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Inovação & Marketing: O Melhor de 2010 1

Conteúdo

Google Earth facilita descobertas científicas ......................................................................................... 1 Recrutar nas redes sociais, a moda está a pegar ..................................................................................... 4 Casamento Patrocinado, nova moda? .................................................................................................... 7 Riscos e Oportunidades para o Marketing ............................................................................................. 8 Hotéis para pecadores .......................................................................................................................... 11 O que os portugueses inventam que tem sucesso no estrangeiro ......................................................... 12 Exportar para dar a volta à crise........................................................................................................... 15 As 20 coisas que passaram de moda esta década ................................................................................. 20 As cinco lições de Lady Gaga para um marketing eficaz .................................................................... 21 Empresa de calçado criada numa garagem já factura 10 milhões ........................................................ 23 Computador portátil indiano custa apenas 27 euros ............................................................................ 24 Twitter já tem tweets patrocinados ...................................................................................................... 26 CTT recrutam no Facebook ................................................................................................................. 27 Descubra as 10 empresas mais valiosas do mundo .............................................................................. 28 Apple eleita a mais inovadora do mundo ............................................................................................. 30 Os «hotéis» mais estranhos do mundo ................................................................................................. 31 Marcas invadem praias à conquista do consumidor em férias ............................................................. 33 Portugal cria plataforma para internacionalização de empresas de base tecnológica .......................... 35 As melhores empresas exportadoras de Portugal ................................................................................. 41 Tecnologias dão mais emprego ............................................................................................................ 43 Criada primeira Rede de Economias Criativas .................................................................................... 45 Evolução da Distribuição ..................................................................................................................... 46 Norte tem de apostar em factores distintivos ....................................................................................... 48 Computadores, já não vamos precisar de ratos .................................................................................... 50 Redes sociais mais eficazes na divulgação da publicidade .................................................................. 51 O que a Nokia está a fazer para não perder a liderança ....................................................................... 52 O Segredo está no cheiro ..................................................................................................................... 56 Como se preparar para apresentar ideias inovadoras à empresa .......................................................... 57 Como começar o seu próprio negócio na Internet ............................................................................... 59 Empresas estão a ficar viciadas nas redes sociais ................................................................................ 61 Onde estão os apartamentos mais caros do mundo? ............................................................................ 64 CiencInvest estimula empreendedorismo de base tecnológica ............................................................ 66 Seis dicas de milionários para poupar dinheiro ................................................................................... 68 Marketing digital crescerá 90% em três anos no Brasil ....................................................................... 69 Marcas portuguesas de calçado diversificam oferta ............................................................................ 71 Google, Disney e Apple são as preferidas para trabalhar .................................................................... 73 As 11 marcas que mais investem no futebol mundial .......................................................................... 74 Sete segredos de inovação de Steve Jobs ............................................................................................. 76 Mercado de genéricos vai triplicar até 2015 ........................................................................................ 78 Nova fritadeira eléctrica substitui óleo por ar ...................................................................................... 81

Nota: O E-Book ―Inovação & Marketing: O Melhor de 2010‖ é constituído pelas publicações do Portal

Inovação & Marketing que tiveram maior mediatismo no ano de 2010.

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Google Earth facilita descobertas científicas

15 de Abril de 2010

Uma das mais famosas ferramentas do Google é cada vez mais usada por cientistas.

O Australopithecus sediba, um hominídeo com 1,9 milhões de anos, foi revelado pela

comunidade científica na semana passada e marcou um novo passo para um melhor

conhecimento da evolução humana. A descoberta, efectuada na África do Sul, foi destacada na

revista científica Science, mas demonstrou também o impacto do Google Earth para a

investigação em diferentes ramos da ciência – algo que não é novidade há vários anos.

Como forma de complemento, o YouTube disponibiliza os relatos científicos sobre a descoberta

(http://bit.ly/9zFOZw.). A locução é feita por Michael Jones, responsável técnico da Google,

acompanhado por texto descritivo.

Em Março de 2008, Lee Berger, da Universidade de Witwatersrand (Joanesburgo), começou a

usar esta ferramenta da Google – que permite uma visão da Terra a partir de imagens por satélite

– para identificar e registar caves e depósitos de fósseis descobertos nas últimas décadas. Nessa

altura, estavam marcados cerca de 150 locais que evoluíram para meia centena, um dos quais

continha os fósseis do Australopithecus sediba.

Também nesse ano, o geólogo Arthur Hickman usou a aplicação da Google para descobrir uma

estrutura circular na Austrália que se revelou ser uma cratera criada por um meteorito,

denominada então de cratera Hickman em reconhecimento pelo autor da descoberta.

Ainda nesse mesmo ano e país, Chris Simpson usava o Google Earth quando descobriu uma

barreira de corais antes desconhecida. Neste caso, Simpson tinha um olho treinado por já antes

utilizar outras imagens por satélite e aéreas para estas tarefas.

Noutro exemplo, ao usar o Google Earth para determinar zonas com altitude e padrões indicados

à sua pesquisa, investigadores ingleses descobriram dez novas espécies de camaleões e

borboletas no Malawi.

Também usando as imagens por satélite (e observações de campo num total de 8510 animais em

308 locais de pasto), zoólogos da Alemanha e da República Checa tentaram demonstrar

manifestações de magnetismo animal e de ―magnetorrecepção‖, no sentido em que as imagens os

mostravam posicionados nos terrenos segundo os pólos magnéticos do planeta, virados de norte

para sul na sua grande maioria – um fenómeno desconhecido dos tratadores.

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Dos animais para os humanos, em 2005 e na cidade italiana de Parma, o informático Luca Mori

estranhou a visualização da sua residência no Google Earth, no que veio a revelar-se ser uma

antiga villa romana, confirmada por arqueólogos que a dataram com mais de dois séculos.

O Google Earth também tem sido eficaz em descobertas como uma plantação de marijuana em

Thurgau (Suíça), colocada estrategicamente no meio de um campo de cultivo de milho, ou na

revelação em 2007 de uma base secreta de submarinos nucleares em Dalian, facto que na altura

gerou alguma polémica por se tratar de um segredo do Estado chinês.

Fonte: Diário de Notícias

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Recrutar nas redes sociais, a moda está a

pegar

1 de Julho de 2010

Empresas em Portugal como a Sonae, o Ikea ou a Microsoft já aderiram a esta nova forma de

contratação de colaboradores. Conheça as vantagens e saiba porque é que deve ter o seu

currículo ‗online‘ sempre actualizado.

Não estava nos planos de Andreia Vieira regressar ao Porto nem continuar a trabalhar na área da

Telecomunicações, mas um convite irrecusável da Optimus, que surgiu através da Star Tracker,

acabou por mudar a sua vida. ―A pessoa que me encontrou na rede, que viria a ser minha

directora, andava à procura de um candidato exactamente com o meu perfil. Como sempre achei

que é importante estarmos receptivos a novas oportunidades, por vezes bem distantes do

caminho que traçamos, resolvi responder e ver o resultado‖, diz Andreia Vieira, que actualmente

trabalha como ‗account manager‘ na operadora.

Apesar de terem surgido como um meio de comunicação interpessoal, cada vez mais empresas

têm vindo a olhar para as redes sociais como uma ferramenta de recrutamento. Daí se explica

que, depois do sucesso do Facebook ter lançado expectativas altas quanto às possibilidades

destes meios, tenham vindo a surgir redes exclusivamente dedicadas ao recrutamento e

comunicação profissional. LinkedIn, Monster ou mesmo a portuguesa Star Tracker são casos de

sucesso.

Tiago Forjaz, fundador desta última, explica que uma das principais vantagens da fusão entre a

comunicação pessoal e a procura de emprego é que ―os nossos amigos podem indicar-nos um

novo emprego ou até referenciar-nos para uma oportunidade. Mas a maior vantagem é a

oportunidade encontrar-nos a nós‖, explica.

As vantagens são muitas e vão além do investimento reduzido. As redes sociais contêm muito

mais informação do que os currículos e, por isso, tornam-se mais ricas enquanto fontes vivas de

investigação dos talentos que se estão a analisar, como adianta Tiago Forjaz.

―As redes são uma forma importante de recolha de informação para além das notas curriculares.

Através da Internet é possível saber mais sobre as pessoas e o seu percurso, bem como recolher

‗feedback‘ do próprio ou de terceiros‖, concorda Miguel Rangel, director de relações

institucionais, marca e comunicação da Sonae, uma das empresas que aposta neste sector e que

até já criou a sua própria rede social de recrutamento (Rede Contacto).

Também o Ikea utilizou estas novas vertentes da contratação ‗online‘ para colocar novos

funcionários na sua loja de Loures, em Abril passado, o que representou uma ―aposta clara na

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oportunidade, rapidez e amplitude que as novas tecnologias e, em particular as redes sociais

profissionais, criam‖, afirma Catarina Tendeiro, directora de recursos humanos do Ikea Portugal.

―A tecnologia de que dispomos hoje é um facilitador nestes processos, já que nos permite ter

acesso à informação muito mais rápido e, consequentemente, ter uma maior e melhor capacidade

de resposta para as pessoas que nos contactam‖, acrescenta.

Aliás, a rapidez, por vezes, surpreende, como aconteceu a André Bergonses: ―Trabalhava na

L‘Oréal como gestor de produto, mas não me sentia satisfeito. Estava na altura de mudar. Fiz o

meu currículo e nem sequer abri um jornal, comecei logo a pesquisar na Internet. Já estava no

Star Tracker e encontrei um anúncio das Páginas Amarelas que me interessou. Respondi e obtive

resposta logo no dia seguinte. Foi o primeiro ponto de contacto e foi muito rápido. Não estava à

espera que a resposta chegasse tão rápido‖, afirma. Hoje, André Bergonses continua na empresa

que o contratou através desta rede e está a trabalhar em Antuérpia.

Mais do que um concorrente, as redes são um complemento

Em Portugal, empresas como o Ikea, a Sonae, a Optimus, a Microsoft ou as Páginas Amarelas

são exemplos da adesão crescente ao potencial das redes sociais, mas as consultoras do sector do

recrutamento continuam a ser as utilizadoras mais intensivas destes meios. É esse o caso da

Boyden. ―As redes sociais são cada vez mais importantes e globais. É uma base de dados

mundial. Um complemento cada vez mais importante, porque cada vez mais pessoas estão

ligadas‖, explica Fernando Neves de Almeida. O presidente da empresa de ‗executive search‘

lembra, no entanto, que, embora sejam uma boa fonte de recrutamento, ―não são nem nunca

serão a única. Claro que não descuramos essa forma de pesquisa, mas é perigoso quando se

pensa que os candidatos se esgotam ali. As redes não servem para avaliar pessoas‖.

É uma opinião partilhada por Miguel Rangel, da Sonae. ―As redes sociais têm a vantagem de

permitir uma maior interacção entre as empresas e os candidatos, facilitando o processo de

selecção. No entanto, devem ser vistas como complementares no processo de recrutamento, já

que ainda há variáveis que apenas o contacto pessoal permite aferir‖, defende.

Esta visão traduz a resistência que ainda se vai sentindo a uma aposta mais forte na utilização das

redes sociais. Para além do tabu, por parte dos candidatos, de admitirem que estão à procura de

emprego na Internet, ―o principal entrave ainda é a falta de conhecimento e fluência na utilização

da tecnologia e a assiduidade de utilização da Internet por parte da maior parte das pessoas que

realmente têm o poder de tomar estas decisões no mundo corporativo‖, salienta Tiago Forjaz.

Assim, podemos dizer que as empresas portuguesas já vão utilizando estas novas oportunidades

que surgem com as novas tecnologias, mas ainda pouco. A nossa realidade ainda está aquém do

que acontece nos Estados Unidos, ―onde 20% dos empregadores utilizam massivamente as redes

sociais como fonte de recrutamento‖, revela Tiago Forjaz.

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Recrutados pela rede:

Margarida Pedroso, Corretora de seguros Aon, 30 anos

Margarida Pedroso foi contactada em Novembro passado no Linkedin, depois de ter sido

indicada por uma pessoa da área de trabalho. Acabou por ser contratada e deu um salto na

carreira. ―Já tinha sido abordada três vezes pela rede por consultoras de recursos humanos, mas

estava de licença de parto. A Aon contactou-me directamente. Considero o Linkedin muito útil

em termos profissionais. A rede acabou por ser um óptimo veículo de comunicação‖, diz a

corretora de seguros.

André Bergonse, Páginas Amarelas 26 anos

André Bergonse não estava satisfeito com a sua situação profissional como gestor de produto na

L‘Oreal e, no final do ano passado, fez o seu currículo. ―Nem sequer abri um jornal, comecei

logo a pesquisar na Net‖, afirma. Já estava no The Star Tracker e encontrou um anúncio que lhe

interessou de emprego das Páginas Amarelas que lhe interessava para mudar de área. ―Respondi

e obtive resposta logo no dia seguinte. Não estava à espera que a resposta chegasse tão rápido‖,

diz.

Fonte: Económico

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Casamento Patrocinado, nova moda?

27 de Julho de 2010

Ideia revolucionária pode lançar a moda. Noiva desempregada recebeu tudo de borla: do vestido

ao bolo e à lua-de-mel.

A ideia é revolucionária e pode resultar. A filha tinha o sonho de casar com pompa e

circunstância, mas a crise e o desemprego não permitiam desembolsar a choruda quantia

necessária. A mãe decidiu não baixar os braços e meteu mãos ao trabalho. O resultado: um

casamento com cerca de cem convidados onde nada faltou e tudo foi oferecido.

Gabriela Almeida, a mãe da noiva, enviou mais de dois mil e-mails a empresas propondo um

patrocínio, em produtos das próprias marcas, ao casamento da filha, Sónia. Muitas recusaram

mas algumas aceitaram o desafio. Sónia recebeu a viagem de lua-de-mel à Madeira (incluindo

voos, estadia e carro) o bolo, o vestido de noiva e o fato do noivo, as alianças, as flores, os

vinhos, livros, leitões, charutos e até os convites. Tudo num valor aproximado de mais de cinco

mil euros, segundo disse à Lusa Gabriela Almeida.

O casamento realizou-se este sábado na igreja do Cadaval e mostra que os sonhos podem tornar-

se realidade com persistência e imaginação.

A noiva, Sónia Almeida, de 20 anos, desempregada, considera que a «ideia é fantástica» e não

fica atrapalhada em saber que a maioria das coisas foram oferecidas, reforçando mesmo que

«numa altura de crise dá muito jeito».

Um centro de estética ofereceu a maquilhagem porque considerou «uma ideia original e já

conhecia a família», sendo uma forma «simples de ajudar o jovem casal», afirmou a esteticista

Raquel Leal.

Para as empresas, o casamento, como qualquer evento patrocinado, serviu para darem a conhecer

os seus produtos às dezenas de convidados.

Fonte: Agência Financeira

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Riscos e Oportunidades para o Marketing

27 de Agosto de 2010

Por Fabrício Saad (estatístico com pós em marketing pela FGV e atualmente cursa MBA

Executivo pela Fundação Dom Cabral)

Que fatores são considerados chaves para que as empresas mantenham um sólido relacionamento

de longa duração com clientes e stakeholders nos dias de hoje? Como promover uma estratégia

de Marketing focada na geração de valor de seus clientes, considerando um mundo cada vez

mais competitivo e complexo, um ambiente em que a comunicação rompeu definitivamente a

barreira do ―Eu falo e muitos ouvem‖ e evoluiu para o estágio da co-criação, do ―todos ouvem,

dão feedbacks e constroem a verdadeira comunicação‖?

Um contexto ―apimentado‖ pelas novas tecnologias, entre elas as redes sociais e pela

(des)construção de padrões de comportamento promovidas por uma nova geração, ou por que

não dizer por duas novas gerações, denominadas por ―Geração Y‖ e ―Geração Next‖ e,

complementando, um mundo que observa um novo comportamento de compra denominado por

―neoconsumo‖, dificultando cada vez mais a vida de profissionais de Marketing e executivos em

geral.

Nesse cenário, o esforço de Marketing não pode mais ser visto como consequência de produto.

Não existe mais espaço também para que as estratégias de Marketing sejam simplesmente

encaradas como estratégias de apoio à vendas. É preciso engajar, conquistar o consumidor, o

parceiro e qualquer stakeholder da cadeia. Vender a qualquer preço não pode ser o mais

importante sem se preocupar com a relevância do que está sendo vendido ao cliente e,

consequentemente, sem pensar em qual impacto essa ―má venda‖ trará na fidelização deste

cliente.

Cliente insatisfeito com o produto ―empurrado‖ não será alvo fácil de uma estratégia de cross-

selling, up-selling, etc… e com certeza causará um impacto negativo na imagem da empresa,

entrando ai sim, o papel definitivo das redes sociais. É preciso ser rápido e transparente quando

isso acontece nas redes. Caem no descrédito empresas que tiram do ar os comentários negativos

promovidos por consumidores em seus blogs sem se preocupar em dar o minimo de feedback.

Existem até (mesmo nos dias de hoje) as empresas que optam por processar clientes que usam a

rede para critica-las ou a seus produtos, o que acaba por potencializar a crítica, numa estratégia

que me parece equivocada.

Também responder a todos os apontamentos negativos com uma frase padrão pode ser até pior e

optar por responder as criticas uma a uma, parece ser inviável. No geral há uma confusão entre

ser rápido e ser eficiente nas redes: não dá para enviar uma resposta por impulso, para dizer

qualquer coisa. Acredito que o mais coerente seja mapear o que está sendo dito de negativo (é o

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chamado risco das redes) e criar ferramentas positivas de comunicação, usando a própria rede

para gerar um viral e contrapor esses pontos.

Pensando nas oportunidades para uma empresa estruturada e que utilize corretamente as mídias

sociais, elas são imensas. Por que não utilizar as redes sociais para construir um relacionamento

contínuo com clientes e sua cadeia de steakholders? Para o incremento do brand awareness,

testar a adesão a novos produtos e serviços ou para promover geração espontânea de leads e, aí

sim, a consequente rentabilização do negócio? Importante, sim, um bom planejamento em midias

sociais (cada vez mais) para transformar o investimento nesses canais em oportunidades, ao

invés de risco. Aliás, outros dois grandes desafios se apresentam aos profissionais que atuam

nessa área: 1. como criar mecanismos eficazes que comprovem a eficiência do investimento nas

redes; e 2. como promover o link entre essas redes e as demais estratégias de comunicação da

cia, criando uma estratégia multi-canal.

Um outro desafio latente e totalmente menosprezado pelas organizações é o potencial e

necessidade de engajar seus colaboradores através das redes sociais para que trabalhem pela

imagem positiva da cia. Dados do meio digital apontam que as empresas brasileiras estão entre

as mais controladoras do mundo, impedindo seus colaboradores de acessarem canais como

twitter, monitorando ou proibindo o que cada funcionário expressa nas redes, dificultando até

mesmo o acesso à plataformas de community marketing proprietárias desenvolvidas pela

organização para o público externo.

Afinal, cases vencedores dos mercados americano e europeu ainda não nos ensinaram que, nos

dias de hoje, temos que encarar o ambiente digital como um aliado, como uma oportunidade?

Até quando vamos continuar nos enganando, decepcionando nossos colaboradores, perdendo um

importante canal para engajamento e, o pior, perdendo talentos desistimulados por atitudes como

essas? Pensando na geração Y, esse impacto negativo do ―controle voraz‖ é ainda maior. Nos

Estados Unidos, por exemplo, esse cenário já é mais animador com empresas como Best Buy e

Starbucks utilizando plataformas como o twitter ou o facebook para engajar seus colaboradores

no melhor atendimento ao cliente.

Dessa forma, temos um complexo mapa ao tratar desse assunto:

Midias sociais e redes socias (como um subconjunto da primeira) sendo impactadas diretamente

por fatores como o Neoconsumidor e o surgimento das gerações Y + Next e, secundariamente,

pela necessidade de encontrar medidas de mensuração para o investimento nessas redes e

formatação de uma estratégia multicanal que link esse mundo com os outros ambientes. Essas

midias e redes sociais, por sua vez, podem ser potencializadas e co-criadas no âmbito externo às

organizações (via clientes e demais stakeholders) e no âmbito interno (via colaboradores). E tudo

isso sempre envolvendo um risco e dezenas de oportunidades existentes que você, ou seus

concorrentes, podem aproveitar.

Por fim, fica a reflexão de que vivemos em um mundo de disruptura onde o papel do digital

marketing e das redes sociais, com um número cada vez maior de usuários, é crescente e a idéia

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do ―nada do que foi será‖ vira verdade cada vez mais ―rapidamente‖. Interessante pensar que há

10 anos era praticamente impensável compartilhar a grande quantidade de videos, fotos e dados

que trafegam hoje pela web – videolog era uma utopia.

Interessante também ver o poder da internet para promover o bem, a sustentabilidade, o

―cyberativismo‖ ou o uso da web para o empreendedorismo digital. Quer melhor canal para

empreender? Vale lembrar o exemplo dos ―garotos‖ do Google e tantos outros. Não podemos

também esquecer o uso da web para promover o ‗mal‘, para atacar moralmente empresas e

pessoas. Quem não participou (nem que fosse como expectator) do fenômeno ―Cala a boca

Galvão‖ que tomou conta do país durante a Copa 2010, promovido via Twitter? Nesse novo

mundo, ganha importância cada vez maior temas como gestão de inovação e gestão do

conhecimento. Afinal, é muito complexo viver na era dos fractais, da co-criação. A era onde

cada vez mais somos um único organismo vivo e interligado. Somos todos um!

Fonte: Mundo do Marketing

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Hotéis para pecadores

22 de Setembro de 2010

Luxúria, Avareza, Ira, Inveja, Preguiça, Gula e Vaidade são os famosos sete pecados capitais dos

quais pode agora usufruir em vários hotéis do mundo. Confira as sugestões da Hotels.com.

Se o seu pecado preferido é a vaidade, saiba que o Burj al Arab Hotel, no Dubai, é o único hotel

com sete estrelas do mundo. Construído numa ilha artificial, possui um restaurante debaixo de

água e um court de ténis no topo do edifício.

A Indonésia foi eleita como o melhor destino para a preguiça: o The Maya Ubud Resor and Spa

Hotel é um resort no qual pode desfrutar de um banho de flores tropicais com vista para a selva.

Se está com inveja, experimente a sensação de ver um aquário com 50,000 espécies de peixes.

Isto só é possível no hotel Atlantis Resort, nas Bahamas, nas Bahamas, palco do concurso Miss

Universo e onde a beleza (e a inveja) andam de mãos dadas.

Do aquário para o prato, a gula serve-se em Madrid, no hotel The Puerta America. O Restaurante

Lágrimas Negras é dirigido pelo chef Jose Luis Estevan, e oferece cozinha tradicional espanhola

com toques modernos e uma enorme selecção de vinhos. O menu de degustação inclui 10 pratos.

Continuamos nos prazeres da carne: a luxúria expulsou Adão e Eva do Paraíso e deu nome ao

hotel Adam and Eve, na Turquia. Faça parte de uma história árabe, rodeado de espelhos e velas.

E se o dinheiro é problema, mesmo para quem tem muito, a avareza leva-o ao Venetian Resort

Hotel and Casino em Las Vegas, no qual pode jogar naquele eu é considerado um dos melhores

casinos do mundo.

Se está zangado, saiba que a ira não o leva a lado nenhum. Vá até à ilha da Madeira e relaxe no

The Choupana Hills Resort and Spa; afinal, também se pode pecar em Portugal.

Fonte: Agência Financeira

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O que os portugueses inventam que tem

sucesso no estrangeiro

17 de Maio de 2010

Apesar de serem elogiados em Portugal e até ganharem prémios nacionais, a verdade é que uma

grande parte das nossas criações são co-mercializadas além-fronteiras, onde ganham

protagonismo e compradores.

O Destak foi perceber quais as funcionalidades e a história de invenções que chegam a vender

mais de 600 mil unidades, como é o caso das calças Wonder da Salsa, ou que es-tão presentes em

32 países com mais de 30 mil produtos comercializados como é o caso do sistema de navegação

NDrive Touch.

De salientar que estas duas ideias mereceram uma menção honrosa na 2.ª edição do Prémio

Produto Inovação COTEC-Unicer, que tem por objectivo incentivar a inovação empresarial no

nosso país e cuja 3.ª edição vai decorrer no final do corrente mês de Maio.

Apesar de nem todas as criações made in Portugal serem fáceis de descrever ou de ilustrar, o

Destak aceitou o desafio e mostra-lhe algumas novidades, como é o caso da contagem inteligente

da iluminação, a secagem por atomização ou a correcção de textos online.

————————————————————————-

Tecnologia de partículas por secagem por atomização

O desafio começou em 2004 quando um laboratório norte-americano propôs à empresa Hovione

fabricar um produto por secagem por atomização (SAtom) que permitisse a realização de novas

formas farmacêuticas que antes eram impossíveis.

A tecnologia elevou a Hovione à categoria de referência mundial em desenvolvimento de

processos, engenharia e produção de produtos farmacêuticos por SAtom e venceu mesmo o

prémio da 2.ª edição da COTEC. Esta inovação, que consiste num processo físico de secagem

instantânea totalmente inovador, é também usada no desenvolvimento dos próprios genéricos da

Hovione.

Comunicar por texto ou voz com a EdgeBox

A empresa Critical Links criou um produto que reúne diversas funcionalidades avançadas de

comunicações integradas de voz, dados, fax, e-mail, colaboração e mobilidade. A EdgeBox

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Inovação & Marketing: O Melhor de 2010 13

permite assim poupanças ao nível de energia, espaço, papel e acondicionamento devido à sua

gestão e operação unificada, simples e intuitiva.

A Critical Links é uma empresa que se dedica exclusivamente ao desenvolvimento e

comercialização da solução edgeBOX™ e à sua integração com os mais populares sistemas de

comunicação complementares existentes no mercado.

NDrive Touch: um sistema de navegação real em 70 países

Com mapas digitais de grande detalhe, cobertura de 70 países e instruções de navegação passo a

passo em desenho vectorial e em voz alta, o Real Navigation oferece ainda fotografia aérea

oblíqua do percurso em cinco perspectivas e orientações complementares, assegurando um

realismo ainda não disponível na restante indústria.

O NDrive Touch é um sistema de navegação pessoal, que, graças à funcionalidade Real

Navigation – factor diferenciador do seu software -, permite ao utilizador comum uma

experiência avançada de navegação. Actualmente tem 30 mil unidades comercializadas e

presença em mais de três dezenas de países.

Correctores ortográficos de autoria portuguesa

Foi no início desta década que o conceito de uma plataforma de desenvolvimento de tecnologias

de processamento de linguagem natural independente da língua e da aplicação começou a ganhar

forma na Priberam.

Em menos de cinco anos, esta plataforma – apelidada de a Priberam‘s NLP workbench – tornou-

se realidade e foi já utilizada, quer pela Priberam quer por outras empresas, para desenvolver

produtos como é o caso dos correctores ortográficos para português (europeu e do Brasil),

espanhol, Bokmål (norueguês), checo e polaco.

SmartGate faz a contagem inteligente da iluminação

O SmartGate foi concebido pela EFACEC Engenharia para ser utilizado em postos de

transformação de média tensão ou baixa tensão, com o intuito de supervisionar o estado do

próprio posto de transformação, bem como de recolher dados de contagem provenientes de

dispositivos inteligentes de contagem de energia, relativos a troços da rede baixa tensão a jusante

do respectivo posto.

Paralelamente, permite controlar a iluminação pública, executando planos previamente

agendados, e efectuar a contagem de energia da iluminação pública. O SmartGate é uma solução

pioneira, adequada aos desafios globais das Smart Grids, e ainda sem concorrência.

Wonder, as calças que dão elegância à sua silhueta

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Inovação & Marketing: O Melhor de 2010 14

A Wonder é um produto da Salsa criado pela empresa portuguesa Irmãos Vila Nova que reúne

técnicas inovadoras e exclusivas ao nível do design, moldagem e confecção. Desde que saiu para

o mercado, o modelo já vendeu mais de 600 mil unidades e transformou a Salsa numa das mais

conhecidas marcas de jeanwear do Mundo.

Este modelo é uma autêntica operação de cosmética corporal, mas ao natural, que torna a

silhueta feminina um verdadeiro exemplo de elegância. Os materiais escolhidos para a sua

produção acrescentam um toque de conforto particular.

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Inovação

Portugal foi o País europeu que mais progrediu no indicador relativo à despesa das empresas em

investigação e desenvolvimento (I&D), segundo o último relatório do Instituto Nacional da

Propriedade Industrial. O nosso país ocupa assim o 16.º lugar, à frente de países como a Noruega

e a Espanha, «fazendo parte do grupo de países moderadamente inovadores».

Fonte: Destak

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Exportar para dar a volta à crise

15 de Junho de 2010

Veja quais são os principais sectores exportadores e o valor económico de cada um deles. É com

uma maior aposta nestes sectores que Portugal poderá sair mais facilmente da difícil situação

económica em que se encontra.

Turismo

É um dos sectores mais promissores ao nível das exportações, e onde Portugal apresenta francas

vantagens competitivas, a começar pelo clima, diversidade do território e índices de segurança.

Na balança das exportações representa um caso atípico, uma vez que as receitas externas são

aqui geradas ―dentro da própria casa‖. Com um peso avaliado em cerca de 11% do Produto

Interno Bruto (PIB), o turismo já tem vindo a ser considerado por sucessivos Governos como ―o

motor‖ da economia nacional.

O turismo em Portugal teve um pico em 2007, ano em que as receitas externas geradas cresceram

11%, atingindo o valor mais alto de sempre: 7,4 mil milhões de euros, seis vezes mais que as

exportações da Autoeuropa, 45,5% do total das exportações de serviços, e permitindo cobrir 43%

do défice da balança comercial do país. Mas depois entrou numa trajectória de não-crescimento,

sendo um sector extremamente volátil e que sofre directamente na pele os efeitos de factores

externos e tão imprevisíveis como epidemias, crises, ataques terroristas ou catástrofes naturais.

No ano passado, a fobia de viajar gerada pela gripe A veio agravar as quebras já evidenciadas

pela crise financeira global, que atingiu em cheio o principal mercado turístico de Portugal, o

Reino Unido – que se ressentiu ainda da desvalorização da libra face ao euro. As receitas

turísticas do país com peso nas exportações, geradas por estrangeiros, caíram 6,7% em 2009,

para 6,9 mil milhões de euros.

Os dados de 2010 parecem ser um pouco mais animadores. Segundo o Banco de Portugal, as

receitas turísticas cresceram 6,3% no primeiro trimestre, atingindo 1,2 mil milhões de euros, e a

subida foi particularmente expressiva em Março (12%), este ano o mês em que se celebrou a

Páscoa. Mas desde então, não há ainda dados consolidados. E em Abril veio um novo sinal

vermelho, com a nuvem de cinzas do vulcão islandês que obrigou ao encerramento aéreo

europeu, tendo Portugal comunicado à Comissão Europeia que os prejuízos causados no país

foram da ordem dos 35 a 40 milhões de euros.

Energia

Os refinados de petróleo continuam a ser uma das principais exportações portuguesas. Sem ter

garantias sobre o comportamento dos mercados até ao fim do ano, a Galp admite que as

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perspectivas existentes são positivas porque no primeiro trimestre de 2010 as exportações mais

do que triplicaram em relação ao primeiro trimestre de 2009.

Em 2009, as exportações da Galp ascenderam a 2,4 milhões de toneladas – menos 3% que em

2008 -, sendo a gasolina o produto mais exportado, com 34% deste total. O fuelóleo português

também tem tido bastante procura e no ano passado representou 27% das exportações da Galp.

Entre as emportações de refinados ainda figura o gasóleo (5% do total). A empresa de energia

também exportou gás GPL (2% do total). Na lista dos produtos exportados pela Galp em 2009,

ainda contam as naftas (14% do total) e diversos produtos químicos (12%), bem como

lubrificantes (4%) e betumes (2%).

Os EUA lideraram os mercados de exportações, onde a Galp colocou 18% dos 2,4 milhões de

toneladas de produtos vendidos ao exterior. Seguiu-se o México (13%), a Grã-Bretanha (12%), a

Holanda (11%), Grécia (8%), Gibraltar (7%) e a Suiça (com 6%). Apesar da queda global de 3%

no volume exportado no ano passado, as vendas de gasolinas aumentaram 9% em 2009.

Por valores, as exportações de 2009 ascenderam a €1200 milhões, o que corresponde a uma

redução de €300 milhões relativamente ao valores exportados em 2008, segundo refere a Galp.

A explicação dada para a redução dos volumes exportados em 2009, comparativamente a 2008,

relaciona-se com o facto da refinaria de Sines ter parado durante um mês e meio no primeiro

trimestre de 2009. Pela mesma razão, as exportações no primeiro trimestre deste ano, triplicaram

em relação ao período homólogo de 2009.

Atendendo às obras que a REN – Redes Energéticas Nacionais têm em curso no terminal de Gás

Natural Liquefeito de Sines (GNL), que aumentam a capacidade de abastecimento de GNL por

navio, esta empresa admite que, a partir de 2012, Portugal também terá capacidade excedentária

de GNL, podendo vender este combustível a Espanha. Mas isso dependerá dos operadores de

mercado que compram GNL – a Galp e a EDP – e da respectiva estratégia comercial que possam

vir a ter para o mercado espanhol.

No domínio da electricidade, nos primeiros cinco meses do anos Portugal aumentou as

exportações para Espanha em 222,8% [TXT](vendemos 982 gigawatts/hora), enquanto que as

importações se cifraram nos 946 Gw/h (uma quebra de 61,1% nas importações). Um saldo

claramente positivo para Portugal, ao que não terá sido alheio o bom ano de chuva e de vento

que estamos a ter, com a produção de energia hídrica e eólica a aumentar consideravelmente.

Ainda no domínio das renováveis, Portugal também já está a exportar, tanto tecnologia, para

vários países da Europa, África e Médio Oriente, como máquinas, nomeadamente torres eólicas.

Calçado

A radiografia da indústria têxtil e do vestuário mostra uma quebra de 20% nas exportações desde

2001, a reflectir a abertura gradual do mercado aos produtos asiáticos, a saída do investimento

estrangeiro e a deslocalização de encomendas. Mantém, no entanto, uma balança comercial

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positiva e exporta 2/3 da sua produção, contribuindo com 11% (€3,5 mil milhões) para o total

das exportações nacionais. A flexibilidade e capacidade de adaptação são trunfos deste sector, a

investir na especialização, têxteis técnicos, marcas próprias e distribuição. O baixo nível de

qualificação da mão-de-obra e da gestão será uma das suas principais debilidades.

O diagnóstico para a indústria do calçado é idêntico, mas o sector tem resistido um pouco melhor

à queda das exportações e continua a apresentar-se como ―a mais internacional das indústrias

portuguesas‖, com as vendas para 132 países a somarem €1,2 mil milhões, ou 93% da sua

produção, enquanto as importações ficam nos €420 milhões. A aposta na valorização do produto

e marcas próprias permitiu aumentar o preço médio do par de sapato para os €20.

Floresta

A seguir ao turismo é provavelmente o sector que mais contribui para o PIB e o que mais postos

de trabalho pode vir a criar num futuro próximo. No total o sector florestal (que inclui a pasta de

papel, a transformação de pasta em papel, a biomassa, a madeira para mobiliário, as resinas,

entre outros), gera cerca de €9 mil milhões. Só no ano passado, o sector da pasta e do papel,

registou investimentos de €2 mil milhões, claramente em contraciclo com o resto da Europa,

onde só se falava em falências, encerramentos e despedimentos. A Portucel, em Setúbal, instalou

aquela que agora é considerada a maior máquina de papel do mundo (ver foto ao lado) e já está a

colher os frutos desse investimento, com as exportações a aumentarem. Aliás, Portugal continua

a liderar no papel praemium, a nível mundial. Se o cadastro territorial do país estivesse

devidamente actualizado o sector da floresta poderia duplicar de valor, segundo alguns

especialistas. Porquê? porque passaria a ser possível plantar mais em zonas cujos donos

actualmente são desconhecidos.

A fileira da madeira e mobiliário também apresenta uma balança comercial positiva em €250

milhões e tem uma quota de 10% (dois mil milhões de euros) nas exportações nacionais. A

aposta das empresas na inovação, qualificação dos recursos humanos, partilha de canais de

distribuição e abertura de novos mercados tem permitido aumentar as vendas no exterior. Para

manter essa tendência, o sector precisa de ganhos de produtividade e de ultrapassar algumas

debilidades ao nível do marketing, do investimento em I&D.

Construção

A carteira de encomendas das três maiores construtoras (Mota-Engil, Teixeira Duarte e Soares da

Costa) é de ¤7,5 mil milhões. Quase 60% desse valor resulta de obras no exterior. Este facto

ilustra a nova realidade da engenharia portuguesa. A redução drástica da actividade no mercado

doméstico conduziu à exportação de capacidade e tecnologia para manter facturação, margens e

salvar o emprego. Em 2009, a produção em Portugal caiu 10%, para €17,7 milhões.

No exterior, terá crescido ligeiramente para €3,5 milhões. A ofensiva em Angola, com centenas

de empresas e até subempreiteiros a operar, explica que as construtoras portuguesas representem

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15% do mercado africano, Este desempenho não se reflecte na balança comercial, mas consagra

o esforço de uma indústria que não precisa de feiras de moda nem de promoções para se impor

no estrangeiro. O negócio internacional representa o triplo das exportações de calçado e 10 vezes

as de vinho do Porto.

A cruzada internacional combina a investida em mercados emergentes onde há défice de

engenharia, com adjudicações em países exigentes e sofisticados, como a Irlanda, Israel ou

Estados Unidos. Só a Mota-Engil produziu em 2009 €800 milhões, com mais de 300 obras em 20

países.

Industria farmacêutica

A indústria farmacêutica é, sem dúvida, um dos sectores que podem ajudar o país a crescer

através das exportações. Segundo a Associação Portuguesa da Industria Farmacêutica

(Apifarma), o valor das exportações de matérias-primas e de produtos farmacêuticos ascendeu a

447 milhões de euros no ano passado, mais 9% face a 2008 e mais 45% do que há cinco anos.

―Existe claramente uma orientação da indústria de base nacional para a exportação, bem como

para a participação em parcerias a nível local de diferentes países‖, foca a Apifarma.

O PharmaPortugal, uma parceria público-privada que envolve a Apifarma destinada a estimular a

internacionalização e a exportação por parte dos laboratórios portugueses, deu um forte

empurrão. Existem, em Portugal, 25 empresas que produzem medicamentos (19 nacionais e 6

multinacionais) e destas 15 fizeram parte desta iniciativa. Na Europa, os principais países para

onde vendemos são a Alemanha, Reino Unido, França, Espanha, Bélgica, Dinamarca e Suíça, na

Europa. Mas também estamos noutros mercados os EUA, países do Magreb, Médio Oriente,

Venezuela, Brasil, Rússia África do Sul, Moçambique, Angola, Cabo Verde, São Tomé e

Príncipe, Austrália, Japão, Canadá, México e Macau.

Bens de equipamento

Portugal conseguiu criar nas últimas décadas um sector industrial de máquinas e aparelhos que,

segundo a classificação do Instituto Nacional de Estatísticas (INE) é, actualmente, o que tem

maior peso relativo nas exportações. Nos primeiros três meses de 2010 vendemos ¤993 milhões

em maquinaria, menos 6% do que em igual periodo do ano passado. Uma quebra que se ficou a

dever à débil conjuntura económica dos principais mercados. É o caso, por exemplo, do

subsector dos moldes que exporta 95% da produção e que sofreu com o adiamento de

investimentos dos clientes tradicionais (indústria automóvel). O crescimento no futuro passa pela

conquista de novos mercados em países emergentes.

Minérios

Para além das minas da Panasqueira (volfrâmio), da Somincor (sobretudo cobre) e de Aljustrel

(onde se pode vir a extrair zinco), há ainda um projecto de mina a céu aberto, na Guarda, de onde

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se está a extrair lítio. Este mineral, até agora utilizado principalmente na indústria cerâmica,

tanto no mercado doméstico como para exportação, vai passar a ter em breve uma nova

utilização: construção de baterias de iões de lítio para carros eléctricos.

Alguns analistas já rebaptizaram o lítio de ―petróleo português‖, precisamente devido ao

potencial de procura que irá ter ao longo dos próximos anos, visto que todas as grandes

construtoras automóveis estão a apostar nos carros eléctricos. E Portugal é já o 5º produtor

mundial de lítio, mas tem reservas para 70 anos. Estamos perante um sector (extractivo) em que

tudo o que se produz é para exportar. Todos os analistas contactados pelo Expresso sobre a

evolução previsível deste segmento são unânimes: ―só pode evolui num sentido, o crecimento‖.

Transportes

Segundo o INE, entre Janeiro e Março de 2010, as exportações de automóveis para transporte de

passageiros aumentaram 17,6%. Para dar resposta à procura na Europa, nos primeiros meses de

2010, todos os fabricantes de automóveis aumentaram a produção. Entre Janeiro e Abril, a

produção de veículos aumentou 25,3%, tendo sido produzidos 51.127 unidades nas cinco

fábricas nacionais – VW Autoeuropa, PSA Peugeot-Citroën, Mitsubishi Fuso Truck Europe,

Toyota Caetano Portugal e V. N. Automóveis. Segundo a ACAP (Associação Automóvel de

Portugal), ―a produção de automóveis ligeiros de passageiros registou um aumento de 15,5%, a

de comerciais ligeiros de 58,6% e a de veículos pesados de 88,3%‖. Só a VW Autoeuropa, a

maior fábrica portuguesa, tem como objectivo aumentar a produção em cerca de 20% este ano e

ultrapassar os 100 mil carros. Até Abril já saíram das linhas de montagem da fábrica de Palmela

31.747 carros, o que representa um aumento de 17,8% face a idêntico período de 2009.

Tecnologias

Se há sector onde o país fez assinaláveis progressos, foi no das tecnologias de informação. Em

2009, pelo terceiro ano consecutivo, a balança tecnológica foi positiva (€¤85 milhões). E existe

uma mão cheia de empresas de base tecnológica em crescimento acelerado que dão cartas a nível

internacional em alguns nichos. Mas ainda falta lhes volume para fazer mexer o ponteiro das

exportações. Também há muito por fazer ao nível da venda no exterior das capacidades do país

em prestar serviços de outsourcing de processos de negócio (BPO), actividade que, segundo a

Associação Portugal Outsourcing, poderá criar 12 mil novos postos de trabalho e alcançar mais

de €1300 milhões de exportações em 2015.

Fonte: Expresso

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As 20 coisas que passaram de moda esta

década

26 de Dezembro de 2010

A primeira década do novo milénio foi marcada pelo advento das novas tecnologias. A criação

de novos aparelhos e gadgets que, de tecnologia de ponta, passaram rapidamente a obsoletos para

logo serem substituídos – e assim sucessivamente – foi deixando para trás alguma tecnologia e

hábitos dela dependentes.

Desde o ano 2000, foram apresentados os telemóveis 3G, redes sociais e websites de

microblogging, smartphones, o sistema operativo android, consolas com detectores de

movimentos, aplicações para telemóveis, tablets, entre outros, o que resultou num

desaparecimento do mercado do que lhe antecedeu.

Uma lista publicada recentemente pelo jornal «HuffingtonPost» destaca 20 desses elementos que

se foram tornando obsoletas ao longo dos últimos dez anos, entre as quais se encontram desde o

«fax» ao acto de telefonar.

A lista do jornal é encabeçada pelas cassetes VHS que, refere, depois da invenção do DVD

apenas em 1995, viriam a ser removidas do mercado por completo no ano 2000. Pelo mesmo

caminho parecem ir as agências de viagens, que foram substituídas pelos sites de busca de voos

(Skyscanner) ou de marcação de hotéis (Booking.com) ou, ainda os híbridos (Lastminute).

O terceiro lugar é ocupado por aquilo que o jornal chama de «separação entre vida pessoal e o

trabalho» que parece ter desaparecido, uma vez que, graças à internet, já não é preciso estar no

local de trabalho para trabalhar.

O «esquecimento» foi também eliminado pela Internet que regista toda a história, tal como as

livrarias abandonadas em favor da Amazon. Já os relógios, antigos símbolos de ostentação e

abundância, foram agora substituídos por computadores portáteis e telemóveis topo de gama.

A lista seleccionou ainda o sexo por telefone de números pagos, os mapas, jornais de

classificados, as páginas amarelas e enciclopédias são outros elementos comuns que foram

substituídos de maneira gradual por serviços, na sua maioria, gratuitos em rede.

Por sua vez, «telefonar» também recebeu um lugar na lista de obsoletos, substituído pelo envio

de SMS, tal como os fios dos telefones e dos modems também foram substituídos pelo

«wireless» (sem fios).

Fonte: Tvi 24 Horas

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As cinco lições de Lady Gaga para um

marketing eficaz

9 de Agosto de 2010

A excêntrica cantora já conseguiu aquilo que muitas marcas desejam: mil milhões de visitas no

YouTube.

Pode parecer brincadeira, mas não é. Há lições de marketing que qualquer marca pode retirar do

fenómeno Lady Gaga. Afinal, a cantora de visual e performances provocadoras é a primeira

artista a alcançar mil milhões de visitas nos seus vídeos no YouTube. Um trunfo que conseguiu,

porque todos os seus ‗vídeoclips‘ são pensados em função da dinâmica do YouTube.

De acordo com a Newcast, a responsável pelos conteúdos de marca e entretenimento da Vivaki

(do grupo Publicis), as marcas podem aprender com Lady Gaga cinco lições para melhorarem a

visibilidade e comunicação com os consumidores.

1. Contar uma história consistente e ter visão

O primeiro passo é saber o que se quer e onde deve estar a marca. Ou seja, há que definir uma

visão para o futuro, a qual deve depois ser partilhada por toda a equipa, que a deve conhecer até

ao mínimo pormenor, e apoiar.

2. Envolver os fãs numa conversa

Provocar, ouvir e reagir são as palavras-chave para garantir o envolvimento. É quase certo que as

pessoas vão gostar de participar se o conteúdo for de qualidade.

3. Ligar o conteúdo

Estabeleça relações com marcas e fornecedores de conteúdos que complementem o seu perfil. A

sua personalidade deve ser multifacetada e dar gosto de descobrir e desenvolver.

4. Pescar onde estão os peixes

Os conteúdos gratuitos devem ser virais. Deixe que os utilizadores entrem, renovem, comentem e

partilhem o conteúdo onde quiserem. À primeira vista, isto parece algo do senso comum, mas

não é. No início do ano, a editora Emi proibiu os fãs da Ok Go de colocar os ‗videoclips‘ da

banda em blogues ou em ‗sites‘ pessoais. Com isso, os filmes do grupo ficaram limitados ao

YouTube, perdendo a oportunidade de alcançar maior visibilidade.

5. Reinventar o negócio

Crie relações e parcerias com outras empresas e marcas desde que façam sentido para o seu

público-alvo no longo prazo. Foi o que fez Lady Gaga quando expandiu a sua marca com o

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patrocínio dos ‗batons‘ M-A-C e dos ‗headphones‘ Heartbeats, e depois assumindo-se como

directora criativa da Polaroid. Tudo isso ao mesmo tempo que mantinha os fãs e a visibilidade.

Além disso, usou a sua loja ‗online‘ com um filtro de doações para o Haiti, que promoveu via

Twitter.

Fonte: Económico

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Empresa de calçado criada numa garagem já

factura 10 milhões

13 de Julho de 2010

Nasceu «numa pequenina garagem em Oliveira de Azeméis com menos de 100 metros

quadrados». Este ano espera facturar «entre os 11 e 12 milhões de euros».

Criado há 23 anos numa pequena garagem em Oliveira de Azeméis, o grupo de calçado Catalá

fatura hoje mais de 10 milhões de euros e, alheio à crise económica, acaba de adquirir uma

empresa falida e planeia contratações.

Em entrevista à Lusa, o administrador Carlos Queirós diz que o segredo é a pró-actividade:

«Temos sempre agido pró-activamente, não só em métodos de trabalho e em programações, mas

também na estratégia de negócio».

Assim, e apesar da difícil conjuntura económica «nacional, europeia e mundial», o crescimento

«contínuo e exponencial» das vendas nos últimos anos levou a Catalá a adquirir, em processo de

insolvência, a fábrica de calçado «Outras Matérias», de Castelo de Paiva, agora designada «OQ».

Além de reintegrar os mais de 50 ex-trabalhadores daquela empresa, Carlos Queirós já admitiu

mais alguns e ainda planeia novas contratações.

Com a aquisição da «OQ», o grupo Catalá duplicou a capacidade diária de produção directa de

800 para 1.600 pares, diminuindo a dependência face à subcontratação de 78 para cerca de 50

por cento.

Vinte e três anos após ter nascido «numa pequenina garagem em Oliveira de Azeméis com

menos de 100 metros quadrados», a Catalá prevê faturar este ano «entre os 11 e 12 milhões de

euros», mais 42 por cento do que 2009, e assegura já 170 empregos directos e mais 200 em

regime de subcontrato.

Fonte: Agência Financeira

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Computador portátil indiano custa apenas 27

euros

26 de Julho de 2010

Só custa 35 dólares, pouco mais de 27 euros. Pretende ser um computador para estudantes com

um preço acessível a todos e pode chegar ao mercado já em 2011 – se o Governo indiano

encontrar um parceiro disposto a fabricar e a comercializar o computador portátil que parece um

iPad mas custa menos de um quarto do que o badalado touchscreen da Apple. O projecto foi

apresentado esta semana pelo ministro do Desenvolvimento e Recursos Humanos da Índia, Shri

Kapil Sibal.

―Esta é a nossa resposta ao computador de 100 dólares do MIT [Instituto de Tecnologia do

Massachusetts]―, disse o ministro, citado pela AP. Na verdade, o projecto sem fins lucrativos

One Laptop per Child ainda não conseguiu descer abaixo dos 200 dólares por computador – e a

Índia vai bem lançada nos projectos de tecnologia barata para as massas.

Este computador, que se destina especialmente a estudantes, é apenas o mais recente de uma

onda de projectos cujo denominador comum é ser ―o mais barato do mundo‖. O mais conhecido

será o carro compacto Nano, vendido por 100 mil rupias (1653 euros), mas há também a

operação ao coração de 2000 dólares (1550 euros), por exemplo, diz a AP.

O computador, um dispositivo com ecrã táctil, tem o Linux como sistema operativo e capacidade

para realizar videoconferências. Não tem disco rígido: usa cartões de memória, como os

telemóveis. Por ter um formato tablet tem custos de hardware reduzidos e usa software de

código-fonte aberto para ser barato.

Foi desenvolvido em institutos universitários indianos, por professores e estudantes, com o

objectivo de custar mais ou menos o mesmo que os telemóveis mais baratos.

―Conseguimos o objectivo e agora estamos prontos para conquistar o mercado‖, disse Mamta

Varma, porta-voz do Ministério do Desenvolvimento dos Recursos Humanos. Numa primeira

fase, o Governo queria produzir um milhão destes computadores, para estudantes universitários,

e depois passar para os das escolas primárias e secundárias. Para isso, no entanto, precisa de

encontrar parceiros na indústria. Várias empresas estão neste momento em conversações,

assegurou o ministro Shri Kapil Siba, incluindo uma de Taiwan.

O objectivo futuro passa por baixar ainda mais o preço. Sibal pretende que nos próximos tempos

o computador venha a custar 20 dólares e que, a longo prazo, esse preço se fixe nos dez dólares.

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A Índia gasta cerca de três por cento do seu orçamento com a educação escolar e, nos últimos

anos, tem feito esforços para aumentar a taxa de alfabetização. Segundo dados da UNICEF, 66

por cento da população consegue ler e escrever.

Fonte: Público

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Twitter já tem tweets patrocinados

23 de Junho de 2010

O Twitter já colocou em linha o seu primeiro tweet patrocinado. A ideia é divulgar informações

sobre produtos e serviços aos utilizadores da rede social. Coube à Disney/Pixar inaugurar o

campo publicitário das mensagens de 140 caracteres. O «produto» escolhido foi o novo filme

Toy Store 3.

O filme estreou nos EUA e no Brasil na passada quinta-feira. A plataforma de Promoted Tweets

foi anunciada em Abril pelo Twitter, durante a AdAge Digital, em Nova York, de acordo com a

«Terra Brasil».

Os anúncios do Toy Story 3 estão a ser divulgados como prometido: aparecem nos resultados das

buscas efectuadas no Twitter.com. Mas, claro, com a indicação de que são mensagens

patrocinadas.

Os anúncios surgem na zona dos Trending Topics da página principal do Twitter, perfeitamente

identificados como tweets patrocinados.

«Existe uma grande diferença entre um tweet patrocinado e um convencional. A publicidade

deve atingir um maior nível, deve ecoar entre os usuários. Isso significa que se os usuários não

interagem com um tweet promovido, ele poderá desaparecer», explicou um dos fundadores do

microblog, Biz Stone.

Fonte: Agência Financeira

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CTT recrutam no Facebook

30 de Setembro de 2010

Os CTT – Correios de Portugal iniciaram, na semana passada, o recrutamento via redes sociais

numa página criada para o efeito no Facebook, o que traduz a eficácia desta rede na ―atracção e

captação de um elevado número de candidatos, num curto espaço de tempo, mesmo que

dispersos territorialmente‖.

Esta página, que funciona como ―Bolsa de Emprego dos CTT‖, permite, entre outras coisas, o

envio de candidaturas, o preenchimento de fichas de inscrição e a partilha de informação.

Em comunicado a empresa informa que ―a primeira oportunidade de emprego foi já publicada e

pretende identificar carteiros em todo o território nacional‖ e que a ―Bolsa de Emprego dos

CTT‖ no Facebook ―está aberta a candidaturas espontâneas e, sempre que necessário, divulgará

novas oportunidades de emprego para o grupo CTT‖.

Ainda segundo o comunicado, os CTT esperam complementar/diversificar os actuais canais de

recrutamento ―de forma a alargar o seu universo de selecção, minorando as actuais dificuldades

de atracção e captação de candidatos, em algumas zonas do País, designadamente no Interior‖.

O grupo CTT emprega cerca de 15 mil trabalhadores.

Fonte: Oje – o Jornal Económico

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Descubra as 10 empresas mais valiosas do

mundo

18 de Junho de 2010

Cinco das cotadas com maior dimensão do mundo têm uma capitalização bolsista superior ao

PIB português.

São os ‗pesos-pesados‘ das bolsas mundiais e é difícil até para empresas europeias entrarem no

lote das cotadas com maior capitalização bolsista do mundo. Da lista fazem parte seis empresas

norte-americanas, três chinesas e uma suíça. Cinco destas entidades têm um valor de mercado

superior ao PIB português.

A luta pelo título de empresa mais valiosa do mundo é acesa. As petrolíferas Exxon Mobil e a

PetroChina têm alternado este ano na liderança. No final de Abril, a lista da Forbes era

encabeçada pela empresa chinesa. No entanto, aos valores actuais a Exxon bate a PetroChina por

11 mil milhões de euros, segundo cálculos do Económico baseados em dados da Bloomberg.

Mas a estrela em maior ascenção é a Apple. A tecnológica liderada por Steve Jobs ultrapassou

sete empresas nos últimos meses, entre as quais a rival Microsoft. A fabricante do iPad é já a

terceira cotada com maior capitalização bolsista do mundo: 191 mil milhões de euros.

Outro dos destaques na lista das empresas mais valiosas do mundo é o sector financeiro chinês.

A crise levou os bancos ocidentais a verem o seu músculo financeiro a ficar mais flácido e

nenhum deles consegue entrar no lote das empresas mais valiosas. Já a China consegue colocar

dois bancos: o Industrial and Commercial Bank e o China Construction Bank.

Tirando os bancos chineses, só Warren Buffett conseguiu colocar uma instituição financeira na

lista, com a Berkshire Hathaway a ser a oitava cotada mais valiosa do mundo.

A Nestlé é a única empresa europeia a integrar a lista. A cotada vale 141 mil milhões de euros e

conseguiu subir cinco lugares desde que a Forbes divulgou a sua lista no final do mês de Abril.

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No seu conjunto, as dez cotadas mais valiosas do mundo valem 1,76 biliões de euros.

Empresa País Valor (em mil milhões de

euros)

Desempenho em 2010

(%)

ExxonMobil EUA 236 -8,74

PetroChina China 225 -23

Apple EUA 191 23

Microsoft EUA 185 -13

Industrial and Commercial Bank of

China China 175 -10

Wal-Mart EUA 155 -3,67

China Construction Bank China 153 -5,55

Berkshire Hathaway EUA 151 16

Procter & Gamble EUA 144 1,50

Nestlé Suíça 141 7

Fonte: Económico

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Apple eleita a mais inovadora do mundo

19 de Abril de 2010

A Apple é a empresa mais inovadora do mundo para as revistas BusinessWeek e Fortune, dos

Estados Unidos.

Ambas as publicações apresentaram nesta sexta-feira seus rankings anuais de empresas, que

apontam a companhia de Steve Jobs na liderança das inovações. No caso BussinessWeek, a

Apple foi escolhida pelo quinto ano consecutivo. Apenas em 2005, primeiro ano do ranking, a

empresa não foi a vencedora.

Numa entrevista em vídeo, James Andrew, executivo-chefe de inovação global do Boston

Consulting Group, responsável pelo levantamento para a BusinessWeek, disse que a cada ano a

Apple tem sido uma escolha fácil enquanto o Google permanece como um forte segundo

colocado. Ao ser perguntado sobre qual companhia é capaz de substituí-la como a mais

inovadora nos próximos cinco anos, sua resposta foi sucinta: ―Nenhuma‖.

No ranking das 500 principais empresas do mundo da Fortune, a Apple está na colocação

número 56, tendo subido 15 em relação à mesma lista em 2009. Em outro ranking, das

companhias de computação e escritório, a empresa é a terceira colocada, atrás da Hewlett-

Packard e da Dell. Mas, nota a revista, seu faturamento e lucro cresceram em 2009 na

comparação com 2008.

―Inovação não é simplesmente fazer algo novo‖, diz o site Mashable a respeito da escolha. ―O

que faz uma companhia como a Apple (e o Google) inovadora não é criar algo completamente

novo a cada vez, mas ser capaz de repetir designs, dispostivos e funcionalidade que fazem

produtos serem populares com consumidores e bem sucedidos financeiramente‖. É o caso do

iPad, que aproveita algumas funcionalidades do iPhone, que por sua vez foi sucessor do iPod

como principal produto da companhia.

Fonte: Terra

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Os «hotéis» mais estranhos do mundo

6 de Setembro de 2010

Dormir numa rede de pano ou numa espécie de nave espacial são algumas das experiências de

que pode desfrutar por esse mundo fora.

Se ainda não foi de férias e está a pensar nisso, que tal optar por uma experiência diferente? Há

«hotéis» espalhados um pouco por todo o mundo que são estranhos, é certo, mas podem

proporcionar-lhe umas férias fantásticas. Acampamentos, neve, experiências excêntricas com

extra-terrestres ou crânios à mistura e quartos onde as camas são redes de pano constituem as

senhas de entrada para estes refúgios da natureza.

Spiritualist Camp, Cassadaga, Florida

O Cassadaga Spiritualist Camp é uma pequena comunidade centenária muito zen. As casas de

campo são na sua maioria ocupadas por pessoas muito espirituais e que podem adivinhar-lhe a

vida. O hotel também recebe viagens de negócios. Mas há quem diga que é um local

assombrado.

Dombai, Karachaevo-Cherkessia, Rússia

Gosta de neve mas não perde nada que tenha a ver com extra-terrestres? Uma estadia no hotel

Tarelka é, no mínimo, uma experiência do outro mundo. Aninhado entre as montanhas do

Cáucaso, o Tarelka está localizado a uma altura de cerca de 7.900 pés e pouco acima da aldeia de

Dombai. Esqui, escalada, caminhadas e passeios turísticos são actividades a não perder.

Liberec, República Checa

A 3.280 pés da antiga capital Sudetan de Liberec este é um local que emergiu no final dos anos

60, com um design irreverente, a lembrar uma nave espacial, este espaço funciona

simultaneamente como uma torre de televisão e um hotel.

Rialto, Califórnia

Umas férias para quem quer descanso a sério e com uma pitada de irreverência: vale a pena

passar um fim-de-semana nesta que é a mais ocidental das Aldeias Wigwam. Limpa e

confortável, até tem acesso à Internet sem fios. Os fãs do McDonald¿s não podem perder a loja

do museu onde os irmãos McDonald deram início a um fenómeno mundial.

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Puerto Viejo, Costa Rica

Já pensou passar férias a dormir numa rede, desprovido do conforto da sua cama? Não se assuste,

porque pode bem ser uma experiência a repetir. Pelo menos no Rocking J, na Costa Rica, um

hotel localizado no Caribe Afro Rasta, na cidade de Puerto Viejo. Por 5 dólares, pode usufruir da

rede resistente, de um lençol e de um armário. Perfeito para uma sesta depois de um dia a surfar.

Fall River, Massachusetts

Réplicas de crânios ou o que restou deles são exibidos no armário de sala de jantar da velha casa

de Lizzie Borden, em Massachusetts. Uma lenda urbana, que surgiu na sequência do duplo

homicídio à machadada do seu pai e da sua madrasta em Agosto de 1892, tendo Lizzie sido

julgada pelos assassinatos. Uma tragédia que pode ser conhecida de perto pelos turistas mais

curiosos. Parece que o «quarto da morte» é o mais procurado: um leilão feito no Ebay para a

noite do aniversário do homicídio chegou a render mil dólares¿ com pequeno-almoço incluído.

Cordemais, França

Passar a noite nas margens do rio Loire, numa casa com um quarto que contém toda a fantasia

idílica da paisagem francesa, constitui uma experiência obrigatória para os mais românticos. Um

retiro privado, onde se podem ouvir os pássaros e ver nascer o sol, este santuário surreal

chamado Villa Cheminée, oferece a melhor vista de um dos mais ricos estuários da Europa.

Baza, Espanha

Baza prima pelas antigas cavernas a nordeste da província espanhola de Granada, na Andaluzia.

Nalguns destes recantos ainda vivem famílias, mas muitos deles servem agora como retiros

sazonais. A cultura muçulmana medieval é uma das atracções deste local e uma das cavernas foi

convertida em piscinas subterrâneas de água quente e fria, tratamentos de spa e massagens.

Ilha de Chiloé, no Chile

Parecem autênticas casas de fósforos. Na ilha de Chiloé, cidade de Castro, o hostal Palafita

destaca-se pela preservação da autenticidade daquele local. Um nascer do sol e uma vista para o

mar de fazerem perder o fôlego completam a lista de motivos para arriscar dormir nestas

casinhas que mais parecem de brincar.

Fonte: Agência Financeira

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Marcas invadem praias à conquista do

consumidor em férias

26 de Julho de 2010

Da distribuição de produtos aos passeios de catamarã, as marcas não se poupam a esforços para

captar o consumidor nos momentos em que está disposto a receber mensagens publicitárias.

Quem é que nunca esteve estendido ao sol, na praia, cheio de vontade de beber algo fresco mas

sem vontade de se levantar e ir até ao bar? Foi a pensar em todas estas pessoas que a Sagres Mini

criou a acção de praia para este Verão.

Quem estiver na zona concessionada pela marca, só tem de pedir uma Sagres Mini no bar, que

será servido no sítio da areia ou na espreguiçadeira onde estiver. Basta apenas levar consigo um

dos sinalizadores disponíveis na entrada das praias aderentes.

Esta acção é só uma das muitas que já arrancaram pelas praias portuguesas – em especial as da

zona de Lisboa, costa alentejana e Algarve, por serem as mais povoadas – e que se vão prolongar

até meados de Agosto. Tudo porque as marcas acreditam que, desta forma, se aproximam mais

do consumidor, que estará mais disposto a receber mensagens comerciais em momentos de lazer.

Ainda assim, estas acções têm de obedecer a algumas regras. ―As marcas têm de ter bem

definido o seu posicionamento, objectivo da acção e com que pessoas querem comunicar. O que

quer que façam deve ir de encontro ao que os consumidores pretendem ou valorizam. Estas

acções devem estar alinhadas com a estratégia da marca e integradas num conjunto de outras

iniciativas‖, explica Patrícia Jesus, responsável pela comunicação da marca Lipton.

No caso desta acção da Sagres Mini, ―o objectivo é reforçar a proximidade da marca líder no seu

segmento como os consumidores, promover um serviço de excelência aos consumidores e aos

pontos de venda aderentes à promoção, e ainda alavancar a inovação da marca Sagres‖, afirma

Célia Filipe, responsável pela área de ‗customer‘ marketing da SCC.

Mas se o serviço ao cliente é importante na estratégia de marketing de uma marca, continua a sê-

lo nas acções de praia. Em especial porque no areal há muitas outras marcas a disputarem a

atenção dos consumidores. ―Serviço ao cliente e ao consumidor final são o alicerce que distingue

as marcas das concorrentes e esta inovação traduz-se nisso mesmo‖, acrescenta a mesma

responsável. Por isso, a Sagres disponibiliza aos veraneantes em alguns pontos de venda o ―Kit

Conforto‖, cedendo chapéus-de-sol e espreguiçadeiras.

António Carriço, director de marketing e CRM da Vodafone Portugal, também sabe que a

diferenciação nestas acções é fundamental. Para este Verão, a marca criou mais um ―Momento

Vodafone‖ e distribui cerca de 60 mil brindes, entre sofás e almofadas insufláveis. ―A

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diferenciação e a eficácia da acção é visível no retorno positivo obtido e espelhado nas pessoas

que positivamente se surpreendem pelo facto da Vodafone lhes estar a oferecer, de forma

totalmente desinteressada, algo relevante para elas‖, diz António Carriço. O objectivo final ―é o

de proporcionar momentos de surpresa e simpatia‖.

É também para surpreender os consumidores que a Coca-Cola Zero vai invadir as praias com a

―Brigada Zero‖, na maior acção de ‗sampling‘ da marca em Portugal, com a degustação de mais

de 500 mil embalagens. No final espera ter provado que ―é possível ter todo o sabor Coca-Cola

sem açúcares‖, diz Filipe Bonina, director de marketing da marca.

Já a Lipton Ice Tea não se quer limitar ao ‗sampling‘ e à distribuição de ‗flyers‘. ―Queremos

criar um momento de interacção com a marca, reforçando a proximidade aos consumidores para

que Lipton Ice Tea seja a bebida eleita para matar a sede este Verão e que contribua para o

aumento de vendas no local onde se realiza‖, conta Patrícia Jesus. Tanto no litoral como nas

praias fluviais e em parques aquáticos no interior, a marca vai criar um espaço com ‗puffs‘,

sombra e bruma, onde as pessoas se podem refrescar e proteger do sol, com animação ao longo

do dia.

Outra marca que pretende comunicar de forma inovadora e oferecer uma experiência diferente ao

consumidor é a Vasenol. A marca da Unilever vai ter duas carrinhas decoradas a circular pelas

praias, onde os consumidores podem conhecer a nova loção gel Aloé Fresh e comprar os

produtos.

―Deste modo conseguimos não só apresentar a marca e a sua inovação como gerar uma

experiência única junto do consumidor‖, defende Teresa Antas, ‗brand building & trade‘

marketing da marca. Na sua opinião, é necessário estar próximo do consumidor e criar uma

relação com ele para conseguir boa imagem de marca, e esta é uma das formas de o fazer. Mas

há regras.

―Não é suficiente colocarmos carrinhas estacionadas nas praias, é preciso toda uma atenção a

detalhes, como o elemento surpresa, os promotores, a linguagem que tem com o consumidor, o

tipo de produtos que se quer promover e a experiência enriquecedora que se consegue junto do

consumidor‖, explica Teresa Antas.

A Optimus também está decidida a conquistar o ‗share of mind‘ dos consumidores. Para tal, vai

estar em 15 praias do Algarve onde, além dos passatempos e oferta de brindes – ou de bolas de

Berlim – também vai organizar passeios de catamarã ou festas ao pôr-do-sol.

Fonte: Económico

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Portugal cria plataforma para

internacionalização de empresas de base

tecnológica

30 de Julho de 2010

Pedro Castro Henriques, presidente da Portic, revelou ao OJE a estratégia desta think tank,

criada, este ano, para actuar prioritariamente na Escandinávia, mas que aponta já a outros

mercados de alto potencial como o Reino Unido, EUA, Brasil, Índia e China.

A Portic realizou, recentemente, no Porto, a sua primeira iniciativa: um encontro entre empresas

portuguesas de base tecnológica e uma comitiva escandinava (Dinamarca e Suécia)

representativa das várias áreas de mercado de tecnologias de informação e comunicação do

Norte da Europa. Pode dizer-se que começou… fazendo. Pode explicar o que é a Portic?

A Portic – ―think tank for Portuguese Internationalization‖ é, como o nome indica, uma entidade

que se dedica a pensar, repensar, incentivar e apoiar a internacionalização das empresas

portuguesas de base tecnológica. Para isso, conta nas suas fileiras com uma equipa de

especialistas, líderes, empreendedores, governantes nacionais e internacionais que colaboram de

forma muito dinâmica e estão distribuídos em rede por algumas das principais entidades

nacionais e internacionais nos mercados identificados.

Que razões levaram à sua criação?

Devido à necessidade de mentalizar os empresários portugueses que têm de ter como pilar base

das suas empresas a internacionalização. O crescimento e a sustentabilidade das empresas têm de

ter na sua base uma percentagem de receita internacional cada vez maior. A dimensão do

mercado português é ínfima e quem quer ter um negócio competitivo não pode ficar nas saias da

sua região ou localização geográfica, mas antes tem de tirar partido da internacionalização,

lançar-se e mostrar-se lá fora. Já não há desculpa: os meios de transporte e comunicação têm

valores reduzidos, ainda mais com a introdução dos voos baratos e frequentes e das tecnologias

de comunicação, como é o caso da videoconferência, conference call (skype, MSN, Google talk),

e-mail, etc. Temos PME portuguesas que reúnem remotamente, na mesma semana, com

parceiros americanos, colaboram com fornecedores espanhóis ―in loco‖ e trabalham com

governos de Leste e clientes escandinavos, como é por exemplo o caso da GlinttHS, Stongstep –

Innovation in Software Quality, OPT, Nvia, Ambisig, Wad software, etc. Algumas das empresas

da nossa região têm maioritariamente clientes internacionais, com os quais trabalham

diariamente, fornecendo-lhes serviços e produtos inovadores.

Mas também temos o oposto…

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Justamente. A Portic foi criada para fomentar e entender os casos de sucesso e insucesso das

empresas de tecnologia, criando espaços de debate, troca de ideias, ‗networking‘, organizando

eventos internacionais, quer em Portugal quer nos mercados considerados estratégicos, com o

objectivo de fomentar o crescimento das empresas portuguesas na componente de exportação.

Pretende também contribuir para que estas se tornem cada vez mais internacionais em termos

relacionais e de clientela. Acreditamos que algumas das empresas do clube Portic serão grandes

dinamizadores económicos locais e que vão alavancar outras mais pequenas e acompanhá-las nas

suas rotas internacionais em consórcios e relações ‗win-win‘.

Que interesses representa e que empresas aglutina?

A Portic representa interesses de uma sociedade civil com um grande desejo de uma mudança

positiva no tecido empresarial português de base tecnológica. A Portic optou por incluir e

convidar como sócias do clube Portic, empresas tipicamente PME com vocação exportadora, que

tenham produtos e serviços de base tecnológica e líderes activos (Presidente/CEO/ CIO). Os

interesses são o crescimento económico da região assente num ecossistema baseado em empresas

exportadoras e tecnológicas, geradoras de uma ecologia que alimenta ―empresas satélites‖ – mais

pequenas e especializadas, enraizando riqueza a nível da região.

Porque definiu a Portic a Escandinávia como mercado-alvo? Que oportunidades oferece a

Escandinávia às nossas PME?

Os mercados-alvo da Portic são revistos com uma base periódica, sendo que os estabelecidos

inicialmente apontaram para regiões com elevado potencial e com grande interesse pelo perfil de

empresas que integram a Portic, dos quais destacamos a região de Oresund (a Sillicon Valley

europeia), que representa um mercado com um volume de negócios de 23,4 mil milhões de euros

(dez vezes mais que o cluster Tice.pt em Portugal), com mais de 100.000 empregados em TI (o

cluster Tice.pt em Portugal tem cerca de 14.000), sete parques de tecnologia e mais de 10.000

empresas do sector. A região de Oresund tem apenas cerca de 3,6 milhões habitantes. Segundo o

estudo Global IT Report 2009/10- ICT For sustainability (do INSEAD/World Economic Forum),

a Suécia e Dinamarca estão no topo do ‗top‘ mundial, ultrapassando mesmo os EUA em

características como Networked Readiness Index, Environment Component (ambientes: a nível

de mercado, regulação, política e infraestrutura), uso individual de tecnologia e prontidão dos

negócios para utilizar as TIC.

Sillicon Valley está naturalmente no vosso mapa…

Poucas semanas após a sua constituição, a Portic esteve representada em Sillicon Valley, onde

travou contacto com entidades tecnológicas, que colocaram a possibilidade de ainda este ano

virem a Portugal, numa missão semelhante à realizada com os escandinavos que estiveram no

nosso país em Abril. Regiões como estas competem entre si para captar as empresas mundiais

mais inovadoras e Portugal está a ter resultados notáveis a nível dos seus produtos e serviços

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tecnológicos. É necessário agora adaptá-los à procura e vender nesses mercados com grande

capacidade de compra.

Que parcerias estabeleceram, até ao momento, com empresas escandinavas?

Estamos a trabalhar com hubs escandinavos, que conhecem os CEO das empresas da Skania (Sul

da Suécia) e da grande Copenhaga (Dinamarca), entre as quais a Tetrapak, Ericsson, IKEA,

Volvo, Gambro, Astrazeneca e SonyEricsson. Os representantes escandinavos não só conhecem

profissionalmente, como mantêm contacto pessoal com cerca dos 160 directores das principais

empresas da região. Estamos com estes contactos na fase de estabelecimento de conversas para a

nossa missão em Novembro.

Como vai ser essa missão?

Vamos com uma comitiva muito seleccionada de empresas de alto potencial, que têm como

objectivos a fixação na região, ou o arranjarem parceiros, distribuidores e clientes. Para algumas

das empresas portuguesas, esta pode ser a primeira oportunidade para terem um primeiro grande

cliente, dada a avidez das gigantes empresas escandinavas em produtos e serviços inovadores de

base tecnológica. Esta é, de facto, uma oportunidade de ouro.

Quanto pesa a balança (comercial) tecnológica portuguesa? Quanto vale a Escandinávia nessa

balança?

A grande exportação portuguesa para a Suécia é feita sobretudo à base de produtos tradicionais, e

marginalmente a nível de produtos e serviços tecnológicos. Queremos mudar radicalmente esta

realidade. Os dados de comércio externo mostram-nos as expedições de mercadorias e não

englobam serviços TIC´s. Em 2009, segundo dados do INE, o valor das expedições de

mercadorias portuguesas para a Suécia atingiu 350 milhões euros.

Como?

Para isso, contamos com a colaboração de entidades nacionais de referência, como o AICEP,

CCDRN, UP, ADI, TICE, ADDICT e outros clusters nacionais como o UPTEC, CEDUP,

Anetie, Inovaria, as embaixadas e câmaras de comércio e outras entidades da União Europeia e

de Bruxelas. Existem programas como o ―ON2 – O Novo Norte‖ e o QREN, que apoiam

fortemente estas iniciativas e as empresas portuguesas. Contamos também com o firme apoio dos

nossos patrocinadores: Oresund IT, Glintt, Casa da Música, UPTEC, Strongstep, Nvia, Maus

Hábitos, Neoscopio, AMBISIG, Alumni EI, Vendder e Saco Azul.

O que representam as empresas aglutinadas na Portic na Escandinávia?

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Actualmente, a presença das empresas da Portic na Escandinávia é ainda muito reduzida, sendo

que isso se traduz num crescimento percentual grande. Esperamos um crescimento entre 20% a

60% do número das empresas Portic com presença escandinava a curto/médio prazo.

Quais são as metas a atingir pela Portic nos próximos cinco anos?

Os objectivos passam pelo estabelecimento de fortes laços emocionais, relacionais e económicos

da Portic e das suas empresas com mercados de alto potencial e acesso aos seus principais

players e mercados. Isso passa pela realização de uma a duas missões empresariais anuais a

países alvo; pela organização de um evento internacional bianual de tecnologia em Portugal; pela

caracterização dos mercados alvos e mapeamento dos contactos e ‗benchmarking‘ das empresas

Portic para maior competitividade e ainda pela compilação de boas práticas para ajudar a ajustar

a oferta de tecnologia portuguesa.

Organizámos também recentemente uma missão aos Açores, com empresas do sector TIC, em

parceria com a Agência para o Investimento dos Açores, onde demos a conhecer um espaço com

potencial para o crescimento do sector, dadas as infraestruturas de fomento económico, os apoios

ao investimento, a oferta académica e os parques tecnológicos. Esta região tem relações

históricas, culturais e económicas muito fortes com a América do Norte.

Outros mercados poderão futuramente vir a ser trabalhados pela Portic? Quais?

Nos mercados desenvolvidos: Escandinávia, EUA e Reino Unido. Nos mercados emergentes:

Índia, China, Brasil e Argentina. Outros mercados de alto potencial, como o Irão e a Líbia, bem

como mercados de proximidade relacional, como, por exemplo, Cabo Verde. Nestes mercados

temos relações privilegiadas e sabemos que podemos ajudar as empresas portuguesas a vingar.

Quais são os principais factores de competitividade das exportadoras portuguesas na área

tecnológica?

No Norte de Portugal, a massa crítica a nível das faculdades e universidades, nomeadamente das

universidade do Porto e do Minho promovidas fortemente a nível internacional pelos seus

reitores, professores Marques dos Santos e António Cunha, em áreas como a engenharia,

indústrias criativas e indústrias do mar, que em conjugação podem levar à criação de produtos e

serviços em combinações únicas e diferenciadoras internacionalmente; a natureza

empreendedora dos empresários e a possibilidade de se ligarem às fontes universitárias de

conhecimento e aos recursos de investigação, aos seus professores e alunos; a criatividade e

engenho lusos; a facilidade do povo português em comunicar com outros povos e culturas e em

miscigenar-se.

Qual a maior barreira à inovação em Portugal?

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Os ―velhos do Restelo‖! Aqueles que dizem ―não é possível‖; ―não posso‖; ―não vão conseguir‖;

―o que é de fora é que é bom‖; ―somos piores que os outros‖.

A tecnologia pode ser um catalisador de desenvolvimento para Portugal? O que é necessário para

que isso se verifique?

É necessário, acima de tudo, uma mudança de mentalidade, que as pessoas abram os olhos para

as oportunidades únicas na história. Nunca foi tão fácil para um português com uma empresa

tecnológica angariar investidores, mostrar os seus produtos ao mercado mundial, fazer-se

conhecer além fronteiras, ir lá fora vender os seus produtos, exportar produtos e serviços

especializados e em massa e para fora.

Como se põe Portugal no futuro? O país tem uma estratégia empresarial?

Portugal tem um conjunto de iniciativas, ‗clusters‘, grupos de empresas que estão virados para os

mercados externos. O mercado externo é ―o mercado‖. O mercado nacional é ínfimo e quem não

estiver preparado para ir lá fora ―combater comercialmente‖ está destinado a morrer em solo

português com a competição feroz nacional e a entrada de ‗players‘ internacionais habituados a

competir em mercados concorrenciais.

Tal como no futebol, Portugal pode chegar às finais e destacar-se como um dos melhores numa

área como as TIC, que necessita, acima de tudo, de massa cinzenta e engenho, que, neste

momento, abunda em Portugal, mas que não está a ser aproveitado devidamente.

Mais do que políticas governamentais, a iniciativa tem de partir dos indivíduos, pois são, esses

sim, os que podem fazer a diferença. E tudo de preferência sem burocracias estatais e num

Estado que promova a meritocracia.

O Estado deve ser leve, eficaz e permitir que as empresas compitam entre si, sem superproteger o

mercado, pois o risco é que as empresas se tornem gordas e pesadas e não consigam correr as

maratonas e olimpíadas internacionais da mesma forma elegante e competitiva que exigimos e

que os nossos atletas fazem.

Que modelo de desenvolvimento e crescimento defende para o País?

Um modelo baseado em modelos nórdicos (há 100 anos, a Suécia era mais pobre que Portugal),

que aposte na qualificação e formação dos indivíduos, para que estes possam criar empresas

competitivas baseadas no conhecimento, com valor acrescentado para os seus clientes. É certo

que apenas algumas dessas empresas vão vingar e tornar-se empresas de grande porte,

multinacionais capazes de serem líderes mundiais em nichos, como já temos alguns exemplos.

Tem, no entanto, de haver consciência social de que é necessário trabalhar muito nesta e na

próxima geração, para utilizar de forma racional os recursos preciosos que temos, as pessoas, o

nosso belo país, a nossa costa e, acima de tudo e uma vez mais, a nossa criatividade, tornando as

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visões e os sonhos de líderes portugueses nas caravelas e missões que vão levar novos produtos e

serviços tecnológicos a um mundo de oportunidades que está além-fronteiras.

―As estratégias de sobrevivência de Portugal passam pela internacionalização‖

―A internacionalização deixou de ser opção para se tornar uma questão de sobrevivência‖,

salientou Simon Stockley, director do MBA do Imperial College de Londres e membro do

comité internacional da Portic, na Oresund@Portic, primeira grande iniciativa da Portic, que

trouxe a Portugal uma comitiva de empresários e investidores escandinavos e serviu igualmente

para apresentar esta organização, criada, em Março de 2010, com o objectivo de incentivar a

internacionalização das empresas portuguesas de base tecnológica.

O antigo presidente da CIP, Francisco Van Zeller disse que ―todas as estratégias de

sobrevivência de Portugal passam pela internacionalização, que contém a exportação.‖

Entre os vários membros da Portic encontram-se Francisco Van Zeller, que é o Presidente do

Conselho de Internacionalização, Simon Stockley, do Imperial College of London, Mário Rui

Silva, da FEP/CCDRN, Rui Henriques, da GlinttHS, Emídio Gomes, da Universidade do Porto,

Manuel Ferreira da Silva do Banco BPI, Diogo Vasconcelos, da APDC, Joaquim Cunha, da

Health Cluster Portugal, João Falcão Cunha, da FEUP, Nuno Pereira, da EGP, Daniel Pires, da

Saco Azul/Addict, o Professor Marques Santos, da Universidade do Porto e António Cunha, da

Universidade do Minho.

Fonte: Oje – o Jornal Económico

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As melhores empresas exportadoras de

Portugal

1 de Abril de 2010

―Why should I buy portuguese?‖ Faça esta pergunta em todas as línguas que conhece. Incluindo

a portuguesa, nos gerúndios do Brasil. Sim, repita a pergunta ―Por que devo comprar

português?‖ tantas vezes quantas precisar até saber a resposta. Não porque queira comprar

português. Mas se quer vender português. Porque a Marca Portugal é isso: é a resposta.

Centenas de empresas portuguesas sabem a resposta. E muitas delas dão-na ao longo das

próximas páginas desta edição, que inaugura um projecto entre o Negócios e a AICEP. Seja

bem-vindo: esta é a Must Portugal Global 2010, a revista das melhores empresas exportadoras do

País. Entre se faz favor.

A economia portuguesa é demasiado pequena para cumprir as ambições de muitas empresas e

para viabilizar os seus projectos. As exportações são, pois, o território óbvio de crescimento.

Macroeconómico: o PIB, as balanças comerciais, de pagamentos, de transacções, a economia

portuguesa. E microeconómico: as receitas, os investimentos, as expansões, as empresas

portuguesas. Mas disputar o enorme mercado global é enfrentar uma concorrência veloz e

mutante. Não basta a uma empresa fazer bem, é preciso ser reconhecida como aquela que faz

bem. A diferenciação do produto. A competitividade no preço. A eficiência na distribuição. A

promoção, os ―stocks‖, as garantias financeiras. E o rótulo: Made in Portugal. Feito em Portugal.

É aqui que entra a criação de uma marca global e afirmação dos seus atributos. As campanhas

publicitárias sobre Portugal penduradas nas fachadas de prédios em Madrid, coladas nos

metropolitanos de Londres, fixadas nos candeeiros de Helsínquia. As feiras, conferências, redes

de ―networking‖, os apoios, estímulos, incentivos financeiros. E a invisível e laboriosa missão da

diplomacia económica, que abra portas e feche acordos, contratos, candidaturas. Tudo isto deve

ser exigido a um Estado, ao seu Governo, às suas instituições mandatadas. Mas não é a marca

que faz as empresas. São as empresas que fazem a marca.

Esta Must Portugal Global 2010 revela as empresas, num conjunto seleccionado pela AICEP,

que fazem a marca, que levam Portugal aos consumidores internacionais. A célebre máxima

kennediana não está ainda suficientemente batida: também estas empresas fazem pelo País sem

depender do que o País faz por elas. Ninguém fará por estas empresas o trabalho de exportar,

conquistar mercados, vencer concorrentes – servir o cliente, seja ele um consumidor angolano,

um entreposto espanhol, um intermediário americano, um cambista suíço.

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Se hoje somos reconhecidos como um país na vanguarda das energias e da fibra óptica, por

exemplo, é porque empresas portuguesas apostaram nesses sectores e neles fizeram projectos de

investimento – e de retorno.

Os exemplos são os que se seguem. É precisamente na energia que está a maior exportadora

portuguesa, a Galp. E é nas telecomunicações que outra está, a Visabeira, aliando a sua presença

externa com infra-estruturas, construção e engenharia. Como o fazem a Mota-Engil ou a Zagope.

Ou, a jusante, o mobiliário da Haut de Gamme, as tintas da CIN, os revestimentos da Revigrés.

Foi a engenharia da Brisa, sobre a plataforma unificada e eficiente da SIBS, que no passado

fizeram de Portugal ―o País da Via Verde‖, um sucesso ainda hoje por replicar noutros países.

Que fazem estas empresas? Exportam o seu conhecimento e os seus serviços. Sim, os serviços

financeiros também têm compradores no estrangeiro, como sabem e praticam a Caixa Geral de

Depósitos ou o Banif.

Mas há mais inovação a ser exportada, por empresas como a Bial, uma multinacional

farmacêutica em concretização a partir de tecnologia com sede portuguesa. E há mais na

tecnologia, há a exportação de serviços da Novabase, da Skysoft, da JP Sá Couto. Provando que

―sectores tradicionais‖ não é antónimo de ―sectores de ponta‖, empresas de têxtil como a Lanidor

aumentam as suas vendas disputando com as maiores multinacionais do mundo. Assim como no

calçado, que se reestruturou depois das avançadas asiáticas e representa mais de 1,2 mil milhões

de euros de exportações por ano. Parte das quais mercado a conquistar pela Fly London. São

produtos de grande consumo, que exigem um controlo logístico e um acesso selectivo à

distribuição. É o que fazem os vinhos João Portugal Ramos, os azeites da Sovena, as águas da

Unicer, as cervejas Super Bock. Ou os ―papéis‖ da Renova e da Portucel Soporcel.

Estas empresas orgulham-se do passado português e escrevem também o seu futuro. Elas não

decidiram partir o Galo de Barcelos; decidiram partir do Galo de Barcelos e fazer melhor.

Precisam que ―Portugal‖ seja uma marca internacionalmente reconhecível pelos atributos de

qualidade. Mas são elas mesmas que, pelo seus próprios atributos, fazem a marca de Portugal

todos os dias, em cada um dos seus mercados externos. E isso vale mais que todas as campanhas

de publicidade.

―Por que devo comprar português?‖ A resposta está em cada uma das empresas que fazem deste

país o Portugal Global. Nos seus produtos, nos seus serviços, nos seus colaboradores, na sua

personalidade. Por isso se exporta. Por isso é que importa.

Fonte: Jornal de Negócios

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Tecnologias dão mais emprego

5 de Abril de 2010

Esmagadora maioria das profissões em Portugal vão passar a exigir competências tecnológicas.

Estudo da IDC aponta para 90%

Maiores perspectivas de carreira e melhores salários: a formação tecnológica pode ser um bom

investimento, complementar aos ensinamentos académicos. Para os licenciados à espera de

emprego pode ser mesmo a (melhor) solução. As tecnologias estão a crescer e não se cansam de

procurar (e encontrar) mão-de-obra especializada. Melhor ainda, os salários também são

promissores.

«Este é um sector que não parou de ter dinamismo e, por isso, os engenheiros informáticos

ganham acima da média das outras profissões exercidas por pessoal qualificado», declarou o

presidente da Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade da Informação

(APDSI), José Dias Coelho, à «Exame Informática».

Os cursos certificados podem ser o trampolim ideal para obter conhecimentos num curto espaço

de tempo, práticas que muitas vezes não são ensinadas nas universidades. As empresas preferem

contratar quem não tem medo da tecnologia e põe mãos à obra sem hesitar.

«Já ouvi clientes da nossa empresa a dizer que não se importam de empregar alguém que não é

engenheiro, desde que tenha um certificado Cisco Certified Network Associate (CCNA)»,

revelou o gestor de programas da Rede de Academias Cisco para Portugal e países nórdicos,

Nuno Guarda, à mesma publicação.

A Cisco está mesmo entre as empresas que fornecem cursos de grande procura, como o CCNA e

o CCNP. A acompanhar a preferência pela formação tecnológica, estão os cursos Windows

Server 2008, programação em Java e as certificações EC Council (segurança electrónica), além

de cursos vocacionados para a virtualização, como o VMWare.

A vantagem destes cursos prende-se com a fácil adaptação a outras marcas tecnológicas. A

formação da Cisco, por exemplo, habilita os formandos a uma aprendizagem transversal:

«Mesmo nos cursos sobre redes, como o CCNA, 95% do que se aprende» é útil «para outros

fabricantes e, por isso, acaba por ser reconhecido por outras marcas que até podem ser

concorrentes», assegurou Nuno Guarda.

E, de facto, 66% dos formandos das academias europeias viram melhoras em termos de

empregabilidade, depois de se submeterem a uma formação tecnológica. A ajudar, está a

dependência crescente que as empresas têm da tecnologia.

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90% das profissões vão exigir competências tecnológicas

Por iniciativa própria ou da entidade patronal, a formação tecnológica é o que está a dar. Hoje

em dia quase todas as áreas profissionais necessitam de tecnologia para trabalhar. «As empresas

sabem que as tecnologias ajudam a produzir mais e melhor. E há algumas que já só conseguem

existir com tecnologias», afirmou o presidente da AODSI.

Como «as empresas não migram de software anualmente» é mais fácil perceber quais são os

cursos com maior saída, adiantou a directora adjunta do Centro de Formação da Rumos, Marlene

Almeida. Isso, aliado aos gostos pessoais do potencial trabalhador, é a chave do cofre para que o

dinheiro e o tempo gastos em formação se traduzam num novo emprego.

E as previsões apontam para que tecnologia seja uma palavra cada vez mais recorrente no

mercado de trabalho: não há-de faltar muito para que 90% das profissões exercidas em Portugal

vão exigir competências desse tipo, segundo um estudo da IDC, encomendado pela Microsoft.

Por isso, resta saber escolher bem, para garantir um futuro profissional melhor: os cursos com

certificados reconhecidos por marcas tecnológicas devem ser uma primeira escolha, isto porque

são mais valorizados em termos de currículo profissional.

Há cursos para todos os gostos, mas aqueles que privilegiam as aulas práticas e que incluem

estágios são os que garantem maior apetência para o mercado de trabalho. Afinal ainda há «luzes

ao fundo do túnel» para quem está desempregado.

Fonte: Agência Financeira

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Criada primeira Rede de Economias

Criativas

9 de Setembro de 2010

A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro aprovou a candidatura de

nove milhões de euros da primeira Rede de Economias Criativas criada a nível nacional,

revelaram os municípios que compõem a rede.

―Temos investimentos de um total de nove milhões de euros que vamos desenvolver associados

aos eixos da criatividade, empreendedorismo e educação criativa‖, afirmou à agência Lusa

Telmo Faria, presidente da câmara de Óbidos, que lidera a rede.

Um dos projectos a desenvolver passa por investir meio milhão de euros na criação entre os

vários parceiros de um canal de televisão, cujos conteúdos são produzidos pelos alunos das

escolas de cada um dos concelhos abrangidos, criando assim uma rede de escolas criativas.

―Queremos estimular a criatividade através da multimédia‖, sublinhou o autarca.

Entre os vários investimentos, destacam-se também projectos que estimulam o

empreendedorismo entre os cidadãos e que apoiam a fixação de indústrias criativas nos

concelhos pertencentes a esta Rede das Economias Criativas.

―Queremos que a criatividade seja o motor de desenvolvimento destes municípios, por isso

queremos estimular a criatividade e o empreendedorismo logo a partir das escolas‖, disse.

A Rede Portuguesa das Economias Criativas é composta pela Fundação Bissaya Barreto e pelos

municípios de Óbidos, Guimarães, Montemor-o-Velho, Tondela, Montemor-o-Novo e Seia, entre

os quais existem projectos comuns orçados em 2,5 milhões de euros de investimento.

―Estamos a preparar o modelo de gestão, que vai passar pela constituição de uma associação para

gerir os projectos‖, adiantou o autarca social-democrata.

Os parceiros da rede têm até Dezembro de 2013 para concretizar todos os investimentos

previstos.

A rede resulta da necessidade dos municípios em encontrarem formas inovadoras de gestão

pública e de planeamento conjunto de estratégias de inovação e criatividade.

Fonte: Oje – o Jornal Económico

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Evolução da Distribuição

1 de Abril de 2010

Lidl, Minipreço e Dia perderam clientes para supermercados. Os hipers também perderam

mercado. Mas lojas como Pingo Doce e Modelo reforçaram a sua quota.

Num ano de recessão como o de 2009, as cadeias de ‗discount‘ como Lidl, Minipreço ou Dia

viram as suas quotas de mercado caírem 1,2%. Os supermercados, como os Modelo e os Pingo

Doce, afirmaram-se como o único formato de retalho que cresceu no último ano, com uma

subida de 4,2% para os 43,8% de quota de mercado.

Segundo Luis Vicente Dias, presidente da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição

(APED) – que apresentou ontem o primeiro barómetro de vendas em Portugal – este facto deve-

se ao reposicionamento de várias empresas de distribuição como a Jerónimo Martins, que decidiu

apostar nos supermercados Pingo Doce. Mas há outras razões, como o ajustamento das empresas

às limitações de aberturas aos domingos à tarde para os hipermercados, estando a apostar em

espaços comerciais com menos de 2.000 metros quadrados. Além disso, ―o factor de

proximidade é muito valorizado, quer pela comodidade, quer pela poupança de combustível‖,

afirmou Vicente Dias.

Portugueses vão menos vezes mas gastam mais

A maior queda de quota de mercado foi sentida pelos hipermercados, que passaram de 26,1% em

2008 para os 24,4% no ano passado, uma descida de 1,7% na procura dos portugueses. No

entanto, esta predominância dos supermercados em detrimento dos grandes formatos é uma

tendência que se tem sentido nos últimos anos.

Segundo o barómetro de vendas da distribuição portuguesa apresentado pela APED, os

consumidores foram menos vezes às compras e gastaram mais em cada ida ao supermercado. No

entanto, o aumento do gasto por acto de compra (1,7%) foi inferior à queda do preço médio dos

produtos (menos 3,5%) devido à deflação de preços vivida no ano passado.

No ano passado, as vendas dos bens alimentares cresceram 1% e as de bens não alimentares

caíram 4%. O presidente da APED explica estes números pelo facto de ―os produtos alimentares

terem uma elasticidade reduzida, o que faz com que o sector alimentar não tenha sentido reflexos

da crise‖, explicou.

Nos produtos não alimentares, os únicos que cresceram foram os bens de entretenimento e os

medicamentos não sujeitos a receitas médicas, que registaram um crescimento de 8% no total de

farmácias, parafarmácias e áreas de saúde da grande distribuição.

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A electrónica de consumo caiu 9%, sendo mais acentuada na informática (menos 17%) e nas

telecomunicações (menos 12%). No entanto, a venda de televisores LCD e ‗smartphones‘

(telemóveis inteligentes) cresceram 12% e 57% respectivamente, contrariando a explicação de

adiamento de decisão de compra de produtos de consumo para manter o nível de vida nos bens

alimentares.

Fonte: Económico

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Norte tem de apostar em factores distintivos

28 de Maio de 2010

Tal como um produto ou serviço, também as cidades e as regiões devem ser trabalhadas como

marcas para chegar aos seus públicos.

Carlos Melo Brito, professor da Faculdade de Economia do Porto, explica as vantagens que uma

estratégia de marketing pode trazer à afirmação dos atributos da região Norte.

Porque devem as regiões apostar na utilização do marketing?

As regiões (e cidades) competem entre si e o marketing é um instrumento necessário para a sua

promoção, de modo a realçar características únicas e distintivas.

Podem “vender-se” como marcas?

Porto, Guimarães ou Norte de Portugal são marcas. E valem tanto mais quanto forem

conhecidas. É preciso trabalhar a sua imagem e isso passa pela promoção e criação de eventos,

para se ter pólos de atracção e criar afectividade junto de moradores ou visitantes.

Para promover a região Norte, qual seria o seu argumento de venda?

O modo mais simples de pensar é nos recursos. Temos o Vinho do Porto, o Douro e um

património arquitectónico rico que pode ser aproveitado. Mas mais do que recursos, precisamos

de competências. Temos têxteis, calçado, mobiliário e algumas indústrias de ponta, mas não

chega. Actualmente, as cidades e as regiões competitivas são as mais criativas. O Norte tem esse

desafio: o da inovação e criatividade.

É algo que começa a aparecer…

Ser criativo é essencial para dar a volta à actual conjuntura. No Reino Unido, cidades como

Glasgow ou Manchester, outrora dependentes da indústria transformadora, mudaram a

trajectória. Em Bilbao, a aposta na criatividade (impulsionada com o Guggenheim) trouxe

riqueza à cidade.

A cidade do Porto terá capacidade para percorrer esse caminho?

Só depende das pessoas e do seu espírito empreendedor. Será importante ter mais empresas

inovadoras a arrastar outras. Temos de pegar no que temos de bom, para levar outras coisas atrás.

E qual o papel do marketing aqui?

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O Porto tem três tipos de público: turistas, investidores e habitantes/trabalhadores. Uma cidade

má para viver também não é boa para investir ou visitar. É necessário trabalhar estes públicos de

forma diferente, mas integrada, para ter capacidade de atracção.

É assim que se deve pensar a promoção turística?

Há que definir os mercados prioritários onde vale a pena promover. Os eventos ajudam a colocar

as cidades no mapa e o Porto tem acautelado isso melhor com a Red Bull Air Race, Circuito da

Boavista, concertos e exposições. Há pouco tempo tinha apenas um evento marcante: a noite de

São João. Era muito pouco.

Disse uma vez que não se captam turistas com centros comerciais…

Ninguém vai a uma cidade para ver o mesmo que tem perto de casa. O que atrai um turista

estrangeiro são factores distintivos como zonas históricas e comércio tradicional. Nesse aspecto,

o Norte tem centros históricos que permitem uma oferta diferenciadora.

Também referiu que o Porto parte com 30 anos de atraso…

Porque não há um plano de marketing para a cidade. E já devia ter havido. Veja-se a quantidade

de marcas que tem o Porto. Cada um trabalha para o seu lado e não há uma estratégia comum. É

por isso que estamos atrasados.

O Porto é a capital da euroregião Galiza-Norte de Portugal?

Acho que assume esse papel e é importante que tenha uma estratégia de reforço dessa posição.

Tem uma dimensão e oferta que não se compara com as cidades da Galiza. Muitos espanhóis

vêm mesmo apanhar um avião ao Porto ou comprar móveis ao IKEA.

Mas há algo a aprender com os galegos no marketing das regiões?

Sim. O espanhol está mais evoluído, porque aprendeu a importância da criação de valor. Um

sítio bom para atrair turistas tem de ser bom para viver e investir. Nós também podemos chegar

lá.

Está optimista?

Tenho de estar. Não somos menos que os outros e não temos menos recursos. O sucesso depende

de cada um de nós.

Fonte: Jornal de Notícias

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Computadores, já não vamos precisar de

ratos

22 de Junho de 2010

Tecnologia a laser criou um mouse invisível. São as nossas mãos que comandam as tarefas.

A tecnologia é cada vez mais invisível. Estranho? A verdade é que agora «nós» podemos

substituí-la. É que até os ratos de computador estão a desaparecer e passam a ser as nossas

próprias mãos que comandam as tarefas do computador. Tudo graças ao laser.

Parece que já lá vai o tempo dos mouses sem fios, agora é tempo de «aparecerem» os ratos

invisíveis. Esta invenção com recurso à tecnologia laser cabe ao investigador do Massachusetts

Institute of Tecnology (MIT) , Pranav Mistry, revela o jornal «El País».

Uma tecnologia de «sexto sentido» é o que propõe este «brinquedo» invisível, já que pressupõe

um sistema em que os movimentos que fazemos com as mãos e com os dedos transmitem

indicações ao computador, como se fôssemos um rato. A tecnologia laser interpreta, espera-se

que com sucesso, o que queremos fazer no computador.

Ou seja, graças a uma webcam e a um emissor de laser é controlada a posição da mão sobre a

superfície e os gestos de pressão dos dedos para levar a cabo diversas acções no computador,

sem qualquer intermediário.

Fonte: Agência Financeira

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Redes sociais mais eficazes na divulgação da

publicidade

28 de Junho de 2010

Especialistas defendem que estas ferramentas sociais estão a alcançar relevância sem

precedentes.

Alguns dos maiores anunciantes do mundo, como a Coca-Cola, Unilever y Procter & Gamble

realçaram, no 57º Festival Internacional de Publicidade Cannes Lions, a importância dos meios e

ferramentas sociais como o Twitter ou o Facebook,

Martin Sorrell, presidente executivo do grupo de publicidade britânico WPP Wildworld

Worldwide, disse no evento, que decorreu no passado fim-de-semana, que este tipo de

ferramentas sociais está a alcançar uma ―relevância sem precedentes entre os processos e

métodos de comunicação, coincidindo com a opinião de David Eastman, director para a região

da América do Norte da agência JWT. David Eastmen afirmou mesmo que as redes sociais estão

já a serem utilizadas como um ―apoio às novas propostas publicitárias e criativas‖.

Para Martin Sorrell as redes sociais ganham valor ―por serem realmente constituídas por

conteúdos editoriais‖, constituindo ―a forma de divulgação mais eficaz da publicidade‖. O CEO

da WPP realçou, em Cannes, que há cada vez mais ―diversas formas de conseguir o

reconhecimento de uma marca‖ e que as empresas devem ―utilizar todas as armas disponíveis‖.

A verdade é que apesar das recentes polémicas à volta da privacidade e segurança da informação

pessoal dos utilizadores das redes sociais, os principais anunciantes mundiais mostraram um

enorme entusiasmo nestas ferramentas como meio de divulgação da publicidade, integrando-as

nas estratégias das suas empresas.

Fonte: Económico

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O que a Nokia está a fazer para não perder a

liderança

15 de Novembro de 2010

A mais inovadora e famosa empresa de telemóveis do mundo tem perdido terreno para as

rivais e as mais recentes tecnologias.

Tem mais de 145 anos, mas só se tornou uma marca conhecida internacionalmente nos últimos

20 anos. A Nokia começou como fabricante de papel higiénico e galochas de borracha, e

funcionou ainda como produtora de electricidade. Depois de ser um conglomerado global de

papel, borracha, cabos, electrónica e telecomunicações que durou até aos anos 90, o grupo fez

uma viragem estratégica em 1994 e traçou um novo objectivo: ser líder nas comunicações

móveis, um segmento emergente. No final dos anos 80, o grupo esteve à beira do colapso, tendo

quase sido vendido à Ericsson, em 1991, e sondado pela Siemens.

Hoje o grupo finlandês vale 1,6% do PIB finlandês e 15% das suas exportações. Mas nos tempos

áureos, na altura da ―bolha da nova economia‖, a Nokia chegou a valer 100% do PIB da

Finlândia e as suas vendas representavam quase 25% da riqueza nacional criada anualmente. Os

analistas costumavam dizer que ―se a Nokia espirrar, a economia finlandesa constipa-se. E se a

Nokia der uma gargalhada, os indicadores macro-económicos finlandeses disparam‖.

Embora ainda seja a líder mundial no mercado de telemóveis e ‗smartphones‘, a Nokia já não

navega à velocidade de cruzeiro a que os mercados estavam habituados. Com um valor bolsista

de 30 mil milhões de euros, a Nokia perdeu o lugar que manteve durante anos como uma das 100

maiores empresas do mundo, no ‗ranking‘ da revista Forbes. Mesmo assim, no ano passado, a

Nokia vendeu 442 milhões de telemóveis, algo como 14 unidades por segundo. Até Setembro

deste ano já foram vendidas 329,3 milhões de unidades.

Nokia perde terreno para rivais

Com a introdução dos equipamentos na era digital, a Nokia começou a perder terreno para outros

fabricantes que se assumiram mais inovadores. Em 2007, surge o iPhone, da Apple, que

introduziu os telemóveis com ecrã táctil e criou uma nova tendência. A RIM diversificou o

portefólio da BlackBerry e a Samsung e LG tornaram-se mais agressivas.

O problema da Nokia é que, apesar de ter equipamentos para todos os segmentos, não tem uma

plataforma que marque uma tendência. ―A Nokia deve investir mais no desenvolvimento de

plataformas inovadoras para conseguir competir com os equipamentos da Apple e com a

plataforma Android. Estas plataformas surgiram focadas no segmento dos ‗smartphones‘, que

tem o maior potencial de crescimento dentro do mercado maduro de telefones móveis‖, diz

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Gabriel Coimbra, director de pesquisa da IDC Portugal, ao Diário Económico. Nas condições

actuais, e apesar da actual liderança da Nokia, a previsão da IDC é que o Symbian, sistema

operativo da finlandesa, passe de 45% de quota de mercado em 2009 para apenas 33% em 2014,

altura que continuará a liderar, mas com a plataforma Android estará no segundo lugar com 27%

(em 2009, tinha apenas 4% de quota de mercado).

A nível mundial, no último trimestre de 2010, a Nokia baixou a sua quota nos telemóveis de 37%

para 32%, enquanto a Apple, que não figurava no ‗top 5′ de telefones móveis, por só se dedicar

aos ‗smartphones‘, entrou pela primeira vez neste ‗ranking‘. No caso concreto dos

‗smartphones‘, no mesmo período, a Nokia também viu reduzir a sua quota de 38% para 33%,

enquanto a Apple e a RIM mantiveram a sua posição, e os fabricantes com terminais Android

viram a sua quota aumentar significativamente – principalmente a Samsung e a HTC. Com a

quota a cair, os resultados financeiros também já se ressentiram, levando mesmo a empresa a

dispensar milhares de colaboradores. A 30 de Setembro de 2010 a Nokia empregava um total de

131.553 pessoas, das quais 66.090 eram funcionários da Nokia Siemens Networks, ‗joint

venture‘ da Nokia com a Siemens.

Novo presidente vai marcar a diferença?

Perante os números, havia que tomar decisões. Em Setembro, a finlandesa anunciou que Stephen

Elop, presidente da unidade de negócios da Microsoft, iria substituir Olli-Pekka Kallasvuo,

marcando assim a história da empresa como tendo o primeiro presidente executivo que não é

finlandês. A contratação de Elop surge no âmbito da estratégia da Nokia para conseguir fazer

frente à concorrência da Apple nos ‗smartphones‘. Em comunicado, Elop disse estar pronto para

―levar a organização a entender melhor o mercado, de modo a conseguir atender às necessidades

dos clientes‖.

A chegada de Stephen Elop à Finlândia foi vista (quase) como a de um ―salvador da pátria‖,

devido ao peso que a empresa representa para o país. Mas também como uma forma de

conseguir competir em força no mercado norte-americano. Segundo um estudo da empresa JD

Power, a Nokia está em último lugar nas preferências dos consumidores americanos. Os analistas

mostram-se cautelosos nas previsões sobre o novo presidente. ―Elop é um engenheiro de

programas de software. Como tal, deverá ajudar a Nokia a dar o salto para a Internet, mas

também a melhorar o portefólio de telemóveis topo de gama. Porém, não está ainda claro que um

engenheiro conseguirá melhorar o ‗design‘ dos equipamentos, que nos últimos modelos não

foram considerados bem sucedidos‖, diz Neil Wawston, analista da consultora Strategy

Analytics.

O homem responsável pela mudança

Jorma Ollila entrou na Nokia em 1985, mas só foi eleito presidente da multinacional finlandesa

em Dezembro de 1991, assumindo o posto formalmente em meados de Janeiro do ano seguinte.

Em seis anos, o homem que veio do Citibank, já percorrera um trajecto carregado de simbolismo

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dentro do grupo – tinha na altura 41 anos. Como líder, apresentou à administração do grupo um

memorando de ideias estratégicas que viriam a marcar o novo rumo: desinvestimento em áreas

históricas do grupo, colocando um ponto final no trajecto de conglomerado global, focando-se

nas telecomunicações e nos telefones móveis. Foi graças às suas ideias que a Nokia se consagrou

líder mundial na área de telemóveis.

Nome de roedor, mas líder nos telemóveis

Curiosidade: o nome Nokia vem de um rio e de uma cidade perto de Tampere, onde em 1865 um

engenheiro de minas criou uma fábrica de papel com a designação sueca de Nokia Ab. Em

finlandês, ―nokia‖ é nome de um roedor negro e peludo da família das doninhas. Nomes à parte,

a Nokia é líder mundial nos telemóveis. O primeiro telemóvel pesava 10 quilos, era utilizado no

carro, tinha pouca autonomia e apenas permitia chamadas de voz. Hoje os equipamentos pesam

alguns gramas e são pequenos computadores de bolso, permitindo enviar ‗e-mails‘, aceder à

internet e até tirar fotografias com a qualidade de uma câmara de verdade.

A linha do tempo

1981 A primeira rede de telefonia móvel internacional, denominada NMT, começou a funcionar

na Escandinávia com a Nokia.

1984 Lançamento do telefone NMT portátil para viaturas, chamado Nokia Talkman

1987 Lançamento do telefone NMT portátil Nokia Cityman

1990 Introdução dos primeiros ‗pagers‘ de texto Radio Data System e Mobile Search.

1991 A Nokia realiza a primeira chamada GSM do mundo feita na rede da Radiolinja na

Finlândia e é o primeiro fabricante a ter um telemóvel GSM pronto para produção em massa.

1992 Lançamento do Nokia 1011 á primeiro telemóvel digital para redes GSM; lançamento da

série 100 Nokia, primeira linha de telemóveis para todas as redes analógicas; a Nokia transmite

pela primeira vez uma mensagem de texto via telemóvel através do sistema GSM. Foi o primeiro

indício de que seria possível ligar um telemóvel a um computador.

1994 Primeiro fabricante a lançar várias séries de telemóveis para todos os sistemas digitais

(GSM, TDMA, PCN, Japan Digital); lançamento do Nokia 2100 á, até então o menor e mais leve

telemóvel do mundo; primeira chamada GSM oficial na República Popular da China foi feita

com um telemóvel Nokia; primeiro fabricante europeu a vender telemóveis no Japão; lançamento

do famoso ‗ringtone‘ da marca, que rapidamente ficou conhecido

no mundo todo (baseado numa composição do século XIX chamada Gran Vals, do músico

Francisco Tarrega).

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1996 Lançamento da família de telemóveis Nokia 8100, a primeira com um design inovador,

ergonomicamente confortável.

1997 Fornecedor de GSM para 59 operadores de telemóveis em 31 países.

1999 Anunciou o primeiro telefone multimédia baseado no‘ Wireless Application Protocol‘

(WAP) in Mobile Media Mode. O telefone Nokia 7110 á de duas redes, GSM 900/1800, foi

desenvolvido para permitir fácil acesso aos conteúdos da Internet a partir de um telemóvel;

lançamento do Nokia 650, primeiro telemóvel com rádio FM incorporado; lançamento da série

Nokia 5100, primeiros telemóveis com tampas intercambiáveis pelos próprios utilizadores;

lançamento do Nokia 9110 Communicator á, primeiro dispositivo móvel de mão a suportar

imagens sem fios.

2000 Em parceria com a companhia aérea Scandinavian Airlines Systems, os telemóveis da

Nokia podem ser adquiridos em todos os vôos internacionais da SAS. É a primeira vez que os

telemóveis estão à venda em aviões.

2002 Lançamento do Nokia 6650 á, primeiro telemóvel com tecnologia 3G.

2003 Lançamento do Nokia N-Gage, um ‗smartphone‘ que se mistura com uma consola portátil,

MP3, gravador, rádio, telemóvel, servindo ainda para receber e enviar e-mails e SMS, e navegar

na Internet; lançamento do Nokia N82, um telefone que além de acessórios tradicionais como

câmara e e-mail, possui GPS de 150 países e permite aceder a mais mil estações de rádio em

tempo real; Lançamento do Nokia N95, um ‗smartphone‘ com funções de GPS, câmara digital

com lente Carl Zeiss incorporada de 5 megapixels.

2009 Lançamento da loja Ovi: site online que permite fazer o ‗download‘ de musicas, jogos,

aplicações, etc.

2010 Lançamento dos ‗smartphones‘ Nokia C7 e Nokia N8.

Fonte: Económico

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O Segredo está no cheiro

13 de Agosto de 2010

Na publicidade, já se tornou clichê dizer que uma imagem vale mais que mil palavras. Bebês

fofos, bichinhos de estimação carentes, praias paradisíacas, tudo isso já foi exaustivamente usado

pelos publicitários para atrair os consumidores. Agora, empresas de setores tão diversos quanto

vestuário e automobilístico estão descobrindo o que parece ser a nova máxima da publicidade: a

de que um aroma pode valer mais que mil imagens. Cerca de 20 empresas especializadas no

chamado marketing olfativo já movimentam quase 100 milhões de dólares por ano em todo o

mundo. Suas fragrâncias vêm sendo disputadas por marcas como a coreana Samsung, a inglesa

Rolls-Royce e até a brasileira O Boticário. ―Nos últimos tempos esse setor tem crescido mais de

70% ao ano‖, diz Roberto Álvarez Del Blanco, professor de marketing da IE Business School em

Madri. ―Muitas empresas desejam contar com uma espécie de assinatura olfativa.‖

A julgar pelos resultados obtidos por algumas marcas, dá para entender o apelo da mais nova

estratégia de marketing. A pedido da Samsung, a americana International Flavors & Fragrances

(IFF) desenvolveu no final do ano passado uma fragrância à base de melão para ser borrifada nas

52 lojas-conceito da fabricante de eletroeletrônicos espalhadas pelo mundo. Nesses pontos de

venda, os consumidores passaram a gastar até 30% mais tempo interagindo com os eletrônicos

do que nas lojas convencionais – e, de quebra, identificaram o aroma do ambiente a

características como inovação e sofisticação. Há cerca de dois anos, a rede de vestuário

americana Abercrombie & Fitch começou a perfumar os corredores de suas lojas com uma

fragrância à base de rosas e laranja. Fez tanto sucesso que a empresa decidiu engarrafar a

essência e vendê-la aos clientes – a fragrância funciona como uma extensão do perfume Fierce,

que já rendeu mais de 250 milhões de dólares à empresa. A rede paranaense O Boticário foi uma

das primeiras brasileiras a embarcar nessa onda. Em agosto do ano passado, a companhia lançou

o primeiro cartão de crédito perfumado do mundo, em parceria com o Bradesco. Ao passar o

cartão pela maquininha ou esfregá-lo com as mãos, o atrito libera um odor com notas de rosas e

jasmim – algo que, para a maioria das mulheres, só vem aumentar a sensação de bem-estar após

as compras. A iniciativa deu tão certo que, no primeiro semestre deste ano, as vendas do tal

cartão aromatizado cresceram 20% – ante a média de 12% do mercado. ―Você não pode

simplesmente ‗desligar‘ o olfato‖, diz Harald Vogt, presidente da consultoria americana Scent

Marketing Institute. ―O aroma fica na cabeça dos consumidores.‖

Fonte: Portal Exame

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Como se preparar para apresentar ideias

inovadoras à empresa

7 de Junho de 2010

No mundo corporativo, é comum dizer que os profissionais devem ser pró-ativos e não ter medo

de arriscar, seja na carreira ou ao fazer sugestões ao seu gestor. E devem ser mesmo: ideias

inovadoras sempre são bem-vindas. Mas não sem avaliar os riscos inerentes a todas as novas

propostas.

O momento da apresentação de uma nova ideia para o chefe e colegas de trabalho pode ser

comparado a uma entrevista de emprego, diz Nathália Pacheco Junior, professora da Faculdade

da Academia Brasileira de Educação e Cultura (Fabec). Nunca se sabe como será, nem qual a

repercussão futura na empresa. Como se diz no futebol, é uma ‖caixinha de surpresas‖. Sendo

assim, ressalta a professora, o profissional deve conhecer ao máximo a potencialidade do projeto,

do mesmo modo como suas possíveis fragilidades.

- As dúvidas e perguntas são inevitáveis, logo, deve-se estar preparado para encará-las sem

sustos.

O que levar em conta antes de propor uma ideia

A preparação para o momento da apresentação da proposta deve ser feita como uma espécie de

simulado, no qual o funcionário deve fazer um esforço no sentido de imaginar quais os possíveis

imprevistos e dificuldades da inovação, diz Nathália.

Para que possa argumentar e fundamentar as ideias que propõe, o profissional precisa, antes de

tudo, ter uma boa formação técnica, diz Fábio Alexandre, especialista em RH da Academia do

Concurso. Logo, ele deve investir na sua carreira técnica, através de cursos, de boas leituras e da

busca por estar sempre bem informado, a fim de que este conhecimento lhe dê o suporte

necessário para esses momentos:

- O conhecimento técnico é importante, mais por si só não é suficiente para garantir o sucesso de

uma empreitada arriscada dentro da organização. Daí a importância do famoso jogo de cintura,

que só pode ser conquistado através da experiência. E só adquire experiência aqueles que tentam

o novo, que fazem o diferente e se laçam sem medo em busca do sucesso.

Além disso, é importante que a apresentação da proposta, como todas as atitudes da vida, seja

precedida de um planejamento que ofereça subsídios para execução de um projeto, acrescenta

Daniel Cardoso, assessor de RH da Fibras Arte. Segundo ele, os fatores externos (demanda,

economia do país, entre outros) precisam estar bem evidentes neste planejamento e os fatores

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internos (pessoal, financeiro, cultural) solidamente definidos para um diagnóstico que reduza a

possibilidade de erro, por mais arriscado que seja esse projeto.

Para inovar, no entanto, é preciso já ter conquistado espaço na empresa, sentir-se até certo ponto

estável e seguro de que sua capacidade e potencial são reconhecidos por seus superiores, ressalta

Nathália. Isso porque, diante de tal quadro torna-se muito mais viável encarar a proposta como

algo positivo à empresa.

- Não se deve de modo algum propor grandes mudanças em momentos de instabilidade

financeira ou mesmo durante processos de reestrutura interna.

Intuição aliada à experiência

Decidir o momento de apresentar uma nova ideia é sempre uma missão complicada, concordam

os especialistas. Entretanto, é preciso saber aliar intuição e experiência, para ponderar os prós e

contras na tomada de decisão.

- O primordial é sentir-se preparado e ter certeza de que a ideia a ser proposta já foi bem

estudada e amadurecida – diz Nathália.

Michelle Werfel, pós-graduada em RH e diretora regional da Agência de Educação Intercultural

World Study, lembra que, quando se assume um risco, há sempre a probabilidade de dar certo ou

errado.

- Se der certo, o profissional será vangloriado e vice-versa. É importante saber com quem você

trabalha e medir os riscos do mercado, mas a responsabilidade de um erro não deve ser

direcionada apenas a pessoa que deu a ideia.

Nos negócios, a área de atuação é muito importante para definir a percentagem de atitudes de

risco que se deve ter, mas vale lembrar que para arriscar é necessário pensar, principalmente, na

ascensão da empresa, diz Michelle.

- É preciso se mostrar para o mercado, por isso, quando a empresa já está em uma linha mais

estável, significa que pode arriscar menos. Medir o risco é sempre essencial tanto para quem

quer arriscar, quanto para quem quer propor uma nova ideia.

Na opinião de Nathália, o comodismo muitas vezes é o maior empecilho para o crescimento

profissional. É preciso arriscar, afirma ela, com ponderação.

- Ponderar a relação custo-benefício é o melhor mecanismo para se precaver contra os resultados

negativos que podem advir de uma inovação.

Fonte: O Globo

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Como começar o seu próprio negócio na

Internet

6 de Julho de 2010

Primeiro passo: plano de negócios. Segundo: financiamento. Terceiro e não menos fundamental:

estar sempre online e não desistir.

O que é preciso são ideias. Se já as tem, mas não consegue desenvolver o seu projecto para um

novo produto ou um serviço que pensa que tem tudo para ser um sucesso, experimente criar uma

empresa a partir da Internet.

Hoje em dia as pessoas recorrem cada vez mais ao WWW para comprar bens e serviços. E

muitos negócios conseguiram sobreviver porque se ligaram à Net ou porque foram criados a

partir dela. Moneysupermarket.com tornou-se o segundo site com maior tráfego na Internet. À

sua frente, só o gigante motor de pesquisa Google.

Plano de negócios: é preciso conhecer o mercado

Não é tarde nem é cedo. Comece já a criar o seu plano de negócios, o ponto de partida para que

qualquer projecto vingue no mercado, aponta o director de negócio empresarial da Deloite, Tony

Cohen, citado pelo «The Independent».

«Precisa de conhecer o seu mercado alvo, conhecer os seus concorrentes, atrair financiamento,

estar seguro de bons recursos, criar a fidelidade do consumidor, especialmente o blogger, e obter

alianças com parceiros estratégicos». Tony Cohen resume:«Preparação e investigação são

fundamentais».

Em termos práticos, o plano de negócio deve contar uma história simples, mas convincente, que

deixa ao leitor a vontade de conhecer a equipa de gestão e descobrir mais sobre» a empresa.

«Deve ser tão sucinta e acessível quanto possível, e ter no máximo 20 páginas», explica Jeffrey

Macklin, da empresa financeira FDUK. É importante saber com que mercado podemos contar, ir

à procura de nichos.

Financiamento: cuidado com o que escolhe

Mas esses são só os primeiros passos. Muito importante também é o financiamento. E hoje em

dia há muitas opções diferentes para os vários tipos de aspirantes a empreendedores.

Empréstimos, vendas de acções, investimento de capital sem aumentar o nível de endividamento.

São processos a ter em conta para abrir um novo negócio.

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Se está a pensar ir pela via do investimento de capital, pode optar, por exemplo, pelos chamados

business angels, indivíduos ricos que procuram investir em empresas em crescimento e que são

boas fontes de contactos no mundo empresarial.

«Um erro comum que as empresas cometem é pedir muito pouco apoio financeiro, na esperança

de conseguir pelo menos alguns dos fundos de que necessitam», aponta o director de negócio

bancário da Alliance & Leicester Commercial Bank, Steve Jennings. «Mas esta é,

potencialmente, uma receita para o desastre».

Mantenha o site sempre actualizado

O preço do site da sua nova empresa é variável. Há valores para todas as carteiras. Mas se não

quer construir o seu próprio site, pode procurar online os especialistas na matéria, os

webdesigners. Se os utilizadores encontrarem facilmente o que desejam no site, vão confiar na

sua empresa.

«Comprometa-se a actualizar o conteúdo do seu site constantemente». Inovação, imaginação e

invenção «são essenciais se quiser ter sucesso no longo prazo», aconselha um consultor de

empresas de pequena dimensão. «Também se torna mais fácil para as pessoas entrarem em

contacto com a sua empresa. Ela precisa apresentar um rosto humano».

Um site deve servir assim de senha de entrada e deve ser fácil de navegar para que os

utilizadores não saiam frustrados e não deixem de comprar. Manter os dados dos utilizadores em

segurança é meio caminho andado para os conquistar.

Muito trabalho e não desistir são as premissas para que um site resulte e seja reconhecido. «O

sucesso na Web é raro», alerta Tony Cohen. Mas quando se alcança, também é o «mais

gratificante».

Fonte: Agência Financeira

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Empresas estão a ficar viciadas nas redes

sociais

27 de Março de 2010

As redes sociais estão a transformar-se num meio de eleição para a comunicação das empresas.

A facilidade na segmentação do público é uma das razões apontadas para o fenómeno.

A notícia provocou algum espanto, mas foi apenas a confirmação de um fenómeno do qual já se

desconfiava: em Março, o Facebook ultrapassou pela primeira vez a Google, sendo agora o site

mais visitado nos Estados Unidos. O sucesso desta rede social – que foi considerada a empresa

mais inovadora do mundo no ranking anual da revista ―Fast Companyé‖ – não é um fenómeno

isolado dentro das redes sociais. E as empresas parecem já o ter percebido.

―As marcas estão sempre à procura da forma mais inteligente de comunicar e é lógico que

esbarrem nas redes sociais‖, começa por explicar o especialista de marketing do Instituto

Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE), Pedro Dionísio (que começou a sua

apresentação com o vídeo Prometeus – The Media Revolution ).

No Merging 2010 – evento promovido pela Escola de Artes da Universidade Católica do Porto -,

houve pelo menos um consenso geral: hoje, o poder está do lado do consumidor. É ele quem

decide o que quer e as marcas apenas lhe seguem as pegadas. ―Dantes as marcas falavam e os

consumidores ouviam, hoje é ao contrário‖, conta Pedro Dionísio.

E o responsável pelo ―Mercado de Ideias‖ da PT Inovação, Ricardo Rosado, faz eco: ―O

consumidor tem tanta informação disponível que não há influência possível sobre ele. Temos que

nos unir a ele e deixarmo-nos levar. É aí que ganhamos o consumidor‖.

Público segmentado, margem de erro reduzida

As redes sociais transformaram-se num local perfeito para a união e proximidade com o

consumidor. A Bydas – empresa portuguesa pioneira em acções de marketing social -, fala das

redes sociais não só como um sector estratégico, mas também – e sobretudo – como o futuro do

marketing.

Luís Cordeiro, responsável da empresa, explica: ―As redes sociais são o local onde o público é

mais facilmente segmentado. Por idade, por sexo, por interesses‖. Desta forma, a empresa ―só

investe nas pessoas que quer‖, acrescenta. ―Se fizermos um anúncio para passar na televisão, no

prime-time, o target é muito mais alargado e a margem de erro também. Nas redes sociais

reduzimos essa margem de erro quase a zero.‖

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No final de 2008, a PT investiu 150 milhões de euros em inovação, investigação e

desenvolvimento. Foi assim que nasceu o Programa de Inovação OPEN, uma iniciativa

transversal a toda a organização, que procura incentivar práticas de inovação entre os

colaboradores (são 12 mil). É uma plataforma online, em tudo semelhante ao Facebook ou ao

hi5, mas ―virada para a geração de ideias‖, explica Ricardo Rosado.

―Assenta numa filosofia de mercado de ideias, em que os colaboradores interagem, comentam e

investem nas ideias uns dos outros, numa espécie de bolsa com opens, a moeda corrente do

mercado. E depois julgam e votam as ideias uns dos outros‖.

Para Ricardo Rosado, as potencialidades das redes sociais ainda estão ―muito aquém‖ daquilo

que se pode fazer, porque há ―alguma incerteza sobre qual o melhor mercado para apostar‖.

―Fala-se do Crowd Sourcing , redes sociais em proveito das empresas e de Open Innovation ,

mas há muitas possibilidades‖, exemplifica.

Power to the people

―No me gusta la publicidad‖. Foi com esta frase que o director criativo da McCann Erickson

Barcelona, Jordi Bosch, iniciou o seu discurso. E justifica: é que em alguns casos ―as marcas

dizem-nos o que fazer, quando fazer, dão ordens‖. Agora, ―as marcas já perceberam que não têm

de falar para as pessoas, mas sim com as pessoas‖.

É o afamado ―power to the people‖, que se ouviu repetidamente nesta edição do Merging. ―As

redes sociais são uma forma de fazer publicidade mais personalizada e mais educada, são o fim

das técnicas de enganar pessoas‖, acrescenta Jordi Bosch, que admite que começa a gostar mais

de publicidade agora.

Para a descoberta de talento português por todo o mundo, nasceu a rede social The Star Tracker .

Tiago Forjaz fala dos três ingredientes – um herói, afinidade com os utilizadores e aspecto

diferenciador – que deram vida a esta rede e falou da necessidade de encontrar um ―denominador

comum‖ entre as pessoas, mais do que falar das diferenças: ―Esse denominador pode ser o

talento‖.

A Star Tracker vai adoptar um modelo de negócio semelhante ao do LinkedIn: as pessoas têm o

talento, as empresas dão o dinheiro.

No ano de 2009, o estudo Netpanel da Marktest contabilizou 3,6 milhões de internautas a

navegar a partir de casa em redes sociais, o que corresponde a 87,2% dos internautas nacionais,

e, no ano de 2010, prevê-se que o investimento na Internet online cresça 10% (não se sabe ao

certo que percentagem caberá às redes sociais).

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Na Inglaterra, o investimento em publicidade na Internet já ultrapassou o da televisão, e o

responsável da Bydas, Luís Cordeiro, acredita que ―em Portugal o investimento em publicidade

na Internet vai ultrapassar o investimento na televisão nos próximos três anos‖.

―É uma questão das pessoas ganharem consciência da potencialidade deste meio‖, justifica.

Fonte: Expresso

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Onde estão os apartamentos mais caros do

mundo?

24 de Setembro de 2010

O actual apartamento mais caro do planeta foi vendido em Agosto, e custou 170 milhões de

euros.

Londres começa a ficar conhecida como a cidade com os apartamentos mais caros do mundo.

Em meados de Agosto, em pleno período de férias, a capital inglesa foi palco de uma das

maiores transacções imobiliárias do ano com a venda, por 170 milhões de euros (140 milhões de

libras), da ‗penthouse‘ do empreendimento One Hyde Park. Um negócio que fez daquele

apartamento o mais caro do planeta até à data, mas que aconteceu numa altura em que os preços

das casas mais caras dos Estados Unidos – um dos principais mercados de habitação de luxo –

continuavam a cair.

Contudo, nada disto é novo para os britânicos. Em Março de 2008, pouco antes de estalar a crise

económica e um ano depois de a recessão que abalou o mercado imobiliário norte-americano,

Londres já tinha sido palco da venda do apartamento mais caro do mundo até então. A casa fica

num empreendimento situado na Saint-James Square, perto de Downing Street (onde fica a

residência do primeiro ministro) e de Buckingham Palace, e custou 139 milhões de euros, ou

seja, cerca de 115 milhões de libras ao câmbio actual. Tal como no One Hyde Park, também o

apartamento da Saint-James Square foi vendido em planta, ou seja, antes de estar pronto. Até no

arrendamento, Londres era conhecida por praticar rendas que ultrapassavam os 19 mil euros (16

mil libras ao câmbio actual) por mês.

Em Nova Iorque, por exemplo, onde costumam estar algumas das casas mais luxuosas do

mundo, a mais cara colocada à venda nos últimos anos custou 118 milhões de euros (150

milhões de dólares ao câmbio actual) e foi vendida em Novembro de 2007, segundo o ―New

York Post‖.

Hoje, os preços das casas de luxo mais comuns no mercado oscilam entre 26 e 50 milhões de

euros. Aliás, é ao comparar com os preços praticados hoje nos EUA que se percebe a real

dimensão da crise. De acordo com o ―Wall Street Journal‖, que citava a publicação especializada

―Luxist‖, o preço da ‗penthouse‘ do One Hyde Park está bem acima dos 36 milhões de euros

pagos por uma propriedade de 1,4 hectares no Texas.

‗Penthouse‘ custa 11 vezes mais que a casa mais cara de Portugal

Esta será uma das razões por que os promotores de casas de luxo novas optaram por, em resposta

à crise, colocar as vendas em ‗stand by‘, mas mantendo os preços. Como aliás se passou com o

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empreendimento One Hyde Park, cujas vendas foram congeladas durante um ano. Um sistema

que parece funcionar. A ‗penthouse‘ promovido pela Candy and Candy, uma das mais reputadas

empresas de imobiliário de luxo do Reino Unido, chegou a estar à venda por 100 milhões de

libras, mas acabou por ser vendida por 140 milhões.

A ‗penthouse‘ do One Hyde Park não só é 11 vezes mais cara que a residência mais cara de

Portugal (avaliada em 15 milhões de euros), como é também a terceira propriedade mais cara do

mundo, depois de Antilla, em Mumbai, na Índia, avaliada em cerca de 779 milhões de euros e da

mansão Villa Leopolda, na Riviera Francesa, cujo preço chega aos 390 milhões de euros.

One Hyde Park

Localização: Em Hyde Park, Londres, uma das zonas mais caras da capital inglesa.

Empreendimento: São quatro edifícios com 86 apartamentos.

Vendas: Além da ‗penhouse‘, 65% das casas já estão vendidas.

Preços: O mais baixo começa nos 24 milhões de euros.

Arquitectura: Richard Rodgers, vencedor do Prémio Pritzker, o ‗Nobel‘ da arquitectura.

„Penthouse‟: Duplex de seis quartos, com vidro à prova de bala, sala de pânico, vista sobre a

capital inglesa e acesso ao serviço de quartos do hotel Mandarin Oriental, que fica mesmo ao

lado do condomínio.

Casas mais caras em Portugal e no mundo:

15 milhões de euros – Quinta da Gramela

É a casa mais cara de Portugal, no valor de 15 milhões de euros, e fica em Pombal. Data do

século XVI e foi a residência do Marquês de Pombal.

779 milhões de euros – Antilla

A casa do homem mais rico da Índia, Mukesh Ambani, não está à venda. Está a ser construída

para uso próprio e vai ter 27 andares.

390 milhões de euros – Villa Leopolda

É uma das casas mais conhecidas da Europa. Fica na Riviera Francesa e já teve vários

proprietários, um deles Bill Gates, o ‗chairman‘ da Microsoft.

130 milhões de euros – Mansão Hearst

Propriedade de William Randolph Hearst, importante empresário da comunicação social norte-

americana, tem 29 quartos e três piscinas.

Fonte: Económico

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CiencInvest estimula empreendedorismo de

base tecnológica

3 de Junho de 2010

―É fundamental continuar a incrementar o empreendedorismo qualificado, especialmente o de

base tecnológica, único que poderá contribuir, de forma decisiva, para o incremento da

exportação de bens transaccionáveis‖, salienta Clara Braga da Costa, Presidente do Conselho de

Administração da CiencInvest, promotora do seminário ―Empreendedorismo na Universidade‖

que levou ao Instituto Superior de Agronomia em Lisboa representantes de oito universidades

portuguesas.

Clara Braga da Costa anunciou a criação de dois prémios para estímulo do empreendedorismo de

base tecnológica, um dirigido às unidades de transferência de tecnologia que promovam novos

projectos e outro, com um primeiro prémio de 10 mil euros aos promotores vencedores entre as

candidaturas dos projectos contratualizados com investimento do Fundo Inovcapital ACTec.

Este fundo, com um valor global de 7,5 milhões de euros, destina-se a financiar provas de

conceito de empresas de base tecnológica e é, segundo sublinhou a gestora, o primeiro com esta

dimensão em Portugal.

Gerido pela InovCapital em parceria, na sua operacionalização, com o ACT da COTEC,

―pretende ser um acelerador de criação de empresas de base tecnológicas por empreendedores

qualificados que se afirmem em mercados regionais e mundiais‖.

O Presidente do Conselho de Reitores, António Rendas, da Universidade Nova de Lisboa, referiu

um estudo europeu em que se evidencia que ―em Portugal continua a haver um défice de

relacionamento da Universidade com as empresas, o que deverá estimular a Universidade na

participação activa na regeneração do tecido empresarial‖.

Por seu turno, José Mendes, Vice-Reitor da Universidade do Minho e Presidente do Conselho

Estratégico da CiencInvest, defendeu ―a cooperação entre as Universidades para obter ganhos de

eficiência e escala na abordagem às muitas questões que o estímulo e a prática do

empreendedorismo levantam, incluindo a valorização da propriedade intelectual e a detenção de

participações em start-ups‖.

A Ciencinvest tem como objectivo promover a transferência de tecnologia dos centros de

Investigação e Desenvolvimento Tecnológico associados aos seus Accionistas para o mercado,

participando com um milhão de euros no fundo de capital de risco FCr Inovcapital ACTec.

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O seu Conselho Estratégico é integrado pelas oito maiores universidades portuguesas: Minho,

Porto, Aveiro, Católica, Coimbra, Lisboa, Técnica de Lisboa e Nova, bem como pela FLAD,

COTEC e InovCapital.

De acordo com dados do Orçamento de Estado revelados durante o seminário, Portugal investe

mais de 1.000 milhões de euros por ano em investigação.

―Fomentar o empreendedorismo nas universidades é tarefa prioritária em qualquer País que

pretenda ter um papel de relevância económica mundial, por forma a garantir a valorização

económica do conhecimento―, salienta Clara Braga da Costa, adiantando que Portugal tem dado

―passos de gigante‖ nesta área, mas precisa de políticas sustentadas e estáveis no fomento do

empreendedorismo qualificado, ―cujos frutos são dificilmente mensuráveis no imediato mas

muito visíveis no longo prazo e distinguem os países com futuro‖.

O presidente do IAPMEI, Luís Filipe Costa, que encerrou o seminário, referiu o papel central do

fundo de capital de risco ACTec para sustentar este estímulo do empreendedorismo qualificado e

a valorização económica do conhecimento.

Fonte: Oje – O Jornal Económico

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Seis dicas de milionários para poupar

dinheiro

13 de Setembro de 2010

Tenha uma casa simples

Os milionários podem comprar as mansões mais exclusivas e luxuosas que se pode imaginar.

Mas Warren Buffett ainda vive na casa que comprou em 1957 por 31 mil dólares (na foto ao

lado). Já Carlos Slim viveu durante quase 40 anos na mesma casa.

Ande a pé ou de transportes públicos

Muitos milionários preferem andar a pé ou de transportes públicos ao invés de usar o seu luxuoso

carro ou pagar ao motorista. Experimente. Não só é bom para a carteira como ainda ajuda o

ambiente.

Não compre roupa de „designers‟

Apesar de muita gente acreditar que usar roupa exclusiva é sinal de ‗status‘, a verdade é que

muitos dos bilionários preferem usar simplesmente calças de ganga e t-shirt – como é o caso dos

criadores do ‗Google‘.

Mantenha as tesouras afiadas

Cortar o cabelo pode sair caro se escolher alguns dos salões mais elegantes. Os milionários

podem, certamente, pagar, mas muitos preferem mesmo cortar o cabelo em casa.

Utilize um carro comum

Se é certo que muitos adoraram gastar milhões em carros, a verdade é que há outros, como o

caso do fundador do Ikea, Ingvar Kamprad, que conduzem o mesmo carro há anos (na foto ao

lado). No caso de Kamprad é um Volvo que comprou há uma década.

Dispense os bens de luxo

Carlos Slim, o homem mais rico do mundo, não tem um avião privado nem um barco. Warren

Buffett, que também dispensa bens de luxo, costuma dizer que ―muitos desses ‗brinquedos‘ só

nos trazem chatices‖.

Fonte: Económico

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Marketing digital crescerá 90% em três anos

no Brasil

26 de Novembro de 2010

Pesquisa da McKinsey indica que interação entre consumidor e empresa aumenta a influência na

decisão da compra em cinco vezes.

Pesquisa da consultoria McKinsey com 12,5 mil pessoas indica que a maioria dos consumidores

acessa a internet em média três vezes antes de escolher o que e onde comprar. A utilização de

mídias digitais para a decisão de compra já atinge 56% dos consumidores. Eles utilizam a rede

para pesquisar as características de produtos, consultar avaliações de outros usuários e comparar

preços. Os resultados foram apresentados nesta quarta-feira, 24, no Fórum FWD – Finding your

Way to the mind of the Digital Consumer, em São Paulo.

―O reconhecimento do potencial dos meios online na construção da marca e nas vendas das

empresas motivará um incremento nos investimentos em marketing digital‖, afirma Vijay

Gosula, sócio da McKinsey e responsável pelo estudo. Hoje, cerca de 10% da verba de

marketing das empresas é direcionada para a internet. A expectativa da McKinsey é que este

percentual pule para 19% nos próximos três anos. Nos países desenvolvidos, cerca de 40% dos

recursos de marketing são direcionados para mídias digitais.

A maior dificuldade das empresas para lançar iniciativas de marketing digital é a contratação de

profissionais capacitados, de acordo com a pesquisa. Dentre as 50 companhias de grande porte

consultadas, 90% afirmaram que não têm equipe interna preparada para enfrentar os desafios

digitais. Entre as empresas que participaram do levantamento estão Carrefour, Itaú, Magazine

Luiza e Microsoft.

Os consumidores já demandam o serviço, mas se mostram descontentes com os canais de

comunicação online das empresas. A pesquisa da McKinsey aponta para um índice de satisfação

dos clientes de apenas 34% com as plataformas digitais de comunicação das empresas.

A agência Talk, de marketing digital, consultou 75 consumidores para entender que

posicionamento eles esperam das empresas na internet. A conclusão aponta para uma

necessidade de atendimento personalizado, oferta de serviços úteis na internet e uma exigência

por respostas. ―Eles não querem só ser ouvidos, querem ser respondidos‖, afirma Dudu Fraga,

diretor da Talk.

A disseminação do uso de redes sociais entre pessoas de todas as idades e classes sociais exige

que as empresas criem perfis nestas plataformas para se comunicar. ―As marcas têm de se

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deslocar para onde as empresas conversam‖, afirma Yacoff Sarkovas, CEO do grupo Edelman,

de comunicação. ―Não adianta ignorar os clientes que reclamam fora da central de atendimento.‖

Os canais nos quais há uma interação entre o consumidor e a empresa, como chats e redes

sociais, influenciam cinco vezes mais na decisão de compra do que aqueles em que a informação

vem por uma via única, aponta o estudo da McKinsey. ―Essas ferramentas estão sendo

subestimadas pelas empresas‖, diz Gosula.

Iniciativas bem-sucedidas

Embora as empresas brasileiras ainda destinem uma parcela não tão grande dos investimentos

em marketing para a área digital, algumas companhias apostaram na área e apresentam

resultados de sucesso. A Tecnisa vai destinar no ano que vem 55% do seu orçamento de

comunicação para a internet, superando os investimentos em veículos tradicionais, como jornais,

revistas e a televisão.

Com investimentos baixos, a empresa conseguiu ser pioneira no ramo. Um aplicativo da empresa

para o iPhone e o lançamento de uma plataforma de inovação aberta (sistema que recebe

sugestões de consumidores) custaram cerca de R$ 25 mil cada uma. A empresa também

monitora o uso de palavras-chave nos buscadores e nas redes sociais e, com isso, conseguiu

vender 62 imóveis pelo Twitter.

A subsidiária brasileira da Fiat deu um passo à frente para ouvir os clientes no projeto Fiat Mio.

A empresa recolheu sugestões de 17 mil pessoas de 160 países para lançar um novo modelo. O

carro foi construído com base nas ideias dos internautas e apresentado neste ano no Salão do

Automóvel de São Paulo.

Fonte: Economia IG – Brasil

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Marcas portuguesas de calçado diversificam

oferta

24 de Setembro de 2010

Depois de ganharem fama nos pés, as empresas nacionais de calçado estão a diversificar a oferta

com o lançamento de novos produtos que complementam as colecções de sapatos e algumas

querem tornar-se grupos de moda.

A Fly London, do grupo Kyaia, deu na maior feira de calçado, em Milão, mais um passo na

caminhada ―para se transformar numa marca do segmento de moda‖ com o lançamento de uma

linha de óculos de sol, cintos e bijutaria.

Em declarações à Lusa, o sócio gerente da Fly London adiantou que depois da colecção de

vestuário, apresentada em Janeiro, ―os acessórios estão a dar os primeiros passos‖, admitindo que

o objectivo é ―cortar com a ideia de uma marca de sapatos e transformá-la numa marca do

segmento da moda‖.

Amílcar Monteiro explicou que ―ao fim de 15 anos, chegou o momento de dar o salto para outras

áreas e as lojas próprias são um instrumento para suportar a marca‖, que recentemente abriu dois

novos espaços comerciais em Lisboa e em Londres, que se juntam à loja no Porto.

A Fly London, comercializada em mais de 1.500 postos, aumentou o volume de vendas em 20%

nos primeiros oito meses do ano, prevendo aumentar a faturação de 20 milhões de euros

registada no ano anterior.

Com quatro anos de existência, a Goldmud dedicou grande parte do seu espaço na feira de

calçado de Milão à nova aposta: carteiras em pele cujo valor oscila entre os 300 e os 450 euros.

―A Goldmud não é uma marca de calçado, é uma marca‖, disse à Lusa Miguel Abreu, realçando

que começou pelo calçado por vocação familiar já que a família se dedica à produção de calçado.

―As carteiras vieram responder a uma necessidade do mercado e era um objectivo antigo, mas só

lançámos o produto quando achámos que tínhamos um bom parceiro para estar ao nível dos

nossos sapatos‖, explicou, revelando que ―o interesse dos clientes é tanto que vai ser antecipada

a entrega dos primeiros modelos‖.

Os cintos e outros artigos de marroquinaria serão os próximos produtos a alargar a oferta da

empresa de Felgueiras.

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A Chibs, do grupo Evereste, está a pisar um caminho paralelo com a criação de sacos e malas de

viagem como ―parte de uma estratégia de diversificar os conceitos para chegar a um maior

número de clientes‖.

Em declarações à Lusa, o director comercial da Chibs, André Fernandes, adiantou que a marca já

lançou cintos que ―conjugam com os sapatos‖ e ―em breve vai lançar sacos e malas de viagem‖.

O designer Luís Onofre, que já há alguns anos dividia a passarelle entre o calçado e as carteiras

de senhora, lançou uma colecção de malas de viagem que ―tem tido uma procura excelente‖.

Em declarações à Lusa, o empresário adiantou que ―os 15 modelos de malas já estão à venda em

vários mercados e, em especial, em lojas de aeroporto‖.

Fonte: Oje – o Jornal Económico

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Inovação & Marketing: O Melhor de 2010 73

Google, Disney e Apple são as preferidas para

trabalhar

3 de Maio de 2010

Um bom salário e um ambiente profissional agradável são o mais desejado pelos recém-

licenciados dos EUA na hora de procurar emprego. A Google e a Disney estão no ‗top‘ das

preferências.

Há quatro anos consecutivos que a Google é a empresa favorita dos jovens norte-americanos

para trabalhar. Entre outras características, os recém-licenciados preferem empresas que tenham

visibilidade no mercado (30%), que ofereçam produtos e serviços atractivos (29%) e que

garantam bons salários.

Características que colocam a Google no ‗top‘ das preferências dos jovens que estão a terminar

os seus cursos e prestes a entrar no mercado de trabalho. O estudo feito pela ‗Bloomberg

Businessweek‘ revela que a Walt Disney, o FBI, a Apple e a Ernst&Young são as escolhas que

completam o ‗top 5′ dos estudantes, à semelhança dos anos anteriores.

―A surpresa é que não há surpresa alguma‖, disse Camille Kelly, uma especialista em

recrutamento, à Bloomberg.‖ Quando olhamos para o ‗top‘ dos empregadores, não há grandes

diferenças‖ face aos anos anteriores, acrescentou.

―O elo comum entre estas empresas é o facto de todas terem muito sucesso no mercado, e os

alunos procuram os empregadores que queiram oferecer oportunidades de aprendizagem,

produtos ou serviços apelativos, ou um ambiente que lhes permita prosperar‖, concluiu Kelly.

Fonte: Económico

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As 11 marcas que mais investem no futebol

mundial

23 de Agosto de 2010

O desporto mais rentável do mundo tem nomes grandes como os jogadores. Saiba quais.

Das contratações ao ‗merchandising‘, passando pelos contratos publicitários: o futebol mede-se

em números XXL. Os valores milionários que se investem ajudaram a que este desporto se

tornasse ‗rei‘, mas há marcas com maior empenho, como elegeu o ‗site‘ SoccerLens. Conheça as

11 marcas titulares que os clubes querem nas suas equipas

1. Coca-Cola

O primeiro anúncio da marca de refrigerantes associado ao futebol surgiu em 1950, mas tornou-

se patrocinador oficial do Mundial em 1978 (onde a anfitriã Argentina venceu a Holanda), tendo

já contratos até 2022. A marca tem também acordos com a UEFA, e marcará presença nos Euros

2012 e 2016. A última campanha esteve em 170 países.

2. Nike

Manchester United, Barcelona, Portugal ou Brasil, são alguns dos equipamentos desportivos que

carregam o símbolo da Nike. Patrocinou jogadores como Ronaldinho Gaúcho ou Cristiano

Ronaldo e, apesar de nunca ter sido patrocinador oficial, nunca está ausente dos relvados.

3. McDonald‟s

É difícil ter atletas de competição patrocinados pela McDonald‘s, a maior cadeia de ‗fast food‘

do mundo, mas a UEFA e a FIFA agradecem os 30 milhões anuais de patrocínio.

4. Adidas

A marca alemã é, desde 1970, o principal fornecedor de bolas para os Mundiais da FIFA, tendo

acordos semelhantes com a UEFA. Veste ainda Real Madrid, Bayern de Munique e o Ac Milan.

5. Barclays

O banco patrocinador da 1ª Liga inglesa desde 2001 tem contrato até à época 2012/2013, com

direitos de ‗naming‘ que custaram perto de 100 milhões de euros.

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6. Budweiser

A produtora alemã de marcas como a Budweiser fazem dela a cerveja oficial do Mundial da

FIFA e da Premier League.

7. Puma

Além de patrocinar 12 selecções africanas, em Portugal veste o Sporting. Ocupa posições

cimeiras pela aposta em várias equipas.

8. Aon

O patrocínio da empresa de serviços financeiros à camisola do Manchester, até 2014, foi de 97

milhões de euros.

9. Visa

Depois de destronar a rival Mastercard ao investir o que se estima terem sido 117 milhões de

euros nos torneios de 2010 e 2014, a empresa de cartões de crédito ganha um lugar cativo no

plantel dos maiores patrocinadores.

10. Pepsi

Fernando Torres, Messi, Drogba ou Thierry Henry são algumas das caras da Pepsi, que

sucederam a David Beckham depois de um contrato de dez anos. Patrocina ainda a liga de

futebol norte-americana.

11. Samsung

A empresa sul-coreana de electrónica patrocina o Chelsea desde 2005 com acordo até 2013.

Colabora ainda com a Taça das Nações Africanas.

Fonte: Económico

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Sete segredos de inovação de Steve Jobs

13 de Outubro de 2010

Livro usa a trajetória do executivo da Apple para abordar como empresas e executivos podem

criar ideias inovadoras.

Em 1972, com apenas 17 anos, Steve Jobs – que hoje ocupa a posição de CEO da Apple e é

reconhecido como um dos executivos mais inovadores do mundo – decidiu largar a universidade

de artes, que ele tinha começado a cursar a apenas um semestre. ―Eu não tinha ideia do que

queria da minha vida‖, diria Jobs, alguns anos depois, para justificar sua decisão. ―Lá eu gastaria

todo o dinheido que meus pais tinham economizado a vida toda. Assim, decidi desistir e confiar

que tudo daria certo‖.

Essa coragem de tomar decisões, seguindo os próprios instintos, é uma das características que

garantiram o sucesso do CEO da Apple, segundo o mais recente livro sobre o executivo, The

Innovation Secrets of Steve Jobs (ainda sem versão em português), escrito por Carmine Gallo. A

obra tenta abordar Jobs fora da competência de markeing e busca mostrá-lo como um exemplo

de inovação, que pode ser seguido por outros executivos e empresas.

A autora revela, por exemplo, como a imagem de Jobs está associada um super herói, pelo fato

do executivo conseguir entregar não o que as pessoas querem, mas algo que elas nem sabem

ainda que desejam e que será essencial.

Um dos temas mais recorrentes do livro é a capacidade da Apple de buscar a inovação por meio

da valorização de pessoas e pensamentos diversos. Não por acaso, a empresa é composta por

músicos, poetas, artistas, zoólogos e historiadores.

O último capítulo da obra, intitulado ―One More Thing‖ (mais uma coisa, em tradução para o

português) – fazendo referência a uma frase recorrente de Jobs nos eventos da Apple), a autora

cita que a maioria dos indivíduos não tem a coragem para ser inovador. ―A inovação é um lugar

solitário, porque pouquíssimas pessoas conseguem lançar novas ideias e ter a confiança para

manter sua convicção‖, conclui.

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Inovação & Marketing: O Melhor de 2010 77

A seguir, confira sete princípios de inovação defendidos pelo livro:

1 – Faça o que você ama

2 – Deixe uma marca no universo

3 – Acelere seu cérebro

4 – Venda sonhos, não produtos

5 – Diga não a mil coisas

6 – Crie experiências insanamente boas

7 – Domine a mensagem

Fonte: Computer World

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Mercado de genéricos vai triplicar até 2015

26 de Maio de 2010

As necessidades de poupança na factura da saúde obrigam Estado, utentes e empresas a apostar

mais nos genéricos.

Primeiro estranha-se, depois entranha-se. Esta máxima resume o arranque do mercado de

genéricos em Portugal há cerca de 20 anos. Numa primeira fase, a desconfiança dos médicos e

utentes aliada a alguma má publicidade ditaram um início pouco auspicioso para as fabricantes

de medicamentos genéricos. Até ao ano 2000 o volume de vendas deste segmento era quase

inexistente. Mas depois de se ter chegado à evidência científica de que os genéricos tinham

resultados iguais aos de marca ―já não se pode dizer que não são bons‖, como afirma o

presidente da Associação Portuguesa de Medicamentos Genéricos (APOGEN). Paulo Lilaia diz

que se tivermos em conta a tendência demográfica de envelhecimento da população portuguesa,

é inevitável que, para se tratar as pessoas todas bem, a única hipótese é comprar um volume

maior de medicamentos por um preço unitário mais baixo que, neste caso, oscila entre os 30% e

os 35% a menos.

Na União Europeia a quota de mercado em embalagens já ultrapassou a fasquia dos 50%, pelo

que, em Portugal, ainda há potencial de crescimento nos próximos cinco anos e mesmo espaço

para triplicar a actual quota.

Nesta fase são cerca de trinta as empresas – portuguesas e multinacionais – que operam no

segmento de genéricos, e cujas estratégias passam por aproveitar esta onda de crescimento no

sector. É o caso da Bluepharma, que aspira a estar entre as empresas mais representativas do

sector. Paulo Barradas, director geral da empresa, referiu que em 2010 o objectivo é atingir um

volume de negócios de 25 milhões de euros face aos 13,7 milhões de 2009. O responsável

explicou que já disponibiliza ―medicamentos correspondentes a cerca de 40 princípios activos

que cobrem a generalidade das necessidades terapêuticas.‖ Hoje está presente em mais de 35

países, sendo que conseguiu a certificação de qualidade FDA que abriu portas para o mercado

exigente dos Estados Unidos da América.

Miguel Ruas, administrador do grupo Tecnimede, salientou que o segmento dos genéricos é

inevitável e que sem ele ―não poderão existir sistemas de saúde baseados na comparticipação do

Estado.‖ O grupo não negligencia esta oportunidade e já disponibiliza mais de 80 moléculas

distribuídas por nove áreas terapêuticas. A estratégia é transpor da 12ª posição do ranking global

e estar no top 10 deste mercado. Para tal, está preparada para lançar por ano entre dez a 14 novas

moléculas, aposta que consome cerca de 17% da facturação da empresa.

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Inovação & Marketing: O Melhor de 2010 79

Se há 20 anos tudo se fazia para descredibilizar o mercado de genéricos, hoje este negócio

tornou-se tão apetecível que mesmo as empresas farmacêuticas dedicadas aos chamados

medicamentos originadores criaram também marcas neste segmento. Pfizer, grupo Novartis com

a Sandoz, a Sanofi Aventis são algumas das grandes farmacêuticas que já estão a dar os

primeiros passos no mercado de genéricos, havendo ainda notícias de um eventual interesse da

Astra Zeneca em criar uma marca para alguns países onde está presente. A Associação Nacional

das Farmácias (ANF) vê esta aposta como uma ―reorientação estratégica‖, já que hoje os

genéricos deixaram de ser considerados medicamentos menores. Para Paulo Duarte, secretário-

geral da associação, a lógica era de ―vamos continuar a controlar o mercado onde actuamos,

impedindo que se construam empresas de genéricos fortes que tenham capacidade económica

para concorrer connosco.‖

A introdução de nova legislação que incentivava o consumo, a partir de 2001, a par da

comparticipação extra de 10% e uma forte campanha publicitária ajudaram a impulsionar o

mercado. O segmento dos genéricos em Portugal tem vindo a ganhar volume de vendas, sendo

que em 2009 atingiu uma quota de mercado de cerca de 17,79% em valor e 15,93% em unidades.

Ainda no ano passado o sector sofreu um corte de 30% no preço o que fez com que mesmo que o

mercado continue a crescer em unidades, em valor ainda estagna ou cai. Na venda a PVP o

mercado de genéricos caiu 5%, mas o crescimento em unidades foi de 18,5%.

Perante este desempenho, o secretário-geral da ANF estima que um aumento em 20% na quota

de mercado destes medicamentos implicaria uma poupança global de 70 milhões de euros, sendo

43 milhões para os doentes e 27 milhões para o Estado.

Empresas que mudaram a estratégia

1 – Pfizer

A meta da Pfizer nos genéricos é disputar a liderança do mercado. A farmacêutica tem vindo a

alargar o portfólio tendo já mais de 100 genéricos disponíveis na América do Norte, Europa,

Austrália e Nova Zelândia. Portugal não é excepção, onde através da marca Parke Davis e da sua

solução de anti-depressivos quer estar nas primeiras três empresas do segmento.

2 – Novartis

Para o grupo farmacêutico ―inovação e genéricos não são incompatíveis‖, afirma Luís Rocha,

director de relações externas e acesso ao medicamento da Novartis. Por isso, apostaram na

Sandoz que desempenha um papel importante na estratégia da empresa ao oferecer uma vasta

gama de genéricos de alta qualidade a preços acessíveis.

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3 – Sanofi Aventis

A estratégia de diversificação do negócio e de crescimento nos países emergentes levou o grupo

a apostar na aquisição de empresas fabricantes de genéricos. O portfólio das empresas Zentiva,

Medley e Kendrick estão a contribuir para concretizar este objectivo. Esta aposta da Sanofi

Aventis fez com que já seja líder de mercado neste segmento na América Latina e Central e

Europa de Leste.

Fonte: Económico

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Inovação & Marketing: O Melhor de 2010 81

Nova fritadeira eléctrica substitui óleo por ar

9 de Setembro de 2010

Os fritos podem ser bastante saborosos, mas têm alguns inconvenientes: o mal que causam à

saúde, a sujidade que fazem durante o preparo e também o perigo do óleo quente. Pensando

nesses problemas, a fabricante Philips apresentou na IFA 2010, feira internacional de produtos

electrónicos e utilidades domésticas, uma fritadeira que não precisa de óleo nem água para

funcionar. No lugar desses itens, entra o ar (sem alterar o sabor dos alimentos).

O produto, baptizado de AirFryer, é ligado à tomada e precisa de alguns ajustes antes do uso. De

seguida, inicia um processo de alta rotatividade de ar sobre o alimento, que produz os mesmos

efeitos do processo de fritura convencional. Essa tecnologia, chamada Rapid Air, elimina até

80% da gordura das batatas fritas, segundo o fabricante.

Além de batatas, também é possível fritar nuggets, frango, carne e peixe. Inicialmente, o

AirFryer só será vendido em países europeus, por um preço sugerido de 199 euros.

Fonte: Diário Digital

Page 83: Inovação & Marketing

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