cartilha microcefalia fisioterapia

8/16/2019 Cartilha Microcefalia Fisioterapia

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Sistema COFFITO/CREFITOs



Diagnóstco: Microcefalia. E agora?

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3Microcefalia, vírus Zika eTratamento

O Zika e a Microcefalia

Diagnósco: Microcefalia.E agora?

Sumário

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Microcefalia, vírus Zika e

Tratamento

No nal de 2015 o Brasil começou a enfrentar um surto de microcefalia. Oaumento considerável no número de casos fez com que novos estudos fossempropostos e, em 2016, o vírus Zika se tornou o principal responsável pela doen-

ça. De acordo com úlmo levantamento do Ministério da Saúde, são invesga-

dos 7.150 casos suspeitos, e a epidemia não está mais restrita aos estados doNordeste, ela já ange todas as regiões do país. A projeção é ainda pior, anal,

de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a epidemia deve sealastrar pracamente por todo o connente americano.

Outro fator que torna ainda mais aterradora a situação é a possibilidade detransmissão do vírus Zika por saliva, conforme estudo realizado pela FIOCRUZ.

No Brasil, embora a maior concentração de casos ainda esteja nos estados dePernambuco, Rio Grande do Norte e Paraíba, onde será necessário um conn-

gente maior de prossionais para atender a demanda, a doença já encontrou

outros lugares para aportar no país. E, assim como a Talidomida trouxe umageração de crianças com deciências sicas, o vírus Zika poderá ser represen-

tado por uma geração com microcefalia.

Nesta carlha, o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional-COFFITO abordará as consequências dessa enfermidade para os pais e paraas crianças. Ainda não é possível esmar o quantavo de crianças brasileirasque serão diagnoscadas com microcefalia, no entanto, é necessário alertar asociedade sobre o vírus e explicar um pouco mais sobre os tratamentos.



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VÍRUS ZIKA

É um vírus da mesma família dos ví -rus da dengue e da febre amarela. Foi

isolado pela primeira vez em 1947, emprimatas de Uganda, na oresta Zika.Por esse movo tem essa denominação.

TRANSMISSÃO

Por meio do Aedes aegyp, o mesmovetor que transmite a dengue e a febrechikungunya.

SINTOMAS

É assintomáca em aproximadamente 80% dos casos. Porém o vírus podecausar febre, manchas avermelhadas no corpo, irritação nos olhos, dores nasarculações, dores musculares e de cabeça. Apresenta evolução benigna e ossintomas geralmente desaparecem entre 3 e 7 dias. No entanto, a artralgiapode persisr por aproximadamente um mês. Formas graves e apicas são ra-

ras, mas quando ocorrem podem, excepcionalmente, evoluir para óbito, como

idencado no mês de novembro de 2015, pela primeira vez na história.

Observe o aparecimento de sinais e sintomas de infecção por vírus Zika e bus-

que um serviço de saúde para atendimento, caso necessário.

TRATAMENTO

Não existe tratamento especíco para a infecção pelo vírus Zika e não há va -

cina. O tratamento recomendado para os casos sintomácos é baseado no

uso de acetaminofeno (paracetamol) ou dipirona para o controle da febre emanejo da dor. No caso de erupções pruriginosas, os an-histamínicos podemser considerados.

Não se recomenda o uso de ácido acelsalicílico (AAS) e outros an-inama-

tórios, em função do risco aumentado de complicações hemorrágicas descri-tas nas infecções por outros avivírus. Os casos suspeitos devem ser tratadoscomo dengue, devido à sua maior frequência e gravidade conhecida.



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O zika e a MicrocefaliaO Centro de Controles de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, concluiu queo vírus Zika causa microcefalia, além de provocar outros graves defeitos noscérebros dos bebês.

O QUE É A MICROCEFALIA?

É uma má-formação cerebral, que faz com que o crânio não se desenvolva nor-malmente. Crianças afetadas nascem com circunferência da cabeça menor doque 33 cm. Pode afetar o desenvolvimento, causando diculdades cognivas,

motoras e de aprendizado.COMO SE PROTEGER?

Eliminar os criadouros do Aedes aegyp. E, no caso das gestantes, prevençãopor meio da ulização de repelentes e vestes compridas.

COMO DENUNCIAR OS FOCOS DO MOSQUITO?

Quando um foco do mosquito Aedes aegyp é detectado e não pode ser elimi-

nado pelos moradores de um local, a Secretaria Municipal de Saúde deve seracionada.

tamanho normaltamanho inferior a

33cm de circunferência



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Diagnósco:Microcefalia. E agora?

O que os pais precisam saber quando os lhos recebem o diagnósco de mi-crocefalia? Como será o desenvolvimento da criança? Quais os tratamentosde que ela precisará a parr de agora? Pensando nessas respostas, o Sistema

COFFITO/CREFITOs, em parceria com a Associação Brasileira de FisioterapiaNeurofuncional (ABRAFIN) e com a Associação Brasileira para o Desenvolvi-mento e Divulgação do Conceito Neuroevoluvo Bobath (ABRADIMENE), rea-

lizou entrevistas com sioterapeutas e terapeutas ocupacionais que atuam naárea e já atendem pacientes com esta enfermidade, inclusive, relacionados aovírus Zika. Veja abaixo um resumo dos próximos passos para um atendimentoadequado para essas crianças.

O QUE É NECESSÁRIO SABER SOBRE MICROCEFALIA?Cada paciente poderá ter compromementos diferentes, dependendo da áreae da extensão do cérebro que foi angida pela doença, podendo a criançaapresentar décits audivos, sicos, intelectuais, cognivos e ou visuais.

Veja abaixo a relação dos sintomas mais comuns:

⃝ Irritabilidade;

⃝ Atraso nas funções motoras e de fala;

⃝ Retardo psicomotor;

⃝ Hiperavidade;

⃝ Epilepsia

⃝ Hiperreexia e clônus;

⃝ Anomalias oculomotoras;

⃝ Retenção ou assimetria dos reexos primivos;

⃝ Hipotonia.



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ENTENDA MELHOR

A criança pode ter um atraso no desenvolvimento neuropsicomotorcomo, por exemplo, diculdades para rmar a cabeça, sentar, enga-nhar, andar, fazer transposições posturais, além de avidades comosubir, descer uma escada, pular, correr, entre outras. Também podemter compromementos para o desenvolvimento de ações como agarrar,soltar, manipular brinquedos e objetos.

Na parte cogniva, os danos contribuem de forma signicava nas aqui-sições motoras e funcionais ligadas à rona da criança, entre elas o auto-cuidado e avidades diárias. Essas alterações no controle motor podeminigir consequências ao sistema muscular e esqueléco, causando en-curtamentos musculares, contraturas e deformidades das arculações

e, até, prejudicar o bom funcionamento do sistema respiratório.

COMO TRATAR?

A criança com microcefalia deve ser atendida por uma equipe de saúde inter-disciplinar constuída por, no mínimo, assistente social, sioterapeuta, fono-

audiólogo, médico, odontólogo, psicólogo e terapeuta ocupacional.

QUANDO INICIAR O TRATAMENTO?Imediatamente! Após o diagnósco, e com a criança clinicamente estável, oprocesso de intervenção deve ser iniciado, para, dessa forma, tratar as deci-ências primárias, minimizar as secundárias e prevenir deformidades.

O QUE É PRECISO SABER SOBRE UMA CRIANÇA COM

MICROCEFALIA?

Assim como toda criança, ela é especial é precisará do apoio da família paraenfrentar algumas adversidades. De acordo com os prossionais entrevista-

dos, é necessário ressaltar que, apesar da existência de lesões cerebrais, océrebro possui a capacidade de se modicar com base na esmulação recebi-da. Portanto, o tratamento realizado por equipe muldisciplinar, associado àorientação e realização dos procedimentos pelos pais em casa, pode minimizaras sequelas e assegurar mais autonomia e inclusão social.

Ainda, as famílias devem ter conhecimento sobre seus direitos, a m de seassegurar uma vida melhor a todos.



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POR QUANTO TEMPO IRÁ DURAR O TRATAMENTO?

Possivelmente o tratamento de um paciente com microcefalia seja para todaa vida, no entanto, com o passar do tempo são estabelecidas novas metas eobjevos, mantendo-se a funcionalidade e priorizando-se a qualidade de vida.

O tratamento será focado na aquisição e manutenção de funções, além de, aomesmo tempo, minimizar a dor, deformidades e sobrepeso. A promoção dobem-estar do paciente, a sua independência na realização das avidades davida diária e na inserção na sociedade também fazem parte das metas estabe-

lecidas para a recuperação.

AUXÍLIO À FAMÍLIA

Os familiares possuem papel fundamental no tratamento de uma criança commicrocefalia, especialmente nas conquistas que esse paciente terá durante asua vida. Por isso, entre as atribuições da equipe muldisciplinar está acolher,orientar e esmular os pais durante o processo de reabilitação do lho.

Por exemplo, ensinar aos pais quais são as melhores formas de interagir coma criança, para que, durante as brincadeiras, seja fortalecido o vínculo com obebê e, ao mesmo tempo, sejam implementadas ações que visem ao desen-

volvimento e favoreçam a funcionalidade, a autonomia e a independência dacriança.

FORMAÇÃO PROFISSIONAL

O sioterapeuta e o terapeuta ocupacional, em sua formação básica, possuemconhecimento para realizar o tratamento de crianças com microcefalia. No en-

tanto, muitos prossionais já possuem formações mais amplas, especialmente

na área de neuropediatria e desenvolvimento infanl.



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DIFERENCIAL

Devido ao distúrbio de desenvolvimentoocasionado por lesões ou más-formações dosistema nervoso central, a criança com mi-

crocefalia apresenta, geralmente, como con-

sequência, distúrbio sensório-percepvo-

-motor. Assim, para oferecer um tratamentomais amplo, alguns métodos ulizados pelaFisioterapia e pela Terapia Ocupacional po-

dem ser considerados diferenciais. Entreeles, o Conceito Neuroevoluvo Bobath, quetrabalha na plascidade cerebral, inuen-

ciando áreas cerebrais não lesadas a exerce-

rem a função das regiões lesionadas, o quepode facilitar o alcance de objevos.

Também podem auxiliar no tratamento asmodalidades de vestes terapêucas, conhecidas comercialmente como Pedia-

suit, Therasuit, Theratogs, e que possuem bandas tracionadoras e faixas elás-cas, xadas a supercies estáveis, através de cordas eláscas, com o objevode estabilização, facilitação ou resistência ao movimento funcional, para apli-cação de protocolo de treinamento sensório-motor intensivo e já apresentambons resultados para a melhoria da função.

Ainda, a ulização da realidade virtual, que promove uma experiência imersivae interava, baseada em imagens grácas geradas em tempo real por compu-

tador, favorecendo acesso a um ambiente muldimensional e mulssensorial.A gameterapia simula avidades reais em ambiente virtual interavo, por meiode jogos de videogames com ou sem uso de acessórios.



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LOCAL EM QUE A CRIANÇA DEVE SER ATENDIDA

O tratamento poderá ser realizado em consultórios, hospitais, centros de rea-

bilitação, e até mesmo em casa.

MAIS PROFISSIONAIS E MAIS CENTROS DE

ATENDIMENTO

Até o dia 20 de abril de 2016, o Ministério da Saúde já havia conrmado 1.168casos de microcefalia. O Governo Federal assegurou que será oferecido servi-ço de reabilitação, no entanto, conforme alertam os prossionais entrevista-

dos, será necessária a criação de novos centros e a oferta de mais serviços deFisioterapia e de Terapia Ocupacional para atender a demanda.



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⃝ O Brasil possui inúmeros Centros de Reabilitação e aABRADIMENE, em parceria com a ABRAFIN, possuium banco de dados de endereços de Centros e siote-rapeutas e terapeutas ocupacionais aptos para aten-der esses casos.

Para saber mais sobre o assunto, visualize as páginasabaixo:

⃝ COFFITO - www.coto.org.br ⃝ ABRAFIN- hp://abran.org.br

⃝ ABRADIMENE - hp://www.abradimene.org.br

EXPEDIENTE

CARTILHA- DIAGNÓSTICO: MICROCEFALIA. E AGORA?

Material desenvolvido pelo Conselho Federal de Fisioterapia ede Terapia Ocupacional- COFFITO, com apoio das associaçõesABRAFIN e ABRADIMENE, e colaboração dos prossionais en-

trevistados.Fonte: Ministério da SaúdeTexto: Assessoria de Comunicação do COFFITO

Diagramação: COFFITOGestão COFFITO 2012/2016



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