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Ano III Número 9 GRAICHE 3

E D I T O R I A L

Presidente:José Roberto Graiche

EXPEDIENTEJornalista responsável:

Carlos Alberto Ceneviva (MTB 5.771)Produção Gráfica:

Décio SonciniFYI Comunicações

R. Helena, 280 – Conj. 712Tel.: (11) 3525-7407

[email protected]

VIVER & CONVIVERTiragem 20.000 exemplares

Grupo GraicheRua Treze de Maio, 19541º, 2º, 3º e 4º andares

CEP: 01327-002 – São [email protected]@graiche.com.br

Tel.: +55 (11) 3145-1322

N ão faz muito tempo... aprincipal ligação entre asZonas Norte e Sul de São

Paulo era feita através de uma estreitapassagem, de mão dupla, no Vale doAnhangabaú, o decantado “Buraco doAdhemar”! Alguns metros à frente, otráfego parava em um barranco daPraça das Bandeiras, pois o espaçovazio, reservado sobre o córregoItororó, para a primeira linha do me-trô paulistano ou para a hoje acanha-da 23 de Maio, não saíra do papel.

São Paulo continuou crescendoe de 2 milhões na década de 50 pas-sou para 5, para 10, para 15 e nãoestará longe o dia em que terá 20milhões de habitantes. E para ondecrescer? Como administrar seu trân-sito louco, tantas novas casas, apar-tamentos, edifícios comerciais e

residenciais, grandes projetos indus-triais que a Capital exige?

O futuro de São Paulo fica, umavez mais, nas mãos dos planejadores.Persistem as acadêmicas discussõessobre avenidas ou carros, transpor-te coletivo de massa ou o individual.E como abastecer essa cidade gigan-te? De um lado, os transportes demassa não vêm crescendo na velo-cidade necessária. De outro, opaulistano não abre mão do privilé-gio que conquistou com o adventodo automóvel. A solução, conclui-se,só pode estar fora do centro desteredemoinho onde moramos.

Dentro daquilo que se conhececomo São Paulo, não bastarão novasruas. Por isso, a cidade engasgada bus-ca ar fora de seus domínios. Mais de-pressa do que se imaginava, aumen-tam-se as marginais, furam-se novostúneis e já há disputa por áreas virgens,ao longo das grandes avenidas quetangenciam centros como Guarulhos,Jundiaí, Campinas ou São José dosCampos, provocada pela construção

do Rodoanel. Com ele concluído, ogoverno projeta impedir a entrada doscaminhões na cidade de São Paulo, oque exigirá grandes armazéns, silos einfra-estrutura operacional, para rece-ber o abastecimento. Nessas novasáreas, já estão surgindo as demandasem torno dos chamados condomínioslogísticos “por encomenda ou osespeculativos”, o que ampliará, aindamais, a responsabilidade das adminis-tradoras no gerenciamento desses em-preendimentos.

Mais uma vez, se tornam neces-sárias medidas como o aparelhamen-to e a modernização das administra-doras. O gerenciamento de condomí-nios residenciais e comerciais da cida-de é bastante complexo, na atualida-de. Imagine-se como será trabalharcom esse novo conceito imobiliário,não mais em uma “pequena” cidadede São Paulo, mas, numa gigantescamegalópole, a partir de 2015.

José Roberto GraichePresidente

O DESAFIO DAS ADMINISTRADORAS NA PRÓXIMA DÉCADA

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4 GRAICHE Ano III Número 9

E N T R E V I S T A

PARA LUCÍLIA DINIZ, PERDER Lucília Diniz, depois de emagrecer 61 quilos e de colher os inúmeros benefícios causados por essa transformação,

começou a estimular mudanças de comportamento e a melhora da qualidade de vida das pessoas. A partir de entãopassou a dar palestras e manter o site www.goodlight.com.br, com informações sobre o Sistema GoodLight, produtos

da Linha GoodLight e fornecimento de dietas personalizadas. A empresária Lucília Diniz, a entrevistada da Viver&Conviver,é especialista em nutrição humana e presidente da Goodlight Alimentos. Autora de sete livros – entre eles o bestseller“O Prazer de Viver Light” (mais de 100 mil cópias vendidas) – colabora nas revistas Boa Forma, Men´s Health, Contigo,RSVP, entre outras. É âncora do boletim Momento Light, que vai ao ar diariamente na Rádio Globo (AM 1100) e apresenta-dora do programa Lucília Diniz, que vai ao ar todos os sábados, às 19h30, na Rede TV. “Dos vários projetos com os quaisestou envolvida, meu programa de tevê é um dos mais ambiciosos”, afirma nossa entrevistada.

V&C - Como foi perder peso e o queessa experiência lhe proporcionou navida?LD - Perder peso foi nascer de novo,ganhar uma segunda chance. Antes, euvivia engessada dentro do meu pró-prio corpo. Não tinha mobilidade fí-sica nem mental. A vida era um ci-clo vicioso, sem projetos, sem pro-gresso e, conseqüentemente, semvitórias. Todo dia era exatamenteigual ao outro. Para perder peso,tive primeiro que romper esse ci-clo, deixando de lado o como-dismo. Falo inclusive daquelecomodismo de apostar em fór-mulas prontas. Hoje sei que nãohá regras, cada corpo é umcorpo. Ganhar saúde é me-nos uma questão de “for-ça de vontade” e maisde “vontade de serforte”. E para serforte, cuidar daalimentação,buscar co-nhecimento,exercitar ocorpo e equi-librar as emo-ções são pilaresfundamentais.

V&C - O que a le-vou a mudar suavida tornando-se es-belta?

LD - Nada em especial. Um dia eu simples-mente acordei cansada de me sentir uma

derrotada. Encarei o espelhoe disse: então é assim que

você quer ser para o res-to da vida? Tive uma po-derosa conversa comi-go mesma, que me fezmudar totalmente.Hoje acredito que asolução para a maio-ria dos problemas vive

dentro de nós.

V&C - Dieta é o único caminho para oemagrecimento ou exercícios são ne-cessários?LD - Dieta e exercícios não são caminhos,são ferramentas. O verdadeiro caminho é“gostar de si”. Cuidar da auto-estima éfundamental. É a auto-estima que estimu-la todo o resto. Quem gosta de si faz detudo para buscar sua melhor forma. Nadaé um fardo pesado. Sem auto-estima, die-ta, exercícios, cirurgia não adianta. Paraessas pessoas, a armadilha da auto-sabo-tagem estará sempre à espreita.

V&C - Qual a receita que a mulherpaulista precisa seguir, para cuidardela própria, trabalhar e ainda cum-prir suas tarefas domésticas?

LD - Em primeiro lugar, valorizar a orga-nização. Sem ordem não há progresso.Além disso, ser mulher é desenvolver aarte da conciliação: casa, trabalho, cuida-

dos pessoais, família, amigos, vidaafetiva, estudos, etc. Lembra da-

Enfrentar oshomens em igualdadede condições semprefoi uma dificuldadepara as mulheres da

minha família

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Ano III Número 9 GRAICHE 5

PESO FOI NASCER DE NOVO!quele brinquedo Genius, que ti-nha quatro luzinhas coloridasque iam piscando e você tinhaque batê-las na seqüência? Sermulher é isso: perceber a cha-rada e agir rápido.

V&C - Qual é o maior pro-blema da mulher moderna:enfrentar o homem emigualdade de condições, seragressiva na conquista deseu parceiro, não levar de-saforo para casa?LD - Enfrentar os homens emigualdade de condições semprefoi uma dificuldade para as mu-lheres da minha família. Afinal, atradição portuguesa nos reser-vava um papel secundário den-tro de casa. Ser agressiva na con-quista de um parceiro pode fun-cionar com algumas pessoas.Pessoalmente, prefiro ser mei-ga e alegre. Agora, levar desa-foro para casa ninguém mere-ce! Nem homens, nem mulhe-res. Desaforo engorda. Auto-es-tima emagrece.

V&C - Quais as perguntas mais recor-rentes que você recebe em seu site? LD - Geralmente, ouço histórias demulheres que querem emagrecer, ini-ciam uma dieta, começam a caminhartodos os dias e em pouco tempo aban-donam tudo. Depois de passarem portudo isso repetidas vezes, querem sa-ber de onde tiro minha força de von-tade. O que costumo responder é quea transformação precisa ser vista comoalgo permanente. Sim, porque ema-grecer é fácil. Duro é manter. E comoo maior desafio está na manutençãodos hábitos saudáveis, precisamos va-lorizar mais a pesquisa em nutrição ebem-estar, além de buscar e cruzar re-

ceitas e métodos que possam funcio-nar conosco por toda vida.

V&C - Felicidade tem definição para você?

LD - Felicidade é viver bemcom aquilo que a vida nos ofe-rece. Quem só olha o lado ne-gativo das coisas pode ter todoo dinheiro do mundo, o com-panheiro mais carinhoso, a fa-mília mais querida, e nada dis-so irá satisfazê-lo. Conheçopessoas com muito dinheiroque são profundamente infeli-zes, assim como conheço pes-soas simples que transbordamde alegria. Buscar um sorrisotodos os dias é a principal cha-ve de uma vida plena.

V&C - Existem mulheres ricase cafonas e mulheres pobres eelegantes?LD - Claro que existem. Assimcomo há gente chata e elegantee pessoas divertidíssimas quesão tidas como cafonas. Meuamigo Latino, por exemplo, éuma das pessoas mais divertidasque eu conheço. E há muita gen-te elegante e chata que questio-na seu jeito de ser.

V&C - E o futuro a Deus pertence ouvocê tem muitos projetos pela frente?LD - Desconsiderando as tragédias,creio que o futuro sempre nos perten-ce. E temos total responsabilidade porele. Hoje já se sabe que muitas doen-ças poderiam ser evitadas se cuidásse-mos melhor da nossa saúde – algo quesempre suspeitei.

Quanto aos projetos, tenho vários nagaveta. Nesse momento, estou envolvidacom um dos mais ambiciosos: meu pro-grama de tevê.

V&C - E como anda o sucesso do “Oprazer de Viver Light”?LD - Anda a pé e a passos largos. Aliás,você está olhando para ele (rs).

Hoje já se sabeque muitas doenças

poderiam serevitadas se cuidássemos

melhor da nossasaúde – algo quesempre suspeitei

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6 GRAICHE Ano III Número 9

C O M P O R T A M E N T O

O paulistano continua sendo considerado “um cara fechado, sisudo, pouco amistoso”. Essa ima-

gem, entretanto, não corresponde total-mente à verdade, pois ele é também aten-cioso e prestativo, exceto nos elevadoresde prédios comerciais ou residenciais. Den-tro de uma cabine de proporções reduzi-das, ele parece adorar o anonimato, nãoquerer papo, não puxar conversa e evitaros cumprimentos normais de bom dia, boatarde, boa noite, passe bem, por favor evai por ai afora. Compreende-se esseposicionamento, mas bem que poderia serdiferente. Afinal de contas,existem mais de 100 mil ele-vadores em São Paulo e nãofaltam 100 mil possibilidadesde bons relacionamentos.

Dentro de um elevadoralgumas regras precisam serrespeitadas, especialmente,se você estiver conversandocom um alguém e houvermais pessoas na cabine. Nãodá, por exemplo, para segre-dar informações, falar de par-ticularidades, de brigas ousobre assuntos muito pesso-ais ou íntimos. Quem estádentro de um elevador, pre-cisa ter um comportamentoque não constranja ou irriteos demais passageiros, já que trata de umtransporte coletivo. Não se pode nem sedeve falar mal de outras pessoas, criticarpersonalidades, discutir política ou comen-tar hábitos religiosos.

O respeito no elevador é essencial. Oapressado em chegar a seu apartamentonão vai gostar de ver alguém segurando aporta, para terminar uma conversa. De ummodo geral, o passageiro poderá não gos-tar de ouvir piadas que sejam ou não se-jam de salão. Também não está interessa-do em ouvir conversa de quem atende

celular, especialmente com a cabinelotada. Ainda bem que em São Paulo, aocontrário do que acontece em toda a Eu-ropa, não há o drama de se fumar no seuinterior. A maior parte dos elevadoreseuropeus tem até cinzeiro.

Elevadores servem ainda para registrode muitas passagens cômicas e talvez ver-dadeiras. Dois estudantes em Paris, porexemplo, com a entrada de duas jovens feias,perguntaram entre si se haviam deixado aporta do museu aberta. Elas mantiveram-seem silêncio mas constrangidas. Na saída, tro-peçaram na porta, permitindo que os estu-

dantes escutassem...a voz deuma das duas: “Cuidado como degrau”, em bom e sonoroportuguês.

Dizem também ser ver-dade que três senhoraspaulistanas de idade forampassar férias em NovaIorque. O filho de uma de-las, muito preocupado, dissepara que se cuidassem comrelação aos assaltos. Logo noprimeiro dia, ao entrarem noelevador, foram seguidas porum negro de mais de 2metros de altura e um imen-so cachorro. Assim que en-trou, falou firme para o ca-chorro: “Sit down”! As velhi-

nhas, temerosas, sem saber se era com elas,sentaram-se no chão. O grandão começoua gargalhar e ajudou-as a levantar. Algunsdias depois, quando elas foram pagar a con-ta, souberam que estava tudo pago. O re-cepcionista entregou a elas um bilhete:“Obrigado pela melhor risada de minhavida. Michel Jordan....”

Em resumo, a palavra de ordem no ele-vador é cuidado. Não falar mal de uma obrano prédio pois pode-se estar ao lado damulher do síndico, não elogiar as qualida-des físicas de uma vizinha pois o marido

pode ser o outro passageiro e muito me-nos fazer referências desairosas, por exem-plo, aos torcedores de um determinadotime de futebol, sem saber qual é a prefe-rência esportiva dos demais “viajantes”.

A única certeza que há em relação aoelevador e que não ocupa lugar é a edu-cação. Ao contrário do metrô paulistano,há regras para entrar e sair nos elevado-res. Quem está dentro sempre tem prio-ridade. Da mesma forma que os cavalhei-ros devem ceder a vez para senhoras esenhoritas, tanto para entrar quanto parasair. Também é importante saber que agrande maioria dos elevadores possuicâmeras que têm até resolvido disputasjudiciais e desvendado crimes intrincados.Mesmo estando sozinho, alguém podeestar vendo seu comportamento.

Não estranhe se o passageiro do lado nãoolhar com boa cara se você subiu no térreopara descer no primeiro ou entrou no déci-mo para sair no nono. Além de ocupar des-necessariamente o elevador, consumir ener-gia, demonstra ser um folgado. As escadasexistem para esses curtos trajetos, para umexercício ou para que você leve seus animaisde estimação para um passeio matinal.

Em matéria de cuidado, certifique-se deque o elevador está realmente parado noandar do usuário. Esse risco era maior nopassado, quando as cabines possuíam por-tas pantográficas, sistema criado em 1892.Se um defeito fizer o elevador parar compassageiros entre andares, não entre empânico. Se houver alguém que sofra declaustrofobia, procure acalmar a pessoa en-quanto se chama o zelador pelo interfone.E o que você acha do morador que chamadois ou mais elevadores ao mesmo tempo,forçando o consumo de energia? E que talaquele que segura indevidamente a portaesperando um retardatário chegar? Por fim,saiba que elevador não é local para criançabrincar ou muito menos para descer ou su-bir com excesso de peso.

CORTESIA E SIMPATIA NO ELEVADOR SÃOQUALIDADES QUE NÃO OCUPAM ESPAÇO

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Ano III Número 9 GRAICHE 7

S E R V I Ç O S

N ão há estatísticas que comprovem, mas, tudo indica quea maioria dos brasileiros não lê manual do proprietário,bula de remédio e, muito menos, as etiquetas das rou-

pas, contendo indicações sobre sua conservação e lavagem. Epor não prestarem atenção em certos detalhes dos manuais,podem queimar uma televisão, fundir um motor ou estragaruma cara peça de roupa. Em matéria de vestimenta, é impor-tante saber como ela deve ser cuidada ou lavada e o que dizsua etiqueta. Tanto assim que todas as peças de roupas,fabricadas no Brasil, contêm (ou devem conter), obrigatoria-mente, uma etique-ta permanente,com instruções delavagem, segundo anorma ABNY-NBR8719 e indicação dacomposição do te-cido.

Como o espaçonas etiquetas é pe-queno, as instruçõessão passadas atravésde símbolos. Infeliz-mente, nem sempresão bem compreen-didos ou lidos corre-tamente, podendoacarretar manchas,perdas ou estragosirreparáveis. Exis-tem donas de casaque por se acharemmuito experientes,deixam de seguir asregrinhas básicas.Resultado: podeperder uma carapeça de roupa.

Será que a maioria sabe o que indica o símbolo de uma tinacom água e uma numeração no interior do desenho? Primeiro,que a peça pode ser lavada na máquina. O número indica atemperatura máxima da água. Se na parte de baixo da tina hou-ver um traço, sugere-se o uso de ação mecânica, centrifugaçãoreduzida e enxágüe com resfriamento gradual. Se houver doistraços embaixo, a roupa não pode ser torcida.

Regra geral é que, quanto mais claro for o tecido e quanto

mais fina for sua composição, maiores devem ser os cuidados nalavagem, já que nem sempre se pode usar água quente, certostipos de solventes, colocar as peças lavadas para alvejar ou aindadeixar que a máquina proceda a centrifugação. Normalmente,há 20 símbolos básicos. Dependendo, entretanto, da fabricaçãoe do tipo de roupa, há subdivisões desses símbolos, para que asinstruções sejam bastante precisas.

Outro problema que afeta a lavagem de roupas são manchascomo de café, mofo, amarelados, caneta esferográfica e batom.Cada pessoa tem sua receita própria. O certo, entretanto, é que

nem tudo se resol-ve colocando a peçasuja em uma máqui-na de lavar roupa.Certas manchas, al-gumas até compro-metedoras ou in-convenientes, nãosaem através deuma simples lava-gem. Batom sai fá-cil? As receitas maisusadas são aplicar aescova de dentescom pouquíssimapasta ou detergen-te neutro sobre amancha. Se a man-cha for no rosto, asolução é esfregarmiolo de pão...

Gordura se re-solve com talco dei-xado sobre a man-cha para absorversua oleosidade, de-tergente ou sabãoneutro. Café, dizem,

o jeito é passar gelo imediatamente. Esferográfica se tira comálcool ou esfregando uma mistura de vinagre e leite. Chicletes édos trabalhos mais fáceis: colocar a peça no congelador. Assimque congelar, a goma se desprende facilmente. Ferrugem, apli-car durante certo tempo mistura de sal e limão. Vinho, águamorna imediatamente após a mancha. Sangue, com água oxige-nada desde que aplicada no ato. Lendo as instruções, entenden-do os símbolos, suas roupas durarão muito mais!

ANTES DE LAVAR SUA ROUPA PREFERIDAENTENDA O SIGNIFICADO DAS ETIQUETAS

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8 GRAICHE Ano III Número 9

E N T R E T E N I M E N T O

Aprender teatro,dança, música, artesplásticas, literatura,expressão corporal

em seu próprio condomínio fazem partedo projeto “Arte In Residência”, da pro-dutora de eventos culturais, RenataBertelli, para crianças entre 4 e 12 anos,da cidade de São Paulo. A Graiche, graçasao sucesso dessa experiência, coloca àdisposição de todos os condomínios queadministra a possibilidade de implantaçãodo mesmo projeto. Esses edifícios, com otrabalho oferecido pela Graiche, poderãoter a integração de seus moradores comas artes e ensinar a suas crianças e ado-lescentes os mais variados tipos de repre-sentação artística.

Com uma ou duas aulas por semana,o curso proporciona, no próprio edifícioou casa, o íntimo contato com esses pro-cessos criativos. “Morei em prédio desdepequena e sentia a necessidade de apro-veitar melhor a estrutura que o condomí-nio me proporcio-nava”, afirma Re-nata, que estudouna Casa do Teatro,integrou a Oficinados Menestréis efoi produtora deimportantes gru-pos de São Paulo.

“Hoje, os con-domínios têm todaa infra-estrutura,mas poucos oferecem serviços para utili-zar melhor seus espaços e o tempo dascrianças”, observa Renata. Inicialmente,ela faz a escolha do local do condomínioou casa onde serão realizadas as aulas.Depois, explora as alternativas e formaspara se fazer arte. “A experiência artísticaé fundamental para a formação dos pe-quenos, mas nas escolas o tempo dedica-do às artes é mínimo”, explica Renata.

“Quando produzia companhias, percebique muitas crianças não se inscreviam noscursos e oficinas porque os pais não ti-nham tempo de levá-los até o local”.

Renata conta que seu projeto ob-jetiva, também, propiciar o debate deidéias e troca de infor-mações, levar a refle-xão e percepção do es-paço da criança dentrodo seu ambiente so-cial, trabalhar o imagi-nár io de cr ianças eadolescentes, prepará-los para uma possívelnova atividade profissi-onal e, de forma muitoespec ia l , promover técn icas quedesbloqueiam qualquer manifestaçãode inibição.

“Desde o princípio dos cursos, com-prei figurinos e fiz pesquisas para identifi-car os horários e assuntos de interessesdas crianças, para associar o conteúdo que

elas estudam na es-cola com o teor dasaulas”, diz Renata.O trabalho é dinâ-mico e induz osalunos à pesquisa eà imaginação dascenas, estimulandoa criatividade e se-gurança na comu-nicação. “As crian-ças não faltam às

aulas, demonstram grande interesse esempre trazem diferentes elementospara os nossos encontros”.

Como, cada vez mais, aparecem novi-dades no setor imobiliário, esses verdadei-ros condomínios-clubes permitem o usode seus espaços para atividades culturais.O projeto Arte In Residência pretende,desse modo, oferecer aos pais e filhosmeios para evitar o complicadíssimo trân-

sito paulistano, cortar despesas com es-tacionamento, combustível e o uso do pró-prio veículo, proporcionar tranqüilidadeaos adultos em saber que seus filhos es-tão seguros dentro do condomínio oucasa, facilitar o dia-a-dia da família e evitar

a emissão de poluentesque contribuem para oefeito estufa.

Como lembra Re-nata, “no nosso traba-lho, queremos, deuma forma indireta,va lor izar o teatrocomo experiência so-cial viável, permitir aformação cultural de

nossas crianças e adolescentes na con-quista plena da cidadania e usar a artecomo papel catalisador no processo,formando cidadãos mais preparadospara desempenhar qualquer tipo deatividade”.

Segundo Renata “tudo isso é possíveljá que, durante o processo de criação deuma peça, procuramos aproximar as cri-anças da literatura, dos mitos, dos escri-tores, dos compositores, dos poetas edos pensadores. Poucas pessoas sabemque a formação teatral e artística de cri-anças e jovens pode ser iniciada à partirde 04 anos de idade”.

Os professores de atividades dramá-ticas do Arte In Residência utilizam to-das as habilidades pedagógicas e as téc-nicas de teatro, de acordo com a faixaetária dos alunos e de suas capacidades.O ambiente pode ser um espaço livreem qualquer dependência do condomí-nio ou casa que estimule os alunos a de-senvolver ação e movimento. Outro fatomuito criativo é o uso de trabalhos ma-nuais na produção de cenários e obje-tos cênicos, fazendo com que os pró-prios alunos confeccionem suas peçascom materiais recicláveis.

CURSO DE TEATRO E ARTES PARA CRIANÇASEM SEU CONDOMÍNIO/RESIDÊNCIA

Renata Bertelli

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Ano III Número 9 GRAICHE 9

T E C N O L O G I A

Comprar pela primeira vez atravésda internet provoca um medonatural em quem não está acos-

tumado a esse tipo de comércio e à fren-te do desconhecido. Afinal de contas,essa operação envolve dados pessoaiscontidos no cartão de crédito e dinhei-ro. Para que esse receio desapareça bas-ta que o interessado tome determina-das precauções, para entrar no mundodo comércio eletrônico. Como a pri-meira vez nunca se esquece, é bom es-tar bem informado sobre onde, como,quando, de quem e o que comprar, paraque essa experiência não seja frustran-te. Com certeza a internet oferece mi-lhões de possibilidades que nenhumoutro tipo de compra proporciona.

A internet permite fazer-se uma am-pla pesquisa de preços, de tipos e dequalidade dos produtos desejados, exa-minando os mínimos detalhes até tomaruma decisão. Não existe nada mais de-sagradável do que se comprar um pro-duto aqui e descobrir-se que logo maisadiante a mesma mercadoria custa me-tade do valor pago.

Até que o novo comprador se torneum “expert”, deve negociar com portaisconhecidos, como são Submarino, Ame-ricanas, Casas Bahia, Lojas Mariza,Shoptime, Comprafacil.com, LivrariasCuritiba, Livrarias Saraiva, Polishop, FastShop, Jocar e as chamadas vitrines decomparação de preços como Buscapé eJacotei. São lojas com endereço fixo paravisitação e com telefone de contato. Háalguns serviços de proteção, além do Có-digo Brasileiro de Defesa do Consumi-dor: a UOL oferece o “pagseguro” quesó libera o seu dinheiro após recebimen-

to da mercadoria e deque a mesma está emordem. Outro é o Ins-tituto Brasileiro deProteção e Defe-sa do Consumi-dor em Internet(IBCI) que se ofe-rece para prote-ger o consumidore, quando necessá-rio, mediar conflitoentre o interessado eas empresas virtuais(www.ibci.org.br) telefo-ne (881-6566).

Veja, a seguir, algumasregras básicas para sua comprapela internet: saber onde está com-prando e de quem. Na dúvida, abra suapágina na google e digite a expressão“reclamações loja XYZ”. Normalmen-te, todos os sites de loja têm opiniãosobre a satisfação do comprador, o queservirá de boa orientação. Cuidado, en-tretanto, quando comprar diretamen-te de usuários, no chamado mercadolivre, uma vez que neste caso não hágarantias. Na compra, verifique se háum cadeado no seu navegador deinternet que é uma garantia de segu-rança dos seus dados. E outra regra im-portante: jamais digite senha de seu car-tão bancário ou de crédito.

Os hackers, piratas da internet, es-tão mais atentos do que todo mundo.Porém, como sabem que o sistema delojas é muito seguro, preferem atuar deoutra forma, enviando e-mails falsos,com ofertas sensacionais, premiações oupedido de confirmação de compras que

você não fez. Isso é mais ou me-nos como a história do bilhete

premiado. As lojas não caemnos contos dos piratas poispossuem mecanismos de in-vestigação para detectarcompras não autorizadas oufeitas com cartões roubados.

Para você que está estre-ando nas compras feitas pela

internet é importante saber queelas também oferecem notas fiscais quesão prova para eventual reclamação.Diante da insatisfação relativa ao pro-duto adquirido, o comprador tem setedias para cancelar a negociação, fican-do a loja obrigada a devolver os valo-res pagos corrigidos monetariamente,conforme reza o Código de Defesa doConsumidor.

Outra informação importante paraquem vai começar a usar a internet ésaber que senhas complicadas nemsempre evitam roubos, chamados de“phishing” (o espião envia um e-mailpedindo, por exemplo, atualização dedados) ou “keylogging” (é um softwareoculto que registra teclas digitadas atra-vés de um espião digital). No Brasil, se-gundo dados mais recentes, há 45 mi-lhões de internautas, que passam emmédia 40 horas mensais acessando aweb. Para você que está fazendo suasprimeiras compras na internet, cuida-do e boa sorte!

CUIDADOS ESATISFAÇÃO PARAFAZER COMPRASPELA INTERNET

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A forma curiosa como a fisioterapeu-ta Luciana Masson descreve suaprofissão reflete, na realidade, as

fortes emoções que envolvem seu dia adia “pois somos uma espécie de MacGyver”. Não que ela use no seu trabalhoo canivete suíço do famoso seriado ame-ricano. “Precisamos usar todas as armasdisponíveis e, com criatividade, aplicarnossos conhecimentos científicos, paraajudar as complicadas conseqüências detraumas e/ou lesões dos pacientes”, res-salta Luciana Masson. “As soluções queoferecemos têm como objetivo maior arecuperação dos movimentos funcionais,visando a reinserção bio-psico-social dopaciente a seu meio”.

Luciana sempre foi determinada comopessoa e como profissional. Desde cedo,antes mesmo de fazer o curso de fisiotera-pia, na UNISANTA, em Santos, sabia per-feitamente o que pretendia alcançar pro-fissionalmente. Essa determinação e otimis-mo, herdados de seu avô Sebastião, leva-ram-na a dividir seu escasso tempo de 12horas por dia entre a AACD-Associaçãode Assistência à Criança Deficiente e oHospital Sírio Libanês. ‘É uma profissãocheia de complexidades como complexoé o entendimento global do ser humano,sua anatomia, sua fisiologia, seu cérebro,quando buscamos a recuperação funcio-nal como conseqüência de traumas ou le-sões”.

As ações preventivas, no seu entender,têm o maior e mais fundamental papel navida do indivíduo, do início à fase final dareabilitação. “Para mim, prevenção signi-

fica eliminar riscos de acidentes, tanto nasruas do perigoso trânsito de São Paulo,como em casa, onde fatores extrínsicoscomo tapetes, móveis baixos, má ilumi-nação são alguns dos grandes inimigos,especialmente de pessoas de idade”.

Os “jovens da terceira idade”, se qui-serem parar de trabalhar depois de apo-sentados, não devem abandonar os exer-cícios físicos e mentais. “Não parar nun-ca, ler bastante, manter-se atualizado,conservar amizades, tudo aquilo que sem-pre foi alvo de sua motivação, inclusive aatividade sexual. Aposentar-se”, senten-cia Luciana, “não significa parar de traba-lhar e sim adotar um ritmo mais apropria-do à idade”.

Descrevendo seu trabalho, Luciana falasobre a Fisioterapia Neurológica que es-tuda e trata distúrbios que envolvem fun-ções motoras resultantes de acidentesvasculares encefálicos, por exemplo. Cabea fisioterapia recuperar funções comocoordenação motora, força muscular eequilíbrio, intervir nas alterações dos sis-temas diversos e dessa forma atuar noreaprendizado motor. Outra parte da fisio-terapia lida com seqüelas decorrentes detraumatismos diversos, cujo tratamentoprocura aumentar a capacidade de movi-mento e de circulação, diminuir dores etraumas musculares.

Como fisioterapeuta também lida compacientes resultantes de preconceitos, deestresse e até de ignorância. Seu maiortrabalho é com pessoas que sofrem lesõesneurológicas, provocadas por algum tipode acidente – de trânsito e de AVE – Aci-

dente Vascular Encefálico que pode serclassificado como isquêmico (oclusão deum vaso sangüíneo que interrompe o flu-xo de sangue a uma região específica doencéfalo) ou hemorrágico, (complicadopelo aumento da pressão intracraniana).

“No trabalho me deparo com as maisvariadas histórias. Não são apenas as bati-das de carro ou de moto que provocamestragos. Por exemplo, o caso de umapaciente, que teve um acidente vascularencefálico seríssimo, ocasionado pelo fimde um relacionamento amoroso. Ela ficoucom comprometimento motor nos doislados do corpo e durante muito temponão conseguia falar, andar e até se engas-gava com a própria saliva, porém com seucognitivo, ou seja seu entendimento e in-teligência totalmente preservados”.

Por fim diz Luciana: “Consideramos umpaciente reabilitado na medida em que elese recupera parcial ou totalmente conse-guindo retornar à sua função social de ori-gem, próximo do desempenho anterior aoacidente ou doença, ou até mesmo estarmotivado a iniciar uma nova atividade quetraga satisfação. No caso da minha pacien-te vítima do amor, depois de muito tempo,ela superou a rejeição. Coincidentemente,ela foi visitada ainda no hospital por umaantiga paixão que desprezara no passado.Final da história, ele a aceitou, com todasas limitações que o AVE provocara e ter-minaram se casando. A capacidade deaprender ou reaprender é eterna e, paraela, o grande segredo é amar a vida e todasas oportunidades que ela nos dá!”, concluia fisioterapeuta Luciana Masson.

S A Ú D E

OS FISIOTERAPEUTASSÃO OS

“MAC GYVERS”DA PROFISSÃO

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Ano III Número 9 GRAICHE 11

Antigamente falar-se em vinho de São Roque e região era falar-se de um vinho muito doce, licoroso ede paladar duvidoso. Eram vinhos de mesa, feitos com uvas comuns, como as do tipo Isabel e Niagara.Vinhos bons eram os da Serra Gaúcha. Demorou muitos anos para que essa imagem fosse substituída por

uma outra, conseqüência do plantio de varietais européias, como Merlot e Syrah em nosso Estado. Como dizem osenólogos, com uma uva comum é difícil fazer bons vinhos, se bem que quem não sabe, consegue até fazer um vinho

ruim com varietais (é a VITIS VINIFERA, espécie botânica de uvas destinadas à produção de vinhos de qualidade,com milhares de variedades. Na prática, são utilizadas cerca de cinqüenta).

As primeiras plantações bem sucedidas estão localizadas nas regiões de Louveira e Vinhedo. Os ensaios pioneiros,iniciados em 2006, foram com varietais do tipo syrah, cabernet sauvignon, merlot e sauvignon blanc. Para evitar a ação das

chuvas que “roubam” o teor de açúcar das uvas, os produtores adotaram o manejo para que a colheita ocorra no inverno(julho a setembro). É da fermentação de uvas com alto grau de açúcar que se obtém o teor alcoólico necessário à conservaçãodo vinho. Enquanto as uvas de mesa não alcançam mais que 14 graus (brix) de açúcar, as varietais, colhidas no inverno, podemchegar a 22. Teriam mais açúcar no verão, mas, as chuvas atrapalham.

A Faculdade de Engenharia Agrícola da UNICAMP dá cursos mensais de tecnologia em vitivinicultura, com destaque para avinificação de varietais finas. Como a presença de boas uvas na região é novidade, os produtores inclusive pretendem tirarproveito desse plantio investindo no turismo rural, abrindo a produção vinícola de seus sítios para visitas, degustação e venda deseus vinhos finos.

As autoridades aeronáuticas brasileiras, pilotos e ex-comandantes, de umaforma geral, concordam que acidentes aéreos, como os registrados no Brasil,

apesar de trágicos, permitem o aprimoramento de experiências e conhecimen-tos, para tornarem a aviação cada vez mais segura. Entendem, igualmente, que

todos os acidentes envolvendo meios de transporte e, em especial, os aéreos,poderiam ser evitados através de condutas preventivas, como observa o especialista em

aviação, piloto, ex-coordenador do curso de Aviação Civil da Universidade Anhembi Morumbi, Jorge Barros. Um raio nãoderruba avião, nem dois, mas uma sucessão de raios em combinação com chuva e granizo afeta o vôo de uma aeronave. OAirbus da Air France pode ter entrado em uma formação meteorológica muito superior ao que se pode chamar de “mau tem-po’”, provocando uma sucessão de panes.

Especialistas do setor aéreo e membros do sindicato de classe, quando de acidentes como o do Airbus, têm alertado sobre agrande pressão que os comandantes continuam sofrendo das empresas aéreas para o cumprimento de horários, rotas e econo-mia de combustíveis. No Brasil, muitos pilotos sofrem com a falta de autonomia para fazer desvios em sua rota, mesmo quandohá alguma situação de insegurança à frente, tudo para não aumentar consumo.

“A pontualidade é inimiga da segurança. É uma visão dura, mas que reflete a verdade”, diz o Brigadeiro José Carlos Pereira,ex-presidente da Infraero. De uma forma geral, a busca incessante da pontualidade e não quebra das conexões conduzem aaviação mundial a um sério problema. Os comandantes são pressionados a abrir mão de algumas normas de segurança, destasque não vão derrubar a aeronave, mas que podem complicar o vôo. Ele ressalta que muitos aeronautas aceitam determinadassituações com receio de perder o emprego ou de ser transferido para rotas piores. O gasto excedente de combustível volta emeia é motivo de tensão para pilotos.

Outro ponto conflituoso, entre a companhia e o piloto – excetuadas as questões de horário e economia de combustível - é oexcesso de carga horária de trabalho freqüentemente questionado pela classe. Para o sindicato, é fundamental que os usuários dotransporte aéreo tomem parte dessas discussões, opinem e participem desses problemas. Lutar pela garantia dos direitostrabalhistas dos profissionais do vôo e a segurança do transporte aéreo é um papel de todos, já que boa parte da populaçãoutiliza esse meio de transporte.

SÃO PAULO JÁ PRODUZ VINHOS FEITOS COM UVAS VARIETAIS

PORQUE AS GRANDES AERONAVES SÃOOBRIGADAS A ENFRENTAR TEMPESTADES

C U R I O S I D A D E S

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