catecumenos - apostila

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  • 7/28/2019 catecumenos - apostila

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    Texto Para a

    Classe deCatecmenos

    porRev. Ewerton Barcelos Tokashiki

    http://www.cristianismo-primitivo.org/siglo_III/siglo3.htm
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    Igreja Presbiteriana do BrasilCerejeiras - RO

    13/09/2005 ltima reviso

    Curso de Catecmenos

    Introduo

    Em cada lio um pargrafo da Confisso de F de

    Westminster(CFW) citado com a finalidade de indicar a nossaidentidade histrica e doutrinria. Aconselho que todos os membrosadquiram um exemplar pelo menos do Breve Catecismo deWestminster. Este ltimo mais simples de se entender ememorizar a sua definio doutrinria.

    As referncias bblicas devem ser verificadas. Poucas vezesser citada por extenso toda a passagem, todavia, ao estudar alio, tanto o aluno como o professor, devero ler a referncia. Onosso ensino deve ser extrado e confirmado na Escritura Sagrada.

    O uso da palavra Igreja, com letra maiscula, refere-se atodos os salvos em Cristo. A palavra igreja, com letra minscula,refere-se as comunidades locais de cristos professos.

    A verso adotada a Revista e Atualizada 2a.edio Sociedade Bblica do Brasil.

    Escrevi este texto com aspreocupaes de um pastor. O seupropsito no apenas ensinar a doutrina em que cremos, mas oredigi para suprir a necessidade de preparar os candidatos paratornarem-se membros que manejem bem a Palavra da verdade (2

    Tm 2:15). Pessoas equipadas para servir no reino de Deus, e nomeninos agitados por todo vento de doutrina (Ef 4:11-16). Tendo aperene preocupao de ensinando-os a guardar todas as cousasque vos tenho ordenado (Mt 28:20a).

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    Os livros recomendados foram selecionados com critrio.Leitura fcil. Ainda esto venda. Fidelidade bblica do autor.Certamente o leitor mais informado, poder questionar porque noindiquei este ou aquele livro? Mas decidi selecionar para os alunospoucos livros para cada lio, para que no ficasse muito extensa abibliografia. Cada professor poder recomendar outra literatura desua preferncia. Alguns livros publicados podem ser adquiridos eestudados como reforo da aula para o Curso de Catecmenos,segue algumas sugestes:1. O Breve Catecismo de Westminster(So Paulo, Editora CulturaCrist).2.A Confisso de F de Westminster(So Paulo, Editora CulturaCrist).

    3. J.I. Packer, Teologia Concisa (So Paulo, Editora Cultura Crist).4. R.C. Sproul, Verdades Essenciais da F Crist (So Paulo, EditoraCultura Crist).5. John Benton e John Peet,As Doutrinas da Graa (So Paulo,Editora Cultura Crist).

    ndice

    1. A Escritura Sagrada2. O Ser e Atributos de Deus3. As Obras de Deus4. Jesus Cristo5. O Esprito Santo6. O Homem7. O Pecado

    8. A Predestinao9. O Plano da Salvao10. A Certeza da Salvao11. Os Dons do Esprito Santo12. A Igreja de Cristo13. O Batismo Cristo14. A Ceia do Senhor15. A Orao16. A Vida Depois desta Vida17. A Mordomia Crist

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    18. Resumo Histrico da IPBApndices1 apndice: Os Dez Mandamentos2o apndice: O Credo Apostlico

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    apndice: Os Cinco Pontos do Calvinismo4o apndice: Cremos e Confessamos5o apndice: Perguntas da Profisso de F

    A Escritura Sagrada

    Texto BblicoToda a Escritura inspirada por Deus e til para o ensino, para arepreenso, para a correo, para a educao na justia, a fim deque o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado paratoda boa obra. 2 Tm 3:16-17

    Confisso de F de Westminster I.1Ainda que a luz da natureza e as obras da criao e da providncia de tal modomanifestem a bondade, a sabedoria e o poder de Deus, que os homens ficaminescusveis, contudo no so suficientes para dar aquele conhecimento de

    Deus e da sua vontade necessrio para a salvao; por isso foi o Senhorservido, em diversos tempos e diferentes modos, revelar-se e declarar suaIgreja aquela sua vontade; e depois, para melhor preservao e propagao daverdade, para o mais seguro estabelecimento e conforto da Igreja contra acorrupo da carne e malcia de Satans e do mundo, foi igualmente servidofaz-la escrever toda. Isto torna indispensvel a Escritura Sagrada, tendocessado aqueles antigos modos de revelar Deus a sua vontade ao seu povo.

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    Definio da doutrina: a Bblia a inerrante, clara, suficiente einspirada Palavra de Deus, sendo a nossa nica fonte e regra de f eprtica.

    Necessitamos ter convico sobre qual fundamento estamoscrendo. Nossa fonte de conhecimento a Palavra de Deus. Atravsdela o Senhor se d a conhecer de um modo especial. Ela o nossoobjeto de estudo para conhecermos verdadeiramente quem onosso Deus, e qual a Sua vontade para todo ser humano. Para isso necessrio sabermos o que a Bblia. indispensvel termosconvico do que estaremos aprendendo. Provavelmente vocouvir argumentos do tipo ah! papel aceita qualquer coisa!, ou,porqu a Bblia sua nica regra de f? O apstolo Pedro nos

    ordena santificai a Cristo, como Senhor, em vosso corao,estando sempre preparados para responder a todo aquele que vospedir razo da esperana que h em vs (1 Pe 3:15).Comearemos a nossa jornada de estudos analisandoprimeiramente o que a Bblia.

    Lorraine Boettner nos adverte, dizendo que a resposta quedermos pergunta o que Cristianismo? depender amplamentedo conceito que sustentarmos da Escritura.1 Se aceitarmos que aBblia um mero livro de religio, sem inspirao, insuficiente,

    cheio de erros, e impossvel de ser entendido, ento, ele no nosservir para nada, a nossa f ser vazia de significado tornando onosso Cristianismo uma religio confusa! Estaremos baseando anossa convico a respeito da Bblia sobre cinco declaraes quecaracterizam a Bblia como sendo a Palavra de Deus.

    1. A Bblia nossa nica fonte e regra de f e prtica.2. A Bblia plenamente inspirada pelo Esprito Santo.3. A Bblia clara em suas declaraes sobre salvao e

    santificao;4. A Bblia inerrante em todas as suas afirmaes.

    5. A Bblia suficiente para nos ensinar tudo em matria de f.

    1. A Bblia nossa nica fonte e regra de f e prticaSomente a Escritura Sagrada autoridade absoluta.Somente a Escritura Sagrada define minhas convices

    doutrinrias.

    1 Lorraine Boettner, Studies in Theology (Philadelphia, The Presbyterian and Reformed Publ. Co., 1967), p. 9

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    Somente na Escritura Sagrada encontro a verdadeirasabedoria.

    Somente a Escritura Sagrada rege as minhas decises.Somente a Escritura Sagrada molda o meu comportamento.Somente a Escritura Sagrada determina os meus

    relacionamentos.Mas porque a Bblia tem toda esta autoridade? A resposta

    simples: ela a Palavra inspirada por Deus.

    2. A Bblia plenamente inspirada pelo Esprito SantoCremos que a Escritura Sagrada plenamente inspirada.2 Isto

    significa que o Esprito Santo exerceu soberanamente uma

    influncia suficiente e completa estendendo-se a todas as partesdas Escrituras, conferindo-lhes uma revelao autorizada de Deus,de modo que as revelaes vieram a ns por intermdio da mente eda vontade de homens, todavia, elas so no sentido estrito, aPalavra de Deus. Esta influncia do Esprito Santo que envolveu osescritores sacros, estendeu-se no somente aos seus pensamentosgerais, mas tambm a todas as palavras que eles usaram, de modoque os pensamentos que Deus desejou revelar-nos foramconduzidos com infalvel exatido. No foram inspirados apenas os

    seus pensamentos, mas cada palavra original que os autoresusaram.Esta inspirao se estende no somente ao texto, mas afetou

    organicamente o seu autor, no momento do registro da revelao.Os escritores foram os instrumentos de Deus no sentido que aquiloque eles disseram, foi de fato o que Deus disse. No ato dainspirao o Esprito no anulou o escritor, mas agiu em, com eatravs de sua personalidade. O Esprito de Deus no inspirou osautores como se fossem mquinas, anulando a sua liberdade,responsabilidade e capacidades mentais, mas escreveu atravs

    deles (2 Pe 1:16-21). Cada autor viveu numa situao socialespecfica, num contexto histrico real, escrevendo compreocupaes particulares, para destinatrios e propsitosdefinidos. Mesmo havendo na Bblia a diversidade literria,lingstica, e estilo prprio de cada autor, isto no anula que elatenha fonte numa nica mente, que o Esprito Santo o seu autor

    2 Lorraine Boettner, Studies in Theology, p. 11

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    primrio (2 Pe 1:19-21; Rm 11:33-36). O Dr. A.A. Hodge descrevecomo a inspirao ocorreu sobre os autores.

    Os escritores de todos os livros eram homens, e o processo decomposio que lhes deu origem era, caracteristicamente, processo

    humano. As caractersticas pessoais do modo de pensar e sentir dosescritores operaram espontaneamente na sua atividade literria eimprimiram carter distinto em seus escritos, de um modo em tudosemelhante ao efeito que o carter de quaisquer outros escritoresproduz nas suas obras. Escreveram impelidos por impulsos humanos,em ocasies especiais e com fins determinados. Cada um delesenxerga o seu assunto do seu ponto de vista individual. Recolhe o seumaterial de todas as fontes que lhe so acessveis da experincia eobservaes pessoais, de antigos documentos e de testemunhocontemporneo. Arranja seu material com referncia ao fim especialque tem em vista; e de princpios e fatos tira inferncias segundo o

    seu prprio modo, mais ou menos lgico, de pensar. Suas emoes eimaginaes exercitam-se espontaneamente e manifestam-se comoco-fator nas suas composies. As limitaes de seu conhecimentopessoal e de seu estado mental em geral, e os defeitos de seushbitos de pensar e de seu estilo so to bvios em seus escritoscomo o so outras quaisquer de suas caractersticas pessoais. Usam alinguagem e os modismos prprios da sua nao e classe social.3

    3. A Bblia clara em suas declaraes sobre a salvao esantificao

    A essncia da revelao bblica acessvel ao homemindependentemente do seu nvel cultural (Sl 19:7; Sl 119:130). No requisito necessrio ser formado em teologia para se interpretar aBblia!Nem mesmo receber uma ordenao oficial para isto. Todosdevem ter livre acesso sua interpretao. Todavia, isto nosignifica que cada um livre para interpreta-la do modo que lhe formais conveniente. Livre acesso interpretao das Escriturassignifica que qualquer pessoa pode verificar, usandoresponsavelmente as regras corretas da hermenutica, o realsignificado de uma passagem bblica (CFW I.7).

    Quando a Escritura fala que o homem natural no podeentende-las, porque se discernem espiritualmente (1 Co 2:14b), elano est negando uma capacidade do no convertido de entenderos assuntos naturais e ticos de que a Bblia fala. Por exemplo, aPalavra de Deus a revelao da vontade de Deus, mas ela contma histria da raa humana, a narrao de culturas de povos antigos,a descrio geogrfica de lugares especficos e muitos outros

    3 A.A. Hodge,Esboos de Teologia (So Paulo, PES, 2001), p. 90.

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    assuntos. Mas, mesmo quando trata de assuntos ticos, o noconvertido capaz de entender. Usemos de exemplo os dezmandamentos (Ex 20:1-17). Ser que por mais mpia que seja apessoa ela pode alegar incapacidade de entender a lei de Deus? Sea Palavra de Deus fosse absolutamente obscura, ento Deus nopoderia condenar os pecadores que ouvem a sua Palavra, pois elespoderiam alegar que nada entendem! Elas tm em si mesmas umafonte de iluminao que garante a inteligibilidade da suamensagem.4

    No se nega que as Escrituras contenham muitas coisas dedifcil entendimento. verdade que elas requerem estudocuidadoso. Todos os homens precisam da direo do Esprito Santopara o correto entendimento e obteno da verdadeira f. Afirma-

    se, porm, que em todas as coisas necessrias salvao, elas sosuficientemente claras para serem compreendidas mesmo pelosiletrados.5

    Toda verdade necessria para a nossa salvao e vidaespiritual ensinada tanto explcita como implicitamente naEscritura.6Tudo o que necessrio para a salvao e uma vida deobedincia inteligvel para qualquer pessoa, desde que iluminadapelo Esprito Santo (1 Ts 2:13; 1 Pe 1:22-25). Mas o que ailuminao do Esprito Santo?

    4. A Bblia inerrante em todas as suas afirmaesPor ter sido escrita por homens sujeitos a erros, alguns

    incrdulos (e at alguns pastores) afirmam que a Escritura Sagradatambm contm erros. Todavia, estas pessoas ao negarem ainerrncia das Escrituras esto fazendo da mente humana umpadro de verdade mais elevado do que a prpria Palavra de Deus.O que encontramos na Bblia so aparentes contradies, ouafirmaes incompreendidas, que podem ser coerentementeharmonizadas com uma interpretao cuidadosa (Hb 6:18; Jo

    17:17). Um antigo telogo chamado Francis Turrentin observou queos escritores sacros foram movidos e inspirados pelo EspritoSanto, envolvendo tanto os pensamentos, como a linguagem, e queeles foram preservados livres de todo erro, fazendo com que osseus escritos sejam inteiramente autnticos e divino.7

    4 Paulo Anglada, Sola Scriptura A Doutrina Reformada das Escrituras (So Paulo, Editora Os Puritanos, 1998), p. 86.5 Charles Hodge, Teologia Sistemtica (So Paulo, Ed. Hagnos, 2001), p. 137.6 John MacArthur, Jr., Sola Scriptura (So Paulo, Ed. Cultura Crist, 2000), p. 210.7 citado por W.G.T. Shedd,Dogmatic Theology (Nashville, Thomas Nelson Publishers, 1980), vol. 1, p. 72

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    Se a Bblia contm algum erro histrico, geogrfico, oucientfico, como poderemos ter certeza de que no ter erros morais(Sl 12:6)? Deus mentiu, ou errou em alguma de suas informaes?Seria a pergunta mais sensata a se fazer. Deus soberanamente nopoderia livrar os seus agentes escritores de errarem? Comopoderamos aceitar a autoridade da Bblia, que alega ser a verdade,ensinar a verdade, inspirada por um Deus verdadeiro, e que ama averdade, se a sua Palavra estivesse cheia de erros (Nm 23:19; 2 Sm7:28; Jo 17:17; Tt 1:2; Hb 6:18)? No mnimo, ela seria algo noconfivel, e perderia toda a sua autoridade, pois no poderamoscham-la de Palavra de Deus! Mas a Escritura autentica a si mesmacomo inerrante (Js 23:14; Sl 12:6; Pv 30:5; Jo 14:35).

    5. A Bblia suficiente para nos ensinar tudo em matria def.Os 39 artigos de F da Religio Anglicana exprime este tema

    de forma mui precisa ao declarar que as Escrituras Sagradascontm todas as coisas necessrias para a salvao; de modo quetudo o que nela no se l, nem por ela se pode provar, no deve serexigido de pessoa alguma que seja crido como artigo de F ou

    julgado como exigido ou necessrio para a salvao.8

    Na Bblia o homem encontra tudo o que precisa saber e tudo o

    que necessita fazer a fim de que venha a ser salvo, viva de modoagradvel a Deus, servindo e adorando-O aceitavelmente (2 Tm3:16-17; 1 Jo 4:1; Ap 22:18).9

    A Bblia completa em seus 66 livros. Mesmo se osarquelogos encontrassem uma outra epstola do apstolo Paulono a aceitaramos como parte da Palavra de Deus. O nmero delivros que o nosso Senhor intentou dar-nos somente este, nadamais acrescentaremos (Ap 22:18-19). O que os autores escreveram,movidos pelo Esprito Santo, inspirado, todavia, no significa queos outros dos seus escritos tambm sejam inspirados. Por exemplo,

    Paulo escreveu 13 dos 27 livros do Novo Testamento, mas durantetoda a sua vida, aps a converso, certamente que escreveu muitomais do que apenas estas epstolas, mas isto, no significa que ainspirao estava inerente sua pessoa de tal modo, que sempreescrevia inspirado. Mas, bom lembrarmos que tudo o que nos foi

    8 39 Artigos de F da Religio Anglicana, artigo VI sobreAs Escrituras Sagradas citado no Apndice de WayneGrudem, Teologia Sistemtica (So Paulo, Ed. Vida Nova, 2002), p. 9999 Paulo Anglada, Sola Scriptura A Doutrina Reformada das Escrituras, p. 74

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    deixado (os 66 livros), somente foi preservado por causa de suainspirao.

    No podemos acrescentar nada Bblia (Dt 4:2; 12:32; Pv30:5-6; Ap 22:18-19). Deus quer que descubramos o que crer oufazer segundo a sua vontade somente na Escritura Sagrada (Dt29:29; Rm 12:1-21). No existe nenhuma revelao moderna quedeva ser equiparada autoridade da Palavra de Deus. Somente aBblia a nossa nica fonte e regra de f e prtica e no novasprofecias (Sl 119).

    6. A Bblia Catlica diferente da Bblia Protestante?A resposta um sim e um no. Sim, pois h de fato pelo

    menos duas diferenas que podem ser claramente observadas. A

    primeira diferena quanto sua traduo que difere tanto dasverses evanglicas, como entre as catlicas. Por qu existemtantas Bblias diferentes? Seria mais correto perguntarmos porquexistem tantas tradues diferentes? No existem Bbliasdiferentes, como se algumas fossem mais completas do queoutras,10 ou algumas falassem coisas que contradizem as demais! Oque ocorre que as Sociedades Bblicas, que se dedicam traduodeste to precioso livro, adotam filosofias de traduodiversificadas.

    A segunda diferena que as Bblias Catlicas possuem 7livros a mais (Tobias, Judite, 1 e 2 Macabeus, Sabedoria,Eclesistico, Baruc) e alguns acrscimos nos livros de Ester eDaniel.11At a Reforma do sculo XVI o conjunto de livros da Bbliaera aceito como sendo de apenas 66 livros. Os protestantescomearam a declarar Sola Scriptura (somente a Escritura) comonica regra de F, e apegando-se ao nmero de livros do Antigo

    Testamento hebraico (39 livros) e do Novo Testamento grego (27livros). Em reao a isto, a Igreja Catlica Romana tomou a seguintedeciso em seu Conclio de Trento (1545-1563 d.C.) na 4 sesso de

    08/04/1546 no Decreto Concernente s Escrituras Cannicas lemos:Se algum no receber como sagradas e cannicos os livros do Antigoe do Novo Testamento, inteiros e em todas as suas partes, como secontm na velha edio Vulgata, e conscientemente os condenar, sejaantema.12

    10 Aqui me refiro entre os 66 livros conforme encontrados nas tradues adotadas pelos evanglicos.11Catecismo da Igreja Catlica, Parte I, cap. II, art. 3. iv, p. 43.12 Herminsten M.P. da Costa,A Inspirao e Inerrncia das Escrituras Uma Perspectiva Reformada (So Paulo, Ed.Cultura Crist, 1998), p. 70.

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    Esta deciso da Igreja Catlica Romana implicou que ao adotara Vulgata Latina como texto padro oficial, ela endossou todos oslivros apcrifos que esta traduo continha. A Vulgata Latina umatraduo latina da Bblia feita em 382-383 d.C. a partir daSeptuaginta13 e no do texto hebraico original. O seu tradutor foiSofrnio Eusbio Jernimo (340-420 d.C.) que desde aquela pocaquestionava o acrscimo na nova traduo de livros que no faziamparte do texto hebraico. Em outras palavras a Vulgata Latina umatraduo de outra traduo.

    A nossa convico como herdeiros da Reforma encontra-seexpressa na Confisso de F de Westminster da seguinte forma:

    Os livros comumente chamados apcrifos, no sendo deinspirao divina, no fazem parte do cnon da Escritura; e,

    portanto, no so de nenhuma autoridade na Igreja de Deus,nem de modo algum podem ser aprovados nem utilizadosseno como escritos humanos.14

    Certamente aprenderemos muito, mas, em tudo examinando oque a Escrituras diz? O pastor presbiteriano rev. Henry B. Smithescreveu um poema que poderamos usar para resumir o quefalamos at aqui a respeito da Escritura Sagrada:

    Aprendamos sempre com a Bblia na moO que nos foi entregue, nada aceitando senoO que nos foi ensinado, nada amando senoO que nos foi prescrito, nada odiando senoO que nos foi proibido, nada fazendo senoO que nos foi ordenado na Bblia do Cristo.15

    Livros recomendados1. Norman Geisler & William Nix, Introduo Bblica (So Paulo, Editora Vida).2. Philip W. Comfort, ed.,A Origem da Bblia (Rio de Janeiro, CPAD).

    3. Bruce Bickel, ed., Sola Scriptura (So Paulo, Editora Cultura Crist).4. Paulo Anglada, Sola Scriptura: A Doutrina Reformada das Escrituras (SoPaulo, Editora Os Puritanos).5. Joseph Angus, Histria, Doutrina e Interpretao da Bblia (So Paulo, EditoraHagnus).13 A Septuaginta (LXX) a traduo do Antigo Testamento feita entre 200 a 150 a.C., por uma equipe de 70 judeus.

    Embora a traduo foi realizada partir do texto hebraico, foram acrescentadas vrios outros livros religiosos, escritos

    em grego, que circulavam entre judeus. Norman Geisler & William Nix,Introduo Bblica (So Paulo, Ed. Vida,1997), pp. 196 e 213.14 Confisso de F de Westminster I.3.15 Citado em Bruce Bickel, ed., Sola Scriptura, p. 210.

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    6. Laird Harris, Inspirao e Canonicidade da Bblia (So Paulo, Editora CulturaCrist).7. R.C. Sproul, O Conhecimento das Escrituras (So Paulo, Editora CulturaCrist).

    8. Peter Jensen,A revelao de Deus (Editora Cultura Crist).

    O Ser e Atributos de Deus

    Texto BblicoConheamos e prossigamos em conhecer ao SENHOR; como a alva,a sua vinda certa; e ele descer sobre ns como a chuva serdiaque rega a terra. Os 6:3

    Confisso de F de Westminster II.1H um s Deus vivo e verdadeiro, o qual infinito em seu ser e perfeies. Ele um esprito purssimo, invisvel, sem corpo, membros ou paixes; imutvel,imenso, eterno, incompreensvel, - onipotente, onisciente, santssimo,completamente livre e absoluto, fazendo tudo para a sua prpria glria esegundo o conselho da sua prpria vontade, que reta e imutvel. cheio deamor, gracioso, misericordioso, longnimo, muito bondoso e verdadeiro

    remunerador dos que o buscam e, contudo, justssimo e terrvel em seus juzos,pois odeia todo o pecado; de modo algum ter por inocente o culpado.

    Definio da doutrina: H um s Deus que esprito, infinito,eterno e imutvel em seu ser, sabedoria, poder, santidade, justia,bondade e verdade, que existe em trs pessoas: Pai, Filho e EspritoSanto.

    A Trindade

    H um s Deus que existe em trs pessoas: o Pai, o Filho e oEsprito Santo.Todos os trs so co-iguais em tudo.Trindade econmica.No so trs deuses.No h subordinao das outras suas pessoas em relao ao

    Pai.

    Os atributos de Deus

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    Os atributos incomunicveis de Deus. Estes so aquelesatributos que Deus no transmitiu a sua criao. So prerrogativadEle somente. A eternidade, a infinitude, a independncia, aimutabilidade, perfeio.

    Deus eterno. Significa que Ele no tem comeo nem fim.Deus infinito.Deus independente. Deus no precisa de ningum. Ns em

    tudo carecemos dEle.Deus imutvel. Deus no cresce, nem diminui. No se

    fortalece, nem enfraquece. No aprende, nem de nada se esquece.O seu eterno decreto, no muda.

    Deus perfeito. Em todos os seus atributos e suas obras noh erros, nem defeitos.

    Livros recomendados1. Heber Carlos de Campos, O Ser de Deus e Seus Atributos (So Paulo, EditoraCultura Crist).2. J.I. Packer, O Conhecimento de Deus (So Paulo, Editora Mundo Cristo).3. Gerald Bray,A doutrina de Deus (So Paulo, Editora Mundo Cristo).

    As Obras de DeusTexto BblicoO Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo Senhor docu e da terra, no habita em santurios feitos por mos humanas.Nem servido por mos humanas, como se de alguma coisa

    precisasse; pois ele mesmo quem a todos d vida, respirao etudo mais. At 17:24-25

    Confisso de F de Westminster V.1Pela sua muito sbia providncia, segundo a sua infalvel prescincia e o livre eimutvel conselho da sua prpria vontade, Deus, o grande Criador de todas ascoisas, para o louvor da glria da sua sabedoria, poder, justia, bondade emisericrdia, sustenta, dirige, dispe e governa todas as suas criaturas, todasas aes e todas as coisas, desde a maior at a menor.

    Definio da doutrina: tudo foi planejado e criado por Deus, eagora Ele preserva e governa todas as coisas para a Sua glria.

    O decreto de Deus

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    Deus soberanamente determinou tudo o que o iria fazer eacontecer antes da fundao do mundo.

    A Criao de DeusDeus criou todas as coisas a partir do nada, pelo poder de Sua

    Palavra (Gn 1-2; Hb 11:3).

    A providncia de DeusA providncia de Deus o seu soberano controle sobre todas

    as coisas. Ele preserva, sustenta, governa, dirige, e faz com quetodas as coisas cooperem para o bem de seus escolhido, e para asua glria (Gn 50:19-20; Rm 8:28; Rm 11:33-36).

    No existe acaso, nem fatalismo. Todas as coisas esto sob o

    controle do Senhor (J 42:2; Sl 139:1-18; Dn 4:35).Tudo o que Deus faz resultado daquilo que Ele .

    Livros recomendados1. Heber Carlos de Campos,A Providncia e a sua realizao histrica (SoPaulo, Editora Cultura Crist).2. Paul Helm,A providncia de Deus (So Paulo, Editora Mundo Cristo).3.

    Jesus Cristo

    Texto BblicoEste Jesus pedra rejeitada por vs, os construtores, a qual setornou a pedra angular. E no h salvao em nenhum outro;

    porque abaixo do cu no existe nenhum outro nome, dado entreos homens, pelo qual importa que sejamos salvos. At 4:11-12

    Confisso de F de Westminster VIII.1Aprouve a Deus em seu eterno propsito, escolher e ordenar o Senhor Jesus,seu Filho Unignito, para ser o Mediador entre Deus e o homem, o Profeta,Sacerdote e Rei, o Cabea e Salvador de sua Igreja, o Herdeiro de todas ascoisas e o Juiz do Mundo; e deu-lhe desde toda a eternidade um povo para sersua semente e para, no tempo devido, ser por ele remido, chamado, justificado,santificado e glorificado.

    Definio da doutrina

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    A Pessoa de Cristo unignito de Deus; verdadeiro Deus em todos os seus atributos; verdadeiro homem em toda a sua constituio; em pessoa o Deus-homem;

    O Filho de Deus se fez um de ns atravs da encarnao. encarnado da virgem Maria por obra sobrenatural do Esprito. impecvel, todavia, podia ser tentado;

    A humilhao de CristoJesus tornou-se amaldioado em nosso lugar.Cristo no desceu ao Inferno.

    A exaltao de Cristo

    A Aliana da RedenoJesus o nosso Mediador na nova Aliana. Ele o nosso nico

    representante diante de Deus.A Aliana da Redeno estipulava que o Filho viesse ao mundo

    para cumprir a vontade do Pai, ou seja, que viesse morrer pelosseus escolhidos (Jo 4:34; 6:38-40; 10:10).

    A obra de Jesus Cristo o prometido Profeta que nos traz a Palavra do Pai; o perfeito Sacerdote que intercede por ns; o soberano Rei que inaugura o Reino de Deus sobre ns; nosso suficiente e definitivo sacrifcio; limitada a expiao em seu propsito de salvar somente oseleitos; intercessor eficaz destra do Pai; esperado o seu retorno fsico num futuro no revelado.

    Livros recomendados1. Heber C. de Campos,As Duas Naturezas do Redentor(So Paulo, EditoraMundo Cristo).2. Heber C. de Campos,A Unio das Naturezas do Redentor(So Paulo, EditoraMundo Cristo).3. Donald MacLeod,A pessoa de Cristo (So Paulo, Editora Mundo Cristo).4. Robert Letham,A Obra de Cristo (So Paulo, Editora Mundo Cristo).

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    5. Francis A. Schaeffer,A Obra Consumada de Cristo (So Paulo, Editora MundoCristo).6. John Owen, Por Quem Cristo Morreu? (So Paulo, PES).

    O Esprito Santo

    Texto BblicoQuando vier, o Esprito da verdade, ele vos guiar a toda a verdade;

    porque no falar por si mesmo, mas dir tudo o que tiver ouvido evos anunciar as cousas que ho de vir. Ele me glorificar, porque

    h de receber do que meu e vo-lo h de anunciar. Jo 16:13-14Confisso de F de Westminster XXXIV.1O Esprito Santo a terceira pessoa da Trindade, procedente do Pai e do Filho,da mesma substncia e igual em poder e glria, e deve-se crer nele, am-Lo,obedec-Lo e ador-Lo, juntamente com o Pai e o Filho, por todos os sculos.

    Definio da doutrina

    A personalidade do Esprito Santo

    A divindade do Esprito SantoA obra providencial do Esprito Santo

    A obra salvadora do Esprito SantoO Esprito no ministrio de Cristo.O Esprito na aplicao da salvao dos eleitos.O Esprito na edificao da Igreja.

    Livros recomendados1. Walter J. Chantry, Os Sinais dos Apstolos (So Paulo, Editora PES).2. R.C. Sproul, O Mistrio do Esprito Santo (So Paulo, Editora Cultura Crist).3. J.I. Packer, Na Dinmica do Esprito (So Paulo, Editora Vida Nova).4. Sinclair Fergunson, O Esprito Santo (So Paulo, Editora Os Puritanos).5. Paul E. Brown, O Esprito Santo e a Bblia (So Paulo, Editora Cultura Crist).

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    O Homem

    Texto BblicoCriou Deus, pois, o homem sua imagem, imagem de Deus ocriou; homem e mulher os criou. E Deus os abenoou e lhes disse:Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominaisobre os peixes do mar, sobre as aves dos cus e sobre todo animalque rasteja pela terra. Gn 1:27-28

    Confisso de F de Westminster IV.2Depois de haver feito as outras criaturas, Deus criou o homem, macho e fmea,com almas racionais e imortais, e dotou-as de inteligncia, retido e perfeitasantidade, segundo a sua prpria imagem, tendo a lei de Deus escrita em seus

    coraes, e o poder de cumpri-la, mas com a possibilidade de transgredi-la,sendo deixados liberdade da sua prpria vontade, que era mutvel. Almdessa escrita em seus coraes, receberam o preceito de no comerem darvore da cincia do bem e do mal; enquanto obedeceram a este preceito,foram felizes em sua comunho com Deus e tiveram domnio sobre ascriaturas.

    Definio da doutrinaCriado imagem de Deus

    A vida somente faz sentido quando vivemos para Deus.

    A origem da almaHomem: macho e fmea

    Livros recomendados1. Anthony Hoekema, Criados Imagem de Deus (So Paulo, Editora CulturaCrist).2. Charles Sherlock,A doutrina da humanidade (So Paulo, Editora MundoCristo).

    O Pecado

    Texto BblicoPortanto, assim como por um s homem entrou o pecado nomundo, e pelo pecado, a morte, assim tambm a morte passou atodos os homens, porque todos pecaram. Rm 5:12

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    Confisso de F de Westminster VI.1Nossos primeiros pais, seduzidos pela astcia e tentao de Satans, pecaram,comendo do fruto proibido. Segundo o seu sbio e santo conselho, foi Deus

    servido permitir este pecado deles, havendo determinado orden-lo para a suaprpria glria.

    Definio da doutrina

    A QuedaA desordem e sofrimento que o nosso pecado nos causa

    angustiante. Toda a desordem causada pelo pecado teve umaorigem histrica chamada de Queda. Este evento chamado deQueda, pois foi o momento em que nossos primeiros pais, Ado eEva, em desobedincia contra Deus escolheram pecar, e caram doseu estado original de santidade e perfeio.

    A transmisso do pecadoA transmisso individual.A universalidade do pecado.

    Os efeitos do pecadoAfetou todo o individuo. Este o ensino da doutrina da

    depravao total.O pecado afetou relacionamento Eu-Deus. A morte espiritual

    que a separao entre ns e o nosso Deus.O pecado afetou o relacionamento Eu-Tu. Inimizade foi

    estabelecida entre os homens. A transferncia de culpa para o outrotornou-se uma das primeiras marcas do relacionamento ps-Queda.

    O pecado afetou o Eu-eu. O orgulho como fator determinante.Insensatez mental e existencial.

    O livre arbtrio perdeu-se com a Queda. A capacidade de agir

    contrrio sua prpria natureza foi perdida. Ado sendo santo foicapaz de escolher contrrio a sua inclinao natural, decidiu pecar.Mas sendo agora escravo do pecado, o primeiro homem livrementeagiu de acordo com a escravido dos desejos mais fortes da suaalma pecaminosa, e por si mesmo incapaz de no pecar. Ele livre, mas a sua liberdade usada somente para pecar emconformidade com os impulsos de sua inclinao para o pecado. Ohomem no tem mais o poder de agir contrrio a sua naturezapecaminosa. Se ele for deixado para si mesmo, ele sempre agir de

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    acordo com a sua disposio interna, ou seja, sempre escolherpecar (Rm 3:9-18; 7:7-25; Gl 5:16-21; Ef 2:1-10).

    As conseqncias do pecadoNo era para ser assim!A separao do corpo e da alma.Maldies.Sofrimentos e enfermidades.Morte fsica.Punio eterna.

    Livros recomendados1. John MacArthur, Jr., Sociedade sem pecado (So Paulo, Editora CulturaCrist).2. Kris Lundagaard, O mal que habita em mim (So Paulo, Editora CulturaCrist).3. Cornelius Platinga Jr., No era para ser assim (So Paulo, Editora CulturaCrist).

    A Predestinao

    Texto BblicoBendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos temabenoado com toda sorte de beno espiritual nas regiescelestiais em Cristo, assim como nos escolheu, nele, antes dafundao do mundo, para sermos santos e irrepreensveis peranteele; e, em amor nos predestinou para ele, para a adorao de filhos,

    por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplcito de sua vontade,para louvor da glria de sua graa, que ele nos concedeugratuitamente no Amado. Ef 1:3-7

    Confisso de F de Westminster III.5Segundo o seu eterno e imutvel propsito e segundo o santo conselho ebeneplcito da sua vontade, Deus antes que fosse o mundo criado, escolheuem Cristo para a glria eterna os homens que so predestinados para a vida;para o louvor da sua gloriosa graa, ele os escolheu de sua mera e livre graa eamor, e no por previso de f, ou de boas obras e perseverana nelas, ou de

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    qualquer outra coisa na criatura que a isso o movesse, como condio oucausa.

    Definio da doutrina

    Deus em amor nos escolheuA doutrina da Predestinao para alguns causa um verdadeiro

    desconforto. Mas no era para ser assim. Ela fala de um ato degraa, que o soberano Deus livremente exerceu em favor depecadores que merecem a condenao eterna. Pensar nossofrimentos eternos, sim que deveria causar-nos angstia, no oamor eletivo de Deus.

    Na lio anterior estudamos as conseqncias do pecado na

    raa humana. Todos os homens, por causa do seu pecado, merecema condenao eterna. Ningum consegue, por si mesmo, livrar-se daescravido do pecado. O salrio do pecado a morte (Rm 6:23).Esta verdade dura de se ouvir! Mas no temos como fugir dela. SeDeus fosse dar a todos o que cada um merece, ento, sem exceohaveria de dar a todos a condenao eterna.

    Tudo pela graa somenteAssim tornou necessrio que Deus realizasse a salvao do

    pecador. Em sua infinita misericrdia, Deus escolheu a muitos paraque recebessem o seu amor e fossem salvos pelo seu Filho. Todosos pecadores mereciam a condenao. Esta escolha foi realizadaantes da fundao do mundo por um ato soberano de graa. Deusno viu nada nestes eleitos que o estimulasse a escolhe-los.

    Livros recomendados1. R.C. Sproul, Eleitos de Deus (So Paulo, Editora Cultura Crist).2. Samuel Falco, Escolhidos de Deus (So Paulo, Editora Mundo Cristo).3. Fred H. Klooster,A Doutrina da Predestinao em Calvino (Santa BrbaradOeste, SOCEP).

    O Plano da Salvao

    Texto Bblico

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    Portanto aos que de antemo conheceu, tambm os predestinoupara serem conformes imagem de seu Filho, a fim de que eleseja o primognito entre muitos irmos. E aos que predestinou,a esses tambm chamou; e aos que chamou, a esses tambm

    justificou; e aos que justificou, a esses tambm glorificou. Rm8:30-31

    Confisso de F de Westminster X.1Todos aqueles que Deus predestinou para a vida, e s esses, ele servido, notempo por ele determinado e aceito, chamar eficazmente pela sua palavra epelo seu Esprito, tirando-os por Jesus Cristo daquele estado de pecado e morteem que esto por natureza, e transpondo-os para a graa e salvao. Isto ele ofaz, iluminando os seus entendimentos espiritualmente a fim decompreenderem as coisas de Deus para a salvao, tirando-lhes os seus

    coraes de pedra e dando lhes coraes de carne, renovando as suasvontades e determinando-as pela sua onipotncia para aquilo que bom eatraindo-os eficazmente a Jesus Cristo, mas de maneira que eles vm muilivremente, sendo para isso dispostos pela sua graa.

    Definio da doutrina

    planejada na eternidade; garantida pela graciosa e livre eleio de Deus; baseada na obra expiatria de Cristo;

    aplicada em ns pelo Esprito Santo; iniciada em ns na regenerao; proclamada pelo sincero chamado do evangelho; evidenciada pela f e arrependimento; declarada na justificao; familiarizada na adoo; comprovada pela santificao; continuada pela preservao na poderosa graa; consumada na glorificao, aps o juzo final;

    Livros recomendados1. Anthoy Hoekema, Salvos pela graa (So Paulo, Editora Cultura Crist).2. Bruce Bickel, ed.,Justificao pela f somente (So Paulo, Editora CulturaCrist).3.

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    A Certeza da Salvao

    Texto BblicoEstas coisas vos escrevi a fim de saberdes que tendes a vidaeterna, a vs outros que credes em o nome do Filho de Deus. 1 Jo5:13

    Confisso de F de Westminster XVIII.2Esta certeza no uma mera persuaso conjectural e provvel, fundada numafalsa esperana, mas uma infalvel segurana da f, fundada na divina verdadedas promessas de salvao, na evidncia interna daquelas graas a que sofeitas essas promessas, no testemunho do Esprito de adoo que testifica comos nossos espritos sermos ns filhos de Deus, no testemunho desse Espritoque o penhor de nossa herana e por quem somos selados para o dia da

    redeno.

    Definio da doutrina: todos os que so salvos em Cristo Jesus,podem ter a certeza absoluta que de que tm a vida eterna, e queso filhos de Deus.

    O soberano Deus cumpre o seu propsitoA Palavra de Deus prometeA santidade confirma minha filiao

    O Esprito testemunha no verdadeiro crente

    Livros recomendados1. Anthoy Hoekema, Salvos pela graa (So Paulo, Editora Cultura Crist).2.3.

    Os Dons do Esprito SantoTexto BblicoOra, os dons so diversos, mas o Esprito o mesmo. E tambm hdiversidade nos servios, mas o Senhor o mesmo. E hdiversidade nas realizaes, mas o mesmo Deus quem opera tudoem todos. 1 Co 12:4-6.

    Confisso de F de Westminster XXXIV.2

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    Ele o Senhor e Doador da vida, presente em toda parte na natureza, e afonte de todos os pensamentos bons, desejos puros e conselhos santos que seencontram nos homens. Por Ele os Profetas foram levados a falar a Palavra deDeus, e todos os autores da Sagrada Escritura foram inspirados a registrar de

    um modo infalvel a disposio e a vontade de Deus. A dispensao doEvangelho foi-lhe entregue de um modo especial. O Esprito Santo prepara ocaminho para o Evangelho, acompanhado com seu poder persuasivo erecomenda a sua mensagem razo e conscincia dos homens, de maneiraque os que rejeitam a oferta misericordiosa, ficam no somente sem desculpa,mas tambm culpados de terem resistido ao Esprito Santo.

    Definio da doutrinaA transio da Antiga para a Nova AlianaDons para o servio

    Por qu alguns dons cessaram?Livros recomendados1. O. Palmer Robertson,A Palavra Final (So Paulo, Editora Os Puritanos).2. Walter J. Chantry, Os Sinais dos Apstolos (So Paulo, Editora PES).3. John R.W. Stott, Batismo e Plenitude do Esprito Santo (So Paulo, EditoraVida Nova).4. Wayne Grudem, ed., Cessaram os dons espirituais? (So Paulo, Editora Vida).

    A Igreja de Cristo

    Texto BblicoVs, porm, sois raa eleita, sacerdcio real, nao santa, povo de

    propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes asvirtudes daquele que vos chamou das trevas para a suamaravilhosa luz; vs, sim, que antes, no reis povo, masagora, sois povo de Deus, que no tnheis alcanadomisericrdia, mas agora, alcanastes misericrdia. 1 Pe 2:9-

    10.

    Confisso de F de Westminster XXV.1A Igreja Catlica ou Universal, que invisvel, consta do nmero total doseleitos que j foram, dos que agora so e dos que ainda sero reunidos em ums corpo sob Cristo, seu cabea; ela a esposa, o corpo, a plenitude daqueleque cumpre tudo em todas as coisas.

    Definio da doutrina

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    O que a Igreja?Os eleitos de Deus.Os salvos em Cristo.A comunho dos Santos.Os servos de Deus.

    Os atributos da IgrejaAs marcas da IgrejaO governo da Igreja

    Livros recomendados1. Edmund Clowney,A Igreja (So Paulo, Editora Mundo Cristo).

    2. O.W.H. Roberts, O Sistema Presbiteriano (So Paulo, Editora Mundo Cristo).3.

    O Batismo Cristo

    Texto BblicoIde, portanto, fazei discpulos de todas as naes, batizando-os emnome do Pai, e do Filho, e do Esprito Santo. Mt 28:19.

    Confisso de F de Westminster XXVIII.1O batismo um sacramento do Novo Testamento, institudo por Jesus Cristo,no s para solenemente admitir na Igreja a pessoa batizada, mas tambmpara servir-lhe de sinal e selo do pacto da graa, de sua unio com Cristo, daregenerao, da remisso dos pecados e tambm da sua consagrao a Deuspor Jesus Cristo a fim de andar em novidade de vida. Este sacramento, segundoa ordenao de Cristo, h de continuar em sua Igreja at ao fim do mundo.

    Definio da doutrina

    Quem deve ser batizado?Todo o que cr no Senhor Jesus como seu salvador pessoal.Os pais crentes tm o privilgio de trazer os seus filhos ao

    batismo como herdeiros da promessa de Deus.

    Como deve ser o modo do batismo?

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    O batismo um sinal externo de uma graa interna. O batismocom gua simboliza o batismo com o Esprito Santo que ocorre nomomento da regenerao.

    Livros recomendados1. Charles Hodge, O Batismo Cristo imerso ou asperso? (So Paulo, EditoraMundo Cristo).2.3.

    A Ceia do Senhor

    Texto BblicoPorque eu recebi do Senhor o que tambm vos entreguei: que o

    Senhor Jesus, na noite em que foi trado, tomou o po; e,tendo dado graas, o partiu e disse: Isto o meu corpo, que dado por vs; fazei isto em memria de mim. Por semelhantemodo, depois de haver ceado, tomou tambm o clice,dizendo: Este clice a nova aliana no meu sangue; fazeiisto, todas as vezes que o beberdes, em memria de mim.Porque, todas as vezes que comerdes este po e beberdes oclice, anunciais a morte do Senhor, at que ele venha. 1 Co11:23-26

    Confisso de F de Westminster XXIX.1Na noite em que foi trado, nosso Senhor Jesus instituiu o sacramento do seucorpo e sangue, chamado Ceia do Senhor, para ser observado em sua Igreja atao Fim do mundo, a fim de lembrar perpetuamente o sacrifcio que em suamorte Ele fez de si mesmo; selar aos verdadeiros crentes os benefciosprovenientes desse sacrifcio para o seu nutrimento espiritual e crescimentonele e a sua obrigao de cumprir todos os seus deveres para com Ele; e ser

    um vnculo e penhor da sua comunho com Ele e de uns com os outros, comomembros do seu corpo mstico.

    Definio da doutrina: o sacramento que confirma o cristo nanova Aliana com Cristo.

    O que no a Ceia do Senhor?No a transformao do po e vinho, em sangue e carne de

    Cristo. A Igreja Catlica Romana chama esta doutrina de

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    transubstanciao, ou seja, ela ensina que realmente h umamudana essencial nos elementos (po e vinho).

    No contm a presena fsica de Cristo nos elementos. Osluteranos ensinam que no momento do ritual da Santa Ceia, o corpoe sangue de Cristo se tornam presentes no po e no vinho.

    No um simples memorial. Muitas igrejas ensinam que a Ceia apenas uma encenao espiritual, e que o seu nico valor amensagem da lembrana da nossa comunho com Cristo.

    Ento, o que a Ceia do Senhor? Memorial, meio de graa,presena espiritual, nova aliana.

    Quem deve participar da Santa Ceia?

    Livros recomendados1.2.3.

    A Orao

    Texto BblicoSe me pedirdes alguma cousa em meu nome, eu o farei. Se meamais, guardareis os meus mandamentos. Jo 14:14-15

    Confisso de F de Westminster XXI.3A orao com aes de graas, sendo uma parte especial do culto religioso, por Deus exigida de todos os homens; e, para que seja aceita, deve ser feitaem o nome do Filho, pelo auxlio do seu Esprito, segundo a sua vontade, e istocom inteligncia, reverncia, humildade, fervor, f, amor e perseverana. Se forvocal, deve ser proferida em uma lngua conhecida dos circunstantes.

    Definio da doutrina

    Se Deus j sabe, porqu orar?confissoadoraosplicaintercesso

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    A orao e a soberania de DeusDeus criou tudo de modo que todas as coisas funcionariam

    interdependentes. James I. Buswell observa queDeus previu as nossas oraes antes da fundao do mundo. Ele

    preparou a resposta as nossas oraes em toda a estrutura douniverso. Ele sabia que oraramos, e que oraramos numa maneiraespontnea como um filho clama a seu pai. Deus colocou o universosobre um principio de relacionamentos pessoais em que Ele respondea orao, e podemos, em um sentido, entender Sua amorosa provisosomente com base na Sua oniscincia.16

    A soberania de Deus no anula a responsabilidade humana.

    A orao um meio de graa

    Livros recomendados1.2.3.

    A Vida Depois desta Vida

    Texto BblicoSe a nossa esperana em Cristo se limita apenas a esta vida, somosos mais infelizes de todos os homens. 1 Co 15:19

    Confisso de F de Westminster XXXII.1Os corpos dos homens, depois da morte, convertem-se em p e vm acorrupo; mas as suas almas (que nem morrem nem dormem), tendo umasubstncia imortal, voltam imediatamente para Deus que as deu. As almas dosjustos, sendo ento aperfeioadas na santidade, so recebidas no mais alto doscus onde vm a face de Deus em luz e glria, esperando a plena redeno dos

    seus corpos; e as almas dos mpios so lanadas no inferno, onde ficaro, emtormentos e em trevas espessas, reservadas para o juzo do grande dia final.Alm destes dois lugares destinados s almas separadas de seus respectivoscorpos as Escrituras no reconhecem nenhum outro lugar.

    Definio da doutrina

    16 J.O. Buswell,A Systematic Theology of the Christian Religion (Grand Rapids, Zondervan Publishing House, 1974)vol. 1, p. 61

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    O estado intermedirioA morte como conseqncia do pecado. Para os salvos em

    Cristo a morte o ltimo estgio de santificao nesta vida (Fp1:19-26).

    A segunda vinda de CristoTodos vero a vinda fsica de Cristo. No ser um

    acontecimento oculto.

    Haver um milnio futuro?O que o Anticristo?O que sero as Bestas?O que Armagedom?

    A ressurreio dos mortosO juzo finalA vida eterna

    Livros recomendados1. William Hendriksen,A Vida Futura Segundo a Bblia (So Paulo, EditoraMundo Cristo).2. William Hendriksen, Mais que Vencedores (So Paulo, Editora Mundo Cristo).

    3. R.C. Sproul, ltimos Dias Segundo Jesus (So Paulo, Editora Mundo Cristo).4. Anthony Hoekema,A Bblia e o Futuro (So Paulo, Editora Mundo Cristo).5. W.J. Grier, O Maior de Todos os Acontecimentos (So Paulo, Editora MundoCristo).6. Robert C. Clouse, ed., Milnio: Significado e Interpretao (So Paulo, EditoraMundo Cristo).

    A Grande Comisso: Discipulado e Misses

    Texto BblicoE disse-lhes Jesus: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho atoda a criatura. Mc 16:15

    Confisso de F de Westminster XXXV.2No Evangelho Deus proclama o seu amor ao mundo, revela clara e plenamenteo nico caminho da salvao, assegura vida eterna a todos quantos

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    verdadeiramente se arrependem e crem em Cristo, e ordena que estasalvao seja anunciada a todos os homens, a fim de que conheam amisericrdia oferecida e, pela ao do Seu Esprito, a aceitem como ddiva dagraa.

    Definio da doutrina: cada cristo responsvel detestemunhar, com palavras e a vida, a salvao que Deus, emCristo, pode misericordiosamente realizar.

    Porqu evangelizar?Cada cristo um evangelista. O dever de confessar a Cristo

    uma responsabilidade de todo aquele que nEle cr como seuSalvador pessoal (Rm 10:9-15).

    A Igreja precisa empenhar-se na evangelizao especial. Foirealizada a traduo da Bblia e literatura evanglica para a lnguabraile (cegos), todavia, ela precisa ser popularizada pelas igrejas. Oaprendizado da LIBRAS (Lngua Brasileira de Sinais) na comunicaodo Evangelho para alcanar os surdos.

    Salvar no somente a alma, mas a mente do individuo. Idiasperniciosas (ex., evolucionismo).

    Formar carter. Estruturar famlias.A ao social como recurso evangelstico precisa ser

    considerado no como uma opo da Igreja, mas como um

    cumprimento de amor ao prximo.Misses se fazem no exerccio dos verbos orar, enviar e

    contribuir. Orar para que Deus desperte os seus servos para iremaos campos missionrios. Orar para que a Igreja tenha o fielcompromisso de sustentar queles que no campo dependem damanuteno financeira, e todo recurso necessrio, para que afamlia e o ministrio dos missionrios sejam supridos.

    Livros recomendados1. Jerram Barrs,A Essncia da Evangelizao (So Paulo, Editora MundoCristo).2. J.I. Packer, Evangelizao e a Soberania de Deus (So Paulo, Editora MundoCristo).3. Roger Greenway, Ide e Fazei Discpulos (So Paulo, Editora Mundo Cristo).

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    A Mordomia Crist

    Texto Bblico

    Confisso de F de Westminster XXVI.2Os santos so, pela sua profisso, obrigados a manter uma santa sociedade ecomunho no culto de Deus e na observncia de outros servios espirituais quetendam sua mtua edificao, bem como a socorrer uns aos outros em coisasmateriais, segundo as suas respectivas necessidades e meios; esta comunho,conforme Deus oferecer ocasio, deve estender-se a todos aqueles que emqualquer lugar, invocam o nome do Senhor Jesus.

    Definio da doutrina: somos chamados para servir com tudo o

    que somos e temos no reino de Deus.

    A participao dos cultosOs dzimos e ofertasO bom testemunho na sociedadeTudo para a glria de Deus

    Livros recomendados1. R.C. Sproul, Discpulos Hoje (So Paulo, Editora Mundo Cristo).

    2.3.

    Resumo Histrico da IPB

    A origem das igrejas reformadasA Reformada Protestante no sc. XVI.A importncia de Joo Calvino.

    Duas tentativas frustradas de se implantar a F Reformada noBrasil Colnia.A reforma das igrejas da Europa

    Presbiterianismo europeu (Sua, Inglaterra, Esccia, Irlanda,Pas de Gales).

    A implantao do Presbiterianismo nos Estados UnidosPresbiterianismo dos EUA.

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    A vinda de missionrios americanos para o BrasilAshbel Green Simonton.Primeiros missionrios.

    Os ramos do Presbiterianismo brasileiroH outras Presbiterianas? Quando surgiram? Todas so iguais?

    Livros recomendados1.2.3.

    Apndices

    Este apndice contm alguns recursos que o aluno do Curso deCatecmenos necessita para ter um conhecimento mais completoda f Crist.

    1 apndiceOs Dez Mandamentos

    A lei do Antigo Testamento dividida em civil, cerimonial emoral. A lei civil era necessria para que Israel existisse como naoteocrtica. Era a responsabilidade dos reis de Israel fazer o povocumprir esta lei. A segunda categoria de lei era a cerimonial queexistiu at a transio da nova Aliana. As cerimnias eramsombras daquilo que Cristo seria e faria. Os sacerdotes eram osresponsveis de fazer o povo de Deus cumprir esta lei. A lei moralrefere-se ao padro de relacionamento em santidade que Deusexige do seu povo. Os profetas eram responsveis de exigir estepadro do povo na antiga Aliana. Cristo o nosso rei, sacerdote eprofeta. Ele nos governa. Somos cidados do reino de Deus (Cl 1:13-14; 3:1-4).

    Os Dez Mandamentos so o resumo da lei moral de Deus.Temos o resumo da tica do Reino de Deus exposta aqui. AConfisso de F de Westminster declara

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    A lei moral obriga para sempre a todos a prestar-lhe obedincia, tantoas pessoas justificadas como as outras, e isto no somente quanto matria nela contida, mas tambm pelo respeito autoridade deDeus, o Criador, que a deu. Cristo, no Evangelho, no desfaz de modo

    algum esta obrigao, antes a confirma.17

    A lei nunca salvou ningum. O conceito de que no AntigoTestamento os crentes eram salvos pela lei errnea. Tanto noAntigo como no Novo Testamento todos foram salvos pela graa. Alei acusa a pecaminosidade do homem, e sua incapacidade de fugirda ira de Deus no julgamento (Rm 2:1-3:20). Mas a lei aponta paraCristo (Rm 5-12-21; Gl 4:1-5). Os crentes no Antigo Testamentoeram salvos crendo e vivendo na promessa da vinda do Salvador. Asalvao no Antigo Testamento tambm era pela f (Rm 4:1-25).

    Ao estudarmos o declogo devemos estudar no somente oque significa o preceito explcito, mas tambm o princpio implcito.Ou seja, todo mandamento tem uma proibio, mas tambm umaordenana. Ele se refere quilo que no podemos fazer, mastambm ao que o nosso devercumprir.18

    O declogo se divide em duas tbuas. Os primeiros quatromandamentos se referem s exigncias que Deus faz do nossorelacionamento com Ele (Ex 20:1-11). A segunda tbua contm osmandamentos que regulam nosso relacionamento com o nosso

    prximo (Ex 20:12-17). Toda a lei do Antigo Testamento resumidano declogo. Por isso, o resumo de toda a lei amar a Deus sobretodas as coisas e o prximo como a ti mesmo (Mt 22:36-40).

    A Igreja Catlica Romana adota uma ordem do declogodiferente dos evanglicos.19 Para a Igreja Catlica o 2o mandamento o no tomars o nome do SENHOR, teu Deus, em vo. Mesmotentando evitar as implicaes da proibio do uso de imagens, elesno tm como fugir da condenao da idolatria quando lemos todoo texto (x 20:1-17). A diviso das duas tbuas da lei segundo omodelo catlico que a 1a tbua contm trs mandamentos; e, na2a tbua, os outros sete mandamentos.

    Obviamente seguiremos a disposio dos Dez Mandamentosconforme sempre entenderam os reformadores. O resumo dodeclogo :

    17 A Confisso de F de Westminster, XIX.5.18 OBreve Catecismo de Westminstersegue essa prtica ao expor e comentar o Declogo. Veja asPerguntas 45-8119Catecismo da Igreja Catlica (So Paulo, Ed. Loyola, 1999, 9a ed. rev.), pp. 541-654.

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    Primeira Tbua: nosso relacionamento com Deus1o MandamentoNo ters outros deuses diante de mim.

    2o MandamentoNo fars para ti imagem de escultura.

    3o MandamentoNo tomars o nome do SENHOR, teu Deus,em vo.

    4o Mandamento

    Lembra-te do dia do descanso, para osantificar.

    Segunda Tbua: nosso relacionamento com o prximo5o MandamentoHonra o teu pai e a tua me.

    6o Mandamento

    No matars.

    7o MandamentoNo adulterars.

    8o MandamentoNo furtars.

    9o MandamentoNo dirs falso testemunho contra o teuprximo.

    10o MandamentoNo cobiars.

    Livros recomendados1.2.

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    3.

    2o apndiceO Credo Apostlico

    O Credo Apostlico o mais usado por ser uma das primeiraspartes da literatura confessional que herdamos na histriadocumental do Cristianismo. Exceto a orao do Senhor (Mt 6:9-13),no h conjunto de palavras na Igreja que os cristos maispronunciem. Ele o primeiro dos credos ecumnicos (a palavra

    ecumnico significa universal, geral, do mundo inteiro). A IgrejaCrist antiga adotou o nome ecumnico para mostrar que ela, comoum todo, aceitava esses credos e foram usados dessa maneira.

    Apesar de receber o nome deApostlico, no temos nenhumaevidncia de que foi escrito pelos prprios apstolos, ou por algunsdeles. O ttulo Credo Apostlico20 foi usado pela primeira vez em 390d.C., no Snodo de Milo. Em 404 d.C., Tirano Rufino escreveu umcomentrio do credo, contando a histria de sua provvel origem(de que no dia de Pentecostes os apstolos, antes de cumprir aordem de ir aos confins da terra, teriam se reunido e cada umcontribudo com alguma parte do credo). No entanto, h evidnciahistrica de que o esboo original muito semelhante a este erausado aproximadamente no ano 150 d.C., sendo esta a data maistardia do credo.21

    Mesmo no sendo inspirado, como a Escritura Sagrada o ,este credo merece ser respeitado e afirmado na Igreja como sendoo seu fiel resumo de f. Ningum de s conscincia negar que esse

    credo reproduz autenticamente o ensino dos apstolos,fundamentado nas verdades das Escrituras (1 Co 8.6; 12.13; Fp 2.5-11; 1 Tm 2.4-6; 1 Tm 3.16).

    O Credo possu uma diviso trinitria.

    20 Para um estudo mais detalhado do Credo Apostlico, veja: Hermisten M.P. da Costa,Eu Creio (So Paulo, Ed.Parakletos, 2002).21 H. Bettenson,Documentos da Igreja Crist (So Paulo, ASTE, 2001, 3a ed.), p. 60.

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    Creio em Deus Pai, Todo-Poderoso, Criador do cu e daterra;

    Creio em Jesus Cristo, seu nico Filho, nosso Senhor;que foi concebido pelo Esprito Santo, nasceu da virgemMaria;

    padeceu sob Pncio Pilatos, foi crucificado, morto esepultado;e ao terceiro dia ressurgiu dos mortos;subiu ao cu e est assentado direita do Pai Todo-Poderoso;de onde h de vir para julgar os vivos e os mortos.

    Creio no Esprito Santo;na santa igreja universal de Cristo, na comunho dossantos;na remisso dos pecados;na ressurreio da carne,na vida eterna. Amm.

    Livros recomendados1. Herminsten M.P. da Costa, Eu Creio (So Paulo, Editora Cultura Crist).2.3.

    3o apndiceOs Cinco Pontos do Calvinismo

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    A Igreja Presbiteriana do Brasil herdeira da f Reformada. AReforma protestante que ocorreu no sculo XVI no foi apenasum movimento social, poltico, ou econmico,22 mas acima detudo, teve o seu centro no debate teolgico contra a IgrejaCatlica Apostlica Romana.Como parte essencial de sua identidade reformada est o

    sistema doutrinrio conhecido como Calvinismo. Os cinco pontos doCalvinismo so o resumo mais conhecido da cosmovisoreformada.23 Embora eles no se encontrem expressos nos escritosde Joo Calvino, pode se dizer, sem erro, que esto inerentementepresentes em todo o seu sistema doutrinrio a ponto de teremtomado emprestado o nome do reformador francs. Cremos neles,

    no porque Calvino os ensinou, mas porque eles so o claro ensinodas Escrituras.Mas deve ficar claro que a sua riqueza teolgica no se limita a

    este esboo. Esta breve apresentao do Calvinismo deve servir deincentivo para uma pesquisa mais detalhada do seu contedo.

    1. A depravao totalA Escritura ensina que cada ser humano gerado em pecado e

    todas as suas faculdades esto to corrompidas, que ele chamado

    morto em seus delitos e pecados (Sl 51:5; Ef 2:1-3). Os homensno so to pecadores nas suas realizaes como poderiam ser.No somente a raa humana, mas toda a criao est totalmentecontaminada pelo pecado (Gn 3:17; Rm 8:19-22). O pecador, pornatureza, um contumaz e indisposto inimigo do santo Deus (Rm8:18-25). O salrio do seu pecado a morte (Rm 6:23). Estasituao estabelece a necessidade da redeno de algum que, porsi mesmo, absolutamente incapaz de preparar-se, ou deprovidencia-la para si mesmo (Rm 7:7-25).

    2. A eleio incondicionalSomente um Deus Trino que soberano, e pela sua imutvel,

    infinita, perfeita e sbia vontade poderia, sem ser constrangido aisso, pode prover salvao a pecadores indignos. O Senhor Deusque suficiente em si mesmo, motivado somente pela sua boa

    22 Esta idia foi defendida pelo economista alemo Max Weber in:A tica Protestante e o Esprito do Capitalismo (SoPaulo, Ed. Martin Claret, 2004).23 Para um estudo mais amplo do Calvinismo indico a leitura de Abraham Kuyper, Calvinismo (So Paulo, Ed. CulturaCrist, 2002).

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    vontade e graa, visando a sua prpria glria, escolheu desde todaa eternidade muitos pecadores para a salvao e decidiu deixar osdemais sob a sua justa ira, para uma punio eterna, por causa dosseus pecados.

    3. A expiao limitadaCristo, o Deus-homem, como representante dos eleitos, supriu

    com suficincia a satisfao da justia de Deus, recebendo acondenao no lugar dos Seus escolhidos, para que somente elespudessem ser declarados justos pelos Seus mritos. A expiao limitada em seu propsito. Ela limita-se por ter o desgnio dealcanar eficaz e exclusivamente os eleitos de Deus. O resgate, apropiciao, a substituio de Cristo foi somente por eles. Cristo

    cancelou a dvida do pecado em favor dos seus escolhidos. Ele nomorreu por cada ser humano sem exceo. Se ele tivesse feitoexpiao por todos, ento, ningum receberia a punio eterna,pois, teria anulado a sentena de condenao de todos.

    4. A graa irresistvelA obra redentora de Cristo internalizada, pela operao

    eficaz do Esprito Santo. O Esprito embora seja soberano, Ele noviolenta o eleito. Deus no atua contra a personalidade. Ele

    irresistivelmente atua no corao. O corao, segundo as Escrituras, a fonte nascedouro de todas as capacidades humanas. Os eleitostm a sua disposio interna regenerada, a mente iluminada enovas capacidades so implantadas em sua natureza, de modo quelivres e irresistivelmente recebem a maravilhosa graa, e todos osseus benefcios.

    5. A perseverana dos santosDeus comea a redeno na eternidade e a consumar na

    eternidade. Pois, aquele que comeou a boa obra nos eleitos, h de

    complet-la at o dia de Cristo Jesus (Fp 1:6). Deusirrevogavelmente preserva, pelo seu soberano poder, em amor esantidade, os seus eleitos em estado de graa, como membros daSua famlia, at o fim (Sl 23:6; Rm 8:31-39).

    Livros recomendados1. Duane E. Spencer, TULIP: Os Cinco Pontos do Calvinismo (So Paulo, EditoraParcletos).

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    2. Paulo Anglada, Calvinismo: As Antigas Doutrinas da Graa (So Paulo, EditoraOs Puritanos).3. Frans Leonard Schalkwijk, (Editora Ultimato).4. Terry Johnson,A Doutrina da Graa na Vida Prtica (So Paulo, Editora

    Mundo Cristo).5. John Benton e John Peet,As Doutrinas da Graa (So Paulo, Editora MundoCristo).6. Michel Horton,As Doutrinas da Maravilhosa Graa (So Paulo, Editora MundoCristo).

    4o. apndice

    Cremos e Confessamos: Proposies da FReformada

    1. Das Escrituras Sagradas1. a Palavra de Deus;2. a especial revelao de Deus;3. uma revelao histrico-progressiva;4. cessada a transmisso desta revelao especial;5. inspirada verbal, plenria e organicamente pelo Esprito;6. dada atravs de homens escolhidos e capacitados;7. inerrante em cada uma das suas declaraes;8. claramente inteligvel a todos;9. iluminada pelo Esprito para o nosso entendimento

    espiritual;10. completo o seu contedo;11. suficiente para a nossa salvao;12. pblica, ou seja, todos tm direito ao livre exame;13. necessrio traduzi-la em lngua vernculo;

    14. autoridade final em toda discusso;15. a nossa nica fonte e regra de f e prtica.

    2. De Deus1. um s Deus em trs Pessoas: Pai, Filho e Esprito Santo;2. perfeito, imutvel, independente, infinito, eterno;3. pessoal em toda relao com a sua criao;4. santo, bondoso, sbio, justo, verdadeiro em seu Ser;5. possvel conhece-lo suficientemente;

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    6. impossvel compreende-lo exaustivamente;7. criador de todas as coisas em seu estado de perfeio;8. providente em todas as suas obras;9. absolutamente soberano sobre tudo e todos.

    3. Do Homem1. criado imagem de Deus;2. constitudo corpo e alma;3. ordenado formar uma famlia: homem e mulher;4. decado em pecado;5. escravo do pecado e perdeu o seu livre-arbtrio;6. sofredor das conseqncias do seu pecado;7. incapaz de se salvar, ou de preparar-se para isso;

    8. maldito e condenado por causa do seu pecado;9. imputado o seu pecado sobre toda a sua descendncia;10. uma nica famlia em vrias raas.

    4. De Jesus Cristo1. Deus-homem;2. verdadeiro Deus em todos os seus atributos;3. verdadeiro homem em toda a sua constituio;4. encarnado da virgem Maria por obra sobrenatural do

    Esprito;5. impecvel, todavia, podia ser tentado;6. nosso nico representante diante de Deus;7. nosso Mediador na Nova Aliana;8. o prometido Profeta que nos traz a Palavra do Pai;9. o perfeito Sacerdote que intercede por ns;10. o soberano Rei que inaugura o Reino de Deus sobre ns;11. nosso suficiente e definitivo sacrifcio;12. limitada a expiao em seu propsito de salvar somente

    os eleitos;

    13. intercessor eficaz destra do Pai;14. esperado o seu retorno fsico num futuro no revelado.

    5. Da Salvao1. planejada na eternidade;2. garantida pela graciosa e livre eleio de Deus;3. baseada na obra expiatria de Cristo;4. aplicada em ns pelo Esprito Santo;5. iniciada em ns na regenerao;

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    6. proclamada pelo sincero chamado do evangelho;7. evidenciada pela f e arrependimento;8. declarada na justificao;9. familiarizada na adoo;10. comprovada pela santificao;11. continuada pela preservao na poderosa graa;12. consumada na glorificao, aps o juzo final;

    6. Do Esprito Santo1. verdadeiro Deus em todos os seus atributos;2. o consolador prometido procedente do Pai e do Filho;3. testemunha da obra de Cristo por ns;4. aquele que internaliza a obra da salvao em ns;

    5. quem convence-nos do pecado, da justia e do juzo;6. o penhor e selo de nossa salvao;7. quem frutifica as virtudes da santificao;8. comunicador de nossos dons;9. agente que torna real nossa comunho com toda a Igreja;

    7. Da Igreja1. o glorioso corpo de Cristo;2. composta de todos os eleitos de Deus;3. visvel pela confisso pblica de f em Cristo;4. una, santa e universal;5. pura pela fiel pregao da Palavra de Deus6. confirmada pura pelo correto exerccio dos Sacramentos7. purificada pela justa aplicao da Disciplina8. testemunha da glria de Deus;9. comunicadora do Evangelho da salvao;10. serva num mundo corrompido pelo pecado;11. adoradora do soberano Deus Trino;

    8. Das ltimas Coisas1. inaugurado, mas no consumado (j-ainda-no) o Reino deDeus;

    2. pessoal na sua realizao;3. universal em sua extenso;4. esperado o retorno fsico de Cristo Jesus;5. verdadeira a promessa da ressurreio final;6. absolutamente certa a vitria sobre o mal e seus agentes;7. inevitvel o julgamento de todos os homens;

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    8. real o lugar de punio eterna que os condenados sofrero;9. ansiada a restaurao de toda a criao;10. a consumao final de toda obra da providncia;11. gracioso o galardo que os salvos recebero;12. eterna a habitao de Deus com o seu povo escolhido.

    5. apndicePerguntas da Profisso de F do Manual de Culto da

    IPB

    No dia da Pblica Profisso de F diante da igreja reunida parareceber o novo convertido como membro sero feitas algumasperguntas. Estas questes devero ser respondidas comsinceridade, convico e compromisso de cumpri-las. A fidelidadedo cristo confessada diante da igreja, deve ser uma realidadedurante toda a sua vida, em todo lugar, como uma contnuatestemunha de Cristo.

    Este 5o apndice tem o propsito de oferecer antecipadamenteas perguntas que sero realizadas no momento de sua pblicaprofisso de f. Aqueles que desejam tornar-se membros de nossa

    igreja devem entender a compromisso de responsabilidade queestaro assumindo diante de Deus e do Seu povo ao responderestas perguntas.

    1. Cr em um s Deus que subsiste em trs pessoas: o Pai, Criadorde todas as coisas visveis e invisveis; o Filho, que foi concebido porobra do Esprito Santo e nascido da virgem Maria, o qual morreupelos nossos pecados, e ressuscitou para a nossa justificao; e oEsprito Santo, doador da vida e santificador das nossas almas?

    2. Cr que as Escrituras Sagradas do Antigo e do Novo Testamentoso a Palavra de Deus e a nica regra infalvel de f e prtica dadapor Ele Sua Igreja, e que so falsas e perigosas todas as doutrinase cerimnias contrrias a essa Palavra, e todos os usos e costumesacrescentados simples lei do Evangelho de nosso Senhor JesusCristo?

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    3. Confessa que foi concebido em pecado; que por natureza incapaz de cumprir perfeitamente a lei de Deus, inclinado a amar efazer o que essa lei condena, tendo pecado muitas vezes porpensamentos, palavras, obras e omisso?

    4. Cr firmemente que o sangue de Cristo purifica todo o pecado, eque no h outro meio de alcanar o perdo, e o poder santificadorseno a graa de nosso Senhor Jesus Cristo e a obra do EspritoSanto, que Jesus d a todo o que lhe pede?

    5. Est agora sinceramente arrependido do mal que tens feitodiante de Deus e resolvido a fazer o uso diligente de todos os meiosde graa por Ele ordenados para o bem de Seu povo, e a seguir os

    preceitos de Sua lei, deixando de fazer o que Ele te probe em SuaPalavra, e cumprindo toda a sua vontade auxiliado por Sua graa?

    6. Promete mais que, como membro desta igreja, estar sempresubmisso sua disciplina, e s autoridades nela constitudas paraseu ensino e governo, enquanto forem fiis s Sagradas Escrituras?

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