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“Neste centenário podemos recordar

o importante contributo da Siemens

para a melhoria da qualidade de vida

dos portugueses, fundamentalmente

através da modernização das

infra-estruturas, do tecido

empresarial do País e das boas

práticas sociais e ambientais.”

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500 anos ao Ser7iço dos +ortugueses

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500 anos a +rojectar o Futuro

As Empresas criadas pelo Hrupo Siemens

/istorial Siemens

“Foi um século repleto

de acontecimentos que

mudaram o rumo da

história mundial,

e também da história

dos portugueses.”

5

Mensa'em do Presidente

100 ANOS A PROJECTAR O FUTURO

Em cem anos, muita coisa mudou nas nossas vidas.

A introdução da tecnologia revolucionou a forma

como concebemos a comunicação; a mobilidade

é hoje uma realidade; o mundo passou a estar mais

acessível, onde quer que o Homem se encontre.

Foi um século profícuo em inovações tecnológicas,

tendo a medicina, a energia e as telecomunicações,

dado um grande contributo para o prolongamento

da comodidade, da segurança e da esperança média

de vida dos povos. Tudo isto em prol do conforto

e do alargamento de perspectivas do homem

enquanto indivíduo.

Foi um século repleto de acontecimentos que

mudaram o rumo da história mundial, e também da

história dos portugueses. Resistindo às vicissitudes

do contexto nacional e internacional, às grandes

crises económicas e sociais, a nossa Empresa

conseguiu manter-se fiel aos princípios que

nortearam a sua constituição, na Alemanha, há mais

de 150 anos, com um espírito empreendedor e de

parceria com as realidades locais onde apostou

desenvolver-se. “Não venderei o futuro por um lucro

de curto prazo” afirmava o nosso fundador, Qerner

von Siemens, ainda no século XIX.

A Siemens acompanhou todas estas mudanças, ao

estabelecer-se oficialmente em Portugal em Novembro

de 1905, com a intenção de poder contribuir com

um crescente valor acrescentado local.

Neste centenário podemos recordar o importante

contributo da Siemens para a melhoria da qualidade

de vida dos portugueses, fundamentalmente através

da modernização das infra-estruturas, do tecido

empresarial do País e das boas práticas sociais

e ambientais.

Cem anos depois, apostando continuamente na

Excelência Operacional da nossa gestão e na

Inovação Estratégica, a Siemens mantém uma

presença incontornável e exemplar na sociedade

portuguesa, vingando nos desafios que se lhe

colocam e reagindo antecipadamente às necessi-

dades que lhe são apresentadas pelos seus Parceiros,

sempre com a transparência, o profissionalismo

e a responsabilidade social a que se compromete.

É assim com confiança que brindamos a um

percurso centenário repleto de obras marcantes,

que passaram pela electrificação do País, pelo

desenvolvimento dos transportes ferroviários, pelo

lançamento das redes de telecomunicações de última

geração, pela modernização dos Hospitais, pelo

desenvolvimento das Indústrias de Alta Tecnologia,

pelos grandes investimentos em Investigação

e Desenvolvimento, pelas Exportações de Software

e serviços made in Portugal ou em outros projectos

estruturantes como a Expo]98 ou o Euro-2004, em

que a Siemens, através da sua oferta de soluções

multidisciplinares e globais, ajudou a concretizar

localmente os sonhos de muitos portugueses.

Manteremos esta aposta no aumento e evolução das

nossas competências locais, integrando-as na Rede

Global de Inovação que é a Siemens no Mundo, para

assim podermos continuar a projectar o futuro de

Portugal. É este o nosso compromisso para o

segundo século de presença em Portugal que

agora se inicia.

Carlos de Melo Ribeiro

Administrador-Delegado, Siemens, S.A.Presidente do Grupo Siemens

'(( anos a pro/ectaro 1uturo

Siemens Forum · Sede da Siemens em Al1ragide · 2005

/istorialdo log2tipo da Siemens'3(4 5 6((4

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5:2; 5:2@

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2005

7

Historial do lo'9tipo da Siemens 1905 < 2005

100 ANOS A PROJECTAR O FUTURO

Linha de montagem de uma 1ábrica Siemens

A primeira notícia referente a um fornecimento da

empresa dos irmãos Siemens em Portugal data de

1876, mas a instalação da primeira sucursal

portuguesa da então Siemens-Schuckert só se

concretizou em 1905, dando-se assim início a uma

presença regular de cem anos que agora a Siemens,

S.A. assinala com natural orgulho. Um século de

actividades em Portugal, durante o qual o Grupo

Siemens assumiu o estatuto de parceiro empenhado

na modernização e no desenvolvimento do País, no

cumprimento de uma estratégia que sempre

prosseguiu o objectivo de acrescentar valor à

economia nacional.

Passar em revista estes cem anos de presença da

Siemens em Portugal resulta num exercício que nos

permite, desde logo, confirmar o decisivo contributo

dado pela Empresa em todas as fases decisivas do

desenvolvimento da sociedade portuguesa,

fundamentalmente através da modernização das

infra-estruturas e do tecido empresarial do País.

Um objectivo prosseguido com o investimentoconstante na inovação, na qualidadee na formação profissional, trunfos quea Siemens fez valer na concretizaçãode múltiplos projectos estruturantespara Portugal nos quais participou.

Desde o processo de electrificação do País ao

desenvolvimento do transporte ferroviário, desde

o equipamento tecnológico dos serviços de Saúde

ao lançamento das redes de telecomunicações de

última geração, a presença da Siemens revelou-se

decisiva, resultando numa real mais-valia para

a qualidade de vida dos portugueses.

Em suma, a história dos cem anos da Siemens em

Portugal é um claro exemplo de sucesso,

comprovado, aliás, pela importância estratégica que

a actividade das empresas do Grupo representa hoje

para a economia nacional.

Tendo como rosto mais visível a Siemens, S.A. – que

articula a actividade de diversos operating groups

nas áreas da engenharia eléctrica e electrónica, bem

como a produção das fábricas do Sabugo (transfor-

madores) e de Corroios (quadros eléctricos) –

a sociedade regional do Grupo Siemens em Portugal

integra um conjunto de empresas próprias ou parti-

cipadas que operam em diversas áreas de negócio,

a saber: Osram, Lda. (material de iluminação e

acessórios), Fujitsu Siemens Computers (compu-

tadores e serviços), BSH Household Appliances

(electrodomésticos), bem como Infineon

Technologies, S.A. (semicondutores) e Epcos, S.A.

(condensadores de tântalo).

Este conjunto de empresas, cuja actividade engloba

a generalidade dos sectores estratégicos da economia

portuguesa, beneficia ainda das sinergias resultantes

da sua integração num operador global, o que lhe

permite não só oferecer um leque muito diversi-

ficado de negócios, mas também posicionar-se

activamente no mercado mundial. Daí que as

exportações do Grupo Siemens em Portugal atinjam

valores superiores a 1.000 milhões de EUR anuais.

Para chegar a estes números, reveladores do peso

específico que a actividade da Siemens representa

para a economia do País, uma longa caminhada de

cem anos ultrapassou marcos fundamentais que

consolidaram uma ligação cada vez mais íntima da

Empresa à comunidade envolvente. É dessa

caminhada e desses marcos que aqui se pretende

dar breve notícia.

'(( anos ao servi8odos portu9ueses

9

100 anos ao Servi?o dos Portu'ueses

100 ANOS A PROJECTAR O FUTURO

Siemens Hals=e · 1?05

'3(45'36(:omo tudo come8ouData de 1876 a primeira referência sobre um

fornecimento da Siemens em Portugal. A notícia

dava conta do fornecimento de um forno contínuo

com regeneração de calor para a indústria vidreira

da Marinha Grande, permitindo assim a instalação

da produção em série numa das primeiras zonas de

produção industrial de Portugal.

Embora o atraso do processo de industrialização em

Portugal fosse uma realidade incontornável no final

do século XIX, este primeiro fornecimento da

Siemens pode considerar-se emblemático da

actividade que o Grupo passaria a desenvolver no

País, marcada pela permanente oferta de soluções

inovadoras com forte impacto na modernização do

tecido empresarial.

O tímido lançamento de algumas instalações

eléctricas em unidades industriais e áreas urbanas

proporcionou então a oferta de produtos Siemens

que chegavam a Portugal através da figura

tradicional do comissionista ou representante.

Destacou-se nesse papel um cidadão alemão,

residente no Porto, de seu nome Emílio Biel, que se

tornou também conhecido na cidade graças à sua

obra de fotógrafo.

Segundo alguns anúncios da época publicados em

O Comércio do 6orto Ilustrado, Biel possuiria nos

seus depósitos do Porto dínamos e lâmpadas de arco

voltaico, sistema Schuckert, bem como lâmpadas de

incandescência de Siemens e Edison e outro material

eléctrico para instalações rápidas em fábricas. A lista

inserta nos anúncios revelava as instalações

eléctricas, sustentadas em dínamos, realizadas por

si em Portugal, as quais, em 1895, eram já 32, sendo

a lista iniciada pela tanoaria e pela moagem de

H. Andresen (1890), a que se seguiram várias fábricas

espalhadas pelo País, estações ferroviárias

(Sto Apolónia e Entroncamento), Companhia de Luz

Eléctrica do Porto, Empresa de Luz Eléctrica de Vila

Real, 14 chalés no Estoril, Palácio da Bolsa (Porto),

entre outros casos.A instalação das primeiras

11

1905<1920

100 ANOS A PROJECTAR O FUTURO

13

1905<1920

100 ANOS A PROJECTAR O FUTURO

A instalação das primeiras centrais termoeléctricas,

a que se seguiriam as hidroeléctricas, data também

deste período. A adopção do carro eléctrico como

transporte urbano no Porto (1895) e em Lisboa (1901)

são exemplos da gradual apetência pela electricidade

como solução energética e da consequente

emergência de um mercado para os produtos

indispensáveis à sua produção, transporte

e aplicação: motores Siemens foram implantados,

durante a década de 90, em carruagens dos carros

americanos (tracção animal) da Carris do Porto,

permitindo a sua reconversão em carros eléctricos.

É pois neste contexto de um processo de

electrificação ainda a dar os primeiros passos que

surge a instalação da primeira sucursal portuguesa

da Siemens-Schuckert, a designada Companhia

6ortuguesa de :lectricidade Siemens Schuckertwerk,

=da., que em 24 de Novembro de 1905 inaugurou

um escritório em Lisboa e uma representação no

Porto.

Telégra1o de ponteiro desenvolvido por Derner von Siemens · 1E4G

Dínamo desenvolvido por Derner von Siemens · 1E66

Eléctrico da linha de Sintra · 1?02

Ainda que a sua actividade tenha sido inicialmente

limitada, a sucursal da Siemens, através daoferta de produtos e serviçosdisponibilizados directamente nomercado, contribuiu para difundire desenvolver a ideia da necessidadeda electrificação em Portugal.

Fruto desta capacidade de oferta de equipamentos

e soluções técnicas, a Siemens conseguiu ainda

assim marcar presença nalguns complexos de

produção e distribuição de electricidade lançados

nas vésperas da Primeira Guerra Mundial. Em 1913,

a Siemens fornecia os equipamentos para a Central

Hidroeléctrica de Santa Rita, em Fafe, e assegurava

um contrato para o fornecimento de seis máquinas

de vapor, com geradores tipo volante, para a central

termoeléctrica de Massarelos, a construir pela

Companhia Carris do Porto, em substituição da sua

obsoleta Central da Arrábida.

Este fluxo de investimentos seria, no entanto,

interrompido devido à deflagração da Primeira

Guerra Mundial e à posterior entrada de Portugal

no conflito. Em 1916, o Estado expropriou as

actividades de súbditos e empresas alemãs, processo

que também envolveu a Siemens.

15

1905<1920

100 ANOS A PROJECTAR O FUTURO

Lm dos primeiros certi1icados Siemens M Hals=e AN

Publicidade · AnPncio de electrodomésticos

Só alguns anos após a Primeira Grande Guerra

a Siemens voltou a estar representada directamente em

Portugal. Por registo notarial de 15 de Julho de 1922, foi

criada a Siemens, =da. ? Companhia de :lectricidade, com

sede em Lisboa, na Rua da Prata, nº 108, 2º, mantendo

uma delegação técnica no Porto (Rua das Carmelitas, nº

12). O capital da sociedade, no montante de cem mil

escudos, era distribuído em duas quotas iguais pela

Siemens & Halske AG e Siemens Schuckertwerke, GmbH,

tendo sido registado como objecto social da firma a

“representação de casas comerciais estrangeiras,

especialmente no ramo de indCstrias eléctricas e artigos

de electricidade”. Ficaram então como administradores

os engenheiros Friedrich Marcuse e Edward von Almen.

6m certo incremento no processo deelectrificação verificado nos anos %@e &@ veio permitir alguma relevânciaDs actividades da Siemens em Portugal,

permitindo-lhe negociar a instalação de vários

equipamentos significativos, de que são exemplos uma

central hidráulica para a Companhia de Fiação e Tecidos

de Fafe (1926), ou a entrega às Companhias Reunidas de

Gás e Electricidade do cabo eléctrico de 30 kV para

a central Tejo - Sacavém, destinado à ligação

a Santarém (1930).

'36(5'34(

17

1920<1950

100 ANOS A PROJECTAR O FUTURO

Delegação Porto · Rua das Carmelitas

Da Rua da Prata à Rua AugustaPara melhor corresponder às expectativas de aumento do volume de negócios,

foram introduzidas alterações formais na sociedade. Por escritura de 16 de Junho

de 1931, nascia a Siemens ? Companhia de :lectricidade, S.A.R.L., cujo capital social

subiu a um milhão de escudos: a Siemens Schuckertwerke subscrevia 720 contos,

a Siemens & Halske 240 contos, entrando mais oito sócios, em nome individual,

com uma quota de cinco mil escudos cada. Era a forma de transformar a empresa

em sociedade anónima, facto elucidativo da importância crescente da Siemens em

Portugal e da atenção com que os headEuarters passavam a olhar a sua sucursal.

Também a transferência da sede, em 1934, para instalações mais dignas na Rua

Augusta, é reveladora do aumento de estatuto da sucursal portuguesa.

<rimeiras =nstala8?es

Sede da Siemens na Rua Augusta em Lisboa · 1?34

19

1920<1950

100 ANOS A PROJECTAR O FUTURO

O recurso crescente à tecnologia Siemens no

processo de electrificação em Portugal era,

entretanto, uma realidade insofismável. Exemplo

disso mesmo foi a instalação, em 1932, na central

do Lindoso (Electra del Lima), de um alternador

trifásico de 17,5 MVA, 6000 V, acoplado com uma

turbina hidráulica, conjunto que constituiu o maior

grupo alternador em Portugal até 1939.

Embora a procura portuguesa de equipamentos de

produção e transporte de electricidade, no período

entre as duas guerras mundiais, tivesse sido

limitada, os fornecimentos da Siemens

intensificavam-se no decorrer da década de 30,

contribuindo para a modernização de várias

unidades fabris da maior relevância (Fábrica de

Fosfatos da CUF, Fábrica de Cimentos Tejo,

Instalações da CP no Barreiro, etc).

Esta dinâmica acabaria por ser interrompida com

a eclosão da Segunda Guerra Mundial. A própria

Siemens, na origem, foi obrigada a direccionar

a sua acção para o esforço de guerra que envolvia

a Alemanha, deixando de ter as condições

necessárias para novos fornecimentos. Em 1945,

terminado o conflito, o Estado Português voltou

a confiscar alguns bens a empresas alemãs, processo

a que a Siemens não escapou. No entanto, importa

destacar que a presença institucional da empresa

em Portugal não sofreu qualquer interrupção desta

vez, embora novos negócios de referência só tenham

ocorrido em 1947, com a Siemens a fornecer um

posto de transformação e a instalação eléctrica

completa para a Companhia Portuguesa de Trefilaria,

em Sacavém.

1920<1950

100 ANOS A PROJECTAR O FUTURO20

Publicidade - AnPncio de electrodomésticos

Imagem de época · Praça dos RestauradoresEXpansão da área urbana de Lisboa · Metropolitano de Lisboa

Cahora-Bassa, desenvolvido pelos portugueses na

então província ultramarina de Moçambique, cujo

equipamento se tornou numa referência tecnológica

para a Siemens AG.

Numa outra linha, a Siemens ampliou o forneci-

mento de equipamentos para várias unidades fabris

ou institucionais que solicitavam subestações,

centrais próprias, transformadores, rectificadores

ou sistemas de electrificação: são algumas dezenas

de empresas novas ou em renovação que procuram

articular produção própria com a da rede nacional

ou solicitam ainda instalações complexas, cuja

enumeração seria fastidiosa.

21

1950 < 1960

100 ANOS A PROJECTAR O FUTURO

No período pós-Segunda Guerra Mundial,o processo de electrificação em Portugalconheceu um natural alento e tornou-semais aliciante para os operadoresdo sector da electricidade em Portugal.

Legislação entretanto publicada definia, por um lado,

a opção hidroeléctrica para o problema energético em

Portugal, e criava, por outro lado, um espaço para

lançar as “indústrias de base”, nas quais se incluíam

as indústrias químicas, responsáveis por elevados

consumos de energia (casos das fábricas de Estarreja,

Alferrarede, Canas de Senhorim, entre outras).

Em 1950, encontravam-se em exploração, no território

continental, apenas 21 aproveitamentos hidroeléctricos,

uma pequena fracção dos 74 considerados em projecto

para o plano nacional de electrificação, embora já oito

estivessem em construção (casos de Castelo de Bode,

Pracana ou Belver). A concretização surgiu lentamente,

só se tornando visível a partir de 1953, com a imple-

mentação dos “planos de fomento”.

A Siemens aproveitou estasoportunidades do mercadoe multiplicou os fornecimentosem diversas áreas.

De entre os contratos mais relevantes concretizados

nos anos 50/60, registam-se os equipamentos para

centrais geradoras de electricidade. Para além dos casos

de renovação ou ampliação de capacidade, através da

instalação de subestações, transformadores ou sistemas

de corte e medida (Hidroeléctricas do Coura, do Cávado,

da Serra da Estrela, do Alto Alentejo, Companhia

Eléctrica das Beiras, União Eléctrica Portuguesa,

Chenop), surgiram também oportunidades para

a instalação completa de centrais, incluindo a implan-

tação de turbinas, alternadores e transformadores

(Central da Bouça, da Hidroeléctrica do vêzere).

Saliente-se que, a partir de 1965, a Siemens começou

a participar no colossal projecto hidroeléctrico de

'34( 5 '3@(O relançamento da electrificação

EZuipamento para centrais geradoras de electricidade

múltiplas empresas, bancos e entidades

públicas recorriam à tecnologia Siemens para

instalações de telex, circuitos internos de

televisão, sistemas de telecheque ou redes

telefónicas privadas.

Um outro campo de negócio emergia, no final da

década de 60, a partir dos contratos com os CTT para

a ampliação da rede de telecomunicações (centrais

Telex em Lisboa e Porto, cabo coaxial Porto-Braga,

Setúbal-Évora, Marateca-Alcácer-do-Sal), bem como

na participação da instalação de centrais para

comunicações com o Ultramar. A construção hoteleira,

derivada do boom turístico, favoreceu o crescente

fornecimento de equipamentos electroacústicos e

antenas colectivas, bem como dispositivos de

segurança contra roubo e incêndio. Para além disso,

Incremento do negócio

A aposta no caminho-de-ferroComo nova linha negocial, referenciem-se os trans-

portes ferroviários, cujo processo de electrificação

então se incrementava. No período 1955-1968,

a Siemens participou, integrada num consórcio,

na electrificação das Linhas do Norte e de Sintra,

fornecendo catenárias, equipamento para automotoras

e locomotivas eléctricas, aparelhagem de telecomando,

sinalização e medida.

Em 1955, surgiu também a oportunidade de fornecer

ao Metropolitano de Lisboa, recém-instalado, várias

encomendas: 24 carruagens automotoras; 12 postos

de transformação; iluminação de estações, subestações

e vias. Em 1960, reforçava essa colaboração,

assegurando a ampliação da frota com mais

14 carruagens automotoras.

1950 < 1960

100 ANOS A PROJECTAR O FUTURO22

Linha de Sintra

Controlador de comboios · 1?50

Finalmente, em função da vulgarização da

electricidade e da consagração dos

electrodomésticos por evolução de padrões de

consumo e poder de compra, fenómenos

acompanhados pela publicidade televisiva e por

práticas de vendas a prestações, as vendas de

aparelhagem para uso doméstico da Siemens

apresentavam resultados crescentes, não obstante

a forte concorrência que se vivia neste domínio:

televisões, máquinas de lavar roupa e máquinas

de lavar louça eram os produtos em ascensão.

Os anos 50/60 configuraram-se como um tempo

de crescimento económico em Portugal, revelando

um surto de industrialização marcante na história

do País, ajudando a ultrapassar a fase da economia

restritiva e de auto-suficiência em que estava

mergulhado. A electrificação representava uma

das bases estruturais para se implantar

o progresso técnico.

23

1950 < 1960

100 ANOS A PROJECTAR O FUTURO

Sede na Av. Almirante Reis - 1?62

A importância crescente do movimento comercial

da Siemens era tão notória que levou a nova

transferência de sede. A partir de 1962, esta ficou

instalada num prédio da Avenida Almirante Reis,

nº 65, edifício com nove andares, onde se

distribuíam os diversos departamentos da

empresa, entretanto organizados. Mas a acção

empresarial da Siemens em Portugal, por esta

altura, já não se limitava à simples colocação de

produtos importados, tendo começado

a implantar unidades de produção industrial.

Neste contexto, através dosseus fornecimentos,

a Siemens deu umimportante contributo

para a modernizaçãotecnológica

de Portugal.

Trans1ormador de Pot\ncia · 1?G0

A situação vivida em Portugal, no início

dos anos 60 era, no mínimo, complexa

tornando-se evidente o confronto entre

uma realidade conservadora, com sinais

de forte arcaísmo (guerra colonial,

emigração massiva), e notórios anseios

de modernização, de abertura

à industrialização e à Europa, através

da integração na EFTA (1960).

Perante condições favoráveis ao

investimento estrangeiro, num quadro

económico em que a exportação se

configurava como o objectivo principal,

tendo em vista suportar os custos do

esforço de guerra, surgiram, então,

unidades industriais vocacionadas para

a exportação, casos da construção naval,

celulose e indústria electrónica.

'3@( 5 '3A(

25

1960 < 1970

100 ANOS A PROJECTAR O FUTURO

Besenvolvimento industrial

Produzir no Sabugo e em ÉvoraSob licença da Siemens, a ENAE

começou a produzir também motores

eléctricos e transformadores de

potência, de reduzidas dimensões, tendo

decidido, em 1960, criar uma nova

unidade – a Motra - Equipamentos

Eléctricos S.A.R.L.. Em 1962, a Motra

passou para o controlo da Siemens, que,

no ano seguinte, deu início a uma outra

construção fabril de raiz, junto à estação

do caminho-de-ferro do Sabugo. A 3 de

Dezembro de 1964 eram inauguradas

as novas instalações da empresa, que

funcionava como associada do grupo

para a produção de transformadores,

motores, electro-bombas e ferramentas

eléctricas. Com cerca de 300

empregados, alguns deles com estágio

na Alemanha, a nova unidade, mais

conhecida como Fábrica do Sabugo, foi

projectada com automação da maior

parte do seu equipamento e com

métodos modernos de organização de

trabalho, configurando-se, ao tempo,

como exemplar.

Esta conjuntura terá levado

a Siemens a assumir

um posicionamento ainda

mais interventivo em Portugal, com

investimentos dirigidos também

para a área da produção industrial.

A primeira acção deste tipo surgiu com

a colaboração prestada à ENAE - Empresa

Nacional de Aparelhagem Eléctrica, que

produzia lâmpadas de incandescência

(Lumiar) e passou, depois de um acordo

de assistência técnica com a Osram (uma

subsidiária alemã da Siemens), a produ-

zir também lâmpadas fluorescentes

desta marca.

Relé de 1?G5

Produção de tele-impressoras

A Siemens – Companhia de Electricidade, S.A.R.L.

enquanto distribuidora em Portugal de todos os

produtos das várias fábricas do consórcio mundial

Siemens, assumiu a distribuição da produção do

Sabugo, que incluía transformadores de grandes

dimensões com grande procura no mercado para

várias instalações eléctricas importantes, caso de

Cahora Bassa, em Moçambique.

Esta incursão da Siemens na área da produção em

Portugal motivou uma alteração estatutária,

realizada em Abril de 1966, através da qual a Siemens

– Companhia de Electricidade, S.A.R.L. definia como

objecto social “o fabrico, aEuisição, reparação e venda

de máEuinas, aparelhos, artigos e respectivas peças

e acessórios, especialmente os pertencentes ao ramo

electrotécnico e electrónico, podendo abranger

também a comparticipação em outras empresas, bem

como dedicar-se, se assim for decidido pela

assembleia-geral, a EualEuer outra espécie de

operaçKes ou actividades comerciais”.

O Grupo Siemens decide então aumentar a sua

capacidade industrial em Portugal e lança-se no

domínio da microelectrónica. Na Fábrica do Sabugo

foi criada, em 1969, uma linha de produção de

matrizes para memórias de computadores, a que se

seguiu outra de circuitos integrados híbridos,

componentes para amplificadores a utilizar em cabos

coaxiais de forma a permitir 10.800 conversações

telefónicas simultâneas, na altura uma revolução

nas telecomunicações. Estas novas produções deram

origem a uma nova unidade funcional – a Divisão

Electrónica –, mais tarde autonomizada em unidade

fabril própria.

Em 1971, a Siemens implantou uma nova fábrica

para a produção de relés (material de

telecomunicações), nos arredores de Évora, cuja

produção se destinava também à exportação. Dada

a sua localização num meio predominantemente

rural, esta unidade revestiu-se de um importante

significado simbólico, com importantes reflexos no

mercado de trabalho local.

Segundo os dados da empresa, em finais de 1971,

a Siemens empregava 1304 trabalhadores em Portugal,

dos quais 435 em Évora e 475 no Sabugo, com os

restantes ocupados nos departamentos comerciais

e administrativos da unidade distribuidora.

27

1960 < 1970

100 ANOS A PROJECTAR O FUTURO

Imagem de época · Construção da Ponte sobre o Tejo - 1?66

Aspiradores de pó dos anos 60

Telemóvel dos anos E0

Televisão “Estoril” anos E0

“aeitoso” - Radiador eléctrico compacto

Televisão dos anos 50

Tele1one dos anos 40

Quadro eléctrico Indelma · 1977

1970-1980

31

1970-1980

100 ANOS A PROJECTAR O FUTURO

Perante uma profunda reestruturação verificada

nos headquarters (criação da Siemens AG como

centro de decisão e reorganização do Grupo por

áreas de negócio), também a subsidiária portuguesa

se reorganizou em 1972, adoptando a designação

oficial de Siemens, S.A.R.L. e definindo quatro

departamentos, que passaram a chamar a si a gestão

da respectiva área de negócio: o Electromédico (que

recebeu os direitos de representação da anterior

Siemens Electromédica, S.A.R.L., filial da Siemens

Reiniger); as Telecomunicações; a Energia e

Indústria; e os Electrodomésticos. A estrutura

orgânica era completada pelo Departamento da

Administração, pela Delegação Técnica do Porto,

pela Fábrica do Sabugo e pela Fábrica de Évora.

Para além de prosseguir a função de distribuidora

de um Grupo Global, a Siemens, S.A.R.L. aprofundou

o seu investimento numa política industrial baseada

em dois objectivos centrais: incorporar crescente

matéria nacional no produto final (em 1972, já

representava 65% do valor de vendas); e privilegiar

a exportação de produtos, para a qual os

componentes de microelectrónica contribuíam

quase a 100%.

A aposta industrial e exportadora alargou-se com

a aquisição, em 1973, da Indelma � Indústrias Electro-

Mecânicas, S.A.R.L., fábrica de cablagens para

a indústria automóvel situada no Seixal, unidade

que a Siemens reorganizou, assegurando ainda uma

segunda linha de produção de quadros eléctricos.

A Siemens participou desta forma,activamente, no cumprimentodo desígnio de implantar uma indústriaelectromecânica e electrónicaem Portugal, possibilitando não sóa criação de emprego, mas tambémo aumento e a diversificaçãoda produção nacional.

Período de transição

Fotogra1ias de Lisboa · 1?G1

A Revolução de Abril

A Siemens, S.A.R.L. também não conseguiu escapar

aos efeitos das perturbações derivadas do ciclo de

radicalismo político que se seguiu à Revolução de

25 de Abril, as quais se fizeram sentir, acima de tudo,

ao nível de agitação operária em algumas das

unidades fabris, tendo-se verificado apenas um

episódio mais violento, já em 1977, com o reben-

tamento de uma bomba nas instalações da sede,

na Av.o Almirante Reis.

Em termos económicos, os anos de 1974/75

representaram, no entanto, uma evidente quebra

no valor das encomendas, surgindo uma significativa

subida nas despesas com pessoal (85% de 1973 para

1974), derivada de aumentos salariais, decretados

numa conjuntura que experimentou ainda o disparo

da inflação. A recessão internacional também se fez

sentir a vários níveis, dificultando a colocação da

produção industrial. Tudo isso implicou reduções

de pessoal e prejuízos nos resultados anuais.

Com as alterações estruturais por via das

nacionalizações, as novas empresas públicas

passaram a ser os principais clientes da Siemens.

Em 1976/77, foi fundamental a decisão,

conjuntamente com o accionista Siemens AG, de

investir em Portugal suportando todos os prejuízos

acumulados durante este período difícil.

Entretanto, o pedido formal de adesão de Portugal

à Comunidade Económica Europeia, em 1977,

desanuviou o horizonte em favor da economia de

mercado e os indicadores económicos do Grupo

Siemens retomaram a tendência ascendente.

Preparar a adesão à C.E.E. passou a ser o lema da

acção governamental e dos agentes económicos.

A Siemens participou nesse movimento de retoma,

demonstrando confiança no rumo da economia

portuguesa: em 1979, a sua carteira de encomendas

crescia em 44% em termos nominais (23% em termos

reais), o nível de exportação ampliava-se (28% da

facturação); o investimento nas várias unidades

subiu 127%, elevando-se em 38% as despesas com

pessoal (salários e formação profissional).

35

1980<1990

100 ANOS A PROJECTAR O FUTURO

'3C(5'33(A ModerniHa8Eo na Iuropa

Em 1981, face à contínua expansão, a Administração

planeou uma nova localização para as instalações de

Lisboa. Para tal, adquiriu, em 1981, um terreno na

periferia, na zona de Alfragide, desenvolvendo um

projecto de implantação, que ficou conhecido como

o projecto “Dois Moinhos”, dada a existência de dois

velhos exemplares no respectivo logradouro. Estes

moinhos foram devidamente restaurados e posterior-

mente disponibilizados para demonstrações a escolas.

Nesse ano, foi criada a Divisão de Exportação para

coordenar o respectivo sector. E foi ainda organizado

um Grupo de Regulação e Automatização de Processos

Industriais para encontrar as respostas a encomendas

relativas a automatizações de linhas de fabrico e à imple-

mentação de computadores de processo em sistemas

de controlo e comando. Deu-se início a um Plano Director

de Informática e Organização, primeiro passo para um

processo de actualização permanente. Em 1984, eram

introduzidos nos serviços os terminais Siemens MTS

2000, com extensão da rede a todos os departamentos

para acesso aos ficheiros centrais. E, no ano seguinte,

era instalado o computador de grande porte Siemens

788, na altura um dos maiores existentes no País, para

assegurar a ligação da rede nacional Siemens com a

rede internacional do Grupo, sendo instalado um

software de encomendas em teleprocessamento.

A adesão de Portugal à Comunidade Económica

Europeia (1986) implicou níveis de crescimento

económico apreciáveis, não só por efeito dos fluxos

monetários derivados das ajudas à pré-adesão, des-

tinadas à criação de infra-estruturas e modernização

do tecido económico, mas também pelo investimento

público e privado que essas ajudas exigiam como

contrapartida. Para além disso, existiam condições

atractivas para o capital estrangeiro, enquanto ao

nível do investimento privado se vivia um período

de alguma animação tendo em vista a plena inte-

gração no mercado comunitário, agendada para 1993.

Embora com efeitos distintos nas várias áreas de

negócio, a Siemens, S.A.R.L. beneficiou desse

crescimento ditado pela adesão à C.E.E.. Neste

período de transição económica, a dinâmicaevidenciada pela Siemens deveu-semuito ao incremento da oferta desoluções em serviço completo, mais do

que ao fornecimento de equipamentos, ou seja,

tratou-se de responder à procura dos clientes com

um projecto do tipo “chave-na-mão”, procurando

para isso as sinergias necessárias, dentro e fora

do Grupo.

Inauguração do Pltimo troço da auto-estrada Lisboa - Porto - 1?E0

A mudança para Alfragide

A nível interno, ganhou relevo a conclusão, em 1986,

do projecto de arquitectura “Dois Moinhos” para a sede

a construir em Alfragide, englobando escritórios,

oficinas e centros de estudo e preparação, incluindo

uma escola de técnicas digitais aplicadas em

telecomunicações e automação industrial. O projecto

desenvolveu o conceito de escritório moderno

e as obras iniciaram-se em Julho de 1987, tendo

a inauguração das instalações ocorrido em 1989,

com toda a dignidade institucional.

Fotogra1ia da entrada da Sede em Al1ragide - 1?E?

Entrega da 1c instalação EDSD1c Central PPblica Digital · 1?EG

Nesta altura, surgem novos negócios, concluindo-se,

por exemplo, em 1986, a contratualização de um dos

mais estruturantes projectos da economia portu-

guesa – a digitalização da rede de telecomunicações,

para o qual a Siemens participou com o fornecimento

das centrais digitais EQSD.

No contexto do contrato de digitalização firmado

com o Estado Português através dos ex-CTT/TLP, foi

criada de raiz em Corroios uma fábrica de produção

de sistemas de comutação digital EQSD. Foi também

criada ao abrigo deste contrato, uma área de

adaptação e configuração local de software para

o sistema produzido na Fábrica de Corroios.

As primeiras centrais de comutação digital a sair de

Corroios foram instaladas na rede dos ex-CTT/TLP

em 1988, para substituir o equipamento analógico

em funcionamento.

De salientar que até ao início do programa de digita-

lização em Portugal, havia apenas 10 telefones por

100 habitantes e que em algumas zonas do País, o tempo

médio de instalação chegava a ser de vários anos.

A Fábrica de Corroios atingiu o pico de produção no

ano comercial de 90/91, sendo produzidos e

entregues aos ex-CTT/TLP mais de 400.000

terminações telefónicas.

Com o objectivo de conferir maior dimensão às

actividades de formação profissional, a Siemens criou,

em 1988, o Centro de Formação Electrónica Industrial

da Siemens, em conjunto com o INETI – Instituto

Nacional de Engenharia e Tecnologia Industrial,

agregando depois outras empresas do sector. Esse

centro foi o embrião da posterior Associação Nacional

de Formação Electrónica Industrial (1990). Uma

instituição que ao longo dos anos, tem facultado

formação em Electrónica Industrial e outros cursos

afins às áreas de negócio das empresas associadas a

centenas de jovens (actualmente denomina-se

Academia de Formação - ATEC).

No que se refere às outras unidades fabris do Grupo,

importa salientar que, em 1987, a empresa Motra foi

integrada na Siemens, S.A., passando a ser designada

como “Fábrica de Transformadores”. O número total

de colaboradores do Grupo Siemens em Portugal,

no ano de 1988, era já de 4174.

39

1980<1990

100 ANOS A PROJECTAR O FUTURO

ANFEI - Associação Nacional de FormaçãoElectrónica Industrial - 1??0

Primeiro telemóvel NSM da Siemens - S6

Anos 3(In7estir na produçKoe na Lualidade

41

Anos 90

100 ANOS A PROJECTAR O FUTURO

As unidades fabris continuam, nesta altura, no seu

processo de consolidação, aumentando a produção

e admitindo mais pessoal (integrou-se, nesse ano,

o 5000º colaborador da Siemens em Portugal).

Na Indelma (Fábrica do Seixal), com o negócio de

cablagens em crescimento, as ampliações realizadas

exigiram um investimento na ordem de 1.7 milhões

de contos. Entretanto, as actividades de quadros

eléctricos e disjuntores foram integradas na Siemens,

S.A., em 1992, passando a Indelma a consagrar-se

exclusivamente às cablagens. Por isso mesmo, foi

montada a Siemens - Fábrica do Seixal, designada

como Fábrica de Disjuntores e Quadros Eléctricos,

que englobou também a produção de ferramentas

e moldes de alta precisão.

Na Fábrica de Relés, em Évora, incrementa-se

a automatização de montagem e ensaio de relés

e a racionalização dos processos de fabrico, com

investimentos na ordem de 1 milhão de contos.

Também na Fábrica de Transformadores (Sabugo),

entretanto com posições consolidadas em alguns

mercados externos, se procedeu ao aumento da área

fabril e a vários investimentos.

Visita do Presidente da RepPblicaf Dr. aorge Sampaiof g Indelma - 1???

É precisamente no inHcio dos anos#@ que se assiste a um reforço muitosignificativo do investimento emoperações de renovação nasKábricas do Mrupo, sempre como obOectivo de responder D expansãodos negócios e garantir condiçõesde qualidade e produtividade

Lnidade ZuadrPpla eléctrica da linha de Sintra - 1??E

43

Anos 90

100 ANOS A PROJECTAR O FUTURO

A certificação de qualidade passou a ser um objectivo

para as várias unidades do Grupo, solicitada junto

do Instituto Português de Qualidade em 1991.

Aplicou-se a norma NP EN 29001, que cobre todas

as actividades que influenciam a qualidade do

produto, desde a concepção, desenvolvimento

e serviço pós-venda.

A Siemens viria a ser a primeiraempresa a ter as unidades industriaiscertificadas em Portugal.

Os primeiros anos da década de 90 permitiram

à Siemens participar em Portugal em projectos de

grande dimensão. Refira-se o papel fundamental

desempenhado pela empresa no fornecimento de

equipamento para a primeira rede móvel portuguesa

contratada em 1992 com a Portugal Telecom, ou no

acordo intercalar com a EDP para a obtenção de

licença de construção e exploração da Central

Termoeléctrica de Ciclo Combinado da Tapada do

Outeiro (1991) – fundamental para a viabilização do

projecto de introdução de Gás Natural em Portugal.

O contrato de fornecimento "chave-na-mão" da

central da Tapada do Outeiro foi assinado em 1994

pelos Administradores da Siemens, Qolfgang Georg

Bzhler e João Araújo Franco.

Assinale-se, também, a participação em consórcios

para contratos nos transportes públicos (40

automotoras para a linha de Sintra, da CP; protótipo

para as novas carruagens do Metropolitano).

Os efeitos da crise económica de 1993 fizeram-se

entretanto sentir e provocaram naturais dificuldades

às exportações da Siemens, dada a quebra de

actividade nos Países receptores dos seus produtos.

Descidas bruscas na venda de transformadores

Assinatura do contratopara a Central da Tapada do Outeiro - 1??4

e cablagens prejudicaram os resultados e implicaram

dispensas de pessoal no Sabugo e na Indelma.

Novos projectos de cablagens para modelos da

Renault e da Auto-Europa vieram animar a actividade

da Indelma a partir de 1994. Também importantes

encomendas no domínio dos transportes públicos

surgiram nesta altura: a concretização do pedido de

8 mais 9 composições para o Metropolitano, de

acordo com os 2 modelos experimentais anterior-

mente desenvolvidos em consórcio com a Sorefame;

e a solicitação de 10 eléctricos rápidos, de piso

rebaixado, para a Companhia Carris de Lisboa.

A inauguração das novas instalações da Região Norte,

em Perafita, Matosinhos, concretizou-se em 19 de

Maio de 1994, passando a haver melhores condições

logísticas para o dinâmico papel que a Delegação

sempre assumiu na comercialização, instalação

e assistência nas várias áreas de produtos Siemens

na Região Norte.

Em 31 de Março de 1995, Qolfgang Georg Bzhler

deixava as funções de Administrador-Delegado, que

exercera durante 25 anos, para subir a Vice-Presidente

do Conselho de Administração. Na mesma altura, foi

designado Carlos de Melo Ribeiro, o primeiro

português a assumir uma posição de tamanho relevo

no Grupo, sinal evidente do reconhecimento pelos

headEuarters da maturidade atingida pela filial

portuguesa. Sob o comando de Carlos de Melo Ribeiro,

é reforçado o objectivo de colocar a Empresa na

liderança incontestada da indústria eléctrica e

electrónica, isto sem nunca perder de vista o recurso

às fórmulas mais adequadas de associação ao processo

de modernização da sociedade portuguesa. Pode

mesmo dizer-se que se iniciou então uma viragem

estratégica assente na aposta incondicional nas áreas

de alta tecnologia, software e serviços.

Instalações da Região Norte - Pera1itaf Matosinhos - 1??4

O inicio do R&DEm 1996 no contexto da reorientação estratégica da

Siemens Portuguesa, no sentido de uma maior aposta

na criação local de valor estratégico e reforço da

respectiva componente de alta tecnologia, deu-se início

ao embrião do que viria a ser o primeiro centro de R&D

em Portugal nas tecnologias de telecomunicações ópticas.

Arrancando em 1996 com um núcleo reduzido, menos

de uma dezena, de engenheiros de telecomunicações e

de software, deu-se início a um ciclo de crescimento das

actividades de R&D bem como dos investimentos em

meios laboratoriais associados a estas actividades.

Até ao final da década foram-se consolidando as

competências internacionais do Centro R&D da Siemens

Portuguesa com especial destaque nos sistemas óptico,

redes de comutação móvel e fixa, bem como plataformas

de gestão de redes.

Foi também no âmbito deste ciclo de crescimento que

foi criada a linha de produtos de gestão de redes – SPOTS.

A excelência como metaCom uma nova liderança, a empresa encarou o ano de

1996 como de evolução e reorganização das estruturas

com vista a responder melhor às exigências futuras. Foi

reforçado o movimento top+ para aumentar a compe-

titividade e criado um centro de Ousiness :Pcellence,

entidade coordenadora de todas as acções de produ-

tividade e qualidade para alcançar a meta principal:

a “Excelência” da organização.

Condensador de tjntalo

Por esta altura, já todas as unidades da

Siemens se encontravam certificadas ou

na fase final do processo de certificação

do Sistema de Qualidade e tinham sido

iniciados os processos de auto-avaliação

segundo o modelo da EFQM (:uropean

Roundation for SualitT Uanagement).

“:stamos profundamente empenhados em

colocar a nossa organização ao melhor

nXvel mundial” – afirmava-se no Relatório

de 1996, numa expressão programática

para um novo modelo de gestão que

marcaria os anos seguintes.

Deste ambiente de procura da excelência

decorre, naturalmente, a preocupação

com a identidade corporativa,

nomeadamente a definição do perfil da

empresa, dos princípios de acção, da visão

global do negócio, da implementação da

estratégia, de acordo com a identificação

da sua missão, que é apresentada da

seguinte forma:

Sueremos ser uma parte real, reconhecida,

activa e de valor acrescentado da Rede

Global de Inovação da Siemens no mundo.

Tanto a nível mundial como em Portugal,

a preservação ambiental é uma das

dimensões da cidadania empresarial da

Siemens, sendo certo que a protecção do

meio ambiente passa pela implementação

das boas práticas em todas as fases da

vida de um produto ou de um equipa-

mento, desde a fase do seu lançamento

ao da sua substituição. Sublinhe-se que

a Siemens, S.A. foi a primeira empresa

portuguesa a garantir a validação das

certificações ambientais de instalações

industriais: Fábrica de Relés, em Évora,

em 1995, e a Indelma, no Seixal, em 1996,

de acordo com o Sistema Comunitário de

Ecogestão e Auditoria (Regulamento

CE 1836/93).

A posição da Siemens relativamente

à defesa do ambiente está definida desde

1995 e pode acompanhar-se através das

brochuras 6olXtica Ambiental ? 6rincXpios

de 6rotecção do Ueio Ambiente e Guia de

Gestão Ambiental. Todas as unidades

dispõem de sistemas de gestão ambiental

devidamente implantados, certificados

e acompanhados.

Este clima empresarial tem sido suportado

por uma gestão rigorosa, elevados

investimentos e uma forte aposta na

investigação e na qualificação. A Siemens,

S.A., que historicamente começou por ser

meramente uma representante comercial

dos headEuarters da Alemanha, conseguiu,

nos últimos anos, ganhar para Portugal

a implantação de novoscentros de competência aonível do Grupo Global, quevieram reforçar a suacapacidade de produçãoe exportação, reconhecidamundialmente transfor-mando-a, de facto, numoperador global.Alguns desses centros de competência

desenvolveram-se em sectores já

existentes, entretanto optimizados, outros

surgiram de novo como aposta na

capacidade tecnológica dos portugueses.

45

Anos 90

100 ANOS A PROJECTAR O FUTURO

É também nesta altura que surge o conceito de “Região

Norte”, no âmbito comercial, como forma de

maximizar o serviço prestado pela Siemens na zona

Norte do País, desde sempre assegurado pela

delegação do Porto, no sentido de optimizar

a concertação entre as várias unidades de negócio na

busca das melhores soluções à medida do cliente na

Região. Procurava-se assim responder, regionalmente,

ao objectivo da “optimização das sinergias inter-áreas

de negócio” integrado no movimento top+. Foram

visíveis os resultados desta estratégia ao nível de

grandes projectos no Norte do País, como por exemplo

a Central da Tapada do Outeiro, da Lipor II – central

de tratamento de resíduos, fornecimentos para

centrais hidroeléctricas (Central de Vila Nova), de

parques eólicos (Pena Soar, Meadas, Cabril, Pinheiro

e Alvão), de infra-estruturas de TV Cabo – Porto, da

instalação de cablagens na Faculdade de Engenharia

da Universidade do Porto, da implantação de redes

de dados e voz para os hospitais de S. João e S. Marcos,

da iluminação exterior do novo edifício da Câmara

da Maia, instalações no Hospital do Vale do Sousa,

bem como a participação em vários estádios do Euro-

2004, entre outras actividades.

Renovação de painéis solares . EXpok?E

Desenvolvimento na Fábrica do Sabugo para

Transformadores a óleo, com o objectivo de se

tornar em centro de competência da área para toda

a Europa.

Esta estrutura transversal posiciona-se como um

service provider responsável pela operacionalização

na Região das políticas e estratégias dos diversos

operating groups da Siemens, ao mesmo tempo que

desenvolve igualmente uma intensa procura de

oportunidades de negócio.

Ainda em 1996, ampliou-se e modernizou-se a

Fábrica de Quadros Eléctricos de Média Tensão, em

Corroios (Seixal), cuja unidade, completamente

remodelada, ficou responsável pelas exportações

para o mercado europeu. Criou-se um Centro de

In1ineon Technologies · Vila do Conde

49

Anos 90

100 ANOS A PROJECTAR O FUTURO

Aposta na Alta Tecnologia

Marco fundamental no ano de 1996, foi a assinatura,

a 30 de Agosto, do contrato para uma nova Fábrica

backend de semicondutores em Portugal, a implantar

em Vila do Conde, conseguida em concorrência com

mais 26 Países, o que representou uma viragem

qualitativa nos investimentos em Portugal, na medida

em que significou uma aposta em sectores dealta tecnologia, com um sentidoestratégico de futuro.

Tratando-se de um projecto do maior relevo para o

desenvolvimento regional e nacional, trazia ainda um

investimento inicial da ordem dos 60 milhões de

contos – 300.000 EUR – (em duas fases) e uma criação

de 750 postos de trabalho, na sua grande maioria

engenheiros e pessoal especializado. Primeira Fábrica

da Siemens no Norte de Portugal, que assim alargava

a sua implantação geográfica nacional em termos de

unidades produtivas, a nova Fábrica foi concebida

para o fabrico de memórias DRAM de 16 Mb (unidades

de memória dinâmica para sistemas informáticos),

a que se seguiriam memórias de 64 Mb, permitindo

a evolução posterior para as tecnologias seguintes.

Já em 1997 surgiu outra decisão favorável à proposta

da Siemens, S.A. para que uma nova Fábrica, destinada

a condensadores de tântalo, altamente automatizada,

viesse para Portugal. Era mais uma unidade de alta

tecnologia, fruto da parceria Siemens e da japonesa

Matsushita, no âmbito da produção de componentes

para a indústria de telecomunicações e electrónica,

que representava um investimento inicial de 10

milhões de contos e a criação de cerca de 400 postos

de trabalho, essencialmente engenheiros, ficando

situada em Évora, zona onde já existia uma fábrica de

relés da Siemens. Lançada a primeira pedra em 5 de

Maio de 1997, o início da produção verificou-se em

1998, com impacto considerável na economia regional

e ligação à universidade local.

Estas duas Fábricas vieram, obviamente, alargar

o âmbito industrial da Siemens em Portugal,

tornando-a gradualmente uma das empresas de maior

nível exportador. Agora, a Siemens alargava o espectro

dos produtos destinados ao exterior a todo o mundo,

principalmente para Países da Europa e {frica, que

iam desde os transformadores à comutação digital,

até aos componentes high-tech. Neste contexto de

exigência, a SQT – Siemens Qualificação e Treino,

passou a actuar em Portugal, a partir de 1997,

com programas de desenvolvimento organizacional

e pessoal, antes realizados com sucesso na Alemanha

e França, passando a dar apoio às várias unidades de

negócio, com acções diversificadas de qualificação

individual e interpessoal.

Duas novas Fábricas

In1ineon Technologies · Vila do Conde

Condensador de tjntalo

Em 1997, a Siemens participou festivamente da

comemoração dos 150 anos da Siemens global, tendo

para o efeito realizado uma exposição sobre

a trajectória do Grupo e realizado alguns encontros.

Na altura, por decisão da Câmara da Amadora, a rua

de entrada para a sede em Alfragide passou

a designar-se de Rua Irmãos Siemens, numa acção

simbólica de reconhecimento aos dois irmãos cujas

invenções, no séc. XIX, mudaram o mundo.

Nesta altura, verifica-se o aprofundamento da

aposta estratégica da Siemens, S.A. nasáreas das telecomunicações e serviços,através da constituição de fortesequipas operacionais e cooperação com

entidades de investigação e universidades, de forma

a ganhar posições nesses domínios, em diversas

áreas (redes IP, redes móveis, fornecimento de

soluções e serviços, mercado de telefones móveis,

tecnologias digitais).

A criação da unidade de negócio Informação

e Comunicações veio, pois, responder à necessidade

de reorganizar os recursos disponíveis, tendo em

conta a convergência crescente verificada no

mercado entre telecomunicações e tecnologias de

informação, permitindo assim dar respostas eficazes

em termos de redes, sistemas e serviços.

Os vários operating groups passaram a desenvolver

a sua acção nacional sempre em estreita colaboração

com os seus colegas a nível mundial, assegurada

por uma ligação em rede entre todo o Grupo.

Inauguração da Fábrica de condensadores de tjntalo em Évora - 1??E

Inauguração da In1ineon TechnologiesFabrica de semi-condutores - 1???

Siemens presente na EXpok?E como patrocinador e 1ornecedor o1icial

Da Expo’98 ao Euro-04

Depois de fornecer a Expo’92, a Siemens participou

activamente, a nível nacional, nesse grande evento

que foi a Expo’98, quer como patrocinador, quer

como fornecedor oficial, integrando vários projectos

com acções ao nível da iluminação pública, galerias

subterrâneas, manutenção e equipamentos para

diversos pavilhões. A complexidade das intervenções

neste projecto, envolvendo várias unidades de

negócio e contemplando aplicações inovadoras,

trouxeram à Siemens um prestígio acrescido.

Como exemplo, refira-se o projecto da rede de dados.

A Siemens construiu e operou para a Expo’98 aquela

que à época era a maior rede de dados privada do

mundo. Este projecto subcontratado pela Portugal

Telecom serviu de referência mundial e lançou as

bases para a construção em Portugal dos futuros

backbones de dados em tecnologia ATM e IP.

Esta participação na Expo’98 foi o reflexo da presença

activa da Siemens, S.A. no território nacional e das

suas sinergias com o Grupo Global, traduzido numa

acção de modernização em várias áreas. É o caso,

por exemplo, da conclusão, em 1999, da Central

Eléctrica a Gás Natural da Tapada do Outeiro, uma

obra fundamental na produção de energia, a que se

seguiu, em 2001, o contrato para a renovação da

Central de Ciclo Combinado do Ribatejo.

Também as entregas de material e renovação de

contratos para fornecimentos de material ferroviário

para a CP e Metropolitano de Lisboa constituíram

acções fundamentais de renovação do transporte

ferroviário para as quais a Siemens deu contributos

decisivos.

Os fornecimentos de equipamentos e sistemas de

automação às indústrias ou a elaboração de projectos

“chave-na-mão” tornaram-se outras vias para a

modernização, o mesmo sucedendo como os níveis

crescentes de exportação de equipamentos e de

projectos de engenharia ou a criação de sucessivos

centros de competência.

Turbina a gás da Central de ciclo combinado da Tapada do Outeiro

Metropolitano de Lisboa

NovoMilénioAs apostas estratégicas para a entrada no novo milénio

apontavam para o esforço selectivo das competências

nos negócios e serviços do futuro, as altas Tecnologias

da Informação e Comunicação e da Indústria, por

exemplo, as comunicações móveis, os produtos

orientados para a Internet e a automatização de

processos. Um dos grandes desafios centrou-se na área

dos serviços, dado o potencial de crescimento e de

emprego que oferece, estabelecendo a meta para que

essa parcela atinja metade do volume de negócios nos

próximos anos.

A 5 de Janeiro de 2001 inaugurou-se o edifício Inovação,

em Alfragide, materializando a importância da aposta

num pólo de 300 engenheiros dedicados aos segmentos

mais sofisticados do mercado de software, tecnologias

ópticas, mobilidade e Internet, áreas que já eram centros

de competência mundial e reflectiam uma aposta

importante na inteligência portuguesa.

E a verdade é que nestes primeiros anos do novo milénio

se multiplicaram as participações da Siemens no

processo de modernização das mais diversas áreas da

sociedade portuguesa, sempre com recurso a soluções

estruturantes e tecnologias inovadoras.

É o caso da intervenção decisiva na implementação das

novas redes de telecomunicações e da aposta ganha na

área dos telemóveis, com a Siemens a garantir uma

posição de destaque no mercado português (2º lugar

do ranking de vendas em 2004), onde o design nos

terminais moveis GSM e UMTS revelou-se de vital

importância, vincando uma imagem de inovação,

prestígio e alta qualidade.

Novo Milénio

100 ANOS A PROJECTAR O FUTURO54

Campanha publicitária do Siemens M60

55

Novo Milénio

100 ANOS A PROJECTAR O FUTURO

Também no sector da Saúde, ao já tradicional

fornecimento de evoluídos equipamentos de tratamento

e de meios de diagnóstico, como foi o caso da instalação

do 1º PET Siemens no IPO de Lisboa em 2003, junta-se

agora a disponibilização de modernos sistemas

informáticos de gestão hospitalar.

Neste contexto inscrevem-se os contratos referentes ao

complexo plano de informatização integrado das

urgências do Hospital de Santa Maria e ao Plano Director

do mesmo hospital, compreendendo o diagnóstico e

proposta de desenvolvimento dos serviços desta unidade

de saúde de grande dimensão.

Da imensa lista de intervenções da Siemens com impacto

evidente no tecido empresarial e social português,

refiram-se, a título de exemplo, na área da energia, a

assinatura dos contratos de manutenção de longa duração

das Centrais da Tapada do Outeiro e do Ribatejo, para

cuja construção a Siemens contribuiu de forma decisiva,

ou, na área dos transportes ferroviários, a realização da

maior obra de catenárias para a electrificação da Linha

da Beira Baixa e a adjudicação para implementação de

uma solução “chave-na-mão” no Metro Sul do Tejo.

Central Termoeléctrica do Ribatejo

1º PET no IPO de Lisboa

Combino para o Metro Sul do Tejo

Estádio Alvalade XXI. Lisboa. 2004

Novo Milénio

100 ANOS A PROJECTAR O FUTURO56

Euro-2004A oportunidade da construção ou remodelação de

infra-estruturas desportivas para o Euro-2004 veio

evidenciar uma vez mais as capacidades

multidisciplinares da Siemens na forma de conseguir

sinergias entre seus diferentes operating groups,

para concretizar um projecto específico e desenvolver

soluções integradas com as tecnologias mais

avançadas sob a forma de projecto “chave-na-mão”.

O resultado foi uma excelente intervenção da

Siemens em nove dos dez estádios do Euro-2004,

numa verdadeira exposição de raras capacidades

que suscitou desde logo consultas de organizações

estrangeiras envolvidas em futuros eventos do

género, casos do Mundial-2006, na Alemanha, ou

das Olimpíadas de 2008 em Pequim.

Estádio do Dragão . Porto . 2004

Subjacente a esta capacidade de intervenção da

Siemens, S.A. está um elevado investimento em

investigação, desenvolvimento e formação, que

representa uma mais valia para o futuro da empresa

e do País. Em 2003, quando se criava um Laboratório

de Redes Ópticas como mais um novo centro de

inovação mundial, a Siemens, S.A. via o

reconhecimento dos seus esforços continuados

através da conquista do primeiro prémio “top+

Regiões”, atribuído pela Siemens AG no âmbito do

cumprimento dos objectivos do programa de

excelência pelas suas associadas regionais.

Na apresentação de resultados de 2003, a Comissão

Executiva deixava a mensagem para a acção comum:

“O novo sistema de gestão da Siemens concretiza-se

através da prática de três conceitos globais: a Inovação,

a Orientação para o Cliente e a Competitividade

Global” (Relatório, 2003).

Foi neste contexto que se definiram as Iniciativas

Inovação e Excelência da Siemens, sem dúvida os

pilares da gestão estratégica da Empresa. No sentido

de melhor estruturar estas políticas, foram criados

programas estratégicos, cuja aplicação trouxe já

para a Siemens em Portugal enormes benefícios.

Siemens Portugal distinguida com o 1º lugar “top+ Regiões” - 2003

57

Novo Milénio

100 ANOS A PROJECTAR O FUTURO

Laboratório de Redes Ópticas da Siemens · 2003

A aposta na Inovação como pilar estratégico levou

a Siemens Portugal a realizar um esforço de

investimento em infra-estruturas laboratoriais e

em R&D ao longo dos últimos anos, tendo ascendido

ao equivalente a 55 milhões de EUR em 2004, ano

em que foi inaugurado o Laboratório Multimédia,

capaz de reforçar a posição da Empresa como

fornecedor de tecnologia de ponta a nível mundial.

Neste Laboratório Multimédia e no Laboratório de

Redes Ópticas, a Siemens passou a empregar mais

de 1000 engenheiros de R&D, o que diz bem do

contributo da empresa para o desenvolvimento

tecnológico de Portugal.

Laboratório Multimédia Siemens

Inauguração laboratório Multimédia com a presença do Primeiro-ministro Durão Barroso - 2004

Novo Milénio

100 ANOS A PROJECTAR O FUTURO58

59

100 anos a Projectar o Futuro

100 ANOS A PROJECTAR O FUTURO

Ao longo de cem anos de uma presença activa

em Portugal, a Siemens procurou adaptar-se

às realidades nacionais e aos diversos tipos de

conjuntura que tem atravessado.

Divulgando produtos com elevadoefeito de modernização ou gerandolocalmente riqueza e trabalho,a Siemens criou um enraizamentosólido em Portugal.

É aliás através do fornecimento de equipamentos

e soluções técnicas inovadoras que a Siemens mais

tem vincado a sua contribuição para a

modernização do tecido social e económico

português.

Sem pretendermos ser exaustivos, sectores de

actividade como telecomunicações, transportes,

energia, saúde e indústria/infra-estruturas têm

beneficiado em Portugal, ao longo dos anos, do

know-how desenvolvido pela Siemens.

TelecomunicaçõesEmbora a tecnologia Siemens não tenha sido chamada

a iniciar a implantação da rede inicial de

telecomunicações, o seu papel foi crescendo ao longo

do tempo neste domínio. Nos anos 60, tornou-se

relevante o seu papel na implantação da rede de telex.

Mais recentemente, foi chamada a desenvolver

projectos estruturantes de renovação das

telecomunicações, a saber: a digitalização da rede

fixa e a implantação das estruturas para a rede móvel,

tanto mais relevantes quanto arrastaram consigo a

criação de centros de competência e aimplantação de dois centros de Investigação &Desenvolvimento – um vocacionado para hardware

e software de redes ópticas e outro centrado nas

tecnologias de informação e comunicação,

nomeadamente em áreas como a Internet ou o UMTS

(terceira geração de telefones móveis).

Referimo-nos, obviamente, ao Laboratório de Redes

Ópticas e ao Laboratório Multimédia, duas unidades

que empregam cerca de 1000 engenheiros de R&D

e permitem exportar soluções tecnológicas de

vanguarda, no quadro aliás da crescente complexidade

das redes, que serão capazes de suportar

indistintamente qualquer tipo de dispositivo de acesso

e/ou antecipando a convergência entre redes públicas

e empresariais e entre redes fixas e móveis.

TransportesTambém no desenvolvimento dos sistemas detransportes, de primordial importância para ocrescimento económico e para o bem estar daspopulações, a Siemens tem desempenhado umpapel vital. No início através da participação no

arranque dos eléctricos no Porto e Lisboa ou na

electrificação do caminho-de-ferro, e na última

década através do fornecimento das novas gerações

de carruagens automotoras para o Metropolitano

de Lisboa, para os eléctricos rápidos da Carris, para

os Comboios suburbanos do Porto e Lisboa, ou ainda

assegurando a estrutura eléctrica dos Comboios de

pendulação activa da CP.

Para além do material circulante há ainda a destacar

a participação na modernização das infra-estruturas

através da implantação de subestações de tracção e

catenária em várias linhas da REFER. Esse papel moder-

nizador continua na medida em que a Siemens integra

o consórcio para a instalação do Metro Sul do Tejo,

para o qual desenvolveu um projecto “chave-na-mão”.

Em termos de futuro, a Siemens pretende continuar

a aumentar a capacidade de resposta global com

forte orientação para o mercado nacional, estando

naturalmente preparada para o projecto da Alta

Velocidade em Portugal, consciente das exigências

tecnológicas e de qualidade impostas pelo sector.

60 100 ANOS A PROJECTAR O FUTURO

100 anos a Projectar o Futuro

Velaro · comboio de alta velocidade

61

100 anos a Projectar o Futuro

100 ANOS A PROJECTAR O FUTURO

EnergiaA energia, nas suas diversas fases (produção,transporte, consumo), é outra das áreas com maiscontributos da Siemens ao longo da sua históriasecular em Portugal. São inúmeros os forneci-

mentos de equipamentos para múltiplas centrais de

produção de energia. Como exemplo de obra neste

domínio, pode citar-se, pela sua complexidade e

magnitude, a instalação da Central da Tapada do

Outeiro, na margem direita do Rio Douro, a primeira

em Portugal de ciclo combinado, entregue em 1999.

Tornou-se simbólica a turbina de dimensões

gigantescas, com 290 toneladas e 10,5 m de

comprimentos, que chegou por navio a Leixões, sendo

depois conduzida numa barcaça especial Douro acima.

Mais recentemente, merece realce a conclusão e

entrega dos dois primeiros grupos de produção da

Central Termoeléctrica do Ribatejo, bem como a

continuação do fornecimento de equipamentos à EDP

para a sua Central Hidroeléctrica da Venda Nova.

Antecipando o fim anunciado da presença significa-

tiva do petróleo na produção de energia e o esgota-

mento a prazo das próprias reservas de gás natural,

a Siemens tem continuado a investir no desenvol-

vimento de outros tipos de produção energética

para satisfazer uma procura que será cada vez maior

no futuro. Daí a aposta nas pilhas de combustível

para satisfação de consumos menos intensos e mais

localizados e o recurso a outras soluções ambiental-

mente sustentáveis, como por exemplo a energia

eólica. Não esquecer também a aposta a longo prazo

(mais de 10 anos) no nuclear para uma produção

centralizada de energia.

SaúdeDe grande importância para a melhoria doscuidados de saúde e aumento da qualidade devida dos portugueses tem sido o fornecimentopela Siemens de equipamentos tecnologicamenteavançados para hospitais e clínicas em várias áreasde intervenção médica, casos de Raios-X, TAC, Eco,equipamentos destinados ao bloco operatório eunidades de cuidados intensivos, etc.Como exemplo desta intervenção relevante no campohospitalar, sublinhe-se a recente colaboração (2004)com o IPO do Porto, na instalação do mais avançadoequipamento para diagnóstico de cancro, o PET/CTBiograph 6, que combina o recurso às tecnologiasde tomografia por emissão de positrões ecomputorizada (TAC), permitindo através de um

único procedimento não invasivo recolher imagensdetalhadas de todo o corpo humano e a análisemolecular de órgãos internos e tecidos vivos.Também o conceito de "hospital digital" tem-sedifundido, nomeadamente graças à aplicação desoluções integradas de sistemas de informação,como o PACS e PICIS.Atenta aos caminhos que se abrem às Tecnologiasda Saúde, a Siemens aposta no conhecimento cadavez mais aprofundado do indivíduo, que nos éproporcionado, por exemplo, pela genética, nacerteza de que será na prevenção e na antecipaçãoem relação à doença que se centrará o futuro, comas tecnologias, cada vez mais sofisticadas, asuportarem a decisão médica.

62 100 ANOS A PROJECTAR O FUTURO

100 anos a Projectar o Futuro

Novo sistema de diagnóstico Biograph 6

63

100 anos a Projectar o Futuro

100 ANOS A PROJECTAR O FUTURO

Indústria & Infra-estruturasA Siemens está intimamente ligada, desde o iníciodo século XX, à implantação e desenvolvimento dotecido industrial português. Primeiro, como simplesempresa de representação comercial do Grupo emPortugal, embora com oficinas para assegurar insta-lações e reparações dos equipamentos e ferramentasfornecidos; depois, alargando a sua actividade àprodução industrial quando surgiram condiçõesfavoráveis ao investimento estrangeiro; mais recente-mente, apostando na instalação de duas importantesunidades high-tech (semi-condutores, em Vila doConde, e condensadores de tântalo, em Évora).Com o amadurecimento da área de Serviços,a Siemens tem vindo a alavancar a indústria einfra-estruturas nacionais também através deuma oferta de soluções cada vez mais sofisticadase multidisciplinares. Neste campo, refiram-se, porexemplo, a montagem do maior armazém automáticodo País – a Lactogal; o desenvolvimento de sistemaslogísticos aeroportuários, prestando a Siemensconsultadoria internacional na operação e manu-

tenção de sistemas de tratamento de bagagens;a manutenção de edifícios emblemáticos de Portugal(CCB e sede da CGD); a contribuição pioneira para aProtecção contra Incêndio, Segurança contra Intrusãoe Gestão de Energia e Conforto dos Edifícios damaioria dos Bancos Privados e dos Centros Comerciaisdo nosso País ou ainda as soluções de venda on-linede produtos industriais, como é o caso do A&D Mall,primeiro centro comercial on-line que é já responsávelpela comercialização de mais de 50% dos produtosdeste operating group. De referir ainda os sistemasde automação e controlo onde a Siemens lideradestacadamente o mercado prestando uma fortecontribuição na modernização do tecido industrial.A Siemens acredita que o futuro seguirá por certo nocaminho da crescente utilização de plataformastecnológicas para a indústria que integrem níveis deautomação com os sistemas de gestão das empresas,isto no quadro de um natural aumento do nível deinteligência dos equipamentos e da afirmação datelemanutenção e das tecnologias Wireless.

Montagem do maior armazém automático do País - Lactogal

Patrocínio do Siemens 49er Sailing Team - 2003

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100 anos a Projectar o Futuro

100 ANOS A PROJECTAR O FUTURO

É nesta via da satisfação das necessidades da

comunidade, num espírito de parceria autêntica nas

mais diversas actividades que a Siemens se prepara

para avançar durante os próximos cem anos em

Portugal, investindo nas áreas estratégicas que

projectem o País para posições cimeiras, com soluções

de Excelência e serviços de real valor acrescentado.

Continuaremos a apostar em centros deInovação e Excelência em áreas de ponta,de olhos postos nas tecnologias etendências do futuro.

Sempre com base em valores como a integridade,

a lealdade, a tolerância e transparência, afinal os

alicerces da cultura empresarial e do código de ética

que balizam o comportamento quotidiano dos mais de

400.000 colaboradores da Siemens espalhados pelo

mundo. Sempre à luz de uma política de

responsabilidade social e corporativa assente na garantia

da sustentabilidade dependente do respeito pelo meio

ambiente e da cidadania empresarial.

É assim que pretendemos continuar aolongo do segundo século de actividadesque agora se inicia.

As empresas criadaspelo Grupo SiemensNo percurso português da Siemens, importa fixar alguns

contributos que, pelo seu simbolismo, se podem

assumir como marcos dessa trajectória de modernização

do tecido industrial e empresarial, através da instalação

de fábricas ou empresas de serviços, e de modernização

do equipamento social, através de alguns

empreendimentos em que tem participado com os seus

equipamentos e soluções.

Para além de todas as unidades fabris a que já fizemos

referência e que a partir da década de 60 integram o

universo Siemens em Portugal, importa evidenciar

também algumas das empresas participadas que

desempenharam e/ou desempenham um papel

relevante na economia nacional como são os casos, por

exemplo, da Osram, Bosch and Siemens Household

Appliances, Fujitsu Siemens Computers �.

Vejamos, em breves traços, o perfil de cada uma destas

organizações.

OsramA Osram é uma marca tradicional da Siemens que

assegura a produção de lâmpadas e sistemas para

iluminação e suas aplicações. A empresa, que se prepara

para festejar 75 anos de presença em Portugal, apresenta

quatro grandes áreas de negócio: Iluminação geral,

Automotive (indústria automóvel e sinalização de

estradas), Acessórios Electrónicos e Foto-óptica. Em

Janeiro de 1999, a Osram e a actual Infineon

Technologies AG formaram uma joint-venture na área

de semi-condutores opto-electrónicos, a Osram Opto

Semicondutors. Objectivo: desenvolver os

semicondutores como fonte de luz, uma nova tecnologia

que se adivinha com enorme futuro.

Osram

Fujitsu Siemens Computers

As empresas criadas pelo Grupo Siemens

100 ANOS A PROJECTAR O FUTURO66

Bosch and Siemens Household Appliances

Fujitsu Siemens Computers

bosch and siemenshousehold appliancesQuanto à Bosch and Siemens Household Appliances,

trata-se de uma parceria, iniciada em 1988, que resultou

de um contrato de assistência técnica com a Bosch-

Siemens Hausgerate GmbH, cujas marcas de

electrodomésticos foram incorporadas num único

serviço técnico da responsabilidade da Siemens, S.A.

Com sistema de qualidade, os serviços técnicos, que

incluem centenas de colaboradores e uma logística de

meios avançados, garantem uma elevada eficiência e

proximidade com o Cliente de electrodomésticos.

Entretanto, essa parceria foi sendo ampliada entre a

Siemens, S.A. e a BSH (Bosch and Siemens Household

Appliances), de forma a desenvolver abordagens

inovadoras para melhor responder aos diversos

segmentos do mercado com a articulação de quatro

marcas: Siemens, Bosch, Balay e Ufesa.

fujitsu siemens computersPor seu turno, a Fujitsu Siemens Computers foi fundada

em Outubro de 1999 a partir de uma joint-venture entre

a Fujitsu Lda. e a Siemens AG para a produção de uma

larga gama de servidores e computadores pessoais

e outras soluções de informática pessoal ou empresarial

com base em recursos conjuntos das duas empresas

patrocinadoras. A Fujitsu Siemens Computers tem sido

fornecedora de projectos nacionais em programas como

a “Internet na escola”, o projecto Nónio, liderado pelo

Ministério da Educação, ou na informatização do sistema

judicial.

IndelmaA Indelma - Indústrias Electro-Mecânicias S.A.R.L.,

fábrica de cablagens para a indústria automóvel locali-

zada no Seixal, foi adquirida pela Siemens em 1973 e

chegou a ter 2200 trabalhadores. Dadas as oscilações

do mercado automóvel, que condicionavam a sua pro-

dução, chegou a fabricar quadros eléctricos e disjunto-

res, bem como cablagens para electrodomésticos (1978).

O desenvolvimento da indústria automóvel em Portugal

permitiu-lhe incrementar a produção de cablagens para

os modelos da Auto-Europa e da Renault, acabando

a empresa, hoje denominada Alcoa Fujikura - AFL, por

deixar de fazer parte do Grupo em 2003.

Instalações da Indelma

67100 ANOS A PROJECTAR O FUTURO

As empresas criadas pelo Grupo Siemens

68 100 ANOS A PROJECTAR O FUTURO

As empresas criadas pelo Grupo Siemens

Fábrica Semicondutores - Vila do Conde

Epcos - Évora

Relés - Évora

infineon technologiesInfineon Technologies é a designação actual da Fábrica

de Semicondutores em Vila do Conde, uma unidade de

elevada tecnologia. Instalada em 1996 e inaugurada em

1998, a sua capacidade de produção excedeu todas as

expectativas, antecipando em três meses o plano de

passagem a memórias de 64 M, nas quais se passou a

concentrar a partir de Setembro de 1998. Em 1999

equacionou as memórias de 256 Mbits e planeou o

avanço para 512 Mb e 1 Gb. Entretanto, uma vez que,

em Novembro de 1998, a Siemens AG integrou o seu

grupo internacional de semicondutores numa empresa

autónoma e juridicamente independente, sob a

denominação de Infineon Technologies AG, com o

objectivo de colocar o seu capital em bolsa, a unidade

de Vila do Conde acabou por ser transferida para a nova

empresa do Grupo em Abril de 1999, passando a

denominar-se Infineon Technologies – Fabrico de

Semicondutores, Portugal S.A..

epcosConstruída sob a orientação da Siemens Matsushita

Components, S.A., a nova fábrica de condensadores

electrolíticos de tântalo, componentes para integração

em telefones móveis, computadores e dispositivos

electrónicos para automóveis foi inaugurada em

Setembro de 1998. Representado um investimento de

50 milhões de EUR, esta unidade começou por ocupar

400 trabalhadores, na sua maioria engenheiros, tendo

recebido a actual designação em 1999, quando se

verificou a sua integração no grupo europeu de

componentes electrónicos EPCOS.

fábrica de relésTendo arrancado em Évora, em 1971, com cerca de 400

trabalhadores, a Fábrica de Relés funcionava como uma

unidade anexa à Siemens, S.A.R.L. e exportava a quase

totalidade da sua produção. Objecto de elevados

investimentos nos últimos anos, tornou-se uma unidade

tecnologicamente evoluída e capaz de oferecer uma

inovadora gama de produtos à indústria automóvel. A

partir de Outubro de 1999 passou a pertencer ao grupo

Tyco International.

Historial Siemens1876· Fornecimento de um forno contínuo com

regeneração do calor, de origem Siemens, para aindústria vidreira na Marinha Grande.

1885· Equipamentos Siemens são divulgados e instalados

em Portugal por Emílio Biel, consignatário deequipamentos eléctricos. A primeira instalaçãoeléctrica ocorreu nas unidades Andersen (Porto).

1895· Motores Siemens equipam eléctricos da Companhia

Carris, no Porto.

1905· A Companhia Portuguesa de Electricidade

Siemens Schuckertwerke, Ldª., percursora daactual Siemens, S.A., inicia as suas actividadesem Lisboa, com delegação no Porto.

1913· Fornecimento de equipamentos para a central

hidroeléctrica de Santa Rita (Fafe) e para a centraltermoeléctrica de Massarelos (Porto).

1922· Fundação da Siemens Lda., Companhia de

Electricidade. Actividade particularmente focadano fornecimento de motores e equipamentos paracentrais de produção.

1945· Aprovação da Lei de Electrificação Nacional

(Lei nº 2002) que abre caminho a umprocesso geral de electrificação, centrado naopção hidroeléctrica,criando mercado paraos fornecedores de equipamentos.

1950

· Acordo de comércio entre Portugal eAlemanha Federal para regulação de trocas.

· Relançamento da actividade da Siemens, após umabrandamento derivado da Segunda GuerraMundial (1939-1945). Início de uma fase de impor-tante actividade comercial.

1955· Fornecimento de 24 carruagens automotoras para

o Metropolitano de Lisboa

1962· Inauguração das novas instalações da Sede, na

Avenida Almirante Reis, 65, em Lisboa.

· A Siemens inicia a actividade fabril em Portugal,através da aquisição da Motra-EquipamentosEléctricos, S.A.R.L., produtora de motores e trans-formadores, antes sob licença Siemens epertencente à ENAE.

1964· Inauguração das novas instalações fabris da Motra,

no Sabugo: Fábrica de Transformadores.

1969· Criação de uma nova linha na fábrica do Sabugo

para produção de memórias para computadores.

1971· Inauguração de uma nova Fábrica em Évora,

produtora de relés.

· A empresa totalizava 1304 trabalhadores nas váriasunidades.

1973· Compra da Indelma � Indústrias Electro-Mecânicas,

S.A.R.L., no Seixal, produtora de cablagens paraautomóveis.

1974· Revolução política em Portugal, a 25 de Abril,

instaurando o regime democrático.

1977· Rebentamento de uma bomba na sede da empresa,

na Avenida Almirante Reis (Lisboa).

· Pedido formal de adesão de Portugal à C.E.E.

1981· Aquisição de um terreno em Alfragide para

localização das novas instalações.

1984· Início da produção das centrais telefónicas EMS,

na fábrica do Sabugo.

69100 ANOS A PROJECTAR O FUTURO

Historial Siemens

1986

· Assinatura do tratado de adesão de Portugalà CEE.

· Contrato para substituição da rede telefónicapública por equipamento digital a fornecer pelaSiemens, com tecnologia EWSD.

1987· Incorporação da Motra S.A., na Siemens, S.A.

· Entrega em serviço da primeira instalação EWSD -primeira central pública digital em Portugal.

1988· Inauguração da EMPTEL, Fábrica de Centrais

Públicas de Comutação Digital.

1989· Inauguração da nova Sede “Dois Moinhos”, em

Alfragide.

· Atribuição do Prémio “Qualidade Preferida”, pelaFord, aos relés produzidos na fábrica de Évora.

1990· Assinatura dos contratos com a CP para o forne-

cimento de 42 unidades quádruplas eléctricas paraa linha de Sintra e de 30 locomotivas eléctricas.

. Assinatura dos contratos com a Portugal Telecome TLP para implementação da rede Telemóvel e GSMe para o prolongamento do contrato de forneci-mento de equipamento EWSD.

· Admissão de 5000.º colaborador.

· Constituição da ANFEI � Associação Nacional deFormação Electrónica Industrial.

1991· Assinatura do contrato de fornecimento de centrais

EWSD com a Companhia Santomense deTelecomunicações.

· Entrega aos operadores nacionais da 1ª versão RDIS,de acordo com o livro azul CCITT, para um milhãode terminais.

· Solicitação do processo de certificação de qualidadejunto do IPQ.

1992· Constituição da Fábrica do Seixal, Fábrica de

Disjuntores e Quadros Eléctricos, e integração naSiemens, S.A.

1993· Assinatura com os TLP para fornecimento da “Rede

Inteligente” no sistema EWSD.

· A Siemens Nixdorf Informations-System AG passaa ser representada em Portugal pela Siemens, S.A.

· Integração da EMPTEL na Siemens, S.A.

1994· Inauguração das novas instalações da Delegação

do Norte, no Freixieiro, em Matosinhos.

· Assinatura do contrato de fornecimento “chave-na--mão” da central termoeléctrica de ciclo combinadoda Tapada do Outeiro.

· Implementação do programa interno top+ (TimeOptimized Processes).

1995· A Siemens torna-se a primeira empresa portuguesa

a garantir a validação das certificações ambientais deinstalações industriais (Fábrica de Relés e Indelma).

· Entrada em funcionamento do novo Hospital deLeiria, primeiro projecto “chave-na-mão” realizadopela Siemens em Portugal na área hospitalar.

· Entrega à Portugal Telecom da linha EWSD nº 2milhões.

· Entrega do Aeroporto de Macau.

1996· Assinatura do contrato de patrocínio da Exposição

Mundial de Lisboa (Expo’98).

· Assinatura do contrato de fornecimento de centraisEWSD à Cabo Verde Telecom.

· Constituição da Siemens Semicondutores, S.A., Vilado Conde.

· Arranque com um núcleo reduzido de engenheirosde telecomunicações e de software, das actividadesde R&D.

1997· Comemoração dos 150 anos de existência da

Siemens no Mundo.

· Renovação do contrato de prestação do serviço demanutenção com a TAP para mais 3 anos.

· Criação do International Training Center paracomunicações.

1998· Inauguração da Fábrica de Semicondutores em Vila

do Conde.

· Inauguração da Fábrica Condensadores de Tântaloem Évora.

Historial Siemens

100 ANOS A PROJECTAR O FUTURO70

71

Historial Siemens

100 ANOS A PROJECTAR O FUTURO

· 10º aniversário da ANFEI (actual ATEC) e obtençãoda certificação ISO 9001, tornando-se a primeiraescola tecnológica em Portugal a obter estacertificação.

· Realização da EXPO’98 em Lisboa-Portugal

. Participação da Siemens, S.A. na Expo’98, comopatrocinadora e fornecedora de equipamentos eserviços com amplo significado tecnológico.

. Aquisição pela Siemens AG das Divisões Cerberuse Landis & Gyr à Electrowatt.

1999· Venda da Fábrica de Semicondutores à Infineon

Technologies AG (grupo global de semicondutorespertencente à Siemens AG).

· Compra da Fábrica de Relés de Évora pela TycoInternacional.

· Fornecimento da instalação eléctrica e renovaçãodo estádio de futebol do Boavista Futebol Clube.

· Criação da joint-venture Fujitsu Siemens Computers.

· Conclusão da Central Eléctrica a Gás Natural naTapada do Outeiro.

· Assinatura do contrato para o fornecimento de 38novas unidades para o Metro de Lisboa.

· Assinatura de contrato com a EDP/CCPE paraconstrução de 2 grupos reversíveis 106Mvat paraCentral ligada ao Empreendimento Venda Nova II.

2000· Assinatura do contrato para o fornecimento da

nova geração de unidades múltiplas eléctricas(CP2000) para a CP.

· Inauguração da Central da Tapada do Outeiro.

· Entrega do Aeroporto do Funchal.

· Lançamento do 1º produto integralmente desenvol-vido na Software House do Porto - o DUIT.

2001· Assinatura de novos contratos como o do Grupo

PT - Portugal Telecom para as redes de Nova Geração,o fornecimento de soluções ADSL e o aprofunda-mento da liderança no mercado de backbone IP.

· Consolidação da liderança no mercado de terminaiscordless e da 2ª posição para terminais GSM.

· Nomeação para liderar um centro de competênciaregional da Siemens para aplicações UMTS.

. Fusão das actividades das Divisões Cerberus eLandis & Staefa na empresa Siemens BuildingTechnologies.

· Adjudicação do contrato para fornecer dois gruposde 800Mw para a central de ciclo combinado doRibatejo e assinatura de contracto para Manutençãolonga duração da Central da Tapada do Outeiro.

· Adjudicação da maior obra de electrificação da Linhada Beira Baixa entre Mouriscas e Castelo Branco.

2002· Um milhão de telemóveis vendidos.

· Projecto “chave-na-mão” para a nova Fábrica deCervejas Cintra.

· Centro de Referência Mundial para a Integral PlantMaintenance.

· Início da assinatura de contratos para soluçõesintegradas a implementar em estádios partici-pantes no EURO-2004.

· Adjudicação para a implementação de uma solução“chave-na-mão” no Metro Sul do Tejo.

· Conclusão da Informatização integral das urgênciasdo Hospital Santa Maria.

· Conclusão do projecto de informatização da redede balcões dos CTT.

2003· Criação e inauguração do Laboratório de Redes

Ópticas e de um Centro Mundial de I&D de softwarepara as redes de UMTS e GPRS.

· 1º PET Siemens instalado no IPO de Lisboa.

· Sistema PACS instalado no Hospital Amato Lusitanoem Castelo Branco.

2004

· Campeonato Europeu de Futebol - Euro-2004

· Fornecimento de soluções integradas, algumas delasprofundamente inovadoras, pela Siemens, S.A. paranove dos dez estádios de futebol do Euro-2004.

. Montagem e operação do Terminal de PassageirosANA/Euro-2004.

· Inauguração do Multimédia Lab.

· Assinatura de contrato de manutenção de longaduração para o grupo um e dois da Central doRibatejo e assinatura de contrato para construçãodo 3º grupo da mesma central.

· 1º PET/CT Biograph 6 instalado no IPO do Porto.

· Contrato de serviços de manutenção dos equipa-mentos informáticos dos balcões e edifícios centraisdo Grupo CGD.

. Integração da Siemens Building Technologies comooperating group da Siemens, S.A.

2005