Download - Tabanídeos (Padronizado)
Tabandeos
Srgio Miranda Sanjuan Ganem
Tabandeos
Guia didtico e simplificado para entender a Entomologia Mdica
1 - ClassificaoCARACTERSTICAS GERAIS
Popularmente conhecidos como mutucas, botucas ou moscas dos cavalos; So cosmopolitas; So mais facilmente encontrados em ambientes prximos de rios, lagos, crregos e mangues; Colorao varia do castanho-cinza ao preto escuro (detalhes em amarelo); Sua origem data do Mesozico, (+ 180 M. a.); Diversificaram-se juntamente com os mamferos, seus hospedeiros primitivos; So dpteros robustos e os adultos variam de 5 a 25 mm;
Tabandeos
Guia didtico e simplificado para entender a Entomologia Mdica
1 - ClassificaoTAXONOMIA
Tabandeos
Guia didtico e simplificado para entender a Entomologia Mdica
1 - Classificao
Tabandeos
Guia didtico e simplificado para entender a Entomologia Mdica
1 - Classificao
Os machos so holpticos e florculas, enquanto que as fmeas so dicpticas, alimentando-se de nctar e sangue;
Macho florcula
Fmea realizando a hematofagia
Tabandeos
Guia didtico e simplificado para entender a Entomologia Mdica
2- Morfologia
Os tabandeos possuem a cabea mais larga que o trax; Aparelho bucal do tipo picador-sugador; Antenas relativamente longas e empdio pulviliforme.
Empdio pulviliforme
Tabandeos
Guia didtico e simplificado para entender a Entomologia Mdica
OVOS A oviposio ocorre em ambientes aquticos ou semiaquticos. Aps cerca de 2 a 3 dias, ocorre a ecloso das larvas de 1 nstar.
Tabanus atratus realizando postura
Os ovos so depositados sob a forma de massa em plantas ou em terra lamacenta.Massa de ovos de Tabanus sp.
Tabandeos
Guia didtico e simplificado para entender a Entomologia Mdica
LARVAS O estgio larval da maioria das espcies ocorre em condies lamacentas. O tempo de desenvolvimento larval pode variar de quase um ano at mais de dois anos, apresentando at mais de 10 nstares larvais.
As larvas de poucas espcies vivem em solos mais secos e outras em madeira em decomposio.
Quando totalmente desenvolvidas, as larvas geralmente para So carnvoras, deslocam-se mais alimentando-se de ambientes secos para empupar. pequenos invertebrados terrestres. Canibalismo
Tabandeos
Guia didtico e simplificado para entender a Entomologia Mdica
PUPAS
As pupas so do tipo obtecta, variando de 10 a 30mm, de acordo com a espcie. O estgio pupal varia de 1 a 3 semanas, dependendo da espcie e da temperatura.
Tabandeos
Guia didtico e simplificado para entender a Entomologia Mdica
ADULTOS
Os adultos vivem cerca de 2 meses, completando apenas cerca de 2 ciclos gonotrficos. A cpula ocorre logo aps a emergncia e as fmeas ovipem aps o repasto sangneo, podendo ovipor de 100 a 1000 ovos por repasto.
Tabandeos
Guia didtico e simplificado para entender a Entomologia Mdica
ADULTOS
Quando atingem o repasto completo, voltam a se alimentar num intervalo 6 a 10 dias aps a oviposio (Rafael & Charlwood, 1980).
A manuteno anual das populaes requer a oviposio bem sucedida de apenas 2% das espcies. Mais ativos nos dias quentes, ensolarados, sem ventos e com baixa umidade relativa.
Tabandeos
Guia didtico e simplificado para entender a Entomologia Mdica
Ciclo de Vida
Tabandeos
Guia didtico e simplificado para entender a Entomologia Mdica
A armadilha Malaise um dos melhores mtodos para a coleta de tabandeos, porm, armadilhas pequenas e leves como as utilizadas no PROFAUPAR diminuem a eficincia da coleta, armadilhas maiores, como as descritas por Gressit & Gressit (1962) so mais eficientes para a coleta de tabandeos. Frana (1975), utilizando isca viva, coletou espcies de 12 gneros, em localidades situadas no litoral e no primeiro planalto paranaense. A malaise intercepta o vo de insetos, formando uma barreira pouco visvel para eles, feita de fil e com a qual os insetos colidem e so capturados em um recipiente situado no topo da armadilha.
Tabandeos
Guia didtico e simplificado para entender a Entomologia Mdica
Tabandeos
Guia didtico e simplificado para entender a Entomologia Mdica
Os tabandeos possuem importncia mdico-veterinria, devido hematofagia realizada pelas fmeas, que ocasiona a espoliao sangunea e transmisso de agentes patgenos. A ferida aberta pela picada permite a invaso bacteriana e o surgimento de miases (de Bassi et al.,2000).
Doenas transmitidas por tabandeos: Antraz Tularemia Anaplasmose Febre q Tripanossomases Filarioses Anemia infecciosa eqina (EIA) Leucemia bovina Estomatite vesicular Encefalite e peste suna
Organismos transmitidos por tabandeos: Bactrias Vrus Rickettsia Protozorios Vermes filariidesCavalos com anemia infecciosa eqina
Cavalo debilitado por EIA
Tabandeos
Guia didtico e simplificado para entender a Entomologia Mdica
As fmeas das espcies hematfagas obtm sua fonte protica principalmente de mamferos: eqinos, sunos, bovinos, antas, bicho-preguia e o homem. Outros hospedeiros no-mamferos: crocodilos, cobras, lagartos, tartarugas, patos domsticos.
H relatos na literatura pela preferncia de animais com pelagem escura e quando estes apresentam pelagem mista, os tabandeos concentram-se nas manchas escuras(de Bassi et al., 2000).
Tabandeos
Guia didtico e simplificado para entender a Entomologia Mdica
Em cavalos, existe preferncia por certas reas do corpo dos cavalos durante a alimentao. Cabea: Chrysops e Diachlorus. Patas: Dichelacera, Tabanus, Poeciloderas e Stenotabanus. Ventre: Fidena, Tabanus e Poeciloderas (de Bassi et al., 2000).
Tabandeos
Guia didtico e simplificado para entender a Entomologia Mdica
Caractersticas dos tabandeos que auxiliam a transmisso de patgenos: Anautogenia: as fmeas necessitam de um repasto sangneo para a maturao dos ovcitos.
Telmofagia: os tabandeos cortam a pele e se alimentam do sangue extravasado. Microorganismos dos tecidos superficiais da pele podem ser ingeridos pelas moscas.
Grande ingesto de sangue.
Tempo longo de ingurgitamento: 20 minutos a 1h30 minutos. Interrupo da alimentao devido picada dolorosa: procura por outro hospedeiro para terminar o repasto sangneo transmisso de patgenos entre hospedeiros.
Tabandeos
Guia didtico e simplificado para entender a Entomologia Mdica
Estgio de ovoCerca de 74% dos ovos postos por Tabanus importunus podem ser destrudos por pequenos insetos heminpteros. Segundo os autores este mtodo de controle insuficiente, porm no desprezvel no controle da populao de tabandeos. A aplicao de inseticidas para o controle dos tabandeos tambm significa a destruio destes pequenos insetos heminpteros.
Estgio larvalExistem vrios inimigos naturais dos tabandeos entre eles esto fungos, nematides, algumas moscas e pssaros, porm at o momento no tem sido possvel avaliar o seu controle.
Estgio adultoExistem dois tipos de predadores dos tabandeos: as vespas e os pssaros insetvoros.
Tabandeos
Guia didtico e simplificado para entender a Entomologia Mdica
Barros, A.T. 2001. Seasonality and Relative Abundance of Tabanidae (Diptera) captured on horses in the Pantanal, Brazil. Memrias do Instituto Oswaldo Cruz 96(7): 917-923. Barros, A.T., Foil, L.D. 2007. The influence of distance on movement of tabanids (Diptera: Tabanidae) between horses. Veterinary Parasitology 144: 380-384. Barros, A.T., Foil, L.D. & Vazquez, S.A.S. 2003. Mutucas (Diptera: Tabanidae) do Pantanal: abundncia relativa e sazonalidade na subregio da Nhecolndia. Boletim de Desenvolvimento e Pesquisa Embrapa , 48. Coscarn, S., Mancebo, O. & Coscarn-Arias, C. 1999. Description of male, larva and pupa of Stibasoma theotaenia (Wiedemann) (DipteraTabanidae). Memrias do Instituto Oswaldo Cruz 94(5): 619-623. Coscarn, S. & Papavero, N. 1993. Na Illustrated manual for identification of the Neotropical genera and subgenera of Tabanidae (Diptera). Coleo Emile Snethlage, Museu Paraense Emlio Goeldi. Belm. 150p. De Bassi, R.M., Cunha, M.C.I. & Coscarn, S. 2000. Estudo do comportamento de tabandeos (Diptera, Tabanidae) do Brasil. Acta Biol.Par.(29): 101-115.
Tabandeos
Guia didtico e simplificado para entender a Entomologia Mdica
Fairchild, G.B. 1969. Climate and the Phylogeny and Distribution of Tabanidae. Bulletin of the Entomological Society America (15): 07-11. Fairchild, G.B. & Burger, J.F. 1994. S Catalog of the Tabanidae (Diptera) of the Americas South of the United States. Memoirs of the American Entomological Institute 55: 1-244. Ferreira, R.L., Henriques, A.L. & Rafael, J.A. 2002. Activity of Tabanids (Insecta: Diptera: Tabanidae) attacking the reptiles Caiman crocodilus (Linn.)(Alligatoridae) and Eunectes murinus (Linn.)(Boidae), in the Central Amazom, Brazil. Memrias do Instituto Oswaldo Cruz 97(1): 133-136. Limeira-De-Oliveira, F. 2003. Taxonomia de adultos de mutucas (Diptera: Tabanidae) do Estado do Maranho, Brasil. Manaus, Tese (Doutorado em Cincias: Entomologia): Instituto de Pesquisas da Amaznia (INPA), Universidade Federal do Amazonas. Limeira-De-Oliveira, F & Rafael, J.A. 2005. Tabanidae (Diptera) from the state of Maranho, Brazil. I Description of Stibasoma (Stibasoma) bella n.sp. Braz. J. Biol. 65(4): 639-642.
Tabandeos
Guia didtico e simplificado para entender a Entomologia Mdica
Pechuman, L.L.& Teskey, H.J. 1981. Tabanidae. pp 463-478. In: Manual of Neartic Diptera. Vol.1. McAlpine, J.F., Peterson, B.V., Shewell, G.E., Teskey, H.J., Vocheroth, J.R. & Wood, D.M. eds. Agricultural Canada, Ottawa, 664p. Pechuman, L.L., Webb, D.W. & Teskey, H.J. 1983. The Diptera, or true flies of Illinois I. Tabanidae. Illinois Natural History Surevy Bulletin 33(1): 1-122. Rafael, J.A. & Charlwood, J.P. 1980. Idade fisiolgica, variao sazonal e periodicidade diurna de quatro populaes de Tabanidae (Diptera) no Campus Universitrio, Manaus, Brasil. Acta Amazonica, 10(4): 907927. Rafael, J.A. & Ferreira, R.L. 2004. Reviso do gnero Neotropical Myiotabanus (Diptera, Tabanidae) com descrio de uma espcie nova. Revista Brasileira Zoologia 21(2): 325-331. Trojan, P. 1994. Supraspecific taxa of Tabaninae (Diptera: Tabanidae). Annals of the Upper Silesian Museum Entomology, 5:53-67.
Yeates, D.K. & Wiegmann, B.M. 1999. Congruence and controversy: toward a higher-level phylogeny of Diptera. Annual Review of Entomology 44: 397-428.
Tabandeos
Guia didtico e simplificado para entender a Entomologia Mdica
http://animaldiversity.ummz.umich.edu/site/accounts/classification/Taba nidae.html#Tabanidae Animal diversity web http://hbs.bishopmuseum.org/aocat/tabanidae.html Australian/Oceanian Diptera Catalog http://www.entomology.wisc.edu/irc/diptera/tabanida.html - Catlogo da coleo entomolgica da Universidade de Wisconsin, EUA. http://www.zmuc.dk/EntoWeb/collectionsdatabaser/Diptera/Tabanidae%20all.htm Material depositado e tipos da Coleo de Diptera do Museu de Zoologia da Universidade de Copenhagen - ZMUC http://www.calacademy.org/research/entomology/types/insecta/diptera/tabanid .htm Lista de tipos depositados na coleo da academia de Cincia da Califrnia - CAS http://www.museums.org.za/bio/insects/flies/tabanidae/index.htm - Insects of Southern Africa http://tolweb.org/tree/ - Tree of life
Tabandeos
Guia didtico e simplificado para entender a Entomologia Mdica
http://www.inbio.ac.cr/bims/k02/p05/c029/o0121/f00712.htm - Lista de Espcies da Costa Rica, Programa InBIO http://www.hear.org/images/organisms/hawaii/arthropods/gensp_c.htm Artrpodes do Hawaii http://medent.usyd.edu.au/fact/biting%20flies.htm Biting flies http://hbs.bishopmuseum.org/fossilcat/fosstabanidae.html - Fsseis de Tabanidae http://insektenfotos.de/insects_diptera.htm - Amateur Insektenfotos von Juergen Peters http://www.inhs.uiuc.edu/research/FLYTREE/ - Flytree http://www.ento.csiro.au/aicn/system/_diptera.htm - CSIRO Comonwealth Scientific and Industrial Research Organization http://www.sel.barc.usda.gov/Diptera/flies.htm - The Diptera Site
Tabandeos
Guia didtico e simplificado para entender a Entomologia Mdica
http://bugguide.net/node/view/117/bgpage - BugGuide http://www.ru.ac.za/academic/departments/zooento/Martin/tabanidae.htm l - Check list of South African Horseflies http://www.insecte.org/spip.php?article41 - Le monde des insectes http://www.entomology.narod.ru/archiv_exhibition/picture/2002_zbs.htm http://www.dpughphoto.com/flies.htm http://edis.ifas.ufl.edu/IN595 http://www.bioimages.org.uk/HTML/T2623.HTM http://www.diptera.info/photogallery.php?album_id=50&rowstart=0