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Page 1: I COS - Biblioteca Digital do IPBnicos de obra. Neste sentido, o sistema desenvolvido visa auxiliar a tomada de de ... O reaproveitamento de recursos, a utilização de infraestruturas

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Congresso de Inovação na

Construção Sustentável Congress af Innovation on Sustainable Construction

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Page 2: I COS - Biblioteca Digital do IPBnicos de obra. Neste sentido, o sistema desenvolvido visa auxiliar a tomada de de ... O reaproveitamento de recursos, a utilização de infraestruturas

Sistema de Gestão da Reabilitação para Ediffcios localizados em Zonas Urbanas Consolidadas

Sistema de Gestão da Reabil itação para Edifícios Localizados em Zonas Urbanas Consolidadas

Rui Oliveira ' , H. Sousa' , Jorge Lopes'

1 Inst. Polit. de Bragança, Campus de Santa Apolónia 5300-253 Bragança, Portugal, [email protected] ;: Fac. Eng.''l Universidade do Porto, Rua Dr. Roberto Frias 4200-465 Porto, Portugal. [email protected] J In st. Polit. de Bragança, Campus de Santa Apolónia 5300-253 Bragança, Portugal, [email protected]

Resumo

Ao longo das últimas décadas, a construção tem sido tipicamente nova, quando comparada com as práticas de reabilitação de edifícios. A ausência de estratégias de manutenção e de conservação em edifícios existentes contribui para a crescente degradação e consequente mau estado de conservação e aspeto do parque edifi­cado. Os edifícios antigos integram materiais, elementos e componentes passíveis de reutilização, contribuindo para a aplicação de práticas da construção sustentável.

Existem imensas particularidades associadas aos edifícios antigos que não são em muitos casos atendidas da melhor forma por parte dos promotores, projetistas e téc­nicos de obra. Neste sentido, o sistema desenvolvido visa auxiliar a tomada de de­cisão destes intervenientes, interligando as temáticas consideradas pertinentes no ãmbito da reabilitação de edifícios, com especial foco para os edifícios localizados nos centros históricos.

O reaproveitamento de recursos, a utilização de infraestruturas já edificadas, as ame­nidades e transportes públicos existentes nestes locais, entre tantos outros, quando relacionados com procedimentos que visam contornar as condicionantes e especifi­cidades da reabilitação tornam-se um particular desafio. Desenvolver um sistema que além de aliar todas estas valências, pretende ainda enquadrar práticas de gestão mais sustentáveis que o convencional foi o grande objetivo deste trabalho expresso em 50 sub-indicadores, desenvolvidos no ãmbito de uma Tese de Doutoramento intitulada de"Metodologias de gestão de obras de reabilitação em centros urbanos históricos':

Este sistema não pretende quantificar os benefícios obtidos nas diversas dimensões da sustentabilidade, mas sim garantir a adoção de práticas mais sustentáveis e evi­denciar particularidades da reabilitação, contribuindo para uma gestão mais eficaz nas fases de projeto e de obra.

Os resultados obtidos apontam para a pertinência do sistema de gestão como apoio à tomada de decisão em operações que envolvam reabilitação de edifícios em cen­tros urbanos históricos.

Palavras-chave: Projeto, reabilitação, sub-indicadores

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Inovação na Construção Sustentável I Innovation on Sustainable (onstruction (CINCaS' 12)

Introdução

O interesse em residir nos centros históricos tem vindo a ter cada vez mais adeptos apesar de os últimos Censos revelarem maior despovoamento nos centros das ci­dades. No caso da cidade do Porto, a perca de população foi de 9,6%, enquanto em Lisboa de 3,44%, comparando a variação de dados entre os Censos 2001 e 2011 [1].

As populações procuram nas periferias melhores condições de vida e de conforto, que em muitos casos não são as ideias, pois não têm em consideração a consolida­ção ao nível de comércio e de serviços que é corrente existir nos centros históricos, assim como condições relacionadas com infraestruturas de redes técnicas existentes nestes locais e os próprios edifícios com possibilidade de reutilização. Estes locais fomentam a criação e desenvolvimento de empregos, sendo muitas vezes um con­trassenso abandoná-los. Todas estas situações quando bem conjugadas contribuem para o desenvolvimento sustentável [2,3].

Na década anterior verificou-se à criação de políticas que visam incentivar o cres­cimento das intervenções nos edifícios, em parte devido às ações das SRU's (So­ciedades de Reabilitação Urbana) de todo o país, a par do conjunto de regimes de comparticipação financeira de apoio, mas que se revelam insuficientes e com pouca atratividade ao investimento.

Verifica-se que as intervenções em edifícios existentes não têm por vezes o devido tratamento face às particularidades relacionadas com a tipologia e com as caracte­rísticas dos próprios edifícios, sendo em muitos casos intervencionados como se fos­sem obras novas [4].

O projeto e elementos afins elaborados na fase de projeto são os documentos que transportam a informação para análise, ponderação e decisão para a fase de obra, embora existam aspetos que podem ter um tratamento mais cuidado em fase de projeto, contribuindo para eliminar entraves e imprevistos de diversa ordem aquan­do da execução, tais como acréscimo de custos, aumento de prazos, eliminação de obstáculos, que acabam por consumir recursos. Ou seja, existem detalhes de extrema importância cuja evidência deve ser equacionada e concretizada em projeto e que acabam por não ser evidenciadas. Neste sentido, considera-se importante desenvol­ver um sistema que tenha em consideração uma série de particularidades relacio­nadas com a gestão de operações de reabilitação de edifícios em centros históricos.

Enquadramento temático

O abandono e desinteresse pelos edifícios localizados nos centros históricos têm como consequência a deterioração e consequente ruína, agravada pela ausência de práticas de manutenção e de conservação [2]. As zonas mais antigas e emblemáticas

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Sistema de Gestão da Reabilitação para Edificioslocalizados em Zonas Urbanas Consolidadas

das cidades são pontos de atração turística, sendo até em muitos casos a própria ãncora de alicerce para a economia e desenvolvimento local. A descaraterização e despovoamento (gentrificação) destes locais podem constituir um atentado a vá­rios níveis, como por exemplo a perca de hábitos tradicionais e vivências típicas da população local. E também importante que o aspeto da envolvente, sobretudo do edificado tenha uma imagem agradável e renovada, devendo os próprios edifícios proporcionar boas condições de conforto e de salubridade aos residentes [5].

Contudo, a intervenção em edifícios localizados nos centros urbanos antigos tem par­ticularidades e variáveis que dependem de cada caso, sendo necessário caracterizar, avaliar e gerir convenientemente, por forma a otimizar trabalhos e tarefas, rentabilizan­do recursos, reduzindo as percas de rendimento, minimização de custos, eliminação de imprevistos entre outras particularidades [2]. A intervenção nos edifícios existentes é possível com práticas de reabilitação conciliadas com o seu estado de conservação, preservando as pré-existências e outros elementos de valor histórico reconhecido [6].

As práticas descritas e outras aliadas ao reaproveitamento de solos já impermeabi­lizados, utilização de infraestruturas existentes, redução da exploração de recursos naturais, redução dos consumos de energia, de águas e de gases com efeito de estu­fa, entre outras contribuem para intervenções mais sustentáveis comparativamente a práticas em obra nova. Os edifícios existentes nos centros históricos urbanos, en­quanto recursos, podem ser reutilizados para habitação e outras utilizações, suscitar o arrendamento urbano, construção a custos controlados, reabilitação a "Low cosI'; instalar instituições que tragam movimentação de pessoas, tais como hotéis, cre­ches, escolas, entre outros [7].

Deste modo está implícito um conjunto de variáveis que é necessário articular com procedimentos de gestão adequados à obtenção de maior eficiência. O desenvolvi­mento de um sistema de gestão que considere estas e outras particularidades relacio­nadas com as operações de reabilitação de edifícios antigos é o foco de uma Tese de doutoramento com o título "Metodologia de gestão de obras de reabilitação em centros urbanos históricos': Por sua vez, o sistema de gestão foi denominado de "Sistema de ges­tão da reabilitação para edifícios localizados em zonas urbanas consolidadas'; adiante de­signado de "Sistema de gestão': Este visa reunir um conjunto de procedimentos orien­tados para a temática da reabilitação de edifícios nas seguintes vertentes: legislação, especificidades e condicionantes, recomendações técnicas de intervenção e práticas sustentáveis. Está subjacente a preservação patrimonial dos valores artísticos e históri­cos culturalmente reconhecidos, assim como as práticas que demonstrem a obtenção de maiores benefícios económicos, ambientais e sociais. Um sistema de gestão focado para o processo de reabilitação torna-se complexo de esquematizar e de abranger to­das as variáveis, divergindo face à unicidade de cada edifício, para além da dificuldade em convergir soluções que sejam transversais a diversos edifícios com diferentes cara­terísticas e condicionantes próprias de cada reabilitação.

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Inovação na Construção Sustentável' Innovation on Sustainable Conslruction (CINCOS' 1 2)

Desenvolvimento do sistema de gestão

O encadeamento de estudos e de projetos desenvolvidos na fase de projeto são os meios que contribuem para o sucesso das operações de reabilitação "in situ'; nomeada­mente: projetos de arquitetura e de especialidades, Plano de Segurança e saúde em fase projeto, Caderno de Encargos, Especificações Técnicas gerais e especiais, entre outros.

O sistema de gestão é desenvolvido para ter aplicação na fase de projeto, auxiliando projetistas e promotores nas tomadas de decisão, contribuindo para a obtenção de edifícios mais sustentáveis. Este tem outros objetivos relacionados com a aglutinação de matérias e boas práticas sobre a reabilitação de edifícios, nomeadamente: auxiliar na gestão das operações de reabilitação, aplicar principios e práticas relevantes para a construção sustentável, graduar as práticas de forma que exista expressiva eficiên­cia comparativamente às práticas convencionais. Estas práticas quando ponderadas permitem obter benefícios relacionados com a redução de recursos e de consumos, para além de melhorar as condições de conforto e de salubridade [8].

Na ótica do promotor a aplicação do sistema de gestão permite comparar diferentes op­ções de técnicas, articulando possíveis argumentos tendo em conta uma série de parâ­metros de gestão que visam aspetos tecnológicos aliados à sustentabilidade. Além dos aspetos técnicos, permite ainda auxiliar na comparação entre opções de investimen­to, tal como na compra, venda, arrendamento entre diferentes edifícios, assim como comparar edifícios localizados em diferentes zonas, permitindo nestes casos analisar e quantificar qual o local de onde podem advir maiores benefícios na fase de utilização.

O conjunto de parâmetros descritos no sistema de gestão está direcionado para a integração como um todo, embora sejam tidas reservas quando utilizado por partes.

Os conteúdos do sistema de gestão abrangem temáticas relacionadas com as diver­sas etapas de um processo de reabilitação. Segundo Walker (1996) [9], o processo de construção encontra-se estruturado em 3 subsistemas, "Canceptian'; "inceptian" e "re­alization'; abrangendo o último subsistema a parte de projeto e simultaneamente de execução de obra. O sistema de gestão abrange a envolvência das seguintes áreas: Envolvente e localização, Conceção e projeto, execução e utilização.

Os elementos base de constituição deste sistema atendem a todo o processo de re­abilitação [10] e incluem temáticas especificas na ótica da reabilitação de edifícios, nomeadamente: legislação, especificidades e condicionantes, recomendações técni­cas e práticas sustentáveis.

Legislação aplicada à reabilitação de edifícios

Não existe legislação especifica direcionada para a reabilitação de edifícios, sendo um dos entraves apontados [11], sendo a legislação vigente transversal para a reabili­tação e a construção nova. O sistema além de reverter para a legislação especifica do

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Sistema de Gestão da Reabilitação para Edifícios localizados em Zonas Urbanas Consolidadas

setor da construção, atende também à legislação que visa maior especialização para os edifícios antigos, tais como os diplomas relacionados com o regime de proteção e valorização do património cultural, classificação dos bens imóveis de interesse cultu­ral, entre outros relacionados com as especificidades da reabilitação urbana.

Também foi atendida legislação relacionada com os regimes de comparticipação financeira e particularidades atendidas em Normas técnicas também direcionadas para a reabilitação e conservação de edifícios históricos.

Especificidades e condicionantes à reabilitação de edifícios

O sistema de gestão atende também a um conjunto de especificidades e de condicio­nantes [2] consideradas com maior significado na reabilitação de edifícios (quadro 1).

Recomendações técnicas e boas práticas na reabilitação de edifícios

Foram tidasem consideração um conjunto de recomendações técnicas e boas práti­cas para aplicar aquando da reabilitação de edifícios:

Recomendações técnicas em fase de conceção e projeto [12, 13, 14]:

- Determinação do estado de conservação do edifício e de edifícios vizinhos recor-rendo a métodos simplificados e sempre que necessário a ensaios e diagnósticos;

- Reduzir ao mínimo as intervenções, preservando materiais e técnicas de construção;

- Identificar e solucionar patologias existentes, bem como promover reforço estrutural;

- Compatibilidade entre materiais novos e existentes;

- Uso de materiais e componentes que permitam a reversibilidade;

- Melhorar os níveis de desempenho do edifício;

- Promover a eficiência energética e hídrica;

- Intervir na lógica integrada do contexto do ciclo de vida do edifício;

- Promover a conservação e a manutenção planeadas;

- Preparar as intervenções para possível prática na vertente da desconstrução;

- Melhoria das condições de acessibilidade nos edifícios.

Na mesma linha de orientação, o ICOMOS"Conseiflnternational des Monuments etdes Sites"tem vindo a defender a defesa dos conceitos relacionados com a conservação e salvaguarda da autenticidade e da originalidade [6], descrevendo um conjunto de re­comendações para os intervenientes em edifícios antigos. Essas recomendações são baseadas genericamente na aquisição de dados, análise e comportamento estrutu­rai, diagnóstico e avaliação da segurança estrutural (ensaios), definição de medidas de intervenção (estratégia e medidas de apoio à tomada de decisão) [15].

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Inovação na Construção Sustentavel /lnnovation on Sustainable Construction (ClNCOS' 11)

Quadro 1. Especificidades e condicionantes à reabilitação de edifícios

ÃREAS ESPECIFICIDADES E CONDICIONANTES À REABILITAÇÃO DE EDIFíCIOS

Envolvente e localização

Conceção e projeto

Obra e estaleiro

Fase de utilização

Locais com menor interesse; Encerramento do pequeno comércio tradicional; Morfologia dos locais; Locais degradados; Indevida ocupação da via publica; Condições de insalubridade; Medidas de segurança contra

incêndios; Falhas ao nível das infraestruturas; Qualidade do espaço urbano.

Frequente ocorrência de obras clandestinas; Dificuldade de caracterização das preexistências; Normas e legislação adaptadas a obra nova;

Vulnerabilidade estrutural; Degradação de materiais e componentes preexistentes; Adulteração de soluções construtivas; condi~iona1ismos ~a

funcionalidade dos espaços; Custos de correção de patologias e anomalias; Ausência de estudos de diagnóstico; Intervenções desadequadas face às

necessidades; Excessivo tempo de aprovação dos projetos; Estudos de prospeção arqueológica; Nfvel de formação dos técnicos; Dificuldade de

implementação de soluções tecnológicas sustentáveis; Baixa tendência para reutilizar elementos pré-existentes.

Planeamento pouco aproximado com a situação real; Ausência ou omissão de condicionantes evidenciadas em fase de conceção; Avultados custos das

intervenções; Acrescida especificidade dos trabalhos também associados a maior quantidade de mão·de·obra e ritmos de trabalho mais lentos;

Omissão de riscos e de contingências; Legislação relacionada com segurança no trabalho; Recurso a empresas de subempreitada especializadas;

Inexistência de regime especial para empresas afetas à reabilitação de edifíciOS; Ausência de especificidades relacionadas com a contratação

pública; Intervenções com falhas ao nível do acompanhamento técnico; Ausência de atualização de documentos pós-obra; Poucos incentivos ao

investimento.

Não atualização dos registos de propriedade; Avultados impostos e taxas; Ônus incidente sobre edifícios; Frequente especulação imobiliária;

Custos difíceis de quantificar; Demora e complexidade dos processos de licenciamento ou de comunicação prévia; Problemática das rendas;

Incentivos fiscais desajustados; Ausência de estratégias de conservação e de manutenção.

o Regime Jurídico da reabilitação urbana em áreas de reabilitação urbana cita tam­

bém um conjunto de recomendações [16]:

_ Melhoria das condições de habitabilidade nos edifícios;

_ Promover a modernização de infraestruturas na envolvente;

- Reabilitação de zonas verdes;

_ Melhorias das acessibilidades na envolvente;

_ Proteção patrimonial da envolvente exterior dos edificios e património arqueo­

lógico; _ Promoção das 3 dimensões da sustentabilidade nas áreas urbanas a reabilitar

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Sistema de Gestão da Reabilitação para Edifícios localizados em Zonas Urbanas Consolidadas

Por sua vez, existem também ainda outras recomendações técnicas para auxílio na gestão de intervenções em edifícios antigos, nomeadamente [13,14]:

- Maior interação entre projeto e a obra;

- Levantamento exaustivo de condicionantes e especificidades do próprio edifício;

- Levantamento de problemáticas da fase de obra, definindo possíveis procedi-mentos que visem a sua resolução, reduzindo riscos e eliminando imprevistos;

- Estimativa das quantidades ao nível de mão-de-obra especializada;

- Necessidade de acompanhamento técnico e de subempreitadas espeCializadas;

Princípios da construção sustentável

A prática de reabilitação de edifícios só por si já evidencia práticas de sustentabi­lidade. Mas a própria filosofia de intervenção pode ter uma expressão ainda mais exaustiva, tendo-se em consideração a aplicação dos princípios para a construção sustentável sugeridos na Conferência Mundial sobre construção sustentável, em Tampa, Flórida (1994) [17] :

- Minimizar o consumo de recursos;

- Maximizar a reutilização dos recursos;

- Utiliza r recursos renováveis e recicláveis;

- Proteger o ambiente natural;

- Criar um ambiente saudável e não tóxico;

- Fomentar a qualidade ao criar o ambiente construído.

Metodologias de avaliação da sustentabilidade em edifícios

Tendo em conta algumas das metodologias existentes referentes à avaliação da sus­tentabilidade em edifícios, nomeadamente 8reeam, Leed, HQE, liderA, S8TooIPT, pro­cedeu-se à análise dos parâmetros que eram comuns e que tinham maior expressão nestas metodologias. Foram adotados os parâmetros comuns em 3 ou mais do con­junto das metodologias evidenciadas, quadro 2. Teve-se em consideração a tentativa de uniformização de uma estrutura comum no campo da avaliaçâo da sustentabili­dade de edifícios [18], apesar de existirem significativas diferenças na definição de critérios, escalas de desempenho e de ponderação nas diferentes metodologias [8].

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Inovação na Construção Sustentável/lnnovation on Sustainable Construction (CINCOS' 12)

Quadro 2. Parâmetros comuns entre metodologias de avaliação da sustentabilidade em edifícios

Parâmetros comuns entre metodologias de avaliação da sustentabilidade em edifícios - Gestão de resíduos - Conforto térmico - Eficiência na utilização de água - Conforto acústico - Reutilização de locais previamente desenvolvidos - Condições de ventilação - Contaminação dos solos e reutilização - Satisfação dos ocupantes - Pegada do edifício - Espaço ao ar livre - Políticas ambientais - Qualidade do ar interior - Minimização dos riscos climáticos regionais - Percurso pedonal seguro e adequado - Minimização de riscos diversos (p ex. sismos) - Ciclovias seguras e adequadas - Caudal das emissões atmosféricas -Interação social - Uso de materiais de baixo impacte ambiental - Facilidade de manutenção - Estaleiro de obras com baixo impacte ambiental - Adaptabilidade ao uso - Acessibilidade aos transportes públicos e serviços -Iluminação e conforto visual -Incentivo à utilização de transportes alternativos - Otimização do consumo de energia - Estratégia para baixar o custo do ciclo de vida - Uso de energias renováveis

Sistema de gestão da reabilitação para edifícios localizados em zonas urbanas consolidadas

Tendo em conta os elementos base constituintes do sistema e a especificidade do processo de reabilitação [10], considerou-se a sua divisão em 4 áreas temáticas que abrangem 15 indicadores que agregam 50 sub-indicadores temáticos (figura 1).

Cada sub-indicador tem uma descrição relacionada com os seus objetivos e proce­dimentos através da implementação de 5 possíveis práticas, descritas como critérios de valoração, classificados desde práticas menos sustentáveis (valoração 1) a práti­cas mais sustentáveis (valoração 5). As práticas valoradas com 2 são consideradas práticas convencionais ou correntes, ou seja são situações consideradas frequentes, sendo objetivo que se implementem práticas mais sustentáveis que estas.

O sistema de gestão tem em conta particularidades relacionadas com a gestão do processo de reabilitação, tendo sempre em consideração as melhores práticas que visam a obtenção de maiores benefícios ao nível de: residuos, utilização de água, re­aproveitamento de solos, emissões atmosféricas, consumos de energia, uso de ener­gias renováveis, materiais de baixo impacte, iluminação e conforto visual, conforto térmico e acústico, ventilação, satisfação dos ocupantes, espaços livres, amenidades e transportes, acessibilidades, fomento de transportes alternativos, redução dos cus­tos ciclo de vida, facilidade de manutenção, continuidade do ciclo de vida do produ­to e do edifício, entre outras [8].

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Sistema de Gestão da Reabil itação para Edifícios Localizados em Zonas Urbanas Consolidadas

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Figura 1. Áreas temáticas, indicadores e sub-indicadores do sistema

Estudo de caso preliminar (estudo de caso piloto)

O sistema de gestão anteriormente descrito foi submetido a um estudo de caso preli­minar, também designado de estudo piloto, sendo uma das vias da abordagem qua­litativa [19,20]. Este estudo de caso preliminar baseou-se na realização de entrevistas, apoiada por um questionário, a 5 técnicos familiarizados com a temática da reabilita­ção de edifícios, envolvendo desde arquitetos, engenheiros e ainda um técnico com formação em restauro. Estes têm ação profissional no ensino e investigação, gabine­tes de projetos e obras enquadradas com as temáticas da reabilitação e da gestão.

O questionário foi dividido em 7 grupos de questões, abrangendo questões do tipo SIM/NÃO/SEM RESPOSTA e a formulação de questões do tipo abertas para expressão da opinião dos entrevistados. As respostas do tipo SIM/NÃO/ SEM RESPOSTA obtidas apontam para as seguintes conclusões, (quadro 3).

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Inovação na Construção SustentiÍvel / Innovation on Sustainable Construction (CINCOS' 12)

Quadro 3. Análise das respostas obtidas às questões do tipo SIM/NÃO/SEM RESPOSTA

% respostas >60%

80%

80%

2!60%

~60%

Conteúdos das respostas Interativo (80%), intuitivo (60%), percetível (100%). Permite alcançar os objetivos a que se propõe. Permite auxiliar na tomada de decisão, caracterizando e enquadrando bem as intervenções, contribuindo para promover práticas mais sustentáveis. As 4 áreas selecionadas são abrangentes e pertinentes (80%), os conteúdos caracterizados na área "Envolvente e localização" são suficientes para auxílio aquando da seleção de habitação (60%), concordãncia com os 15 indicadores selecionados (60%).

Adequação do conjunto dos 50sub-indicadores (60%), e cada sub-indicador apresenta uma clara e percetível descrição (1 00%). Critérios dos sub-indicadores ajustados (80%), sem dúvidas na interpretação (60%), os critérios valorados com 2 representam as práticas convencionais (60%), com 1 práticas menos sustentáveis (60%) e com 3, 4 e 5 com práticas mais sustentáveis que as convencionais (60%).

Foi também desenvolvida uma questão relacionada com a possibilidade de altera­ção de algum(s) do(s) critério(s) de valoração, obtendo 40% de respostas SIM, 40% de respostas NÃO e 20% SEM RESPOSTA, interpretando-se a mesma como aceite, apesar da necessidade de ajustes, uma vez que o desenvolvimento de um sistema deste tipo levanta sempre subjetividade e opiniões de diversa ordem focadas para a área de ação e de conhecimento, neste caso dos entrevistados.

Cada interveniente tem tendência para direcionar as temáticas para as suas áreas profissionais, sendo portanto difícil de obter unanimidade em algumas questões, sendo um ponto desfavorável na investigação que envolve casos de estudo [19].

Contudo, o sistema de gestão foi também objeto de análise e de opinião por mais 2 intervenientes, além dos 5 entrevistados, que embora não tenham sido submetidos a entrevista, nem a preenchimento do questionário, emitiram a sua opinião sobre o sistema de gestão. Em termos de formação base são engenheiros ligados ao ensino e investigação e outro no departamento de ambiente e sustentabilidade de uma empresa de projetos e construção.

A opinião destes 2 intervenientes foi enquadrada com a opinião emitida pelos res­tantes 5 intervenientes nas questões abertas dos questionários, obtendo-se as prin­cipais conclusões:

- Liberdade de intervenção arquitetónica tendo em conta autenticidade e preser­vação dos valores culturais patrimonial mente reconhecidos;

- Atender à valorização patrimonial das preexistências, tais como fachadas, pavi­mentos, tetos, paredes e outros elementos com função rara e histórica reconhe­cida e identificada nos edifícios e passíveis de reaproveitamento.

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Sistema de Gestão da Reabilitação para Edifícios localizados em Zonas Urbanas Consolidadas

- Enquadrar a possibilidade de incluir materiais reciclados e recicláveis;

- Repensar na ponderação do sub-indicador "Incorporação de materiais novos'; uniformizando uma quantificação tendo em conta o número de materiais utili­zados que tenham requisitos relacionados com questões ecológicas e benefícios ambientais.

- Recomendações relacionadas com a utilização de produtos químicos possíveis de aplicação, sobretudo nos casos de restauro, podendo ser substituídos por ou­tros direcionados para as preocupações ecológicas.

- Referência à preferência de recursos de mão-de-obra local.

- Valorizar o potencial turístico dos edifícios localizados nos centros históricos.

- Não tem sentido considerar soluções ao nivel de produção de energia relacio-nadas com mini-hídricas, turbinas eólicas, por não se enquadrarem nos centros históricos.

Ajustes ao sistema de gestão

Com base nos resultados obtidos com o estudo de caso preliminar, o sistema passou a ter a seguinte configuração (figura 2).

AREAS I Cód I INDICADORES I N. I Cód. SUB-INDICADORES

1 58 1.1.1 Transportes públicos r 11.1

Mobilidade e 2 581.1.2 Estacionamento automóvel amenidades 3 58 1.1.3 Amenidades locais

4 581.2.1 Meios exteriores de combate a

incêndios 11.~

Infraestruturas Redes técnicas em espaço locais 5 581.2.2

IA1) público Envolvente 6 581.2.3 Qualidade espaço urbano

e localização 7 581.3.1 Ocupação do solo

Ocupação de solo 8 581.3.2 fndice de construção e

11.3 impermeabilização urbano 9 581.3.3

Espaços verdes, de recreio e de lazer

YI1·4 Orientação e 110 581.4.1 Exposição solar I exposição solar I 111 58 1.4.2 Orientação solar

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Inovação na Construção Sustentável ! Innovation on sustainable (onstruction (ClNCOS'12)

- 12 582.1.1 Levantamentos

12.1 Necessidade de I 13 582.1.2 Caracterização e diagnóstico

reconhecimentos 1 14 582.1.3 Singularidades dos projetos

15 582.2.1 liberdade/condicionantes de

Organização operação

12.2 arquitetõnica e 16 582.2.2 Relação área útil/área bruta

salubridade 582.2.3

Isolamento acústico e qualidade 17 do ar interior

Necessidades de la 58 2.3.1 Redes técnicas prediais

intervenção em 19 582.3.2 Contenções periféricas

12.3 infraestruturas, 20 58 2.3.3 Fundações

fundações e elementos 21 582.3.4 Elementos estruturais

(A2) estruturais

Conceção Reutilização de materiais pré-

22 582.4.1 existentes 12.4 Materiais

1 23 582.4.2 Novos materiais

24 582.4.3 Segurança ao fogo

25 582.5.1 Aproveitamento e reutilização

de águas

26 582.5.2 Coletores solares para AQS

27 582.5.3 Produção energia elétrica

12.5 Promoção da

28 582.5.4 Eficiência energética ao nível do

sustentabilidade conforto térmico

29 582.5.5 Soluções complementares de

eficiência energética

30 582.5.6 Soluções bioclimáticas

31 582.5.7 Outras soluções sustentáveis

32 583.1.1 Estaleiro e espaço envolvente

33 583.1.2 Estado de conservação de

(A3) Condicionantes edifícios adjacentes

Execução 13.1 iniciais dos 34 583.1.3

Estabilização e consolidação de

de obra e trabalhos obra e de edifícios adjacentes

Estaleiro 35 583.1.4

Impermeabilização de edifícios adjacentes

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Sistema de Gestão da Reabilitação para Edifícios localizados em lonas Urbanas Consolidadas

-- Quantidades de mão-de-obra e 36 583.2.1

ritmos de trabalho

Industrialização! Mão-de-obra especializada/

13.2 execução dos 37 583.2.2 capacidade técnica das

trabalhos empresas

I- 1-1-38 583.2.3 Subempreitadas especializadas

Necessidade de 39 583.2.4

acompanhamento técnico

40 583.3.1 Propensão de alterações ao

(A3) projeto Execução

41 583.3.2 Propensão à ocorrência de

de obra e Potencial de risco e trabalhos imprevistos Estaleiro 13.3

de contingências Propensão ao incumprimento 42 583.3.3

de prazos

43 58 3.3.4 Propensão para outras condicionantes de obra

44 583.4.1 Trabalhos de prospeção

Outras arqueológica

13.4 especificidades

45 583.4.2 Gestão de resíduos de

decorrentes dos construção e demolição trabalhos Necessidades de realojamento

46 583.4.3 de ocupantes

r 14.1 Custos de 47 S64.1.1 I Intervenção em espaço urbano

intervenção 48 584.1.21 Intervenção geral no edifício

(A4) Custos 49 584.2.1

Propensão a benefícios e

14.2 Incentivos e outros incentivos fiscais

custos 584.2.2

Estratégias de manutenção e 50

conservação

Figura 2. Áreas temáticas, indicadores e sub-indicadores do sistema apõs ajustes resultantes dos resultados obtidos com o estudo de caso preliminar

Os ajustes efetuados não tiveram grande alteração, nem impacto no foco do sistema, baseando-se na modificação das designações de alguns indicadores e sub-indicado­res, passagem de um sub-indicador para a abrangência de outro indicador, modifica­ção e ajustes em alguns critérios de valoração de 8 sub-indicadores.

A títu lo de exemplo, o quadro 4, descreve os conteúdos do sub-indicador 20, com a designação "582.3.3 Fundações': pertencente ao indicador "12.3 Necessidades de intervenção em infraestruturas, fundações e elementos estruturais" da área "A2 con­ceção': Contempla ainda os 5 diferentes critérios de valoração, sendo va lorado com 5 o procedimento considerado mais sustentável e melhor prática, com 1 o menos sustentável e pior prática e com 2 a prática corrente e convencional.

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Inovação na Construção Sustentável I Innovation on Sustainable Construction (CINCOS' 1 2)

Quadro 4. Exemplo da temática de um sub-indicador e critérios de valoração

Sub-indicador 5B2.3.3. Fundações I 20

Parâmetro com referência em projeto às fundações do edifício, privilegiando-se

Descrição do fundações existentes que são mantidas ao invés de fundações integralmente novas. NOTA: No caso da reabilitação e reconstrução de edificios são vários os procedimentos de consolidação

sub-indicador e reforço das fundações, tais como: preenchimento de zonas infra escavadas, confinamento e injeção da fundação, alargamento das fundações, injeção de calda de cimento ou resinas, recalçamento de fundações das paredes por meio de execução de poços, micro-estacas, entre outras.

Construção de fundações indiretas à base de estacaria, micro-estacas ou 1

outras não correntes. Construção de fundações diretas totalmente novas e caso existam sem

2 intervenção nas sapatas existentes.

Critérios de Necessidade de construção de outras fundações do tipo diretas e/ou

3 necessidade de consolidação ou reforço das existentes.

valoração Necessidade de consolidação ou reforço de fundações existentes mas sem necessidade de fundações novas suplementares e/ou no caso de existir

4 construção de outras fundações diretas, a área destas em planta não exceda 1 % da área total de implantação do edifício.

Sem necessidade de intervenção nas fundações existentes. 5

Conclusões

Os conteúdos definidos nos diversos sub-indicadores visam a obtenção de benefícios na vertente da sustentabilidade e no auxílio da gestão das operações de reabilita­ção de edifícios. Estes contribuem com princípios que visam reutilização de solos já impermeabilizados, uso de locais já consolidados e infraestruturados, reutilização de stock edificado como recursos passíveis de reutilização, economia de energia e água, assegurar salubridade dos edifícios, planear conservação e manutenção dos edifícios, reutilização de materiais pré-existentes, fomento de utilização de materiais reciclados e provenientes de desconstrução, apresentar baixa massa de construção, minimizar produção de resíduos, ser económica, garantir condições de segurança no trabalho, garantir durabilidade dos materiais e componentes, entre outras [14,21, 22]. A sua aplicação está estruturada para suceder em fase de projeto por parte de projetistas, embora possa ser aplicado por promotores em fases anteriores ao projeto.

O sistema de gestão desenvolvido a partir da legislação, das condicionantes, com foco para as temáticas da sustentabilidade visam acompanhar todo o processo da reabilitação de edifícios, auxiliando na gestão das diversas etapas [9].

Os resultados do estudo de caso preliminar revelam uma tendência para o interesse nos conteúdos do sistema de gestão, embora existisse necessidade de proceder a alguns ajustes considerados de pouca relevância.

Em suma, o sistema pretende ser um contributo no domínio da sustentabilidade adaptada às particularidades da intervenção na reabilitação de edifícios, não esque-

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Sistema de Gestão da Reabilitação para Edifícios Localizados em Zonas Urbanas Consolidadas

cendo as matérias relacionadas com a própria gestão de obra que são em muitos ca­sos descuradas na fase de ~rojetoJ2]. Pretende-se também que o sistema de gestão ~enfha um contnbuto na ellmlnaçao de imprevistos, riscos e contingências próprios da ase de o~ra, mas que em certas situações são devidas à falta de caraterização e

e ponderaçao aquando da fase de projeto.

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