guiraud, pierre. la semantica. cap. ii
TRANSCRIPT
-
8/17/2019 GUIRAUD, Pierre. La Semantica. Cap. II
1/9
Traductíón de
fU N
A
H S L Í E R
L
S E M Â N T I C
por
PIERRE GUIR UD
FONDO DE CULTURA ECONÓMICA
MÉXICO
-
8/17/2019 GUIRAUD, Pierre. La Semantica. Cap. II
2/9
Pránera edición en francês 1955
Séptima edición en francéi 1972
Primera
edición
en
espaiiol 1960
Segunda
edición en espaiioi 1976
Qunta
reimpresión 1992
Titulo original:
sim ntique
O
19SS Preues Universiuires de France Parfs
D
R.
e>
1960
FoNDo De CuLiuax E C O N U M C A
D . R . e
1988
FoNDO os
C U L T U A
E C O N Ó M I C A S. A.
Av. de k Universidad. 975 03100MÉxico D. F
ISBN
968-16-0928-X
Impreso en México
Al
Instituto de
Estúdios
Franceses
de
la
Universidad
de
Groninga
como recuerdo
de nuestro
seminário
de 1954-1955
-
8/17/2019 GUIRAUD, Pierre. La Semantica. Cap. II
3/9
I I . L A S I G N IF I C A C I Ó N : L A F U N C I Ó N
S E M Â N T I C A
L A C O M U W I C A C IÓ N postula teoricamente u n solo nombre
o r e . Tero^ ãe hecliõ, se^ aU a indiferentemente de una
operación (mi l i tar ) y una operación (quirúr gica), de
u n cuemo (de
caza
y un cuemo (de res ) . Para aler
t a s palabras,
como
hac er , Hom bre , ser , los dic-
cionarios dan hasta dncuenta o sesenta sentidos
dis
tintos.
Esta polisemia
^::.
existência de muchos sentidos
para
u na misma
p a l a b r a —
est£jãa:avada adiemásjpoT
IT l twnontmia ,
o
~sea1ía
existência de
palabras. diferen
tes en su of fgenTque
t e r m i n a r C T ^ g o r ^ n f u n d i r s e a
consecuCTcia de s u ^ êv ^ ^S oT ón ^ ca , ^ por e j ^ ^ I õ
vert,
vers, ver, verre, en francês, sin hablar de los sinó-
itimos, que son conceptos qu e
tienen
vários nombres.
^C ómo es pesible esta situación? ^Cuál es su orig en
y su frecuencia sobre el
funcionamiento
de la comun i-
cación?
1 S EN T I D O S T EFECTOS D E L
SENTIDO
Sentido de base y sentido contextual. S i un nom
b r e puede ten er vários sentidos,
estos
son sentidos po-
tenciales o virtuales; nunca se actualiza mâs de uno de
dlo&jen
u n contexto dadoT
Cada
palabra tiene
un sentido de
base
y u n s ^ t i d o
contextual;^ e s el con texto d q u e precisa el sentido en
^ La tenninologia
varia;
algonos autoies hablan de sentido
y
efectos
de sentido; otros, de sentido y
dgnificaeión
36
S E N T I D O S
Y E F E C TO S D E L S E N T I D O
37
Roldan tocó d cuemo o la s operadones oontinúan
e n el
delta .
En cada uno de
estos casos
el nombre
evoca
un concepto preciso.
N o habrá ambigiiedades, salvo en loa juegos d e pala
bras
o en los retruécanos. Regirá ue mp re la reg ia
d e
qu e
para
cada sentido hay un nombre, y la lengua
elimina
las posibilidade s de confusión q u e
podrian
pro^
ducirse
durante
su desarrõHo: es
indusive
una deJaa
causas
de los câmbios de sentido (p . 7 0 ) . —
Toda
pal^fcrt
««tá
ligada
a sii contexto,
-
8/17/2019 GUIRAUD, Pierre. La Semantica. Cap. II
4/9
38
LA FUNQÔN
SEMÂNTCA
contextual. A la palabra en un contexto corresponde
nna sola imogen ctmceptuaL
Pero al mismo
tempo
se forman asodacimes extra-
noáomde
que, sm alterar ei concepto, lo coloran. En
le dioon un
golpe en
et coco", d aenído(contextual)
de
**coco *
es
cabe»
pero la palabra
evoca
al mismo
tiempo,
por asociadones bastante laxas, ideas de
co-
micidad, intendónburlesca, gente vulgar, etc.; l a s _ ^
npminamM vatons, eng08dóa_asentido. Los rdõrêT
ftonjsociadonefl. exraswnánicasComo sim distintas
landiSrTOê^TOaOTãnEÍCTao8 ãpredado
nna inención
burlesca «»
coco . Por
otra parte, esta palabra evoca
derto
médo
pues no todo el mundo la empeara
algunos la usariam unicamente en una
stuadón
deter
minada. Aaí, la palabra «tá asociada al grupo y al
contexto social a los queTê rdinario ptteneceHay,
pues,
valsatt
expesvo»y valores sociales o sodocon-
textuales.
» Algunos autoies dstÍ guen
ka connotacMnes (qae ' ' y ^
ãTaentido
denouii» . ~~~
VaseP. Goinad, La styUstíçue coeccónQue
sais je?.
Paria,
1954 [hay trad.
esp.];
en el capitulo m, "Estaistica de
U
expraión , se discnte con mayor detalle lo aqui esbozado.
Distinguiaias
abl valores impresivos de valores expredvos;
en
la presente obra los
consideiamos
bajo Ia
«sped̂n
únca
valores expiesivoft''.
SENTIDOS Y EFECTOS DEL SENTIDO 9
a Los X Úores expredvos y la doble undó
guaje. Hemos visto que el lenguaje tiene una fundón
lógica
o cognitiva; sirve para comunicar conceptos
evo-
cando en la mente dd interlocutor las imgenesqus
se forman en la nuestra propia. Pero esta comunica-
dón nocional, que es Ia meta de Ia de nda o dei cono-
dmiento lógico no es sino indirectamente la de la
comnncacónsodal, fundamentahmente volitiva; co.
municamos nue^ros pensamientos para obtener dertas
respuestas, ciertas reacdones. No basta dedr "te amo"
o "ataquen al reducto", es predso comunicar el fervor
de esta paâóno Ia importânciadd ataque urgente. Y
cuando se diga "te amo con
pasón
o "es sumamente
importante que ataquemos", seguimos en presenda de
simples conceptos, imgenes esquemcasy abstractas
de cosas, que habremos comunicado —^"la palabra no
es la cosa", y no la evoca sino indirectamente y onno
a
través
de un vdo, mientras que Ia cosa misma es Ia
úncaque nos puede emodonar.
Por eso la comuncâcónconceptual se acompána
de gestos, de mmca de inlexionesde voz, qu6 la re-
fuerzan
al
expresar naturalmente nuestras emodones,
nuestros deseos, nuestras intendones, ecéera
Algunos de estos
signos naturales
existen en estado
latoite en Ia lengua misma.
En "estoy muy sorprendido de ver a usted" hay dos
n jpion s bajo la forma de dos imgenesconcqituales:
la Ipresenda de usted + mi gran sorpresa.
l"lUsted
aqui " significa tanibi^ dicba presenda,
pero expresa espontaneamente la sorpresa por un giro
que reproduce naturalmente d movimiento interior de
la
emodón
que esta presencia provoca y que, hadén
doa
concreta y visible, la identifica y le confiere fuerza
-
8/17/2019 GUIRAUD, Pierre. La Semantica. Cap. II
5/9
40
LA FUNQÓN SEMÂNTICA
«q>resiva. Es una reacdón natural, espontânea, incons-
dente, no intendonal, y que ng per^ãce. por lo tan-
W al s i a t e B a a ^ ̂ la Iwigua.
Pero desde
el momento
ini que los
poderes evocadores
de Ia exdamación y la
elipsia han sido reconoddos, pueden ser utilizados como
signos
nodcmales.
Entonces
aç conviene
en que "]u»-
t
«à aqui" = "estoy sorprendido de verlo aqui, verdade-
ramente sorprendido, autenticamente sorprendido, tras-
tomado de sorpresa..
Aunque se vuelva convendonalmente asodada al
concepto
de la sorpresa, la expresión guarda el reflejo
de su origen natural en sus
asodadones
subsidiarias:
sorpresa + aliento entrecortado, sobresalto físico, etc.,
asociadongsque evidentemente se debilitan al entrar
_ m d
ârêã"3ilaiãÍCTdo1^
tm
sen-
8̂
-
8/17/2019 GUIRAUD, Pierre. La Semantica. Cap. II
6/9
42
LA
FUNCIÔN SEMÂNTICA
t e x t u a l , el v a l o r e x p r e s i v o , e l v a l o r s o c i o c o o t e x t u a l . E s t o
l o i l u s t r a m o s
con
s i g u i e n t e c u a d r o :
s e m ám i c a e st t i c a
sentido
de b se
valor
expresivo
sentido
contextual
valor
socio
contextual
E l c u a d r o r e p r e s en t a u n a p a l a b r a , y c a d a uno de
s u s
c u a d r a n t e s u n a a s o ci a d ón p a r t i c u l a r . E n la ope-
ra c ión
b i s t e c
está en
m a r c h a .
I a
p a l a b r a
o p e r ã c i ó n
e v o c a :
1 ) Un s e n t i d o de b a s e : u n a s e c u e n c ía de act o s co-
o r d i n a d o s c o n u n a f i n a l i d a d d e t e r m i n a d a .
2 U n s e n t id o c o n t e x t u a l : una o p e ra c ión a d m i n i s
t r a t i v a c o n t r a u n
g r u p o
e c o n ó m i c o d e t e r m i n a d o .
3 Un v a l o r s o c i o c o n t e x tu a l : la f ó r m u l a s u g e r e I a
o p e ra c ión y el c o m u n i c a d o m i l i t a r e s .
4 O e ào r e s u l t a u n v a l o r e x p r e s i v o . I a i d e a d e u n a
o p e ra c ión f i r m e m e n t e e s t r u c t u r a d a , e né rgic a , d e c i d i d a
a l l e g a r h a s t a e l f i n ; y u n
ef ect o
c ó m i c o y b u r l e s c o q u e
tiene- s u o r i g e n e n
lo
i n a d e c u a d o d e i s e n t i d o
a
I a
r e a l i *
d a d ,
y en d
v a l o r
hip e rból ic o de u n a o p e r a c ió n en I a
c u a l
no
c r e e m o s .
L A
CREAQÓN SEMÂNTICA 43
S ^ g ú n l o s i n d i v í d u o s y l a s d r c u n s t a n d a s , se p r o d n -
c e n en el i n t e r i o r de la p a l a b r a inte rc âmbio s c o n s t a n
t e s e n t r e las d i v e r s a s a s ô d a d o n e s . L a f u n d ó n de las
t r e s a s o d a d O T a » s u b a i d i a r i a s e s l a d e p r e c i s a r y d«» p^a.
t i z ^ el s en ti do d e b a s ^ p e r o piie35íral desarrollarsej^
d e f o r m a r l o , a h o g a r l o y h a s t a s u s t i t u i r l o c o m p l e t a m e n t e .
E s t e es d p r o b l e m a de l o s d e s p l a ^ SB e n t o s de s e n t i d o
2 . LA CREACIÓN SEMÂNTICA
^ D e d o n d e v i e n e n las p a l a b r a s ? ^ C é m o se e st abl e ce
e l
p a c t o
s e mântic o , d a c u e r d o c o l e c t i v o q u e a s o d a u n
n o m b r e c o n un s e n t i d o y c o n v a l o r e s s u bs idiário s que
Io m a t i z a n ?
L a s p a l a b r a s < H I c r e a d o n e s h u m a n a s y, al m i s m g
^ n r â i _ j n d a ^ j g j ^ y ^ a s se
c r e a n .
Á l i g u a l que en un j a r d í n , se
e s c o g e n
I a s e s p e d e s ,
s e s e l e c c i o n a n las s e m i l la s , se p l a n t a n , se i n j e r t a n * se
c r u z a n , etcétera, y l a s p l a n t a s v i v e n , p r o s p e r a n u n a s y
s e m a r c h i t a n o t r a s , o t r a s más son i d i o g a d a s por ve>
c i n o s
d e m a â a d o
e x u b e r a n t e s ,
se
r e a l i za n h i b r i d a d o n e s
n a t u r a l e s .
D e I a m i s m a m a n e ra hay_sng^creadgjL^çonsdente
y
u n a
e vo l u dé n ^ ^ e o ntáne a
de la
I g i g u a .
C r e a m o s
I a s
p a l a b r a s p a r a
d a r
n o m b r e s
a l a s
c o s a s ,
P g r g u e i g í i «»rTOcÍLn~3E~èTlbsi j iê a
p o r q u e
d q u e ^
qMièirnõ c^3ã~ya ^ r o n ô S n t p f t i i n p . i n n T ^ ^
c ión es. s e gún
h e m o s v i s t o , d o b l e ; c o g n i t i v a
o s e mán-
tijsa, e x p r e s i v a o estilística.
' D e
ahí l a
d o b l e
f u n d ó n
de la
n o m i n a d ó n :
l a ^ p a l a -
-
8/17/2019 GUIRAUD, Pierre. La Semantica. Cap. II
7/9
4 4
L FUNaôN SEaíANTIGA
b r a j u g d e
d e s i g n a r
o l y j e t i v a m g i t e un concepto:
saca
clãvôs, tdevisión, psicoanálisis, etc, ojuede
matizM_d_
Micepto coi ayxdacíonea ^ v p r e a i v a s d azur = el delo
a i i i 3 y
p u r o ;
u na ca bn ll a = una cabra pequeSa y
grádl,
E n los doa
casos
I a
l e n p i a
dispone de vários médios:
aí Las onomatopeya
^as cuilés la lo Sn a fóníca
r e p r o d u c e el r u i d o designado: un t i n t i n e o , un chapa-
leo, un gorgoteo, etc.; o designa, asodándolo por c o n t i -
g i i i d a d ,
el a n i m a l o la cosa que produce el r u i d o :
el
cucú.
£ r e n d i m i e n t o
de la onomatopeya, necesariamente
linútado ai terre no de los sonidos, es débil en l a n o m i -
nación no don al, y por o t r a
p a r t e
ha sido explotado des-
de
hace
znucho tiem po.
Por el c o n t r a r i o , d papd de los v lores onomatopé-
yicos es muy grande en el plano dei e s t i l o , dei poético
e n
p a r t i c u l a r ,
qu e
i n t e n t a
v a l o r a r todas las asociaciones
s u b s i d i a r i a s latentes e n t r e l a f o r m a fónica y el sentido,
no solamente
asociadones
e n t r e dos sonidos, sino Ias
más s u t i l e s ,
e n t r e
sonidos, colores, sent imie ntos.
bj Los prestamos son pala bras vgald as dei e x t r a n - ^
j e r o , generalmCTite con Ia8"cosas ~que de s i ^ a n : son
l u e n t e de^alores^^ilistícos cuando qííe3ãnasw;iadas
_ a
B u país o médio de orígen, que continúan evocando.
c L a deriva dón y la comp osi dôn nos p e r m i t e n f a i .
b r i c a r pdabras a p a r t i r de formas ejastenteg: atómicoT
e l e c t r i c i s t a , psicometría.
Es el procedimiento por excdenda delanoniin ación_
n o d o n a l
p u r a . Puede hab*T flhíj «^^T^^r^^^^qmtT
o em plê o^i l is t ic o; t a l es el
caso
de los
c t o i i n u t i v o s
y"ãiIm5ítãSYOs de S e c t o ̂ de despredo. e t n^e^ f t ,
dj
E n
f i i C
el últfano procedimiento, I^JSigradón
L A EVOLUCIÔN SEMÂNTICA 5
o t r a n s f e r e n d a dei sentido, que consiste en designar
t i n
concepto por un nombre que ya p e r t ^ f f lw a n t t f c . Para
lõ^cual mueve la s i m i l i t u d de
f o r m ^
de color, o de
fuínción existente e n t r e ambos objetos: cierto m a r t i l l o
es llamado " p a t a de cabra", un pedazo de papd una
" b o j a " . Se asoda por c o n t i ^ i d a d ^ cuando se toma el
todo por la p a r t e , o el producto r por d prod ucto :
d
"burd eos" por el
v i n o
de Burdeos, etcétera.
Estos câmbios de sentido
t i e n e n
un papd
p a r t i c u
l a r m e n t e
i m p o r t a n t e
en la nominación estilística, y scH»
entonces el
p u n t o
de
p a r t i d a p a r a
un de^lazamiento
u l t e r i o r dei sentido de
base
(p. 40).
O n o m a t o p eyas, prfatam os. form adon es morfolôtá cas"
y cãíãnbiÕrçfe
s e n t i d o ^ c o n s t i t u V M i
los médios de auela
l e n g u a d i s p o n i .
p a r a crear palabras.
Toda ereaciônverbaljes per
?
-
8/17/2019 GUIRAUD, Pierre. La Semantica. Cap. II
8/9
6
L A FUWaôN SEJÍANTICA
transferencia de sentido o de
otra
manera, su sentido
puede evolucionar espontaneamente.
De
hed io, evolu
ciona en la casi
totalidad
de los caaoB
Hemos
visto
que toda palabra es un complejo de
asociaciones (pp . 38
«.)•
Basta que un a de ellas evolu
cione
para
que acometa al sentido y
termine
por
alte-
rarlo, por ^ogarlo y
finalmente
hasta por
rempla-
zarlo.
Tête
es
originalmente
en francês una metáfora
esti
lística que asocia
la
caiieza
(antiguamente
ckef)
con
un
recipiente
de
barro,
im tiesto (lat.
testa).
Es una me
táfora vulgar de intención cómica y burlesca de un
tipo
que se
encuentra
en todas las lenguas.
En
l a
actualidad
ejosten,
para cabeza :
m dón , calabaza ; y en fran-
cês: cafetíère, paíate, y
otros.
Hay
enseguida u n
desplazamiento
de la reladón aso-
ciativa, como
queda ilustrado en
d
esquema siguiente:
' c h e f
< © » -
Comparación:
Metáfora:
^
Va lor estilístico:
Semantización; ^
té te
o
Primero
hay comparación, es dedr una asociación
de dos imágenes autónomas, la
cabeza
a un lado dd
tiesto, un ckef
que parece
un tiesto tête).
L A EVOLUCIÔN SEMÂNTICA 7
Luego hay metáfora o superposición de dos imáge
nes, se inscribe l a
cabeza
en el tiesto y resulta un chef
que es un
tiesto,
Después hay
valor estilistico; la
imagen
dei tiesto
se
borra y
no queda m ás que una asociación vaga
con
alguna cosa
cómica y
burda,
una
cabeza
redonda
y
tosca.
Finalmente
l a palabra se semantiza; él reflejo expre-
sivo se escurece;
Ia
palabra tête
designa ahora
un
con-
cepto puro y
remplaza
a chef.
Esta
última palabra sobrevive, sin embargo, con un
valor sociocontextual; es un arcaísmo, una palabra no-
ble: chef
viene siendo una
cabeza
encanecida
en el
oficio .
Y a
Ia siniestra
de
la
têt
(cabeza) sfflnantizada
surgen
ya las equivalentes de coco , me lón , ca-
labaza , que quizás terzninarán algún dia por desplazar
a su vez
a tête.
Se ve que hay
un
desplazamiento en el âmbito de las
asociaciones significantes; têt i>as5 dei
cas illero
valor
expresivo
al casillero sentido
de base ;
chef pasó
de sentido
de base a valor
sodo-contextual .
Otro
desplazamiento muy frecuente
y
m uy
natural
es el dei sentido
contextual
hacia el sentido de
base;
en
fritas ,
uno de los sentidos de Ia palabra (papas
fritas) termino
por
eliminar
los
otros.
De manera que el sentido de las
palabras
es el
resul
tado
de
un
doble
proceso; Ia
nominación y la evoludón
espontânea de los valores de sentido. Los dos fenóme
nos son complementarios e interdependientes, pero es
necesario
distinguirlos.
La nominación es un acto crea-
dor y
consciente de origen
individual, y al
mismo
tiem-
po
discontinuo; un individuo
crea
una
palabra que
asu-
me al instante su función en virtud de un a convendón
-
8/17/2019 GUIRAUD, Pierre. La Semantica. Cap. II
9/9
48
LA FUNQÓN SEMÂNTCA
de
la
col^ t iv idad.
El
desplazamiento,
en
cambio,
es
inconsciente y progiesivo, hay ciertamente acuerdo co
lectivo, pero no es explícito; por «n derecho de he
c ho
el
nuevo sentido termina
por
imponerse poco
a
poco hasta el punto de ser aceptado por el diccionario.
De manera que,
por una
parte ,
hay
cxeadón
indivi
dual motivada, consciente, discontinua; por otra, dise-
mnacióncolectiva inconsciente y progresiva, de donde
resulta
una
perdida
de Ia motivadón
Se ve d p a p d que juegan los câmbosde sentido
en este doble proceso, a Ia vez bajo Ia forma de una
t ransferenda semâncao
estilística
en el n i v d de Ia
creadónindividual, y de un desplazamiento en d de
la
dsemnadón
colectiva.
N o
es
sorprend«ae
pnes,
que la
denc i a
dd
sentido
de Ias paabraáhaya podido l imitarse cad excludva-
mente, en un p r indp io , d
estúdo
de los
câmbos
de
sentido, al grado de identificarse con d.
Los desarrdIoB actuales de
Ia
semânca
no
menguan
importanda a este aspecto, pero Io sitúany observan
bajo una luz completamente nueva.
III
LO S
CÂM IOS
DE SENTIDO: U
FORMAS
1. LA RETÓRICA: UN ravsarrABio DESCBIPTIVO
DESDE
la
A ntigiiedad
han
sido definidos
y
deseritoe los
câmbosde sentido, y su estúdoconstituye una parte
importante de la retórica. Los câmbosde sentido, o
tropos,
son
figuras
de
palabras
y
ccmstituyen
con Ias
otras figuras —de d i c d s n , de construcdónde pensa-
miento— procedimioitos de estilo, es ded r, modos
más
pintorescos,
más vívidosmás enérpcos
de hablar'*.
Esto corresponde bastante hie a Io que hemos Uamado
hasta aqui valores op re dv os .
La teoria
de los
tropos,
que
data
de
Aristóteles
recibióun condderable desarroQo durante Ia épocade
jandrina y lat ina. Los
gramácos
lat inos enum eran 14
espéces: la
metáfora
la snécdoqueIa mettmimia, la
autonomasia, la catacresis, la onomatopeya, la metalep-
d s , d
epteo
Ia alegoria, el enigma, y Ia ironia, subdi
vidida en perifrasis, hpérbatone hipérbole.
En todo t iempo hubo vadladones
en la
defínidón
clasificãción y terminolo^a que, a
través
de Ia
rdórica
medieval y cásicahan sobrevivido, dn em bargo, hasta
nuestros dias.
Los primeros semâncoscomo Darmsteter y Bréal
ven
en la dnécdoquela
metoilimia
y la
metáfora
los
tipos bádcosde los câmbosde sraitído
La
metáfora
en part icular ha ddo objeto de innúme-
ro s estúdos
Palabras como
metáfora
ironia, hpérbole eufemis
mo,
son nodones y
térmnos
corríraites.
Análisis recientea, como el de Stern o el de Ullmann,
49