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Questões de TI comentadas para concursos Handbook de Além do gabarito Processos de Negócio Parte 2 CESPE - Centro de Seleção e de Promoção de Eventos Volume 11 Grupo Handbook

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Questões de TI comentadas para concursos

Handbook de

Além do gabarito

Processos de NegócioParte 2

CESPE - Centro de Seleção e de Promoção de Eventos

Volume 11

Grupo Handbook

Handbook de Questões de TI Comentadas para Concursos Volume 11 – Edição 1

Prefácio

Este é o volume 11 da série Handbook de Questões de TI Comentadas para Concursos – Além doGabarito, que traz para você uma coletânea especial de questões da área de processos, sele-cionadas de provas organizadas pela Cespe, banca que possui vasta tradição na organizaçãode concursos de grande porte e de alto nível de dificuldade.

Entre as provas das quais as questões foram selecionadas, estão a prova para Analista de Sis-tema Pleno – Processos para a Petrobras em 2006, e, também, a prova para Analista de SistemasJúnior – Processos de Negócio para a Petrobras aplicada em 2008.

O tema processos de negócio vem sendo cada vez mais cobrado nas provas de concursos, re-fletindo a preocupação dos órgãos públicos em contratar profissionais capazes de implemetarsoluções de TI altamente alinhadas aos objetivos da organização.

Diante desse cenário, o Grupo Handbook de TI preparou mais este volume, com questõesda área de processos de negócio, abordando temas como Gerenciamento de Projetos, Planeja-mento Estratégico, PMBOK, Desenvolvimento Evolucionário, Sistemas Distribuídos, Web Ser-vices, etc. Este volume é útil para todos que desejam prestar concursos na área de processos,em especial, aqueles organizados pela Cespe.

Bons estudos,

Grupo Handbook de TI

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Este material é registrado no Escritório de Direitos Autorais (EDA) da Fundação BibliotecaNacional. Todos os direitos autorais referentes a esta obra são reservados exclusivamente aosseus autores.

Os autores deste material não proíbem seu compartilhamento entre amigos e colegas próxi-mos de estudo. Contudo, a reprodução, parcial ou integral, e a disseminação deste material deforma indiscriminada através de qualquer meio, inclusive na Internet, extrapolam os limitesda colaboração. Essa prática desincentiva o lançamento de novos produtos e enfraquece a co-munidade concurseira Handbook de TI.

A série Handbook de Questões de TI Comentadas para Concursos – Além do Gabarito é uma pro-dução independente e contamos com você para mantê-la sempre viva.

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1. Assuntos relacionados: Gerenciamento de Projetos, PMBOK, Ciclo de Vida de Projeto,Banca: CespeInstituição: INMETROCargo: Analista Executivo em Metrologia e Qualidade - Processos de Negócios e Tecnologia daInformaçãoAno: 2009Questão: 47–49

De acordo com o Guia do Conjunto de Conhecimentos no Gerenciamento de Projetos (PM-BOK), julgue os itens subsequentes.

47 Se uma indústria de automóveis criar um projeto para a elaboração de novo modelode veículo e esse projeto chegar ao seu final quando o novo modelo for criado, aprodução dos diversos exemplares do carro deverá ser conduzida como outro projeto,por tratar-se de um trabalho operacional.

48 O gerente de projetos é responsável pelo controle dos recursos atribuídos ao projetopara atender aos seus objetivos, bem como pela otimização dos recursos organiza-cionais compartilhados entre todos os projetos.

49 O ciclo de vida de um projeto define as fases que conectam o seu início ao seu final.O término e a aprovação de produtos caracterizam a conclusão de uma fase.

Solução:

47 ERRADO

Como o próprio nome diz, o PMBOK (Project Management Body Of Knowledge, noportuguês Conjunto de Conhecimento em Gerência de Projetos) é um conjunto denormas, padrões e práticas consideradas benéficas à área de gerência de projetos. OPMBOK surgiu de anos de observação de experiências boas e ruins vividas por profis-sionais da área de gerência de projetos, sendo dessa forma direcionado especialmentepara esse público.

O PMBOK é mais popularmente conhecido como o Guia PMBOK. Isso porque a pub-licação do padrão é feita na forma de um guia (A Guide To The Project ManagementBody Of Knowledge – PMBOK Guide). Atualmente, esse guia está em sua 4a edição.

O primeiro conceito importante apresentado nesse guia é a definição do que vema ser um projeto. Segundo o PMBOK, um projeto “é um esforço temporário realizadopara se criar um produto único, serviço ou resultado”. Por produto único, entenda-sealgo com algumas características únicas, que não existiam anteriormente. Por exem-plo, a criação e o desenvolvimento de um novo modelo de automóvel é feita por umprojeto. Já a operação de se produzir várias unidades desse automóvel não pode serconsiderada como um projeto, uma vez que nesse caso apenas se está reproduzindoalgo já existente. Além disso, a produção em escala de um automóvel não configuraum esforço temporário, mas sim uma operação contínua e repetitiva, onde todos osprocessos envolvidos na fabricação são bem conhecidos e o nível de incerteza sobreos resultados são baixos quando comparados ao da fase de projeto do automóvel.Portanto, a questão é incorreta, uma vez que ela afirma que o trabalho operacional dese produzir as unidades do novo automóvel deve ser feita por um projeto.

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48 ERRADO

Outro conceito fundamental abordado pelo guia PMBOK é com relação às respon-sabilidades de um gerente de projetos. Segundo o PMBOK, o gerente de projetosdeve:

– identificar os requerimentos do projeto;– identificar as preocupações, expectativas e necessidades dos clientes do projetos

durante a fase de planejamento;– saber equilibrar requisitos conflitantes como, por exemplo, escopo, orçamento,

prazos e riscos.

Um gerente de projetos é responsável pela aplicação das boas práticas contidas noPMBOK, de forma que o projeto sob sua gerência chegue ao resultados esperado damelhor forma possível. Ainda, um gerente de projetos deve ser responsável por ape-nas um projeto.

Quando um profissional está no controle de vários projetos, diz-se que este é umgerente de programa de projetos. Um programa de projetos é um conjunto de pro-jetos, que podem ou não compartilhar características em comuns. Tal profissional éresponsável por garantir que cada projeto (e seus respectivos gerentes de projetos)obtenha os recursos necessários para sua continuidade, assim como pela otimizaçãodos recursos compartilhados. Logo, a afirmativa da questão é incorreta, já que eladiz que essa tarefa é de responsabilidade do gerente de projetos e não do gerente doprograma de projetos.

49 CERTO

Apesar das características próprias de cada projeto, o PMBOK define um ciclo de vidagenérico que pode ser aplicado a qualquer tipo de projeto, independente do tamanhoe da complexidade que esse possa ter. Tal ciclo é definido de acordo com a seguintesequência:

– início do projeto;– organização e preparo do projeto;– execução do trabalho;– fechamento do projeto.

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Figura 1: ciclo de vida genérico, definido pelo PMBOK, para projetos.

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Novamente é preciso citar que esse é um ciclo de vida genérico. Cada projeto temsuas características próprias, que influenciam diretamente no andamento do projeto.O ciclo de vida define de maneira simples as etapas envolvidas desde o início doprojeto, onde, por exemplo, são levantados os requisitos e é proposto um documentoinicial, até o fim do projeto, onde ocorre a aceitação dos resultados e o arquivamentode toda a documentação gerada durante a realização do projeto.

O ciclo de vida pode ser composto por uma ou mais fases. Essas são divisões re-alizadas em pontos dentro de um projeto que geralmente necessitam de um controlemaior. O subproduto gerado em uma fase é a entrada da próxima fase, criando as-sim uma sequência que permite obter o produto final. Assim como no ciclo de vidatotal do projeto, onde a entrega e a aprovação do produto caracterizam a conclusãodo projeto, o mesmo ocorre quando se considera uma fase do projeto. Dessa forma, aafirmativa da questão é correta.

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2. Assuntos relacionados: Gerenciamento de Projetos, PMBOK, Gerenciamento de Aquisições,Banca: CespeInstituição: INMETROCargo: Analista Executivo em Metrologia e Qualidade - Processos de Negócios e Tecnologia daInformaçãoAno: 2009Questão: 54–56

O gerenciamento de aquisições do projeto é uma das áreas de conhecimento descritas noPMBOK. Entre os processos dessa área, está o de seleção de fornecedores. A respeito desseprocesso, julgue os itens subsequentes.

54 O processo de seleção de fornecedores recebe cotações ou propostas e aplica critériosde avaliação para selecionar os fornecedores que sejam qualificados e aceitáveis.

55 Para minimizar os efeitos de decisões pessoais na seleção de fornecedores, utiliza-seum sistema de ponderação. Na maioria desses sistemas, são atribuídos pesos numéri-cos a cada um dos critérios de avaliação.

56 Sistemas de triagem envolvem a eliminação prévia de fornecedores, em virtude dedesempenho passado, avaliação de qualidade e atendimento de contratos anteriores,bem como de lições aprendidas de outros projetos acompanhados pelo escritório deprojetos.

Solução:

54 CERTO

O PMBOK define também 9 áreas de conhecimento dentro de gerência de projetos.São elas:

1. Gerenciamento de integração do projeto;2. Gerenciamento do escopo do projeto;3. Gerenciamento de tempo do projeto;4. Gerenciamento de custos do projeto;5. Gerenciamento de qualidade do projeto;6. Gerenciamento de recursos humanos do projeto;7. Gerenciamento das comunicações do projeto;8. Gerenciamento de riscos do projeto;9. Gerenciamento de aquisições do projeto.

Para cada uma dessas áreas, o PMBOK discute sua função, assim como os processoenvolvidos na área. Por exemplo, a nona área, que trata do gerenciamento de aquisiçõesdo projeto tem como função gerenciar comprar, aquisições de produtos ou serviçosque sejam necessários para o andamento do projeto. Nesse sentido, é essa a área re-sponsável por exemplo por realizar cotações de produtos, selecionar qual a melhoropção, contratar serviços e verificar se há necessidade de alteração nos termos doscontratos firmados. Os processos envolvidos nessa área são:

– Planejamento de Aquisições: cujo o objetivo é verificar quais produtos devemser comprados ou quais serviços devem ser adquiridos pela equipe do projeto;

– Planejamento de Contratações: cujo objetivo é preparar a documentação necessáriapara os processos de solicitação de respostas dos fornecedores e de seleção defornecedores;

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– Solicitação de Respostas dos Fornecedores: cujo o objetivo é receber as cotaçõesenviadas pelos fornecedores sobre produtos e serviços que foram pedidas peloprojeto;

– Seleção de Fornecedores: cujo o objetivo é receber as propostas ou cotações e,através da aplicação de critérios de avaliação, selecionar quais serão os fornece-dores escolhidos;

– Administração de Contratos: cujo o objetivo é cuidar para que os contratos esta-belecidos sejam cumpridos da forma como foi estipulado;

– Encerramento de Contratos: cujo o objetivo é dar suporte à etapa de encerra-mento do projeto, verificando que todos os produtos ou serviços foram entreguesde forma aceitável.

Da discussão acima, pode-se concluir que a afirmativa feita é correta.

55 CERTO

Como mencionado na questão anterior, o processo de seleção de fornecedores é feitocom base na aplicação de critérios de avaliação. A definição desses critérios dependedas características de cada projeto. O PMBOK cita alguns exemplos, dentro os quaiscitamos:

– quão bem o que o fornecedor oferece está de acordo com o que foi pedido?– a seleção do fornecedor trará redução de custos ao resultado final do projeto?– o fornecedor tem, ou terá, a capacidade e o conhecimento necessários para fornecer

aquilo que está sendo pedido?– quais os riscos envolvidos na contratação do fornecedor?– o fornecedor possui processos gerenciais que garantam o sucesso do projeto?– qual a garantia provida pelo fornecedor?– qual a experiência de mercado ou referências que o fornecedor possui?

Como já mencionado, esse são apenas alguns dos critérios que podem ser usadospara a seleção. Afim de se garantir imparcialidade no processo, cada critério recebeum peso numérico de acordo com sua importância. Por fim, cada fornecedor recebeuma nota em cada critério e o de melhor desempenho é escolhido. Desse forma, pode-se concluir que a afirmativa é correta.

56 ERRADO

Um sistema de triagem consiste em estabelecer critérios mínimos de requerimentospara um ou mais critérios de seleção e, com base nesses, eliminar fornecedores quenão atendem a tais exigências. O uso de um sistema de triagem permite reduzir otrabalho envolvidos na decisão de quais fornecedores serão escolhidos, uma vez queaqueles que forem eliminados de antemão nessa etapa, não terão de ser analisadosmais profundamente.

Visto isso, a questão é incorreta uma vez que ela afirma que sistemas de triagemlevam em consideração somente experiências passadas, com fornecedores já conheci-dos e que não tenham cumprido contratos anteriores. Isso não deixa de ser um critériode avaliação. Entretanto, em um sistema de triagem, fornecedores que nunca foramcontratados podem ser eliminados também por não cumprirem os requisitos míni-mos.

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3. Assuntos relacionados: Sistemas Distribuídos, Common Object Request Broker Architecture(CORBA), Java Remote Method Invocation (Java RMI), Distributed Component Object Model(DCOM), Web Services,Banca: CespeInstituição: INMETROCargo: Analista Executivo em Metrologia e Qualidade - Processos de Negócios e Tecnologia daInformaçãoAno: 2009Questão: 63–67

Os sistemas de computação estão passando por uma evolução. Desde 1945, quando começoua era moderna dos computadores, até aproximadamente 1985, os computadores eramgrandes e caros. Contudo, mais ou menos a partir de meados da década de 80, doisavanços tecnológicos começaram a mudar essa situação. O primeiro foi o desenvolvi-mento de microprocessadores de grande capacidade. O segundo desenvolvimento foi ainvenção de redes de computadores de alta velocidade. Nesse cenário, surgem os sistemasdistribuídos, os quais são plataformas formadas por um conjunto de computadores in-dependentes que se apresenta a seus usuários como um sistema único e coerente. Comrelação às arquiteturas distribuídas, julgue os itens a seguir.

63 Na arquitetura cliente-servidor, todos os processos envolvidos em uma tarefa ou ativi-dade desempenham funções semelhantes, interagindo cooperativamente, sem dis-tinção entre os processos nem entre os computadores em que são executados.

64 Em uma arquitetura distribuída, middleware é definido como uma camada de soft-ware cujo objetivo é mascarar a heterogeneidade e fornecer um modelo de progra-mação conveniente para os programadores de aplicativos. Como exemplos de mid-dlewares é correto citar: Sun RPC, CORBA, RMI Java e DCOM da Microsoft.

65 Multicomputadores são populares e atrativos porque oferecem um modelo de comu-nicação simples; todas as CPUs compartilham uma memória comum. Os processosescrevem dados na memória, os quais podem ser lidos por outros processos depois.

66 Em sistemas distribuídos, a arquitetura cliente-servidor é implementada com umavariação na execução dos processos servidores, por meio de código móvel. Nessecaso, o código móvel é um programa em execução (incluindo código e dados) quedecide passar de um computador para outro em um ambiente de rede, realizandouma tarefa em nome de alguém e finalmente retornando com os resultados obtidos aesse alguém para a máquina origem.

67 Em uma arquitetura cliente-servidor, os pedidos são enviados em mensagens dosclientes para o servidor, e as respostas são enviadas do servidor para o cliente. Assim,uma interação completa entre um cliente e um servidor, desde o momento em queo cliente envia seu pedido até o momento em que recebe a resposta do servidor, échamada de requisição remota.

Solução:

Um sistema distribuído é aquele em que componentes localizados em uma rede de com-putadores se comunicam e coordenam suas ações através da passagem de mensagens (outroca de mensagens). Três características destacam-se nesses sistemas: concorrência entreos componentes, falta de sincronismo (relógio) global e falhas independentes dos compo-nentes.

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O compartilhamento de recursos é a principal motivação para a construção de sistemasdistribuídos. Tais recursos podem ser gerenciados por servidores e acessados por clienteou podem ser encapsulados como objetos e acessados por outros objetos clientes, por ex-emplo.

Os desafios na construção de sistemas distribuídos envolvem heterogeneidade de seuscomponentes (diversas arquiteturas e sistemas operacionais coexistindo), segurança, es-calabilidade (resposta satisfatória à medida que o sistema cresce), gerenciamento de falhas(manutenção do serviço na presença de falhas), concorrência (compartilhamento simultâ-neo de recursos) e transparência.

A heterogeneidade, em particular, considera diferentes arquiteturas de rede, múltiploshardwares de computadores, sistemas operacionais diversos, várias linguagens de progra-mação existentes, dentre outros aspectos. Além disso, programas escritos por diferentesdesenvolvedores podem não se comunicar adequadamente se não utilizarem padrões co-muns.

O termo middleware descreve uma camada de software que proporciona abstração deprogramação em sistemas distribuídos, mascarando a heterogeneidade de seus diversoscomponentes. Adicionalmente, provêem um modelo computacional uniforme a ser uti-lizado pelos programadores de aplicações servidoras e distribuídas.

A arquitetura de um sistema é a sua estrutura em termos de componentes especificadosseparadamente. A divisão de responsabilidade entre os componentes (aplicações, servi-dores e outros processos), paralelamente à “alocação” dos componentes nos computadoresda rede, é, talvez, o aspecto mais evidente no projeto de sistemas distribuídos. Os princi-pais tipos de modelos de arquitetura utilizados são:

• Modelo Cliente-Servidor. Os processos clientes interagem com processos servidoresindividuais (localizados em computadores distintos) com o objeto de acessar recursoscompartilhados. Eventualmente, servidores podem ser clientes de outros servidores.Por exemplo, servidores Web são clientes de servidores DNS, que traduzem nomesde domínios Internet para endereços de rede;

• Serviços providos por múltiplos servidores. Serviços podem ser implementadoscomo múltiplos processos servidores em computadores distintos interagindo quandonecessário para prover um serviço a um processo cliente. Os servidores podem par-ticionar o conjunto de objetos no qual o serviço é baseado e distribuí-los entre si, ou,alternativamente, podem manter réplicas desses objetos em diversos servidores. AWeb é um exemplo desta arquitetura, na medida em que cada servidor gerência suaporção das páginas existentes. A replicação é utilizada para incrementar o desem-penho e a disponibilidade e melhorar a tolerância a falhas;

• Servidores proxy e caches. Um cache é um “armazém” de cópias de objetos de dadosutilizados recentemente que se localiza mais próximo dos clientes do que os própriosdados. Caches são utilizados intensamente na prática: navegadores Web mantêm umcache de páginas visitadas recentemente, por exemplo;

• Processos pares (peers processes). Nesta arquitetura, todos os processos desem-penham papéis similares, interagindo cooperativamente como pares para executaruma tarefa ou computação distribuída, não havendo distinção entre clientes e servi-dores. Existem variações do modelo cliente-servidor que consideram “código móvel”e “agente móvel” em suas implementações.

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O termo “código móvel” refere-se a um código que pode ser enviado de um computadora outro e, em seguida, ser executado neste computador-destino. Os applets Java são osexemplos mais comuns. Uma vantagem em se executar localmente códigos baixados deoutros computadores é o fato de que esta estratégia proporciona uma boa resposta inter-ativa, já que não sofre os atrasos e variações característicos de comunicações através dasredes de computadores com baixa largura de banda.

Um “agente móvel” é um programa em execução (código e dados) que se transfere deum computador a outro em uma rede, transportando um tarefa (coleta de informações,por exemplo) e, eventualmente, retornando resultados para a origem. Comparando estaarquitetura com a de “clientes estáticos” tradicional, observa-se uma redução no custo eno tempo de comunicação ao substituir as invocações remotas de procedimentos (RemoteProcedure Calls – RPC) pelas execuções locais.

63 ERRADO

Este item está incorreto, pois atribui características da arquitetura de processos paresà arquitetura cliente-servidor. A “ideia geral” explanada está de acordo com a teoriarelativa ao modelo de pares, apesar de o gabarito oficial da banca examinadora in-dicar a anulação da questão. Possivelmente, tal fato tenha se dado pelo uso do termo“função” durante a assertiva, posto que há um entendimento geral da palavra como“atividade” e outro específico (considerando o contexto de programação) como “pro-cedimento”. Em termos de atividades, os pares realizam funções semelhantes tantode servidores quanto de clientes. Contudo, em termos de procedimentos, as aborda-gens são diferentes para ambos os papeis.

64 CERTO

Este item está correto na definição e na contextualização do termo middleware. Pode-se acrescentar à lista de exemplos a tecnologia SOAP, middleware direcionado a apli-cações envolvendo Web Services.

65 ERRADO

Este item está incorreto, pois descreve multiprocessadores sob o termo multicom-putadores. Os multicomputadores, comumente utilizados para acomodar sistemasdistribuídos para execução de uma tarefa específica e paralelizável (clusters de com-putadores, por exemplo), são constituídos por computadores individuais conecta-dos em uma rede de alta velocidade. Assim, cada computador possui sua própriamemória e as tarefas distribuídas precisam ser sincronizadas por meio de mecanis-mos eficientes de controle dados.

66 ERRADO

Este item está incorreto, haja vista descrever as características de um agente móvele atribuí-las à arquitetura cliente-servidor de código móvel, conforme a teoria ex-planada anteriormente esclarece.

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67 CERTO

Este item está correto, apresentando adequadamente a definição da arquitetura cliente-servidor e seus conceitos básicos.

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4. Assuntos relacionados: Banco de Dados, SGBD, Modelo Relacional, Modelo Entidade-Relacionamento,Isolamento entre Transações, Seriabilidade entre Transações, Durabilidade em Transação, Atomici-dade em Transação, Primeira Forma Normal (1FN), Segunda Forma Normal (2FN), Terceira FormaNormal (3FN),Banca: CespeInstituição: INMETROCargo: Analista Executivo em Metrologia e Qualidade - Processos de Negócios e Tecnologia daInformaçãoAno: 2009Questão: 75–79

Julgue os itens de 75 a 79, acerca de sistemas de bancos de dados.

75 Uma característica de sistemas de bancos de dados é o suporte a transações, as quaistêm as propriedades de atomicidade, durabilidade, isolamento e seriabilidade. Aseriabilidade, entretanto, não é relevante em sistema em que não haja concorrênciano acesso aos dados.

76 No modelo relacional, os termos relação, tupla, cardinalidade, atributo, grau, domínioe chave primária estão relacionados com a estrutura dos dados. Nesse sentido, écorreto afirmar que a quantidade de atributos de uma relação determina o seu grau eque o número de tuplas determina sua cardinalidade.

77 No modelo entidade-relacionamento, as entidades têm propriedades que tiram seusvalores de um conjunto de valores correspondente e são representadas por meio deatributos. Uma das propriedades desses atributos é a impossibilidade de multivalo-ração.

78 Para que uma relação esteja na segunda forma normal, é suficiente observar que todosos seus atributos sejam funcionalmente dependentes da chave primária.

79 Para garantir a atomicidade de uma transação, um sistema gerenciador de banco dedados pode fazer uso de bloqueios, que, por sua vez, podem introduzir um problemaconhecido como deadlock.

Solução:

Um Sistema Gerenciador de Banco de Dados (SGBD) é uma coleção de dados (arquivos)inter-relacionados e de um conjunto de programas para acessar tais dados. A coleção dedados, geralmente chamada de banco de dados (ou base de dados), pode conter as infor-mações relevantes de uma empresa, por exemplo.

A principal motivação para o uso de um SGBD é a possibilidade de proporcionar umaforma eficiente e conveniente de armazenar e recuperar informações. O gerenciamentode dados envolve tanto a definição de estruturas para armazenamento de informação (omodelo físico) quanto a disponibilização de mecanismos para manipular tais informações.Adicionalmente, o SGBD deve garantir a segurança da informação armazenada, mesmona presença de falhas ou tentativas não autorizadas de acesso.

Sobre o modelo físico, apóia-se o modelo de dados, que pode ser entendido como umacoleção de ferramentas conceituais para descrever dados, relações entre os dados, a semân-tica dos dados e as restrições de integridade. Dois modelos muito utilizados são o “modeloentidade-relacionamento” e o “modelo relacional”.

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O modelo de dados “entidade-relacionamento” (modelo E-R) é baseado na percepção eabstração do mundo real, que é composto por uma coleção de objetos (as entidades) e pe-los relacionamentos entre tais objetos. As entidades são descritas por atributos, que podemser simples, compostos ou multivalorados.

O modelo relacional utiliza um conjunto de tabelas para representar tanto os dados quantoos relacionamentos (ou relações) entre os dados. Cada entidade (ou objeto) é descrita poratributos restritos a seus respectivos tipos de dados (os domínios associados). Cada in-stância de entidade (os dados armazenados em si) é chamada de tupla (ou tuplo). A quan-tidade de atributos de uma tabela (ou relação) indica o grau da relação, ao passo que onúmero de tuplas indica sua cardinalidade.

Toda tabela deve possuir um atributo, ou conjunto de atributos, que funcione como umidentificador único, promovido a chave-primária, e que identifique de forma unívoca cadatupla da relação. Este conceito é essencial para a obtenção de formas normais.

A normalização é uma técnica utilizada para produzir um conjunto de relações que possuicerto conjunto de propriedades que minimizam dados redundantes e preservam a integri-dade do conteúdo armazenado à medida que ele recebe manutenção (inclusão, atualizaçãoe exclusão). Há três formas normais básicas.

Para que uma relação esteja na 1a Forma Normal, é necessário que:

• cada atributo de uma tupla contenha apenas um valor;• cada tupla seja composta da mesma quantidade de atributos; e• cada tupla seja diferente das demais.

A chave-primária consegue garantir a terceira exigência, pois é um identificador único decada tupla.

Para que uma relação esteja na 2a Forma Normal, é necessário cumprir os requisitos paraa 1a Formal Normal e, adicionalmente, garantir que todos os atributos sejam funcional-mente dependentes da chave-primária, isto é, que não exista valores distintos de atributosassociados ao mesmo valor de chave-primária em um dado momento.

Para adequar-se às regras da 3a Forma Normal, uma relação precisa cumprir os requisi-tos da 2a Forma Normal e garantir que os atributos não-chaves sejam independentes unsdos outros e dependentes do identificador único.

Em um SGBD típico, muitas transações ocorrem simultaneamente e é necessário haverum controle eficiente para a manutenção da integridade dos dados. Uma transação é umacoleção de operações que formam uma unidade lógica de trabalho. Para manter a integri-dade dos dados durante a execução de transações, um SGBD precisa manter as seguintespropriedades (conhecidas pelo acrônimo ACID):

• Atomicidade. Uma transação deve ocorrer por completo ou não deve ocorrer, isto é,execuções parciais são inadmissíveis;• Consistência. As transações não devem quebrar as regras de integridade do banco

de dados;• Isolamento. O resultado da execução de transações concorrentes deve ser o mesmo

que se obteria caso as execuções fossem isoladas;

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• Durabilidade. Mesmo na presença de falhas, as transações completamente execu-tadas devem persistir na base de dados.

Uma outra característica das transações em um SGBD é a seriabilidade, que auxilia amanutenção da consistência em bancos de dados na presença de concorrência. O escalona-mento das transações (processo de agendamento das operações que compõem uma transação)determina a ordem de execução das mesmas. Para garantir a seriabilidade, o SGBD deveefetuar escalonamentos cujos resultados sejam equivalentes a execuções seriais das transaçõesenvolvidas.

Uma técnica para garantir a seriabilidade de transações é requisitar que os itens de dadossejam acessados de uma maneira mutualmente exclusiva, ou seja, enquanto uma transaçãoestiver acessando um conjunto de dados, nenhuma outra transação pode modificá-lo. Ummétodo comumente utilizado para efetuar esta implementação é através de um bloqueiodos dados.

Contudo, o uso de bloqueios pode gerar uma situação indesejada, conhecida por dead-lock. Um sistema é dito em estado de deadlock quando existe um conjunto de transaçõesno qual cada transação está esperando por alguma outra no mesmo conjunto. Nesta situ-ação, nenhuma transação consegue progredir.

75 CERTO

Este item está correto ao listar algumas propriedades das transações, bem como aodescrição de uma delas. A questão pode confundir o candidato por não apresentar asclássicas características ACID (a seriabilidade aparece no lugar da consistência). En-tretanto, as características não são apresentadas como necessárias para a manutençãoda integridade dos dados, o que não invalida a assertiva.

76 CERTO

Este item é apontado como correto no gabarito oficial. Entretanto, existiria a pos-sibilidade de interposição de recurso ao candidato que indicasse a sentença comofalsa, pois as tuplas (e, consequentemente a cardinalidade) não fazem parte da estru-tura dos dados, e sim, compõem os próprios dados. A sutileza do raciocínio não foilevada em consideração pela banca examinadora, que optou por considerar todos oselementos citados como componentes da estrutura dos dados em um modelo rela-cional. As definições de grau e cardinalidade estão corretas.

77 ERRADO

Este item também está incorreto ao afirmar que os atributos não podem ser multi-valorados, fato aceito pelo modelo entidade-relacionamento.

78 ERRADO

Este item está incorreto, pois, para estar na 2a Forma Normal, além da citada de-pendência funcional, uma relação também deve cumprir os requisitos da 1a FormaNormal.

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79 CERTO

Apesar do gabarito oficial apontar o item 79 como correto, uma análise mais detal-hada revela uma informação incorreta na assertiva. A garantia da atomicidade estárelacionada ao gerenciamento de recuperação de falhas do SGBD, isto é, na presençade falhas, o SGBD deve garantir que uma transação será executada completamente ounão será executada. Não há o emprego de bloqueios para tal intento. Já o isolamentoe a seriabilidade podem ser beneficiados pelo uso de bloqueios.

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5. Assuntos relacionados: Engenharia de Software, Desenvolvimento em Cascata, Desenvolvi-mento Evolucionário,Banca: CespeInstituição: INMETROCargo: Analista Executivo em Metrologia e Qualidade - Processos de Negócios e Tecnologia daInformaçãoAno: 2009Questão: 84–86

O ciclo de vida de um software descreve sua existência desde sua concepção até sua de-sativação. A respeito da produção e dos processos de desenvolvimento de software, julgueos itens que se seguem.

84 A construção de um produto de software pressupõe o compromisso com um con-junto de requisitos antes do início do desenvolvimento de tal produto, seguido deum processo que é finalizado com a implantação do referido produto.

85 Em um processo de desenvolvimento em cascata, os testes de software são realizadostodos em um mesmo estágio, que acontece após a finalização da fase de implemen-tação.

86 Em uma empresa que tenha adotado um processo de desenvolvimento de softwareem cascata, falhas no levantamento de requisitos têm maior possibilidade de gerargrandes prejuízos do que naquelas que tenham adotado desenvolvimento evolucionário.

Solução:

84 ERRADO

O processo de desenvolvimento de software consiste em uma série de atividades,que tem como objetivo a produção de um software. Não há um consenso sobre aquantidade e a função de cada atividade (etapa) do processo, no entanto, pode-seselecionar as atividades fundamentais, ou seja, que são descritas pela maioria dosautores. Dentre essas, pode-se destacar:

– Análise de Requisitos;– Especificação;– Projeto do Sistema (Arquitetura);– Implementação;– Testes;– Documentação;– Manutenção.

A análise de requisitos é uma das etapas mais importantes, visto que, é nela que sãodefinidas as necessidades que o software deve atender, ou seja, a função do software.No entanto, não é uma etapa simples, haja visto que muitas vezes o cliente não sabecorretamente o que quer, dessa forma, o profissional que analisará isso deverá ser ca-paz de extrair os requisitos removendo as ambiguidades e contradições.

A especificação é a etapa em que o engenheiro de software descreve de forma rig-orosa o que de fato o software fará. Nessa etapa é realizada a especificação funcionalformal do sistema.

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O projeto do sistema é a etapa de descrição abstrata do software. Nela é definidaa arquitetura do sistema, módulos, interfaces e outras informações.

A implementação é a parte de codificação, é a tradução do que está definido na ar-quitetura.

Os testes são as verificações que o software é submetido a fim de validar os requi-sitos técnicos, não funcionais (p.e. Estabilidade) e funcionais (p.e. Requisitos).

A documentação é uma etapa que, normalmente, ocorre em paralelo às outras, ini-ciando juntamente com a análise de requisitos e finalizando com a desativação dosistema.

Por fim, a manutenção é a etapa realizada após a implementação e visa corrigir falhasdo sistema, nesse ponto, o software fica em um ciclo que abrange as etapas anteriores.

Dessa forma, a primeira parte da afirmação é correta, ou seja, são assumidos req-uisitos antes do desenvolvimento (a semântica da palavra indica a fase de imple-mentação), no entanto, a finalização do produto não se dá na implantação, ou seja, oprocesso ainda fica na etapa de manutenção até a descontinuação do mesmo. Assim,a afirmação é falsa.

85 ERRADO

O modelo de desenvolvimento em cascata segue a ordem sequencial de atividadesapresentada na questão 84. A Figura 2 abaixo apresenta a sequencia de atividades.Observe que uma etapa move-se para a próxima fase somente quando a fase anteriorestá completa.

Figura 2: diagrama de blocos do modelo de desenvolvimento em cascata.

Figura 3: diagrama de blocos do estágio de manutenção.

Aparentemente os testes do modelo em cascata são realizados apenas na etapa detestes, no entanto, após a implantação do sistema, o mesmo passa para o estágio demanutenção, no qual também são realizados testes. Dessa forma, a afirmação é falsa

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pelo fato de não considerar a manutenção do software como parte do processo.

86 CERTO

Conforme descrito na questão 85, se houver uma falha na análise de requisitos, fatal-mente isso incorrerá em grandes prejuízos, visto que a falha impactará alterações emtodas as etapas seguintes. Um exemplo é a construção de um prédio de 10 andares,imagine que por uma falha na análise de requisitos não foram construídos banheiros,e apenas quando a fase de implementação estava no desenvolvimento do 3o andarisso foi percebido.

Nesse caso, o impacto é enorme, visto que será necessário refazer todo o projeto dearquitetura (ou tentar adaptá-lo) e ainda será necessário modificar os 3 andares já con-struídos. Da mesma forma, no desenvolvimento do software, quanto mais avançadonas etapas, maior o prejuízo.

No entanto, um modelo evolucionário, ou seja, que aumenta o sistema incremental-mente, o sistema passa várias vezes pelas etapas (vide Figura 4). Assim, a cada ver-são, o software incorpora mais funcionalidades, e, se houver uma falha na análise derequisitos, os problemas são solucionados em uma próxima versão (iteração), dessamaneira, apenas uma versão (ou iteração) é perdida.

Figura 4: diagrama de blocos do modelo de desenvolvimento evolucionário.

Usando o exemplo da construção do prédio, se ao fazer o 1o andar fossem realizadosos testes, o prejuízo seria muito menor.

Por fim, a questão está correta.

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6. Assuntos relacionados: Engenharia de Software, Engenharia de Requisitos, Requisito Funcional,Requisito Não-Funcional, Prototipação,Banca: CespeInstituição: INMETROCargo: Analista Executivo em Metrologia e Qualidade - Processos de Negócios e Tecnologia daInformaçãoAno: 2009Questão: 87 e 89

Na engenharia de software, a engenharia de requisitos é o processo de descobrir, analisar,documentar e verificar os serviços prestados por um sistema e suas restrições operacionais.A respeito dos conceitos de requisitos, julgue os seguintes itens.

87 O documento de requisitos de software, que é uma declaração oficial do que deve serimplementado, deve incluir os requisitos não funcionais do sistema. Esses requisitosnão funcionais podem refletir necessidades legais e até princípios éticos.

89 A utilização da técnica de prototipação no processo de requisitos consiste da criaçãode um modelo do sistema a ser apresentado para usuários finais e clientes com afinalidade de validação dos requisitos.

Solução:

87 CERTO

Os requisitos de um sistema podem ser, simplificadamente, divididos em dois gru-pos:

– Requisitos funcionais: descrevem as ações um sistema. Deve ser capaz de exe-cutar, sem levar em consideração restrições físicas. Esses especificam, portanto,as transformações dos dados (p.e. comportamento de entrada e saída) de umsistema;

– Requisitos não funcionais: estão quase sempre associados a um requisito fun-cional. Descrevem como uma transformação se dará. Exemplos típicos desses sãousabilidade, performance, estética, consistência na interface do usuário, confiabil-idade, acessibilidade, adaptação a outras culturas, impedir corrupção de dados.

Por fim, a afirmação é verdadeira, visto que, os requisitos não funcionais são funda-mentais para definição do software e esbarram em questões éticas e legais.

89 CERTO

A técnica de prototipagem é uma excelente forma de apresentar aos clientes os requi-sitos capturados na análise de requisitos. Ele consiste em um sistema básico capaz dedemonstrar o que o sistema fará. Esse modelo pode não executar a tarefa de fato, ouseja, apenas emular o que seria o resultado. Dessa forma, o cliente é capaz de analisarse o que ele quer foi compreendido antes do prosseguimento do projeto.

As metodologias evolutivas são também chamadas de modelo de prototipagem, vistoque, a cada iteração um subproduto é apresentado e validado.

Assim, a afirmação é correta.

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7. Assuntos relacionados: Planejamento Estratégico, Matriz SWOT,Banca: CespeInstituição: INMETROCargo: Analista Executivo em Metrologia e Qualidade - Processos de Negócios e Tecnologia daInformaçãoAno: 2009Questão: 101–104

Julgue os itens a seguir, referentes ao planejamento estratégico.

101 Na matriz SWOT, as ameaças são características que impedem que a empresa ouunidade de negócio tenha um bom desempenho e, portanto, precisam ser tratadas/minimizadas.

102 Estratégia é a ação ou o caminho mais adequado a ser executado para se alcançar umobjetivo.

103 O planejamento estratégico é o processo administrativo que proporciona sustentaçãometodológica para se estabelecer a melhor direção a ser seguida pela organização,visando aperfeiçoar a interação entre a empresa e o ambiente.

104 A missão corresponde aos limites que os principais responsáveis pela organizaçãoconseguem vislumbrar dentro de um período de tempo mais longo e uma abordagemmais ampla.

Solução:

101 ERRADO

A análise de SWOT é um método utilizado no planejamento estratégico que iden-tifica as Forças (Strentgh), Fraquezas (Weaknesses), Oportunidades (Oportunities) eAmeaças (Threats) da empresa. Tem como objetivo sintetizar a análise interna e ex-terna, identificar pontos chaves para gestão e preparar opções estratégicas para al-cançar um objetivo.

Forças e fraquezas são fatores internos, como por exemplo ativos, habilidades e re-cursos que a empresa tem a sua disposição comparativamente com seus concorrentes.Já as oportunidades e ameaças são fatores externos que não estão sob o controle daentidade e são provenientes de fatores de mercado ou demográficos, tecnológicos, so-ciais, etc.

A análise normalmente é realizada utilizando-se uma MATRIZ de SWOT, que facilitaa visão sistêmica e a visualização das relações entre os fatores. Segue um exemplo deuma Matriz de SWOT.

Com a combinação dos ambientes externo e interno e de seus componentes aprimora-se a análise e tomada de decisões estratégicas da organização. Assim, utiliza-se a Ma-triz SWOT para auxílio das decisões com o intuito de maximizar as oportunidades doambiente externo em torno dos pontos fortes e minimizar ou acabar com os pontosfracos para reduzir os efeitos das ameaças.

Dessa forma, ameaças não são características (fraquezas seriam características) e sim,fatores externos que podem atrapalhar o alcance dos objetivos.

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Figura 5: exemplo de Matriz de SWOT.

102 CERTO

Estratégia é uma palavra de origem militar que se refere a um plano de ação paraatingir um determinado objetivo. Apesar da origem militar ela é muito usada na áreade negócios. No plano dos negócios, pode-se definir como o conjunto de planos quea cúpula da corporação adota para alcançar resultados condizentes com os objetivose com a missão da mesma.

Segundo Chandler, primeiro pesquisador da estratégia empresarial, estratégia é: “adeterminação das metas e objetivos básicos e de longo prazo de uma empresa; e aadoção de ações e alocação de recursos necessários para atingir esse objetivo.”

103 CERTO

Planejamento estratégico é um processo de uma organização que define suas dire-trizes, decidindo sobre as alocações de recursos para alcançar a relação pretendidacom seu ambiente. Compreende a tomada de decisões sobre o curso de ação que aorganização deve seguir: produtos e serviços que pretende oferecer e clientes quepretende atingir. Nesse processo esclarece-se os caminhos que serão seguidos pelaempresa e quais objetivos devem ser alcançados.

Normalmente o planejamento estratégico passa pelas seguintes etapas:

1. análise da situação estratégica da organização (Onde estamos? Como chegamosaqui?). As perspectivas dessa análise são a situação estratégica (o que o passadoafeta o presente) e o plano estratégico (as decisões do presente que afetarão ofuturo). Os componentes avaliados são o escopo ou modelo de negócio, produtose mercados, vantagens competitivas, desempenho e uso de recursos;

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2. análise do ambiente ou análise externa. ( Quais são as ameaças e oportunidadesdo ambiente presente e futuro?). Faz parte do SWOT. Os componentes analisadossão: ramo de negócios, ações do governo, tecnologia, conjuntura econômica esociedade;

3. análise interna (Quais os pontos fortes e fracos?). É a outra ponta do SWOT.Normalmente realizado por análises de áreas funcionais e benchmarking;

4. definição do plano estratégico: objetivos e estratégias. (Para onde devemos ir? Oque devemos fazer para chegar lá?). Os componentes do plano são negócio oumissão, objetivos, vantagens competitivas e alocação de recursos.

104 ERRADO

Missão é o propósito, o que dá significado e direciona a existência de uma empresa.Está ligada a seus objetivos institucionais e aos motivos pelos quais foi criada, repre-sentando a razão de ser da organização.

A missão deve responder o que a organização faz e para quem faz. Deve ser umenunciado contendo o propósito e as responsabilidades perante seus clientes. Nor-malmente responde as seguintes perguntas:

O que, para quem, para quê, como, onde e com qual responsabilidade social devefazer?

O que a organização pretende atingir (os limites) ou se tornar em um determinadoperíodo de tempo é a Visão. É aquilo que se espera alcançar em um determinadotempo e espaço. A missão é algo perene e que se mantém, a visão é algo mutável econcreto que visa-se ser alcançado.

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8. Assuntos relacionados: Planejamento Estratégico, BSC,Banca: CespeInstituição: INMETROCargo: Analista Executivo em Metrologia e Qualidade - Processos de Negócios e Tecnologia daInformaçãoAno: 2009Questão: 105–110

Com relação ao BSC (balanced scorecard), julgue os próximos itens.

105 O BSC mede o desempenho organizacional sob quatro perspectivas equilibradas: fi-nanceira, do cliente, dos processos internos e do aprendizado e crescimento.

106 Os objetivos e medidas do BSC derivam das atividades operacionais da empresa.

107 Exemplos de medidas genéricas referentes à perspectiva financeira do BSC são a qual-idade e o tempo de resposta.

108 O modelo de BSC a ser utilizado por uma organização em nenhuma hipótese deveagregar mais do que as quatro principais perspectivas propostas por esse modelo.

109 De acordo com o modelo do BSC, as medidas financeiras e não-financeiras devemfazer parte do sistema de informações para funcionários de todos os níveis da orga-nização.

110 Uma das finalidades do BSC é comunicar e obter o comprometimento de executivoscom a estratégia de uma empresa.

Solução:

Como as 6 questões seguintes são todas referentes ao mesmo assunto, abordaremos a teo-ria antes e em cada questão comentaremos apenas o porquê de estarem certas ou erradas.

O Balanced Scorecard foi desenvolvido por Robert Kaplan e David Norton, professoresda Havard Busines Scholl, e é um sistema de gestão estratégica, uma metodologia que re-aliza medição e gestão de desempenho.

Quando concebido em 1992, era um modelo de avaliação de desempenho empresarial,mas com a experiência de aplicações em diversas empresas foi revisado e tornou-se umsistema de gestão estratégica.

Empresas inovadoras estão utilizando o scorecard para administrar estratégias a longoprazo e viabilizar processos gerenciais críticos: esclarecer e traduzir a visão e a estratégia;comunicar e associar objetivos e medidas estratégicas; planejar e estabelecer metas e alin-har iniciativas estratégicas; melhorar o feedback e o aprendizado estratégico.

O BSC tem como objetivo medir a estratégia da empresa, dessa forma ele começa coma visão ou com a estratégia da organização. Para tal, olha-se a estratégia, normalmente,a partir de 4 referenciais: Financeiro, clientes, processos internos e aprendizado e cresci-mento.

Ele tem início com a administração da organização traduzindo a estratégia de sua unidadeem objetivos e metas estratégicas. O financeiro, ao estabelecer tais metas deve priorizara receita e o crescimento de mercado, a lucratividade ou a geração de fluxo de caixa. No

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caso da perspectiva do cliente deve-se deixar claro qual o segmento de clientes e mercadosdeseja atingir.

Após o financeiro e de clientes deve-se definir medidas e objetivos para seus processosinternos. Essa é a área mais inovadora do BSC, onde destaca os processos mais críticospara desempenho para clientes e acionistas. As metas de aprendizado e crescimento ex-põem os motivos para investimentos tecnológicos, reciclagem de pessoal, na melhoria dosprocedimentos organizacionais e nos sistemas de informação.

A Figura 6 ilustra as quatro perspectivas e como elas se relacionam:

Figura 6: ilustração das quatro perspectivas do BSC.

105 CERTO

Como explicado na teoria acima, essas são as 4 perspectivas básicas.

106 ERRADO

Os objetivos e medidas derivam do planejamento estratégico e da visão. As ativi-dades operacionais serão guiadas para atingir as metas estabelecidas.

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107 ERRADO

Esses são exemplos de medidas genéricas da perspectiva de processos internos. Paracada perspectiva temos exemplos abaixo de medidas genéricas:

1. Financeira - Retorno sobre o investimento e o valor econômico agregado;2. Cliente - Satisfação, retenção, participação de mercado e participação de conta;3. Processos Internos - Qualidade, tempo de resposta, custo e lançamento de novos

produtos;4. Aprendizado e conhecimento - Satisfação dos funcionários e disponibilidade dos

sistemas de informação.

108 ERRADO

As quatro perspectivas do Balanced Scorecard se revelaram adequadas em diversasempresas e setores de mercado, mas não são um modelo ou uma camisa-de-força.Não há nenhuma regra ou teorema matemático que diga que as 4 perspectivas sãonecessárias e suficientes.

Há exemplos de que, se altamente necessário, é possível incluir, por exemplo, umaperspectiva ambiental e comunitária. O que deve ficar claro é que os interesses de-vem ser vitais para o sucesso da estratégia da unidade de negócios. Além disso, todasas medidas que aparecem no BSC devem estar totalmente integradas à cadeia de re-lações causais que definem e retratam a história da estratégia da unidade de negócios.

109 CERTO

A estrutura do BSC (formadas pelas 4 perspectivas discutidas acima) deixa claro queas medidas financeiras e não financeiras devem fazer parte do sistema de informaçõespara funcionários de todo os níveis da organização.

Segundo Kaplan e Norton, os funcionários da linha de frente devem compreenderas consequências de suas decisões e ações; os altos executivos precisam reconhecer osvetores de sucesso a longo prazo.

110 CERTO

O BSC deve ser entendido por todos os membros da organização. Nesse intuito acomunicação do BSC deve aumentar a compreensão de todos na organização a re-speito da estratégia e a motivação para agir em prol de atingir os objetivos. Parte-sedo princípio de que quando os funcionários entendem as medidas de alto nível eos objetivos, é possível para eles criar metas locais que apóiem a estratégia global eassim, comunicar e obter comprometimento de executivos e diretores em relação àestratégia estabelecida.

Por outro lado, segundo Kaplan e Norton, o BSC pode e deve SER o mecanismo peloqual os altos executivos apresentam suas estratégias corporativas e setoriais ao con-selho de administração. Essa forma de comunicação não se limita a informar ao con-selho em termos específicos sobre a existência de estratégias de longo prazo voltadaspara o sucesso competitivo. Ela também serve de base para o feedback e a respons-abilização diante do conselho. Ou seja, gera comprometimento do corpo executivo,

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além de ser a ferramenta de comunicação.

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9. Assuntos relacionados: Banco de Dados, Normalização de Banco de Dados, Primeira FormaNormal (1FN), Segunda Forma Normal (2FN), Terceira Forma Normal (3FN),Banca: CespeInstituição: IPEACargo: Analista de Sistemas - Suporte de Processos de NegóciosAno: 2008Questão: 74, 75, 77, 78 e 79

Com relação ao banco de dados, que é uma coleção de dados relacionados, e que os da-dos são fatos que podem ser gravados e que possuem um significado implícito, julgue ospróximos itens.

74 Metadados descreve a estrutura do banco de dados primário. Em alguns tipos desistemas de bancos de dados os usuários podem estabelecer operações sobre os dadoscomo parte de sua definição. Este é o caso dos SGBD orientados a objeto e o objeto-relacional.

75 Um SGBD distribuído pode ter o banco de dados e o software distribuídos em váriossítios conectados pela rede, exceto quando for capaz de suportar múltiplos usuários.

77 O processo de normalização envolve a análise das dependências entre os atributos deum banco de dados, em conformidade aos critérios de cada forma normal. A primeiraforma normal é com base no conceito de dependência transitiva.

78 Cada entidade possui atributos que, entre outras classificações, podem ser simples oucompostos. Os atributos compostos podem ser divididos em subpartes menores, querepresentam a maioria dos atributos básicos com significados independentes.

79 Uma linha é chamada tupla, enquanto um cabeçalho de coluna é conhecido comorelação, e a tabela é chamada atributo. O tipo de dado que descreve os tipos de val-ores que podem aparecer em cada coluna é representado pelo domínio de valorespossíveis.

Solução:

74 CERTO

Seguindo a etimologia da palavra Metadado, podemos concluir que Metadado sig-nifica dados sobre outros dados. Nesse contexto, um banco de dados pode atribuirdados sobre, p.e., uma coluna. Esses dados são os metadados da coluna.

Um exemplo clássico de metadado presente em quase todos os bancos de dados éo tipo da coluna (dado primário do banco). Alguns bancos possuem colunas do tipoData, Hora, Dinheiro e outros.

Além disso, bancos de dados orientados a objetos e objeto-relacionais (Oracle, SQLServer,...) permitem que sejam criadas funções e ações sobre dados (p.e. limitar idade, ver-ificar CPF), assim criando mais informações (dados) sobre os dados armazenados nomesmo.

Sendo assim, a questão está correta.

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75 ERRADO

A questão é incorreta, visto que, um banco de dados tradicional é um sistema mul-tiusuário, dessa forma, um banco de dados distribuído (ou seja, espalhado pela redeLAN e WAN) deve suportar múltiplos usuários.

A grande dificuldade de funcionamento de um banco distribuído é manter a con-sistência das bases tendo muitos acessos simultâneos. No entanto, esses bancos pos-suem grande capacidade de armazenamento e performance de acesso, o que justificao propósito dos mesmos.

77 ERRADO

Os bancos de dados utilizam a normalização de dados para aumentar o desempenhoem consultas e evitar redundâncias.

O processo de normalização visa eliminar os dados redundantes e garantir que asdependências entre entidades tenham coerência (armazenando apenas dados logica-mente relacionados em uma tabela).

Os bancos de dados dividem a normalização em 5 estágios. Um banco de dadosencontra-se em dos estágios (ou forma normal) quando suas tabelas atendem algunsrequisitos. Esses requisitos são cumulativos, ou seja, para um banco de dados estarna 3o forma normal, ele deve atender os requisitos da 2o e 1o formas e os da 3o formanormal.

Um atributo B possui uma dependência funcional do atributo A se, para cada valordo atributo A, existe exatamente um único valor do atributo B. A dependência fun-cional é representada por A→ B.

Exemplo: considerando os atributos CPF e Nome.

Observe que existe uma dependência entre os valores dos conjuntos, ou seja, nome éfunção do CPF. Dessa forma, dado um número do CPF, poderei encontrar o nome dapessoa correspondente.

Essa dependência é expressa por: CPF → Nome

Primeira Forma Normal (FN1)

Uma relação encontra-se na primeira forma normal se seus valores de seus atribu-tos são atômicos (simples, indivisíveis) e monovalorados, ou seja, FN1 não permite“relações dentro de relações” ou “relações como atributos de tuplas”. Além disso, osatributos não podem conter grupos de repetição (p.e. Telefone, uma pessoa pode termais de um número associado).

Segunda Forma Normal (FN2)

Uma relação está na FN2 quando duas condições são satisfeitas: 1 - A relação estána FN1; 2 - Todo atributo da tabela seja dependente funcional da chave completa e

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não de parte da chave. Todos os atributos não-chave dependem funcionalmente detoda a chave primária.

Terceira Forma Normal (FN3)

A FN3 exige que não existam atributos transitivamente dependentes da chave e aten-dam a FN2 e FN1.

Portanto, a questão está incorreta.

78 CERTO

Os atributos são propriedades que identificam as entidades de um banco de dados.Uma entidade é representada por um conjunto de atributos, os quais, podem ser sim-ples ou compostos.

– os atributos simples não possuem qualquer característica especial, eles são, nor-malmente, tipos básicos do banco de dados. A maioria dos atributos de umaentidade são simples, um exemplo desse tipo é a altura de um indivíduo. Essapropriedade é simples e, normalmente, é representada por um número de pontoflutuante;

– os atributos Compostos possuem um conteúdo que é formado por vários itensmenores.Um exemplo clássico é o endereço. Esse pode ser dividido em váriosoutros atributos, como: Rua, Número, Complemento, Bairro, CEP, Estado, Cidade.

Dessa forma, como o autor da questão coloca a expressão “entre outras classificações”pode-se considerar a questão correta.

Alguns autores subdividem essa classificação em mais dois tipos, os atributos mul-tivalorados, no qual o mesmo pode possuir mais de um valor (p.e. Telefone, umapessoa pode ter mais de um), e os atributos determinantes, os quais determinam deforma única um indivíduo (p.e. CPF, RG, CNPJ e outros). No entanto, a maioria dosautores admitem apenas as duas primeiras formas ou, consideram essa classificaçãocomo outra forma de classificar atributos.

79 ERRADO

Uma linha de um banco de dados é matematicamente chamada de tupla (um con-junto de dados com tipos diferentes), contudo, um cabeçalho de coluna do bancode dados é chamada de atributo, pois descreve o tipo de informação que será ar-mazenada naquela posição da tupla.

Além disso, uma tabela é chamada de entidade, pois representa um conjunto de atrib-utos.

Portanto, a afirmação é incorreta.

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10. Assuntos relacionados: Qualidade de Software, Análise de Pontos de Função, Índice de Maturi-dade de Software,Banca: CespeInstituição: IPEACargo: Analista de Sistemas - Suporte de Processos de NegóciosAno: 2008Questão: 90–93

Qualidade de software pode ser compreendida como a satisfação de requisitos funcionais ede desempenho estabelecidas pelo projeto de software. É derivada de uma série de fatoresque variam de acordo com a aplicação e os clientes que os encomendam. Acerca desseassunto, julgue os itens de 90 a 93.

90 A análise de pontos por função contempla três formas de contagem: a estimativa, aindicativa e a detalhada. Ao medir a funcionalidade entregue por um sistema, consid-era as entradas, saídas e consultas externas bem como o número de arquivos lógicosinternos e as interfaces externas. A avaliação da complexidade considera mais 14fatores de ajuste de valor.

91 A análise de pontos por função utiliza a contagem com base nas linhas de códigode um programa. Uma função pode ser definida como uma coleção de declaraçõesexecutáveis que realizam uma tarefa.

92 Os fatores que afetam a qualidade do software podem ser medidos indiretamente,como é o caso do número de defeitos do software ou diretamente por meio de atrib-utos de qualidade como usabilidade, manutenibilidade, confiabilidade, integridadeentre outras.

93 O índice de maturidade de software avalia a estabilidade de um produto de software.Para tanto, baseia-se nos módulos existentes, naqueles que foram modificados, adi-cionados e descartados.

Solução:

Qualidade é um conceito complexo, de difícil avaliação, pois muitas vezes envolve noçõessubjetivas acerca de elementos e fatores não-mensuráveis. O Gerenciamento de Qualidadede Software pode ser estruturado em três atividades principais: garantia de qualidade,planejamento de qualidade e controle de qualidade.

A garantia de qualidade é o processo de definição da estratégia para atingir a qualidadedo software e informar sobre o nível de qualidade alcançado. Já o planejamento de qual-idade é o processo de desenvolvimento de um plano de qualidade para um projeto. Porfim, o controle de qualidade envolve a monitoração do processo de desenvolvimento paraassegurar a qualidade desejada.

Existem duas abordagens (complementares) geralmente utilizadas para verificar a qual-idade dos produtos de um projeto de software: revisões de qualidade e medição de soft-ware.

Nas revisões de qualidade, o software, sua documentação e os processos usados paraproduzi-lo são revisados por um grupo de pessoas. Esse processo é oneroso, demoradoe, inevitavelmente, atrasa a conclusão de um sistema de software.

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A medição de software busca obter um valor numérico para algum atributo de um pro-duto ou de um processo de software. A comparação desses valores com outros de projetossemelhantes permite a conclusão sobre a qualidade de software e dos processos de soft-ware. Uma métrica de software é qualquer tipo de medição relacionada a um sistema desoftware, processo ou documentação correlata. Alguns exemplos são: medidas de taman-hos de um produto em linhas de código (LOC – lines of code), quantidade de defeitosrelatados em um produto entregue, análise por pontos de função, etc.

A métrica de análise por pontos de função (ou pontos de função – PF) contabiliza asfuncionalidades criadas para avaliar um software. Para determinar o número de PFs,considera-se a contagem de dados (arquivos lógicos internos e arquivos de interface ex-ternos) e de transações (entradas externas, saídas externas e consultas externas). Métodosalternativos de contagem foram desenvolvidos ao longo do tempo, como a Contagem An-tecipada de Pontos de Função, de autoria da NESMA (Neterlandse Software MetriekenAssociatie), que considera a contagem de pontos de função detalhada, estimativa e indica-tiva. Após identificados e contabilizados, esses fatores têm sua complexidade classificadacomo baixa, média ou alta, quantificados de acordo com algum padrão estabelecido previ-amente pela equipe de desenvolvimento.

Buscando diferenciar funcionalidades com características de execução distintas (cálculoscustosos de conversões triviais, por exemplo), após o cálculo de PF é aplicado um fator deajuste (FA) ao valor encontrado. Esse FA é baseado em 14 Características Gerais do Sistema(CGS), como comunicação de dados, interface com o usuário, processamento complexo,reusabilidade, etc.

Evidentemente, a variedade de aspectos a considerar e a presença de muitos elementosintangíveis são dificuldades para a obtenção de medidas de software eficientes. De qual-quer forma, a finalidade destas medições é auxiliar na obtenção de um produto confiávelque, em termos práticos, traduz-se como “um produto que não falha”.

O software que é capaz de evitar falhas em virtude de defeitos é tido como um programarobusto, de alto nível de maturidade. O termo “maturidade” também é utilizado para de-screver um produto extensivamente utilizado por vários usuários e no qual as falhas jáforam encontradas e corrigidas.

90 ERRADO

Este item apresenta informações pertinentes referente à métrica de análise por pontosde função. Contudo, tenta confundir o candidato ao misturar a classificação/avaliaçãode complexidade das funções (baixa, média e alta) com a avaliação de 14 caracterís-ticas gerais do sistema (que efetua um ajuste considerando o quanto o sistema podeser complexo). A assertiva está incorreta.

91 ERRADO

Este item está incorreto ao afirmar que a análise por pontos de função (ou análisede pontos por função) utiliza a contagem de linhas de código. Essa estratégia é con-hecida como LOC, conforme teoria apresentada.

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92 ERRADO

Este item está incorreto pelo simples fato de inverter as posições dos termos “dire-tamente” e “indiretamente”: a medida do número de defeitos do software é umamedida direta, ao passo que atributos como usabilidade, manutenibilidade, confia-bilidade e integridade são medidos de forma indireta e subjetiva.

93 CERTO

Este item está correto. O Índice de Maturidade de Software (Software Maturity Index– SMI) pode ser utilizado como métrica para para um planejamento das atividadesde manutenção do sistema, sendo que seu cálculo considera o número de módulos naversão atual, de módulos alterados, de módulos adicionados e de módulos suprimi-dos.

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11. Assuntos relacionados: Workflow, SOA, Sistemas Distribuídos,Banca: CespeInstituição: IPEACargo: Analista de Sistemas - Suporte de Processos de NegóciosAno: 2008Questão: 94–99

Relativos a arquitetura e tecnologias de sistemas de informação, julgue os itens que seseguem.

94 Na arquitetura cliente-servidor de duas camadas, o nível servidor inclui a parte dosoftware SGBD responsável pelo armazenamento de dados em páginas de discos,controle de concorrência local e recuperação, buferização e caching de páginas dedisco e outras funções.

95 A arquitetura cliente-servidor de três camadas divide a funcionalidade do SGBD en-tre cliente, servidor de aplicação e servidor de banco de dados. O servidor de apli-cação assegura a atomicidade das transações globais por meio da execução da recu-peração global quando certos sítios falharem.

96 Sistemas de workflow tratam a informação relativa ao fluxo de trabalho de modo aimprimir a ele maior eficiência por meio de seu gerenciamento, coordenação e con-trole. Neles, a sequência de atividades é pré-definida e podem ser com base em re-spostas e regras.

97 A arquitetura orientada a serviços (SOA) proporciona maior agilidade nos processose redução nos custos a partir da integração de dados distintos, inclusive com bases dedados de sistemas legados. Como favorece a interoperabilidade, propicia à empresaindependência de fornecedores.

98 A arquitetura distribuída é caracterizada pelo compartilhamento de recursos com-putacionais e serviços por meio da comunicação direta e descentralizada entre ossistemas envolvidos e inclui, entre outras coisas, a troca de informações, ciclos deprocessamento e espaço de armazenamento em disco.

99 O tempo e o esforço para desenvolver um sistema complexo levam os sistemas degrande porte a serem projetados para uma duração longa. Tais sistemas possuemhardware, software processos e procedimentos legados e as decisões por mantê-losmuitas vezes se deve ao alto risco em substituí-los.

Solução:

A representação das estruturas que definem um software, abrangendo seus componentes esuas características, é chamada de arquitetura de software. Essa arquitetura proporciona,dentre outros benefícios, a redução dos riscos associados à produção de um sistema decomputador. Um componente de software pode ser tanto uma classe orientada a objetosquanto um middleware de comunicação entre clientes.

A organização de um sistema reflete a estratégia básica usada para estruturá-lo e as de-cisões sobre o modelo geral organizacional de um sistema devem ser tomadas com ante-cedência, durante o processo de projeto de arquitetura. Existem diversos estilos arquitetu-rais que podem servir como modelos.

A arquitetura cliente-servidor é um modelo que separa clientes e servidores. Serviços es-pecíficos são oferecidos pelos servidores para que outros subsistemas (clientes) possam

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usufruir de suas funcionalidades. Os principais componentes deste modelo são os servi-dores, os clientes e a infraestrutura de rede que os interliga.

Essa arquitetura divide os papéis de cada componente de forma bem definida. Os servi-dores são elementos passivos no processo de comunicação, aguardando alguma solicitaçãodos clientes para oferecerem seus serviços. Em geral, a carga de processamento nos clientesé baixa, restringindo-se a exibir adequadamente os resultados obtidos.

Numa elaboração em três camadas, é possível dividir as tarefas entre uma camada deapresentação (clientes), uma camada de negócio (servidores de aplicação) e uma camadade dados (servidores de banco de dados). A camada de apresentação interage diretamentecom o usuário do sistema, permitindo, dentre outras atividades, a execução de consultas.As funcionalidades do sistema (regras de negócio) são oferecidas pela camada de negócio,responsável pela lógica da aplicação. Por fim, a camada de dados responsabiliza-se pelapersistência das informações, armazenando adequadamente os dados manipulados pelosistema.

É possível basear o desenvolvimento de sistemas considerando o seu fluxo de trabalhocaracterístico. A arquitetura workflow está relacionada com a automação de procedimen-tos onde documentos, informações ou mesmo tarefas são encaminhadas entre diversos“participantes” (pessoas, setores, sistemas, etc.) obedecendo um conjunto de regras pré-definidas para atingir um objetivo global.

Um Sistema de Gerenciamento de Workflow é aquele que proporciona a automação dosprocessos de negócio através do gerenciamento da sequência de atividades de trabalho eda solicitação apropriada de recursos humanos e/ou tecnológicos associados com as váriasetapas das atividades. Tais sistemas são modelos dinâmicos, interpretados em “tempo deexecução”, e capturam tanto o fluxo de controle quanto o fluxo de dados.

A Arquitetura Orientada a Serviços (SOA – Service-Oriented Architecture) propõe a in-teroperabilidade entre sistemas por meio de interfaces de serviços (fracamente acoplados),sem necessidade do conhecimento de detalhes técnicos das plataformas envolvidas paraefetuar a troca de informações. A ideia-chave deste modelo é a integração entre as “áreasde negócio” e o “setores tecnológicos” através dos componentes (serviços) oferecidos pelossistemas.

Tecnologicamente, SOA pode ser entendida como uma coleção de serviços distribuídos,coesos e fracamente acoplados uns aos outros. Conceitualmente, esta arquitetura é com-posta por um provedor de serviços (service provider), responsável por publicar uma de-scrição formal dos serviços; por um consumidor de serviços (service consumer), o usuáriopropriamente dito do serviço; por um registro de serviços (service resgistry), um cadastrode serviços; e por um “corretor de serviços” (service broker), cuja responsabilidade é man-ter o registro de serviços, intermediando interações.

SOA não traz em si tão somente uma motivação tecnológica. A grande motivação parautilização de SOA é pelo valor que agrega à área de negócios. Em sua concepção, possi-bilita o aumento na velocidade de implementação das mudanças, facilitando as conexõesde negócios e melhorando o controle destes mesmos negócios.

Um estilo arquitetural que permeia diversos outros é aquele conhecido por arquitetura

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distribuída, caracterizado, principalmente, pelo compartilhamento de recursos computa-cionais. Em um sistema distribuído, as informações em fase de processamento são dis-tribuídas por vários computadores.

Esta arquitetura permite o compartilhamento de recurso de hardware e software associ-ados a diferentes computadores em uma rede. Pela possibilidade de adição de recursospara atender novas demandas, garante-se a escalabilidade dos sistemas distribuídos. Alémdisso, a tolerância a falhas é favorecida, na medida em que múltiplos servidores podemoferecer simultaneamente as mesmas funcionalidades aos clientes.

94 e 95 CERTOS

Tanto a assertiva 94 quanto a 95 estão corretas ao expor os conceitos das arquiteturascliente-servidor de duas e de três camadas, respectivamente. Nestas arquiteturas, asfuncionalidades de SGBD são distribuídas entre as camadas com o intuito de definiradequadamente os papéis de cada elemento envolvido no processo. O cliente é re-sponsável por efetuar consultas, exercendo o mesmo papel em ambas as arquiteturas.O dúvida por parte do candidato poderia surgir ao avaliar o papel do servidor de apli-cação (camada de negócio). Deve-se, contudo, atentar para o fato de que as transaçõesglobais precisam ser “acompanhadas” por esta camada, pois ela será responsável porinformar eventuais falhas aos usuários (que não se comunicam diretamente com asbases de dados).

96 CERTO

Esta assertiva apresenta corretamente os conceitos relativos à arquitetura workflow,valorizando a informação de “eficiência” agregada pelo uso deste modelo de desen-volvimento.

97 ERRADO

Esta questão, que apresenta conceitos sobre a Arquitetura Orientada a Serviços (SOA),põe em discussão um assunto divergente entre os estudiosos ao abordar o aspecto“custo”. Apesar da possibilidade de integração de bases de dados distintas, inclusiveconsiderando sistemas legados, a reusabilidade é a característica associada à econo-mia de recursos durante o desenvolvimento direcionado pela SOA. Além disso, aintegração preconizada por essa arquitetura refere-se, em sua essência, às áreas denegócio e de tecnologia, geralmente separadas pelos contextos de trabalho distintos.Adicionalmente, a interoperabilidade está mais relacionada à troca de informaçõesindependentemente de plataformas do que à aquisição de produtos junto a fornece-dores. Assim, a questão 97 deve ser considerada errada.

98 CERTO

Este item está correto, expondo adequadamente alguns conceitos referentes à Ar-quitetura Distribuída.

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99 CERTO

A substituição de sistemas de grande porte é uma tarefa extremamente arriscada paraa continuidade das atividades de uma empresa. As chances de panes, incongruênciasde dados e períodos longos sem uso do sistema são proporcionais à complexidadedo software utilizado. Evidentemente, sistemas complexos (em termos de hardware,software, processos e procedimentos, dentre outros) devem ser projetados para durarbastante tempo, evitando desgastes entre o setor tecnológico e as áreas de negócio deuma empresa. A assertiva 99 está correta ao expor a teoria envolvendo sistemas degrande porte.

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12. Assuntos relacionados: XML, HTML, Data Warehouse, Data Mining, OLAP, Online Transac-tion Processing (OLTP), Sistemas de Apoio a Decisão,Banca: CespeInstituição: IPEACargo: Analista de Sistemas - Suporte de Processos de NegóciosAno: 2008Questão: 115–120

Com o desenvolvimento das tecnologias da informação foi possível realizar a comunicaçãomulti-plataformas aumentando a complexidade do controle dos dados operacionais. Rel-ativos a arquitetura e tecnologias de sistemas de informação, julgue os itens a seguir.

115 O modelo XML (extended markup language) usa estruturas de árvores hierárquicas,combina conceitos de banco de dados com os de modelos de representação de docu-mentos.

116 As aplicações para a WEB podem utilizar arquiteturas de três camadas, com umacamada intermediária entre o cliente e o servidor de banco de dados. Tal camada édenominada servidor de canal e armazena as regras de negócio usadas para acessaros dados do banco de dados.

117 Um datawarehouse armazena informações oriundas de muitas fontes em um únicobanco de dados. Os sistemas de OLTP (online transaction processing) devem suportarum grande número de transações simultâneas sem gerar retardos excessivos, uma vezque buscam um melhor desempenho.

118 Metadados são dados que descrevem outros dados. A partir de sua adequada definição,o ETL possibilita a carga do datawarehouse a partir de um drill down nos dados.

119 Sistemas de apoio à decisão são aplicações com base em software que utilizam mode-los de bancos de dados e técnicas analíticas para responder a problemas pouco estru-turados. Utiliza modelos estruturados para resolver problemas complexos.

120 DataMining permite explorar e inferir informação útil a partir de grandes bancosde dados para descobrir relações ocultas entre os dados. Uma das formas é o KDD(knowledge discovery in databases) que utiliza técnicas de inteligência artificial e pro-cessadores de texto.

Solução:

115 CERTO

XML (extended markup language) é uma linguagem de marcação mantida pelo W3C(World Wide Web Consortium). Antes de falar sobre XML em si, é conveniente umabreve discussão sobre o que vem a ser uma linguagem de marcação.

Linguagens de marcação são conjuntos de tags (marcas) que tem como função agre-gar informação a um texto. Tal informação pode ser de vários tipos e isso dependedo propósito que se deseja atingir com a linguagem. O exemplo mais famoso dessetipo de linguagem é talvez o HTML (HyperText Markup Language). Em HTML asmarcas tem como objetivo definir como o texto será mostrado no navegador, quandoo usuário acessa uma página:

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<html><body>

<h1>Um Título</h1>

<p>Um parágrafo.</p>

</body></html>

No exemplo de código HTML acima, a marca <html> indica o início do documentohtml e a marca </html> indica seu fim. Isso é um padrão: toda marca é definida porum par do tipo <marca>, </marca> que indicam respectivamente o início e o fim damarca. A marca <body> indica o corpo do html. Apenas o que está em seu interioré exibido para o usuário. A marca <h1> informa que “Um Título” deve ser exibidona forma de um título. Por último, a marca <p> indica que “Um parágrafo” deve serexibido como um novo parágrafo. Dessa forma, a função de um navegador de inter-net é simplesmente ler as marcas de um documento html e exibir os dados contidoscom a aparência que as marcas determinam. Isso é possível porque HTML define umconjunto padrão de marcas, de objetivos bem definidos.

Diferente de HTML, que se preocupa com a aparência dos dados, em XML o obje-tivo é com a forma como os dados são estruturados. Como o próprio W3C diz, XMLfoi projetada para transportar e guardar dados enquanto HTML foi projetada para vi-sualizar os dados. Em XML não existem marcas pré-definidas. O autor do documentoé quem define as marcas, assim como seu significado. Por exemplo:

<agenda><contato><nome>Maria</nome><tel>5555555</tel></contato><contato><nome>João</nome><tel>5555554</tel></contato></agenda>

O exemplo acima é a representação em XML de uma agenda simples. Todas as marcaspresentes são criação deste autor e não são, de forma alguma, definidas pelo padrãoXML. Como o leitor pode perceber, o significado das marcas é auto-explicativo: amarca <agenda> define a agenda em si, enquanto a marca <contato> indica que odado a seguir é o de um contato da agenda. Essa liberdade de criação de marcas per-mite que os dados sejam armazenados de forma a serem entendidos facilmente, sema necessidade de se adicionar comentários.

Ainda no exemplo acima, uma coisa importante deve ser observada: a hierarquiados dados. Uma marca <agenda> é formada por vários filhos do tipo <contato>. Essahierarquia demonstra uma das bases do formato XML. Todo documento XML é for-mado por uma raiz única, formada de um ou mais filhos, usando o conceito básico deárvores:

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<raiz><filho><sub-filho>.....</sub-filho></filho></raiz>

A vantagem do padrão XML é prover uma padronização no que diz sentido ao ar-mazenamento de dados. Por exemplo, o desenvolvedor de uma aplicação pode definirum tipo de arquivo através da criação de conjunto de marcas tendo como base opadrão XML. Para que outras aplicações possam ler tal arquivo, basta que essas pos-suam um leitor que interprete as marcas definidas. Devido a forma hierárquica doXML, a criação de tais leitores é simplificada. Dessa forma, a adoção do padrão XMLfacilita a troca e transporte de dados entre diferentes plataformas e aplicações.

116 ERRADO

Como diz o enunciado, o modelo de 3 camadas consiste realmente em uma camadaintermediária que contém a lógica de negócio necessária para que a camada clienteacesse a camada servidora. Entretanto, tal camada é chamada de “servidor de apli-cação” ou “camada de lógica de negócios”:

Figura 7: representação do modelo de 3 camadas.

Como se pode observar na Figura 7, as máquinas clientes (Desktop) não tem acessodireto à máquina servidora de dados. O acesso é feito através de um servidor de apli-cação, que se responsabiliza em obter os dados e repassá-los aos clientes. A ideia éque tal servidor de aplicação exponha uma interface comum, que pode ser acessadapor máquinas com diferentes plataformas instaladas. Como vantagem, uma mudançano servidor de dados implica na alteração apenas do servidor de aplicação, para queeste possa acessar a nova interface do banco de dados. Como a interface do servidorde aplicação com as máquinas clientes não é alterada, essa últimas não necessitamser reinstaladas. Isso facilita a manutenção, uma vez que o número de servidores deaplicação e banco de dados é bem menor do que o número de clientes.

O modelo de 3 camadas surgiu como uma solução para o problema de manutençãoe escalabilidade presentes no modelo clássico de cliente-servidor (2 camadas). Nessa

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arquitetura, um cliente tinha acesso direto ao servidor e toda a lógica de acesso aosdados estava implementada em cada cliente. Assim, uma alteração no servidor obri-gava a reinstalação de várias máquinas. Outro problema é que, como cada clienteacessa a máquina servidora de dados, o número de conexões que essa última devegerenciar é alto. A Figura 8 mostra o esquema de uma arquitetura em 2 camadas:

Figura 8: representação do modelo de 2 camadas.

117 CERTO

Como o enunciado da questão diz, um Data Warehouse é um banco de dados for-mado a partir da coleta de dados em vários outros bancos de dados. Seu objetivoprincipal é facilitar o acesso a dados que permitam às organizações fazerem análisee planejamento. Para entender melhor o conceito de data warehouse, é convenientecitar em que contexto esse surgiu.

Na maioria das organizações, as informações são guardadas em diferentes bancosde dados, dependendo da função que aquelas desempenham. Por exemplo, uma em-presa de vendas pode possuir dois bancos de dados: um para armazenar informaçõesreferentes a vendas realizadas, como quem realizou determinada venda e o que foivendido; e outro para armazenar dados do departamento pessoal, como dados dosempregados da empresa. Esse dois bancos de dados tem funções diferentes e, porconta disso, é justificável a existência dos dois em separado.

A existência desses diversos bancos de dados facilita o trabalho de cada setor da em-presa, uma vez que esse último não precisa se preocupar com aspectos de outro setor.Não seria esse o caso se, por exemplo, houvesse um único banco de dados. Entre-tanto, consultas como “quantos tempo de empresa tem em média os funcionários demelhor rendimento” podem se tornar bastante complexas, já que para esse tipo deconsulta seria necessário acessar mais de um banco de dados.

Nesse contexto, o data warehouse provê um conjunto de ferramentas que permitemrealizar esse tipo de consulta de forma mais simples. Tais ferramentas são respon-

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sáveis por extrair, transformar e carregar dos dados. Devido aos diferentes funçõesdos bancos de dados envolvidos, nem sempre é fácil extrair a informação necessária.Como soluções, são criados novos bancos de dados onde tais informações sejam maisfacilmente obtidas.

Outra função do data warehouse é padronizar a forma como uma mesma informaçãoé armazenada nos diferentes bancos de dados. Por exemplo, enquanto um deter-minado banco de dados guarda a informação de sexo como simplesmente M ou F,outro banco pode guardar esse mesma informação como Masculino ou Feminino. Odata warehouse deve então ser capaz de entender essas diferentes representações efornecer um modo comum de consultas. Dessa forma, o data warehouse também fa-cilita no transporte de dados de diferentes plataformas e bancos de dados.

Outro aspecto importante de um data warehouse é que as consultas devem ser pro-cessadas o mais rápido possível. Nesse sentido, sistemas de OLTP são usados paragarantir que o data warehouse consiga acessar rapidamente os diferentes bancos dedados associados. OLTP significa Online Transaction Processing, ou em português,sistema de processamento de transações em tempo real. Um exemplo de sistemadesse tipo é o de transações bancárias, onde as operações devem ser realizadas comtempo de retardo mínimo e com segurança.

Figura 9: exemplo de sistema OLTP.

118 ERRADO

Aqui existem três novos conceitos que precisam ser explicados para o bom entendi-mento dessa questão: metadados, ETL e drill down.

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Metadados são dados que tem como função descrever outros dados. Por exemplo,no código xml da questão 115, a marca <nome> é um metadado que informa que“Maria” e “João” são nomes de pessoas.

Em um data warehouse, a existência de um repositório de metadados é muito im-portante para o bom funcionamento do mesmo. É através desse repositório que fer-ramentas de extração podem obter informações como o nome do dado e sua origem;que ferramentas de transformação podem obter regras de transformação do dado; eque ferramentas de carregamento podem obter qual o formato em que o dado está ar-mazenado. Outros exemplos de metadados que podem estar presentes em uma basede dados são informações sobre histórico de atualizações, sobre quem é responsávelpelo dado e quem pode obter acesso ao mesmo.

ETL, do inglês Extrair, Transformar e Carregar (Extract, Transform and Load), é umconjunto de ferramentas responsáveis justamente por essas operações. Como foi ditono parágrafo anterior, essas ferramentas dependem da existência de um repositóriode metadados bem estruturado para que seus objetivos possam ser cumpridos comeficiência.

O erro da questão está em dizer que a carga do data warehouse é feita através deum drill down dos dados. Um processo de drill possibilita a visualização dos dadosem diversos níveis de detalhamento. Nesse tipo de processo, é possível aumentar(drill down) ou diminuir (drill up) o nível de detalhes dos dados. Essa operações sãoúteis no momento em que consultas são feitas ao data warehouse, e não no momentoem que o data warehouse está sendo carregado.

119 ERRADO

Um SAD (Sistema de Apoio a Decisões) é um sistema que tem por objetivo fornecerinformações que permitam auxiliar na tomada de decisões. Entretanto, o trabalhorealizado por um SAD não é apenas fornecer informações que estejam armazenadasem um banco de dados. Mais do que isso, um SAD também deve ser capaz de anal-isar diferentes situações, podendo inclusive usar de simulações e de processamentoanalítico on-line (OLAP – OnLine Analytical Processing) em conjunto com data ware-houses. Ao contrário do que diz o enunciado da questão, a função de um SAD não édar uma solução acabada para um problema, mas sim dar o suporte necessário paraque tal problema possa ser resolvido.

120 ERRADO

A definição de Data Mining (Mineração de Dados) e KDD (Knowledge Discovery inDatabases) é praticamente a mesma: um processo automatizado para achar padrõese relações em grandes quantidades de dados. Um caso muito famoso onde tais pro-cessos foram utilizados é o da rede de supermercados Wall Mart: descobriu-se que oaumento da vendas de fraldas descartáveis vinha sempre acompanhado de um au-mento nas vendas de cerveja. A explicação é que, ao comprarem fraldas, os paisaproveitavam para comprar cerveja.

No exemplo anterior é possível notar bem uma das características dessas técnicas:

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a capacidade de achar relações, regras ou padrões que não são óbvias e, por contadisso, não estão acessíveis imediatamente na base de dados. Essas informações “ocul-tas” tem tomado cada vez mais importância entre as empresas. A descoberta de umdeterminado padrão de consumo, por exemplo, pode influenciar muito no planeja-mento de uma empresa. Ainda, com a concorrência cada vez mais acirrada do mer-cado, a descoberta desse tipo de informação pode significar a diferença entre estar emprimeiro ou segundo lugar.

Apesar de terem o mesmo objetivo, as técnicas de Data Mining KDD diferem entresi com relação ao tipo de dado que é analisado: data mining tem como foco analisardados estruturados como, por exemplo, aqueles provenientes de grandes bancos dedados. Já KDD tem uma aplicação mais ampla: é possível analisar dados não estru-turados como arquivos de texto ou mesmo páginas html. Basicamente, o processorealizado pelo KDD envolve uma etapa inicial de seleção dos dados, seguida poruma transformação que culmina justamente em um conjunto de dados estruturados.A partir desse ponto, algoritmos de data mining podem então ser aplicados. Dessaforma, poderia se dizer que data mining é uma etapa do KDD, e não o contrário, comoafirma o enunciado da questão.

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13. Assuntos relacionados: Gerência de Projeto, PMBOK, Gerência de Escopo, Gerência de Custos,PERT, Gerenciamento de Riscos,Banca: CespeInstituição: IPEACargo: Analista de Sistemas - Suporte de Processos de NegóciosAno: 2008Questão: 52, 53, 54, 56, 57 e 58

Projetos são frequentemente implementados como meios de realizar o plano estratégicoda organização. Serviços continuados e projetos diferem principalmente porque enquantoos primeiros são contínuos e repetitivos, os projetos são temporários e únicos e a eles estáassociado um certo grau de incerteza. PMBOK (com adaptações).

A partir do texto e com relação a práticas de gerenciamento de projetos, julgue os itensa seguir.

52 Na gerência do escopo, busca-se assegurar que o projeto inclua todo o trabalho necessáriopara complementar de forma bem-sucedida o projeto. O escopo do projeto é mensu-rado contra os requisitos do projeto e o escopo do produto é mensurado contra oplano de projeto.

53 Os diagramas de rede do projeto ou gráficos de PERT, são um esquema de apresen-tação das atividades do projeto e dos relacionamentos lógicos entre eles. Os riscosidentificados de alta probabilidade ou impacto podem ser considerados entradas paraa estimativa da duração das atividades e incorporados à baseline de duração de cadaatividade.

54 As estimativas de custo são avaliações quantitativas dos prováveis custos dos recur-sos requeridos para a implementação das atividades do projeto. O baseline de custo éo orçamento que será utilizado para medir e monitorar o desempenho dos custos doprojeto apenas na fase final do ciclo de vida do projeto.

56 Planejamento da qualidade consiste em avaliar, periodicamente, o desempenho geraldo projeto para que sejam satisfeitos os padrões de qualidade relevantes.

57 O gerenciamento dos riscos é atividade que busca maximizar a probabilidade e con-sequência de eventos adversos aos objetivos do projeto e minimizar a probabilidadee consequência de eventos positivos.

58 O gerenciamento quantitativo do risco utiliza técnicas diversas como a árvore de de-cisão, a qual indica qual decisão produz o maior valor esperado para o tomador dedecisão. Ela incorpora as probabilidades dos riscos e o custo ou ganho de cada cam-inho lógico de eventos e decisões futuras.

Solução:

52 ERRADO

Gerência de Escopo é conjunto de processos necessários para garantir que o projetoem questão inclua todo o trabalho necessário e apenas o trabalho necessário paracompletar de forma bem sucedida o mesmo. O foco é definir o que está presente ounão no projeto.

Os processos envolvidos na gerência de escopo são: coletar os requisitos, definir o

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escopo, criar o Work Breakdown Structure (WBS ou EAP), verificação de escopo econtrolar alterações no escopo.

O principal produto do processo de definir os requisitos é a Declaração do Escopo,que possui no mínimo os seguintes componentes: Escopo do produto, critérios deaceitação de produtos, entregas de produtos, exclusões do projeto, restrições do pro-jeto e premissas do projeto.

O escopo do projeto difere-se do escopo do produto na medida em que o primeirodefine o trabalho necessário para fazer o produto, e o segundo define os recursos(atributos e comportamentos) do produto.

53 CERTO

PERT ( Project Evaluation and Review Technique) é uma técnica baseada em redespara auxílio no planejamento e agendamento de muitas tarefas inter-relacionadas emgrandes e complexos projetos. É utilizada por gerentes de projeto para analisar e rep-resentar tarefas envolvidas em um determinado projeto e para descobrir gargalos e otempo mínimo para a conclusão do mesmo.

Esse método utiliza uma representação baseada em rede para identificar relações deprecedência ou paralelismo entre as tarefas. Em um projeto, uma atividade é umatarefa que precisa ser realizada e é representada no diagrama por um arco. Even-tos são representados por círculos que são ligados pelos arcos. Arcos chegando emum círculo representam as atividades necessárias para concluir tal evento, e as ativi-dades representadas pelos arcos que saem, só podem ser iniciadas quando todas asque chegam são finalizadas. Assim, é criada uma rede de dependência entre as ativi-dades, mas permitindo que certas atividades possam ocorrer em paralelo.

O diagrama de PERT pode ter várias páginas com outras várias sub-tarefas.

Figura 10: exemplo de diagrama de PERT.

O planejamento utilizando essa técnica envolve os seguintes passos:

1. identificar as atividades e as milestones. Milestones são eventos que marcam oinício e término de uma ou mais atividades;

2. determinar a sequência correta dos eventos;

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3. construir o diagrama de redes;4. estimar o tempo requerido para cada atividade;5. determinar o caminho crítico. O caminho crítico é o caminho mais longo no di-

agrama do projeto, ele é determinado a partir da soma dos tempos de todas asatividades;

6. durante o progresso do projeto atualizar o diagrama.

O PERT se destaca pela habilidade de lidar com imprecisões no tempo para executaruma tarefa. Essa característica permite considerar riscos na hora de estimar o tempode cada atividade, possibilitando que se consiga ter uma visão mais real da duraçãodo processo. A técnica PERT também disponibiliza meios para calcular a variação detempo na execução de cada atividade, utilizando tempos de desvio padrão. É comumutilizar para isso três medidas: o tempo ótimo, o tempo mais provável de se terminara tarefa e o tempo pessimista.

54 ERRADO

A gerência de custos objetiva fazer a elaboração e o controle do orçamento do projeto.Com esse intuito são previstos recursos a serem utilizados, o tempo de utilização dosmesmos, seus valores e as receitas do projeto.

No início do projeto poucas informações estão disponíveis, então é feito um orça-mento inicial para o Plano de Gerenciamento do Projeto e de acordo com a obtençãode mais informações, o mesmo deve ser refinado. Além disso, cada revisão no crono-grama ou no esforço deve ser acompanhada por uma revisão do orçamento.

Segundo o guia de gerenciamento de projetos PMBoK (Project Management Bodyof Knowledge) a gerência de custo é composta por 3 processos:

– Estimativa de custos: identifica-se os componentes de custo e determina-se paracada um, seu custo unitário (compra ou utilização), quantidade necessária e custototal para o projeto;

– Determinação do orçamento: baseado nos valores adquiridos no passo um, cria-se um orçamento do projeto que será o baseline dos custos na medição de desem-penho do mesmo. Assim, o Baseline dos Custos é o orçamento referencial queserá utilizado para medir e monitorar o desempenho dos custos do projeto. Édesenvolvido através da totalização das estimativas de custos por período;

– Controle de custos: identifica-se e documenta-se as razões de variações no orça-mento e adequa-se o mesmo de acordo com a necessidade. Dessa forma, desviossão identificados, orçamento alterado e situações de risco reportadas.

56 ERRADO

O planejamento da qualidade é apenas um dos processos da gerência da qualidadede um projeto. A qualidade do projeto é controlada por diversas ações ligadas àaplicação de métodos, técnicas, revisões técnicas, testes e controle de alterações. Agerência de qualidade possui os processos para garantir que o projeto irá satisfazer asnecessidades para o qual ele foi criado para atender.

É criado um Plano da Qualidade do Projeto, o qual consiste nos procedimentos e nasdiretrizes dos mesmos para garantir a qualidade do projeto. A gerência de qualidadeconsiste em 3 processos:

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– Planejamento da Qualidade: onde se identifica que padrões de qualidade sãorelevantes e o modo como atendê-los. Para identificar os padrões, podem serutilizados métodos como Benchmarkig e Fluxogramação;

– Garantia da Qualidade: aplicação de atividades de qualidade planejadas, deforma sistêmica, para garantir que todos os processos necessários para atenderos objetivos estão sendo realizados. Verifica se suas medidas de qualidade aindasão adequadas. Utiliza-se a realização de auditorias;

– Controle da Qualidade: monitoramento dos resultados do projeto para averiguarse os mesmos estão de acordo com os padrões de qualidade especificados e de-scobrir formas de eliminar as razões dos resultados insatisfatórios. Gráfico decontrole e Diagrama de Pareto são métodos de apoio para o controle da quali-dade.

57 ERRADO

O gerenciamento de risco tem como objetivo justamente o contrário da afirmativa daquestão. Ele tem por função garantir que os objetivos tenham mais probabilidade deserem alcançados, eliminar ou pelo menos minimizar ao máximo a probabilidade deque situações danosas ao projeto ocorram e que as benéficas aconteçam ou que pelomenos tenham probabilidade maximizada de ocorrer. É um processo formal usadopara identificar os riscos e oportunidades, estimando-se potenciais impactos decor-rentes e fornecer ações para responder a esses impactos, reduzindo as ameaças atéum nível aceitável ou com o intuito de alcançar as oportunidades.

Segundo o PMBok, há 6 processos para a Gerência de Riscos:– Planejamento de Gerência de Riscos: define-se a abordagem adotada na gerên-

cia de riscos do projeto;– Identificação dos Riscos: identificação, descrição e classificação dos riscos en-

volvidos no projeto;– Análise Qualitativa dos Riscos: analisa a probabilidade de ocorrência de riscos

e seus impactos sobre o projeto;– Análise Quantitativa dos Riscos: analisa a probabilidade de ocorrência de riscos

e seus impactos sobre o projeto de forma numérica;– Planejamento das Respostas de Riscos: determina quais ações a serem tomadas

para reduzir a as ameaças aos objetivos;– Monitoramento e Controle de Riscos: garante a execução do plano de riscos

definido, identifica novos riscos, monitora riscos residuais e realiza ajustes, senecessário.

58 CERTO

O Gerenciamento quantitativo de riscos é de suma importância para analisar de formanumérica os efeitos dos riscos identificados no projeto. Como dito pela questão, eleutiliza diversas técnicas como:

– Análise da árvore de decisão: consiste em avaliar os caminhos decorrentes acada decisão que envolva riscos, analisando os valores associados aos mesmos,afim de tomar a melhor decisão para o projeto. Normalmente utiliza-se um dia-grama, que representa a árvore de decisão, que descreve uma consideração feita ea implicação de cada um das escolhas possíveis e cenários disponíveis. Para cadaescolha possível existe um valor atribuído, para os cenários há as probabilidadese de cada caminho lógico alternativo o retorno;

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– Análise de sensibilidade: analisa a influencia e impacto da incerteza de cadaelemento sobre o objetivo que está sendo analisado. Para isso fixa-se todos osoutros elementos em sua baseline;

– Simulação: a simulação utiliza um modelo que traduz em um nível detalhadoas incertezas do projeto e tem como fim analisar impactos potenciais das mes-mas aos objetivos do projeto. Consiste em “executar” o modelo do projeto váriasvezes para obter uma distribuição estatística, utilizando como entrada valoresprovenientes de uma função de distribuição de probabilidades. Ex: distribuiçãonormal, triangular, beta e técnica de Monte Carlo.

Figura 11: exemplo de árvore de decisão.

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14. Assuntos relacionados: Análise Combinatória, Combinação Simples,Banca: CespeInstituição: PetrobrasCargo: Analista de Sistemas Júnior - Processos de NegócioAno: 2007Questão: 51–52

A PETROBRAS patrocina eventos esportivos como a Stock Car, a Fórmula Truck, o TeamScud PETROBRAS de Motovelocidade, o Rally dos Sertões, a equipe PETROBRAS Lubraxe também o Clube de Regatas Flamengo. De acordo com essas informações, julgue os itensa seguir.

51 Se a PETROBRAS decidisse cortar aleatoriamente dois dos seis patrocínios acima cita-dos, então, a quantidade de possibilidades de cortes seria superior a 350.

52 Considere que cada atleta do Clube de Regatas Flamengo possua, para momentosoficiais do clube, 8 uniformes completos — conjunto de elementos de vestuário —,cujos elementos não podem ser trocados de um uniforme para outro, e, para momen-tos não-oficiais do clube, 5 calças e 3 agasalhos distintos, que podem ser combinados.Nessa situação, cada atleta possui um total de 23 maneiras distintas de se vestir paraos momentos oficiais e não-oficiais do clube.

Solução:

51 ERRADO

Sendo 6 patrocínios e dois cortes, temos um situação em que seleciona-se dois ele-mentos do conjunto de 6. A ordem não faz diferença no conjunto, ou seja, cortar opatrocínio do Flamengo e a Equipe Petrobras Lubrax ou cortar a Equipe PetrobrasLubrax e o Flamengo correspondem a uma mesma ação nesse contexto. Sendo assim,temos um problema de combinação.

Logo, o número de combinações é dado por:(62

)= 6!

2!∗4! = 6∗5∗4!2!∗4! = 30

2 = 15.

Dessa forma, apenas 15 conjuntos são possíveis. A questão está errada.

52 CERTO

Para momentos oficiais, os atletas possuem 8 uniformes completos não permutáveis(sem troca). Além disso, para momentos não oficiais, eles possuem 5 calças e 3 agasal-hos, os quais podem ser combinados.

Assim, temos: No de opções para vestir = 8 (não modificáveis) + 5 * 3 ( calças Xagasalhos) = 23 opções. Logo, a questão está correta. Observe a árvore de possibili-dades da Figura 12.

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Figura 12: árvore de possibilidades.

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15. Assuntos relacionados: Lógica, Proposição Funcional,Banca: CespeInstituição: PetrobrasCargo: Analista de Sistemas Júnior - Processos de NegócioAno: 2007Questão: 53 e 55

Uma proposição é uma afirmação que pode ser julgada como verdadeira (V) ou falsa (F),mas não como ambas. As proposições são simbolizadas por letras maiúsculas do alfabeto,como A, B, C etc., que podem ser conectadas por símbolos lógicos. A expressão A → Bé uma proposição lida como “A implica B”, ou “A somente se B”, ou “A é condição sufi-ciente para B”, ou “B é condição necessária para A”, entre outras. A valoração de A → Bé F quando A é V e B é F, e nos demais casos é V. A expressão ¬A é uma proposição lidacomo “não A” e tem valoração V quando A é F, e tem valoração F quando A é V.

Uma sequência de 3 proposições da forma A, A → B, B constitui um argumento válidoporque sempre que A e A6B, chamadas premissas, tiverem valorações V, então a valo-ração de B, chamada conclusão, será obrigatoriamente V. A partir das informações do textoacima, julgue os itens a seguir.

53 A proposição “O piloto vencerá a corrida somente se o carro estiver bem preparado”pode ser corretamente lida como “O carro estar bem preparado é condição necessáriapara que o piloto vença a corrida”.

55 Simbolizando-se adequadamente, é correto concluir que a sequência formada pelastrês proposições abaixo constitui um argumento válido.

Premissas:

1. A PETROBRAS patrocinar o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) é condição sufi-ciente para que o COB promova maior número de eventos esportivos.2. O COB promove maior número de eventos esportivos.

Conclusão:

3. A PETROBRAS patrocina o COB.

Solução:

53 CERTO

Seguindo a definição apresentada, A → B pode ser lida com “A é condição sufi-ciente para B” ou “B é condição necessária para A”.

No exemplo, pode-se considerar que B = “O carro está bem preparado” e A = “Opiloto vence a corrida”. Assim, a leitura pode ser feita da seguinte maneira: “O carroestá bem preparado é condição necessário para que O piloto vença a corrida”. A re-sposta está correta.

Observe que não é analisado o valor lógico da afirmação e sim a sintaxe e semân-tica.

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55 ERRADO

patrocina(petrobras, COB)→ promoveeventos(COB)promoveeventos(COB)

Nesse caso, as proposições são inconclusivas, pois, elas não se encaixam na regrade inferência Modus Ponens e Modus Tollens. Logo, a questão está errada.

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16. Assuntos relacionados: Lógica, Proposição Funcional,Banca: CespeInstituição: PetrobrasCargo: Analista de Sistemas Júnior - Processos de NegócioAno: 2007Questão: 56, 57, 59 e 60

Uma proposição funcional simbólica é uma expressão que contém variáveis x, y, z, ... epredicados P, Q, R, ..., que dizem respeito às variáveis, e pode ou não conter os símbolosquantificadores denotados por ∀ (para todo) e ∃ (existe) que atuam sobre as variáveis. Umaproposição funcional pode ser julgada como verdadeira (V) ou falsa (F), dependendo doconjunto de valores que são atribuídos às variáveis e à interpretação dada aos predicados.

Proposições funcionais são expressões, por exemplo, do tipo (∀x)P (x), (∃y)Q(y), (∀x)(∃y)P (x, y) etc. Algumas proposições não têm variáveis e são representadas por letras maiús-culas do alfabeto, como, por exemplo, A, B e C, que podem ser conectadas por símboloslógicos, formando proposições compostas. São exemplos de proposições compostas asseguintes expressões: A ∧ B, que é lida como “A e B” e tem valoração V quando A é V eB é V e, nos demais casos, é F; ¬A, que é lida como “não A” e tem valoração V quando Aé F, e tem valoração F quando A é V; A ∨ B, que é lida como “A ou B” e tem valoração Fquando A é F e B é F e, nos demais casos, é V; A → B, que é lida como “se A então B” etem valoração de F quando A é V e B é F e, nos demais casos, é V.

Uma dedução é uma sequência finita de proposições, em que algumas das proposições sãoassumidas como verdadeiras e, a partir delas, a sequência é acrescida de novas proposiçõessempre verdadeiras. A última proposição que se acrescenta é chamada conclusão.

A partir das informações acima, julgue os itens a seguir.

56 Se as variáveis x e y pertencem ao conjunto A = {2, 3, 4} e o predicado P (x, y) éinterpretado como x2 ≤ y+2, então a proposição funcional (∃x)(∀y)P (x, y) é avaliadacomo verdadeira.

57 Admitindo-se que as proposições funcionais Nenhuma mulher é piloto de fórmula1 e Alguma mulher é presidente sejam ambas V, então é correto concluir que aproposição funcional Existe presidente que não é piloto de fórmula 1 tem valoraçãoV.

59 Considere que duas gêmeas idênticas — Bella e Linda — tenham sido acusadas de sefazerem passar uma pela outra. Considere ainda que uma delas sempre minta e quea outra seja sempre honesta. Supondo que Bella tenha confessado: “Pelo menos umade nós mente”, então está correto concluir que a gêmea honesta é Linda.

60 Considere que as seguintes proposições compostas a respeito de um programa decomputador sejam todas V.

– O programa tem uma variável não-declarada ou o programa possui erro sintáticonas 4 últimas linhas.

– Se o programa possui erro sintático nas 4 últimas linhas, então ou falta um ponto-e-vírgula ou há uma variável escrita errada.

– Não falta um ponto e vírgula.– Não há uma variável escrita errada.

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Simbolizando adequadamente essas proposições, é possível obter-se uma deduçãocuja conclusão é a proposição: O programa não possui erro sintático nas 4 últimaslinhas.

Solução:

56 CERTO

x, y ∈ A = {2, 3, 4}P (x, y) = x2 ≤ y + 2∃x∀yP (x, y)

Logo, devemos achar um y (2,3,4) que satisfaça P(x,y) para todo x (2,3,4). Assim:

P (2, 2) = 4 ≤ 4 (V)P (2, 3) = 4 ≤ 5 (V)P (2, 4) = 4 ≤ 6 (V)

Assim, X = 2 satisfaz a proposição funcional. A questão está correta.

57 CERTO

1: ¬∃x(piloto(x) ∧mulher(x)) = ∀x(mulher(x)→ ¬piloto(x))2: ∃x(presidente(x) ∧mulher(x))

Deseja-se provar que ∃x(presidente(x) ∧mulher(x)):

Instanciando 2: (3) presidente(c) ∧mulher(c)Separando 2: (4) presidente(c), (5) mulher(c)Sendo 1 uma relação universal: (6) mulher(c)→ ¬piloto(c)Assim, usando a Modus Ponens: (6) mulher(c) → ¬piloto(c), (5) mulher(c), logo (7)¬piloto(c)Agora juntando (7)¬piloto(c) com (4) presidente(c), temos: (8) presidente(c)∧¬piloto(c)

Assim, se existe c que torna válida a proposição, podemos colocar na forma de ex-istência: ∃x(presidente(x) ∧mulher(x)). Assim, a afirmação é verdadeira.

comentario

59 ERRADO

Sabendo que Bella ou Linda sempre mente ou sempre diz a verdade, e que Bella disseque “Pelo menos uma de nós mente.”, temos a seguinte proposição:

∃x(mente(x)), sendo que essa é verdadeira, visto que uma delas é mentirosa.

Assim, Bella disse a verdade, dessa forma, ela não pode ser mentirosa, o que restaé que Linda é mentirosa. Assim, a afirmação da questão é falsa. Linda não é honesta.

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60 CERTO

Tomando erro_sintatico_4_ui como erro sintático nas 4 últimas linhas, falta_pv comofalta ponto e vírgula e var_escr_err como variável escrita errada.

1: variavel_nao_declarada(programa) ∧ erro_sintatico_4_ui(programa)2: erro_sintatico_4_ui(programa)→ (falta_pv(programa)∧var_escr_err(programa))3: ¬falta_pv(programa)4: ¬var_escr_err(programa)

Se juntarmos 3 e 4, temos (5) ¬falta_pv(programa) ∧ ¬var_escr_err(programa). Re-arranjando, temos (6) ¬(falta_pv(programa) ∧ var_escr_err(programa)).

Usando a Modus Tollens 6 e 2, temos (7): ¬erro_sintatico_4_ui(programa)

Assim, provamos que não há um erro nas 4 últimas linhas últimas linhas.

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17. Assuntos relacionados: Banco de Dados, SQL, Consulta SQL,Banca: CespeInstituição: PetrobrasCargo: Analista de Sistemas Júnior - Processos de NegócioAno: 2007Questão: 66

Comando 1

select distinct Nomefrom Tipos_Artefatos, Artefatoswhere Codigo = Tipoand Tipo > 10order by Nome;

Comando 2

select t1.Nome, t2.Nome, t3.Nomefrom Projetos t1, Tipos_Artefatos t2,Desenvolvedores t3, Artefatos t4where t1.Codigo = t4.Projeto

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and t2.Codigo = t4.Tipoand t3.Matricula = t4.Desenvolvedororder by t1.Nome, t2.Nome, t2.Nome;

Comando 3

select Nome, Especialidadefrom Desenvolvedoreswhere Matricula in (select Desenvolvedorfrom Artefatosgroup by Desenvolvedorhaving Sum(Duracao) > 2)order by Nome, Especialidade;

Considerando as tabelas e os comandos SQL acima, julgue os próximos itens.

66 A execução do comando 1 produz o seguinte resultado.

Modelo de analiseModelo de implementacaoModelo de projeto

Solução:

66 CERTO

O comando 1 seleciona todos os elementos da coluna Nome da tabela Tipos_Artefatos,que sejam distintos, nos quais o código (mapeado como Tipo da tabela Artefatos) ten-ham valor maior que 10. O resultado está ordenado por Nome.

Analisando a consulta temos:

– os elementos Tipo válidos da tabela Artefatos são 20, 20, 30 e 40. Dessa forma, aseleção de nomes seria Modelo de analise, Modelo de analise, Modelo de projeto,Modelo de implementacao;

– como a seleção é distinta, teríamos: Modelo de analise, Modelo de projeto, Mod-elo de implementacao;

– o uso da ordenação torna o resultado final ordenado alfabeticamente (usando atabela de codificação). Modelo de analise, Modelo de implementação, Modelo deprojeto.

Dessa forma, a questão está correta.

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18. Assuntos relacionados: Redes de Computadores, UDP, Reliable UDP (RUDP),Banca: CespeInstituição: PetrobrasCargo: Analista de Sistemas Júnior - Processos de NegócioAno: 2007Questão: 74

Acerca dos conceitos e das tecnologias relacionadas à Internet, julgue os seguintes itens.

74 Em uma aplicação que use UDP, se for necessário saber se datagramas enviados foramcorretamente recebidos nos destinos, a aplicação deverá conter código para esse fim,uma vez que o serviço de comunicação provido pelo UDP não garante que os data-gramas enviados sejam entregues nos destinos.

Solução:

74 CERTO

O protocolo UDP é um serviço da camada de transporte que não é direcionado aconexão e não garante que um pacote seja entregue e muito menos que pacotes se-quenciais cheguem em ordem. Dessa forma, ele é um protocolo bastante enxuto. Asaplicações que necessitam apenas de confirmação de chegada de pacotes devem pro-gramar código adicional, transformando o UDP em RUDP (Reliable UDP).

Dessa forma, a questão está correta.

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19. Assuntos relacionados: Engenharia de Software, UML, Diagrama de Caso de Uso, Testes deSoftware,Banca: CespeInstituição: PetrobrasCargo: Analista de Sistemas Júnior - Processos de NegócioAno: 2007Questão: 78–81

Com relação a engenharia de software, julgue os seguintes itens.

78 A arquitetura de um sistema de software é influenciada por casos de uso identificadosna especificação dos requisitos. Além de casos de uso, outros fatores influenciam aarquitetura de um sistema, a exemplo de softwares de sistema usados e requisitosnão-funcionais.

79 Em um modelo de análise, as classes de controle podem encapsular controles rela-cionados a casos de uso e representar lógicas de negócio que não se relacionem a umaclasse de entidade específica.

80 Em um modelo de projeto, para que um subsistema seja coeso, seus conteúdos devemser fortemente relacionados e, para que ele seja fracamente acoplado, é necessário quese minimizem as dependências entre subsistemas.

81 O plano de teste é um artefato que descreve as estratégias de teste, as quais, por suavez, podem definir os tipos de teste a serem realizados nas iterações, os objetivosdesses testes, o nível de cobertura a ser atingido e a percentagem daqueles cujas exe-cuções devem produzir determinados resultados.

Solução:

Um sistema de informações é composto, essencialmente, por pessoas, dados, processos(ou procedimentos) e tecnologia, elementos que interagem objetivando apoiar e melhoraro processo de negócio de uma empresa. Evidentemente, o objetivo principal de tal sis-tema é agregar valor à organização onde será utilizado. Dito isto, deve-se compreenderque o desenvolvimento de um sistema de informações é uma tarefa complexa, na qual ocomponente sistema de software refere-se aos módulos funcionais computadorizados re-sponsáveis pela automatização de diversas tarefas.

No desenvolvimento de tais sistemas, a necessidade de planejamento aumenta na mesmaproporção da complexidade do software. O adequado planejamento é fundamental parao sucesso do projeto. Atualmente, ferramentas de desenvolvimento orientado a objetos(linguagens de programação e de modelagem, por exemplo) estão disponíveis e são am-plamente difundidas e utilizadas.

A Linguagem de Modelagem Unificada (UML – Unified Modeling Language) auxilia oprocesso de planejamento para o desenvolvimento de software dirigido a casos de uso.O sistema pode ser observado sob diversas perspectivas, sendo que cada visão enfatizaaspectos diferentes. É exatamente a visão de casos de uso que descreve o sistema comoum conjunto de interações entre este sistema e os agentes externos, direcionando o de-senvolvimento de outras visões (visão de projeto, de implementação, de implantação e deprocesso).

Na maioria dos processos de desenvolvimento de software, existem algumas atividades

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(ou etapas) comumente realizadas, como o levantamento de requisitos, a análise, o pro-jeto, a implementação, os testes e a implantação.

Durante o levantamento de requisitos (ou elicitação de requisitos), os usuários e os desen-volvedores buscam ter uma compreensão do problema a ser resolvido. Os requisitos po-dem ser funcionais (funcionalidades do sistema), não-funcionais (qualidades do sistema)ou normativos (restrições legais).

A análise dos requisitos irá permitir a definição dos componentes do sistema, bem comoa interação entre os mesmos. A partir dos requisitos, os casos de uso são modelados pelodiagrama de casos de uso. Ao mesmo tempo, as principais classes do negócio são mode-ladas pelo diagrama de classes.

O foco principal da fase de projeto é determinar a maneira pela qual o sistema atenderá aosrequisitos em termos de recursos tecnológicos a serem utilizados (linguagem de progra-mação, SGBD, middleware, rede de computadores, etc.). O projeto de arquitetura consisteem distribuir classes relacionadas do sistema em subsistemas e componentes.

A codificação propriamente dita é efetuada na fase de implementação, quando a descriçãocomputacional obtida na fase de projeto é traduzida para a linguagem de programaçãoescolhida. Paralela e posteriormente, é possível realizar atividades de teste com o objetivode verificar a exatidão e o cumprimento dos requisitos elencados previamente. O relatóriode testes é o principal produto (ou artefato) desta fase, contendo informações sobre errosdetectados no software.

78 CERTO

São diversos os fatores que influenciam a arquitetura de um sistema de software.Durante a elicitação de requisitos, os casos de uso identificados contribuem decisi-vamente para a definição de uma arquitetura que atenda satisfatoriamente tanto aosrequisitos funcionais quanto aos requisitos não-funcionais. A existência de sistemaslegados também devem ser considerada, pois os fluxos de tarefas poderão ser afe-tados por estes softwares já em uso. A própria tecnologia a ser adotada (linguagemde programação, por exemplo), em alguns casos, é fator determinante da arquitetura.Esta assertiva está correta.

79 CERTO

O subsistema de controle de um sistema de software, definido durante a fase deanálise, responsabiliza-se, dentre outros, pelo estabelecimento (e cumprimento) dasregras de negócio da empresa. Casos de uso específicos auxiliam a estruturação domodelo de negócio existente que, em sua composição, pode conter classes sem relaçãocom as entidades específicas identificadas na elicitação, isto é, classes com funções deapoio ao sistema (pacote de utilitários, por exemplo). O item 79 está correto em seusapontamentos.

80 CERTO

Esta questão apresenta adequadamente os conceitos de coesão e acoplamento de sub-sistemas. A coesão é uma medida de “relacionamento” e “foco” das responsabili-

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dades de uma classe ou de um subsistema. Quanto mais coesa é uma classe, maisespecífica é sua atribuição dentro do sistema (ou seja, mais relacionadas estão suasatribuições), característica que favorece sua reutilização sem o risco de ambiguidadese/ou conflitos de papéis. Uma classe com alta coesão deve capturar uma única ab-stração. Por sua vez, o acoplamento reflete o nível de “dependência” ou “conexão”entre classes/subsistemas. É desejável um baixo nível de acoplamento, o que facilitaa manutenção e a reusabilidade como um todo. A questão 80 está correta.

81 CERTO

Na busca pela excelência na produção de software, uma ferramenta altamente valiosaé o teste de software. Existem diversas estratégias de teste que podem ser adotadaspela equipe responsável por garantir a qualidade de um sistema, evitando erros deprocessamento em unidades isoladas (testes unitários) e em subsistemas integrados(testes de integração). Uma “especificação de teste” (ou um “plano de teste”) é umdocumento (artefato) que descreve uma estratégia global de condução de testes, de-screvendo os passos a serem conduzidos, os momentos de execução dos passos e osresponsáveis por cada etapa. A assertiva 81 está correta ao listar os componentes doplano de testes.

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20. Assuntos relacionados: Algoritmos, Recursividade, Estruturas de Dados, Lista Encadeada, Deque,Pilha, Fila, Árvore T, Tabela Hash,Banca: CespeInstituição: PetrobrasCargo: Analista de Sistemas Júnior - Processos de NegócioAno: 2007Questão: 93–96

Acerca de estruturas de dados e algoritmos, julgue os seguintes itens.

93 Um procedimento recursivo contém, em sua descrição, uma ou mais chamadas a simesmo, e deve possuir pelo menos uma chamada externa proveniente de um lo-cal exterior a ele. A um procedimento recursivo, tipicamente corresponde um não-recursivo que executa a mesma computação.

94 Em uma lista linear, se inserções e remoções são permitidas apenas nas extremidadesda lista, ela é denominada deque (double ended queue); se inserções e remoções sãorealizadas somente em um extremo, ela é denominada pilha; se inserções são real-izadas em um extremo e remoções no outro, ela é denominada fila.

95 Uma árvore T é um conjunto finito de elementos denominados nós, tais que, se aárvore não está vazia, há um nó r chamado raiz de T. Os nós restantes constituem umconjunto vazio ou são divididos em conjuntos disjuntos não-vazios, cada qual umaárvore. Uma árvore com n > 1 nós tem, no mínimo, 1 folha e, no máximo, n – 1 folhas.

96 Em uma tabela de dispersão (hash), uma colisão ocorre quando o compartimento cal-culado para a chave x já está ocupado por outra chave. A implementação de umatabela de dispersão pode prover um método para tratar colisões, por exemplo, ar-mazenar chaves sinônimas em listas encadeadas.

Solução:

Pode-se definir um algoritmo como uma sequência de passos computacionais que transfor-mam um conjunto de valores (entrada) em outro conjunto de valores (saída). Esse “proced-imento computacional bem definido” é considerado uma ferramenta para resolver proble-mas computacionais, descrevendo uma maneira prática e eficiente de relacionar entrada esaída.

Diversos algoritmos são recursivos em sua estrutura, chamando a si mesmos recursiva-mente para lidar com subproblemas menores e intimamente relacionados. Essa abordagemde dividir para conquistar desmembra o problema original em problemas menores (emtamanho e em complexidade), resolvendo-os isoladamente e combinando as soluções emum momento oportuno.

Tanto a entrada quanto a saída devem estar definidas em uma estrutura de dados, queé um meio de armazenamento e organização de dados com o objetivo de facilitar o acessoaos mesmos, bem como a sua modificação.

Tais estruturas de dados, consideradas conjuntos dinâmicos (pois seus elementos podemvariar ao serem processados por um algoritmo), em geral, utilizam ponteiros para orientara manipulação de seus elementos constituintes.

Quando os elementos da estrutura de dados podem ser alinhados em sequência, tem-se

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uma lista linear de dados. Exemplos típicos dessa organização de dados são as pilhas,as filas e os deques. Diversamente, uma lista não-linear organiza seus dados de formanão-sequencial, como é o caso das árvores, onde a recursão é utilizada para definir o posi-cionamento dos elementos, sendo que cada elemento da estrutura também é uma árvore.

As pilhas e filas são estruturas de dados nas quais o elemento a ser removido já está pre-viamente definido. No caso da pilha, que implementa a norma LIFO (last-in, first-out –último a entrar, primeiro a sair), o elemento a ser removido do conjunto é o mais recente-mente inserido. Semelhantemente, uma fila implementa a norma FIFO (first-in, first-out –primeiro a entrar, primeiro a sair), estabelecendo que o elemento a ser removido é o quepermaneceu no conjunto pelo tempo mais longo. A estrutura deque (double-ended queue)é uma “fila de dois lados”, pois os elementos a serem removidos encontram-se em ambosos lados da estrutura.

Diferentemente das listas, pilhas e filas, as árvores são estruturas que armazenam os da-dos de forma hierárquica (e não sequencial). O primeiro elemento, chamado nó raiz, pos-sui ligações para os outros elementos, chamados filhos, que são interpretados como raízesde subárvores (os ramos) da árvore principal. Essas subárvores não são conectadas emqualquer hipótese (isto é, são conjuntos disjuntos). Os nós que não possuem filhos sãochamados de nós folhas. Existem diversos tipos de árvores: árvore binária (ou de buscabinária), árvore B, árvore B+, árvore AVL, árvore T, etc. Cada tipo possui característicasespecíficas que o habilita para determinadas tarefas, seja no uso em bancos de dados, sejana implementação de sistemas operacionais.

O endereçamento de índices é tarefa corriqueira em sistemas de computação. O uso detabelas para tal intento pode ser impraticável em virtude da memória disponível em umcomputador típico. Somando-se a este o fato de que a quantidade de índices (chaves)a serem efetivamente armazenadas, em geral, é extremamente pequena em relação aotamanho total da tabela, percebe-se o desperdício e a inviabilidade de tal solução. Quandoo número de chaves a serem armazenadas é muito inferior ao conjunto de possíveis val-ores das chaves, uma alternativa viável é o uso de uma tabela hash.

Em uma tabela hash, o elemento com a chave k efetua o hash para a posição h(k) (valorhash), onde h é a função hash. A finalidade desta função é reduzir o intervalo de índicesarmazenados. Quando um valor precisa ser recuperado, calcula-se o seu valor hash epesquisa-se este resultado na tabela hash. No caso de ocorrer mapeamentos idênticospara chaves distintas (chamadas “chaves sinônimas”), diz-se que ocorreu uma colisão,cuja ocorrência deve ser tratada adequadamente pela implementação da tabela.

93 CERTO

Esta questão está correta ao apresentar conceitos relativos à recursão. A afirmação fi-nal poderia causar estranheza à primeira vista, porém, é verdadeiro o fato de se podertransformar um algoritmo recursivo em outro que seja iterativo. A escolha entre re-cursão e iteração deve ser orientada pelo consumo de recursos do sistema (memóriae processamento, por exemplo).

94 CERTO

Sem sombra de dúvidas, tanto a pilha quanto a fila podem ser entendidas como listas

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lineares com características de entrada e saída de elementos previamente estabeleci-das, considerando apenas os seus extremos. A assertiva 94 expressa adequadamenteestas relações, inclusive para a estrutura de deque.

95 CERTO

Apesar de pouco comentada por ser uma estrutura de dados relativamente recente(o artigo introdutório data de 1986), a árvore T é o assunto do item 95. Contudo, épossível responder à questão utilizando apenas os conceitos genéricos sobre árvores:

– “Uma árvore T é um conjunto finito de elementos denominados nós, tais que,se a árvore não está vazia, há um nó r chamado raiz de T.” A afirmativa está deacordo com a definição genérica de árvore, estando, portanto, correta;

– “Os nós restantes constituem um conjunto vazio ou são divididos em conjuntosdisjuntos não-vazios, cada qual uma árvore.” Os nós conectados ao nó raiz deuma árvore são considerados nós raízes de subárvores e, para caracterizarem aestrutura completa como árvore, estas subárvores precisam ser conjuntos disjun-tos. Logo, a afirmativa está de acordo com o conceito genérico de árvore;

– “Uma árvore com n > 1 nós tem, no mínimo, 1 folha e, no máximo, n – 1 folhas.”Uma árvore que possui 1 nó, terá apenas o nó raiz. Possuindo mais de um nó,ao menos um deles será folha (isto é, estará no nível mais inferior da hierarquia.Ao mesmo tempo, a estrutura terá no máximo n – 1 folhas, pois dos n elemen-tos, 1 será a raiz. Novamente, a assertiva refere-se a informações genéricas dasestruturas de árvores.

Observa-se, portanto, que o item 95 está correto.

96 CERTO

Esta questão apresenta adequadamente o conceito de colisão em tabelas hash, indi-cando uma maneira comumente empregada para o seu tratamento prático. A questãoestá correta.

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21. Assuntos relacionados: Modelo Multidimensional, OLAP, MOLAP, ROLAP,Banca: CespeInstituição: PetrobrasCargo: Analista de Sistemas Júnior - Processos de NegócioAno: 2007Questão: 134–135

Julgue os itens subsequentes, a partir de uma análise de abrangência no uso de tecnologiasOLAP.

134 Soluções MOLAP promovem maior independência de fornecedores de SGBDs quesoluções ROLAP.

134 Em um esquema de dados multidimensional, a tabela de fatos, usualmente, contémuma chave primária composta por várias chaves estrangeiras e algumas colunas cujostipos de dados são, usualmente, nominais, ao passo que as tabelas de dimensões,usualmente, contêm uma chave primária simples e algumas colunas cujos tipos dedados são, usualmente, escalares.

Solução:

Como as questões abaixo são todas relacionadas com o uso de tecnologias OLAP, abor-daremos a teoria necessária antes e comentaremos cada uma delas, mostrando a respostacorreta.

Banco de dados operacionais têm foco em transações de registros, assim eles são predom-inantemente caracterizados pelo modelo OLTP (online transaction processing). Por outrolado, Data warehouses permitem complexas análises de dados objetivando o suporte natomada de decisões. O tipo de carga de trabalho é completamente diferente e é conhecidacomo OLAP (Online analytical processing). Aplicações OLAP são baseadas em um mod-elo multidimensional de dados que representa intuitivamente os dados sob uma metáforade um cubo (hyper cubo), cuja as células correspondem a eventos que ocorrem no domíniodo negócio.

A tecnologia ROLAP (Relational OLAP) é uma implementação baseada em DBMS rela-cionais. De um ponto de vista arquitetural, com ROLAP é necessário um middleware, tam-bém chamado motor multidimensional, entre o back-end relacional e os componentes defront-ends. O middleware recebe as consultas OLAP formuladas pelos usuários (atravésdo front-end) e as transforma em instruções SQL para o backend relacional. Em produtoscomerciais, diferentes módulos de front-end, como OLAP, relatórios e painéis são normal-mente conectados diretamente ao motor multidimensional. O motor multidimensional é oprincipal componente e pode ser conectado a qualquer servidor relacional.

A tecnologia MOLAP (Multidimentional OLAP) é uma implementação baseada em DBMSmultidimensionais. Sistemas MOLAP são baseados em um modelo lógico ad-oc que po-dem ser usados para representar dados e operações multidimensionais diretamente. Obanco de dados fisicamente armazena os dados em forma de arrays que são acessadosatravés de sua posição.

O principal problema com as implementações ROLAP tem relação com desempenho, de-vido ao custo das operações de join em tabelas grandes. Para reduzir o número de joins,dois conceitos chaves usados são: desnormalização e a redundância.

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Figura 13: Tempo, Produto e Local representam dimensões do cubo, enquanto o 174 representauma medida.

A principal vantagem dos sistemas MOLAP em relação aos ROLAP é que consultas mul-tidimensionais podem ser feitas de forma fácil e natural sem a necessidade de complexasoperações de join. Assim, o desempenho desses sistemas é muito bom.

134 ERRADO

As implementações MOLAP têm muito pouco em comum, pois nenhum padrão demodelo lógico multidimensional foi estabelecido. Geralmente eles só compartilhamo uso de algumas técnicas de otimização. Apesar da falta de padrão, as implemen-tações MOLAP tem se tornado bem sucedidas graças aos investimentos feitos pelosseus produtores como Microsoft (Analysis Services) e Oracle (Hyperion).

Como dito anteriormente, com ROLAP os dados são armazenados em um Banco deDados relacional padrão e o motor multidimensional pode ser movido para trabalharcom qualquer back-end. Uma implementação Open Source que faz isso é o Mondrian,que também é desconectado dos front-ends. Exemplo de implementação comercial éo Oracle BI.

135 ERRADO

Seguem algumas definições para facilitar o entendimento:– Fato: é o foco de interesse do processo de tomada de decisões. Tipicamente ele

modela um conjunto de eventos que ocorrem no mundo de negócios. Um fato énormalmente representado por uma caixa com duas partes, uma para o nome dofato e outra para as medidas;

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– Medidas: são propriedades numéricas de um fato e descrevem os aspectos quan-tificáveis de interesse da análise;

– Dimensão: é uma propriedade com domínio finito de um fato e descreve as co-ordenadas de análise.

Figura 14: exemplo de representação de um fato.

Fatos são armazenados em tabelas de fatos. Uma tabela de fatos contém uma oumais medidas e são sempre ligadas (por chaves estrangeiras) a alguma tabela de di-mensão. Essa organização lógica consiste de uma tabela central (a tabela de fatos) etabelas satélites (tabelas de dimensão) que se ligam a central através de relações 1:N,esse esquema é conhecido como Esquema Estrela. Num cenário típico, os atributoshierárquicos que representam o nível mais detalhado vão ser a chave primária darespectiva dimensão. Cada respectivo atributo vai ter uma chave estrangeira corre-spondente na tabela de fatos.

Figura 15: exemplo de uma tabela de fatos e sua relação com as dimensões.

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22. Assuntos relacionados: OLAP, ROLAP, MOLAP, Data Warehouse, Modelo Multidimensional,Modelo Estrela, Modelo Floco de Neve,Banca: CespeInstituição: PetrobrasCargo: Analista de Sistemas Júnior - Processos de NegócioAno: 2007Questão: 141 e 143

Julgue os itens a seguir, acerca do uso de tecnologias OLAP e datawarehouse.

141 Soluções MOLAP possuem maior escalabilidade que ROLAP.

143 Um modelo multidimensional organizado segundo o esquema floco de neve tendea suportar um maior número de níveis de agregação que um modelo organizadosegundo o esquema estrela. Dessa forma, quanto mais hierarquizada e complexa foruma organização, mais se justifica o uso do primeiro esquema.

Solução:

141 ERRADO

ROLAP tem maior escalabilidade do que MOLAP, tratando grande volume de da-dos. Isso se deve a, enquanto Banco de Dados Multidimensionais podem tratar até50GB de armazenamento, RDBMS podem tratar centenas de terabytes. E apesar deum banco de dados multidimensional requerer em média 50

143 CERTO

Um esquema é uma coleção de objetos de banco de dados, incluindo tabelas, views,indexes e sinônimos. O esquema floco de neve é um esquema lógico no qual o dia-grama de relações de entidade lembra um floco de neve. É representado por tabelasde fatos centralizadas e conectadas a várias dimensões. Nesse esquema, as tabelas sãonormalizadas em múltiplas tabelas, ou seja, as dimensões são agrupadas em váriastabelas ao invés de uma tabela gigante. Esse modelo se difere do esquema estrela,onde cada dimensão é representada por apenas uma tabela. É possível ter váriosníveis de relacionamento entre as tabelas, como tabelas filhas possuindo múltiplastabelas pais, formando assim um complexo “floco de neve”. Vale frisar que esse efeitode “floco de neve” só ocorre nas dimensões, não afeta a tabela de fato, que fica no cen-tro.

Se uma dimensão é muito esparsa ou ela tem uma lista muito grande de atributosque podem ser usados em uma consulta, a tabela de dimensão pode ocupar uma pro-porção significativa do banco de dados, então o esquema de floco de neves pode seradequado.

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Figura 16: exemplo de uma topologia snowflake retirada do learndatamodeling.com.

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GABARITO

Grupo de Questões 1 :: 47 E 48 E 49 CGrupo de Questões 2 :: 54 C 55 C 56 EGrupo de Questões 3 :: 63 E 64 C 65 E 66 E 67 CGrupo de Questões 4 :: 75 C 76 C 77 E 78 E 79 CGrupo de Questões 5 :: 84 E 85 E 86 CGrupo de Questões 6 :: 87 C 89 CGrupo de Questões 7 :: 101 E 102 C 103 C 104 EGrupo de Questões 8 :: 105 C 106 E 107 E 108 E 109 C 110 CGrupo de Questões 9 :: 74 C 75 E 77 E 78 C 79 EGrupo de Questões 10 :: 90 E 91 E 92 E 93 CGrupo de Questões 11 :: 96 C 97 E 98 C 99 CGrupo de Questões 12 :: 115 C 116 E 117 C 118 E 119 E 120 EGrupo de Questões 13 :: 52 E 53 C 54 E 56 E 57 E 58 CGrupo de Questões 14 :: 51 E 52 CGrupo de Questões 15 :: 53 C 55 EGrupo de Questões 16 :: 56 C 57 C 59 E 60 CGrupo de Questões 17 :: 66 CGrupo de Questões 18 :: 74 CGrupo de Questões 19 :: 78 C 79 C 80 C 81 CGrupo de Questões 20 :: 93 C 94 C 95 C 96 CGrupo de Questões 21 :: 134 E 135 EGrupo de Questões 22 :: 141 E 143 C

LEGENDA

C - CERTOE - ERRADOA - ANULADA

Página 72 de 72 Handbook de TI Além do Gabarito

Índice Remissivo

Árvore T, 64Índice de Maturidade de Software, 32

Algoritmos, 64Análise Combinatória, 51Análise de Pontos de Função, 32Atomicidade em Transação, 14

Banco de Dados, 14, 29, 58BSC, 25

Ciclo de Vida de Projeto, 4Combinação Simples, 51Common Object Request Broker Architecture

(CORBA), 10Consulta SQL, 58

Data Mining, 39Data Warehouse, 39, 70Deque, 64Desenvolvimento em Cascata, 18Desenvolvimento Evolucionário, 18Diagrama de Caso de Uso, 61Distributed Component Object Model (DCOM),

10Durabilidade em Transação, 14

Engenharia de Requisitos, 21Engenharia de Software, 18, 21, 61Estruturas de Dados, 64

Fila, 64

Gerência de Custos, 46Gerência de Escopo, 46Gerência de Projeto, 46Gerenciamento de Aquisições, 8Gerenciamento de Projetos, 4, 8Gerenciamento de Riscos, 46

HTML, 39

Isolamento entre Transações, 14

Java Remote Method Invocation (Java RMI),10

Lógica, 53, 55Lista Encadeada, 64

Matriz SWOT, 22

Modelo Entidade-Relacionamento, 14Modelo Estrela, 70Modelo Floco de Neve, 70Modelo Multidimensional, 67, 70Modelo Relacional, 14MOLAP, 67, 70

Normalização de Banco de Dados, 29

OLAP, 39, 67, 70Online Transaction Processing (OLTP), 39

PERT, 46Pilha, 64Planejamento Estratégico, 22, 25PMBOK, 4, 8, 46Primeira Forma Normal (1FN), 14, 29Proposição Funcional, 53, 55Prototipação, 21

Qualidade de Software, 32

Recursividade, 64Redes de Computadores, 60Reliable UDP (RUDP), 60Requisito Funcional, 21Requisito Não-Funcional, 21ROLAP, 67, 70

Segunda Forma Normal (2FN), 14, 29Seriabilidade entre Transações, 14SGBD, 14Sistemas de Apoio a Decisão, 39Sistemas Distribuídos, 10, 35SOA, 35SQL, 58

Tabela Hash, 64Terceira Forma Normal (3FN), 14, 29Testes de Software, 61

UDP, 60UML, 61

Web Services, 10Workflow, 35

XML, 39

73