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Artigo submetido ao Curso de Engenharia Civil da UNESC como requisito parcial para obtenção do Título de Engenheiro Civil __________________________________________________________________________________________ 1 Curvas de dosagem para argamassas com e sem cal para assentamento e revestimento Bruno Rodrigues dos Santos (1), Elaine Guglielmi Pavei Antunes (2). UNESC Universidade do Extremo Sul Catarinense (1) [email protected], (2) [email protected]. Resumo: As argamassas são focos de muitos estudos com o intuito de melhorar suas propriedades, seja com adição de fibras ou uso de aditivos. Um empecilho no estudo de argamassas, é a abertura que a norma brasileira deixa, pois não sugere traços, apenas a consistência que o material deve ter para o revestimento e assentamento. A presente pesquisa teve como propósito, apresentar Curvas de Dosagem para argamassas convencionais, sendo que, todas as curvas atenderam o índice de consistência preconizado pela NBR 16541:2016. O trabalho consistiu em achar a consistência para cada um dos 12 traços executados, e posterior moldagem e testes nos corpos de prova para os ensaios de compressão axial de corpos de prova prismáticos e cilíndricos, tração na flexão e módulo de elasticidade. Como última etapa, foram disponibilizados gráficos ao qual são ilustradas em curvas, demonstram a tendência de variação de cada material. Logo, foi possível elaborar um modelo consistente para uso como base na pesquisa de traços, e como consequência, determinar as propriedades mecânicas estudadas nesse artigo. Palavras-chave: Estudo de traço; Argamassa convencional; Consistência Dosing curves for mortars with and without lime for rendering and bedding Abstract: Mortars are the main focus of many studies in order to enhance their properties, either with addition of fibers or use of additives. An obstacle in the study of mortars, is the gap that the Brazilian regulation leaves, as it does not suggest traces, only the consistence that the material must have for the lining and laying. The present research aims to present Dosing Curves for conventional mortars, and all brands are in the consistence index recommended by NBR 16541: 2016. The work consists of finding the consistence for each of the 12 traces executed, and later molding and testing of the specimens for the axial compression experiments of prismatic and cylindrical specimens, flexural traction and modulus of elasticity. As a last step, graphs were provided which illustrated in curves, demonstrate the trend of variation of each material. Therefore, it was possible to elaborate a consistent model for use as a basis for tracer research, and as a consequence, to determine the mechanical properties studied in this researcher. Key-words: Trace study; Conventional mortar; Consistence

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Artigo submetido ao Curso de Engenharia Civil da UNESC

como requisito parcial para obtenção do Título de

Engenheiro Civil

__________________________________________________________________________________________

1

Curvas de dosagem para argamassas com e sem cal para

assentamento e revestimento

Bruno Rodrigues dos Santos (1), Elaine Guglielmi Pavei Antunes (2).

UNESC – Universidade do Extremo Sul Catarinense

(1) [email protected], (2) [email protected].

Resumo: As argamassas são focos de muitos estudos com o intuito de melhorar suas

propriedades, seja com adição de fibras ou uso de aditivos. Um empecilho no estudo de

argamassas, é a abertura que a norma brasileira deixa, pois não sugere traços, apenas a

consistência que o material deve ter para o revestimento e assentamento. A presente pesquisa

teve como propósito, apresentar Curvas de Dosagem para argamassas convencionais, sendo

que, todas as curvas atenderam o índice de consistência preconizado pela NBR 16541:2016. O

trabalho consistiu em achar a consistência para cada um dos 12 traços executados, e posterior

moldagem e testes nos corpos de prova para os ensaios de compressão axial de corpos de prova

prismáticos e cilíndricos, tração na flexão e módulo de elasticidade. Como última etapa, foram

disponibilizados gráficos ao qual são ilustradas em curvas, demonstram a tendência de variação

de cada material. Logo, foi possível elaborar um modelo consistente para uso como base na

pesquisa de traços, e como consequência, determinar as propriedades mecânicas estudadas

nesse artigo.

Palavras-chave: Estudo de traço; Argamassa convencional; Consistência

Dosing curves for mortars with and without lime for rendering and bedding

Abstract: Mortars are the main focus of many studies in order to enhance their properties,

either with addition of fibers or use of additives. An obstacle in the study of mortars, is the gap

that the Brazilian regulation leaves, as it does not suggest traces, only the consistence that the

material must have for the lining and laying. The present research aims to present Dosing

Curves for conventional mortars, and all brands are in the consistence index recommended by

NBR 16541: 2016. The work consists of finding the consistence for each of the 12 traces

executed, and later molding and testing of the specimens for the axial compression experiments

of prismatic and cylindrical specimens, flexural traction and modulus of elasticity. As a last

step, graphs were provided which illustrated in curves, demonstrate the trend of variation of

each material. Therefore, it was possible to elaborate a consistent model for use as a basis for

tracer research, and as a consequence, to determine the mechanical properties studied in this

researcher.

Key-words: Trace study; Conventional mortar; Consistence

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Introdução

As argamassas podem ter diversas utilizações, no entanto, seu principal uso na

construção civil tradicional consiste em revestimento de paredes e assentamento de blocos. De

acordo com a NBR 13281:2005, a argamassa é uma mistura homogênea contendo um ou mais

aglomerante, agregado miúdo e água, fornecendo propriedades de aderência e endurecimento,

podendo não conter aditivos ou adições.

Em conformidade com Sousa (2010), as argamassas tratam-se de um material que deve

unir os componentes para criar um monolítico e carece de algumas funções, tais como: proteger

a alvenaria de agentes externos, auxiliar nos esforços laterais, distribuir as cargas das paredes

para os blocos, absorver as deformações da alvenaria, proporcionar estanqueidade, conforto

térmico e acústico, além da aderência que é associada a trabalhabilidade. A argamassa de

revestimento, tem função primordial na durabilidade das edificações. A NBR 15575-1:2013

especifica para vedação vertical externa de uma edificação deve resistir no mínimo 40 anos e,

50 anos se tiver função estrutural, em vista disso, é essencial que a argamassa de revestimento

proporcione a proteção adequada a esse sistema. Segundo Pereira Junior (2010), a função de

proteção dos revestimentos é diretamente associada a durabilidade dos elementos estruturais e

de vedação, pois evita a ação direta de agentes agressivos, como por exemplo, a umidade.

O estudo de traço se faz imprescindível devido a necessidade de conhecer as

características mecânicas da argamassa a ser utilizada e as proporções de água-ligante,

agregado-ligante e água-agregado para obter as melhores combinações. De acordo com Garijo

et al. (2018), altas taxas de água-ligante, diminuem as características mecânicas e aumentam a

porosidade da argamassa, o que ocasiona no enfraquecimento estrutural e das propriedades

mecânicas. Além do tipo e tamanho do agregado, que quanto menor, resulta em uma

consistência mais baixa e poros menores.

O estudo da dosagem das argamassas se faz importante, tendo em vista, que a proporção

entre os componentes pode alterar as características físico-mecânicas da mesma no estado

fresco e endurecido. A cal, por exemplo, possui uma alta área específica dos grãos, portanto,

normalmente eleva a retenção de água das argamassas (STOLZ; MASUERO, 2018), e por

conseguinte, faz aumentar a quantidade de água de uma mistura. Sendo que a água em uma

mistura é um dos fatores que mais influenciam na resistência a compressão de argamassas.

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Pode-se citar também, a propriedade mecânica Módulo de Elasticidade, como outro exemplo,

de fator intrínseco da proporção dos materiais num traço. Segundo Silva (2006), o Módulo de

Elasticidade representa a rigidez da argamassa no estado endurecido que é proporcionado pelo

cimento hidratado, dependendo da relação água/cimento, da disposição das partículas dos

agregados conforme a forma e rugosidade dos grãos e pelo teor de material pulverulento.

Conforme Sousa e Aquino Filho (2013), a argamassa no estado fresco precisa ter

algumas características, tais como: consistência, plasticidade, coesão, aspereza, capacidade de

retenção de água e adesão. Esses comportamentos estão ligados a trabalhabilidade, que é um

fator importante para argamassas, pois facilita o manuseio da mesma.

Segundo Santos (2014), a consistência em argamassas é uma propriedade de argamassas

no estado fresco que indica a propensão da mesma resistir a deformações. Cardoso (2009), cita

que a falta de água pode prejudicar propriedades da argamassa, como a homogeneização e

mobilidade, possibilitando o surgimento de defeitos no revestimento de paredes. Assim como,

o excesso de água pode causar sedimentação, grandes retrações e alta porosidade após o

endurecimento. O autor ainda fala que a consistência de uma argamassa pode ser determinada

por uma faixa padronizada por um ensaio, como indica a NBR 16541:2016. Formosa et al.

(2011), diz que uma consistência de 190 ± 10mm garante as funcionalidades necessárias para a

argamassa de revestimento, e a EN 1015-3:2007, indica um espalhamento de 175 ± 10mm. A

norma brasileira citada, traz uma sugestão de valor para o índice de consistência de argamassas

260 ± 5 mm, no entanto, há uma dificuldade de encontrar-se traços convencionais que atendam

tal prerrogativa, motivo, pelo qual executa-se o referido estudo.

Santos (2014), diz que a argamassa não dispõe um método de dosagem consensualmente

unânime no meio nacional. Diante do exposto, a presente pesquisa tem como propósito,

apresentar Curvas de Dosagem para argamassas convencionais, sendo que, todas as curvas

atendem o índice de consistência preconizado pela NBR 16541:2016. Para tal, faz-se curvas

que correlacionam o índice de consistência e algumas propriedades mecânicas com os traços

convencionais estudados.

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Material e métodos

A metodologia empregada neste trabalho, foi definida com base em pesquisas

bibliográficas, acerca dos estudos dos componentes das argamassas no estado fresco e

endurecido e, especialmente, em estudos de traços, sendo que, neste âmbito, destaca-se a ASTM

C 270-08 e a EN 998-2:2003 para a definição dos traços pilotos. Posteriormente, fez-se a

caracterização dos componentes e, seguidamente, executou-se os traços. A Figura 1, apresenta

esquematicamente a metodologia adotada neste estudo. Após os 28 dias realizaram-se os

ensaios das verificações das propriedades mecânicas das argamassas no estado endurecido e,

para findar, as análises dos resultados e montagem das curvas de dosagem. A Figura 1 apresenta

o fluxograma da metodologia adotada.

Figura 1: Fluxograma das etapas

Foram utilizados dois aglomerantes na argamassa, o cimento CP II F 32, que segue as

prescrições da NBR 16697:2018, e cal hidráulica classificada como classe HL2. O agregado

miúdo segue as conformidades da NBR 7211:2009, e consiste em uma areia lavada média, seu

módulo de finura é 2,37, possui dimensão máxima característica de 2,4 mm e massa específica

de 2,62 g/cm³. A granulometria do material pode ser visualizada na Tabela 1 e informa a zona

ótima para agregado miúdo segundo a NBR 7211:2009 e os limites estabelecidos pela ASTM

C 144-17. A água empregada foi fornecida pela concessionária local, sendo limpa e isenta de

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produtos nocivos a hidratação do cimento, conforme a NBR 15900-10:2009. A areia foi seca

em estufa e para realização dos ensaios foi adicionada a quantidade de água definida após o

ensaio de Índice de Consistência.

Tabela 1. Granulometria do agregado miúdo

Peneira (mm) Porcentagem, em massa, retida acumulada

Zona Ótima (NBR 7211-2009) Limites ASTM C 144-17 Areia utilizada

9,5 0 0 0

6,3 0 0 0

4,75 0-5 0 0

2,36 10-20 0-5 0

1,18 20-30 0-30 8

0,6 30-55 25-60 57

0,3 65-85 65-90 77

0,15 90-95 85-98 95

Após análise dos traços recomendados pela ASTM C 270-08 e EN 998-2:2003, foram

definidos os traços que seriam utilizados para servir como parâmetro para as curvas de dosagem

das argamassas convencionais. A adição de água foi estabelecida seguindo as recomendações

da NBR 16541:2016, onde a consistência ideal indicada é de 260 ± 5 mm.

Foram executados 12 traços, sendo que, o traço unitário de cada um pode ser visualizado

na Tabela 2.

Tabela 2. Traços em massa

Traço Cimento (kg) Cal (kg) Areia (kg)

0C-3A 1 - 3

0C-4A 1 - 4

0C-5A 1 - 5

0,25C-3A 1 0,25 3

0,25C-4A 1 0,25 4

0,25C-5A 1 0,25 5

0,50C-3A 1 0,5 3

0,50C-4A 1 0,5 4

0,50C-5A 1 0,5 5

1C-3A 1 1 3

1C-4A 1 1 4

1C-5A 1 1 5

Os parâmetros iniciais para escolha dos traços foram baseados nas sugestões da ASTM

e EN mencionadas, utilizando as proporções de areia e cal propostas. Após essa análise, foram

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interpolados valores para ter todas as combinações possíveis de cal e areia mostrados na Tabela

2.

O Índice de Consistência da argamassa foi determinado seguindo a NBR 13276:2016.

O procedimento iniciou com a mesa limpa e seca, em seguida o molde foi posicionado no centro

da mesa para ser preenchido por três camadas sucessivas com alturas iguais ou semelhantes por

argamassa. A cada camada foram aplicados respectivamente 15,10 e 5 golpes na mesa com um

soquete metálico. Posteriormente, o molde foi rasado com auxílio de régua metálica e retirado

verticalmente. Por fim, foram aplicados 30 golpes com auxílio da manivela da mesa e

imediatamente medido o espalhamento com paquímetro em três diâmetros diferentes e feita a

média.

(a) (b) (c)

Figura 1. Determinação Índice de Consistência: (a) Misturador, (b) Mesa Flow Table e molde troncônico, (c)

Espalhamento da argamassa

Para obter a resistência à Tração na Flexão e compressão da argamassa, seguiu-se os

indicativos da NBR 13279:2005. Os moldes utilizados são prismáticos com capacidade para

três corpos de prova 40x40x160mm. A preparação da argamassa seguiu o procedimento da

NBR 16541:2016. Para o ensaio de tração na flexão da argamassa, cada um dos três corpos de

prova prismático foi posicionado de maneira a receber uma carga de 50 ± 10N s-1 até a ruptura.

No ensaio de compressão da argamassa utilizou-se as seis metades dos corpos de prova

rompidos no ensaio de tração na flexão. O corpo de prova foi posicionado no equipamento e

recebe uma carga de 500 ± 10N s-1. Para o ensaio de tração na flexão foi utilizado a prensa

hidráulica da marca EMIC DL 10000 e para o ensaio de compressão axial uma prensa servo

hidráulica da marca EMIC PC200CS.

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Foi feito o ensaio de Compressão Axial com três corpos de prova de 5 cm de diâmetro e 10 cm

de comprimento, seguindo a NBR 5739:2018 e adaptado para argamassas para utilizar seu

resultado no ensaio descrito a seguir. O ensaio de Módulo de Elasticidade estático à

compressão, foi realizado conforme as prescrições da NBR 8522:2008, no entanto, o ensaio

teve de ser adaptado para argamassas, adaptações estas relativas aos ciclos de carga e descarga,

sendo que, neste o carregamento foi contínuo e velocidade de 0,45 ± 0,15 MPa. Foram

produzidos três corpos de prova cilíndricos de 5 cm de diâmetro e 10 cm de comprimento para

cada traço de argamassa estudada. O equipamento utilizado para realização de ambos ensaios,

foi uma prensa servo hidráulica da marca EMIC PC200CS, juntamente com um extensômetro

elétrico. A moldagem dos corpos de prova cilíndricos foi realizada conforme as recomendações

da NBR 5738: 2016.

Na Figura 2, são apresentadas imagens de alguns ensaios realizados para caracterização das

argamassas testadas.

(a) (b) (c)

Figura 2. Ensaios realizados na argamassa: (a) Tração na Flexão, (b) Compressão de CP prismático, (c) Módulo

de Elasticidade

Resultado e discussões

Os valores de consistência dos traços em estudo e a relações água/cimento necessária para cada

um dos traços, a fim de atender os 260 ± 5mm preconizados pela NBR 16541:2016, estão

apresentados na Tabela 3.

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Tabela 3. Índice de consistência das argamassas

Traço Consistência Média (mm) D. Padrão a/c

0C-3A

257

258 1,53 0,48 260

258

0C-4A

260

256 4,00 0,59 252

256

0C-5A

255

256 1,53 0,73 258

256

0,25C-3A

261

261 4,51 0,57 256

265

0,25C-4A

265

262 3,06 0,67 259

263

0,25C-5A

265

257 9,07 0,79 247

258

0,50C-3A

256

257 0,58 0,68 257

257

0,50C-4A

265

265 0,58 0,78 265

264

0,50C-5A

257

258 4,58 0,85 263

254

1C-3A

264

264 1,53 0,99 265

262

1C-4A

256

258 2,65 1,04 261

257

1C-5A

256

257 2,65 1,1 255

260

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É possível observar, através da Tabela 3, que conforme é adicionado cal, a quantidade

de água necessária para atingir a consistência de 260 ± 5mm também aumentou. Segundo Stolz

e Masuero (2018), a cal possui uma alta área específica dos grãos, fato que, por consequência

gera uma maior necessidade de água na mistura para envolver todos os grãos (NES, 2017) e,

assim, manter a consistência preconizada. Com a adição de areia, a quantidade de água para

atingir a referida consistência também aumentou, contudo, tem menor impacto que com a

adição de cal. Segundo a Lei de Lyse (1932), conforme se aumenta a quantidade de agregados

numa mistura, a relação água/cimento tem a tendência de crescer. No caso desse experimento

o único agregado é a areia, portanto, o resultado está de acordo com o que Inge Lyse determinou

em 1932. Na pesquisa de Machado e Antunes (2016), para se chegar na consistência que a

norma requer, a relação água/cimento dos traços apresentados foi muito próxima das

argamassas deste estudo.

Na Tabela 4 encontram-se os valores de todos os resultados das propriedades mecânicas

obtidos nos ensaios de Compressão Axial, Módulo de Elasticidade e Tração na Flexão.

Tabela 4. Propriedades Mecânicas da argamassa

Compressão CP

prismático (MPa)

Compressão CP cilíndrico

(MPa)

Módulo de Elasticidade

(GPa)

Tração na Flexão

(MPa)

Traço Média Desvio P. Média Desvio P. Média Desvio P. Média Desvio P.

0C-3 A 30,39 2,52 26,12 1,62 29,55 4,65 6,49 1,39

0C-4 A 23,84 1,78 21,86 3,78 26,01 6,30 5,91 0,61

0C-5 A 16,11 1,81 15,54 1,66 20,33 3,44 4,06 0,28

0,25C-3A 27,15 0,88 25,24 1,77 25,04 1,59 4,78 0,48

0,25C-4A 21,49 0,42 21,02 0,59 25,64 1,67 4,16 0,35

0,25C-5A 17,14 0,93 16,04 3,29 22,99 3,50 3,87 0,64

0,50C-3A 23,82 0,89 25,21 0,84 20,92 0,18 4,28 0,28

0,50C-4A 19,24 0,62 18,08 1,08 21,3 3,67 3,71 0,35

0,50C-5A 15,66 0,83 14,5 0,76 19,56 2,23 3,38 0,00

1C-3 A 16,59 0,84 15,63 0,99 14,97 1,57 3,58 0,21

1C-4 A 15,08 0,48 14,4 0,92 16,78 1,13 3,56 0,24

1C-5 A 12,7 0,67 11,63 0,84 13,59 0,63 2,72 0,20

Através dos resultados apresentados na Tabela 4, constata-se que o material que

individualmente mais altera o Módulo de Elasticidade é a cal e se chega à conclusão de que

quanto maior a relação cal/cimento e agregado/aglomerante, o Módulo de Elasticidade diminui.

Segundo Silva (2006), o módulo de elasticidade representa a rigidez da argamassa no estado

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endurecido. Através de ensaios, assim como Santos (2014), ambos constataram que a

quantidade de cal na mistura é a maior responsável pela alteração do Módulo de Elasticidade.

A Resistência a Compressão e a Tração são fatores importantes para caracterização de

argamassas, já que são parâmetros comuns para escolha de qual traço utilizar. A Figura 3

apresenta gráfico que correlaciona os traços de argamassa com as Resistências à Compressão e

Tração.

Figura 3. Resistência a Compressão e Tração das argamassas

A relação água/cimento aumentou conforme a adição de areia e principalmente cal. A

medida que essa relação eleva, a Resistência a Compressão e à Tração diminuiu. Na pesquisa

de Santos (2014), os resultados seguiram este padrão de decréscimo de Resistência a

Compressão e Tração ao aumentar a quantidade de cal e areia, pois a proporção de água na

mistura aumenta para manter a consistência determinada pela NBR 13276:2016. Machado e

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Antunes (2016), também encontraram que a Resistência a Compressão diminui quando eleva a

relação água/cimento.

Outro ponto observado nos resultados da Figura 3, é a relação entre as Resistências

Tração/Compressão. Nos 12 traços desenvolvidos nesse estudo, a média ficou em 21,36%,

tendo desvio padrão de 2,47. Santos (2014), encontra para 3 traços desenvolvidos a mesma

relação, com valores de 25,52% e desvio padrão 4,76. Considerando o desvio padrão, os valores

são semelhantes e pode-se dizer que a Resistência a Tração gira de 20,76% à 23,83% em relação

a Compressão.

As curvas do índice de consistência para as quantidades de materiais que foram estudadas nessa

pesquisa seguem um comportamento linear. Nas Figuras 4 e 5 é apresentada a relação

água/cimento necessária com a dosagem de materiais para atingir a consistência sugerida pela

norma brasileira. Na Figura 4, é apresentada a variação da relação água/cimento com a adição

de areia e quantidade fixa de cal. Na Figura 5, é apresentada a variação da relação água/cimento

com a adição de cal e quantidade de areia fixa.

Figura 4. Relação água/cimento x areia

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Figura 5. Relação água/cimento x cal

Conforme a NBR 16541:2016, a consistência sugerida para argamassas de revestimento

e assentamento é de 260 ± 5mm. A norma brasileira não recomenda traços, portanto, neste

trabalho como proposto, são apresentadas Curvas de Dosagem.

Para o uso dos gráficos gerados e titulados como Figura 6, Figura 7 e Figura 8 dispostos

para dosagem, se deve seguir o seguinte procedimento:

1º Estipular o valor desejado no eixo y superior (Resistência a Compressão ou Módulo

de Elasticidade);

2º Escolher uma curva com a quantidade do material (curvas com areia ou cal);

3º Levar uma reta do eixo y superior até chegar na curva escolhida na etapa 2;

4º Conduzir a reta até chegar no eixo X (cal ou areia);

5º Seguir com essa reta até chegar a curva do eixo y abaixo;

6º Transportar a linha até o eixo de A/C.

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Desta forma, é encontrado o traço e a relação água/cimento necessária para atender a

NBR 16541:2016. Após esses passos, é possível encontrar as outras propriedades ensaiadas

nesta pesquisa com um nível de ajuste da equação mencionado em tabela abaixo do gráfico.

Na Figura 6 em laranja, se encontra um modelo de uso. No caso, a resistência a

compressão solicitada é de 24 MPa, e a curva usada é com 3 kg de areia. No eixo x, a quantidade

de cal necessária é 0,48. Seguindo até o passo 6, encontra-se a relação água/cimento de 0,67,

portanto, se chega no traço 1:0,48:3:0,67. Neste caso, para encontrar as propriedades mecânicas,

usa-se as equações Y = 28,936 – 14,436.x (Módulo de Elasticidade) e Y = 5,945 – 2,65771.x

(Tração na Flexão), sendo x o valor encontrado no eixo x (cal). Resultando nesse exemplo para

o Módulo de Elasticidade, 22,01 GPa, e 4,67 MPa para Tração na Flexão.

Cabe salientar, que não se recomenda utilizar essas curvas de dosagem, nem as equações

trazidas neste trabalho, fora dos parâmetros usados na presente pesquisa, pois a com a adição

de mais materiais, o comportamento da argamassa sofre alterações que não podem ser previstas

com esse modelo.

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Figura 6. Curvas de dosagem compressão-cal

Tabela 5. Equações propriedades mecânicas, x= quantidade de cal

Areia Equação r²

Módulo de elasticidade

3 Y = 28,936 – 14,436.x 0,9828

4 Y = 26,766 – 9,90514.x 0,92902

5 Y = 20,85255 + 6,44691.x - 13,88364.x² 0,78795

Tração na Flexão

3 Y = 5,945 – 2,65771.x 0,75642

4 Y = 5,82345 - 6,89329.x + 4,65636.x² 0,92329

5 Y = 4,116 – 1,39257.x 0,97971

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Figura 7. Curvas de dosagem compressão-areia

Tabela 6. Equações propriedades mecânicas, x=quantidade de areia

Cal Equação r²

Módulo de Elasticidade

0 Y = 43,7667 - 4,61.x 0,96472

0,25 Y = 3,74 + 11,975.x - 1,625.x² 1

0,5 Y = 7,06 + 7,8.x - 1,06.x² 1

1 Y = -20,46 + 19,31.x - 2,5.x² 1

Tração na Flexão

0 Y = 0,649 + 3,843.x - 0,632.x² 1

0,25 Y = 5,712 - 1,0935.x + 0,1595.x² 1

0,5 Y = 7,37 - 1,3765.x + 0,1155.x² 1

1 Y = -1,234 + 2,826.x - 0,407.x² 1

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Figura 8. Curvas de módulo de elasticidade x cal

Tabela 7. Equações propriedades mecânicas, x= quantidade de cal

Areia Equação r²

Compressão Axial

3 Y = 30,54 - 13,83429.x 0,99886

4 Y = 23,732 - 8,7309.x 0,99865

5 Y = 16,315 + 2,7052.x - 6,389.x² 0,78795

Tração na Flexão

3 Y = 6,39877 - 6,41755.x + 3,63018.x² 0,93383

4 Y = 5,82345 - 6,89329.x + 4,65636.x² 0,92329

5 Y = 4,09714 - 1,23627.x - 0,15091.x² 0,96255

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Conclusões

Analisar o desempenho de argamassas é de suma importância para conhecer o

comportamento de cada constituinte do material. Para isso, fazer uma correlação entre diversos

traços simula o que acontece nesse sistema, e assim é possível realizar dosagens e descobrir as

propriedades mecânicas, variando os traços e atendendo a consistência estipulada pela NBR

16541:2016.

Através dos resultados desta pesquisa, pode-se concluir que a cal é a maior responsável

pela variação na resistência a compressão, tração na flexão, módulo de elasticidade e no

aumento da relação água/cimento para atender a consistência de 260 ± 5mm. Pois devido as

partículas finas, possui uma área específica grande e tem maior retenção de água que o agregado

miúdo deste estudo. A medida que aumenta a quantidade de areia na mistura, ocorre a redução

da resistência a compressão, tração na flexão e aumento de retenção de água, contudo, o módulo

de elasticidade sofre baixas variações. Outro fator que é responsável pela redução das

propriedades mecânicas é a maior quantidade de água na mistura que está ligada diretamente

ao traço usado, pois os materiais constituintes são responsáveis pela elevação da relação

água/cimento.

As Curvas de Dosagem apresentadas nesse estudo se mostram consistentes para

encontrar traços com propriedades mecânicas analisadas e de taxas dos materiais

experimentados nesse artigo. Devido à baixa variação dos materiais, algumas equações podem

ser tratadas como lineares e outras se encaixaram melhor como de segundo grau.

Com intuito de contribuir e dar seguimento a esse estudo, recomenda-se para próximos

trabalhos o uso de maiores quantidades de areia e cal para novas dosagens; estudo de outras

características dos traços expostos; uso de outros tipos de cimento para análises semelhantes;

dosagem com o uso de aditivos ou fibra comuns no mercado da construção civil.

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