encarte do álbum corpura

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Page 1: Encarte do álbum Corpura
Page 2: Encarte do álbum Corpura

Gustavo Lagarto, Alê Siqueira, George Clinton, Marvin Gaye, Sérgio Vaz e Coo-perifa, Tati Dascal, Emilie Bloch, Vicente Reis, Alexandre Roberto, Magrão, Akins, Tubarão, Sarau do Kintal, Binho e Suzi, Clariô, Canu e Vila Fundão, Mano Brown, Comunidade do Simioni, Egbe Oyá Mesan Orun, Centro Cultural Orunmilá, Subur-bano Convicto, Sarau Ambulante, Ni Brisant, Rodrigo Ciríaco, Diko, Clamarte, Sarau Saravá, Sarau do Vinil, Sarau Elo da Corrente, Alisson, Ane e Paula da Paz, Allan da Rosa, Emerson Alcalde, Perifatividade, Bloco do Beco e a comunidade do Jd. Ibira-puera, Sacolão das Artes, Umoja, Capulanas, Kiniun, Santa Pelada, Keila, Deya, Luit e família Marques, Cláudia e Comunidade Jongo Dito Ribeiro, Samira Carvalho, Loo Nascimento e O Clã das Amoras, Lucélia Sérgio e Os Crespos, Poesia Maloquerista, Fofão, Dedê e Quilombaque, Sintonia, Discopédia, Lapa, Brasilândia, Bela Vista, São Miguel e Butantã, Goma, James Bantu, Casa Popular de Mulheres, Zumaluma, YB, Namídia, Charles Gavin, Narra Várzea, Gil Marçal, Claudinho do Monte Azul, Ro-gério Ceneviva, Alex, Thiago, Paulo Magrão, Amanda Negrassim, Zinho Trindade, Rudah, Lurdez da Luz, Lews, JC Barbosa, Nill, Kuryña, Sombra, Sarau Preto, Leser, Marco Pezão, Tati Ivanovic (in memoriam), Sandra Epega (in memorian), Mãe Cici, Mãe Índia e Bogun, Mãe Gê, Gabi Jacob, Irineu Nogueira, Luli, Janete, Estúdio Tubo, Estúdio Sabiá, Thithio, Diego Dália, Bruno Barbosa, Elizandra Souza, Ação Educati-va, Dorah e Cris, Lúcia Udemezue, P3, Veja Luz, Preto Soul, Samuca, JC Lado C, Car-linhos, Célio e Marquinhos, Gringo e Oswaldo, Ney Gringos, Sandra Campos, Pedro Neto, Ariane, Janaína Machado, Serena Assumpção, Ricardo Morais, Helena, Julio Fejuca, Gus, Tichauer, Broto, Murilo Valle, Gueto Hair, Oswaldo Faustino, Dugueto Shabbazz, Igor Carvalho, Peu, JC Sena, Fino du Rap, Mica, Jenyffer Nascimento, Sofia Borges, Julia Rocha, Sebo do Brechó, Alessandra Costa, Suely, Wladimir Ca-tanzaro, Carmen Lúcia, Betinho e família Vedolin, Dona Célia, Jorge França (in me-morian), Renatinho, Dalva Estrela, Banda Municipal de Camaçari, Tássia Reis, Jairo, Marlene e famílias Matos e Pires, Tati e Thaisa Valentim, Negra Rosa, Ju Notari, Rosa Falzoni, Gil Fuentes, TSD, Rio Bravo, familia TUCMSZEP, Marcelo e Amina, Diana Basei, Uirá Pegoraro, Tico Pro, Bá Kimbuta, Audácia, Roberta Estreladalva e Núcleo Bartolomeu, Giba e Guzula, Alex Ratts, Jeferson Jomo, Vanessa Soares SP, Vanessa

AGRADECIMENTOS

Soares Rio, Yumi Sakate, Sté Frateschi, Dica, Adriano, Denão, Dafé, Elza Soares, Pauléo, Rafael Galante, Salloma, Di Ganzá, Saymon, Carlinhos, Berigo, Janja, famlía Bicudão, Ayo Shani, Rodrigo Kenan, Evelize, TRZ, Pedro Watanabe, Anani, Thia-go Beats, Armando Cirillo ( in memorian ), Maria Gil Cirillo (In memorian), Aldina Ribeiro de Sousa ( in memoriam), Edson de Sousa e Cristina Cirillo, Rui, Magé e Heloisa Castro, Jonathas Noh, Adolfo Moreira, Pipo, Beto, Silvana, Paulinho Vula, Paulio Celé, Fábio Rayel, João Carlos Lubos, Gabriela Carraro e Joana Rougier, Marco Rempel, Aimê, Robinho Vans, Cássia Simone, Armando Vallado, Téo, Yuri e Paulo Garfunkel, Negravat, Biancamaria Binazzi, Artur Gobbi, Franja, Silvia Góes, André Carlini e Fernando Ricco, Julia Bolliger, Douglas Felício, Vinicius Chagas, Tadeu Correa, O Menelick 2ºAto, Renato Araújo, Solange Ardila, Emanoel Araújo, Ana Lúcia e toda equipe do Museu Afro-Brasil, Wilde, Piveti e Branco, Slim Rimo-grafia, Tati Botelho, Rafa Barreto, Olinto Pegoraro, Camilo, Aildes, Netão, Matheus Gato de Jesus, Tio Hélio (in memorian), Abaçaí, Gumboot Dance Brasil, Batucada Tamarindo, Mirian Prado, Liz Duarte Prado, Maria das Graças, Gilson Dias e Antônia Dias, Ligia e família Grammont, Julia Grammont (in memorian), Nego E, Matheus Von Kruger, Gabriel Cupaiolo, Jorge Dayeh, Fernanda Calil, Julio Mossil, Thera Blue, Théo Werneck, Edu Varallo, Jimmy, Kcond, Linda Marx, Haroldo Gonçalves, Klauss Custom, Frigazz, Lourenço Rebetez, Tibless, Lu Oliveira, Pedro Matallo, Mattoli, Maira Fares, Isabela Raposo, Marco Scarassati, Rodrigo Russo, Moisés, Pedro Paulo, Daniel “Opreto”, Irlânia, Neilton e família, Márcio Gomes, Danilo Rezende, Marisa, Jô, Guilherme, Lumila, Nayara, Dona Helena e família, Priscila e Letieres Leite, Ri-cardo Braga, Gabi Guedes, Mãe Stella, a todos amigos de Havana: Emílio, Haitian, Márcia, Pedro, China, Babalaô Lázaro Pidjan, Amado e Amadito pelo apoio.

Este disco é dedicado a memória dos maestros brasileiros Moacir Santos e Lincoln Olivetti.

Produzido por Alê Siqueira e Eduardo Brechó para Ijalá Music©2015 Aláfia Productions - Dignabanda Inc.

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1. Salve Geral (Eduardo Brechó) BR-VW2-15-00001

2. Blacksmith (Eduardo Brechó) BR-VW2-15-00002

Pelas nossas contasPelo nosso toque Nosso fio desencapouE você não escapa do choque

Com a nossa rapa você não é capaz.Com a nossa rapa você não é capaz.

Nós estamos além desse mapaNão cabemos na tua ampulhetaNão vestimos tampouco esta roupaNossa rapa é muita treta

Não nos damos com teus demôniosDecapitamos o teu capetaDecapitaremos o teu capitãoDecapitaremos o teu capa preta Decapitaremos o teu capataz

Da capoeira você não escapa Com a nossa rapa você não é capazCom a nossa rapa você não é capaz

Será pouca idéia e reta. Acompanhados de deuses e chapasEspalhados pelos becos Ouça os ecos dos socos e tapasOuça o seco ruído da ruaNós te apagaremos sob a luz do solNós nos espelhamos no prata da luaDesbicaremos passando cerolE a luta continuaCom a nossa rapa você não é capaz

Have you felt the iron smell?When Blacksmith chief hits his bell Have you heard iron sound?When Blacksmith chief comes to town

And he comes to dance once a yearNone of a chance if you don’t fearDon’t fear

We all know that the blacksmith’s soul Is full of good and evilWorking people’s future On his sacred anvil

And he comes to dance once a yearNone of a chance if you don’t fearDon’t fear

Words in the oath that the older worker takesShake our bodies in graceful earthquakes There is danger on his mood Could destroy our neighborhoodDogs, beans, hair and woodJoin cocoyam of his food

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3. Corpura ( Eduardo Brechó, Filipe Gomes E Lucas Cirillo) BR-VW2-15-00003

Vem de dentroO encontroDo outro em mim

Ser detalheNão atalhoNem um fim

Qual o motePara o boteNos abater?

Largo a telaColo a peleTê-la deixo pra lá

No torpor desta penumbraNos teus ombros posso ver Pela sombraA cor pura do teu corpo

Ela risca adinkras pelos meus porosEla risca adinkras pelos meus porosEla risca adinkras pelos meus poros

Ela risca adinkras pelos meus porosEu oro, choro, paro.Pássaros e corações flutuam no meu coro.Ela risca adinkras pelos meus porosEla risca adinkras pelos meus poros

Ela risca adinkras pelos meus porosAbstratos e retratos no tato e no faroE corremos os riscos do desamparoEla risca adinkras pelos meus porosEla risca adinkras pelos meus porosEla risca adinkras pelos meus porosEntre nós e nozes de cola, laços.Entre grãos, abraços, nossas mãos. Ela risca adinkras pelos meus porosEla risca adinkras pelos meus poros

Ela risca adinkras pelos meus porosTudo que se passa nesta estrada é passoCrocodilos dum só traço não se traçamEla risca adinkras pelos meus poros

KuntunKantan, Funtunfunefu, Sankofa, Akoma, Akofena, Akoben, OmnimObi nKa Bi, Aya, Duafe Bese saka, Dono, Dame dame, Ma te

4. Adinkras (Eduardo Brechó e Mateus Von Krueger) BR-VW2-15-00004

Nada grave além do graveVivo ávido pra ler Todo braile desse baileQue é você.

Quando o leroApura o faroÉ tão caroQuero ser querido

Sinta o funk, feraNesta esferaFeromônio infere muito maisQue o homem

Preta, qual a fita?Tanto afeto num fitar?

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6. Proteja seu Quilombo (Ayo Shani, Eduardo Brechó e Fabio Leandro) BR-VW2-15-00006

Proteja o quilomboDo rombo sobrado do mocambo Da sombra do arrombado Que desde Istambul a GilbraltarDa terra que acaba em Boa Esperança Do cabo que dança Entre o Atlântico e MadagascarProteja o quilombo Da nau de ColomboCom a morte no lomboComo AnikulapoComo ZumbiZambi vai zoarQuem nos deixa no limbo Proteja seu bumboProteja este samba Proteja o escambo Proteja a macumbaProteja do RamboDos fuzis de RimbaudProteja a bombeta Proteja a cabeça Proteja do projétil

Do projeto antipretoAtrás do biombo Pra num sucumbir Ta a incumbido a protegerSeu malungo do chumbo Em trincheira de axé Deixa soar o estampido rataplanNos quatro cantos do mundo

Raphão:

Até mais que isso, einQue esses resquícioFica esquisito nóis nesses quesitoNóis bota quilo nos equipo, que tal?Batuque no quintal é aquiBem quisto e aquiloDou bica quando quica quem não trinca Quiçá se pá minha bic na quina da esquinaSeus Quincas, minhas tintasQuietoEm 500 anos sem clero, fiz ecos,Fiz quizila, sou zica, não me inquieto, voz não nego...

5. Primeiro do Ano (Lucas Cirillo)BR-VW2-15-00005

Mamãe mandou buscar Em seu nomeBranco que só o sol faz quarar

Mamãe mandou buscarEm seu nomeGente mais novaPra ouvir seu adjá

Sobe a goiabeira Faca fere o fioLenha na fogueiraFogo no pavioViu-se a rua inteira Parar pra verVerter a ribeira Até o fim do estioMoldar a moleira Que jamais sentiuPeso da ladeira e da fé

Mamãe mandou buscar Em seu nomeBranco que só o sol faz quarar

Mamãe mandou buscarEm seu nomeGente mais novaPra ouvir seu adjá

E as águas vão Banhar de paz o criadorEpeê Babá.

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7. Preto Cismado (Eduardo Brechó, Jairo Pereira e Tássia Reis)BR-VW2-15-00007

Você diz desinfelizQue somos pretos cismados Muito ensimesmadosPro teu prisma mestiço Você diz que racismo num é isso. Pasme, primo, mas quem cisma é o estado. Você diz, mas aí, nem cisque pronosso lado Desta l ista, nos risqueDisque pra outro pardo Não posso acreditar que existe um deus que feche com a segregação Não posso acreditar que existe um deus que feche com a segregação Gênero, cor, religião...

E todo dia toda hora outra treta se transforma em mais um que chegará para lutar Que venham guerreiros guerreiras de mira certeira O alvo é um mundo onde possa se amar Não vou arregar não vou me entregar Se é o que eles querem vão ficar no desejo Sou forte, sou preto sou filho dos guetos Dos reinos Savanas eu sou brasileiro Eu vejo o descaso são mortes desprezoMuleque que morre pra nós pesadelo Pra eles noticia... Mais um que foi

riscado pela policia! Afaste seu racismo pra lá Sua força e suas regras já não podem parar a revolução

Tassia Reis:

Você dizQue eu sou uma preta cismadaQue não ri da sua piadaRacista e machista Diz que a minha dor não é nadaE acha até engraçadaQuer ser meu carma infeliz... Não não... Eu sou a voz encarnada De todas essas quebradasOnde a policia é juizAlvo marcado de gizAlvejada. Quando não...Alvejante clareia tudo que eu fiz, né não?Herança da escravidão Apropriação te fez um jãoQue só enxerga o próprio umbigoE vai falar que tem amigo negão Mas quando encontra um na rua grita: perigo! Ouça o que eu digoNão é teoriaA falsa abolição que não me trouxe melhoriaCoisificam o meu corpo todo dia

Resisto, pobre, preta, periferia!

Feito a cena triste e violenta de um assalto Me sinto rendido, vítima de mãos ao alto Penso estar cercado, acuado... tô fudido! Eu que sou lesado e visto como bandido Olhos me espreitam, calculam meus movimentos Fui sentenciado a viver feito detento Sou espionado, vigiado, pelos cachorro grande Firmo a cabeça pra que nada aqui desande Meu pai caçador me falou dessa trilha Me fez flechador pra enfrentar a guerrilha Olho para os lados todo mundo quase cego De cabeça baixa vão teclando sob o ego Pra onde correr, escapar da injustiça? Aqui não tem boi, eles querem carniça Não rezo sua missa, meu instinto é selvagem A fé que existe em mim, leva o nome de coragem.

Você diz desinfeliz Que somos pretos cismados Muito ensimesmados pro teu prisma mestiço Você diz que racismo num é isso. Pasme, primo mas quem cisma é o estado. Você diz, mas aí, nem cisque pro nosso lado Desta lista, nos risque disque pra outro pardo Não posso acreditar que existe um Deus que feche com a segregação Não posso acreditar que existe um Deus que feche com a segregaçãogênero, cor, religião

Page 9: Encarte do álbum Corpura

8. Peregrino Okê Kala (Lucas Cirillo)poema incidental Ode ao Odé (Eduardo Brechó) BR-VW2-15-00008

Mata fechaEstrela em céu a pinoNas mãos do peregrinoO alvo vai sangrar

Cala a orquestraO gan canta seu hinoSilêncio me confinoO alvo vai sangrar

Mãe Neide:Ó destemido Odé A mata te saúdaO alvo te saúdaA flecha te saúdaA relva te saúdaNosso povo te saúdaA floresta te recebeE nós te recebemos em festaOdé – Oh caçador de uma flecha sóOxotokanxoxô, Okê Arô!!!

Chama os guerreiro de aruandaSó pra firmarCaboclo sabe e mandaCorre no mato dispara pra acertar, Pra derrubar Na ponta da minha flecha Tem promessa e traz caça E não importa a ameaça Alvo cansa só de olhar, quem manda na floresta Leva pena em sua testa Pode me cortar em pedaços Se esse bicho eu não pegar Chama os guerreiro de aruanda Só pra firmar Caboclo sabe e manda Corre no mato dispara pra acertar Pra derrubar A noite já chegou, uiratupã Oxotokanxoxô, o louco Boca de tambor Curumim quer curiá Não sou de me arriscar por pouco.

9. Oxotokanxoxô e Uiratupã (Jairo Pereira) BR-VW2-15-00009

No alto da montanha Quem desdenha se acanha Eu vejo um pássaro de assustar Não tenho medo Sou eu aqui na terra Não faço acerto Tiro meu cocar e te miro com o dedo Teu destino tua cela Tua sina tua entrega Teus caprichos toda guerra Essa espera não te matou O olho da maldade Onça avança pro combate Toda terra de ifé mesmo o Olofin Se apavorou Chama os guerreiro de aruanda Só pra firmarCaboclo sabe e manda Corre no mato, dispara pra acertar Pra derrubar Oxossi êOkê aro meu pai

"Para Mãe Stella de Oxossi"

O solo, osa, moradaA relva, o seu cordãoOrum, a curva azuladaO arco e sua tensão

Olfato, vista aguçadaOfá e a perfeiçãoNo monte, okê, se cala, A mente em ligação.

Aruanã, se esconde no igapéIrerê canta longe, ode a odé

É noite sem luaQuem teme recuaFloresta em festaE a presa a voar

Voa flechaA mando do destinoEm nome do divinoO alvo vai sangrar!

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10. Banho de Poeira (Eduardo Brechó e Iara Rennó)BR-VW2-15-00010

Feito nuvem no vento nuVem solta no vento nuaVem nuvem no vento nuVem solta no vento nuvem Esposa desse repousoQue sobra depois do medoSopro no cedo do tardeSopro no tarde do cedoSalvo o segredo da vidaQue sopro só pro segredoQue sopro só pro segredoQue sopro só pro segredo

Banho de poeira, mãeNo rebanho dos sozinhosMãe do som que assanha OssainAssovio dos caminhosÉs quem dá a luz ao trovãoE aos nove redemoinhos

Eu sou filho desse ninhoTanto sou que canto soltoFeito nuvem no vento nuVem solta no vento nuaVem nuvem no vento nuVem solta no vento nuvem

Labareda e tempestadeMeu pulmão é o firmamentoBúfalo – Epahei -tufão que invadeCoração e olhar atentoBrilho estrelas que apresentoSendo o céu em movimento

O recalque é tal que o ganso Sente ranço do macacoDo pescoço, do balanço no galho, Do trabalho no circoEm destaque o fraque do pinguim É no fim um sacoPro Lêmur de Madagascar Que também quer casacoQuer casarAraponga prolonga o silêncio bicudo Não convence o peixe espada que é mudoE a mudez é escudo e não muda nadaNada é importanteNada é importanteNada é importanteSe voa é importanteSe corre é importanteSe nada é importanteNada é importante.

11. Nada é Importante (Eduardo Brechó) BR-VW2-15-00011

Page 11: Encarte do álbum Corpura

FICHA TÉCNICA

Produção musical Alê SiqueirA e eduArdo Brechó

AláfiA é: AlySSon Bruno – percussão; eduArdo Brechó – voz, guitarra e percussão; fABio leAndro – teclado e vocoder; filipe GomeS – bateria; GABriel cAtAnzAro – baixo; Gil duArte – flauta e trombone; JAiro pereirA – voz; lucAS cirillo – gaita; pipo peGorAro – guitarra; Victor eduArdo – percussão e XêniA frAnçA – voz. * AlySSon Bruno tocou teclado em Nada é Importante e fABio leAndro coro em Blacksmith e Oxotokanxoxô e Uiratupã

Arranjos Sopros - Salve Geral: fABio leAndro e eduArdo Brechó; Peregrino (Okê Kala): lourenço reBetez; Banho de Poeira: fABio leAndroCordas - Adinkras: fABio leAndro e eduArdo Brechó; Primeiro do Ano: fABio leAndro, eduArdo Brechó e lucAS cirillo

Participações EspeciaisSalve Geral, Peregrino (Okê Kala) e Banho de Poeira – proJeto coiSA finA: iVAn de AndrAde – Flauta, Clarinete e Sax Alto; WAlmer cArVA-lho - Sax Soprano e Tenor; dAniel noGueirA - Sax Tenor e Flauta; BirA Júnior - Clarinete e Sax Barítono; AmilcAr rodriGueS - Flugel Horn e Trompete; dioGo duArte - Flugel Horn e Trompete; douGlAS AntuneS (douG Bone) - Trombone e ABdnAld SAntiAGo - Trombone Baixo Salve Geral – pAulo ifAtide ifAmoroti – Oriki Blacksmith , Adinkras e Peregrino (Okê Kala) – ViniciuS chAGAS – saxofoneAdinkras e Primeiro do Ano – dJAVAn cAetAno - 1º Violino; renAto pereirA - 2º Violino; WAllAS penã - Viola e Joel de SouzA - Cello Adinkras – lu oliVeirA, tiBleSS - corosProteja seu Quilombo – rAphão AlAAfin Preto Cismado – neGrAVAt – canto lírico e táSSiA reiS - vozPeregrino – texto Ode ao Odé por iyAloriXá neide riBeiro; meStre GABi GuedeS - Percussão Oxotokanxoxô e Uiratupã – tASSiA reiS e XêniA frAnçA – backing vocals

Gravado no eStúdio moVido por Alê SiqueirA, eduArdo Brechó e GuStAVo mendeS, São Paulo, entre fevereiro e maio de 2015.* Gravações de pAulo e neide feitas no estúdio cAnto do urutAl por Bruno BArBoSA* Gravação adicional de teclado no eStúdio timpAni por filipe GomeSAssistente de gravação Vitor fAuStino no eStúdio moVidoA&r mAuricio tAGliAriTodas as músicas são editadas pela AlternetmuSic. AdinKrAS editada também por Sony AtVMixagem GuStAVo lenzA, no eStúdio lA nAVeMasterização felipe tichAuer, no redtrAXX StudioDesign Gráfico rodriGo KenAnFotos pedro mAtAllo e Sté frAteSchiFigurino yumi SAKAteCoordenação e produção executiva AGoGô culturAl