canalmoz_nr1568

6
8/20/2019 CanalMoz_nr1568 http://slidepdf.com/reader/full/canalmoznr1568 1/6  www.canalmoz.co.mz | ano 7 | número 1568 | Maputo, Sexta-Feira 23 de Outubro de 2015 Director: Fernando Veloso | Editor: Matias Guente | Propriedade da Canal i, lda Sede:  Av. Samora Machel n.º 11 - Prédio Fonte Azul, 2º Andar , Porta 4, Maputo Registo: 18/GABINFO-DEC/2009 e-mail:  [email protected] | [email protected] Telefones: 823672025 - 823053185      p      u        b        l        i      c        i        d      a        d      e      p      u        b        l        i      c        i        d      a        d      e Corretores de Seguros  Insurance Brokers Contacto:  Tel: 21 30 37 01 Cell: (+258) 84 30 07 843 Fax: 21 30 37 02 Corretores de Seguros  Insurance Brokers Contacto:  Tel: 21 30 37 01 Cell: (+258) 84 30 07 843 Fax: 21 30 37 02  P  u  b  l  i  c  i  d  a  d  e Efeitos da desvalorização do metical Preços dos produtos básicos continuam a subir Maputo (Canalmoz) – O nível de vida dos moçambicanos continua a deteriorar-se. Segundo o Instituto Nacional de Estatística, de Janeiro a Setembro deste ano o país registou um agravamento de preços de cerca de 1,5 %. A divisão de alimentação e bebidas não alcoólicas, relativa- mente a Setembro de 2014, registou um aumento de preços na ordem de 3%. Em termos homólogos, foi a di- visão que mais se evidenciou, com uma contribuição de 1,37% posi- tivos. Da análise dos dados por ci- dade, verica-se que as cidades de Maputo, Beira e Nampula tiveram aumentos dos respectivos níveis ge- rais de preços. A cidade de Nampula lidera, com cerca de 0,44%, segui- da da cidade da Beira, com 0,34%, e da cidade de Maputo, com 0,12%. O Instituto Nacional de Estatís- tica anunciou ainda que os dados recolhidos nas três cidades sobre o índice do preço ao consumidor indicam que, só no último mês de Setembro, o país registou uma subida do nível geral de preços face ao mês anterior na ordem de 0,27%, que representa um aumen- to de 0,06 pontos percentuais po- sitivos em relação ao mês anterior. Segundo o INE, desagregan- do por divisão, o sector de ali- mentação e bebidas não al- coólicas teve maior relevo no aumento geral de preços, ao contri- buir com cerca de 0,18% positivos. O INE diz que, da análise da ina - ção mensal por produto, concluiu- -se que o aumento dos preços da fa- rinha de milho (2,0%) e do carapau (3,1%) ditaram a tendência cres- cente dos preços, ao contribuir, no total da inação acumulada, com

Upload: marco-maquena

Post on 07-Aug-2018

212 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: CanalMoz_nr1568

8/20/2019 CanalMoz_nr1568

http://slidepdf.com/reader/full/canalmoznr1568 1/6

 www.canalmoz.co.mz | ano 7 | número 1568 | Maputo, Sexta-Feira 23 de Outubro de 2015

Director: Fernando Veloso | Editor: Matias Guente | Propriedade da Canal i, lda

Sede: Av. Samora Machel n.º 11 - Prédio Fonte Azul, 2º Andar , Porta 4, MaputoRegisto: 18/GABINFO-DEC/2009

e-mail: [email protected] | [email protected]: 823672025 - 823053185

     p     u       b       l       i     c       i       d     a       d     e

     p     u       b       l       i     c       i       d     a       d     e

Corretores de Seguros Insurance Brokers

Contacto: Tel: 21 30 37 01

Cell: (+258) 84 30 07 843

Fax: 21 30 37 02

Corretores de Seguros Insurance Brokers

Contacto: Tel: 21 30 37 01

Cell: (+258) 84 30 07 843

Fax: 21 30 37 02

 P   u b   l      i     c i     d   a d   e

Efeitos da desvalorização do metical

Preços dos produtos básicoscontinuam a subir

Maputo (Canalmoz) – O nível devida dos moçambicanos continuaa deteriorar-se. Segundo o InstitutoNacional de Estatística, de Janeiro aSetembro deste ano o país registouum agravamento de preços de cercade 1,5 %. A divisão de alimentação

e bebidas não alcoólicas, relativa-mente a Setembro de 2014, registouum aumento de preços na ordem de3%. Em termos homólogos, foi a di-visão que mais se evidenciou, comuma contribuição de 1,37% posi-tivos. Da análise dos dados por ci-dade, verica-se que as cidades de

Maputo, Beira e Nampula tiveramaumentos dos respectivos níveis ge-rais de preços. A cidade de Nampulalidera, com cerca de 0,44%, segui-da da cidade da Beira, com 0,34%,e da cidade de Maputo, com 0,12%.

O Instituto Nacional de Estatís-

tica anunciou ainda que os dadosrecolhidos nas três cidades sobreo índice do preço ao consumidorindicam que, só no último mêsde Setembro, o país registou umasubida do nível geral de preçosface ao mês anterior na ordem de0,27%, que representa um aumen-

to de 0,06 pontos percentuais po-sitivos em relação ao mês anterior.

Segundo o INE, desagregan-do por divisão, o sector de ali-mentação e bebidas não al-coólicas teve maior relevo noaumento geral de preços, ao contri-

buir com cerca de 0,18% positivos.O INE diz que, da análise da ina-

ção mensal por produto, concluiu--se que o aumento dos preços da fa-rinha de milho (2,0%) e do carapau(3,1%) ditaram a tendência cres-cente dos preços, ao contribuir, nototal da inação acumulada, com

Page 2: CanalMoz_nr1568

8/20/2019 CanalMoz_nr1568

http://slidepdf.com/reader/full/canalmoznr1568 2/6

ano 7 | número 1568 | 23 de Outubro de 20152

www.canalmoz.co.mz

“Nós, seus colegas de jornada, esperávamos algum ‘pronunciamento’ da presidenteda Assembleia da República, independentemente dos autores desta acção, pelo menos

este gesto de ‘pronunciamento’”, deputado da Renamo Simone Macuiana

aproximadamente 0,38% positivos.A farinha de milho, o milho em

grão, os veículos automóveis emsegunda mão, o peixe fresco, oarroz em grão, os transportes se-micolectivos urbanos de passa-

geiros, os serviços de emprega-dos domésticos são os que maisinuenciaram o nível da inaçãoacumulada. A sua contribuiçãosituou-se em 1,03% positivos.

Em termos de comparticipação nainação mensal registada para o país(0,27%), a cidade de Nampula foi aque mais inuenciou esta tendên-cia, tendo contribuído com cerca de0,15% positivos. A cidade de Mapu-

to e Beira comparticiparam com opeso igual de 0,06% positivos cada.Ainda segundo o INE, de Janeiro a

Agosto, as três cidades tiveram umatendência de agravamento de pre-

ços: as comunicações de rede mó-vel registaram 1,5%, o coco registou2,4%, o feijão-manteiga registou2,5% e o milho registou 5,5%.

Nota-se, porém, que, algunsprodutos, principalmente o pei-

xe seco, a couve, a cebola e aalface contrariaram a tendên-cia geral, tendo contribuído, emconjunto, com cerca de 0,12%negativos. (Eugénio da Câmara)

 P   u b   l      i     c i     d   a d   e

Maputo (Canalmoz) – No segui-mento das actividades da II SessãoOrdinária da VIII Legislatura, a ban-cada parlamentar da Renamo levan-tou-se ontem contra o silêncio daAssembleia da República sobre osatentados contra a comitiva do pre-sidente da Renamo, Afonso Dhlaka-ma, sobretudo a emboscada do dia25 de Setembro, em Zimpinga, distri-to de Gondola, província de Manica.Na comitiva de Afonso Dhlakamaestavam deputados da Assembleiada República. Simone Macuianaera um deles, e diz que, depois dos

ataques, enviou uma carta-denún-cia à presidente da Assembleia daRepública, Verónica Macamo, dequem esperava alguma declaração.

Durante a cerimónia de aberturada sessão, no seu discurso, Veró-

nica Macamo não falou dos ata-ques a Dlhakama e à sua comitiva.

Em resposta a Macuiana, Veró-nica Macamo conrmou a recep-ção da carta, mas disse que não sepronunciou porque o assunto es-tava a ser tratado por órgãos pró-prios, mas não disse quais são.

“Nós, seus colegas de jornada, es-perávamos algum ‘pronunciamento’da presidente da Assembleia da Re-pública, independentemente dos au-tores desta acção”, disse o deputandoSimone Macuiana, que foi uma dasvítimas da emboscada de Zimpinga.

E acrescentou: “Até prova em contrá-rio, continuamos colegas de jorna-das parlamentares de V. Excia, presi-dente da Assembleia da República”.

Não foi só Verónica Macamo,que é também membro da Comis-

são Política da Frelimo, que co-briu com um manto de silêncio osataques ao presidente da Renamoe à sua comitiva. Margarida Tala-pa, chefe da bancada da Frelimo,também não tocou no assunto.

“Era esta a questão que queriacolocar, na esperança de que a se-nhora presidente da Assembleiada República se pode pronunciarao seu mais alto critério em defesada magna casa”, disse Macuiana.

Verónica Macamo confrma

recepção da carta

“Eu recebi a carta-denúncia, maspareceu-me que a carta tinha umprocedimento que não era para sertratado por esta casa, mas sim porórgãos próprios. Eu achei que o me-

Renamo condena silêncio da Assembleia da

República sobre os atentados de Zimpinga

Page 3: CanalMoz_nr1568

8/20/2019 CanalMoz_nr1568

http://slidepdf.com/reader/full/canalmoznr1568 3/6

ano 7 | número 1568 | 23 de Outubro de 20153

www.canalmoz.co.mz

Ao tentarem extrair mercúrio

Obus explode e mata duas pessoasem Manica

Publicidade

lhor era deixar que as coias fossemfeitas, para depois nos pronunciar-mos. Não foi por nenhuma maldade,

Maputo (Canalmoz) – Duas pessoasmorreram e outra contraiu ferimen-tos graves quando tentavam extrairmercúrio de um obus de morteirode 60 milímetros no posto adminis-

trativo de Chipungabera, distrito deMossurize, na província de Manica.

A Polícia não revelou a iden-tidade nem as idades das víti-

não teve nem sequer motivação po-lítica”, declarou Verónica Macamo.

“Há um rigor nesta casa. Eu usei o

mas, mas assegurou que o epi-sódio ocorreu na última semana.

“Os três indivíduos estavam na ma-chamba e acharam um engenho ex-plosivo, que se tratava de um obus

de 60 milímetros. Levaram para casae, na tentativa de extrair o mercú-rio do seu interior, explodiu”, disseInácio Dina, que recomendou que,

rigor porque não tenho dados, ele-mentos substanciais para me pro-nunciar.”, disse. (André Mulungo)

quando se encontra um engenho ex-plosivo, é necessário comunicar aquem de direito, para ser removido.

“Existe uma brigada especializadana remoção de engenhos. Se o cida-

dão descobrir um engenho, deve dei-xar nesse local e comunicar às autori-dades. Os engenhos não têm nenhumproduto valioso”, disse. (Cláudio Saúte)

Page 4: CanalMoz_nr1568

8/20/2019 CanalMoz_nr1568

http://slidepdf.com/reader/full/canalmoznr1568 4/6

ano 7 | número 1568 | 23 de Outubro de 20154

www.canalmoz.co.mz

Maputo (Canalmoz) – A seca estáa originar que a maioria da popula-ção do distrito de Magude, provínciade Maputo, deixe a agricultura e sededique à venda de lenha e carvãovegetal para a sua sobrevivência.

Eduardo Tempo, director distritaldas Actividades Económicas de Ma-gude, explicou que, devido à fal-ta de chuva, a população não teveuma boa produção agrícola, que éa base de sobrevivência da maioria.

Segundo Eduardo Tempo, a situa-ção é agravada pelo facto de a maio-

ria dos rios que atravessam o distritode Magude serem periódicos. Assim,a falta de chuva no distrito de Magu-de, está também, a originar disputadas poucas fontes de água existenteno distrito entre homens e animais.

A população está neste momento arecorrer à venda de lenha e carvão ve-getal para poder adquirir os produtosalimentares para a sua sobrevivência.Segundo Eduardo Tempo, de Agostoaté agora, cerca de 75 cabeças degado bovino morreram devido à seca.

Para reduzir o problema da seca

no distrito de Magude, o Reino daBélgica está a implementar um pro-jecto denominado “Building a Lar-ge Ever Green Agriculture NetworkFor Southem Africa”, que consisteno plantio de árvores de fruto re-sistentes à seca, como é o caso dasmassaleiras, goiabeiras, manguei-ras e laranjeiras. A iniciativa está aser implementada em parceria como Instituto de Investigação Agráriade Moçambique e a Faculdade deAgronomia da Universidade Eduar-do Mondlane. (Raimundo Moiane)

Em Magude

Seca leva população a dedicar-se

à venda de lenha

Maputo (Canalmoz) – Realiza--se nos dias 26 e 27 de Outubro de2015, em Lisboa, a reunião técnicado comércio da CPLP (Comunidadedos Países de Língua Portuguesa).

Os responsáveis dos Estados--membro presentes no encontro vãodebater a preparação da II Reunião

dos ministros do Comércio da CPLP(prevista para decorrer no primeirosemestre de 2016 em Timor-Leste) ede um ciclo de conferências e vãoreectir sobre a proposta do plano

estratégico de cooperação multi-lateral no domínio do comércio.

Esta semana, o Conselho de Mi-nistros de Moçambique aprovoua resolução que ratica o acordosobre a concessão de visto paraestudantes nacionais dos Estados--membro da CPLP, assinado em No-

vembro de 2007, em Lisboa. Nesteacordo, consideram-se estudantesos cidadãos de um Estado-membroaceites ou inscritos em curso acadé-mico ou técnico-prossional, com

um mínimo de duração de três me-ses, leccionado em estabelecimen-to de ensino reconhecido, situadonoutro Estado-membro. O pedidode “Visto” deve ser apresentado noprazo de trinta dias após a aceitaçãoda candidatura a estabelecimen-to de ensino reconhecido.  (E.C.)

CPLP prepara reunião dos ministros

do Comércio

 P   u b   l      i     c i     d   a d   e

Os artigos de opinião inseridos nesta ediçãosão da inteira responsabilidade dos respecti-vos autores e não reectem necessariamente

o ponto de vista da direcção do jornal.

Page 5: CanalMoz_nr1568

8/20/2019 CanalMoz_nr1568

http://slidepdf.com/reader/full/canalmoznr1568 5/6

ano 7 | número 1568 | 23 de Outubro de 20155

www.canalmoz.co.mz

Beira (Canalmoz) – Ignoraros heróis dos outros afugenta apaz. Não é preciso elaborar mui-to, pois é tão simples como isso.

Reconciliar vivos e mortosdeve ser feito numa perspec-

tiva realista e perseguido comvigor e sentido de urgência.Moçambique não pode continuar

fazendo de conta que nada acon-teceu, de que os assassinatos poli-ticamente motivados foram acçõeslimpas e necessárias, de que sóexistem heróis de um lado, porquedo outro só se encontra gente re-accionária e inimiga da revolução.

Chegados aos dias de hoje, émanifestamente visível que a “su-posta e dita” revolução foi um lo-gro em toda a linha. Aqueles quetransportavam a “tocha da revolu-ção” abdicaram dos princípios quediziam defender e desertaram po-sitivamente para o campo oposto.

Na Beira, deu-se um primeirogrande passo, ao ser erigido numapraça importante uma estátua emmemória de André Matsangaí-ça. Este moçambicano, primeiro

comandante-em-chefe das forçasmilitares da Renamo, foi moçam-bicano tal como todos os outros.

Sem que se aprenda a desconstruirtabus, falsa repugnância pelos ou-tros, o nosso país arrisca-se a atrasar

a sua reconciliação e paz efectiva.Abundam manifestações de

ódio visceral para com compa-triotas, numa atitude estudada epropalada com objectivos con-cretos. O extremismo com que

brindamos concidadãos contrariaas nossas pretensões pacistas.As guerras do passado não fo-

ram “santas”, e os beligerantesnão eram santos. Houve mortesdos dois lados e heroicidade tam-bém dos dois lados. Foi o extremode desavenças e incompreensãoentre irmãos de um mesmo Mo-çambique. Foi o exacerbar de umasituação com génese própria, ca-racterística de um momento par-ticular de nossa história. Não seconstrói presente e futuro sem pas-sado, e, como povo, não devemosenvergonhar-nos de nossa história.

Lavar ou falsicar a histó-ria não nos vai levar a patama-res de glória ou de grandeza.

É preciso “ver com olhos de ver”certos assuntos aparentemente es-quecidos e enterrados. Na buscaincessante da paz e da reconci-

liação tão apregoados, é precisorevisitar o passado e honrar todosos que tombaram na luta pela Inde-pendência. Esse é um primeiro pas-so para que se faça uma limpezaespiritual e se apaziguem as almas

dos nossos compatriotas perecidosnas mãos de excessos cometidos.Esse é um passo que requer cora-gem de pedir perdão e perdoar. Éalgo que deve ser feito de manei-ra honesta, sem o cinismo habitual

que caracteriza alguns políticos.Quando os interesses mais altos danação estão em causa, deve haversacrifícios que ultrapassam egos.

Reconciliar é perdoar para serperdoado. É despir-se dos orgu-lhos e pompa com que muitosde nós nos armamos para escon-der o que de facto não somos.

Há muitos “atiradores furtivos”enchendo as páginas das redessociais com pretensões sinistrasadvogando que se opte pela radi-calização dos discursos e das ac-ções no confronto político quese verica no país. É a cegueirapolítica, a miopia ou algo que seinscreve numa agenda acordadae aprovada nos “corredores se-cretos” dos que jamais admitiramque fosse possível conviver de for-ma salutar no país? Este país era

só deles e não havia espaço paraque outros moçambicanos tives-sem opinião ou expressão. Estepaís havia-lhes sido entregue peloGoverno português em regime deexclusividade. Estes compatriotas,

Heroicidade reconciliada ereconhecida traz paz

 P   u b   l      i     c i     d   a d   e

 por Noé Nhantumbo

Canal de Opinião

Page 6: CanalMoz_nr1568

8/20/2019 CanalMoz_nr1568

http://slidepdf.com/reader/full/canalmoznr1568 6/6

ano 7 | número 1568 | 23 de Outubro de 20156

www.canalmoz.co.mz

actuando com base na intolerân-cia, continuam apegados a crençasde “pureza” porca e conspurcada.

Nenhum processo histórico élimpo e linear. Está faltando ho-nestidade entre nós, e isso deve

ser assumido de parte a parte.Mas também está faltando equi-distância de actores sociais muitoimportantes, como as conssõesreligiosas. Fecham os olhos quan-do os deviam ter abertos. Cola-boram para uma forma insidiosade mentir ao comportarem-se deforma facciosa e sectária. Recu-sam-se a reconhecer que o paísvive com dois exércitos partidá-rios e apontam o seu dedo acusa-dor sempre para o mesmo lado.

Esta forma de comunicar e de agiré promotora da mentira política, dafalsidade e da maquinação política.

Entre os antigos presidentes daCNE, ponticam pessoas prove-nientes de conssões religiosasque têm responsabilidades peloque se passa nos dias de hoje. Acrise despoletada pelos desacordospós-eleitorais tem origens concre-tas, e gente concreta, conhecida,fez vista grossa quanto a ilícitosclaros que violaram as leis eleito-rais e os preceitos democráticos.

E se isso aconteceu, não foi porignorância ou falta de experiência,

como por vezes se alega. Houve con-certação prévia para a organizaçãode fraudes, algumas das quais mo-numentais, envolvendo guras “in-suspeitas” com mantos religiosos.

A laicidade do Estado viu-

-se manchada por um ca-samento contra a natura.Nesse sentido, o país está em cri-

se, porque os seus valores morais,éticos e culturais não têm recebidoa atenção necessária, e os que sedeveriam ocupar destes assuntosdão prioridade à promiscuidade eao mercantilismo político-religioso.

Não é por acaso que se veri-ca uma proliferação de parti-dos políticos e seitas religiosas.

O país está sendo “pasto fresco”para os que exploram as nossasfraquezas relacionais em benefí-cio das suas agendas de lucro fácil.

Quando não se encontram solu-ções para questões óbvias é porquenão há vontade política. Os que de-veriam tomar decisões reconcilia-doras estão mais preocupados comas suas contrapartidas patrimo-niais do que qualquer outra coisa.

Antes era assim e agora repete--se, infelizmente de forma trágica.É o poder da elite que não desar-ma nem desiste de continuar aser uma elite parasita que arras-ta o país para mais um conito.

“Vendettas” e vinganças jamaisconstruirão um Moçambique soli-dário, com paz e desenvolvimento.

Travar de maneira inequí-voca os ciclos de violência éproteger o país dos que se jul-

gam cidadãos superiores.Sem que se incorpore uma formade estar na política em que se colo-que o mérito e a qualidade no ser-vir os concidadãos como critérioperseguido e promovido, continu-aremos a mentir uns para os outros.

Somos moçambicanos na nossa di-versidade e com as nossas diferenças.

Não nos deixemos cair nas ma-lhas e armadilhas dos redescober-tos recursos minerais. É preciso nãodar oportunidade à intolerância.

Haja senso de olharmos parao passado e reconhecer que po-deríamos ter feito diferente.

Basta de matanças fratrici-das em nome de uma pureza esantidade que jamais tivemos.

Muitas vezes o que parece im-possível consegue-se simples-mente com respeito pelos outros.

Ninguém está apelando ou pe-dindo certicados de heróis paraeste ou aquele moçambicano.

Os heróis são conhecidos e reco-nhecidos pelos moçambicanos pelasua bravura, tenacidade, clarividên-cia e liderança. (Noé Nhantumbo)

 P   u b   l      i     c i     d   a d   e

Tipo de Assinante(a) Pessoa Singular

(b) Empresas e Associações de Direito Moçambicano

(c) Órgãos e Instituições do Estado

(d) Embaixadas e Consulados em Moçambique e Organismos Internacionais

(e) Embaixadas e representações Ociais de Moçambique no exterior

(f) ONG’s Nacionais

(g) ONG’s Internacionais

(USD) Contratos Mensais (i)

  20

40

  50

  60

  60

  30

  50

(USD) Contratos Anuais(12 Meses) (ii)

15 usd x 12 meses = 180 usd

30 x 12 = 360

40 x 12 = 480

50 x 12 = 600

50 x 12 = 600

20 x 12 = 240

40 x 12 = 480

Notas- Os valores expressos poderão ser pagos em Meticais ao câmbio do dia- Nas facturas e recibos inerentes deve-se mencionar a letra que corresponde ao tipo de assinatura- (i) Pronto pagamento ou débito directo em conta bancária- (ii) Pronto pagamento ou débito directo em conta bancária

Contacto:E-mail: [email protected] ou  [email protected]: 823672025 - 843135996 - 823053185

Preçário de Assinaturas | Distribuição diária por e-mail | 20 edições mensais