í- i traiu aa h.marali - marxists.org · mundo a farsa da «muro de berlim». ¦...

8
•»*•.«> «, nacionalismo mocrací. .OCl-3i3Í;so\o I Ijl';¦**'. nfto entrou T£$*2í<$' ¦ ____ia_H0^_À__l'1' ' *J i'.!"> ¦"* i vV'''' 'i , ' "" ' ª•_•;••'' i i i\" ' æfl.' _fl_¦_¦ _sV>—I WAWm\bbsW _a_É_s_k_ A_i _^»B fl' flkfl _sV t _fl _^flLaaV -flfl-. •¦ ¦ m -^fl fl--flflflJ Bl /J_flBi fl L_^fl LaV fl Isfl _kV's_l I I Ia |'_ÉHt_S_a * f—I—MM —R__^m^^^ * ¦¦flB-fl-i afll_fllH-H flBa-tsflflfl-k_flflaflaaV" ti ' -flfll_flaW :__sflflflflflflflflfl__. ' HHHHHHI ¦ ¦ flflflv -flfla. _fl-kW fl Kl flfl I j' ' æmW^wã fl*rflJ _a\'flt fl g^flj ^ ' -I _f ' * '¦'''¦ fl___i_l_L- ^v-i ¦' ' * 1 flfl¦'¦_*_. _¦_¦£-*: ' / -',¦flMfl¦ ¦ fllbV ifl ¦ ' ¦¦_fl_n_l_flr^^^flflflflflflflflna-, fl ,flflfl ¦' fll fl fl^flfl VI aVsflfl -»_'-ss-a-r-a-*-~---»-T»---T-t-t-iim-ií- ' ¦. 5.; ¦. v,*'. : ^ . . "* ;'':'• ò ' ¦ Jsfl-rV. "¦• . ' ^_r^-^aT_^^^^L^^^^^t^ttt*,*^***^^*,_^^^»»»^^^*--»»»»,--»»--»^t»^aa-àBsflBM _j_____«_i_£iiJ'^i_".p»-* "*•*• «•ssnsswt, a a wtas |MsMs>*tJa TPM•»—»_#> _m I Traiu aa H.marali ^_flflV<jiB-fl-,-__H ¦ mwL Wm^^m___^ -"•sa-saasnss ufa _~¦¦ »"»»—»»•»¦ ^^ffr ^^s^ su»^s|j^»'*»ai^r .^v-aVfl^_l _f ^B^HhHÉB ¦ '.-.¦•;¦' < ".' ''¦ ¦ ¦ ' '' ¦¦ '•' ¦ - :- '¦¦ -"?:%¦ ' : Í.:!Í! '?¦''"¦'¦ ¦ "" ' ' ¦¦ ;. ' *•¦. '»• '¦• '¦*:¦&> v.ú-fe- .-.V,; •.-' ..:.¦•.¦' ,'.^':..,.' •. -.•»., .' ".;'V-4'v :i-^'' •'-*''?.¦"¦(• ;p "'•• fl_ssBs-Sa-s-ts_a-wiaw-«ga-a. 榄;•-.¦•> •' ¦ K II v_s!__l''' s-üsflal -' ,H - '^fl^l -' ¦ ^1fll 3 aa_¦'' '-'flfl'-- *'_iH" ' flm ••"Ljfcwaiiario. na ouana- ¦flflfl^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^fl FSç^SSrSSS '-MirüaEatwsaw^,*»S8^^MB—?atS'M!—1 æ_fl'«lwt»Vi:(- ¦• ^:*_|_ni_a^^á^!^_HI H>^^M9^9H æIIb^^^^v.!,,"^-I_^^I flim^v^^à^i^fll L-PPIP8I _sW" Jt*-> .-41B ,BP'^' - mW^SÊWÊ^'^ *'*1" ^^^Bi^Sp^^B^flflflflflI æ__Híè: -•^¦•'••Jfl-BB-kJ-i*¦'.:/''™W^ ^BJÉTOlÉ^ PI 0lha- ,Pl/v- ¦ _3S_fll^;^^^^^«í^^l_flfll -?JH I BBSBhHR>."*. ¦ j •; * >_aaBB^«mBHÉBa_fc_sHía^í: ~>^ iv" w^5. ¦ ilãB +_^^^íwSS^_4_aS_l_S^PífflP^^SE^<-^^^al^__BlM!a^^^SR__^^ffiPI æHMt^nrB!BnflHPt^ii^_£i_wí_hB_W!<!^_Í^M_BKS ' BB-BB-BB-BB-BB-BB-BPi*lÍ-r-3Bt^-BBWfc^ +¦ysai_MfflBm'SlR1'¦-: <•'- - '¦WaWaW^ÊA^m^t ViElll< 1 Pm^MmÊàmíllwW '; ^ > ^ilP«? ,EflilfillMHV1 * ** ,Hp. nSflB-W?"^;-' - *w^:ii*c.^'',<:^>i^ -,í ^;v/.;^- ,f -J,,^ v N _iaSaMI í«Ü1msmxrm^l^z^mWmíMm^ ' flHÉik^iyHHkí; ^ffiÊÊMmíWÊfl: íí: .;> _BtC> ?«S3Bl_BPS__^.: V'--v"i" .V_S_T_»_a_MSBfl_B' ¦_£¦mwWímmmW^'''' ."';¦ i^iPHPSP&cT^r»-^SaSSVH'* ¦HHHaflflflflfl^^ BflflflflflflflB-B-B-B-B-B-BBBBMB^.. w.. ' -- .' "^A^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^J-^^^^^^IflBflflflBWMMBMflflWflBBBHBIHHHBB LACERDA ESTUDANTES nfto deixaram mVtáÉm Softdartedatre a Cata: ABI Dia 18 È rtJn_SB,V,lr« m»nlítstae«js| v f começo de ano. a solidaria- dade,. do povo . brasilsM a! íí^ss&sr» •i"-« deputados btonei i Sértgo Magalhães, rwnan-' Cptlho, Ketva Moreira c Max da Costa Santos. A exemplo do que aconte- ce em quase todos os pai- ses do mundo, o povo fera- slleiro manifesta, mais uma vez. sua solidariedade ao povo cubano, agora nova- mente ameaçado em suas conquistas sociais t politl- cas, com a manobra do im- perlallsmo norte-americano através da OEA, com a qual pretende voltar a invadir a pátria de José Marti e Fl- dei Castro. Com essas manl- restaçoes, o povo brasileiro faz sentir &o ar. João Oou- J-üi quê não concorda com qualquer alteração em nos- sa política externa de de- fesa da autodeterminação dos povos t de nie-ingeren cia not assuntos Internos de outros Leia artigo.de Carlos Ma- righela na S.** pagina « ou» trás matérias na ?.• página. iBBB—-r-^-f-t-—¦»-—__—_1^. .i-Jt-.£,Sj.~ BBH _fl_H_BtK*^BT ¦¦_¦ ^1fl-L-fl-HVJfl¦¦ K*^*'%-»SsSj ÍSbr.'* fk©% ^l*í^_flflfl ,IaM -\ -líaRiií S^i^^i æ^Jk|^tt_fl^: - -''-^ifl I mwmriKt—'' ¦ím» 0_BS' V ríT'-.fl flK_^4%';tfl fl flK-,--3 fl ' b1mt Jí^^i nDBjffBF_rl BB?CT^'i^^-i-BJaT^S__¦ flfl'. 'i*-**TIK*?'*"^ fl laflBBflflflflflHn^ --o*? v>J^PBTFíakv ^~l H I 8^'%i>*fl H^ ^1 I liíâtteii W%-\C ^M ,l''^Íti_i1%« *-' •''••' •VA'AfcS'1 flHÇ- •„l';^íflflrAA',-^ ¦ •-f>' '-:1,'J -Bflsf^swffáhíài rWBFf' æ''¦' ; flBOT^vi^r^ivJ r;l flflíiR^^t^-^i v.' •¦¦fl__a^^?!-:ifl ' æflfl_íaSr,'%^tJ "•V" 'I_B_fê&-s&':$_l K_kj_íhk*">3 ' "^afllvflS L II" ' _^l^B æ¦'- -flfl:' •¦•• .^--'". .--\*aM¦*.! ' ¦ í;flfl: II flfl flfl ' flflP^r^*!^f -B-faS-tÃMii -v' ^BBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBflflnTr]f --^ ¦ ?fl Prestes: 66 Anos e Gloriosos Fecundos l^^.*'1pi" Arpraito de Camponeses de Miriri: Hompa .H* «Proximadamenle um ano e meio, as autorl- »**? *5 W>A-ergaeram uma fronteira separando Berlim Democrática da parte da Alemanha ocupada pelas tropas norte-americanas. Visava-se cam isso resguardar a soberania nacional da RDÁ e impedir qae prosseguissem o contrabando e o câmbio negro organisados pelas próprias autoridades ocidentais. 0 Governo da RDA propôs, simultaneamente, ao 6o- vírao da Alemanha Ocidental que se iniciassem ges- '•**íSM}i'o objetivo de normalizar o movimento atra- yea da fronteira. Os revanchistas germano-ocidentais recusaram qualquer entendimento e os propagan- distas do imperialismo desencadearam em todo a mundo a farsa da «muro de Berlim». ¦ 'É$*?1&>.***Mssí&o do Natal, o Governo da RDA ?oltou a propor entendimentos, dispondo-se, de sua F-í* ©SíSSí que entrassem no País osJuibitan- tea de Berlim Ocidental, por ocasião dos festejos de fi» detano. Novamente os révanchistas que vivem sustentando hipócrita alarde em torno do «muro» ^nfltjaraai-se;» estabelecer conversações. Desta ves, W^l&gMM. #rt« » Wsa«a^nppoiar sobre o- Governo, que a-n autoridades ocidentais nio tiveram outra recurso senão ceder e entrar em acordo com •s rearasetitantes da RDA. A<*re*cente^, de logo, J^"Hl«»nto »/ronteira se abria no sentido Ociden- te^rienta, raantmha-se o «maro^ fechado para os que da RDA quisessem Ir a Berlim Ocidental. ... ¦¦ *n«Io !«so, onde fica a «ajrrar à liberdade» de Adenauer e seus continaadorea? Çl ,7* _ Aoemar uoRtra Tralfyores Mais nma ves o governa- dor Ademar de Barros lan-. çou suas metralhadoras e seus brucutus contra os tra- balhadores -paulistas que haviam programado, pela segunda ves, uma -passeata contra a carestia, contra o aumento de impostos, por novo salário mínimo « pela liberdade de Delélls e Piá- cldo. lideres sindicais pre- . sos sob o pretexto de .have" rem participado do movi- mento de protesto dos sar- gentes. Dezenas de viaturas e tiras da Ordem Política e Social ocuparam as une- : diaçôes do Sindicato dos Metalúrgicas na capital paulista, local. mareado ps- ra concentração dos traba- lhadores. Ante a violência, os trabalhadores' reuniram- se na sede do Sindicato on- de manifestaram* sèu pro- testo contra, mate essa vio- lêncik do governador gorila. (Leia matéria na »•• pági- Marabá e '¦V 1 r ¦ Comício Olympio Frente Casa Grande Ttxfo na 6* página Melo A Arpélia Escolhe oCaniiha Atüf o de N. Projagiihi m patina -J5L™1?.-'0 Patrocínio da CONTüÇ - Confederaçáo Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crfdlto o líder sindical Olymolo significativa h o m enagem por motivo de sua recente nomeação para Ministro do Tribunal Superior do Tra- balho. a homenagem cons- tara de um almoço a ser realizado no próximo dia 11. as 13 horas na Churras- caria Gaúcha. Os convites para o almô- Ço podem ser encontrados na sede da CONTEC Av Presidente Vargas, 529, 16.° andar, tel.: 23-55M; no Sin- dicato dos Bancários, Av. Presidente Vargas, 502. 22.° andar tel.: 43-9200; Sindi- cato dos Seeuritários, rua Álvaro Alvim. 21, 22.° an- dar. tel.: 32-1M1; Associação Brasileira de Imprensa. 7.° andar, com o sr. Walter, e na Livraria Sio José, rua Sio José, 38. c». *¦••- ?-.:.;¦.¦ - ¦ ¦¦¦.>. .vct.i.::.,j,;-..-.. .¦¦ú.-X, -¦•..¦¦->¦¦.-,¦:;; . ¦'>-,.'¦.: ¦¦¦¦ X-¦ . æ' " '-''¦¦ ¦:¦'• .:>:.•'- ! .. ___^^^^_--L--—_—^_. ..1... ''' "'; '•'\'^.\ .<.i-": '.'v>..-; ,''Z-£?:'•*-*-—'*.(*->*-«-».. *¦.•#..'. +,^^0..,.>...,.,. i ^^^^^^^^^^^^^^^ ^a*--i»Bta^--ÜSBa_i ^T'^,*l^^**llll*1*1,,-imi-m-^*--»-S------BB^BB___HB__flflflfl^ VtO. dia l de Janeiro de 1964 assinala attf__^ •rfrte de Luiz Carlos Prestes. ÉumTdaU restÜ»Z lhadores, democratas e patriotas krasUeirssV llmtZ""'1"" ?MoJnte ** ^mentTeomm\\»U br* siMro, em cujas fileira» mitita trlnUmnas ÍLt ussommie^c^^i^ ^^^nalmente a servieo de sou povo a smt\Z fjbra derevolueionirio. Jovem aindaIpoèSi' frJZ ieSi *art ^P^oantes movimims7Í^ UsUrla política - a /^nddria^h^jS,^ tVTf* uma -*"1'0 « «"ra do Pais «èí_2£-/!£ Intontormismo, do amor à lib**£_&'®SPW_ *• *m* sida melhor e tlTétpSjmm^ Desde entáo, o nome de Prestes posam sTSalSieeer a esperança para as multidões brístMras' "l*"*"" A partir de 1934, vinculou-se Prestesm mstsmem. "S 1 ? companheira e a Sua filha o ódio sei- ' e erirellSE? * a0* *.m camaradas de Partido «, através deles, ao proletariado e às amplas mas. sTguTr, P Fa d€ ?r^t¥°> '«"Mo /«•te a dos EclmuÜfnItt IliS^ ^S*tó a palavra éZiZeZZú,™ "_' "Z* W? no m™*60 '• consci. encia de milhões de brasileiros. Quando entreguis. tas e os reacionários investem raivosamente eontra prestes e os comunistas, um número cada vez maior £ ae patriotas - da classe operária e de outras cama* atu fociais como se confirmam dia a dia, na t realidade, as análises, advertências e diretrizes lan. : fadas pelos comunistas. Ao completar 66 anos de uma gloriosa e fecunda ?: existência, encontra-se Luiz Carlos Prestes na pie- : mtude de sua inteligência e de suas energias cria. ?* dor as, a frente, do movimento comunista brasileiro, dando a sua inestimável contribuição para que eon- tjnue avançando, até alcançar a vitória final, a luta dos trabalhadores e de todos os patriotas e demo. cratas brasileiros pela libertação nacional, pela paz entre os povos, por uma democracia autêntica. DirU ¦ gente marxista e lider querido do proletariado, é Pres- tes um exemplo de lutador infatigáoel pela causa do progresso social e do socialismo. Nesse 3 de janeiro, todas as pessoas progressis- tas eJionradas de nosso Pais, ao lado dos trabalhado. í res brasileiros, rejubilam-se pelo 66s aniversário de Prestes e lhe desejam, ardentemente, muitas s muitas ——dsvkla,¦*•¦¦¦«-¦ %'y%) k á ;a ''•'-.' V- yM'^Í W \\ " :>. '. L"v> . i ¦) <

Upload: voxuyen

Post on 22-Nov-2018

212 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

•»*•.«> • «, .**¦

nacionalismo mocrací. .OCl-3i3Í;so\o

I Ijl ';¦**'.nfto entrou

T£$*2í<$' •

¦ ____ia_H0^_À__l'1' ' *J i'.!"> ¦"* i vV'''' 'i , ' "" ' •_•;••' ' i i i\" '

fl.' _fl _¦_¦ _sV> —I WAWm\ bbsW _a_É _s_k_A_i _^»B fl' _¦ flkfl _sV t _fl _^fl LaaV -flfl-.•¦ ¦ m -^fl fl--fl flflJ Bl /J_fl Bi fl L_^fl LaV

fl Isfl _kV's_l I I Ia |'_ÉHt_S_a * f—I—MM —R __^m^^^* ¦¦ flB-fl-i afll _fll H-H flBa-tsflfl fl-k_flfl aflaaV" ti ' -flfll _flaW :__sflflflflflflflflfl__.' HHHHHHI ¦ ¦ flfl flv -fl fla. _fl -kWfl Kl flfl I j' ' mW^wã fl*rflJ _a\'fl t fl g^flj ^' -I _f ' * '¦'''¦ fl___i_l _L- ^v-i ¦' ' * 1 flfl ¦' ¦_*_._¦_¦£-*: ' / -',¦ flMfl ¦ ¦ fllbV ifl ¦ ' ¦¦ _fl_n_l _flr ^^^flflflflflflflflna-,fl fl flfl ¦' fll fl fl^fl fl VI aVsfl fl

-»_'-ss-a-r-a-*-~---»-T»---T-t-t-iim-i í- ' ¦. 5.;

¦. v,*'. : ^ . . "* ;'':'• ò '

¦ Jsfl-rV. '¦ "¦• — . ' ^_r^-^aT_^^^^L^^^^^t^ttt*,*^***^^*,_^^^»»»^^^*--»»»»,--»»--»^t»^aa-àBsflBM_j_____«_i_£iiJ'^i_". p»-* "*•*• «•ssnsswt, a a wtas |MsMs>*tJa TPM •»—» _#> _m

I Traiu aa H.marali^_flflV<jiB-fl-,-__H¦ mwL Wm^^m ___^

-"•sa-saasnss ufa _~¦¦ »"»»—»»•»¦ ^^ffr ^^s^ su» ^s|j^»'*»ai^r .^v-aVfl ^_l _f ^B^HhHÉB ¦

'.-.¦•;¦ ' <

". ' ''¦ ¦ ¦ ' '' ¦¦ '•' ¦ - :- '¦¦ -"?:%¦ ' : Í.:!Í! '?¦''"¦'¦ ¦ "" ' ' ¦¦ ;. ' •

*•¦. '»•'¦• '¦*:¦&> v.ú-fe- .-.V,; •.-' ..:.¦•.¦' ,'.^':..,.' •. -.•»., .¦ .' ".;'V-4'v :i-^'' •'-*''?.¦"¦(• • ;p "'••

fl _ssBs-Sa-s-ts_a-wiaw-«ga-a . ¦„;•-.¦•> •' ¦

K IIv_s! __l'''

s-ü sflal

-' H -'^fl^l -'¦ ^1 fll 3

aa _¦'''-'flfl'--*'_i H"

' fl m ••"Ljfcwaiiario. na ouana-

¦flflfl^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^fl FSç^SSrSSS'-Mi rüaEatwsaw^,*»S8^^M B—?atS'M! —1

_fl'«lwt»Vi:(- ¦• ^:*_|_ni _a^^á^!^ _HI H>^^M9^9 HIIb^^^^v.!,,"^-I_^^I flim^v^^à^i^fll L-PPIP8I _sW" Jt*-> .-41 BBP'^' - mW^SÊ WÊ^'^ *'*1" ^^^Bi^Sp^^B^flflfl flfl I__Híè: -•^¦•'••Jfl -BB-kJ-i*¦'.:/''™W^ ^BJÉTOlÉ^ PI lha-Pl/v- ¦ _3S _fll^;^^^^^«í^^l_flfll -?J H I

BB SBhHR>."*. ¦ j •; * >_aaBB^«m BHÉBa_fc_sHía^í: ~>^ iv" w^5. ¦ ilãB

_^^^íwSS^_4_aS_l _S^PífflP^^SE^<-^^^al^__BlM!a^^^SR__^^ffiPIHMt^nrB! Bnfl HPt^i i^_£i_wí_hB_W!<!^_Í^M_BKS' BB-BB-BB-BB-BB-BB-BPi*lÍ-r-3Bt^-BBWfc^¦ysai _Mffl Bm'SlR1'¦-: <•'- - '¦WaWaW^ÊA^m^t ViElll<

1 m^MmÊàmí llwW • '; ^ > ^ilP«?EflilfillM HV1 * **Hp. nSfl B-W?"^;-' - *w^:ii*c.^'',<:^>i^ -,í ^;v/.;^- ,f -J,,^ v

N _i aSaMI í«Ü1 msmxrm^l^z^mWmíMm^' fl HÉik^iyH Hkí; ^ffiÊÊMmíWÊ fl: íí: .;>_BtC> ?«S3Bl _BPS__^.: V'--v "i" .V_S_T_»_a_MSBfl _B'

¦_£¦ mwWímmmW^'''' ."';¦ i^iPHPSP&cT^r»-^SaSSV H'* •

¦HHHaflflflflfl^^BflflflflflflflB-B-B-B-B-B-BBBBMB^ .. w..

'

-- .' "^A^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^J-^^^^^^IflBflflflBWMMBMflflWflBBBHBIHHHBB

LACERDAESTUDANTESnfto deixaram

mVtáÉm

Softdartedatrea Cata:ABI Dia 18

È rtJn_SB,V,lr« m»nlítstae«js| v fcomeço de ano. a solidaria-dade,. do povo . brasilsM a!íí^ss&sr» •i"-«

o» deputados btonei iSértgo Magalhães, rwnan-'Cptlho, Ketva Moreira cMax da Costa Santos.

A exemplo do que aconte-ce em quase todos os pai-ses do mundo, o povo fera-slleiro manifesta, mais umavez. sua solidariedade aopovo cubano, agora nova-mente ameaçado em suasconquistas sociais t politl-cas, com a manobra do im-perlallsmo norte-americanoatravés da OEA, com a qualpretende voltar a invadir apátria de José Marti e Fl-dei Castro. Com essas manl-restaçoes, o povo brasileirofaz sentir &o ar. João Oou-J-üi quê não concorda com

qualquer alteração em nos-sa política externa de de-fesa da autodeterminaçãodos povos t de nie-ingerencia not assuntos Internosde outros

Leia artigo.de Carlos Ma-righela na S.** pagina « ou»trás matérias na ?.• página.

iBBB—-r-^-f-t-—¦»-—__—_1^. • .i-Jt-.£,Sj.~BB H_fl_H_BtK*^BT¦¦_¦^1 fl-L-fl-HVJfl ¦¦

K*^*'%-»SsSjÍSbr.'* fk©% ^l*í^_flflfl

IaM -\ -líaRiií S^i^^i^Jk|^tt_fl^: - -''-^ifl ImwmriKt—'' ¦ím»

_BS' V ríT'-.flfl K_^4%';tfl flfl K-,--3 fl' b1 mt Jí^^i nD BjffBF_rl

BB ?CT^'i^^-i -BJaT^S __¦flfl'. 'i*-**TI K*?'*"^ fllaflBBflflflflflHn^ --o*? v>J^PBTFíakv ^~l HI 8^'%i>*fl H^ ^1I liíâtteii W%-\C ^Ml''^Íti_i 1%« *-' •''••' •VA'AfcS'1

fl HÇ- •„l';^ífl flrAA',-^ ¦ •-f>' '-:1,'J-Bflsf^swffáhíài rWBFf' ''¦' y§; fl BOT^vi^r^ivJr;l fl flíiR^^t^-^iv.' •¦¦ fl__a^^?!-:ifl' flfl_íaSr,'%^tJ"•V" 'I _B_fê&-s&':$_l

_kj_íhk*">3

' "^ afllvfl S

L II" '_^l ^B¦'--flfl:' •¦••

.^--'". .--\*aM ¦*.!

' ¦ í;fl fl:

'¦ IIflflflfl 'fl flP^r^*!^f

-B-faS-tÃMii -v' ?»^BBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBflflnTr]f --^ ¦ ?fl

Prestes: 66 AnoseGloriosos Fecundos

l^^.*'1pi" Arpraito de Camponeses de Miriri: Hompa.H* «Proximadamenle um ano e meio, as autorl-

»**? *5 W>A-ergaeram uma fronteira separandoBerlim Democrática da parte da Alemanha ocupadapelas tropas norte-americanas. Visava-se cam issoresguardar a soberania nacional da RDÁ e impedirqae prosseguissem o contrabando e o câmbio negroorganisados pelas próprias autoridades ocidentais. 0Governo da RDA propôs, simultaneamente, ao 6o-vírao da Alemanha Ocidental que se iniciassem ges-'•**íSM}i'o objetivo de normalizar o movimento atra-yea da fronteira. Os revanchistas germano-ocidentaisrecusaram qualquer entendimento — e os propagan-distas do imperialismo desencadearam em todo amundo a farsa da «muro de Berlim».¦ 'É$*?1&>.***Mssí&o

do Natal, o Governo da RDA?oltou a propor entendimentos, dispondo-se, de suaF-í* ©SíSSí que entrassem no País osJuibitan-tea de Berlim Ocidental, por ocasião dos festejos defi» detano. Novamente os révanchistas — que vivemsustentando hipócrita alarde em torno do «muro»^nfltjaraai-se;» estabelecer conversações. Desta ves,W^l&gMM. #rt« » Wsa«a^nppoiar sobre o-Governo, que a-n autoridades ocidentais nio tiveramoutra recurso senão ceder e entrar em acordo com•s rearasetitantes da RDA. A<*re*cente^, de logo,J^"Hl«»nto »/ronteira se abria no sentido Ociden-te^rienta, raantmha-se o «maro^ fechado para osque da RDA quisessem Ir a Berlim Ocidental.... ¦¦ *n«Io !«so, onde fica a «ajrrar à liberdade» deAdenauer e seus continaadorea? Çl ,7* _

Aoemar uoRtraTralfyoresMais nma ves o governa-dor Ademar de Barros lan-.

çou suas metralhadoras eseus brucutus contra os tra-balhadores -paulistas quehaviam programado, pelasegunda ves, uma -passeatacontra a carestia, contra oaumento de impostos, pornovo salário mínimo « pelaliberdade de Delélls e Piá-cldo. lideres sindicais pre-. sos sob o pretexto de .have"rem participado do movi-mento de protesto dos sar-gentes. Dezenas de viaturase tiras da Ordem Política eSocial ocuparam as une- :diaçôes do Sindicato dosMetalúrgicas na capitalpaulista, local. mareado ps-ra concentração dos traba-lhadores. Ante a violência,os trabalhadores' reuniram-se na sede do Sindicato on-de manifestaram* sèu pro-testo contra, mate essa vio-lêncik do governador gorila.(Leia matéria na »•• pági-

Marabá e'¦V

1

r ¦Comício OlympioFrente Casa Grande

Ttxfo na 6* página

Melo

A Arpélia EscolheoCaniiha

Atüf o de N. Projagiihim 5» patina

-J5L™1?.-'0 Patrocínio daCONTüÇ - ConfederaçáoNacional dos Trabalhadoresnas Empresas de Crfdlto —o líder sindical Olymolosignificativa h o m enagempor motivo de sua recentenomeação para Ministro doTribunal Superior do Tra-balho. a homenagem cons-tara de um almoço a serrealizado no próximo dia 11.as 13 horas na Churras-caria Gaúcha.

Os convites para o almô-Ço podem ser encontradosna sede da CONTEC — AvPresidente Vargas, 529, 16.°andar, tel.: 23-55M; no Sin-dicato dos Bancários, Av.Presidente Vargas, 502. 22.°andar tel.: 43-9200; Sindi-cato dos Seeuritários, ruaÁlvaro Alvim. 21, 22.° an-dar. tel.: 32-1M1; AssociaçãoBrasileira de Imprensa. 7.°andar, com o sr. Walter, ena Livraria Sio José, ruaSio José, 38.c».

*¦•• <¦ - ?-.:.;¦.¦ - ¦ ¦¦¦.>. .vct.i.::.,j,;-..-.. .¦¦ú.-X, -¦•..¦¦->¦¦.-,¦:;; . ¦'>-,.'¦.: ¦¦ ¦¦ X-¦ . ' " '-''¦¦ ¦:¦'• — .:>:.•'- ! ..___^^^^_--L--—_—^_. ..1... '' ' "'; '•'\'^.\

.<.i-": '.'v>..-; ,''Z-£?:' •*-*-—'*.(*->*-«-».. *¦.•#..'. +,^^0..,.>...,.,. i

^^^^^^^^^^^^^^^ ^a*--i»Bta^--ÜSBa_i^T'^,*l^^**llll*1*1,,-imi-m-^*--»-S------BB^BB___HB__flflflfl^

VtO. dia l de Janeiro de 1964 assinala attf__^•rfrte de Luiz Carlos Prestes. ÉumTdaU restÜ»Zlhadores, democratas e patriotas krasUeirssVllmtZ""'1"" ?MoJnte ** ^mentTeomm\\»U br*siMro, em cujas fileira» mitita há trlnUmnas ÍLtussommie^c^^i^^^^nalmente a servieo de sou povo a smt\Zfjbra derevolueionirio. Jovem aindaIpoèSi' frJZieSi *art ^P^oantes movimims7Í^UsUrla política - a /^nddria^h^jS,^tVTf* uma -*"1'0 « «"ra do Pais «èí_2£-/!£Intontormismo, do amor à lib**£_&'®SPW_ *•*m* sida melhor e tlTétpSjmm^Desde entáo, o nome de Prestes posam sTSalSieeera esperança para as multidões brístMras' "l*"*""

A partir de 1934, vinculou-se Prestesm mstsmem.

"S 1 ? companheira e a Sua filha o ódio sei- '

e erirellSE? "í * a0* *.m camaradas de Partido«, através deles, ao proletariado e às amplas mas.sTguTr, P Fa d€ ?r^t¥°> • '«"Mo /«•te a

dos EclmuÜfnItt

IliS^ ^S*tó a palavraéZiZeZZú,™

"_' "Z* W? no m™*60 '• *» consci.encia de milhões de brasileiros. Quando o» entreguis.tas e os reacionários investem raivosamente eontraprestes e os comunistas, um número cada vez maior £ae patriotas - da classe operária e de outras cama* '£atu fociais — vê como se confirmam dia a dia, na trealidade, as análises, advertências e diretrizes lan. :fadas pelos comunistas.

Ao completar 66 anos de uma gloriosa e fecunda ?:existência, encontra-se Luiz Carlos Prestes na pie- :mtude de sua inteligência e de suas energias cria. ?*dor as, a frente, do movimento comunista brasileiro,dando a sua inestimável contribuição para que eon-tjnue avançando, até alcançar a vitória final, a lutados trabalhadores e de todos os patriotas e demo.cratas brasileiros pela libertação nacional, pela pazentre os povos, por uma democracia autêntica. DirU ¦gente marxista e lider querido do proletariado, é Pres-tes um exemplo de lutador infatigáoel pela causa doprogresso social e do socialismo.

Nesse 3 de janeiro, todas as pessoas progressis-tas eJionradas de nosso Pais, ao lado dos trabalhado. íres brasileiros, rejubilam-se pelo 66s aniversário dePrestes e lhe desejam, ardentemente, muitas s muitas——dsvkla, ¦*•¦¦¦«-¦

%'y%) ká ;a

''•'-.' V- yM'^Í W \\ " :>. '. "v>

. i •

¦) <

¦¦¦¦' I

', ¦'mammammmmy> \aswm*mm*mm*

WWfí^^'mmm\'m ' ' .**.¦** l'mSÊÊ&WtWÊmammK. & '^maaaawaam mwmam ' wmta) íí'. ^.^Tmmmawm m*m^*mmrmfBlmjmr •¦*».-. -;; jtagBagapaie = - &., -í -- ¦ '•¦ z££*mWTJm^Wm -.. aeW»*im**»»vA»-«i^j.í.^ . J"a«*L»t»»*A-^ l^M . . JÉTrri

•Civil; Disstdir»Oi trabalhadores nsi Indústrias dc construção civil, que

reivindicam aumento salarial ds ordem ds 110%, enviaramontem, dia 2. ao Tribunal Regional do Trabalho, um pedi-do ds Initaursçio ds dissídio coletivo objetivando a con-vocação de uma mesa-redonda ou Julgamento da questão,A última tentativa de solução amigável resultou em vão,pois a eontrspropoits patronal concedia apenu 19%, en*quanto o evito de -ida até novembro Unha»* elevado em•nais de U%.

Socuritáriot RtCttMimOs emprfEido» em estabelecimentos de seguros e capl-

tallução da Ouansbara rejeitaram -exu-lelr». em suem*bléia geral, s contraproposta salarial dos empregadores con*cedendo um» majoração da ordem de 68%. ao mesmo tem*po encaminharam a questão ao Departamento Nacional doTrabalho para solução.

Sao as seguinte» ss reivindicações encaminhadas ofi*rialmente ao DNT:

st sumento geral de 100%, com fixo de Crt 18000.00;b> resjusUmento de 48% em junho;c) gratificação de chefia, férias mais prolongada* e ss-

lárlos adicional por ano de ser-^o e profissional.

Químico»Os trabalhadoras aa tndástiu química, técnicos a ope*

rártos não especlaltsados. paralisarão suu sUvtdsdts canonão sejs concedido aumento salarial na base ds 100% «té10 de Janeiro.

A contraproposta dos patroas, concedendo majoração de80%. foi rejeitada pelos ttsbalhadorsa.

la«*n»MH»*»»iam K»*»»»*****. l%»o»ãft BA»r»sMa«ut<âa»T4»t*ksiinoupw-MM um vas rurroviarro»O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferrovia-

riu da Zona da Central do Brasil encontra-se Instalado emnova ssds social, localluda à rua Santana, n.° 77, sobre-loja, salas 308 a 810.

O ato. que foi reallasdo juntamente com a posse danova dü-etorla do sindicato, transcorreu ao dia -8 u 20horas.

ISliVOOOFUS MipOSMCMS

Tomou posas no dia 18, ãs lt noras, na sede do Sln*dicato dos Trabalhadoras cm Estiva de Minérios .da Oua-nabara, a nova Diretoria da Federação Nacional dos lati-vadoros, sob a presidência de Osvaldo Pacheco.

MarctfMirot: Awmbléia Hojt' Os oficiais de marcenaria e carplntaria marcaram u-

sambléla geral para hoje, dia 3, ãs 18 horas, para estudodos entendimentos levados a efeito aa audiência ds concl-Ilação realizada no DNT.

A contraproposta patronal concedendo 80% de aumen*to foi rechaçada pelos trabalhadores que continuam firmesna campanha por aumento na base ds 100% s partir de 1de Janeiro, segundo proposta inicial.

AcArcJe no JóqueiOs empregados e diretores do Jóquei Club do Brasil

chegaram a um acordo virando s assinatura do novo con-trato coletivo de trabalho.

Conquistaram os trabalhadores: aumento de 85% sobreos salários atuais, vigorando a partir de 1.° de janeiro;nmjustamsnto, de acordo eom s carestia, am 1° de julhorindeuro e formação de uma comissão ds estudos parasonomsão ds gratificação qOinqftsnaL

CNTI: Bti(6o Amanhã

Tseã Inicio amanhã, dia 4, ncoiongando até domingo,as aseleftsc para a Diretoria da Confederação Nacional dosTraboln*dore-ciu Indústria. Concorrem à Presidência Cio-damldt Mani • Wilson Barros.

Aproveitando a oportunidade, em que estarão reunidosdt lideras sindicais, representando mais ds meiade federações nacionais, os dirigentes da CNTI

reaBenrio grande reunião para tratar de vários problema», ,prirwlpalmenU sobre salário-minimo a resoneemento.

Artofcrtos dt BorrachaO Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Arte-

fatos de Borracha do Estado da Ouanabara programou parao dia 10 próximo a posse da nova Diretoria da entidade. Ooperário Sebastião Fernandes Costeira será investido naPresidência da Diretoria.

Bondes Preocupam TrabalhadoresOs trabalhadores do Grupo Light estão preocupadoscom a situação dos transportes de carris da OuanabaraTudo isto.porque o governador do Estado ameaça, quandoadministrar os serviços, dispensar o maior número doe em-

pregados.Diante da situação criada os trabalhadores da RuaMarques de Pombal pretendem encaminhar a questão psrao pacto dos Carris, Energia. Gás e Telefone (CEOT) o qualtambém acha-se em campanha visando a conquista de 100%de majoração salarial.

Alfaiates: 130% Para jáO Sindicato dos Costureiros e Alfaiates da Ouanabara

solicitou, em oficio enviado na segunda-feira última aoDepartamento Nacional do Trabalho, uma convocação demesa-redonda entre empregadores e empregados. Relvlndl-cam, os oficiais de alfaiataria, uma majoração salarial daordem de 130% a partir de 1.9 de janeiro, reajustamentoem Junho de acordo com a elevação do custo de vida eferiu de 30 dias para todos ai profissionais em empresas decostura localizadas na Guanabara.

Visando a uma tomada de posição, em face ds impassecriado pela intransigência patronal, o Sindicato do» Alfaia*tos convocou, para hoje, dia 3, is 10 horas, no Sindicato dosRodoviários, uma assembléia geral da categoria. Os alfaiatas ratão firmes em «eu propósito de levar até o fim seimovimento.

300 Famílias Acampamio Palácio do GovernePor USO ilooeiros

•"Não fãs diferença, por-que em Mocacu ou nas La-ranjtlru estamos me.modounlndo ao r tento, depoisdo drapeio", declarou JoséPuma. líder das irezentasfamília» d* camponeses daregião da Fazenda Agro*Brasil, de Sao José da doaMorte (Cachoelro de Ma-cacui, qut duram» toda atarde e a noite de segunda*feira passada estiveramacampada» no» jardins doPalácio Laranjeiras.

O objetivo da manifesta-çáo era apressar a assina-tura, pelo presidem? da Itf-pública, do decreto que de*«apropria 1.790 alqueires deterra» daquela região, deonde o» camponeses foramd spejados pia segunda va*.no dia 13 último.

Acampar Ati ae WmComo na ocasião o nresl*

dente Joio Goulart estivesseem Uruaçu, o grupo de cam-poneses, que representavam1200 famílias e eram lidera*do» por José Pur za. Bráu*Ho Rodrigues • Evaldo Va*1 odores, respectivamente,presidente, secretário e pro*curador da Federação dosPequeno» Lavradores • Pro-

dutores Autônomos do Esta*do do Rio, resolveu acamparnu» Jardins do Paiacio <• alipermanecer até ser atendidoem sua pretensão.

a fim de prestar a nec s-sária MSist6ncia ao» traba*Ihudore», estavam presenteso advogado Anckrson VianaFontes e o deputado federalfluminense Adão PereiraNunes.

A minuta do doer'to dedt «apropriação Já foi elabu*rada pela SUPRA.

A HistóriaÜ primeiro despejo f deu

em llHiO. Ma», de entèo aténovembro deste ano, a» ter*ras foram deixadas aoaban*dono e nada foi f:lto peloslavradores despejados, que,nrisas circunstância», resol-veram regressar. Pouco de*moraram desta vez: no dia13 último foram obrigados,pela Polida Militar flumi*nense, a dc novo sair.

O» camponeses atenderamparlficanrntc à pressão po*liclal, d'vido ás ponderaçõesdo sr. Joio 1'inhelro N'to,superintendente da SUPRA,que prometia para breve aassinatura do decreto de de*«apropriação.

UmComo a solução dt morai-¦e, um grupo d« lavrador sresolveu rumar para o Pa».'

li cio das Laranjeira». • |n|*ciou o longo caminho à» 2noras da mlnhi d» segunda*feira. Fizeram vários quilo-metro» a pé até á citação deMacacu, onde, tomaram umtrm para Niterói; ali, ca-Jtlnharam da estação Pr si*dente Dutra is Bares», è, noRio. vieram » pé desde aPraça XV até o Palêdo dmLaranjeiras.

n—flWP"——¦t; m mu ¦ wmh—ÉHÉJMmam rnz^ «PMí^^^iriíJÍRal IHl mImII I^^m m. ¦ ' *^^B0B Wmk\ amimlQi BI*fm\ mdMíamm I *mâaamamú àSLamamÚ^Êi^^ A^am^^^A mt^mmiammmWjAm\ mmW ' Áaaawmmm mmAM^S^mmu mm] 'I: i^l Hfl \^m'II

ifl Hl

a—)

•**T*Cy . ^^^t^^m^W^Ê^*i*Wm Wm^fà*' * _ ^^^L^tlA"-* .^^^kaam\mmmm\ Ifl*-jv;<1.)'i> * Jl,^J^13L.á»MM»»»itdlÉ^BJ^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^B

Sindicato. Aludam SEM PROTEÇÃO DA LEIOi manifestantes campo'

nesei receberam todo o apoiodoi Slndlcatoi do Rio. que,«ntr» outrai cols»*, ihrs ofe*receram o almoço e o Jan*tor na segunda-feira.

O grupo, de trezentas fa-mlllay do esmpo flumlncn*se disse qur- permaneceriano local; paclflranrn» . atév:r resolvida em definitivoa sua situação.

i

CURSO 0E UIQUA RUSSA(Instituto de Intercâmbio Cultural Brasll-URSS)Acham-se abertas as matricula» para as novas tur-mu que serão Iniciadas a Io de fevereiro de 1964. Fun-clonarão nos horários diurno c noturno.

AVENIDA FRANKXIN ROOSEVELT, IM — Or. SM —Tel. 22-354»

SINDICATO DOS Vf.DRF.IROS DE K1TERÔIE SAO GOXÇALO

Derejamo* a iodo» ». no.«os aísociado.s, às «uas íaml-li«s e parente, ()Ul. teimamum ano feliz e próspero,marrando a data dc 1.° dejaneiro o inirio de tinia ela.pa de exilo em sitas vidas.

Boa» resta» e Felir AnoNovo!

Jo»é Gonçalves Filho —presidente.

MENSAGEM DE NATALA Cooperativa de Consumo dos Servidores Municipais

de Santos Ltda., ao ensejo das festas de fim de ano, quandoas famílias confraternizam, associa-se aos festejos que serealisam, desejando a seus associados, ao povo santista e aopovo brasileiro.

FELIZ ANO NOVO

seu _

Feliz Ano NovoSão os votos da ASSOGAÇAO PROFISSIO-

NAL DOS COMERCIANTES VAREJISTASDAS FEIRASLIVRES DE SANTOS a todos osseus clientes e amigos, extensivos a todo o povosantista, por ocasião dos festejos qüe marcamo início de mais um ano.

Sindicato Dos Empregados emEstabelecimentos Bancários de SantosPor ocasião das comemorações que mar-

cam a passagem de ano, formulamos votos de

felicidade e novas vitórias em 1964 aos compa-

nheiros bancários, aos trabalhadores em geral,

de Santos e do país.

Campos: Chapa Pan-Puroé a Favorita Dos Operários

nr Rio dt Jantiro. 3 a 9 de jantiro de 1964

No próximo dia 7 reall-zar-se-ão as eleições paraDiretoria, Conselho Fiscal eRepresentantes na Federa-ção do Sindicato dos Tra-balhadores nas Usinas deAçúcar de Campos, Estadodo Rio.

A Chipi do Pau-Purovem merecendo as almpa-tias da maioria esmagadorados trabalhadores da cate-gorla, por sua brilhanteatuação à frente do Sindi-cato, durante o biênio quetermina, fi a seguinte a suacomposição:

DiretoriaJosé das flores Sales —

Usina Mineiros; Luiz Gon-zaga da Silva — Usina,Cupim; Almirante Costa —•Usina Queimado; Nery daHora — Usina Cupim; Fio-riano Castorino de Souza —

Usina Santa Cruz; HomeroGomes Rangel _ Usina Po-ço Gordo.Conselho Fiscal

Letelbe Almeida — UsinaSSo José; Saturnino Cardo-so — Usina Queimado; Wil-son Lisboa — Usina SãoJoio; Amaro Martins —Usina Victor Sense: TelsoNascimento — Usina SioJosé; Joel de Barros — Usl-na Santa Xmbel.Representantesna Federação

Joio Francisco Soares —Usina Santo Antônio; Oa*mirlo Soares — Usina Pa-raiso (Tocos); Cid JoséGomes de Abreu — UsinaMineiros; Helval Gomes deFreitas — Usina 'SantoAmaro; Manoel Machado —Usina Barcelos; João Ro-berto Reis — Usina Quis*samã.

Os trabslhudorei do chamado 'Vrvlço deMoco" i.io dinrlMas: nio recebem o salnrlo-/amllla. nflo Um direito a íérlai. sio maisde 730. Anolarios pelo Sindicato dDt Fo-gulstai e dos Marinheiros, estio em lutapara obter a sua- Integra-lo tm um regimede trabalho regulado pela Consolidação das

Violência ede Lacerda

Leis do Trabalho, de que estio excluídos.A luta'dos 730 diaristas foi Iniciada pelod l-g<*(*o du Sindicato dos Fogul-tas, Car*los Alves d» Silva. Junto com o presidentado mesmo Sindicato. Maneei Inncio, e como presidem» do- marinheiros. Na foto, umgrupo dele*, reunido ha prata da Recup ra*çao, na Ilha de Mocanguê. .

firilagemContra os

Favelados do PasmadoO anunciado despejo dos

moradores do morro do Pas-. mado » sua. transferência

para a VIU Aliança, em Ss*nador Câmara, que deveriaNr efetuado dia 4 de Jane!*ro, foi precipitado pela Se*creta-la de Serviços Sociais,por efeito d» manobras ver*'gonhosaa, para o fim da Al*

. Uma aemana.Tal ato foi mala um as-

pacto da «liüstr» covardiaque caracterlsa o governoda Ouanabara em todas assuas ações contra oa traba-lhadores.

ViolênciaDurante oa dias que pre-cederam o despejo, os Jor-nais que dlo cobertura aos

vandalismo» do governadordedicaram farto espaço às"opiniões" doa favelados. íe-Uses com a transferênciapara o longínquo subúrbio,distantes dos locais ondetrabalham..

Apesar dessa "alegria ge-nerallsada" divulgada pelaImprensa, porém, 0 que seviu foi um verdadeiro cêr*co, com os-policiais arma*dos obrigando os trabalha*dores a embarcarem nos'caminhões do Estado paraa transferência.

Os policiais — choque daPolicia de Vigilância e doDOSP — bloquearam asruas Oeneral Severlano eBartolomeu Portela, quedlo acesso ao morro, en.quanto Sandra Cavalcanti,

novosrumos

Propriedíde di EDITORAALIANÇA DO BRASIL

LTDA.

DiretorOrlando Bomfim Júnior

Diretor ExecutivoFragmon Carlos Borges

Reditor ChefeLuiz Gatzàneo

GfrenteGuttemberg Cavalcanti

Redação: Av. Rio Branco257, 17.° indar. sala 1712

Telefone 42.7344 Gerência: Rua LeandroMartins. 74, 1,° amlsr

(Centro)Endereço telegrifico:

NOVOSRUMOS

EDIÇÃO DEMINAS GERAIS

Redação e Administração:Rua dos Carijós 121,

. 2.° andar, S/204Tel. 4-8666 - B. Horizonte

Sucursal de São Paulo

Rua 15 de Kovembrõ 228,8.» andar, sala «7 , •

— Telefone 35-045.1 — •

Suqursa! do Paraná

. Rua José Loureiro, 13.1 —3.8 andar, S/311 — Curitiba

chefe da Secretaria de SS,protegida por iort« escul-ia, comparecia ao local, de-«acatando e humilhando ostrabalhadores.

Depoimento»A reportatjim teve opor*

tunldade dc ouvir *'guna fa-veiados, todos revoltadoscom a violência. Disse umdeles:"Essa ê a verdadeira fa*ce de um governo traidor.Como poderá viver em Se-nador Cantará, para lá deBangu. um pai que auatentaa família eom o trabalhoque tem na Zona Sul".?

Outro contou o engodo dequ» foram vitimas:"Há algum tempo «pare-ceram aqui no morro as as*slstentes doa Serviços So-ciais, fasendo um levanta*mento. Quando pergunta*vamos qual era sua flnall- ,dade, afirmavam cínica*mente aer para a urbaniza*çio da favela. Agora, esta*mos sofrendo sua aeáo trai-eoeira, o despejo".

SolkíoriedodeDomingo passado esteveno morro o deputado SlnvalPalmeira, a fim de solidari*sar-se com as vitimas deLacerda, declarando na oca-siao:'^Aproveitaram'

estar aCâmara fechada para assimimpedir os deputados deagirem em defesa doa mo*radores do Pasmado, tssedespejo é produto do cará*

ter impopular e ncgoclstado governo. Trata-se demais uma negociata de La*cerda".

Os policiais procuraramdissolver oa agrupamento»em tomo do deputado.

A Unlao Nacional doa Is*tudantes, a Unlao Brasilei*ia doe Estudantes Secunda*rios, a Federação daa Asso-elaçôea das favelas da Oua-nabara. a Unlao Operaria eCamponesa e outras orga-nltações Já se solidariaaramcom oa favelados agredidos.

Fututy:m Esta semana ainda serio

. desalojados os moradores dolado do morro que dá paraCopacabana, quando eontl*nuario as violências.

O que espera oa transi»*ridos para a Vila Aliança 4unaapéMlma perspectiva. Oidespejados de outros locaisque ai Já estio morando,como nio podem pagar es18% sobre osSartomini.mo do aluguel findo porLacerda estio sendo despe*jadoa da Vila AliançaTedesta ves para a rua.

Um dos moradores doPasmado bem caraeterisouo governo de Lacerda, aopartir:"O «despejo serviu paramostrar quem 4 Lacerda:traidor, inimigo do povo.grileiro, fascista, Essa lutanos ensinou multa coisa. Ipartiremos

'para novas ba*talhas, pretendendo influirdecisivamente em sua derro-ta na campanha de 1965",

PREVIDENCURIOS QUEREMNATALINA E13' SALÁRIO

Assinaturas

Anual ...,SemestralTrimestral

Cr$ 1.5H0.0O800,00400,00

Assinatura Aérea

Anual ...Semestral ,Trimestral

Cr$ 2.800.001.500.00

800,00

XXX

K.9 avulso .. Cr$ \N.° atrasado " 30.00

50,00

A Unlio dos Previdência-nos do Brasil dirigiu notaa classe afirmando que nâovacilara em usar da dele*gaçáo de podêres, a elá conferida na assembléia do dia19, para a decretação degreve, ante 0 descaso comque o ministro do Traba-lho vem olhando a relvin-dlcaçio do 1S.° salário apartir de 1903 para os pre-videnclá-ioa.

Movimento se AmpliaA greve de advertência

anunciada em principio dedezembro foi adiada em vista da necessidade de for-talecer a mobilização daclasse, aguardar a adesáoou solidariedade de cate-gorias básicas (marítimos,portuários, ferroviários etc.)e também para atender oapelo ao debate, feito pe-lo ministro do Trabalho aoComando dos Previdência-rios, no sentido de encontraruma solução rápida para aconcessão da gratificação deNatal.Daquela época para cá, o

movimento dos prevlden-etários Sé ampliou e se apro-fundou,, assim como se es-treitaram os. vínculos com

o Pacto de Unidade e Açlo,em reuniões conjuntas oueculminaram com a grandeconcentração do rua to gtdèrembrt, no MlntoUHò 16Trabalho.Per outra lado e slmul*

taneamente, o Comando dosPrevidenclárlos m a n t eve•contatos com o sr. AmauriSilva e entregou-lhe umprojeto de decreto com asolução jurídica e contábilpara a concessão da natali-na a curto prazo.

Amauri Não Cumproa Palavra

Contudo, a partir de 91de desembro, data para aqual estava marcada umaaudiência com o ministroAmauri Silva, êste pasioua furtar-se a encontros como Comando dos Prevlden*ciários, que sempre ouvia amesma resposta: "O sr. Mi*nistro nfto está". Houve de-pois a promessa de uma au*diêncla para o,dia SO, emais uma vez o sr Amau-ri Silva faltou com a pala*vra.

Comando Darálmtru$õoi

Diante disso, o Comandodos Previdenclárlos lançounota no mesmo diá S0, de*datando 'que' nio vacilaráem decretar a greve daclasse pelo 13.° salário o pe*Ia natalina de 1963, e cha*mando os previdenclárlosa aguardar novos esclareci*mentos, "lutando junto aseus colegas nos locais detrabalho pelo apoio total ãfhstruções do Comando, queserão expedidas nesses dbs,com a urgência necessária.

A \\ i ü\> ,' 1

...¦¦¦»««Pii*--»«»v»*>'w»»^<tv^g»,tP*«»§*§iiffÇfP

'».".' nacionalTrama contra o Brasil e Cuba

I* slntomáUco o silêncio dotr. João Ooulart, em aua Mensa*6em

de Ano Novo, sóbre o pro-lema cubano. Nem uma referên-ela, sequer Indireta. Nem sequer a,reafirmação da defesa, em tèrmoeSerali,

doe princípios de nfto-ln-jrvençio e de autodeterminaçãodos povos, mais de uma vez pro-clamados coto um dos pilares denona política externa. E o silén-cio se torna ainda mais estranhopelai circunstâncias do momento.A nova Ofensiva contra Cuba, de-•encadeada pelo governo norte-amerleano na OEA, através da re-presentação titere da Venezuela,esta em pleno desenvolvimento. Aconduta do representante brasl-lelro, apoiando na OEA a farsa en-cenada pelos agentes lmperialls-tas, provoco* Imediata repulsa dasforças democráticas e patrióticas,que passaram «exigir uma claradefinição do Governo no sentidode se opor à trama em curso. Poroutro lado, de setores ligados aopróprio Governo surgiu a denún-cia de que un grupo retrógradode diplomatas do Itamarati, con-duzldo a postos-chaves. vem pon-do em prática, manhosamente,verdadeira conspiração, numa ten-tatlva de dar marcha-a-ré em nos-sa política externa. despo]ando-ados elementos de independência evoltando aos vergonhosos temposde inteira submissão ao Departa-mento de , Estado norte-amerlea-no. Como passo Importante nesserumo escuso, a farsa montada naOEA serviria de pretexto ao rom-pimento de relações do Brasil comCuba. E se acrescentava o seguln-te: êsse romoimento corresoonde-ria a parte do preço pago pelo sr.João Goulart para reatar • diilo-go com os Imperialistas ianques,Isto é, para encaminhar soluçõesligadas ao problema de nossas di-vidas externas. Diante de tudo Is-so, como explicar o «i'êncto dopres'dente da República?

Também sintomáticas foramas palavras pronunciadas pelo ml-nlstro Araújo Castro na festa defim de ano do Itamarati. Numareferência, embora náo explicita,ao problema cubano, aos debatesprovocadqs pelo comportamentodo Brasil na OEA. disse o chan-celer que não pode permitir "queproblemas externos... se transfor-mem em elementos perturbadoresde nossa paz e tranaüilldade In-terna". E acrescentou que o Mi-nistério das Relações Exteriores"não é uma academia de DireitoInternacional ou uma sociedadesôbre blzantfnismos Ideológicos".Fica bastante claro até onde o

ministro quer chegar. BBo evlden-tei oi objetlvoe dêise detnréio pe-los "MsanUnlimoa Ideológicos* epelo Direito Internacional. Temildo provado, iem contestação sé-ria, que, Ao ponto de vista Jurl-dico, constituiria escandaloso ab-•urdo a OEA impor decisões con*tra um pais que dela não partici-pa. Como se tabe, Cuba (pi exclui-da, por Imposição ianque, da OEA,contra aliás o voto do Brasil. Alémdisso, a Carta das Nações Unidasdetermina expressamente que,'trl-tando-se de organizações regio-nals, decisões suas côm etie cará-ter devem obrigatoriamente sersubmetida ao Conselho de 8egu-rança da ONU. Esses blsantlnis-mo», essas normas de Direito In-ternaclonal, naturalmente impedi-rão que tenha êxito a nova ofen-slva do Imperialismo Ianque con-tra Cuba. Dai o desprezo que lhevvota o Ilustre chanceler.

Mas a questão náo se mantémexclusivamente no terreno Jurídi-co. Os seus aspectos decisivos sáo,na verdade, de natureza política.O imperla'lsmo norte-americanovisa ao criminoso objetivo de es-magar a revolução cubana, sufo-cando a soberania de seu povo,1-npedlndo que ile continul a serdono do seu próprio destino eprossiga na obra grandiosa deconstruir uma vida Independentee feliz. Dai o plano de isolar eagredir Cuba. E' a exportação dacontra-revolução. E' a grosseiraviolação dos princípios de nâo-in-tervençáo e de autodeterminação 'dos povos. O que está em Jogo, as-sim, nfto intorefsa apenas ao po-vo cubano, mas a todos os povosr, de maneira particular, aos po-vos da América Latina.

Apesar de certas vacllações. ogoverno brasileiro vinha seguindo,em relação a Cuba, uma orienta-ção no essencial justa e que, re-flettndo os interesses nacionais,recebia o apoio de tôdas as fôr-ças progressistas. Trama-se ago-ra. no Itamarati. um recuo ina-celtável. Pretendem, ns base dedecisão da OEA — desmoralizadoinstrumento do Imperialismo nor-te-amerleano — colocar nosso po-vo diante do fato consumado dorompimento de relações do Brasilcom a pátria de Fidel Castro. Con-tra essa criminosa tentativa deveser mobilizada imediatamente aopinião pública. Os interesses deposto povo exigem que as relaçõesdiplomáticas, comerciais e eultu-rais eom Cuba selam intensifica-das, e não rompidas. Exigem quea soberenia do povo cubano sejarespeitada, e não violada.

Orçamentos e contasAi duas grandes derrotas so-

üridaa pelo apátrida Carlos La-eerda na Assembléia Estadual, nosúltimos dias, são ao mesmo tem-po doli Implacáveis desmascara-mentos da desonestidade que mar-ca o atual governo da Guanabara.Toda a falsa moralidade pregada,anos a fio, pelo criador do "marde lama" ruiu fragorosamente sob• Impacto das terríveis verdades«raakpas na tribuna da Assembléiaas conhecimento dos cariocas e detodo o povo brasileiro.

Por que Lacerda vetou asemendas introduzidas pelos depu-tados nov Orçamento do Esta-do? Por qué as emendas dlscrimi-navam as despesas a serem feitasem cada Secretaria de Estado, di-ficultando assim o desvio ou a di-lapidação de recursos públicos. Foiuma providência altamente mora-lizadora, pois já se contam às cen-tenas os casos de emprego incon-fessado de verbas. E este ano, co-mo se sabe, Lacerda pretende lan-çar-se a pleno vapor na campanhaeleitoral pela Presidência da Re-pública. Os vetos apostos por La-cerda — mas derrubado pela As-sembléia — representavam, assim,a* despudorada confissão de que oseu propósito era mesmo o de quefazer dos impostos arrancados aoscariocas uma das grandes ciUxi-nhas de sua aventura eleitoral.

. E as contas? Ficou exaustiva-mente provado nas comissões téc-nicas da Assembléia, apesar de tô-da a onda de suborno desencadea-

da pelo Governo estadual, qae lo-cerda cometeu crimes espantososcontra a lei e oa Interesses da po-pulação: emprego Ilícito de ver-bas, aplicação ineonfessada de re-cursos, malbaratamento de dlnheUro em obras náo previstas etc. Tãonumerosas e graves eram as irre-gularidades que Lacerda teria,inevitavelmente, que responder porcrime de responsabilidade. Entrouem ação, porém, a máquina dosubômo, azeitada pela total ea-lhordice do sr. Raul Brunlni, oantigo anunciador doe "shows"radiofônicos de Lacerda; Enquan-to deputados eram "conversados",Brunlni impedia uma decisão doplenário sôbre as contas, agindoarbitrariamente na Presidênciada Câmara.. Afinal, na undécimahora, o tira-deputado AmandoFonseca — a última edificanteaquisição da "eterna vigilância"— salvou Lacerda do gongo. Gra-ças ao suborno, à calhordlce deBrunini e à "habilidade" de Aman-do Fonseca as contas deixaram deser submetidas ao plenário e, as-sim, não foram formalmente re-jeltadas. Entretanto, para que nãohaja dúvidas quanto à sua vergo-nhosa ilegalidade, a maioria dosdeputados estaduais lançou ummanifesto ao povo, reiterando queas contas não seriam aprovadas eque o seu arquivamento não pas-sou de uma suja manobra paraevitar a sua rejeição formal.

E' assim que se conta a his-toria dá "moralidade" desse go-vernador apátrida.

Posição do movimento sindicalOs jornais da chamada "gran-

de imprensa" vêm insistindo nosúltimos dias, em desencontradasversões acerca de um suposto"rompimento" — e, em seguida,um também suposto "não rompi-mento" — do movimento sindicalcom o sr. João Goulart. Põe-seem i foco. fundamentalmente, aposição do Comando Geral dosTrabalhadores em face do Govér-no.

Estamos aqui, evidentemente,diante de uma pérfida manobracontra o movimento õberário bra-sileiro. O que pretende a reação,no fundo, é apresentar à opiniãopública uma imagem totalmentedeformada da conduta da llderan-ça sindical, das entidades que re-presentam, cm C3ca!a nacional, ostrabalhadores de nosso Pais.

Não há nenhum sentido, na rea-lidade, em falar-se em "rompi-mento" oU "não rompimento" domovimento sindical com o'Govêr-no. Só os que ignoram ou maldo-samente tergiversam a orientaçãoseguida pelo movimento sindical— orientação que está expressacom toda a clareza nas resolu-ções dos congressos de trabalha-dores e nos documentos de enti-dades como o CGT. o PUA, a CPOS,o" PAC etc — podem entregar-sea especulações daquele tipo.

Em que consiste, basicamente,essa orientação? O movimentosindical mantém uma linha de ri-gorosa independência diante doGoverno. Ao mesmo tempo em quedenuncia e enfrenta as constan-tes manobras golpistas articuladaspelas forças antinacionais e maisreacionárias, o movimento sindi-cpI Indica com firmeza que os pro-blemas das massas trabalhadoras,B"5im como os problemas da Na-ç?o, só podem ser resolvidos à baseda urgente realização de profun-

das reformas de estrutura, que le-vem à supressão do/saque Impe-rlaltsta, à extinção da proprieda-de latifundiária da terra, à abo-lição de odiosos privilégios anti-sociais e, graças a ampliação dósdireitos democráticos do povo, auma participação cada vez maisativa das massas na direção doPais. Os trabalhadores compreen-dem — e isso tem sido reiteradopelos seus intérpretes — que sóum governo com uma nova poli-tica e uma nova composição serácapaz de promover efetivamenteaquelas reformas e abrir, assim,os caminhos de nossa verdadeiraeníancipação. A política concilia-dora até agora seguida pelo sr„João Goulart não só não conduzits reformas de estrutura mas, aocontrário, leva a um agravamen-to incessante da crise e das difl--culdades que atormentam asmassas.

Naturalmente, não pode o mo-vimento sindical desconhecer o• fato de se encontrar hoje na Pre-sidência da República um lider po.lítico que. como o sr. João Gou*lart, mantém antigas vinculaçõescom os trabalhadores e os sindi-catas. Mas precisamente êsse fatoconfere mais força e mais auto-ridade aos trabalhadores quando,sempre que se dirigem ao sr. Gou-lart, reivindicam — e isto estásendo feito, especialmente agora,com todo o vigor — que éle rompacom a tendência a conciliar comos Inimigos da pátria e do povoe tome o caminho justo e acerta-do: p da constituição de um novogoverno, autenticamente meiona-lista e democrático, apoiado nasmassas do povo e não nas cúpu-Ias carcomidas.

Ê perfeitamente clara a posiçãodo movimento sindical — a colunamestra das • forças patrióticas' eprogressistas.

Ademar: Metralhadorase Brucutus ContraPasseata de Trabalhadores

I NOTA ECONbkkCA 1— mnm mmmUm

O gor 11 a Ademar, aoproibir a passeata do dia27, o fés com tamanho apa-rato bélico e policial, quetalvei tenha sido essa ¦ocasião em que éle fés o pa-pel mata ridículo' dr toda asua carreira' de político Ini-mlgo do povo. Pouco antesdo Inicio da passeata, pré-vlamente autorizada pelosecretário da Segurança Pú-blica, o trecho da rua doCarmo, onde estavam, con-centrados os minlfestantes,ficou totalmente cercadopor várias dezenas de sol-dadoi armados de metra-lhadoraa e bombas degás lacrimogêneo, numero-sos guarda-clvls e tiras doDOPS, além de três "brucu-tus".

Cartaxos «Subversivos»O pretexto alegado para

Justificar a proibição, foia existência de cartazes efaixas co» dizeres "subver-sivos". como "EXIGIMOSA LIBERTAÇÃO DE DELE-LIS E PLÁCIDO". "IMPE-RIALI8MO E LATIFÚNDIO,INIMIGOS DO POVO","RESPEITO AS LIBER-DADE8 DEMOCRÁTICAS","SALÁRIO MÍNIMO A PAR-TIR DE JANEIRO", "LI-BERDADE PARA OS TRA-BALHADORES E OS SAR-GENTOS". "SALÁRIO MÔ-VEL JUSTO". "EXIGIMOSLIBERTAÇÃO PARA JO-FRE", etc. A causa verda-delra de a policia ter im-pedido a passeata, foi agrande multidão presente,onde se destacavam nume-rosas mulheres. Várias dele-gações foram impedidas dese aproximar do local daconcentração. Inclusive ônl-bus e caminhões dos bairrose de cidades do interior.

Ademar, que permitiraque se efetuasse' a mantfes-tação certo de que a mes-ma seria um fracasso, ficouapavorado com tanta gente.Dai a transformar as ime-diações do Sindicato dosMetalúrgicos em verdadeirapraça de guerra.Govêmo Pedro

A fim de evitar que ostrabalhadores e as mulhe-

res encurralados na rua doCarmo fósiem massacradospela policia, que começaraa usar uma série de vloién-clss, (rasgando cartazes,ofendendo as mulhe-res, etc), os dirigentes do*movimento resolveram con-clamar os presentes a en-trarem para a sede do Sin-dieato e ali realizar umaassembléia de protesto.

Um dos oradores, o depu-tado estadual eleito e ain-da náo empossado, Osval-do Lourenço. dirigente doFórum Sindical de Santos,depois de dizer que "um go-vêrno que tem modo de pas-scata pacifica, é um govêr-no podre", lembrou as der-rotas que o governador temsorrido na baxada santls-ta: "Há pouco tempo, os"brucutus" desceram a San-tos para acabar com umanossa greve. Mas os traba-lhadores, unidas e organiza-dos, tomando conta dasr»'-. fizeram com que ospoliciais voltassem com seus'jrucutus" e suas balone-tas, sem afetar em nada onosso movimento". Ademartambém será derrotado aquina capital. Nós santistas.não somos melhores do quevocês. Levem essa convlc-ção para suas empresas,seu- bairros, seus colégios, eentào. êsse governo que nàoé digno de respeito, serátratado pelo paulistano, daforma como o foi na COSI-PA, há dias, vaiado pelos20 mil operários presentes,a ponto de não saber ondemeter a cara".

Inimigo do há 15 AnoiAo usar da palavra o pre-sidente da Federação das

Associações dos Trabalha-dores Agrícolas do Estadode São Paulo, José AlvesPortela, recordou que oscamponeses conhecemo reacionarismo de Ademardesde 1948. Foram multasas suas vitimas. Apesardisso, juntamente com vitó-rias conquistadas por ou-trás camadas do povo, ostrabalhadores do campo es-tão cada vez mais organl-zados. Finalizando, acen-tuou que eles conquistaram

a sindicalização rural, jitém a sua confederação eestão exigindo, em todo oBrasil o cumprimento doEstatuto Rural, férias de 20dias e uma reforma agráriaradical.

Cube Começou Assim

O deputado estadual Eu*ripedes de Castro iniciousua oração dizendo queaquela verdadeira praça deguerra, era uma demons-tração de que o povo esta-va muito forte. Em outraSarte

do seu discurso, dês-icou o grande número de

pessoas presentes, classlfl-rando aquela concentraçãode histórica e concluindopor acentuar que era as-sim que se fazia revolução,a exemplo "daqueles que fi-zeram a heróica revoluçãocubana".

«Presente» do NoteiEm nome da Frente Única

de Mulheres, falou a liderSuzana Sampaio. Começoureferindo-se ao medo que ogovernador tinha da forçado povo e a sua negativaem ver desfilar com seusProtestos,

as mulheres quele tanto achincalha, De-pois de aludir ao aumentodo imposto da fome, "pre-sente" de Natal do governa-der. que Iria provocar umamaior miséria do povo, dis-se da necessidade de lutarpara evitar que no Brasilnào aconteça o que se deuna Espinha.

Outros Oradores

Entre outros, usaram dapalavra os seguintes orado-res: vereador Moaclr Lon-go, deputado José Gomes .(presidente em exercido doSindicato dos Metalúrgicos),Cid Franco e Farabulinl Jú-nior. Eugênio Chemp e Ro-mlldo Chiaparin, pelo PAC,além de um lider estudan-til, de um representante dossindicatos dos trabalhado-res em ônibus e em bondese um da Federação dos Fun-eionários Públicos.

-/POR favo^) ^~**ÊÊk, ""

, fe ^ Voa , \

Homenagem a Prestes:66° AniversárioEm homenagem ao

camarada Luiz CarlosPrestes, pela passagemde seu 66.' aniversáriode nascimento, será rea-lizada uma grande festacampestre- no próximodia 5, em Parada Angé-lica (raiz da Serra).

Haverá, banho de ca-choeira, jogos e brinca-deiras, concurso de rai*nha da festa, conjuntomusical com «crooner»,«show» com a participa-ção de grandes astros eestrelas do rádio e datelevisão, a 1 i mentaçãovariada e bar a preços

razoáveis — tudo issoem meio a frondosos eacolhedores bosques.Haverá condução espe-

ciai para os Interessa*dos, a partir das 7h 30m,na Praça do Pacificador,em Caxias, ao preço deCr$ 100,00 (ida e volta)por pessoa. A conduçãoserá gratuita para ascrianças menores de 5anos.

Os que têm conduçãoprópria devem seguir oseguinte roteiro: na ai-tura do km 18 da Rio-Petrópolis, dobrar à di*

reita, junto ao PostoShell- ir até a Taquara(Fábrica Nova Améri-ca), seguindo em frenteaté ao local da festa.

Os convites numera-dos, que permitem con*correr ao sorteio de umliqüidificador «W a lita»,a se realizar no local,podem ser procuradosna Redação ou na Oe*rôncia de NOVOS RU*MOS, nos seguintes en-dereços:,Av. Rio Bran*co, 257, sala 1 712 (Re-dação) e Rua LeandroMartins, 74, 1.» andar(Gerência),

Homeiíapi ao MinistroOíppio Fernandes Mello

A Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Cré-dito (CONTEC), em regozijo pela nomeação do líder bancário OLYM*PIO FERNANDES MELLO para Ministro do Tribunal Superior doTrabalho, na representação de empregados, promoverá um Almoço deHomenagem, dia 11 de janeiro vindouro às 13 horas na ChurrascariaGaúcha (Rua Laranjeiras, 114).

Os convites poderão ser encontrados nos seguintes endereços:CONTEC: — Av. Presidente Vargas, 529 — 16.' and. a/160fl/8

Telefone: — 23-5591.SINDICATO DOS BANCÁRIOS: — Av. Presidente Vargas, 602

22.» and. — Telefone: —43-9200.SINDICATO DOS SECURITÁRIOS: — Rua Álvaro Alvim, 2122.» and. — Telefone: -- 32-1641.A.B.I. — l.i andar (c/Sr. Walter)LIVRARIA SAO JOSÉ: — Rua São José, 33

INSi agrivam-M m pttHwmtAs Indicações existentes sóbre

• comportamento da economia na-cional, em 1963, são no sentido deque se terá repetido, provàvelmen*te até eom certo agravamento, oque jà ocorrera em 1962: um crês-cimento imuflclente da produçãode bem materiais, tanto na esferaagrícola como na industrial. Se emtermos absolutos talvez, sejapawvel faiar*»c cm incremento daprodução na maioria dos ramos in-dutUIau — porque em outros aexpectativa mal» recente era de dl-minulção. como na industria auto-mobllutlca —, já em termos relatl-vos, medida a produção por habl-tante, o ano que findou caracte-riaou-se por um recuo. Em outraspalavras, a cada brasileiro tocouuma parcela menor do produto to-tal do que em anos anteriores eaté mesmo em 11X12. O fato de queo fenômeno seja menos visível cmalguns grandes centros, como o Rioe Sáo Paulo, onde foi excepcional-mente grande ovvolume de vendasa crédito, não invalida a observa-çáo. E no que se refere a produto.*de origem agropecuária, a escassezdurante o ano ficou patenteadanas sucessivas crises parciais doabastecimento assinaladas em tô-das as maiores cidades do Pais.

Algumas hipóteses tém sidoapresentadas para explicar o vlsi-vel declínio da economia brasilei-ra nos dois últimos anos. Há quenafirme que, nos marcos da atualestrutura, as possibilidades de umaexpansão de monta chegaram aoíim, pois já não existem ramos pio-nciros, de que (oi exemplo, em pas-sado recente, a indústria automo-bllistlca. Bém próxima a esta si-tua-se outra explicação, segundo aqual a substituição de importações,que ensejou a implantação no Paisde uma série de indústrias e ra-mos Industriais, aproxima-se de umponto de saturação. Certamente,uma e outra hipóteses tomam comoponto de partida as atuais dimen-soes do mercado Interno brasileiro.

Acreditamos, de nossa parte,que nào se poderá encontrar umaexplicação plausível para o descen-so relativo da economia nacionalsenão através de uma análise maisprofunda que irá indicar soluçõesigualmente de profundidade. Com

efeito, durante • ana que passouos problemas da maior gravidade,ou permaneceram intactos — valodiier, agravando-se — ou foramapenas aflorados. Quais as provi-dènclu tomadas para enfrentarcom seriedade a espoliado impe*rialista? Nenhuma. O máximo que»e fés foi a adoção de media asparciais, ainda que progressistas,mas tímidas demais para remediarnossos males. De fato, o que pre-dominou foi o espirito do resolveras questões básicas com oa reme-dlos tradicionais. Sacrificou-se par-clalmente a Importação de bens es-•enclals para aaldar algumas divl-das. Resultado: nem atendemos-àsnossas necessidades de Importação,nem ficamos livres doe débitos. Noterreno cambial, um passo à frentefoi dado com a virtual revogaçãoda famigerada Instrução 113, mucontinuaram abertas mil e umaoutras brechas, com a recua* aoestabelecimento do monopólio docâmbio. E assim por diante.

Cremos que nào estornos come-tendo nenhum exagero ao afirmarque em apenas uma parte do Paiaregistrou-se em 1963 melhora nucondições de vida do povo. Referi-mo-no- a Pernambuco, onde cercade 150 mil brasileiros, que antespouco ou nada consumiam, passa*ram a dispor du condições mini-mas para viver. E' de esperar que,tal como tem acontecido ao longode nossa história, o exemplo per-nsmbucano repercuta fundo noNordeste, onde mora a terça parteda população brasileira.

O ano que ae Inicia não apre-senta nenhum sinal de mudançade rumo no que se refere à politl-ca econômico-financelra: A presen-ça de um ministro da Fazenda no-tortamente vinculado a agentes doimperialismo norte-americano tlg-nifica mesmo um certo retrocesso.Entretanto, tombem é verdade quesob o atual governo as correntesque pugnam por soluções progres-sistas tém obtido, aqui e ali, éxl-tos, alguns dos quais importantes,como o recente decreto do mono-pólio da Importação de petróleo ederivados. Acreditamos que a açãounitária dessas forcas será .capaide levar o mesmo governo a optarpela alternativa que de fato ne*ponde aos Interesses do Pais.

Ainda as Contasdo GovernadorChagamos ao fim áa

Seesào Legislativa eapesar da luta incan-aàvel da oposição, ascontas do governadornào entraram na Or-dom 4o Dl*. Assim é,porque o presidenteda Assembléia, deputa-do Raul Brunini, en-tendeu usar de todo opoder que a Presiden-cia lhe dá, para impe-dir o julgamento des-sas contas. Vimos todauma gama de prote-lações e expedientesvisando evitar que ascontas descessem aoPlenário. Eis aí o go-vérno de austeridadeda União DemocráticaNacional. Eus ai o can-didato que se propõe areformar os costumespolíticos. Nada de con-tar ao povo do dinhei-ro que lhe é confiadoe de cuja aplicaçãodeve contas. Que féso governador de bi-Ihões que recebeu daLoteria, do JóqueiClub, do Teatro Muni-cipal? t Isso que oTribunal de Contasquer saber. E Isso quea Assembléia preten-de apreciar. Mas aUDN impede êsse jul-gamento e se diz Pár-tido da honestidade e

da democracia. E quemlhe contrariar, cairáao mdtx, aerá amea-çado eom aa penu doinferno, com a maldl-ção de D. Jayme, es-tara fazendo o jogo do"comunismo interna-cional, inimigo da fa-milia braalleira". PorIncrível que pareçavimos essa comédia doanticomunismo ence-nada pela UDN noproblema das contas.O deputado HérculesCorrêa foi à tribunapara proferir um dosmaiores discursos quejá se ouviu naquelaCasa. Discurso de altonível parlamentar,dissecando a condutada UDN e do presiden-te Brunini na questãodas contas. Ouvidoem silêncio pelo pie-nário e de cabeça bal-xa pela UDN. Era umlider da classe opera-ria falando claro averdade e fustigandotodo o farisaismo ude-nista. Em resposta aodeputado Hércules Cor-rêa. ocupa a tribunao lider do Oovêrno,deputado Mac DowellLeite de Castro e seperde numa longa dis-sertaçào sôbre os "pe-rlgos do comunismo",ligando o problemadas contas a uma ima-

Sinval

glnárla eonspiraeiacontra a "sagrada n-mllla". O confrontodessas duas Maa nosdá a medida politleados dias em que vive-mos. A claase traba-lhadora eomeça a 11-derar a lata políticanacional * a falar alinguagem que enten-dem aa grandes t am-pias camadu da popu-laçào, enquanto essaIntelectualidade ude-nlsta fala uma linguamorta, difícil de com-preender, a lingua dodr. Ooebels, do pro-fessor Corção e docardeal Câmara. Nessalingua morta falou ojovem deputado Mae

. Dowell, para respondero discurso de Hércules,proferido em tom devigorosa catilinária,mas em linguagem,donosso tempo.

O episódio du con-tas do governador seconstitui numa preelo-sa lição de política e opovo terá dessa liçãoo caminho a seguirnas futuras campa-nhas eleitorais.. Votarem Lacerda é votareontra a liberdade,contra a livre discus-sào, contra o controledemocrático das con-tas do Oovêrno, é vo-tar contra q Brasil.

JWAOÊRÜMO-"

'-¦- '"¦¦"'¦ '--¦"' :-¦

^ '

J

h- pauta «alto limo

O jornal dos irmãos Marinho(bom apetite!) publica fotografiasde moradores de Berlim ocidentalpassando para a capital da Repú-blica Democrática Alemã. Essasfotografias tém um titulo: "Fila pa-ra cruzar o muro comunista". Le-gendas acompanham as gravuras.Numa delas está escrito que milha-res de berllnenses ocidentais pro*curam obter passes "que lhes per-mitam rever neste Natal seus íami-liares na zona comunista, graças aum acordo firmado entre autorlda-des de ambos os setores".

Costuma-se dizer que Deus es-creve direito por linhas tortas. OsIrmãos Marinho, embora ocidentaise cristãos, escrevem errado por li-nhas que nào são tortas.Examinemos as legendas dessesclichês Sôbre o muro de Berlim,

Primeiro, a história dos familiares.Familiar, dr. Roberto Marinho, éadjetivo ou substantivo. O velhodicionário de Morais nos ensina que"familiar" é demônio, um tipo dedemônio que certos mágicos ou fei-ticeiros dizem ter a mão e à ore-lha, para os servir. E' sinônimo defâmulo e de cornensal de casa re-ligiosa. Designa pessoas filiadas amosteiros.

Aurélio Buarque de Holanda nãoreconhece "familiar" como sinóni-mo de parente e sim como "respel-tante à família; doméstico; vulgar,que se conhece bem por haver vis-to multas vezes ou praticado, estu-dado; intimo; confrade de comuni-dade religiosa, pessoa de família <enão da famiHa); espécie de meiri-nho da Inquisição; servo; criado".

Francisco da Silveira, no Dicio-nário Escolar do Professor (edita-do pelo Ministério da Educação)ensina que "familiar" é "respeltan-te à família; doméstico; vulgar; in-timo; empregado; fâmulo". Um bomexemplo de "familiar" é Lacerda,fâmulo da Embaixada Americana.Outro exemplo é o próprio dr. Ro-berto Marinho, fâmulo de Lacer-da, sólida vocação de familiar, por-tanto.

Mas êsse bode com o espanholis-mo "familiar", que os jornais colo-caram no rigor da moda, despre-zando, altaneiramente, o vocábulo"parente", não constitui a falhaprincipal do texto-legenda sôbre omuro de Berlim.

Os jornais contam mal contadaa historia da facilidade concedidaa berllnenses de um lado ou de ou-tro, para visitar seus parentes. Ainiciativa partiu do governo da Re-pública Democrática Alemã. A prin-cipio os cavalheiros de Bonn estri-laram. Não admitiam entendlmen-tos sóbre o assunto. Achavam queisso importaria em reconhecer es-sa coisa insofismável, que é a exis-tència da RDA.

Está claro que a intolerânciados homens de Bónn não resistiu àpressão dos moradores de Berlimocidental. Recusar a proposta daRDA seria difícil. Os dirigentes daRepública Federal Alemã tiveramque botar de lado o rancor, acei-tando a proposta da RDA. Esta éque é a verdade, que nenhum fa-miliar, demônio, feiticeiro ou mel-rinho pode ocultar. ,

— Rio da Janeiro, 3 a 9 de janoiro de 1964 Wl"

,- y.'V\ V

. y\:

I li • 1 Vararia: Povo RepeliráGovêmo Saído de Uma Farsa

SIO f//

A RUMANIA LIAum»nif exir-MtlinMarntwt« im Rum*-

nia a procura de livros, Alem de umas "MOlivraria. existente» na» cidade» o aldeias dopala. nos últimos ano* foram Instalado* pos-los para vendi d» livro* em empreui •ín.litukiV». que p*v"* A dUpoiiçAo dois tra-balhadores an última» obra» de llierniurn,técnica oti ciência. S'u número »# elrvs a4.R00 e •Wíiiu-tit.. èstp uno se instalam,**, SOOpostos, O valor do» livro» vendido» no» iresprimeiro» trimestre* He 1063 m*s»c» locaisrepreseniii •!.'•'¦ do toial dc livros vendidosem «ulail •* Devido a grande demanda delivro», foi iniciada ji iMM.iliiv.in de livrariasns» j*inmt«*>. empresa», como a fábrica me»lalúrglca "2.1 ile Agosto", * m Uucarcsio, nocombinado químico de Pagara» <• em variasoutra». No ano de 11HÍ2 foram Imprcs-o» liaRiim/inl.i 3316 livro», num total d? 62.49U.U00exemplares. *,

O MAIOR TANQUEO maior tanque d> petróleo da IV púhllra

Democrática Aluna foi ponto cm «ervlço haalguns dias, nn fábiira química em constru»çio "Letma 2" (província de Hollei. Otanque tem a cnnncidnde dc 30.ooo metroscúbicos r é provida dc um teto flutuante."Leuna 2" e, depois do complexo petroll»-f ro Schwedt, o mais Importante projeto dnIndústria petroquímica dn pais. Em 3005,começara ali a produção de etilmo, ò pio-duto Intermediário pata a elaboração dep.ástlco». ,

QUOTAS CUMPRIDASA» quota» defertilizantes oinseticida» qui-mico» ria Re-pública Popu-lar Chinesa,para* o ano rie1963. foramcumprida» commais rie ummis de ante-redonda. Emnovembro. Jahaviam sidoproduzido» 2V> a mal» d•• fertilizantes ml-trogenados, 45t. a mils de fosfato- e 5Ç4 amais de inseticidas, A China1 está fabrlcan-do atualmente mais de dez tipos diferentesde fertilizantes e 20 vari"dades de insetl-cidas.

TERCEIRA NO ENSIN~A Bulgária- ocupa o terceiro lugar no

mundo, pelo núm-ro de estudantes cm cadagrupo de mil habitantes. Durante o últimoano escolar funcionam 27 estabelecimentosde ensino superior com 79.000 alunos uniyer-Bitários e '5.053 prol ssóres, enquanto que,em 1944-1945. existiam somente 7 universi-dades, com 20 mil estudantes e 803 profes-sores. Nas escolas superior..*, do pais estu-dam também cerca* de 1.200 jovens de !Wpaíses da Europa, Ásia, África. Austrália eAmérica Latina.

AMIZADE JA FUNCIONAMo dia 18 dedezembro, opetróleo sovié-tico, atravé»do oleodutoDrusba, che-gou à Repú-bllea Demo-crátlca Alem A.sendo assimposto pleno-mente em ser-viço. Através desse oleoduto, recebem óleoda* URSS vários paises socialistas: Thecos-

lováquia, Hungria, R.D.A. e Polônia. Ocomprimento total é de 5.500 quilômetros,sendo consideravelmente maior que o íamo-so oleoduto norte-americano e o Transará-bico juntos. Participaram da construção do"Drusba" (Amizade), além da URSS, o» pai-se» acima* relacionados. Falando na oportu-nldade da inauguração da grande obra, Ul-brieht, presidente do Conselho de Estado daR.D*.A., destacou a importância da colabora-

•çào dos paises socialistas, através do Conse-lho de Ajuda Econômica.

MAIS CONFORTOA fábrica de automóveis de Minsk está

sendo ampliada e dotada d" linhas automá-ricas. Produz atualmente novas marcas decaminhões pesados. Os construtores dedi-cam especial atenção ao conforto do moto-rfsta. Assim, a cabina do caminhão MAZ--504 está provida de uma cama e a do ca-mlnhâo MAZ-513 tem instalação de ar ion-diclonado, protegendo o motorista contra ocalor tropical e o írio ártico.

í .'.¦¦£*

NOVAS JAZIDASAs investigações geológicas realizadas na

Polônia, no periodo de postguerra p rmiti-ram o descobrimento de 2.250 novas jazidasde diversos minerais. O descobrimento dereservas dc matérias-primas íol extraordi-nàriamente útil para a industrialização dopais. Em 1953. foi encontrado enxotre naregião de Tanobrzeg; em 1957, foi descobertominério de cobre em Lubin e Sieroszowice(Baixa. Silésia). Mais tarde, íoi encontradahulha na Alta Silésia e outras regiões; pf>-tróleo e gás natural nn rgião subcarpálica.As reservas polonesas de hulha, zinco, chtim-bo c sa4 gema figuram ehtA.as maiores daEuropa. Atualmente, este. s ndo processadoum detalhado recorihecipiçnto geológico d*todas essas rpgiões. com vista à sua pró-xima Industrialização.

COMEÇOU PELO FIMHá em Lcningratlo uma casa d* quatroandares que, á primeira vista, nào apresenta

nenhuma particularidade a destacar. Noentanto, trata-se 'In único edifício do mundocuja construção começou p i0 telhado. Oedifício — projetado por engenheiros earquitetos do 6.' ano do Instituto de Urba-nizaçâo de.Leningrario — foi erguido em 44dias. Depois dos alii.*?rces. os andares, riepré-fabricados, foram instalados de cimapara baixo, com o auxílio <|e elevadoreshidráulicos, comandados do telhado do edi-íício.

CARANGUEJOS VOAMA Uniào Soviética expoita grande quan-tldade de caranguejos para a França. Na

região de Pákov trabalham brigadas espe-ciais dedicadas à pesca de caranguejos, quesão acondicionados em cestas, separados porcamadas de musgo seco. Assim se comer-vam vivog mais de vinte dias e suportamlongas travessias. No entanto, a exporta-çáo para a França é feita via aérea.

"Apesar dtt ameaçai dlrepressão, tptstr dt .men-aa propaganda do lovérnot dat forças da oposição le-Ml oue pDrtlclptrtm dafora. centenas de milharesde vrnesuelano» deixaramde votar ou votaram tmbranco: eis uma demonstra-çio grandiosa de consciên»cia dt parte d-, nosso povo,eis uma prova de que aFrente de Libertação Nado-nal e aa Forçai Armadasde Libertação Nacional tra-çaram uma linha Justa aoconvocar à abstenção mil!»tante". Isto é o que aflr-ma um manifesto do Parti-do Comunista da Venezue-Ia. dirigido ao povo, c quecomeça com um apelo: "Re-pudlcmos os resultados dafraude, prosslgamos a luta,derrotemos o governo queorganizou a farsa fraudu-lenta. Conquistemos umgoverno patriótico de emer-gcncla".

O manifr.no do PartidoComunista da Venezuela de»clara que a» eleições reccn-temente realizadas no paisproduziram o que a Frentede Libertação Nacional ha-via predito: "O processofraudulento das eleições cul-minou com o "triunfo" es-púrlo da velha guarda, ob-tido mediante a repressão,o cerceamento dag 1!herda-de» e a utilização desones-ta do Poder, em eleições queconstituíram uma farsa".Diz o manifesto que. da far-sa eleitoral, o candidato da"velha g u a rd a" recebeumais votos que os seus àd-versárlos. "ma.*, contra élevotou a maioria decisiva dosvenezuelanos".

Eltiçôoi: Uma Farsa"A enorme quantidade deabstenções e votos brancos

indica de modo eloqüentequn uma parcela bem con-siderável de venezuelanosrepudiou estas eleições, co-mo instrumento de soluçãoda grave crl.se nacional e demudança no pais, porquenas condições em que se rea-lizaram não foram senãouma farsa".

Oi comunistas da Vene-zuela convocam, no mani-festo, o povo a ratificar aatitude de abstenção positi-va nas eleições, deixandodfi reconhecer os seus resul-tados. "Se a maioria decisl-va dos venezuelanos de-monstrou estar contra o go-vêrno e os seus sustentado-res. NAO TEMOS MOTIVOPARA SUPORTAR CINCOANOS MAIS DE CRISE. FO-ME, REPRESSÃO, CRIMES,DITADURA" — afirma omanifesto.

Advertem os comunistasvenezuelanos que. para re-solver a crise, "restabelecera paz e soerguer a Vene-miela", é preciso realizaruma mudança verdadeira, c

nfto a troca dt Betancourt.atual presidente, por RaulUonl. presidente eleito,"¦stlito — decltrt o mini»feito — uma solução ime-dlttt ptrt t crise, uma so*luçfto qut abrira uma novaperspectiva para a Venezue-fa: CONQUISTAM UM 00*VtRNO PATRIÓTICO DEi MEROtNClA, que liquidea repressão e restabelecia» liberdade». que Inicie me-didas favoráveis ao Inte-résse nacional e satisfaçaas necessidades mais urgen-te» das massas. QUE CRIEA8 BA8E8 DE ELEIÇÕESCAPAZES DE PERMITIR AEXPRESSÃO DA VONTADEPOPULAR".

Para a conquista de umgoverno patriótico, o Par»tido Comunista aponta o

caminho: a luta do povo,de todos os setores demo»erótico» e revolucionaria»,•utilizando todos os recur-sos e melo» Impostos pornossos inimigos".

Mensagens deride AnoRecebemos, agradecemos

e retribuímos mensagens defim de ano das seguintesorganizações, entidades epessoas:

Diretoria e Conselho De-llberatlvo da Unlaó dos Pre-vldenclárlo*. do Brasil, Sin-dleato dos Operários Navaisdo Rio de Janeiro, Sindica-to dos Distribuidores e Ven-da de Jornais e Revistas deSalvador (BA), Cooperativadc Consumo de Jorhaleirosda Cidade do Salvador deRepresentações Ltda., Jus-cellno Kubitschek, Organi-sation Internationale > desJournalistes, Diretório Aca-démico da Escola Nacionalde Engenharia, Jayme Gar-belotto, Sindicato dos Con-dutores de Veículos Rodovia-rios e Anexos do Estadoda Guanabara, Leõncio Ro-drigues de Oliveira, Edito-rial Vitória, Demétrio Mar-cov, Problemas da Paz e doSocialismo, Jan Stehno, Se-gundo-Secretario da Embai-xada da República Soclalls-ta da Tchecoslováquia, Sin-dleato dos Alfaiates, JoséFrancisco Bernardes, MarcoJaimovich, Osmundo Diasde Oliveira íAgêncla Calça-ra — Fernandópplls), Sena-dor Aarào Steinbruch. Mi-loslav Hruza, Embaixadorda Tchecoslováquia, Dis-tribuidora de Revistas eJornais Brasll-Itália Ltda.,Representação Comercial daRepública Democrática Ale-mà. Sindicato dos Ferrovia-rios da Central do Brasil,Legação da República Po-pular Romena, Liga Femlni-na do Estado da Guanaba-ra e os comunistas do Esta-do de São Paulo.

Paraguai: Fome e MisériaSob a Bota Sos Ianques oeste

A si uaçtp do Paraguai è trágica — umaprofunda* crise econômica i> política. Maisdti » mil trabalhadores desempregados tmllhare» de camponetei sem terra explicamque o êxodo de paraguaio» para o» outro»nalse» nfto tem paralelo em pai» nenhumdo mundo. Perseguido P»Ja ditadura- e semtrabalho pura viver, o paraguaio foce: osparaguaio» que vivem cm contllçôc* de ml»"ír ft 2" &í-en!.n** BrM" • Uruguai *om»mmal» dc 700 mil.

O custo ds vida multo -rito e o poder «qui»»ltlvo da moeda qua»* nenhum, conjugadosi; aumentos Inc-ssantcs de Impostos, pio*duzlram uma queda ainda mal» drástica doniv | de vida - qu» tempre foi paixo ~ aoponto de fazer do Paraguai de hoje uma'democracia ocidental 0 rrl»lft" dominadapor ladrões, contrabandista», especulador s,proxenetas. traficante» de drogas , mtilhe»re», tod» e«pócle de explorador s do povo,qu« pululam. n0 Paraguai, como verms numcadáver.

MisériaA fome reflete-se n0 raquitismo da»criança», no maciltnto do» rosto» adultos,

na» bocas desdentadas da» mulh re». namortalidade Infantil. A família paraguaiaperece submetida a um piano d.- extermíniolento, Os institutos de previdência socialnada fazem senão pagar a ruflõe» o e»piõ».negociadores de remédios e construtor» dehotéis de luxo só usados por "gangsters"norte-americano».

Os forneedore» d» carne, lenha. etc. nftorecebem do Estado a paga correspondenteao valor de seus produtos E todo mundorecebf o salário, o »ftldo, a 'pensão — comatraso de muitos meses.Mas há luta

Mas o povo paraguaio luta, de qualquTmodo. Trata de unir-se conforme preconiza

a frente Unida de Ubertaçio Nacional •outras organizações « movimentos, agoraam vias dt formatem a Grande .Tremi Di-mocrfttlca de Libertação Nacional. HA noParaguai homens « mulheres cipazes, pa»trinta* r> democratas que lutam com de»nodo para alcançar « unidade que ptrml»tlrá derrubar a tirania ~ criminosa e vsndr-pátria • •- e estabelecer um governo demo»çrállco de repr tentaçto nacional, que res.lute a liberdade,, a democracia, « reformaBavária, a soberania t t Independência na»cional.

Teitemunltam a luta do povo paraguaioas gr'ves operárias e istudantls e a» lutasdu» camponeses pela terra e por melhorespreço» para seus produtos, greves o luta»que vem »> desenvolvendo d «de 1954. e in»irnilflcada» rm 1038, 1938 • 1060, ate a veio»sftn da luta de guerrilhas, em 10GO e 1061.A coluna do Comandante Guerrilheiro •-Agaplto Vallent" está Invicta e o seu dere-to de smulaçào de Impostos sobre o trabalhodn» camponeses mantém-se firme.

Causa

A política executada-pelo Império eco-nómlco norte-nm ricano è, também no Pa-raguai. a causa da miséria e da Infelicidadedo povo. O Paraguai é dominado, rm miseconomia, por monopólios estrangeiro» quelhe controlam a vida e impedem o seu dr-senvolvimento. E o» monopólio» se amparamna ditadura de Stroesiner, uma ditaduracruel como poucas.

Stroessntr se sustenta sobre um exír-cito poderoso, de mal» de 30 mil soldado»,e um» poliria de mais de 20 mil homens,equipado» com armas moderna», adquirida»do» Estado» Unido». Exército e policia sáodirigidos por técnico» norte-americanos.

Lacerda e Calamidadeo "Globo" e MentiraEm meno,s de uma hora

a natureza botou abaixo a"obra" de Lacerda e todasua propaganda em tòr-no da urbanização da clda-de.

A chuva de domingo àtarde inundou uma sériede ruas do Centro e de vários bairros, nfto poupando,pelo contrário castigandologradouros que multo témservido á publicidade dogoverno, como o Catumbie aterro da Glória.No aterro as águas che-

garam a ameaçar cobrir asdezenas de placas laudató-rias da administração gua-nabarina. Sem ter por on-de escoar, subiram maisde meio metro, impedindoo tráfego e inutilizando osautomóveis. As ruas PreiCaneca, Salvador de Sá,Senado e Relação transfor-maram-se em verdadeirosrio» de lama.Incêndios, enchentes, cho-

que» de veiculos, dosa-barrientos — no morro Ta-vares Bastos dois barracosmiram na enxurrada fi-cando quatro pessoas soter-

rada» e cinco familias aodesabrigo — fizeram a ci-dade viver momentos decalamidade, em virtude doabandono em que se encon-tra.

Nada disso, porém, aba-lou o cinismo de "O Glo-bo". Cumprindo sua fun-çào inglória de defender áadministração lacerdiana-o órgão dos Marinho gas-ta metade de sua primeirapágina matutina de segun-da-feira, e mais um peda-Ço da quarta, para afirmarque "o temporal, emboraviolento, causou poucos da-nos no Rio'.

A matéria de "O Globo",porém apesar da manche-te acima entre aspas, pa-rece até gozação de um re-pórter que tenh» consegui-d0 furar a vigilância da di-reçào do jornal. Porque,além de fotografias de au-tomóvels semi-submersos eruas alagadas, o texto des-creve pormenorizadamen-te todos os danos causadospela chuva,

Nem mesmo quando serefere ao Catumbi, procu-

rando mostrar que o bair-ro está salv0 de inunda»çoes — como Lacerda ga-rantiu há alguns meses —,conseguiu o repórter daruma idéia séria do queaconteceu pois , depois dedizer que o Catumbi "nemchegou a encher", acres-centa que "as ruas maisbaixas daquele bairro, na-turalmente. ficaram comas suas calçadas tomadas•**•'<¦ massa liquida",

Ajuda aNOVOSRUMOSAmigos F.C.B. (Rio-

(•B) 12.000,00Marítimo P »t r i o t a

(Rip-GB) 2.000,00.José Sobrinho (Uru»-

««?.GO) 1.000,00Mariarto Araújo (S.

Gonçalu.RJ; *oo,00

15.300,00

Á Argélia Escolhe o CaminhoN. Projoguin

tOorreapondente de Pravda em Argel)

4 nr

Logo após cessarem as ações militares naArgélia, Ahmed Ben Bella, mal saia da prisão,visitou uma das bases do Exército de LibertaçãoNacional próxima à cidade fronteiriça de Udjid.Encontrava-me entre os Jornalistas que o acom-panharam nessa viagem. O que primeiro nos cha-mou a atenção, chegando ao local, foi uma ins-crição erguida à entrada do território da base:"A independência é apenas um melo. A revoluçãosocial é o nosso objetivo!" Quem quer que pre-tenda conhecer a realidade da Argélia náo podepor em dúvida que essas palavras exprimem averdadeira tendência das massas trabalhadoras.

Ê um fato profundamente significativo queos camponeses e operários argelinos, logo que foiproclamada a independência de seu pais, inicia-ram a criação de comitês nas empresas industriaise agrícolas pertencentes a proprietários europeuse por eles abandonadas. Nesse processo encontra-ram sua expressão concreta a aspiração dos tra-balhadores à forma coletiva de trabalho e de dis-tribulção dos seus frutos e o elevado grau deconsciência do povo argelino, amadurecida naprolongada e severa escola da luta de libertaçãonacional. O Governo argelino, dirigido por BenBella. apoiou e estimulou essa iniciativa popular.Os famosos decretos de março institucionaliza-ram o sistema de controle dos trabalhadores sobreos chamados "bens abandonados" e lançaram asbases das ulterlores nacionalizações, já abrangen-do nao só as empresas "abandonadas" ou as per-tencentes a estrangeiros, mas também as emprê-sas pertencentes a numerosos argelinos ricos.O Governo da Argélia proclamou como seuobjetivo a construção do socialismo. Naturalmcn-I*, a «dlflcaçáo do socialismo é um processo Ion-

go e complexo. Presentemente, a Argélia empre-ende apenas os primeiros passos nesse sentidoMas e significativo que o termo "al-ichltirak". quesignifica socialismo, possa ser ouvido em qualquerrecanto do Pais. -> O jornal "Alger Republicain", atendendo a-Inúmeros pedidos de seus leitores, iniciou a pu-blicação de um extenso ensaio histórico sobre osocialismo, detendo-se, em particular, nas quês-toes referentes ao surgimento e difusão da dou-

trina socialista na Argélia. Ainda antes de ini-'clar-se a luta de libertação, escreve o jornal, ha-via na Argélia muitas pessoas que "defendiam oideal socialista como a melhor perspectiva para oseu País". Alger Republicain (o ensaio é trabalhocoletivo da redação) reconhece justamente o pa-pel que teve, em relação à Argélia, o movimentorevolucionário do proletariado francês. "Nossomovimento nacional, em sua presente forma po-litica — ressalta o jornal — deu os seus primei-ros passos na década de 20 entre os operários ar-gelinos que trabalhavam na França".

Um enorme papel na causa do despertar daconsciência das amplas massas da população daArgélia teve a luta naclonal-libertadora. Ao ion-

go de sete anos e meio de guerra, emergiam con-tlnuamente novas e novas forças para as fileirasdos combatentes. A classe mais numerosa da Ar-gelia — o campesinato — incorporou-se à luta delibertação nacional. Os trabalhadores do País ad-quiriam cada vez mais a consciência de que de-viam lutar não somente pela independência eseus atributos — a bandeira e um Governo na-cional — mas por profundas transformações so-ciais. Essa circunstância, como se assinala noprograma de Tripollda Frente de Libertação Na-cional "deu ao movimento emancipador argelinoo seu caráter específico".

Importante papel na definição dos métodose meias para o ulterior desenvolvimento da Ar-gélla está destinado ao Congresso do PartidoFrente de Libertação Nacional, que deve reunir--se nos próximos cinco meses. A atual direção daFLN tem declarado, freqüentemente, que a Argé-Ua determinou definitivamente a sua "inclinaçãosocialista". "Não tem cabimento falar-se em va-cilação ou pòr-se em dúvida a nossa inclinaçãosocialista" — afirmou mais uma vez, recente-mente, o Presidente Ben Bella, falando na As-sembleia Nacional. Essa declaração peremptóriafoi recebida pela opinião argelina com tantomaior entusiasmo pelo fato de ter sido feita nomomento em que se realizavam na capital enten-dlmentos entre os membros do Birõ Politico daFLN e antigos dirigentes argelinos que, em dlfe-rentes épocas, devido às suas ações, se achavamna condição de oposicionistas. Entre eles desta-vam-se os nomes de Ait Ahmed, Krim Belkassem,bem como Khider e outros.

Mas se — como diz Ben Bella — a inclinaçãosocialista da Argélia está definida, o partido di-rigente experimenta dificuldades decorrentes daausência.de "instrumentos aptos para as tarefas"do presente periodo.

A comissão incumbida de preparar o Con-gresso sómènté há pouco foi constituída ê Os seustrabalhos estão apenas no inicio. Todavia, atravésdas páginas da imprensa argelina já se desen-volve uma original discussão pré-congressuaí emtorno de problemas ideológicos. Assim, por exem-pio, a revista Revolution Africain, editada pelaFrente de Libertação Nacional, publicou um vas-to artigo sob o titulo "Alguns AsDectos Ideológi-cos do Atual Periodo de Transição". Nele se assi-nala que mesmo dentro do aparelho estatal daRepublica argelina existem tendências diversas eque se excluem mutuamente, a revista apontatrês dessas tendências: a "tendência a favor docapitalismo privado", a "tendência a favor do ca-pitalismo de Estado" e a "tendência a favor do-socialismo". Mas, segundo Re«o/u«07i Africain hádiferenças inclusive entre os partidários do sócia-llsmo na Argélia: "Há entre éies, simultânea-mente, pessoas que têm uma concepção científi-ca do socialismo e outros que" exprimem, fun-damentalmente, as aspirações pequeno-burgue-sas... Existem ainda numerosas tendências ln-termediárias".

Uma interessante análise da situaçfto atualda Argélia, particularmente dos problemas daunidade nacional na presente etapa da revolução,

Rio de Janeiro, 3 a 9 de janeiro dt 1964

é feita em um dos editoriais do jornal Alger Re-publicam. Diz-se nesse editorial: "Ontem, trata-va-se de unir os argelinos na guerra pela liber-

, taçfto nacional". Então, a FLN devia ser um par-tido de massas, aberto a todos os patriotas, a to-dos os trabalhadores ou burgueses, aos despos-suidos ou acomodados, a todo» os que queriam edeviam lutar pela independência. Essa unanimi-dade na luta, realizada pela Frente, tornou pos-sivel a vitória sobre os colonizadores. Mas os tra-balhadores e os burgueses atribulam um conteú-do diverso ao conceito de independência, emboraisso não debilitasse a eficácia da luta entáo tra-vada.

Hoje, o problema coloca-se de maneira intei-ramente diversa. Nosso povo, os trabalhadores docampo e da cidade nào admitem que os seus sa-orifícios tenham sido inúteis, que a minoria pri-vllegiada domine o Poder econômico, senão o Po-der politico, conserve a herança de privilégios, aexploração, o luxo para alguns e a miséria para amaioria... Os trabalhadores, os pequenos"fellahs", todos os despossuidos, Isto é, a enormemaioria do povo, apoiam as medidas governa-mentais, a nacionalização e o sistema de auto-gestão, enquanto uma minoria de nossos compa-triotas os rechaça, luta contra eles e procuraleva-los ao fracasso".

Ao lado de todo o povo trabalhador, os comu-nlstas argelinos emprestam um ativo apoio aoGoverno de Ben Bella. No outono do ano passa-do, quando o Partido Comunista foi fechado Jun-tamente com todos os demais partidos politicostexceio a FLN), os comunistas declararam quenao modificavam a sua posição de princípios econtinuariam a apoiar todas as medidas progres-listai do Governo e da FLN. Os comunistas man-tiveram a palavra, e hoje pode-se ver como sedesfazem os preconceitos e as atitudes de Dre-Pn«Ça^iue;X-1Stentes em a!guns clrcul(» argelinos,com relação t»o« comunistas. O Presidente BenBella tem declarado, freqüentemente que o anti-comunismo nío tem nem terá lugar na Argélia.antiLpOV<\ar8elino preciSft hoje. como Jamaisanteriormente precisou, da unidade de todas asrorças autenticamente revolucionárias e patrló-ticas, pois e chamado, incessantemente, a"vencera obstinada resistência de seus inimigos, da rea-çâ0 externa e interna, que tenta, com todas asforças, deter o seu avanço pelo caminho do pro-gresso. Os colonizadores e expropriadores de on-tem e juntamente com eles os grandes latifun-diários e capitalistas argelinos, não perderam asesperanças de restaurar seus privilégios e suaspropriedades recentemente perdidos. No breveprazo transcorrido desde o instante em que foiproclamada a indeoendència, a Argélia ainda nftoconseguiu sacudir a ameaça do neo-coloniallsmo.Os círculos monopolistas da França e demais Es»tados lmperlallstas aproveitam-se de todas aspossibilidades a fim de não permitir que a Argé-lia siga com firmeza rumo a1 sua independênciaeconômica.

Todos os sinceros amigos da Argélia acredi-tam na força de seu povo e estão convencidos de .que éle saberá superar todas as dificuldades.

GUf RRA I GUERRAQuinta soldados norte-americano», daitropas de orupaçlo,' Invadiram hft dlm, :ulideis de Neuwildfleck-n (Alemanht oc|.derltali, um Mtaurante, pondo pare • ruiaos fregueses alemães. Üm Jovem alemfti

foi goipado pelas coslai com uma garraistendo Ue ser socorrido com urgência nun*hospital. O local fel destruído compita*menie pelos soldado» ianques, cujas trnpr*lia» ptMicguiram pelas ruas da aldeia, mo*testando aus traiu unte». Soldado, d» po)|.cila militar, que foram socorrer Oa al-máessofreram IguaiVents agressões. AdenauerErhard e outros "democratas" de Bonn liadidltsentn ¦ resp Ito. Talvez tenham mur*

'murado apenas, como a velhinha da an»-dota: "Guerra* è guerra".

COITADO DO DUQUEi

O» jornal» noticiaram, com acentuadedcMaqu • e não menor esptmio, que o Duqutde Wililisnr trabalha. Diz a noticia que, noibreve» intervalo» entre partida» de golf •viagens e festival-, o Duque, assistido poidois escritores americano», prepara um»biografia d- Grorge III, que perdeu o Impe-rio norte-americano. No entanto, é dadoespr-clal relevo a mal» extenuante tarefa dofidalgo britânico: uma minuciosa descriçãod» teu guarda-roupa, que ih • deu s ganhaimais alguns milhões. Depois se qu-Txam.

UM PIEDOSO NAZISTANo Julgamento de nazistas, ex-membroí•ia administração do terrível campo de con-cntraçAo dt Auschwll* isAo acusados dlmatar apenas quatro milho?*, de pessoa»),

'um dos acusado», Wllhelm Boger, quaseleva a assistência ao pranto. Boger, ex-sar-gento da Gestapo e apontado como "oguarda mai» cruel", declarou que sentiaprna do* prisioneiro»". No entanto, o plfno»o cristão afirmou, com certo orgulho,que como re»ponsáve| pela segurança- docampo, seu serviço registrou a mais baixamédia de fugas.

RACISMO ATACANos E*tadoa Unido», prosseguem os aten-fado» raclítas. Há pouco» dias, em Ho»springs. Arkansa», uma grande igreja be»ti«ta foi completamente destruída por unIncêndio. A» autoridades Já averlguaran

que os sinistro foi criminoso. Os prejulzoiforam supTlores a meio milháo de dólaresDurante o combate às chama», o teto c-rlu.Apenas um detalhe, para quem estranhaiter sido de caráter racista o atentado: itemplo era freqüentado exclusivamente posnegros.

MIJA O CHICOTEFrondlzl resol»"vcu f-dar, oque foi anun-ciado comgrande anteee-dència por tft-da» a» agén-cias noticio»sa». £ que aetratava de pe-tróleo. E Fron-dizi foi àse m 1 ssorag de-tender umade suas maisimportantesobras: os con-tratos firma-dog eom ase m p résa» pe*-t r o 1iferas es-trangelras, queacabam de «ercancelados pe-lo governo Ar-turo Ilia, por

4- . lesivo» ao» in- Iterêsses da Argentina. Quando se pensavaque o homem iria protestar contra sua de-posiçflo. , »uag causas, êle resolve beijar ochicote.

CORRUPÇÃO NO TEXASO jornalista Claude Julien (Le Monde)divulga interessantes dados sobre o Texas.Revela que, cm 1960, foram cometido» maisde 1.080 assassinatos, dos quais sòmeats

cinco foram punidos com a pena capital.Denuncia a "simbiose entre a politica, •>'gangsterismo" e a finança", tfio acentuadaqib a policia quase nunca consegue d:sco-brir os principais culpados. Em janeiro de1962, 43 pessoas, entre as quais diversaspersonalidades do sul do Texas, foram ln-culpadas de crlm's que vinham sendo invés-fígados hà anos sm qualquer resultado.Um xerife confessou que tinha recebidocontribuições "eleitorais" de 85.581 dólarespara uma campanha, d» qual era candidatoúnico.

OS MANDA-CHUVAMas há multo mais sobre o Texa». O

Ch;fe de Policia, com um »alárlo mensalde 735 dólares, tinha 40 mil dólares nobanco e uma propriedade de 73 mil dólares.O Chefe de Policia da* cidade de Port-Arthurtinha recebido 65 mil dólares para sua caro-panha eleitoral, embora seu cargo fosse denomeação! Em Dallas, há 25 anos que opoder está inteiramente cone ntrado nasmãos de »rte "lideres-chave" e de 60 "liderasde alto nivel", todos eles milionários, semo consentimento do» qual» "nada pode acon-tecer na cidade, exceto catástrofes aatu»rais". .Tack Ruby, o assassino de Lee Osivald,era, como se «abe, ligado a essa policia r aessa' gente, o que dispensa maiores comen»tá rios.

PARAÍSO NAZISTAQuase a metade dos criminosos d» guerra processados na Alemanha ocidental de-

pois da guerra, foram absolvidos. A» iníor-mações sáo de Albrecht. Goetz, conselheirodo Ministério da Justiça de Bonn. Diz rieque 5.426 réus foram condenados "jurídica-mente" e 4.027 absolvidos. Mas a maiorparte dos condenados o foi com penasque não refletiam a gravidade de seus cri-mes e uma parle deles obteve logoliberdadr condicional. A Alemanha «.ciden-tal é sem dúvida, o paraíso dos nazistas.

OS DOZE CÂNDIDOSUm grupo de monarqulstas espanhóis

acreditou na propaganda franqulsta sòbre aliberalização" do regime e resblv u apre-sentar sua candidatura em Madri. Tai«foram as dificuldades encontradas, que ti*veram de d:sistir, mandando uma carta aosJornais (que não a publicaram). Eram dozeIngênuos, que chegaram a pedir ao Ministrede Informação a supressão da censura àimprensa. O Ministro disse que nào podia,em poucas horas, improvisar uma nova li.

y&:

Vv-'* ;cí» ''"'ijÍ ¦

U-.OOj '

/¦'

\\ \ \ •

.. „.,.„-.-JTj,.-„,. . -- ,;=¦

DistribuidoresExibição do Filme

DificultamNacional

WtCOS TÍPICOS

Reetmieçamos hoje, leitor,o nosso bate-papo Iniciado¦emana passada, a respeitoda Indústria e comércio decinema em nosso pai*. Nocapitulo anterior, conver-aarnoa sôbre a Importaçãode filmei, que é precisa-mente a primeira fase paraexploração do comércio cl-nematográflco em um paiscomo o nosso, cuja legisla-ção tem sido orientada demodo tipicamente colonial.Isto é, voltada para facilitara Invasão de produtos ma-nufa.urados no exterior. Emaintesu. estamos preparadospara engolir em doses cadavez maiores os enlatadosestrangeiros. Verifica-mos que temos um merca-do livre, que proporciona aImportação desregrada detodas as bobagens cinema-tográficas que se fazem aipor fora, para abarrotar nmercado exlbldor brasileiro,impedindo, pela base, o fio-rescimento de uma forte In-dústria cinematográfica au-tAnticamentè nacional. Emconseqüência, , constatamosque ai está assentada a pri-melra grande barreira con-tra os cineastas brasileiros.Agora vamos abordar a se-gunda fase do negócio decinema, que é a distribuiçãode filmes para o mercadoexlbldor.

Distribuidor é o homemque. está colocado entre oImportador e o exlbldor, ou,entre o produtor'do filme eo cinema, t uma espécie deaçambarcadores de gêneros,que se coloca nas estradasou locais mais estratégicospara comprar os produtosagrícolas e depois revende-los msJ orados nos centrosurbanos. Tem uma funçãomeramente espolia tiva, poisnão produz nem vende dl-retamente ao público. Emse tratando do filme estran-geiro, em geral, o importa-dor e o distribuidor são amesma pessoa, ou empresascomerciais associadas. Aliás,Já vimos que para importarnão é preciso quase nada;paia distribuir também nãoae precisa de muita coisanão. O forte desses dlstrl-buidores é que já estão es-tabelecldoa no mercado hámulto tempo, ligados quesão aos exportadores deseus respectivos paises, econseguiram estabele-cer convênios e até associa-ções eom os grandes-exibi-dores do nosso pais, não dei-xaado nenhuma brecha paraIndivíduos e firmas naclo-nais que se interessem pelomesmo negócio.

Os Lucros

O distribuidor recebe afita êm regime de consigna-çao, quer dlier, nada paga

VinhoParaNR

O sr. Argentino Minotti,distribuidor de NOVOS RU-MOS nas bancas da Oua-nabara, enviou-nos -umacaixa com garrafas de ivl-nho, no Natal, conforme taitodos oe anos. Agradecemosa gentileza desejando-lheum feliz 1964.

WHttrNilH3* de uma série

especificamente pelo valordessa fita. O mu contratode distribuição estipula quedeterminada percentacemda renda liquida do filmelhe pertence;, a outra parteé ffVlada ao produtor ouexportador. Oficialmente acoisa funciona assim: parafilme estrangeiro, 60% parao exlbldor, 40% para o dis-tribuldnr e produtor; filmenaolonsj. 50% para exlbldore S0'i para distribuidor. Naprática, entretanto, existemas mais variadas combina-ções, dependendo da Impor-táncla comercial do filme,das possibilidades de gran-de bilheteria que o exlbldorvê: atores famosos, assun-tos do agrado costumeirodo público, etc. Quando setrata de filme nacional, em-*bora tenha público relativa-mente bom,, submete-se oprodutor às mais extorslvascondições Impostas pelosdistribuidores em conluiocom exlbldores.

Nos últimos anos, as re-messas de lucros para o ex-terior oriundos de renda defilmes, na rubrica aluguel,foram as seguintes, de acôr-do com a Revista do Oeicl-ne. em U8S 1000:

1954, 8962; 19SS, 12496;1956, 10239; 1937, 10271;1958, 9690; 1959, 8728; e1960, 6085.

Somando tudo, teremos63 milhões e 471 mil dólares.— Uma Importância apre-clável para um pais comtanta carência de divisasestrangeiras, não acham?

Isso é o que se sabe ofl-cialmente. O que saiu porbaixo do pano, ai é fogopara a gente saber. Imagineo leitor que o Oelcine nãoconseguiu apurar — ou náoachou interesse nisso — asremessas de lucros das pró-prias rendas das Distribui-doras, quer dizer, conse-quentes de seus próprioslucros com a distribuição;nào o pagamento do alu-guel do filme, mas oi seuslucros de distribuidor. Sa-bendo-se que a quase tota-lidade das firmas distribui-doras são estrangeiras (Pa-ramount, Columbia, United,Fõx, França-Fllmes, etc,etc), é claro que eles tam-bém fazem aa suas "remes-slnhas" para as respectiva!matrizes. Nesse Jogo de pa-gamento de aluguéis de fll»mes e lucros eom o' próprionegócio da distribuição.Imaginamos, que a coisa éum tanto alta. Uma coisapodemos ter certeza, o Bra-sil nào leva vantagem nis-so. Podemos jurar de pésjuntos...

Nacionais SofremAgora, leitor, vamos ver

como êsse mecanismo fun-clona em relaçajp ao filme

Presentede NatalPara NR

Recebemos do leitor eajudlsta "Boa Vontade", deSão João de Merlti (RJ), umgarrarão de vinho, presen-te de Natal que ae repetetodos os anos. Agradecemosao leitor a gentileza, dese-Jando-lhe um feliz AnoNovo.

nacional, poli embora te-nhamos lei de obrigatória-dade para exibição de nos-soa filmei, também estamossujeitos a esta engrenagemdlatrtbuldor-exibldor. quefazem todas u artimanhaspira nos atrapalhar, espe-cialmente os maiores exibi-dores, que são, dlretamen-te ou Indiretamente iporcontrato de exclusividadecom determinados dlstrl-buidores estrangeiros), liga-dos aos arandes distribui-dores, à frente as compa-nhias americanas eslabele-cida» em nosso pais.

O produtor nacional levaseu filme a um grande dis-trlbuidor, pois sabe, por ex-periência que.nào adiantatentar colocar diretamenteem seu cinema, que sempreestá ligado por Interessesrecíprocos àqueles distribui-dores. Estes, desrespeitandoa nossa lei, que obriga opagamento de 50% de ren-da do filme para o produtor,fas os mais variados acór-doe, sempre procurando en-costar 6 produtor nacional,que em geral se submete emvirtude de compromissos queassumiu durante a realiza-çào do filme. Como resulta-do desses acordos, temos,que são poucos oa filmesbrasileiros que cobrem con-venlentemente os seus eus-toe de produção.

Além disso, em comumacordo com exlbldores, oifilmes são lançados nas pio-res épocas, apenas paracumprir a lei de obrtgato-riedade de exibição. As exl-bldoras costumam tambémcolocar o filme nacional decartas na cabeça de umalista de filmes estrangeirosda pior qualidade, obrlgan-do os exlbldores indepen-dentes e do Interior a leva-rem todas as fitas comocondição de conseguiremaquele filme nacional deboa perspectiva de renda enecessário para o cumpri-mento da lei de obrlgatorle-dade.

Resumindo: criam-se tó-das aa dificuldades possíveispara atrapalhar a boa elr-culaçào do filme brasileiro.

Govimo Omisso '

Há que destacar ainda aação do Oovêrno, ou me-lhor, a Inação, no que res-peita à distribuição de 111-mes no pais.

Em primeiro lugar, o fll-me estrangeiro entra nopais quando e como quer;depois são enviados para oexterior aluguéis e lucros dequalquer montante; por fim,o distribuidor nào tem ne-nhuma obrigação em rela-çào ao filme brasileiro.

Para solucionar eua quei-tão, o Oelcine, tendo àfrente o critico paulistaFlávlo Tambelllnl. propôsque o Oovêrno enviasse aocongresso Nacional um pro-Jcto de lei que obrigasse odistribuidor a distribuir 1filme nacional para cada 10estrangeiros, ótimo. Aplau-sos. Jamais ninguém pensouem exibir dessas distribui*doras. na maioria filiais defirmai americanai ou euro-pelas, uma obrigatoriedadeem relação à produção bra-sileira. Viva! .

Acontece, porém, que noprojeto do Oelcine há umtroço esquisito, t o seguln-te: as distribuidora*; se obri*gam a dispor de, pelo me-nos, um filme nacional Iné-dito, dc longa metragem,produzido nos termos doDecreto n.° 51106 (define oque é legalmente um filmebrasileiro). Não entendemosse Isso quer dizer que a dis-tribuldora disponha parasimples distribuição, ou sedisponha quer dizer, terproduzido, ou seja, dispo-nha no sentido de possuir,de sua própria produção.

A nossa dúvida, e receio,é fundada no fato de quepermitir ou obrigar as dis-trlbuldoraa a produziremfilmes "brasileiros", é abriruma outra brecha na pro-duçào genuinamente naclo-nal. pois acreditamos pia-mente que, ae certos capi-tais manobrados por pes-soas ou empresas astrangel-ras resolverem produzir nopais, produzirão a «eu gos-to. econômica e cultural-mente falando. Nào serádifícil, muito em breve, agente ver o malandro cario-ca dançando "twlat", o va-qitelro nordestino mascandochicletes ou outras gostosu-ras de civilizações tão váll-daa como a nossa, porémevidentemente náo "nossa".

Assim, achamos que oGoverno deve preparar umdecreto, ou lei, obrigando odistribuidor a distribuir(não produzir) um filmebrasileiro para oito estran-gelros. Isso deve aer feito omais rápido possível, parafacilitar o trânsito da pro-duçào brasileira no merca**do interno. Também deveser exigido do distribuidorque exporte, na mesma pro-porção, os filmes nacionais(do Brasil) para os paísessede de luas empresas. Com .isto, estabelecemos umaobrigatoriedade reciproca. ACésar • que é de César, nào

•cha leitor? — Ora, ie nósaceitamos oi filmei estran-gelros, liei tém que acei-

,tar os nossos, nào • mesmo?NOTA: Na reportagem

¦obre importação de filmesimpressos, dizíamos que aoperação era feita sem ne-nhuma exigência financeirapor parte de nosso pais, Istoé, não havia nenhuma ta-xaçào especial ou mesmoqualquer cobertura cam-bis!.

Entretanto, entre a ela-boraçào destes artigos e surpublicação surgiu a Porta-ria 256. na época do Mlnts-térlo Carvalho Pinto, quemui'-' justamente colocou ofilme Impresso na categoriaespecial, ficando, portanto,a lua importação e remes-sa de liirrn» slilell-M •»¦> fp.póslto prévio, no Banco doBrasil, de 200',» do v.uoi „_fatura.

Quer dizer, que agora,para o sujeito Importar umfilme para exibição no mer-eado brasileiro, precisa de-posltAr no Banco do Brasil,previamente. A dobro do va-lor da fatura de importa-çào, ou seja 200%. Em tro-

ca dêase depósito, o cama-rada' recebe ás famosas Le-trás de Importação, comvencimento a IN dias, rei-latidas, ao fim desse pra-zo. acrescidas doa Juros le-gals, pelo próprio BB, Narealidade é um empréstimocomnul*órlo a favor donosso Oovêrno, Aliás, êstea.i.:unto, no seu aspecto ge-ral — a própria Instrução256 — já foi analisado nes-te Jornal, na coluna de as-suntos econômicos, por nos-nn rompnnhrlrn Josué Al-melda.

No que respeita ao nego-rio dc cinema, embora cisamedida seja um ato posltl-vo, pois tem o mérito dcoferecer certas vít1, ••<•••>Indiretas ao pais, que podemovimentar u juro.-, uuc-UisImportáncl&s vultosas, nàofoi alterado substancial-mente, pois, apenas ie tra-ta de um empréstimo que osImportadores de filmes fa-zem ao Banco do Brasil. Naverdade, o dinheiro é de-volvido após 180 dias. Alémdisso, as próprias Letras sãonegociáveis no mercado fl-nanceiro do pais.

Livros que o Povo Aguardava:— Gmm • Brasil Ajuda ot EXA. — Dt

Arnaldo Ramos

— A Ttrctira Quem — dt Lúcio Ma-ehadt

— Em Agosto Gotúlio Ficou S6 — Dt Al-mlr Matos•

— Inflaçio, Arma doi Ricos — Do Fous-to Ciiportlno

COLEÇÃO «REPORTAGEM»Oç Ceitro Popular de Cultura da Ü.N.E.

Proço por txomplar: CrS 300,00Pedidos pelo reembolso postal i

EDITORA ALIANÇA DO BRASIL LTDA.Raa Leandro Martins. 74*1.» andar

Rio de Janeiro — GB

SINDICATO DOS TRA.BALHADORES NAS IN.DÚSTRIAS DE CALÇA-DOS DE FORTALEZA

1963FELIZ NATAL

1964PRÓSPERO ANO NOVO

A Diretoria do Sindicatodo» Trabalhadores na lii*dústria de Calcados de For.taleia, no ensejo das festivi*dades natalinas, tem a sa.ti'facão de formular aos Se-nhores associados e suas fa*milias os mais sinceros Vo.los de Felit Natal e Prós.pero Ano Novo, como tam.Mm de entender a presentemensagem a todos os 'Tra*balhadores Brasileiros.

A Diretoria

A DELEGACIA NACIO-NAL DOS CONTRAMBS-TRB8, MARINHEIROS,MOÇOS I REMADORESKM TRANSPORTES MA-R1TIM08 EM PORTA-LEZA deseja Boas Pes-tas aos seus Associados• Famílias com os pro-pósltos de novas lutas enova* vitórias em 1004.

O Delegado

O SINDICATO DOSMÚSICOS PROPIB8IO-NAIS DO ESTADO DOCEARA congratula-secom os Trabalhadores

' Brasileiros, *a u gurandopara 1M4 a reallsacãodos grandes anseios daComunidade Nacional.

A Diretoria

FILOSOFIA MARXISTAV.fi.AfaaassItvUma exposição cientifica, em linguagem clara esimplen, da concepção do mundo marxista.Livro premiado na União Soviética em concursopatrocinado pelas seguintes entidades: Academiade Ciências Sociais, Instituto de Filosofia daAcademia de Ciências da URSS e a Editora deLiteratura Econômica è Social.

A veoda ms livrarias — CrS 2.000,00Lançamento da Editorial Vitória Limitada

Pedidos pelo reembolso: Caixa Postal 165-ZC-00

Rio — GB^

Peça nosso catalogo de livros.

íüsíf— pedra sevarfus

Em face do deficiente atendimento por parte doe hu-morUtaa profissionais às necessidades da população, ns po-lltlcoa,, Jornalistas, prelados, editores etc., eimeram*se emdivertir o povo, através de um humorlsmo de boa auall-dade, embora nio Intencional.

Se, nlo velamos:

Adornar tvptrttii btm a valaRegressando de um ato

público em que fora vaiado,o governador Ademar deBarros conta que ouviu de

sua esposa a pergunte.' como foi o negócio?" e rea-pondeu:— Mulher, teu maridonao fés feio,

D. JaNno o as produçta hlstórlco-lltoráriasO cardeal Jaime Câmara pronunciou discurso na Rádio

Vera Crus (27.12.63i e, para variar, o discurso era contra ocomunismo. Desta vez, entretanto, houve novidade: o car-deal Invocou n autoridade de um prestigioso escritor írnn-cês chamado Leon de Ponre ivocís conhecem? nem eu),o qual íoi apresentado pelo rnrdeiil cm tênnos multo pre-clsos como "autor dc diversas produções hlstórlco-litera-rias",

Pololro do golo gaúcho i listo do NassorFotografado pela impren-

sa. depois de surrado pelodeputado Leonel Bri/oln.Davld Nu.ver exlbín duosequlmoses na face: uma na

Nassar di com a cara na mão do BrizoláTestemunhas do encontro de Brlzola com Nasser asse-

guram que êste último se houve com certa bravura. Depoisde levar o primeiro bofetao na face. Nasser anredlu vigoro-somente com a testa o punho esquerdo de Brizolá, produ-zlndo um ferimento na canhota do deputado.

Favelados gostam da miséria

tr&ta e outra na bochecha.Mas n&o sc pejou de decla-rar: ,

— Fui agredido pelas cos-ian; só tenho um arranhãona nuca.

O governo Carlos Lacer-da procura promover amudança forçada dos fave-lados do Morro do Pasma-do, em Copacabana, paraas "casinhas" e os "quartl-nhos" de Vila Aliança, emBangu, a uma hora de trem

do centro da cidade. Os mo-radares do Pasmado resls-tem à mudança. O JornalO Globo, em sua edição de28.12.03, interpreta a recu-sa como uma conseqüèn»eia do fato de que os fave-lados se tenham habituadoá falta de conforto.

Plínio Salgado contra CristoA Difusão Pan-Americana do Llvrn anuncia para o prin-cipio de 1964 o lançamento de nova edição do ridículolivro de Plínio Salgado A Vida de Jesus, obra escrita com

o evidente Intuito de prejudicar o falecido.

Ibnhim, IHoroto o filósofoIbrahlm Sued — o Plínio

Salgado do colunismo social—- publicou no Diário deNoticias as suas medita-çóes de Natal. Em seu lin-guajar característico (que,por vises, se assemelha ao.português), Ibrahlm esere-veu: "NATAL <e como éóbvio) é dia, noite e ins-

tantes de paz, felicidade,família e concórdia. Há osque ganham mais, os quemenos ganham e os quenada ganham nesta datacristã. Mas, sc Deus criou oluxo e a opuléncla, é por-que existe uma razão deser. £ um principio que sóDeus sabe porque assim féso mundo".'

QuomioGorila-1063?Quando esta coluna estiver sendo lida, os leitores jàdeverão saber quem Íoi eleito o "gorlia do ano" no sensa-cional pleito promovido pela UNE. ,Esta eleição foi a única eleição já realizada no Brasil

que provocou animação embora todo mundo soubesse pré-vlamente quem Ia ganhar.

DOS FERROVIÁRIOS CEARENSES AOSTRAIALNADORES BRASILEIROS

Os ferroviários ccari-iises, representados pelo SimlièáÍQ eLinãi) dos Ferroviários ilo Çcar/i,» qtiamlu »o aproxima o términode mais twi uno de lutas c «lórias, para os ferroviários c demaisClasses Trabalhadoras, como também paia o povo am geraldesta imensa Nação, vêm através diste Úrgiiò'Publicitário, <|ucé a voz tia classe operária nacional, dizer de sua posição defi.nula e destemida frente aos problemas brasileiros, posição estaque nau é.sóineiili; dus ferroviários, mus de todas as forcas devanguarda de nossa Pátria, pois todos os brasileiros conscienteslutam pela emancipação POLÍTICA, ICCQNOAIICA E SO*CIAI. UfsSTlí (iUIANTl-:, «pie já não dorme em berço es-piem ido piiri|iiu seus verdadeiros e Icgllu-ios filhos o estãoacordando para a realidade.

. Ferroviários brasileiros, iinaiiio-nos, fortifiquemos' nossasfileiras revolucionárias, puis rom as demais forcas operárias'iremos ratificai- as palavras do Grande t Saudoso Getülio Var.nas; "()

p(,\u dc ipicm f„j escravo nfio será mais escravo deninguém",Çíiiii estas palavras cie estímulo r- confiança na márcliã Km.

pre crcMfnle e vitoriosa da Ciasse Olirelra Nacional, os Ferro-viários do Ceará, por sc sentirem irmanados a todas as Cate-goriás Profissionais «pie compõem, juntamente' com os Campo-neses e Kstinliintcs o grande Kxército Libertador deste Pais,desejam a todos os lirasfleiros um Félix Natal e um Ano Novoque seja próspero e' Venluroso para os Kilhos desta Nação.Brasileiros,, reanimcino-uos. P.u-1 traz perspectivas (pie, encara,das de nosso ponto dc visla, farão com (pie construamos OSKS1-ADOS -UNIDOS 1)0 IIKASIl. e não mais o RR\S1LDOS KSTADOS IXIIHIS. Avante, brasileiros, "Oíi ficar aPálria livre, ou morrer pelo Brasil".

As Direlmias

nr romance

Um Dia na Vida de Ivã DenissovitchAlexandr Soljenitsin

Tradu-çío de B. Albuquerque

Depois nV algumas altercações. esvaziou t> secundo copo natabaqueira, deu os dois rublos ao letio, despediu.se com umainclinação de cabeça e saiu. s

Mal chegou ao pátio, empreendeu nova corrida fumo a seubarracão. Para estar ali quando César chegasse com sua enr.o-metida.

Mas César já estava em seu boliche, divertindo-se com aencomenda. Tudo estava: espalhado sóbre o catre * a nininlia;mas a luz da limpada não chegava até ali, pois era interceptadapelo. beliclie de Shukhov.

Inclinaudo-se, Shukhov enfiou-se entre os beliclies do capitãoC de César e estendeu _a mão com a ração de pio da noite.

— ¦ Aqui está o scü pio, César Markovitch.Nio perguntou " Que foi que você recebeu na encomenda ? *

porque isso teria sido uma alusão a que lhe guardara a vex cpor isso'tinha direito a algo. Muito bem sabia éle que tinhaésse direito. Mas nio se tornara pedinchão nem mesmo depoisde oito anos de trabalhos comuns. E quanto mais tempo passava,miis firme se mantinha nisso.

De qualquer forma, nio era dono dc seus olhos, esses olho*de. gavião do prisioneiro, que cm um instante abarcaram c iden-tificaram o conteúdo do pacote de César, estendido sóbre amochila t a mesinba. K embora os embrulhos estivessem apenasquase desfeitos e alguns saquinhos fechados, aquele rápido olhar

'" — 101 —

confirmado pelo olfato informou a Shukhov, ainda que para «uatristeza, dc que César .recebera salsichio, leite condensado, umgrosso peixe defumado, toucinho, bolachas com um aroma, bola-chás com outro aroma, uns dois quilos de açúcar, « parece quetambém manteiga e cigarros, fumo para cachimbo e ainda outrascoisas mais.

Tudo isso percebeu no instante em que demorou para dizer:Aqui está teu pio, César Markovitch.

I Mas César, alvoroçado, inquieto, como hébedo (todo mundrque -recebe um pacote de comida fica assim), afastou o pio semlhe dar importância.

Fica eom éle. Ivã Denissovitch IA lopa e duzentos gramas de pão eram um jantar completo

e, naturalmente, tudo o que lhe correspondia do pacote de César.Assim Shukhov o compreendeu imediatamente e nada mais

ficou a esperar daqueles manjares espalhados por César. Nloexiste coisa pior do que excitar o estômago em vão.

Tinha seus quatrocentos gramas de pão, e agora inais du.zemos, e outro tanto, certamente, no colchão. Já estava bem.Agora, comeria duzentos, na manhã seguinte os quinhentos e cin-qiienta .inteiros e depois levava quatrocentos para o trabalho.Vida besta! Quanto ao pedaço do cnxergSo, nio o tocaria nomomento. Boa idéia tivera aoeníiálo ali e costurar o rasgio:na 75 tinham surrupiado o pio que alguém colocara numa me-sinha. E agora não adiantava queixar-se a quem quer que fosse.

Há quem raciocine da seguinte forma: quem recebe umaencomenda é como uma mina, tem-se de arrancar-lhe tudo o quesc puder. Mas, vistas bem as coisas, com unia mio sc recebee com a outro tem-se que repartir. Alguns desses ficam tambémansiosos as vésperas de. receber a encomenda c querendo-ganharuma kasha a mais. E pedem as pontas de cigarro para fumá-lasaté o fim. Ê precjso dar alguma coisa ao zelador e ao cheíeda equipe, K ao encarregado das encomendas se não quiserque de outra vez re tenha a sua uma semana sem que a incluanas listas. Depois, tem o encarregado do depósito oiple sc en-tregam todos éstes produtos, aonde César levará amanhã, antesque toquem para formar, um saquinho com o que recebeu (paraté*lo a salvo dos larápios e das revistas c porque assim mandouo chefe); éste, se não "se molha éle bem, é pior, porque aospouquinhos lhe rouba ainda mais. Quem sabe o que o sangue-suga fará, fechado ali todo o dia com a comida dos outros!Depois, para pagar alguns serviços, como hoje a Shukliov, porexemplo, K au du banheiro, para que lhe dè roupa du baixo

— 102 —

mais decente. Também é preciso dar-lhe algo, nio é mesmo?K ao barbeiro que o barbéia com papel (isto é, que limpa alâmina da navalha ecun um papel em lugar dc limpá-la contrao joelho nu dc alguém), é preciso dar-lhe pelo menos três ouquatro cigarros. K ua seção dc cultura, para que lhe separemas cartas c não as extraviem, li se quer fazer corpo mole unidia, deitado sem sair do campo, tem dc dar algum presente aomédico. Depois, como não dar alguma coisa ao vizinho dc be.liche, ao que come na mesma mesinha, conforme acontece como capitão e César? Se se cabe ile'memória ale a última migalhaque tens! Até o mais mesquinho tem de acabar (laudo algumacoi .-a.

Por isso, que os invejem os que setiipre vêem através devidros de aumento ,a. sorte dus outros. Quanto a Shukhov, sabeo que é a vida e nunca tem a ilusão de encher a pança com' acomida dos outros.

Kntremeiites, tira os sapatos, sobe a seu beliche, extrai daluva o 'pedaço dc lâmina dc aço, olha-o bem a decide buscaramanhã mesmo uma pedra para poder afiá-lo e fazer uma faquinbadc sapateiro. Km coisa de quatro dias, se dedicar a isso um ins-tante pela manhã e outro à noite, pode fazer uma faquiuha tnag.nifica. de guine afiado, um pouco curva.

Agora, mesmo antes ile amanhã, é preciso esconder êste pe*daço de lâmina; O melhor é enfiá-lo entre a travessa e a tábuaque serve dc fundo ao beliche. Aproveitando que o capitão nãoestá,em seu beliche, para q;ie não lhe caia pó tio rosto, Shukhovdobra a cabeceira de seu pesado colchão, que não está cheio dcinaravallu mas dc- serragem, e esconde o pedaço tle uç-i.

Viram-uo os'vizinhos dos beliclies dc cima: Alioshka o ha*tista. c do outro lado da passagem,, os dois estoiiiailos do outrobeliche duplo. Mas Shukhov não tem porque esconder-se deles.

1-ctiukúv, «jduçandu, atravessa o barracão, encurvado. Temsangue coagulado junto ao lábio. Isso porque lhe acertaram outravez por fí-usa das escudelas. Sem olhar para ninguém c nemmesmo dissimular as lágrimas, passa diante de toda a equipe,sobe a seu beliche c enfia a cara no colchão.

Vo fundo, dá lástima. Êsse não termina sua pena; Não sabeencontrar seu lugar.

>'issn aparece o capitão muito alegre, com uma caneca déchá preparado de maneira especial. No barracão existem doisbarris rom chá. Mas não é chá nem nada. Um liquido tnnrnncolorido; na realidade, água suja. Além disso, o barril lhe dáuru >aU-r a madeira molhada c móío; isso c o chi dos pobre-

— 103 —

toes, Mas se sabe que liuiiiovski tomou uni bocadinlio dc cháautentico, do que tem César, c logo fui ao depósito. de águafervendo encher a caneca. Está embasbacado, enquanto sc instalaembaixo, junu- à incsiiiha. .pouco que não me queima os dedos o esguicho! —-Por

César estende uma folha dc papel i- vai colocando em cimao mar dc coisas. Sllukhov volta :, estender o colchão para nào i>ver e nao passar um mau bocado. Mas são eles que têm de recoi*rei- outra vez á sua ajuda, César fica de pé entre os dois belicliese, depois de cruzar um olhar mui Shnklmv, pedcllu-, piscando umolho;— Denissitcli... Olha por aí se tens os dez dias de cela.¦ Quer dizer que lhe empreste a liàyulhinha, Sluikhòv também

aguarda escondida entre o travessão u a tábua. A ttavalhinhanao terá nem uma polegada de comprimento, mas corta que éuma beleza o toucinho de cinco dedos dc grossura. O próprioSliukhov fizera aquela uavalliiuha, desbastara-a c afiai a-a.Imiííou a mão, tirou a navalliltilia c'entregou-a a César quelhe agradeceu com uma inclinação dc cabeça o desaparecei.

A navalliinha também.era uiu meio dc ganhar nino. Porpossui-la, arriscava-se a ir para a cela, Somente quem já perdeutodo sentimento humano é capaz dç pedi-la assim, setii maisnem menos: dá.iios a iuivalhinha que vamos cortar o salsicháo,e para ti uni caracol-.

Agora César eslava nutra vez cm divida çonj Shukhnv,Tendo arrumado ó p!ui c a- facas, Sliukiiov apanhou a taha-

queira. Tirou uma quantidade de fumo igual á i-uc pedira em*prestada* e, ile beliche em beliche, devolveu a ao estoniano, agra-dcceudo.lhe.

ü estoniano cnlreabriu os lábios, comu sc sorrisse, disse altna seu companheiro v, sem misttirá-lo com o seu, fêz um cigarrocom aquele fumo para ver como era.

Xào é pior «pie o seu. Pode prová-lo, Shukhnv teria fcit'io mesmo, mas uma espécie dc relógio interno avisava-o que fal*tava muito jtouco tempo para a inspeção, Era o momento pre.cisaincujc em que os guardas andam farejando pelos barracões.Tara fumar, agora, era. preciso sair ate o corredor. E Shukhovtinha a impressão dc achar-se mais .abriga lo ali em cima, em seucalre. Xo barracão não se percebia nenhum calor. A mesmagriiiàlda dc neve bordava o tclo. A noite, acabariam ciiregrladgs |mas, uo momento, podia suportar-se.

(Continua >— 104 —

Rio de ktoaieo, 2 o 9 do janeiro de 1964 nr

; i.

-fe<* t>

l|M H^rOBit™jBM BBo%1Iü& TJfr"?'*- • -T>% tm+my&$m\tyi * 1 l*tBaVrW "Tf Rb_£v_Cív^I iVAaàflBBBhfTSiffB ^»wj^Vj » _*^_S_B^_^_r^*''_RÍ,^^^4' ¦ ^w,"^"fc*'W* ' .¦ *Vi 'A^?_»»t.i{-tHl»^»L-ÉI»^»^H¦k^llk*..^B^BarMjIlWflBB^B B^II^IH mf73jA*lMrMWrM9mmmJUL3 ¦ Jrí -m. W _3 . i-*1!!. _ii_?s^

"iBIBI

H7:r .^»»«HB—é»»T a IfaV tSÀvMwFi nTíl!r'iw .'ÉTiOJr^naff •. «P-B** ''aí-.'..' *^«»dflB_3Rm Hi-iiVO/R IMiIh iT^U L ** J'èam- * if j_L— • *y^i'.-».-rT.!_Hr¦BB mumt¦*_! _¦_! ivB-KIBi^iBÉ«BBa.fl B4Kj»I l^^^i»v^_B*^flLBhiW-WjVa^i^-m--. * _»»*_j*^^JB M

¦YSfcl-fl B JH BS _fl Bf ¦ -1 -¦ *BBÍW*m<Jk fe í" 1 . JHH__H ¦_¦ k Hl*^_k*»ía^ m.**i^B ••"Ii...-.*.^Urwtr _j_a_b«¦!_¦_» ^*>*t' _^__I _ ja b va %»^_^i_&k, wmA\w _r

B '¦ V '"SkUw. fl»W^^^¦L»_N-inB* ^tt IÀbIiiII Bm-Tv-SoBiPKü 3p£iI ¦* 9^3 d éui ¦ B í* fl Hict' -JB _a^B \wAM\M9\ í *\ «OB _a*_t

HfBBF4%o> *. ^jSb Rj^i*^'^3**WS»y<1B BWftBy.' ji ÇfJE __f /< i_^j_| jP j»^ %. .{\ g^maü^*>, '¦^***^B^j ^^--*._kj**??'<*»b^^m|" 1^ <4_i_|'_'tf_|>ii_4 I. i B.'Bzj^i^it ?»'•¦ 'V^^BJ B'

BS_jB*^**_^^^^pl*y T^C**>âa»J»»wB*y^—_»**i **Btfc*yw9 _'1^1—*^**oBBB—1 __. "C ' *. t^^ ^^*^^^*-í__Bfc_^E ^L^Pí—fc-kS-l

'_¦ ~% \— ¦ ,¦ mmMM^ÊMrT **** ^PJb! **-- * J__B 0_j ( m\\é- jJ| I

«wBwB^>5^j-B»^*tfe^w*S»7 ^NP^y^TR^n^voliSy*B__cWfi*E ^«v^JBk ^.fVW^SffS ¦t>,'_f^j_B *uí_kCp ¦¦^BS %**Sá*w' . _4_l_^B9bb__i¦«. - •*—.., 'V _-» ^* iiiVjr^jeMt\ ml.** •**._*» *i * * BJ BôrW__ 11_B_é¦ .**-/*à _sufi». BV 4*4 *ft»BB R»^*' s> ¦_¦*»pp* • :*-*Pli___Bfc_r_ Ç5* ..<»•?_ _••• ^•'JrV "«..J •*• .W*W-*-»!FV*»t>JoT_*S7r_UH_TL SEc-. «* .•_t,fcl

Ho "Encontro íe SaljueirsArraes Levou Esperança ao Sertão

CIMPONESiiS UNIDOS No latifúndio — um pequeno pais, ou um pe- dos para lutar por seus direitos. O cambão jà caiu.queno Estado — de Miriri o_ camponeses estão uni- Maa o latifúndio continua intacto.

de Miriri Fizeram Marchae Comício de Protesto Contra MisériaCamponesesJOÃO PESSOA _ (Do

correspondente) — Mais de2.000 lavradores da fazendaMiriri — um dos maiorfs la-fúndios da Paraiba—.realizaram, dia 10 último,em frente à sede da. fazen-da, um comido de protestocontra a miséria em .que vi-vem, no qual falaram, alémde outros'oradores, o liderEloy Piiminio e o deputadoestadual Assis Lemos. Doslavradores, apenas três re-cusaram-se a participar daconcentração; - mas foramlevados à força, com a ex-ceção de uni, que fugiu.

A concentração foi pre-cedida de uma marcha, quecomeçou pouco depois dasseis horas da manhã, quan-do os camponeses começa-ram a ae aglomerar à bel-va da estrada Sapé-Blo Tin-to, sob a orientação de seuslideres Renato Nascimento(filho de Alfredo do Nasci-mento, assassinado em1962), Pedro Fazendeiro. Vi-©ente Bemardino . JonasCauimiro. Né Momes. PedroVelho, Joio de Oliveira e

outros. Quando chegou aolocal, o deputado Assis Le-mos recebeu o comando damarcha, que então come-çou.

ComícioNo caminho, as fileiras'

dos camponeses em marchaforam aumentando com aadesão dog moradores. Ape-nas três. conhecidos por sualigação com os proprietá-rios da fazenda, recusaramIncorporar-se ã marcha, oque deu aos camponeses aIdéia de buscá-los ã força.Três patrulhas, sob o cò-mando de Vicente Bernardi-no. Renato e Né Gomes,partiram em busca dos três:só um escapou. Os dois ou-tros foram Integrados namarcha, com um chocalhopendurado ao pescoço. Amassa de camponeses vi-brava.

Ao ehegarem k sede Oafazenda Miriri, os campone-ses encontraram já reuni-dos centenas de trabalha-

Assembiéia-Monstro DosMetairgicos de Volta RedontaVOLTA- REDONDA (Do

OMTespOndente) — Foi rua-Mzüda uma ass-mbléia g.ralextraordinária cios operáriosmetalúrgicos de Volia He-Oond* « Bana Mansa, dialã d* dezembro. Foi a maiorassembléia lá realizada emSeda a história do Sindicato4o« Metalúrgico., cum maisd» seis mil associados. Estaa«*mblé__ ioi realizada- pa-ra a discussão e aprovarãode um memorial a ser en-tregue k Diretoria da Com-pánftia Siderúrgica Nacio-nt)l, sejas reivindicações sãoas seguintes: — aumento deS0%, eom vim* mil cruzei-r«* de mínimo; quatro milcruz iros de aalário-íamiiia;férias Os 30 dias em dôbru;•struturaçào de todos os car-gos de carreira; transfor-mação dos cargos isoladosem cargos de carreira eoutras i^vindicaco«« meno-res.

Foram apresentadas à me-sa p^la assembléia algumasemendas, sendo, para me-lhor estudo, designadas eo-missóes. ^

Estiveram presentes bkseguintes emidaiies de elas-Se que vieram dar sua soli-dariedade: Fórum de Deliamtes des Sindicatos de San-feos, Sindicato dos Metalúr-gicos de Santos, Sindicatodos. Metalúrgicos da Guana-bara, Sindicato da Petro-brás de Caxias e Guanaba- .

ra. CGT de Caxias; Sindi-cato da Construção Civil deVolta Redonda, Sindicato dosMetalúrgicos d- SAo Paulo,Sindicato d« Lafaiete MinasGerais (Mineração), Sindi-cato da Extração de Carvãode Santa Catarina, e Sin-dicato dos Rodoviários deV. Redonda e B. Mansa.

Resoluções Aprovados

Depois da aprovação donvmorial com as emendasapresentadas pela assem-biéia, outras questões, foramvotadas. Por proposta dopresidente dos Metalúrgicosde São Pauio e o presidentedo Fórum de Debat<s deSantos, foram aprovadosunanimemente pela assem-bléia uma moção pela en-campaçfto de Capyaya e umprotesto junto ao'governo'de São Paulo, pela prisão dedoi» companheiros metiilar-giros e militares, promoven-do-se uma campanha- pelasua liberdade antes do Na-,tal.

Para a formação das ro-missões foram aprovadoscinco nomes tirados pelaassembléia paia encabeçara campanha de solidarieda-de a éssis companheiros.Temos a destacar aqui,mais uma vez. que foi umaassemhléia-monstro. E tudoIoi aprovado por unàniml-dade.

dores assalariados do cortede cana, em greve: reivin-dica vam um aumento de pa-gamento por "carga de ca-na" cortada, de 35 para 70cruzeiros (um homem cortaem média 10 "cargas" pordia). Km seguida, íol feitoo comício.

Após o comício, os cam-poneses rumaram para umposto policial local, ondeprotestaram contra a prisãode um lavrador, por todosconsiderada Injusta. O sar-gen to comandante do des-tacamento prometeu soltaro lavrador — e então oscamponeses se dirigiram à"casa grande", onde apre-sentaram ao proprietário eao administrador da fazen-da as suas reivindicações deaumento de salário e de sai-tia imediata do administra-dor.

O movimento findou eomuma Ida à casa de antigocapanga do. proprietário deMiriri. o qual, acovardado,negou tudo o que disseraantes eontra os campone-ata.

Quo é MiririMiriri é um dos grandes

latifúndios da Paraiba.Tem uma área cultlvável deMais de seis mil hectares.

UNEA:IIICongresso

A União Nacional dos Es-tudantes de Agrotécnicas(UNEA), órgão de represen-tação máxima dos estudan-tes agrícolas de grau médiodo Pais, fará realizar o seuIII Congresso Nacional noperíodo de 5 a 13 de janeiro,na Escola Agrotécnlca "VI-dal de Negreiros", na cidadede Bananeiras, Estado daParaiba.

O anteprojeto de temário,a ser aprovado na sessãopreparatória do dia 6, estáconstituído dos seguintesItens: Profissão agrotécnica(regulamentação, divulgaçãoe relações com a comunida-de rural); Reforma agrária(aspectos da Reforma, par-ticipação da classe, posiçãoda UNEA); Sindicalizaçãorural (atuação da UNEA);Associação dos profissio-nais agrotécnicos <a UNEAe a Associação); EntidadesEstaduais 1 finalidades efundação): Trabalhos téc-nlco-cientificos e Relatórioda Diretoria.da UNEA.

Durante o conclave, serãopronunciadas conferênciassóbre Reforma Agrária, Sin-dicalização Rural e O Téc-nico Agrícola e a Comuni-dáde Rural.

B__v_| O^yB _BBhbI E*_Li>fl EÍ_bI «fc^™! IB»^^B B*7^BJ BÉbI

Bím»w tIKsBV.íBSB Bk-fl BBi^jÉtiB m»L ¦ ;:l«BB*~:% ^.ApBwpBflBk^mMMY^^mmWmW^mmW^imfvmV y$vK^mM\mMr^mmi^^m-immmm^ ¦ ¦¦ilL'.-,', __ ,*- <&*^__!__»P^¦ -;: -&$j.BrtfB» ^.wV^IJI m M K, -JmOtm wk\mM\ B.- ..,*i> »> ;

•&mmm^-' ^^ml,}' -':>mzmm-' ¦™^mimmwmWmktt-:',**™íAmmf'-^::-%*> ¦ - ¦^B*'_iÍra|í^_B a ¦'¦'¦;.'¦ -M

LW^aaM^^I MssMm A ¦'%'¦^¦.',IkB^-íiB LViLW _K- •>¦ \ ê**mUM9W . *HS;.w"< -.mm, ¦¦¦ •¦ jBUBF' *? FlBk- ¦/••¦<íM*-/'r «_bN; ¦¦. -<-:v-_^_^_kv.:-':*^*BBBBk*^BBB^.-. ¦ ¦• ¦•¦mmjr---- --.-.¦.-. :<iny- ••. ¦¦¦**:;¦:«¦W-'".- - mmT -...-.. f Vt»_.-- jmmwrOi- vi -\\ t~. '&;¦ rv -^m, > ¥f -.lUmmiÉikA^tmmYrmmY ¦'« 'mM&xlÊtmW'' ¦ f-<'M•¦¦---'¦ mJBMpMuí'»¦¦''¦ mLMky '"^¦P*Jb^\)' •-•?•* ;M'f>Í :^ >-:'r'viw:':í

*¦¦ ".^^WHbéiÍS ^tP* ^m\W *W__BaWv ^^^BW

_¦ ^sCiMH***^ '.* .; ir ^Ô" Ir ¦fr'-1' * TJ__P^'^'Viijwiftwi"'' '"**"'. ' ¦ • W~

'.^^¦,MJmÊm,./.''A^sMMw-'-' 'Mm^^l^^mw'''' ''^^B^k''¦\3l^'**'Í:

%'•¦•?'>.¦¦ ^«_BB f" '4 wW^e^^KfktL C-.-Í'-'wBn^;:- ' ''^mmmmmmmt¦'¦'¦'¦¦'^•¦¦Wmm,m%Mm

y-*Va ¦>¦ V*''-V f.-**Àm tW^fÊÈ- mW ' MmmmmW^^mm^mL ¦ ™-\\m\w

Associação Feminina de AnápolisAnápolis (Do correspondente*) ~ Dia

f fe dezembro foi fundada, nesta cidade, aAssociação Feminina de Anápolis, Goiás.

A Associação foi organizada graças aintenso trabalho realizado pela base, com afundação inicial de núcleos nos bairros, cul-minando com um movimento central deque participaram cerca de 300 mulheres.

O convite conclamando à organizaçãocentral da entidade foi assinado por maisde 80 integrantes.nos núcleos de bairro, oque dá a medida da importância da asso-ciução que surgia.

Cada; núcleo tem sua diretoria própria,e todos entraram na composição da pri-melra diretoria da associação, que é enca-beçada pela sra. Maristela. Duarte Mendes.

terras consideradas das me-lhores do Estado, pela fer-tilldade e pelas várzeas eelevações numerosas, culti-vávels a máquina. Nas vár-zeas, pode ser plantadp ar-roz, batata, legumes, milho,verduras etc. Nas elevaçõesmandioca, macacheira,inhame, coco da Bahia, la-ranja, manga, pinha, ma-racujá, banana, jaca, abaca-xi. caju, mangaba etc.

Apesar de terra rica olatifúndio de Miriri nãoproduz nada: as 400 fami-lias que lá moram vivem namiséria. Até poucos anosatrás, eram obrigados a daro cambão (dois ou três diasde trabalho de graça parao patrão), extinto pelo a d-vento das Ligas Campone-

VOLTA REB0NDA:

sas. Na luta provocada pe-Ia tentativa do proprieUriode Impedir que os campo-neses fizessem seus roça-dos, perdeu a .vida o lidercamponês Alfredo do Nasci-mento: em 1062.

Morto o proprietário, seusherdeiros começaram aplantar cana-de-açúcar nasmelhores várzeas: nasceu omísero salário com que vi-vem algumas famílias —enquanto outras continuamplantando para ai mesmas,em terras cada vez mais de-pauperadas. ultimamente, ogoverno do Estado estabe-leceu <m Miriri um postopolicial, para prender e in-timidar os camponeses —que, em vez de policia, que-riam escola.

Operários m ConstruçãoVencem Com 3 Dias de Greve

VOLTA REDONDA (Docorrespondente) — O Sin-dicato dos Trabalhadoresnas Indústrias da Constru-çáo e do Mobiliário de Bar-ra Mansa • Volta Redonda,decretou greve, porque asfirmas empreiteiras da CSNnão queriam cumprir oacordo homologado no dia14 de outubro. Os empreitei-ros queriam efetuar o paga-mento apenas com o salárioantigo. Diante disto, os ira-balhadores negaram-se a re-cr ber e o Sindicato resolveudeflagrar a greve no dia 11de dezembro para qu? secumprisse o acordo, tendorecebido o apoio dos meta-lúrgicos, rodoviários, banca-rios e servidores públicos.

A GreveNo dia 11, às 6 horas «ia

manhã foi iniciada a grevecom uma passeata de apro-ximadanv nte cinco mil ope-rários com a Bandeira na-cional e a Bandeira do sin-dicato. Quando os manifes-tantes chegaram ao setordas obras, dentro do peri-metro da CSN, foram conti-dos por tropas de BarraMansa, com fuzis e metra-lhadoras, A massa cercou ossoldados e íèz eles recua-r/m, seguindo a passeata.

Diante da resolução damassa, o tenente arrebatoua Bandeira nacional da mãodo operário que a conduzia,e a° levou para o quasrt 1 d*Barra Mansa. Nesse episó-dio deu-se um incidente deluta corporal com três sol-dados, tendo sido ferido umoperário. A massa se exal-tou e os diretores do Sindi-catos, apoiados peja mesma,exigiram do comandam!? riaírupa a devolução da ban-

deira e que fosse entregueno mesmo local e ao mes-mo oprário que a conduzia.Caso contrário, a massa aliconcentrada tomaria outraresoluçáo mais drástica.Diante dessa firmeza, o co-mandante resolveu mandarbuscar a bandeira em BarraMansa- e entregou-a comofoi exigido pelos diretores.do Sindicato. A massa ron-tinuou a passeata e voltouNao Sindicato, deixando emrada> obra os piquetes degreve.

No segundo dia da greveestavam paradas todas asobra», e os serviços fxecuta-dos pelos operários dos em-preiteiros dentro da usina.Também no segundo dia**desceu uma. comissão de )i-deres sindicais a Niterói.Estiveram na AssembléiaL gislativa do Estado tendosido formada uma comissãode deputados junto com acomissflo de lideres sindicais* procuraram o generalCunha Mello, para protes-tar contra as arbltrarieda-des e pedir *i sua retiradaimediata de Volta R"donda.Essa autoridade disse queiria tomar as providênciasjunto ao comando da 1> Re-gl/io Militar, à qual estavamafetas essas providências.Foram enviados telegramasde protestos ao Ministro daGuerra, ao Ministro do Tra-balho f ao Presid"nte daRepública, firmado pelospresidentes dos * Sindicatosda Construção Civil, Meta-lúrgicos, Rodoviários, Sorvi-dores Públicos e Bancários.

Diante desta firmeza ter-minou a. grevp ao rrcoirodia. com a vitória da classe,recebendo ossfiis paRamen-tos imediat?m?nte e voltan-do ao serviço.

RECITE (De Irlneo Per.reira. enviado especial) —Nos dlu 7 e I do correnteresllsou*»e na cidade deSalgueiro, no alto sertãopernambucano, distandodesta apitai cerca de MOquilômetros, a reunião dogovernador Miguel Arraes ealguns dos membros do seusecretariado, com 14 prefei-tos da região sertaneja. Es-ta reunião conherlda como"Encontro de oaliueiro". foium dos maiores aconfect*mentos politleo-admlnlstra-tlvos do Estado e está fada-dp a ter enorme repercus-sáo.

A Salgueiro acorreramnfto somente os prefeitosconvocados pelo governo,mss ss pessoas interessadasna solução dos dlvenos pro*blemas da região. Vereado-res, chefes políticos, profes-sores, psdres e outras pes-soas tiveram oportunidadede assistir aos debates e dé-les participar. Estavam re-pre*entados os municípiosde Parnamlrim. Belém deSão Francisco, Serrita, San-tn Maria da Boa Vista, Ipu-bi. Salgueiro, Exu, Bodocó,Ararlpinat Verdejante, Ou-r curl, Cabobró, Petrollna eTerra Nova, abrangendouma área geográfica de qua-se 40 mil quilômetros qua-drados, com uma popula-ção de msis de 300 mil ha-bliantes.Agenda Para Discussão

Ao contrário das reuniõesdesse tipo, o "Encontro deSalgueiro" náo foi uma ti-rada demagógica nem umasolenidade para se fazerpromessas. O governadorMiguel Arraes foi ao "En-contro" com todo um planode governo, bem delineadopara o alto sertão, tendo jaun vasto trabalho Iniciadonos setores da saúde, edu-cação, água e energia, es-tradas, obras e agricultura.Estes foram, assim, os as-suntos constantes da agen-da.

Em torno destas questõestravaram-se o« debates, naopara divagações, mas demaneira concreta e objetl-va, apontando em cada ca-so as soluções e dizendo oque está fazendo e o quepode fazer o governo, nospróximos três anos, paramelhorar as condições de vi-da das populações sertane-Jas.

Ao fazer, em praça públi-ca, a Instalação do "Encon-tro", o sr. Miguel Arraes,perante milhares de pes-soas, disse do dever do seu 'governo em levar ao povodo sertão a ajuda e a assls-tèneia de que necessita."Quando.candidato não fizpromessas. Como governa-dor trago aquilo de que dts-ponho", disse o governador.Realmente, o governador le-voú para os 14 municípiosdo alto sertão a soma de 1bilhão e 600 milhões de cru-zeiros, que representam cln-co vezes mais do que se ar-recada de impôs*'* em todaaquela região.

Os ParticipantesParticiparam do "Encon-

tro de Salgueiro", além dos14 municípios acima descri- 'tos e o governador MiguelArraes, os srs. Jader Andra-de, secretário- da Agrlcultu-ra, Silvio Lins, pelo secreta-rio da Viaçáo e Obras Pú-blicas, d. Anita Paes Bar-reto, secretário dè Educa-ção, dr. Bianor Tedósio,deputado Walfredo Slquei-ra e Suetónio Alencar, au-toridades do DNOCS e doDNER, assessores e chefesde diversos departamentosligados aos órgãos do go-vérno do Estado.

A fim de ter uma idéiadas reais necessidades do»diversos municípios, o sr.Miguel Arraes, antes de seiniciarem os debates, reali-

zou encontro individual comcada um dos prefeitos. Ês-tes, por sua vez, traziamseus memoriais de reivindi-cações que eram entreguesao governador. Nessa opor-tunidade, em conversa fran-ca e sem rodeio, o governa-dor dizia o que podia e oque náo podia fazer, mar-cavam-se datas para o quèse ia realizar e ao mesmot"m"0 o governo informava

Humanistas Cearenses: Nacionalismo e ArraerFORTALEZA (Do corres-

pondentej — Na solenidatlsde encerramento do cursodos humanistas dy 19(>3 doLiceu do Ceará, o oradordas 14 turmas concludentes,Roberto Bino Silveira, pro-nunciou importante discurso,aplaudido por mais de qua-tro mil pessoas.

Dé inicio, disse que a mo-cidade estudantil, conhecen-do a realidade brasileira,"resolveu antecipar - se notempo para pttsta^um ser-viço que deveria caber aoutras categorias sociais",tomando uma posição devanguarda diante dos pro-blemas presentes: "Tivemosde diversificar nossa ativi-dade: na escola e nas ruas.nos livros e nos debates, noestudo e r.a experiência davida. Abraçamos campone-ses e operários; associam»-nos aos professores identi-ficados com as Idéias easpirações mais justas donosso povo; formamos fren-

tes com padres e Intelec-tuais, com deputados e mi'*litares, com o povu louo."

Kebateiuio o capeioso ar-gumento de qu(. •'estudam?oeve estudar, e nada mais",asseverou o orador: "Abso-lutamente falso. Lugar deestudante em pais como oBrasil, subdesenvolvido, ex-piorado pelo latifúndio epelo imperialismo econômi-co internacional, lugar deestudante tm pais assim èna escola, sim; mas é tam-bém em todas as frentes deluta' em que estejam em jogoos supremos interesses dopovo." E mais adiante: "Daque nos serviria, a nós e àsociedade brásilsira, um en-sino que nos mentisse sóbreessa situação de miséria queatinge a grand? maioria dopovo brasileiro?"Arraos Paraninfo

"O processo de transfor-mação social pelo qual luta-mos, e qu? centraliza hoje a

Imensa maioria do povo bra-aheiru, encontra um dos seusmaiores expoents na figuratiêste cearense extraordiná-rio que o bravo povo per-nambueano escolheu seugovernador e nós, humanis-t«s de 63 do Lic'u do Ceará,nosso paraninfo — MiguelArraes".'.'Arraes é a mentalidadenova da politica brasileira,como a èniendem-tw-gran-des massas obrelras. A men-talidade do diálogo franco,da presença do povo na dis-eussão dos seus próprios egrandes problemas".

Finalizando, disse RobertoBino Silveira, ainda em l°u~vor ao paraninfo dos huma-nistas de 63 do Liceu rioCeará, que "repetiremoscom justificada- alegria, pa-ra nossos filhos e n-tos, quesoubemos, num instante dedúvidas e perigos, numa en-cruzilhada dos destinos pá-trios, soubemos escolher omelhor guia".

da verba destinada a eada siflcaejo do cultivo da mao-município paro quais obras, dtoes na sona do. Arsrlp»,

Instalando naquela retílcuno fábrica par» a Indos*triaUaaeio da raeams, »exemplo do que Já ftssra neAgreste, no município diOlòrla de Ooitá.

Tanto o secretário daAgricultura, sr. Jader dtAndrade, corno o próprio go-vernador Miguel Arrse»acentuaram qua as popula-ções sertanejas nlo esperas*sem milagre do Executlvcpol» o encaminhamento dosproblemas do alto sertácdependia, em grande parte,da sua unidade e organiza-çáo. Psra levar ao sertão oscréditos, é preciso a orga-nização dos agricultores emcooperativas.

A unidade dos agrlculto-res, acentuou o secretárioda Agricultura, é necessáriapara que seja alcançado umjusto preço para o algodão,a fim de que seja conquls-tado para a zona sertanejao crédito do Banco do Bra-sil, a exemplo do conquista-do pelos lavradores da so-na do agreste, no principiodeste ano; mslor ajuda aopequeno e médio produto-res de Palma e ao peque-ne e médio criadores. Comrelação ao crédito do BB,foi enviado, lmedlatamen-te, ao sr. Samuel Duarte,diretor da Carteira de Cré-dito Agrícola, um telegramaassinado por todos os pre-feitos participantes do "En-contro''.Encerramento

Falando no encerramentodo "Encontro", o governa-dor Miguel Arraes 'deumaior ênfase á tese da uni-dade de todas as forças pre-Judlcadas pelas atuais difi-culdades, para a soluçãodos problemas da região doalto sertão. Depois de res-saltar o espirito unitário dareunião, onde 14 prefeitos,das mais diversas tendên-cias políticas, muitos do»quais combateram a tuacandidatura, o sr. MiguelArraes acentuou: "Jama'sdividir a família sertaneja,porque a divisão só interés-sa às cúpulas partidárias enunca ao homem de alper-cata".

Todo o plenário recebeuas palavras do chefe doExecutivo pernambuca-no com palmas que tradu-zlam o contentamento dospresentes e o grande êxitoalcançado pelo "Encontrode Salgueiro".

Abrindo os debatas do "Eo-contro", coube a d. AnitaPaea Barreto, expor os pro-blemas de educação o Ias*truçáo publica. Depois derelatar todas as medidas to-madas pelo governo para In-tenslftcar o ensino e erra-dlcar o analfabetismo noEstado, disse aquela edu-cadora: "alfabetlsar, oons-¦ clentlsar e politlsar paraque o adulto deixe de serum marginal e possa parti-cipar da luta de emancipa-çao nacional".

Esta questão foi debati-da pelo» prefeitos de Sal-guetro, Belém de Sao Eran*cisco, Parnamerlm, Cabo-bró e Petrollna. Um dos as-pectos da questão que seapresentou de difícil solu-çáo foi a fixação das pro-fesiôras. O desejo destas épermanecerem nas sedesdo» municípios, por rasôesas mais diversas, inclusl-ve para estar perto da fa-milla. Abordando particu-larmente esta questão, o sr.Miguel Arraes Impressionouvivamente todos os presen-tes pela maneira humanacomo encara o problema da»professoras, reconhecendo oseu direito de viver juntoaos seus e onde possam des-frutar um minlmo de con-fóito. Então, defendeu comosolução para a fixação duprofessoras nas zonas ru-ral» a preparação de pro-fessores com o elementohumano de cada vila, po-voado ou distrito. Concluiudizendo que as professorasdeviam ser colocadas alionde'querem ensinar.

Imediatamente, o deputa-do estadual Romáo Sam-paio, da bancada da oposl-' ção congratulou-se com aspalavras do governador,ressaltando o alto espiritodo sr. Miguel Arraes, quenão fazia discriminaçãocontra as professoras quenaquela região fizeram amaior oposição a sua candi-da tura.

O padre Vicente Alexan-dre, vigário de Cabobró,apressou-se,, também, emcongratular-»e com o gover-nador, pois concordava queas professoras náo devemser joguetes de Interessespoliticos. A certa altura dis-se aquele sacerdote: "bus-que, senhor governador, re-solver os problemas do Es-tado e deixe que o chamemde comunista e até do dia-bo, mas faça o bem. O dia-bo não faz o bem". "A solu-ção do problema de educa-çáo ainda sofre grande pres-são de estrutura." Referin-do-se à campanha que cer*tas professoras fizeram àcandidatura do sr.'MiguelArraes e que depois ficaramapreensivas, pensando queiam ser perseguidas, disse opadre: "Assegurei às profes-sôras de Palmeirlnha queelas não seriam transferi-das porque haviam votadocontra vossa excelência queé comunista", concluiu o sa-cerdote, sob os aplausos danumerosa assistência pre-sente.

Construção de grupos es-colares, escolas artesanais,ginásio industrial, ampliaçãode escola* já existentes, fo-ram as medidas tomadas pe-lo governo do Estado, paratodos os municípios partici-pantes do ''Encontro de Sal-gueiro".

SaúdoNo setor de saúde as me-

didas do governo sáo nosentido de ampliar a atua-ção do serviço médico ltine-rante e ao mesmo tempopreparar cabos e sargentosda Policia Militar para pres-tar serviço e orientar oproblema de saúde na zonasertaneja.

O sr. Miguel Arraes anun-dou para dentro de 60 diasa conclusão da instalaçãodo laboratório do Estado,para fazer frente aos pre-ços de monopólio, mantidospelos laboratórios estrangei-ros. "Sem condições de com-prar remédios mais baratonão é possível manter òspostos de saúde" — concluiuo governador.

Abastecimento DáguaDepois de dar uma visão

de conjunto (através de ummapa da região) das obrasdo governo no setor de abas-tecimentó d'águà, o enge-nheiro Silvio Lins, disse queem Salgueiro já fora cons-truida uma barragem nocorrente ano e que em 1964todo o serviço d'água da-quele município estaria con-cluldo. Anunciou o Inicioimediato de construção debarragens, poços, barreirose açudes nos diversos mu-nicipios da região.

AgriculturaNo» debates sóbre a ágil-

cultura foram tratados tam-bém os problemas dos açu-des, barragens,'poços e tu-do mais relativo ao abaste-cimento d'água, sem o que,como bem disse o sr. Jaderde Andrade, nem sequerpode-se pensar em agrlcul-tura ou pecuária.

O governo expôs as medi- -das tomadas para a Inten-slficação do cultivo de pai-ma para fazer crescer a pe-cuaria. Ao mesmo tempo ogoverno promoverá a inten- •

FITEE ApoiaDiretoria fde Ensino -V,

Os propósitos de demo*eratização do ensino doatual titular da Diretoriado Ensino, Secundário doMinistério da Educação eCultura, professor Lauro deOliveira Lima, mereceram oapoio público da Diretoriada Federação Interestadualdos Trabalhadores em Es-tabelecimentos de Ensino(FITEE), em documento de13 de dezembro assinado pe-lo presidente da entidade sr.José de Almeida Barreto.

A Federação salienta queas medidas práticas Ino-vadoras e criadoras exigidasdas autoridades educacionaiscompetentes, "cujos efeitosestimulantes poderão sacu-dir o marasmo em que seacha mergulhada a escolabrasileira", deverão ser, evl-dentemente, objeto de critl-cas construtivas. "No mo*mento, porém, o que Impor»,ta ressaltar é a posslbllida-de que se descortina de umoportuno movimento de re-construção educacional, noinstante mesmo em que tô-da a Nação clama, com lm-perativo histórico lnadlá*vel, pela execução das refor-más de base". E é porque ocomportamento do. profes-sor Oliveira Lima à frenteda Diretoria do Ensino 8e-cundário se acha sintoniza-do com essas aspirações, quios proprietários de escolaiparticulares tentam dene*grir suas Intenções demo*crátlcas. Fazem Isto porque"não aceitam qualquer mo-dificação no statu quo, qual-quer alteração da sltuaçãcescolar do Pais, qualqueivislumbre de dinamizaçàedo processo educativo", de-monstrando assim estaremidentificados com o situa-cionlsmo escolar do Paisisto é, "com a estagnação «manutenção das carênciasde oportunidades de ensi-rio**.

CompromissoFinalizando, a TTTÍsb, •*_«

representa 15 Sindicatos deProfessores e de Auxlllareada Administração Escolarde todo o Pais, afirma nãopoder pactuar com os pro-cedlmentos antldemocrátl-cos e rnercantillstas dosproprietários de escolas par-ticulares, razão pela qual"assume o compromisso decontinuar lutando pela de-mocratização da escolabrasileira e pela crescenteresponsabilidade dos educa-dores nesse processo,, eoqual as atuais autoridadesda Diretoria dó Ensino Se-cundário vêm emprestandoa decisiva contribuição deseu entusiasmo e de seus de-signlos patrióticos".

¦ ¦¦ Rio de Janeiro, 3 a 9 de janeiro de 1964

v '\.>¦ . u

¦-:->¦- .....¦:._,..-_ ¦•,._„,_,-.>_¦_.

1959—1963

Sressiess Estados

: ¦-'¦•-» ••

EconômicasRT"»*. — :¦¦-' ¦-.-. ¦"1 ** *- -

NiiNragMi

Unidos a Cuba.J^Mi^HMwr trtunfWo» Revolucio•JJJMM^o^ Cuba crandes interesses íinan-25?^•5^ Y01**' «"-«-munados para lm*pedir a reaHaaçio dt suas medldu de libertação•raynuct. Consórcios e monopólio* aablam que umamudança na estrutura do pais tinha que significar5L"í55íi"Bpo ""^ dtertçlo "o esudo de servi-SS-tí?10* * «"«"W nMtld» durante mais dedaqtaiU anos Ameaçadoras votes de advertência•urgam no Congresso. B antes de cumprir-se oprimeiro mês da queda de Batista os americanosJa falavam tm redutlr a cota do açúcar a fim dtcriar embaraços ao novo governo.Daa advertências eles passaram às agressões noespaço de alguns meses. Os Estados Unidos Iamaprender que oa dirigentes cubanos náo eram dóceist que as mudanças iniciadas eram permanentes.Quanto mala ae impunha a eles esta realidade, no*va na America, mais se empenharam em intensifi-car aa táticas de estrangulamento econômico. Fi*nalmente, daa medidas de controle doméstico paa*taram àcoaçlo internacional,.usando de sua Influ-toda tftbrt outros paises para exigir que suspendes-tem mu comércio com Cuba. O mala recente passoW*!*** nü*« wMdo W » lei. que acaba detertprovada na Câmara de Deputados, segundo a qualot fttadot Unidos suspenderão aua ajuda econômicaa todos ot paises que mantiverem relações de inter-câmbio com Cuba.

I»II SB janeiro — o

deputado Wajne Hàys de-clara «ua m devia cogitarde mandar tropas paraCuba, alto de Impor san-eflm econômicas tais comoa redução da cote de açú-car e o embargo comercial.

XI Dl MAIO — O depu-tado W. Bennet afirma quenio asiá fácil prorrogar aLei Açucareira até compro-var se Caba pode atenderàa demandu do mercadonorte-americano.

fl Dl JULHO — O Sena-do norte-americano facul-te por lei ao presidente El-aenhower decretar a sus-pensão da ajuda estrangei-aa a todo pais ou oonfls-qw propriedades norte-aoMcteanaa Brta lei, comuna emenda do senadorSnfmt Bridges. esUva cia-ramoDte dirigida contraCata. Já no dia 13 de ju-nho o deputado Hays haviadtta qat o programa cuba-aa paia a apropriação deUnas Mgata exatamente o -

oomuniita.

II SB OUTUBRO - ABmbahada doe Estadosünldoa dirigiu-se ao mlnis-tro du Relações Exterioresde Cuba ' expressando, emnome de mu Oovêrno, aenorme preocupação quetste aenUa devido àa dúvi-du oue tinha sobre a ade-quaelo da Reforma Agra-ria, no tocante à forma e àquantia da Indenlnção aoscidadãos norte-americanosque possuíam propriedadesem Cuba e que seriam afe-tadoa pela LeL

M Dl OUTUBRO - Ini-da-se una continuada sé-rie de ataques lncendlários,por aviões "teco-teco" nor-ie-amerieanos procedentesdos EE.UU., contra os plan-tios de cana e as usinas deaçúcar, principalmente a"Niàgara", a "Punta Ale-gre", a "Violeta", a "Èspa-nà", a "Toledo", tsses ata-quta k prolongaram fctéami de ílw, cem o pró-póslto de afetar a safra eprejudicar a economia na-cional.

21 DE NOVEMBRO —Desencadeia-se nos EstadosUnidos uma campanha or-ganlzada contra ts viagensde turismo aibvana.

.44 DE DEZEMBRO — Arevista "U.8. News andWorld Report" publica o se-guinte: "Destacadas figu-ras do Congresso dos Esta-dos Unidos propuseram quese reduza a cota de açúcarcubano em 600.000 tonela-das que seriam p/eenchldaspelas Filipinas e outrospaises".

II DE DEZEMBRO — tdetido em Boston um naviocubano empregado no trans-porte de açúcar, imobiliza-do por uma ordem judicial.

1960

eliminar - a diferença de2-1/3 eent. por libra detçúcar que ot Estados Uni-dos pagavam acima do pre-ço do mercado mundial.

11 DE JANEIRO — O em-batxador dos Estados Unidosem Cuba. Phllllp Bonsal,emitiu a Note n° 201, ondetratava de estabelecer "aque extremos" se havia che-gado no tratamento dlspen*sado aos cidadãos norte-americanos com proprteda-des em Cuba. Qualificava ••medldu revolucionàrlu co-mo Improcedentes e oon-tràriu aofprtnciplot do dl-reito cubano e Internacionale como "abusos" contra osquais solicitava ação ime-dista.

16 DE JANEIRO — O vi-ce-presldente dos EstadosUnidos, Rlchard Nixon, de-clara que "o Oovêrno deCuba, ae nfu> proporcionajuste compensação noi ea-sos de expropriaçào de pró-priedadeg norte-americanu,logicamente deve esperar-alguma reação por parte dosEstados Unidos".

. 17 DS JANEIRO - O Vi-ce-prealdénte dos EstadosUnidos, Rlchard Nixon, de-clara ao "Mlaml Herald"que, se o Oovêrno de Cubaprosseguir em sua políticade hostilidade para com osEstados Unidos, a cote deaçúcar deverá ser reduzidae repartida entre outru na-ções.

18 DE JANEIRO — O se-nador Styles Bridges pedeao Senado que não se paguesubsidio pelo açúcar cuba-no. Esse mesmo dia o sena-dor Smathers diz que "te ogoverno de Castro nào In-denlzar os cidadãos ameri-canos afetados pelas expro-prlações em Cuba dentro deum prato razoável, o dl-nhelro destinado & comprade açúcar cubano será usa-do para compensar os ame-ricanos por suas perdas".

20 DE JANEIRO—- Odeputado Keith Thompsondeclara: "Estou convencidoda absoluta necessidade déutilizarmos armas econôml-cas disponíveis em nossopais para lutar contra Cas-tro, a fim de que, por faltede uma ação désse Upo en-quanto (ela é possível, nãovenhamos á ser forçados asofrer a perda da vWa dequalquer norte-americano".

12 DE FEVEREIRO — O .senador George A. Smathersdeclara que a causa princi-Sal

das desordens no Cari-e é a Cuba de Castro e quese deve fazer uma campa-

nha para prejuwar o tu-rismo em Cuba, dando aju-da a outros paises peque-nos como o Haiti. ,

1? DE FEVEREIRO — Osecretário de Estado norte-americano, Herter, declaraperante a Comissão de Re-lações Exteriores da Cama-ra de Deputados que estavanas cogitações do Oovêrnomudar o sistema pelo qualCuba recebia um preço fa-vorecido em relação ao mer-cado mundia'.

das. O deputado Doa Dudgeapresente ao metmo tempoum projeto atmliar redu*tfndo*a em 190000 ton»la-daa.

I Dl MARÇO - I dadoa conhecer o texto da leipela qual se redus a cotade açúcar cubano em ....102.000 toneladas anuais ete autortaa o presidente doaEstados Unidos a redutt-laainda mais quando o julgarnecessário.

S DE MAIO — A Asso-claçào Internacional de Es-tlvadores anuncia um bolço-te contra a carga e descer-ga de navios cubanos emportos norte-americanos. Otato está relacionado com osataques da AFL e CIO aogoverno cubano.

27 Dl MAIO — O Depar*temento de Estado cotnuni-ca que a Assistência Técnl-ca a Cuba terá suspensa empraao não maior que IM

U Dl MAIO - As em-prêsat petrolíferas norte*americaau em Cuba te re-cutam a refinar o petróleotoviéUco adquirido peto Oo-vêrno Revolucionário. Ru-llaam-M outras agreuliu demenor vulto, eomo a rejei-ção pela Câmara de Depu*tados de um projeto sôbrea conservação de camarõesa aer feita mediante con-trato entre Cuba e oa Esta-

. dos Unidos.2 DE JUNHO — O presl-dente Elsenhower pede ao

Congresso que te pronuncietem mais tardar sobre mupedido de autorização paramodificar u cotes de lm-porteção de açúcar.

7 Dl JULHO — O presl-dente Elsenhower redus acota de açúcar cubano eru856.000 toneladas. Decideque comprará 100.234 tone-ladu das Filipinas e 61.M0toneladas de São Domingos,Nicarágua e Haiti, detendou licenças de embarque deCuba tem que fõese tando-nada a Resolução Conjun-te do Congresso.

I Dl JULHO — Ot Bste-dot Unidos anunciam-medi-du paia congelar u pro-priedadaa de cubanot naAmérica do Norte, nummontante dt ét milhões dedólares.

10 Dl JULHO — Doltaviões DC-4 da Aerovlas"Q" tão seqüestrados emMlaml por ordem Judicial.Ao mesmo tempo, todas ascontei bancárias do govêr-no cubano são congeladasem 16 bancos dessa zona.

I31 DE JULHO — A em-

presa norte-americana WardIndustries Corporation ta-bote o embarque de frutos emercadorias de Cuba. Inter-vêm nessa agressão direta-mente o presidente da em-presa, Jacobo Imbradtsen eo conslgnatário em Cuba,A.J. Martinez.

pola ot avlôei embargadosnesses casos se achavamprotegidos por imunidadesoberana.

1962

29 DE SETEMBRO — OsEp lados Unidos notificam asuspensão de operações dacompanhia extratora de ni-quel em Nlcaro, provínciade Oriente.

19 DE OUTUBRO - O De-partamento de Estado nor-tè-américano anuncia "me-didas gerais dè controle vi-sando a proibir as exporta-ções norte-americanas paraCuba,-exceto no que se re-fere a alimentos, remédios eequipamentos médicos nãoincluídos em subsídios".

1961

82 DE JANEIRO - A re-vista "U.8. Newt and WorldReport" publica uma e»«tre*viita exclusiva com o secre-tario de Istado Rusk. Refe*rtndo-se ¦ Cuba, Ruik de*clara que "o primeiro passoImportante é isolar cubaneste hemisfério para use-gurar-not de que nào sejaum foco de Infccçào paraoutros palies; que a ima*Sem

atraente dos primeirosias da Revolução Cubanaseja substituída em tôdas umentes por uma. clara com-preciuão da natureza doatual regime de Cuba e peloreconhecimento de que oque está acontecendo agoraem Cuba nào é, de formaalguma, solução para o pro-blema dêste Hemisfério1.

3 DE FEVEREIRO — ACua Branca dá a conhecerque o presidente Kennedydecretou um embargo totalno comércio entre estadosUnidos e Cuba, em cpnfor-uildade com os acordos daReunião de Punta dei Este.Na declaração salienta-seque o embargo privará ogoverno da Cuba das dlvi-tas em ddjares que vinhaobtendo com a venda deseus produtos aos EE.UU.

22 DE FEVEREIRO — Odiretor dó Conselho de Pia-nificaçào Política do Depar-temente de Estado norte--americano, Walt W. Ros-tow„ vai à Europa tomarprovidências para que otpaises membros da OTANsecundem o embargo co-merclal decretado contraCuba.

24 DE MARÇO — O De-partamento do Tesouro nor-te-americano comunica quedoravante ettá proibida aentrada noa Estados Unidosde qualquer produto elabo-rado — total ou parclalmen-te — eom produtos de ori-gem cubana, metmo que te-nha tido fabricado ém outropais. Com esta medida tor-nou-se mais rígido o embar-go econômico decretado emfevereiro e, ao mesmo tem-po, é uma maneira de seevitar o comércio de Cubacom outros paliei.

24 DE SETEMBRO — Osecretário Rusk entra ementendimentos Junto aosprincipais membros daOTAN para que Impeçam osnavios de seus respectivospaíses de conduzir merca-dorlas a Cuba. Paralelamen-te a estas demarchts deRusk, ot dirigentes dot tin-dlcatos marítimos norte-americanos, por indicaçãodo Departamento de Estado,começam a negar facllida-des portuárias aos navios dequalquer nacionalidade quehaja mtransportado mer-cadorias a Cuba.

24 DE SETEMBRO —Ralph E. Casey, presidentedo Instituto Americano daMarinha Mercante, fu umapelo à marinha mercantede todo o mundo para queefetue um "embargo volun-tário" no comércio comCuba.

24 DE SETEMBRO — AUnião Marítima Nacionaldos Estados Unidos declaraque o governo da AlemanhaOcidental prometeu "excluir

' ot embarques de cargas in-desejável! com destino aCuba" a bordo de navios dês-se paia.

tendemente a seus aliadosqut adotem a seguinte II*nht ds açào: 1) — Rompi-mento de relações diploma*ticas do Brasil. Uruguai,Chile Bolívia o México comCuba. 2) - Novu restriçõesao comércio com Cuba, es-pec almente por parte doChile, México e BrasU. 3) -Apelo a paises nào-soclaIU-'tas fora do Hemisfério Ocl-dentei para que cernem for*neclmentot a Cuba. 4) —Vigilância creacetite em ra-laçáo às viagens para Cubae de Cuba para o estran-gelro.

4 DE OUTUBRO - Oe Es-tados Unidos pedem a setenações marítimas européiasque imponham restriçõesmais estritas a teut naviosque operam em Cuba, a fimde cortar o crescimento tf opoderio da Revolução. Ospaises são: Inglaterra. a>**manha Ocidental. Itália,Grécia, Noruega* Dinamar*ca e Suécia,

DE OUTUBRO — Os Es*tados Unidos e os paises la-tino-amerlcanoa assinam emWashington um documentepelo qual te recomenda aintensificação da pressãoeconômica sôbre Cuba.

Dl OUTUBRO — OtEstados Unidos • ot miais*tros de Relações Exterioresde 19 paises latino-ameri-canos ampliam um comunl*cado anterior faaendo apeloa todas at nações não co*munistas para que suspen*dam teu comércio com o re*glme de Fidel Castro.

17 Dl OUTUBRO — Oprimeiro-ministro da Nome-ga, Elnar H. Oerhardten, ce*dendo a pressões do govêr*no norte-americano, apoiaa solicitação da SociedadeNorueguesa de Armadoresno sentido de que te tut*penda tOda a navegaçãocom destino a Cuba.

22 DE OUTUBRO — PaulDrozak, dirigente do Conse*lho Portuário da Coita Ocl-dentei da Golfo do México,comunica que teu stodleatopraticará npreeallu contra430 navios mercantes que le*varam mercadorias a Cuba,tão logo êiu cheguem a por*tos daquela edite.

86 Dl OUTUBRO —¦ Deacordo eom a. nova Lei teAjuda mtraageUm dos Is*tados unidos, «não te daráajuda econômica a nenhumpait que forneça ajuda eco-nômica a Cuba ou que per-mlte que navloa de teu re-gtitro levem essa ajuda, en-quanto perdurar o regimede' Fidel Castro". A lei dáao presidente da Repúblicao direito de aplicá-la ou nào,de acordo com ot Interessesamericanos.

Seja eeta irônica de hoje, rompanhet-w, o meu eartlo de boas festas, t Natalchegando ot sinos apregoando paa na ter-ra aos homens de boa vontade e esses ho-mens tão raros tão que agora ouço noi ti-nos apenu a primeira parte :Tpu na torra,uma pu pola qual lutamos nos, eomo nln-guém no mundo, lu vos desejo e me de-•ejo s ao povo brasileiro paa no mundo,pas em nosso pait e em nós mesmos. Tam-bém voa desejo saúde e trabalho. Tendouúde poderemos trabalhar e viver senão avida sonhada, pelo menu o direito decaminhar pela noa» estrada, cabeça er-gulda, possuídos Inclusive, por um orgu-lho de temos o direito de andar com acabeça assim. Pu, uúde, trabalho e eo-ragem. Coragem também, amigos, poli otobstáculos sào muitos, a luta dura e la-msls poderemos deixar de estar armadospela coragem.

tste é o cartão que vos envio a todosos queridos leitores de NOVOS RUMOS.Minha voa é rouc^, brancos estão m meus

esbelea. a vida ato %mmm mn aba enbranca nuvem (e nio puu para ninguémpois não?) mu vencemos etapas, podãnoestar alegres com o nome caminhar, tive-moa em ano dtiro, SUkdL mu safam»barreirei, pulamoe proBhHt, Bâ taattcoisa ruim no ar; o peóprte ar qmo rmptramos vem cheio te mlaaataa, e. paia mmtestamos noasa coragem, cem a eàrteaa divitoria de noma luta.

Estou mandando para todu atjuHeique faaem de NOV08 RUMOB e SM Jo*nal. aqui e nos pontos mala distantes *Brasil oa votos de um novo aaa asa tireformas de bate, eem a refoema agrária,com dlu melhores. Sou otimista e areie nefuturo e. por isso mesmo, no memento anque devemos exprimir nonos vota* mim»fedores brasileiro*, homens e mulheresque. como eu esperam, desejam e confiamnum Brasn melhor.

Pu. sai ide. trabalho e coragem é oque deeelo para todos voeée, eompanhot-ros. Irmão».

fervei;. . . ,***? 1#^1WM':'>#*4 íSi«f ;':••'?

tm^MSWM^MWMMBZ MmmWWÊmmm^^^-vj ¦ *. &kv$gjj )

W ^^ Ei '. mmmmm\\lkssr '¦'•»-.-*I nn I ia I * 1 fctfift»»

Ieíl^j

Mols uma vez o imperialismo norte-•americano pretende interromper pelaagressão armada o trabalho pacifico ecriador do povo cubano. A máquinaianque da OEA, acionada pelo titere

Belencourt, io Venezuela, tomada té»dae oe providências para dar cobertura•legal» a mais um ato de pirataria dostrustes ianques.

PC VENEZUELANO ADVERTE:

de Betaicourté Para Invadir GuiaProvocação

1963

16 DE JANEIRO — Opresidente Eisenhowjr prol-be termlnantemente as via-gens de norte-americanos aCuba.

2 DE MARÇO — O Oo-vêrno dos Estados Unidoscomunica estar cogitandoda aplicação da Lei de Co-mércio com o Inimigo no ca-so de Cuba. De acordo comas disposições desta Lei, es-tabelece-se o embargo co-merclal total, tanto de ex-portações como de importa-ções.

10 DE JANEIRO — O ho-mem de negócios norte-americano Stefan J. Rundt,da firma de mesmo nome;declarou em exposição fei-ta à Agência Internacionalde Créditos que "Cuba teráque ser riteada mau cedoou màti tarde ds lista deexportadores t lnverelonis-tas norte-americanos, as-.sim como o foi o México em1860"»

INSIRO — A con-norte*à»éri(!a:ia

St. Osorgge. doPartia» Republicano em No-va Iorque,, declarou que sepodia contar com o deuapoio à lei projetada para

-1»?.KaUuBnt

18 DE FEVEREIRO — Osecretário de Estado norte-americano, Herter, declaraque "através de acordos in-ternaclonals compromete-mo-nos a não utilizar meiospolíticos nem econômicospara Interferir nos a&sun-tos internos de qualquernacio da América Latina".Em outra entrevista coletl-va concedida à Imprensadias depois éle afirmará:'Não vamos pôr em práticarepresálias econômicas'.

< 21 DE FEVEREIRO — Odeputado Keith Thompsonapresenta na Câmara umprojeto de lei solicitando aredução da cota de açúcarcubano em 500.000' tonela-

31 DE MARÇO — O pre-sldente Kennedy, por pro-clamaçào presidencial, su-prime totalmente a cota deaçúcar cubano no mercadonorte-americano pára o anode 1961.

27 DE JULHO — Desdemeses atrés vinham ocor-rendo seqüestras de aviõescubanos comerciais por con-tra-revolucionários que pos-teriormente obtlnham asilonos EE.UU. Geralmente oeaviões seqüestrados eramretidos e embargados pelogoverno norte-americano. Ogoverno cubano apresenta,através da Embaixada daTchecoslováqula em Was-hington,. numerosos protes-.tos por esses procedimentos,

25 DE SETEMBRO — ACâmara de Navegação inglè-£a informa que cooperarácom os EE.UU., não trans-portando mercadorias quepossam suscitar obstáculosas relações do governoMcmillan com Washington,

25 DE SETEMBRO — ODepartamento de Estadonorte-americano estuda oseventuais direitos, da UR8Ssôbre um carregamento deaçúcar cubano embargadona semana anterior em Fôr-to Rico. A URSS protestouem uma nota aos EE.UU. epediu que fosse levantado oembargo. '

26 DE SETEMBRO — AAssociação Internacional deEstivadores dos EstadosUnidos apoia em Houston(Texas) um boicote dos tra-balhadores portuários aonavio iugoslavo "Dreic", quehavia levado a Cuba cereaisda URSS.

27 DE SETEMBRO — Emreunião de diplomatas lati-no-americanos convocadapelo Departamento de Esta-do em Washington, oi Esta-dos Unidos delineiam planospara pedir aos chanceleresamericanos maiores medidasde vigilância econômicacontra Cuba.

29 DE SETEMBRO — OsEstados Unidos pedem lnsls-

12 DE JANEIRO - O De-partamento de Istado nor-tc-americano fax uma ad-verténcla a várias naçõesocidentais de que poderãoperder a ajuda norte-ameri-cana te eeus navios conti-nuarem comerciando eomCuba,

IS Dl FEVEREIRO -Opresidente Kennedy declaraqüe houve uma redução de90% no movimento comer-ciai do mundo ocidentalcom Cuba e que espera umaredução ainda maior, con-flante na cooperação de ou-.tros países com ot Estados'Unidos,

14 DE FEVEREIRO — Umgrupo de legisladores norte-americanos expressa suaoposição a uma decisão doFundo Especial das NaçõesUnidas de inverter em Cuba$1.157.000 em uma estaçãode pesquisas agrícolas.' 12 DE ABRIL — AdiaiStevenaon, embaixador dosEstados Unidos na ONU, de-clara que aumentou o apoiodoe países da Europa Ocl-dental à campanha de bio-quelo econômico eon traCuba.

24 DE ABRIL — Declarao Departamento de Estadoque a politlea de bloqueioeconômico contra Cuba per-segue o objetivo de limitarsua obtenção de divisas, in-tenslflcar sua crise de pro-dução e limitar seus conta-toe com paises capitalista!.

10 DE JULHO — Oe Esta-dos Unidos dispõem o em-bargo financeiro e o coage-lamento dos depósito! cuba-nos nos Estados Unidos eproíbe as transferências dedólares por terceiras nações.

13 DE JULHO — O Depar-tamento de Estado informaque a "lista negra" maritl-ma doi Ettadei Unido*abrange mais de 1S0 unida-dei mercantes de diverso*paises que serio tlvos desanções por terem comercia-do com Cuba.

Em manifesto do ComitêCentral, o Partido Comunistada Venezuela está denun-ciando "os círculos imperia-listas", qus preparam "ire-néticamente a agressão aCuba", sob o estimulo doacesso á presidência dos Es-tados Unidos do Sr. LyndonJohnson, e faz "um ardorosochamamento ás demais fôr-ças patrióticas do pais, èsorganizações e personalida-des progressistas e aó povoem geral, para que se iniciede imediato uma poderosamobilização a fim do frus-trar esses planos dos queacabam de burlar os vene-tuelsnos com eleições mar-cadae pêlo engodo « pelafraude, melo de prossegui-rim cumprindo tua mlssftode servir submissamente aosinteresses estrangeiros". -

O Partido Comunista daVenezuela aponta as causasimediatas da1 agressão quese arma contra Cuba: "acrescente luta dos povos daAmérica Latina; os íreqüen-tei reveses sofridos em dl-versos paises do Continentepelos lacaios do Departa-mento ds Estado; o fracasso•strepitoso da "Aliança- pa-ra o Progresso" nos seusdois primeiros anos; e, so-bretudo, • pujança do movi-mento d« libertação nacio-nal da Venezuela".Dasospéro

Denuncia o PC Venezuela-no o desespero dos círculosimperialistas convencidos deque "o socialismo surgiu emCuba para se desenvolver, deque o povo da Repúblicairmã" defenderá "até o últi-mo cartucho o regime deÍustiça

social conquistadocusta de inumeráveis sa-

crlflclos" ~ e de qus o cam-po socialista nào permitiráo estrangulamento da eco-nomia cubana. Êsse deses-pêro — declara o manifestodo PCV — ditou uma novaofensiva, que se utiliza, maisuma vez, do "titere Betan-court, obediente como poucosà batuta de Washington" eprotetor de milhares de con-tra-revoludonárioi que íize-ram da Venezuela tsrritório-base da conspiração contra* govêmo de Cuba."Com efeito — diz o ma-nlfesto -- com o sonhadopretexto de um presumidoencontro d* um carregamen-to de armai nas costas ve-nezuelanas, « apelando aotestemunho pré-fabrlcado de"técnicos nórdicos", monta-

ram uma gigantesca provo-cação destinada a Insuflarnovos brios aos partidáriosda agressáo direta. Paraconformar a manobra, paracoonostar a invencloniceabsurda, recorrem outra vezà complacente OEA <¦ aoao b s e q u iosos "ofíice-boyt"que em asu seio fazem coroà voz do ano. Trata-se, emuma palavra, de dar foros¦cgals a uma nova InvasSo,com base em tratados inter-nacional» subscritos à revê-Ha dos povos".Repúdio o Perigos

Adverte, o PC venezuelanoque não ee pode permitir quea manobra norte-mtaerlcanaprospere nem subestimar «alcance dà conspiração dostlteres. "Dai náo vacilar oPartido Comunista da Vene-mela em denunciar desde jáas intenções de Betancourt" d« seut patrões Ianques eem chamar o povo a expres-sar Imediatamente, de for-ma ativa, seu repúdio ao

vasto plano que em escalacontinental se executa e quepode levar o pais a graveiconflitos". *

O PCV adverte que Cubanfto está sozinha; terá de-fndidar pela União Soviétl-ca, China Popular e demaispaisM socialistas, se fôr ata-cada. E que Betancourt •que deseja, com a InvasSo deCuba, i desviar a atençãodos problemas internet dstVenezuela, aguçados com afraude eleitoral — o que le-varia a uma guerra de re-aultados catastróficos, **nes-ta «ra de armas nucleares",fáceis de prever. Esses efe!-tos seriem o derramamentode sangue venetueiano embeneficio "dos sombrios In-terésses dOs trultés norte-americanos, a ruptura fia-grante da nossa tradição denfto levar tropas ao estran-geiro, exceto sob as bandei-ras da emancipação, eomono século passado, a rutnada economia nacional « tal-vez nosso solo totalmentearrasado".

Supressão Dos Bondes Atrapalhao Povo 6 Desemprega Sete MilDiante da ameaça doGuvérno da Guanabara

de suprimir nos primei-ro8 dias do próximo anoo serviço dos bondes na zo-na norte, o Sindicato dosTrabalhadores em Carrisque está sendo alijado detodos os entendimentos efe-tuados entre 0 Governo e aLight, divulgou uma notaoficial esclarecendo a popu-laçáo sôbre as conseqüênciasque advirão, uma vtz con-cretizado o desejo daa auto-rldades.

Sul ê Exemplo

Segundo os trabalhadores,a adoção nots subúrbios damesma medida efetivada naZona Sul, irá trazer trans-tornos ainda maiores do queaqueles que está sofrendo *população de Copacabana «Botafogo, uma vez que aso-ra a locomoçfto naquele»bairros tornou-se aindamaii difícil.

Por outro lado, o* emprt-gados lembram que atgrand-s metrópoles tíeUo-do o mundo são dotadas deuma rede carril, e se aque-Ias não são obsoletas tomoa nossa é porque sofremreaparelhanvntos periódicos,o que não sucede no Rio,pois as concessionárias r--

. legaram quase ao abandonoos transportes.

Desemprego

O aspecto mais importan-te da pretendida suprtssáodos bondes na Guanabaraé o fato dn que uma vezaplicada, ficarão desempre-gados cerca dn sete mil tra-balhadores, que como nocaso dos motornelros, terãograndes dificuldades e mconseguir novos trabalhos,pois infelizmente o fato deterem sido durants váriosanos condutores ou fiscaisnada- significará para novasoportunidades.

Rio de Janeiro, 3 a 9 de janeiro de 1964 TÜP dsT

\ . ,

' \

1

y

LACERDA NAOO poete tnrfhanto Au-

Susto Frederico Schmldt

Mota datou automóvel,•briu teu Imenso paletó t,piurando os largos autpan-aórios asuls só deu uma olha-da om volta. A FaculdadeNacional de Filosofia estavaocupada a trancada pelosalunos oom um cartas pre-gado aa porta: "Cavalo quepita em estudante nio en-tra na FNFI". E assim nloentraram Schmldt, SobralPinto, Amaral Neto, FlàvloCavalcanti e finalmenteCarlos Lacerda. que esperoudurante quatro horas, empé, até que, praguejando,íol eaconder-te num edlfi-elo fronteiriço, espremido edescabelado pela multidão.A "guerra da Filosofia" co-mcçou às primeiras horasda tarde e foi terminar pe-las 21 horas com uma dasmaiores vitórias do movi-mento estudantil carioca. Amocidade mostrou ao sr.Carlos Lacerda que dentrode seu Estado éle é um in-desejável.Por Quo Não EntraA FNFI conhece o go-vérno Carlos Lacerda desdea greve estudantil de 1961.

Suando o governador man-

ou seus cavalarianos pisa-rem os estudantes que semanifestavam na Cinelàn-dia- Desde essa época, La-cerda é considerado personanon grata naquela Faculda-de. Recentemente, quandoos estudantes da Filosofiadecretaram um movimentogrevista contra o entãodiretor Eremlldo Viana, omesmo governador enviouchoques da Policia de Vigi-lància para espancaremmais uma ves os estudan-tea. Essas ações diretas, aolado dai demalt manl-

•inimigo número um dos es-tudantes". flaeram com queéle sempre fóttt um nomecombatido Pela esmagadoramaioria doa Jovens da FNFI.Velo a formatura, e os es-tudantes resolveram «co-lher seu- homenageados. Os180 formando* reuniram-see elegeram ot srs. AnísioTeixeira < patrono) e CelsoCunha (paranlnfoi, derro-tando o Ibadlano SobralPinto que havia sido apre-sentado por outra facção daFaculdade. Entretanto, aderrota das urnas n&o con-venceu àqueles que deseja-vam provocar tcmulto naFNFI, e para Isso utl-Uzaram-se de alRuns cata-empregos do curso de Jor-nallsmo, que depois de te-rem participado das elei-çôes. resolveram Ignorar osresultados, convidando anata do fascimo nacional euniversitário para serem"homenageados1'. Assim,Eremlldo Viana, diretor es-corracado pelos alunos, foinomeado patrono. SobralPinto — advogado do IBAD—, paranlnfo, e finalmenteLacerda, homenageado es-pcclal.Desde que 0 DiretórioAcadêmico tomou conheci-mento do movimento divi-sionista dos estudantes deJornalismo, procurou as au-to ridades. mostrando que le-galmente. só pode haveruma formatura, e esta Jáhavia sido realizada. Se La-cerda quisesse ter homena-

. geado, que o fizesse em suacasa ou em seu palácio. Pas-saram as semanas e esgo-taram-se os contatos entreos estudantes e as autorida-des. Procurou-se transferir

a "tarde dos gorilas" — comoioi designada pelos estu-

dsntas - para o talão daReitoria, mu oa esforçosforam om vào, poli enquan-to ot estudantes procura-vam transferir, ot "Lacer-daa bojrs" falavam grosso -uReitoria da UB, exigindoque a solenidade se reall-saase na FNFI. Enfim, aprovocação foi montada edirigida pelo Palácio Oua-nabara, decidindo-se queseria levada até at últimas 'conseqüências. *Como Não Entrou

Na manha dc segunda-feira, dia 30. o reitor PedroCalmon mandou que a FNFIfosse fechada ate que che-gasse/> diretor Faria Oóls.Passou a manhã, e enquan-to os estudantes concentra-vam-se na porta da Unlver-sldadc, o diretor • a chavenào chegavam, íam-se ashoras, começaram a chegaralguns convidados do gaba-rito do Schmldt (que tinhaeólicas quando os estudan-tos davam vivas ao pintorDl Cavalcanti, que lhe man-dou-uma carta dizendo-lheque não passava de ummercador), seguiram-se Flà-vio Cavalcanti e outros ex-poentes da gorllada civil.

A chegada de convidadossignificava que alguém Iriagarantir a provocação. Dt-ante disso,' numa distraçãode um funcionário queguardava a porta dos fun-dos, os estudantes deramum irápldo golpe de mão: oprédio foi ocupado em pou-cos minutos, uma correntecom um pesado íerrolhotrancou a porta da frentee um pesado cofre barricoua entrada dos fundos. A Fa-culdade Nacional de Filoso-fia, com cerca de 200 alunosem seu interior, estavapronta para r**',*','\

Provocação e Fracasso. Os estudantes da Faculdade Na*-ional de Filosofia não permitiramque ae consumasse na última sexta-feira, uma grosseira provocação la-cerdista contra a autonomia uni ver-sitária e a decisão soberana dos estu-dantes. Lacerda foi, mais uma vez,um provocador derrotado.

Vamos aos fatos. Os bacharelan-doa da Faculdade de Filosofia elege-ram, como fazem anualmente todosoa formando-., os homenageados' opatrono e o paraninfo de sua turma.O nome de Lacerda, sugerido por unsdois fanáticos, foi decididamente repe-lido pelos universitários, não chegandosequer a sei- apresentada a siía can-didatura. O «quadro» foi composto, aformatura realizou-se normalmenteem ato que teve lugar no Teatro Mu-nicipal.

Os fanáticos lacerdistas. porém,grudados ao curso de jornalismo, de-cidiram não submeter-se à decisãopraticamente unânime dos bachare-landos. Resolveram promover Lacerdaa «paraninfo», de qualquer forma.Articularam, assim, a provocação ten-tada na última segunda-feira. Natu-ralmente, os estudantes da Faculdadede Filosofia não podiam submeter-se àprovocação.

Em defesa da própria autonomiauniversitária, os bacharelandos, com oapoio des demais estudantes decidi-ram nio permitir o desrespeito à auto*

nomia da Faculdade. Um numeroso pi-quête foi colocado desde cedo em frenteaos portões da Faculdade, impedindoa entrada do grupo de provocadores epoliciais comandados por Lacerda.

O governador da Guanabaraamargou, então, uma espetacular der-rota política, que veio se somar aoutros fracassos, também espetacula-res, nessa passagem de ano. Durantecerca de cinco horas, Lacerda debla-terou em vão frente aos portões fecha-dos da Faculdade e sob uma vaia in-cessante e estrondosa dos estudantese populares que acorreram ao local.Solicitada pelo diretor da FNFi, a Po-licia Especial do Exército assumiu adefesa do edifício da escola, frustran-do dessa maneira as ameaças feitaspor Lacerda de invadi-lo com a ajudada Polícia Militar ou de penetrar naFaculdade utilizando-se de uma esca-da Magvrus, do Corpo de Bombeiros.Afinal, de crista arriada e estampan-do na face o desalento da derrota,convenceu-se Lacerda do fracasso desua provocação. Sem «paraninfar» coi*sa alguma, a não ser uma fragorosaderrota, voltou para o seu palácioonde receberia o «conforto» de áulicoscomo Amando Fonseca.

Encerrou bem o ano o apátridaLacerda: derrotado na Assembléia,com a rejeição dos vetos, e escorraçadopela mocidade estudantil. Que 1964 lhedè em dobro o que obteve em 19631

ENTROULoto av» tomaram a **-• abandonar a porta do pri-iuldade, oa estudante» dot- dlo. Foi do advogado a "lu*

fraldaram dt uma Janelauma bandeira com a siglada UNK. Oa convidados (naproporção de três Uras pa-ra cada cinco pessoas), ti-pumando de raiva e coman-dados pelo duvidoso FlàvloCavalcanti, passaram a ar-rançar oa cartazes coloca-dos na porta do prédio. Aanarquia gortla durou pou-cos minutos, terminandocom a chegada de cincochoques da Policia do Exér-cito que cercaram a Facul-dade e colocando o* convl-dados no parque de estado-namento da FNFI. enquantoisolavam o prédio. A essaaltura, começaram a aflu-Ir populares e policiais àpaisana, os primeiros parasolidarizar-se com os estu-dante- e os últimos paraproteger dúzias de "mala-madas".

Uma vez ocupada a esco-Ia e Isolada pelas tropasfederais, a comando do co-ronel Domingos Ventura, oassunto estava praticamenteencerrado. Mas lss0 nào In-teressava a Lacerda, quequeria mesmo a provocação.Para tanto, depois de teremsido rechaçados os srs. Ere-mlldo Viana e Sobral Pinto,chegou o "tréfego governa-dor". Foi uma chegada fu-nebre: tremendo. Lacerdasaiu do automóvel nos bra-ços de um vigoroso majorda Policia Miltar, quP o pro-teceu de alguns mas nào detodos os cascudos que lheendereçaram.

Não Entra Nom SaiAo atravessar o cordão de

Isolamento da PE, Lacerdaselou o destino de sua tar-de: teve que passar váriashoras ouvindo o povo, enco-lhldo num canto, prague-Jando contra tudo e con-tra todos, mas sem podersair. pois de outro modoaquela duas mil pessoas ar-rançavam-lhe o couro.Fora do cordão. 0 povoas "malamadas" e a policia,comandada por Cecli Borer,

procurando confusão, às vè-zes consegulndo-a, mastambém apanhando da PE,quando eram descobertos.Dentr0 do cordão, as auto-ridades militares e -lideresuniversitários buscando umasolução. Mas para os estu-dantes só era pòssivel qual-quer entendimento com La-cerda longe da Faculdade.Esse não era, porém, o pen-samento do governador, quemal aconselhado, talvez ti-vesse pensado que entrariana FNFi nos braços do po-vo. Insistia em entrar, quan-do o que tinha de faser eradar volta atrás. A situaçãonào lhe permitia outra ai-ternativa. pois os estudantesrecusavam-se termlnante-mente a abrir o portão- La-cerda passou, então,, a pro-porcionar um espetáculo ri-diculo, pontllhado pela cre-tlnice e pela falta de edu-cação. Começou mandandoo reitor Pedro Calmon a(uma série de lugares impu-bllcáveis. tendo como res-posta o polido e fleumátlcosilêncio do reitor. Não aa-tlsfeito, Lacerda passou aInsultar oficiais do Exerci-to que também não lhe de-ram uma palavra. Depois deter insultado todas as auto-ridades, começou a prepararsua retirada, mas nisso foiinterrompido pelos gritossenls do advogado SobralPinto, que se recusava a

mtnoaa" idéia dt mandarvir uma ateada Magyruspara que o governador en*traaaa ptla Janela.Com o cair da noite, omedo do governador au-mentou, Mandou que Borer• atut asseclas abrissem ca-mlnho até um edifício dooutro lado.da rua, poli que-ri» aalr dali o mala depressapossível. Os policiais doDOP8, espalhados entre amultidão, tentaram condu-alr o governador. N0 melodo caminho, porém, Já es-tavam começando a deban-dar. Depois de receber ai*gumaj pedradas, Lacerda sónão rol pegado a unha por-que a PE acorreu lmedla-tamente, Jogando-o no ele-vador do edifício onde La-cerda «« "protegera", só sesentindo seguro num apar-lamento trancado, de ondesaiu tem aer visto, enco-lhldo. para Ir esbravejar natelevisão contra as autorl-dades federais.

Estudantis SaíramCom a retirado do gover-nador a "tarde dos gorilas"chegava a aeu fim. Diante

disso, a porta da Faculdadefoi aberta ao coronel Ven-tura e ao presidente do Di-retório . Acadêmico. SérgioCampos, que foram provi-denclár a evacuação do pré-dlo para ser lacrado- Seguiu-se uma rápida assembléiados alunos, durante a qualo diretor da Faculdade, pro-fessor Faria Oóls (nomeadocom a aprovação do- alu-nos) congratulou*-** com osestudantes pelo comporta-mento sereno que mantive-ram, não aceitando provo-caçoes. Quando o diretoragradeceu ao Exército pornào se ter. lançado contrao povo. foi aparteado pelocoronel Ventura, que escla-receu ao diretor que o Exér-cito brasileiro nào agiu nemagirá contra os populares.Seguindo-se ao diretor oestudante Elias Mansur.que, ressaltando a vitóriaconquistada naquela tarde,lembrou ao diretor que os -estudantes continuariam amanter um franco diálogocom a direção da Faculdade.,mas que aó mesmo temposaberiam tomar suas posl-ções independentes, aempreque Julgassem conveniente,pois somente com posiçõesde independência é que po-de haver serenidade emqualquer diálogo.

Minutos depois, os alu-nos abandonavam a Facul-dade. Estava terminada a"guerra da filosofia". Lacer-da fora escorraçado pelopovo e finalmente, náo en-trou na FNFi, de nada va-lendó-lhe o aparato poli-ciai, nem a baboseira daentrevista convocatória aosdemocratas que Sobral Pin-to havia dado na tarde an-terror a "O Globo", La-cerda. qu*> financia forma-tura* para ser paraninfo e 'fazer pregação golpista, foibarrado numa faculdade deseu próprio Estado e c.ta-mado de demagogo na for-matura de -,ua própria Uni-versldade (na noite anterior,o orador da turma demédicos da Faculdade deCiências Médicas desmasca-rara sua campanhi untipó-lio. chamando-o de deina-fogo

sob os aplausos do'eatro Municipal). Foi-seembora, amargurando amaderrota fragorosa.

.-* ''.I h;'<«« ¦I' '''•'>¦ Wmm u.'¦^¦'^>^mm mw "

^1 ¦': -V I

Waí\W m ^^1 H IW <*¦ P'f.- - '¦'"¦¦ m\ A.S ¦^^mu m^r i !' AB sssssssss^H ^V ^1 ^^P^*^*m^«M m^f^^v* AmmmV '* ' ^Âm H^pr P • f^H H|rm Wr^ , ¦ AWm^mmt ''¦*»''om fl*%*%* ¦ •' U''. W ' ••¦l*i5SKJT# 1 ¦'• 1 P*fcl * AMmmSi' *¦*> ^mmi v WHKv m mwm

Um cordão humano da PE separava otpopulares das autoridades que procuravamdissuadir o governador Carlos Lacerda deseu Intuito de entrar na FNFI ocupada pe-los estudantes. Maa finalmente, depois de

ser desaconselhado por seu assessor militarem subir numa escada Magyrus (txeeaaode peso), o governador retirou-se debaixode cascudos e pedradas Indo esconder-senum apartamento du viiinhaneaa. •' *'.

B^H^ssr «'^^1 bssssss^M ' *~ mEUJ^ST^m C^B SE-'«ksiwl X tb-^JH^-*% ^^^B ^T^I^B ^K^y^-^sP m^r^mmmr^^^^m^ m\\i' . pe tIB

—*.r*«*ki»v irmr;*E.r'jy>-!{22 K -oUr-r* ^mVm»A\. ^H¦-1* "* i ^**mT' 'r'}' ^Mmf ¦^¦'f\Amf^-WM BC*h ruwÊK- *%Am -.'4I Hm ' mar ' '' ¦-»¦%"$• Cl^mwèK J^*5S^un*^^^aVíu£^^H ^BBÍsí-* ' *kt^mW C*i¦ -.^^Ws^l-lar i . ^jiSmzmmwmAti . <-i^^mSkm\ Ü%aW*'' n^J I

A Policia do Exército que foi garantiro prédio da Faculdade Nacional de Filoso-fia de um ataque da policia lacerdlata teveainda que vigiar o governador que destra-tava as autoridades federais. Na foto vemos

o momento em que um tenente do Exércitopedia ao reitor Pedro Calmon t m> diretorFaria Oóls que evitassem conversar eomLacerda, pois seriam novamente lnsultadoapelo provocador. rechaçado.

uWm I*¦ m T-^^WJffm^sssssssssW^BSiBI^^^^B^^^P.-.lmlaM^B

- ^mfl bssssssssssssH Hs^^^^^^^^l ^Bs^^I^mPI ^¦m^^F amMMI B* fl sssssl*ssm K.'^fl H-1 B"ifl ^1 f-iP -^ w

m??%jm ^r^mV^-V mwm^^y'-^mi hi®1«'':< \, ^mw$.mwjAm mktmv.I I: J ttVaJ Eilillp.'' i w-rãi ¦I pi i^ Hffilil i. mWMm mmm?; '^'wmmmmmmmmM-.kr^-:.: immmmmmmmW'^íms^f»f^kw$ ktMxxi^mm:. -'-..;. llmm*Wm*%mlAmm irns'

mMwt^mM. m ^P\ m ur^U WêL* ' mW wAtt-mm-mm^mMm^mjmm:>m»^mmmt.^^ wêêTí; A*» .*-¦ sw<iwm mim:¦• tXvÃT. ¦ i»»

Desde as primeiras horas da tarde umaverdadeira multidão comprimiu-se às por-tas da FNFI para escorraçar Lacerda, lm-pedido de fazer sua pr**gaçiò gctJpLata/ pt~cupaiám.a IwtídBda^fr*-,*-****a\/ »•**¦ m%»mnus, du|i mwmvmjtmVtMtUJloa estudantes que ocuparam

^^ ¦ i . •. *

mm***

I Vitória da Revolução CubanaftHos Marighelta

A vitória da revolução cubana contribuiu parauma série de importantes modificações na situaçãoda América Latina. Essas modificações envolvem amaneira de apreciar os problemas da paz e da guer-ra. Dizem respeito a inúmeras questões da políticaexterna. Abrangem outros assuntos de ordem eco-nômica e política, social ou mesmo ideológica.

, O que há de fundamental nessas modificaçõesé que elas se deram sobretudo nas classes sociais,na sua atitude e no seu comportamento em facedas ocorrências e dos fatos novos oriundos da vitó-ria da revolução cubana.

No excelente trabalho de Almir Matos, intitula-do «Cuba —- Revolução na América», há um capítulofinal cuja leitura, bastante oportuna, aliás, ajuda-rá a esclarecer a natureza de algumas de tais mo-dificações.

A estratégia ianque na América Latina é ba-seada em instrumentos como o «Tratado do Rio deJaneiro» («Tratado Interamericano de AssistênciaRecíproca»). «Carta de Bogotá», «Organização dosEstados Americanos» («OEA»), «Acordo MilitarBrasil-Estados Unidos».

A essência de tal estratégia não é outra senãoesmagar pela força a revolução nacional-libertadoraem qualquer país latino-americano.

A vitória da revolução cubana não só abalou aestratégia dos imperialistas dos Estados Unidos.Levou-a também a enfrentar situações contradito-rias, de onde não poderá sair a não ser com perdasirreparáveis e por fim com a derrota.

A revolução cubana vitoriosa despertou a simpa-tia dos povos tm todo o mundo. Na América Lati-

na, particularmente, obteve essa simpatia e infun-diu confiança às massas, estimulando-as com oexemplo.

A estratégia do Departamento de Estado nor-te-americano e dos potentados da Casa Branca jánão encontra bases para a guerra local, com armasconvencionais, nem mesmo pode lançar mão de ar-mas nucleares sem os riscos de uma guerra mun-dial. É cada vez mais evidente que a defesa deCuba está estreitamente ligada à defesa da paz nomundo inteiro. Ao menor gesto de ataque do Pen-tágono à integridade de Cuba, seguir-se-á o revideda União Soviética, acompanhada de todos os paísessocialistas e da parte progressista e revolucionáriados demais paises do mundo.

Os imperialistas norte-americanos procuramagora insistentemente o isolamento de Cuba, por-que não conseguiram liquidar a revolução com aagressão armada ou com a guerra, a cujas bordasquase chegou a humanidade.

O isolamento de Cuba seria para eles o rompi-mento, pelo menos, dos países latino-americanos, epor conseqüência, a suspensão das relações diplo-máticas.

Os imperialistas ianques já haviam recorridoantes aos aviões piratas. Lançaram matérias infla-máveis sóbre Cuba. Despejaram sobre a ilha milha-res de armas norte-americanas e centenas de tonela-das de explosivos. Organizaram as fracassadas inva-soes da praia Oiron e da Baia de Los Cochinos.

Em nenhum desses momentos a OEA se reuniu pa-ra apurar de onde partia a agressão. Entretanto,recente denúncia, acusando falsamente Cuba de terdesembarcado ,3 milhões de toneladas de armasem território venezuelano, passa a ser motivo de in-vestigação de uma comissão de inquérito da OEA.»E através dessa organização, que outra coisa não é

senão um instrumento dos Estados Unidos, o De-partamento de Estado pressiona para obter o rom-pimento com Cuba. £ por êsse meio que os magna*tas norte-americanos e os círculos dirigentes deWashington pretendem levar a u'a mudança subs-tancial a política externa dos países mais importan-*tes da América Latina. O Brasil e o México encon-tram-sc, particularmente, entre os países visados*pelos Estados Unidos para essa infame manobra.Trata-se de uma espécie de ação coletiva sob o pa-trocínio da OEA, baseada no caduco Tratado do Riode Janeiro. Com isso os imperialistas norte-ameri-canos poriam abaixo a política externa de defesa daautodeterminação e de não-intervenção que até ago-ra tem sido um. pon to positivo na atitude do go-vêrno brasileiro em face de Cuba.

Forças entreguistas e reacionárias que atuamsobretudo no Itamarati e contam com o apoio doministro gorila Araújo Castro, trabalham ao ladodos norte-americanos pelo rompimento do Brasilcom Cuba.

A política externa brasileira, em tal caso, so-freria sob êsse aspecto um retrocesso e, pelo menc»,no que se refere ao problema cubano,, teria deixa-do de refletir o sentimento do povo e os própriosinteresses da burguesia nacional.

É contra isto que se torna necessário mobili-sar com rapidez e energia o movimento popular.desolidariedade a Cuba. ' ", dÊste movimento tem amplitude, .ectifórme evi?denciou o Congresso Continental de solidariedadea Cuba, realizado o ano findo em Nh>rÓi. \

Recorrendo ao forte e prestigiado movimentosindical, ao movimento camponês que acaba de ai-cançar uma grande vitória política com a unifica-ção de suas forças principais; buscando o apoio domovimento estudantil organizado; apelando pára ai

demais forças populares em que ao incluem o movi-mçalp dos sargentos, os trabalhadores intelectuaisorganizados, o combativo movimento das mulherese outras- organizações e personalidades- é possívellevantar os amigos de Cuba e os defensores da política de autodeterminação e não-intervenção^ e Jo-var ao fracasso, mais unia vez, o odioso manejo deiDepartamento de Estado. ;j.

O que interessa ao povo brasileiro não é o rom-pimento com Cuba' mas ao contrário, a reafirma-ção por parte do governo João Ooulart da políticaexterna de defesa da autodeterminação c não-in-tervençâo. ¦''.'.. . •

A vitória da revolução cubana, cujo 5.' aniversá-rio é agora comemorado em todo o mundo, tem umaimportância muito grande para todos os brasileiros,que vêem na causa de Cuba a mesma causa dl Ms-so povo. _ .'.¦'*'¦•?

'-^-'^. Defendamos Cuba e defendamos, assim, a -prt-

pria causa do Brasil, combatendo o inimigo .comum— o imperialismo norte-americano —- e proaseguin-do na luta contra o latifúndio; v *' '* '

¦ ¦•..*¦•¦••¦ ¦• ¦ ¦¦ ;.,.¦-¦ ,¦ ¦»¦.¦:-¦'.:¦:;'. ¦'. ¦'-."?•¦;; • ,

';¦•, ¦.'. • ¦¦-'•"- • . ¦• ~~,- -vy o. '.;•?:., qtíçsív.*

k. A^mw^m^F^nm\>^m\ m*mv¦^ L ^¦m, IV

_^__^____!____l^i.._/. . .' . ¦' :. •;A-*< "... i V.jf-' y.

.„• \V

y\r •