egada dos nag8s um sculo e meio de escravido !avia passadodestribalizando o negro e apagando seus costumes crenas e sua lngua nacional. Mas o elementoa'ricano resistiu e criou uma 'orma de cultuar seus deuses atravs do sincretismo com os santoscat>licos.Mesmo levando em conta a presso social e religiosa era relativamente '=cil para os escravos nasonol%ncia geral reinstalar na #a!ia as crenas e pr=ticas religiosas que trou3era da 1'rica pois aigreAa cat>lica estava cansada do es'oro despendido na criao de irmandades de negros comotentativa de anular toda sua cultura mas todos os meses novas levas de escravos adeptos ao culto

    aos ,ri3=s desembarcavam na #a!ia.Por volta de HIJK tr%s negras conseguiram 'undar o primeiro templo de sua religio na #a!iacon!ecida como 9l% 9= *ass> casa da me *ass>. *ass> seria o ttulo de princesa de uma cidadenatal da costa da 1'rica;. Esta seria a primeira a resistir s opresses cat>licas desta casa se originammais tr%s que sobrevivem at !oAe e que 'azem parte do grande Candombl da #a!ia sendo elas: ,Engen!o vel!o ou Casa #ranca /ant>is cuAa ilustre dirigente 'oi me meninin!a do gant>is 'alecidaem HLI; e do &la$etu.,s Candombls se diversi'icaram desde HIJK a medida que a religio dos nag8s se 'irmava primeiroentre os escravos e 'or 'im no seio do povo. 5oAe != quatro tipos de Candombl ou Candombl dequatro naes: N%tu povo nag8; 6%Ae povo nag8 mas obedientes a uma outra cultura; &ngolaBcongo povo bantu este culto mais abrasileirado; e de caboclo cultuam mais os caboclos misturaBsecom a mbanda;., Candombl baseiaBse no culto aos ,ris=s deuses oriundas das quatro 'oras da natureza: -erra(ogo 1gua e &r. ,s ,ris=s so portanto 'oras energticas desprovidas de um corpo material. "uamani'estao b=sica para os seres !umanos se d= por meio da incorporao. , ser escol!ido peloori"= um dos seus descendentes c!amado de E0E/* aquele que tem o privilgio de ser montadopor ele. -ornaBse o veculo que permite ao ori3= voltar -erra para saudar e receber as provas derespeito de seus descendentes que o evocaram. Cada oris= tem as suas cores que vibram em seuelemento visto que so energias da natureza seus animais suas comidas seus toques cOnticos; suassaudaes suas insgnias as suas pre'er%ncias e suas antipatias e a daquele que devendo obedi%nciaos irrita.& sntese de todo o processo seria a busca de um equilbrio energtico entre os seres materiais!abitantes da -erra e a energia dos seres que !abitam o ,)* o suprareal que tanto poderialocalizarBse no cu B como na tradio crist B como no interior da -erra ou ainda numa dimensoestran!a a essas duas de acordo com di'erentes vises apresentadas por naes e tribos di'erentes;.

    Cada ser !umano teria um oris= protetor ao entrar em contato com ele por intermdio dos rituaisestaria cumprindo uma srie de obrigaes. Em troca obteria um maior poder sobre suas pr>priasreservas energticas dessa 'orma teria mais equilbrio.Cada pessoa tem dois ,ris=s. m deles mantm o status de principal c!amado de oris= de cabeaque 'az seu 'il!o revelar suas pr>prias caractersticas de maneira marcada. , segundo oris= ou aAunt>apesar de distino !ier=rquica tem uma revelao de poder muito 'orte e marca seu 'il!o mas demaneira mais sutil. m seria a personalidade mais visvel e3teriormente assim como o corpo de cadapessoa enquanto o outro seria a 'ace oculta de sua personalidade menos visvel aos que con!ecem apessoa super'icialmente e s potencialidades 'sicas menos aparentes.Como qualquer outra religio do mundo o Candombl possui cerimoniais espec'icos para seus adeptosporm esses ritos mostram singularidades especialssimas como a leitura de bGzios um primeiro eocular contato com os ,ris=s; a preparao e entrega de alimentos para cada uma das entidades ou

    as comple3as e prolongadas iniciaes dos 'il!osBdeBsanto. &travs da observOncia dessesprocedimentos que o Candombl religa os !umanos aos seres astrais proporcionando queles oequilbrio deseAado na e3ist%ncia.

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    , C&*+,M#0Q a uma estrutura de culto s 'oras da natureza a um !ino vida como EternoMovimento que se mani'esta nas danas nas cores dos ,)2"1" nos alimentos sacramentais. )itualcomunit=rio de cantos danas e alimentos sagrados na sua 'orma pGblica o Candombl sacramentado pelo Pai ou Me de "anto pelos (il!os de "anto pelos tocadores de atabaque ,/&*;que entoam os cantos sagrados possibilitando a vinda do ,)2"1 com a participao da comunidadedos mais vel!os s criancin!as. -odos cantam e saGdam os ,)2"1" e3ecutam a dana sagrada num!ino &legria &mor e Partil!a.

    , C&*+,M#0Q se e3pressa nos terreiros ou roas onde se cultuam os ,)2"1" e os ancestrais

    ilustres. , terreiro contm dois espaos com caractersticas e 'unes di'erentes: a; um espaourbano construdo onde se d= a danaR b; um espao virgem =rvores e uma 'onte equivalentes 'loresta a'ricana; que considerado sagrado.

    , c!e'e supremo do terreiro o #&0,)2"1 ou 29&0,)2"1 pai ou me que possuem o,)2"1;. Eles so detentores de um poder sobrenatural B o &"Q a 'ora propulsora de todo niverso. ,&"Q impulsiona a pr=tica sagrada que por sua vez realimenta o &"Q pondo todo sistema emmovimento. , &"Q sendo principio e 'ora neutro. -ransmiteBse aplicaBse e combinaBse aoselementos naturais que contam e e3pressam o &"Q do terreiro que pode ser: a; o &"Q de cada,)21 realimentado atravs das o'erendas e da ao ritualR b; o &"Q de cada membro do terreirosomado ao do seu ,)2"1 recebido na iniciao mais o &"Q do seu destino individual ,+; e o!erdado dos pr>prios ancestraisR c; o &"Q dos antepassados ilustres.

    , &"Q como 'ora pode diminuir ou aumentar dependendo da pr=tica litGrgica e rigorosa

    observOncia dos deveres e obrigaes. & 'ora do &"Q contida e transmitida atravs de elementosrepresentativos do reino vegetal animal e mineral o'erendas; e podem ser agrupados em tr%scategorias: a; sangue vermel!o do reino animal sangue; vegetal azeite de dend%; e mineralcobre;R b; sangue branco do reino animal s%men a saliva; vegetal seiva; mineral giz;R c;sangue preto do reino animal cinzas de animais; vegetal sumo escuro de certos vegetais; e mineralcarvo 'erro;. Estes tr%s tipos de sangue por onde veicula o &"Q com sua colorao vai determinara 'undamental importOncia da cor no culto. )esumindo: o &"Q portanto um poder que se recebepartil!aBse e distribuBse atravs da pr=tica ritual da e3peri%ncia mstica e inici=tica conceitos eelementos simb>licos servindo de veculo. Q a 'ora do &"Q que permite que o ,)2"1 ven!a e realizeBse.

    & e3ist%ncia transcorre em dois planos: o &29E mundo !abitao do !omem; e o ,)* alm!abitao dos ,)2"1" mundo paralelo ao mundo real que coe3iste com todos os conteGdos deste;.Cada indivduo =rvore animal cidade etc possui um duplo espiritual e abstrato no ,)*. ,s mitosrevelam que em pocas remotas o &29Q e o ,)* estavam ligados e os !omens podiam ir e virlivremente de um local a outro. 5ouve porm a violao de uma interdio e a conseqFenteseparao e o desdobramento da e3ist%ncia. m mito da criao nos conta que nos prim>rdios nadae3istia alm do ar. Suando ,0,)* comeou a respirar uma parte do ar trans'ormouBse em massa de=gua originando ,)2"&01 B o grande ,)2"T (*(* do branco. , ar e as =guas moveramBseconAuntamente e uma parte deles trans'ormouBse em bol!a ou montculo uma matria dotada de 'ormaB um roc!edo avermel!ado e lamacento. ,0,)* soprou vida sobre ele e com seu !=lito deu a vida aE" o primeiro nascido o procriado o primog%nito do niverso.

    ,0,)* abrange todo espao e detm tr%s poderes que regulam e mantm ativos a e3ist%nciae o niverso: 271 que permite ao niverso genrico o ar a respiraoR &"Q que permite a e3ist%nciaadvir dinOmicaR que outorga prop>sito e d= direo. ,u como diz o poeta Moraes Moreira em

    UPensamento 2orubaU: Para tudo ser tem que ter 27&. Para vir a ser tem que ter &"Q. Para o sempreser tem que ter

    &o combinar esses tr%s poderes de 'orma espec'ica ,0,)* transmiteBos aos 2)*M&0Qentidades divinas que remontam aos prim>rdios de universo encarregados de mant%Blas nas di'erenteses'eras de seu domnio. ,s 2)*M&0Q seriam em nGmero de seiscentos quatrocentos da direita os,)2"1" detentores dos poderes masculinos; e duzentos da esquerda os E#,)&" detentores dospoderes 'emininos;. ,s ,)2"1" so massas de movimentos lentos serenos de idade imemorial. Estodotados de um grande equilbrio que controlam as relaes do que nasce do que morre do que dado do que deve ser resolvido. "o associados 6ustia e ao equilbrio principio regulador dos'en8menos c>smicos sociais e individuais.

    @imos que quando ,0,)* comeou a respirar gerou ,)2"&01 e E" o procriado. *aqualidade de procriado E" no pode ser isolado nem classi'icado em qualquer categoria. Min!a

    !omenagem ao meu #&)&V *estes escritos sobre os ,)2"1" E" com seu per'il psicol>gico e o tipodeterminante dos seus 'il!os abriro os camin!os sendo o primeiro a ser evocado.

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    I / CARGOS NO BARRACO

    , candombl uma seita de origem a'ricana ou E/2-, o bero ; na qual se presta cultoaos ,ris=s. C!egou ao #rasil atravs dos negros a'ricanos que para c= vieram como escravos mastrou3eram consigo o &"W dos ,)2"4" e a 'orma de cultu=Blos o que 'oi o princpio do que at !oAe praticado.

    & !ierarquia no Egb barraco; 'undamentada no tempo de iniciao no culto obrigaesrealizadas Xtempo de santoY; qualidade do ,ris= se3o do 'il!oBdeBsanto e especialmente pelaindicao do #abaloris= que o 'ar= segundo a determinao dos ,ris=s.

    A .$0)% %&()-+&*2. &$0+. (&%$-. +- (0,-3

    AT2ASOGUN3 "acri'icador de animais.

    ASOGUN3 "acri'icador de todo tipo de animais.

    ABAS3 Pessoa que aAuda na cozin!a ou cuida das crianas enquanto as mes esto

    ocupadas.I52BASSU3 Pessoa respons=vel pela cozin!a.

    EGBMI3&p>s sete anos como 2a8 o'ertadas as obrigaes devidas o iniciado levantado E#ZM2. &situao do 2a8 que passa eb8mi modi'icada pois ao receber o +EN4 cuia do a3; poder= iniciaroutras pessoas assumindo a direo de outro barraco. Caso no assuma tais responsabilidades econtinue na mesma casa assumir= 'unes espec'icas como MeBPequena ou PaiBPequenoorganizador de rituais etc...

    I52#E#ER3"ubstituta da 9&0,)21 tambm con!ecida como MeBPequena

    E#EDI3Cuida dos assentamentos e quartin!as do #ab= aAuda a MeBCriadeira transmiteensinamentos soa &bis e zela pelos ,ri3=s durante os rituais.

    DAG OSSIDAG3+espac!am o pad% e determinadas o'erendas a E3u.

    I52TEBES3+irige o canto obedecendo s normas do ritual.

    MO2DE2O!3Con!ece e col!e as ervas do culto aos ,ri3=s.

    I5ABASE3Cozin!eira do culto aos ,ri3=s.

    TIBON3(iscal das cerim8nias.

    OG3"igni'ica padrin!o.

    ALAB3-ocador de atabaques.

    OGNIL63C!e'e dos alab%s os quais dirige sob ordem direta do #abalori3=.

    TTA3Suando o #abalori3= atinge [H anos de atividade no seu Egb proclamado -1-&/rande Pai;. *esse caso ele pode escol!er um 'il!o para substituBlo este passar= ser #abalori3=dando ao -=ta oportunidade de elevarBse.

    7ODUNCES3Poucos conseguem atingir esse grau devido s e3ig%ncias especialmente de

    tempo que de \K anos de culto ou C!e'ia.

    DENOMINA8ES DE ZELADORES3

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    BABALA"3Pai de "egredo

    BABALORIS3Pai de ,ri3=

    BABALAS3Pai da (ora

    BABALAD3Pai da Coroa

    BABAOS3Pai do &3

    BABAE"3Pai da (ol!a

    BABAOD3Pai da *aval!a

    BABA#E#ER3Pai Pequeno

    BABAE!UM3Pai da Pintura do 2]a8.

    II / TERMOS E NOMES NO RITO

    Con'orme dissemos o candombl no #rasil tem origem a'ricana sendo assim utiliza termose nomes cuAa tradio mantm em uso corrente no culto.

    A .$0)% (),&*-. &$0+. ,%*-. +-*. ' 0.- :%;I3Menor que o )um seria o de taman!o mdio.

    RUM L3 Q o menor entre os tr%s.

    IL63Pequeno atabaque usado na nao 26E1.

    A#IDA7 ? AGHIDA7@3Q o nome dado s varas com que se toca os atabaques.

    AS3Princpio e poder de realizao. (ora que d= o movimento sem ele tudo estariaparalisado. Q a 'onte que torna possvel a renovao da vida. Pode ser transmitido atravs de comidase bebidas ou pelo contato A= que pode ser transmitido a obAetos e seres !umanos.

    Para que o &gb possa atender sua 'uno de v% ter &Q. Para isso o XplantamosY ouseAa 'azemos smbolos que representam pontos de culto do a3. ma vez plantado se 'orti'ica

    combinando todas as 'ormas nele e3istentes:

    (a) , &s de cada ,ris= obtido atravs de o'erendas bori e iniciao.

    (b) , &s de cada membro do terreiro Egb; somado com os de seu ,ris= atravsde um elo de ligao entre o 'il!oBdeBsanto e o ,ris= Cuidado com os assentamentos ezelo pelas coisas do ,ris= alm de respeito pelos irmos e #abaloris=.

    (c) , &s dos antepassados do Egb seus ilustres mortos cuAo poder acumulado ec!amados de #& "&NE)_, E"4; mantido ritualmente nos assentamentos no20^B2#D 2N.

    E"3"o cuidados com oque o 'il!oBdeBsanto come e 'az a'im de no agredir ao ,ris= omesmo que quizila;. Suem desobedece pode ter as mais variadas reaes tais como: enA8osproblemas materiais espirituais etc...

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    ADSU3*ome dado s pessoas iniciadas no culto aos ,ris=s ,sG;. Pequeno cone 'eito deervas e outros ass colocados no alto do ,ri do 2a8.

    ATA#N3Pano que envolve o peito da 'il!aBdeBsanto quando est= incorporada pelo ,ris=.

    AGOG3instrumento de 'erro com dois sinos badalo superpostos um menor que o outrodonde se tira som batendoBse com um pedao de 'erro.

    OJRIN3"inos de metal usados pelos zeladores para c!amar os oris=s.

    ABI3"o 'il!os ou 'il!asBdeBsanto que ainda no se iniciaram ou seAa no nasceram.

    JUNT3Q o segundo ,ri3= que comanda a pessoa Aunto com o seu ,ris= assentado no ,ri nodia de sua 'eitura.

    ABASS3"alo onde se realizam as cerim8nias pGblicas do candombl.

    AI53-erra planeta;.

    ORUN3&lm do cu.

    IL3-erra c!o;.

    ELI5E3Pombo.

    E3emplos: 20^B&"Q: Casa privada destinada ao recol!imento do 2]a8.

    20^B2#D 2N: ,nde se C0-& nossos &*CE"-)&2" 20"-)E"(&0EC2+," E"1; E3: 7aldomiro de "ng> Percio de "ng>2]a *ilzete de 2]e`onAa.E onde'ica os ,Aubos de -0 DU>3,brigado. E3emplo: X&dup lo`> ,lorumY obrigado ,lorum agradeo ,lorum;

    DIJINA -0 DJINA3*ome da iniciada ou iniciado.

    IRUNMAL -0 IRUNMOL3"o aqueles que !abitam o ,rum tambm c!amados2runmols e &)&,)M. saBse essa terminologia durante as invocaes no comeo dos rituais comopor e3emplo: X&`om irin`> 2runmol oA $o'unY ,s quatrocentos 2runmols do lado direito e osduzentos do lado esquerdo;.

    OSI"AJU3, primeiro cargo primeiro ,ris= para os 9orub=s ,dudu`a e ,3al=;. *a #a!ia

    ,gum E3u e ,3ossi.

    OSI30ado esquerdo.

    OTUM30ado +ireito.

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    ORI3Cabea.

    >ARTES EM =UE SE DI7IDE O ORI3

    ORI3Centro da cabea.

    JU2ORI3Parte da 'rente.

    I##O ORI3Parte de tr=s.

    O> OTUM30ado direito.

    O> OSI30ado esquerdo.

    EBORI -0 BORI3Q a cerim8nia realizada dentro do culto para adorao cabea ori;. "oo'erecidos sacri'cios ao ,)2B2* e ao 2/#1B,)2 da pessoa. +urante este ritual quaisquer que seAamas o'erendas devem ser dadas cabea. -odos devero comer obi.

    O OBI E SUA IM>ORTNCIA3, ,bi um 'ruto a'ricano produtor da noz de cola.Q utilizado em quase todas as o'erendas

    cerim8nias;. Q o primeiro o'erecimento que se 'az cabea antes de qualquer obrigao. Pode sero'erecido inteiro ou triturado pelos dentes. & massa mastigada o'erecida aos quatro lados da cabeae ao centro.

    SAUDAO AO ORI3

    X ,ri pele atete miranatete gbeni $>s=$o s>sa tu danil gbl]in ori eni ori plori aloi]e eni oribagboboo re re ]o sebe$> ]> ssYOJ2ORUN3, cu.

    ORU>IN3Cargo de todos os ass das obrigaes do 2]a8.

    O#UTA3Pedra do "anto.

    C0)'&'-. (-* -. -,&.3

    - *o lav=Blo com sabo esponAa e similaresR

    - *o mudar sua posioR

    - 0imp=Blo com 'arin!a de aca=R

    - PodeBse colocar o sumo das ervas do &s do ,ris=R

    - )ecomendaBse rezar para o ,ris= durante o ossR

    - Colocar somente o necess=rio sem e3agerosR

    - -ransmita a ele somente energias positivasR

    - Evite que outras pessoas zelem por ele a obrigao sua.

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    >A3#ater de palmas ritmado e espec'ico para demonstrar respeito rever%ncia esubmisso. )epresenta o ato de despertar os ,ris=s usado antes e depois dasincorporaes o'erendas etc...

    I>AD -0 >AD3"igni'ica ato de reunir. -rataBse de cerim8nia pGblica realizada no inciode qualquer 'estividade de sada de 2]a8 ao &ses% ou &'';.

    N- I&' F LOU7ADO & E.0 I&*) O.-%-+$& -0,%-. ANCESTRAIS3

    ,M2 =gua;: que a o'erenda por e3cel%ncia

    2 E(* 'arin!a;: caracteriza abundOncia

    EPZ dend%;: poder de gestao ao

    ,- cac!aa;: bebida destilada de sua pre'er%ncia

    ,92* mel;: beleza energia

    &C&&: pasta 'eita com mil!o branco enrolado na 'ol!a de bananeira alternativo; 'eito ao por do sol.

    O.%&K-3 T)-. ' ,-;0. (0,&'-. +&. (%)*+)&.

    ALUJ3-oque predileto do ,ris= "&*/Z.

    O>ANIJ3-oque espec'ico de ,#&0&29^.

    AGUER: -oque cadenciado com duas em duas variaes uma para ,",""2 e outrapara ,91 mais con!ecido como XSuebraBpratosY.

    ADARRUM3-oque muito r=pido e contnuo usado para c!amar os ,ris=s s cabeas dos'il!os.

    BOLON3-oque para bolar.

    III / A DANA DOS ORISS

    &s c!amadas danas ritualsticas so em 'orma de crculo ou semicrculo metade de umcrculo; ao redor de algum smbolo acompan!ada de sons que representam a natureza viva

    ar 'ogo animais vento c!uva tempestade etc...; !avendo uma !armonia entre ocomponente da roda e a natureza Aunto aos astros.

    , CRCULOsimboliza o movimento dos astros o poder de renovao Aunto 'oraespiritual.

    &s CANTIGASencantam os ,ris=s que esto relacionados aos astros.

    ,s >ASSOS E GESTOSrepresentam as caractersticas do ,ris=.

    E3emplo:

    & dana de

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    & de ,0,/* E+E mudanaR

    & dana de branco e3trado doIRSUNORI / M&*-E2/& @E/E-&0.

    REINO MINERAL3 "ais giz prata c!umbo platina etc...

    I7 Q / SANGUE >RETO3

    REINO ANIMAL3Cinza de animais '>sseis petr>leo

    REINO 7EGETAL3"umo escuro de certos vegetais como o 20 *+2C, e3trado dedi'erentes tipos de =rvores.

    7 / OS TI>OS DE MEDIUNIDADE3

    MDIUM CONSCINTE3 Q aquele em que a mani'estao no toma por completo seus

    sentidos independentemente do tipo de entidade que esteAa se mani'estando PretoB@el!oCaboclo ,ris=;. Ele escuta en3erga mas no tem controle sobre seus sentidos.

    MDIUM CONSCINTE DE !ORMA >ARCIAL3Parte dos acontecimentos 'icamregistrados outros no a entidade se encarrega de limpar sua mem>ria. & maior parte dosmdiuns est= neste nvel.

    MDIUM INCONSCIENTE3&contece de 'orma mais limitada so raros os casos poisenvolve todo um aspecto 'sico emocional e signi'ica que este conseguiu um controle do seuinterior entrando em transe completo.

    7I / COM>ORTAMENTO DO !ILHO2DE2SANTO REGRAS BSICAS3

    &o entrar no porto saudar Esu: X 0aroi% E3u V Peo licena V X

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    ,gun: X ,gun Patacor] V ,gun 6ac] 6ac] V Y

    2r at a =rvore de #ar=

    Cumprimentar ,ssan!e

    Cumprimentar -empo

    Cumprimentar ,sossi

    Cumprimentar o seu ,ris=

    )everenciar o assentamento de seu Egb

    Pedir a #eno do seu #ab= e da sua 2]=

    Cumprimentar seus irmos

    *unca c!egar da rua dando notcias boas ou ruins sem aguardar uma oportunidadeconveniente

    *o 'umar durante as obrigaes nem perto das o'erendas

    *o entrar na cozin!a onde se prepara as o'erendas para os ,ris=s sem tomarban!o e descansar da rua

    Evitar certos tipos de assuntos

    Suando duas ou mais pessoas com tempo de santo estiverem conversando noentrar sem ser c!amado nem cortar o assunto ou mesmo passar sem pedir licena

    +urante as rezas 'icar deitado de cabea bai3a.

    Com essas medidas simples estar=s !onrando teu ,ris= a casa onde ele est= assentado oteu #ab= a tua -ia alm de estar ensinando aos mais novos que respeito o primeiro sinal de amor ede 'ora espiritual.

    OBSER7A8ES3

    H ? Suando 'alamos de cumprimentar os ,ris=s ou saud=Blos 'alamos em pedir licena para queatravs das saudaes do pa> Esu nos ol!e com bons ol!os e transmita ao ,ris= que c!egamos.&ssim parte das energias negativas que adquirimos no diaBaBdia seAa encamin!ada peloscoordenadores das energias negativas.

    Esta regra se aplica tambm antes de entrarmos na casa de Esu ,ris= )onco 2l% 2b> 2$u.+eveBse bater na porta J vezes a dar pa>. -al atitude 'az com que evitemos tomar sustos ou vermoscoisas indeseA=veis uma vez que estamos desrespeitando o 2l% do ,ris=.

    Pa> signi'ica despertar o ,ris= para que ele ven!a ao nosso encontro e receba nossa!omenagem. *o momento em que estamos emitindo sons estamos 'azendo um elo de ligao entren>s e o ,ris=.

    [ ? Para col!er (,05&" E7E; deveBse proceder da seguinte 'orma:

    "audar ,ssan!e

    "audar ,mulG sen!or da terra

    #ater pa>

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    Pedir ago ao oris=

    &gradecer

    *unca retirar 'ol!as ap>s as HI: ! 'azendoBo somente em casos de e3tremanecessidade principalmente se voc% no estiver preparado.

    7II / EL#

    El$s so 'io de conta di'erentes do +elogun usados por aqueles que A= possuemdeterminado tempo de iniciao. Cabe destacar que delogun usado pelos iniciados recentes.

    , ele$ indica a !ierarquia no culto e 'ornece uma identi'icao com o ,ris=. & tradioe3ige adorao e respeito por estes elementos que no so biAuterias ou adornos mas possuempara n>s a mesma importOncia que tero na "anta 2greAa Cat>lica.

    "uas cores podem variar de acordo com a nao o tipo e a qualidade do oris= cuAarepresentao dada a seguir:

    ES3preto vermel!o e todas as demais cores em pequena proporo.

    OGUN3&zulBmarin!o verde e branco.

    OSOSSI3&zul claro verde e branco.

    OSSANHE3@erde musgo branco e amarelo.

    OMOL3Preto branco marrom vin!o e coral.

    OSUM3&marelo salmo rosa azul branco dourado.

    OI53@ermel!o branco rosa e cobre.

    I5E"ONJ3&zul em todas as tonalidades branco e prateado.

    OSUMARE3&marelo verde e as cores do arcoBris.

    NAN3#ranco lil=s e rosa.

    OSAL3#ranco.

    IBEJI3-odas as cores menos preto.

    E3istem cerim8nias que so de grande importOncia para a consagrao do ele$ comopor e3emplo a 0&@&/EM que consiste em retirar as impurezas 'sicas e astrais.

    *o ritual da lavagem utilizamBse e'uso de ervas quinadas; que devem ser preparadaspor sete moas virgens de pre'er%ncia crianas. Enquanto as moas quinam as ervas em umagrande bacia os 'il!os da casa 'ormam uma roda ao redor delas rezam e batem pa>.

    Para esta cerim8nia solene todos devem estar de corpo limpo e respeitosamente lavar

    seu ele$ sacandoBo em seguida com uma pequena toal!a branca. +evem ser acendidas velas paratodos os ,ris=s.

    , perodo mais propcio para esta cerim8nia o das =guas de ,sal= ou 'inal de ano.

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    7III / LOROGUN

    , 08orogun uma cerim8nia 'ec!ada ou seAa somente participam os 'il!os da casa.Consiste no X'ec!amentoY do Egb durante a Suaresma. Este ritual evita que 'oras negativasatinAam o Egb e os 'il!osBdeBsanto que devero permanecer resguardados durante este perodo.

    Para que se realize o 08orogun so necess=rios os seguintes procedimentos:

    - -odos devem c!egar cedo ao Egb e tomar o ban!o de costumeR

    - Q indispens=vel a participao de todos os 'il!osBdeBsantoR

    - Preparar um grande Eb> com todos os tipos de comidaR

    - &gradar Esu e EgunR

    - -odos devero agradecer seus ,ri3=s eR

    - -odos os ,ris=s devero permanecer acesos durante a quaresma.

    Q evidente que todo Egb possui seu ritual pr>prio e isto de ser respeitado.

    & realizao do 08orogun indispens=vel em um Egbpois o &s a 'onte da realizaoe do poder e uma vez abalado todos sero atingidos e respons=veis. "e o indivduo se diz'il!oBdeBsanto s vezes com orgul!o e3agerado deve saber que possui direitos e,#)2/&fE".

    , 'inal desta cerim8nia marcado pela mani'estao de todos os ,ris=s nos 'il!osBdeBsanto que so a seguir recol!idos ao )onc> de onde sairo com as respectivas 'ol!as de

    cada ,ris= incorporado na palma da mo e comidas cruas dentro de uma sacola branca demurim.

    *a sada dos ,ris=s cantaBse:X, 08orogun eu, l8orogun A= A=&caA= loni ago man sn, lo8rogun A= A=Y. #is;

    ,s ,ris=s 'azem um sacudimento em todos os presentes e distribuem as comidas. ,s,gs e todas as demais pessoas que no esto incorporadas retiram os en'eites do #arracoe colocam em um cesto Aunto com as 'ol!as que 'oram usadas no sacudimento. -udo ser=despac!ado em lugar determinado pelo #ab=.

    -odos devero levar 'lores para o'ertar aos ,ris=s ap>s a realizao do sacudimento.

    I / TERMOS E >ALA7RAS EM 5ORUB

    NMERAO EM 5ORUB

    H : Qni D$an

    [ : ^Ai

    J : Et=

    : Erin

    \ : 1run

    : Q'=

    h : ^A%

    I : EA>

    L : Qsan

    HK : Q`=

    HH : D$anl=

    H[ : %Ail=

    HJ : Qtal=

    H : Qrinl=

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    H\ : Qdogun

    H : Qrindi l>gun

    Hh : Qtadilogun

    HI : Egidilogun

    HL : D$andilogun

    [K : Zgun

    /oma : >d=

    &zeite : ep8

    &nil : 2lG

    Mil!o : agb=d8B>$=

    Pimenta : at=

    Pimenta da costa : atar

    NOME DE ANIMAIS3

    #oi ou varo : m=lG a$8

    ,vel!a : agutan ab8Bagutan1guia : idi

    Cabra : agb=rigb= e`r

    &vestruz : 8g8ng8

    Carne de vaca : eranl=

    6ib>ia : %r

    /ato : 8logb8 i'olo'u

    6acar : 8ni $ad=

    Pato : ppei] pe$eiapepei

    Cac!orro : aAa aAaG adiaia

    Porco : eled aled=led

    /alo : a$u$> a$o$or8uabaodi

    Cupim : i$an

    "apo : >pol> 3enimi3eni'idam

    @eado : agburim

    Ele'ante : erimadAiniAuzamba

    Caracol : igbin

    Coel!o : e!r8r8

    CoruAa : o`i`i

    &bel!a : agb>n

    &ndorin!a : olopandd

    0eo : $iniu $oAi

    Mosca : %3in3in

    Camaleo : agem>

    #ode : 8lub 8u$o

    Peru : tol>tol> taleuBtaleu

    Esquilo : >$r

    (ormiga : $=ri$= %r=

    /avio : au8di

    Cavalo : e3ine3ieBatabe3i

    #orboleta : lab=lab=

    /alin!a : adi uabaodi

    Pombo : ei]%le)abo de cavalo : ru e3in

    &butre : gunungun

    Cordeiro : od> agutan

    CaramuAo : o$ot>

    Qgua : ab8 a3in

    /aivota : adie 8d8

    Carneiro : ab8 oubi$> eran

    /alin!a dangola : coquemsacu%

    @aca : abanBmalu

    #urro : patap=

    C=gado : aAap= logoz

    )abo grande : ou%B%]=

    Periquito : alod

    Macaco : o!= dud8

    Pei3e : oguri

    !RUTAS3

    (ruta : obi

    &baca3i: &bocat

    #anana : >gd

    0imo : r8mb8 %`%

    Manga : mang>r8

    0aranAa : osan 8ib8

    C8co : 'iAu ib%p%

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    LEGUMES

    Cebola: alub8sa

    &b>bora : u %r% a`unA

    (eiAo : u %r% aunA

    Ervil!a : orubG

    2n!ame : icu

    Suiabo : il=

    Mandioca : gb=gub=

    &zedin!as : amu$an

    #atatas : $u$undu$un

    Cana : ir%$%

    Cera : id=

    UTENCLIOS3

    Prato : a`8

    /arra'a : ig8

    (aca : obCol!er : 3ibi

    Col!er pequena : 3ibi $%$%r%

    Col!er de pau : 3ibi igi

    /ar'o : agunA

    -oal!a de mesa : a3> tabil

    Prato de pimenta : a`8 atar

    -oal!a de prato : a3> a`8

    &ucareiro : a`8 iA> 8ib8

    cara : ago si$ara

    (>s'oro : i3=n

    @assoura : igbal

    Cadeira : agaBiA8$8 idiu

    *aval!a : abe

    Cama : ibusun a$t

    cumba

    Esteira : ni AaA=

    -ravesseiro : ir8ri

    Pilo : >d8

    Pedra de ralar : 8l>

    Panela : otun i$$8

    #alde pote : a$ruba

    "aco grande : ap8 8$%

    Casa : il%

    Mesa :aAa$ tapac%taingum

    Carvo : egui

    -eto : nl%

    )ede : anda

    0Ompada luz claro : tOntaBlai=

    Suarto : Aar=

    #anco : aputi

    Cozin!a : il%Bageun

    (ogo : aAe$Bneulune

    Candieiro de querosene :teu

    Panela grande : oduBi$e$%

    -ravessa tiAela de louavidrada : ita

    (aca tridente ou gar'otridente ou lana tridente :obB'ar=

    &lguidar : ober>

    (aca de ponta : obBnu3oBin3>

    >ARENTESCO 3

    Parentes : ar=Bibatan

    &v8 : bab= agb=

    &v8 patriarca : bab=Bnla

    &v> : i]= agb= ]aBnla

    Me : i]= ]=

    Pai : bab=

    (il!o : >m8B$urin omamomoborim

    (il!a : >m8Bbirin e3iomobirim

    2rm : ar=biri

    2rmo mais vel!o : gbon8$urin

    2rmo mais moo : abur88$urin

    -io : ar=$urin bab= auaBmete

    -ia : ar=birin ]i=

    Primo : om8$urin ara$urint=taBmete

    Prima : om8birin arabirin

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    Marido : o$>

    "en!ora : a]=

    Moa : om>d% birin

    )apaz : om>d% $urin

    2rmo g%meo : babass=

    Esposo marido : o$orim

    Esposa mul!er : obirim

    Mul!er 'avorita : ]=Bl

    Min!a mul!er : m8BobirimobirimBmim

    @iGva : biBegun muturi

    *oivo : o$ebi

    "olteiro : i$obassu

    5omem : o$oBo$orim

    Menino : 8Bmad%

    Casado : o$uamuri

    SENTIMENTOS 3

    2nveAa : il=r=

    )aiva : binu

    +uvidar : 3 i]meAi si

    Escutar : desiti

    #ater sacudir : A= baA=

    (ome : ebi np=

    ,diar aborrecer : $ariA=

    2gnorar : $>m>

    PragueAar : ro

    Mentir : ro m>

    +esprezar : gan

    (alar : soro

    Piedade : 'un

    C!amar : 'un p%

    Ddio : 'agur8mo

    -ocar : g8g8

    "o'rer : ran

    "ono : orun n$un

    &mor : i'

    Suerer amar : '

    2gnorante ignorOncia: aim>

    MEDIDAS DE TEM>O3

    ,s meses do ano : a`>n o3G

    6aneiro : o3G $ini ti >dun

    (evereiro : o3G $%Ai ti >dun

    Maro : o3G $%t= ti >dun

    &bril : o3G $erin ti >dun

    Maio : o3G $=run ti >dun

    6un!o : o3G $e'= ti >dun

    6ul!o : o3G $A% ti >dun

    &gosto : o3G $eA> ti >dun

    "etembro : o3G $esan ti >dun

    ,utubro : o3G $`= ti >dun

    *ovembro : o3G $>$anla ti>dun

    +ezembro : o3G $%Ail= ti >dun

    Ddun $an : um ano

    Ddun t>$>A= : o ano passado

    Ddun to mb> : pr>3imo ano

    DA>B$an : um dia

    7a$ati : uma !ora

    &b> `a$ati : meia !ora

    7a$ati $an p%lu =b> : uma!ora e meia

    23AG $an : um minuto

    Dsan : aurora

    Drun aG : tarde

    DganA> : meia noite

    0onim : !oAe

    0anan : ontem

    *iAt= : antes de ontem

    0>l= : aman!

    0>tunl= : depois de aman!

    2br : princpio

    &ri i >san : meio

    *iAelo : passado

    ,pin : 'im

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    7ESTURIO3

    &s> : roupa

    bat= : sapato

    &bata e #ata j: sapatos

    (ila : gorro capuz de,balua]%

    &$%t% : c!apu

    ,A= : 'ita 'ai3a

    Pe$Bpk : c!apu de sol

    &3>Bdudu : roupa suAa

    &bade : toal!a

    CORES3

    +udu : preto(inB'un mandul : embolo eputiBbranco

    ,b=do : verdeElvi$ei : vermel!o

    ,$Om : azul

    Mucumbe : ro3o

    Niobambo : amarelo

    BEBIDAS 3

    ,mim : =gua

    ,tinBnib : cerveAa

    ,tinBdudu : vin!o tinto

    ,tinB'umB'um : aguardente

    ,]in : mel

    &lu= : #rasil re'resco 'eito derapadura com casca deabaca3i ou tamarindo

    e$et : mil!o e gengobre

    Emelum : 'eito com ep8

    (ur= : 'eito com diversas'rutas

    COR>O HUMANO 3

    &r= : corpo

    ,r] : cabea

    2pa$> : nuca

    Etu : orel!a

    2mum : nariz

    2ban : quei3o

    2run : cabelo

    2runBban : barba bigode

    E'in : dente

    Eet : l=bios

    &p= : brao

    Su : mo

    Esse e &less : p

    2tan$8 : co3as

    2diBcu : Onus

    Nitaba e ebeu : vagina

    Qep : testculo

    ,gungum : osso

    Enum : boca

    Era e &nc% : carne

    EA : sangue

    EuG e oAu : ol!os

    ,$an : corao

    Elgi$= : ombros

    ,b> : n=degas

    &$8 : mac!o

    &bam : '%mea

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    Mulembu : dedo )ivenum : barriga

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    7OCABULRIO 5ORUB3

    A

    & dGp B agradecemos a voc%4b B metade4'in B Pal=cio resid%ncia de um rei ,ba;

    4464 ? "ineta de metal composta de umaduas ou mais campain!as utilizadas por paisBdeBsanto vd.; para incentivar o transe.-ambm c!amado &dAarin.4=$ ? mac!ado&ar= ? )aio&ar= svd.;. Q empregado sobretudo nos ritos depossesso como que para invocar os rs

    vd.;.&d B Coroa.&+E ? -ermo com que se designam noscandombls; em especial os e'eminados egenericamente os !omosse3uais masculinos.&dbo B pessoa que prepara a comida com osanimais o'erecidos em sacri'cio de acordo comas regras religiosas&die B /alin!a.&dit ? surdo&+D" ? +izBse daquele que teve o osuvd.; assentado sobre a cabea. K mesmo que

    ia8.&+(E ? Pequeno tambor. 2nstrumento depercusso de uso mais 'requente nos 3ang8svd.; no *ordeste&dup +up B ,brigado.

    &dGr B ,rao&'ar= B o]in B 'ovo de mel&'' B @ento4'in ? Pal=cio&(2* ? K mesmo que i'in. +esigna a nozBdeBcola branca na lngua ]orb=R por e3tenso acor branca vd. e'un;.&'>Au B Cego

    4'om> B doena in'ecciosa trazida pelo ,ri3=das doenas in'ecciosas #abaluai]R apan;&'onA= B Q uma qualidade de ang8.4ga B Cadeira4gn B mul!er estril&gb=d= B vestes sacerdotais4gbdo B mil!o sagrado para o ,ri3= Ws#ar=;4gbai] B o mundo inteiro&gb=ra B Poder&gbd ? est8mago4/#, ? 2n'uso proveniente do maceramento

    das 'ol!as sagradas as quais se vem Auntar osangue dos animais utilizados no sacri'cio esubstancias minerais como o sal. Esse 2quidoacondicionado em grandes vasil!ames debarro porres; empregado ao longo doprocesso de iniciao e para 'ins medicinaissob a 'orma de ban!os e beberagens.&gb8 B Carneiro.4gbon ? coco&/W ? 2nstrumento musical constitudo poruma cabaa envolta numa mal!a de 'ios decontas de sementes ou bGzios vd.;.&gemo ? Camaleo&/E)E ? )itmo dedicado a si e3ecutadoaos atabaques vd.;.&/,/, ? 2nstrumento musical composto deuma ou mais campOnulas geralmente de'erro percutido por uma !aste de metal4go 0>nan B Com licena&/,*6 ? m dos doze nomes de "ng> vd.;con!ecidos no #rasil4gtn B ,vel!a&guntam B ,vel!a.&!>n B 0ingua1i$e B mac!ado

    4sn B doena4i]a B Peito4i] ? MundoR Palavra de origem ]orb= quedesigna o mundo a terra o tempo de vida emais amplamente a dimenso cosmol>gica dae3ist%ncia individualizada por oposio a runvd.; dimenso da e3ist%ncia genrica emundo !abitado pelos ris vd.; povoadoainda pelos espritos dos 'iis e seusancestrais ilustres.&A= ? Co6401 ? vd.

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    &6,/* ? Palavra de origem ]orb= quedesigna os in'ortGnios como a morte adoena a dor intoler=vel e a suAeio4$r 6 ? &caraA4N4"& ? #olin!os de massa 'ina de mil!o ou'arin!a de arroz cozidos em ponto de gelatinae envoltos ainda quentes em pedacin!os de'ol!a de bananeira. &ca=;

    &N2+&@2" ? *ome dado nos candombls Ntue 6eAe vd. *ao; as baquetas 'eitas depedaos de gal!os de goiabeiras ouaraazeiros que servem para percutir osatabaques vd.;.4$$o ? /alo101 ? Pano branco usado ritualmente comop=lio para digni'icar os rs vd.; primordiais./eralmente 'eito de morim&l='in B ttulo tradicional para o rei de ,]>&lab= B -tulo do sacerdote supremo no cultoaos eguns.

    &0^ ? -tulo que designa o c!e'e daorquestra dos atabaques vd.; encarregado deentoar os cOnticos das distintas divindades&lagba ? "en!or&0&M,)E)E ? vd.

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    #abaoA% B "acerdote do culto dos egunsR ,A o nome de todos iniciados no culto aos eguns.#abass= B 2rmo g%meo.#=de B caar em grupo#=A B lutar brigar#lag B entrar na maturidade#al% B Casa dos mortos.#al B C!e'e decomunidade.

    #algun B c!e'e da sociedade dos guerreiros#al` ? #an!eiro#&*5&B+EB,)2 ? Espcie de gordura vegetalobtida pelo processamento das am%ndoas do'ruto de uma =rvore a'ricana que vendidanos mercados brasileiros para uso ritual nascasasBdeBsanto. +izBse tambm Uban!aBdeB,3al=U e UlimoBdaBcostaU. & mesmadenominao dada a gordura de origemanimal e3trada do carneiro#&*5," ? vd. 4gbo. vd. &macis.#&)C, ? -ermo que designa o grupo dos que

    se iniciam em conAunto. "uas dimenses sovari=veis. 5= barcos de mais de vinte ne>'itose UbarcosBdeBumBs>U. &travs do barco seconsegue a primeira !ierarquizao dos seusmembros na carreira inici=tica. Como unidadede iniciao gera obrigaes e preced%nciasimperativas entre os irmosBdeBbarco ouirmosBdeBesteira#arapetu B grande uma pessoa de distino

    #&))&C_, ? vd. CasaBdeBsanto.#&-C&6Q ? Com este termo costumavadesignarBse a percusso que acompan!a asdanas nos terreirosR por e3tenso designatambm as danas.#&-SE" ? vd. #atucaA. vd. Candombls#ni B "im#eAi B ,ri3= dos g%meos.

    #er B Perguntar#r B Comear#ru B Medo#i B *ascer#i]i B *asceu aqui agora.#8 B &dorar.#,M#,62)& ? vd. Ws.#,) ? )itual que Auntamente com alavagemBdeBcontas abre o ciclo inici=tico.(ora deste ciclo rito terap%utico. Em ambos oscasos consiste em Udar de comer e beber acabeaU

    #uburG B Maldoso#urG B ruim negativo destrutivo#uru$u ? Mau#2," ? -ipos de conc!as de uso recorrentena vida cerimonial dos candombls.Especialmente servem s pr=ticas do dilogun ?sistema divinat>rio onde so empregadosgeralmente dezesseis bGzios

    C

    Cabaa ? (ruto do cabaceiro Cucurbitalagenaria 0. ou 0agenaria vulgaris ?cucurbit=cea e outras espcies;. "ua carcaa 'reqFentemente utilizada nos cultos a'roBbrasileiros como utenslio instrumentomusicalU insgnia de ris ou mesmo pararepresentar a unio de ,bt=l= e ,ddu` oCu e a -erra;.C,C0," ? Espritos ancestrais cultuadosnos candomblsBdeBangola de caboclos e naumbanda. "o representados geralmentecomo ndios do #rasil ou de terreiros da 1'ricamtica.

    Ca'o'o B -Gmulo.CambaG B Cama.C&M&)2*5& ? vd. )un$o.C&*+,M#0Q" ? +esignao genrica doscultos a'roBbrasileiros. Costumam no entantodistinguirBse pelas suas designaes regionais:candombls lesteBsetentrional especialmente#a!ia; 3ang8s nordesteBorientalespecialmente Pernambuco; tamboresnordeste ocidental especialmente "o 0usdo Maran!o; candomblsBdeBcaboclo 'ai3alitorOnea da #a!ia ao Maran!o; catimb>s

    *ordeste; batuques ou par=s regiomeridional )io /rande do "ul"anta Catarinae Paran=; batuques e babau%s regiosetentrional &mazonas Par= e Maran!o;macumba )io de 6aneiro e "o Paulo;.

    C&*+,M#0Q"B+EBC,C0, ? vd. Caboclo.vd. CandomblsCa8 B Q um tipo de ang8.C&"&B+EB"&*-, ? +esignao do espaocircunscrito que constitui a sede de um grupode culto. Costuma c!amarBse tambm de il$tu; roga e terreiro angola; e em algunscasos barraco. Este ultimo termo servetambm para designar o recinto onde ocorremas 'estas pGblicas.C&-2M#, ? vd. CandomblsCatular B Cortar o cabelo com tesourapreparando para o ritual de raspagem para

    iniciao no Candombl.C&)2" ? vd. #Gzios.C&22 ? C!ocal!o de cabaa e de vimetranado contendo sementes ou sei3os. Emalguns casos vasil!ames rituais em miniatura.CE"-,B+&BC)l&_, ? K sacoBdeBe3ist%nciap ai]; que na cosmologia do povoBdeBsanto ,l>dmar deu a ,bt=l= para quecriasse o mundo a 'lor das =guas primordiais.(oi no entanto ,ddu` quem verteu o seuconteGdo sobre a super'cie das =guasC,*/, ? vd. *ao

    Congum B /alin!a da &ngola.C,*-)&BE/* ? -rana de pal!aBdaBcostaque os ne>'itos trazem amarrada nos doisbraos logo abai3o do ombro com a'inalidade de a'astar os espritos dos mortos

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    Cutilagem B Q o corte que se 'az na cabea doiniciadoR realizado para abrir o canalenergtico principal que o ser !umano tem nocorpo e3atamente no topo da cabea no

    ,ri; por onde vibra o a3 dos ,ri3=s para ointerior de uma pessoa.

    D

    + B ,ri3= das correntes oriundas do +aom.

    +=d= B bom ou bonito+abb B proteger 'ornecer proteo+=da B #eleza+gal=gb B tornarBse um !omem adulto+gb= B envel!ecer 'icar vel!o crescer+ag8 B +% licena.+=!n B )esponder+al B quebrar uma promessa+&* ? "erpente sagrada +aom ? #enin;representando a eternidade e a mobilidadesob a 'igura de uma cobra que engole apr>pria cauda. /enericamente designa os

    'il!osBdeBsanto da nao AeAeR encontrandoBsesincretizada com rias e terap%uticas+lade B coroar um rei+ele B c!egar em casa+E*+^ ? Palmeira a'ricana aclimatada no#rasil Elaeis guineensisR 6acq.; de amplautilizao na liturgia dos candombls. K >leoobtido dos seus 'rutos azeiteBdeBdend%;

    considerado indispens=vel para a elaborao

    de grande parte das comidasBdeBsanto. "uas'ol!as servem para guarnecer entradas esadas das casasBdeBsanto vd. mr`;+E"P&C5, ? -ipo de o'erenda dedicada a Wsquer no incio das crim8nias vd.Pd; quernas encruzil!adas nos matos rios ecemitrios.+2&B+,B*,ME ? vd. ,rG$o+d= B ara B boa saGde+ide B 0evantar.+g ? espel!o+262*& ? *ome inici=tico dos 'il!osBdeBsanto

    dos candombls de nao angola+20,/* Qrn dnl>gun; ? *ome dado adivin!ao com bGzios que podem ser de aJ mais comumente H;. *esse Aogo de 2'=as respostas ao or=culo so dadas por Ws+n ? (ritar+D#10W ? Cumprimento prescrito aosiniciados de rs 'emininos diante dos lugaresconsagrados ao culto pai ou meBdeBsantors e graus !ier=rquicos elevados. K termoi$= designa o seu correspondente para o casode 'il!osBdeBsanto de brisa masculinos+bGl ? deitar+udu B Preto.+Gp B &gradecer+Gro B +e p

    E

    E N==r B #omBdiaE N=s=n B #oaBtardeE N=le B #oaBnoiteEb B (amliaEbi ? (omeE#, ? -ermo que designa genericamente

    o'erendas e sacri'cios saBse tambmtrabal!o despac!o e as vezes 'eitio.E#ZM2* ? Pessoa veterana no cultoR ttuloadquirido ap>s a obrigao de sete anos.,peBse a ia8 sendo equivalente a vodunciWd=n r= B pedra de raio sagrada para o ,ri3="ng>Wd B (gadoEdu B Carvo.Edn B mac!adoQd B encanto 'eitioQgun B ossos ossos !umanos

    WW7< ? vd. SuizilaE'i B 'umarE'> B vegetais verdesW'>ri B dor de cabea

    E(* ? *ome dado a argila branca com queso pintados os ne>'itos. Essa pinturacorresponde ao que se c!ama de UmoBdeBe'unU vd. HIBE'un;. Como sin8nimo de e'unocorre tambm a'inWgb B comunidade de pessoas com o mesmo

    prop>sitoQgb B amuleto de proteo para o ,ri3=

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    WA B "angueEAi B c!uvaWA$= B ,mbroEA B cobraEA> B Cobra.W$=n= B n!aW$ B pessoa mentirosa 'alsa 'raudulentaQ$G B rato

    Eleb> B &quele que est= de obrigao. &queleem nome do qual se 'az o sacri'cio ouo'erendaWld B CriadorEled= B ,ri3= guia.Elgbgi B curandeiro que usa ervasEls B pessoa que adora o mensageiro WsGEl$an B *ingumElu B estran!oWmi B EuWm B respirao tambm se re'ere a alma!umana

    Emi ? @idaE*2 ? *ome dado a esteira de pal!a utilizadapelos ne>'itos sobretudo durante o perodo derecluso. Q empregada como UmesaU UcamaUe UtapeteU em distintos ritos. *o candombl usual a e3presso UirmosBdeBesteiraU paradesignar o conAunto de ne>'itos reclusos aomesmo tempo e que eventualmente ten!amparti2!ado esse arte'ato simb>lico na liturgiada iniciaoWnia B "er !umanoEnn B inimigoEnini B orval!o da man!Enu B #ocaEn]in B voc%Ep8 B &zeite >leoEp8Bpupa B &zeite de dend%Equ% B Mentira.ESQ+E ? Cargo !onor'ico circunscrito smul!eres que servem os rs sementretanto serem por eles possudos. Q oequivalente 'eminino de ogEran B CarneEran$o ? &nimalE)Q ? -ermo que caracteriza um est=gio de

    transe atribudo a um espritoBcriana

    Qre B Est=tuaEr B 0amaErin B Ele'anteErin$= B mil!o na espigaEr> ? "egredoErG B carregamento 'ardoErG B CarregoR carga.ErG B Cinza

    ErG B EscravoWrGbo B compromisso de 'azer uma o'erendaaos ,ri3=sErupe B suAoEsan B @ingana.Wsin ? )eligioE""& ? Espritos de ancestrais ilustres docandomblWs ? Primog%nito da criao. -ambmcon!ecido como Elgb=ra AeAe; popularmente re'erido como compadre ou!omemBdaBrua. "uscetvel irritadio violento

    malicioso vaidoso e grosseiro. +izem queprovoca as calamidades publicas e privadasos desentendimentos e as brigas. Mensageirodos rs e portador das o'erendas. /uardiodos mercados templos casas e cidades.Ensinou aos !omens a arte divinat>ria.CostumaBse sincretiz=Blo com o diabo. ,corretanto em representaes masculinas como'emininas. *as casas angola #ombogiraR nascasas angolaBcongo E3Glon;. *a umbandatem mGltiplas personagens entre elasPombaBgira. "uas cores so o vermel!o e opreto. "audao ? U0ar> ]VUE"-E2)& ? vd. EniEti B ,uvidoW` B (eiAoE` B 'ol!a de plantaW`n ? correnteE`G B cabelo grisal!o sinal de dignidadeE`u B perigoW`Gre B cabraE]a B triboE]in B ,voE]in B @>s

    !

    (= B )aspar(ada$a B Prata(ai]a B encantar seduzir(&M02&B+EB"&*-, ? -ermo de re'erenciaque designa os laos de parentesco msticonos quais incorre o 'il!oBdeBsanto em virtudeda iniciao(=ri B cortar o cabelo com lOmina raspar;

    (ar B )aspar cabea( B amar(e B != muito tempo(E2-, ? K mesmo que ad>su e ia8.

    (E2-)& ? Processo de iniciao que implicaem recluso catulagem raspagem pinturainstruo esotrica imposio do osu vd.; eapresentao publica vd.; orG$o(ni]a`o B casar(enu$> B #eiAar(ran B /ostar(r B 'lauta

    (erese B Aanela(iAGb B respeitar(il= B /orro c!apu(205,BPESE*, ? -ermo de parentescomstico que se re'ere a um lao interposto pela

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    iniciao entre um novio e seu padrin!ogerando obrigaes e deveres semel!antesaos do compadrio vd. MeBpequena;.(205,B+EB"&*-, ? +izBse de todo aquele que a'iliado ao candombl. vd.PovoBdeBsanto;.(2)M& ? (ec!o de colar de 'orma cilndrica."uas cores indicam a vinculao de seuportador a um determinado rs

    ( B 0avar(> B Suebrar

    (i]a B estar com medo amedrontado(D* ? vd. 6eAe. vd. *ao(o`>lr=n B agir com paci%ncia(Gn B +ar(un'un B branco(un'un B #ranco(Gnl'>lorun B dar liberdade agir de maneiracerta

    (Gn`ini`ini B garoar(G B o som 'eito pelo vento

    G

    /a B &lta grande/=ri B re'eio 'eita de 'arin!a de mandioca/ala B veado alce/&*1 ? 2nstrumento musical de percussosemel!ante a um c!ocal!o geralmente de'ol!aBdeB'landres e 'orma cilndrica contendoem seu interior pedaosde c!umbo ou sei3os

    /ari B (arin!a/#/babe B esquecer/bada B 'aca com lOmina grande/bdGr B rezar/bagbo B acreditar/baguda B 'arin!a de mandioca/baAumo B caval!eiroR !omem gentil/b B levantar/bd B agir de maneira inteligente/br B cumprimentos/bese B dvida/b]`> B casar

    /bn B Plantar/b> B ,uvir/bogbo B -odos/b>Au B bravo/b>rn B grande/bGr> ? ouvir/ B Cortar

    / 2run B Cortar o cabelo/ld B sociedade dedicada a !omenagear osancestrais/nd B !omem 'orte/ib= B 6ogar/mb> B cicatrizR marca no rosto que indicalin!agem/>l B ouro/n B pessoa alta/un B subir/unnugun B abutre urubu/GrGrG ? Pipoca

    H

    5 B e3presso de prazer5al B amedrontar ameaar intimidar5&M*92& ? Cadencia e3ecutada pelosatabaques e agog8s que capitula a estruturados di'erentes toques que marcam o sirvd.;. Mais con!ecida por &vamun!a

    5e B pegar apan!ar5> B 'erver5un B tecer tranar5` B comportarBse

    I

    2a B Me2a ia ? &v>2 ? vd. &bor8.21#&""Q ? Especialista ritual encarregada dopreparo das comidas votivas dos rs.21BE(* ? Especialista ritual encarregada daspinturas corporais durante o perodo deiniciao. Embora esse ttulo !onor'icosigni'ique literalmente UmeBdoBe'unU o o'ciolitGrgico no se limita s pinturas com opigmento branco e'un;. "o tambmempregados: `=A e osn respectivamente as

    cores azul e vermel!o210&Q ? -itulo !onori'ico geralmenteostentado pela pr>pria meBdeBsantosigni'icando UmeBdoBa3U ou UzeladoraBdoBa3U

    2alori3= B Me de santo sacerdote de ori3=;2&Z ? -ermo que designa o novio ap>s a 'aseritual da recluso iniciat>ria. Em ]orb=signi'ica Uesposa mais AovemU2b= B Colar c!eio de obAetos ritualsticob B !omenagem em respeito aos ,ri3=s2b p>AGp>AG B 'ebre muito altabamol B 'oras espirituais que somerecedoras de respeito2ban B Suei3obanGA B -risteza2bA B /%meos

    bere B ,rigemb B *ascimentobnu B )aiva2b> B 0ugar de adorao2b8 B Mato

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    2bAi B sombra2bGl B run B leito de doena2bGl B i$G B leito de morte2bsn $G B cemitrio2d B Espada2daBoba B Espada do )eid=` B consulente de adivin!ao2de B Pulseira

    2deruba B (antasma2d B nus n=degad>d B mbigo2dunnu ? (elicidade2(1 ? +eus dos or=culos e da adivin!ao."en!or do destino. 5= quem a'irme ser suarepresentao a cabaa envolvida por umatrama de 'ios de bGzios. "ua cor o branco."eu dia a quintaB'eira. Con!ecido tambmcomo l B 'oras da natureza

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    2sin$G B 'uneral enterrotan B to`odo`o B lenda tradicional !ist>riasobre os ori3=stan B !ist>ria lenda mitologiate'= B iniciado nos 'undamentos de 2'=2to B urina` B gba B car=ter de um ancio` B d= B natureza

    ` B )espeito2`=AG or B -esta` ro!in B *otcia do Aornal`o B C!i're`o B -u` r B ouro]= B gan B mul!er mais vel!a anci;dentro da sociedade dos mdiuns ancestrais]= B me]= nl= B @ov>]=gb B av>]=l=`o B divindade de i'=

    'eminina signi'ica: U me dos mistrios U.2]abas ? Cozin!eira

    291 E/#Q ? -itulo !onor'ico importante na!ierarquia dos terreiros que distingue suaportadora como UmeBdaBcomunidadeU]=l=`o B divindade 'eminina me dosmistrios2]ala3 B Me do a3 do terreiro]=l B esposa mais vel!a em uma 'amliapolgama.

    9=lors B mul!er iniciada nos mistrios das'oras da natureza .)elacionada com os vendavais os raios e ostroves. "incretizada com "anta #=rbara. "eudia da semana a quartaB'eira. "uas insgniasso a espada e o espantaBmoscas de crinas decavalo. "uas cores so o vermel!o escuro e omarrom. Considerada a me dos egGn que a Gnica a dominar. "audao ? UEparrei VU2]e$an B ancestrais do pai

    2]o ? "al

    J

    6=de B "air6=deogun B preparar o combate6=di B atacar6agunAagun B /uerreiro "oldado6aA= B Esteira6al B )oubar6 B acordar6e B comer6e e`o B m= sorte que vem como o resultadode uma violao de taburegra6A B rogar uma praga6E6E ? vd. *ao. vd. (>n.6E0 ? m dos nomes pelos quais con!ecidoWs 4AelG ou 2AelG6eun B Comer

    6`> B con'essar6i B &cordar roubar6igi B espel!o6iAe B comer6i$ele`i B borri'ar6imi B &cordaBme6> B +anar6>$o B sentar6>n= B estar em c!amas6> B desculpar perdoar6o`o B grande 'avor6Gb B )espeitar6uba B rezas pedido6u`> ? &cenar

    #

    N B 0er contarN=bi]s B cumprimento de respeito a um rei

    oba;N=b]sl B e3presso de respeito a um c!e'eou mais vel!oNd=r B destinoNg B pedir permisso para entrar em umacasaNal B sentarNan B &zedoNan= B estar em c!amasN=r B bom diaN=rn B 'icar doenteN` B ler

    N=`> B saudao aclamaoN B cortarNedere B clarear esclarecerN!nd B o segundo g%meo a nascerNe$er% B Pequeno

    N$er B pequenoNr B ser pequeno

    NQ- ? vd. *aoN$Gn B mortalNiniun B leoN> B &prenderNo +ara B )uimN -p B +e nadaN>$>r> B c!aveR sagrado para o mensageiroE3u WsG;Nla B noz de cola amarga. "agrada para amaioria dos ,ri3=sNorin B cantarN>rira B odiar

    Nor> B (el amargoNosi ? *adaNt B #uracoNu B morrerNu B Morrer

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    Nunle B aAoel!ar no c!o como um gesto derespeito tanto para um local sagrado comopara uma pessoa mais vel!a

    Nunrin B cantarNuru B 0ongeNurumu ? redondo

    L

    0 B &brir0= B son!ar

    0abal=b= B #orboleta0=bel B secretamente0 B l B o comeo considerar tempo;0= B l= B para sempre0=i$G B imortal0ailai B Para sempre0=la B "on!ar0=l B +e noite0l>Au B esclarecer iluminar0=n= B ,ntem0arin ? Moderado0&@&/E*" ? -ermo genrico pelo qual so

    designados os ritos 2ustrais dos candombls.Esses ritos puri'icat>rios podem sere3ercitados sobre os colares cerimoniais aspedras t=; consagradas aos rs e nostemplos. & mais tradicional mani'estaopublica dessa cerim8nia realizada na 2greAade *. ". do #on'im na #a!ia.0&@&/EMB+EBC,*-&" ? )ito de agregaoque consiste em lustrar os colares sagrados.Esse ritual marca o aparecimento dopostulante como abi vinculandoBo aestrutura !ier=rquica de uma casaBdeBsanto0% B (orte0tlt B segmentos de um ritual

    0` B ser bonito0ile B (eroz violento

    0il> B Partir0> B 2r0>d B do lado de 'ora0od% B 0ado de 'ora l= 'ora0od% oni B no presente0odo B *o rio0 come pei3es. "uas insgniasso o o' vd.; e o leque dourado abebe; de

    la B &man!0ona B *o camin!o0>ni B !oAe0>sn B +e tarde0o`o B )ico0>` B ser rico ter abundOncia0u B (urar0u$oun ? p%nis

    M

    Ma B de 'ato realmenteM&CM#&" ? vd. Candombls.M_EBC)2&+E2)& ? -ermo de re'er%ncia quedesigna a eb8min encarregada de atender onovio durante o seu perodo de recluso. Q arespons=vel pelo preparo e administrao dosalimentosR !igiene pessoalR guardaBroupa einstruo do ne>'ito nos mistrios do culto.

    Por isso dizBse que UcriaU aquele que est=sendo iniciado.M_EB+EB"&*-, ? vd. #abalori3=.M_EBPESE*& ? -tulo !onor'ico 'emininoque corresponde segunda pessoa na ordem!ier=rquica de uma casaBdeBsanto. -ambmocorre a 'orma iaB$e$er%. "eu equivalentemasculino paiBpequeno. +izBse tambmme ou paiBpequeno daquele que ao lado dame ou paiBdeBsanto encarregaBse da'ormao do ia8 vd. (il!oBpequeno;Maga B sacerdote c!e'e do ,ri3= ang8

    "ng>;Maleme B Pedido de perdoMalG B @acaMalu B #oiMalG &$o B #oi

    MlG B boiMandinga B (eitioMr` B 'ol!as de palmeira B &s 'ol!asdes'iadas do dendezeiro Elaeis gu]neensis &.C!eval P&0M&E; que guarnecem as entradasde uma casaBdeBsanto contra os egGn osespritos dos mortosM&-&M#& ? vd. ]=san.

    M&7 ? vd.

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    M B Con!ecerMo B EuMod% ? C!egueiMoAG B saber con!ecerMoAub= B &presentando meu !umilde respeito.0ouvao endereada aos ancestrais ilustres'oras da natureza e aos pr>prios rsdurante os o'cios litGrgicos

    M>oru B tempo quenteMG B Pegar

    Mu ? beberMul> B 0evar emboraMun ? #eberME*& ? +izBse dos 'il!osBdeBsanto noscandombls de UnaoU angola. K mesmo queia8. Por e3tenso designa a primeira sadapGblica do ne>'ito no rito angola. "igni'icaliteralmente Uestran!o ser animadoU na

    etimologia da lngua $i$ongo.

    N

    * B #ater*= B /astar*= B primeiro de todos*&_, ? +esigna no #rasil os grupos quecultuam divindades provenientes da mesmaetnia a'ricana ou do mesmo subgrupo tnico.Mo e3emplos do primeiro caso as UnaesU

    congo angola AeAe ao passo que o segundocaso ilustrado por $tu iAes e]>correspondentes aos subgrupos da etnianag8. -rataBse na verdade de categoriasabrangentes as quais se reduziram asmGltiplas etnias que o tr='ico negreiro 'ezrepresentadas no Pais. K termo tem servidopara circunscrever os traos diacrticos atravsdos quais se revela um mundo caracterizadopor um not=vel conAunto de elementoscomuns. -em servido alm disso paia!ierarquizar esse universo em termos damaior ou menor UpurezaU atribuda a cadaUnaoU em virtude de uma suposta 'idelidadee autenticidade litGrgicas.*aA B Prato 'eito com argila*4*1 ? +ivindade das =guas primordiais dospOntanos e breAos. +a associada quer ao limo'ertilizante e a vida quer a putre'ao e amorte. Considerada me de ,molG sincretizada com "ant&na. "uas cores so overmel!o o branco e o azul que e3ibe emseus colares. "ua insgnia o 2biri ? arte'ato

    con'eccionado com a nervura central das'ol!as do dendezeiro de =pice recurvo comoum b=culo. "eu dia s=bado. "audao ?U"=lbaU*ba B AuntarBse*'e B amar*i B dizer ser algum aquele depende do

    conte3to* B -er*i 4=r B +e man!*bi B *o lugar*gbt B quando*i$an B sozin!o*le B em casa*nG B dentro*ipa B "obre*ipon B /rosso.*tor B Por que*torp B Porque*Ae B bem*Ao B danar*$o B no*l= B grande*lo B indo*mu ? bebendo*,B+EBC,0& ? vd. ,b*rin B camin!ando*ro B pensando*u B "umir*]n ? voc%

    O

    , B ele ela isto,b= ? )ei,#1 ? -erceira mul!er de "ng> ,b= adeusa nigeriana do rio do mesmo nome. Muitasvezes se con'unde com ]=san pois alm decasada com "ng> usa tambm espada decobre. *a outra mo leva seAa um escudo seAaum leque com o qual esconde uma de suasorel!as em lembrana do epis>dio mtico quedeu margem sua rivalidade com

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    ,b 'ari B *aval!a,ber> B &lguidar,b B noz de cola usado num sistemasimpli'icado de adivin!ao. (ruto de umapalmeira a'ricana Cola acuminata "c!ott. wEndl. ? "-E)BC02&CE&E; aclimatada no #rasil.2ndispens=vel no candombl onde serve deo'erenda para os rs e usado nas pr=ticas

    divinat>rias simples cortado em pedaos,b B se3o 'eminino,binrin B Mul!er,birim B Mul!er 'eminino # B SuintaB'eira,A> Et B "e3taB'eira,A> sgGn B -eraB'eira,A> )G B SuartaB'eiraia,AG B ol!o ou 'ace dependendo do conte3to,AG B >ri B sepultura tGmulo,A se B 'ora nos ol!os,AG n B camin!o estrada,Au ona B ,l!o da rua camin!o ;,AG

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    B P%nis,$n B coraorum B +eus,losa B ,ri3= da laguna,0,""&2* ? "acerdote encarregado da coleta eda preparao ritual das ervas sagradas naliturgia dos candombls. K mesmo quebabalossain,l` B s=bio mais vel!o,l$> B Pro'essor,lu`o B c!e'e adivin!ador de 2'= do consel!omasculino dos ancios,mi B 1gua,mi a] B as =guas da terra

    ,mi +GdG B Ca' preto,mira B sangue menstrual,miBtGt B =gua 'ria,mo B 'il!o criana.,mod B criana Aovemn vd.; so voduns. & designao dasdivindades do culto angolaBcongo que 2!ecorrespondem in$ice. Essas equival%ncias soimper'eitas pois ao passo que uns so 'oras

    da natureza outros so espritos que retornamsob a representao de animais enquantooutros ainda so espritos ancestrais

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    saBse tranada em di'erentes arte'atoslitGrgicos.Pam> B EsconderPar B desaparecer ser destrudoPari B completarPari` B gritar barul!oPatap= ? #urroP&-Q7D ou P&-Q7D ? Palmas em cadKncia

    sincopada empregadas como saudao aosrs bem como em circunstOncias que impemo silencio como no caso do recol!imento paraindicar uma necessidade a ser atendida. +izBsepa8.P&)1" ? vd. CandomblsP B C!amarPeAi B Espcie de altar onde se encontramdispostos os diversos tipos de insgnias dadivindade como as pedras votivas ta; armase demais obAetos simb>licos e onde estodispostos os recipientes contendo as comidas

    o'ertadas aos rsPEM#&" ? Espcie de giz de di'erentes coresque usado para traar desen!os m=gicoBreligiosos e de car=ter invocat>rio. E mais

    'reqFentemente empregado nos ritos deumbanda.Pl B marcas na 'ace. Caracteriza as 'amliasPelebi B PatoPele$e B aumentarPpi]e B PatoPepel% ? #ancoPn B dividir repartir

    Pitan B contar !istoriasP,M#&B/2)& ? vd. WsP$ B copo 'eito de uma casca de cocoP,@,B+EB"&*-, ? +esignao coletiva queabrange o conAunto dos 'il!osBdeBsanto detodos os candomblsP)E-,"B@E05," ? -ermo que designa um tipode entidade caracterstica dos cultos deumbanda. )epresentam os espritos de negrosescravos que se notabilizaram por sua!umildade sabedoria e magia. "o con!ecidoscomo @ov8@ov> -io-ia e PaiMe.

    Pupa B @ermel!oPGp B MuitoPutu ? bom

    =

    SE#)&B+EBS220& ? vd. Suizila.S2-&*+&B+EB2&Z ? )ito do ciclo inici=tico emque so rompidos alguns dos tabus que cercamo novio. Consiste no desempen!o dram=tico de'unes e atividades evocativas de situaq\es doquotidiano. K termo alude ainda a venda que oia8 e'etua de produtos variados 'rutas docesetc.; e3postos sobre tabuleiroscomo nas 'eirase mercados. & origem do termo quitanda

    $imbundo e signi'ica e3por e por e3tenso'eira ou mercado.S220& ? 2nterdito ritualR o mesmo que `.*a liturgia dos candombls != um ciclocerimonial onde se realiza o rompimento dostabus que circundam o novio durante ainiciao con!ecido como quebraBdeBquizila.+ele 'azem parte o pan=n e a quitandaBdeBia8.

    R

    ) B &podrecer) B Comprar)= B engatin!ar)=r= B *o

    )=ri B rapar a cabea o primeiro degrau dainiciao)e B 2r)in B rir)r B coisas boas boa 'ortuna)ere B Muito bem)rn B )ir) B @er)n B &ndar)n B -rabal!ar

    )iri B tremer de medo) B Pensar)oboto ? )edondo),& ? vd. CasaBdeBsanto

    )Ao B c!over)onu B Pensar)Gbo ? "acri'cio)M )MP2 )*0Q ? vd. &tabaques)un B perecer sucumbir)*N, ? -ermo pelo qual se designa oaposento destinado a recluso dos ne>'itosdurante o processo de iniciao. ' con!ecidotambm como alase camarin!a ou ainda se)GsGrGsG ? &marelo

    S

    "= B estao determinado espao de tempo"&+&B+EB"&*-, ? vd. ,rG$o"aAu ? &ntes"&NP&-1 ? vd. ,balG`i]

    "n B estar bem"=n$u B morte prematura"=nm B cu"anra B estar gordo

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    "anro ? /ordo"&*-, ? vd. "gg B tirar a sorte 'undio de certas'ormas de adivin!ao"$ B mentir"i ,ri B &brir a Cabea"imi B +escansar"insin B descansar"nun B +entro"ir ? +iverso

    "2)2 ? ConAunto de danas cerimoniais ondeocorrem distintos ritmos cOnticos e estiloscoreogr='icos caractersticos do desempen!o decada B o qual7o B rela3ar

    7odi ? investigar7ogun mrin B os quatro cantos do mundo asquatro direes7ol B entrar7ol`d B entrar e sair

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    7on B ento7ran B assistir7u B +esenterrar

    7un ni B /ostar7Gr ? ,uro

    5

    9= B inundar9 B virar para o lado

    9g> B 0icena9ala]ala B gavio r=pido veloz9ama B ,este9n B escol!er9an B -orrar9anran B bom9ara B quatro9=ra B ser r=pido9araB]peAo ? "ala9aro B (icar aleiAado9esi ? quem9E74 ? VU9e`ere B sem valor indigno9] B bobagem9e]e B me9i B isto9ibi B grandeza9io B deseAo9i]an B &ssado9o B aparecer

    9onrin ? &reiaSC-%%.-+' & ,%&

    "aAu B &ntes"ir ? +iverso&*/Z" ? vd. Candomblsaor8 B -ornozeleira de pal!a da costa usadadurante o recol!imento para o processo deiniciao.

    arar= B 2nstrumento simb>lico do ,ri3=,baluai]%% B (azerir% B (esta brincadeira

    7

    @,+* ? vd. OUCO CULTUADOS

    - EU / ELEGBAR

    - OGUM

    - OSSANHE

    - OOSSI

    - LOGUN2ED

    - OUM

    - E"

    - O5

    - OB

    - 5EMONJ

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    - OUMAR

    - ANG

    - NAN

    - OBALUA OMUL

    - IR#O

    - OAL

    OS ORIS

    "o massas de movimentos lentos serenos e de idade imemorial. "o dotados de umgrande equilbrio necess=rio para manter a relao entre os que nascem e os que morrem entre o que dado e o que devolvido. Por isso esto associados Austia e ao equilbrio.

    "o as entidades mais a'astadas dos seres !umanos e as mais perigosas. 2ncorrer nodesagrado ou na irritao desses ,ri3=sB'un'un 'atal. -al situao est= associada ao sentimento queaterroriza alguns iniciados ao aniquilamento total a de ser completamente reabsorvido pela massa eno renascer nunca mais.

    (un'un aqui utilizado com duplo sentido: do brancode tudo que branco os obAetos eas substOncias brancasR e a do incolor antiBsubstOncia o nada.

    O =UE SO ORIS V

    Muita gente acredita que os ori3=s so seres in'eriores perversos e de pouca luz. ,u entoc!egam a de'iniBlos como criaturas demonacas com grande poder de destruio usados somentepara o mal. Mas ento o que realmente so os ori3=sx

    Para n>s os ori3=s so seres divinos criados por ,lorun nosso +eus Gnico que o au3iliaram nacriao do universo e de todos os seus componentes. & partir da eles gan!aram a 'uno deintermedi=rios entre o criador e a criatura. Q atravs deles que podemos tentar c!egar um pouco maisperto de +eus se isso no 'or muita pretenso para n>s meros mortais.

    "egundo os ]orub=s os ori3=s so os donos da nossa cabea ou UoriU e nossos protetoresindividuais. Eles esto sempre tentando nos transmitir seus con!ecimentos que muitas vezes passamdesapercebidos pela nossa razo mas no pelos nossos sentidos. 2n'elizmente no damos a devidaimportOncia a esse 'ato ac!ando que so Ucoisas da nossa imaginaoU. "egundo acreditamos !ouveuma grande ruptura entre os seres !umanos e os ori3=s que antes viviam lado a lado cada um

    podendo visitar o mundo um do outroR ou seAa a -erra i]; e o cu orun; estavam ligados entre sino e3istindo barreiras. &lgumas lendas do Candombl contam que tudo corria muito bem at um ser!umano desrespeitar a ordem estabelecida por ,lorun. "eu erro 'oi adentrar em um local proibidomaculandoBo com a suAeira da -erra. 2sso no 'oi perdoado e a separao tornouBse inevit=vel. &ssim,3al= soprou o seu !=lito divino sobre a -erra criando o ar atmos'rico que seria da em diante abarreira entre esses dois mundos. +esde ento os seres !umanos vivem tentando alcanar o cu eseus seres encantados sem obter resultado.

    *>s atravs do Candombl conseguimos restabelecer essa ligao com o orun e temos opoder de presenciar claramente a mani'estao da centel!a divina em nosso interior que ae3peri%ncia mais maravil!osa que algum pode e3perimentar. & esse conAunto de mecanismos criadospelos seres !umanos para tentar c!egar mais perto do criador e reatar assim a comunicaointerrompida no passado a mel!or de'inio para a palavra religio.

    5= varias 'ormas de um mesmo ori3= isto e3istem v=rios tipos di'erentes provenientes de umamesma origem divina. & esse 'en8meno damos o nome de qualidades. -omemos o e3emplo do ori3=,3un que reina nas =guas doces. Ele ir= subdividirBse em v=rias 'ormas ou qualidades como: Pond=,par= Nare -op etc. -odas essas qualidades t%m a mesma ess%ncia mas di'erem entre si em

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    muitas coisas inclusive no que diz respeito a seus 'undamentos e rituais. Esse tema muito comple3ogerando dGvidas at mesmo entre os babalori3=s.

    Por isso para podermos detectar o ori3= de uma pessoa assim como sua 'orma ou qualidade preciso consultar o or=culo de 2'= ou Aogo de bGzios. *o e3iste outro meio mais seguro e e'icaz.

    &travs dos bGzios um bom sacerdote ser= capaz de identi'icar o ori3= ao qual a pessoapertence e tambm veri'icar se != realmente a necessidade de se 'azer a iniciao. Caso isso seAainevit=vel a pessoa em questo dever= passar por v=rios preceitos de con'irmao at o dia da 'eitura.Q 'undamental que no !aAa erros de espcie alguma pois com a vida de um ser !umano que

    estamos lidando.Suando o babalori3= identi'ica o ori3= de algum ter= necessariamente de levantar todos osdetal!es que esto ligados a ele como a 'amlia ao qual pertence as o'erendas de que gosta o tipo decomida que mais l!e agrada seus lugares de eb>s rezas cantigas etc. Q tambm muito importantesaber sobre o elemento da natureza que ele !abita e domina bem como a 'uno que desempen!adentro do universo.

    ,s ori3=s podem ser evocados atravs de rezas aduras; cantigas especiais ori$is; ou peloseu nome dentro do plantel dos ori3=s morun$o;. Cada um deles tem suas cores predominantes quederivam das tr%s cores b=sicas do universo que segundo os ]orub=s so o vermel!o o preto e obranco. &s roupas rituais de cada ori3= alm de todos os adereos e 'erramentas que l!e sopeculiares tambm e3ibiro essas cores. &s comidas tambm so indispens=veis nas o'erendasvariando muito de ori3= para ori3=.

    ,)21",s negros a'ricanos ao c!egarem ao #rasil trou3eram um culto primitivo oriundo de sua p=triacon!ecido como Candombl. &parentemente de maneira in'antil cultuavam alguns deuses c!amadospor eles de Uori3=sU. Essas divindades seriam por um lado ligadas natureza e por outro aos !omens.Praticantes seculares do mediunismo os negros adeptos do Candombl no aceitavam e no aceitamat !oAe a UincorporaoU em seus mdiuns de Espritos de UmortosU. *o Candombl um Espritoerrante c!amado de UegumU.&s de'inies a seu respeito e as lendas a'ricanas a respeito de onde eles se originaram so v=riasmas coincidem em alguns pontos b=sicos: ,ri3=s so divindades intermedi=rias entre o +eus "upremoe o mundo terrestre encarregados de administrar a criao e se comunicar com os !omens atravs devistosos e comple3os rituais. &s est>rias sobre eles 'alamBnos de seres pro'undamente !umanos emseu comportamento B arqutipos que encontram correspond%ncia com v=rias mitologias entre elas agrecoBromana.E3istem duas correntes b=sicas que tentam e3plicar o aparecimento dos ,ri3=s. ma delas remonta acriao do universo. &ntes de tudo !avia o caos at que um deus supremo ,lorum semel!ana do+eus cat>lico; criou o universo suas estrelas planetas o mundo material que se separava demaneira dr=stica do que !avia antes o mundo imaterial ou sobrenatural. Para estabelecer seu controlesobre os seres que !abitariam esses mundos ou especi'icamente -erra; ,lorum criou oselementos sendo cada um deles a 'orma material dos ,ri3=s.,utra maneira de se e3plicar o mesmo processo menos msticaR os ,ri3=s seriam seres !umanosimportantes donos de grande poder em vida que morreram de maneiras incomuns por meio degrandes acessos de c>lera ou ento de 'ulminante pai3o. Essa sobrecarga de sentimento teriaprovocado uma espcie de derramamento da ess%ncia de cada ser impedindo que eles assumissem a'orma comum de todos os espritos mortos os eguns. *este caso tais espritos se identi'icariam com

    um dos elementos da natureza., ,ri3= seria ento um ancestral divinizado que quando vivo estabeleceu controle sobre certas'oras da natureza tais como o trovo o vento as =guas doces ou salgadas ou mesmo sobre certasatividades como a caa o trabal!o em metal ou ainda sobre o con!ecimento das virtudes e dautilizao das plantas. , poder o &3 do ancestral ,ri3= teria a 'aculdade depois da sua morte de setransmitir momentaneamente a um de seus descendentes no decorrer de uma crise de possesso.5avia cerca de KK ,ri3=s na 1'rica que se reduziram a \K no #rasilR desses apenas H so cultuadosno Candombl na atualidade. Esse processo de assimilao no entanto no est= de'inidoR ao longodeste sculo assistiuBse por e3emplo progressiva reabilitao de *an assim como outrasentidades aos poucos vo sendo esquecidas.,s Uori3=sU ao presidirem a pr>pria natureza atravs de seus agentes trariam em si caractersticas depersonalidade que os ligariam a determinados estados evolutivos da espcie !umana. & vibrao

    provocada pelo tipo de personalidade de um certo indivduo vai coloc=Blo sob a in'lu%ncia dedeterminado U,ri3=U. +izBse ento que ele oriundo daquela 'ai3a psquica ou como 'azem noCandombl que ele U'il!o de "antoU. ,s ori3=s podem ser considerados arqutipos da personalidade'reqFentemente escondida das pessoas. ,s seus adeptos t%m em comum tend%ncias inatas e umcomportamento geral correspondente a cada ,ri3=: a virilidade devastadora e vigorosa de &*/Z a

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    'eminilidade elegante e vaidosa de ,* a sensualidade desen'reada de ,91B9&*"&* a calmabenevolente de *&*&* a vivacidade e a independ%ncia de ,,""2 o masoquismo e o deseAo dee3piao de ,M,0 etc. os mais cultuados atualmente no #rasil e de acordo com o ttulo uma religioa servio do povo os de maior interesse pela nossa pr>pria necessidade maior con!ecimento einterao. 0evando sempre em considerao que so denominados na linguagem ]orubana.E3iste uma subdiviso entre os ori3=s que os di'erencia e identi'ica de uma 'orma mais individualmesmo dentro do seu grupo que denominado UqualidadeU do ori3= cabe uma e3plicao maisapro'undadaR cada pessoa tem um ori3= individual Gnico e e3clusivo no e3istem dois ori3=s iguais

    em toda terra e todos possumos o que c!amamos de Ucuia 'ormada por sete ori3=s sendo umprincipal c!amado de U'renteU B o dono do ,r B o segundo UaAunt>U os demais: UproteoUUcarregoU UalicerceU e UcumieiraU. & cada ori3= as qualidades variam de acordo com a nao que sepratica $%to g%ge angola iAe3= 'on...; essas qualidades e3primem situaes desses ori3=s quepodem ser ttulos !onor'icos caso de ang8; tipos de animais lugares situaes 'ormas ... os seteori3=s que 'ormam a UcuiaU de cada pessoa com as suas mais diversas qualidades 'ormam entre siuma combinao matem=tica quase que in'inita o que propicia a cada indivduo um ori3= Gnico semoutro igual.

    ,s ,)21" B deuses 2,)#1" na 1'rica e no *ovo Mundo ? seriam ancestrais mticosencantados e metamor'oseados nas 'oras da natureza. Cada 2ndivduo tem um ,)21 principal que o Udono da cabeaU e outros tr%s que e3igem cultua co e que tambm o'erecem proteo. & tradio

    a'irma que cada ser !umano no momento em que criado escol!e livremente sua cabea ,)2; e seudestino ,+;. Cada pessoa tem uma origem divina que a liga a uma divindade espec'ica. Esta partedivina situada dentro da cabea. & substOncia de origem divina 2P,)2; torna mani'esta a 'iliao aum deus especi'ico ? o E0E+1 por 2sso c!amado o dono da cabea. Con!ecer seu E0E+1 possibilita ao!omem ser art'ice de seu pr>prio destino cumprindo as obrigaes ou 2nterdies que seu ,)21determina.

    "aber manipular tais in'lu%ncias equivale ao con!ecimento do !or>scopo natal com as mel!orasde vida que se pode obter sabendo ouvir os astros. K Udono da cabeaU E0E+1; determina o tipopsicol>gico de seu 'il!o e responde tambm por suas caractersticas 'sicas e seu destino.-radicionalmente sabeBse qual o ,)21 da cabea pela leitura de bGzios B 'orma divinat>ria na qualse l% o ,+. Para isso usaBse bGzio a'ricano C&)2; previamente preparado para esse 'im.@oltaremos ap>s uma viso geral da estrutura do C&*+,M#0{ aos ,)2T" e tipos psicol>gicos.

    ORIS >OUCO CULTUADOS3

    AAAJ 3 Est= ligado 'loresta aquela que ensina o uso das ervas.

    AB 3Q cultuado na Casa /rande das &lmas das Minas no Maran!o irm g%mea de #&+Q no 6%Ae c!amado de &/#W.

    A!! 3 +eusa dos ventos +eusa 9orub=. "e relaciona com ,]=.

    A!OMAN3 +eus da varola respons=vel pelas epidemias.

    AJ ALUG 3, escol!ido de ,lorum representa riqueza e sucesso. Suando grande soma de din!eirotem que ser obtida 'eito apelo este ,ri3=.

    AJ 3Q um ,ri3= que comenda o vento e possui uma 'ora e3traordin=ria. &s pessoas desse ,ri3='azem sacri'cios de animais e 'esteAos separados dos demais.

    AGEM 3Q um tipo de ,ri3= comum entre 2Ab e &goi`>]e.

    AZAMOD 3Cultuado no 6%Ae. *o seu dia realizada uma grande 'esta de 6aneiro;. *essa 'estatodos os iniciados devem usar roupa branca. &s mul!eres trazem na cabea travessas e gamelas debarro repletas de 'rutas que so colocadas nos ps das =rvores correspondentes. -odos devem comer

    'rutas. *o != sacri'cio de animais.

    A>AO# 3,ri3= que tem o seu corpo em 'orma de =rvore o sen!or da Aaqueira. "egundo algumaslendas gerou ,3ossi. W muito con'undido com 2r8$o.

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    AAB 3,ri3= 'eminino da 'amlia de ang8 usa vestimentas nas cores vermel!o e branco podendoser estampado;. sa sempre pano da costa. -raz na mo uma lira.

    AZA 3Q o vodum da morte. , seu assentamento enterrado o mais 'undo possvel ou tapado comcimento de 'orma que ningum ten!a acesso. Esta entidade tambm protege aqueles que trabal!amno comrcio seu assentamento 'undamentado com sangue !umano. "eu 'erro uma 'oice.

    A!RE#UET 3 -0 A"ERE#UET+eus da abertura dos camin!os divindade a'ricana cuAo culto

    mais 'reqFente no 6%Ae. -em ligao com Nevioso.

    AIDO7ED 3Pertence ao culto da +.

    A#ON#OR 3W assentado na caAazeira sagrada. Cultuado na Casa /rande das Minas do Maran!o.

    A#SSA>AT 3*o nosso culto corresponde a "a$pat=.

    BAIANNI -0 BANHANI 3-em ligao com ang8. "uas vestimentas so parecidas com a de ang8traz tambm um ad de bGzios de modo que 'ica desproporcional com a cabea do 2a8.

    BAD 3Ele o 'il!o de "ogbo. W considerado prncipe. sa roupa colorida com predominOncia de

    branco e vermel!o usa tambm um gorro na cabea.BALU!ON -0 BALU!AN 3deus inventor da tecelagem.

    BOSS#O -0 >OSS 3 Pertence a 'amlia c!amada +ambir= ligada terra. Q muito perigoso.

    DOS -0 DOS>E 3 Pertence 'amlia dos antepassados.

    I5AMI OSORONG 3Q um ,ri3= terrvel ao qual devemos o m=3imo de respeito. "ua representaona 1'rica atravs de um p=ssaro a'ricano. 9&M2 emite sons assustadores de onde vem o seu nome.&o se 'alar nesse ,ri3= deveBse 'azer rever%ncia. Como dona da barriga !umana ela terrvel em suascobranas. Q considerada uma bru3a e um p=ssaro ao mesmo tempo seu smbolo uma coruAa.

    2]ami ,sorong= o termo que designa as terrveis aAs 'eiticeiras a'ricanas uma vez que ningum ascon!ece por seus nomes. &s 2]ami representam o aspecto sombrio das coisas: a inveAa o ciGme opoder pelo poder a ambio a 'ome o caos o descontrole. *o entanto elas so capazes de realizargrandes 'eitos quando devidamente agradadas. PodeBse usar os ciGmes e a ambio das 2]ami em'avor pr>prio embora no seAa recomend=vel lidar com elas., poder de 2]ami atribudo s mul!eres vel!as mas pensaBse que em certos casos ele podepertencer igualmente a moas muito Aovens que o recebem como !erana de sua me ou uma de suasav>s.ma mul!er de qualquer idade poderia tambm adquiriBlo voluntariamente ou sem que o saiba depoisde um trabal!o 'eito por alguma 2]ami empen!ada em 'azer proselitismo.E3istem tambm 'eiticeiros entre os !omens os o38 porm seriam in'initamente menos virulentos ecruis que as aA 'eiticeiras;.

    &o que se diz ambos so capazes de matar mas os primeiros Aamais atacam membros de sua 'amliaenquanto as segundas no !esitam em matar seus pr>prios 'il!os. &s 2]ami sao tenazes vingativas eatacam em segredo. +izer seu nome em voz alta perigoso pois elas ouvem e se apro3imam pra verquem 'ala delas trazendo sua in'lu%ncia.2]ami 'reqFentemente denominada ele] dona do p=ssaro. , p=ssaro o poder da 'eiticeiraR recebendoBo que ela se torna aA. Q ao mesmo tempo o esprito e o p=ssaro que vo 'azer os trabal!osmal'icos.+urante as e3pedies do p=ssaro o corpo da 'eiticeira permanece em casa inerte na cama at omomento do retorno da ave. Para combater uma aA bastaria ao que se diz es'regar pimentavermel!a no corpo deitado e inde'eso. Suando o esprito voltasse no poderia mais ocupar o corpomaculado por seu interdito.2]ami possui uma cabaa e um p=ssaro. & coruAa um de seus p=ssaros. Q este p=ssaro quem leva os

    'eitios at seus destinos. Ele p=ssaro bonito e elegante pousa suavemente nos tetos das casas e silencioso.U"e ela diz que pra matar eles matam se ela diz pra levar os intestinos de algum levaroU.

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    Ela envia pesadelos 'raqueza nos corpos doenas dor de barriga levam embora os ol!os e ospulmes das pessoas d= dores de cabea e 'ebre no dei3a que as mul!eres engravidem e no dei3aas gr=vidas darem luz.&s 2]ami costumam se reunir e beber Auntas o sangue de suas vtimas. -oda 2]ami deve levar umavtima ou o sangue de uma pessoa reunio das 'eiticeiras. Mas elas t%m seus protegidos e uma2]ami no pode atacar os protegidos de outra 2]ami.2]ami ,s!orong= est= sempre encolerizada e sempre pronta a desencadear sua ira contra os seres!umanos. Est= sempre irritada seAa ou no maltratada esteAa em compan!ia numerosa ou solit=ria

    quer se 'ale bem ou mal dela ou at mesmo que no se 'ale dei3andoBa assim num esquecimentodesprovido de gl>ria. -udo prete3to para que 2]ami se sinta o'endida.2]ami muito astuciosaR para Austi'icar sua c>lera ela institui proibies. *o as d= a con!ecervoluntariamente pois assim poder= alegar que os !omens as transgridem e poder= punir com rigormesmo que as proibies no seAam violadas. 2]ami 'ica o'endida se algum leva uma vida muitovirtuosa se algum muito 'eliz nos neg>cios e Aunta uma 'ortuna !onesta se uma pessoa pordemais bela ou agrad=vel se goza de muito boa saGde se tem muitos 'il!os e se essa pessoa nopensa em acalmar os sentimentos de ciGme dela com o'erendas em segredo. Q preciso muito cuidadocom elas. E s> ,runmil= consegue acalm=Bla.(onte: &s "en!oras do P=ssaro da *oite

    I5A 3Q uma +eusa cultuada pelos negros da nao /runci. , assentamento dessa deusa 'eito emum tanque com conc!as e caramuAos alm de quartin!as de porcelana.

    LISSA 3Q considerado @odun pertence a 'amlia do raio.

    MA"U 3Possui uma parte 'eminina e outra masculina o seu par 'eminino 02""&. Para alguns asduas partes so g%meas uma corresponde 0ua outra ao "ol 'il!os de uma divindade suprema&*,01.

    >OLIBOZI 3@odun cultuado na Casa /rande das Minas no Maran!o cuAo pai "a$pat=.

    JO#N 3+euses Aovens que servem de guias abrindo camin!os para outros @oduns mais vel!ospassarem. Cultuado no 6%Ae.

    IMOL 3Q uma entidade sobrenatural que representa os mortos e os ancestrais. "o representadospor pequenos montes de terra e batendo a terra que devem ser invocados.

    ONIL 3Q um irunmol cultuado pelos sacerdotes de Eguns. Q a primeira entidade a receber aso'erendas nas obrigaes.Q uma entidade sobrenatural pois representa os mortos e os ancestrais.saBse montculos de terra para representaBlo e batendo ritualmente na terra que devem serinvocados os mortos.

    5EBURU -0 5E2BI2IRU : Me de todos os ,ri3=s. Q a mul!er de ,rumil= cuAa ligao concebeu E3uElegbara.

    I5AMASE 3Q a me de ang8 a esposa de ,ranmian ou &rani]an.

    BABA EGUN

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    W OMORUGB &limenta se do p> do bambu que est= cado no c!o. @ive no mil!aral e 'ica escondidono mil!aral observando os seres !umanos.X DEMB ORIB Este #aba Egun vem nos camin!os de E3G. Q um egun muito perigosoquando no cultuado de acordo com suas vontade e 'undamentos trabal!ador gosta de limpar oscamin!os das pessoas tira doenas e 'eitios.Costuma trazer sorte nas loterias.BABA EGUN SENGRB Este #aba Egun vem pelos camin!os de ,gGn muito guerreiro e no 'oge auma luta para tirar seus protegidos das perseguies aAudam muito os militares policiais desde queesteAam corretos quando se zanga pode colocar pessoas na cadeia quando estas cometem atosincorretos.BABA EGUN O#INB Este #aba Egun vem nos camin!os de >si traz 'artura caador gosta deser bem tratado gosta de comer espigas de mil!o en'eitadas com 'itas coloridas mingau de 'arin!a de

    aca= doce 'rutas doces aca=s passados no aGcar cristalR seu a3> 'eita do couro do leopardo.BABA EGUN BA#ABA#AB Este #aba Egun vem nos camin!os de ,molG quando bem tratado gostade tirar as molstias das pessoas pragas perseguies de quiGmbas e quando aborrecido traz doenas muito 'eiticeiro costuma tirar as 'eitiarias de todos aqueles que l!e pedem.BABA EGUN ALAM>ALB Este #aba Egun vem pelos camin!os de s abre camin!os e vence demandas.Suando se da comida aele costuma aparecer um vento tipo rodamoin!o marcando a sua presena. Q carregador de eb> eacorrenta os quiGmbas que costumam perseguir =s pessoas.BABA EGUN EMBB Este #aba Egun vem nos camin!os de ,3umar% traz riquezas progressos darintuies artsticas livra quem l!e pede aAuda das traies. Suando come as pessoas costumam ouvir osibilar da cobra.BABA EGUN BAMBU ADINMODOB Este #aba Egun vem pelos camin!os de ang8 livra aspessoas de problemas de Austia e das inAustias que aparecem no dia a dia da vida de cada ser!umano. &Auda os polticos e pune quem no cumpre corretamente seus a'azeres dentro da poltica eda Austia. W muito bom quando bem tratado.BABA EGUN OMITOD 2 E., B&& E$0+ * +-. (&*)+[-. ' I*-+\] ,&*F* . -0:&&% ;0 * +-. (&*)+[-. ' O.+>%-,$ (-+,%& +([+,. *&%*-,-. ;0&+'- *,%&,&'- (-.,0*& ,%&^% %);0^&. .. B&& $0+ %-,$ -. )&\&+,. -% *&% =0&+'-(-* - *&% :)(& &$),&'-

    AE

    & morte para n>s espritas transit>ria epis>dica porque o termo morrer no tem grande sentidopois n>s somos conscientes que ela representa apenas um pulo de uma vida para outra cuAo mistrio esegredos s> ,3al= sabedor.

    "> que cabe lembrar que para os iniciados no culto dos ,ri3=s temos que passar por um grande ritualpara dar camin!o ao Egun para que ele seAa encamin!ado ao seu destino que l!e 'oi reservado esomente atravs deste ritual que se poder= ter contato com o Egun e saber a direo que ele vaitomar.ma delas saber s ele que ser despac!ado ou quer ser assentado para aAudar todos que 'icaram paradar continuidade ao barraco.Entramos numa parte do santo muito sria que o culto a #aba Egun onde tem que se ter um grandecon!ecimento e ter cargo dado pelo santo pois do contr=rio ir= por em risco a sua vida e a dosoutros., culto a Egun no pertence a ningum mas se tem que ter um grande respeito porque o egunno a morte mas contm a morte por isso ter muito cuidado para no atrair 2$G.-odas as casas de "anto tem por obrigao de ter seu 0essen local onde 'ica os oAub> dos eguns,nil 2$G pria vida., sacerdote 'eito no santo no estar= completo se no tiver con!ecimento dessa parte.

  • 8/13/2019 Introduccion Candombl

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    & roa sendo pr>pria do zelador a situao 'ica mais '=cil para an=lise perante o &s. , Aogo de 9'=dar= toda orientao necess=ria ao respons=vel pela obrigao e a palavra do Egun ser= ouvida paraque ele determine quem ser= o sucessor que assumir= o destino da casa de santo.*o meucon!ecimento ac!o uma 'alta de con!ecimento do zelador que em vida diz que no vai querer que'aam o &3e3% quando eles partirem. 2sto no correto e contraria toda a liturgia do candomblpregadas. a todos ensinamentos dei3ado pelos nossos ancestrais., que mais me indiguina quealguns 'il!os de santo no do valor este acervo cultural limitandoBse apenas que so 'eitos masno vo as casas de santo aAudar seus zeladores nem para visitar quando est= precisando de aAuda

    ou quando a casa esta em 'uno perdendo com isto a oportunidade de participar e aprender e atmesmo assistir quem sabe a uma obrigao com or8 raro que muitas das vezes s> ir= se repetirBseanos depois e a o 'il!o perdeu o bonde da !ist>ria e no aprendeu no seu pr>prio &s os