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Este conteúdo pertence ao Descomplica. É vedada a cópia ou a reprodução não autorizada previamente e por escrito. Todos os direitos reservados. Material de apoio para Aula ao Vivo Português Professora: Amanda Dauch 12/09/2014 Gêneros Textuais Texto Injuntivo O doce sabor da vida INGREDIENTES 1 bom dia 1 sorriso de alegria 4 abraços apertados 1 afago em alguém do seu lado 7 pedidos de perdão 7 x 7 em ofertar a sua mão 1 porção de paz Amor, carinho e “tudo mais” MODO DE FAZER Ao acordar um bom dia Tem que dar Junte o sorriso, Os abraços e o afago E espere o resultado O perdão deve ser bem misturado Em toda massa deve ser acrescentado O restante dos ingredientes Misture sem nunca parar Pois principalmente “tudo mais” Não pode faltar E sua vida doce vai ficar (Terezinha Guimarães) Texto Expositivo O alcoolismo, considerado doença pela Organização Mundial da Saúde (OMS), é uma dependência química crônica caracterizada pelo consumo compulsivo de álcool o usuário se torna progressivamente tolerante à intoxicação produzida pela droga e desenvolve sinais e sintomas de abstinência quando ela é retirada. Causado principalmente por predisposição genética, segundo informações recentes, e, em menor parte, pelo ambiente, não pode ser encarado como falha de caráter. Ao contrário das drogas ilícitas cocaína, maconha, crack, ecstasy, entre tantas outras , o álcool nem sequer é considerado uma droga que causa dependência física e psicológica por grande parte da sociedade. Sua venda é livre e ele integra a cultura atual ligada ao lazer e à sociabilidade. Contudo, o uso constante, descontrolado e progressivo de bebidas alcoólicas pode

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Material de apoio para Aula ao Vivo

Português Professora: Amanda Dauch

12/09/2014

Gêneros Textuais

Texto Injuntivo

O doce sabor da vida INGREDIENTES 1 bom dia 1 sorriso de alegria 4 abraços apertados 1 afago em alguém do seu lado 7 pedidos de perdão 7 x 7 em ofertar a sua mão 1 porção de paz Amor, carinho e “tudo mais” MODO DE FAZER Ao acordar um bom dia Tem que dar Junte o sorriso, Os abraços e o afago E espere o resultado O perdão deve ser bem misturado Em toda massa deve ser acrescentado O restante dos ingredientes Misture sem nunca parar Pois principalmente “tudo mais” Não pode faltar E sua vida doce vai ficar

(Terezinha Guimarães) Texto Expositivo

O alcoolismo, considerado doença pela Organização Mundial da Saúde (OMS), é uma dependência química crônica caracterizada pelo consumo compulsivo de álcool – o usuário se torna progressivamente tolerante à intoxicação produzida pela droga e desenvolve sinais e sintomas de abstinência quando ela é retirada.

Causado principalmente por predisposição genética, segundo informações recentes, e, em menor parte, pelo ambiente, não pode ser encarado como falha de caráter.

Ao contrário das drogas ilícitas – cocaína, maconha, crack, ecstasy, entre tantas outras –, o álcool nem sequer é considerado uma droga que causa dependência física e psicológica por grande parte da sociedade. Sua venda é livre e ele integra a cultura atual ligada ao lazer e à sociabilidade. Contudo, o uso constante, descontrolado e progressivo de bebidas alcoólicas pode

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12/09/2014

comprometer seriamente o bom funcionamento do organismo, levando a consequências irreversíveis.

O álcool encontrado nas bebidas é o etanol, uma substância resultante da fermentação de elementos naturais (cana-de-açúcar, cevada etc.). Quando ingerido, o etanol é digerido no estômago e absorvido no intestino. Pela corrente sanguínea, suas moléculas são levadas ao cérebro. Em longo prazo, o álcool prejudica todos os órgãos, em especial o fígado, que é responsável pela destruição das substâncias tóxicas ingeridas ou produzidas pelo corpo durante a digestão. Havendo uma grande dosagem de álcool no sangue, o fígado sofre uma sobrecarga para metabolizá-lo.

O álcool cruza, com liberdade, a barreira protetora que separa o sangue do tecido cerebral. Poucos minutos depois de um drinque, sua concentração no cérebro já está praticamente igual à da circulação.

Os sintomas da intoxicação aguda são variados: euforia, perda das inibições sociais, comportamento expansivo (muitas vezes, inadequado) e emotividade exagerada. Há quem desenvolva comportamento beligerante ou explosivamente agressivo. Algumas pessoas, ao contrário, tornam-se sonolentas e entorpecidas, mesmo que tenham bebido moderadamente.

Com o aumento da concentração da droga na corrente sanguínea, a função do cerebelo apresenta sinais de deterioração, provocando desequilíbrio, alteração da capacidade cognitiva, dificuldade crescente para a articulação da palavra, falta de coordenação motora, movimentos vagarosos ou irregulares dos olhos, visão dupla, rubor facial e taquicardia. O pensamento fica desconexo e a percepção da realidade se desorganiza.

Quando a ingestão de álcool não é interrompida, surgem letargia, diminuição da frequência das batidas do coração, queda da pressão arterial, depressão respiratória e vômitos, que podem ser eventualmente aspirados e chegar aos pulmões provocando pneumonia, entre outros efeitos colaterais perigosos

(Dráuzio Varela) Texto Narrativo

Em volta da moça

Já então os dois gêmeos cursavam, um a Faculdade de Direito, em São Paulo; outro a Escola de Medicina, no Rio. Não tardaria muito que saíssem formados e prontos, um para defender o Direito e o torto da gente, outro para ajudá-la a viver e a morrer. Todos os contrastes estão no homem.

Não era tanta a política que os fizesse esquecer Flora, nem tanta Flora que os fizesse esquecer a política. Também não eram tais as duas que prejudicassem estudos e recreios. Estavam na idade em que tudo se combina sem quebra de essência de cada coisa. Lá que viessem a amar a pequena com igual força é o que se podia admitir desde já, sem ser preciso que ela os atraísse de vontade. Ao contrário, Flora ria com ambos, sem rejeitar nem aceitar especialmente nenhum; pode ser até que nem percebesse nada. Paulo vivia mais tempo ausente. Quando tornava pelas férias, como que a achava mais cheia de graça. Era então que Pedro multiplicava as suas finezas para se não deixar vencer do irmão, que vinha pródigo delas. E Flora recebia-as todas com o mesmo rosto amigo

(ASSIS, Machado de. Esaú e Jacó. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1962.)

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ATENÇÃO! O FOCO NARRATIVO: Narrador participante ou personagem: O narrador é uma das personagens, principal ou secundária, da sua história; ele está “dentro” da história, participa dela e “vê” os acontecimentos de dentro para fora. A narrativa, elaborada em 1ª pessoa (eu — nós) “Coloquei-me acima de minha classe, creio que me elevei bastante. Como lhes disse, fui guia de cego, vendedor de doces e trabalhador de aluguel. Estou convencido de que nenhum desses ofícios me daria os recursos intelectuais necessários para engendrar esta narrativa.” (Graciliano Ramos) Narrador observador: O narrador observador simplesmente relata os fatos. Ele apenas conta, como mero espectador, uma história vivida por terceiros. É a narrativa escrita em 3ª pessoa. “O Campos, segundo o costume, acabava de descer do almoço e, a pena atrás da orelha, o lenço por dentro do colarinho, dispunha-se a prosseguir o trabalho interrompido pouco antes. Entrou no escritório e foi sentar-se à secretária.” (Aluísio Azevedo) Narrador onisciente: O narrador onisciente ou onipresente é uma espécie de testemunha invisível de tudo o que ocorre, em todos os lugares e em todos os momentos; ele não só se preocupa em dizer o que as personagens fazem ou falam, mas também traduz o que pensam e sentem. Então, ele tenta passar ao leitor as emoções, os pensamentos e os sentimentos das personagens. “Um segundo depois, muito suave ainda, o pensamento ficou levemente mais intenso, quase tentador: não dê, elas são suas. Laura espantou-se um pouco: por que as coisas nunca eram dela?” (Clarice Lispector)

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12/09/2014

Vozes do Texto: a) Interlocução: "Decida o leitor entre o militar e o cônego; eu volto ao emplasto." “Se o leitor não é dado à contemplação destes fenômenos mentais, pode saltar o capítulo; vá direito à narração. Mas, por menos curioso que seja, sempre lhe digo que é interessante saber o que se passou na minha cabeça durante uns vinte a trinta minutos.” "Imagina tu, leitor, uma redução dos séculos..." b) Marcadores de pressuposição: Pressupostos são aquelas ideias não expressas de maneira explicita, mas que o leitor pode perceber por meio de expressões ou palavras usadas no texto como advérbios, determinados verbos, conjunções etc. Ex.: Passei o dia todo na escola, mas foi bom. Informações explícitas: - Eu passei o dia inteiro na escola. - Esse tempo na escola foi bom. Informação pressuposta: A palavra MAS mostra que geralmente o tempo na escola não é tão bom assim. Subentendidos são insinuações por trás de uma afirmação. Ex.: - Mário, o que você achou do meu novo filme? - O cenário é bom! -Você está dizendo que o resto está ruim? Discurso indireto e discruso indireto livre: - “Maurício saudou, com silenciosa admiração, esta minha vida avisada malícia. E imediatamente, para meu príncipe: - Há três anos que não te vejo Jacinto... Como tem sido possível, neste Paris que é um aldeola, e que tu atravancas?”

(Queirós, Eça de. A cidade e as serras) - D. Paula perguntou-lhe se o escritório era ainda o mesmo, e disse-lhe que descansasse, que não era nada; dali a duas horas tudo estaria acabado. - "Quincas Borba calou-se de exausto, e sentou-se ofegante. Rubião acudiu, levando-lhe água e pedindo que se deitasse para descansar; mas o enfermo após alguns minutos, respondeu que não era nada. Perdera o costume de fazer discursos é o que era."

(Machado de Assis, Quincas Borba).

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12/09/2014

Texto Argumentativo

Intertextualidade

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12/09/2014

Texto Descritivo

O primeiro beijo

Tinha dezessete anos; pungia-me um buçozinho que eu forcejava por trazer a bigode. Os olhos, vivos e resolutos, eram a minha feição verdadeiramente máscula. Como ostentasse certa arrogância, não se distinguia bem se era uma criança, com fumos de homem, se um homem com ares de menino. Ao cabo, era um lindo garção, lindo e audaz, que entrava na vida de botas e esporas, chicote na mão e sangue nas veias, cavalgando um corcel nervoso, rijo, veloz, como o corcel das antigas baladas, que o romantismo foi buscar ao castelo medieval, para dar com ele nas ruas do nosso século. O pior é que o estafaram a tal ponto, que foi preciso deitá-lo à margem, onde o realismo o veio achar, comido de lazeira e vermes, e, por compaixão, o transportou para os seus livros.

Sim, eu era esse garção bonito, airoso, abastado; e facilmente se imagina que mais de uma dama inclinou diante de mim a fronte pensativa, ou levantou para mim os olhos cobiçosos. De todas porém a que me cativou logo foi uma... uma... não sei se diga; este livro é casto, ao menos na intenção; na intenção é castíssimo. Mas vá lá; ou se há de dizer tudo ou nada. A que me cativou foi uma dama espanhola, Marcela, a linda Marcela, como lhe chamavam os rapazes do tempo. E tinham razão os rapazes. Era filha de um hortelão das Astúrias; disse-mo ela mesma, num dia de sinceridade, porque a opinião aceita é que nascera de um letrado de Madri, vítima da invasão francesa, ferido, encarcerado, espingardeado, quando ela tinha apenas doze anos.

Cosas de España. Quem quer que fosse, porém, o pai, letrado ou hortelão, a verdade é que Marcela não possuía a inocência rústica, e mal chegava a entender a moral do código. Era boa moça, lépida, sem escrúpulos, um pouco tolhida pela austeridade do tempo, que lhe não permitia arrastar pelas ruas os seus estouvamentos e berlindas; luxuosa, impaciente, amiga de dinheiro e de rapazes.

(Machado de Assis) Gêneros Literários a) Gênero Lírico Soneto do Amor Total Amo-te tanto, meu amor... não cante O humano coração com mais verdade... Amo-te como amigo e como amante Numa sempre diversa realidade Amo-te afim, de um calmo amor prestante E te amo além, presente na saudade Amo-te, enfim, com grande liberdade Dentro da eternidade e a cada instante

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12/09/2014

Amo-te como um bicho, simplesmente De um amor sem mistério e sem virtude Com um desejo maciço e permanente E de te amar assim, muito e amiúde É que um dia em teu corpo de repente Hei de morrer de amar mais do que pude

(Vinicius de Moraes) b) Gênero Épico

Fragmento do canto VI de “A Ilíada”, de Homero Assim falando, partiu Heitor do elmo faiscante; e depressa chegou ao seu palácio bem construído. Não encontrou na grande sala Andrômoca de alvos braços: é que ela, o filho e uma criada bem vestida tinham se posicionado na muralha, chorando e lamentando-se. Quando Heitor não encontrou a esposa irrepreensível, foi até a soleira e assim falou no meio das servas: “Agora, ó servas, dizei-me a verdade: em que direção saiu Andrômaca de alvos braços do palácio? Será que foi à casa das minhas irmãs ou das minhas cunhadas de belas vestes? Ou terá ido ao templo de Atena, onde as outras Troianas de belas tranças propiciam a deusa terrível?” c) Gênero Dramático Primeiro ato

Todos os atores reunidos de frente a uma igreja no meio do nada. À esquerda um vasto campo empoeirado e cactos, do outro lado, a casa do padeiro, umas casinhas minguadas e umas pessoas se deliciando com a cambada de atores todos sorridentes.

No centro da roda, um palhaço surge com um instrumento anunciando o início da peça, os atores um a um vão saindo após apresentarem-se ao público, tudo isso ao som de uma música nordestina.

No pátio da igreja surge João Grilo. João Grilo E ele vem mesmo? Estou desconfiado, Chicó. Você é tão sem confiança! Chicó

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12/09/2014

Eu, sem confiança? Juro como ele vem. A dificuldade não é ele vir, é o padre benzer. O bispo está aí e Padre, João não vai benzer o cachorro. João Grilo Não vai benzer? Por quê? Que é que um cachorro tem demais? Chicó Não vejo nada demais, é que esse povo é cheio de coisas. Eu mesmo já tive um cavalo bento. João Grilo Que é isso Chicó? (passa o dedo na garganta). Já estou ficando por aqui com suas histórias. É sempre uma coisa toda esquisita. Quando se pede uma explicação, vem sempre com “não sei, só sei que foi assim”. Chicó Mas eu tive mesmo um cavalo, meu filho, o que é que vou fazer? Vou mentir, dizer que não tive? Exemplos de Gêneros Textuais

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