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227 . I Francisca Elenildes de Brito Frelres EFEITO DO SO~REANENTO NA PRODUÇÃO DE ~AS DE ALGAROBEIRA Prosopis juliflora (SV) D.C. 2 Marcos Antônio Drumond RESUMO O presente ensaio foi realizado no Centro de Pesquisa Agropecuária do Trópico Semi-Árido/CPATSA, Petrolina-PE, com o objetl vo de avaliar o efeito do sombreamento na pr~ dução de mudas de Prosopis juliflora. Os ni- veis de sobreamento utilizados foram 25, 50 e 75%, obtidos por meio de telas poliolefinas de cor preta e 0% por semeadura a céu aberto. ,A porcentagem e velocidade da germinação fo- ram avaliadas até o décimo dia após o semeio. I Estagiária do Curso de Engenharia Florestal da UFPB. 2 Eng. Ftal. M.Sc. Pesquisador do CPATSA / E~BRAPA, C. Postal - 23. 56.300 - Petroli- na-PE.

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. IFrancisca Elenildes de Brito Frelres

EFEITO DO SO~REANENTO NA PRODUÇÃO DE ~AS

DE ALGAROBEIRAProsopis juliflora (SV) D.C.

2Marcos Antônio DrumondRESUMO

O presente ensaio foi realizado noCentro de Pesquisa Agropecuária do TrópicoSemi-Árido/CPATSA, Petrolina-PE, com o objetlvo de avaliar o efeito do sombreamento na pr~dução de mudas de Prosopis juliflora. Os ni-veis de sobreamento utilizados foram 25, 50 e75%, obtidos por meio de telas poliolefinasde cor preta e 0% por semeadura a céu aberto.

,A porcentagem e velocidade da germinação fo-ram avaliadas até o décimo dia após o semeio.

I Estagiária do Curso de Engenharia Florestalda UFPB.

2 Eng. Ftal. M.Sc. Pesquisador do CPATSA /E~BRAPA, C. Postal - 23. 56.300 - Petroli-na-PE.

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Aos quarenta e quatro dias após o semeio pro-cederam-se as avaliações de altura, diâmetrodo coleto, área foliar, comprimento e peso dosistema radicular, peso seco da parte aerea ,relação raiz/parte aérea e sobrevivência. Osresultados obtidos revelaram que a percenta -gem e velocidade de germinação foram favorec~das com o aumento dos níveis de sobreament~ Aaltura nao apresentou qualquer diferença sig-nificativa entre os níveis de sombreamentobem como a área foliar, à exceção do nível de25% que foi significativamente inferior aosdemais tratamentos. Os parâmetros diâmetro docoleto, comprimento e peso de matéria seca dosistema radicular, peso de materia seca daparte aérea e a relação raiz/parte aérea fo-ram positivamente significativos quando as m~das foram conduzidas a céu aberto, decrescen-do com o aumento dos níveis de sombreamento.

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SHADING EFFECT ON THE PRODUCTION OFProsopis juliflora (SW) D.C SEEDLINGS

ABSTRACTA trial was set up in the semi-arid

research center of EMBRAPA (Centro de PesquisaAgropecuária do Trópico Semi-Ãrido/CPATSA) toevaluate the effect of shading in theproduction of Prosopis seedlings. The threelevels of shading used (25, 50 and 75%) wereattained by covering the material with blacksynthetic burlaps and compared to a 0%shading treatment. Percentage and rate ofgermination were measured up to en days fromthe planting date. Forty four days afterplanting seedlings hight, colon diameter, leafarea, lenght and dry weight of roots, dryweight of upper part of plants, roots/upper ofplants ratio, and seedling survival weremeasured. The results showed that percentageand rate of germination icreased with theincrement of shading levels. There was nosignificant diference for seedling hight

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among the three levels of shading and alsofor leaf area, except at 25% leveI which wassignificant inferior to alI the other

1. INTRODUÇÃO

shading levels. The measurements for colonO semi-árido do Nordeste brasileiro é

caracterizado pela adversidade edafoclimáticae uma vegetação rala composta por árvores depequeno porte denominada caatinga. Atualmente,a concessão dos incentivos fiscais para o re-

diameter, lenght and dry weight of roots, dryweight of upper part of plants, and roots/upper part of plants ratio were highlysignificant without shanding, decreasing asthe shading levels increased.

florestamento da região Nordeste, aliadademanda de recursos florestais e ao baixo custo das terras em comparaçao com outras re-giões tem atraido grande número de grupos re-florestadores promovendo a necessidade de ob-tenção de novas espécies para o reflorestame~

,to. A algarobeira (Prosopis juliflora), espe-cie introduzida na década de 40,espécies consideradas de grande

,e umaimportância

pela comunidade regional por causa demúltiplas utilidades tanto madeireira

suascomo

forrageira e incentivada pelo IBDF. Apesar dobom desempenho da espécie, tentativas no sen-tido de aumentar a produtividade da algarobelra são necessárias, a começar pela produção e

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,a

das

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qualidade da muda, ponto fundamental para osucesso de um reflorestamento. A luz, fatorde importância vital no desenvolvimento dosvegetais, nas regiões semi-áridas. normalmen-te está aliada a uma elevada intensidade, de-sestruturando folhas de muitas plantas -naoespecialmente organizadas, podendo alcançarfacilmente seu ponto de saturação (HILLS1982). Todavia, esta variável pode acarretardiferenciações no desenvolvimento das plan-tas em função dos diferentes graus de lumino-sidades. Segundo CORREIA (1977) muitas espé-cies tropicais exigem um nivel ótimo de inso-lação para o seu máximo desenvolvimento. Comeste proposito, o presente trabalho foi desenvolvido para avaliar o efeito dos diferentesniveis de sombreamento na produção de mudasde algarobeira.

2. REVISÃO DE LITERATURA

As mudas podem ser classificadas pe-

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Ias suas caracteristicas internas (fisiológi-cas) e externas (morfológicas), dependentesdas condições em que as mudas foram produzi -das. Geralmente a avaliação de qualidade demuda tem sido feita através das caracteristi-cas morfológicas, levando-se em consideraçãoa altura, diâmetro do coleto, relação raiz/parte aerea e peso de matéria seca total. En-tretanto, nenhuma dessas variaveis deve serutilizada como critério único para a classificação das mudas pois existe uma certa interdependência entre elas (CARNEIRO 1976).

As sementes da maioria das especiesgerminam prontamente quando lhes sao dadascondições ambientais favoráveis tais comoágua, luz, temperatura e oxigênio (BIANCHETTI1981).

Em alguns tipos de sementes a germin~ção é entravada pela exposição à luz, enquan-to que em outras é estimulada.

SILVA (1979) trabalhando com E.grandis observou que a germinação foi favore-

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cida sob 30% de sombreamento em -comparaçaoaos níveis de O, 10 e 60%, enquanto DRUMOND &SOUZA (1981) observaram para o~. citriodoramenor porcentagem de germinação quando sob70% de sombreamento aliado a um menor índicede velocidade de germinação.

Avaliando o desenvolvimento de plan-tas jovens KRAMER & KOZLOWSKI (1972) assina -Iam que o crescimento em altura, peso totalde matéria seca e relação raiz parte aérea ,

e

diferenciado quando submetido a diferentes intensidades luminosas.

INOUE & TORRES (1980), estudando a

produção de mudas de Araucaria angustifoliacrescendo sob diferentes intensidades lumino-sas em relação à plena luz, observaram maio-

,res alturas em plantas crescendo entre os ni-veis de 25 a 9% enquanto que a maior produçãode matéria seca foi alcançada em plantas sobceu aberto, seguidos de 71 e 45% de intensidade luminosa. Resultados semelhantes também foram observados por STURION (1980) com Prunus

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brasiliensis, que o maior crescimento do coloe peso total de matéria seca do sistema radi-cular e parte aérea foram superiores nas pla~tas conduzidas a céu aberto, ao passo que asmaiores alturas e sobrevivência foram superiores em niveis de 30 e 60% de sombreamento.

O diâmetro do coleto segundo Schubert& Adams, citado por CARNEIRO (1976), representa um dos melhores indicadores de padrão dequalidade das mudas, refletindo na sobrevivênc í a após o pLan t í o d f o o t oe lnl lVO no campo. Porexemplo Belanger e Macalpine, citadoFERREIRA (1977), observaram que mudas

porde

Liquidambarstyraciflua com maiores diâmetrosde coleto apresentaram melhor sobrevivência ecrescimento que as de menores diâmetros.

Fairbairn & Neustein (1960), citadopor FERREIRA (1977), observaram correlação p~sitiva do diâmetro do coleto de seis espéciescom a intensidade luminosa, sendo que o maxi-mo foi obtido e dO-m con lçoes de maior intensidade luminosa.

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Quanto à proporção entre as partes aereas e subterrâneas, geralmente estasmanter um certo equilíbrio, uma vez que

devemtêm

melhor chance de sobrevivência do que aquelasque estão fora desta proporção, especialmentequando o sistema radicular é muito inferior aparte aérea. Segundo INOUE & TORRES (1980) o

crescimento da parte aérea em ~. angustifoliaé mas sensível à diminuição de intensidade luminosa que o sistema radicular.

3. MATERIAL E MÉTODOS

O presente trabalho foi desenvolvidonas dependências do Centro de Pesquisa Agro-pecuária do Trópico Semi-Árido, CPATSA, Petrolina, PE. A especie foi Prosopis juliflora(Algarobeira), cujas sementes foram provenie~tes de plantações locais. As mudas foram pro-duzidas por semeadura direta em sacos plásti-cos com 8 cm de diâmetro e 18 cm de altura. OsubsLrato utilizado para o enchimento dEstes

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recipientes foi terra de subsolo fase arenosacom uma adubação de 10 g/recipiente da formu-lação 5:14:3. Procedeu-se a semeadura em 18de agosto de 1986, colocando duas sementespor recipiente a 0,5 cm de profundidade e co-bertas com vermiculita.

Com o objetivo de favorecer a germin~çao, as sementes foram previamente imersas em,agua quente durante 2 a 3 minutos, suficientepara quebra de dormência das mesmas. Forammantidas duas irrigaçoes diárias até o térmi-no da fase de viveiro.

O delineamento experimental foi o deblocos naturalmente casualizados com quatrorepetições, com parcelas de 56 plantas e qua-tro tratamentos, sendo 25, 50 e 75% de som-breamento obtidos por meio de telas polioleflnas de cor preta e 0% de sombreamento obtidopelo plantio a céu aberto. As telas recobriama porção superior e lateral de uma armação demadeira com 1,50 m de comprimento, 1,00 m delargura e 0,50 m de altura.

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A semente foi considerada como germi-nada após o aparecimento do primeiro par defolhas definitivas. Foi feita a contagem diá-ria do número de plantas emergentes até o dé-cimo dia (término da germinação) para determlnar o índice de velocidade de germinação, conforme metodologia descrita por POPINIGIS(1977), e a porcentagem de germinação. Os da-dos de porcentagem de germinação e sobrevivê~cia para efeito de análise estatística foramtransformados em arc. sen. 11%.

Os valores para área foliar, peso se-co da parte aérea e raiz, comprimento da raiz,altura e diâmetro da coleto foram obtidos dedoze plantas centrais de cada parcela, aos44 dias após a semeadura, quando as mudas fo-ram consideradas em condições de plantio definitivo no campo.

A determinação da-área da superfíciefoliar foi determinada diretamente pelo medi-dor de área foliar.

Os pesos da matéria seca da raiz e

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parte aéreauma secagem

das mudas foram determinados após(até atingirem peso constante) em

sob ventilação forçada a 650C +uma e.stufa50C.

Os resultados das variáveis obtidasforam discriminados pelo teste de Tukey ao nivel de 5% de probabilidade.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Na Tabela 1 são apresentadas as mé-dias dos dados da porcentagem e velocidade degerminação e sobrevivência, onde verifica-seque o sombreamento influenciou positivamentea porcentagem e velocidade de germinação. Re-sultados estes se devem possivelmente a umefeito indireto, onde o sombreamento contri-buiu com a redução de temperatura permitindouma menor evaporação e consequentemente man-tendo uma maior umidade do solo, favorecendouma germinação mais eficiente. Tal observaçãoconcorda com o trabalho de Piussi citado por

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FERREIRA (1977) que, observando a germinaçaode mudas de Picea abies, notou melhores resu!tados com irrigaçao e sombreamento, evidenci-ando como principal responsável a disponibilldade de umidade do solo.

Para a sobrevivência não verificou

qualquer diferença significativa quando secompararam mudas sob diferentes niveis de sombreamento. Observou-se que a sobrevivênciaapresentou a mesma tendência que a porcenta -gem e velocidade de germinaçao, estando inti-mamente relacionada com o vigor da semente.

241

TABELA 1 - Médias dos dados da porcentagem degerminação, indice de velocidadede germinação até aos 10 dias esobr-eví verc í a de mudas de Prosopisjuliflora aos 44 dias após o se-meio, sob diferentes n Í veis de som-breamento.

NÍVEIS DE GERMI- SOBREVIVÊN-SOMBREAMENTO(%) NAÇÃO(%) I.V.G. CIA (%)

O 59 b 10,51 c 66 a25 65 ab 11,69 bc 70 a50 71 a 13,35 ab 76 a75 74 a 14,35 a 80 a

As medias seguidas da mesma letra, nas colu -nas, não diferem entre si, pElo teste de DUN-CAN, ao nivel de 5% de probabilidade.

Segundo POPINIGIS (1977) os efeitosdo nivel de vigor da semente podem persistirde maneira a influenciar o crescimento daplanta, a uniformidade da cultura e a produtl

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vidade.-Na Tabela 2 sao apresentados os dados

médios de altura, diâmetro de coleto,,area

foliar, comprimento do sistema radicular, pe-so seco da parte aérea e radicular e a re1a-

çao raiz/parte aérea.Pela Tabela 2 observa-se que as altu-

ras das mudas não diferiram significativamen-te sob diferentes niveis de sombreamento tes-

tados.Resultados semelhantes foram observa-

dos por DRUMOND & SOUZA (1981) emcitriodora e por FERREIRA (1977) em

E.E.

parahyba, ~. dubium e H. stigonocarpa, enqua~to no mesmo trabalho foi constatada diferençapositiva sob o nível de 70% de sombreamento

para ~. contortisiliquum, todavia GOMES etal1ii (1978) observaram para o ~. grandis al-tura significativamente inferior sob 70% desombreamento em relação aos niveis de O, 25 e50% testados, evidenciando-se que o comporta-mento é diferenciado em função da especie e

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do local.Os resultados obtidos para o diâmetro

do coleto (Tabela 2) estão de acordo com GO-

MES (1978) que estudou o ~' grandis e FERREI-

RA (1977) para S. parahyba, P. dubium, H.

stigonocarpa e E. contortisiliquum, onde foi

observada uma diminuição do diâmetro do cole-

to com o aumento do nível de sombreamento.

luz intensa provoca uma maior transpiraçao

propiciando, consequentemente, a formaçao

caules mais espessos e curtos (Tomey

A

de

e

Korstian citado por TOMEY & KORSTIAN, 1962).Na Tabela 2 observa-se ainda um incr~

mento não significativo da área foliar com o

d ~. de sombreamento, excetuan-aumento os nlvelSdo sob o nível de 25% com 88,12 cm,aos demais tratamentos. Tal resultado

inferiorpode

ser explicado talvez pelo reduzido numero de,

plantas amostradas. Em se tratando de espe-cies lucíferas, seria esperado um aumento da

área foliar proporcional ao aumento do som-

breamento pois a espécie, para compensar a de

245

ficiência da luz incidente para a realização

de uma fotossintese adequada, aumenta a

de sua superficie foliar.

,area

Analisando os dados de comprimento e

peso do sistema radicular, peso parte,

aereae a relação raiz/parte aérea observou-se que

as variaveis apresentaram valores superiores

a céu aberto quando em comparação àquelas co~

duzidas sob 25, 50 e 70% de sombreamento tes-

tados, sendo que a alta taxa fotossintética

observada sob uma maior intensidade luminosa,

traduz-se num aumento da produção de carboi -

dratos, responsável pelo peso.

5. CONCLUSÕES

- A porcentagem e velocidade de germ~

naçao foram favorecidas com o aumento do som-breamento.

- Os diferentes niveis de sombreamen-to não influenciaram o crescimento em altura.

- O diâmetro do coleto e o peso de ma

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téria seca das mudas foram superiores quandoconduzidas a céu aberto.

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