cr63 eua china
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7/31/2019 CR63 Eua China
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EUA E CHINA: INIMIGOS FRATERNAIS
(Observaes pouco confiveis de um no-expert)
Iraci del Nero da Costa
So Paulo, janeiro de 2005
O endividamento crescente dos EUA com a gerao de dficits de grandemonta , alm de expressar o papel dominante de sua enorme economia esua correlata capacidade de emisso de "valores" puramente nominais(moeda de reserva), funcional com o rpido crescimento econmico demuitas das economias "orientais" sobretudo a da China , as quaisabsorvem o papel moeda emitido pelos EUA e conhecem altas taxas de
crescimento industrial calcado, em larga medida, nas exportaes dirigidasaos EUA.
Tal mecanismo garante, ademais, massivos investimentos do "mundoocidental" naquelas economias e possibilita que os governos orientaismantenham taxas de juros das mais baixas.
Evidentemente, tal situao no poder perdurar indefinidamente. Paraevitar grandes perdas, caso se rompa o equilbrio instvel prevalecente nomomento, os ditos governos orientais tero de encontrar formas paraativarem e mobilizarem seus imensos mercados internos, os quais, por ora,existem apenas potencialmente, de sorte a faz-los absorverem a atividade
da capacidade produtiva empregada, nos dias correntes, na produo debens vendidos para o exterior.
Como se v, a "cordialidade" entre chineses e norte-americanos assenta-seem um formidvel arranjo econmico benfico para ambos os lados. Osnorte-americanos parecem ser orientados pelo oportunismo, j os chinesesestariam a se aproveitar da condio hoje imperante visando, talvez, aconstruir e sedimentar um caminho que os faa chegar a nveis superioresde emprego, renda, produo e domnio de sofisticadas tcnicas produtivas.
Num futuro que no parece estar muito distante, conheceremos novoscaptulos deste jogo pelo poder poltico e econmico. Jogo esse no qual
vem-se envolvidos, entre outros, a rebelde Taiwan assim como o Japo,cujas atitudes belicosas assumidas em um passado que j pareciadormitar na histria , so relembradas, de modo evidentementeextemporneo, por uma China vida de conquistar espao poltico eeconmico tanto no extremo oriente como no cenrio maior da economiamundial globalizada. Como se observa, o Japo, o qual no soube assumir,no plano poltico, o papel de lder econmico oriental que desfrutou poralguns lustros do sculo passado, v-se hoje desafiado e, em certa medida,deslocado por uma China que no pretende passar despercebida, masprocura, ao contrrio, a maior visibilidade possvel.