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CADERNO DE RESUMOS

Data: 13 e 14 de novembro de 2010

Local: Faculdade 7 de Setembro

Rua Alm. Maximiniano da Fonseca, 1395 Eng. Luciano Cavalcante

60811-020, FORTALEZA - CE

Telefone: 55 (85) 4006.7600

Website: www.siac-pac.com

Email: [email protected]

Apoio: Programa de Estudos Pós-Graduados em LAEL e Departamento de Inglês e de Linguística da Faculdade de Filosofia, Comunicação, Letras e Artes - (FAFICLA).

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C2895 Carneiro, Fábio Delano Vidal; Meaney, Maria Cristina

Caderno de Resumos: 4º Simpósio Ação Cidadã

Performance na Colaboração e Criatividade./ Fábio

Delano Vidal Carneiro; Maria Cristina Meaney.-

Fortaleza: Editora Ipiranga, 2010.

p. 125

ISBN: 978. 857829. 019. 1

1. Projeto de Pesquisa e Extensão. 2. Espaço de Ação

Social. I. Título.

CDD 370

Realização

Grupo de Pesquisa Linguagem em Atividades no Contexto Escolar - LACE

PATROCINADORES OFICIAIS:

APOIO:

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Profa Dra Fernanda Coelho Liberali Profa Dra Maria Cecília Camargo Magalhães

Profa Dra Selene Penaforte Prof. Ms. Fábio Delano Vidal Carneiro

Maria Cristina Meaney Elvira Aranha

Maria Helena Colin de Soárez Maria Regina dos Passos Pereira

Larissa Correa Martins Maurício Canuto Daniele Gazzotti

Fernando Costa Helena Wolffowitz Miascovsky

Norma Wolffowitz Sanchez

Maurício Canuto

Guilherme Rittner

Airton Petrini Junior Daniele Gazzotti

4º Simpósio Ação Cidadã Performance na Colaboração e Criatividade

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Fernando Costa Lucilene Santos Silva Fonseca

Bruna Lopes Fernandes Dugnani Nilton Mendes

Antonieta Megale (Inglês) Penélope Alberto Rodrigues (Espanhol)

Larissa Correa Martins

João Bosco dos Santos Ribeiro Junior (C7S) Maria do Socorro Pereira (C7S)

Paulo Egidio Artuzo (C7S) Maria Iolanda Gadelha Maia (C7S) Regina Célia Marques Lobão (C7S)

Alexandre Santiago, Mestre, UFBA Isabel Cristina, Mestre, UNIFOR Vanessa Forte, Mestre, UECE

Maria Regina dos Passos Pereira, Mestre PUC/SP Fábio Delano Vidal Carneiro, Doutorando Universidade de Genebra/UFC

Lila Xavier, Mestre, UFC Wellington Oliveria , Doutor, PUC/SP - METODISTA José Carlos Barbosa, Mestre, Fundação Bradesco

Daniela Vendramini Zanella, Doutoranda da PUC/SP, UNISO Mona Hawi, Doutora, USP

Ivana Ibiapina, Doutora, UFPi Valdite Pereira Fuga, Doutora, FATEC e UMC

Ilka Schapper Santos, Doutora, UFJF Cristiano Mattos, Doutor, USP

Fernanda Liberali, Doutora, PUC –SP Maria Cecília Magalhães, Doutora, PUC –SP

Maurício Canuto Elys Vanny F. Rodrigues de Oliveira

Alunos e pesquisadores do grupo de pesquisa LACE Grupo do 7 de Setembro – Equipes Coordenadas por Fernando Leão

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SUMÁRIO

Programação ................................................................................................. 7

Apresentação ................................................................................................. 8

Resumos ...................................................................................................... 12

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PROGRAMAÇÃO

13/11 – SÁBADO

Credenciamento 07h30 – 08h15

Abertura Solene 08h15 – 08h30

Performance de Abertura 08h30 – 09h00

Conferência de Abertura 09h00 – 09h30

Intervalo 09h30 – 10h00

Palestra Acadêmica 10h00 – 11h30

Comunicações Individuais 11h30 – 13h00

Almoço 13h00 – 14h30

Comunicações Individuais 14h30 – 16h00

Intervalo 16h00 – 16h30

ALL STARS – Múltiplos Mundos 17h00 –19h00

14/11 – DOMINGO

Mesa Empreendedores Cidadãos 09h00 – 10h30

Intervalo 10h30 – 11h00

Comunicações Individuais 11h00 – 12h30

Almoço 12h30 – 14h00

Mesa redonda acadêmica 14h00 – 16h00

Encerramento - Sorteio de Livros 16h00 – 16h30

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APRESENTAÇÃO

SIAC é um evento organizado pelos participantes, alunos e pesquisadores do

Grupo de Pesquisa Linguagem em Atividades no Contexto Escolar (LACE) que

integra as temáticas Linguagem, Colaboração e Criticidade (LCC), sob a liderança

da Profa. Dra. Maria Cecília Magalhães, e Linguagem, Criatividade e Multiplicidade (LCM),

sob a liderança da Profa. Dra. Fernanda Liberali, responsável também pelo Programa de

Extensão Ação Cidadã (PAC).

O evento surgiu do desejo de compartilhar conhecimentos produzidos em diferentes

espaços de ação social, tais como: centros de educação infantil, creches, escolas,

universidades, institutos e ONGs. A intenção é provocar o debate colaborativo-criativo

entre os participantes, com vistas à mobilização e à transformação informada da

sociedade. O evento visa à criação de laços mais fortes entre projetos de pesquisa e de

extensão.

Este evento objetiva propiciar lócus para que os participantes apresentem e

aprofundem discussões sobre as práticas sociais e compreensões sobre as bases

teórico-metodológicas de suas pesquisas, no encontro com pesquisadores, professores,

alunos e colegas de diversas instituições na discussão de temáticas como: educação à

distância, educação bilíngue, educação infantil, equipe diretiva – diretores e

coordenadores, leitura e escrita nas diferentes áreas, educação inclusiva, ensino e

atividade social e formação de professores.

All Stars - Múltiplos Mundos Shows

All Star/ Múltiplos Mundos Show, atividade iniciada no II SIAC, tem como

base dois projetos: o All Stars Talent Show e Múltiplos Mundos. O primeiro

foi criado e organizado pela ONG All Stars Project de Nova York como uma

atividade de desenvolvimento formativo baseada em performances artísticas. O

Múltiplos Mundos, organizado pelo Programa Ação Cidadã, é um projeto para o

desenvolvimento de valores de forma interdependente entre comunidades

múltiplas. Em sua segunda edição, o All Star/ Múltiplos Mundos Show reunirá

participantes de contextos vários para a apresentação artística de performances

que expressem, de forma engajada, os valores que estão na base das ações cidadãs

como propostas pelo grupo LACE. Neste ano, os parceiros envolvidos no SIAC estão

convidados a realizar curtas apresentações (5 minutos), na forma de teatro, dança,

música, movimento, etc. que expressem como seus projetos sociais e/ou de

pesquisa tratam a temática: colaboração, criticidade e criatividade nas práticas

sociais.

O

O

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Grupo de Pesquisa Linguagem em Atividades no Contexto Escolar

(LACE)

grupo LACE, fundado em 2004, focaliza principalmente a formação de

educadores e alunos críticos-reflexivos. Inclui pesquisas de intervenção

crítico-colaborativas que investigam a constituição dos sujeitos, suas

formas de participação e a produção de sentidos e significados em Educação. Além

disso, visa desenvolver e aprofundar: (a) a discussão dos modos como a linguagem

está sendo enfocada nos contextos de formação de professores e (b) um quadro

teórico-metodológico para o trabalho de intervenção nos contextos profissionais

escolares. Integra duas temáticas centrais: Linguagem, Colaboração e Criticidade

(LCC), sob a liderança da Profa. Dra. Maria Cecília Magalhães, e Linguagem

Criatividade e Multiplicidade (LCM), sob a liderança da Profa. Dra. Fernanda

Liberali. Partindo da Teoria da Atividade Sócio-Histórico-Cultural (Vygotsky,

Leontiev, Bakhtin), as temáticas consideram: a) as atividades como formas de

transformação da ação do ser humano na vida e b) a pesquisa como uma forma de

emancipação pela perspectiva de ação no/para/sobre/com o mundo. O LCC

examina e discute o conceito de colaboração como central para o desenvolvimento

de reflexão crítica na produção de conhecimento sobre questões de ensino-

aprendizagem e de produção da consciência crítica. O LCM aborda questões de

formação crítica em contexto mono e bilíngües, em que a linguagem permite a

constituição de Cadeias Criativas (Liberali, 2006) como espaço de formação em

que os participantes geram novos significados, criando uma multiplicidade de

possibilidades de participação no mundo.

O Programa Ação Cidadã (PAC)

PAC é um trabalho de intervenção colaborativa em Institutos de Educação

Infantil e Fundamental da rede pública, particular e conveniada, situadas

em áreas carentes de São Paulo. Parte de necessidades específicas e

circunscritas a esses contextos, com vistas à formação de professores, diretores e

coordenadores para educação básica e à construção da cidadania. Envolve reflexão

crítica sobre atividades e linguagem presentes no contexto escolar, que permita

um rompimento com práticas a-sociais, a-políticas e a-históricas, isto é, com o

individualismo que, em geral, caracteriza o contexto escolar. Tem sua centralidade

na linguagem e na sua articulação com outras áreas do saber, tais como Educação,

Sociologia e Psicologia. O programa é pautado pelos princípios teórico – filosóficos:

a compreensão do objeto se dá na e pela linguagem; a linguagem é uma arena na

qual os conflitos aparecem; a pesquisa acadêmica é indissociável dos problemas da

sociedade; a autonomia de todos os envolvidos nos contextos educacionais é o

norte de todo trabalho de intervenção e a autonomia responsável está na base de

todo agir cidadão. O programa engloba os seguintes subprojetos de formação

O

O

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crítico-criativa, por meio de atividades teórico-práticas, no triênio 2007-2009: 1)

“Leitura e Escrita nas Diferentes Áreas”, realizado junto a escolas da rede pública

de São Paulo e Grande São Paulo; 2) “Aprender Brincando”, realizado junto a

instituições de educação infantil de São Paulo; 3) “Múltiplos Mundos”, realizado

por meio de plataforma virtual para integrar participantes dos vários projetos,

educadores e pesquisadores nacionais e internacionais. O foco principal do

programa está na compreensão, discussão e ação colaborativa crítico-criativa,

pautadas pela ética e pela interdependência. São valores constitutivos:

colaboração, criticidade, criatividade, ética interdependente, responsividade e

responsabilidade.

Colégio 7 de Setembro e Faculdade 7 de Setembro

m setembro de 1935, um jovem professor e acadêmico de Direito com

apenas 21 anos começou a viver um sonho de educação. Naquele mês, o

Professor Edilson Brasil Soárez iniciava sua obra com apenas dois alunos,

numa sala cedida pela Igreja Presbiteriana de Fortaleza.

Durante 40 anos, o Dr. Edilson, voltado para seu objetivo maior - preparar para a

vida jovens cearenses - buscava os melhores professores, analisava cada detalhe

do funcionamento e participava pessoalmente de todos os eventos da Escola. Com

esses esforços, passo a passo, organizou o Colégio como um estabelecimento

escolar padrão onde seus alunos recebiam uma sólida formação curricular em um

ambiente de disciplina e respeito. Em 1946, o Dr. Edilson, então já um dos nomes

mais conceituados da Educação do Ceará, com dinamismo e fé em Deus, duas de

suas principais características, mudou a sede do Colégio, para a Av. do Imperador,

1330 onde, até hoje, funciona a sede Nila Gomes de Soárez (NGS).

Em 1975 faleceu o Dr. Edilson. A sua morte suscitou, além de um grande vazio,

uma dúvida: o que acontecerá com o Colégio 7 de Setembro? A resposta não

tardou. Sua esposa, Profa. Nila Gomes de Soárez, juntamente com seus filhos,

Ednilton e Ednilze, entenderam que a maior homenagem a prestar ao inesquecível

mestre seria continuar a sua obra. A aliança estabelecida entre a família Soárez,

professores e demais colaboradores, em grande parte ex-alunos, foi e continua

sendo o ponto-chave que explica o sucesso do 7 de Setembro.

A década de 90 trouxe a expansão da infra-estrutura escolar. Em 1993 foi

inaugurada na Aldeota a sede Edilson Brasil Soárez (EBS). Em 1994 decidiu-se pela

construção de uma segunda sede no Centro da cidade, denominada Diplomata

Ednildo Gomes de Soárez (EGS), onde passaram a funcionar o Ensino Médio e o

Pré-Universitário. Em 1998 realizou-se a modernização da sede NGS e a

inauguração do Centro de Desenvolvimento Educacional (CDE), em Pajuçara. Em

2000, nasce a FA7 - Faculdade 7 de Setembro, e em 2007 inaugura-se o novo

Núcleo Infantil na sede da Aldeota (EBS).

E

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Entre 1990 e 2005, a família Soárez, numa demonstração de comprometimento

com o ideal dos fundadores, incorporou à equipe gestora Ednilo e Ednísio Gomes

de Soárez, filhos de Edilson Brasil Soárez, e Edilson, Alessandra e Henrique, seus

netos.

2005 foi um ano marcado por vitórias e também duras perdas. Em julho, a FA7

colou grau das suas primeiras turmas de Pedagogia e Administração. As

celebrações dos 70 anos de existência do Colégio 7 de Setembro foram

interrompidas quando, num intervalo de 29 dias, faleceram Ednísio, engenheiro

responsável, dentre outros, pela construção do CDE, e Nila, principal responsável

pela continuação da obra do Dr. Edilson.

Em outubro de 2006, tem início a reescrita do Projeto Político Pedagógico. Sob a

orientação da Profa. Estrêla Fernandes, a comunidade escolar investiu 2 anos de

trabalho para discutir e estabelecer as diretrizes pedagógicas da escola para os

próximos anos. Além de escolher rumos para o futuro, a comunidade setembrina

emerge, em dezembro de 2008, fortalecida pelos momentos de estudo e

entrosamento proporcionados pelos trabalhos de articulação do PPP.

Durante 2008 o Colégio inovou com a introdução do Sistema de Tempo Integral

Bilíngue na sede da Aldeota. Neste mesmo ano, a FA7 foi confirmada pelo MEC

como a melhor faculdade do Ceará (segundo resultados no ENADE e no IGC), e

pode consolidar o Instituto FA7 como referência cearense em estudos da gestão

empresarial através de parcerias com o COPPEAD, a PUC-SP, entre outros.

O 7 de Setembro reafirma o ideal de oferecer à sociedade uma educação de

qualidade, que forme cidadãos participativos e solidários e que, primordialmente,

valorize o potencial de cada um dos seus alunos.

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RESUMOS

NOTA: Os resumos publicados neste volume são uma reprodução fiel dos textos originais submetidos por seus autores para publicação no Caderno de Resumos do 4º SIAC. Não é de responsabilidade da comissão organizadora deste evento fazer a revisão dos resumos/títulos enviados.

Palestra de Abertura Formação Cidadã em Cadeia Criativa: SIAC como performance

Esta apresentação discute a formação cidadã de pesquisadores, formadores, gestores, educadores, alunos, pais e comunidade. Considerando os desafios impostos por uma crescente demanda por ações compartilhadas que envolvam o espaço além dos muros da escola, a formação, em Cadeia Criativa (Liberali, 2006), tem se mostrado como uma resposta colaborativa, criativa e crítica na transformação, não apenas de indivíduos, mas de toda a comunidade. A partir de uma visão Sócio-Histórico-Cultural (Vygotsky 1934/2005; Leontiev, 1977; Engeström, 1999), busca-se a formação crítica por meio de atividades que transformam cada um dos envolvidos em responsáveis e responsivos (Bakhtin, 1953/1992) por toda a comunidade. As atividades, segundo Leontiev (1977), surgem a partir de uma necessidade vivida de um grupo social. A partir da percepção dessa necessidade, objetos idealizados são produzidos e movem as ações dos diversos participantes. Quando envolvidos e compartilhando efetiva e conscientemente dessa atividade, em colaboração, os sujeitos de diferentes contextos assumem papel central na transformação conjunta de suas realidades. Formam-se, assim, Cadeias Criativas de Atividades em que todos e cada um têm uma parcela importante na formação cidadã de toda a comunidade. Seguindo essa proposta, o SIAC, como uma performance, é o espaço criado pelo Grupo LACE para compartilhamento das experiências emocionais e cognitivas vividas em Cadeias Criativas. Ele é o processo e o produto dessas experiências.

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Palestra Acadêmica

Play, Performance and Improvisation for Human Development and Social Change

Performing—simultaneously being who you are and other than who you are—shares important features with the play of young children, a way that developmental learning continues in the school years and beyond. It is a mode of learning that it essentially group-oriented and cooperative, in which discipline, practice and creativity are necessary, and which does not privilege cognition over emotion. A performatory model of human development, learning and social change has grown out of interdisciplinary theorizing and practice, especially among psychologists, educators, business leaders, organizational scientists, and community developers. It is the human capacity to perform, both on stage and off, that the model builds upon. Basic to the international projects to be discussed is the belief that it is as performers that human beings can, and do, create social change.

Mesa redonda acadêmica “colaboração,

criatividade e performance”

Profa. Dra. Maria Cecília Camargo Magalhães (PUC-SP - LAEL)

Profa Dra Alzira Shimoura (FECAP) Profa Dra Ivana Maria L. de M. Ibiapina (UFPI)

Profa Dra Maria Cristina Damianovic (UFPE) Profa Dra Selene Penaforte (Faculdade 7 de Setembro)

Esta Mesa Redonda reúne apresentações que enfocam, de formas diferentes uma vez que específicas de contextos sócio- históricos-culturais vários, discussões teórico-práticas quanto à criação, organização e condução de projetos escolares, de extensão e/ou de pesquisa, em situações de vida real (Marx). São discussões que salientam a formação crítica, responsiva e responsável em contexto de trabalho ou em contexto de formação universitária. Isto é, discussões que abordam o papel fundamental da linguagem na constituição do humano, como apontam Vygotsky (em toda sua obra), Bakhtin

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(1952-53), Bakhtin/Volochinov (1929). Também, como salienta Pennycook, 2006), ao definir Linguística Aplicada (LA) como transgressiva e performativa, isto é, uma linguística em que o foco está no ―agir além de nós mesmos emocionalmente, intelectualmente, artisticamente ou de qualquer outra maneira‖ como salienta Newmann (1996,p.36). Em resumo, colocar o foco das discussões em questões de colaboração, criatividade e performance possibilita, como aponta Liberali, a compreensão de ― percepção e ação na produção do objeto coletivo como algo que preenche uma necessidade coletiva em contextos sócio-histórico-culturais específicos ― bem como, a constituição de objetos criativos para a satisfação das necessidades que embasaram a construção do objeto inicial.

A Cadeia Criativa da Performance no Projeto Aprender Brincando

O objetivo desta apresentação é discutir como o Projeto Aprender Brincando

realiza um trabalho de formação de diretores, coordenadores e professores da

Educação Infantil de Creches, Centros de Educação Infantil (CEIs) e Escolas

Municipais de Educação Infantil (EMEIs) na cidade de São Paulo. O Projeto

Aprender Brincando tem como foco a formação de Grupos de Apoio

envolvendo seus educadores em uma Cadeia Criativa que tem como objetivo a

(trans)formação dos educadores, de suas unidades escolares, dos alunos e da

comunidade escolar como um todo. O trabalho de formação se organiza por

meio dos conceitos de Brincar (Vygotsky, 1934), Atividade Social (Liberali,

2009), Performance (Holzman, 2009), Cadeia Criativa (Liberali, 2006), e Grupo

de Apoio (Daniels e Parrila, 2004; Liberali e Magalhães, 2008). O papel da

Performance na (a) formação dos formadores em reuniões de planejamento e

(b) durante as formações dos educadores tem sido fundamental para a vivência

das Atividades Sociais propostas para o trabalho em sala de aula. O Brincar /

Performance promove a compreensão de como os sujeitos participam e se

apropriam da cultura de um determinado grupo social vivenciando uma

Atividade Social.

Pesquisar e formar em colaboração: compartilhando a práxis do Grupo de Pesquisa FORMAR da UFPI

A questão central das discussões e reflexões que faremos nesta comunicação é a práxis de formação crítica e colaborativa desenvolvida no âmbito do Grupo de Pesquisa FORMAR – Formação de Professores na Perspectiva Histórico-Cultural, do Programa de Pós-Graduação em Educação, da Universidade Federal do Piauí. As práticas desenvolvidas pelo referido Grupo tem amparo

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teórico e metodológico na abordagem crítica que objetiva transformar processos formativos por meio da organização de espaços-tempo em que as pessoas se apropriem da linguagem como instrumento e resultado do estudo, conforme propõe Vigotski (2001). As ações desenvolvidas pelos pesquisadores têm dupla função: produção do conhecimento científico e a formação de professores reflexivos, críticos, colaborativos e criativos. O movimento produzido no âmbito dos estudos e pesquisas realizadas pelo FORMAR é dialético e é também histórico na medida em que a interação entre pesquisadores e professores é organizada para promover a negociação de sentidos e o compartilhamento de significados de modo que sejam considerados as práticas reais produzidas pelos docentes e/ou pelos pesquisadores, suas necessidades e seus motivos que, quando postos em discussão, são negociados e expandidos, transformando totalidades. Esse processo supõe a identificação dos padrões de interação, dos valores e das contradições inerentes ao agir e ao pensar de professores e pesquisadores. A produção resultante dessa práxis de pesquisa que se articula à formação docente deixa de ser sobre algo ou alguém, transformando-se em trabalho realizado com os professores com o objetivo de transformar contextos de ensino e de aprendizagem. Destacaremos, na exposição, as contribuições que essa práxis tem produzido para a área da educação, especialmente para a formação de pesquisadores e de docente que atuam nos Estados do Rio Grande do Norte, Piauí e Maranhão.

A Atividade Formação do Professor de Inglês na Graduação em Letras: Uma COMPASS para nortear a colaboração, criatividade e performance na sala de aula

Esta comunicação visa, à luz da Linguística Aplicada, ilustrar como o Grupo de Pesquisa e Extensão Universitária COMPASS: Comunicação para a Paz por meio de Atividades Sociais oferece ao professor de Língua Inglesa (LI) em formação ou em serviço uma comunidade de ação na qual ele possa envolver-se na atividade de ―desenvolvimento humano diretamente inter-relacionado às possibilidades de participação e aos contextos em que elas ganham vida‖ (Gimenez e Mateus, 2009:125). Visa transformar as condições sociais da educação de LI , com base em princípios de uma sociedade mais justa e humanizada (Freire, 1970). Com o objetivo de co-construir a relação dialética e dialógica (Bakhtin/Volochinov, 1929/1992) entre linguagem e constituição da consciência humana com objetivos de transformações sociais, culturais, éticas e políticas, COMPASS objetiva o pensar e agir do professor de LI nas escolas, na comunidade escolar e na condução de pesquisas com responsabilidade social (Moita Lopes, 2008) por meio de uma formação contínua de educadores e pesquisadores (Liberali e Magalhães, 2009) vista como uma atividade revolucionária ligada ao fazer história pela criação de Zonas de Desenvolvimento Proximal (Vygotsky, 1933) nas quais a linguagem é constituinte de cada ser humano e, portanto, essencial na atividade humana de criar sentido e significado para uma aprendizagem conduzindo ao desenvolvimento de um agir à frente de nós mesmos para mudar totalidades

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(Newman e Holzman, 1993/2002).Paz neste contexto de pesquisa é entendida como um processo dialético e histórico (Holzman, 2002) envolvendo professores, alunos e comunidade escolar num processo de ser e de tornar-se no gerenciamento de conflitos e não na ausência de contradições de confusão de pensamento e de linguagem. Paz é igualmente vista como a construção social, coletiva e colaborativa por meio de co-construção de significados em contextos que propiciam a colaboração pela argumentação. Os participantes interagem em ZPDs mútuas desenvolvidas no estabelecimento de contradições e conflitos (John-Steiner, 2000). Nesse processo emerge a linguagem, duplamente entendida como mediadora e instrumento de trabalho na organização do pensamento para a compreensão e reconstrução do mundo no qual estamos inseridos (Dutra e Melo, 2009). A linguagem materializa o processo ao mesmo tempo em que constitui a prática pedagógica. Trabalhar com a linguagem significa desenvolver um poder emancipatório que surge à medida que há uma instrumentalização dos educadores para refletir sobre suas ações (instrumento) e para agir na sala de aula (objeto) (Liberali, 2007). A linguagem se torna tanto o objeto a ser construído para criar espaços para a participação maior de educadores nas discussões sobre sua prática, como instrumento para desenvolver ideias e construir propostas concretas para a reconstrução das ações (Liberali, 2009) da escola e da comunidade escolar. Nesse sentido, a argumentação tem um papel essencial na produção de compreensões colaborativo-criativas da realidade à medida que restringe e amplia o embate entre os sentidos que, ao mesmo tempo em que promove a manutenção de aspectos essenciais do significado partilhado em outros contextos, também expande esse significado no embate entre os vários sentidos que o compõem (Magalhães e Liberali, 2009).

Aprendizagem e colaboração: possibilidades para ensinar e aprender

O trabalho colaborativo busca um resgate dos valores como o compartilhamento, o respeito mútuo e a solidariedade, aparentemente esquecidos na atualidade. A colaboração pressupõe ações centradas em relações de participação, aceitação e entendimento dos diferentes contextos e pontos de vista em que as pessoas estão inseridas, dentro de uma perspectiva interativa. Para Vygotsky (1984) o ato educativo é fortemente influenciado pelos sujeitos que dele participam. Assim, a aprendizagem resulta da qualidade das trocas dos indivíduos com seus pares. Esse autor, a partir de seus pressupostos teóricos, nos dá um suporte consistente para fundamentar os entendimentos sobre os trabalhos desenvolvidos na perspectiva da colaboração.

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COMUNICAÇÕES INDIVIDUAIS A aprendizagem da escrita: uma visão psicopedagógica

MARCIVANIA PIRES MOTA [email protected]

Esta comunicação tem como objetivo apresentar o trabalho de monografia que teve como tema A aprendizagem da escrita: uma visão psicopedagógica e abrangendo três tópicos, ―a trajetória da escrita e a sua origem‖, ―a concepção da escrita como uma aprendizagem‖ e ―a intervenção da psicopedagogia‖. Esse estudo teve como foco investigar a aprendizagem da escrita numa visão psicopedagógica com o intuito de somar conhecimentos visando à melhoria na condução de casos terapêuticos. Iniciou-se com o uso de uma entrevista prognóstica com os pais para o entendimento do contexto sócio-histórico do aluno, com a observação em sala de aula, com a avaliação contínua dos registros diários no planejamento das aulas, com os relatórios individuais das crianças com dificuldades no processo de aprendizagem ou que necessitavam de avaliação de outros profissionais e posteriormente, atividades lúdicas de intervenção pedagógica de acordo com as particularidades que cada aluno apresentou. No primeiro momento foi abordado aspectos relacionados às primeiras escritas. E estudos concluem que foi a necessidade de registro das atividades cotidianas que motivou a invenção da escrita. No segundo momento foi apontado aspectos relacionados a concepção da escrita como uma aprendizagem. Partindo do pressuposto que a aprendizagem que engloba diversos fatores: afetivo, motor, cognitivo e pedagógico, foi discutido as possibilidades de compreensão da aprendizagem sobre o ponto de vista da psicopedagogia, com o intuito de somar conhecimentos dos educadores para que observem os alunos e estejam atentos às possíveis dificuldades que venham apresentar, pois o aluno ao perceber que apresenta dificuldades em sua aprendizagem, muitas vezes começa a apresentar desinteresse, desatenção, irresponsabilidade, agressividade, etc. A dificuldade acarreta sofrimentos e nenhum aluno apresenta baixo rendimento por vontade própria. Segundo Weiss (2002)―, a aprendizagem normal dar-se de uma forma integrada no aluno (aprendente), no seu pensar, sentir, falar e agir. Quando começam a aparecer ―dissociações de campo‖ e sabe-se que o sujeito não tem danos orgânicos, pode-se pensar que estão se instalando dificuldades na aprendizagem, algo vai mal no pensar, na sua expressão, no ―agir sobre o mundo‖. Entendemos portanto, que a formação do professor em psicopedagogia contribui para a qualidade das intervenções pedagógicas em sala de aula. E como terceiro momento tivemos a intervenção da psicopedagogia na leitura e escrita apresentando um caráter indispensável para a adaptação e integração do indivíduo ao meio social. Uma breve conclusão dessa pesquisa refere-se ao fato de que a formação em psicopedagogia possibilitou ao profissional da educação, promover a autonomia das crianças observadas, assim como, a escuta, o vínculo com os

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colegas e professores para que sua postura de ser pensante e criativo se desenvolva a partir do: ―EU POSSO‖, ―EU CONSIGO‖, para então construir o ―EU APRENDO‖ e desta forma favorecer a aprendizagem. Esta comunicação tem como objetivo apresentar o trabalho de monografia que teve como tema A aprendizagem da escrita: uma visão psicopedagógica e abrange três tópicos, ―a trajetória da escrita e a sua origem‖, ―a concepção da escrita" como uma aprendizagem‖ e ―a intervenção da psicopedagogia‖. Esse estudo teve como foco investigar a aprendizagem da escrita numa visão psicopedagógica com o intuito de somar conhecimentos visando à melhoria na condução de casos terapêuticos. Iniciou-se com o uso de uma entrevista prognóstica com os pais para o entendimento do contexto sócio-histórico do aluno, com a observação em sala de aula, com a avaliação contínua dos registros diários no planejamento das aulas, com os relatórios individuais das crianças com dificuldades no processo de aprendizagem ou que necessitavam de avaliação de outros profissionais e posteriormente, atividades lúdicas de intervenção pedagógica de acordo com as particularidades que cada aluno apresentou. No primeiro momento foi abordado aspectos relacionados às primeiras escritas, estudos concluem que foi a necessidade de registro das atividades cotidianas que motivou a invenção da escrita. No segundo momento foi apontado aspectos relacionados à concepção da escrita como uma aprendizagem. Partindo do pressuposto que a aprendizagem engloba diversos fatores: afetivo, motor, cognitivo e pedagógico, foi discutido as possibilidades de compreensão da aprendizagem sobre o ponto de vista da psicopedagogia, com o intuito de somar conhecimentos dos educadores para que observem os alunos e estejam atentos às possíveis dificuldades que venham apresentar, pois o aluno ao perceber que apresenta dificuldades em sua aprendizagem, muitas vezes começa a apresentar desinteresse, desatenção, irresponsabilidade, agressividade, etc. A dificuldade acarreta sofrimentos e nenhum aluno apresenta baixo rendimento por vontade própria. Segundo Weiss (2002) a aprendizagem normal dar-se de uma forma integrada no aluno (aprendente), no seu pensar, sentir, falar e agir. Quando começam a aparecer ―dissociações de campo‖ e sabe-se que o sujeito não tem danos orgânicos, pode-se pensar que estão se instalando dificuldades na aprendizagem, algo vai mal no pensar, na sua expressão, no ―agir sobre o mundo‖. E como terceiro momento tivemos a intervenção da psicopedagogia na leitura e escrita apresentando um caráter indispensável para a adaptação e integração do indivíduo ao meio social. Uma breve conclusão dessa pesquisa refere-se ao fato de que a formação em psicopedagogia possibilitou ao profissional da educação, promover a autonomia das crianças observadas, assim como, a escuta, o vínculo com os colegas e professores para que sua postura de ser pensante e criativo se desenvolva a partir do: ―EU POSSO‖, ―EU CONSIGO‖, para então construir o ―EU APRENDO‖ e desta forma favorecer a aprendizagem. Entendemos portanto, que a formação do professor em psicopedagogia contribui para a qualidade das intervenções pedagógicas em sala de aula.

A atividade astronômica como base para o desenvolvimento de habilidades, competências e apropriação dos conceitos científicos

HELIOMÁRZIO MOREIRA

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Ícaro Sampaio

Todo o conhecimento que precede o estudo da Astronomia, por vários povos e culturas diversas, ao longo do tempo, é, nos dias atuais, complementado e rapidamente assimilado pelo movimento vertiginoso de informações coletadas e processadas na história da humanidade. Hoje a Astronomia está relegada a uma posição periférica em relação a outras muitas áreas do saber humano. Os currículos oficiais contemplam, em sua maioria, apenas uma abordagem breve e superficial de alguns poucos assuntos da Astronomia, nas áreas de Geografia e/ou de Ciências. Para tentar minimizar essa lacuna, sugerindo e incentivando uma abordagem mais completa de vários temas da Astronomia, há quase duas décadas o Colégio 7 de Setembro, em Fortaleza, Ceará, mantém o Clube de Astronomia, que vem sendo acompanhando e sustentado por equipes compostas de alunos assistentes e por professores de Física da nossa instituição, com o total apoio e incentivo da direção da escola. Os encontros preveem registros diversos com base nas discussões e experimentação, além da manipulação dos equipamentos do observatório, na busca de teorizar e compreender melhor o processo de apropriação dos conceitos científicos (Engeström, 1999). O projeto visa também à formação cidadã, resgatando princípios e valores como ética, responsabilidade e respeito para com o planeta e sua sustentabilidade. Há um processo de renovação constante da equipe do Clube de Astronomia, que atualmente é composta por dezesseis alunos do 8º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio. Nos depoimentos de alunos, ex-alunos, pais, professores e ex-professores o Clube de Astronomia aparece como um instrumento que suscita em seus sujeitos a autonomia, o protagonismo juvenil, o desenvolvimento de habilidades e competências e a descoberta de vocações. As interações, a troca de experiências e a socialização fazem do Clube de Astronomia um espaço propulsor para a iniciação científica.

A atividade corporal e o desenvolvimento de competências, os benefícios de uma experiência realizada com supervisores e coordenadores pedagógicos

PAULO EGÍDIO ARTUZO

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Esta comunicação visa apresentar uma atividade realizada com um grupo de coordenadores e supervisores pedagógicos do Colégio 7 de Setembro, de março a junho de 2010, atividade essa que surgiu da necessidade de trabalhar a ansiedade e o estresse, que surgem inevitavelmente na rotina escolar. Aprofundar o auto conhecimento, o conhecimento do outro e ampliar a confiança do grupo também foram objetivos dessa atividade. A experiência constou de um programa de exercícios corporais direcionados e de vivências sensoriais. Esse conjunto de técnicas auxilia o desenvolvimento de habilidades motoras e psíquicas como ampliação da consciência e do domínio corporal (domínio dos movimentos voluntários como gestos, movimento dos pés etc.)

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aprimoramento da postura, do andar e correr, aumento do equilíbrio corporal e emocional, intensificação da percepção do próprio corpo, bem como dos movimentos involuntários (reflexos), aumento da autoconfiança, melhora na atenção e concentração, maior visão periférica e diminuição da tensão prejudicial. O conjunto de atividades aplicadas sistematicamente proporciona um aprimoramento global dos movimentos corporais, auxilia no conhecimento da sua dinâmica emocional, estimula o desenvolvimento da afetividade e do autocontrole, proporcionando subsídios para a melhoria das relações interpessoais e integração de equipes. O embasamento é feito a partir dos trabalhos de Moshe Feldenkrais, físico e pesquisador que se dedicou ao estudo de anatomia e aprendizado, criou um método de desenvolvimento pelo uso do corpo. Também são utilizados os estudos de Rudolf Laban, coreógrafo que desenvolveu uma metodologia para treinamento de bailarinos que favorece o desenvolvimento da percepção corporal e é utilizado também para terapia e educação. Os encontros eram realizados uma vez por semana e totalizavam 3 horas diárias. Com base nesse trabalho foi possível verificar uma sensível melhora no grupo quanto à percepção do ambiente a sua volta, a redução do stress e o controle da ansiedade. Palavras chave: Expressão corporal, integração, desenvolvimento profissional, competências

A atividade social na educação infantil numa perspectiva de educação bilíngue

JANIRA CAMPO TRINIDAD [email protected]

Este trabalho pretende apresentar uma pesquisa, que busca compreender criticamente como é realizado o trabalho com atividades sociais na educação infantil, em uma perspectiva de educação bilíngue. O foco do trabalho está em verificar como as atividades sociais impactam na formação das crianças como protagonistas sociais, na construção de sua cidadania e na sua inserção social em língua internacional, permitindo-lhe um maior desenvolvimento cognitivo, afetivo e multicultural. As aulas acontecem em inglês, uma vez por semana, com duração de 30 min, com crianças de 3 (três) anos de idade, numa creche conveniada com a Prefeitura de São Paulo, localizada no centro da cidade. Esta pesquisa se desenvolve no Projeto Educação Multicultural, projeto parte do Programa de Extensão Ação Cidadã, coordenado pela Profa. Dra. Fernanda Coelho Liberali. Tem como principais teóricos Vygostky (1934/2007, 2006), Mejía (2002), Holzman (2009), Moita Lopes (2008), Situa-se em um paradigma crítico colaborativo (Magalhães, 2007), que tem como pressuposto todos os participantes se transformarem, propiciando a construção de novos conhecimentos.

A Colaboração como central na constituição de indivíduos críticos e reflexivos sobre sua ação no mundo

MARIA CECÍLIA CAMARGO MAGALHÃES

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Esta apresentação discute a organização e condução do projeto Leitura e Escrita nas Diferentes Áreas (LEDA), no contexto escolar, do início em 2004, motivado por necessidades quanto ao domínio de leitura e escrita, nas escolas estaduais, revelados pelo SARESP (Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo), até hoje. O objetivo desta comunicação é descrever e discutir as transformações e manutenções no projeto inicial, ao longo dos anos, motivadas por questões de políticas públicas e/ou por necessidades das escolas e/ou dos pesquisadores, que trouxeram a impossibilidade de continuação, bem como por questões teórico-metodológicas que nos levaram novos modos de compreender e organizar o projeto. Houve, todavia, o foco na leitura e escrita como ferramentas centrais no ensino-aprendizagem nas diversas áreas do conhecimento e na constituição da cidadania (Freire, Smyth). Essas questões trouxeram a manutenção na participação de professores de diferentes áreas do conhecimento; a formação de Grupo de Apoio formados por professores a professores não participantes dos contextos de formação, o que salienta um fortalecimento da formação contínua na http; e a constituição da cidadania nas relações escola e comunidade. Embasada no quadro teórico-metodológico da Teoria da Atividade Sócio-Histórico-Cultural (Vygotsky, Leontiev, Engeström) esta apresentação enfatiza a importância da criação de espaços colaborativos e críticos, que possibilitem aprendizagem e desenvolvimento e o foco na leitura crítica, com base nos gêneros do discurso (Bakhtin). Enfatiza, também, questões metodológicas com base em Vygotsky que, apoiado no monismo Spinozano e no materialismo histórico-dialético (Marx) aponta a centralidade da colaboração e da contradição nas relações dialógicas e dialéticas na construção de conhecimento e na constituição de cidadania. São também importantes para as transformações do projeto, a discussão de John-Steiner sobre colaboração crítica e criatividade, de Liberali sobre cadeia criativa, de Holzman sobre a centralidade da práxis e da performance na organização das regras e ferramentas como regras e resultados e não como regras para resultados (Newman e Holzman, 1993 e Holzman, 2009, p.51). A apresentação descreverá o desenvolvimento o apontando como essas questões acima apontadas nos levaram à organização do LEDA hoje.

A construção da ação cidadã baseada na conscientização de que segurança no trânsito depende do envolvimento e comprometimento de cada qual

MARILÚCIA DE ALMEIDA LIMA [email protected]

Liliane Albuquerque Fabíola Brandão

Joadan Silva Adriana Josino

Sheilliana Roque Andréa Lima

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A atividade proposta busca promover a compreensão de que o trânsito seguro é algo que surge com o compromisso e a atenção de todos. Visamos elucidar as responsabilidades e as consequências da não observância das regras do trânsito por parte dos envolvidos para que a construção de um ambiente seguro seja vivenciado. Nosso público alvo são os alunos do 6° ano do Colégio 7 de Setembro, bem como seus pais, professores, a comunidade escolar e os demais sujeitos do entorno da escola. Utilizamos, além do espaço em sala de aula, as demais dependências da escola, como também o ambiente além dos seus muros. Inicialmente, nos valemos de vídeos contendo instruções essenciais, bem como situações de perigo reais das nossas cidades. Promovemos, em uma segunda etapa, a produção de pesquisas quanto à legislação, sinalizações e funções de cada entidade responsável pelo trânsito. Cada aluno foi convidado a participar ativamente da fiscalização do trânsito no âmbito familiar. Uma cartela de multas foi simulada e os valores simbólicos de cada infração serão revertidos para uma entidade assistencial em nossa localidade. A escola foi sinalizada com placas confeccionadas pelos alunos. Para a culminância da atividade social, alguns alunos foram escolhidos para uma performance representando cinco entidades de trânsito: AMC, SAMU, Bombeiros, DETRAN e Polícia Rodoviária. O momento constou de uma palestra, tendo um aluno como apresentador. Em seguida, alunos familiares e funcionários da escola promoveram um ―apitaço‖ com a utilização de faixas contendo frases dos alunos, distribuição de folders, também elaborados pelos próprios alunos, e adesivos para carros. Com essa atividade, a comunidade imediata foi impactada pela ação social da escola, que objetiva uma melhoria no trânsito e na formação dos participantes como agentes transformados e transformadores da sua realidade social. Essa experiência tem como fundamentação teórica o conceito da Atividade Sócio-Histórico-Cultural (VYGOSTSKY, 1930-34/1991, LEONTIEV, 1978 e ENGESTROM, 1999).

A construção da ação cidadã baseada na transformação do óleo de cozinha em sabão ecológico

SANDRO MAIA SOBREIRA [email protected]

Eunice Andrade de Oliveira Menezes

A atividade social proposta busca promover a compreensão de temas relacionados à consciência ecológica, bem como noção de consequência com base na ação humana sobre a natureza. Com essa atividade criamos um espaço de reflexão que visa articular os conceitos cotidianos aos científicos (Engeström) por meio da experimentação ativa, tendo como público alvo pais, alunos, professores e colaboradores do Colégio 7 de Setembro, em Fortaleza- Ceará. A ideia de transformar o óleo de cozinha em sabão foi originada no clube de ciências da escola, do qual fazem parte um grupo de 60 alunos do 4º, 5º, 6º e 7ºano do Ensino Fundamental e contou também com a participação de alguns alunos do 9º ano. Os primeiros passos foram dados no laboratório de química com a fundamentação teórica, a segunda fase foi reservada à parte experimental com a produção do sabão pelos alunos. A próxima fase foi preparar um questionário que auxiliou o desenvolvimento da atividade, bem

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como outras formas de registro: entrevistas, fotos, filmagens, que ajudaram a nortear os rumos da atividade social e serviram também como reorientação para a divisão do trabalho e para a construção das regras. Além da preservação ambiental, nosso maior foco nesse trabalho, tivemos como meta aproximar a família da nossa proposta de trabalho com vistas à sustentabilidade do planeta e também suscitar nos alunos o protagonismo juvenil. Concluímos que a atividade social de reutilização do óleo de cozinha transformado em sabão trará benefícios ecológicos, sociais e econômicos para a comunidade participante do projeto e contribuirá para a formação de alunos mais conscientes quanto à complexidade (Morin) das relações sociais e suas implicações para o planeta.

A dramatização como subsidio para o desenvolvimento da linguagem e da afetividade

DANIELLE SAMPAIO FREIRE

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A ideia de fazermos essa comunicação surgiu pelo fato de sermos professoras de crianças de mais ou menos 4 anos de idade e por estarem no clímax do simbolismo possuem um enorme interesse por teatro, por jogos de faz de conta, por dramatizações por brincar de ser alguém que não são e temos conseguido muito com essa experiência. As dramatizações favorecem o desenvolvimento de diversas habilidades relacionadas à voz, a expressão corporal, expressão facial, a interpretação, a livre brincadeira. Esses aspectos fazem com que a dramatização possa ser um meio importante de promover interação, descobertas, socialização e expressão dos sentimentos e desejos. Nos primeiros anos de vida a função de representar é uma manifestação espontânea, importante para a compreensão do mundo e do desenvolvimento da criança. É a forma que ela encontra para interagir, promover o equilíbrio com o meio ambiente. De acordo com Vygotsky, ―os processos criadores infantis se refletem sobre tudo no faz-de-conta, porque nele, as crianças (re)elaboram a experiência vivida em seu meio social, edificando novas realidades de acordo com seus desejos, necessidades e motivações.‖ Dentre os mais importantes fatores do uso da dramatização estão à desinibição, autonomia e a autoestima. A representação é uma forma de reduzir uma crise emocional, a técnica da dramatização também é usada com o intuito de resolver os conflitos que surgem e proporcionam a estabilidade emocional a todos. Na teoria Walloniana o meio, tanto físico como social em que a criança vive é muito importante, e exerce uma grande influência no desenvolvimento da mesma. A criança necessitará expressar aquilo que deseja dentro do contexto que se encontra a história. As diferentes formas de expressão necessárias para exprimir os diversos tipos de teatros serão motivo de reflexão e experimentações úteis a vida diária. A dramatização também poderá ocorrer através de outras formas de expressão, como o uso de fantoches, teatro de sombras, marionetes. Estes artifícios poderão ajudar seus atores mais inibidos que através de seus ―bonecos-personagens‖ poderão manifestar-se e terem exposição de ideias, pensamentos e voz. Quando trabalhamos a dramatização em sala de aula, temos como objetivo explorar o simbolismo infantil e o que

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mais importa é o aspecto social e afetivo da criança que se desenvolvem no decorrer deste processo. Pensando dessa forma, desenvolvemos a dramatização nas turmas do infantil 4, com estes objetivos. Tivemos como ponto de partida uma apresentação realizada aos pais das crianças. Nessa ocasião, observamos o interesse do grupo em relação ao teatro, bem como constatamos avanços significativos nas questões da autonomia, afetividade e na socialização das crianças. Partindo deste contexto, propomos que a turma realizasse diversas atividades relacionadas a história da Chapeuzinho Vermelho (uma vez que esta foi a história escolhida pelo grupo), onde culminamos este trabalho com o teatro no pátio da Escola, onde convidamos várias turmas do Núcleo Infantil. A participação e o interesse das crianças em assumir os papeis do teatro, em ser os personagens da história favoreceram, aos mesmos, ouvir e acolher opiniões, assumir responsabilidades e ampliar autonomia, desenvolver a linguagem corporal, ampliar vocabulário e contribuir de forma efetiva com a espontaneidade, mesmos para os mais tímidos. Essas interações se deram através do diálogo, respeito mútuo e respeito às diversidades, através das trocas entre eles, pois o teatro é uma expressão coletiva onde se aplica uma relação de cooperação. Cada um teve seu papel e executou em harmonia. Trabalhar com dramatização possibilitou a visão de sentimento e situações, a aquisição de novas formas de expressão e vocabulário e de experiências. Tal como as histórias, a vivência com os temas utilizados para as representações, permitiram o senso crítico, o desenvolvimento da imaginação e da criatividade. A dramatização permitiu o acesso às obras literárias diversas, o que se tornou um estímulo a leitura e ao aprendizado de um modo geral. Participar de apresentações dramatizações seja de forma livre, ou representando histórias, sendo personagem ou espectador contribuiu com um refinamento de senso do belo, de expressão estética e de valorização da cultura, com a compreensão das regras e dos papéis assumidos em cada vivência.

A elaboração do pensamento para o desenvolvimento relacional de educadores em formação

JOYCE DE MELO LIMA WATERLOO

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Ana Cláudia Mendonça Pinheiro Eveline Pitombeira

Nas atividades diárias do trabalho pedagógico, alfabetizadores sentem-se despreparados para lidar com a diversidade dos sentimentos infantis. A qualidade do diálogo se encontra na maior habilidade de construção e estabelecimento das relações vinculares. Nossos alunos de escolas públicas vêm de famílias economicamente desfavorecidas, que possuem necessidades diversas que afetam seu comportamento. Para promover essas reflexões vivenciamos em formação continuada atividades para alfabetizadores que suscitem o conhecimento de si e do outro para a construção de vínculos a fim de melhorar a aprendizagem do educando. A ―Pedagogia do Ser‖ é um caminho que assegura a construção do conhecimento e a própria estruturação humana. Isso se dá no processo de integração do homem consigo mesmo,

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com o outro e com o ambiente em que vive, através do desenvolvimento dos aspectos motores, emocionais, cognitivos, sociais, espirituais, das suas potencialidades, criatividade e dos valores humanos. Para que isso aconteça, a formação trabalha o professor como ser integral que pensa, sente, age e reage, ampliando a sua consciência, introduzindo metodologias que exercitem o hemisfério cerebral esquerdo no desenvolvimento dos potenciais cognitivos e o hemisfério cerebral direito, desafio dos novos tempos, no desenvolvimento da intuição, dos sentimentos, das emoções, através de jogos, teatro, música, dança, poesia, histórias, brincadeiras, vivências, trabalhos corporais e relaxamento. Com esse trabalho educativo o clima da escola se transforma, permitindo o equilíbrio nas relações, a integração, a alegria, o dinamismo, a cooperação, a criatividade e a espontaneidade. Este trabalho objetivou discutir uma proposta metodológica reflexiva acerca da qualidade dos pensamentos como fonte de criação e significação dos sentimentos na construção de uma identidade profissional que conjugue com o desenvolvimento do aluno. O procedimento metodológico consistiu no levantamento das necessidades do grupo, seleção e aplicação de atividades, observação, descrição dos fatos, avaliação da atividade e análise dos resultados. A metodologia de pesquisa foi estudo de caso com dois grupos de controle. Os resultados mostraram que o grupo de professores que desejou mudança, teve uma maior conscientização de sua identidade profissional, assim o processo de AÇÃO-REFLEXÃO-NOVA AÇÃO proporcionou maior número de educadores motivados e autônomos permitindo assim transformações relevantes. Concluímos que o trabalho vivenciado nas formações proporcionou aos professores maior segurança, comprometimento, tomada consciente de decisão, escuta, disponibilidade de diálogo e querer bem aos educandos. Consequentemente um maior número de alunos letrados. Palavras-Chave: Educação Holística. Formação de Professores. Reflexão da

Prática Pedagógica. Pedagogia do Ser.

A escola e a educação inclusiva: mudanças necessárias para a atenção às diferenças

SELENE PENAFORTE SILVEIRA ROCHA

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Esse trabalho apresenta elementos de uma pesquisa desenvolvida em uma escola da rede pública municipal de ensino da cidade de Fortaleza-Ce. Teve como objetivos construir e desenvolver, em parceria com a escola, práticas de gestão e de ensino favorecedoras da inclusão escolar a partir de estratégias de acompanhamento visando a transformação de atitudes e de práticas numa perspectiva de atenção às diferenças. A pesquisa foi embasada na metodologia colaborativa onde a ideia central é mobilizar diferentes expertises para construir um saber que não seria o mesmo se tivesse sido concebido somente por pesquisadores ou pelos atores do metier em questão (Morin, 2004). Foi desenvolvida por um grupo de pesquisadores do Projeto Gestão da Aprendizagem na Diversidade- UFC, e pelos professores e núcleo gestor da escola em foco. A pesquisa contou com três grandes eixos: gestão e organização da escola para a diversidade, práticas pedagógicas e a gestão da sala de aula. A partir das intervenções desenvolvidas, o primeiro nível de

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mudança ocorrida na escola foi referente a mudança organizacional e estrutural, incluindo tanto uma gestão mais acolhedora do ponto de vista relacional como uma gestão mais envolvida com as questões pedagógicas e administrativas. Outro aspecto relevante observado foi à estruturação dos espaços físicos, o investimento em recursos materiais e profissionais. O comprometimento da equipe da gestão com a atenção às crianças contribuiu para disseminação de um clima favorável em relação ao acolhimento dos alunos. Percebemos mudanças no olhar de todos (professores, funcionários, técnicos e gestão) em relação às crianças com deficiência e a implicação especialmente da equipe da direção não somente na busca de melhoria nos aspectos administrativos, mas, sobretudo, no acompanhamento pedagógico dessas crianças e dos professores. Destacamos ainda o quanto a reflexão, o pensamento retroativo e o olhar sobre a prática se desenvolveram. A educação inclusiva passou a interessar, a preocupar e a fazer parte de todo o contexto da escola. Os profissionais ficavam em busca de orientações específicas sobre o tema, materiais didáticos e de sugestões que os ajudassem a modificar suas práticas. Essas modificações têm relação não somente com a educação inclusiva, mas condiziam com necessidades de mudanças na educação de forma geral. Podemos dizer que a discussão sobre inclusão impulsionou os profissionais da escola a pensar em mudanças mais amplas nas suas práticas cotidianas. Essa experiência mostra que o mais importante, num contexto de mudança na escola é o acompanhamento de perto, e a criação de condições de atendimento as demandas dos professores e dos alunos. Revela também o necessário engajamento do poder público para garantir essas condições de

acompanhamento profissional, técnico e especializado, enquanto condição de permanência, de evolução e de bem-estar dessas crianças que são ditas diferentes.

A formação do arte-educador para o ensino de dança na escola

PAULA RAQUEL COSTA VIEIRA DE SOUZA & ALEXANDRE SANTIAGO DA COSTA

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Esta pesquisa tem por objetivo analisar a dança e sua relação com a arte-educação. Os profissionais da área da dança, não estão alheios às preocupações e anseios que regem o ensino da dança nas escolas e, justamente por isso, alguns de nossos questionamentos norteadores para este trabalho estão pautados nos limites dos professores de arte-educação e de educação física, ou seja, estão relacionados à investigação de até onde estes professores podem e devem ir ao ensinar a dança. Como a educação física pode abordar a dança de maneira sistematizada? Quais são os objetivos a serem alcançados durante as aulas de dança ministradas por professores de arte-educação? Quais os conhecimentos mínimos sobre a dança que um professor de arte-educação deve ter para ministrar aulas de dança na escola? Muitas divergências ainda transitam em nossa área, e uma delas refere-se ao conhecimento tratado pelo professor de arte-educação. Busquei, através desse estudo, realizar uma ponte entre teoria e prática, minimizando a distância entre preparação e atuação profissional, muitas vezes esquecida nos meios acadêmicos relativo à dança e educação..Em geral, na formação profissional

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em arte-educação, acontece uma divisão entre teoria e prática, acarretando consequências, atualmente consideradas equivocadas por grande parte dos profissionais. Acredito ser necessário que a preparação profissional de arte-educação vincule teoria e prática não só como conceitos, mas fundamentalmente na melhor caracterização dos fenômenos reais do cotidiano profissional. Não basta apenas dançar é necessário também conhecer a teoria da dança, sua história para melhor se situar no contexto. No ambiente escolar, acredito que esses padrões podem ser secundarizados, sendo necessário que os educandos explorem as possibilidades rítmicas e expressivas em questão para posteriormente apreenderem sobre os significa dos códigos de uma determinada dança. Se compreendermos que a dança é uma manifestação da cultura corporal, sendo assim ligada à educação institucionalizada; consequentemente, então, entenderemos que aquilo de que o professor de arte-educação necessita para trabalhar com a dança está associado aos conhecimentos para toda a prática pedagógica.

A formação em serviço de professores e coordenadores: uma forma de vivenciar a cadeia criativa

DANIELA MIRANDA DA COSTA MACAMBIRA

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Stefânia Sales da Silva

O presente trabalho busca uma forma de vivenciar a Cadeia Criativa, que segundo Liberalli, 2006, implica parceiros em uma atividade, produzindo significados compartilhados que, posteriormente, farão parte dos sentidos que alguns dos envolvidos compartilharão com outros, cujos sentidos foram produzidos em contextos diferentes daquela atividade primeira, a partir da formação em serviço, voltada para a construção e apropriação dos processos de leitura e escrita, relacionados à concepção de alfabetização e letramento de acordo com Kleiman, 2001. A experiência aqui relatada refere-se a um projeto de formação contínua de professores e coordenadores de escolas públicas que vem se desenvolvendo ao longo dos anos de 2008, 2009 e 2010 em 101, 98 e 110 municípios cearenses respectivamente, que atuam no 2º ano do Ensino Fundamental, atendidos pelo Programa Alfabetização na Idade Certa- PAIC, do Governo do Estado do Ceará. Os objetivos dessa formação buscam construir saberes relacionados aos processos de leitura e escrita pelos docentes, bem como articular o uso de materiais didáticos e apropriação do código escrito e letramento pelas crianças. Essa experiência busca estabelecer os encontros formativos como espaços para o desenvolvimento da Cadeia Criativa. Dentro desse contexto, acreditamos ser possível pensar e articular esse espaço como um processo, interligando os sujeitos, os macro- objetivos que marcam a intencionalidade do projeto inicial e os novos objetivos que se fazem presentes a partir das necessidades e reflexões nos momentos de formação que ocorrem nos vários municípios. Os novos saberes construídos e compartilhados, a partir do grupo de origem, criarão novos sentidos e significados nas diferentes escolas nas quais o projeto se aplica. Essa análise vem sendo construída a partir de vários instrumentais como: avaliações e depoimentos dos atores envolvidos no projeto, tanto dos que assumem o papel de mediadores como

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dos que estão sendo mediados, bem como avaliações externas de larga escala realizadas com os alunos que estão inseridos nas turmas de 2º ano. Os resultados das avaliações de larga escala vêm mostrando um crescimento no nível de aprendizagem dos alunos, nas competências e habilidades iniciais voltadas para a leitura e a escrita referentes à etapa de aquisição do código escrito e aquisição do letramento. Concluímos que os encontros de formação como espaços formativos para o desenvolvimento da Cadeia Criativa, tem contribuindo para a criação de novos saberes, sentidos e significados na vivência da prática docente dos sujeitos envolvidos.

A fotografia como coadjuvante no processo de letramento

KATY ARAÚJO E SILVA

[email protected]

Ana Claudia Mendonça Pinheiro

A fotografia é um recurso de linguagem e expressão. Através dela obtêm-se registros fidedignos de situações e momentos reais ou imaginários, criativos. O uso da linguagem fotográfica em educação abre possibilidades para a reflexão, favorecendo a compreensão. Tendo em vista que a compreensão é um dos elementos essenciais da alfabetização aliado a outros fundamentos, surgiu, no ano de 2008, em uma escola particular de Fortaleza, o Projeto Fotografia, vivenciado por uma turma de primeiro ano do Ensino Fundamental, visando fortalecer e enriquecer a prática pedagógica no contexto de alfabetização com letramento. O objetivo desse estudo foi discutir o desenvolvimento da linguagem com vistas à criatividade utilizando da fotografia no processo de letramento de alunos do ensino fundamental. Segundo Lima (2000), a criatividade resulta da combinação de elementos que antes estavam separados. Entendendo esses elementos como leitura, escrita, matemática, história, geografia, ciências e tecnologia, o tema de cunho artístico serviria como conector de saberes. Mas, de que maneira transformar tudo isso em algo que despertasse o interesse e fosse significativo para o público infantil? O procedimento metodológico consistiu em uma pesquisa bibliográfica, seleção do conteúdo, construção e aplicação de uma atividade experimental com o uso da fotografia, e análise da produção dos alunos. Dentro de uma perspectiva piagetiana, a faixa etária encaixava-se no estágio intuitivo que apresenta níveis de linguagem, organização, socialização e representação específicos, oferecendo subsídios para traçar um planejamento articulado com a prática desejada. Os resultados mostraram que houve um acréscimo significativo no conhecimento de mundo dos alunos aliado à utilização da linguagem escrita como ferramenta prática de uso social real, explicitados de forma criativa em diversas linguagens. Concluímos que o uso de linguagens artísticas no processo de letramento favorece o interesse e a curiosidade dos alunos, gerando um ambiente pedagógico adequado às diversas aprendizagens e inserção criativa do educando ao universo letrado.

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A importância da utilização de dinâmica de grupo na formação do educador

ERIKA BATAGLIA DA COSTA [email protected]

Segundo Aristóteles, o homem é zoon politikon, ou seja, um animal político. Tal característica reforça a importância da convivência em grupo para a formação do homem enquanto tal. Desde os primeiros agrupamentos humanos a necessidade de viver em grupo fez com que os homens buscassem maneiras e métodos para uma boa coexistência. Pode-se definir um grupo a partir de algumas características fundamentais, como a integração de indivíduos em torno de um interesse comum, respeitando o todo como maior que as partes, mas mantendo-se a identidade de forma que as pessoas possam manter sua individualidade sem transformarem-se em uma massa indiscriminada. Outra característica fundamental é a interação afetiva entre os membros e o vínculo que se forma entre os seus integrantes. Platão defende que uma pessoa só pode ser feliz se viver em um grupo de pessoas felizes, colocando o paradoxo da individualidade frente à comunidade como problema central da pólisgrega na época clássica. Diante do exposto, levanta-se uma questão: como utilizar a associação em grupos, algo que é cultural e fundamental para o ser humano, para ajudá-lo em seu processo de aprendizagem? É possível para os indivíduos aproveitar esta tendência quase natural de associação para desenvolver aptidões, aprimorar conceitos, refletir sobre ações e explorar sentimentos? Segundo Paulo Freire, é no grupo que o homem se torna aquilo que é, segundo ele no silêncio não há aprendizado, somente com a palavra, com a ação e com a reflexão é possível aprender. Uma maneira de aproveitar o potencial que um grupo tem para, entre outros, o aprendizado, são as dinâmicas de grupo. A primeira vez que a expressão dinâmica de grupo apareceu foi em 1944, em um artigo publicado pelo psicólogo Kurt Lewin sobre Psicologia social. Dinâmica originou-se da palavra grega dynamis, que significa força, energia, ação. Lewin pretendia utilizar a energia de cada indivíduo no grupo para ensinar/aprender, substituindo o método tradicional de transmissão sistemática de conhecimentos. Cabe a todo indivíduo se empenhar na convivência em grupo para que esta seja a melhor possível, e aproveitar tal vivência quase natural para desenvolver habilidades e competências sociais, culturais e cognitivas, entre outras. Para professor essa importância é ainda maior, visto que ele será o responsável pelo aprimoramento de conteúdos e práticas junto aos seus alunos ao longo da vida acadêmica destes. Conhecer as teorias que embasaram as dinâmicas de grupos e quais as melhores práticas a serem adotadas a partir das teorias é fundamental para uma boa conclusão dos objetivos propostos. O presente trabalho partiu destas convicções para montar um grupo que atuou por 12 horas, orientados por uma psicopedagoga, com o objetivo de conseguir melhoria no relacionamento do grupo e, consequentemente, de seu aprendizado.

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A influência da prática pedagógica para a permanência na escola de adolescentes com provação de liberdade

MIRIAN ABREU ALENCAR NUNES

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O presente texto é um recorte da pesquisa em construção intitulada ―a influência da prática pedagógica para a permanência na escola de adolescentes com privação de liberdade, vinculada ao Programa de Pós-Graduação Mestrado em educação da Universidade Federal do Piauí. O objetivo central é analisar colaborativamente a prática pedagógica do professor que atua com adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa com privação de liberdade. Para tanto, adotamos a Pesquisa Colaborativa, enquanto modalidade de pesquisa em que os partícipes trabalham conjuntamente e se apoiam mutuamente, visando atingir objetivos comuns negociados pelo coletivo do grupo, havendo liderança compartilhada e corresponsabilidade pela condução das ações. Como fundamentação apoiamo-nos em DESGAGNÉ, (1997), IBIAPINA, (2007/2008), FERREIRA, (2006), IBIAPINA;FERREIRA (2003), bem como na abordagem sócio-histórica proposta por Vygotsky (1996/2001) por compreendermos que os sujeitos que fazem parte do objeto investigado não são estáticos, mas, estão em constante interação com outros em contextos culturais determinados e historicamente dependentes. Como resultado, esperamos que a prática pedagógica exercida no contexto das medidas socioeducativas tenha como base a concepção de educação como práxis transformadora e crítica. Palavras-chave:Prática Pedagógica. Medida Socioeducativa. Pesquisa Colaborativa.

A interação entre o poder público e os futuros eleitores, um olhar mais nítido sobre o real significado da ação política

JEAN CLEYTON MATIAS MORAIS

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Bruno Freire Fernando Souza Jaíra Gonçalves

Leonardo Nóbrega

A exposição a seguir objetiva apresentar uma experiência com alunos, professores, familiares e parlamentares através de um projeto que contemplou entrevistas, relatórios, exposições e culminou em um momento de integração envolvendo a comunidade escolar e o legislativo. O trabalho executado pelos docentes e discentes teve como objetivo maior promover uma pesquisa sobre a ação dos parlamentares no âmbito da assembleia legislativa e a câmara dos vereadores, para que, com esta atividade, a consciência política dos educandos fosse despertada e ampliada. Outro objetivo dessa ação foi estreitar a relação entre a sociedade e o poder legislativo. Os alunos foram organizados

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em grupos os quais, por meio de sorteio do partido político, pesquisaram sobre a ação política de um deputado ou vereador. Para tal ação os alunos foram à Assembleia Legislativa e entrevistaram os parlamentares. Na ocasião, os convidaram para um debate, previamente agendado e organizado pela escola. O encontro contou com a presença de cerca de 10 parlamentares, dos alunos do 9º ano do Colégio 7 de Setembro, de seus familiares, dos professores e do coordenador de Geografia, dos supervisores e da direção da escola. Os parlamentares foram entrevistados pelos alunos e compartilharam com eles seus projetos e ações e também responderam a diversos questionamentos levantados pelos alunos, pelos pais e por eles próprios. As perguntas da entrevista foram previamente selecionadas, porém, algumas foram surgindo no próprio momento, com base no discurso dos parlamentares. Essa atividade permitiu uma experiência ímpar de interação entre alunos, famílias e a comunidade escolar, pois todos puderam expor suas dúvidas, questionamentos e opiniões. Oportunizou também aos nossos alunos um olhar mais nítido sobre o real significado da ação política, possibilitando o protagonismo juvenil e aproximando o poder público dos futuros eleitores, que, desejamos, vivenciarão a construção de uma cidadania ativa, reflexiva e ética.

A internalização da atividade de teatro como instrumento na atividade de aprendizagem

DIONEIA MENIN OLIVEIRA

[email protected]

Esta pesquisa tem como objetivo investigar as aulas de teatro em uma escola particular, dentro da perspectiva da teoria sócio-histórico-cultural, desenvolvida por Vygotsky (1987), como um espaço de criação colaborativa de significados. O estudo procurará entender de que forma os professores, por meio das aulas cênicas, proporcionam atividades que criem a ZPD (zona de desenvolvimento proximal), ou seja, como estas aulas podem ajudar efetivamente no processo de ensino-aprendizagem das diversas áreas. Partindo do princípio da linguagem teatral como a linguagem humana no seu cotidiano (Boal, 2005), da Cadeia Criativa, da Teoria da Atividade (Vygotsky, Leontiev, Engeströn, 1934), da construção de sentido e significado por meio dos processos provocados pela ZPD (Holzman, 1994) e, com ênfase no papel da linguagem como resultado do dialogismo e do discurso em sala de aula (Rojo,1996;1999), o foco recai sobre os instrumentos de trabalho relevantes dentro da instituição para co-construir ações pedagógicas importantes para este grupo de alunos. A coleta de dados será realizada por meio de observações e gravações das aulas de teatro e da inserção de momentos de reflexão com o professor. Trata-se de uma pesquisa reflexiva de cunho colaborativo (Magalhães; Liberali - 2005) na qual, como participante no papel de coordenadora, assessora de música e pesquisadora observarei, analisarei, refletirei e discutirei, para compreender como a atividade colaborativa pode transformar a prática educativa. Palavras chaves: teatro, cadeia criativa, mediação e argumentação.

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A monitoria como mediadora de aprendizagem do aluno surdo na educação a distância

WILLER CYSNE PRADO E VASCONCELOS

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Com a evolução e expansão tecnológicas de produtos e serviços na sociedade contemporânea, a educação também se modifica para acompanhar tais inovações. Uma dessas mudanças é o uso de ambientes virtuais como ferramenta no processo de ensino e aprendizagem virtual. Esse resumo tem o objetivo de apresentar o trabalho da monitoria como mediação na Disciplina de Aquisição da Linguagem do Curso de Letras/Libras (Língua Brasileira de Sinais), acompanhada no Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem (AVEA), de comunicação com os alunos através das ferramentas de Fóruns e chats durante o período de 29 de Março a 30 de Junho de 2010. Constatou-se que houve poucos acessos ao AVEA, somente para esclarecimentos de dúvidas das atividades propostas pelo professor da disciplina. Ressalte-se que alguns alunos, com a proximidade das avaliações, interagiram com o monitor para aprofundamento do conteúdo. Além disso, a pouca participação dos alunos surdos f oi identificada, talvez por apresentarem dificuldades na leitura e escrita da língua portuguesa, pois a usam como uma segunda língua. Na realidade, sendo usuários da Libras, os alunos surdos utilizam-na como primeira língua para efetivar suas interações e mediação possível como o uso de vídeos em sinais a fim de obter uma maior frequência nos Fóruns e chats. Como resultado dessa prática, a monitoria contribuiu na conclusão de relatórios de frequência e participação dos alunos que foram entregues ao tutor da disciplina, pois estes serviram de instrumentos no Relatório de Avaliação de Ensino (RAE) e uma experiência docente a distancia com o uso das ferramentas virtuais para a realização das atividades da disciplina em questão e o aprofundamento dos seus conteúdos.

A oralidade trabalhada e vivenciada no contexto escolar das crianças de dois a três anos de idade e sua significação social

ANA ERICA CAMILO MORAIS & REBECA YASMIN SOUSA DE OLIVEIRA

[email protected] / [email protected]

Regina Gláucia Silva Mendes Monique Melo Reinaldo

O nosso interesse em compreender melhor as práticas escolares envolvendo o trabalho com a oralidade de crianças de dois e três anos partiu da experiência de trabalhar com essa faixa etária e de perceber como as crianças nessa etapa de desenvolvimento usam a oralidade e como estabelecem comunicação com o outro. Dessa forma, apresentamos uma concepção de linguagem embasada na perspectiva histórico-cultural, cujo principal representante foi L. S. Vygotsky, ressaltando a formação da linguagem para a consciência humana. Assim, a linguagem é considerada como algo que tem vida, que é constituída socialmente, contrariando toda e qualquer posição que a concebe como um produto estanque. ―A estrutura da língua que uma pessoa fala influencia a

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maneira com que esta pessoa percebe o universo‖ (Vygotsky, 2001). A partir dessa afirmação, fundamenta-se a importância da apropriação da linguagem oral no favorecimento da ampliação dos recursos linguísticos que um indivíduo pode utilizar. Diante dessa percepção, nossa comunicação tem por objetivo destacar as vivências escolares que privilegiam o desenvolvimento da oralidade das crianças na faixa etária de dois a três anos de idade, assim como as performances de sala que ajudam a dar significado a esse aprendizado. Com esse trabalho, apresentamos as principais intervenções e propostas de atividades que fazem com que a criança a partir da holófrase, desenvolva gradativamente sua capacidade de interação por meio da fala de acordo com a diversidade de situações que compõem seu dia-a-dia e em todos os ambientes sociais que a mesma participa, fazendo com que ela perceba e signifique as diferentes formas de comunicação que pode estabelecer, utilizando desde os gêneros primários e fundamentando assim, sua construção e conhecimento sobre os gêneros secundários. Pretendemos também analisar a prática desenvolvida, as mediações realizadas e refletirmos sobre os aspectos que ainda não favorecem ao desenvolvimento da oralidade nessa faixa etária.

A prática pedagógica de professores que atuam com adolescentes em cumprimento de medida sócioeducativa: necessidades formativas de desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem

LYCYANNE KARINE DE ALMEIDA LIRA E SILVA [email protected]

Ivana Maria Lopes de Melo Ibiapina

A pesquisa tem como finalidade verificar quais são as necessidades formativas de professores que atuam com adolescentes em cumprimento de medida sócioeducativa no que se refere ao desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem. Este estudo se fundamenta nos princípios da atividade socio-histórica-cultural com base em Vigotski (1993, 2000, 2001, 20003) e Leontiev (1978), sendo realizado de acordo com os propósitos do PIBIC/CNPQ e do grupo de pesquisa FORMAR da UFPI. Os dados serão coletados por meio de sessões e entrevistas reflexivas e analisados com base em Bakhtin (2000,2002. Este projeto ainda encontra-se em fase de Revisão literária. Pretendemos constatar de que forma os sentidos e os significados produzidos na escola contribuem para a constituição da cidadania.

A produção crítica argumentativa no espaço da sala de aula

TERESA DANGELO SANTOS [email protected]

Trata-se de uma pesquisa crítica de colaboração (PCcol, Magalhães, 2002, 2004 e 2007), cujo foco é intervir na prática da sala de aula, observar a produção argumentativa de alunos e professores e as interações que se estabelecem entre eles por meio das práticas dialógicas. O contexto escolar a

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ser analisado é um colégio particular, que conta com 2550 alunos (desde a Educação Infantil até o Ensino Médio), situado na Zona Oeste da cidade de São Paulo. Os dados serão coletados em gravações de áudio e vídeo de algumas aulas e também, dos encontros das professoras com a pesquisadora e transcritos para análise. A análise de corpus será feita com categorias propostas por Bronckart (1999) Perelman (2003), Pontecorvo (2005), Orsolini (2005) e Charadeau (2008). Os resultados pretendem evidenciar a importância do desenvolvimento de referenciais para capacidades da linguagem argumentativa dos alunos em suas atividades acadêmicas e sociais e contribuir na formação da prática dos professores de Filosofia para crianças. Palavras-chave: Filosofia, argumentação, linguagem, significados compartilhados.

A psicomotricidade relacional e a escola

FERNANDO ANTONIO FONTENELE LEÃO [email protected]

O presente trabalho tem como objetivo problematizar a escola que, diante de turbulenta crise generalizada, ainda tenta avidamente buscar e propor um modelo de sujeito, mantém postura professoral ao ensinar conceitos, enfatiza os aspectos intelectuais do indivíduo, perpetua a referência do adulto como único modelo a ser seguido, adota exames de avaliação que permitirá ou não que o aluno siga em seu curso normal; ao mesmo tempo, propor um olhar mais detido na proposta da Psicomotricidade Relacional, criada por André Lapierre. Segundo o autor não são as reformas de conteúdo, de programas, de métodos ou de estruturas que mudarão essa realidade. É nos exigido, em caráter de emergência, uma profunda mudança de percepção e de pensamento e que, a respeito disso comenta Capra, uma mudança de paradigma tão radical como o foi a revolução copernicana. A Psicomotricidade Relacional, ciência que pensa o movimento humano de forma organizada e integrada, em função das experiências vividas pelo sujeito cuja ação é resultante de sua individualidade, sua linguagem e sua socialização, pode nos trazer insights para repensarmos a educação, em termos de uma prática que confia e aceita o ser humano incondicionalmente, e que não privilegia ―a cabeça‖ da criança, ou seja, o intelecto, mas que propicia uma compreensão mais integrada do conhecimento no sentido de articular a percepção, a emoção, a imaginação, a sensibilidade e a reflexão. Essa é, pois, a proposta lançada pela Psicomotricidade Relacional. Cabe-nos avaliá-la em sua visão de mundo, em seu intento de favorecer uma personalidade sadia, uma autonomia a esse novo ser, uma maior integração entre os aspectos de vida orgânica, emocional e mental, e, por isso mesmo, uma maior aptidão para enfrentar os desafios e os obstáculos de modo efetivo. Cabe-nos assumir essa postura ativa diante de uma realidade que evoca – ou pelo menos, sugere – uma revolução silenciosa no ambiente educacional.

A reconstrução das ideias sociais do século XIX e seus reflexos no século XXI

MARCIO DE SOUSA GURGEL

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André Vinícius Bezerra Magalhães Bruno Calíope Gurgel do Amaral

Egliberto da Silva Moura Otenberg Nogueira de Sousa

A comunicação a seguir, visa apresentar a relevância da consciência histórico-social com base no estudo das diversas ideologias que nortearam o mundo europeu do século XIX, e que se espalharam por todo o planeta na busca por novas alternativas ao processo selvagem, cruel e desumano de exploração capitalista. O trabalho consistiu em uma divisão democrática das turmas de 8º ano do colégio 7 de Setembro (Fortaleza-Ceará), em quatro equipes, uma vez que a construção de todo o trabalho requeria um número considerado de participantes em função da divisão do trabalho em três etapas. Cada equipe, através de sorteio organizado pelo próprio professor, ficou responsável por uma das seguintes ideologias: socialismo científico, socialismo utópico, anarquismo e positivismo. Em sua primeira etapa o trabalho constou da apresentação de uma argumentação escrita, na qual, de maneira crítica, foi relatada a importância de cada ideologia. Na segunda etapa, foi produzido um vídeo retratando a visão dos pensadores que criaram a referida doutrina. A etapa final consistiu da apresentação do trabalho. Foi possível observar que através das pesquisas os alunos perceberam que a realidade política, econômica e social na qual as sociedades vivem, podem ser alteradas, tendo, para isso, a organização de ideias inovadoras e revolucionárias. Na culminância do projeto, aqueles alunos que possuem um espírito político mais acentuado apresentaram algumas propostas de alteração do sistema capitalista; algumas radicais e outras de humanização do próprio sistema. Assim, foi possível tornar acessível para alunos de 8º ano um assunto complexo, que envolve visões filosóficas e sociológicas de grande aprofundamento intelectual, uma vez que nos utilizamos de formas mais democráticas de discussão, promovendo a compreensão de que a organização de grandes lutas sociais com base nessas ideologias desenvolvidas ao longo do século XIX, culminou nas conquistas sociais da realidade atual.

A sala de aula como atividade social: um modo de observação e um propulsor da sessão reflexiva

MARIA REGINA DOS PASSOS PEREIRA

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Cristiane Carolino Saraiva

O presente trabalho tem a intenção de apresentar mais uma possibilidade de observação de aula e sessão reflexiva, tomando por base a Teoria da Atividade (Vygotsky/Leontiev) e a Atividade Social (Engeström/Davydov). A formação contínua de professores em serviço tem sido um grande desafio para os gestores, pois se consegue enxergar os vários equívocos na prática docente, mas não garantir as mudanças necessárias em sala de aula. É imprescindível que o professor reflita sobre suas ações cotidianas, para tal, precisa do apoio

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de seu gestor, que necessita fazê-lo caminhar no sentido oposto ao da alienação, suscitando-o a uma reflexão crítica (Liberali 2008). A experiência aqui relatada refere-se ao acompanhamento de professores do Ensino Fundamental, de uma grande escola particular, em Fortaleza – CE. Analisando a sala de aula como uma atividade social e identificando cada um dos seus componentes, foi possível pensá-la, tomando por base cada elemento da atividade social: os sujeitos, os instrumentos, o objeto, as regras, a comunidade, e a divisão do trabalho. Assim, a partir das observações o professor tem a oportunidade de se ver em sua prática e analisar em quais elementos da sua aula há necessidade de intervenções. Na experiência de tutoria com uma professora de Língua Portuguesa do 7º ano, foi possível acompanhar a evolução de sua prática em sala de aula, uma vez que fazendo uso do triângulo proposto por Engeström (2002), tornou-se claro em quais aspectos havia necessidade de uma reformulação. Percebeu-se que o uso e apropriação pelo professor de bons instrumentos, potencializam a mediação, possibilitando uma aproximação entre o objeto idealizado (plano da aula) e o objeto realizado ( aula dada), promovendo a ―desalienação‖ do professor. Nas sessões reflexivas que ocorreram com a referida professora, após as novas filmagens, foi possível observar o seu desenvolvimento, uma vez que, a cada sessão reflexiva, ficava mais claro em quais pontos da atividade social ―aula‖ havia necessidade de reformulações. Essa experiência não só reorientou o trabalho da professora, como também contribuiu para redimensionar a ação reflexiva da gestora, contribuindo para a reorganização de novas situações formadoras coerentes com o referencial teórico em questão. Palavras - Chave: Formação docente. Atividade Social. Reflexão Crítica.

A visita ao Museu do Ceará como resgate histórico-cultural do povo cearense

PÉROLA LIMA DA COSTA

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Elizabeth Maia Cardoso

O aluno, quando assume o papel de sujeito social e ativo no processo de ensino aprendizagem, desenvolve de forma significativa suas competências e torna-se agente transformador de sua realidade. Partindo deste pressuposto, propomos através da Teoria da Atividade (Leontiev: 1977 ; Engeström :1999) ações didáticas que promovam essa transformação cognitiva, social e cultural em nosso cotidiano escolar. Em nosso trabalho, apresentaremos um exemplo de atividade social realizada com alunos do 4º ano denominada ―Visitando o Museu do Ceará‖ que tinha como produto final a elaboração de um catálogo e a Elaboração de um catálogo histórico cultural sobre o Museu do Ceará e organização da campanha: Vá ao museu! O objetivo geral do projeto é desenvolver ações que promovam uma maior autonomia aos educandos, a fim de que possam portar-se adequadamente em visitas a museus, valorizando os objetos de memória cultural, social e material da sua região. Em termos disciplinares o projeto compreende objetivos específicos nas áreas de história, geografia, português, ciências e matemática, além das transformações atitudinais expressas no objetivo geral. Foram trabalhados os gêneros folder,

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convite e catálogo de forma mais aprofundada, assim como as capacidades orais relacionadas à visitação ao museu e realização da campanha.

Ações reflexivas críticas e colaborativas na produção de entendimentos sobre o processo ensino-aprendizagem: diálogos entre pesquisadores e professores

IVANA MARIA LOPES DE MELO IBIAPINA [email protected]

Nesta comunicação, apresentamos possibilidades de reflexão crítica para que o agir do professor no processo ensino-aprendizagem seja colaborativo. A reflexividade crítica foi realizada em sessões reflexivas nas quais participam docentes que discutem a respeito da prática pedagógica apresentada por meio de relatos de episódios de ensino de professores que atua nos anos iniciais da educação básica. As ações práticas e teóricas são realizadas no âmbito do projeto PROCAD e denotam que é possível refletir criticamente com base no uso de instrumentos que produzam entendimentos compartilhados quando se utiliza a linguagem crítica e colaborativa em contextos de pesquisa articulados aos de ensino-aprendizagem. O aporte teórico que embasa a análise está ancorado na Teoria da Atividade Sócio-Histórico-Cultural (TASHC) e o aporte metodológico foi produzido com base nos princípios da Pesquisa Crítica de Colaboração (PCCol). A discussão das ideias f oca as possibilidades que o processo de reflexão crítica e colaborativa produz para o entendimento e a transformação do processo de ensino e de aprendizagem e para a formação de professores que atuam na educação básica. As ações realizadas no âmbito desta pesquisa demonstram que é possível ocorrer transformação das práticas pedagógicas dos professores quando se organiza intencionalmente contextos de formação contínua em que o agir reflexivo e colaborativo coadunam os objetivos de pesquisadores com os objetivos de professores. Ao longo do texto, salientamos a importância do compartilhamento de significados e do engajamento de professores e pesquisadores no processo de produção de entendimento das práticas pedagógicas, bem como das possibilidades de transformação do processo ensino-aprendizagem em contexto mais igualitário e democrático que contribui para formar cidadãos críticos e criativos no contexto escolar. Palavras-Chave: Prática pedagógica. Reflexividade Crítica. Colaboração. Formação contínua.

Ações reflexivas e críticas em contextos colaborativos: caracterização das práticas pedagógicas de professores que formam para a cidadania

MICHELANDE CARDOSO MADEIRA [email protected]

Ivana Maria Lopes de Melo Ibiapina

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Ações reflexivas e críticas em contextos colaborativos: caracterização de práticas pedagógicas que formam para a cidadania. A pesquisa ―Ações reflexivas e críticas em contextos colaborativos: caracterização de práticas pedagógicas de professores que formam para a cidadania‖ tem como objetivo caracterizar essas práticas, com base em teóricos como Demo (1995, 2002), Ibiapina (2008), Imbernón (2010), Morim (2001), Pimenta (2002), Liberali (2004), com os quais esta pesquisa dialoga permanentemente. Trata-se de uma pesquisa colaborativa fundamenta na abordagem sócio-histórica, como pressupõe Magalhães (2004), e terá os dados construídos a partir de sessões reflexivas. Este projeto realiza-se de acordo com os princípios do grupo de pesquisa FORMA/UFPI, e encontra-se, atualmente, em fase de revisão bibliográfica. A caracterização das práticas será realizada com base em ações reflexivas e críticas. Para a sistematização dos resultados, consideraremos a base teórica, buscando, a partir das vozes dos partícipes, descrever, analisar e estabelecer relações entre a teoria, as falas, e as práticas. Com a pesquisa, buscamos implementar discussões em torno das práticas de professores que formam para a cidadania. Palavras-chave: Ações-reflexivas. Prática-pedagógica. Cidadania.

Acolhimento, práticas de formação, reinserção e cidadania: um combate à vulnerabilidade social

ARIONEIDE DOURADO NUNES PEREIRA [email protected]

As educandas pesquisadas foram recolhidas nas ruas de Salvador e encaminhadas à Casa de Acolhimento para Meninas Oxum, Fundação Cidade Mãe, pelo Conselho Tutelar ou Ministério Publico, cuja exclusão da família ocorreu pela violência intra-familiar, com abuso sexual, físico e moral, negligência, exploração através do trabalho infantil e/ou tráfico de drogas. A educação é importante fator de inclusão e sociabilidade, por oportunizar aprendizagem, através de praticas de formação, conduzindo a educanda à integração de realidades, objetivas e subjetivas, para construção do seu projeto de vida e reinvenção de si própria. Portanto, reinserir essas excluídas é a principal função do corpo técnico dessa Casa de Acolhimento, dentre eles o educador social, que trabalha conjuntamente na minimização ou equação dos problemas apresentados pela família, para retorno dessas meninas ao lar ou, na hipótese do insucesso, inseri-las nas Casas Abrigo. Esta pesquisa analisa a função do educador social, frente à educação, na reinserção de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, realizado nessa Casa de Acolhimento, lugar de aprendizagem. Apresenta as seguintes questões: Como ocorre a atuação do educador social, neste lugar de aprendizagem? Qual a relação de reciprocidade entre educador e educanda? Qual o perfil desta quanto às suas especificidades na relação com família, escola, violência, drogas e vivências nas ruas? Qual a abrangência das políticas públicas referentes ao tema? O método dialético foi utilizado neste trabalho, por ser o mais adequado para compreensão dos conflitos e contradições vivenciados nesta temática e nas práticas de formação. A coleta de dados foi realizada com

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pesquisa documental, em registros da Fundação, bibliográfica, em teses, dissertação e livros, para investigação do papel do educador social na

reinserção dessas meninas, e políticas públicas, assim como, questionários e entrevistas aos educadores, educandas e Instituição acolhedora. Concluímos que o educador social, desta Instituição, tem desenvolvido ações, visando reinserir as acolhidas, através de intervenções e práticas de formação, realizadas diariamente: Espaço Palavra, momento de ouvir essas meninas, seus problemas com colegas, família, escola, violência, droga, sua auto-biografia; Programa Leitura e Encantamento, contação de estórias, leitura de contos, poesia, parlenda; Ler e Saber, trabalha oralidade e escrita, preparando a educanda para o retorno à escola; Fazendo Arte, oficinas artísticas, dentre outros. Estas atividades têm propiciado sociabilidade e corroboram elevação da auto-estima. É premente o efeito multiplicador dessas e outras ações desenvolvidas, para garantia de vida com dignidade, respeito, cidadania, autonomia para essas crianças e adolescentes. Palavras-chaves. Vulnerabilidade social. Cidadania. Reinserção.

All Stars Múltiplos Mundos Show: performance na colaboração

e criatividade

MAURÍCIO CANUTO & MONICA F. LEMOS [email protected] /[email protected]

Este trabalho apresenta e discute O All Stars/Múltiplos Mundos Show, atividade iniciada no II SIAC (Simpósio Acão Cidadã), tem como base dois projetos: o All Stars Talent Show e Múltiplos Mundos. O primeiro foi criado e organizado pela ONG All Stars Project de Nova York como uma atividade de desenvolvimento formativo baseada em performances artísticas. O Múltiplos Mundos, organizado pelo Programa Ação Cidadã, é um projeto para o desenvolvimento de valores de forma interdependente entre comunidades múltiplas. Em suas duas edições, o All Stars/ Múltiplos Mundos Show reuniu participantes de contextos vários para a apresentação artística de performances que expressem, de forma engajada, os valores que estão na base das ações cidadãs como propostas pelo grupo LACE. O All Stars Múltiplos Mundos Show está inserido no Programa Ação Cidadã – PAC cujo objetivo é o desenvolvimento de atividades para a compreensão, discussão, transformação e ação, pautadas por uma perspectiva de ação cidadã, tanto para alunos quanto para professores. Está inserido no quadro da Performance (Holzman, 1997) e seu estudo está pautado em Atividades, uma vez que se ocupa da discussão do homem no mundo, agindo e fazendo história, em outras palavras, da vida como ela é (MARX e ENGELS, 1845-46). Esta apresentação aponta como a oportunidade de transformação ocorre na vida real, com a constituição de identidades peculiares constituídas no processo histórico.

Aprendizagem em contexto de colaboração

ELIENE MARIA VIANA DE FIGUEIRÊDO PIEROTE [email protected]

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Este artigo foi construído a partir de estudos iniciados no Mestrado em Educação da UFPI na área de Formação de Professores e está relacionado ao projeto de pesquisa: Formação de Professores no Ensino Médio: sentidos e significado de aprendizagem em contexto de colaboração. Partimos da vivência em ambiente escolar como Psicopedagoga, oportunidade em que fazemos questionamentos acerca do sentido de aprendizagem que os professores internalizaram, onde percebemos fragilidade no que se refere às compreensões, necessitando de estudo sistematizado que contribua para que os sentidos sejam expandidos. Percebemos que embora o foco da questão abordada na literatura como Gómez (1998) e Barbosa (2006) contribua para esclarecer aspectos relacionados à aprendizagem em contextos escolarizados, ainda representa lacuna quando se trata em estudar os sentidos que os professores atribuem à aprendizagem, considerando a abordagem do tema em contexto de colaboração. Dessa forma, a opção teórico-metodológica recai na abordagem Sócio-Histórico-Cultural de Vigotski (2001, 2004, 2007) e na Pesquisa Colaborativa com foco na abordagem de Ibiapina (2008), Ibiapina e Ferreira (2006), entre outros. O estudo apresenta-se em fase de análise dos encontros já realizados com os colaboradores da pesquisa e planejamento dos próximos, previstos nos objetivos. Palavras-chave: Formação de Professores. Sentido e Significado. Colaboração

Artes plásticas e literatura infantil: abordagens interdiscilpinares no ensino da arte

GERADINA GENI SARAIVA DE QUEIROGA

[email protected]

O relato de experiência aqui apresentado tem como objetivo explanar a nova visão no ensino das artes visuais, onde fazemos um ―link‖ entre a literatura e a linguagem visual. A linguagem da arte na escola tem um papel fundamental, envolvendo os aspectos cognitivo, sensíveis, artísticos, sociais e culturais dando grande importância às transformações de mundo possibilitando que o aluno possa intervir de forma ampla e consciente no seu ambiente sócio-político-cultural. Educar em arte é propiciar o desenvolvimento do pensamento artístico e da percepção estética, que caracterizam uma maneira própria de ordenar e dar sentido à experiência humana. A partir da leitura de livros biográficos de pintores famosos as crianças compreenderam e reconheceram os elementos que estruturam a linguagem visual. Durante os trabalhos daremos maior ênfase às construções de formas plásticas e visuais dentro do contexto apresentado. Ao realizar formas artísticas, apreciar e conhecer as formas produzidas, o aluno desenvolve sua sensibilidade, percepção e imaginação. Esta área também favorece o aluno ao relacionar-se criativamente com as demais disciplinas de seu currículo. O aluno que exercita continuamente sua imaginação estará mais habilitado a construir textos e a desenvolver estratégias pessoais para resolver um problema matemático. Criar e conhecer são indissociáveis e a flexibilidade é a condição fundamental para o aprendizado.O projeto trabalhou em uma dimensão interdisciplinar, dialogando com as outras disciplinas curriculares no intuito de levar o aluno aperceber o conhecimento como algo inter-relacionado. A perspectiva interdisciplinar traz

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grandes contribuições para todas as áreas de conhecimento, no que tange seus aspectos metodológicos e teóricos. Portanto, acreditamos que a partir da realização desse projeto estaremos contribuindo com a formação cultural desses alunos, questão crucial em qualquer instituição escolar que prima pela excelência na formação de seus alunos.

As possibilidades de reflexão crítica e colaborativa na formação inicial docente

JANAINA GOMES VIANA DE SOUZA [email protected]

Discussões atuais sobre a carreira docente enfatizam a complexidade da tarefa de ensinar em meio a um cenário repleto de incertezas e transformações. Diante disso, a reflexão crítica e colaborativa tornou-se instrumento indispensável ao exercício da docência, permitindo aos professores, desde a sua formação inicial, uma conscientização a respeito de suas ações e maior competência profissional. Este trabalho constitui um resumo da pesquisa de mestrado em andamento que está sendo desenvolvida na Universidade Federal do Piauí-UFPI e tem como objetivo geral investigar as possibilidades de reflexão apresentadas aos estudantes do curso de Pedagogia na sua formação inicial docente. As discussões são ancoradas nas ideias de Ibiapina (2007; 2003; 2002), Magalhães (2004; 2009), Liberali (2006; 2008) entre outros. A investigação busca fundamentação na abordagem sócio-histórica-cultural de Vygotsky (2001, 2004, 2007) e na Pesquisa Colaborativa, considerada uma modalidade de investigação voltada para o desenvolvimento e emancipação profissional de professores, e como sugestão para transformar práticas alienantes recorrentes em emancipatórias. Para a construção dos dados estamos utilizando como instrumentos de investigação as sessões reflexivas e os seminários de estudos reflexivos. Palavras-chave: Formação docente. Reflexão Crítica. Colaboração.

Atividade Formativa de Tutoria: Uma proposta de

desenvolvimento crítico-reflexiva

LILA CLOTILDE BARBOSA XAVIER [email protected]

Gláucia Martins de Carvalho Maria Iolanda Gadelha Maia Fábio Delano Vidal Carneiro

A formação continuada ou em serviço dos professores é uma necessidade precípua para o desenvolvimento desses profissionais. Sendo assim, em nosso trabalho apresentaremos uma proposta que se configura na reflexão e na análise da prática pedagógica, a partir do planejamento da aula, incluindo o fazer pedagógico e a reflexão sobre a ação desenvolvida, culminando em uma

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prática transformada. A atividade formativa é realizada por coordenadores e supervisores que assumem o papel de tutores e acompanham o trabalho de um grupo de professores, que se transformam em tutorandos. O procedimento dessa ação formadora comporta seis fases; (1) Análise das sequencias didáticas planejadas; (2) Feedback da análise do planejamento; (3) Observação da aula com multiplicidade de registros; (4) Confrontação do tutorando(sessão reflexiva), com os elementos coletados na observação e definição compartilhada da capacidade do professor a ser desenvolvida; (5) Planejamento de uma sequencia de ações formativas guiadas pelo tutor, culminando em uma nova sequência de aulas; (6) Implementação efetiva das ações formativas planejadas, o que significa que o tutorando é levado a produzir novos instrumentos, novas atividades e novos procedimentos de trabalho. A interação é segundo Vygotski (1927/2009) o motor de desenvolvimento humano. O elemento central da abordagem adotada é que o ponto a ser ―atacado‖ pelo tutor/tutorando é decidido em conjunto, a partir da observação que o tutor faz da aula observada. Até o momento os resultados demonstram a criação conjunta de estratégias para a superação das dificuldades.

Atividade social e integração de áreas: a vida real na sala de aula

MARIA CRISTINA MEANEY

[email protected]

Objetivo desta comunicação é apresentar uma unidade didática organizada com base na atividade social de ‗participar de campanha para promover a adoção de ações de redução, reuso e reciclagem de lixo na escola‘. A apresentação ilustra a forma de organização curricular e prática pedagógica propostas pelo curso de extensão VIDA REAL NA SALA DE AULA: PLANEJANDO E ATUANDO COM BASE EM ATIVIDADES SOCIAIS, ministrado pela apresentadora na Coordenadoria Geral de Especialização, Aperfeiçoamento e Extensão da PUCSP (COGEAE) sob coordenação da Profa. Dra. Fernanda Coelho Liberali. A proposta pretende aproximar a sala de aula da ―vida que se vive‖ (MARX e ENGELS, 1845-46, pg.26) e fundamenta-se nos princípios da Teoria da Atividade Sócio-Histórico-Cultural (VYGOTSKY, 1934, LEONTIEV, 1970, ENGESTRÖM, 1991). O exemplo apresentado integra as áreas de Língua Inglesa, Ciências e Matemática e foi proposto para o trabalho com o 5° ano do Ensino Fundamental da Stance Dual School, escola de educação de bilíngue de São Paulo. Através da apresentação de sequência didática proposta para o gênero ‗debate‘, será possível ilustrar o papel da linguagem na produção de conhecimento (VYGOTSKY, 1934, BAKHTIN, 1953 e BAKHTIN /VOLOCHÍNOV 1929) e a importância da performance (HOLZMAN, 1997 e PENNYCOOK, 2006) na ampliação dos modos de participação cultural dos alunos e consequente multiplicação de suas possibilidades de vir a ser (NEWMAN & HOLZMAN, 1993).

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Atividade social fazer compras no supermercado

TEREZA PARENTE DE MORAES [email protected]

Márcia Cristina Rocha Carneiro

O resumo tem por objetivo apresentar a atividade social Fazer compras no Supermercado, que está sendo desenvolvida com alunos de quinto ano do ensino fundamental. Essa atividade foi criada a partir da compreensão de que situações do cotidiano contribuem para o processo de aprendizagem e desenvolvimento da criança, e que é possível o professor e demais profissionais da Educação redimensionar a sua prática pedagógica e re-significar o papel da interação no ensino com o meio. A atividade promove no aluno o desenvolvimento de consciência crítica na ação de observar os preços a qualidade dos produtos. Essas ações favorecem a autonomia dos educandos, em relação ao consumo consciente e a escolha da alimentação saudável. Portanto, os professores deverão proporcionar situações reais de consumo; discutir, estruturar e construir juntamente com os alunos um supermercado; integrar diversas áreas do conhecimento ao ensino da Matemática principalmente, nas áreas de Português e Ciências.

Atividade social no ensino-aprendizagem de inglês

VALDITE PEREIRA FUGA [email protected]

José Carlos Barbosa Lopes

Esta comunicação tem por objetivo discutir uma proposta de ensino-aprendizagem de inglês a partir do que tem sido discutido sobre atividade social pelo Grupo de Pesquisa Linguagem em Atividades no Contexto Escolar (GP LACE). Para tal, será apresentado o arcabouço teórico-metodológico que concentra a Teoria da Atividade Sócio-Histórico- Cultural (TASHC) (Vygotsky e colaboradores, 1934) atrelado a relevância filosófica marxista-espinosana na compreensão da atividade social no contexto escolar. Além disso, ressalta-se o conceito de performance como norteador de uma possível ação pedagógica no que concerne a imitação conjunta de forma criativa (Newman & Holzman, 1997, 2009) com o intuito de oferecer aos aprendizes de língua inglesa como língua estrangeira (LE), uma oportunidade de irem além de si mesmos (Holzman, 1997) para serem o que não são, e, assim, repensar suas ações como seres humanos atuando de forma distinta e criativa em seus contextos sócio-histórico culturais. Nesse sentido, a concepção de linguagem está em consonância com esse viés teórico por tratar-se da perspectiva do círculo de Bakhtin (1975/1995) que traduz os eventos do existir humano por meio das interações socialmente situadas. Para exemplificar, o corpus analisado será composto por excertos de uma atividade social desenvolvida pelo GP LACE, tendo como foco as séries iniciais do ensino fundamental no contexto de uma escola bilíngue na cidade de São Paulo.

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Atividade social: a aprendizagem num contexto sócio-histórico-cultural

MARIA ARTEMIS MARTINS SOARES [email protected]

A presente comunicação é resultado de uma pesquisa acadêmica realizada como pré-requisito para a obtenção do título de graduada em Pedagogia pela Universidade Estadual do Ceará. Partiu-se da busca de educadores e profissionais afins por estudos e estratégias viáveis para a realização de uma ação docente capaz de proporcionar aos educandos uma aprendizagem efetiva e significativa, a partir de uma experiência realizada no Núcleo Infantil do Colégio 7 de Setembro no ano de 2009 com um grupo de crianças de 4 anos . Tem como objetivos compreender como pode ocorrer o processo de ensino e aprendizagem numa perspectiva sócio-histórico-cultural organizada em uma rede de atividades e as conseqüências desse processo para os diversos sujeitos culturais em constante relação com o mundo, por isso, criativos e envolvidos, agindo e pensando a vida como ela é, transformando o mundo. Para isso, foram tomados como referencial os teóricos Vygotsky (1998), Leontiev (1997), e Engestrom (2002), por considerar que suas produções são de fundamental importância para a compreensão dos indivíduos como seres sociais, capazes de se relacionarem através da atividade que, nessa perspectiva, teve o seu conceito ampliado para atividade social. O estudo se deu através da descrição de uma seqüência didática dentro desses parâmetros. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica seguida da exposição de um relato. Conclui-se, que essa proposição didática se iniciou com a ampliação da concepção de atividade dentro dos espaços da escola e consequentemente da forma como essa foi abordada no fazer educativo. Fundamentada na concepção de aprendizagem por significado e necessidade, constituiu-se numa alternativa eficaz para dar aos conteúdos trabalhados na escola um caráter real e torná-los úteis à vida fora do espaço escolar, modificando principalmente os atores envolvidos e o cenário em que estavam inseridos.

Atividades sociais no ensino em língua estrangeira: espaços de transformação

AIRTON PRETINI JUNIOR

[email protected]

Laerte Centini Neto Larissa C. Martins

Vivian Sbravatti

Esta apresentação traz excertos da prática de um grupo de professores de Língua Estrangeira (inglês e espanhol) de uma escola particular em Santana de Parnaíba (SP), cujos currículos de LE se estruturam a partir de atividades sociais. Com base nas idéias de Vygotsky (1934) e na Teoria da Atividade Sócio-Histórico-Cultural (TASHC) (Leontiev, 1997; Engestrom,1999), o ensino com base em Atividades Sociais focaliza a mobilização de sujeitos para

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alcançar um determinado motivo/objetivo, descrevendo seus papéis, os instrumentos usados, as regras, a divisão de trabalho e a comunidade/contexto da ação. Outra marca da organização curricular é propor um equilíbrio de momentos nos quais a língua é instrumento para realização de uma atividade, e outros nos quais a língua é o objeto de estudo (Newman & Holzman, 1993). Os exemplos mostram como tal organização curricular permite que os alunos utilizem a língua estrangeira como instrumento de ação plena na vida que se vive (Marx e Engels, 1845-46/ 2006- 26_), tendo não só a própria língua mas vários conteúdos outros como resultado do processo, numa oportunidade de mudança na totalidade (Holzman, 1997).

Atividades sociais, performances e língua estrangeira: instrumentos e resultados de transformações

AIRTON PRETINI JUNIOR

[email protected]

Esta apresentação traz exemplos de como as performances (Holzman, 1997) e conteúdos organizados a partir de atividades sociais (Liberali, 2010) permitem a alunos de uma escola em Santana de Parnaíba (SP) utilizarem a língua estrangeira como instrumento de ação plena na vida que se vive (Marx e Engels, 1845-46/ 2006- 26_), tendo não só a própria língua mas vários conteúdos outros como resultado do processo.

Através da mão dos animais, salvaremos a nós mesmos

CLARA MEANEY [email protected]

Muitas pessoas lutaram para que os animais conseguissem seus direitos que agora estão sendo desrespeitados. Muitos acreditam que, para que alguém ou alguma coisa tenha direitos, basta que esta tenha sentimentos. Não é preciso que esta possa raciocinar, apenas que sinta felicidade, tristeza, dor. Este trabalho tem como objetivo discutir a validade e a importância do uso de animais em pesquisas e mostrar os dois lados das pesquisas que utilizam animais, onde esse uso é justificável e onde ele poderia ser evitado. Para isso, foi necessário analisar a relação de superioridade humana sobre os animais, baseada na leitura dos livros Direito dos Animais (Laerte Fernando Levai) e Libertação Animal (Peter Singer). A escolha do tema se deu a partir do afeto que sinto pelos animais e a partir da observação de que em algumas pesquisas eles podem sofrer, mesmo que não intencionalmente. Através de pesquisas com especialistas e também as leituras acima mencionadas descobri o modo como os pesquisadores utilizam os animais em laboratório. Também entrevistei uma amiga para descobrir a diferença de conhecimento entre um especialista e um leigo sobre as pesquisas. A partir disso pude entender melhor como os animais são utilizados em pesquisas, que antes delas são feitos estudos para ver se elas podem ser aprovadas e a importância do comitê de ética nas pesquisas. Este trabalho foi desenvolvido durante o projeto de escrita de uma

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minimonografia promovido pela Stance Dual School no 9° ano do Ensino Fundamental.

Audiolivro FA7: da socialização de conhecimentos ao protagonismo de alunos/as graduandos/as

ANA PAULA RABELO E SILVA

[email protected]

Francisca Aila Oliveira Moura Amanda Maria Paiva Moreira

Cinthia Cunha de Azevedo

O presente trabalho relata parte da experiência do projeto Audiolivro FA7, um projeto social, cultural e educativo, sem fins lucrativos, que visa socializar saberes a partir da leitura de textos literários e jornalísticos direcionadas para crianças, jovens e adultos cegos e com baixa visão, e outros tantos/as que são excluídos socialmente. Nosso objetivo primeiro era, além de desenvolver a habilidade leitora e o gosto pela leitura, tornar os nossos alunos/as protagonistas do projeto para que pudessem, ao sair reproduzir a experiência vivenciada em outros espaços sociais, mas não foi possível. O período de permanência de monitoria foi avaliado como muito curto e tivemos que reformular o projeto para que este aluno/o fosse capaz de desenvolver habilidades técnicas de gravação, edição e seleção de material para os textos dos CDs laboratórios. Por duas turmas, a experiência permaneceu no mesmo padrão de dependência da coordenação. Nos últimos seis meses tivemos mudanças relevantes e nossos/as alunos (um grupo agora formado de oito integrantes, entre alunos monitores e voluntários) são realmente os/as protagonistas do projeto. O papel da coordenação é de gerenciamento das tarefas e revisão de material. Por todo esse crescimento humano vale contar a experiência de três cds laboratórios, três acadêmicos e dois que foram, a pedido, incluídos no projeto.

Auto-formação: uma proposta didática com o uso da internet

LAYR NUNES E VASCONCELOS [email protected]

Stefania Sales da Silva

O propósito deste trabalho é mostrar que a Internet pode ser uma ferramenta eficaz para a auto-formação do educador haja vista que tem uma infinidade de conteúdos úteis aos professores para melhorar sua prática. Conforme Nóvoa, ―formar-se supõe troca, experiência, interações sociais, aprendizagens, um sem fim de relações‖ e essas relações podem acontecer na internet sim. A motivação para desenvolver a pesquisa sobre este tema nasceu ao indagar como a internet poderia auxiliar na formação docente e de que modo poderia tornar-se um recurso pedagógico para enriquecer o processo educacional na própria formação docente. Neste sentido, é importante enfatizar a questão de formar profissionais para lidar e procurar seu próprio crescimento com o auxílio

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dessa nova ferramenta, que também tem caráter educativo. A metodologia utilizada se compõe de pesquisa exploratória através de variado referencial bibliográfico bem como de pesquisa de campo por amostragem haja vista a dificuldade de educadores disponíveis para participar da mesma. A pesquisa de campo foi realizada em escolas públicas e particulares. Com base nos dados coletados foi constatado que em torno de 43% dos professores acessam a internet na escola e tempo para explorá-la é reduzido, 71% concordam que a internet proporciona um ambiente de interação favorável ao aprendizado, e com relação às ferramentas de busca (aspas, +, -, x, etc.) 70% dos professores conhecem pelo menos o básico que é o uso de aspas para ter maior precisão na localização de determinados assuntos. É importante ressaltar que dentre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC), a internet, rede de comunicação que interliga o mundo, serve de suporte informacional para todos e apresenta-se com uma característica especial para os educadores: dependendo do modo como é entendida e adequadamente utilizada, pode ser considerada uma ―ferramenta-base‖ no trabalho do professor, mais especialmente para seu aperfeiçoamento profissional. Este é o pressuposto que guiou o estudo deste trabalho, o qual foi dividido em tópicos que tratam da formação do professor, internet e educação, ferramentas de busca e a pesquisa de campo propriamente dita com seus resultados compilados. Espera-se com este trabalho mostrar aos professores que ―aprender a conhecer e a pensar é modificar sua atitude diante das coisas‖ em especial da Internet como sua ferramenta de auto-formação. Palavras-Chave: Educação. Formação de professores. Internet. Tecnologias de informação e comunicação.

Biografia de Paulo Freire

MARIA CLÉCIA LIMA MELO [email protected]

Marcileide Paiva

Este trabalho é fruto de pesquisa da disciplina de: Educação de Jovens e Adultos, sob a orientação da professora Mestre Cecília Lacerda, e teve como referencias teóricos os: 50 Grandes Educadores Modernos de Piaget a Paulo Freire/ Coordenadora Joy A. Palmer; tradução Mirna Pinsky. 1.ed,2. reimpressão. - São Paulo: Contexto 2008 e Paulo Freire: Uma biobibliografia, Moacir Gadotti -Organizador. O desenvolvimento da pesquisa é baseado na vida e obra de Paulo Reglus Neves Freire, mais conhecido como Paulo Freire o educador da transformação social.Neste trabalho pontuei aquilo que julguei mais relevante para a pesquisa, dentre estas questões, estão ás primeiras experiências que Paulo Freire teve na área da docência e que a partir desta vivência a sua própria consciência amadureceu para despertá-lo de uma prática reflexiva e transformadora, as dificuldades que superou para adentrar no ensino médio, a sua incrível persistência para ter acesso ao curso de nível superior e alguns fatos ocorridos em sua infância, retratados por sua mãe por meio de um livro escrito, onde a mesma escreve sobre as suas primeiras complicações de saúde quando criança, a relação extremamente afetiva e carinhosa que mantinha com o seu Papá. Num segundo momento pontuei o método Paulo Freire, pois é impossível falar, escrever ou mesmo ler sobre o

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grande educador e não associá-lo. O objetivo do seu método não era apenas fazer o alfabetizando "ler a palavra", mas era para além disto, é fazer com que ele adquira consciência enquanto sujeito, é um convite para que o alfabetizando antes de tudo se perceba enquanto homem ou mulher vivendo e produzindo em determinada sociedade. O seu método é um convite empolgante, desafiador e acima de tudo é fazer com que o alfabetizando saia do lugar de apatia e do conformismo de "demitido da vida". Paulo Freire acreditava na politização do indivíduo por meio da conscientização e foi exatamente por acreditar nisto que foi exilado, por amar a sua gente e acreditar na sua nação. E para finalizar a pesquisa fiz algumas considerações sobre as suas "andanças", como ele mesmo gostava de escrever. O exílio foi uma fase difícil para ele, no entanto, mesmo em condições muitas vezes desumanas continuava difundindo o seu método lá fora, dava aulas sobre suas próprias reflexões. Buscou áxilo em tantos outros países, inicialmente na Bolívia, porém em virtude do Golpe político naquele país logo teve que ir para o Chile. Apesar de ter sido um grande intelectual tinha alma de criança, fazia questão de conversar com gente simples, e cada vez diálogo promovia nele certamente mudanças, acreditava no ser humano de forma mágica. Deixou um legado consistente e uma contribuição inquestionável para a sociedade e para academia de modo geral. Desta forma nos faz acreditar no ser humano e na sua capacidade de aprendizagem e mudanças. Palavras- chave: Paulo Freire e educação libertadora.

Business English – ensino da língua inglesa para colaboradores C7S

JANAINA MOITA COSTA FAÇANHA

[email protected]

Ana Cristine Prata Regadas

Esta comunicação tem como objetivo apresentar a experiência com ensino de inglês de negócio para adultos, colaboradores do Colégio 7 de Setembro, desde abril de 2010. A ideia do curso é ensinar ao aluno como usar o inglês, de forma efetiva, para se comunicar em situação do dia-a-dia do mundo corporativo. Usamos a abordagem comunicativa (communicative approach) e adotamos o livro Business Venture, editora Oxford. São 3 aulas semanais de 60 minutos, mais 30 minutos extra todas às quartas-feiras para conversação. O curso tem 2 objetivos principais: melhorar a fluência e correta utilização do inglês em situações de ―negócio‖ e fornecer modelos de linguagem para serem usados em situações reais. Para isso o curso é moldado em 2 elementos: a linguagem alvo que queremos que o aluno aprenda e a situação real onde ele pode aplicar tal linguagem. O grande desafio com esse grupo é a heterogeneidade linguística entre os alunos; temos iniciantes, falso-inciantes e alunos intermediários. Acreditando que essas diferenças também são positivas para o aprendizado, trabalhamos muito com atividades em pares e grupos, tentando sempre que possível juntar alunos de diferentes níveis de conhecimento. Depois de seis meses de curso é bem perceptível o crescimento linguístico do grupo em geral Todos conseguem se comunicar, dentro do que é proposto, criando suas próprias respostas e não somente reproduzindo-as.

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Campanha da latinha: educação ambiental e o agir cidadão

TARCIANA NEVES JORDAO PALMEIRA

[email protected]

Aida Maria Monteiro Gonçalves Isabel Cristina Lima Conceição

Este trabalho objetiva relatar o processo de investigação acerca das ações cidadãs presentes na experiência pedagógica intitulada ―Projeto IPREDE‖, que é realizada junto aos alunos do 1º ano do Ensino Fundamental do Colégio 7 de Setembro, nas sedes Centro e Aldeota, há mais de 10 anos. Nesse Projeto são desenvolvidas ações em prol do Instituto de Prevenção à Desnutrição e à Excepcionalidade (IPREDE), ONG que tem sua sede em Fortaleza (CE). O referido processo investigativo se iniciou em 2009, quando a equipe pedagógica que acompanha o 1º ano identificou nesse Projeto elementos da Atividade Social, uma vez que envolvia a coleta e venda de latinhas recicláveis, cuja verba era destinada a essa ONG. Atualmente o foco maior é a ―Campanha da Latinha‖ e seu contexto de produção, numa perspectiva de superar a encapsulação do conhecimento. Isto é, transpor os muros da Escola e atingir à comunidade e, com isso, promover uma aprendizagem significativa (Vygotsky, 1934/1997; Leontiev, 1959/1998; e Engeström, 2003 - Teoria da Atividade Sócio-Histórico-Cultural). Além disso, busca-se construir significados na Cadeia Criativa, uma vez que a Campanha implica parceiros, produzindo significados compartilhadas (Liberali, 2008); bem como utilizar a Performance (Holzman, 1997) como instrumento para vivenciar o contexto de produção de uma campanha de cunho social, com fins ao agir cidadão. Com essa abordagem, os primeiros resultados apontam um maior envolvimento de pais, alunos e professores, enquanto sujeitos na Cadeia Criativa que vem sendo compartilhado na coleta das latinhas e, por consequência, o aumento da renda na venda do que é arrecadado. Além disso, a partir do discurso dos alunos foi constatado um maior conhecimento acerca da necessidade de realização da coleta seletiva e das possibilidades de reciclagem do metal. A perspectiva futura é ampliar a Cadeia Criativa, envolvendo na Campanha as outras instituições que compõem a Educadora 7 de Setembro (na sede que atende os alunos do ensino médio e na Faculdade 7 de Setembro); atuar criticamente nas performances do contexto de produção da Campanha; ampliar o agir cidadão da coleta da latinha, para o consumo consciente desse produto.

CINESPORTEEDUCACIONAL, uma ferramenta em favor da formação do caráter e da prática esportiva

JONIMAR RODRIGUES DA SILVA

[email protected]

Esta comunicação visa a apresentar o CINESPORTEDUCACIONAL, uma atividade que se baseia no Estatuto da Criança e do Adolescente no tocante ao Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer. O CINESPORTEDUCACIONAL compõe o plano de atividades da disciplina de

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Educação Física, nos ensinos FUNDAMENTAL (6º ao 9º ano) e MÉDIO, dentro do projeto transdisciplinar do Colégio 7 de Setembro, o programa ―O Caráter Conta‖, que ergue seis pilares representando valores fundamentais para a vida: cidadania, respeito, zelo, sinceridade, senso de justiça e responsabilidade.Objetivamos oportunizar através da arte do cinema e do esporte noções de valores éticos e morais como instrumentos do processo de desenvolvimento integral para a formação do caráter, contribuindo para uma sociedade justa e digna. Sobretudo, na certeza de nossos ideais e postura educacional, valorizamos a cidadania e solidariedade e consequentemente buscamos eliminar obstáculos para uma evolução permanente da atividade esportiva-educativa. Por meio do CINESPORTEDUCACIONAL reafirmamos a certeza do encontro entre a prática educativa e o resgate dos valores e também ampliamos nossos objetivos pedagógicos, como a utilização da arte para discutir a prática esportiva em prol de uma educação para a vida. Cremos, assim, que suscitamos nos alunos, professores e demais sujeitos envolvidos no projeto a participação consciente e prazerosa em todos os processos relacionados à nossa prática esportiva. ―Enfim, mais do que compreender que devemos educar pelo esporte para o desenvolvimento de novos valores, é importante também educar pelo esporte para o desenvolvimento de novos olhares, novas sensações... outros arranjos na maneira de se praticar e/ou assistir o esporte (ESCOBAR, 2005)‖.

Clubinho de matemática - atividades lúdicas de matemática para incentivar o pensamento e o raciocínio

LAYANNE MARIA GÓES DE SOUSA

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Lucia Tamara Nascimento da Silva

Durante anos, a metodologia de ensino de Matemática era pautada na repetição de procedimentos que estimulava a memorização de fórmulas e resultados. Esse modelo de trabalho afastava os alunos da disciplina, pois não os desafiava e não trazia consigo nenhum sentido próprio. A partir dos estudos modernos de educação Matemática, desenvolvemos uma experiência chamada ―Clubinho de Matemática‖, uma atividade de complemento curricular elaborado para estimular o interesse pela matemática de forma lúdica. Nele, atividades lúdicas promovidas com o alvo de despertar o gosto pela ciência através de jogos (dominós, tangram, quebra-cabeças, sudoku), desafios e brincadeiras de estratégia. Com o objetivo de desenvolver nos alunos atitudes de autoconfiança, responsabilidade e trabalho em equipe, as atividades são desenvolvidas com foco na exploração do raciocínio lógico, atenção e concentração. Dessa forma, apresentamos nesse relato uma estratégia para trabalhar um aprender significativo no qual o aluno participe raciocinando, compreendendo, reelaborando o saber historicamente produzido. Trata-se de aplicar o foco na discussão e resolução de uma situação problema ligada ao contexto do aluno, ou ainda, à discussão e utilização de um raciocínio mais abstrato.

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Como nos tornamos quem estamos sendo? A identidade docente em discussão

EVA PEREIRA DA ROCHA

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Daniele Gazzotti

A presente pesquisa, alicerçada na Linguística Aplicada Contemporânea (Moita Lopes, 2006), tem por objetivo investigar as práticas discursivas de professores da rede pública de ensino, com o intuito de verificar e discutir, a construção da(s) identidade(s) do professor na ação pedagógica. Trata-se de uma pesquisa crítica de colaboração, (Magalhães, 2004), que elege a abordagem enunciativo-discursiva de Bakhtin (1975/1998), a referência vigotskiana da Teoria da Atividade Sócio Histórico Cultural (TASHC) para analisar, interpretar e discutir as interações construídas nos encontros de formação HTPC (Horário de Trabalho Pedagógico Coletivo) de uma escola da rede oficial de ensino, localizada na região do Alto Tietê. Adotamos o conceito de identidade a partir da perspectiva de Rajagopalan (2005), que considera a constituição da identidade como construto dinâmico e em processo, bem as contribuições da psicologia social, através dos estudos de Ciampa (2001), e nos trabalhos de Stuart Hall (2000). As perguntas de pesquisa que norteiam o trabalho são: ―Como se dá a construção da identidade de professores no contexto de HTPC?; a) Como os professores participam? e b) Que papéis os participantes assumem?. Em consonância com estudos produzidos no grupo ILCAE (Inclusão Linguística em Cenários de Atividades Educacionais), que primam pelo questionamento da linguagem utilizada e produzida no contexto da escola, bem como no fomento de práticas discursivas como instrumentos de transformação social, o objetivo da pesquisa aqui apresentada é investigar as práticas discursivas de professores da rede pública de ensino, com o intuito de discutir a construção da(s) identidade(s) em reuniões de HTPC (Horário de Trabalho Pedagógico Coletivo). A coleta dos dados está sendo realizada por meio do registro de áudio-gravações de 04 reuniões de HTPC; sessões reflexivas e algumas entrevistas e diário de campo. O material está sendo transcrito e analisado à luz de algumas categorias do quadro teórico de Bronckart (1997) e da Teoria da Argumentação, além da referência vigotskiana à Teoria da Atividade Sócio Histórico Cultural (TASHC). Palavras-chave: Pesquisa crítica de colaboração; Linguística Aplicada; trabalho docente; identidade docente.

Congresso de pais e filhos - família e escola, uma parceria por um mundo melhor

SCHEILIANA VIEIRA ROQUE DOS SANTOS

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Adriana Josino e Andréa Lima O Colégio 7 de Setembro passou, recentemente, pela reformulação do seu Projeto Político Pedagógico, repaginando a fundamentação teórica que alicerça sua prática e despertando, no coração dos educadores, a necessidade de uma

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avaliação de suas rotinas pedagógicas. Ações Político Pedagógicas, Grupos de Estudos e Debates, Rodas de Discussão fazem parte do dia a dia dessa escola que se mantém em constante renovação. Durante vários desses encontros, a Teoria da Atividade Social esteve em pauta, objetivando a sua chegada à sala de aula. No planejamento de 2010, as professoras de Língua Portuguesa do 6º Ano se propuseram a realizar um projeto piloto, cujo foco seria o estreitamento da relação família / escola e o desenvolvimento da habilidade da exposição oral (argumentação, fundamentação e defesa de pontos de vista, realizando a performance de serem os organizadores de uma palestra sobre ―Como falar em público‖). Assim, nasceu a possibilidade de realização do Congresso de Pais e Filhos, onde os protagonistas apresentaram seminário sobre o tema ―Por um mundo melhor‖, baseando-se no texto ―Os porcos do compadre‖ de Pedro Bandeira, gerando a reflexão crítica sobre ações cidadãs que tornariam o mundo melhor, além de alimentar o desejo de exercitar a afetividade como fator determinante na missão de educar, valorizando os conhecimentos prévios dos alunos e desenvolvendo a autonomia intelectual e moral.

Conselho de alunos, uma experiência com foco na criticidade, na colaboração e no protagonismo juvenil

EUNICE ANDRADE DE OLIVEIRA MENEZES [email protected]

Regina Célia Marques Lobão

Esta comunicação tem como objetivo apresentar uma experiência com conselhos de alunos de 6º ao 9º ano, realizada, desde 2008, no Colégio 7 de Setembro, em Fortaleza- Ceará. A dinâmica dos conselhos, pautada na colaboração, visa a suscitar nos alunos o poder da argumentação, o protagonismo juvenil, a análise crítica da realidade da sala de aula e a produção de novos significados sobre aprender e ensinar. Os participantes dos conselhos são cerca de 8 alunos que representam cada turma, a supervisora pedagógica e uma orientadora do SOE. Estas últimas medeiam a discussão. Durante o encontro, que dura cerca de 30 minutos, os alunos avaliam situações tangíveis à sala de aula. Algumas regras norteiam os encontros, como manter o sigilo do que foi tratado, buscar aspectos positivos sobre os colegas e professores, não deixar de mencionar pontos de melhoria dos sujeitos envolvidos e também autoavaliar-se como agente promotor da dinâmica da sala de aula. Dirigido inicialmente aos alunos, os conselhos chegam aos professores por meio das mediadoras dos encontros. Podemos afirmar que avançamos na conscientização do professor em relação ao entendimento de que o conselho de alunos é um instrumento de democracia que muito pode contribuir para a melhoria do processo de ensino aprendizagem, mas ainda necessitamos progredir mais nesse aspecto. O conselho de alunos trata-se de uma proposta de formação contínua que envolve a colaboração crítica entre alunos, professores e outros sujeitos da prática educativa com foco na constituição da cidadania e com vistas à transformação do contexto da escola e da comunidade, oportunizando ao aluno a capacidade de se envolver em tomada de decisão para resolução de conflitos. Esta experiência tem como fundamentação teórica o conceito de ZPD (Vygotsky, 1930/1999), de cadeia

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criativa (Liberali, 2008), de colaboração (Magalhães, 2007) e de racionalidade comunicativa (Habermas, 1987).

Construção da leitura e escrita na visão construtivista

FLORÊNCIA MARIA SANTOS MOREIRA

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O artigo apresenta um aprofundamento teórico sobre a importância da compreensão teórica do processo da leitura e da escrita na visão construtivista, fato que dar suporte ao fazer pedagógico e proporciona aos educandos canais efetivos de comunicação do seu meio social e cultural que direciona uma motivação no processo ensino-aprendizagem e proporciona um confronto entre teoria e prática que oportuniza intervenções ao conduzir o aluno durante suas construções. Assim, situamo-nos num modelo construtivista que considera a leitura e a escrita dois processos intimamente relacionados e que, em situações educativas, têm de ser abordados de maneira global para garantir significados.

“Cristiane somos amigas para sempre”: A análise da produção escrita de bilhetes por alunos com síndrome de Down

ADRIANA LEITE LIMAVERDE GOMES

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Este estudo propõe uma análise das produções escritas de alunos com síndrome de Down. Seu principal objetivo é compreender seus limites e possibilidades em materializar e organizar seus textos, destacando particularmente os aspectos linguístico- textuais da escrita de um bilhete. Em relação aos aspectos lingüístico-textuais, trataremos de sua análise nos baseando, dentre outros autores, nos estudos de Fávero & Koch (2005), Halliday e Hasan (1976 apud KOCH & TRAVAGLIA ,1995), Koch (2006), Koch & Travaglia (1995), Spinillo (1997) Teberosky & Tolchinsky (2003). A coleta foi realizada durante sessões de avaliação escrita. Participaram desta investigação onze alunos com síndrome de Down com nível escolar entre o 2º e 8º anos do Ensino Fundamental, contabilizando a produção de onze bilhetes, que foram analisados segundo a função comunicativa. Para analisar a função comunicativa, tomamos por base dois aspectos: o conteúdo e a organização estrutural. O quadro de referências do conteúdo desses textos foi identificado como afetivo (AF), informativo (INF) e de comunicação informal (CI). Esses conteúdos não são excludentes, houve bilhetes que traduziam mais de um deles. Já os aspectos de organização estrutural foram considerados a partir da existência do destinatário, da sequência do texto e da escrita da despedida ou assinatura. A análise dos bilhetes revelou a existência de dois tipos de textos. Aqueles que já preservam as marcas da escrita social, com a internalização da estrutura do texto, e os que ainda estão em decurso de apropriação de habilidades textuais. Apesar disso, suas produções chamam a atenção quanto à demonstração de competência em relação à sua capacidade escritora. Essa

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competência se revelou quanto à capacidade de atribuir sentido à escrita. Provavelmente, a competência desses sujeitos relacione-se a motivação para tal tarefa, bem como ao aspecto funcional implicado n essa atividade, além do nível de exigência para sua realização. Por fim, concluímos que o caráter do texto e o envolvimento da afetividade são aspectos importantes que podem interferir na produção escrita. A complexidade de fatores inerentes à produção de sentidos por meio da escrita parece ser atenuada quando os escritores são solicitados a produzir textos próximos aos gêneros orais, como foi o caso da solicitação da escrita de um bilhete. Ao longo do desenvolvimento da escrita, a prática escolar e as experiências diversificadas com a leitura e a escrita influenciam na produção escrita. Palavras-chave (síndrome de Down – Linguagem escrita – Produção textual)

De férias é como? É junto, é? Tecla aqui? A mediação e o conflito sócio-cognitivo nas produções textuais de alunos com deficiência intelectual mediante a comunicação digital

CIDCLAY WEWERTON VERÍSSIMO VIEIRA

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Camila Barreto Silva Francisca Jamilia Oliveira de Barros

Rita Vieira de Figueiredo Adriana Leite Limaverde Gomes

A pesquisa investigou se a mediação e o conflito sócio-cognitivo são elementos constitutivos da produção textual de alunos com deficiência intelectual, mediante a comunicação digital. Focalizamos nossos estudos no pressuposto sócio-construtivista baseado nos estudos de Vygotsky, Doise e Mugny, Ferreiro e Teberosky. Diversas pesquisas (BUSEMANN, 1966; LURIA, 1974; POULIN, 1975; REY, 1965) sugerem que as crianças com deficiência intelectual apresentam dificuldades de evocação e de representação. Essa forma mais limitada de interiorização de conceitos e de representação do mundo pode prejudicar a capacidade de mobilizar os esquemas cognitivos e/ou linguísticos, e de dar sentido às atividades de cunho intelectual. Esta investigação foi realizada a partir da interação entre seis alunos com deficiência intelectual e outros seis sem essa deficiência. Estes últimos atuaram como mediadores da produção escrita dos alunos com deficiência intelectual através do e-mail e MSN a fim de promover o conflito sócio-cognitivo. Essa comunicação digital foi estabelecida com outras seis duplas (com esse mesmo perfil) do município de Campina Grande. Ressaltamos que os doze sujeitos da pesquisa produziam textos característicos da escrita alfabética, com idades variando entre 16 a 32 anos (alunos com deficiência intelectual) e de 11 a 20 anos (mediadores voluntários). Dos alunos com deficiência intelectual, quatro são oriundos de escolas públicas e dois apresentam Síndrome de Down, estes integram um centro de apoio pedagógico. As sessões de comunicação foram divididas em oito encontros com temáticas específicas; cada encontro ocorreu na frequência de duas vezes por semana e eram acompanhados pelos pesquisadores em ambas as cidades. O estudo contabilizou 24 produções textuais dos alunos com deficiência intelectual que integram as seis duplas de Fortaleza, sendo 17

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em forma de e-mail e sete em forma de MSN. Quanto ao processo da escrita, verificou-se 18 categorias que dizem respeito ao comportamento do aluno com deficiência intelectual durante a mediação. A frequência dessas categorias variou entre 1,43% e 13,53%. As duas categorias que mais se manifestaram foram: 1 - Identifica o erro após a mediação e reescreve a palavra de forma convencional (13,53%) e 2 - Lê adequadamente a palavra, embora com a escrita ortograficamente não convencional (13,37%). Por outro lado as categorias que menos se manifestaram foram: 1 - Após a mediação modifica o pensamento inicial do texto (1,91%) e 2 - Escreve e envia a frase com a ortografia incorreta para acompanhar a comunicação via MSN (1,43%). Os dados revelaram que a mediação, exercida pelo aluno sem deficiência intelectual, desempenhou papel relevante para a qualidade ortográfica das produções escritas dos alunos com deficiência intelectual; bem como, que a comunicação digital mobilizou os sujeitos para a produção escrita, sendo o conflito sócio-cognitivo um fator importante na reconstrução textual desses alunos. 1 Pesquisa financiada pelo CNPQ, e realizada por professores e alunos da UFC.

Diagnóstico de dificuldade de aprendizagem: construção, concepções e expectativas

KÁTIA REGINA DO CARMO PEREIRA

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O termo diagnóstico pode ser identificado como um instrumento proveniente da área médica que tem sido introduzido na Educação pela aliança firmada entre ambas no decorrer do tempo em busca de uma solução para casos específicos de aprendizagem. Algumas críticas têm recaído sobre o diagnóstico. Gould (apud GURGEL, 2002) afirma que os testes psicológicos classificam a criança atrasada em vez de lutar contra as causas de seu atraso. Vigotski (1997) coloca que o conceito científico apresentado pelo diagnóstico por si só não resolve o problema, pois pouco informa sobre o aluno, uma vez que desconsidera os aspectos culturais em que este está envolvido. González Rey (2002) assevera que o diagnóstico despersonalizado e descontextualizado leva com frequência a procedimentos errôneos, dentro dos quais se produz o que se diagnostica. Diante disto, a existência de uma equipe de atendimento a alunos que se encontram em situação de dificuldade no processo de aprendizagem na rede pública do Distrito Federal, com a responsabilidade de emitir um ―diagnóstico‖ sobre os casos encaminhados a ela, motiva esta pesquisa, que tem como objetivo geral investigar o processo de construção do diagnóstico de dificuldade de aprendizagem (DA) realizado pelo Serviço Especializado de Apoio à aprendizagem (SEAA) da SEEDF a fim de perceber que concepções o permeiam e quais expectativas o cercam. Diante deste objetivo, será adotada a pesquisa qualitativa proposta por González Rey (2002, 2005a, 2005b), que se embasa nos princípios: ..o processo de comunicação entre pesquisador e pesquisado, por perceber o seu objeto de pesquisa como sujeito interativo, motivado e intencional. O caráter construtivo-interpretativo do conhecimento que implica compreender o conhecimento como produção e não apropriação linear de uma realidade. ..a legitimação do singular como instância

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de produção do conhecimento científico por identificar o sujeito singular como forma única e diferenciada de constituição subjetiva e transmissor de informações. Como sujeitos colaboradores desta pesquisa apresentam-se os membros de duas equipes do SEAA da SEEDF compostas por um profissional com formação em Pedagogia e outro, em Psicologia. Também, cinco professores das séries iniciais do Ensino Fundamental das escolas públicas do DF que atendam alunos que tenham recebido um diagnóstico de DA. Compreendendo a pesquisa como processo vivo e como possibilidade de produção de conhecimento, os instrumentos de pesquisa utilizados serão considerados como ferramentas interativas, que venham possibilitar a expressão das pessoas, que vai adquirindo sentido subjetivo no contexto social da pesquisa. Serão eles: entrevistas individuais e coletivas, conversação, observação, análise documental e de estudos de casos. O aporte teórico para análise estará na perspectiva histórico-cultural, mais especificamente em Vigotski – desenvolvimento, aprendizagem e defectologia; González Rey – sujeito, subjetividade e aprendizagem; Tacca – possibilidade de aprendizagem.

Discutindo o papel do diretor escolar: reflexões sobre um trabalho crítico-colaborativo

ELVIRA MARIA GODINHO ARANHA

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Fernando Venâncio da Costa

Esta apresentação tem como objetivo discutir e levantar questões sobre uma Pesquisa Critica de Colaboração (PCCol- Magalhães 2009) que investigou o processo de produção de significados compartilhados sobre direção escolar a partir do processo colaborativo desenvolvido entre uma pesquisadora e a diretora de uma Escola Municipal de Educação Infantil da Cidade de São Paulo. O objeto da atividade focalizada no trabalho foi Formação de Diretor. Mais especialmente o objetivo desta apresentação é mostrar o processo e o resultado da construção de artefatos de mediação explicita (Wertsch, 2007) que representaram tanto o compartilhamento de significados como a possibilidade de avanço na Atividade Formação de Diretor. Os resultados obtidos indicam que (a) as relações desenvolvidas entre as participantes possibilitaram aprendizagem e desenvolvimento a ambas; (ii) os sentidos iniciais das duas participantes sobre direção foram ressignificados; e (iii) as relações desenvolvidas tiveram uma repercussão no planejamento das ações da direção e sugerem modificações no contexto imediato, sugerindo tanto no desenvolvimento do trabalho, quanto na produção dos artefatos de mediação, um processo de formação que se aproxima do movimento da Cadeia Criativa( Liberali (2009).O arcabouço teórico está embasado na Teoria da Atividade Sócio-Histórico-Cultural (TASHC) considerando as discussões de Vygotsky, (1927/2004, 1934/2001, 1925/2004, 1930/2004, 1926/2004), Leontiev (1977, 1978, 1983, 2004), Daniels (1993/1999, 2002, 2003), Newman & Holzman (1993/2002) e Engeström (1987, 1999 1999, 1999), sobre aprendizagem e desenvolvimento, consciência e mediação. Palavras-Chave: Pesquisa Crítica

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de Colaboração, Direção Escolar, Formação de Educadores, Linguística Aplicada.

Doe sangue, doe vida

ROSELAINE LOPES LIMA

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A doação de sangue é um gesto voluntário que pode e deve ser praticado por todos que tiverem condições, uma vez que não o sangue não possui equivalente que o substitua. Visando estimular os sentimentos de responsabilidade e zelo pelo próximo, a equipe de ciências do ensino fundamental II, em parceria com a equipe de orientação cristã, supervisão e o Banco de sangue FUJISAN, realizou a campanha de doação de sangue no Colégio 7 de setembro. O projeto foi realizado com os alunos do 8º ano e o laboratório de ciências. Para tanto foi necessário que estudassem sobre herança genética, tendo como fundamentação teórica os estudos de Mendel sobre hereditariedade. No laboratório foi feita a prática na qual os alunos identificaram os tipos sanguíneos com os devidos regentes. Depois de reconhecerem a importância dos genes e da herança genética, estimulamos os alunos a relacionarem os conhecimentos científicos e as aplicações da genética na atual idade e associamos à doação de sangue. Convidamos então os pais dos alunos, funcionários e alunos de outros níveis que tivessem idade compatível, além das pessoas que desejassem praticar e exercer a cidadania abrindo mão de parte de seu tempo para que doassem in loco. Enviamos convites aos pais por meio de comunicados e também houve panfletagem na escola e fixação de cartazes informativos com horário, local e benefícios da doação de sangue. A doação aconteceu na escola nos dias 08 e 22 de maio, pela manhã e o Fujisan trouxe sua unidade móvel para a realização da captação de sangue na escola. As pessoas que fizeram a doação receberam gratuitamente resultados de exames, tais como: teste HIV, doença de Chagas, sífilis e hepatite, além de serem cadastrados como doadores. O doador espontâneo não sabe quem será o receptor do seu sangue, mas sabe que sua atitude é fundamental para salvar vidas. Por isso precisamos criar a consciência da necessidade de doar sangue entre as pessoas. Desta forma, conseguimos levar informações sobre a doação de sangue a crianças e adolescentes, incentivar a doação dos familiares e colaboradores através de campanha, além de sensibilizar os jovens para a doação voluntária de sangue quando completarem 18 anos.

Educação ambiental: responsabilidade e sustentabilidade

ROSEMARY CARVALHO DE SOUSA [email protected]

Luciana de Freitas Patriota

Compreendendo a importância que a biodiversidade apresenta para a sobrevida do nosso planeta e reconhecendo a caatinga como um bioma

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exclusivo dos nossos pais, presente em parte do nosso estado, optamos por desenvolver um projeto voltado para a valorização da biodiversidade, projeto esse que ressaltasse a importância do equilíbrio nas relações entre os seres humanos e a natureza. Nosso público alvo foram os alunos do 7° ano do Ensino Fundamental do Colégio 7 de Setembro, bem como seus pais e a comunidade escolar em geral.Cada equipe pesquisou uma espécie de planta característica da caatinga a fim de elaborar uma cartilha informativa sobre o tema. Foi solicitada a cada equipe a eleição de um mascote que retratasse seu tema, tendo como ferramentas somente material reciclado ou reaproveitado. A produção de gêneros textuais como poesia e crônica ressaltando a importância da caatinga também foi mais um desafio proposto aos alunos, que, com base nas discussões durante as aulas e nas pesquisas levantadas, puderam ampliar seus conhecimentos sobre a importância econômica desse bioma para o desenvolvimento do estado do Ceará, bem como a sua importância para o equilíbrio ecológico. Uma seguinte etapa do projeto propunha a produção, pelos alunos, de fotos de vegetais característicos da caatinga e um relato de experiência contemplando partes desses vegetais, que são utilizadas na indústria. Em um segundo momento foi organizado uma exposição dos mascotes com visitação aberta aos demais alunos, funcionários e familiares. Com essa atividade buscamos suscitar nos alunos o despertar de uma visão crítica sobre as ações humanas impactantes no ambiente, a expansão dos conceitos científicos e o reconhecimento da importância econômica do bioma caatinga.

Educação Bilíngue na Educação Infantil: Ensinando e aprendendo através do paradigma transdisciplinar

RAFAELA FERREIRA DE CASTRO TEIXEIRA

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Esse trabalho realiza a análise de experiências vivenciadas por crianças de três e quatro anos, participantes do programa bilíngue do Colégio 7 de Setembro em Fortaleza, Ceará. Através da promoção da interação como pedra fundamental do ensino-aprendizagem de Língua Estrangeira, investimos na transdisciplinaridade (MORIN,1995) a fim de possibilitar que a apropriação de capacidades linguageiras pelas crianças, aconteça de forma gradual e significativa. Através de atividades centradas na ludicidade e na conexão com diversas áreas de saberes significativos (matemática, ciências naturais, consciência corporal, etc), levamos as crianças a criarem suas hipóteses e reflexões a partir das experiências concretas, procuramos desenvolver a autonomia de cada uma delas, respeitando seu processo individual de desenvolvimento e instigando suas possibilidades. Essas atividades socioformativas nos têm mostrado resultados surpreendentes, nos quais a

utilização da língua inglesa é bastante produtiva, no que diz respeito à criação de redes de significados mediados sociosemioticamente (VYGOTSKI, 1934/2009).

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Educação inclusiva: atividade social e ferramentas da web

ANDREA MORENO NICOLAUS [email protected]

Há algumas décadas, novos parâmetros em educação tem sido estudados, especialmente em relação à educação inclusiva. O respeito às diferenças (Lei 9.394/96 - Lei de Diretrizes e Bases - LDB), é condição sine qua non para que haja o verdadeiro exercício de cidadania. No entanto, para que isso ocorra, proponho, em minha pesquisa de mestrado, a inclusão de alunos com deficiência mental leve, tendo como metodologia a teoria da atividade social, que os motiva ao ensino-aprendizado de língua estrangeira. Esta comunicação, portanto, tem o objetivo de apresentar uma mostra de meu trabalho no 7º ano do Ensino Fundamental II, em uma escola inclusiva, em aulas de língua espanhola, tendo como base a atividade social "Hacer un viaje a un país de lengua española". Para que tal trabalho fosse realizado, utilizaram-se várias ferramentas da Web como a Plataforma Moodle, Blog, visita a sites, entre outros, que auxiliaram os alunos em seu contato com o mundo real, realizando pesquisas, coletando dados, refletindo em relação às informações que um turista deve obter antes de viajar ao exterior como preços de hotéis, passagens, tipos de alimentos, costumes, festas típicas, clima, entre outros, dados estes importantes ao país escolhido. Em sua performance final, todas estas informações foram aproveitadas na preparação de Blogs turísticos e folhetos de viagem. Como educadores, resta-nos algumas perguntas: Qual é a finalidade deste trabalho? Para que serão úteis tais atividades aos nossos alunos? Bem, certamente, após a realização desta atividade social, nossos alunos não serão simples turistas guiados por seus pais mas sim turistas mais críticos quando viajarem a outros países, preparando-se melhor para conhecer outras culturas, sob um olhar mais atento às diferenças culturais. E quanto aos alunos especiais? Estes também terão, por meio da atividade social, a oportunidade de relacionar-se com o ―outro‖ desenvolvendo habilidades variadas necessárias à realização de diferentes performances que servirão de ensaios a prováveis situações em viagens futuras.

Educação inclusiva: do conceito à prática

FABIOLA SILVA MATOS [email protected]

Luciana Andrade

O presente estudo apresenta uma análise reflexiva acerca da inclusão de alunos com necessidades especiais na rede regular de ensino, na perspectiva dos docentes do município de Caucaia, em consonância com a Política Nacional de Educação Especial. Para que a análise fosse feita, utilizou-se um questionário semi-estruturado com professores atuantes em turmas regulares, neste instrumento foi possível elencar desafios enfrentados pelos profissionais e suas perspectivas acerca da educação inclusiva. Participaram desta pesquisa cerca de 30 professores de várias áreas de ensino que foram escolhidos de

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forma aleatória. O estudo desenvolvido é classificado como descritivo-exploratório de caráter transversal, em uma abordagem quanti-qualitativa. Durante a análise dos dados coletados foi possível perceber que as principais dificuldades elencadas na implementação da educação inclusiva foram: a falta de formação especializada e de apoio técnico no trabalho com alunos inseridos nas classes regulares. Como sugestões para que a escola se torne espaços inclusivos se destacaram: mudança na estrutura física, adoção de uma política de igualdade e solidariedade, um planejamento pedagógico que atenda a diversidade, um trabalho unificado com toda a equipe escolar, etc. Nesta perspectiva percebemos o quanto faz-se necessário quebra de paradigmas acerca da efetivação de uma educação para a diversidade que acolha a todos e não perca a qualidade. Devemos provocar e criar condições de debater este assunto tão amplo nos dias atuais, podemos até errar na escolha da prática pedagógica, mas será a nossa tentativa de acerto, pois ainda não estamos preparados para viver com as diferenças.

Educação integral um novo olhar para as práticas educacionais

FABIOLA SILVA MATOS [email protected]

Luciana Coelho

Educação integral na perspectiva atual é a ação estratégica que visa garantir a atenção e o desenvolvimento integral de crianças e adolescentes que vivenciam constantes e intensas transformações no mundo contemporâneo. Sua função no sistema de ensino consiste em permitir acesso a variados conhecimentos entre diferentes gerações e culturas, sejam regionais, nacionais ou internacionais. A escola de tempo integral proposta atualmente pelo Ministério da Educação, visa ampliar tempos, espaços e oportunidades através de políticas setoriais envolvidas, possibilitando a todos o direito de aprender. Nesta perspectiva surgiu à necessidade de investigar o desafio diário enfrentado por professores comunitários e comunidade escolar das escolas municipais participantes do Programa Mais Educação. A pesquisa analisou as práticas do professor comunitário, na busca da construção da escola integral de qualidade. A pesquisa se caracteriza como qualitativo- exploratória. Apresenta os seguintes aspectos metodológicos: análise documental e a observação do cotidiano escolar, com foco na prática do professor comunitário frente às atividades desenvolvidas. Os resultados deste estudo evidenciam: ausência de ambientes adequados para realização das aulas falta de um material didático apropriado e ausência de um planejamento das atividades a serem executadas pelos professores. Desta forma, compreende-se que a escola integral deve ser planejada como ação permanente, não se tratando do aumento no tempo da escola, nem da abertura de espaços para que ocorram atividades extracurriculares, assistencialistas e complementares.

Educação Multicultural: a performance contribuindo para o ensino em inglês

LARISSA CORREA MARTINS

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Esta pesquisa faz parte do Grupo de Pesquisa Linguagem em Atividades do Contexto Escolar, se insere na temática Linguagem, Criatividade e Multiplicidade e também no Programa de Extensão Universitária Ação Cidadã (fase 3), especificamente no segmento Educação Multicultural: Oficinas Temáticas, regido por um Grupo Gestor (GG) (Liberali e Wolffowitz Sanchez, 2008). Seu objetivo é compreender a contribuição da performance na Educação Bilíngue. O quadro teórico fundamenta-se na TASHC (Teoria da Atividade Sócio-Histórico-Cultural), no ensino bilíngüe Mejía (2002), e, principalmente, na performance (Holzman, 2008). A metodologia colaborativa dessa pesquisa se organiza por meio da análise e interpretação das aulas planejadas pelo GG e lecionadas em um Instituto localizado na Zona Oeste de São Paulo. Nesta pesquisa, viso estudar o papel da performance para o ensino em inglês, observando os traços desse ensino no contexto de Oficina Temática. A coleta dos dados referentes a esses momentos é realizada por meio de vídeo-gravações, anotações e descrições das aulas. A análise inicial dos dados, utilizando os elementos verbo-visuais de descrição e argumentação, sugere que a performance das professoras serviu de instrumento para que as performances dos alunos se configurassem como objeto para a vivência em língua inglesa. Com isso, os alunos se puderam criar conversas e performar-lás em outra língua, construindo, assim, a possibilidade

de ir além de si mesmos.

Ensino Bilíngue como proposta de expansão do conhecimento de mundo do aluno

LAERTE CENTINI NETO [email protected]

A pesquisa em questão se insere no Projeto Educação Bilíngüe: Oficinas Temáticas (AB: OT), que, por sua vez, faz parte do Programa de Extensão Universitária Ação Cidadã (PAC-fase 2). A pesquisa também faz parte do Grupo de Pesquisa Linguagem em Atividades do Contexto Escolar (LACE), assim como da temática Linguagem Criatividade e Multiplicidade (LCM). O Projeto AB: OT é desenvolvido por um Grupo Gestor (GG), formado por pesquisador-formador e alunos-professores. A intenção desta pesquisa é estudar como a educação em forma bilíngüe pode ser usada como proposta para expansão do conhecimento de mundo de alunos, jovens de 12 a 16 anos, para que considerem possibilidades de superar as dificuldades impostas pelos fatores do ambiente sócio-histórico-cultural em que vivem. A Teoria da Atividade Sócio-Histórico-Cultural (TASHC) é a base do quadro teórico que aponta a atividade mútua de sujeitos, em contextos institucionais específicos, determina dos contextual e historicamente. Para estudar a relação entre a atividade de educação bilíngüe e a construção de cidadania é fundamental entender os conceitos de educação bilíngüe e aprendizagem expansiva (Engestron, 1991) no quadro do TASCH. Essa pesquisa é crítico-colaborativa e se organiza para a análise e a interpretação das duas aulas planejadas pelo

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GG e lecionadas em um instituto da Zona Centro-Oeste de São Paulo. A coleta dos dados referentes a esses momentos foi realizada por meio de vídeo-gravações, anotações, transcrições de aulas e reuniões e de entrevistas com membros da comunidade escolar (alunos, pais, professora de classe, coordenadora). Os resultados indicam que as Oficinas Temáticas contribuem de fato para expansão do conhecimento de mundo do aluno e o verdadeiro desafio consiste em organizar um plano de ensino com foco na aprendizagem expansiva. A pesquisa também evidenciou a necessidade de mais pesquisas quanto ao tema da atividade expansiva.

Ensino de inglês para crianças não alfabetizadas

SANDRA FERREIRA ALENCAR DOS SANTOS [email protected]

Na atual conjectura, e devido a estudos mais aprofundados de neuro-linguística, entramos em era onde cada vez mais cedo as crianças começam a estudar línguas estrangeiras, em especial o inglês. Então nasce o grande desafio: como ensinar inglês para crianças não-alfabetizadas de forma interessante e sem comprometer seu desenvolvimento na sua língua materna? Vamos abrir essa discussão e apresentar o trabalho que temos desenvolvido com nossas crianças entre quatro e cinco anos.

Espaço de leitura na/da Educação Infantil ao âmbito hospitalar

GLEICE APARECIDA DE MENEZES HENRIQUES & RAFAELA DE OLIVEIRA BAIO

[email protected] [email protected]

Atualmente tem havido um crescente reconhecimento da importância do espaço para o desenvolvimento da criança, sejam na creche, na escola ou até mesmo dentro dos hospitais na denominada classe hospitalar. Entendendo a construção desses espaços como algo eminentemente social, e indissociável com o tempo, é possível observar que o mesmo, sofre influências, sejam elas mediatas ou imediatas advindas da cultura e do meio em que os sujeitos estão inseridos. O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil chama a atenção para a necessidade de as crianças se apropriarem das diferentes linguagens, dentro do espaço de seu desenvolvimento, tendo como objetivo principal oferecer as crianças experiências significativas ainda na primeira infância. A construção da identidade e da autonomia deve se dá a partir de momentos prazerosos e lúdicos, respeitando sempre a realidade e o interesse de cada um. Como afirma Mikhail Bakhtin (2000): ―tomo consciência de mim, originalmente, através dos outros: deles recebo a palavra, a forma e o tom que servirão para a formatação original da representação que terei de mim mesmo‖. Neste sentido, destaco a importância do outro na interpretação que fazemos do mundo à nossa volta. Cabe ao educador, portanto sejam na escola ou no hospital, nortear sua prática pedagógica através dos mais variados recursos que promovam o desenvolvimento +da linguagem, em nossas crianças, por meio da contação de histórias, dos brinquedos cantados, de dramatizações ou

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do faz-de-conta etc. É imprescindível que as propostas traçadas valorizem sempre o lúdico, pois, brincando (sozinhas, com outras crianças ou adultos) de diferentes maneiras, ao longo do tempo, a criança vai se constituindo como sujeito único, diferenciando-se do outro, compreendendo valores e noções como cooperação, sensibilidade, imaginação e solidariedade, entre outros. Portanto a organização das salas de aulas, seja ela hospitalares ou não, tem influência sobre os sujeitos freqüentadores, incluindo assim o professor. É nesta concepção que cabe ressaltar a importância de um planejamento cuidadoso, principalmente no que se refere ao espaço físico, pois como sabemos o espaço é primordial para o desenvolvimento psíquico, cognitivo e social dos alunos, este representa um cenário riquíssimo de significados e representações.

Espect-atuando: percepção para ação. O olhar do curinga sobre o espect-ator

REBEKA LÚCIO E NEVES

[email protected]

O Teatro do Oprimido é um método teatral que busca desenvolver potencialidades artísticas, através do trabalho com a linguagem humana, de modo a permitir descobertas e re-descobertas, quebrando a mecanicidade habitual. Augusto Boal, criador desse método, prima pela essência e pelo diálogo, logo, define o Teatro como a ―linguagem humana por excelência‖, a ―arte de nos vermos vendo‖, pois ―o ser humano é o único animal capaz de se auto-observar e criar metáforas‖. Para Boal, todo indivíduo é Teatro e pode fazer Teatro, por isso a transformação dos espectadores em espect-atores, indivíduos que deixam de ser depositários e passam a reflexionar, a interferir na cena. Este trabalho investiga essa transição, o que instiga o espectador, a priori ser passivo, a tornar-se atuante, a substituir o protagonista-oprimido. O espect-ator pensa ou sente? Como o Curinga, mediador de uma sessão de Teatro Fórum, percebe a plateia? O espetáculo de Teatro Fórum, vertente do Teatro do Oprimido, expõe uma cena baseada em fatos reais, na qual opressores e oprimidos entram em conflito de modo claro e objetivo, sendo que o oprimido fracassa e o público é convidado a propor alternativas ao problema apresentado. Propor em cena, com ação. A referente pesquisa que realizou entrevistas com vinte Curingas, observou que a transitividade na Cena Fórum é influenciada pela postura do Curinga e pelos elementos técnicos Dramaturgia e Aquecimento de Plateia. A reflexão identificatória é suscitada no assistente que irá perceber-se, pensar e sentir, tendo sua intervenção modulada pelo nível identificatório.

Estudo acerca de como é visto e tratado o Bullying pelos alunos do 3º ano do Ensino Médio da Escola Estadual Liceu do Conjunto Ceará

FRANCISCO ARAUJO BARROS [email protected]

Fabíola Silva Matos

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A violência é um ato que provoca constrangimentos entre os envolvidos e uma de suas formas de apresentação no âmbito escolar é o Bullying que, quando não causam sequelas físicas esse comportamento provoca consequências psicológicas ou emocionais em suas vitimas. O objetivo desta pesquisa qualitativa – comparativa foi coletar e verificar os dados sobre a existência de casos de violência física e psicológica presente entre os alunos do 3º ano do Ensino Médio, nos turnos da manhã, tarde e noite, do Colégio Estadual Liceu do Conjunto Ceará, situada na cidade de Fortaleza, estado do Ceará. Com o intuito de descobrir como os alunos veem essa violência dentro da escola. O estudo foi conduzido a partir de um questionário semi-estruturado com perguntas abertas e fechadas contendo questões dissertativas e de múltiplas escolhas, sendo um questionário de 30 questões para o corpo discente do 3º ano do Ensino Médio (APÊNDICE I) e de 15 questões para a direção (APÊNDICE II). Participaram 88 alunos, sendo 30 alunos do turno da manhã, 23 do turno da tarde e 35 do turno da noite. Nos resultados procurou-se especificar além dos tipos de violências físicas e psicológicas mais comuns, o local de maior incidência, os causadores desta violência, o turno em que elas são mais frequentes e a maneira como a escola trata os casos de Bullying dentro da escola. Assim foi possível concluir que os alunos já se acostumaram com certas formas de, e por se repetir constantemente, acabou-se se tornando algo do cotidiano.

Estudos e práticas compartilhadas na construção da autonomia

ANA KILVIA OLIVEIRA LOPES

[email protected]

Andreza Tiara Coutinho Braga Maria Josefa de Souza Vasconcelos

Silmara Monteiro Paes

O trabalho traz experiências de um grupo de estudo formado por alunas do curso de Pedagogia da FA7 e que tem por objetivo a discussão das teorias psicogenéticas e a relação com a prática desenvolvida por esse grupo durante a atuação pedagógica nos estágios supervisionados. O grupo busca a construção de uma autonomia profissional capaz de se reverter em práticas pedagógicas na escola e na sala de aula e que favoreça a constituição da autonomia das crianças. Para o desenvolvimento do trabalho do grupo procedemos a realização de um levantamento bibliográfico com o intuito de explorar os pressupostos teóricos de autores como Piaget, Vygotsky e Wallon acreditando que as contribuições desse referencial para as práticas pedagógicas passam essencialmente pela possibilidade de se compreender as dinâmicas dos processos de ensino e de aprendizagem. O grupo se constitui de quatro alunas com atuações diferenciadas na gestão da escola, na educação infantil e no ensino fundamental. Os encontros acontecem semanalmente sob a coordenação da professora Selene Penaforte. A cada encontro é feita a discussão de um tópico selecionado aprofundado pela leitura dos livros e textos. Uma vez por mês contamos com a participação de um

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convidado externo ao grupo para contribuir com o tema. Dentre os temas já abordados destacamos os fundamentos da epistemologia genética, os fatores de desenvolvimento, os estágios de desenvolvimento, a relação entre desenvolvimento e aprendizagem, dentre outros. Os estudos tem nos permitido superar a dicotomia teoria-prática a partir da reflexão-ação-reflexão em relação à prática pedagógica realizada e os avanços conceituais alcançados a partir dos estudos de grupo. Verificamos que os estudos e reflexões feitas nos abrem a perspectiva de uma compreensão maior dos processos de desenvolvimento humano e da ação docente contribuindo para uma atuação profissional fundamentada nu ma visão integrada do processo educativo.

Evidências e contrastes: uma proposta de autoconfrontação

entre formação continuada e prática docente no município de

Cruz

GILVANIRA FREITAS [email protected]

Jeane Felix

Este trabalho tece algumas considerações sobre a prática docente de professoras do segundo ano do ensino fundamental do município de Cruz, localizado no interior do Ceará. A pesquisa apresenta o desdobramento da experiência de formação de professores, através de intervenções pedagógicas que se deslocaram do espaço de formação para as salas de aula. Formadora, professoras e alunos são os sujeitos envolvidos nesta situação de pesquisa, na qual se pode observar a junção entre objeto-instrumento-sujeitos. A aprendizagem dos alunos seria o objeto, a mediação das docentes o instrumento, e como sujeitos os educandos, a formadora e as professoras. A observação das atividades docentes, antes mediadas pela formação continuada, possibilitou uma empírica intervenção entre teoria e a prática. Na qual, a própria formadora, das professoras do município, pode se confrontar com a realidade e contrate entre os temas debatidos em formação e as vivências de sala de aula, tornando, então, possível, segundo Clot (2006), uma proposta de autoconfrontação, para se apreender o movimento do sujeito na relação com a realidade. A referência teórico-metodológica de Clot, principal influência deste trabalho, parte de uma perspectiva sócio-histórica dialética, embasadas em Vygotsky, que considera “que é somente em movimento que um corpo mostra o que é” (VYGOTSKY, 1991:74). Ainda, segundo Clot, a proposta de autoconfrontação, trata-se de um método de pesquisa qualitativo, cujo principal objetivo é o confronto do sujeito com a realidade, por meio da mediação de instrumentos externos, que possam fazê-lo ver a si mesmo em atuação e proporcionar reflexão sobre sua prática, induzindo, dessa forma, possibilidades de mudanças. No caso da experiência do município de Cruz, o instrumento externo foi a presença da própria formadora nas salas de aula, que por meio de duas intervenções direcionadas mobilizou as professoras a refletirem sobre suas ações. A primeira intervenção consistia na observação, da formadora, sobre a atuação da professora com os alunos e o material didático, a segunda, da observação da professora, diante da atuação da

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formadora com os alunos. Essa experiência evidenciou os contrastes dos temas debatidos e vivenciados na formação continuada e as reais condições da prática docente, nos contrates entre pensamento e real “se o real é contraditório, então que o pensamento seja pensamento consciente da contradição” (LEFEBVRE, 1979:174). Considera-se, então, que diante de situações reais, em que os sujeitos, formadora e professoras, observaram uma a outra, se mobilizaram frente suas ações, seja em sala aula com os alunos, ou em formação. Esse processo mediado pela observação, questionamento e reflexão foi um importante indutor de novas possibilidades de ações e mudanças.

Exposição sobre a evolução histórica científico-tecnológica do Colégio 7 de Setembro

ANA PAULA LEMOS [email protected]

Sara Passos Nottingham Regina Mendes Lopes

A atividade é um sistema coletivo derivado de um objeto e de um motivo. Realiza-se através de ações individuais dirigidas por objetivos. As ações, por sua vez, são realizadas por meio de operações rotineiras, que dependem das condições da ação. O Colégio 7 de Setembro sempre esteve à frente na questão da tecnologia, visando o ensino de qualidade. Portanto, compreender o passado e o que levou à evolução tecnológica permite reavivar a memória histórica, política e social da instituição, comumente integrada à história do Ceará, demonstrando o caminhar da instituição de acordo como o seu tempo. Nesse sentido, desenvolvemos ações através da investigação de instrumentos históricos e tecnológicos com os alunos do quinto ano, a fim de apresentar uma exposição histórica cintífico-tecnológica do Colégio 7 de Setembro.

Formação contínua e a construção dos sentidos do brincar na atividade de ensinar na educação infantil

GRASIELA MARIA DE SOUSA COELHO [email protected]

Este artigo foi construído a partir de estudos iniciados no Mestrado em Educação da UFPI na área de formação de professores. Partindo da vivência enquanto professora formadora, temos nos deparando com questões complexas que impelem a repensar as fragilidades curriculares da escola, o que fortaleceu a concepção de que é indispensável ao professor uma formação, tanto inicial como contínua, alicerçada num processo de investigação e pesquisa que tenham como foco a dialogicidade e reflexividade crítica. As discussões geradas em torno da atividade de ensinar na Educação Infantil dão realce à falta de subsídios teóricos, pois a formação inicial sozinha não dá conta da complexidade da atividade de ensinar, necessitando ao professor estar continuamente inserido em processos de formação para que

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possa criar e recriar sua própria prática com autonomia, considerando que no faz-de-conta, a criança ultrapassa os limites reais do seu desenvolvimento, agindo na zona de desenvolvimento proximal. Desta forma, a opção teoricometodológica deste trabalho recai na abordagem Sócio-Histórico-Cultural de Vigotski (2007, 2001) e na Pesquisa Colaborativa com foco na abordagem de Ferreira e Ibiapina (2007), Magalhães (2007, 2009) e Ibiapina (2007, 2008). O estudo se encontra em fase de formação do grupo colaborativo que participará desta pesquisa. Palavras-chave: Formação de Professores. Sentido. Colaboração.

Formação crítico-criativa de professores para educação

bilíngue

DANIELA APARECIDA VENDRAMINI ZANELLA [email protected]

Larissa Correa Martins Airton Pretini Junior

Este trabalho discute como a atividade de formação de professores na universidade com foco no ensino- aprendizagem em contextos multiculturais se constitui como lócus da atividade transformadora de produção crítico-criativa. O Grupo de estudos em educação bilíngue da Universidade de Sorocaba pauta-se no trabalho de intervenção do grupo de Educação Bilíngue do Programa de Ação Cidadã (PAC), do Grupo de Pesquisa LACE da PUC- SP. Esse programa de extensão visa, entre outros objetivos, desenvolver a percepção das necessidades dos contextos específicos de ação (creches neste projeto) e organizar ações concretas, em contextos diversos assim como no escolar e na relação com a comunidade com foco na Ação Cidadã. Esta discussão se integra a uma pesquisa crítica de colaboração Pccol (Magalhães, 2009) em andamento que, numa perspectiva sócio-histórico-cultural, toma conceitos vygotskyanos do brincar, ZPD e criatividade. Os encontros de formação acontecem na universidade com alunos de Letras. Os dados são produzidos nesses eventos, em que, apesar da formadora seguir um planejamento, novas etapas de como planejar aulas em inglês, ilustradas por Liberali (2009), emergem a partir das reflexões e lacunas das apresentações dos alunos. O recorte foi analisado pelas características enunciativo-discursivo-linguísticas que permitiram distinguir as formas de produções crítico-criativas desenvolvidas com os professores em formação.

Formação de equipe diretiva: um caminho para a formação contínua na escola

FERNANDO VENÂNCIO DA COSTA [email protected]

Esta apresentação tem como objetivo apresentar e discutir questões sobre um projeto de mestrado em andamento que tem como objetivo geral desenvolver formação crítico-reflexiva contínua de uma Equipe Diretiva (ED) (coordenadora,

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diretora e vice-diretora) de uma Escola Estadual de Ensino Fundamental (1º a 5º anos) de tempo integral localizada na Zona Oeste de São Paulo. Esta pesquisa está inserida num projeto de extensão cujo foco está na leitura e escrita como instrumento de ensino-aprendizagem – LEDA – Leitura e Escrita nas Diversas Áreas - fase 3, coordenado pela Profa Dra Cecília Magalhães (PUC-SP), parte integrante do Programa de Extensão Ação Cidadã, coordenado pela Profa Dra Fernanda Liberali (PUC-SP). O Objetivo do LEDA é a formação de Grupo de Apoio (GA), Equipe Diretiva (ED) (diretora, vice-diretora e coordenadores) e de pesquisadores (alunos de MS, DO e IC) para compreensão e transformação de sentidos e significados que embasam as práticas escolares com leitura e escrita. Leitura e escrita são entendidos como meios para aprendizagem e desenvolvimento em projetos planejados na escola, de modo a atender as necessidades dessa escola e de sua relação com a comunidade maior. O objetivo específico do presente projeto é compreender os sentidos e significados que embasam as ações e discursos da ED e os padrões de colaboração que embasam as ações e discursos dos pesquisadores e da equipe diretiva nos encontros de formação e sua relação com transformações observadas em reuniões posteriores. O foco está no compartilhamento de significados e nos modos como são enfocados os sentidos que embasam ações, discursos e discussões e outros momentos, revelando criticidade e desenvolvimento. A base teórica da pesquisa está na Teoria da Atividade Sócio-Histórico-Cultural (Vygotsky, 1934/2008; Leontiev, 1978/2004; Engeström, 1999). A discussão de colaboração crítica está relacionada às categorias marxistas de colaboração e contradição e aos conceitos de mediação e Zona de Desenvolvimento Proximal (ZPD) os quais propiciam uma compreensão das várias formas de ação humana, mediadas por instrumentos. A base teórico-metodológica está apoiada na pesquisa crítica de colaboração (Magalhães, 2009). Os dados estão sendo produzidos e coletados em reuniões entre pesquisadores externos (Elvira Aranha e o autor deste projeto) e a ED a cada 15 dias para discussões teórico-práticas, com foco na organização da leitura e escrita nas salas de aula dos diversos professores. Os critérios para a seleção dos trechos dos turnos que comporão a análise dos dados enfocam a análise de escolhas lexicais para compreensão do conteúdo temático, das interações e dos sentidos iniciais dos participantes. (kerbrat-Orecchioni, 2006; Liberali e Magalhães, 2009) Palavras-chave: Formação da equipe diretiva. Sentido e Significado. Teoria da Atividade Sócio-Histórico-Cultural.

Formação de leitores: ressignificando a leitura por meio dos gêneros

RACHEL ÂNGELA RODRIGUES DIAS

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Na perspectiva da formação de leitores conscientes da função social da leitura, que fossem capazes de usá-la para apropriarem-se do conhecimento, percebendo-a, também, como um recurso de interação com o mundo, a Supervisão, a Coordenação de Língua Portuguesa e as professoras do Fundamental I do Colégio 7 de Setembro (do 2º ao 5º ano) selecionaram livros

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de literatura infantil de variados gêneros (fábulas, contos maravilhosos, contos de mistério, relatos memorialistas, lendas, biografias, poesias, inclusive as de cordel, histórias em quadrinhos, gênero dramático e um pequeno romance) e elaboraram projetos por meio dos quais os alunos, ao longo do ano letivo, assumiram papéis protagonistas como na contação de histórias, na produção de textos dos mesmos gêneros lidos, atuando em dramatizações, elaborando resenhas, enviando cartas ao autor, entre outras atividades, pelas quais os alunos puseram-se em contato com os gêneros de forma concreta e produtiva, em situações reais de aprendizagem.

Formação de professores: novo olhar sobre o saber fazer

pedagógico Autoritário

DENISE APARECIDA GOMES DOS SANTOS [email protected]

Fernando Venâncio da Costa

Este projeto tem por objetivo analisar os modos de posicionamento e de dizer dos docentes visando à formação de educadores como agentes colaborativos e críticos dentro de um espaço escolar (Magalhães, 2004). Será embasado na compreensão através da Linguística Aplicada como transgressiva (PENNYCOOK, 2006), que se propõe a quebrar regras e provocar o confronto/contradições entre os membros do grupo envolvidos, apontando uma posição reflexiva através de novos sentidos e significados que permeiam a prática pedagógica e a realidade do ensino-aprendizagem desenvolvida dentro do âmbito da Escola Estadual Presidente Bernardes, na cidade de Pouso Alegre. Desenvolver-se-á a partir dos confrontos provocados pela práxis de colaboração e contradição entre professores, grupo de apoio – GA e equipe diretiva – GD, através dos discursos dialógicos e dialéticos nos contexto escolar, que permitirão reconhecer, através da investigação da constituição histórico-pedagógica, das práticas discursivas as constituição/consciência (LEONTIEV, 1978; VYGOTSKY,1987) no micro e macro espaço social. A pesquisa se constituirá em uma continuidade do resultado da dissertação de mestrado (SANTOS, 2007) cujo objetivo central foi compreender que sentidos permeiam o uso do grafite em sala de aula, através do suporte teórico da Análise de Discurso da linha francesa. Por esse viés, a execução da pesquisa e análise do corpus conduziu à verificação, por um lado os efeitos do discurso pedagógico autoritário perante o sujeito-aluno e, por outro, do grafite como estratégia de resistência perante a ideologia do sistema escolar brasileiro. Ao se comparar a observação de Vigotsky, Leontiev, Liberali, Magalhães, Duarte, Marx e outros com o sentido presente no discurso do sujeito-aluno, o silêncio, verifica-se possibilidade de transformação (JOHN-STEINER, 2000) (SHÖN,2000), (MOITA LOPES,2006), (MAGALHÃES,2004), (PONTECORVO , 2005), (PENNYCOOK, 2006) et al. Nesse contexto, a proposta é provocar, em todos, novas compreensões do que significam as práticas pedagógicas diárias em relação às necessidades do contexto em que estão situadas e às teorias que as embasam, instrumentos de reflexão intencional e crítica sobre os sentidos do objeto em discussão.

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Formação de valores na educação infantil: uma abordagem lúdica na disciplina de orientação cristã

VALDERLÉA ANDRADE ROCHA LIMA

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Objetivamos com esse relato de experiência socializar as performances criativas no que tange o trabalho com a disciplina orientação cristã na Educação Infantil do Colégio 7 de Setembro. A disciplina Orientação Cristã constitui=se como elemento curricular importante na dimensão formativa dos educandos no que concerne a formação de valores e comportamentos essenciais para uma vida mais cidadã e digna, tendo nos preceitos bíblicos sua principal referência. O mundo vive hoje uma crise de valores sem precedentes na história e nossas crianças estão imersas e absorvendo todas essas questões, gerando problemas sérios para a formação das suas personalidades. A concepção do que é certo ou errado está mais distorcida do que nos dias passados. Para tanto, é um grande desafio do nosso projeto didático oferecer tal formação de forma lúdica e prazerosa para as crianças da primeira infância. Tal projeto de ensino tem uma implicância atitudinal na vida dos educandos, contribuindo com a educação integral, cujo o foco é a ―educação dos valores‖ que leva o aluno do Núcleo Infantil o pleno desenvolvimento de suas capacidades morais, intelectuais, físicas, sociais, afetivas e espirituais para gozar de maneira plena e feliz. As principais abordagens metodológicas de nosso projeto são: contação de história, dramatizações, vídeos, música e artes visuais. Utilizamos de uma rica variedade de ferramentas didáticas atreladas ao lúdico e arte como aproximação significativa da cultura infantil, tornando os conteúdos extremamente significativos. A principal referência teórica de nosso trabalho são os autores sociointeracionista além de teóricos da teoria da ludicidade como Tizuko Morshida Kishimoto, Cipriano Luckesi e Santa Marli Pires dos Santos. Por tanto a disciplina é importante, por desejar contribuir na formação humana do aluno respeitando seus valores familiares e sociais dando ênfase nos conceitos éticos e morais, acreditando assim estar participando da sua construção e identidade do aluno enquanto ser humano formador crítico de opinião que venha fazer diferença nessa sociedade colocando em prática na sua vivência os conceitos adquiridos e que tem como objetivo geral desenvolver uma prática educativo em relação a formação de valores atrelados aos pilares do projeto ―O Caráter Conta‖.que é um importante projeto da escola que tem como objetivo a formação de valores através de 6 pilares conteudinais como: senso de justiça, solidariedade, respeito, cidadania, zelo e sinceridade.

Formação do professor de inglês no trabalho com surdos: e agora?

JOSÉ CARLOS BARBOSA LOPES [email protected]

O objetivo desta comunicação é discutir questões teórico-metodológicas que envolvem a atuação do professor de inglês com alunos surdos. Considerando a emergência de novas práticas de ensino-aprendizagem no contexto da

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educação de surdos, o professor de inglês se vê diante de um novo desafio linguístico-discursivo que enfatiza, entre outras coisas, o processo de formação crítica, as relações dialógicas na produção de conhecimento e as possibilidades de intervenção social. Tendo como base algumas pesquisas realizadas na área (Lopes, 2009; Sousa, 2008; Silva, 2005; Oliveira, 2007; Naves, 2003), a apresentação irá abordar aspectos culturais e linguísticos fundamentais para o desenvolvimento da pessoa surda atrelados aos objetivos atuais do ensino-aprendizagem de inglês como Língua Estrangeira (Liberali, Shimoura, Zinni e Fidalgo, 2007). O foco ainda recai sobre o diálogo entre Bakhtin (1929/1995) e Vygotsky (1934/2005) no que se refere à concepção de linguagem e seu valor na mediação do sujeito com a realidade e como elemento propulsor da constituição e transformação histórico-cultural do desenvolvimento humano. A articulação desse arcabouço teórico busca evidenciar a preocupação de se incluir todos no espaço escolar sem negligenciar o reconhecimento das diferenças e identificar quais mecanismos o professor poderá acionar de modo a romper as barreiras de assujeitamento às condições excludentes que impedem o intercâmbio social.

"Going to School" - Atividade Social no Minimaternal

DANIELE GAZZOTTI [email protected]

Este trabalho consiste no uso da Atividade Social ―Going to School‖ (Ir a Escola) para trabalhar as seguintes áreas do conhecimento: matemática, natureza e sociedade e linguagem com uma turma de mini-maternal em escola de educação bilíngüe. O conceito de atividade que inspirou a realização deste trabalho foi o postulado por Vygostky, que sugeriu que ―atividade socialmente significativa pode servir como princípio explanatório em relação à consciência humana e ser considerada como um gerador de consciência humana‖ (DANIELS et al, 2002 :111). Podemos dizer ainda, que para crianças muito pequenas, como as que vivenciaram esta atividade social, participar da vivência social é fundamental para o aprendizado, e está foi a razão pela qual escolhi a atividade ―Ir a escola‖ para trabalhar a atividade real de ―Ir a escola‖. ―It is a kind of understanding (and learning) that is indistinguishable from participating in the life process. Very Young children ―do understanding‖ in this way; they actually become knowers fairly late in the process of adaptation. Functioning as a knower requires a certain distance between oneself as the knower and what is to be known, and infants and babies simply lack this distance, their understanding (and knowing) is inseparable from their ongoing activity.‖( HOLZMAN, 1997: 45) Posto que a vivência de uma determinada situação social causa um aprendizado mais significativo e eficaz, utilizei da atividade ―Going to School‖ para refletir junto com as crianças quais as regras que compõe o ir a escola e o estar na escola, como agir, como relacionar-se, etc. O objetivo principal da atividade social era o ensino de Língua Inglesa, embora outras áreas do conhecimento tenham sido trabalhadas transversalmente e também houveram reflexões de cunho moral.

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Grupo gestor: uma experiência de formação em uma perspectiva de ensino bilíngue na educação infantil

EDNA OLIVEIRA DO CARMO

[email protected]

Esta pesquisa insere-se na Linguística Aplicada, entendida como uma ciência transdisciplinar, crítica e transgressora, central na compreensão da materialidade linguística. É objetivo desta comunicação apresentar os resultados de uma pesquisa relacionada a uma experiência de formação de professores-formadores e professores-alunos desenvolvida em 2009, na PUC-SP. Esta pesquisa teve como objetivo examinar dois momentos de contação de história infantis em inglês, em aulas de formação de professores, em uma perspectiva de ensino em contexto de Educação Infantil Bilíngue em uma creche de passagem conveniada do Estado de São Paulo que atende crianças de 3 a 4 anos com baixo poder aquisitivo e que nunca tiveram, anteriormente, aulas de ou em inglês. Metodologicamente, está embasado na Pesquisa Crítica de Colaboração (PCcol) que tem a reflexão crítica e a colaboração como centrais para a construção do conhecimento ( Magalhães, 2007). Os dados foram filmados em duas aulas, em uma creche conveniada. Os resultados revelaram que a professora-formadora criou contextos colaborativos, possibilitando a aprendizagem das professoras-alunas que num momento inicial, apenas observavam os modos de participação da professora-formadora com as crianças. A análise de papéis das participantes revelou, nas ações em sala aula e em momentos de contação de história, compartilhamento e apropriação de significados pelas professoras-alunas e pelas crianças. Os conceitos de contação de história, de Educação Infantil Bilíngue, do brincar possibilitaram a compreensão dos significados compartilhados na organização discursiva em sua relação com a questão central da responsabilidade social da Universidade.

Grupo Práxis: espaço colaborativo e de negociações de significados que se desenvolvem na atividade docente

MONIQUE MELO REINALDO [email protected]

Ana Erica Camilo Morais; Camila Pessoa Almeida; Darliane Bernardino dos Santos; Elys Vânny Fernanda Rodrigues de Oliveira; Érika Rodrigues de Castro; Francisca Karla de Oliveira Martins; Luciana Soares Néri; Mabelly Lima de Oliveira; Paula Monique da Costa Pereira; Rebeca Yasmim Sousa de Oliveira; Tarciana Neves Jordão Palmeira; Thábata Saunders Uchôa Craveiro; Thalita Germani de Oliveira; Yanna Karolina Melo de Abreu;

Esta apresentação objetiva compartilhar as investigações realizadas pelo Grupo de Estudo Práxis enquanto espaço de performances e negociações de significados que se desenvolvem na atividade docente. O Grupo Práxis está inserido no quadro de formação contínua de professores do Colégio 7 de setembro (C7S) e foi criado em 2009 pela equipe pedagógica constituído por

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estagiárias graduandas em Pedagogia, uma Supervisora e professoras da Educação Infantil e Fundamental 1. A criação do referido Grupo foi motivada pela construção do Projeto Político Pedagógico do C7S e das ações de cunho formativo que, na Cadeia Criativa, desenvolveram diferentes significados construídos pelos sujeitos das atividades, com vista à formação do professor crítico-reflexivo. O grupo é organizado e coordenado por seus componentes, através da autogestão e de atividades colaborativas, e atinge atualmente cerca de 25 docentes que atuam no Núcleo Infantil do C7S, da s sedes Centro e Aldeota. Para tanto, o Grupo está fundamentado na abordagem teórico-metodológica da Teoria da Atividade Sócio-Histórica-Cultural (Vygotsky 1934/1997; Leontiev, 1959/ 1998 e Engestöm, 2003), na visão de professores críticos-reflexivos (Liberali, 2004; Magalhães, 2002) e tem na centralidade da colaboração para a transformação de professores (Magalhães, 2004) o foco do trabalho, desde o planejamento dos encontros às análises da teoria que balizam o fazer pedagógico. Os dados analisados neste trabalho são provenientes da análise de performances dos professores na Monitoria da Práxis, um dos papéis que compõem a divisão de trabalho. Essa distribuição de papéis é definida a cada encontro. O desempenho do papel supracitado visa registrar atividades das práticas pedagógicas planejadas de acordo com os encaminhamentos da teoria estudada ou ilustrando as reflexões. E os resultados iniciais mostram que a tarefa de planejar os encontros e a s performances da Monitoria da Práxis (Holzman, 1997) tem papel fundamental na construção da postura crítica dos professores, assim como contribui para a formação de pesquisas crítico colaborativas, que pressupõem as trocas entre os partícipes para a investigação e produção do conhecimento científico. Uma vez que a partir da prática docente, são decididas atividades para análise, atividades estas que, após análise, performatizam mediações em sala e ressignificam o estudo, o debate e a própria ação docente. Palavras-chave: colaboração,divisão de trabalho, atividade docente.

Jogos e brincadeiras na pré-escola: aspectos positivos na formação dos educandos

LUCIANA DE ANDRADE COELHO

[email protected]

Fabiola Silva Matos

Este artigo trata a respeito de jogos e brincadeiras na Escola, com a finalidade de orientar professores e demais profissionais que atuam no seguimento da Educação Infantil, sobre a importância da aplicação destas atividades no ambiente escolar como prática pedagógica que facilita um melhor desenvolvimento motor, afetivo e cognitivo em crianças com idade até 7 (sete) anos. Procurando estabelecer fatores relevantes que incentivem o ato de brincar, foi realizado este estudo com base em pesquisa de abordagem qualitativa, advinda de autores engajados com o processo de aprendizagem que atuam na Pedagogia, na Psicopedagogia, na Educação Física e na Psicomotricidade. Neste sentido, descreve-se sequencialmente configurações sobre o Ensino Infantil no Brasil, características das brincadeiras, classificação dos jogos com suas contribuições e a presença do lúdico no ambiente escolar,

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que valoriza a cultura infantil e ainda é capaz de tornar a escola um local agradável, estimulante e interessante. A recreação infantil é considerada de suma importância nos primeiros anos da vida escolar de uma criança. É neste período que a criança forma hábitos, atitudes, valores e esquemas de raciocínio que vão traçar as linhas de sua personalidade e experimentar novas atitudes/posturas, percebendo-se sujeito histórico. Os jogos, as brincadeiras e o lúdico, são atividades que fazem parte do universo infantil e têm sua importância como manifestações culturais, além de trazerem inúmeros benefícios biopsicossociais. Esses fatores presentes no ato de brincar são imprescindíveis no processo de desenvolvimento psicomotor na 1ª infância, com aquisição das habilidades motoras infantis, por influenciarem diretamente no desempenho escolar e na qualidade de vida destas crianças. Possibilita ao educador aliar abordagens conceituais, procedimentais e também atitudinais. A ludicidade é vista como estímulo positivo no desenvolvimento pleno da criança em todas as suas capacidades, e é através de um correto incentivo e direcionamento, que o jogo e a brincadeira se transformam em poderosa ferramenta mediadora na apreensão destes conhecimentos durante este processo de construção de saberes.

Jogos, brincadeiras e a gramática

DANIELLI TSUNODA

[email protected]

Iris Vanessa Alves Marques Annunciato Helen Cristina Vieira Costa

―Uma das primeiras tarefas da escola é ,pois, proporcionar uma pedagogia da cultura escrita que considere muito concretamente experiências infantis . As aquisições extra-escolares efetuadas em casa , no bairro ou na rua podem e devem servir de ponto de apoio para as aprendizagens feitas em aula.‖ Chartier et al (1989,p50). O objetivo deste trabalho é apresentar estratégias prazerosas para o ensino da gramática.

Leitura e produção de texto em um cursinho comunitário pré-vestibular

ROMUALDO MATOS DA SILVA [email protected]

Este trabalho buscou analisar os resultados de uma proposta didática, organizada em módulos de ensino (Sequencia Didática), a partir da perspectiva dos gêneros do discurso, em um cursinho pré-vestibular, destinado a alunos afrodescendentes e de baixa renda. A partir da elaboração e aplicação de um material didático específico para o público citado, pretendemos trabalhar algumas capacidades de leitura e de produção escrita, a partir do gênero jornalístico ―Artigo de Opinião‖, com ênfase especial nas capacidades de leitura. Procedemos ao levantamento das necessidades de ensino, por meio da análise das propostas de produção escrita do Exame Nacional do Ensino

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Médio (ENEM), bem como dos vestibulares de duas universidades públicas paulistas (Fuvest e Unicamp). Em seguida, procuramos diagnosticar as possibilidades de aprendizagem dos alunos, a partir de uma proposta de produção escrita (produção inicial). Por último, comparamos essa produção inicial com uma produção final, solicitada ao final do programa de ensino, para analisarmos os resultados do processo ensino-aprendizagem, a partir da proposta didática apresentada. A perspectiva teórica deste estudo fundamenta-se na concepção do círculo de Bakhtin (1929 e 1934-35) sobre os gêneros do discurso, em diálogo com outras abordagens teóricas que tomam a língua em seu funcionamento discursivo, contextualizada e constituída sócio-historicamente. Assim, adicionam-se a esta reflexão teórica as contribuições de Vygotsky (1934 e 1935), no que diz respeito aos seus estudos sobre ensino-aprendizagem, a partir da discussão dos conceitos sobre Interação e Zona de Desenvolvimento Proximal. Por fim, as considerações finais ressaltam a necessidade do planejamento e da adequação dos materiais didáticos utilizados pelo professor, a partir das reais necessidades de ensino e das possibilidades de aprendizagem dos alunos.

Letramento crítico: perspectiva essencial para construção de uma identidade social

GERLYLSON RUBENS DOS SANTOS SILVA [email protected]

Este trabalho aborda temáticas relacionadas às práticas de ensino-

aprendizagem da Língua Materna sob a perspectiva do Letramento Crítico e da

formação cidadã. Aqui, irei demonstrar como o ensino da LM ainda está

atrasado apesar de grandes mudanças nas grades curriculares e nos objetos

metodológicos. Dessa forma, objetivo demonstrar como Letramento Crítico

seria a chave necessária para impulsionar o desenvolvimento de um ensino

eficaz e libertar a idealização da educação de línguas por meio de uma visão

unicamente gramatical e ―conteudista‖. Para fundamentar as reflexões, buscou-

se embasamento nas teorias propostas por Rojo encontradas no artigo

―Letramento e capacidades de leitura para a cidadania‖. A análise buscou apoio

em dados coletados no Programa Mais Educação do Governo Federal numa

escola pública de nível fundamental II. Durante um ano, foram observadas na

disciplina intitulada ―Letramento‖ novas metodologias eficazes na abordagem

de temáticas relacionadas a assuntos que circulavam o meio social dos alunos

através de gêneros discursivos, desenvolvendo uma nova capacidade crítica e

intelectual que até então não era uma prioridade real da escola e formando

uma construção sólida da conquista da identidade cidadã. Esse trabalho

recebe um tratamento qualitativo, pois visa uma avaliação da eficácia dessa

nova perspectiva de ensino quanto a sua função crítica. A análise revelou

grande avanço dos alunos em relação aos seus respectivos sensos críticos e

uma visão mais ampla que os estudantes adquirem quando são incentivados a

considerar diversas posições pautadas no âmbito sócio-histórico e cultural. Em

decorrência disso, esse estudo reafirma a importância de ações metodológicas

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inovadoras em sala de aula que carreguem consigo perspectivas letradas que

ativem a participação dos estudantes, seja nas atividades de leitura e escrita,

seja nas análises linguísticas e literárias.

Palavras-chave: Letramento Crítico. Formação Cidadã. Ensino-Aprendizagem

de Línguas.

Linguagem e práticas pedagógicas no ensino médio do Piauí

MARIA DO ROSÁRIO DE FÁTIMA DE ALENCAR ALBUQUERQUE [email protected]

Os avanços tecnológicos têm redefinido a educação e da formação de sujeitos, de forma que compreendam o sentido da atividade humana, visando à satisfação de suas necessidades, materializadas no trabalho e no processo sócio-histórico das relações sociais. Isto requer o desenvolvimento da linguagem escolar e suas relações com o contexto, entendido como um modo de ação social por meio do qual as pessoas estão agindo no mundo. Isso quer dizer que, quando compreendemos, escrevemos e falamos, estamos envolvidos em um ato social de interação, por meio da linguagem, na construção da vida social, ou seja, dos significados, dos conhecimentos e de nossas identidades sociais. O presente estudo pretende, com base em levantamento bibliográfico e na análise de questionários aplicados em 26 municípios piauienses a 259 professores e 241 alunos da disciplina Língua Portuguesa, do Ensino Médio do estado do Piauí, discutir aspectos na área de

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias. Os resultados apontaram, dentre outros, a falta da concepção de currículo adequada à política educacional vigente e à adoção de práticas pedagógicas descontextualizadas e fragmentadas, em dissonância com a demanda da sociedade atual, de modo que não se tem, efetivamente, práticas interativas da linguagem como geradoras da ação comunicativa identitária que pressupõe um jogo de interlocução entre o sujeito e o contexto verbal, o não verbal, a informatividade, a reflexão, a dialogicidade, e a articulação entre os diversos gêneros textuais. Observou-se, ainda, que no Ensino Médio não se alcançou os níveis de prioridade que a atual política educacional do país requer, devendo-se isso a diversos fatores, tanto de natureza externa, caracterizados pela falta de material adequado, a formação inicial inadequada, a inexistência de propostas curriculares locais e atitudes de conformismo dos atores envolvidos no processo educativo para o alcance dos objetivos propostos. Palavras - chave: Linguagem. Ensino. Práticas pedagógicas. Subjetividade

Macunaíma: “o direito de expressar a 'gramatiquinha' da fala brasileira”

AUREA LÚCIA MIRANDA [email protected]

O presente trabalho centra-se na obra Macunaíma, de Mário de Andrade, destacando o projeto de identidade nacional construído pelo autor por meio de

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seu trabalho especial com a linguagem. Trata-se de um estudo que busca evidenciar a necessidade de desvelamento da gênese da obra como forma de identificação da real intenção de Mário em seu processo de arquitetura textual, dado o contexto histórico- literário da época em que se encontra inserida a produção. Nesse sentido, a investigação busca subsídios que revelem os seguintes aspectos: em que medida a oralidade contribui para a consolidação dos propósitos do autor no que se refere ao projeto de construção da identidade nacional; qual o papel das escolhas lexicais – emprego de palavras de origem indígena, termos regionais; o que representa a utilização da linguagem pomposa e empolada, na passagem da Carta pras icamiabas, uma das manifestações mais explicitas, nesta obra, do autor no que se refere à questão estudada, a consolidação de uma língua nacional. Considerando a riqueza na obra de Macunaíma, esta pesquisa circunda apenas algumas das infinitas vertentes que permeiam um estudo linguístico como um todo, ou seja, buscando-se entender, sobretudo, a insistência com a escrita ―oralizada‖ Para isso, estão sendo realizadas constantes e diferentes leituras, na tentativa de colher vasto material, para que a pesquisa seja uma via que possa contribuir, de antemão, para a clareza de intenções, das quais se valeu Mário de Andrade. Palavras-chave: Desvelamento da gênese da obra. Intencionalidade. Oralidade.

Meio ambiente, qual a sua contribuição?

VANESSA DE CARVALHO FORTE

[email protected]

Carin Rochane Costa de Araújo Luís Fernando Gomes Fernandes

Tiago Ferreira de Sampaio Albuquerque

O presente trabalho buscou suscitar nos alunos e demais sujeitos nele envolvidos, momentos de reflexão sobre a responsabilidade ambiental que cada cidadão deve exercer e o conhecimento dos recursos naturais a que temos acesso, diante das atuais problemáticas da sociedade contemporânea, como a ocupação humana desordenada, o crescimento contínuo das cidades, deslizamentos de terra, enchentes etc. O objeto de estudo foram os temas SOLO e ÁGUA, trabalhados com ênfase na sua importância, nos seus problemas e nas possíveis formas de sua preservação. Ao longo do projeto os alunos tiveram aulas teóricas para fundamentar sua pesquisa com base em artigos e textos informativos. Nosso público alvo foram alunos do 6º ano do colégio 7 de Setembro, bem como seus pais e a comunidade escolar. Utilizamos os laboratórios e as bibliotecas para estudos em grupos e confecção de materiais, como cartazes e maquetes, que buscavam retratar a atual realidade social, no que tange às relações de consumo dos recursos naturais em questão. A culminância do projeto se deu com uma exposição dos trabalhos, que ilustrava o quanto se faz necessária a mudança de comportamento e de atitude dos sujeitos com vistas à sustentabilidade do planeta. Por meio dessa atividade pudemos vislumbrar aspectos visionários de quem entendeu a mensagem e quer fazer a diferença, haja vista a mobilização

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dos alunos em socializar um pouco do que haviam internalizado com base nas pesquisas realizadas e nas discussões em sala de aula. Foi perceptível também o comprometimento dos alunos com gestos simples, porém relevantes para a preservação ambiental, como abolir da produção das maquetes o uso de isopor e os materiais não recicláveis ou retornáveis , bem como a atitude de deixar o espaço, após o uso, limpo e organizado. O projeto certamente contribuiu para a aprendizagem expansiva e a ampliação dos conceitos científicos (ENGESTÖM), além de possibilitar uma maior interação entre a comunidade escolar e a família.

Metacompetência

JOÃO DE FREITAS GADELHA NETO [email protected]

Este artigo procura veicular a importância da ―metacompetência‖ no perfil profissional dos professores e alunos dos mais diversos tipos de modalidades de ensino, como fomentadores da revolução social e tecnológica. Palavras Chaves: Perfil Profissional, Metacompetência, Diferencial competitivo, Responsabilidade Social, Tecnologias, Era da Informação.

Monitoria na mediação da aprendizagem do aluno surdo na educação a distância

WILLER CYSNE PRADO E VASCONCELOS

[email protected]

Andréa Michiles Lemos Profº Ms. Ernando Pinheiro Chaves

Com a evolução e expansão tecnológicas de produtos e serviços na sociedade contemporânea, a educação também se modifica para acompanhar tais inovações. Uma dessas mudanças é o uso de ambientes virtuais como ferramenta no processo de ensino e aprendizagem a distancia. Esse resumo tem o objetivo de apresentar o trabalho de monitoria como mediação na Disciplina de Aquisição da Linguagem do Curso de Letras/Libras (Língua Brasileira de Sinais), acompanhada no Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem (AVEA), de comunicação com os alunos através das ferramentas de Fóruns e CHATs durante o período de 29 de Março a 30 de Junho de 2010. Constatou-se que houveram poucos acesso ao AVEA, exceto para esclarecimentos de dúvidas das atividades propostas pelo professor da disciplina. Ressalte-se que alguns alunos, com a proximidade das avaliações, interagiram com o monitor para aprofundamento do conteúdo. Além disso, a pouca participação dos alunos surdos foi identificada, talvez por apresentarem dificuldades na leitura e escrita da língua portuguesa, pois a utilizam como uma segunda língua. Na realidade, sendo usuários da Libras, os alunos surdos utilizam-na como primeira língua para efetivar suas interações e mediação possível como o uso de vídeos em sinais a fim de obter uma maior frequência nos Fóruns e CHATs. Como resultado dessa prática, a monitoria contribuiu na conclusão de relatórios de frequência e participação dos alunos que foram

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entregues ao tutor da disciplina, pois serviram de instrumentos no Relatório de Avaliação de Ensino (RAE) e uma experiência docente a distancia com o uso das ferramentas virtuais para a realização das atividades da disciplina em questão e o aprofundamento dos seus conteúdos.

Negociando sentido e compartilhando significados: o brincar na atividade de ensino na educação infantil

MARIA AUXILIADORA RODRIGUES [email protected]

Ivana Maria Lopes de Melo Ibiapina

Dentre os vários aspectos ligados à atividade de ensino, esta pesquisa pretende investigar os sentidos e os significados do brincar na atividade ensino infantil, tendo como objetivo compreender como o compartilhamento do significado de brincar expande os sentidos internalizados pelo (a) professor (a) que atua na educação infantil. Este estudo está sendo realizado segundo os princípios da Teoria da Atividade Sócio-Histórico-Cultural Vigotski (2001, 2007), na perspectiva crítica de pesquisa de colaboração Magalhães (2006), Ibiapina (2007) e segundo os propósitos do PIBIC/CNPQ e do Grupo de Pesquisa FORMAR da UFPI. Os dados serão construídos a partir de sessões e entrevistas reflexivas e analisados com base no que propõe Bronchat (1997). Com este projeto que ainda se encontra em fase de revisão de literatura pretendemos identificas de que forma os sentidos internalizados sobre o brincar foram expandidos pelo compartilhamento dos significados compartilhados pelos participantes da pesquisa.

Novas propostas metodológicas para o ensino e a aprendizagem de química na educação básica

EDNEIDE MARIA FERREIRA DA SILVA

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A abordagem do presente trabalho está na observação da rejeição e consequente dificuldade dos alunos na aprendizagem das disciplinas da área de Ciências Exatas e da Terra, com destaque para a Química. Acredita-se que esse fato esteja associado principalmente ao desconhecimento do aluno sobre o significado do ensino de Química na formação do cidadão, inviabilizando o desenvolvimento dos mesmos no exercício consciente da cidadania e, portanto, estando contra as determinações da Constituição Brasileira e da Legislação de ensino. Assim, o professor tem papel fundamental, pois através de abordagens correlacionadas ao cotidiano do aluno é possível que o mesmo possa identificar aspectos químicos em fatos que o cercam diariamente. Por isso propõe-se o uso de Temas Sociais para introduzir os tópicos Químicos do currículo escolar, pois certamente esse tipo de abordagem torna o aluno mais participativo e envolvido com a disciplina. Para que esse processo ocorra de forma mais receptiva pelo aluno, sugere-se a aplicação de Temas Geradores

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como proposta pedagógica, já que é facilmente aplicável a qualquer disciplina, podendo abordar conhecimentos diversos, além de suas interações. Baseando-se nessa proposta foi desenvolvido um projeto em uma escola do município de Maracanaú, região metropolitana de Fortaleza, tendo como tema a Compostagem onde foi possível comprovar a viabilidade de se trabalhar com essa proposta pedagógica, haja vista que os alunos apresentaram maior interesse e comprometimento na realização das atividades escolares, não apenas na disciplina de Química, e já não mais aceitavam o conhecimento passivo estando sempre em busca de informações sobre os assuntos abordados em sala de aula. Neste trabalho ainda foi confeccionado um material de apoio ao professor voltado para o ensino médio, usando o mesmo tema gerador. Nele é possível encontrar sugestões de atividades usando a Compostagem ou não, pois se o professor preferir pode adaptar para outro tema.

O bullyinng no cotidiano da escola: construindo a conscientização da comunidade escolar, como meio de prevenção

MARIA ROSENEIVA LIMA BARRETO

[email protected]

Adriana Pinheiro Rodrigues Ivana Caldas Teixeira

Chrycia Crisóstomo Oliveira

―A luta antibullying deve ser iniciada desde muito cedo, já nos primeiros anos de escolarização.‖ (Silva, Ana Beatriz B.p.173, 2010). A parceria nas atividades escolares dos setores do Colégio 7 de Setembro nos levou a compartilhar o conhecimento sobre bullying, ato intencional, doloroso e persistente que maltrata e coloca alguém sobre tensão, com uso de agressividade física e/ou psicológica com fins destrutivos. O Bullying sempre existiu, no entanto, a influência da internet fez com que suas consequências ultrapassassem os muros da escola. Como uma ação preventiva o Serviço de Orientação Educacional desenvolveu atividades visando destacar as responsabilidades de toda comunidade escolar nesse processo, formando não apenas os professores (com palestra ministrada pelo psicólogo Marco Aurélio de Patrício Ribeiro), mas também os inspetores (colaboradores que assistem as crianças durante os momentos da entrada, recreio e saída da escola). Inicialmente promovemos um encontro de formação, apresentando algumas cenas do filme Alvin e os Esquilos II, que contempla situações que possibilitam reflexões sobre o tema. Buscamos obter informações do conhecimento prévio de cada inspetor. Expusemos slides com fundamentação teórica baseada em autores como, Ana Beatriz Barbosa Silva, Cléo Fante, José Augusto Pedra e realizamos a leitura do texto, As escolas fecham os olhos ao Bullying ( Allan Beane). No segundo momento, assistimos aos trechos do programa Altas Horas, com depoimentos de vítimas do bullying. Com esta atividade, a comunidade escolar foi envolvida pela formação que objetivou uma ação preventiva da realidade local e nos demonstrou satisfação através de depoimentos pessoais e atitudes diferenciadas. ―Para que essa batalha tenha um final feliz, devemos fortalecer nossos guerreiros: exigir políticas públicas e privadas que disponibilizem

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recursos significativos para a formação intelectual, técnica, psicológica e pessoal de nossos educadores. ‖(Silva, Ana Beatriz B.p.174, 2010).

O caráter conta na vila sabidinho: brinquedo, performance e a construção dos valores

LUCIANA SOARES NÉRI & THÁBATA SAUNDERS UCHÔA CRAVEIRO

[email protected]

Monique Melo Reinaldo Tarciana Neves Jordão Palmeira

Erika Rodrigues de Castro Paula Monique da Costa Pereira

Nesta comunicação discutimos a Performance das crianças e a construção de ações e atitudes mediado pelo jogo infantil (Vygotsky, 1934/1997). O trabalho em questão integra a atividade social do brincar, enquanto necessidade da criança, que o conduzirá a aprendizagem. Este estudo objetiva investigar o brincar, entendido como performance, que é ser quem você não é. Performance, entendida como instrumento de desenvolvimento, é criar quem você é sendo quem você não é. Desenvolvimento, entendido como uma atividade relacional, envolve contínua criação de palcos (ZPDs) nos quais um ‗se performa‘ pela incorporação do ‗outro‘‖ (Holzman, 1997). Ao passo que ao vivenciar o Projeto Caráter Conta, desenvolvido no Colégio 7 de Setembro, em Fortaleza, Ceará, temos o intuito de suscitar atitudes e reflexão sobre valores como o respeito, cidadania, senso de justiça e sinceridade e outros. Observaremos também as representações simbólicas, a construção dos signos e significados e o uso da linguagem nas negociações que se desenvolvem na Cadeia Criativa (Liberali, 2006) na disputa pelos brinquedos, da divisão de papéis e no uso da fala egocêntrica, enquanto internalização da fala social. Os dados analisados são provenientes da observação e registros das brincadeiras de faz-de-conta no espaço da Vila Sabidinho, onde estão disponíveis ambientes como mercadinho, casa, salão de beleza e clínica, e que possibilitam as vivências simbólicas das crianças. Esta análise está fundamentada na visão de brinquedo que, segundo Vygotsky (1934/1997), caracteriza-se pelo faz-de-conta. No brinquedo a criança se apropria do universo social em que vive, transitando do real para o imaginário. E ao reproduzir o que veem e escutam, elas estão trazendo para dentro de si a realidade do mundo. No faz-de-conta, os objetos assumem o significado escolhido no momento da brincadeira de acordo com o desejo da criança. Neste sentido, em situações concretas do cotidiano são entendidas de uma forma abstrata, ou seja, o faz-de-conta surge como uma necessidade das crianças para que ampliem seu conhecimento de mundo e desenvolvam aprendizagens significativas. As crianças foram colocadas em duas situações de brincadeira: dirigida com mediação do adulto e livre, sem mediação dos adultos. O resultado desta análise está pautado na formação crítica colaborativa de pesquisa (Magalhães, 2007) que pressupõe a participação e parceria dos envolvidos para a construção dos conhecimentos científicos, neste caso, observamos quais as lacunas da abordagem do brinquedo no espaço da

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Vila Sabidinho a partir de brincadeiras livres e dirigidas pelos professores, no ambiente escolar.

“O Caráter Conta” e a formação de valores na escola

WILMA MARIA CAVALCANTE DE MELO [email protected]

Ana Helena de Sousa Frota Eryka Kelly Silva Caldas

Maria Elizabeth Costa Odísio

Tendo como princípio que o homem é um ser social e que a escola é um lugar de ―humanização‖, faz-se necessário reconhecer a importância desse espaço na formação de valores. Desde 2007, o Colégio 7 de Setembro aderiu ao programa ―O Caráter Conta‖, criado nos Estados Unidos e adotado por outros países, tendo como objetivo a formação e solidificação de valores morais e éticos em seus alunos. Sendo esse um projeto geral, abrange e norteia as ações da comunidade escolar. O programa baseia-se em seis pilares, constituídos por valores fundamentais que são representados por diferentes cores: Respeito – amarelo; Cidadania – roxo; Responsabilidade – verde; Zelo – vermelho; Senso de Justiça – laranja e Sinceridade – azul. Baseado nos pilares do programa, o Serviço de Orientação Educacional promove com os alunos atividades educativas, reflexões e mediações de conflitos. Longe de serem práticas disciplinadoras, essas ações do orientador têm favorecido momentos nos quais o aluno repensa suas atitudes de forma crítica, expressa seus sentimentos e dialoga com o outro, gerando mudanças significativas em suas relações. ―Numa escola assim vai ser fácil estudar, trabalhar, crescer, fazer amigos, educar-se, ser feliz‖ (FREIRE, 1996).

O conceito de aprendizagem/ensino internalizados pelos licenciandos de pedagogia da UFPI

FRANCISCA ANDREIA ALVES DE SOUSA LEITE [email protected]

Maria Lopes de Melo Ibiapina

Esta pesquisa apresenta estudo sobre conceitos internalizados por estudantes de Pedagogia da UFPI nos anos de 2008-2010. Parte das questões: Quais os conceitos de aprendizagem e ensino? Dê exemplo de aprendizagem e ensino? Como se a aprende e se ensina? Para analisar quais os conceitos de aprendizagem e ensino internalizados por estudantes universitários, respaldamo-nos nas recomendações da abordagem Sócio-Histórica de que se deve pesquisar a formação e o desenvolvimento de conceitos científicos no processo de educação escolar, conforme recomenda, especialmente Vigotski (2001). Atentando para essa recomendação, identificamos conceitos de aprendizagem e ensino, elaborando sínteses das principais significações sistematizadas socialmente. Classificamos os enunciados proferidos pelos estudantes nos questionários em diferentes níveis de generalizações, de

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acordo com as categorias produzidas no estudo teórico. Nesse sentido, identificamos em que nível de elaboração conceitual se encontram os sentidos de aprendizagem e ensino internalizados pelos 37 estudantes do Curso de Pedagogia da UFPI, relacionando os sentidos enunciados com os significados socialmente construídos para os conceitos referidos. Concluímos que a formação obtida pelos estudantes não contribuiu para que eles apreendessem o conceito cientifico de aprendizagem e de ensino. O que justifica o investimento em processo formativo que aprimore os conceitos formulados por esses universitários, pois o processo de formação e desenvolvimento de conceitos possibilita a transformação das significações já existentes e o surgimento de conceitos em nível mais elevado de generalização. Para desencadear esse processo, é preciso investir em processo de formação que privilegie o desenvolvimento de conceitos científicos, principalmente em se tratando da educação universitária. Palavras-chave: Elaboração. Conceitos. Significados de ensino e de aprendizagem. REFERÊNCIAS: LURIA, A. R. Diferenças culturais de pensamento. In: VYGOTSKY, L.; LURIA, A. R.; LEONTIEV, A. N. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo: Ícone: 1986a, p. 39-59. RUBINSTEIN, S. L. Princípios de psicologia geral. Lisboa: Editora Estampa, 1973. VYGOTSKY, L. S.; LURIA, Alexandre R., LEONTIEV, Alex N. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo: Ícone/Editora da Universidade de São Paulo, 1987. VIGOTSKI, L. S. A construção do pensamento e da linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 2001. . A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 2000. . Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes.1993.

O conceito de inovação pedagógica e a aplicação das tecnologias da informação e da comunicação na educação

MARCO AURÉLIO DE PATRÍCIO RIBEIRO [email protected]

Selene M Penaforte Silveira

O mundo vem mudando numa velocidade tão intensa, que as pessoas passaram a sentir que estão sempre ―correndo atrás‖ do saber, parece que estamos permanentemente desatualizados. A intensidade da mudança tem levado a um sentimento de Caos em toda a sociedade e a um repensar nos processos educativos, já que o modelo cartesiano e centrado na racionalidade parece ter esgotado suas respostas à um mundo complexo, em rede e do conhecimento. Nos processos educativos já não podemos agir como operávamos no passado, inovar é preciso sempre, e a inovação passa a ser até um paradigma educacional nos tempos atuais. Este artigo apresenta um estudo sobre o significado de Inovação Pedagógica e a influência das novas Tecnologias de Informação e Comunicação – TIC na criação de novas formas de ensinar no contexto educacional atual. Atualmente, o crescente e rápido desenvolvimento tecnológico tem feito com que em quase todos os países, a informática venha sendo um dos campos que mais recebe investimentos; e isso tem trazido melhorias nas áreas de educação e lazer, em consequência o computador tem entrado na vida das crianças cada vez mais cedo, resta-nos saber que estratégias podemos utilizar para, fazendo uso da tecnologia

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existente, e do computador em especial, determinarmos, novas estratégias de construção do pensamento humano e novas perspectivas (paradigmas) para o ensino e a aprendizagem, com o uso dos novos instrumentais que a tecnologia nos disponibiliza.

O Ensino Bilíngue – uma proposta inovadora

RICARDO ÍTALO VIDAL CARNEIRO

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Charlene Braga Silva

A comunicação no mundo moderno necessita de cidadãos cada vez mais críticos e interativos numa dimensão planetária. A educação bilíngue, baseada essencialmente em um ensino multidisciplinar por meio da língua inglesa, estimula o processo de aprendizagem da segunda língua de forma espontânea e natural dentro de uma realidade cotidiana. Considerar a segunda língua como acesso ao conhecimento, e não como objeto de estudo, proporciona a autoconfiança em seu uso. A ideia de imersão de um programa bilíngue consiste em enfatizar a segunda língua em situações de comunicação real que os alunos enfrentam na escola, muito além da sala de aula. Eles têm a oportunidade de ampliar a visão sobre o espaço que ocupam na sociedade de forma crítica e colaborativa. Nosso trabalho tem como finalidade apresentar o currículo bilíngue desenvolvido dentro do Sistema de Tempo Integral Bilíngue do Colégio Sete de Setembro, bem como as atividades trabalhadas com os alunos bilíngues do Ensino Fundamental I, que desenvolvem uma aprendizagem integral mais significativa através de outra língua. O desenvolvimento do raciocínio lógico-matemático, de projetos, de jogos recreativos e da própria linguagem de forma dinâmica e transversal complementam os aspectos sociais, físicos, culturais e emocionais que o programa propõe como inovação educacional.

O estatuto epistemológico da Linguística Aplicada: permanências e mudanças na formação crítica de professores de línguas

FÁBIO DELANO VIDAL CARNEIRO

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Eulália Vera Lúcia Fraga Leurquin

Os pesquisadores e operadores da Linguística Aplicada têm, ao longo da evolução histórica dessa ciência, debatido sobre o seu estatuto epistemológico e sua validade e pertinência científicas. Dessa forma, o conceito de Linguística Aplicada tem variado ao longo do tempo, a partir da discussão sobre as pesquisas que são realizadas sob o escopo dos problemas de uso da linguagem. Em nosso trabalho partimos de uma análise sócio-histórica na qual buscamos analisar as permanências e mudanças (BRAUDEL, 1990) que marcam a prática da pesquisa em LA e o consequente impacto dessa ciência

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na formação crítica de professores de línguas (RAJAGOPALAN, 2006). Utilizamos pesquisas recentes que cotejaram dados empíricos coletados em revistas nacionais e internacionais especializadas na área (MENEZES ET AL., 2009), assim como os conceitos de LA presentes nos sites de associações da área. A partir dessa base empírica, realizamos uma reflexão fundamentada nas categorias definidas por Vygotski (1932/2010) em sua obra ―A significação histórica da crise em Psicologia‖ para caracterizar uma ciência enquanto tal: postulados ou fundamentos últimos, objeto, referencial epistemológico, princípios gerais e tarefas. Vimos que a partir de uma visão de homem como ser que se constrói linguageiramente na sócio-história mediada dos coletivos situados, a abordagem epistemológica da LA só pode se constituir de forma transdisciplinar. Por outro lado, a LA tem engendrado práticas de pesquisa na e sobre a formação crítica de professores de línguas que, apesar de consubstanciarem uma ―autonomização‖ do professor enquanto pesquisador de sua própria prática, ainda não foram totalmente assumidas pelos artífices dessa ciência, haja vista que as pesquisas publicadas em revistas nacionais e internacionais de LA, no último decênio, ainda se autodenominam, na sua maioria, como estudos de caso, quando, claramente incluem-se sob a ótica da pesquisa-ação ou da pesquisa participativa.

O exercício da monitoria em educação de surdos e novas tecnologias

ELLEN SOARES DE LOIOLA [email protected]

O presente trabalho pretende apresentar a experiência de monitoria da disciplina Educação de Surdos e Novas Tecnologias desenvolvida junto a alunos do curso de Licenciatura em Letras Língua Brasileira de Sinais, graduação a distância, pólo UFC. Tem como objetivo contribuir com o processo de aprendizagem dos citados alunos, auxiliá-los em seu aprendizado relativo aos conteúdos específicos da disciplina e mediar a interação entre estudantes e professores-tutores nas atividades de ensino. Após aprofundamento dos conteúdos da disciplina em foco, por meio da leitura do texto básico, da hipermídia e das vídeo-aulas, realizei encontros virtuais, no Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem do curso (AVEA) com participação em chats e fóruns de discussão para tirar dúvidas, fazer esclarecimentos e dar explicações aos alunos participantes sobre os temas das diversas unidades que compõem a disciplina. As interações que mantive com o professor-tutor d a disciplina foram constantes e me auxiliaram na prática da monitora. Ressalto ainda que o retorno às leituras e aos estudos dos materiais didáticos da disciplina se fez necessário, na medida em que as demandas dos alunos, solicitações e dúvidas surgiam. As dificuldades mais significativas sentidas ao longo da prática da monitoria deveram-se ao fato de que, em sua maioria, os alunos surdos apresentam muitas dificuldades em realizarem a leitura do texto básico e compreender os conceitos ali situados, se restringindo ao acesso à hipermídia e as vídeo-aulas. Além disso, pude observar também que os alunos não participaram integralmente dos encontros virtuais. Concluo afirmando que, para os surdos, é de muita importância conhecer os conteúdos da disciplina

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Educação de Surdos e Novas Tecnologias e dela fazerem uso para compreensão e acesso.

O glossário no ensino de matemática: novos significados

MARIA HELENA SILVEIRA [email protected]

A presente comunicação é o relato da elaboração colaborativa (professora e alunos) de um glossário de termos algébricos. Como professora de matemática em uma escola pública em São Paulo, constatei que os alunos apresentavam, com frequência, dificuldades de aprendizagem, decorrentes do desconhecimento do significado de palavras utilizadas nos conceitos algébricos, ou de lhes atribuírem um sentido que não se aplicava ao contexto da álgebra. No ano letivo de 2006, trabalhei com uma turma de 6ª. série, com alunos e alunas entre 12 e 15 anos. Para examinar a questão da relação linguagem matemática e ensino-aprendizagem, a pesquisa aqui apresentada toma como ponto de partida a elaboração, em sala de aula, de um GLOSSÁRIO de termos relacionados aos conceitos iniciais de álgebra. Esse instrumento de ensino-aprendizagem, no sentido atribuído por Vygotsky (1930/2002), estabelece a mediação entre os sujeitos participantes e o objeto de conhecimento. A partir de um texto do livro didático sobre álgebra, os alunos escolheram palavras cujo significado não conheciam e atribuíram a elas suas próprias explicações, em seguida pesquisaram no dicionário os significados, destacando o significado matemático. O ponto de partida para o desenvolvimento da atividade de elaboração do glossário pelos alunos pode ser considerado como sendo os sentidos atribuídos por eles às palavras escolhidas de textos do livro didático. Em grupos, discutiram os significados encontrados comparando-os e elaborando a síntese. Ao longo do desenvolvimento do glossário, os alunos puderam investigar os significados presentes no dicionário e em outras fontes, o que lhes propiciou uma primeira aproximação aos vários significados das palavras usadas no ensino e aprendizagem de álgebra. Magalhães e Liberali (2009) apontam que o processo de produção de novos significados, ao se constituir como um espaço onde emergem os conflitos entre ideias, valores, conhecimentos, restringe os sentidos individuais e possibilita a expansão de significados compartilhados. Segundo as autoras isso é possível quando se cria ―um espaço colaborativo em que todos se vejam como participantes valorizados e ouvidos‖.

O papel da Reflexão crítica e da colaboração na prática pedagógica do professor(a)

MARIA OZITA DE ARAUJO ALBUQUERQUE [email protected]

Estamos desenvolvendo estudo com professoras que atuam nos anos iniciais do ensino fundamental da rede pública municipal de Parnaíba-PI com o

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objetivo geral de investigar a prática pedagógica dos professores da rede municipal de Parnaíba no que se refere ao desenvolvimento da prática pedagógica na perspectiva crítica-reflexiva e colaborativa. O método adotado é o Materialismo Histórico Dialético, considerando que a realidade não é estática, está em permanente transformação. O referencial teórico e metodológico tem como base a abordagem sócio-histórica. A pesquisa é colaborativa porque colaboramos com as professoras para a compreensão de problemas reais advindos da prática docente. A pesquisa partiu da seguinte questão: A prática pedagógica dos professores da rede municipal de Parnaíba está voltada para o desenvolvimento da perspectiva crítica-reflexiva e colaborativa? Para responder à questão formulada, fundamentamo-nos em Ibiapina (2004), Lib erali (2008), Contreras (2002), Perez Gomes (1998, 2001), Magalhães (2004), Bakhtin (2002), dentre outros. Os objetivos específicos são: classificar os tipos de reflexão; Identificar se a reflexão-crítica e colaborativa é utilizada como procedimento na prática pedagógica dos professores da rede municipal de Parnaíba e analisar a prática pedagógica dos professores. Os procedimentos que estão sendo utilizados são: Encontro com os professores para apresentação da proposta, construção de grupo de pesquisa, seminários de estudos, diários de aula e sessões reflexivas. A pesquisa encontra-se nas etapas de seminário reflexivo, produção dos diários de aulas alternando com as sessões reflexivas. A reflexão crítica e colaborativa está contribuindo para o grupo interagir, tirando dúvidas, colaborando entre si, trocando experiências, bem como produzindo conhecimentos sobre a prática do professor que atua nos anos iniciais da Educação Básica. Palavras-chave: Prática Pedagógica. Reflexão crítica. Colaboração.

O pensamento sistêmico e projetos transdisciplinares na escola

DARLAN DE CASTRO MACHADO & ANDRÉ VINICIUS BEZERRA MAGALHÃES [email protected]

Em meados do século XX pudemos constatar uma enorme profusão de trabalhos sobre a complexidade, a teoria do caos e a dinâmica de sistemas que tem influenciado sobremaneira o pensamento científico, organizacional e social. As redes de comunicação, cujo exemplo maior é a internet, têm se mostrado o principal fruto dessa nova forma de pensar, de trabalhar e de se socializar. Os efeitos dessa transformação na sociedade são incontáveis, imensuráveis. É óbvio, portanto, que a escola teria também seus fundamentos questionados e precisaria, mediante essa nova onda transformadora, repensar os seus métodos, currículos e formação docente. Na ciência clássica, base do currículo / disciplinas escolares, o conhecimento é linear, mecânico, fragmentado, com fronteiras epistemológicas hierarquizadas (Akiko Santos 2009). Na lógica da complexidade (Morin 2001) o conhecimento é não-linear, dinâmico, contextualizado, rizomático e transversal (PCNs vol. 08) . Esse trabalho, portanto, aborda a aplicabilidade dessa nova forma de pensar na escola, na formação de professores e no trabalho com os alunos em sala de aula ou em projetos específicos. Enseja uma abordagem sistêmica na educação baseada na teoria da dinâmica de sistemas de Forrester (1989) e

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Senge (2000), ambos pesquisadores do MIT/USA. Para tanto, utilizamos um software de computador que permite criar modelos dinâmicos de sistemas, cujo nome é STELLA, acrônimo de Systems Thinking Educational Learning Laboratory with Animation. Através do trabalho no laboratório de informática com esse ambiente de simulação dinâmica, podemos construir modelos com elementos da realidade, de situações com o conteúdo das disciplinas, de situações reais de aprendizagem. É um trabalho transdisciplinar, na medida que dialoga com diversos saberes, articula e não mais fragmenta o conhecimento (Nicolescu 1999). Apresentaremos então, como estudo de caso, os trabalhos que foram vistos nas aulas de laboratório do primeiro semestre deste ano com alunos do 8º ano, a saber, modelos de História da Ascensão e Queda do Império Romano. PALAVRAS-CHAVE: Dinâmica de sistemas, transdisciplinaridade, formação docente.

O processo da aprendizagem da leitura e da escrita na visão construtivista

FLORÊNCIA MARIA SANTOS MOREIRA

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Este artigo apresenta um aprofundamento teórico sobre a importância da compreensão teórica do processo da leitura e da escrita na visão construtivista, fato que dar suporte ao fazer pedagógico e proporciona aos educandos canais efetivos de comunicação do seu meio social e cultural que direciona uma motivação no processo ensino-aprendizagem e proporciona um confronto entre teoria e prática que oportuniza intervenções ao conduzir o aluno durante suas construções. Assim, situamo-nos num modelo construtivista que considera a leitura e a escrita dois processos intimamente relacionados e que, em situações educativas, têm de ser abordados de maneira global para garantir significados. Palavras - chave: Construção, leitura, escrita, teoria, prática e aprendizagem.

O processo dialógico: conceito de planejamento de ensino internalizado pelos professores de ensino superior e a prática pedagógica

MARLINDA PESSÔA ARAUJO

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Neste texto, apresentamos a pesquisa desenvolvida com professores que atuam no ensino superior da cidade de Parnaíba-PI. A abordagem sócio-histórica embasa o referencial teórico e metodológico da pesquisa. O tipo de pesquisa utilizada neste trabalho foi do tipo colaborativa, visto que negociamos responsabilidades na produção de conhecimento sobre conceito de planejamento de ensino e sua relação com a prática pedagógica. Nesse sentido, definimos como questão principal de investigação a pergunta: Qual a relação entre o conceito de planejamento de ensino internalizados pelos

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professores do ensino superior e a prática pedagógica? Para responder à indagação sistematizamos os objetivos que guiaram este estudo e estabelecemos como objetivo geral: investigar quais são as relações existentes entre prática pedagógica e o conceito de planejamento de ensino internalizado pelos professores que atuam nas Instituições de Ensino Superior do município de Parnaíba . Especificamente, o estudo se propôs a identificar quais são os conhecimentos prévios de planejamento de ensino internalizados pelos partícipes colaboradores; verificar quais são os níveis de elaboração dos significados prévios de planejamento de ensino; caracterizar as práticas pedagógicas e de planejamento de ensino dos colaboradores, antes e após as oficinas de formação; analisar a relação existente entre o processo de elaboração do conceito de planejamento e as características das práticas pedagógicas desenvolvidas pelos professores. Para atingir os objetivos utilizamos o referencial teórico e metodológico construído com base em Gandin (2002), Ferreira (2007), Daniels (2003), Desgagné (1997), Guetmanova (1989), Ibiapina (2007 e 2008), Magalhães (2007), Vasconcelos (2007), Vigotski (2001 e 2003), dentre outros. Para desenvolvermos a pesquisa realizamos Encontro Coletivo, Oficinas de Formação, videoformações. No processo investigativo mediamo s processos de elaboração conceitual de planejamento de ensino e analisamos a sua relação com a prática pedagógica em contextos colaborativos de negociações de significados, de troca de experiências pedagógicas e de reflexão crítica compartilhada que enriqueceram a formação profissional dos partícipes da pesquisa, resultando em novos aprendizados que implicaram em avanço conceitual e novos olhares sobre o planejamento de ensino e sua relação com prática pedagógica. Palavras-chave: Conceito de planejamento de ensino. Prática pedagógica. Pesquisa colaborativa. Professores do Ensino Superior.

O Projeto Leitura e Escrita nas Diferentes Áreas: transformações e manutenções na organização e condução do projeto

MARIA CECÍLIA CAMARGO MAGALHÃES [email protected]

Esta apresentação discute a organização e condução do projeto Leitura e Escrita nas Diferentes Áreas (LEDA), no contexto escolar, do início em 2004, motivado por necessidades quanto ao domínio de leitura e escrita, nas escolas estaduais, revelados pelo SARESP (Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo), até hoje. O objetivo desta comunicação é descrever e discutir as transformações e manutenções no projeto inicial, ao longo dos anos, motivadas por questões de políticas públicas e/ou por necessidades das escolas e/ou dos pesquisadores, que trouxeram a impossibilidade de continuação, bem como por questões teórico-metodológicas que nos levaram novos modos de compreender e organizar o projeto. Houve, todavia, o foco na leitura e escrita como ferramentas centrais no ensino-aprendizagem nas diversas áreas do conhecimento e na constituição da cidadania (Freire, Smyth). Essas questões trouxeram a manutenção na participação de professores de diferentes áreas do conhecimento; a formação

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de Grupo de Apoio formados por professores a professores não participantes dos contextos de formação, o que salienta um fortalecimento da formação contínua na http; e a constituição da cidadania nas relações escola e comunidade. Embasada no quadro teórico-metodológico da Teoria da Atividade Sócio-Histórico-Cultural (Vygotsky, Leontiev, Engeström) esta apresentação enfatiza a importância da criação de espaços colaborativos e críticos, que possibilitem aprendizagem e desenvolvimento e o foco na leitura crítica, com base nos gêneros do discurso (Bakhtin). Enfatiza, também, questões metodológicas com base em Vygotsky que, apoiado no monismo Spinozano e no materialismo histórico-dialético (Marx) aponta a centralidade da colaboração e da contradição nas relações dialógicas e dialéticas na construção de conhecimento e na constituição de cidadania. São também importantes para as transformações do projeto, a discussão de John-Steiner sobre colaboração crítica e criatividade, de Liberali sobre cadeia criativa, de Holzman sobre a centralidade da práxis e da performance na organização das regras e ferramentas como regras e resultados e não como regras para resultados (Newman e Holzman, 1993 e Holzman, 2009, p.51). A apresentação descreverá o desenvolvimento o apontando como essas questões acima apontadas nos levaram à organização do LEDA hoje.

O uso da tecnologia na formação de professores para promover a criticidade

LUCILENE FONSECA

[email protected]

Atuar como professora em um curso de Pós-Graduação e ministrar a disciplina Concepções Interativas e Novas Tecnologias no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP) durante o ano de 2009 motivou-me a estudar o papel da linguagem presente nas atividades realizadas com alunos-professores em contextos tecnológicos. Esta pesquisa objetiva analisar a formação de professores como profissionais reflexivos e críticos no contexto de uma disciplina que tem como foco o uso da tecnologia. A fundamentação teórica desta investigação esta centrada na Teoria Sócio-Historico-Cultural de Vygotsky (1925/2004, 1930ª, b/2004, 1930/1991, 1934/2001), Leontiev (1978) e pesquisadores como Engeström (1987, 1999, 2001), Liberali (2007), Magalhães (2007) e no contexto a distância Almeida (2003). O projeto nasce dos seguintes questionamentos: como e por que a organização das atividades virtuais cria contextos para aprendizagem e desenvolvimento das questões em discussão? Responder como se deu a organização e o desenvolvimento da atividade de criação do ambiente pelo aluno-professor e, como promover a colaboração crítica por meio do uso de novas tecnologias. E, na externalização, saber como trabalham com seus aprendizes a partir dos trabalhos realizados durante a disciplina. A pesquisa se organiza como uma atividade de ensino-aprendizagem em contextos presenciais e virtuais, cujo objeto está na formação de professores em uma Cadeia Criativa, quando parceiros partilham sentidos e juntos compartilham significados de uma atividade, que se dá em três momentos. Inicialmente o aluno-professor deseja aprender a criar um ambiente virtual para promover a colaboração entre seus aprendizes, a seguir ele o cria e relata no Yahoo Grupos seu percurso. Depois o usa com seus

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alunos para promover a aprendizagem. A metodologia utilizada visa analisar a linguagem nas atividades desenvolvidas e armazenadas online, que está no arcabouço da Linguística Aplicada Crítica por produzir conhecimento, transformar esse contexto sócio-histórico escolar em que, pela e na linguagem em atividades, os alunos-professores passam a questionar, buscar entender, saber os porquês etc., tornam-se críticos ao interagirem de maneira crítico-colaborativa durante as aulas. Os resultados da análise mostram que a ação da professora na organização de uma atividade virtual, online, cria contextos para que os alunos-professores se desenvolvam crítico-colaborativamente. A experiência de colaboração vivida por esses alunos pode acalorar perspectivas ao desenvolvimento de um processo pedagógico virtual. Há presença da contradição no diálogo entre os envolvidos, que se operacionaliza nas ações da docente, ao oferecer-lhes condições para que se atualizem e cresçam no movimento de um processo histórico e social.

Oh, meu Darwin! DANIEL COELHO LIBERALI

[email protected]

O objetivo deste trabalho é a apresentação de minha minimonografia. Meu trabalho consiste de um projeto que minha escola propõe como fechamento do trabalho do ensino fundamental. O tema escolhido é abordagem do evolucionismo e do criacionismo na educação e de sua influência na mentalidade das pessoas. O evolucionismo pode ser compreendido como um processo no qual seres mudam a partir de certos critérios como a seleção natural. Segundo esta, sabendo que seres têm pequenas variações genéticas, apenas aqueles com variações que lhes dão chance de sucesso no ambiente sobrevivem, alterando a espécie. Já o criacionismo consiste na explicação de que Deus criou todos os seres vivos, assim como o homem, e eles são como foram criados. Para desenvolver o trabalho, baseei-me na pergunta: "é mais interessante ensinar apenas uma explicação ou várias, comparando-as?". Formulei e defendo a hipótese de que é importante ensinar várias, pois se você apenas aborda uma teoria se ilude de que essa é a única e total realidade e se torna uma pessoa fechada a novas descobertas. Para realizar o estudo sobre o tema, fiz entrevistas com professores, alunos e coordenadores de escolas que abordam ou o evolucionismo ou o criacionismo. Nessas entrevistas, consegui diferentes informações, opiniões e experiências que apontavam que há várias maneiras diferentes de abordar estes conceitos e que é possível e efetiva a aplicação desses dois conceitos na sala de aula. Deste ponto, perguntei-me novamente a questão inicial e, a partir dela, cheguei a conclusão que realmente é importante no mínimo conhecer e respeitar ambas as explicações de forma que não se crie uma opinião tendenciosa. Este projeto, assim como uma monografia acadêmica, foi auxiliado por orientadores, terá uma banca de defesa e uma apresentação em forma de pôster ao final do ano.

Os professores de língua inglesa e a escritura dos diários: narrativas sobre a produção da profissão no início da carreira docente

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RENATA CRISTINA DA CUNHA [email protected]

O presente artigo, resultante de pesquisa em desenvolvimento junto ao programa de Mestrado em Educação (PPGED) da Universidade Federal do Piauí (UFPI), tem como questão central a seguinte indagação: Como a escritura dos diários narrativos pode contribuir para a formação e profissionalização dos professores de Língua Inglesa do Ensino Médio, da cidade de Parnaíba, no estado do Piauí? Nessa perspectiva, o objetivo geral desse estudo é analisar a contribuição da escritura dos diários narrativos para a formação e profissionalização dos professores de Língua Inglesa, em início de carreira. Optamos por utilizar o diário escrito como instrumento para coleta de dados, por entendermos que é uma ferramenta útil para o registro das narrativas docentes. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica no âmbito da qual dialogamos com autores, tais como: Zabalza (1994, 2004), Cunha (1997), Souza (2004, 2006, 2008), Hess (2006), entre outros. Além das considerações iniciais e finais, o artigo contempla mais um subtópico, em que discutimos a fundamentação teórica sobre a escritura dos diários narrativos e a sua utilização em pesquisas realizadas com professores de inglês. Nas considerações finais, ressaltamos que a escritura dos diários narrativos oportuniza aos docentes um mergulho interior, proporcionado não apenas pela leitura, mas, sobretudo pela escrita de suas lembranças e experiências formadoras, refletindo de maneira consciente sobre os acontecimentos que realmente contribuíram para sua formação pessoal e profissional. Palavras-chave: Professores de Língua Inglesa. Escritura de diários narrativos. Profissionalização docente.

Os sentidos dos psicólogos acerca de sua atuação no contexto escolar: investigando discursos

ANA GABRIELA NUNES FERNANDES [email protected]

Atualmente, a presença do psicólogo escolar vem ampliando o número de profissionais que compõem o cenário escolar, integrando a equipe multiprofissional que dá suporte a função principal desenvolvida pela escola: a ação educativa e subsidiando os diversos aspectos relacionados ao contexto de ensino e aprendizagem dos educandos. Nesse sentido, nos propomos a discutir o sentido que o psicólogo escolar atribui a sua atuação no contexto educacional, considerando para isto o discurso de duas psicólogas escolares que atuam em escolas da rede privada de Teresina, que atendem a uma clientela pertencente à classe média-alta. A opção teórico-metodológica é a abordagem Sócio-Histórico-Cultural, utilizando como aporte os conceitos de sentido e significado na perspectiva de Leontiev (1983; 2004), considerando, com isso, a importância de conhecer o indivíduo em um contexto social e histórico, que contribui para a produção de modos particulares de significar determinado fato ou fenômeno, bem como reconhecer a importância dos significados produzidos historicamente ao longo da evolução da humanidade,

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visto que este movimento de apropriação da realidade perpassa pelas significações postas, influenciando a produção dos sentidos e constituindo o que é singular para cada indivíduo. A coleta dos dados foi realizada por meio de entrevista narrativa, realizada individualmente com a presença da pesquisadora e de cada uma das psicólogas, com o objetivo de compreender o sentido que as psicólogas atribuem a sua atuação profissional, promovendo, com isso a reflexão crítica sobre seu fazer. Para análise, utilizamos a técnica de análise do discurso, elegendo a concepção de linguagem e discurso proposta por Bahktin (2002); e discutimos sobre o sentido de atuação do psicólogo escolar. Com base nisto, analisamos as falas e constatamos que os sentidos das psicólogas estão relacionados com a atuação desse profissional defendida recentemente em uma perspectiva que considera as particularidades desse contexto e seu papel social, diferente da atuação clínica na escola, como realizada durante muito tempo. Palavras-chave: Psicólogo escolar. Sentidos. Discurso. Atuação profissional. Formação.

Os sentidos e significados de ensino atribuídos pelos professores do ISEAF em Parnaíba – PI

CARLOS JOSÉ DE SOUSA CARNEIRO [email protected]

Este trabalho se desenvolve a partir da observação de que os professores, quando indagados a respeito do que é ensino, apresentam diversos e diferentes sentidos para o mesmo, explicitando um distanciamento do significado atualmente em vigor. Propomo-nos a investigar os sentidos que os professores do Instituto Superior de Educação Antonino Freire atribuem ao ensino que desenvolvem. Mais especificamente objetivamos identificar os sentidos de ensino atribuídos pelos professores envolvidos na pesquisa, e analisar os sentidos de ensino atribuídos pelos professores. Para tanto, recorreremos à perspectiva sócio-histórico-cultural de Vigotski (2008), que considera a construção de sentidos e significados a partir dos contextos vividos e da história dos sujeitos e da sociedade. Elegemos a pesquisa colaborativa para proporcionar condições para que haja negociação dos sentidos e o compartilhamento do significado de ensino, através das técnicas do encontro coletivo, da videoformação, das sessões reflexivas e das oficinas de compartilhamento de significado. O trabalho encontra-se no estágio de aplicação das técnicas para análise dos dados. Palavras-chave: Formação. Ensino. Sentido e Significado.

Os três passos para o grande salto – A formação de alfabetizadores do Programa Brasil Alfabetizado (PBA)

LUIZ SÁVIO CORDEIRO FIGUEIREDO

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Mércia Valéria Campos Figueiredo

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O trabalho que aqui apresentamos traz a análise de uma proposta de formação de alfabetizadores em que se tem como meta principal aumentar o grau de letramento de educadores populares que participam do Programa Brasil Alfabetizado (PBA). No que diz respeito à perspectiva teórica adotada na pesquisa, a noção de letramento (SOARES, 2004) é que guia a análise dos dados. Neste relato de pesquisa, então, descrevemos a experiência de uma Unidade Formadora do Ceará (Instituto Prisma de Desenvolvimento Humano) Consideramos na análise a concepção e a execução do Programa Brasil Alfabetizado no que diz respeito a/ao: a) material didático utilizado nas formações; b) configuração da formação inicial e continuada; c) papel de autor assumido pelos professores da Unidade Formadora e d) planejamento e execução das formações inicial e continuada. Para proceder ao exame desses aspectos, analisamos a aplicação de uma experiência piloto acontecida durante a vigência do PBA 2009/2010 em 39 municípios do Ceará.. Os resultados da análise apontam para um aumento, ainda em pouca medida, do grau de letramento dos alfabetizadores. Esses resultados ainda sugerem que é possível transformar o PBA em um projeto exitoso no que diz respeito a uma preparação mais especializada dos educadores populares, mesmo que estes não tenham o grau de escolaridade ideal para ser um alfabetizador de jovens e adultos. Isso, no entanto, não permite que se generalize essa interpretação, uma vez que há muitos professores no Programa que apresentam quase tantas dificuldades em tarefas de leitura e escrita que seus próprios alunos e que, por isso mesmo, precisam de ações paralelas para que venham a ter o perfil de alfabetizador.

Planejamento e prática na educação bilíngue: ensinar em inglês para ensinar além do inglês

VIVIANE DE SOUZA KLEN ALVES

[email protected]

Este mini-curso objetiva ampliar os significados sobre o planejamento na educação bilíngue a partir de discussões sobre planejamento e prática neste contexto. Inicialmente, será feita uma breve apresentação dessa modalidade de ensino (Moura, 2002), na sequência será ampliada a discussão sobre planejamento colaborativo (Schneider (2003) e atividades para contextos de Educação Bilíngue com base no conceito de Atividade Social (Liberali, 2009) e no Brincar (Carmo, 2009). Por fim, será discutida a análise de alguns dados produzidos em contextos de educação bilíngue, analisados com base em conceitos Vygotskyanos de ensino-aprendizagem em línguas.

Portfólio: pra que te quero? Realidade e desafios à formação e à prática docente

ISABEL APARECIDA PEREIRA AMANCIO [email protected]

Este trabalho tem por objetivo verificar como a formação dos professores, por meio do uso da argumentação, em sessões reflexivas, contribui para a

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produção de portfólios na Educação Infantil e em turmas de 1o ano, num contexto colaborativo. Ou seja, a pesquisa pretende compreender, dentro da perspectiva sócio-histórico-cultural (Vygotsky, 1934/1993), como o professor deste segmento pode utilizar os Portfólios em processos reflexivos, buscando entender a relação entre a linguagem usada nesses documentos e a argumentação. Teoricamente, está pautada na Teoria da atividade sócio-histórico-cultural, oriunda dos estudos de Vygotsky (1934), também por seu colaborador Leontiev (1979), e ampliada pelos estudos de Engeström (2001). Com base nesses pressupostos, busca-se entender o processo ensino-aprendizagem dentro da concepção de mediação e também de compreensão dialógica da linguagem (Bakhtin; 1929). Observarei o portfólio como uma tarefa desse processo reflexivo do professor e mediada pela ação da orientadora/pesquisadora, para assim propor possibilidades de mudanças nas práticas educativas, co-construindo ações para os problemas pedagógicos da sala de aula. São participantes deste estudo quatro professoras da Educação infantil de uma escola particular, da zona oeste, da cidade de São Paulo e a orientadora/pesquisadora. A coleta de dados será realizada por meio de gravações em áudio e vídeo das sessões reflexivas e de filmagens em salas de aula. Além disso, compararei os cadernos de portfólios de anos anteriores com os que forem produzidos a partir do trabalho proposto. Trata-se de uma pesquisa-ação crítica de cunho colaborativo (Magalhães, 2004; Liberali, 2002) em que como participante, no papel de orientadora pedagógica e pesquisadora, procurarei observar, analisar, compreender e colaborar para as transformações das práticas educativas. Palavras-chave: linguagem, argumentação, portfólios, formação de professores.

Portfólio: uma alternativa de avaliação na educação infantil

LUIZA HERMINIA DE ALMEIDA ASSIS BRILHANTE [email protected]

Este estudo tem a intenção de refletir e compartilhar uma alternativa de

avaliação na Educação Infantil, promovida por uma escola particular de

Fortaleza. O portfólio proporciona uma avaliação formativa, possibilitando ao

educando o acompanhamento do seu processo de aprendizagem. Além disso,

serve como ferramenta para a reflexão do professor sobre a prática

pedagógica, podendo redimensioná-la quando necessário e analisar as

conquistas e dificuldades dos seus alunos, bem como propicia aos pais

compreender o processo escolar por meio do acompanhamento do

desenvolvimento da criança. O portfólio é uma testemunha da ação

pedagógica, que permite ao professor avaliar seu aluno sem compará-lo a

outras crianças e, sim, avaliá-lo tendo como referência o processo percorrido

por ele (SHORES e GRASE, 2001; SMOLE, 2000). A construção do portfólio

ocorre por meio de uma seleção de atividades realizadas pelas crianças no

decorrer de cada semestre. As atividades são selecionadas tanto pelos

professores como pelas crianças, tendo flexibilidade para retomar, acrescentar,

retirar ou modificar a atividade que desejar. Para isso, realizamos rodas de

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conversa nas quais a criança argumenta sobre suas escolhas, desempenhando

a regulação do seu processo de aprendizagem. Incluem-se também relatos das

professoras sobre a aprendizagem da criança em cada área de conhecimento.

Além disso, também há um relatório sobre a turma, contemplando o que foi

trabalhado no decorrer dos semestres, como projetos, sequências didáticas e

atividades permanentes, assim como o perfil da turma, evidenciando os

avanços, as dificuldades e as estratégias pedagógicas utilizadas. A cada ano, o

grupo de professoras de cada faixa etária estabelece as áreas de

conhecimento e os conteúdos a serem apresentados no portfólio. No entanto, o

caminho percorrido por essa escola, no que se refere à avaliação na Educação

Infantil, apresenta algumas limitações. Dentre elas, podemos destacar a

ausência da família na construção dessa ferramenta de avaliação, na escolha

das atividades, na decisão do que vai ser avaliado, bem como a falta de uma

apreciação sobre o processo de aprendizagem da criança. Além disso, há

desafios a serem superados como o espaço disponibilizado para que as

próprias crianças selecionem o material desejado e a falta de articulação e

continuidade de um ano para o outro, visando à avaliação das crianças de

forma processual e contínua, delineando todo o seu percurso de aprendizagem

e desenvolvimento nesse nível de ensino. O aperfeiçoamento dessa ferramenta

pedagógica constitui-se uma ação permanente realizado por essa escola na

avaliação das crianças na Educação Infantil.

Portfólios: Um olhar social no Ensino de Língua Inglesa

GLAUCE PESSOA LOPES

[email protected]

Emmanuela Moura Rodrigues

A aquisição de um novo idioma se processa de maneira gradual e é rodeada de muitos desafios. A intenção desta comunicação é vislumbrar um ambiente no qual possamos apresentar o Portfolio, que é um trabalho escrito, como ferramenta que nos auxilie no processo de ensino-aprendizagem da Língua Inglesa. O Projeto Portfolio se tornou um meio diferente e eficaz de fazer com que nosso aluno leia e produza um material próprio no qual ele vivenciou os fatos apresentados. De acordo com Arroyo 1994, se o nosso objetivo é o desenvolvimento integral dos alunos numa realidade plural, precisamos considerar as questões e problemas enfrentados pelos homens e mulheres de nosso tempo como objeto de conhecimento. No projeto usamos a interdisciplinaridade para enfocar assuntos de interesses sociais e assim temos a certeza da relevância dos assuntos tratados. Podemos exemplificar com um dos temas tratados pelo 9º ano, em que os alunos tratariam sobre instituições que desenvolvem algum tipo de atividade junto a população de baixa renda, capacitando as pessoas e dando melhores condições de vida. Os alunos pesquisariam outros órgãos na cidade que fizessem o mesmo tipo de trabalho, como também eles proporiam soluções. Dessa forma, tornamos a aprendizagem da Língua Estrangeira um instrumento de inclusão social e de

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valoração pessoal de acordo com os PCNS, bem como uma ferramenta para melhor compreensão do mundo. Nesse sentido, os Portfólios são aliados, eles são ferramentas que nos ajudam a mostrar aos nossos alunos a realidade e as necessidades atuais. Como educadores, podemos orientar e envolver de forma efetiva os pais, alunos e colegas de trabalho.

Possibilidades de colaboração e reflexão crítica nas práticas avaliativas de professores que atuam na educação superior

JÉSSICA VERAS MARIANO

[email protected]

Ivana Maria Lopes de Melo Ibiapina

Na área de ensino-aprendizagem, este estudo visa investigar as possibilidades de colaboração e reflexão critica nas práticas avaliativas dos professores que atuam na educação superior, tendo como objetivo especifico descrever as práticas avaliativas utilizadas por professores que atuam nesse nível de educação. O estudo se baseia na abordagem de Vigotski (1993, 2000, 2001, 2003), Leontiev (1978) e Bakhtin (2000, 2002), seguindo os propósitos PIBIC-CNPQ e as ideias do Núcleo de Pesquisa FORMAR da UFPI. Os dados para pesquisa serão coletados a parti de questionários e entrevistas reflexivas. Estes serão analisados de acordo com as ideias de Bakhtin (2000, 2002). O projeto está em andamento, na fase de revisão de literatura possibilidades para refletir sobre práticas avaliativas e transformá-las.

Prática pedagógica: instrumento e resultado no processo de reflexão crítica em contexto colaborativo

ARLETE FRAGAS DA SILVA

[email protected]

Prof. Dra. Ivana Maria Lopes de Melo Ibiapina

Este trabalho traz as aspirações e o delineamento de uma pesquisa colaborativa em desenvolvimento que tem como objeto as possibilidades transformação de práticas pedagógicas de professores, marcadas pelas dificuldades sofridas no que se refere ao desenvolvimento de um trabalho significativo que contribua para a formação de sujeitos críticos. Buscamos investigar como instrumento de transformação as próprias práticas pedagógicas por meio da reflexão crítica em contexto colaborativo. O interesse pelo objeto desenvolveu-se por meio da vivência enquanto supervisora e orientadora educacional em escolas e sistemas públicos, onde percebemos as dificuldades sofridas pelos professores no que se refere ao desenvolvimento de um trabalho significativo que contribua para a formação de sujeitos críticos. Com base em Demo (1995, 2000), Bocchese (2004), Ibiapina (2008), Ibiapina e Ferreira (2003), Imbernón (2010), Morin (2003), Pimenta (2002.), entre outros, desenvolvemos discussão sobre aspectos que se constituem em eixos

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temáticos da pesquisa: prática pedagógica, reflexão crítica e colaboração. Buscamos como fundamento teórico metodológico a abordagem Sócio-histórica, de base dialética, por meio do pensamento de Vigotski (2001, 2004, 2007) e a Pesquisa Colaborativa com foco na abordagem de Ibiapina (2008), Ibiapina e Ferreira (2006). O estudo se encontra na fase introdutória de co- produção em campo, tem como orientadora a Prof. Dra. Ivana Maria Lopes de Melo Ibiapina. Palavras-chave: Prática-pedagógica. Reflexão crítica. Colaboração.

Práticas avaliativas dos professores do curso de pedagogia da FAP/Teresina: sentidos de Enade

JOSÉ RIBAMAR DE BRITO SOUSA [email protected]

O presente artigo foi construído a partir de estudos desenvolvidos no Mestrado em Educação da Universidade Federal do Estado do Piauí, por meio do projeto: Práticas Avaliativas dos Professores do Curso de Pedagogia da FAP/Teresina: sentidos de ENADE que por sua vez, está vinculado ao Núcleo de Pesquisas Formar, o qual desenvolve trabalhos voltados à formação de professores.O interesse por este tema emergiu das discussões suscitadas quando de minha participação em grupos de estudos que ensaiavam, tentavam ainda de forma rudimentar implementar a pesquisa colaborativa no ano de 2008, na Faculdade Piauiense, Instituição de Ensino Superior em que atuo como docente no curso de Pedagogia. Tais discussões me permitiram compreender a necessidade de um aprofundamento no que se refere aos conhecimentos inerentes à avaliação institucional, e em especial aqueles relacionados ao ENADE. A preocupação surgiu a partir do momento em que constatei que os alunos avaliados por meio do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes, também se submetem constantemente, em seu processo de formação, às avaliações próprias de seu curso. Entendi que ao analisar tal processo avaliativo, não poderia desconsiderar as práticas avaliativas dos professores, uma vez que estas representam etapa do processo de ensino-aprendizagem e como tal, são objeto da avaliação institucional. Ao avaliar o aluno, avaliam-se também as práticas dos professores. Mas haveria, por parte dos professores a formação de uma consciência à respeito desse processo? Nesse aspecto, a investigação a ser desenvolvida, tem cunho social relevante, uma vez que favorece o repensar das práticas pedagógicas dos profissionais, resultando numa perspectiva de melhoria da qualidade do ensino.Espera-se ainda, com a pesquisa, que ainda não se iniciou, contribuir para a construção de processos avaliativos que possibilitem atitude permanente de tomada de consciência sobre a missão e finalidades acadêmica e social das Instituições de Ensino Superior . A pesquisa será desenvolvida tendo como opção teórico-metodológica a abordagem Sócio-Histórico-Cultural de Vygotsky (1994, 2007); no que se refere à colaboração, a partir de Ibiapina (2008), Ibiapina e Ferreira (2007), e em relação à reflexão crítica, a partir dos trabalhos de Magalhães (2004, 2009). Palavras-chave: Avaliação. Sentido e significado. Colaboração.

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Praticas de leitura e elaboração de unidades didáticas em inglês como segunda língua

PROFª DRª ROSEMARY HOHLENWERGER SCHETTINI [email protected]

Esta comunicação tem como tema principal o estudo de práticas de leitura e formação de sujeitos críticos em aulas de língua portuguesa, com foco no material didático utilizado. O estudo estará norteado a partir de unidade.didática que considera o gênero do discurso como base para o ensino da língua. Dentro dessa perspectiva teórico-metodológica, a linguagem é concebida como uma ação interindividual orientada para uma finalidade específica, uma atividade de interação que leva em conta a esfera de produção, esfera de circulação e esfera de recepção, facilitando o entendimento, a análise e a interpretação dos textos e discursos que circulam em diferentes esferas sociais. Os estudos de práticas de leitura em gêneros discursivos em uma perspectiva de formação de sujeitos críticos, bem como a elaboração de material didático por alunos de licenciatura com habilitação em português constituem o foco deste trabalho. A análise das relações entre as várias linguagens – verbal, visual e verbo-visual – e do processo de leitura estarão baseados em alguns conceitos chaves na perspectiva bakhtiniana (Brait, B. 2005) objetivando uma concretização das discussões realizadas com alunos de licenciatura em Língua Portuguesa, por ações em sala de aula de nível fundamental e médio, através da implementação de sequências didáticas a partir das pesquisas desenvolvidas na universidade. Dentre outras coisas, este trabalho teórico-prático busca enfatizar a discussão tanto vygotskiana, (Vygostky, 1934/1993) quanto bakhtiniana (Bakthin 1929/1995) da natureza social da linguagem, trazendo um diálogo entre a noção de atividade de Vygotsky (1930/1998) em sua perspectiva social, cultural e histórica à luz da interpretação da teoria dialógica de Mikhail Bakhtin e de seu Círculo (1953/1997). A proposta visa a contribuir para o desenvolvimento de estudos linguísticos em suas articulações com os processos sociais que caracterizam a sala de aula, através da mobilização teórico-metodológica de uma análise dialógica do discurso, que considera as intervenções dos participantes em situação de sala de aula.

Práticas reflexivas e colaborativas de formação: as competências mobilizadas no saber-fazer docente dos professores do curso de pedagogia da UFPI e seus processos de aprendizagem e desenvolvimento profissional

ROSEANE LIARTE MAGALHÃES [email protected]

Essa comunicação tem como objetivo discutir e trazer reflexões sobre formação de professores, o trabalho docente e, mais especificamente, as competências que são necessárias ao desenvolvimento profissional. Esta

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investigação partiu das seguintes questões de pesquisa: Quais são as dimensões da competência para ensinar? O que professores formadores compreendem por aprendizagem docente e como investem nesse processo? Trabalhamos na perspectiva de relatar a compreensão de professores acerca dessas questões. Na organização do corpus desta pesquisa, utilizamos como base teórica Isaía (2000), Amado (2003), Rios (2001), Papi (2005) entre outros. Para atingir a proposta do estudo, trabalhamos com a pesquisa colaborativa, fundamentada na abordagem sócio-histórica de Vigotski (2001), em que os pares participam e colaboram transformando-se em parceiros e co-autores da pesquisa. Para a construção dos dados trabalhamos com um grupo de seis professores forma dores que participaram colaborativamente do estudo. O processo de análise leva em conta a historicidade dos indivíduos, haja vista, a combinação metodológica utilizada: entrevistas e narrativas de vida e formação. O quadro teórico está organizado em três eixos: competência e trabalho docente; o que diz a teoria; dimensões da competência para ensinar; competência docente e o processo de aprendizagem e desenvolvimento profissional. No quadro analítico abordamos: as compreensões dos professores sobre aprendizagem docente; as percepções pessoais e profissionais da docência; as competências docentes que predominam na prática dos professores formadores. Ressaltamos que a formação e a prática dos professores precisam ser ressignificadas, para que se passe a compreender e trabalhar o ensino na perspectiva de desenvolver professores que tenham qualidades técnicas, pessoais, relacionais e clínicas (AMADO, 2003). Realçamos essa recomendação, principalmente aos professores formadores que estão contribuindo diariamente para a formação de outros formadores. Palavras-chave: Dimensões da Competência. Aprendizagem Docente. Práticas Colaborativas de formação.

Preservando a água, preservando a vida!

PÉROLA LIMA DA COSTA

[email protected]

Elizabeth Maia Cardoso

O aluno, quando assume o papel de sujeito social e ativo no processo de ensino aprendizagem, desenvolve de forma significativa suas competências e torna-se agente transformador de sua realidade. Partindo deste pressuposto, propomos através da Teoria da Atividade (Leontiev: 1977 ; Engeström :1999) ações didáticas que promovam essa transformação cognitiva, social e cultural em nosso cotidiano escolar. Em nosso trabalho, apresentaremos um exemplo de atividade social que será realizada com alunos do 4º ano no primeiro semestre de 2011 denominada ―Combatendo o desperdício de água‖ que terá como produto final a elaboração de uma cartilha educativa acerca da preservação da água, além da organização e execução de uma campanha mobilizadora chamada A gota d‘água. O objetivo geral da atividade é desenvolver ações que promovam uma reflexão crítica acerca das consequências do desperdício de água na escola e nas residências e criar estratégias que reduzam esse desperdício, promovendo assim, uma conscientização de toda a comunidade escolar, atribuindo responsabilidades a

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cada segmento que a compõe para a preservação desse recurso essencial a vida. Em termos disciplinares o projeto compreende objetivos específicos nas áreas de ciências, história, geografia, português, e matemática, além das transformações atitudinais expressas no objetivo geral. Serão trabalhados os cartilha informativa, artigo jornalístico, folder, relatório de observação, ficha de registro, folhetos, convites, entrevistas, crachá e cartaz, assim como as capacidades orais relacionadas à preservação da água e a realização da campanha ―A gota d‘água.‖

Processo de ensino-aprendizagem no ensino superior

THICYANA MARA VELOS SILVA

[email protected]

Janaira Suelly Soares Pessoa

A aprendizagem é construída a partir de fatores emocionais, neurológicos, relacionais e ambientais. O professor é o co-autor desse processo de aprendizagem dos alunos, exercendo a sua habilidade de mediador das construções de aprendizagem. Ou seja, o professor é o comunicador e colaborador que exerce a criatividade do seu papel de co-autor do processo de aprender dos alunos.No ensino superior a aprendizagem é transmitida e a impressão que se tem é que ela deve ser automaticamente assimilada pelo aluno, dando uma ideia de conhecimento certo e acabado, sem maiores argumentações. Muitas vezes isso ocorre pelo fato de os professores se sentirem autoritários em sala de aula e acabam por apenas despejar os conteúdos da matéria no cérebro de seus educandos. O docente deve aplicar a aprendizagem com domínio de conhecimentos, métodos e formas técnicas de maneira crítica, procurando sempre buscar em novas fontes mais informações

dos conteúdos, relacioná-las, discutir aplicação em situações reais e contextualizá-las. Na verdade, são estratégias que existem no ensino superior para que esse conteúdo seja assimilado. As leituras, por exemplo, são tipos de estratégias básicas onde o professor precisa ter o cuidado com o tamanho do texto, deve ter um acompanhamento de atividade relativo àquela leitura, etc. Outro exemplo de estratégia seria as aulas expositivas que devem se adequar aos objetivos dos conhecimentos que serão transmitidos. O professor deve utilizar, principalmente, para iniciar um assunto, despertar interesse ou apresentar o panorama do que será estudado, buscando sempre novas informações e debatê-las com os alunos, pois despertará um maior interesse por parte dos mesmos. O envolvimento do aluno no processo de ensino-aprendizagem é fundamental para que ele realmente assimile os conhecimentos passados em sala. Quando ele passa a compreender os objetivos da disciplina e ele é incentivado para a mesma, lhe ocorrerá uma motivação que poderá trazer resultados positivos para si.

Projetar e executar uma programação de rádio escolar para crianças de 1 a 7 anos

NEULICE ALMEIDA BARROS [email protected]

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Maria Aracélia Serafim da Silva

No Núcleo Infantil dispomos há alguns anos de um equipamento de som que acessa todas as salas de aula e que vem sendo usado como ―Rádio AM Sabidinho‖. É uma atividade semanal, desenvolvida pelos professores, que podem ou não envolver os alunos. No entanto, ao longo dos últimos dois anos percebemos que essa atividade era realizada pelas professoras de forma mecânica, somente para cumprir tal tarefa. Com base nos estudos sobre a Teoria da Atividade, em que segundo Shettini (2008), a atividade humana adquire o significado de um conjunto de ações, motivada por desejos que resultam em transformações, tanto no sujeito quanto no mundo em que ele está inserido, sentimos a necessidade de realizar uma situação formativa e transformar essa atividade em uma atividade social, que tivesse como ideia guia ressignificar o uso e a função da rádio com participação ativa dos alunos e o envolvimento da comunidade escolar. Assim, desenvolvemos ações que promoves em a compreensão do funcionamento de uma rádio através de performances vivenciadas pelo grupo docente, a fim de que essas ações desencadeassem novas performances com os alunos, tendo o brincar de assumir papéis como pano de fundo da atividade. ―Brincar, entendido como performance, é ser quem você não é. Performance, entendida como instrumento de desenvolvimento, é criar quem você é sendo quem você não é. Desenvolvimento, entendido como uma atividade relacional, envolve contínua criação de palcos (ZPDs) nos quais um ‗se performa‘ pela incorporação do ‗outro‘‖ (Holzman, 1997). Nessa perspectiva, verificou-se também por parte dos professores, uma mobilização em estimular o protagonismo das crianças durante o comando da programação da rádio e envolver a comunidade escolar nessa atividade, aproximando assim, essa atividade com a proposta pedagógica da Escola. Também percebemos o desenvolvimento gradativo do exercício da escuta e a valorização das propostas realizadas pelos demais grupos.

Projeto alunos monitores do CEU: construindo o agir cidadão

MAURÍCIO CANUTO [email protected]

Esta comunicação tem como objetivo apresentar uma experiência com alunos do ensino fundamental II, do 6º ao 9 ano, realizada, desde 2009, na Escola Municipal de Ensino Fundamental CEU Pêra Marmelo, em São Paulo- Capital, que assumiram a elaboração e edição do jornal escolar. O trabalho desenvolvido pela gestão do CEU Pêra Marmelo pretende construir dentro de uma perspectiva colaborativa a transformação dos alunos, pois um trabalho crítico-colaborativo pressupõe que os alunos desenvolvam o poder de argumentação, o protagonismo juvenil, a análise crítica da realidade e o compartilhamento de novos significados. Neste segundo ano, os alunos tiveram como objetivo encontrar novos integrantes para dar conta de produzir dois informativos e dois jornais, além do blog e do site que serão mantidos por eles. Semanalmente, os alunos monitores do CEU se reúnem para discutir a pauta

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do jornal/informativo e dividem tarefas entre os integrantes do grupo para organizarem o encontro seguinte. A cada encontro um novo aluno fica responsável por registrar a ata da reunião para arquivar no registro do jornal. Em suma, esta apresentação irá discutir como os alunos monitores se tornaram protagonistas de suas ações e como se destacaram ao assumirem uma posição crítica e responsiva diante das tarefas assumidas.

Projeto Amazônia e Acre: Uma Proposta de Cidadania

CLARISSA COELHO LIBERALI [email protected]

Pedro Chaim de Moraes Pinto

O Colégio Santa Cruz realiza algumas viagens com o intuito de fazer os alunos conhecerem diferentes realidades brasileiras e trocarem experiências com comunidades locais. Esse nosso trabalho, como alunos, consiste em apresentar esse projeto de ética e cidadania proposto pelo colégio. Dois projetos serão apresentados. Primeiramente, o projeto da Amazônia, em que discutimos sobre a região amazônica e suas comunidades ribeirinhas. Durante a viagem, vivenciamos a experiência de morar em um barco no meio do Rio Negro, e passar alguns dias convivendo intensa e profundamente com crianças ribeirinhas. O projeto do Acre, por sua vez, teve como intuito, além do convívio com estudantes de uma escola local, aprender mais sobre Chico Mendes e sua proposta para um meio de vida sustentável, e entender como vivem os seringueiros. O impacto dessas viagens foi muito grande, uma vez que saímos das nossas vidas cotidianas urbanas para viver, por alguns dias, uma vida completamente diferente. A troca de experiência permite ver que existem realidades diferentes da nossa, e sair do nosso lugar de conforto nos faz perceber a necessidade de conhecer, respeitar, conviver e aprender a importância da coexistência. No projeto, desenvolvemos valores que reforçam a colaboração, o diálogo com o outro, a construção de laços de amizade que quebrem as barreiras sociais e culturais impostas pela história vivida por cada um.

Projeto de ciências: a formulação de hipóteses, a experimentação e a reflexão

RENATA DANTAS DE OLIVEIRA

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Rita Maria dos Santos

Os Parâmetros Curriculares Nacionais publicados pelo MEC estabeleceram mudanças significativas nas propostas de trabalho para o Ensino Fundamental. No que se refere especificamente à disciplina de Ciências, as mudanças se deram de forma mais concreta no rompimento com o ensino tradicional em que a ótica é a da transmissão dos conhecimentos acumulados pela humanidade

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por meio de aulas expositivas ministradas pelos professores. Nesse modelo, cabe aos alunos a mera ―absorção‖ das informações. Em seu lugar, está proposto ―um ensino que desenvolva no aluno competências que lhe permitam compreender o mundo e atuar como indivíduo e como cidadão, utilizando conhecimentos de natureza científica e tecnológica‖ de modo a intervir de maneira significativa na sociedade. No presente relato apresentamos resultados de nossa busca por concretizar essa forma de ensinar através do projeto de Ciências do Ensino Fundamental I do Colégio 7 de Setembro. A partir do aporte teórico dos PCN‘s, relacionamos experimentos, estratégias e sequencias didáticas direcionadas ao uso intensivo do material concreto dentro da sala de aula, levando o aluno a aprender através da formulação de hipóteses, da experimentação e da reflexão: as ações em sala de aula realizadas durante todo o processo para a formação de um aluno inventivo, inquisitivo, investigativo, em suma, explorador constante.

Projeto diversat - diversão com conteúdo

CIBELE MARIA BEZERRA MAIA [email protected]

Monaline Ferreira Lopes

Esta comunicação apresenta uma experiência realizada desde 2007 com alunos da Educação Infantil e do Ensino Fundamental do Colégio 7 de Setembro. Para os alunos que estudam em sistema de semi-internato e possuem uma rotina permeada de responsabilidades e atribuições, a diversão, a criatividade e a mudança de direção nas atividades obrigatórias e diárias, alimentam as energias e reorganizam o potencial criativo. Para atender a essa demanda, implantamos um projeto com o objetivo de favorecer a autonomia e o trabalho em equipe, que vem estimular as questões relacionais e trabalhar valores, por meio de atividades lúdicas e prazerosas: o projeto DIVERSAT. Segundo Vygotsky o sujeito se constitui na relação com o outro. Nessa perspectiva, o brincar, dentre outras atividades, assume um papel privilegiado no processo de constituição humana, sendo um dos responsáveis pela produção de significados sociais e históricos pela criança. O Projeto DIVERSAT, almeja, dentre outras metas, promover a interação, o divertimento e a integração das crianças; incentivar a prática do lazer como forma de liberar o estresse do dia a dia; desenvolver a autoestima e as habilidades naturais; proporcionar uma aprendizagem significativa através da apresentação de temas educativos e ressaltar valores éticos e morais.

Projeto envelhecer é saber viver

ISOLINA COSTA DAMASCENO

[email protected]

O Projeto ―Envelhecer é saber viver‖ surgiu na relação teórica e prática sistematizada no currículo do curso de Pedagogia do Centro de Ensino Superior Piauiense – CESPI (Faculdade Piauiense – Teresina) na disciplina

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Planejamento e Organização de Estudos para a Terceira Idade. O trabalho foi desenvolvido pelas coordenadoras Isolina Damasceno e Gardene Lacerda, as professoras colaboradoras Celene Vieira e Eliana Alencar e os alunos do 5º período do curso de pedagogia. Teve como objetivo geral compreender a realidade vivida por idosos em abrigos na cidade de Teresina, com a intenção de intervir junto a essa realidade de forma positiva e construtiva, visando a integração entre idosos e os alunos do curso de Pedagogia da faculdade Piauiense - FAP. E como objetivos específicos arrecadar e doar alimentos, roupas, material de higiene pessoal e limpeza para as instituições, estimular o desenvolvimento da atividade física entre os idosos e desenvolver atividades educativas, lúdicas e culturais que estimulem a integração e a convivência entre os idosos. Ao ser trabalhado os conteúdos da disciplina, os alunos sentiram necessidade de uma intervenção nos locais onde abrigam pessoas idosas em Teresina, e quando abordado o Estatuto do Idoso, refletiram que este momento da vida passou a ser visto de forma diferente, e as regras foram construídas no sentido de desenvolver um novo olhar sobre as pessoas que chegam a essa fase, sobretudo no que concerne ao respeito, aos interesses e a garantia dos direitos à pessoa idosa. Desse modo, a construção do conhecimento partiu da elaboração do projeto pelos alunos na dimensão do saber, fazer e ser pedagogo, num olhar humanizado diante das questões sociais, subsidiado por embasamento teórico dos autores estudados, visitas técnicas para o reconhecimento dos espaços e levantamento das necessidades em cada instituição, desenvolvimento de campanha solidaria na faculdade e em outro locais. A escolha do nome do projeto foi realizada através de eleição e os espaços selecionados através de sorteios. A execução do projeto abrangeu quatro instituições: 1 – TOCA DE ASSIS – mantida por doações e administrada por franciscanos, onde os abrigados são mendigos recolhidos nas ruas; 2 – CASA SÃO JOSÉ – mantida por doações e administrada por profissionais liberais voluntários; 3 – ABRIGO FREDERICO OZANAN – mantido por doações e administrada por voluntários; 4 – ABRIGO SÃO LUCAS – mantido por doações e administrado por voluntários. O trabalho foi realizado em três etapas: 1ª – O idoso e alei; 2ª – Responsabilidade Social: Eu e os outros; 3ª – Direito de ser e estar com o outro: um olhar sócio-educativo.

Projeto grandes artistas, pequenos pintores

JOSÉ DERLÂNIO TEMOTEO LIMA

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A vivência supracitada no titulo deste relato está relacionada ao trabalho desenvolvido pelas crianças do Ensino Fundamental I do colégio 7 de setembro, por meio do projeto denominado Grandes artistas, pequenos pintores. Em tal projeto cada criança, com suas habilidades e criatividade, tornou-se elemento principal para o favorecimento do fazer artístico. O projeto teve como objetivo a contribuição para o processo de aprendizagem em artes visuais, propiciando ao aluno o contato com diferentes técnicas, obras de arte de variados artistas e tendências, além de utilizarem espaços específicos para demonstrarem esse conhecimento, aprimorando sua capacidade de expressão.

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A prática deste levou as turmas a melhorarem suas ações de aprendizagem significativa em arte- o fazer artístico, saber ver arte ( a apreciação da arte), conhecer arte ( a reflexão da arte como objeto socio-histórico.). Tal vivência estética oportunizou a autonomia para a criança se r um agente questionador na área. Para isso, os alunos estudaram a biografia, cores, linhas e formas simplificadas, temas abordados e contexto histórico dos artistas plásticos Romero Britto, Candido Portinari, Tarsila do Amaral e Claude Monet. Os educandos apropriaram-se das obras e tiveram-nas como base para a realização de uma leitura formal, interpretativa, produzindo assim obras inéditas, culminando na realização de uma grande galeria de arte na escola. Enfim, a arte consolidou-se como forma de expressão de sentimentos e emoções referenciados nos grandes mestres das artes.

Projeto viajando com as letras

REBECA ANGELA SAMPAIO

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O projeto Viajando com as letras foi uma ação do Programa Conexões de Saberes/PICI o qual integra o Programa Conexões de Saberes: diálogos entre a Universidade e as comunidades populares da Universidade Federal do Ceará, vinculado ao Programa Nacional Conexões de Saberes do MEC/SECAD. Por considerar que o nível de leitura das crianças tem se tornado cada vez mais acentuado no meio escolar e de um modo mais geral, nasce o viajando com as letras, que tem por objetivo geral, incentivar a criança ao hábito da leitura e da escrita e objetivos específicos, desenvolverem o prazer de ler e escrever, refletir a partir de leituras sobre as temáticas de gênero, raça, etnia e diversidade cultural e social e conduzi-las à descoberta do valor da literatura como experiência de formação. O projeto se deu inicialmente com uma turma de crianças na escola Adroaldo Texeira Castelo, da 1ª à 4ª série no bairro do Planalto do Pici e posteriormente, uma nova turma n o Centro de Cidadania César Cals no bairro do Planalto do Pici. Os encontros aconteceram aos sábados pela manhã e contemplaram cerca de 20 crianças, em cada turma com faixa etária de 6 à 10 anos. O nome "Viajando com as letras" assume, nesta ação, um caráter ambíguo, pois refere-se tanto a idéia de viagem que a leitura possibilita enquanto atividade lúdico-imaginária quanto de mobilidade física, visto que as atividades do ―Viajando com as letras‖ tinham caráter itinerante. Os monitores carregavam com eles o "baú das letras" que consistia em uma caixa com vários exemplares da literatura infanto-juvenil, que contemplam desde os textos clássicos às histórias que trabalham a questão das "diferenças", procurando desta forma disseminar o respeito por essas e afastar o preconceito com o que é diferente. Os textos são apresentados através de contação de histórias e rodas de leitura com a utilização de fantoches e outros recursos visuais e lúdicos , sempre reservando um espaço para que as crianças, como sujeitos ativos desse projeto, possam também contar suas histórias e ter liberdade para escolher os livros de seu interesse para ler. Há também a produção textual das próprias crianças. Essas produções são reunidas em uma coletânea e apresentadas à comunidade. Como resultados, obtivemos o grande interesse das crianças pela leitura e o

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desenvolvimento da expressão oral e escrita, bem como a formação do senso crítico, evidenciáveis nas produções e melhor rendimento escolar das crianças.

Psicólogo mirim, a reflexão com base no autoconhecimento e uma análise nas contribuições da psicologia para o desenvolvimento humano

ANDRÉA KARLA DE LIMA SOUSA

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Adriana Sampaio Marly Josino

Scheiliana Vieira Roque dos Santos Mateus Miranda Oliveira

Mateus Pontes Sales

―Conhece-te a ti mesmo!‖ A máxima de Sócrates foi um dos instrumentos que norteou esta atividade, um projeto denominado ―psicólogo mirim‖, tendo como sujeitos alunos do 6º ano, seus pais, as professoras e a coordenadora de Língua Portuguesa e uma psicóloga dos Recursos Humanos do Colégio 7 de Setembro. O livro ―Pai, me compra um amigo?‖, de Pedro Bloch, foi o disparador da atividade. A obra apresenta-nos o mundo de Bebeto, um menino do 6º ano, filho único, pais bem remunerados, mas que não lhe dão a atenção de que precisa. Bebeto tinha sérios problemas de aprendizagem e sofria bulling, mas não ter a atenção dos pais era sua maior angústia. Nossos alunos acompanharam os conflitos do personagem, protagonizaram situações vividas pelo profissional que mais ajudou Bebeto, o psicólogo, e perceberam que a sua função vai além do que a sociedade lhe atribui. Questionamentos como ―Que pessoas precisam recorrer ao psicólogo?‖ foram levantados e discutidos ao longo do projeto. Segundo Bebeto, ―Psicólogo é aquele que tira a dorzinha do coração da gente‖. Os alunos pesquisaram essa profissão, tendo, inclusive, palestras com a psicóloga da escola, além de atuarem como psicólogos mirins sugerindo como resolver os problemas de Bebeto. A presença dos pais foi essencial para a defesa dos pais de Bebeto, já que perguntas como: ―A mãe de Bebeto deveria trabalhar tanto?‖, ―O pai de Bebeto amava sua família?‖, fizeram parte da problemática debatida pelos alunos. A solução do conflito de Bebeto se dá quando, com a ajuda de uma colega de classe e o apoio de uma psicóloga, consegue, finalmente, resgatar sua autoestima, delinear melhor sua identidade e se sentir aceito pelos amigos e também amado pelos seus pais. . Essa atividade estimulou o protagonismo juvenil, aproximou mais ainda a família da escola e reafirmou a certeza de que a inovação necessita ser intrínseca ao processo educativo.

“Quem conta um conto aumenta um ponto...”: A literatura

infantil como facilitador do desenvolvimento da oralidade e da

escrita

PÉROLA LIMA DA COSTA

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Daniele Tsunoda

No decorrer de nossa história estamos imersos em diferentes tipos de culturas onde a linguagem oral e escrita estão constantemente presentes. A escola como espaço privilegiado de formação, precisa desenvolver competências que permita a seus educandos compreender e utilizar socialmente as diferentes nuances da dessa linguagem. Uma das formas dessa apropriação cultural e social é através da leitura. Sendo assim, propomos um estudo literário de diferentes obras visando um maior desenvolvimento da oralidade, uma apropriação significativa da estrutura textual (fábulas, contos, poemas, quadrinhos, relatos...), assim como promover o encantamento com o alto da leitura.

Reciclar lixo orgânico: Uma ação simples para salvar o planeta

FABIANA FERNANDES SOARES

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Danielle Sampaio Freire Brandão Sabryna Matos Pinheiro

Débora Rodrigues Herculano Maria do Socorro Pereira

Temos como objetivo com essa comunicação promover reflexões acerca de uma abordagem didática que provoca uma mudança sobre a forma como os conteúdos aparecem em sala de aula e apresentar uma experiência de um trabalho realizado como Atividade Social. A Escola é um espaço para os alunos extrapolarem os conteúdos previstos e atribuir sentido a sua aprendizagem, para agirem de forma consciente e transformadora, ao passo que também contribuem para uma mudança social. Segundo Liberali, ensino-aprendizagem por meio de Atividades Sociais acontece quando o enfoque nas atividades vividas pelos sujeitos no seu dia–a-dia, dentro e fora do espaço escolar, em que os gêneros são trabalhados como instrumentos e conceitos científicos são vistos em sua relação com a vida. Por essa razão, percebemos que a Atividade Social, como uma abordagem didática, tem como objetivo promover uma transformação no sujeito e na sociedade. Nela os conteúdos curriculares são vistos como situações de aprendizagens significativas. Dessa forma, rompemos com a ideia mecânica do conteúdo em si mesmo e percebemos a função, a necessidade e importância dos conteúdos escolares para fazer uso em qualquer contexto social. O Núcleo Infantil do Colégio 7 de Setembro vem há uns 5 anos trabalhando com ações simples de conscientização ambiental e de cuidado do mundo. Desde a abrir menos a torneira para lavar as mãos, abrir as janelas durante o dia para iluminar os ambientes a reciclar os diferentes tipos de lixo, foram desenvolvidas atividades na tentativa de transformarmos esse Projeto de Ciências Naturais sobre as questões relacionadas ao meio ambiente em uma Atividade Social. E para isso os alunos do Infantil 4 que eram os responsáveis pela reciclagem do lixo orgânico ficaram com a missão de Promover o uso da Composteira que já existia na escola e não estava sendo utilizada. Sendo assim, nossa atividade social foi: Promover o uso da

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Composteira da escola. Os alunos aprenderam sobre lixo orgânico, coleta seletiva, desperdício de alimentos e como reaproveitá-los. Deram um destino adequado ao lixo orgânico produzido por eles mesmos na escola. Produziram adubo orgânico que voltou para as próprias plantas da escola. Algumas turmas também tiveram um envolvimento com a reciclagem do óleo. Aprenderam sobre os danos causados pelo destino inadequado do óleo de cozinha. E uma das ações conscientizadoras foi envolver as famílias a realizarem uma coleta seletiva de óleo usado. Trouxeram para a escola e com esse material, as crianças, foram ao laboratório do colégio e aprenderam a fazer sabão a partir do óleo usado. E como cadeia criativa ensinaram a outros alunos da escola a reciclarem o óleo e a fazerem sabão orgânico. Palavras Chaves: Meio Ambiente. Aprendizagem Significativa. Transformação Social e Valores.

Relato dos alunos sobre a aprendizagem de libras mediada por um professor surdo e monitor

JOÃO CARLOS MEMORIA MACHADO

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Marilene Calderaro Munguba Willer Cysne Prado e Vasconcelos

Mariana Farias Lima

Objetivo: Conhecer a percepção dos alunos da Disciplina de LIBRAS da Unifor sobre a mediação da aprendizagem prática por um professor surdo e um monitor. Metodologia: Pesquisa descritiva, transversal, qualitativa, em maio de 2010, na Universidade de Fortaleza, na Disciplina LIBRAS. Participaram 118 alunos de 18 cursos, em cinco turmas da Disciplina LIBRAS. Aplicou-se questionário aos alunos. Utilizou-se Análise de Temática. Resultados: Alunos por centro: Centro de Ciências da Saúde - 82 alunos, Centro de Ciências Humanas - 24, Centro de Ciências Administrativa - 4, Centro de Ciências Tecnológicas – 4, e Centro de Ciências Jurídicas - 2. Mediação do professor surdo, 112 - a mediação do professor surdo nas aulas práticas de LIBRAS facilita a aprendizagem, 19 - esse fato media a aproximação da realidade, 7 - não faz diferença, 2 - dificulta a aprendizagem. Mediação do monitor, 121 - adequada a proposta da disciplina, 1 - não usufruiu da monitoria, 1- necessária, nenhuma aluno percebeu como inadequada a proposta da disciplina, e nenhum aluno acredita que a disciplina não deveria ter monitor. Conclusão: Os alunos perceberam que a mediação do professor surdo ensinando LIBRAS facilita a aprendizagem e a torna prazerosa. A mediação do monitor voluntário também foi bem avaliada, apontando para a necessidade de manter esse membro da equipe da disciplina. As estratégias de ensinagem estão adequadas ao grupo de alunos que cursou a disciplina em 2010.1. Percebeu-se que essas estratégias podem ser mantidas nos semestres seguintes, com a proposta de reavaliá-las sistematicamente.

Resgatando e construindo valores na educação através da música

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MARIA MILIANE NOGUEIRA FRANCO [email protected]

É necessariamente essencial que a educação auxilie a que a criatura humana saiba relacionar-se de maneira plena com coisas, seres, pensamentos, pessoas, sentimentos enfim, com o todo alcançando o seu valor significativo. (A Arca) A educação no seu mais profundo sentido tem uma importante missão: preparar o ser humano para a vida. E o que importa verdadeiramente que o ser humano compreenda para seu bel viver bem como do seu semelhante? Este é um ponto de partida de uma educação ocupada em despertar, desenvolver e expandir em seus educandos o que de mais nobre e valioso se pode apreender através do viver e das relações: a descoberta de si mesmo e do seu potencial, sem deixar de abranger todos os níveis que correspondem à riqueza que cada sujeito traz em si. A triste realidade, é que o currículo escolar ainda tem primado em fomentar uma aprendizagem de cunho técnico, lógico-matemático, inobsevando as diversas inteligências e possibilidades que o estímulo pode propiciar; tem ainda tratado historicamente das guerras e de seus colaboradores, mas muito pouco se tem indicado e exaltado os pacificadores e facilitadores da humanidade que tanto tem a nos ensinar com seu exemplo. O presente trabalho traz como ferramenta a arte musical, que faz parte de todo ser, que toca, acolhe, faz refletir, e nos impulsiona a mergulhar em nós mesmos, empreitada tão preciosa e essencial na formação de um ser mais sensível e integrado. Através da arte, o ser humano tem a oportunidade de entrar em contato consigo mesmo, conhecer e trabalhar as suas idiossincrasias, reconhecer as suas potencialidades e desenvolver a confiança em si e nos outros numa constante ampliação dos sentidos. Ela permite estabelecer uma relação direta de troca de sentimentos e emoções e, assim, adquirir maior consciência do meio em que vive e das relações estabelecidas. Assim, a arte, como provocadora de sensações, desperta no ser humano a possibilidade de tornar o seu sentimento, pensamento e ações manifestações genuinamente puras, autênticas e belas. Nesse sentido, educar através da arte compreende uma atitude mais harmoniosa e equilibrada perante o mundo, ―em que os sentimentos, a imaginação e a razão se integram; em que os sentidos e valores dados à vida são assumidos no agir cotidiano. Compreende uma atitude em que não existe ‗distância entre intenção e gesto‘‖ (DUARTE JÚNIOR, 1991, p. 73). E, considerando que uma das tarefas da Educação é despertar as potencialidades de cada ser humano se faz necessário que a arte esteja conectada também com as experiências individuais. Quando em nossa sala de aula abordamos acerca da vida e da obra de grandes seres humanos como Madre Tereza de Calcutá, Martin Luther King, Irmã Dulce, estamos despertando em nossas crianças o interesse e a oportunidade de conhecer o que é rico, belo e significativo na ação humana, e como cada um tem o poder de transformar a realidade e promover benfeitorias. No estado da Bahia surgiu um trabalho muito significativo do GRUPO DE MÚSICA E ESTUDOS MAHATMA, que vem desenvolvendo a 10 anos diferentes projetos de cunho social nas escolas da rede pública e espaços culturais. Atualmente o grupo está desenvolvendo um novo projeto voltado para as crianças (Mahatma Mirim), com músicas que tratam de valores como: amizade, virtudes, cuidados com a natureza,

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alimentação saudável, dentre outros. O lançamento do primeiro CD musical direcionado ao público infantil será em janeiro de 2011 na cidade de Salvador-BA e, o objetivo é que este trabalho com apoio da Lei de Incentivo a Cultura, possa ser distribuído na rede pública de ensino. ....A questão da educação é integrar e não afastar o ser humano de si mesmo, logo, também, do universo. Não escravizar, nem converter, mas auxiliar em sua libertação. (A Arca) O momento atual pede não apenas uma reflexão, mas uma tomada de consciência iminente. O caos é fato, a educação necessária nesse processo quando cumpre seu real papel e a arte, respectivamente a música, uma ferramenta que se utilizada por seres humanos sensíveis traz inúmeras e positivas possibilidades de se formar um ser humano mais atento e perceptivo a si e ao que o cerca, colaborando assim, para a construção de um mundo mais justo e harmonioso. Referências: DUARTE JUNIOR, João Francisco. Por que arte-educação? 6. ed. Campinas, SP: Papirus, 1991. O.CI.D.E.M.NT.E. - 7o C.D.E.. Programa Conscientizar. Salvador - BA: O.CI.D.E.M.NT.E.- 7o C.D.E., 1996. (mimeo). O.CI.D.E.M.NT.E. - 7o C.D.E.. FAZER DO HOMEM UM SER HUMANO ―QUANTO À EDUCAÇÃO . Salvador – BA, 1995. BARRETO, Maribel. Os Ditames da Consciência 1. ed. Salvador, BA: Sathyarte, 2010.

Resolução de Conflitos na Educação Infantil

DANIELE GAZZOTTI [email protected]

Este trabalho baseia-se nas reflexões de Vygostky 1984 sobre a questão da educação e de seu papel no desenvolvimento humano. Seu objetivo é apontar a importância dos conflitos e da resolução destes para o desenvolvimento psicológico infantil. Este trabalho ressalta a importância do ambiente e do contexto social para o desenvolvimento humano, em especial para o desenvolvimento psicológico infantil no momento em que as crianças começam a falar e a dominar a linguagem como forma de interação com o mundo. Segundo Vygotsky: ―o momento de maior significado no curso do desenvolvimento intelectual, que dá origem às formas puramente humanas de inteligência prática e abstrata, acontece quando a fala e a atividade prática, então duas linhas completamente independentes de desenvolvimento, convergem‖. (Vygotsky, 1984: 11). A contribuição das discussões efetuadas neste projeto é não somente formar cidadãos críticos e reflexivos por meio da resolução de conflitos, mas principalmente conscientizar professores e coordenadores da importância deste conteúdo e como ele deve ganhar mais espaço e importância no currículo de educação infantil.O projeto baseia-se na concepção de que o indivíduo é resultado de seu contexto sócio-histórico-cultural e na suposição de que a fala tem um papel essencial na organização das funções psicológicas superiores, por isto a faixa etária escolhida é a de 2 anos de idade. Neste projeto, a escola assume o papel de contexto sócio-histórico-cultural que colaborará na formação psicológica do indivíduo além de promover uma segunda língua, vista como mais um instrumento de mediação na relação da criança com o mundo.

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Sessão reflexiva: uma estratégia de formação para promover a reflexão crítica dos professores

MARIA DO SOCORRO PEREIRA & SILENE CERDEIRA SILVINO [email protected] / [email protected]

Para o coordenador ou supervisor pedagógico, o principal objetivo de sua função é garantir um processo de ensino aprendizagem saudável e bem sucedido para os alunos e promover uma formação em serviço aos professores com quais trabalha. Porém, algumas perguntas surgem com relação a formação do professor: Que formação seria suficiente para transformar uma prática? Que base teórica fundamenta nossas formações? Que resultado obtemos na prática? O modelo de formação que adotamos mantém relação com o professor que desejamos? Reflexões como essas alimentaram a nossa busca por uma prática de formação contínua que acontecesse como parte de um processo complexo de autoconhecimento, de consciência e de transformação de si e do outro. A presente comunicação tem como objetivo partilhar com coordenadores e supervisores pedagógicos, uma prática de formação contínua realizada com professores da Educação Infantil. Esse modelo de formação te m como base teórica a TSHC – Teoria Sócio Histórica Cultural de Vygotsky e a TASHC - Teoria da Atividade Sócio Histórica Cultural de Leontiev e Engestrom. Temos como foco principal contribuir para uma formação crítica e reflexiva dos professores e para isso, partimos das observações de sala de aula, das filmagens, das gravações ou descrições das aulas observadas e utilizamos a atividade da Sessão Reflexiva como estratégia de formação para alcançar por parte do professor uma reflexão sobre sua prática. Esses espaços de reflexão crítica que Magalhães (2004) denomina de Sessão Reflexiva caracterizam-se como espaços de formação e de colaboração, para a constituição de um educador crítico. Momento em que o professor e coordenador pedagógico podem ressignificar e reconstruir as ações, a partir de uma tomada de consciência em relação às práticas pedagógicas desenvolvidas. Através do descrever (como realizo minha atividade?), do informar (que teorias embasam minha prática?), do confrontar (que intencionalidade tenho com minha ação pedagógica?) e do reconstruir (como posso transformar a minha prática?) possibilitamos uma relação entre teoria e prática, entre a ação e reflexão. Ao longo dos dois anos de vivências dessa abordagem teórica percebemos muitas possibilidades e muitos limites da Sessão Reflexiva no contexto de formação de professores e observamos as consequências dessa ação na formação dos professores e na prática de sala de aula. A partir de um contexto colaborativo pretendemos continuar investigando a prática docente e visando utilizar mecanismos reflexivos que favoreçam a formação contínua dentro de uma perspectiva crítica e reflexiva, pois, segundo Liberali a reflexão crítica implica a transformação da ação, ou seja, a transformação social. Não temos pretensão de compartilhar com essa comunicação, a perfeição, ou uma ideia pronta, acabada. Ao contrário, temos a intenção de dividir as nossas práticas formativas exitosas ou não e aprendermos com o outro. E com esse movimento melhorarmos nossa prática, crescermos com as trocas e reconstruirmos continuamente em uma cadeia criativa.

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Setembro das sete artes: um olhar sensível e significativo no ensino de artes visuais no ensino fundamental I

ALEXANDRE SANTIAGO DA COSTA

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Geísa Fonteles Amora Gerardina Geni Queiroga

Apresentamos neste relato de experiência o produto do olhar das nossas crianças sobre a arte através do projeto ― Setembro das sete artes‖ do Ensino Fundamental I do Colégio 7 de Setembro unindo várias linguagens expressivas como a pintura, escultura e a literatura. A educação do olhar é a abertura da alma e do intelecto dos pequenos para a aventura estética do ser humano, para a busca do belo e do bom. A arte nos aproxima do humano, torna-nos sensíveis a um mundo de significados sutis , de cores e formas eloquentes ,de criatividade abundante. Nosso projeto de arte-educação é ambicioso e implica um processo simultâneo de construção de saberes e de desenvolvimento da sensibilidade pautados na teoria sociointeracionista e na abordagem triangular do ensino de artes (conhecer, ler e fazer arte). Para isso, nossos alunos estudaram a biografia e a estética de artistas como Portinari, Claude Monet e Tarsila do Amaral. Muitas estratégias metodológicas foram planejadas e executadas como releituras das obras e exposição dos trabalhos das crianças. O projeto foi um grande marco nos processos de uma educação estética voltada para a formação de cidadãos mais sensíveis a arte na sociedade.

Teatro e dialogicidade: uma experiência de teatro do oprimido com professores/as de Irauçuba – CE

FERNANDO ANTONIO FONTENELE LEÃO [email protected]

O presente trabalho foi desenvolvido a partir de atividade com um grupo de professores/as da Escola Josefa Clotilde, unidade de ensino da Rede Pública do município de Irauçuba-CE, em janeiro de 2010. O objetivo da atividade era problematizar, através da metodologia do Teatro do Oprimido, criada por Augusto Boal, a notícia de que nos anos iniciais do ensino fundamental, o estado do Ceará vem, ano a ano, obtendo médias bem abaixo do aceitável, conforme Índice de Desenvolvimento da Educação Básica; ao mesmo tempo, apresentar ao grupo a práxis do Teatro do Oprimido, uma estratégia eficaz de discussão democrática de problemas levantados pela comunidade escolar, tendo por base: a) a comunicação, base do fenômeno do conhecimento. E que, segundo Freire, sem a relação comunicativa entre sujeitos cognoscentes em torno do objeto cognoscível desapareceria o ato cognoscitivo; b) a discussão da realidade social e a experimentação de conceitos e sentimentos , assumindo a prática teatral como uma espécie de espelho que recria a realidade e que, ao mesmo tempo, dá condições para que os olhos do ator-espectador critiquem a realidade apresentada; c) a possibilidade do reconhecimento e da consideração pelo outro enquanto outro, é o que diz

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Humberto Maturana, ao afirmar que o social tem seu fundamento no emocional, pois que sem a aceitação do outro como legítimo outro na convivência, não há fenômeno social. O social se define, portanto, em meio a relações que se instauram sobre essa aceitação do outro. Na atividade, os/as professores/as puderam vivenciar corporalmente exercícios, jogos e técnicas teatrais do repertório do Teatro do Oprimido, além de desenvolver e apresentar cena-problema de Teatro-Fórum, que consiste em produzir uma encenação baseada em fatos reais, na qual personagens oprimidos e opressores entram em conflito, na defesa de seus desejos e interesses. Na apresentação pública, os espectador são estimulados a entrarem em cena, substituindo atores/atrizes, em busca de alternativas para o problema encenado. Assim, concluímos que teatro é, essencialmente, diálogo. E, como tal, é instrumento privilegiado para debater e transformar a realidade.

Texto Literário como Instrumento de Desenvolvimento Interpretativo no Ensino Fundamental

GUILHERME RITTNER MANZATI [email protected]

Inserido no Programa Ação Cidadã – PAC, coordenado pela Profa Dra. Liberali (LAEL, PUC-SP), mais especificamente no Projeto de Extensão Universitária Leitura e Escrita nas Diferentes Áreas - LEDA, este Projeto Texto Literário como Instrumento de Desenvolvimento Interpretativo no Ensino Fundamental tem o objetivo de analisar e aprofundar como os textos literários estão inseridos no contexto da sala de aula para que dessa maneira seja possível despertar o interesse dos diversos alunos, uma vez que a sala é heterogênea, podendo fazer uso deste interesse para melhorar e incentivar seu aprendizado de forma geral. Não apenas na matéria de "Língua Portuguesa", porém também em todas as outras matérias que façam parte de seu currículo escolar. Os dados para a pesquisa serão retirados das gravações feitas em uma sala de aula específica, de uma professora participante do Grupo de Apoio no Projeto coordenado por Magalhães, em uma Escola Estadual de Ensino Fundamental. Compreender o problema existente nos dias atuais para que os alunos do Ensino Fundamental saiam do ensino Básico sem ter suas habilidades de compreensão de texto desenvolvidas e como a aplicação do texto literário com esse objetivo poderia contornar a situação. Esta pesquisa está embasada nas discussões da Teoria da Atividade Sócio-Histórico-Cultural (TASHC).

Títulos de notícias de jornais impressos: estratégia publicitária ou jogo político?

ANA P. R. SILVA

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Este artigo trata da construção de títulos em jornais impressos, explicitamente associadas ao discurso de poder político, em período aqui definido como eleitoral ou não-eleitoral, ―acusando‖ ou ―acobertando‖ os sujeitos do discurso.

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Para tanto foram analisados 12 textos (título e lead ou notícia) de jornais impressos (de divulgação nacional), sendo 6 do primeiro semestre de 2007 e 6 do segundo semestre de 2008. Com o corpus analisado não foi possível demonstrar a correlação entre o período político e as estratégias de processamento textual (KOCH, 2000) relacionadas à nomeação (LAGE, 1998) - e a construção de identidades a partir destas categorizações (HALL, 2006) - na construção dos títulos, mas foi possível verificar relações entre o estatuto de dado/novo, estratégias de referenciação e estratégias de ―balanceamento‖ entre título e texto, bem como entre texto e situação referida (tempo-espaço).

Tutoria solidária: instruindo e formando através da aprendizagem entre iguais

DANIELE LIMA [email protected]

Esta apresentação tem como principal objetivo oferecer aos espectadores uma boa opção de instrução e formação de valores em sala de aula, através do uso da aprendizagem entre iguais, utilizando como aliado um dos principais obstáculos encontrados pelo professor: os diferentes níveis de conhecimento em uma mesma turma.

Um estudo na proposta cognitiva de Vygotsky para a formação de formadores educacionais

ANA CLÁUDIA MENDONÇA PINHEIRO [email protected]

Daniela Miranda da Costa Macambira Stefania Sales da Silva

A construção da identidade de Formadoras Educacionais na Aprender Editora é um processo que envolve atividades formativas na dimensão cognitiva, afetiva e motora. Essas atividades são vivenciadas através de propostas estruturadas em eixos temáticos - Teórico, Prático, Relacional e Cultural - que dão suporte para ampliação dos conhecimentos necessários aos trabalhos com professores que atuam na educação básica com alfabetização e letramento de alunos da rede municipal de ensino. O objetivo desse estudo é uma descrição sobre os elementos da teoria sociointeracionista de Vygotsky, que embasam a metodologia proposta e vivenciada na aplicação e acompanhamento do material de letramento para as séries iniciais do ensino fundamental. Como plano de fundo foi vivenciado um estudo com base no texto A Constituição Social do Homem, apresentado de uma maneira interativa e dinâmica, bem diferente de todos que já participei. A mediação foi realizada por uma coordenadora, e essa discussão, sobre as impressões e o conteúdo, consta da parte integrante do estudo abordado. Essa elaboração foi pensada num processo de análise, reflexão e apropriação didática. Como características pessoais de compreensão, num contexto mais expressivo, houve equilíbrio –

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com pensamentos baseado em problemas. A condução e o desenvolvimento do estudo, desde a investigação e seleção do conteúdo, foram pensados para suprir uma necessidade real de ampliação ou construção dos conhecimentos. Nessa perspectiva, foi utilizada no contexto de formação uma atividade significativa, oportunizando a participação de formadoras como forma de integração para expressão do pensamento. A atividade consistiu em formação de dois grupos para atuarem na discussão de aspectos relevantes do texto através da estratégia de ataque e defesa. As regras para o posicionamento em defesa ou contra as ideias propostas eram de apenas uma manifestação por pessoa durante a atividade, como forma de contemplar o maior número de participante. Essa organização intencional criou o cenário expressivo de interação com o uso qualitativo das funções psicológicas superiores. A partir dessas análises, concluímos que o estudo colaborou para uma reflexão sobre o uso dinâmico desses conceitos na prática formativa dos formadores educacionais. Sua importância estabelece relação com as formações continuadas no Projeto Letramundo, uma vez que a compreensão dos conceitos envolvidos – ZDP, intervenção, mediação, construção de conceitos – são elementos de elaboração da proposta metodológica que embasa o material. Palavras-chave: Vygotsky. Formação de Educadores. Mediação Pedagógica.

Um novo olhar sobre a matemática na educação infantil: ressignificando conteúdos

JODELE DAMASCENO SIQUEIRA

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A presente comunicação é resultado de uma pesquisa acadêmica que realizei como pré-requisito para a obtenção do título de graduada em Pedagogia pela Universidade Estadual do Ceará. Mobilizei-me sobre essa temática porque passei a repensar o meu fazer pedagógico e por estar imersa em um contexto que valoriza a construção da matemática de forma significativa. Esses fatos me instigaram a averiguação de um recorte do real, por isso busquei pesquisar sobre o ensino da matemática nos anos iniciais do processo de escolarização. Esse estudo de caso foi realizado em uma sala de aula do nível Infantil 4 do Colégio 7 de Setembro. Os meus objetivos foram promover reflexões sobre as práticas pedagógicas e os procedimentos que podem ser utilizados pelos professores nessa etapa do ensino, e como finalidade gerar conhecimentos mais significativos para os aprendizes. Assim trato dos conceitos de infância e educação infantil ao longo da história retratando a trajetória da escolarização das crianças pequenas, onde Àries (1973) e Kramer (2000),fundamentam esse percurso. Balizo o desenvolvimento infantil pelo Epistemólogo de Genebra, Jean Piaget, e fundamento a prática de ensino da matemática à luz desse pesquisador conjuntamente com estudiosas pós – piagetianas: Constance Kamii (1990) e Terezinha Nunes Carraher (1989). Finalmente abordo essa prática de ensino e o seu valor na vida escolar e social do educando, a fim de tornar os conteúdos estudados em sala de aula mais significativos. Essa pesquisa me possibilitou perceber a importância da teoria para embasar à ação docente, onde a postura do professor como pesquisador é essencial para

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entender o desenvolvimento da criança e seus avanços ou limitações, tornando ensino da matemática contextualizado e significativo. Palavras- chave: Educação Infantil. História da infância e Matemática.

Um trabalho crítico-colaborativo de formação de professores: leitura e escrita como instrumentos de ensino-aprendizagem

MAURICIO CANUTO [email protected]

O objetivo desta apresentação é discutir a organização de uma atividade de formação de professores com foco na leitura e escrita como instrumentos de ensino-aprendizagem nas diferentes áreas do conhecimento. Esta pesquisa faz parte do Subprojeto Leitura e Escrita nas Diferentes Áreas - LEDA, inserido no Programa Ação Cidadã – PAC -, que tem como objetivo desenvolver, em escolas da rede oficial de ensino, contextos para a discussão e transformação das práticas com leitura e escrita nas diversas áreas do conhecimento. Desde o início, com o Projeto Leitura nas Diferentes Áreas –LDA- , era objetivo (Magalhães, Liberali, Lessa e Fidalgo, 2004) criar contextos de formação em que leitura e escrita embasassem a aprendizagem de conteúdos específicos de cada disciplina e a apropriação da linguagem para a constituição de alunos cidadãos. Embasado na Teoria da Atividade Sócio-Histórico-Cultural (TASHC), conforme discussões elaboradas por Vygotsky (1930/2008, 1934/2008), por Leontiev (1977, 1978, 1983, 2004) e por Engeström (1987, 1999a, 1999b, 1999c) sobre ensino-aprendizagem e desenvolvimento. Em termos metodológicos, está apoiada nos pressupostos da Pesquisa Crítica de Colaboração – PCCol, segundo Magalhães (2009). Assim, considerando que a leitura constitui responsabilidade de todas as áreas, esta pesquisa está sendo desenvolvida por meio de um trabalho colaborativo entre o grupo formador (GF) do qual faço parte e os professores de áreas diversas. Nesse contexto, é central o trabalho com leitura e escrita no processo de ensino-aprendizagem com base nas dificuldades de leitura e de escrita dos alunos da rede oficial de ensino, como revelam dados de avaliações como o SARESP. A pesquisa em questão está sendo realizada em uma Escola de Ensino Fundamental da Rede Estadual de Tempo Integral – EETI, localizada na Zona Norte, de São Paulo. Os dados desta pesquisa estão sendo produzidos a partir da observação das sessões de discussão com a participação deste pesquisador, Equipe Diretiva e professores, quinzenalmente sobre o planejamento de aulas com base em questões teórico-prática sobre o trabalho desenvolvido com leitura e escrita e sobre a relação planejamento prescrito e aplicado. Serão analisados: o plano geral do texto, as escolhas lexicais (substantivos, adjetivos, verbos e pronomes) e os mecanismos enunciativos (Bronckart, 1997/2007); tipos de pergunta (Brookfield & Preskill, 2005), turnos e a organização discursiva. Essa análise, bem como a análise da conversação, indicará a colaboração crítica (colaboração e argumentação) entre os participantes (Kerbrat-Orecchioni, 2006; Pontecorvo, 2005. Liberali, 2006), na compreensão de sentidos e significados dos participantes, bem como o compartilhamento de novos significados nas discussões.

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Uma proposta pedagógica de formação de leitores para a formação continuada de professores

ANA CLÁUDIA MENDONÇA PINHEIRO

[email protected]

Layr Nunes e Vasconcelos Stefania Sales da Silva

Em qualquer atividade profissional, e mesmo na vida cotidiana, os usuários de uma língua precisam conhecer os caminhos da leitura, tanto para ler com compreensão como para escrever de forma casual ou erudita. Em um cenário em que o conhecimento advindo da leitura tem uma função social evidente, a importância desse hábito se faz presente dentre uma das necessidades mais urgentes e principais para o professor-educador visto que, embora preocupados por que muitos alunos não gostam de ler, muitas vezes o professor também não é um leitor ávido e tampouco sabe como promover condições favoráveis em sala de aula para a construção desse hábito (ANGELA KLEIMAN; 2001). Assim, Condemarin (2005) compartilha e acrescenta que as habilidades de leitura contribuem positivamente para o crescimento econômico e para a renda per capita. Pensando nisso, acordamos que a leitura como fonte de conhecimento é um dos caminhos possíveis para que um país como o Brasil possa dar um salto de qualidade em seu crescimento social e econômico. O presente estudo objetivou descrever ações pedagógicas de leitura para a formação continuada de professores alfabetizadores. Este trabalho exibe aspectos da Etnometodologia, uma vez que visamos não apenas a descrever as ações sociais com base nas vivências e relatos fornecidos, mas também para analisar o modo como tais práticas ocorrem no ambiente escolar, para compreender a contribuição dos títulos circulados no sentido da construção de vocabulário, fluência leitora, expressão escrita e consequentemente a melhoria na prática pedagógica desses professores com os alunos. Os resultados apontaram dificuldades tais como o pouco investimento pessoal na aquisição de títulos, assim como também a baixa velocidade de leitura, apresentaram-se como elementos que entravaram um avanço mais significativo da Ciranda de livros. No entanto, percebe-se que durante o tempo da aplicação da proposta houve um crescente envolvimento por parte de alguns professores em relação à leitura como fonte de pesquisa para conhecimento e entretenimento. Palavras-chave: Formação de professor. Leitura. Ciranda de Livros.

Uma visão metacognitiva do pensamento docente na formação

continuada

ANA CLÁUDIA MENDONÇA PINHEIRO [email protected]

Layr Nunes e Vasconcelos

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A existência da metacognição é desconsiderada nas atividades docentes, mas o seu desenvolvimento é reconhecidamente necessário ao valor desta ação. A metacognição pode ser entendida como a capacidade autoreguladora da aprendizagem, o pensar sobre essa aprendizagem e como se aprende. Desempenha influência em áreas fundamentais da aprendizagem escolar como a comunicação e compreensão oral e escrita e na resolução de problemas, estabelecendo-se assim como um elemento chave no processo de "aprender a aprender" (VALENTE & CRUZ, 1989). Esse estudo objetivou compreender o processo metacognitivo de aprendizagem do professor alfabetizador nos processos de formação para auxiliar nos trabalhos de letramento das crianças. Para compreender o trabalho de desenvolvimento do raciocínio baseado na metacognição para a formação continuada de professores alfabetizadores, tomamos alguns elementos fundamentais de definição da metodologia. Consideramos elementos da teoria sócio-histórica de Vygotsky para a análise da mediação no processo de reflexão sobre a teoria e a prática para a construção do pensamento metacognitivo com o uso de instrumentos, símbolos e linguagem. O trabalho realizado na Formação Continuada de Professores Alfabetizadores com a participação dos professores e gestores ligados ao letramento de crianças. Os resultados mostraram que os momentos de maior interação ficaram nas estratégias de leitura compartilhada e socialização das produções escritas. Os modelos de leitura previamente selecionados modificaram a leitura e a expressão oral dos professores. Situações de modelagem da fluência leitora destacaram mudanças pedagógicas. Inúmeros estudos apontam para o alto índice de evasão e fracasso escolar. Dessa forma, acredita-se que a prática dos conceitos de metacognição pode mudar o percurso de educandos e educadores envolvendo-os no encantamento de compreender sua aprendizagem. Segundo Marini (2006), para desenvolver estratégias metacognitivas os professores devem dar instruções que direcionem o aprendizado do aluno fazendo-o refletir sobre sua própria aprendizagem. A autora justifica que um dos objetivos do treino em estratégias de leitura é levar os alunos a atuarem na zona de desenvolvimento proximal - ZDP (VYGOTSKY, 1998). Para que os professores atuem na ZDP e treinem a consciência metacognitiva, os textos utilizados para o treino devem ser adequados ao nível de instrução e série em que está sendo realizado. Não pode ser tão fácil a ponto de não exigir o uso das estratégias metacognitivas e nem tão difícil a ponto de fazer o estudante se desmotivar e desistir da tarefa. Daí a importância de se trabalhar a metacognição na formação de professores para colocar em prática na sala de aula. Palavras-Chave: Metacognição. Professores alfabetizadores. Formação de

professores.

Uma visão reflexiva da formação continuada docente: um estudo com professores do ensino fundamental da cidade de Parnaíba

DALVA DE ARAÚJO MENEZES [email protected]

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Neste artigo discutiremos a pesquisa que realizamos sobre a formação continuada docente como processo permanente de inovação educacional, portanto é de extrema importância a qualificação contínua do professor para o sucesso do ensino e da aprendizagem na escola. O objetivo da pesquisa foi investigar a maneira como o educador está viabilizando a sua qualificação diante de um mundo tão competitivo e inovador, para isso conhecemos o universo do docente e do discente no âmbito escolar, destacando as maiores dificuldades encontradas para efetivar esse novo conhecimento no contexto da formação. O trabalho se fundamenta em teóricos como Perrenoud (2000), Tardif (2002), Candau (2007), Sacristán (2000), dentre outros que muito contribuíram para o desvelamento do estudo da formação continuada do profissional da educação, no intuito de oferecer suporte teórico e metodológico que propicia uma prática pedagógica eficaz e adequada para o ensino nas escolas, tendo em vista que a formação do professor beneficia o desenvolvimento de saberes essenciais à sua práxis. É imprescindível que o professor busque a sua qualificação, visto que esta contribui diretamente para o desempenho de sua função no contexto educacional. Logo, o professor ocupa um papel importante na sociedade, que é o de mediador do conhecimento, sem o qual, a prática docente não se constitui inovadora. Palavras-chave: Formação Continuada. Qualificação. Prática Pedagógica.

Valores do esporte: aplicações práticas no cotidiano dos estudantes

FÁBIO DE FREITAS MINERVINO

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A prática educativa do esporte, sob a perspectiva inclusiva, visa a promoção de atividades recreativas, formativas e sociais através de metodologias que construam valores como: responsabilidade, respeito ao próximo, respeito às regras, desenvolvimento da personalidade, da tolerância, da integração e convivialidade (FLORENTINO, SALDANHA; 2007). Partindo do pressuposto que o aluno é um ser autônomo, pensante, criativo e crítico; propõe-se um estudo dos valores trabalhados durante o ano nas aulas de Educação Física com alunos do 5º ano do Ensino Fundamental I. O projeto se desenvolverá através de discussões, depoimentos pessoais e exposição oral e a sua culminância se dará com atividades práticas propostas pelos próprios alunos. O objetivo geral do trabalho é desenvolver ações que promovam uma maior conscientização dos alunos para que possam utilizar propositalmente os valores adquiridos nas aulas de Educação Física em seu cotidiano social e escolar. Serão trabalhados a autonomia dos grupos, a capacidade de exposição oral, a criticidade e criatividade explicitados na justificativa do estudo.

Valorizando registros: Histórias e memórias vivenciadas ao longo do projeto: “Produzindo o anuário do 5º ano”

ADNA ANGELA VASCONCELOS [email protected]

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Maria Aparecida Moura

O sujeito Vygostskiano é relacional, sócio-histórico que abstrai , conceitua e cria significados para as ações ao seu redor . A construção desse sujeito histórico pode ser desenvolvida a partir de registro, nesse sentido propomos a realização de um projeto , em que o educando registrará seus momentos significativos vividos ao longo do ano( 5º ano), através da confecção de um anuário.A finalidade do mesmo é a compreensão da importância dos registros e da sua função social. Ao longo do ano, os momentos escolares mais significativo para os educandos,foram documentados através de fotografias e registros escritos( relato pessoal) . Pode-se desenvolver nesse educando o desejo de registrar e refletir sobre os momentos vividos na escola, bem como a sua importância para a comunidade escolar e o contexto histórico o qual o mesmo está inserido.O anuário é um objeto de pesquisa para as futuras gerações buscando compreender a vida escolar dos mesmos e de registro das próprias turmas sobre seu ano escolar(5° ano).

Vida real na sala de aula: planejando e atuando com base em atividades sociais

MARIA CRISTINA MEANEY

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A discussão sobre o distanciamento entre escola e REALIDADE (ENGESTROM, 1991 e FREIRE, 1968), sobre a compartimentalização das áreas (KLEIMAN e MORAES, 2000 e VYGOTSKY, 1934) e sobre a falta de protagonismo dos alunos (GENTILI, & ALENCAR, 2001 e COMTE-SPONVILLE, 2008 e LIBERALI, 2009) está em voga, sem que, no entanto, se proponha uma solução para tais questões. Pensando nisso, foi criado o curso de extensão VIDA REAL NA SALA DE AULA: PLANEJANDO E ATUANDO COM BASE EM ATIVIDADES SOCIAIS oferecido pela Coordenadoria Geral de Especialização, Aperfeiçoamento e Extensão da PUCSP sob coordenação da Profa. Dra. Fernanda Coelho Liberali. Esta apresentação tem por objetivo apresentar em linhas gerais a proposta deste curso que prevê uma nova forma de organização curricular e uma prática pedagógica que permitam, cada vez mais, aproximar a sala de aula da ―vida que se vive‖ (MARX e ENGELS, 1845-46, pg.26). Serão apresentadas as bases teóricas que fundamentam esta escolha metodológica (LEONTIEV, 1970, VYGOTSKY, 1934 e ENGESTROM, 1991), assim como uma síntese de matriz metodológica para produção de unidades didáticas para o trabalho integrado a diferentes áreas do conhecimento. Serão abordados conceitos chaves da Teoria da Atividade Sócio-Histórico-Cultural (Vygotsky, Leontiev, Engeström) que permitem a discussão de: a) propostas curriculares, b) tratamento integrado das diferentes áreas do conhecimento, c) visão de ensino-aprendizagem como um movimento entre conhecimento cotidiano e científico (VYGOTSKY, 1930A e B e 1934 e MAGALHAES, 2009), d) discussão como base para a apropriação e produção de conhecimento (LIBERALI, 2008 e 2009) e e) compreensão e produção oral e escrita pautadas nos gêneros das diferentes áreas (ROJO, 2005). Uma unidade didática estruturada e desenvolvida com base em uma atividade social

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será utilizada para exemplificar a proposta apresentada e possibilitar a percepção d a intencionalidade das escolhas didáticas feitas. A apresentação também abordará o papel da linguagem (BAKHTIN, 1953 e BAKHTIN /VOLOCHÍNOV 1929) e a importância da performance (HOLZMAN, 1997 e PENNYCOOK, 2006) na ampliação dos modos de participação cultural dos alunos e consequente multiplicação de suas possibilidades de vir a ser (NEWMAN & HOLZMAN, 1993).

Visita a uma comunidade indígena: conhecer para valorizar

CELY MOURA RIBEIRO [email protected]

Ao longo do tempo, a história tem valorizado alguns indivíduos e grupos sociais em detrimento de outros que tiveram igual importância na constituição da formação da população brasileira. Os povos indígenas inegavelmente têm sofrido com essa discriminação. Fala-se de povos indígenas nos estudos de História, somente na abordagem da chegada de outros povos quando da colonização do Brasil. Após esse encontro, que negamos ser o início da história brasileira, mas consideramos como o início do registro dessa história, os índios são esquecidos. Os aspectos referentes às consequências desse encontro de culturas só são abordados no citado momento histórico. O que continuou acontecendo e o lugar que os índios têm ocupado ao longo da história fica à margem das discussões, ganhando uma importância superficial nas contribuições artesanais e culinárias. Pouco tem sido feito para corrigir a marginalização a que têm sido relegados os índios e sua cultura. Considerando especificamente a perspectiva escolar, os Parâmetros Curriculares Nacionais estabelecem, como um dos objetivos para o ensino de História no Fundamental I, a construção das identidades individuais e coletivas, além do conhecimento e respeito aos diferentes grupos sociais. Dentro desses objetivos, deve ser considerado o contato com uma comunidade indígena local, para que as crianças possam estabelecer relações de semelhanças e diferenças culturais, bem como estabelecer diferenças entre o passado e o presente desses povos, além de reconhecer todas as influências e contribuições que deram para a constituição da identidade brasileira e a de cada um. Pensando nessa perspectiva e com o intuito de desencadear uma reflexão sobre esse assunto, que venha a propiciar uma mudança de conduta no que se refere à valorização dos povos indígenas, realizamos com os alunos do EFI, uma atividade de visitação à comunidade dos índios Tapeba existente na cidade de Caucaia, região metropolitana de Fortaleza. Essa visitação será o foco de nosso relato e será apresentado na perspectiva de atividade social.

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ALL STARS MÚLTIPLOS MUNDOS

A escola dos meninos felizes

Alexandre Santiago da Costa & Selene Penaforte Participação dos alunos do curso de Pedagogia

Performance ludopedagógica baseada no livro " A escola dos meninos felizes" utilizando as linguagens musical, plástica e cênica.

Coral da FIMC canta...

Régia Lima Leitão (Regente) + Coral da FIMC

O Coral da FIMC é parte integrante do projeto da Fundação Imaculada Conceição, que está há 15 anos desenvolvendo trabalho de formação humana com as crianças e jovem do Bairro Vila União em Fortaleza-Ce.

Kuhãrobá

Keltriane Melo; José Augustiano Xavier

[email protected] [email protected]

Apresentação de vídeo sobre a trajetória da primeira mulher cacique do Brasil, a cacique Pequena (Ceará). Os sonhos, desafios e perspectivas de sua tribo em meio ao contexto problemático que vivem os índios no Brasil.

Música e movimento

Eliene Maria Viana de Figueirêdo Pierote

Uso de uma música com sequência de movimentos envolvendo todos os participantes presentes, tendo como objetivo a percepção do corpo por meio de gestos, olhares e toque no outro como promotor e facilitador da comunicação entre as pessoas.

O trânsito seguro conta com você! Liliane; Mari Adriana Samapaio; Scheiliana Vieira Aandrea; Karla Lima; Fabiola Joadan; Ana Bbeatriz dos Santos; Jessica Queiros Lopes; Leticia Maria Pionto de Goes; Andre Luis Ferreira Bezerra; João Pedro Saraiva Valentim; João Pedro Vasconcelos Martins; Amanda Foepel Gurgel; Evila Jonas Ferreira; Alexandre Augusto Barros

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Tenha cuidado no trânsito para não prejudicar a você e aos outros. Projeto atividade social: Português e orientação cristã Os alunos desenvolveram atividades lúdicas dentro da escola com o intuito d e alertar toda comunidade escolar sobre a atenção no aumento das irregularidades de transito ao redor da escola, bem como em nossa cidade. Palestras protagonizadas pelos alunos a vários setores, blitz educativa com panfletagem e apitos, parando pais,visitantes e funcionários. O s alunos produziram uniformes dos principais órgãos que atuam em defesa d e um transito seguro dando uma maior notoriedade a sua performance são eles; AMC, SAMU, POLÍCIA RODOVIARIA FEDERAL, POLÍCIA MILITAR, DETRAN. A performance no palco será para repassar a todos os presentes que criança também sabe falar sobre o trânsito, e principalmente conscientizar gente grande. O que será que eles aprenderam com tudo isso?

Poesia e música Jonilmar Rodrigues da Silva; Alessandro Maciel de Freitas; Maria Monalisa dos Santos Silva

Declamação de uma poesia e em seguida a canção codinome beija flor.

Rogando pragas

Moisés Araújo Loureiro; Moisés Araújo Loureiro [email protected]

Apresentação do poema matuto, Rogando Pragas, de autoria do poeta cearense Patativa do Assaré.

Será que vai rolar?

Coordenado por Maurício Canuto com a participação do LACE, FA7 e Colégio 7 de Setembro

[email protected]

O grupo de Pesquisa Linguagem em Atividades no contexto escolar (LACE), a convite do Performing the World e All Stars Show de Nova York, recriou, cantou e dançou a música original de Fred Newman, a canção ―Will it ever happen‖. A versão em Português, que recebeu o título ―Será que vai rolar?‖, ganhou alegria e ritmo brasileiros e retratou a energia e o desejo do grupo de transformar o mundo. Numa proposta colaborativa e criativa, o grupo convida a todos a se unir nesta performance que simboliza nosso poder de ação para a transformação.

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Vygotsky e Piaget: um encontro para sambar em Fortaleza

Maria Cristina Damianovic (UFPE) [email protected]

Maria Cristina Meaney (PAC/PUC-SP) [email protected]

O objetivo desta encenação é ilustrar conceitos centrais que norteiam as teorias de Vygotsky e Piaget. Baseadas nas cenas dois e cinco da peça Life Upon the Wicked Stage de Fred Newman (1999), a plateia poderá assistir Vygotsky e Piaget numa deliciosa conversa quando os referidos teóricos tem apenas 19 anos e se encontram em Fortaleza, no início do século XX, no dia 19 de junho de 1916, às 17h45.