governo do estado do parÁ secretaria do estado de...
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GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ
SECRETARIA DO ESTADO DE EDUCAÇÃO
A.O.S. DIOCESE DE ABAETETUBA
EEEFM SÃO FRANCISCO XAVIER
COMPONENTE CURRICULAR: LÍNGUA PORTUGUESA 3ª SÉRIE
PROFESSORA RESPONSAVEL: Natália Vasconcelos
Aluno(a)__________________________________________________________
COMPÊNDIOS 2º Período: 01/03/2021 a 19/03/2021 3º Período: 22/03/2021 a 09/04/2021 4º Período 12/04/2021 a 30/04/2021
SINTAXE DE REGÊNCIA
O que é regência?
É o nome que se dá à relação e subordinação que ocorre entre um verbo e/ou um nome e seus
complementos. Sua função é estabelecer relações entre as palavras, fazendo com que a criação de frases
não as torne ambíguas, sendo corretas e totalmente claras.
A regência verbal e nominal tem a função de determinar se seus complementos são acompanhados
por uma preposição.
O que é regência nominal?
Na regência nominal, se faz necessário um complemento nominal, ou seja, ele precisa ser completo
por um complemento. Para o seu uso, não existem regras pois cada palavra exige um complemento e rege
uma preposição.
Em sua maioria, aprendemos simplesmente por escutá-las. As redundâncias estão presentes e
alguns dos nomes que utilizamos precisam de complemento.
Veja o exemplo:
Ele necessita de água e comida. “água e comida” são o complemento nominal, pois quem tem
necessidade, tem necessidade de alguma coisa.
A regência nominal é a relação entre substantivos, adjetivos e advérbios e o seu grau de
complementação. Sempre atente ao uso das preposições e quais preposições.
Lista de Regência Nominal
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Nome Preposição
acessível, alheio, alusão, análogo, atento, benéfico,
estranho, favorável, fiel, grato, habituado, leal, necessário,
nocivo, obediência, paralelo, posterior, preferível,
prejudicial, propício, referente, relativo, sensível, simpático
A
alheio, contemporâneo, junto, próximo A/DE
admiração, aversão, preferência, respeito, simpatia A/POR
curioso A/DE/POR
apto, atenção, odiável, propenso, tendência, útil A/PARA
atento A/PARA/EM
acostumado, permissivo A/COM
ódio A/CONTRA
compatível, cuidadoso, liberal, misericórdia, respeitoso COM (para
com: uso
enfático)
satisfeito COM/DE/E
M/POR
capaz, culpado, distante, maior, natural, necessidade,
suspeito,
DE
ambicioso, querido DE/POR
bacharel, hábil, indeciso, residente, versado EM
ansioso POR
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O que é regência verbal
A regência verbal é responsável pelo estudo da caracterização de adjuntos adverbiais e a relação
que se estabelece entre os verbos e os termos que os complementam, sendo eles objetos diretos e
objetos indiretos.
Neste estudo, sabe-se que as preposições são aspectos fundamentais desta escrita, tendo em vista
que as mesmas podem mudar completamente o sentido da frase.
Tenha como exemplo:
A) o homem agrada o cachorro
B) o homem agrada ao cachorro.
Na letra A) temos o significado de que o homem acaricia o cachorro e na letra B), que satisfaz o
animal.
Lista de Regência Verbal
A transitividade é muito ampla e não se esgota naqueles verbos listados nas gramáticas
tampouco aqui neste artigo, mas vemos que os concursos se baseiam nestes verbos mais comuns, os
quais são listados a seguir.
Agora, vamos para uma lista de verbos que mais caem em concursos para depois treinarmos
com questões:
a) Agradar: transitivo direto, com o sentido de “fazer agrado”, “fazer carinho”.
Ela agradou o filho.
Transitivo indireto, com a preposição a, com o sentido de “ser agradável”.
O assunto não agradou ao homem.
b) Ajudar, satisfazer, presidir, preceder: transitivos diretos ou indiretos, com a preposição a.
Satisfiz às exigências.
c) Amar, estimar, abençoar, louvar, parabenizar, detestar, odiar, adorar, visitar: transitivos
diretos.
Estimo o colega.
Adoro meu filho.
d) Aspirar: transitivo direto quando significa “sorver”, “inspirar”, “levar o ar aos
pulmões”:
Aspiramos o ar frio da manhã.
Transitivo indireto, com a preposição a, quando significa “desejar”, “almejar”:
Ele aspira ao cargo.
e) Assistir: é transitivo direto no sentido de “dar assistência”, “amparar”.
O médico assistiu o paciente.
Mas também é aceito como transitivo indireto, com a preposição a, neste mesmo
sentido:
O médico assistiu ao paciente.
Transitivo indireto, com a preposição a, com o sentido de “ver”, “presenciar”.
4
Meu filho assistiu ao jogo.
Transitivo indireto, com a preposição a, com o sentido de “caber”, “competir”.
Esse direito assiste ao réu.
Intransitivo, com a preposição em, com o sentido de “morar”.
Seu tio assistia em um sítio. (o termo “em um sítio” é o adjunto adverbial de lugar)
Neste sentido, admite o pronome relativo “onde”: Este é o local onde assisto (onde moro).
f) Avisar, informar, prevenir, certificar, cientificar:
São normalmente transitivos diretos e indiretos, admitindo duas construções.
Avisei o gerente do problema.
Avisei-o do problema.
Avisei ao gerente o problema.
Avisei-lhe o problema.
Avisei o gerente de que havia um problema.
Avisei ao gerente que havia um problema.
Cuidado! Veja que tanto o objeto direto quanto o indireto podem ser expressos também por
pronomes oblíquos átonos ou orações subordinadas substantivas.
g) Atender: é transitivo direto, podendo ser também transitivo indireto no sentido de dar
atenção a, receber alguém, seguir, acatar:
Não costuma atender os meus conselhos.
O ministro atendeu os funcionários que o aguardavam.
Não atendeu à observação que lhe fizeram.
Transitivo indireto no sentido de responder, prestar auxílio a:
Os bombeiros atenderam a muitos chamados.
O médico atendeu aos afogados na praia.
h) Chegar: É intransitivo, no sentido de movimento a um destino, exigindo a preposição “a”.
Com ideia de movimento de um lugar origem, usa-se a preposição “de”. Deve-se evitar a preposição
“em”, muito usada na linguagem coloquial, mas não é admitida na norma culta.
Cheguei a Fortaleza.
Cheguei de Fortaleza.
Note que, nas orações anteriores, os termos “a Fortaleza” e “de Fortaleza” são adjuntos
adverbiais de lugar.
Transitivo indireto, quando transmite valor de limite:
Seu estudo chegou ao extremo do entendimento.
i) Chamar: é transitivo direto com o sentido de “convocar”.
Chamei-o aqui.
Transitivo direto ou indireto, indiferentemente, com o sentido de “qualificar”, “apelidar”; nesse
caso, terá um predicativo do objeto (direto ou indireto), introduzido ou não pela preposição de.
Chamei-o louco. Chamei-o de louco.
Chamei-lhe louco. Chamei-lhe de louco.
A palavra louco, nos dois primeiros exemplos, é predicativo do objeto direto; nos dois últimos,
predicativo do objeto indireto.
j) Custar: é intransitivo, quando indica preço, valor.
Os óculos custaram oitocentos reais.
Obs.: adjunto adverbial de preço ou valor: oitocentos reais.
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Transitivo indireto, com a preposição a, significando “ser custoso”, “ser difícil”; com esse
sentido, normalmente estará seguido de um infinitivo:
Custou ao aluno entender a explicação do professor.
k) Esquecer, lembrar, recordar: são transitivos diretos, sem os pronomes oblíquos átonos (me,
te, se, nos, vos):
Ele esqueceu o livro.
Lembrou a situação.
Recordou o fato.
Transitivos indiretos com pronomes oblíquos átonos, exigindo preposição de.
Ele se esqueceu do livro.
Lembrou-se da situação.
Recordou-se do fato.
Os verbos Lembrar e recordar também podem ser transitivos diretos e indiretos:
Lembrei ao aluno o dia do teste.
l) Implicar: é transitivo direto quando significa “pressupor”, “acarretar”.
Seu estudo implicará aprovação.
Transitivo direto e indireto, com a preposição em, quando significa “envolver”.
Implicaram o servidor no processo.
Transitivo indireto, com a preposição com, quando significa “demonstrar antipatia”, “perturbar”.
Sempre implicava com o vizinho.
m) Morar, residir, situar-se, estabelecer-se pedem adjuntos adverbiais com a preposição em,
e não a:
Morava na Rua Onofre da Silva.
Cabe aqui observar que o vocábulo “onde” não pode receber preposição com este verbo. A
estrutura “aonde moro” está errada gramaticalmente, o correto é: onde moro.
n) Namorar: transitivo direto:
Ela namorou aquele artista.
o) Obedecer e desobedecer: transitivos indiretos, com a preposição a.
Obedeço ao comando.
Não desobedeçamos à lei.
p) Pedir, implorar, suplicar: transitivos diretos e indiretos, com a preposição a (mais
raramente, para):
Pediu ao dirigente uma solução.
Só admitem a preposição para quando existe a palavra licença (ou sinônimos), clara ou oculta.
Ele pediu para sair. (ou seja: pediu licença para)
q) Perdoar e pagar: são transitivos diretos, se o complemento é coisa.
Perdoei o equívoco. Paguei o apartamento
Transitivos indiretos, com a preposição a, se o complemento é pessoa.
Perdoei ao amigo.
Paguei ao empregado.
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Podem aparecer os dois complementos, sendo o verbo transitivo direto e indireto:
O Brasil pagou a dívida ao FMI.
O FMI perdoará a dívida aos países pobres.
r) Preferir: é transitivo direto: Prefiro biscoitos.
Transitivo direto e indireto, com a preposição a: Prefiro vinho a leite.
Cuidado, pois o verbo “preferir” não aceita palavras ou expressões de intensidade, nem do
que ou que. Assim, está errada a construção como “Prefiro mais vinho do que leite”.
s) Presidir: transitivo direto ou indireto:
O chefe presidiu a cerimônia.
O chefe presidiu à cerimônia.
t) Querer: é transitivo direto, significando “desejar, ter intenção de, ordenar, fazer o favor de”:
Ele quer a verdade.
Transitivo indireto, significando “gostar, ter afeição a alguém ou a alguma coisa”. É normal o
advérbio “bem” ficar subentendido ou explícito. Assim, é exigida a preposição a:
A mãe quer muito ao filho. (…quer bem ao filho)
u) Responder: é transitivo direto, em relação à própria resposta dada.
Responderam que estavam bem.
Transitivo indireto, em relação à coisa ou pessoa que recebe a resposta.
Respondi ao telegrama.
Às vezes, aparece como transitivo direto e indireto:
Respondemos aos parentes que iríamos.
v) Visar: é transitivo direto quando significa “pôr o visto”, “rubricar”:
Ela visou as folhas.
Transitivo direto quando significa “mirar”:
Visavam um ponto na parede.
Transitivo indireto, com a preposição a, quando significa “pretender”, “almejar”:
Visava à felicidade de todos.
ATIVIDADE
1.
7
Disponível em: http://portaltimonfm.com.br/index.php?pagina=blog&id_blog=20&paginacao=3
A regência nominal é o nome da relação existente entre um nome - substantivo, adjetivo ou advérbio
– e um outro termo que lhe complete o sentido. Normalmente, o complemento de um nome é introduzido
por uma preposição.
a. Identifique, na charge acima, um exemplo de regência nominal.
b. Qual é a palavra que apresenta sentido incompleto? Qual é o seu complemento?
c. Comente sobre a crítica ao ensino público, presente na charge abaixo.
2.
Disponível em: http://www.nadaver.com/consciencia-ambiental-e-al-gore-ou-nunca/
a. Qual o sentido do verbo assistir na charge?
b. A regência do verbo assistir está de acordo com o padrão culto da língua? Justifique sua resposta.
3.
Disponível em: http://joanavieirapontocom.blogspot.com/2010/05/regenciacreeedo.html
Agora, responda, qual é o certo: Ele namora comigo ou ele me namora?
8
4 - No quadrinho, ao substituir “é mais fácil" por “é preferível" e adequando a frase à norma
gramatical, obtém-se:
a) é preferível a fazer melhor.
b) é preferível a que fazer melhor.
c) é preferível ante a fazer melhor.
d) é preferível do que fazer melhor.
e) é preferível de que fazer melhor.
5 - Assinale a alternativa correta, de acordo com a norma culta, quanto à regência nominal
a) Quem tomou a vacina está imune contra a gripe esse ano.
b) Estou acostumado em ser o primeiro a terminar o trabalho.
c) Seu plano está propenso em dar errado.
d) A cada virada de ano, as pessoas estão imbuídas no sentimento de esperança.
e) Os devotos em Santo Antônio homenageiam-no em junho
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6.
ASSUNTO: A CRASE
Conceito: é a fusão de duas vogais da mesma natureza. No português assinalamos a crase com o
acento grave (`). Observe:
Obedecemos à norma. ( a + a )
Há crase pois temos a união de duas vogais iguais ( a + a = à )
Regra Geral:
Haverá crase sempre que:
I. o termo antecedente exija a preposição a;
II. o termo consequente aceite o artigo a.
Fui à cidade.
( a + a = preposição + artigo ) ( substantivo feminino )
Observação: Para saber se está correto o uso do acento grave, coloque um termo masculino no
lugar do termo feminino que se está em dúvida. Se surgir a forma ao, ocorrerá crase antes do termo
feminino.
Veja os exemplos:
Conheço “a” aluna. / Conheço o aluno.
Refiro-me ao aluno. / Refiro-me à aluna.
Sempre ocorre crase:
Diante de palavras femininas:
Amanhã iremos à festa de aniversário de minha colega.
Sempre vamos à praia no verão.
Ela disse à irmã o que havia escutado pelos corredores
No que se refere às regras de
regência nominal e verbal, e
considerando-se a coesão e a
coerência da informação, é correto
substituir
a) “Em busca de melhoria" (linha 1)
por Em busca por melhoria.
b) “ao chegar a São Paulo" (linha 3)
por Ao chegar em São Paulo.
c) “na tentativa de resolver" (linha 7)
por na tentativa em resolver.
d) “passar por vários estados" (linha
11) por passar sobre vários
estados.
e) “vir para Belém" (linha 13) por vir
em Belém.
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Sou grata à população.
1) Na indicação pontual do número de horas.
Às duas horas chegamos. (a + as)
Acordei às sete horas da manhã;
Elas chegaram às dez horas;
Foram dormir à meia-noite;
2) Com a expressão à moda de e à maneira de.
A crase ocorrerá obrigatoriamente mesmo que parte da expressão (moda de) venha implícita.
Escreve à (moda de) Alencar.
3) Nas expressões adverbiais femininas.
Expressões adverbiais femininas são aquelas que se referem a verbos, exprimindo circunstâncias de
tempo, de lugar, de modo...
Chegaram à noite. (expressão adverbial feminina de tempo)
Caminhava às pressas. (expressão adverbial feminina de modo)
Ando à procura de meus livros. (expressão adverbial feminina de fim)
a) Locuções adverbiais femininas: à noite, às pressas, às vezes, à farta, à vista, à esquerda, à direita,
à toa, à custa de, à espera de.
b) Locuções prepositivas: à procura de, à vista de, à razão de, à mercê de.
c) Locuções conjuntivas: à medida que, à proporção que.
Nunca ocorre crase:
1) Antes de masculino.
Fomos a pé.
Assistimos a espetáculos magníficos.
2) Antes de verbo.
Estou disposto a falar. (preposição)
3) Antes de pronomes em geral.
Eu me referi a esta menina. (preposição e pronome demonstrativo)
Eu falei a ela. (preposição e pronome pessoal)
4) Antes de pronomes de tratamento.
Dirijo-me a Vossa Senhoria. (preposição)
Observações:
1. Há três pronomes de tratamento que aceitam o artigo e, obviamente, a crase: senhora, senhorita
e dona.
Dirijo-me à senhora.
2. Haverá crase antes dos pronomes que aceitarem o artigo, tais como: mesma, própria...
Eu me referi à mesma pessoa.
5) Com as expressões formadas de palavras repetidas.
Venceu de ponta a ponta. (preposição)
6) Antes dos nomes de cidade.
Cheguei a Curitiba. (preposição)
Observação:
Se o nome da cidade vier determinado por algum adjunto adnominal, ocorrerá a crase.
Cheguei à Curitiba dos pinheirais. (adjunto adnominal)
7) Quando um a (sem o s de plural) vem antes de um nome plural.
Falei a pessoas estranhas. (preposição)
Observação:
Se o mesmo a vier seguido de s haverá crase.
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Falei às pessoas estranhas. (a + as = preposição + artigo)
4) Uso facultativo da crase
Antes de nomes próprios de pessoas femininos e antes de pronomes possessivos femininos, pode
ou não ocorrer a crase.
Ex: Falei à Maria. (preposição + artigo)
Falei à sua classe. (preposição + artigo)
Falei a Maria. (preposição sem artigo)
Falei a sua classe. (preposição sem artigo)
Note que os nomes próprios de pessoa femininos e os pronomes possessivos femininos aceitam ou
não o artigo antes de si. Por isso mesmo é que pode ocorrer a crase ou não.
Casos especiais:
1) Crase antes de casa.
A palavra casa, no sentido de lar, residência própria da pessoa, se não vier determinada por um
adjunto adnominal não aceita o artigo, portanto não ocorre a crase. Por outro lado, se vier determinada por
um adjunto adnominal, aceita o artigo e ocorre a crase.
Ex: Volte a casa cedo. (preposição sem artigo)
Volte à casa dos seus pais. (adjunto adnominal)
2) Crase antes de terra.
A palavra terra, no sentido de chão firme, tomada em oposição a mar ou ar, se não vier determinada,
não aceita o artigo e não ocorre a crase.
Ex: Já chegaram a terra. (preposição sem artigo)
Se, entretanto, vier determinada, aceita o artigo e ocorre a crase.
Ex: Já chegaram à terra dos antepassados.
3) Crase antes dos pronomes relativos.
Antes dos pronomes relativos quem e cujo não ocorre crase.
Ex: Achei a pessoa a quem procuravas.
Compreendo a situação a cuja gravidade você se referiu.
Antes dos relativos qual ou quais ocorrerá crase se o masculino correspondente for ao qual, aos
quais. Ex:
Esta é a festa à qual me referi.
Este é o filme ao qual me referi.
Estas são as festas às quais me referi.
Estes são os filmes aos quais me referi.
4) Crase com os pronomes demonstrativos aquele (s), aquela (s), aquilo.
Sempre que o termo antecedente exigir a preposição a e vier seguido dos pronomes demonstrativos:
aquele, aqueles, aquela, aquelas, aquilo, haverá crase. Ex:
Falei àquele amigo.
Dirijo-me àquela cidade.
Aspiro a isto e àquilo.
Fez referência àquelas situações.
5) Crase depois da preposição até.
Se a preposição até vier seguida de um nome feminino, poderá ou não ocorrer a crase. Isto porque
essa preposição pode ser empregada sozinha (até) ou em locução com a preposição a (até a).
Ex: Chegou até à muralha.
Chegou até a muralha.
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EXERCÍCIOS PRÁTICOS SOBRE A CRASE
1 - Assinale a alternativa em que a crase foi empregada inadequadamente.
a) Ele explicou à seu irmão as regras do jogo.
b) Fomos à praia naquela tarde.
c) Referiu-se à sua família com muito carinho.
d) Explicou às alunas as regras gramaticais.
2 - Assinale a alternativa em que a sequência de palavras substitui adequadamente as lacunas.
Nunca havia tido experiência igual ________.
Costumo ir _______ padaria diariamente para tomar café.
________ hora estava de pé e disposto.
Compramos um notebook igual _________ do comercial.
Fico ______ disposição para o que precisar.
a) àquela; a; à; à; à.
b) àquela; à; àquela; àquele; à.
c) aquela; à; àquela: àquele; à.
d) àquela; a; àquela; àquele; à.
3 - Empregue o acento grave quando for necessário.
a) A medida que se aproximava do amigo, ficava mais animada.
b) A peça de teatro a qual me referi estará em cartaz na cidade no próximo sábado.
c) Voltamos a casa abandonada para saciar nossa curiosidade.
d) Achei muito saboroso o bife a cavalo feito por sua mãe.
e) Estávamos a cem metros da chegada.
4 - Explique o sentido de cada frase nos pares destacados a seguir.
a) Passamos a noite na casa da Ana. / Passamos à noite na casa da Ana.
b) Bateu a porta com força. / Bateu à porta com força.
c)As famílias vencedoras da promoção enviaram o comunicado. / Às famílias vencedoras da promoção
enviaram o comunicado.
5 - Justifique a ausência da crase em cada caso.
a) Dia a dia melhoramos nossa interação.
b) Estava apto a fazer as tarefas.
c) Refiro-me a Vossa Excelência.
d) Entregou o comunicado a todos.
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6 - Assinale a alternativa em que todas as ocorrências apresentam o emprego correto da crase.
a) entregaram à você; dirigiu-se à nossa mãe; contou à ela.
b) começou às 14 horas; assistiu à novela; ordenou à todas.
c) chegou àquela hora; vivia às avessas; vire à direita.
d) foi à pé; referiu-se àquela montanha; agradeceu à pessoas.
7 - Substitua o elemento destacado pela informação entre parênteses, verificando a necessidade de
uso ou ausência da crase.
a) Assisti ao filme de Wagner Moura. (peça)
b)Fomos ao bar do nosso amigo João. (livraria)
c) Os presentes fizeram críticas ao trabalho do artista plástico. (exposição)
d) Fomos a um espetáculo interessante. (palestra)
8 - Acentue as expressões destacadas quando houver necessidade.
a) Ele caminhou até a praia.
b) Prometemos as nossas mães não fazer mais aquilo.
c) Aceitou o trabalho a custa de muita insistência.
d) Sua casa fica a vinte minutos daqui.
e)Não estou disposto a ceder.
9 - Assinale a alternativa em que a ausência da crase NÃO é aceitável.
a) Estávamos a deriva.
b)Era fantástico andando a cavalo.
c) Vou a São Paulo.
d) Dedicou o filme a vítimas de guerra.
10 - Justifique o uso da crase nos casos a seguir.
a) Entregou as sacolas àquele cliente.
b) A plateia se referia indignada à postura tendenciosa do apresentador.
c)Elogios fazem bem à nossa autoestima.
d) Efetuou o pagamento à vista.
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.
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Em “eu também não obedecia à minha mãe”, analise a questão que melhor justifique o emprego da
crase:
a) Antes de pronomes possessivos masculinos há o uso obrigatório da crase.
b) O uso da crase é opcional, pois geralmente o acento indicador da existência de crase é facultativo
antes de pronomes possessivos femininos.
c) Para saber se há crase antes do pronome possessivo feminino, basta substituí-lo por um pronome
possessivo masculino: se no masculino aparecer ao ou aos, então não haverá crase no feminino.
d) A crase nunca deverá ser empregada antes de pronomes possessivos femininos.
12 - Analisando as sentenças:
I. A vista disso, devemos tomar sérias medidas.
II. Não fale tal coisa as outras.
III. Dia a dia a empresa foi crescendo.
IV. Não ligo aquilo que me disse.
Podemos deduzir que:
a) Apenas a sentença III não tem crase.
b) As sentenças III e IV não têm crase.
c) Todas as sentenças têm crase.
d) Nenhuma sentença tem crase.
e) Apenas a sentença IV não tem crase.
PROPOSTA DE REDAÇÃO. TEXTO I
Cultura de preservação do patrimônio histórico brasileiro precisa ser incentivada Patrimônio histórico
é todo lugar que carrega importância social, cultural, econômica e científica. No Brasil, dois bons exemplos
são o Centro Histórico de Salvador (BA) e o Parque Nacional Serra da Capivara (PI). Porém, nem todo
brasileiro consegue atribuir essa importância a tais localidades.
―A grande dificuldade que nossas cidades têm de manter um patrimônio histórico é que não temos
uma cultura de preservação‖, conta Cyro Laurenza, presidente do Conselho Municipal de Preservação do
Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp).
Para reverter esse cenário, o Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, que reúne 23 órgãos
reguladores, vem apostando em alternativas de conscientização. 37 E uma das formas encontradas foi
debater o assunto com entusiastas, como ocorreu no evento realizado no dia 28 de junho no Insper.
O debate Patrimônio em Debate: Políticas Públicas de Preservação teve como objetivo identificar
modelos de ação que podem realmente impactar a cidade.
Panorama brasileiro do patrimônio histórico
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―O Brasil é um dos países mais urbanizados do mundo. Em 1964, 50% do território já tinha sido
tomado. Hoje, a nação está à frente dos Estados Unidos. Isso faz com que o país sofra com alguns
problemas, já que abriga muitas pessoas em pequenas áreas. Um deles é o tráfego intenso. O outro, a
moradia‖, diz Edward Glaeser, professor de economia na Universidade Harvard.
Com a demanda crescente por espaço urbano, os patrimônios históricos entram em cheque: até que
ponto é relevante mantê-los intocáveis? Ao preservar uma área, o metro quadrado se torna caro e expulsa
pessoas da região.
Na contramão, ao optar pelo tombamento, o local é desvalorizado. ―Em São Paulo , os bairros
Barra Funda, Centro, Campos Elíseos e Luz estão tombados e esfarelando‖, comenta Raul Juste Lores,
repórter especial da Folha de S.Paulo. Para Lores, os órgãos deveriam se preocupar mais com a
preservação no longo prazo.
―Após tombar um patrimônio, é necessário pensar em qual será seu propósito. O Brasil é um país
que costuma restaurar o mesmo bem cerca de três vezes sem nunca ter ideia de como irá usá-lo‖, afirma.
Adaptado Disponível em: https://www.insper.edu.br/conhecimento/politicas-
publicas/patrimoniohistorico-brasileiro/ Acesso em 07/04/2019
TEXTO II
Disponível em: https://www.diariodocentrodomundo.com.br/aqui-jaz-o-brasil-incendio-no-museu-
nacional-porcarlo-latuff/ Acesso em 07/04/2019
TEXTO III
O que é afinal educação patrimonial?
Trata-se de um processo permanente e sistemático de trabalho educacional centrado no Patrimônio
Cultural como fonte primária de conhecimento e enriquecimento individual e coletivo. A partir da
experiência e do contato direto com as evidências e manifestações da cultura, em todos os seus múltiplos
aspectos, sentidos e significados, o trabalho de Educação Patrimonial busca levar as crianças e adultos a
um processo ativo de conhecimento, apropriação e valorização de sua herança cultural, capacitando-os
para um melhor usufruto destes bens, e propiciando a geração e a produção de novos conhecimentos,
num processo contínuo de criação cultural.
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O conhecimento crítico e a apropriação consciente pelas comunidades do seu patrimônio são fatores
indispensáveis no processo de preservação sustentável desses bens, assim como no fortalecimento dos
sentimentos de identidade e cidadania.
A Educação Patrimonial é um instrumento de ―alfabetização cultural‖ que possibilita ao indivíduo
fazer a leitura do mundo que o rodeia, levando-o à 39 compreensão do universo sócio-cultural e da
trajetória histórico-temporal em que está inserido. Este processo leva ao reforço da auto-estima dos
indivíduos e comunidades e à valorização da cultura brasileira, compreendida como múltipla e plural.
O diálogo permanente que está implícito neste processo educacional estimula e facilita a
comunicação e a interação entre as comunidades e os agentes responsáveis pela preservação e estudo
dos bens culturais, possibilitando a troca de conhecimentos e a formação de parcerias para a proteção e
valorização desses bens.
A metodologia específica da Educação Patrimonial pode ser aplicada a qualquer evidência material
ou manifestação da cultura, seja um objeto ou conjunto de bens, um monumento ou um sítio histórico ou
arqueológico, uma paisagem natural, um parque ou uma área de proteção ambiental, um centro histórico
urbano ou uma comunidade da área rural, uma manifestação popular de caráter folclórico ou ritual, um
processo de produção industrial ou artesanal, tecnologias e saberes populares, e qualquer outra expressão
resultante da relação entre indivíduos e seu meio ambiente.‖
Disponível em: http://www.cultura.al.gov.br/politicas-e-acoes/patrimonio-cultural/o-que-e-
afinaleducacao-patrimonia Acesso em: 07/04/2019.
A partir da leitura dos textos motivadores abaixo e com base nos conhecimentos construídos ao
longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo 36 em modalidade escrita formal da
língua portuguesa sobre o tema “A IMPORTÂNCIA DA PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E
CULTURAL BRASILEIRO”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos.
Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos em defesa do seu ponto
de vista.
Período semana data aula assunto
1º 1 / / 01 Apresentação do componente curricular.
1º 1 / / 02 Competências e habilidades da prova de redação do Enem.
1º
2 / / 03 Níveis de linguagem, Funções da linguagem, hipertexto.
1º 2 / / 04 Estrutura do texto dissertativo argumentativo.
1º 3 / / 05 Atividades do primeiro
17
período.
1º 3 / / 06 Correção das atividades.
2º 04 / / 07 Concordância verbal
2º 04 / / 08 Concordância nominal
2º 05 / / 09 Atividade sobre concordância
2º 05 / / 10 Correção da atividade sobre concordância
2º 06 / / 11 Regência verbal
2º 06 / / 12 Regência Nominal
3º 07 / / 13 Atividade sobre regência
3º 07 / / 14 Correção da atividade
3º 08 / / 15 Crase: regra geral
3º 08 / / 16 Crase: casos especiais
3º 09 / / 17 Atividade sobre crase.
3º 09 / / 18 Correção da atividade
4º 10 / / 19 Competência 03 da prova de redação do Enem.
4º 10 / / 20 Atividade de fixação.
4º 11 / / 21 Atividade de leitura e interpretação.
4º 11 / / 22 Atividade de revisão.
4º 12 / / 23 Correção da atividade.
4º 12 / / 24 Atividade avaliativa.