E S C O L AE S C O L Awww.tribunadoplanalto.com.br/escola — 1º A 7 DE JULHO DE 2018 - Nº 836

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EnEm 2018

Escolas públicas e particulares apostam na inteligência emocional para preparar os estudantes que enfrentarão a difícil maratona do Enem

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Governo estadualestende programa a municípios

Representando o governador José Eliton, secretário

Estadual de Educação,

Marcos das Neves, lançou o programa para

redes municipais de educação

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840 diretores são eleitos pelo voto

MEC passará a avaliar creches em 2019

Educação básica

rEdE Estadual qualidadE

Puderam votar alunos, pais de alunos ou responsáveis, professores e servidores

Educação infantil de todo o país será avaliada pela primeira vez, pelo Inep

Programa da Secretaria Municipal de Educação e

Esporte de Goiânia incentiva a alimentação saudável por

meio do plantio de alimentos orgânicos e conscientização dos

estudantes.

HortaEsColar101 oficinas realizadas

1º sEmEstrE

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para se dar bem na prova

EntrEVista “O aprendizado acontece também quando

dOrmimOs, relaxamos,

damos

Fernanda Leal, especialista em ensino

Equilíbrio e autocontrole

Mônica Salvador

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GOIÂNIA, 1º A 7 DE JULHO DE 2018 / www.tribunadoplanalto.com.br/escola2 E S C O L AE S C O L A

Oficialmente, estamos em férias escolares. Mas o mês de julho começa com ótimas notícias para a educação em Goiás. Na semana passada, na terça-

feira, as escolas da rede pública estadual vivenciaram um dia de democracia, com a realização de eleição direta em mais de 900 das 1.151 unidades educacionais para escolha de seu próximo diretor. A reportagem completa, de autoria de Maria José Rodrigues, pode ser lida na página 6.

A semana passada foi marcada pelo anúncio e início de uma parceria entre Governo estadual e municípios também na área da educação. Trata-se do lançamento do programa Aprender + Total. Em um evento concorrido no auditório do Centro Universitário Alves Faria (Unialfa), na presença de educadores e gestores municipais, o Governo estadual lançou na tarde de quinta-feira o programa, voltado para cooperação na área educacional com os municípios.

Segundo o secretário de Educação, Marcos das Neves, o material pedagógico complementar Aprender +, que já alcança toda a rede estadual de ensino, está passando por ampliação e a partir do ano que vem abrangerá os alunos e professores das escolas municipais.

Denominado Aprender + Total, o programa está à disposição de todas as prefeituras do estado de Goiás. Em síntese trata-se de disponibilização, aos municípios, de cadernos de atividades escolares para cada série da primeira fase do ensino fundamental, isto é, um material pedagógico complementar que reforça os estudos de Português e Matemática, que já alcança toda a rede estadual de ensino.

Com o Aprender + Total, será expandido para estudantes das escolas municipais, mediante adesão. Segundo a Secretaria Estadual de Educação, o programa faz parte da estratégia de melhorar os índices de proficiência dos estudantes goianos. No primeiro momento, o objetivo do Aprender +, que nasceu em 2015, deve universalizar o ensino de qualidade em Goiás, garantindo a todo estudante um aprendizado capaz de garantir a continuidade dos estudo. Nos próximos anos, a medida deve significar melhores índices de Goiás nas avaliações da educação básica, já que os estudantes estarão melhor preparados. Reportagem na página 3.

Ainda na semana anterior, o Governo federal anunciou que a educação infantil de todo o país será avaliada pela primeira vez no ano que vem pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). A reportagem está na página 8.

Manoel Messias Rodrigues - Editor

Educação em altaL eCarta ao

eitorducação em Foco

Caro leitor, envie sugestões de pautas, críticas, artigos e textos para serem avaliados e publicados. Ajude-nos a fazer o caderno EsCOLA em sintonia com a educação em Goiás, em sintonia com você. Escreva para: escola@tribunadoplanalto.com.br

As inscrições para o Exame Nacional Desempenho de Estudantes (Enade) deste ano começam dia 2 de julho. O edital foi publicado dia 25/6 no Diário Oficial da União. Os coordenadores de cursos deverão fazer as inscrições dos estudantes ingressantes regulares e dos concluintes regulares entre 2 de julho e 12 de agosto. A prova, obrigatória, é voltada para estudantes concluintes de cursos de graduação. De acordo com o Inep, a prova será aplicada em todo o Brasil, em 25 de novembro, e vai avaliar 27 áreas do conhecimento. O Enade é o principal componente para o cálculo dos indicadores de qualidade dos cursos e das instituições de ensino superior. A cada ano, o exame avalia um grupo diferente de cursos superiores.

Os estudantes do 3º ano do ensino médio serão avaliados, em língua portuguesa e matemática, forma amostral, no ano que vem. A partir de 2017, a prova passou a ser censitária, aplicada em todas as escolas públicas. A avaliação seguirá com esse formato.

Em muitas escolas que ensinam aprendizagem socioemocional, o assunto Copa do Mundo está sendo trabalhado como recurso para estimular a compreensão e a análise sobre as emoções e domínios, como autoconhecimento, autocontrole, empatia, tomada de decisões responsáveis e habilidades sociais.

Dez unidades educacionais da região Noroeste da Capital receberam na semana passada, dentro da programação do Mutirão da Prefeitura, recursos financeiros do Programa Escola Viva. Quatro escolas e seis centros municipais de Educação Infantil (Cmeis) passam por reformas e reparos em suas estruturas.

Utilizada por 80% da população brasileira entre 9 e 17 anos, a tecnologia pode ser grande aliada do aluno na hora do aprendizado. Um estudo realizado sobre o impacto da DreamShaper, plataforma online de ensino que permite a criação de projetos empreendedores temáticos em sala de aula, prova que os resultados podem ser bem positivos e impactar até mesmo na relação entre alunos e professores.

Estudo, realizado pela Plan, avaliou os impactos causados pelo uso da ferramenta DreamShaper em sala de aula e aponta que 79,49% dos professores do ensino fundamental ou médio que utilizaram a plataforma se abriram para novas experiências e começaram a pesquisar sobre novidades em sala de aula.

a Secretaria Estadual de Educação realizou, na tarde de quinta-feira, 28, a 1ª

Caminhada pela Cultura da Paz na Escola 2018. a ação foi realizada por meio da Superintendência de Ensino Médio da

Seduce, com objetivo de chamar atenção das pessoas para a violência física, bulling

e suicídios que acontecem dentro das unidades escolares.

Inscrições para o Enade

A Organização das Voluntárias de Goiás (OVG) divulgou no sábado, 30/6, o resultado do processo seletivo do Programa Bolsa Universitária 2018/1. O resultado está no site da OVG (www.ovg.org.br), no banner Bolsa Universitária, na aba Inscrições e no link Consulte aqui a situação da sua inscrição no Processo Seletivo 2018/1.

Avaliação amostral

Copa e emoção

Escolas reformadas

tecnologiana educação

Novas experiências

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Bolsa Universitária

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Manoel Messias Santana

Com um auditório lotado de educadores e gestores municipais, o Governo

de Goiás lançou na tarde de quinta-feira (28/6) um ato de cooperação na área de educa-ção com os municípios goia-nos. O material pedagógico complementar Aprender +, que já alcança toda a rede esta-dual de ensino, está passando por ampliação e a partir do ano que vem abrangerá os alu-nos e professores das escolas municipais.

A novidade, que passa a se chamar Aprender + Total, foi apresentada pelo secretário de Educação, Cultura e Esporte Marcos das Neves, que repre-sentou o governador José Eli-ton. Participaram do evento prefeitos e secretários munici-pais de Educação, além de ser-vidores da Seduce diretamen-te envolvidos na elaboração e aplicação do Aprender + nas escolas.

Após a apresentação do ca-derno de atividades, foi assi-nado um termo de intenção, entre Estado e municípios, para o planejamento e im-pressão dos cadernos visando o ano letivo de 2019. O evento, realizado na UniAlfa, em Goiâ-

aPrEndEr + total

nia, também contou com a presença da ex-secretária de Educação Raquel Teixeira, do deputado estadual Virmondes Cruvinel, e outras autorida-des.

Na oportunidade, o secre-tário Marcos das Neves afir-mou que o Aprender + Total é um material pedagógico com-plementar que reforça os estu-dos de Português e Matemáti-ca, e já alcança toda a rede estadual de ensino.

“Agora, será expandido para estudantes das escolas municipais, mediante ade-são”, disse, ao garantir que Educação não se faz em curto prazo, “é um processo longo,

O Aprender + Total consiste em um caderno de atividades de Português e Matemática. Desde o ano passado, professores e alu-nos da rede estadual recebem gratuitamente o material peda-gógico complementar. Inicial-mente, o programa contempla-va três séries dos ensinos Fundamental e Médio. Devido ao sucesso do programa, este ano o Aprender + Total passou a

Secretário Marcos das Neves: “Aprender + Total vai universalizar a Educação, em Goiás”

Ex-secretária Raquel Teixeira prestigiou o evento

que envolve várias gerações para que os ganhos se consoli-dem no tempo”.

O objetivo do Aprender +, que nasceu em 2015, de acordo com Marcos Neves, é universa-lizar o ensino de qualidade em Goiás, garantindo a todo estudante um aprendizado capaz de garantir a continui-dade dos estudos ou profissio-nalização.

“É um projeto de longo pra-zo, mas que já colhe seus pri-meiros resultados. Goiás que já vinha muito bem nas ava-liações nacionais, em 2017 deu um salto que vai colocá-lo como o estado que tem o me-lhor sistema educacional pú-

blico do Brasil”, destacou.A ex-secretária de Educa-

ção Raquel Teixeira, que parti-cipou do processo de implan-tação do Aprender +, agradeceu o apoio dado pelo ex-governador Marconi Perillo e pelo governador José Eliton.

“O Aprender + é um projeto inovador, que visa criar redes de colaboração entre todas as escolas públicas de Goiás para desenvolver as habilidades e competências que os alunos precisam. O que estamos fa-zendo aqui é inovação educa-cional, que vai combater, além da dificuldade de aprendiza-gem, a desigualdade”, subli-nhou.

saiba mais(Veja a evolução do programa Aprender +, que aposta no oferecimento de conteúdo educacional elaborado pela própria secretaria Estadual de Educação para melhorar o aprendizado dos estudantes goianos)

2016 – Núcleo de Produção de Material Didático da Seduce iniciou a elaboração do aprender +. o objetivo era criar uma ferramenta de apoio ao planejamento e à atividade de ensino e aprendizagem de Língua Portuguesa e Matemática, destinado a professores e alunos.

Fevereiro de 2017Lançamento oficial do aprender +, direcionado aos alunos e professores dos 5º e 9º anos do Ensino Fundamental e da 3ª série do Ensino Médio. Foram distribuídos, ao longo do ano, 478 mil exemplares.

Maio de 2017Surge a Caravana aprender +. Seduce uniu o aprender + e oEnem Express em uma caravana itinerante, com objetivo de promover e aprofundar o uso do material pedagógico, além de estimular boas práticas de estudo e oferecer dicas para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Em 2017, a Caravana aprender + levou visitas pedagógicas e aulões para 203.900 alunos de 917 escolas em todos os municípios goianos, percorrendo mais de 52 mil quilômetros. alunos dos 5º e 9º anos do Ensino fundamental e da 3º série do Ensino Médio foram contemplados com a iniciativa.

Março de 2018ampliação do aprender +. Durante evento Goiás na Frente - Educação Inovadora, o então governador Marconi Perillo e a então secretária raquel teixeira anunciaram a ampliação do aprender +.o principal legado pedagógico desta gestão, o caderno passou a abranger toda a rede de ensino, do 5º ano do Ensino Fundamental à 3ª série do Ensino Médio. Até o fim do ano, serão distribuídos 1,7 milhão de exemplares.

Março de 2018Caravana aprender + edição 2018 começa a percorrer o Estado. Este ano, a expectativa é que sejam atendidas 429 unidades escolares, alcançando 450 mil alunos do 5º ano do Ensino Fundamental à 3ª série do Ensino Médio.

Programa Aprender +, que já atende a rede estadual de Ensino, agora será expandido para estudantes das escolas municipais, mediante adesão

Governo estadual estende programa a municípios

Adesão não acarretará nenhum ônus às prefeiturascontemplar todas as séries.

Segundo a Secretaria Esta-dual de Educação, a utilização do material em sala de aula já trouxe resultados positivos. A proficiência em disciplinas abordadas pelo Aprender + me-lhorou significativamente entre alunos da rede estadual. Os da-dos foram identificados pelo Sistema de Avaliação Educacio-nal de Goiás (Saego), realizado

rEPrESENtaNDo o GovErNaDor JoSé ELItoN, SECrEtárIo EStaDUaL DE EDUCação, CULtUra E ESPortES LaNçoU o ProGraMa Para rEDES MUNICIPaIS DE EDUCação

pela secretaria.Diante dos resultados positi-

vos, e entendendo que a quali-dade na Educação é um proces-so contínuo e construído a várias mãos, o Governo de Goiás decidiu ser parceiro das prefei-turas e oferecer o conteúdo gra-tuitamente.

Apesar de o Ensino Funda-mental I (1º ao 5º ano) ser de res-ponsabilidade do município, o

governo estadual, por meio da Seduce, está elaborando todo o material pedagógico voltado para estes anos. Ao assinar o ter-mo de intenção, o município parceiro passa a fazer parte do Aprender + Total.

Caberá a cada município rea-lizar o acompanhamento peda-gógico e definir as estratégias de como melhor utilizar o material em sua rede de ensino.

Fotos: Mônica Salvador

GoIÂNIa, 1º a 7 DE JULHo DE 2018 / www.tribunadoplanalto.com.br/escola4

Nas discussões

de conteúdo, sempre envolvemos questões do Enem e de outras provas" Marcello Lucas, coordenador do Cepae/UFG

E S C O L AE S C O L A

Equilíbrio e autocontrolepara se dar bem na prova

No colégio da UFG, a preparação é diária

EnEm 2018

ESCoLaS PúBLICaS E PartICULarES traBaLHaM a INtELIGêNCIa EMoCIoNaL Para PrEParar oS EStUDaNtES

Fabiola Rodrigues

Conseguir manter o equi-líbrio das emoções é mais um dos desafios do

estudante que fará o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Para vencer esse obstá-culo, escolas públicas e parti-culares apostam no controle emocional como aliado na hora da esperada prova. Dessa forma, além de dominar o con-teúdo é preciso gerenciar sen-timentos como tensão e ansie-dade, evitando, assim, o temido nervosismo no momento do exame.

Em muitas escolas prepara-tórias para exames, o conceito de dar aula mudou, embora o foco ainda seja o conteúdo, o acompanhamento do desen-volvimento da inteligência emocional do estudante ad-quire, cada vez mais, valor de destaque. Capacitar o aluno psicologicamente é uma for-ma de motivá-lo e ajudá-lo. A escola também busca mostrar ao estudante que é possível ser feliz em meio à intensa jorna-da de estudo.

A coordenadora do Colégio Simbios, Any Rezente, diz que focar na inteligência cognitiva voltada para a aprendizagem é importante, porém ressalta que isso não é o suficiente. Se o candidato estiver nervoso e não souber controlar a ansie-dade, maior parte do conteúdo que ele estudou poderá não ser lembrado.

Na escola em que ela traba-lha, os estudantes são orienta-dos a desenvolver o autoconhe-cimento por meio de palestras, pois, quando o aluno se conhe-ce melhor, descobre com mais

Na rede pública, a Secreta-ria Estadual de Educação ofe-rece desde 2015, junto com os preparatórios Goiás Enem e Enem Express, aulões motiva-cionais com professores capa-citados para incentivar os es-tudantes. Para o secretário Marcos das Neves, o fortaleci-mento emocional do estudan-te é um fator determinante para um bom desempenho du-rante a prova, por isso todos os professores do Goiás Enem são orientados a ministrar cada matéria com empolgação, por saber que esse isso impulsiona o jovem. Este ano, as aulas co-

facilidade suas potencialidades e o que precisa melhorar nos es-tudos. No colégio, os alunos também são incentivados a prá-ticas rápidas de meditação para que aprendam a controlar situ-ações de tensão.

“É possível ser feliz sendo estudante. Isso tem que ficar claro para ele. A escola precisa trabalhar a questão intrapes-soal do jovem e levá-lo a saber lidar com suas próprias emo-ções de estresse e ansiedade, porque, estando bem equili-brado emocionalmente, ele conseguirá melhor desempe-nho nas avaliações, tanto na escola regular como em exa-mes como o Enem”, afirma Any Rezende.

Para quem fará a prova em novembro, a jornada de estu-dos já deve ter começado; para alguns, há mais de um, dois ou três anos. Esse tempo maior de dedicação contribui para que o aluno se sinta mais seguro, consequentemente mais tran-

meçaram em março, em 200 polos de 110 municípios goia-nos aos sábados, e continuam até às vésperas da aplicação das provas do Enem, em no-vembro.

“O aspecto emocional pode melhorar ou piorar em até 40% o rendimento do candidato. Em alguns casos extremos o aluno não consegue fazer a prova devido ao nervosismo. A autoconfiança ou a baixa auto-estima têm influência direta no desempenho da nota final. Preocupamos com isso e por esse motivo acompanhamos o estudante”, explica o secretário.

quilo ao realizar a avaliação. Havendo que se considerar, ainda, o importante papel do professor não só como motiva-dor, mas também para passar segurança e tranquilidade.

Essa maratona de estudos do candidato, segundo Any Re-zende, se encarada com equilí-brio e qualidade de vida aento, torna-se prazerosa. Tudo come-ça com uma boa rotina.

“Tem que estudar muito, sim, mas além dos estudos o aluno precisa manter alimen-tação saudável, dormir bem, praticar atividade física. O ser humano é inteiro. E para ga-rantir o equilíbrio desse ser, dessa pessoa humana, ele tem que dormir, comer adequada-mente. Cuidar da parte social da vida. Ter momentos de lazer é importantíssimo, inclusive com a família. Ir ao cinema, a festas também é importante. O que não pode é o excesso dis-so”, recomenda.

O estudante precisa de um

Nos aulões do Enem Ex-press, uma equipe multiprofis-sional percorre todo o Estado levando aos estudantes, além de conteúdo das disciplinas, dicas de como se sair bem na interpretação das questões do Enem e eliminar, com maior agilidade, alternativas fora do contexto. Essas estratégias aprendidas dão confiança ao estudante e contribuem para um melhor desempenho nas provas. Além do apoio pedagó-gico, a iniciativa também serve para motivar os estudantes concluintes do ensino médio.

Marcos das Neves ainda re-

tempo para relaxar. O descanso e o lazer também devem fazer parte da sua rotina para ele chegar bem no dia da prova. Controlar o emocional é justa-mente saber dividir correta-mente cada atividade pessoal, com uma rotina adequada, sem rigidez, pois cada pessoa tem uma metodologia de ad-quirir conhecimento.

força que capacitar, ensinar e treinar o estudante são fun-ções exercidas pela escola, dei-xando assim o estudante mais próximo do seu objetivo. Po-rém não adianta estudar de última hora; pois quanto me-nos preparo, maior será o ner-vosismo.

“Deixar o estudo para a últi-ma hora tornará o candidato mais ansioso ainda. Separar um tempo para estudar é pri-mordial, fazer simulados de provas anteriores também aju-da aumentar a confiança. Que-remos que o estudante esteja preparado”, diz.

No Centro de Ensino e Pes-quisa Aplicado à Educação da Universidade Federal de Goiás (Cepae/UFG), a preparação dos estudantes para o Enem é incor-porada no cotidiano da escola, uma vez que há diversas situa-ções em que os alunos são ava-liados por meio de exercícios pelos professores. O desenvolvi-mento do conhecimento na es-cola, segundo o coordenador dos anos finais do ensino fun-damental e médio, Marcello Lu-cas, ocorre pelas atividades rea-lizadas em sala de aula. Atividades essas que estimulam os concluintes do ensino médio a terem a autoconfiança neces-sária para encarar a prova do Enem ou outro vestibular.

No Cepae o trabalho moti-vacional acontece natural-mente durante as aulas, o coor-denador ressalta que os professores preparam os estu-dantes para realizarem uma boa prova, sem muito estresse e tensão. Ele acredita que capa-citar o estudante durante as aulas é um diferencial.

“O que dá tranquilidade para o estudante é todo um tra-balho realizado pela escola du-rante o ano. Nas discussões de conteúdo, sempre envolvemos questões do Enem e de outras provas. Ajudamos o aluno a ter condição de encarar qualquer prova. A autoconfiança, ele vai adquirindo na nossa rotina es-colar”, diz Marcello Lucas.

O coordenador observa que o acompanhamento da famí-lia durante a jornada de estu-dos do filho é essencial, princi-palmente junto àqueles que estão se preparando para o Enem. Essa parceria, segundo ele, é o maior reforço para aju-dar no equilíbrio das emoções.

“Os pais ou responsáveis são fundamentais na vida aca-dêmica do filho. Esse apoio emocional deles constrói bases para o desenvolvimento sau-dável desde a infância e torna--os jovens confiantes também na hora da prova”, explica.

Fotos: Monica Salvador

rede estadual oferece aulões motivacionais

Muitos colégios preparatórios para o Enem investem no equilíbrio emocional do aluno

Controlar a ansiedade é tão importante quanto estudar

GoIÂNIa, 1º a 7 DE JULHo DE 2018 / www.tribunadoplanalto.com.br/escola5 E S C O L AE S C O L A

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TEMA

EntrEVista

Tribuna do Planalto Como manter tranquilidade durante a prova do Enem?

Fernanda LealUma das questões mais im-

portantes para ter bom resulta-do é que o estudante não deixe para aprender qualquer tipo de estratégia e usar só no momen-to da prova, porque assim não funcionará. Há várias táticas que auxiliam o gerenciamento de estresse e ansiedade, sobre-tudo aqueles picos que aconte-cem na véspera da prova. Uma das técnicas que uso é a da me-ditação mindfulness, que pro-porciona a concentração volta-da para atenção plena, para pessoa ficar presente no tempo presente. É bom que isso seja feito frequentemente e tam-bém antes da prova.

Como estudar tantos conteúdos diversos?

É importante que o estu-dante tenha bons planejamen-tos. Existe na nossa cultura uma lógica de se propor a fazer o máximo e o máximo significa exaustão. É importante que se tenha planejamento estra-tégico e estude o necessá-rio para aprender, assim sobra tempo para reali-zar outras atividades i m p o r t a n t í s s i m a s como lazer, atividades físicas. Porque o aprendizado não acontece somente quando estamos estudando, aconte-ce quando dormi-mos, relaxamos, da-mos risadas... Todos esses processos vão liberar neu-rotransmissores funda-

“A felicidade é uma vantagem

estratégica”

Especialista em inteligência emocional e ensino, a historiadora Fernanda Leal orienta e dá importantes dicas para o estudante ter autocontrole das emoções e bom rendimento na hora da prova do Enem. Para fazer com que ele descubra sentimentos de felicidade e prazer durante a jornada de estudos, ela criou o Método Leal – voltado para a inteligência emocional.

LFernanda eal

do momento em que o aluno não começar por ela e for res-ponder as questões, provavel-mente parte da atenção estará voltada para a redação. Então o ideal é que o estudante faça pri-meiro seu texto em um rascu-nho, responda as questões e de-pois passe a redação a limpo. Algo que observo muito, nos es-tudantes, é que durante a sema-na, por terem tempo em casa, ficam quatro, cinco horas, ela-borando uma redação. E esse prazo é irreal. É importante cronometrá-lo, porque, além de treinar a habilidade da escrita, se treina também a questão do tempo.

Qual o papel da família do estudante, durante essa jornada de estudos?

Costumo dizer que é uma fa-mília vestibulanda, porque o es-tresse permeia por todo o am-biente familiar. É importante ajudar esse estudante a ter uma vida mais equilibrada, horas e horas de estudo sem atividade física são prejudiciais. Precisa-mos de jovens saudáveis. Incen-tivar essas práticas saudáveis entre eles e os pais pode ajudar nesse ponto de equilíbrio. Cons-truir uma vida equilibrada, mes-mo prestes a fazer vestibular, é muito importante, porque, de-pois que o jovem entrar na uni-versidade, os desafios não dimi-nuirão.

mentais de bem-estar, que favo-recem o aprendizado. Qualidade de vida é fundamen-tal para se ter bons resultados.

Existe um tempo certo de estudo diário?

Não há uma quantidade de hora certa para indicar. Em Goiâ-nia, sendo uma cidade atípica, orienta-se um volume de horas absurdo, entre oito a dez horas por dia. É melhor estudar por metas e não por tempo, porque, se a programação for por horas estudadas, o estudante nunca terminará mais cedo e nem terá ritmo de estudo. É importante es-tudar por meios em que ele acre-dita ter melhor rendimento e fa-zer isso por etapas, sem

pressionamento. O aluno não pode resolver o Enem sem

ritmo, ele precisa fazer de modo acelerado, caso

contrário não dá tem-po, já que cada ques-tão do exame estima--se três minutos para ser respondida.

Para melhorar o aproveitamento da prova, o ideal é começar pela redação ou

não?Dificilmente o

estudante vai abrir o ca-derno do exame e não olhar o tema da redação. A partir

Especialista em inteligência emocional e historiadora

GOIÂNIA, 1º A 7 DE JULHO DE 2018 / www.tribunadoplanalto.com.br/escola6 E S C O L AE S C O L A

Maria José Rodrigues

As escolas da rede públi-ca estadual vivencia-ram um dia atípico na

semana passada. Na terça-fei-ra, 26/6, 840 das 1.151 unidades educacionais realizaram elei-ção direta para escolha de seu próximo diretor. O voto foi se-creto e facultativo para alunos, pais de alunos ou responsá-veis, professores e servidores. Dentro desse processo que ga-rante e fortalece a gestão de-mocrática nas escolas estadu-ais e atende uma das exigências (meta 19) do Plano Nacional de Educação (PNE), dois fatos cha-maram a atenção: a suprema-cia das candidaturas à reelei-ção e o grande interesse da comunidade estudantil em participar do pleito.

De acordo com a Secretaria de Educação, Cultura e Esporte de Goiás (Seduce), em apenas 367 das 840 escolas onde foram promovidas as eleições houve registro de candidatos estrean-tes. O índice de comparecimen-to dos pais, alunos, professores e servidores superou os 90%.

Reeleita pela quarta vez para a direção do Centro de Ensino em Período Integral (Cepi) Juve-nal José Pedroso, na Vila Pedro-so, região Leste de Goiânia, a his-toriadora Divina Eterna Correia conta que ficou impressionada com o envolvimento de todos no processo eleitoral, em espe-cial os alunos.

“Contabilizamos a participa-ção de 88,2% dos estudantes, 90,9% dos professores e admi-

Professora de Biologia no Co-légio Estadual Robinho Martins de Azevedo há 14 anos, Flavia-ne Ribeiro presidiu este ano a Comissão Eleitoral na unidade. Ela enxerga nas eleições diretas para diretor uma oportunidade para conscientização sobre a responsabilidade do voto.

“Com a participação nesse processo, eles têm a oportu-nidade de analisar as propos-tas dos candidatos e aprender como suas decisões podem im-

pactar o futuro da escola. Mais à frente, quando forem escolher o prefeito, deputado, governa-dor e presidente, já terão matu-ridade para definir”, observa.

A tutora pedagógica Eliane Souza Mendes de Castro, do Cepi Francisco Maria Dantas, avalia que o momento da eleição esti-mula os estudantes a lançarem um olhar mais amplo para o exercício da cidadania e contri-bui para a formação mais cons-ciente dos futuros eleitores.

840diretoressão eleitos pelo voto

Conscientização sobre a importância do voto

Avaliação de desempenho

Até a década de 1980, era co-mum a indicação política para o cargo de diretor nas escolas da rede pública em todo o país. No-meados pelos secretários de Educação, os dirigentes tinham pouco ou nenhum compromis-so com os interesses da comuni-dade estudantil, reforçando a tradição do clientelismo.

A mudança veio com o pro-cesso de redemocratização e ga-nhou força, bem mais tarde, com a elaboração do Plano Na-cional de Educação (PNE), que estipulou a garantia da gestão democrática das escolas como uma de suas metas. Goiás foi um dos primeiros Estados a ini-ciar a caminhada no sentido de cumprir a meta 19 do PNE.

O primeiro passo para legiti-mar a gestão democrática nas escolas da rede pública estadual foi dado em 1999 com aprova-ção de projeto de lei pelo então governador Marconi Perillo, em seu primeiro mandato. A pri-meira eleição direta ocorreu em 2000, sendo uma das primeiras ações da ex-deputada federal Ra-quel Teixeira como secretária de Educação.

A partir daí, o pleito eleitoral vem sendo realizado de três em três anos, com a legislação con-ferindo ao dirigente educacio-nal o direito de se reeleger por até três mandatos consecutivos. A eleição permite a escolha so-mente do diretor e ele tem auto-nomia para indicar os demais integrantes do seu grupo gestor, composto por secretário esco-lar, coordenador administrati-vo e financeiro, coordenador pedagógico e tutor educacional.

A novidade das eleições dire-tas para diretores este ano é a avaliação anual de desempe-nho dos gestores dentro de um processo que tem como foco a gestão para resultados na aprendizagem. Conforme a lei, o gestor que não for aprovado perderá o mandato.

“É um aspecto muito positi-vo, pois servirá para apontar as fragilidades e direcionar novos caminhos para o nosso traba-lho”, avalia a diretora Divina Eterna Correia.

Escolas Estaduais

Diretora Luciana Carvalho, com alunos do Cepi

Francisco Maria Dantas

Fotos: Monica Salvador

ÍNDICE DE CoMParECIMENto DoS PaIS, aLUNoS, ProFESSorES E SErvIDorES SUPEroU oS 90%

Jardim Nova Esperança, tinha plena convicção da importân-cia de seu voto.

“Ninguém melhor do que nós, os alunos, sabe o que é me-lhor para o futuro de nossa es-cola”, disse.

Já no Cepi Francisco Maria Dantas, no Residencial Mansões Paraíso, saída para Inhumas, Roni Cardoso, pai da estudante Ana Clara Mota, fez questão de ressaltar que só havia ido votar por insistência da garota, aluna do 5º ano do Ensino Funda-mental. Conforme ele, a possibi-lidade dos pais decidirem qual o melhor nome para diretor não só aproxima a comunidade da escola como também in-fluencia positivamente no com-portamento dos estudantes.

“Essa ação da Secretaria de Educação deixou minha filha mais confiante e participativa”, observou.

No mesmo colégio, Luciana Gonçalves de Carvalho disputou a reeleição como candidata úni-ca, sendo reconduzida ao cargo com ampla maioria de votos. Ela ressalta que o direito de es-colha é fundamental não só

Alunos tiveram participação acima do esperado

Professora Flaviane Ribeiro: hora de refletir

nistrativos e 54,4% dos pais e/ou responsáveis na votação. Isso mostra o quanto a comunidade está preocupada com o futuro da escola”, analisa a dirigente, reeleita com 93,2% de aprova-ção.

Divina é servidora efetiva na unidade educacional há 21 anos e já ocupou o cargo de dire-tora em três outras ocasiões: de 2005 a 2007, 2007 a 2009 e de 2015 a 2018. O atual mandato vai até 2021. Ela afirma que no dia da eleição ficou emociona-da ao ver o empenho dos alunos para que a família viesse à esco-la votar.

“Os estudantes pediam o ce-lular dos professores empresta-do para garantir a vinda do pai ou da mãe”, lembra. Divina ava-lia que esse comprometimento dos jovens demonstra uma consciência mais elevada sobre a importância do processo de-mocrático estar consolidado dentro da instituição.

No dia da eleição, no outro lado da cidade, a jovem Amanda Sudário, aluna do 3º ano do En-sino Médio no Colégio Estadual Robinho Martins de Azevedo, no

para legitimar a vontade demo-crática da população como para atender os anseios da comuni-dade escolar.

“Envolver alunos, pais de alunos, professores e servidores nesse processo é essencial, pois eles acompanham o cotidiano da escola e por isso mesmo são os mais indicados para determi-nar o que é ou não prioridade aqui dentro. Pais e alunos tam-bém são responsáveis pelo su-cesso de uma instituição de en-sino”, lembrou.

A enfermeira Sônia do Car-mo, mãe do estudante Chander do Carmo Santana, não abriu mão de participar da votação.

“É um processo muito bom e interessante. O diretor realmen-te precisa ser alguém mais pró-ximo da comunidade, do aluno, alguém que já conhece o dia a dia da escola e participa da nos-sa realidade”, destacou.

PosseOs 840 gestores educacio-

nais, eleitos ou reeleitos, assu-mirão o cargo no dia 1º de agosto, quando terá início o se-gundo semestre letivo nas 1.151 unidades educacionais da rede pública estadual. De acordo com o Conselho Estadu-al de Educação, 166 instituições de ensino, colégios militares, unidades recém-inauguradas, escolas conveniadas, indígenas e quilombolas, não tiveram eleição. Em outras 26 escolas não houve candidatos e o cargo será ocupado por indicação da Seduce.

“Muitos desses alunos já vo-tarão nas próximas eleições e na escola já começam a perce-ber a necessidade de uma boa escolha e depois poderão estar atentos ao cumprimento das propostas feitas”, diz.

Formada em História, a di-retora Divina Eterna Correia, do Colégio Juvenal José Pedro-so, lembra que a participação política dos jovens também é estimulada com a escolha do representante da turma.

“Esse líder passa a ser a voz legítima de cada estudante da sala, trazendo até o grupo ges-tor as expectativas e interesses deles”, lembra.

GoIÂNIa, 1º a 7 DE JUlHo DE 2018 / www.tribunadoplanalto.com.br/escola7 E S C O L AE S C O L A

Daniela Rezende

Mais do que ensinar a plantar, o Projeto Horta Escolar da Secretaria

Municipal de Educação e Espor-te (SME) leva às unidades educa-cionais de Goiânia o incentivo a uma alimentação saudável por meio de consumo de alimentos orgânicos. No primeiro semestre deste ano, de fevereiro a junho, os técnicos que trabalharam no projeto, realizaram 101 oficinas em escolas e centros municipais de Educação Infantil (Cmei).

Nas oficinas, a ludicidade está presente com músicas edu-cativas, palestra com a comuni-dade escolar abordando conteú-do sobre meio ambiente, alimentação saudável e susten-tabilidade. No plantio, realizado em hortas convencionais, pneus, alvenarias ou até mesmo vasos; as instituições plantam e utili-zam legumes e hortaliças na me-renda. Os mais comuns são cou-ve, cebolinha, alface, acelga, pimenta, pimenta-de-cheiro, en-tre outros alimentos e temperos.

De acordo com o Elson, dire-tor da Escola Municipal Recanto do Bosque, na região noroeste, a horta é de extrema importância na instituição.

“Estamos com o Projeto da horta dentro da escola há quatro anos. Ela tem o benefício de for-

Horta Escolar

Aniversário do Senhor Alfabeto anima Cmei Tio Oscar

fecha semestre com 101 atendimentos

sEcrEtaria municiPal dE Educação E EsPortE

lEtramEnto

ProJEto INCENtIva a aLIMENtação SaUDávEL Por MEIo Do PLaNtIo DE aLIMENtoS orGÂNICoS

Alunos aprendem como cultivar alimentos de forma saudável

Produção de hortaliças e legumes incrementa a merenda escolar

O desenvolvimento das crianças foi um diferencial da proposta do Cmei que envolveu diversas atividade

Fotos: Eulices Maria

Divulgação/SME

O Centro Municipal de Edu-cação Infantil (Cmei) Tio Oscar promoveu uma grande festa cheia de animação e atrações surpresas na semana. O aniver-sário do Senhor Alfabeto, um bo-neco vindo lá da cidade “Alfabe-tolândia”, para ser amigo e ensinar muitas novidades para as crianças da instituição. O evento integra a proposta do projeto “A magia das letras e dos números”, idealizado com o ob-jetivo de despertar o letramento na Educação Infantil.

O boneco é o mascote do pro-jeto e toda sexta-feira do semes-

adubo natural como folhagens, milho quebrado e tudo que pode ser aproveitado. Como o am-biente é agradável e cheio de ár-vores, temos uma grande frequ-ência de pássaros”, completa.

O aluno João Gabriel Câmara Martins, 11 anos, depois de co-nhecer o projeto na escola incen-tivou os pais a fazer uma horta.

“Há quatro anos o diretor convidou a gente para plantar e eu gostei muito da experiência.

Minha alimentação mudou muito depois que passamos a ter horta em nossa casa e reco-mendo para muitas pessoas. An-tes eu era magro porque comia muito besteira, hoje eu dei uma engordada”, relata.

De acordo com Nestor Valver-de, coordenador do projeto Hor-ta Escolar, a perspectiva é sem-pre ampliar o projeto.

“Por lei, publicada em maio no Diário Oficial da União, agora

tre uma criança foi sorteada para levá-lo para casa. Com a ajuda dele, socializaram com seus familiares sobre o aprendi-zado no Cmei, brincaram e pas-searam juntos. Em roda de con-versa, as crianças compartilhavam com a turma a aventura de passar o fim de se-mana com o Senhor Alfabeto.

Idealizado pela professora Rejane Gomes dos Santos, o pro-jeto nasceu do interesse e da curiosidade das crianças sobre as letras dos seus próprios no-mes, além dos números que aparecem no cotidiano.

“A Educação Infantil torna--se um espaço privilegiado de convivência, interação, conhe-cimento e de vivência das diver-sas linguagens. Iniciamos este projeto a fim de que as crianças soubessem ao final responder para que servem as letras, os números, além de reconhecê--los em cartazes, calendários, li-vros ou revistas”, ressalta a pro-fessora.

As crianças participaram de outras diversas atividades lúdi-cas, que buscaram o desenvolvi-mento cognitivo de cada uma.

Trabalhos com massa de modelar, recorte, colagem, con-tação de histórias, produções ar-tísticas, trabalhos com mímica,

receitas de culinária e sopa de letrinhas também foram ativi-dades realizadas durante o se-mestre.

“Propusemos a rodinha mu-sical, em que a criança deveria pegar a letra inicial do seu nome quando ouvisse a letra na músi-ca. As crianças acertavam sem-

pre e participaram com muito entusiasmo, ficam muito felizes quando reconhecem as letras. Além disso, desenvolvemos a oralidade e a socialização. Fize-mos a pescaria das letras, com peixinhos, e cada uma teve que acertar a letrinha pescada. Bem divertido”, comenta Rejane.

necer para a merenda escolar os temperos e saladas, e além da horta temos um lindo pomar, com bananeira, mamão, man-dioca e outras árvores frutífe-ras”, ressalta.

“Além de beneficiar a meren-da, o projeto educa os alunos que participam de oficinas na horta, onde aprendem o valor nutritivo das verduras e tam-bém plantam. Outro aspecto é que não usamos veneno e sim

todas as escolas públicas e priva-das têm que abordar educação alimentar e nutricional com os alunos. E assim entra o trabalho da horta que já está presente em nossas instituições. Goiânia já está na frente. Essa criança que será o herdeiro da terra terá uma nova formação de alimentação saudável, natural, sadia e orgâni-ca”, confirma Valverde.

HistóricoO Projeto Horta Escolar surgiu

no ano de 2001. Naquela época, al-gumas unidades educacionais, por possuírem hortas, ofereciam alimentação diferenciada, com qualidade reconhecida e elogiada pela clientela atendida. Diante disso, o Departamento de Alimen-tação Educacional, àquela época, desenvolveu e implantou o Proje-to Horta Escolar em 30 unidades.

Atualmente, mais de 230 uni-dades de ensino fazem parte do projeto, atendendo cerca de 80 mil alunos em escolas, Cmeis e filantrópicas. A maior parte dos insumos, como mudas, semen-tes e esterco, é doada por empre-sas e instituições parceiras. Ofi-cinas e ações do projeto são registradas no blog https://pro-jetohortaescolardasmegoiania.blogspot.com/.

GOIÂNIA, 1º A 7 DE JULHO DE 2018 / www.tribunadoplanalto.com.br/escola8 E S C O L AE S C O L A

A ANA, aplicada no 3º ano do ensino fundamental deixará de existir. Agora os estudantes se-rão avaliados no 2º ano, geral-mente com 7 anos, sobre o que aprenderam em língua portu-guesa e matemática. A primeira prova será no ano que vem. A mudança ocorre para adequar a avaliação à Base Nacional Co-mum Curricular do ensino in-fantil e fundamental (BNCC), homologada pelo MEC no final do ano passado. A Base estabele-ce os conteúdos mínimos que deverão ser ensinados em todas as escolas do país.

Pela Base, as crianças, em todo o país, deverão ter acesso desde cedo a conteúdos de por-tuguês e matemática. Até o 2º ano do ensino fundamental, os estudantes deverão ser capazes de ler e escrever. Além disso, aprenderão conteúdos de esta-tística e probabilidade.

“A BNCC puxou a alfabetiza-ção para o 2º ano e agora com a avaliação desse ano teremos in-dicadores”, diz o presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undi-me), Alessio Costa Lima. (Agên-cia Brasil)

noVo sistEma dE EXamEs

A educação infantil será avaliada pela primeira vez no ano que vem pelo

Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Atualmente, as avaliações nacionais são aplica-das apenas a partir do ensino fundamental. Ao contrário das outras etapas, as crianças das creches e pré-escolas não terão que fazer nenhuma prova. A ava-liação será por meio de questio-nários aplicados a professores, dirigentes e equipe escolar.

Serão avaliadas, por exemplo, questões de infraestrutura e for-mação dos professores. As esco-las serão bem ou mal avaliadas se ofertarem as condições neces-sárias para o desenvolvimento

das crianças. Entram no cálculo, entre outras questões, a oferta de brinquedos. O anúncio foi fei-to dia 28/6 pelo ministro da Edu-cação, Rossieli Soares.

“Aumentamos o acesso e não conseguimos olhar para os fato-res de qualidade de qual educa-ção está sendo entregue nas cre-ches e na educação infantil”, diz.

O Brasil tem hoje, segundo o Inep, cerca de 32% das crianças de até 3 anos matriculadas em creches e 91,5% das crianças de 4 e 5 anos matriculadas em pré--escolas.

O ministro diz que a inten-ção é que os pais e responsáveis

das crianças também possam fazer parte da avaliação. A expec-tativa é que isso ocorra a partir de 2021.

Além da avaliação da educa-ção infantil, o Inep vai reformu-lar o sistema de avaliação de toda a educação básica. Os diver-sos nomes das provas: Prova Bra-sil, Avaliação Nacional da Alfabe-tização (ANA), entre outras, deixarão de existir e todas as avaliações são identificadas como etapas do Sistema de Ava-liação da Educação Básica (Saeb). Ao todo, o sistema terá seis eta-pas de avaliação: creche, pré-es-cola, 2º ano do ensino funda-

mental, 5º ano do ensino fundamental, 9º ano do ensino fundamental e 3º ano do ensino médio.

Todas as avaliações, incluin-do a da educação infantil serão feitas de dois em dois anos, sem-pre nos anos ímpares. Os resul-tados serão divulgados nos anos pares. As mudanças passam a valer em 2019.

CiênciasAs avaliações do 5º e do 9º

ano, antiga Prova Brasil, conti-nuarão sendo aplicadas. Elas avaliarão as habilidades dos es-tudantes em língua portuguesa e matemática. Haverá, no entan-to, uma novidade: a prova do 9º ano passará a avaliar a partir de 2019 ciências da natureza e ciên-cias humanas.

A mudança aproxima a ava-liação brasileira de avaliações internacionais como o Progra-ma Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), aplicado pela Organização para Coopera-ção e Desenvolvimento Econô-mico (OCDE) aos estudantes de 15 anos de diversos países. Em 2015, na última avaliação, o Bra-sil ficou em 63ª posição em ciên-cias, em um ranking com 70 paí-ses ou regiões. (Agência Brasil)

MEC passará a avaliar creches alfabetização deve ser antecipada

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VESTIBULAR

Fasam realiza ação motivacional com alunos da Educação de Jovens e Adultos – EJAFaculdade levou o professor e coach, Rovilson Mezencio, para ministrar palestras em cinco colégios estaduais de Goiânia e três de Senador Canedo, na região metropolitana da capital

Pessoas que regressam aos estudos na idade adulta após anos afastadas da escola, ou mesmo aquelas que começam tardiamen-te a trajetória escolar, contam com uma modalidade de ensino que contempla todos os níveis do En-sino Fundamental e Ensino Médio do País: a Educação de Jovens e Adultos (EJA). Reconhecendo as especificidades desse público, a Fasam – Faculdade Sul-America-na realizou, desde o mês de maio, oito visitas a turmas do EJA de escolas públicas estaduais de Goi-ânia, e de Senador Canedo, na re-gião metropolitana da capital, com o objetivo de motivar os alunos a seguir na vida acadêmica após a conclusão do Ensino Médio.

Disseminar o conhecimento e os valores da vida para contribuir com o desenvolvimento sustentável é o objetivo da faculdade que conta com o professor, Rovilson Mezen-cio para realizar apresentação moti-vadora para esses jovens e adultos. Além de integrar a equipe de do-centes da Fasam, Rovilson é coach e apaixonado por treinar pessoas.

“Os alunos do EJA são extre-mamente carentes de atenção e a maioria não tem uma perspectiva de futuro. Eles pensam que, pelas condições difíceis já enfrentadas para completar o Ensino Médio,

é impossível ter uma gradua-ção, o que é uma inverdade. Esta ação tem sido muito gratificante, porque ao final do encontro, já conseguimos identificar uma mu-dança de postura por parte dos alu-nos. Considero que instigando os sonhos deles, estamos oferecendo um benefício social”, avalia Rovil-son Mezencio.

Aproximadamente 450 alunos participaram da ação. Foram visi-tados cinco colégios estaduais das regiões sul e sudeste de Goiânia, e três de Senador Canedo. Também participaram da ação, a professora

Sobre a FasamA Fasam – Faculdade Sul-Americana foi fundada em 2001, a par-

tir de um ousado projeto do professor Paulo Gonçalves de Castro, que atua na área de ensino há 44 anos. Com uma comunidade acadêmica formada por mais de quatro mil pessoas, a Fasam oferece dez cursos de Graduação, além de cursos de Pós-graduação, todos reconhecidos pelo Ministério da Educação (MEC). Em 2015, a área construída atingiu aproximadamente 12 mil m2 - na BR 153, Km 502, Jardim da Luz - com completa infraestrutura e instalações adequadas para o desenvolvimento de atividades acadêmicas e práticas incluindo labo-ratórios, biblioteca, espaços exclusivos de estudo e orientação, além de áreas de convivência. A Fasam também oferece diversos serviços à comunidade por meio de seus laboratórios práticos, com a super-visão de profissionais, como o NPJ – Núcleo de Prática Jurídica, o 5º CEJUSC – 5º Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania, e Clínica Odontológica. O vestibular, uma das formas de acesso aos cursos de graduação, é realizado semestralmente. O processo de in-scrição pode ser feito 100% pelo site da Faculdade. A Fasam também aceita a nota do ENEM para ingresso na instituição, além de oferecer processo seletivo para portadores de diploma e transferência.

do curso de Pedagogia da Fasam, Vanessa França Rosa, e a diretora da agência de comunicação e estra-tégia Mercatto, Stephânia Sousa. Durante os encontros, foi lembrada a campanha de marketing “Na Fa-sam você escreve seu futuro”, que mostra para a população histórias de sucesso de pessoas que supera-ram obstáculos para completar a graduação na Fasam e hoje colhem os frutos de sua dedicação.

Além de infraestrutura com-pleta, a Fasam conta com 10 cur-sos de graduação, nas áreas de Ci-ências Sociais Aplicadas, Ciências Biológicas, Engenharia, Direito, entre outras. Interessados devem entrar em contato pelo telefone (62) 3219.4009 e (62) 9 9111-1337 (whatsapp). Mais informa-ções no site (www.fasam.edu.br) e nas redes sociais (@Faculdade SulAmericana).

INtENção é qUE PaIS E rESPoNSávEIS DaS CrIaNçaS taMBéM PoSSaM FazEr PartE Da avaLIação, a PartIr DE 2021

Além de avaliar a educação infantil, o Inep vai reformular o sistema de avaliação de toda a educação básica

Arquivo/Agência Brasil

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