corona n do el neo barroco

Upload: irina-garbatzky

Post on 06-Jan-2016

221 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Sobre neobarroco

TRANSCRIPT

  • C A T A L I N A Q U E S A D A

    U n i v e r s i t y o f M i a m i

    C O R O N A N D O E L ( N E O ) B A R R O C O . E S P E J E O S

    G O N G O R I N O S E N L A O B R A D E S E V E R O S A R D U Y

    O F F P R I N T O F R O M A N C E N O T E S , V O L U M E 5 5 , N U M B E R 2

    2 0 1 5

  • CORONANDO EL (NEO)BARROCO. ESPEJBQS GONGORINOS EN LA OBRA DE SEVERO SARDUY

    CATALINA QUESADA

    agonal carro por La arena muda no coron6 con mas silencio meta

    Luis de Gongora y Argote, "De la brevedad engafiosa de la vida"

    Pas de sens, rien que de l'ecriture simulee, avide, pour travailler cette vacuite, pour rire.

    Severo Sarduy, Dazibao

    DE los muchos escritores que en el ambito hispanoamericano se han servido de Gongora y su poetica para desarrollar o sustentar Ia propia, quiza sea el caso de Severo Sarduy el que resulte mas peculiar, tanto desde el punto de vista teorico como practico. Un uso que, partiendo de lo intelectual, del rigor y la seriedad que caracterizan los textos ensayfsticos del cubano, no excluye lo afectivo, ni lo lt.idico ni lo disparatado. Gongora lo acompanara, asf, desde sus inicios literarios hasta los ultimos anos de su vida y le servira no solo para erigir su teorfa del neobarroco, sino tambien para dar cauce, de los mas variados modos y maneras, a algunas de sus obsesiones vitales y artisticas, mostrandose siempre capaz en esta empresa de, si no superar, sf distanciarse de los que lo precedieron- muy especialmente de Jose Lezama Lima- y par-ticularizar asf su gongorismo. Sarduy pone en funcionamiento, ademas, todo un programa de actualizaci6n de Gongora que, lejos de leerlo tradicional-mente en su contexto barroco, pretende convertirlo en abanderado privilegia-do de su presente neobarroco, proyectando sabre el toda una serie de catego-rfas esteticas radicalmente contemporaneas.

    El periplo - o las derivas - de Luis de Gongora y Argote en America ha sido motivo recurrente de estudio en la filologfa hispanica y ellatinoamerica-nismo, no solo en lo referente al periodo colonial, sino tambien en lo que ata-fie a su presencia y recuperacion por parte de ciertos autores en el siglo xx.

    Romance Notes 55.2 (20 15): 285-99

  • 2 8 6

    R O M A N C E N O T E S

    S e h a r e p e t i d o s o b r a d a m e n t e q u e l a f i g u r a d e G o n g o r a e n c o n t r o , y a e n s u

    e p o c a , u n e c o i n u s i t a d o e n e l c o n t i n e n t e a m e r i c a n a y q u e s u i n f l u j o h a b f a d e

    p e r v i v i r a l l f h a s t a b i e n e n t r a d a e l X V I I I , c u a n d o y a p n i c t i c a m e n t e s e l o h a b f a

    o l v i d a d o e n l a P e n i n s u l a . L a s e n t e n c i a d e D a m a s o A l o n s o - " e l i n f l u j o d e

    G o n g o r a d u r a c a s i m a s t i e m p o e n A m e r i c a q u e e n E s p a n a " ( 2 6 0 ) - h a b i a d e

    c o n v e r t i r s e e n u n l u g a r c o m u n d e l a c r f t i c a q u e , p e s e a t o d o , r e n d f a c a b a l

    c u e n t a d e u n a c o n d i c i o n d e l a s l e t r a s h i s p a n o a m e r i c a n a s q u e s i g u e s i e n d o

    v a l i d a e n l o s a l b o r e s d e l s i g l o x x r .

    S u p r e s e n c i a e n e l p e r i o d o v i r r e i n a l o s c i l a e n t r e l a i m i t a c i o n s u p e r f i c i a l d e

    s u s e s t i l e m a s ( S a n c h e z R o b a y n a , " L a r e c e p c i o n " 1 7 6 ) - p o r e j e m p l o , e n l o s

    t e x t o s r e c o g i d o s p o r C a r l o s d e S i g i i e n z a y G o n g o r a e n e l T r i u n f o p a r t e n i c o

    ( 1 6 8 3 ) , q u e d a b a c u e n t a d e l o s c e r t a m e n e s l i t e r a r i o s c o n v o c a d o s p o r l a U n i -

    v e r s i d a d d e l a C i u d a d d e M e x i c o e n 1 6 8 2 y 1 6 8 3 - y u n a p l e n a a s u n c i o n d e s u

    l e g a d o ( u n a u t e n t i c o i n f l u j o y n o u n a m e r a i m i t a c i o n ) , a m a n o s d e S o r J u a n a

    I n e s d e l a C r u z ( 1 6 4 8 - 1 6 9 5 ) . E n t r e a m b o s e x t r e m o s - e l d e l p o e t a q u e i m i t a a

    G o n g o r a s u p e r f i c i a l m e n t e y e l d e l q u e l l e g a a m e d i r s e c o n e l , a s u m e s u s e n s e -

    n a n z a s y l a s p o n e e n p r a c t i c a e n e l p r o c e s o c r e a t i v o - e n c o n t r a m o s u n a a m p l i a

    v a r i e d a d d e f o r m a s d e r e l a c i o n a r s e c o n G o n g o r a , q u e t a n t o D a m a s o A l o n s o

    c o m o L e z a m a L i m a e n " L a c u r i o s i d a d b a r r o c a " ( L a e x p r e s i 6 n 1 2 9 - 6 5 ) , y

    a n t e s E m i l i o C a r i l l a , e n s u l i b r a E l g o n g o r i s m o e n A m e r i c a ( 1 9 4 6 ) , h a n d e t a -

    l l a d o b r i l l a n t e m e n t e . F o r m a s q u e p a s a n p o r l a d e f e n s a d e J u a n d e E s p i n o s a

    M e d r a n o , " E l L u n a r e j o , " e n s u A p o l o g e t i c o a f a v o r d e d o n L u i s d e G o n g o r a ,

    l a a s i m i l a c i o n y r e c r e a c i o n a m a n o s d e D o m i n g u e z C a m a r g o e n s u P o e m a

    h e r o i c o d e S a n I g n a c i o d e L o y o l a ( 1 6 6 6 ) , o e l i n f l u j o t a n t o e n P e d r o d e P e r a l -

    t a B a r n u e v o ( L i m a f u n d a d a o c o n q u i s t a d e l P e n l , 1 7 3 2 ) c o m o e n M a t e o

    R o s a s d e O q u e n d o ( S a t i r a d e l a s c o s a s q u e p a s a n e n e l P e r u , 1 5 9 8 ) o e n J u a n

    d e l V a l l e C a v i e d e s , p o r c i t a r t a n s o l o a l g u n o s d e l o s n o m b r e s m a s d e s t a c a d o s

    ( a l g u n o s d e e l i a s d e o r i g e n p e n i n s u l a r ) . E n p a l a b r a s d e J o h n B e v e r l e y , e l g o n -

    g o r i s m o h a b f a d e e x t e n d e r s e " c o m o u n d i s c u r s o e s t e t i c o q u a s i - o f i c i a l e n

    E s p a n a , P o r t u g a l y l a C o l o n i a e n l o s a n o s d e s p u e s d e l a m u e r t e d e G o n g o r a "

    ( 3 9 ) . E n e l x v m e n c o n t r a m o s a u n s u p r e s e n c i a e n v o c e s c o m o l a s d e l j e s u i t a

    e c u a t o r i a n o J u a n B a u t i s t a A g u i r r e ; y , c o m o a p u n t a , T e o d o s i o F e r n a n d e z , " n o

    f a l t a n m u e s t r a s d e e l l a e n l a s p r i m e r a s d e c a d a s d e l s i g l o x r x " ( l 0 8 ) .

    Y a e n e l s i g l o x x , l o s a l t o s i n e x c u s a b l e s s o n R u b e n D a r f o y A l f o n s o

    R e y e s - q u e , e n l a p r i m e r a m i t a d d e l s i g l o , a n t e s i n c l u s o d e l c e l e b r e h o m e n a -

    j e e n e l A t e n e o d e S e v i l l a , y a h a b f a n a p o s t a d o p o r s a c a r a l a l u z o f e s t e j a r

    a l g u n a s d e l a s o s c u r i d a d e s d e l p o e t a - y l o s c u b a n o s J o s e L e z a m a L i m a y

    S e v e r o S a r d u y , q u e l e c o n f e r i r a n u n I u g a r c e n t r a l e n e s e m o v i m i e n t o n e o b a -

    r r o c o q u e d e s d e L e z a m a L i m a h a s t a n u e s t r o s d f a s l o s i g u e r e e s c r i b i e n d o . S i n

    e n t r a r d e l l e n o a q u f e n c u e s t i o n e s r e l a t i v a s a l m o d o e n q u e e s t o s a u t o r e s e j e -

  • CORONANDO EL (NEO)BARROCO 287

    cutaron sus respectivas apropiaciones de Gongora, que ya han sido abordadas por la crftica mas reciente (Roses; Sanchez Robayna, "La recepcion"; Gue-rrero, "En sus dominios"), me propongo analizar algunos aspectos de la par-ticular utilizacion que Severo Sarduy hara de la figura del cordobes, a la luz no solo de su reflexion teorica sobre el neobarroco, sino tambien de su prac-tica literaria.

    Los vfnculos de Sarduy con Gongora han sido bien establecidos tanto por Frans;oise Moulin-Civil como por Gustavo Guerrero. Tres serfan los ensayos clave para cifrar esa recuperacion del andaluz a manos del camagiieyano: "Gongora o la metafora al cuadrado" (1966), que aparece en Mundo Nuevo, poco despues de que hubiera sido publicado en frances en Tel Quel (con el titulo "Sur Gongora"); "Dispersion. Falsas Notas I Homenaje a Lezama Lima," que vio la luz poco despues de la publicacion de Paradiso (1966); y "El barroco y el neobarroco" (1972). Los dos primeros constituiran la segun-da seccion de Escrito sabre un cuerpo (1969), "Horror al vacfo"; el ultimo se complementarfa con la publicacion, dos afios despues, de Barraco (1974).

    Guerrero vincula cada uno de esos ensayos con tres maneras de leer a Gongora: la estructuralista, la lezamiana y la neobarroca. "Todas - dira -reflejan el mismo afan interpretativo, la misma busqueda de una exegesis innovadora que permita reinstalar al cordobes no solo en nuestro presente sino tambien en el espacio mas actual de la creacion literaria contemporanea" ("Gongora" 228). Ese sera uno de los meritos de Sarduy, como por su parte hicieron Alfonso Reyes y Jose Lezama Lima: no leer a Gongora, sin mas, como reliquia del pasado, sino traerlo basta la contemporaneidad y hacerlo interesante- imprescindible- en los tiempos presentes. Yendo mas lejos aun, y a contracorriente de aquellos teoricos que defenderan el caracter conserva-dor del Barraco (Maravall, Berverley), Sarduy se apoya justamente en Gon-gora para reivindicar el talante subversivo de la practica contemporanea del Barraco - lo que llamara el "barroco de la Revolucion" -, al vislumbrar en el cordobes, como en el neobarroco, no un vacuo afan de oscuridad en busca de un anhelado elitismo, sino mas bien una barrera a la economfa burguesa, con la premisa de "malgastar, dilapidar, derrochar lenguaje unicamente en fun-cion de placer" (Barraco 1250).

    En el primero de los ensayos mencionados, Sarduy le concede a Gongo-ra, en clave estructuralista, el merito de haber liberado el discurso poetico de todo lastre realista, al tomar como punto de partida, no la realidad, sino Ia realidad pasada por el tamiz del arte: "Pero si basta entonces la metafora deprava Ia 'naturaleza' dellenguaje, Gongora desculpabiliza la retorica a tal extrema que el primer grado del enunciado, lineal y 'sano,' desaparece en su poesfa. Parte de un territorio erosionado, rofdo a priori: el terreno de las

  • 2 8 8 R O M A N C E N O T E S

    m e t a f o r a s t r a d i c i o n a l m e n t e p o e t i c a s " ( E s c r i t o 1 1 5 5 ) . E s l o q u e l l a m a n i " l a

    m e t a f o r a a l c u a d r a d o . " A d e m a s , S a r d u y n o s a v a n z a y a e n 1 9 6 6 y m e d i a n t e

    G o n g o r a l a q u e s e r a u n a d e l a s c l a v e s d e s u c o n c e p c i o n d e l n e o b a r r o c o , t a l y

    c o m o l o e n u n c i a e n e l e n s a y o d e 1 9 7 2 : l a a r t i f i c i a l i z a c i o n . E l p a i s a j e n o i n t e -

    r e s a p o r s f m i s m o , s i n o p o r c u a n t o s e n o s h a c e l e g i b l e y p a s a a f o r m a r p a r t e

    d e u n p r o y e c t o c u l t u r a l a p a r t i r d e u n a s e r i e d e m e t a f o r a s : " D e b f a m o s p r e -

    g u n t a r n o s s i e l b a r r o c o n o e s , e s e n c i a l m e n t e , m a s q u e u n a i n m e n s a h i p e r b o l e

    e n I a c u a l l o s e j e s d e l a n a t u r a l e z a [ . . . ] h a n s i d o r o t o s , b o r r a d o s . [ . . . ] L a

    r e a l i d a d - e l p a i s a j e - n o e s m a s q u e e s o : c a d e n a s i g n i f i c a t i v a y p o r l o t a n t o

    d e s c i f r a b l e " ( E s c r i t o 1 1 5 6 ) .

    L e f d o a l a J u z d e l o s p o s t u l a d o s l a c a n i a n o s , G o n g o r a y t o d o s l o s s i g n i f i -

    c a n t e s o m i t i d o s e n s u p o e s f a ( e s d e c i r , l o n o n o m b r a d o d i r e c t a m e n t e , g r a c i a s

    a I a m e t a f o r a o a l a e l i p s i s ) s e c o n v i e r t e n e n c e n t r o s a u s e n t e s e n t o r n o a l o s

    c u a l e s e l d i s c u r s o g i r a :

    L o s v e r s o s c o n s t i t u y e n u n a s e r i e d e p e r i f r a s i s : c i r c u l o s q u e r e c o r r e I a l e c t u r a y c u y o c e n t r o ,

    a u n q u e e l f p t i c o , e s t a s i e m p r e p r e s e n t e . E l s i g n i f i c a d o e l i p t i c o d e I a p e r i f r a s i s g o n g o r i n a f u n c i o -

    n a c o m o e s e " n u d o p a t 6 g e n o " d e q u e h a b l a J a c q u e s L a c a n : e n I a l e c t u r a l o n g i t u d i n a l d e l d i s c u r -

    s o e s e s e t e m a r e g u l a r m e n t e r e p e t i d o ( r e p e t i d o c o m o a u s e n c i a e s t r u c t u r a n t e , c o m o l o q u e s e

    e l u d e ) , f r e n t e a l c u a l l a p a l a b r a f a l l a . Y e s e f a l l o s e f i a l a e l s i g n i f i c a d o a u s e n t e . L a c a d e n a l o n g i -

    t u d i n a l d e I a p e r i f r a s i s d e s c r i b e u n a r c o : l a l e c t u r a r a d i a l d e e s o s f a l l o s p e r m i t e d e s c i f r a r e l c e n -

    t r o a u s e n t e . ( E s c r i t o 1 1 5 7 )

    E l p r o p i o S a r d u y s e r a e l c u l p a b l e d e q u e L a c a n s e a u t o d e n o m i n e " e l G o n g o -

    r a d e l p s i c o a n a l i s i s , " d e s p u e s d e q u e e l c u b a n o l o i n t r o d u j e r a e n s u l e c t u r a

    ( G a l l o ) . D e m o d o s i m i l a r a c o m o l o h i c i e r a D a m a s o A l o n s o , S a r d u y l e c o n -

    f i e r e a G o n g o r a u n a n u e v a l e g i b i l i d a d , a l h a c e r l o n o s o l o u n a u t o r i n d i s p e n -

    s a b l e p a r a s u s c o n t e m p o r a n e o s , s i n o t a m b i e n e l h i l o c o n d u c t o r q u e l e p e r m i t e

    v i n c u l a r e s c u e l a s d i s p a r e s e n l a s q u e s e r e c o n o c e : e l b a r r o c o h i s p a n i c o , e l

    e s t r u c t u r a l i s m o , e l p s i c o a n a l i s i s l a c a n i a n o e i n c l u s o l a e s t i l f s t i c a . T a m b i e n

    s e r a u n o d e l o s p i l a r e s e s e n c i a l e s p a r a r e c u p e r a r a L e z a m a L i m a y p a r a s u s -

    t e n t a r s u s i d e a s e n t o r n o a l s u r g i m i e n t o d e u n a t e o r f a d e l b a r r o c o h i s p a n o a -

    m e r i c a n o ( G u e r r e r o , " G o n g o r a " 2 3 1 ) .

    E s t o u l t i m o a c o n t e c e e s e n c i a l m e n t e e n e l s e g u n d o e n s a y o m e n c i o n a d o ,

    q u e n o e s t a d e d i c a d o d i r e c t a m e n t e a G o n g o r a , s i n o a L e z a m a L i m a . C o n e l , a l

    m e n o s e n t e o r f a , S a r d u y i b a a m e d i a r e n l a p o l e m i c a s u r g i d a e n t r e M a r i o V a r -

    g a s L l o s a y E m i r R o d r i g u e z M o n e g a l , a l h i l o d e l a h o m o s e x u a l i d a d e n P a r a -

    d i s o . P e r o S a r d u y e s c a m o t e a l a p o l e m i c a p a r a , m a s b i e n , r e i v i n d i c a r a L e z a -

    m a , d e l q u e e n s u s i n i c i o s s e h a b f a d i s t a n c i a d o p o r s u v i n c u l a c i o n a l g r u p o

    C i c l 6 n . L e z a m a , c o m o R o b e r t o G o n z a l e z E c h e v a r r i a h a a n a l i z a d o , n o h a b f a

    m o s t r a d o u n a a d h e s i o n i n c o n d i c i o n a l a n t e e l p o e t a c o r d o b e s e n s u " S i e r p e d e

  • CORONANDO EL (NEO)BARROCO 289

    Don Luis de Gongora," pues, percibe una "dolorosa incompletez" en su poe-sfa (482). Es, pues, posible que, "como poeta de inspiracion simbolista, orfica y cristiana, el habanera le pida a Gongora revelaciones trascendentes que el maestro, barroco y esceptico, no puede darle" (Guerrero, "Gongora" 233). Pero en lugar de buscar al Gongora de Lezama, Sarduy teje a un Lezama des-de par

  • 2 9 0 R O M A N C E N O T E S

    f o r m u l a t f p i c a m e n t e g o n g o r i n a , l a q u e c o n s i s t e e n c e r r a r u n a c h i u s u l a c o n

    u n a n e g a c i o n q u e a c o n t i n u a c i o n s e r e f o r m u l a - c o m o e n " S i n a r a s n o , q u e e l

    m a r g e n d o n d e p a r a I d e l e s p u m o s o m a r s u p i e l i g e r o , I a l l a b r a d o r , d e s u s p r i -

    m i c i a a r a , I d e s u s e s q u i l m o s e s a l g a n a d e r o , " d e l a v i g e s i m a o c t a v a d e I a

    F a b u l a d e P o l ! f e m o y G a l a t e a - a l a q u e S a r d u y a c u d i n i r e c u r r e n t e m e n t e ,

    p o r e j e m p l o , e n " P a g i n a s e n b l a n c o , " u n a s e r i e t e m p r a n a d e p o e m a s d e f a c t u r a

    p o c o o n a d a g o n g o r i n a , o e n e l s o n e t o " O m f t e m e l a m a s q u e l o o m i t i d o . . . , "

    d o t a n d o l a d e c o n t e n i d o h o m o e r o t i c o : " A p u l s o n o : q u e n o d i s f r u t a h e r i d o , I

    p o r f l e c h a b e r n i n i a n a o p o r m a n i a I d e b r u s q u e d a d , e l t e m p l o h u m e d e c i d o I

    ( d e V e n u s , e l s e g u n d o ) " ( U n t e s t i g o f u g a z 2 0 1 ) .

    {

    E n B a r r a c o , S a r d u y e s t a b l e c e u n a s e r i e d e r e s o n a n c i a s e n t r e d i s t i n t o s

    m o d e l o s c i e n t f f i c o s y p r o d u c c i o n e s a r t f s t i c a s . D i c h a r e t o m b e e n o i m p l i c a r f a

    u n a r e l a c i o n d e c a u s a - e f e c t o : e s " c a u s a l i d a d a c r o n i c a , I i s o m o r f f a n o c o n t i -

    g u a , I o , I c o n s e c u e n c i a d e a l g o q u e a u n n o s e h a p r o d u c i d o , I p a r e c i d o c o n

    a l g o q u e a u n n o e x i s t e " ( 1 1 9 6 ) . Y a p a r t i r d e l a c o s m o l o g f a ( p r e b a r r o c a ,

    b a r r o c a y p o s b a r r o c a ) v a a e s t a b l e c e r u n a s e r i e d e v f n c u l o s e n t r e e s o s m o d e -

    l o s c i e n t f f i c o s y e l c a m p o a r t f s t i c o y l i t e r a r i o . A G o n g o r a l o v a a l e e r , c o m o a

    C a r a v a g g i o , a l G r e c o , R u b e n s , B o r r o m i n i o V e l a z q u e z , a l a l u z d e l c a m b i a

    s u s t a n c i a l q u e e n l a c o s m o l o g f a i m p l i c o e l d e s c u b r i m i e n t o , p o r p a r t e d e

    K e p l e r , d e q u e l a s o r b i t a s t r a z a d a s p o r l o s p l a n e t a s e n t o r n o a l s o l n o e r a n c i r -

    c u l a r e s , c o m o d e s d e I a a n t i g i i e d a d c l a s i c a h a s t a f i n a l e s d e l X V I s e h a b f a s o s t e -

    n i d o , s i n o e l f p t i c a s . U n o d e l o s c e n t r o s d e e s a e l i p s e l o o c u p a r f a e l S o l y e l

    o t r o s e r f a u n c e n t r o c i e g o ( m e t a f o r a d e l d e s c e n t r a m i e n t o , d e l d o b l e c e n t r o ) .

    D e l m i s m o m o d o , d i r a , " l a e l i p s i s o p e r a c o m o d e n e g a c i o n d e u n e l e m e n t o y

    c o n c e n t r a c i o n m e t o n f m i c a d e l a l u z e n o t r o , l a s e r q u e a l c a n z a e n G o n g o r a s u

    i n t e n s i d a d m a x i m a [ . . . ] 0 s i s e q u i e r e : s u p r e s i o n , s e q u e d a d o c a r e n c i a d e l

    p a i s a j e l e x a l t a c i o n j u b i l o s a d e I a n a t u r a l e z a m u e r t a q u e o c u p a e l p r i m e r p l a -

    n o " ( B a r r a c o 1 2 3 1 ) . P a r a S a r d u y , l a m e t a f o r a e n G o n g o r a , t a l y c o m o l a

    e s t u d i a D a m a s o A l o n s o , c o n s t i t u i r f a u n c a s o p a r t i c u l a r d e e l i p s i s . Y a p a r t i r

    d e a h f r e t o m a a l g u n a s d e l a s i d e a s s o b r e e l p s i c o a n a l i s i s l a c a n i a n o y a e s b o z a -

    d a s e n e l e n s a y o " S u r G o n g o r a . "

    A l e j a n d o s e d e l c o n c e p t o d e l b a r r o c o c a r p e n t e r i a n o , p a r a q u i e n l o b a r r o c o

    s e r f a u n a e s p e c i e d e e m a n a c i o n d e l p a i s a j e a m e r i c a n a , S a r d u y s e a p o y a e n l a

    n o c i o n d e a r t i f i c i a l i z a c i o n ( c u y o p a r a d i g m a e v i d e n t e m e n t e e s G o n g o r a ) y e n

    e l e n s a y o " E l b a r r o c o y e l n e o b a r r o c o " e s t a b l e c e t r e s e s t r a t e g i a s a l a s q u e l o s

    a u t o r e s l a t i n o a m e r i c a n o s r e c u r r e n p a r a c o n s e g u i r d i c h a a p o t e o s i s d e l a r t i f i -

    c i o : s u s t i t u c i o n , p r o l i f e r a c i o n y c o n d e n s a c i o n . A e l l o l e a f i a d e l a n o c i o n d e

    p a r o d i a y , p e s e a c i t a r a B a j t i n y a K r i s t e v a , v u e l v e a G o n g o r a p a r a a s e n t a r

    s u t e o r f a :

  • CORONANDO EL (NEO)BARROCO 291

    AI comentar Ia parodia hecha por Gongora de un romance de Lope de Vega, Robert Jammes concluye: "En Ia medida en que este romance de Gongora es Ia desfiguracion (demarcage) de un romance anterior que hay que leer en filigrana para poder gustar totalmente de el, se puede decir que pertenece a un gencro menor, pues no existe mas que en referencia a esta obra." Si referida a! barroco hispanico esta aseveracion nos parecfa ya discutible, referida al banoco lati-noamericano, barroco "pinturero," como Io llama Lezama Lima, barroco del sincretismo, Ia variacion y el brazaje, cederfamos a Ia tentacion de ampliarla, pero invirtiendola totalmente - operacion barroca- y afirmar que solo en Ia medida en que una obra del barroco latinoameri-cano sea Ia desfiguracion de una obra anterior que hay a que leer en filigrana para gustar total-mente de ella, esta pertenecera a un genera mayor. (1393-94)

    Ala bora de establecer una diferencia entre el barroco historico y el neoba-rroco contemponineo Sarduy recurre nuevamente a los modelos cosmologi-cos, al ser el primero retomhee del descentramiento kepleriano (todavfa armonico) y el segundo, de la inestabilidad introducida por Einstein, la teorfa de la relatividad y la idea del universo en expansion que va de la mano de la teorfa del Big Bang:

    el barroco europeo y el primer barroco latinoamericano se dan como imagenes de un universo movil y descentrado, pero min arm6nico [ ... ] AI contrario, el barroco actual, el neobarroco, ret1eja estructuralmente Ia inarmonfa, Ia ruptura de Ia homogeneidad, del logos en tanto que absoluto, Ia carencia que constituye nuestro fundamento epistemico. Neobarroco del desequili-brio, reflejo estructural de un deseo que no puede alcanzar su objeto, deseo para el cual el logos no ha organizado mas que una pantalla que esconde Ia carencia. (Barroco 1252)

    ~Como solventar, pues, la aparente contradiccion de que todas las obras con-temponineas analizadas en "El barroco y el neobarroco" esten sustentadas en la poetica barroca y, en concreto, gongorina? Guerrero, que es consciente de dicha contradiccion, no da, sin embargo una respuesta al problema, aunque subraya esa indudable presencia ("Gongora" 240). Si en un primer momenta podemos estar tentados de considerar que Sarduy recurre, sobre todo en la ultima etapa, de intenso desengafio, a Gongora como refugio ante el caos (un Gongora descentrado, pero todavfa armonico),1 es decir, como una suerte de paso atras, nipidamente hay que descartar la hipotesis para considerar, mas bien, que algo ve Sarduy en Gongora- presente, recordemos, no solo en sus ensayos, sino en el resto de su obra de ficcion desde fecha muy temprana -que le permite expresar el presente y decir el mundo contemporaneo, inesta-ble y en expansion continua. Gongora constituye, asf, junto al budismo, el

    1 De manera similar a como vuelve a las formas poeticas clasicas despues del estallido de Big Bang, Flamenco o Mood Indigo, Io cual le valdrfa Ia expulsion del canon neobarroco, al ser considerado el formalismo por ciertos poetas como Eduardo Milan, una "falta de conciencia poetica e hist6rica a! mismo tiempo" (Ayala 46).

  • 2 9 2

    R O M A N C E N O T E S

    e s t r u c t u r a l i s m o o e l p s i c o a m i l i s i s l a c a n i a n o , u n o d e l o s p i l a r e s s o b r e l o s q u e

    s u s t e n t a r s u r e l i g i o n d e l v a d o ; u n v a c f o o n t o l o g i c o e n e l q u e S a r d u y s i e m p r e

    v a a c r e e r , p e r o q u e s e e x p r e s a n i d e f o r m a m a s j u g u e t o n a a l p r i n c i p i a y u n

    t a n t o m a s f u n e r e a ( a u n q u e s i e m p r e i r o n i c a ) a l f i n a l .

    C o m o e j e m p l o d e l o p r i m e r o , c a b e m e n c i o n a r l a a p a r i c i o n p o s m o d e r n a

    d e L u i s d e G o n g o r a e n e l c a p i t u l o " E a t f l o w e r s ! " d e l a s e g u n d a p a r t e d e

    C o b r a ( 1 9 7 2 ) . E n u n o d e l o s p a r e n t e s i s q u e , a m a n e r a d e a c o t a c i o n e s , i n t e -

    r r u m p e l a n o m e n o s p o s m o d e r n a e n t r e v i s t a e n t r e E s c o r p i o n , T o t e m , T u n d r a y

    T i g r e c o n e l g u r u , e n c o n t r a m o s u n a v a t a r b a s t a n t e i r r e v e r e n t e d e l p o e t a , q u e

    s a l e d e u n a m a q u i n a d e c h i c l e s g l o s a n d o u n a e s c e n a h o m o e r o t i c a :

    ( U n a d o l e s c e n t e m a r r o q u f - c u e r p o d e b e t u n , l i s o y b r i l l a n t e , p u p i l a s c o l o r d e u v a - b a i l a a l s o n

    d e l c u a r t e t o n u m i s m a t i c o . U n h o l a n d e s l e b a f i a l a c a b e z a , d e n s o t a p i z d e a s t r a c a n , c o n c e r v e z a

    n e g r a q u e l e c o r r e p o r I a e s p a l d a , e n t r e l a s n a l g a s . ) ( D e u n a m a q u i n a d e c h i c l e t s s a l e D o n L u i s

    d e G o n g o r a :

    " j L a e s p u m a p o r I a e s p a l d a :

    s a b r e e l e b a n o e s c a r c h a ! " ) ( 5 4 3 )

    E n c o n s o n a n c i a c o n l o q u e S a n c h e z R o b a y n a l l a m o e l p r i n c i p i a d e i r r i s i 6 n

    ( " E l i d e o g r a m a " 1 5 5 9 ) , t a n f r e c u e n t e e n l o s t e x t o s s a r d u y a n o s , e s t e G o n g o r a

    d e p a c o t i l l a , c e r c a n o a l k i t s c h , s e p r e s e n t a c o m o u n a u t e n t i c o i c o n o g a y , e n

    u n c l a r o y s u b v e r s i v o p r o c e s o d e r e s e m a n t i z a c i o n q u e e q u i p a r a l o m a s s e l e c -

    t o d e l a a l t a c u l t u r a c o n l a c u l t u r a p o p u l a r , a l m i s m o t i e m p o q u e s e l o v i n c u l a

    c o n f o r m u l a s a l t e r n a t i v a s d e s e x u a l i d a d . T o d o e s t o , n o l o o l v i d e m o s , e n u n a

    o b r a c u y o t i t u l o q u i e r e s e r , e n t r e o t r a s m u c h a s c o s a s , a n a g r a m a i m p e r f e c t o d e

    C o r d o b a , c o m o t r i b u t o a l a n d a l u z . U n a u t i l i z a c i o n p a r o d i c a y e s e n c i a l m e n t e

    l u d i c a d e G o n g o r a q u e , e n e l p l a n o p o e t i c o , e n c o n t r a r i a s u c o r r e l a t o e n F l a -

    m e n c o ( 1 9 6 9 ) , l i b r o e n e l q u e e l h o m e n a j e s e c o n c r e t a m e d i a n t e u n u s o c e r -

    c a n o a l s a m p l i n g a p a r t i r d e v e r s o s s u y o s ( e n c o n c r e t o , l o s d e l s o n e t o " A C o r -

    d o b a , " e n " T a n g u i l l o " ) , d e a l u s i o n e s a s u c i u d a d n a t a l ( " l e j a n a y s o l a

    C o r d o b a , " 1 3 4 , 1 4 7 ) o a s u f i g u r a ( " q u e G o n g o r a e s c r i b i e r a , " 1 3 6 , 1 4 7 ) .

    C o m o e j e m p l o d e l o s e g u n d o , h a y q u e m e n c i o n a r o t r o t e x t o q u e n o h a

    r e c i b i d o d e m a s i a d a a t e n c i o n c r f t i c a . M e r e f i e r o a C o r o n a d e l a s f r u t a s , l a s e r i e

    d e d e c i m a s f r u t a l e s p u b l i c a d a e n 1 9 9 1 c o n c u a t r o l i t o g r a f f a s d e R a m o n A l e j a n -

    d r o . L a d e u d a c o n a m b o s , L e z a m a y G o n g o r a , e s t a i g u a l m e n t e p r e s e n t e : d e

    n u e v o , m a s v i s i b l e y b r i l l a n t e l a d e l p r i m e r o , a l g o m a s e c l i p s a d a ( p e r o p o r e s o

    m i s m o , t a n t o o m a s d e c i s i v a ) l a d e l s e g u n d o . S i b i e n e l t i t u l o r e t o m a e l d e u n

    e n s a y o p u b l i c a d o p o r L e z a m a L i m a e n 1 9 5 9 e n L u n e s d e R e v o l u c i 6 n ( r e c o g i -

    d o e n I m a g e n y p o s i b i l i d a d ) y d e s a r r o l l a a l g u n a s d e l a s i m a g e n e s q u e e s t e

    d i b u j a , p a r e c e m a s b i e n q u e S a r d u y t o m a u n a c i e r t a d i s t a n c i a d e l p o s i c i o n a -

    m i e n t o d e L e z a m a c u a n d o , a d o p t a n d o e n c i e r t o m o d o l a p o s t u r a c a r p e n t e r i a n a ,

    e l h a b a n e r o p a r e c e v e r e n l a f r u t a a m e r i c a n a l a e x p r e s i o n m i s m a d e l b a r r o c o :

  • CORONANDO EL (NEO)BARROCO 293

    Cuando en el tratamiento barroco de las frutas, un Gongora se acerca a Ia opilada camuesa, subrayandole que pierde el amarillo ante el acero del cuchillo, o un canonigo Soto de Rojas, encuentra que el melocoton a! ser cortado sangra, tienen ambos que ir a una marcha verbal, en donde Ia exageracion de los primores, revela que el exceso esta en Ia verba, que subraya un encuentro menor, una golosina de melindres. Pero en el paisaje americano, y ahora lo insisti-mos de nuevo, lo barroco es Ia naturaleza. Es decir que si un papa yo, manteqnilla de las frutas, o una guamibana, plateado pernil de Ia dulzura, recibiese el tridente de Ia hiperbole barroca, seria un grotesco, imposible casi de concepcion. Lo barroco, en lo americano nuestro, es el fies-t6n de Ia alharaca excesiva de Ia fruta, lo barroco es el opulento sujeto disfrutante, prendido al corpachon de unas delicias, que en las miniaturas de Ia Persia o Arabia, eran sopladas escarla-tas, yemas de los dedos, o pelnsillas. (Imagen 134)

    Sarduy no podfa aceptar esa condici6n natural del barroco. Ya en El Cristo de larue Jacob, habfa consignado el estatus de naturaleza muerta de las des-cripciones frutales de Lezama, insistiendo, como es l6gico, en el artificio, en el brillo que les otorga a esas frutas el almfbar, y en el desdibujamiento de las formas, con respecto a los bodegones peninsulares:

    En esa naturaleza muerta cuidadosamente dorada y asimetrica, como los bodegones espafioles, que es Ia escritura de Lezama, pero donde los manjares y frutas de Ia peninsula han sido susti-tuidos por Ia chisporroteante cornucopia insular, donde el quirnbombo y el caimito, Ia guayaba y el mango desdibujan Ia geometria puntual y atenuada de las manzanas, irnpera Ia calidad de lo "abrillantado", de lo confitado. El almibar, alquimia simplona del azucar nacional, lo dora y alcorza todo, empacando frutas y pasteles en una empalagosa capa de escarcha que con el calor y los dias se enturbia y ac!ensa como un espeso crista!. (95)

    Como era de esperar, en su propia Corona de las jrutas Sarduy va subrayar dicha condici6n artificiosa; y esto no solo incidiendo en la esencia del bode-g6n tropical o la naturaleza muerta, sino recurriendo, como desde 1985 lo venia haciendo, a Ia forma de la decima. La decima y, sobre todo, el soneto habfan sido utilizados por el joven cubano en sus orfgenes (Severo Sarduy en Cuba) y a elias vuelve en la recta final de su vida, no solo, en el caso de la decima, por recuperar una de las formas mas populares en la isla, sino tambien (y acaso sobre todo ), como manera de estrechar lazos con la tradici6n barroca en la que se inserta: un sentirse doblemente en casa (Mateo del Pino 194).

    En la charla-conferencia "Poesfa bajo programa" (1991) Sarduy reivindi-ca el regimen de libertad vigilada para la creaci6n artfstica. No se tratarfa, afirma, de volver a las formas tradicionales de la poesfa, sino de limitar la libertad total y la consiguiente crisis de sentido, mediante normas y c6digos, que bien podrfan ser la rima, la metrica, el ritmo intemo, etc. Para ello se apoya en Roland Barthes: "El regimen del sentido es el de la libertad vigila-da. Si la libertad es total o nula, el sentido no existe" (254). De hecho, el se impondra diversos tipos de contraintes, a Ia manera del OULIPO, pero tam-

  • 2 9 4 R O M A N C E N O T E S

    b i e n a l a m a n e r a e n q u e s e h a b f a h e c h o e n l a p o e s f a a u l i c a , c o n f o r m a s c o m o

    l a s e x t i n a ( e l n o c o m p u s o n i n g u n a , p e r o s f p o e m a s c o m o " A l a s l e t r a s d e l

    a l f a b e t o , " d o n d e c a d a v e r s o c o m i e n z a y t e r m i n a , e n r i g u r o s o a r d e n a l f a b e t i -

    c o , c o n c a d a u n a d e l a s l e t r a s ) . S i n l l e g a r a t a l e s e x t r e m o s , l a d e c i m a l e p r o -

    p o r c i o n a u n a e s t r u c t u r a a l a q u e s o m e t e r s e , s u b r a y a n d o a d e m a s e l c o n t e n i d o

    c u b a n o d e l a m i s m a ( f r u t a l ) y m a r c a n d o s u i n s e r c i o n e n l a t r a d i c i o n h i s p a n i -

    c a , q u e e s a l g o q u e , e n e s t a u l t i m a e t a p a d e d e s e n c a n t o c o n e l m e d i a i n t e l e c -

    t u a l f r a n c e s , n o r e s u l t a b a l a d i . T r a s e l t o n o a p a r e n t e m e n t e f e s t i v o y c e l e b r a -

    t o r i o , s u b y a c e n e n C o r o n a d e l a s f r u t a s l o e r o t i c a y l o t a n a t i c o a p a r t e s

    i g u a l e s , e n u n a s u e r t e d e m e t a f o r a a l c u a d r a d o d o n d e a l a s f r u t a s , c o n s u

    s i m b o l o g f a , s e l e s s o b r e i m p r i m e u n m a s o m e n o s e v i d e n t e c o n t e n i d o s e x u a l ,

    d e l a r g a t r a d i c i o n ( G o n z a l e z E s t e v a , L u c i e n ; R o l a n d o P e r e z l o c a l i f i c a c o m o

    " a b o o k o f t h e N e o - B a r o q u e d e s i r i n g s u b j e t , " 1 3 6 ) , a u n q u e t a m b i e n u n c o n -

    t e n i d o m o r t u o r i o . L a c o r o n a f r u t a l t i e n e , a s f , n o p o c o d e f u n e r a r i a : g i r a e n

    t o r n o a u n c e n t r o , q u e e s l a m u e r t e , y a u n c e n t r o c i e g o , e l i d i d o , q u e e s j u s -

    t a m e n t e l a f i g u r a d e G o n g o r a , l a a u t e n t i c a - L e z a m a m e d i a n t e - c o r o n a d e l

    b a r r o c o .

    L a p r e s e n c i a m a s o m e n o s e s c a m o t e a d a d e G o n g o r a t i e n e e n e s t a s e r i e

    d e d e c i m a s , r e c o g i d a s e n U n t e s t i g o p e r e n n e y d e l a t a d o ( 1 9 9 3 ) , d i s t i n t a s

    m a n i f e s t a c i o n e s . S e l o i n v o c a , e n p r i m e r l u g a r , e n e l u l t i m o v e r s o d e l a d e c i -

    m a d e d i c a d a a l a n o n , d o n d e , j u n t o c o n l a i n t e r t e x t u a l i d a d d e M u e r t e d e N a r -

    c i s o ( " D a n a e t e j e y d e s t e j e I e l t i e m p o d e o r o y d e r o n , " 2 2 6 ) , l a u t i l i z a c i o n

    d e l s i n t a g m a a l c u a d r a d o e n e l u l t i m o v e r s o r e m i t e i n e l u d i b l e m e n t e a l c o r -

    d o b e s y a l e n s a y o y a m e n c i o n a d o - " G o n g o r a : l a m e t a f o r a a l c u a d r a d o " - , a

    l a v e z q u e i n v i t a a l a l e c t u r a d e l a c o r o n a e n c l a v e d o b l e m e n t e m e t a f o r i c a .

    L a s e n s u a l i d a d d e l a f r u t a c o n d u c e , v f a G o n g o r a , a l e r o t i s m o g o z o n y t a n a t i -

    c o q u e t a n b i e n m u e s t r a n l a s l i t o g r a f f a s d e R a m o n A l e j a n d r o ( e n g r i s , f r e n t e

    a l a e x u b e r a n c i a c o l o r i d a d e l a f r u t a ) . A e s a d o b l e d i m e n s i o n g o z o s a h a b r a

    q u e a i i a d i r u n a t e r c e r a , l a d e l p l a c e r m e r a m e n t e f o n i c o , t a m b i e n p r o f u n d a -

    m e n t e g o n g o r i n a y l e z a m e s c a : " E n e s t a s , c o m o e n t o d a s l a s q u e e s c r i b i o , s e

    o b s e r v a c o m o s i e m p r e l a r a f z ' p l a c e n t e r a ' ( l a d i m e n s i o n e r o t i c a b a r r o c a ) d e l

    l e n g u a j e , p e r o e n e s t a o c a s i o n s e d i r f a q u e e l p o e t a e s t a e s p e c i a l m e n t e i n t e -

    r e s a d o e n a p r o v e c h a r e l p e c u l i a r j u e g o d e r i m a s p a r a s u b r a y a r e l e f e c t o d e

    ' c o r n u c o p i a ' b a r r o q u i s t a t a m b i e n d e s d e e l a n g u l o d e l o q u e e l m i s m o l l a m 6

    ' e l g o c e q u e p r o c u r a l a m a t e r i a f o n e t i c a ' " ( S a n c h e z R o b a y n a , " E l i d e o g r a -

    m a " 1 5 6 8 - 6 9 ) .

    E s a c o r n u c o p i a t r o p i c a l o n a t u r a l e z a m u e r t a n o s l l e v a a u n s e g u n d o e n t r e -

    c r u z a m i e n t o c o n G o n g o r a . E l l e c t o r a v i s a d o t e n d r a y a e n m e n t e e l z u r r o n d e

    l a s o c t a v a s d e c i m a y u n d e c i m a d e l a F d h u l a d e P o l i f e m o y G a l a t e a . L e z a m a

    y a h a b f a h e c h o u n a l e c t u r a i d e o l o g i c a e n s u " C o r o n a d e l a s f r u t a s , " a l t r a t a r

  • CORONANDO EL (NEO)BARROCO 295

    una de las situaciones topicas que se les presentaba a los cronistas de Indias: Ia de decir la realidad americana con los conceptos de la mentalidad europea; y habfa, por supuesto, invocado a Gongora y su zurron:

    Cuando revisamos Ia maravilla frutal en manos de un cronista de Indias, nos parece contener, junto al penacho del faisan alabancioso, como una decepci6n comparativa. Como quien elogia una pie!, pero suefia con un reverso pecoso. Uno de esos cronistas alza el mamey, celebra el rugosa leonado y el suave infierno absorto. Subraya que el hueso tiene "el color y la tez de las castafias injertas mondadas; luego esta antes que la pulpa, previa en Ia ajena golosina de la navidad, y ninguna cosa faltarfa para ser las mismas castafias si aquel sabor tuviese." Esta toda-vfa en el recuerdo barroco del gongorino erizo, el zurr6n de la castana. En media de la pulpa americana, busca el cronista la convicci6n de la almendra amarga, la compresura de Ia corteza que la fruta alz6 par lo terrosa. (Imagen I 32)

    No creo que haya en Sarduy, como sf lo hay en Lezama, interes alguno por otorgarle una primacfa a Ia exuberancia tropical sobre la austeridad del zurron peninsular. Si hemos de ver aquf una estrategia poscolonial - como lo hace Lois Parkinson Zamora o como yo misma he sefialado a proposito del tratamiento del espacio sideral, en el que materializa esa poetica de La deste-rritorializaci6n de que habla Nestor Perlongher, consecuencia del afan barro-co por salir de los cauces trazados (Quesada, "Vagabundas") -, es mas por el ejercicio de descentramiento y "denuncia de la vocacion hegemonica de Ia modernidad colonial y europea" (Guerrero, "Barrocos" 29), que por menos-cabo de Gongora:

    Carpentier, Lezama Lima y Sarduy no eran insensibles a Ia ironfa que implicaba revivir las for-mas coloniales para la construcci6n de una identidad poscolonial, pero llegaron a entender cada vez mas el Barraco novomundista como una estrategia poscolonial, como un instrumento de contraconquista, para usar el termino de Lezama Lima, por media del cual los artistas latinoa-mericanos podrfan definirse en contra de las estructuras colonizadoras. Con todas sus diferen-cias, estos escritores se asemejan en su transformaci6n del Barraco en un proceso de recupera-ci6n y revitalizaci6n cultural. Si Sarduy enfatizaba el artificio de los recursos narrativos del Barraco y su capacidad para trastocar las perspectivas hegem6nicas, Carpentier y Lezama Lima emplearfan sus tensiones formales y estrategias descriptivas como un media para abarcar la diversidad de los "contextos americanos." Cada uno a su manera se dio ala tarea de conquistar a los conquistadores al apropiarse las estrategias barrocas para expresar su vision de "indo-afro-fbero-america": su prop6sito comun era "recomponer, reincorporar lo rota," como sefiala Car-los Fuentes en su ensayo sabre Lezama Lima. (Parkinson Zamora 144)

    A pesar de ese componente ideologico que, en efecto, esta presente en Ia obra de Sarduy, no existe aquf ningun afan por establecer la superioridad (frutal) americana, sobre todo a! considerar que lo que Sarduy reivindica es la pre-ponderancia ontologica del simulacro. Acaso mas sutil, Severo se esfuerza en Corona de las frutas por destacar la condici6n de naturaleza muerta que, solo

  • 2 9 6

    R O M A N C E N O T E S

    e n t r o m p e l ' a ; i l , s e m e j a t e n e r v i d a , e n u n a n u e v a v u e l t a d e t u e r c a a l a s q u e

    s i e m p r e f u e r o n s u s o b s e s i o n e s v i t a l e s y a r t f s t i c a s . U n a c e s t a o c o r o n a , e n

    t o d o c a s o , e n I a q u e t e n d r f a n c a b i d a t a n t o I a m a n z a n a h i p o c r i t a d e l c o r d o b 6 s

    c o m o l a p i f i a b a r r o c a d e S c e a u x , e n l a q u e n o s e n i e g a s i n o q u e s e a f i a d e o

    s u p e r p o n e y e n l a q u e S a r d u y " r e d e s c u b r e - c o m o b i e n v i o I r l e m a r C h i a m p i -

    q u e e l p o d e r f u l m i n a n t e d e l a d e s c o n s t r u c c i o n b a r r o c a p u e d e l o g r a r l a c o r r o -

    s i o n p o r l a m i s m a s u p e r f i c i a l i d a d l u d i c r a d e s u s g e s t o s m f m i c o s " ( 5 1 ) .

    E s i m p o r t a n t e r e s c a t a r d e l a c i r c u l a r i d a d d e I a c o r o n a d o s n o c i o n e s . E n

    p r i m e r l u g a r , e s e n e l l a d o n d e l a v i d a y l a m u e r t e s e d a n l a m a n o , c o m o s u c e -

    d e , p o r o t r o l a d o , e n n o p o c o s d e l o s s o n e t o s d e l a u l t i m a e t a p a s a r d u y a n a

    ( " m u e r t e q u e f o r m a p a r t e d e l a v i d a . I V i d a q u e f o r m a p a r t e d e l a m u e r t e , "

    U n t e s t i g o j u g a z 2 0 2 ) , d o n d e , j u n t o a l a s r e s o n a n c i a s c a n c i o n e r i l e s s e o y e n

    t a m b i e n e c o s d e l b a r r o c o . A u n q u e e s u n I u g a r c o m t i n d e l a p o e s f a b a r r o c a ,

    h a y , e n c o n c r e t o , e c o s d e l G o n g o r a m e n o s c o n o c i d o , e l d e l a s d e c i m a s , q u e

    c i e r r a u n a s u y a d e 1 6 2 2 - " S i e m p r e l e p e d f a l a m o r " - c o n e l d i s t i c o " v i d a

    e n q u e s i e m p r e s e m u e r a , I m u e r t e e n q u e n u n c a s e a c a b e " , u n t 6 p i c o q u e , e n e l

    S a r d u y q u e s e s a b e m o r t a l m e n t e e n f e r m o d e s i d a , c o b r a a l a f u e r z a u n a e s p e -

    c i a l s i g n i f i c a c i o n . P o r o t r o l a d o , s i d a m o s c n ? d i t o a l t e s t i m o n i o d e R a m o n

    A l e j a n d r o c u a n d o l e m u e s t r a a S e v e r o l a e d i c i o n p o r e l i l u s t r a d a , e s t e h a b r f a

    p r o f e r i d o u n s e n t e n c i o s o " F u n e r a r i o , c o m o t o d o g r a n a r t e . " E n e s o t a m b i e n

    S a r d u y s e a l e j a d e L e z a m a , p u e s s i e s t e p e r f i l a e n s u " C o r o n a " u n a s i t u a c i o n

    a r m o n i o s a d e l h o m b r e y e l c o s m o s , " u n a v i s i o n d e l m u n d o a m e r i c a n a e n e l

    q u e e l s u j e t o s e e n c u e n t r a e n u n e s t a d o d e s a l u d " ( M o n t e r o 3 6 ) , a q u e l o f r e c e

    a u n s u j e t o h o r a d a d o y e x u b e r a n t e d e c a r e n c i a s , f u n e r e o a u n q u e r i s u e f i o .

    A d e m a s , l a c o r o n a l e p e r m i t e u b i c a r e n e l c e n t r o u n v a c f o ( v a c u i d a d g e r -

    m i n a d o r a e n e l b u d i s m o ) e n t o r n o a l c u a l s e g e s t a l a p r e t e n d i d a e x u b e r a n c i a

    v i t a l . E n u n a e n t r e v i s t a d e 1 9 8 5 c o n J o r g e S c h w a r t z , r e s p o n d e a l a p r e g u n t a

    p o r e l n e o b a r r o c o c u b a n o c o n G o n g o r a : " H a y u n f e n o m e n o q u e m e i m p r e s i o -

    n a e x t r a o r d i n a r i a m e n t e e n e s a c a s a [ d e G o n g o r a ] , y q u e l o d e j a a u n o a t o n i t o ,

    p u e s t i e n e e l f u l g o r d e u n a p a r a d o j a : e s a c a s a e s t a p u r a m e n t e v a c f a , d e s n u d a ,

    b l a n c a . C o n s e r v a d a e n l a m i s m a m a n e r a e n q u e e r a . 0 s e a , G o n g o r a e s c r i b i o

    e n p r i m e r l u g a r c o n u n c a l o r a t e r r a d o r , y e n u n a c a s a i n m e n s a [ . . . ] D e s n u d a ,

    b l a n c a y e n c a l a d a . E s o m e h i z o r e f l e x i o n a r q u e , e n m e d i o d e l a v a c u i d a d y

    d e l b l a n c o m a s a g r e s i v o , s u r g e l a p r o l i f e r a c i o n m a s i n c o n t r o l a b l e " ( 1 8 2 8 ) .

    T o d o e l l o s i n o l v i d a r q u e e l m o t i v o d e l a c o r o n a , y a s e a c o m o s u s t a n t i v o o

    c o m o v e r b o , e n v a r i a d a s f o r m a s p e r s o n a l e s y n o p e r s o n a l e s , a p a r e c e b a s t a

    o n c e v e c e s e n l a P r i m e r a S o l e d a d y e s u n t e r m i n o h a b i t u a l e n G o n g o r a . E s e

    v a c f o c e n t r a l d e l a c o r o n a a f l o r a e n l a u l t i m a d e c i m a , e l " C o l o f o n " ( U n t e s t i -

    g o p e r e n n e 2 2 9 ) , d o n d e a l u s o c o t i d i a n o d e l p r o n o m b r e i n d e f i n i d o n a d a s e l e

    s u p e r p o n e j u g u e t o n a , p e r o s i g n i f i c a t i v a m e n t e , e l s u s t a n t i v o N a d a , q u e , p e r -

    s o n i f i c a d o , e n t a b l a s u p a r t i c u l a r p u g n a v e r b a l c o n l a M a t e r i a .

    J

  • '

    CORONANDO EL (NEO)BARROCO 297

    La Corona con juga, finalmente, Ia mayor parte de las obsesiones sarduya-nas, dispersas a lo largo de toda su obra. Si nos detenemos en Ia cuarta de las decimas, dedicada a Ia pifia (Un testigo perenne 227), vemos que en ella se amalgaman, como al desgaire, el triunfo de Ia muerte (Ia Pelona, que tambien tiene un componente erotico ), el oriente, el exilio, Ia simulacion (Ia guayaba, que alude al embuste, a la patrafia, como en el capitulo de Colibr{ "Sorbete de guayaba," dedicado al engafio a los sentidos), el acto de coronar como parodia ( coronacion burlesca), la literatura emblematica y Ia importancia de la metafo-ra (y por ende, de la charada, de arraigada tradicion en Cuba), o la indistincion entre Ia alta cultura y la cultura de masas, cuando se corona Ia decima evocan-do la letra de un tango de Garde! ("Mi Buenos Aires querido I cuando no te vuelva a ver I no habra mas penas ni olvido"), en lo que ha de ser visto como una nueva forma de referirse a Cuba en anamorfosis, como antes lo habfa hecho a partir de la India o de Ceilan (Quesada, "De la India" 57).

    Aunque muchas de las criticas a Gongora por parte de sus contempora-neos provinieron de la presunta vacuidad que enmascaraba la oscuridad de su expresion poetica, Sarduy encontrara en esas supuestas fallas la poetica de un aliado. A Sarduy no le interesa leer a Gongora en su tiempo, aproximarse a el con el rigor del filologo ni, a diferencia de lo que sucediera en el periodo colonial, recuperarlo por el prestigio que en la cultura occidental pudiera tener, sino demostrar su actualidad leyendolo desde el presente y sefialando, desde su contemporaneidad posmoderna, lo que m:in Gongora tenia que decirnos. De ahi el proceso de resemantizacion a que lo somete en su vertien-te neobarroca mas irreverente, ya sea deconstruyendo su poesia para rearticu-larla h:idicamente, ya sea dotando a sus formas y estructuras de contenidos ajenos al cordobes, ya sea mediante el espejeo, que retoma tanto como distor-siona; un proceso que, con frecuencia, pasa por confrontar la alta cultura con )a popular, como acontece en la irrupci6n gongorina en Cobra, de factura netamente camp. De ahf tambien que recurra a el para vehicular no solo el erotismo dulzon y mortuorio de su neobarroco funerario, sino que lo enarbole contra Lezama - en particular, en Ia Corona de las frutas - para, mediante nociones tan queridas para el como las de simulacra y artij!cio, negar rotun-damente el caracter natural de las frutas y la armonia del individuo en dicho contexto. En ultima instancia, Sarduy entiende que en Gongora se materializa una de sus obsesiones vitales, lade la religion del vacio, porque si ellogos en el neobarroco es una pantalla que esconde la carencia, no puede sino ver en el vacio de la obra gongorina una suerte de retombee (Ia retombee es anacro-nica por definicion) de la cosmologfa posbarroca, o por decirlo de otro modo, un alma anacronicamente gemela.

    UNIVERSITY OF MIAMI

  • 2 9 8 R O M A N C E N O T E S

    0 B R A S C J T A D A S

    A l o n s o , D a m a s o . E s t u d i o s y e n s a y o s g o n g o r i n o s . 3 a e d . M a d r i d : G r e d o s , 1 9 7 0 .

    A y a l a , M a t f a s . " E s t r a t e g i a s c a n o n i c a s d e l n e o b a r r o c o p o e t i c o l a t i n o a m e r i c a n o . " R e v i s t a d e C r f -

    t i c a L i t e r a r i a L a t i n o a m e r i c a n a 7 6 ( 2 0 1 2 ) : 3 3 - 5 0 .

    B e v e r l e y , J o h n . " S o b r e G o n g o r a y e 1 g o n g o r i s m o c o l o n i a l . " R e v i s t a I b e r o a m e r i c a n a 1 1 4 - 1 1 5

    ( 1 9 8 1 ) : 3 3 - 4 4 .

    C a r i l l a , E m i l i o . E l g o n g o r i s m o e n A m e r i c a . B u e n o s A i r e s : F a c u l t a d d e F i l o s o f f a y L e t r a s , 1 9 4 6 .

    C h i a m p i , I r l e m a r . B a r r a c o y m o d e r n i d a d . M e x i c o : F C E , 2 0 0 0 .

    F e r n a n d e z , T e o d o s i o . " G o n g o r a e n I a l i t e r a t u r a b a r r o c a h i s p a n o a m e r i c a n a . " G l a s a 2 ( 1 9 9 1 ) :

    1 0 7 - 2 3 .

    G a l l o , R u b e n . " S a r d u y a v e c L a c a n : I a r e p r e s e n t a c i o n d e l p s i c o a n a l i s i s f r a n c e s e n C o b r a y L a

    s i m u l a c i o n . " S a r d u y e n t r e n o s o t r o s . E d . G u s t a v o G u e n e r o y C a t a l i n a Q u e s a d a . M e x i c o :

    F C E , 2 0 1 5 .

    G o n g o r a y A r g o t e , L u i s d e . T o d o G o n g o r a . E d . J o s e M a r f a M i c o e t a ! . B a r c e l o n a : U n i v e r s i d a d

    P o m p e u F a b r a . W e b . 8 j u n i o 2 0 1 4 .

    G o n z a l e z E c h e v a r r i a , R o b e r t o . " A p e t i t o s d e G o n g o r a y L e z a m a . " R e v i s t a I b e r o a m e r i c a n a 9 2 -

    9 3 ( 1 9 7 5 ) : 4 7 9 - 9 1 .

    G o n z a l e z E s t e v a , O r l a n d o . C u e r p o s e n b a n d e j a . F r u t a s y e r o t i s m o e n C u b a . M e x i c o : A r t e s d e

    M e x i c o , 1 9 9 8 .

    G u e r r e r o , G u s t a v o . " G o n g o r a , S a r d u y y e l n e o b a r r o c o . " E d . J o a q u f n R o s e s . A e t a s d e l o s F o r o s

    d e D e b a t e G o n g o r a H o y . C o r d o b a : U n i v e r s i d a d d e C o r d o b a , 2 0 0 4 . 2 2 7 - 4 1 .

    --~. " E n s u s d o m i n i o s n o s e p o n e e l s o l : n e o b a r r o c o s y o t r o s g o n g o r i n o s e n I a p o e s f a l a t i -

    n o a m e r i c a n a d e l s i g l o x x . " G o n g o r a : I a e s t r e l l a i n e x t i n g u i h l e . M a g n i t u d e s t e t i c a y u n i v e r -

    s o c o n t e m p o r a n e o . M a d r i d : S o c i e d a d E s t a t a l d e A c c i o n C u l t u r a l , 2 0 1 2 . 2 0 9 - 2 3 .

    - - - . " B a r r o c o s , n e o b a r r o c o s y n e o b a r r o s o s : e x t r e m o s i d a d y E x t r e m o O c c i d e n t e . " R e v i s t a

    d e C r i t i c a L i t e r a r i a L a t i n o a m e r i c a n a 7 6 ( 2 0 1 2 ) : 1 9 - 3 2 .

    L e z a m a L i m a , J o s e . L a e x p r e s i o n a m e r i c a n a . E n s a y o s c o m p l e t o s I I I . E d . L e o n o r U l l o a , J u s t o

    U l l o a e I r l e m a r C h i a m p i . A 1 m e r f a : E d i t o r i a l C o n f l u e n c i a s , 2 0 1 1 .

    --~. I m a g e n y p o s i b i l i d a d . L a H a b a n a : E d i t o r i a l L e t r a s C u b a n a s , 1 9 8 1 .

    L u c i e n , R e n e e C l e m e n t i n e . " L a s f r u t a s d e E r o s : R a m o n A l e j a n d r o y G u i l l e r m o C a b r e r a I n f a n -

    t e . " R e v i s t a L e t r a l 7 ( 2 0 1 1 ) : 6 6 - 7 6 .

    M a r a v a l l , J o s e A n t o n i o . L a c u l t u r a d e l b a r r o c o . B a r c e l o n a : A r i e l , 1 9 7 5 .

    M a t e o d e l P i n o , A n g e l e s . " L a s f r u t a s p o r c o r o n a o I a d e c i m a c o m o d i s f r a z . S e v e r o S a r d u y , t e s -

    t i g o f u g a z y d e l a t a d o . " R e v i s t a E n c u e n t r o d e I a C u l t u r a C u b a n a 2 1 - 2 2 ( 2 0 0 1 ) : 1 9 3 - 2 0 2 .

    M o n t e r o , O s c a r . " E l ' c o m p r o m i s o ' d e l e s c r i t o r c u b a n o e n e l 1 9 5 9 y I a ' C o r o n a d e l a s f r u t a s ' d e

    L e z a m a . " R e v i s t a I b e r o a m e r i c a n a 1 5 4 ( 1 9 9 1 ) : 3 3 - 4 2 .

    M o u l i n - C i v i l , F r a n ( _ : o i s e . " I n v e n c i o n y e p i f a n f a d e l n e o b a r r o c o : e x c e s o s , d e s b o r d a m i e n t o s ,

    r e v e r b e r a c i o n e s . " S a r d u y . O b r a c o m p l e t a . G u e r r e r o y W a h l . T o r n o I I . 1 6 4 9 - 7 8 .

    P a r k i n s o n Z a m o r a , L o i s . L a m i r a d a e x u b e r a n t e . B a r r a c o n o v o m u n d i s t a y l i t e r a t u r a l a t i n o a m e -

    r i c a n a . M a d r i d / F r a n k f u r t : I b e r o a m e r i c a n a / V e r v u e r t , 2 0 1 1 .

    P e r e z , R o l a n d o . S e v e r o S a r d u y a n d t h e N c o - b a r o q u e I m a g e o f T h o u g h t i n t h e V i s u a l A r t s . W e s t

    L a f a y e t t e : P u r d u e U P , 2 0 1 2 .

    P e r l o n g h e r , N e s t o r . " N e o b a r r o c o y n e o b a r r o s o . " M e d u s a r i o . M u e s t r a d e p o e s i a l a t i n o a m e r i c a -

    n a . E d . R o b e r t o E c h a v a r r e n e t a ! . M e x i c o : F C E , 1 9 9 6 . 1 9 - 3 0 .

    Q u e s a d a , C a t a l i n a . " D e 1 a I n d i a a l a s I n d i a s y v i c e v e r s a . R e l a c i o n e s l i t e r a r i a s e n t r e H i s p a n o a -

    m e r i c a y A s i a ( s i g l o X X ) . " l h e r o a m e r i c a n a 1 1 . 4 2 ( 2 0 1 1 ) : 4 3 - 6 3 .

    --~. " V a g a b u n d a s a z u l e s y e n a n a s b l a n c a s : p r i n c i p i o s d e a s t r o n o m f a a p 1 i c a d a . " S a r d u y

    e n t r e n o s o t r o s . E d . G u s t a v o G u e r r e r o y C a t a l i n a Q u e s a d a . M e x i c o : F C E , 2 0 1 5 .

  • CORONANDO EL (NEO)BARROCO 299

    Roses, Joaqufn. Gongora: Soledades habitadas. Malaga: Servicio de Publicaciones de Ia Uni-versidad de Malaga, 2007.

    Sanchez Robayna, Andres. "El ideograma y el deseo (Ia poesfa de Severo Sarduy)." Sarduy. Obra completa. Guerrero y Wahl. Torno II. 1551-70.

    ---. "La recepci6n de Gongora en Europa y su estela en America." Gongora: Ia estrella inextinguible. Magnitud estetica y universo cuntemporaneo. Madrid: Sociedad Estatal de Acci6n Cultural, 2012. 171-89.

    Sarduy, Severo. Escrito sobre un cuerpo. Obra completa. Ed. Gustavo Guerrero y Fran