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Alertados, os dirigentes sindicais advertiram que de GÒBlart de aasirtiri decreta aM oWè:%% mm mrs- géntea CNTI * dai tJGT dátacam i .flèMüfe dos trabalhadorea manterèm-ae alertas agtaardando a promulgação da lei. Lacerda Em seu despacho de de- missão de policial» da In- vernada de Olaria, Lacerda procura, negar que sob o seu Governo nào se cometem violência» contra presos. Sua Iloglcldade não o per- mlte ver que" essa própria demissão é o reconhecimen- to por força do repúdio da opinião'pública, da» práti- . cas de tortura» pela policia carioca sob a sua direção, amplamente denuncia- da» por dua» vitimas re- cen tes: Clodpmir Morais e Célia Lima. "No meu Governo, preso não apanha" diz éle. Mas o . exame médlcp de Clodomlr* e Célia- provou õ contrário. E, caso sua afir- maçáo fôsse verdadeira, como se explica que Lacer- da demita I os policiais?, desmoralizando inclusi- ve seus porta-vozes na CPI da Invernada deputados Célio Borja. Nina Ribeiro e Everardo Magalhães Castro e o próprio secretário de Segurança, o famigerado , coronel Borges, que na oca- siáo desmentiram categòri- camente a prática de tor- turas. Que o governo Lacerda é um governo de violência, um governo fascista na GB, está mais do que provido pelos fatos. Em acosto de 1961. foi a GB o Estado que mais sofreu em suas liber- dades. com prisões indis- criminadas e jornais cen- surados. Quando em 1902 os universitários reclamavam por um terço de participa- Ção nos órgãos diretores das Universidades, em ma- nlíestação na Cinelândla. pata de.cavalo e-bombas de gas lacrlmbgênio foram a resposta de Lacerda. E ain- da na terça-feira passada, o DOPS "em cuja frente se acha o conhecido assassino e espancador Charles Borer, reencaminhado que foi por Lacerda —. prendeu o es- tudante Antônio de Campos, nas proximidades da UNE, após tê-lo revistado e en- contrado.cm siia pasta livros considerados "subversivos". São apenas alguns fatos. Haveria ainda que falar do campo de concentração de 'São Cristóvão, denunciado pouco, e de outros mnls. Não podem ser encobertos pela farsa de Lacerda,, ma- nifestadá uma vez mais rio despacho de segunda-feira; gritam a quem qui*er ouvir oue temos no governo ria GB uma cópia ,ex*e*-r>orâ- nea r»e Hltler. Nada mais. nada menos. ¦HPfl^m ¦**--*-*-*-*-*»*-*»*»*-*----*----—-—-*-^— •¦¦;! ¦- -í*£V -f '.*,'«'-Lví-'. *-¦*-•''..! ,+IH^IOÉfliiSIMli^ÉÂiifiiiÉHii Ufam¥m^^^^iii'i;i^^SMm Pmmmumrr. j msBHbk^í -'''^'íâlHHBH æmK ' TmnmmmL-j .mPP""a--»*»èHi mmmmmmmmmw^m^-: <^>'PHH ^Ws***™^^R**';'*"*-\-^^lmmBtmttíi?&t#'-5mmmm\ B mm^mmm ms&m mêFMmmtmÁKMsrsmW^xMB fl mm'fr>íi2M m%:.~-M IHflmtâiumW ¦ BB I B^^lünfl Bb-ümI kwvBlfll'lS9ft''';''v "¦¦•"^§m\um -SHmâl^SfliflMiaMMHiii«£:'viHHHlH^m%"'$'^H æKãsl PI ¦«!P/l^- '^flI Utíím$mM*-k*hs*h ^E22S«mssKuí;. 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Pernambuco O extraordinário vigor com que cresce - M .firm. movimento sindical rural em Pe?nambuTé rSulSTd! fineza convque as organizações defendem reivindica- çoea trabalhadores, comandam suas luta» e levamW trabalhadores rurais da Zona da Mata estão slndicalmen- te organizados para extirpar »» práticas feudal» e alc^n"- çar novas conquistas. (Texto na página 7) Provocação Ato do PAC uns Fracinnislas Comunista Internacional no Movimento O Pacto de Ação Con- junta (PAC), fará rea- lizar, dia 21, sexta-feira, às 20 horas, no Centro do ProfessorarJó íàulis- ta, à avenida Liberdade, 928,. um ato público em defesa de várias reivin- dicaçôes populares. Constarão da ordem do dia: salário mínimo, energia elétrica, anistia, escola pública e trans- portes urbanos (aumen- to de tarifas). usarão da palavra os seguintes oradores: Cio- dsmitlvrçiani, Dante Pe-.- lacani, engenheiro Ca- tulo Branco, deputado federal Garcia Filho, depu-ado estadual Raul Schwinden e Modesto Sfcagliúsi, diretor finan- ceiro da ÇMTC. » A fim de qúe haja um cómparecimento em massa de trabalhadores, estudantes, militares e siias famílias, bem como do povo em geral, 0 PAC vem desenvolvendo in* tenso trabalho de divul- gação do referido ato, ao fim do qual haverá soluções. ¦'¦%' '¦¦:•' in *1 ?nte sm, ü)Vm* vlsita à Unláo Soviética. Luiz car- Xf«n. ¦ manleveum cordial encontro com Nikita Krua- chíov primeiro secretario do PCUS. A propósito dessa en- SSffi 0^orna,,"p^vda" publica, emPsurediçáo do d"a ?,™i Ti' Uma no^a ofic,aí' no alto *-» Primeira página, sob Í'mpn„™ar Q™ aparece Prestes ,adeado Por Kruschlov LSI!- y* * n,ota- apos mencionar a entrevista, ocorrida no dia 7, que "entre o camarada N. 8. Kruschlov n«?n.c^.maÍa.d?-L' c-Pastes houve uma amistosa troca da °P.,ní?^^.;torno..d6.:problemag do movimento •çomtrnhta e opwariaJnternacional, assim rarni>^'.de»ehiiditoaj|üak pre-enre situação mundial" Adiante, depols-de re-aaltar o "espirito de sincera* fraternal amizádV" msxieWie* ' davs relações entre os comunistas soviéticos e' brasileiro» acrescenta a nota qüe "mais uma vez se confirmou a eom- pleta unidade de pontos de vista no que se refere ao» pro- blemas da lute contra a atividade fraclonlsta e dlvislonlsta no movimento comunista internacional''. . Diz ainda o comunicado: "O camarada N. 6. Krus- cniov transmitiu aos comunistas brasileiros votos de êxito» em sua luta pela paz e o progresso social rie sua Pátria". .. „Part'clpou da entrevista o secretário do CC do PCUS B.«. Ponomarlov. Em seguida à entrevista, foi oferecido a Prestes um n-Ult-i *lue„contou c°m a presença dos dirij-entes soviéticos B-tíne}ev, Vqronpv, Kirilenko, Mikolan. Pollanskl, Suslov Kruschlov, Andronov, Ilitchev, Ponomarlov e Ustlnov. , Na 4 ¦ página, damos o texto da entrevista concedida )w* ^?,\'PllX% ".publicada na edição do dia 9 do órgão oficial do PCUS. Na foto ao alto, Kruschlov, Pono- O regresso do camarada Luiz Carlos Prestes de sua viagem à Europa, serviu de pretexto para mais uma pro- vocação anticomunista des- ta Imprensa que se diz II- vro e objetiva. Utilizando a entrevista rie Preste» aas Jornalistas quan- do de sua passaRem pelo Galeão, os Jornais do Rio publicaram dia 19. quarta- feira, declarações forjadas, atrlbuindo-as to dirigente comunista brasileiro. Disse- ram, por exemplo, que Pres- tes reconhecera o "grande atraso que se verifica na produção agrícola URSS", atrlbulram-lhe deria rações «obre a situação política na- cional e a frente ampla pro- posta pelo prof. San Thia- Assalto go Dantas, assim como a afirmação de que Nikita Kruschlov "aprovara a vol*. ta rio Partido Comunista do Brasil.a legalidade". De rrtodo algum Preste», durante a entrevista, refe- riu-se à situação nacional, limitando-se a declarar que nào poderia opinar a re»- peito por se encontrar a um , mês fora do pais. Em rela- ção á situação econômica da URSS. salientou o nota- vel avanço . registrado em todos os campos no ano de 1963. apesar das difleulda- des que se verificaram na agricultura em virtude de mas condições climáticas. Quanto à declaração atri- buida a Kruschiov, foi for- jaria nas redações desse» jornais de aluguel. ^^m^^mummmmmmmm)jtmmUBmBm^mm^m^m^m^m^^m^y.-: ¦'• -A Não justi/icativa possível, a náo ser na lógica dos tubarões, pa* ra o aumento do açúcar nas bases em que se anuncia. De fato. como está demonstrado na «Nota Econômica» (3* página) mesmo um au- mento de .103 para 164 cruzeiros o quilo do açú- car refinado na Guana- bara ficaria bastante acima da elevação do ni- vel geral de preços, cons- tituindo-se em fator de agravamento da cares- tia. Pois, agora se fala em aumentar o preço do produto não mais pa* ra 164 e sim para 180 cruzeiros o quilo! No mencionado comentário, os leitores verão por que tal concessão aos tuba- rões do açúcar é, ao mesmo tempo, um as- salto à economia popu- lar p uma tremenda ne- gociata.

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Page 1: B 1B mÈ ^^Ê m AmW Ifl ^^1 ' I II L m I ^^ Organizaições ... · missão de policial» da In-vernada de Olaria, Lacerda procura, negar que sob o seu Governo nào se cometem violência»

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Gorilas Qúe Quiseram Matar JangoProcessam Hoje os Sargentos QueDesbarataram a «Operação-Mosquito»

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MANDE CONOENTRAÇAO Nâ CENTRAL KUS REFORMAS

ições[Sindicais e Popularesiniciam «Rush» Para Comício do Dia 13TMlt m 2a. págÍM a addarial ia Sa.

Organiza

Reacionário

Mobilização Das Massas -r /m9mm Valadares:^^vSi Kfl

e Unidade Democrática | -^B DesesperoPor Uma Nova Política ÉÉÉPMínimo Dia 21 1 ^H^l

alguma aceitariam mais protelações nt ani* |estabelece ee novos niveia de WfflfÊ |salário mínimo, chamando a atençi© por-- o foto dt IR^IIIf^soa promtlftçlo já vem terá dois meees de K^. ~ú\'OW&

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0 novo salário mínimo, de acordo com os en*tendimentos mantidos ontem, dia 19, pelos dirlgen.tes do CGT e da CNTI, com o ministro do Trabalho,senador Amaari Silva, deverá ser assinado na noi*te de dia 21, pelo presidente da República.-.Ontem, %m\mitâM$^trabalho, em virtnde de terem o Conselho Nadonalde Economia e o ministro da Fazenda solicitado otexto do decreto, para exame, antes da assinatura.Alertados, os dirigentes sindicais advertiram que de

GÒBlart de aasirtiri decreta aM oWè:%% mm mrs-géntea dà CNTI * dai tJGT dátacam i .flèMüfedos trabalhadorea manterèm-ae alertas agtaardandoa promulgação da lei.

LacerdaEm seu despacho de de-missão de policial» da In-vernada de Olaria, Lacerda

procura, negar que sob o seuGoverno nào se cometemviolência» contra presos.Sua Iloglcldade não o per-mlte ver que" essa própriademissão é o reconhecimen-to por força do repúdio daopinião'pública, da» práti-. cas de tortura» pela policiacarioca sob a sua direção,amplamente denuncia-da» por dua» vitimas re-cen tes: Clodpmir Morais eCélia Lima.

"No meu Governo, presonão apanha" — diz éle.Mas o . exame médlcp deClodomlr* e Célia- provou õcontrário. E, caso sua afir-maçáo fôsse verdadeira,como se explica que Lacer-da demita I os policiais?,desmoralizando inclusi-ve seus porta-vozes na CPIda Invernada — deputadosCélio Borja. Nina Ribeiro eEverardo Magalhães Castro— e o próprio secretário deSegurança, o famigerado

, coronel Borges, que na oca-siáo desmentiram categòri-camente a prática de tor-turas.Que o governo Lacerda éum governo de violência,

um governo fascista na GB,

está mais do que providopelos fatos. Em acosto de1961. foi a GB o Estado quemais sofreu em suas liber-dades. com prisões indis-criminadas e o» jornais cen-surados. Quando em 1902 osuniversitários reclamavampor um terço de participa-Ção nos órgãos diretoresdas Universidades, em ma-nlíestação na Cinelândla.pata de.cavalo e-bombas degas lacrlmbgênio foram aresposta de Lacerda. E ain-da na terça-feira passada,o DOPS — "em cuja frente seacha o conhecido assassinoe espancador Charles Borer,reencaminhado que foi porLacerda —. prendeu o es-tudante Antônio de Campos,nas proximidades da UNE,após tê-lo revistado e en-contrado.cm siia pasta livrosconsiderados "subversivos".

São apenas alguns fatos.Haveria ainda que falar docampo de concentração de'São Cristóvão, denunciadohá pouco, e de outros mnls.Não podem ser encobertospela farsa de Lacerda,, ma-nifestadá uma vez mais riodespacho de segunda-feira;gritam a quem qui*er ouviroue temos no governo riaGB uma cópia ,ex*e*-r>orâ-nea r»e Hltler. Nada mais.nada menos.

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Prestes e Kruschíov: Denúncia

Camponesesn<AHÍmrfQovern.?dor Valad««». os coronéis latifún-diários desencadearam vasta provocação «nS-Toscamponeses, ameaçando inclusive iniciar a violênciaÍIT^!LI*ra d5íeüder Prtvll«Kio« que cmicaiMBte

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nl* íSiíSL í 8 P^"*' ° le,tor «««trará am-pia reportagem a respeito.

PernambucoO extraordinário vigor com que cresce - M .firm. •movimento sindical rural em Pe?nambuTé rSulSTd!fineza convque as organizações defendem a» reivindica-çoea d« trabalhadores, comandam suas luta» e levamW

trabalhadores rurais da Zona da Mata estão slndicalmen-te organizados para extirpar »» práticas feudal» e alc^n"-çar novas conquistas. (Texto na página 7)

Provocação

Ato do PACuns FracinnislasComunista Internacional

no MovimentoO Pacto de Ação Con-

junta (PAC), fará rea-lizar, dia 21, sexta-feira,às 20 horas, no Centrodo ProfessorarJó íàulis-ta, à avenida Liberdade,928,. um ato público emdefesa de várias reivin-dicaçôes populares.Constarão da ordem dodia: salário mínimo,energia elétrica, anistia,escola pública e trans-portes urbanos (aumen-to de tarifas).

usarão da palavra osseguintes oradores: Cio-dsmitlvrçiani, Dante Pe-.-lacani, engenheiro Ca-

tulo Branco, deputadofederal Garcia Filho,depu-ado estadual RaulSchwinden e ModestoSfcagliúsi, diretor finan-ceiro da ÇMTC.» A fim de qúe haja umcómparecimento emmassa de trabalhadores,estudantes, militares esiias famílias, bem comodo povo em geral, 0 PACvem desenvolvendo in*tenso trabalho de divul-gação do referido ato,ao fim do qual haverá

soluções. ¦'¦%' '¦¦:•'

in *1 ?nte sm, ü)Vm* vlsita à Unláo Soviética. Luiz car-Xf«n. ¦ manleveum cordial encontro com Nikita Krua-chíov primeiro secretario do PCUS. A propósito dessa en-SSffi 0^orna,,"p^vda" publica, emPsurediçáo do d"a?,™i Ti' Uma no^a ofic,aí' no alto *-» Primeira página, sobÍ'mpn„™ar Q™ aparece Prestes ,adeado Por KruschlovLSI!- y* * n,ota- apos mencionar a entrevista,ocorrida no dia 7, que "entre o camarada N. 8. Kruschlovn«?n.c^.maÍa.d?-L' c-Pastes houve uma amistosa troca da°P.,ní?^^.;torno..d6.:problemag do movimento •çomtrnhtae opwariaJnternacional, assim rarni>^'.de»ehiiditoaj|üakpre-enre situação mundial" Adiante, depols-de re-aaltaro "espirito de sincera* fraternal amizádV" msxieWie* 'davs relações entre os comunistas soviéticos e' brasileiro»acrescenta a nota qüe "mais uma vez se confirmou a eom-pleta unidade de pontos de vista no que se refere ao» pro-

blemas da lute contra a atividade fraclonlsta e dlvislonlstano movimento comunista internacional''. .Diz ainda o comunicado: "O camarada N. 6. Krus-cniov transmitiu aos comunistas brasileiros votos de êxito»em sua luta pela paz e o progresso social rie sua Pátria".

.. „Part'clpou da entrevista o secretário do CC do PCUSB.«. Ponomarlov.Em seguida à entrevista, foi oferecido a Prestes um

n-Ult-i *lue„contou c°m a presença dos dirij-entes soviéticosB-tíne}ev, Vqronpv, Kirilenko, Mikolan. Pollanskl, SuslovKruschlov, Andronov, Ilitchev, Ponomarlov e Ustlnov., Na 4 ¦ página, damos o texto da entrevista concedida

)w* ^?,\'PllX% ".publicada na edição do dia 9 doórgão oficial do PCUS. Na foto ao alto, Kruschlov, Pono-

O regresso do camaradaLuiz Carlos Prestes de suaviagem à Europa, serviu depretexto para mais uma pro-vocação anticomunista des-ta Imprensa que se diz II-vro e objetiva.

Utilizando a entrevista riePreste» aas Jornalistas quan-do de sua passaRem peloGaleão, os Jornais do Riopublicaram dia 19. quarta-feira, declarações forjadas,atrlbuindo-as to dirigentecomunista brasileiro. Disse-ram, por exemplo, que Pres-tes reconhecera o "grandeatraso que se verifica naprodução agrícola dá URSS",atrlbulram-lhe deria rações«obre a situação política na-cional e a frente ampla pro-posta pelo prof. San Thia-

Assalto

go Dantas, assim como aafirmação de que NikitaKruschlov "aprovara a vol*.ta rio Partido Comunista doBrasil.a legalidade".De rrtodo algum Preste»,durante a entrevista, refe-riu-se à situação nacional,limitando-se a declarar quenào poderia opinar a re»-

peito por se encontrar a um, mês fora do pais. Em rela-

ção á situação econômicada URSS. salientou o nota-vel avanço . registrado emtodos os campos no ano de1963. apesar das difleulda-des que se verificaram naagricultura em virtude demas condições climáticas.Quanto à declaração atri-buida a Kruschiov, foi for-jaria nas redações desse»jornais de aluguel.

^^m^^mummmmmmmm)jtmmUBmBm^mm^m^m^m^m^^m^y.-: '¦ • ¦'• -A

Não há justi/icativapossível, a náo ser nalógica dos tubarões, pa*ra o aumento do açúcarnas bases em que seanuncia. De fato. comoestá demonstrado na«Nota Econômica» (3*página) mesmo um au-mento de .103 para 164cruzeiros o quilo do açú-car refinado na Guana-bara ficaria bastanteacima da elevação do ni-vel geral de preços, cons-

tituindo-se em fator deagravamento da cares-tia. Pois, agora se falaem aumentar o preço doproduto jà não mais pa*ra 164 e sim para 180cruzeiros o quilo! Nomencionado comentário,os leitores verão por quetal concessão aos tuba-rões do açúcar é, aomesmo tempo, um as-salto à economia popu-lar p uma tremenda ne-gociata.

Page 2: B 1B mÈ ^^Ê m AmW Ifl ^^1 ' I II L m I ^^ Organizaições ... · missão de policial» da In-vernada de Olaria, Lacerda procura, negar que sob o seu Governo nào se cometem violência»

I

tofettlmt ItT/o Aitu Dis IiImHeanldo» em assembléia gerai nn tilttmo «abado, oa

toMpMÒra* do ensino médio • primário da Ouanabara d#-liberaram nfto retornar ao trabalho, quando do términodaa feriai eerolare», cano o* proprietários d» eoléfioi nftoatendam àa «iu reivindicações até Ia

Os profMoftre» exigem:a) aumento de 120% a partir de 1° de marco;bi um mínimo dr salário por aula de Crt 1050.00 para

tt enMno medlo e de Cr$ 525,00 para o primário:ri gratificação de '.'O'., por qüinqüênio de serviço »

do 10% por valorização profissional;d) revisão salarial após sela meses de vigência do

novo acordo,Na assembléia, realizada na sede do Sindicato, oa pro-fp.-Mirn decidiram ainda manter-se em assembléia perma-

nente, mobiliutdos para a conquista imediata de suai rei.vtndlcaçòe». O plenário aplaudiu com enluiiaamo o decre-èo presidencial, referendado pelo MTPfi, que concede apo-aentadorla a diversas categorias profissional!, Inclusive ados professores, ao* 25 anos de rcrvlço. I congratularam-ae com o COT e o PUA pelo- apoio e orientação que deramao movimento por este objetivo.

lUdtvlârlos Exigtm CumprimmtoO Sindicato dos Rodoviário;, denunciou o nào cum-

pnnicnto do vigente acordo salarial assinado em 27 deoutubro de 1063, que vem sendo sistematicamente violadopelos dono» das empresas de coletivo* aa Ouanabara.

Visando a colocar um paradeiro nessa iltuaçào Ilegal,os representantes dos trabalhadores compareceram às trêsmesas-redondas no DNT. Os patrões porém faltaram atôdas elas. Diante dessa situação, os rodoviários recor.reram à Secretaria dc Serviços Públicos, que porém, nftoconvocou até agora a reunião solicitada.

São as seguintes as Irregularidades constatadas peloSindicato:a) ausência do livro de ponto;bl nào apresentação de comprovante de pagamento:c) nào pagamento do aumento, alcançado em outu-

bro, da ordem de 75% para o» serventes, faxineiros e vi-gias das oficinas.

GráficosOs trabalhadores nas Indústrias gráficas da Guana-

bara comemoraram festivamente a pa-sagem da Data Na-cional doa Orftficos transcorrida no dia 7 de fevereiro, AFederação Nacional dos Trabalhadores nas Industrias Orá-ficas, lançou uma conclamaçán 11 categoria rcssa'tandn aslutas históricas dos gráficos e reafirmando, ao mesmotempo, as seguintes aspirações do.s trabalhadores:

a) regulamentação profissional (estatuto do trabalha-dor gráfico 1;

b) portaria ministerial especifica da» atividades Insa-lubres para efeito de pagamento da taxa de Insalubridadeou redução de horas para os trabalhadores nas Indústriasgráficas;

c) exigir a constituição rio "grupo executivo do dc-•envolvimento da indústria grafica nacional";

d) nacionalização da imprensa e serviços de comuni-cações.

CONTEC DMuneia BancoA Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Cm-

presas de Crédito (Contec) denunciou, em nota assinadapelo. secretárloigeral da entidade, Luiz Vicgas da MottaLima, a manobra realizada pela agência do Banco Mer-cantil de S. Paulo, localizada em Recife, que demitiu, após• «ajustamento salarial, trinta e quatro bancários.

A manobra foi desmascarada perante o povo. ao mes-mo tempo em que merecia veemente protesto dos banca-nos reclfenses. O desmascaramento ficou comprovado narepulsa pública do governador interino, Dr. Paulo Guerra,k tairtattva de seu envolvimento com o objetivo de sufo-oar-jo movimento de protesto. i

•Tentam agora os dirigentes do banco coagir 00 traba-lhadores através da ameaça de fechamento da agência,lançando ao desemprego dezenas de trabalhadores. As ar-bitrariedades do Banco Mercantil de 8. Paulo vêm receben-do desaprovação por.parte do comércio e indústrias locais,assim como do próprio Sindicato patronal, cuja diretoriarenunciou coletivamente.

USEGA USEG iniciou no sábado, dia 15, a distribuição dosíormulários para aquisição dc maler.ai escolar; o üepar-tamentò de Beneficência comunica que estào habilitadosa receber os toimuiario.s Iodos os associados com um anode integração do corpo social.Colocou, também, a USEG, à disposição dos associa-dos e suas respectivas famílias um «erviço dcniá.io. a bai-xo custo, contratado prin nntldnrtr. As infonnnçôr-, n"cr.s-sérias poderão «er prestadas na sede da Associação, à ruaparaíba, 19.

MetalúrgicosOs metalúrgico» e mecânicos da Ouanabara ..iveramseus salários aumentados em 41% em decorrência de cláu-sula do acordo salarial íiunado em agosto de «3, que de-terminava um reajustamento em nivei não inferior à ele.vaçao ao custo de vida nos seis meses subseqüentes.O sindicato retomou .sua.s atividades após as festascarnavalescas: da prosseguimento ao curso de História doBnuil, ministrado pelos professores do ISEB; Intensifica aatuação na campanha pela decretação do novo salário-mmimo e continua na -arrrcarlação de fundos para a cons-

tíctod° n°Va CSC°iíl em lmeno *a adquirido pela en-

MtrcoMfros Hoje em AssembléiaO Sindicato dos Oficiais Marceneiros e Trabalhadoresnas industrias de Serraria da Ouanabara convocou paranoje, quinta-feira, às 19 horas, uma assembléia geral dacategoria a ser realizada no Sindicato dos Têxteis, à ruaMariz e Barros, 85. .

t-n,^?Ücu!,sào s-erá sòbtr n Problema salarial. E os tra-nadadores deverão estabelecei- sua proposta quanto ao»2Ü5Í de majoração salarial, a ser encaminhada às entl-dades patronais.~»Í>/*«CÔ/d0 Ji-ÇTi1^ foi a*''»;'d° em 27 de março do anoÇÇMne "SEPT. serviço rie estatística do Ministério doJtS?a ' fÜtá concl»'nfio o levantamento da ascenção doeneto^rie vida e o enviara ainda hoje aoa sindicatos inte-

Sangue ParaÁlvaroVentura

O rplhr, r.omhat.»nte Al-varo Snnres Ventura arha-se internado nn HospitalGetúllo Varca-í, onrie sesubmeterá a unia delicadaIntervenção cirúrgica. Pie-cisa, no entanto, rie pias-ma sangüíneo. Nesse sen-tido, apelamos para os doa-dores de sangue, no *m.tido de que se dirijam aoInstituto de HematologiaArthur de Serquelra Cavai-eantl (rua Teixeira ripFreitas. 27, Lapa (GB), on-de receberão o comprovan-ts da doação.

ORGANIZAM-SEAS FORÇASPOPULARES DESÃO MIGUEL

N0 aábado próximo, dia22, àa 20 hora», reunir-pe-ão representantes dasforças populares t nado-m!i.st,a.s de São Miguel Pau-lista a fim de estruturar afrente de Mobilização Po-pular local. A reunião rea-llzar-.se-á à rua ArlindoTnlaço. 2-B, devendo delaparticipar dirigentes doMovimento A u t onomlsta,diretore» de Sindicato» eelemento» pertencentes aoPTB, ao PDC. ao PBP, so-dãlistas e comunistas. Nes-«a oportunidade, será tam-bem debatido um plano dl*vulgaçào das finalidade» daFi\fP e de esclarecimento.«obre as reformas de base.

13 ie Marti: Graiie Ceiceitração Popular na fatori ¦£&* '

A ComtaOo Permanente A Otondadaa orfaflisatd* SindicaisiCPOfli mU convocandotAda» ai entidades slndl-cais, estudantis, So fundo-na liano, mo, para a reunidogeral $ eitraorSmárm pra»paratdria d»ORANDECON ¦CKNTRAÇAO OEMOCRA*TICA e POPULAR do dia13 de março vindouro, naPraça da República,

A reunIAo preparatóriaserá efetuada no dia 25.Urça-felr». àa It40 horas.na sede do Sindicato dosTrabalhador» no.- Indús-trias de riaçôo e Tecelá-¦em. à rua Maria r Barros.

O CPOS aollclta aoa com*panhelro» dos sindicato»,oraantaçôe» estudantis,etc. que promovam desdelá planos de trabalho, queIncluam a propaganda <• anwbillzaç&o no* local» detrabalho e de concentraçãopopular, com as indicaçõese meio» como vão desenvol-vé-lo. « fim dr serem In-eitiido» na programação ge-ral a ser apreciada na reu-nlio dn dia 2S.

e.elegiblll.M eleito-

A Orande ConcentradoDemocrática e Popular dodia IS de março, a partirdas 17:30 horas, na Praçada República — entre aestação Pedr0 ». AvenidaPresldenU Vargas, Ministé*rio da Ouerra e Av. Ma-rrchal Florlano (junto aoItamarati 1 — foi convora-da pelo movimento sindical,estudantil, popular e doefuncionários publico» e par-tido», políticos.

Tem como objetivo a mo-blllxaclo do povo brasilei-ro em Umo doa seguintespontos:

— Assinatura do Decre-to da SUPRA de desapro-prioelo de terras * outrnamedida» de Reforma Agra-ria;

II — Preservação do mo*nopollo estatal do petróleor fortalecimento da Petro-brita;

III — Direito de voto ouanalfabeto, soldado, marl-

nhelro • cabo;dade parares;

IV - OeneraUaeela daareforma» de Base: odml»nlstrattva. aarárta, banca.ria. «UvtnlUrta t eleito-ral a» ano de 1N4;

- Aatatto ao. eivis emilitares Indiciados porcrimes político*

MatoM*

o entrega aoa campo-¦ aaa teria, daa 'áitas

...^JsoàoWLmMMÊmmmS é^M ftAU^M. mmmfMâr»^éTiywwoe!!r-ia.deter* •"jNsíéMle dafUpúbticA msémt na opor-

pala unidade iapovo o a ampllaeio da De-moeraeea Brasileira., Toda pata coneffttaeate

A CPOS Informa quo jàestão aende eonfeccionedotcerca de MU tomai, s ml-Ihões de manifesto» volen-tes, 200 mil tablóide» só*bre reformas, 2 mil bondei-rolas • ontiea meto» depropaganda escrita e fala-da.

CONCLAMAÇAO

Diversa» entidade» e or-ganlzaçôcs operaria», estu-dantls e popu'are.s dirigi-ram ao povo a seguinteconclamaçào:

atoeratleaa •TWosB

De-

MA0S TRAIALNA00RIS E AO POVO EM GERAL

As entidades sindical» aoruanliaçõe» «ue subscre-vem eeta convocação, naqualidade de autenticai elegitimas representante» detôdas ae categoria» profis-alonala de trabalhadores dacidade o do campo, dos ser-vldorei público» elvi» e ml-lltaree. doa estudante» e daademais camadas e eetoreapopulares, Juntamente coma rrente Parlamentar Na-ctonallata. convocam oe tra-balhadores e o povo em ge-ral para participarem daCONCENTRAÇÃO POPULARque será realizada no pró-xlmo dia IS de marco' (sea-ta-felra». com Inicio àa 17.30hora», na Praça da Repú-blica (lado da Central doBrasil) e para a qual estáconvidado, e comparecerá, osenhor Presidente da Repú-blica.

Os trabalhadores e 0 po-vo em geral demonstrarão,

neaàa oportunidade, que ei-tào decidido» a participar,ativamente, du eolueôe» pa*ra oa problemas nacionaise manifestarão aua Inaba-lavei disposlçào a favor dasreformas de base. entre a»quais a agrária, a bancária,a admlnlatratlva. a unlver-•itária e a eleitoral, quequerem ver concretizadasneate ano do 1964.

De Igual forma, manlfes-tando em praça pública a?deíe»a das liberdade» demo-cràticas e sindical», exigi-remo» também a extenaiodo direito de voto ao» anal-fabetos, soldado», marinhei-roa e cabo», e elegibilidadepar» todos os eleitores, bemcomo a necessidade da ime-dlata anistia a todo» oa cl-via e mllltare» indiciado» e

Íiroceuados por crime» po-

Itlcos e pelo exercício deatividade» «indicai».

Conclamamos os traba-lhadores e o povo cm geralpara essa demonstração ei-vlca de unidade e patrlotls-mo, na defesa daa soluções,populares e nacionalistaspara os problema» brasilei-ros, certoa de que ao povocompete, legitimamente, tra-car os rumos definitivosdos destinos nacionais e deque, de sua mobilização, de-pende o éxlto de qualquerprograma que vise ao aten-dimento das necessidadessocial» e dos supremos In-teresses da Nação, como areformulaçào da políticaeconômico-financelra e demedidas outras que condu-zam ao fortalecimento domonopólio estatal do petró-leo e a ampliação da Pe-trobrás. e à efetivação daReforma Agrária, como adeclaração de utilidade pú-blica ou de Interesse socialpara efeito de desapropria-

Despejos e Negociatas de Lacerda"Pobre quando vi amolas

deril», desconfia".Quando surgiram ae fa-

mosas placas, fazendo pro-paganda das casas popula-re» do governo de Cario»Lacerda, o objetivo era bemdlferent« da demagogia : atà0 filantrópica obra visavaa enxotar as camadas po-bre* da sona urbana paraa sona suburbana. Assimfoi amado o MORRO DOPASMADO; com requintesde violências e força po-lidai.

Não ficou pedra sóbrepedra. As próprias tábuas etelhas, de propriedade dosfavelado», foram destruídas,eliminando-se qualquer ten-tatlva de reconstrução. Ofogo lambeu tudo o quehavia sido construído na-quela Imensa área, ondetanta gente viveu, sonhou,amou, trabalhou para, oconforto dos rico», ondetanta criança nasceu, brln-cou, estudou... E o governa-dor, qual Nero, deleitou-seassistindo ao drama de ml-lhares ds família», cuja» di-ficuldades aumentaram tre-mendamente, em conse-qüéncla de seu transplantepara Bangu.

Que b. precavenham mhabitante» de outras fave-ias, porque 8ua Excelênciaquer passar à história comoo embelezador da cidade,como o destruidor de fave-Ia* . favelado»,

A Vaz Doa ConjuntosExiste no fim da rua Pa-

checo Leão (atrás do Jar-dlm Botânico) um conjuntoresidencial, em zona multoaprazível, com um total de230 apartamentos. Cons-truido hà cerca de vinteanos pelo então prefeitoMendes de Moraes, o con-junto ficou desabitado du-rante muito tempo, conde-nado em vista da falta desegurança de sua constru-ção. Os blocos condenadosforam apelidados de "Ba-lança ma» não cai" e atéhoje o conjunto é conheci-do pelo apelido de "Ba-lança".

Por ocasião do despejo daFavela da Hípica, as casasdésse conjunto foram ocu-padas por funcionárias eoutros favelados despejadosda referida favela.

As casas inacabadas fo-ram rebocadas e pintadas.Escadas, aparelhos sanitá-rios, pisos, pias, fogões etudo o mais que faltava fotcolocado pelos modestosmoradores com «eus pró-prios recursos. A própriaInstalação elétrica foi feitahá poucos anos por inicia-ttva e também àa custa» dosmoradores. Gastaram o quetinham e o que não tinham.Fizeram empréstimo», ehouve quem empregassecerca de trezentos mil cru-zelro» para tomar a casaconfortável-

São pessoas ordeiras e deboa moral. Pagam em diaseus aluguéis e os funclo-nário» soo descontado» emfolha. Até há dois anos

(1962) pagavam apenasCri 200,00 (duzentos cru-aelros) mensais. Recente-mente, houve um aumentopara Crt 9.000,00, o que de-«equilibrou o orçamentode multa gente. Entretanto,«endo todos moradores Jáantigos, almejavam podercomprar o apartamento emque residiam, mediante des-' conto do aluguel.•J53. •üt*°Jlu» «urgiuDÇMJA SANDRA CAVAL-CANTr, e todos pensaramter chegado o momento derealizar seus anseios. A Se-cretaria de Favelas falomulto, mas traz sempremensagens dolorosas, liratudo sorrindo, com ares dequem esta dando multo.Morde e sopra, engabelan-do oa pobres Incautos' comsua demagogia agressiva

A Negociata

Dona Sandra foi logo ex-pllcando que os apartamen-tos serlsm postos à vendapelp "módico" preç0 de trê»mllhõe» de cruzeiros, comum desconto mensal de tre-ze mil cruzeiros, pelo pra-zo de vinte anos; que oeque nào pudessem pagar se-riam logo transferido» parao» Parques Proletários oupafa a VILA ALIANÇA; quemorar na Zona Sul por talpreço era um privilégio...£ multas coisa» mala dissea Secretária, deixando osmoradores atônitos diantedo dilema: assinar o com-promlsso de compra ou aerdespejado.1 Considerando que o» fun-clonário» do Conjunto depadrão mal» alto — nivel14 — recebem Cri 39.000,00por mês, que são chefes defamílias numerosas e quenáo podem viver com CrS..26.000,00 apenas para aten-der aos gastos de alimen-tação, transporte, roupa,colégio etc; considerandoque ot funcionários de pa-drão abaixo do nivel 14 nãopoderão assumir tal com-promlsso e que os não fun-donários serão fatalmenteeliminados; c o nsideran doainda que as casas foramterminadas de construir àsexpensas dos moradores, eque dentro de vinte anosestarão destruídas devido àprecaridade de seus' allcer-ce»; considerando aindaque a Constituição do Es-tado proíbe vender os pró-prios do Estado, a não serem hasta pública — vemostudo o que há de má-fée de perversidade, de en-gódo na proposta do Esta-do.

O Jeito encontrado foi aCOHAB.

O objetivo, ou melhor oaobjetivos estão claio». Pri-meiro: necessidade de dl-nhelro para a campanhaeleitoral do sr. Carlos La-cerda. Com a rejeição dosvetos e o novo orçamento, asituação tornou-se um pou-co difícil para o governador,apesar dos exorbitantes au-mentos de impostos, apesardo dinheiro da ALIANÇAPARA O PROGRESSO, ape-

«ar das negociatas. Mas suacampanha é muito dispen-diosa: rádios e TV à dispo-slção; o Brasil todo infee-tado de faixas, cartazes •folhetos luxuosos. Alguémtem de pagar essa orgia.

O outro objetivo, maisclaro ainda, é: eliminar ascasas pobres da Zona Sul.Enteiam multo o panora-ma da cidade. Nào importaque nào haja água naa bl-cas, que nào haja lua, quehaja lixo e buracos pelasruas. Isso nào envergonhao governador. Ma» casasmodestas da Zona Urbana,isso o envergonha muito.

Nào ae Iludam os morado-res e nio se deixem espo-liar. O Brasil é de todoe •os conjuntos nào sào pro-priedade ,do atual gover-nador.

Lembrem-se do Morro doPaimado.

Nào . se entreguem demão» e pés amarrados semfazer valer os seus direitos.

Nào acreditem em Laeer-da' e seus ajudantes, inlmi-goe das classes menos fi*vo-recida».

f^ * * Vde^íuS;.l*J!»*** "» **• dtnrpwmmm.

Rio de Janeiro, 9 de feve-relro de 1064.

Dante Pellacanl —' Co-mando Oeral daa Trabalha.dorea;

OodsmMt Rian» — Oon-federação Nacional do» Tra-baHiadore» na Indústria;

Alfredo Pereira Nunes —Confederação Nacional dosTrabalhadores em Trans-pnrtes Marítimo», Fluvial»e Aéreos;

Aluizio Palhano — Con-federação Nacional dos Tra-balhadoree em Estabeleci-mentos do Crédito;- Lindolfo silva - Coafe-deraçào Nacional doe fia-balhadores na Agricultura;

Dante A. Menezes — Con-federação Nacional dos Tra-balhadores no Comércio; '

João Avrton Oomes —Confederação Nacional doeTrabalhadores em Tren»-portes Terrestre»;

Carlos Taylor — Conte-deraçào dos Servidores Pú-blicos do Brasil;

Carlos Alberto Costa Pln-to — Confederação Nado-nal dos Jornalista»;

4merícana:1600 OperáriosDerrotamAbdalla

Os 1.600 trabalhadores daCIBRAPE, de Car loba,Americana, Estado' de SãoPaulo, depois de uma gre-ve de 28 dias, derrotaramo grupo Abdalla. As causasda paralisação foram oatraso de pagamento e anegativa em cumprir a leid0 13.° mês. De nada va-leu a tentativa de derrotaro» bravos tecelões, Inclusl-v» pela fome, pois em seu¦ocorro foram nào só seuscompanheiro» de outras ca-tegoria», como autoridade»e o pov© em geral da Ame-ricena. -

Contando o» grevista»com a flrm. orientação deseu sindicato, assistido pe-Ia dedicação da Federaçãodos Têxteis, voltaram aotrabalho no último dia 8,depois de haverem recebidoo mês de novembro a de afirma ter assinado uni com-promlsso na Junta de Con-ciliaç&o e Julgamento deAmericana, comprometen-do-se a pagar até o dia10 o 13.° salário, e até odia 23 o pagamento de de-aembro-

O lado mais Importantedessa vitória relaciona-secom o acordo, assinado pe-los conhecidoi exploradorese caloteiros Abdallas, oqual prevê um adicional de20% sóbre o salário de ca-da empregado em caso neatraso no cumprimento doreferido acordo.

Wilson Reis — Oonfede-ração tUeteaal doa Traba-lhadores ea fiapràaa» Teia*¦rAflcaa. ladtaUlHráflMs e

Rafael Marttaèa - re.deraeàe Nadonal doa Par-

\m\mmm - -ravianos,Mo Silveira — Cassando

doa Trabalhadores latelee-tutiü;

Som Paulo da «hra -Uniào dm PMtuàrtae do¦rasU:

Marcelo Cerqastra —Uniào Nacional dos Eetu-dantes:

Rtaeler Maianl - Uniào

doa Prevldenclárioe do Bra*

*ÍSerenlas Corrêa ém R*i»

nraadsira dos MaáaateeSecundários;

lamentar MMlana.

Aaaa Mentenegro - ligaPtraslntna da Ouanabara;

StJ Manoel de Hele -Uniào Brasileira «aa Servi-dores Postal» e Tetegráfleo».

SIGNIFICAÇÃO DO COMÍCIODA CENTRAL DO BRASIL

NéreulM CtrrêaA t"r?«Mr|-(|f Hs< reformai

dp bsic f rrcuiilifridíi p*U imni.H ni.i|nri.| rio potn. Há pOlKOSdu-, ilí.iuriamlo 114 CâmaraFederal, o ir. Valírlo Mat»-iltlc» criticar» a omiütlo 1I0CoiiRreiM Nacional, >|t* w »u-Jrit-nrin ao qu» «le próprio cha.ma a "ditadura 00* IM*re»."permite a nüo inclii*!» cm nr-dem do.rlia dai matérias rclacio-tiaiias com a» reformai dc baie.Tem ra/ão o r«|ir-sciitHiiteacreano i|itaniln iriiica scut cm.panhfir<>« de repre<en<açên. Masnio basta une em Brasília kergam vo/es como a do *r. Va-Mriu Magalhães, clamando pelaefetivação ila» reforma*, â pre-cifo que n povo *e imnlfcte,nas ruas, exigindo as modifica.i;ót's dc e-trutiira t|iie hoje t,eapresentam comn necessidadeinadiável.

No próximo dia 13 deverá *ereall/ar em frente à Central doBratil uma grande i-iinifrslaçlopela* reformas. Nei»a <i|>ortu-

."idade, repreittitantc» da* dive*.sa* corrente* democráticas exi.ríMo o niinpriim-iiiri do» seguimtes pontos:

— Assinatura rio decreto da .SI.TRA dc desapropriação dcterras c outras medidas dc re-forma agrária.

— Preservação do monopó.lio estatal do petróleo e forta-lccitncnto da Petrohrás.

— Direito de voto ao anual-fahelo, aos soldados, cabos emarinheiro*.

— Elegibilidade para todosos eleitores.

— Concretização das Refor-ma* de Base. Rctormas Agra-ria. Rançaria e Eleitoral no anode 1904.

— Anistia ao* civis « mi-liiares indiciados por crime po-líficn t apuração do DecretoLegislativo X." 18.

Em torno de cada um dospontos acima enumerados movi.menta-se em noMo* dias a vidapolítica do pais. A questão daposre ria terra pelos que netatrabalham assume aspectos degravidade em face do encoraja-mento, por força* retrógradas,de uma reação armada dos fa-rendeiros, os quais ji começa-ram a derramar sangue do* tra-balhadores do campo.

A última crise provocada naPetrobrás revelou que os inimi.gos da doutrina do monopólio .estatal do petróleo continuamconspirando, dentro e fora dagrande empre-a nacional..

Quanto ao direito do voto aosanalfabetos, aos soldados, cabose marinheiros e à clcgibilidatlcde todos os elcitorc, a prática«stá Igualmente demonstrandoque não podemos continuar man-tendo um tipo de democraciaem que, contra a letra expres?*da Constituição, nem todo» fãoiguai* perante a lei.

Servidores da GB a lang o:Urgência Para o Mínimo

maa Rio de Joneiro, 21 a 27 de fevereiro do 1964

Representantes daa asso-claçAe» dos servidores doEstado da Ouanabara, osquais constituem, por elel-

áo, o Comando Oeral dos

rvldores da 08 (COSO),enviaram ao presidenteJoão Goulart abaixo-assi-nado de apoio à decretaçãourgente da revisão do sá-lário minuno, nos termosdefendidos pela Confedera-çáo Nacional doe Trabalha-dores n« Indústria (CNTI).

O interesse do» servido-res guanabarinos pelaquestào se deve tambéma que, pela Lei.72-01, seussalários e vencimentos sáoautomaticamente elevadoscom o aumento do saláriomínimo.

CL só Dou 10Salários

O documento — assinadopelos senhores Alacrino Ta-vares Dias (presidente daUSEG e do COSO), JoãoXavier (presidente da ABMMEO e vice-presidente doCOSO), Rlnaldo MarquesOouveia (presidente da A8DEREO e 1.° secretário doCOSO), Waldlr Duart* PaesLeme (presidente da A. 8.SURSAN e tesoureiro doCOSO), Oladstone de Mou-ra (presidente do Centrodos Servidores Servente»,Contínuos e Trabalhadoresda OB). Antônio Silva(presidente da Aasodaçàodos Servidores da LimpezaUrbana, da OB) e Atila Re-zende .presidente da Co-missào domatlvoe) — assl»nal» qua ba servidores da

OB foram a única eatego-ria a perceber no ano pas-sado apenas 10 salários. Is-to porque Lacerda, em de-creto, autorizou descontosequivalentes » um mêg desalário,. e transferiu paradepois do dia 6 de janeirodo corrente o pagamento dedezembro de 1963.

Os signatários manlfes-tam a insatisfação dos ser-vidores, ativo» e inativos,diante dos aumentos de ta-xa» m impostos determina-dos pelo governador da OB,aumentos Inteiramente In-justificados, já que as' es-tatistlcaa indicam terem ascifras de arrecadações Idomulto além do previstonos orçamentos de 1942 e1963.

Palas R«formaa

Ademais, afirmam este-rem a postos na luta pelasreformas de base reclama-dag pelo povo, pela Inde-pendência de nosso país dojugo dos espolladores, e re-clamam do presidente daRepública que, por sua par-te, tome medidas eficazesnesse sentido.

A Nova Taboia

com o novo salário mi-nimo a ser decretado — deCrf 43260,00 para a ob —os vencimentos dos funclo-narios guanabarinos deve-rão obedecer à seguinte ta-bela:

NivelNivelNivelNivelNivelNivelNivelNivelNivelNivel 10Nivel 11Nivel 12Nivel 13Nivel 14Nivel 13Nivel 16Nivel 17Nivel 18Nivel 19Nivel 20Nível 21Nivel 22Nivel 23Nivel 24Nível aaNivel 36

~- Salário Minlmo con¦= Cr$ 43.260,00

5% Cr$ 46.420,0010% Cr$ 47.540,0015% Cr$ 40.740,0020% :-- CrS 51.010,0025% CrS 54.070,0030% Crf 96.230,0040% CrS «0.560,0030% CrS 64.890,0060% aa Crf 69.210,0070% .-* Crf 73440.0080% e= r,x% 77.860,0090% CrS 82.290,00

100% Cr$ 86.520,00113% as Crt 93.000,00130% Crf 99.300,00146% CrS 105.980.00160% Crt Il2.4ff0,00175% á= Cr$ 118.960,00300% *= Cr| 129.7804)0333% Crf 140.8904»250% Crt 151.410.00275% -a: Cr* 162.220.00300% <s Crt 163.040.00350% ae CrS 194.670.00400% Crf 216.300.00

Também nio i pntsivel p»r*minrmot que a protelação da»tefortn** vá além do ano de\%t, que é decisivo pira a»préxima* eleiçíc» cm que havt.rimo» d* e-collier, entre outro*representante* «lo povo, o faturopresidente d» República.

Finalmente, s anistia, qut M*áum do» pontos do programa dncomício do próximo dia IJ, émedida que se impõe. Na ver*oaric é inconcebível que a distor*tio dos conceito* dc disciplinamilitar inaiitui o tittema de doispe<o* e duas meriMas: tolerânciaem relaçio a chefes militaresgolpista* «jue reitendamrntc »*•tmnem atitude* subversiva* e fe-rocida.l* em relaçlo a noldsdoi,marinheiros, fuzileiros, cabos esaigentos das diversas corpora-çôrs armadas, empenhados emcampanhas justas e licitas.

Mo é difícil avaliar-se • im*portincia riu comício de 13 demarço. Por isto, os dirigente*dos sindicatos <• demais organira.çôes populari'*, bem como todo*o* proferes políticos democráti-

.cos, necessitam promover, desdejá. o> meios necessários à m»óiüzaçãn de massas para aquelademonstração de rua.

Só o povo nas ruas, manifrs.tando sua vontade através degrandes demonstrações, será ca*paz dc liquidar todas as resis*tendas à realização das refor.mas exigidas pela imensa maio-ria dos brasileiros.

AFIM de ocultar sua me-

donha, face, » sociedadecapitalista inventa as maisrebuscadas "teorias" parate apresentar eomo "tocie-dade da opuléncia", "tocie-dade do bem-estar", -capi»talismo populaf, etc. etc.Uma dessas fantasiai é achamada "sociedade aber-ta", que no dizer de' uni dosseus ideólogos é "0 governoda ratão, da justiça, daigualdade » do controle docrime mternactonaV'...

"Paradoxos da SociedadeAberta", artigo inserto emPROBLEMAS DA PAZ S DOSOCIALISMO de dezembro,disseca mais êsse mito ca-pitalista. Ê um artigo degrande importância teórica.Não deixe de lê-lo.

P. P. S. de dezembro ettánas bancai e em tôdas aslivrarias. Adquira sem de-mora o geu exemplar oufaça uma assinatura para1964 por apenas Crt ..../ 600,00. Rua da Assembléia,34, salas 204 e 304. Rio— OB.

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Page 3: B 1B mÈ ^^Ê m AmW Ifl ^^1 ' I II L m I ^^ Organizaições ... · missão de policial» da In-vernada de Olaria, Lacerda procura, negar que sob o seu Governo nào se cometem violência»

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O Comício da Ontralt

k experiência vivida pelo povo brasileiro, espe*cialmente nesse» últimos anos, mostre, sem deixarmarjtem a qualquer dúvida, que está na pressão dasmassas e na unidade das (orces progressistas a con*diçan decisiva para que avance o processo democrá-tico e se convertam afinal em realidade es reformasde estrutura. Nenhum entendimento político podeconduzir ao êxito, do ponto de vista dos interessesda Naçio e do povo, sem uma ampla e vjgorosa mo-vimentaçáo popular e sem que as forças democráti-cas se apresentem sòlidamente unidas no ran-mo H*>luta.

Decorre dai a enorme significação do comicioque as entidades sindicais, estudantis, populares ecorrentes políticas progressistas estáo convocandopara o dia 13 de março próximo, em frente a Centraldo Brasil. Trata-se de um ato destinado a Influirseriamente no curso dos acontecimentos políticos,Uma ves que nele as forças organizadas do povo vãopronunciar-se, concretamente, sobre a necessidadeinadiável das reformas de base, além de outras rei-vlndicações como a preservação do monopólio, estataldo petróleo, ó rigoroso cumprimento do decreto kó-bre a remessa de lucros e a anistia aos civis e mili-tares. A grandiosa concentração democrática ç po*pular tornará ainda mais evidente a decisão da os-magadora maioria dos brasileiros de que se constituaurgentemente um Oovêrno identificado — por suapolítica e sua composição — com as forcas naciona-listas e democráticas.

Naturalmente, as organizações patrióticas náose limitarão a convocar o comicio e aguardar o diade sua realização. Ao contrário, o ato do dia 13 demarço deverá constituir-se num coroamento de atospreparatórios de todo tipo — na Guanabara e omtodo o Pais — nos quais sejam debatidos os proble-mas cruciais hoje em pauta e dos quais saiam aindamais fortalecidos, em organização, combatlvidade econsciência política, os movimentos e as lutas dostrabalhadores, das massas camponesas, da juventu-de, de todos os setores que participam nos combatespela libertação nacional e a democracia em nossoPais.

Conferências, assembléias, encontros, comícios,manifestações de todo tipo, enfim, serão certamenterealizados., na cidade e campo, confluindo para aconcentração do dia 13. £ assim, ao lado das gran-des massas, trazendo-as em proporções e níveis sem-pre mais elevados para o debate e a ação política,que as forças nacionalistas e democráticas cumpri-rio os seus compromissos com os grandes objetivosque nos propomos: a emancipação nacional, a liqui-daçio do latifúndio, o progresso social, a preser-Tação e ampliação das liberdades democráticas paratodo o povo.

Os,comunistas aceitam orgulhosamente a parteqve lhes cabe nessa tarefa, ü pelo seu êxito darão— (tono deram sempre — o melhor de suas energias,de mm «npenho em unir, de sua confiança no povoe ée eem entusiasmo revolucionário na luta. .

Mobilizaciâo Das Massas e UnidadeDemocrática Por Uma Nova Política

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NOTA ECONÔMICA - °n*

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As forçasprogressistas *populares estáo lançadas,desde Já, num intenso tra-balho de moblllssçio emtorno do comido convocadopara o dis 13 de marcopróximo em frente k Cen-trai do Brasil. Ao que tudoindica, int comido ultra-passará ou limites de ante-' riores manifestações dcs.setipo, devendo constituir-senum ato político da maiorslRnlficaçà0 para as lutasdo povo brasileiro pela*, re*formas de base e pelaconstituição dc um govér-no identificado com as as-piraçócs nacionalista* e de-mocráticas da esmagadoram.Morla dc nossa popuia-çào.

O comido da Centralpermitira, nào só an povocaneca, mas a todo o povobrasileiro — ntrnvcs dasdelegações estadual* quenele participarão — dizer,d-> forma clara e ineoulvo-ca, que a Nação não admi-ta nem tolera por mais(empo que os angustiantesproblemas em que se de-bate' continuem sem solu-ção, e assim agravando-sediariamente, quando esasolução existe. Existe, massó não é transformada cmatos concretos devido à re-sistència de interesses an-tmaclonaLs-e retrógrados eàs vacllaçoes até aqui ma-nifestadas pelo presidenteJoão Goulart em romperresolutamente os velhoscompromissos com esses In-teresses.Em termos gerais, a mato-

ria da Nação cslá ronsci-ente de que a crise — quese traduz para as massas,fundam entalmente, nosalarmantes indlccs da In-fiação e da carestia de vi-da — exige, para *rr so-lucionada, a aplicação delima série de medidas, an-tes de tudo contra a espo-Ilação Imperialista e a es-trutura agrária semifcudal.Tais medidas, por sua vez,só poderão ser aplicadas,com seriedade e conseqüên-cia, sobre a base de umaefetiva mudança da poli-tica e da composição doGoverno, que abra caminhopara a formação do um nó-v0 poder, autenticamentenacionalista e democrático.

Posição DesComunistas

Nesse sentido, é absolu-tamente clara a posição doscomunistas- Partindo ' deque é possível — e maisdesejável para o nosso po-

ÍÉMÜ3

vo — uma solução nio vio-lenta para oi problemas doPaís, m comunistas vfmha multo insistindo na ne-ceuldad* de Imprimlr-seum novo curto ao nosio dr-senvolvlmento económleo epolítico. -

Etss poslçáo foi exposta,por exemplo, no documentorm que, em outubro do snopassado, os comunistas ti-raram as conclusões scér»ca da fracassada tentativade implantar-se no Pais oestado de sitio. "Nenhumproblema de fundo foi re*solvldo e continuam s atuaros fatores que levam noaguçamrnto da crise. Osfatos mostram a necessi-nade premente de ser ado-tada uma nova politlea. quede solução às questões ime-dlatns e se encaminhe nosentido da* reformas debase. Um governo como oatual, que se baseia nocompromisso com a cúpularetrógrada do PSD e comoutras forças reacionárias,não realizará essa politlea.Impóe-se. portanto, umarecomposição dn sistema deforças qtv constitui o atualGoverno" — diziam os co-munistns no mencionadodocumento, no qual apre-sentavam uma série de su-gestões concretas, capazesrir ser realizadas. drsdP Jn,por um Oovêrno que se dis-ponha realmente a servirao povo. Não sP' tratava,naturalmente, de um sim-pies apelo an Governo, massobretudo de um lnstru-mento de luta colocado nasmãos dos trabalhadores,das correntes patrióticas edemocráticas das grandesmassas do povo.

Essa orientação — quepressupõe a unidade cadavez mais estreita de todasas forcas nacionalistas eprogressistas —- vem en-*centrando, sem dúvida,uma correspondência diaa dia maior nos sentimen--tos e na decisão dos mas-sa*. Isso se comprova, an-tes de mais nada, no Impe-tueso crescimento das lutaspopulares pelas reformasde estrutura — particular-mente a reforma agrária—, assim como pelo avançoda consciência antllmpe-rlalista.

Êxitos Parciais

O crescimento das lutase reivindicações antllmpe-rialistas e democráticas re-fletlu-se, nos últimos me-ses, em algumas vitóriasparciais,, embora significa-

Uvas, do povo brasileiro.Trata-se, principalmente,do decreto que estabeleceo monopólio ««total da lm-porUçáo de petróleo e dr-nvados — afastando dêsie**or os trustrs Imperlslu-tas — e do decreto que re-gulamenta s remessa de lu-eras para o exterior. Aolodo disso, e apesar dnsinúmeras protelações, asmedidas anunciada* pelaSUPRA referentes a desn-—'propriocáo de trrros mor-Binais às estrados e açuors.Solução Geral

A realidade está mos-trundo, porem, que o neces-sidode de Imprimir um nó-'vo curso oo descnvolvtmen-to econômico e político doPai., nió pode ser objetomal* das manobras e adia-mentos. oue se vèm surc-dendo. Impóe-se. com o ca-rater de urgência Indecll-nável, a reivindicada mu-dança de rumos, Isto é, afixação de uma política —e. em correspondência comela, o recomposição do Oo-vérno — que se oriente,com clareza e vigor, nosentido dé enfrentar e rc-mover, efetivamente, oscausas verdadeiras da cn-se Sem que Isso aconteça,mesmo as medidas parei-ais oV caráter positivo, co-mo as acima mencionadas,correm n risco de ser anu-ladas pela pressão dos In-teresses antinacionais e asvacllações do Oovêrno. t oque revela o exemplo domonopólio da Importaçãode petróleo: o decreto as-slnado pelo sr- João Oou-lart esteve o ponto detransformar-se num pre-sente do céu para a 8tan-dard OU, o Que só nfto severificou graças k vlgllàn-cia e an patriotismo dos dt-retorc*. e dos sindicato* detrabalhadores da Petrobrás.Quanto à regulamentaçãoda remessa de lucros, éevidente que nfto passarádo papel enquanto o Mlnls-térlo da Fazenda e aSUMOC estiverem nas-miosdos grupos reacionários quehoietlá se encontram.

Somente uma solução deconjunto,' baseada na for-mutação e aplicação deuma nova política e na re-composição do Oovêrno* —substltulndo-se os setoresdistanciados dss aspiraçõesdo povo por representantesidentificados com as cor-rentes nadonsltstas e de-mocráticas — pode assegu-rsr o encaminhamentoconcreto, e nfto apenas

em palsvra*. dos gravesBroblemos em que se deba-•m « Noção e o povo,PerspectivasAtuais

t partindo de**a posiçãoque os comunistas encaramos entendimentos políticosqur hoje se processam nn' Pais. As sugestões progra-mãtlcas inicial* encuim-nlMdos pelo deputado BanTiago Dantas, o* comunis-ta* responderam com umdocumento em que expõemas suas observações crltl-cas e sugerem determina-das medidas, em que se re-fletem os luteir ses maislegítimos dos trabalhadorese de todos os setores pa-trlõticos e progressista* dasociedade brasileira.

Na abertura desse dialo-go vcem os comunistas umaoportunidade de fazeravançar o progresso demo-erótico. Consideram, por is-so mesmo, que a participa-çáo no diálogo, apoiado namobilização das massas, éum dever das forças popu-lare* e patrióticas. Parti-cipar do diálogo, nessascondições, é elevar a umnovo nivel a luta pela mu-danço de politica, a lutapela conquista de um go-vêrno nacionalista e demo-crátteo.

A Justeza dest>il atitude éconfirmada pela própriavida. Está provado quesempre «íue s& massas semobilizam e as forças pro-gresslstas atuam de modounitário podem ser impôs-tas derrotas aos Inimigosdo povo e conseguidosavanços no caminho da 11-bertaçào nacional e da de-mocracla. Esses — a mobl-lizaçáo das massas e o uni-dade das forças progressis-tfs — são os requisitos es-senclals para que dos en-tendimentos que hoje sedesenrolam para a forma-çào de uma frente progres-slsta possa resultar umavitória democrática, e náoo reforçamento das ten-riência* conciliadoras, dafracassada aliança do Go-vêmo com os carcomidossobas do PSD e outros fór-ços reacionários.

O omplo debate em tór-no da formação de umafrente progressista e seuprograma e a.movimenta-çáo das massas em defesade seus Interesses e da ne-cessldade de uma nova po-Htlca são, por tudo isso,uma tarefa da maior atua-lidade e da mais sita lm-portãncla.

João Pinheiro NetoCom o Pensamento

Afinada-SUPRA Estádo Povo Brasileiro

Animando que "não con-sidera invasores os campo-seees de Governador Vala-dares", o sr. João PinheiroNoto esclareceu na tarde dodia 17, durante uma entre-vista coletiva à imprensa,alguns detalhes do decretoa ser ssslnado pelo presi-dente da República, discor-rendo também sóbre a on-da de insultos que vem so-frendo o SUPRA, principal-mente depois dos aconteci-mentos de Governador Va-ladares.

Referindo-se à situaçãoreinante na cidade mi-neira, o superintendente daSUPRA asseverou que "osfazendeiros foram os inva-sores de fato, apropriando-se de terras contestadasentre o* Estados de MinasOerais e Espirito Santo.sendo que a maioria delesnfto possui sequer o titulode propriedade das terras,temendo, por isto mesmo, aação da SUPRA".

Dedarou ainda o supe-••intendente da SUPRA queos lideres camponeses lhehaviam pedido a desapro-priaçào das fazendas per-teneentes ao FrigoríficoAnglo — 480 hectares vir-gens — e à grã-duquesa deLuxemburgo — 600 alouei-res Incultos —, e que aSUPRA já mandou realizarum estudo sóbre a situaçãodaquelas terras para tomarmedidas efetivas. Por outrolado, o sr. Pinheiro Netodedarou que ha.via sidocientificado, pelo Sindicatodos Trabalhadores Ruraisde Governador Valadares,da existência de 10 milcamponeses registrados na-quela entidade, em suagrande maioria, homenssem terras.

SUPRA E FORÇASARMADAS

Referindo-se ainda aoseohvênios. que a SUPRA vemassinando com os ministrosmilitares, o superintenden-te afirmou que "a partici-paç&o das Forças Armadasno programa da SUPRA éde ordem técnica, sem ne-nhum sentido político". Es-cláreceu que na fase dasdesapropriações, depois oueo Judiciário já tiver conce-

dido a imissão de posse dasterras à SUPRA, o Exerci-to garantirá a medida con.tra qualquer fazendeiro quese insurgir contra ela. Prós-seguindo, o sr. Pinheiro Ne-to revelou que um convênionos mesmos moldes do quefoi celebrado com o Exerci-to já foi assinado pelo mi-nlstro da Marinha, deven-do-se efetuar brevemente omesmo acordo com as au-toridades da Aeronáutica.

QUEM PERDE TERRA• Perguntado sôbre a ex-

tensão de terras a seremdesapropriadas pelo decre-to. ó entrevistadp esclare-eeu que 90% dos atuais pro.prietários estão excluídos,já que possuem menos de100 hectares de terras, sen-do atingidos 9% dos quepossuem mais de 100 hec-tares. Lembrou ainda o sr.Pinheiro Neto que só serãodesapropriadas as terras si-tuadas à beira das estradas,ferrovias e açudes, devendoa SUPRA elaborar um no-vo plano para estudar me-didas a serem aplicadas nasterras das margens-de rios.

Finalizando, o superin-tendente desmentiu que ti-yéssè ficado contrariadocom a proposta que lhe foifpita pelo governador New-tóri Belo. do Maranhão, rieoferecer-lhe as terras deseu ,Estado para serem dis-trlbuidas entre os camDo-ne?es. O ex-ministro do Tra-balho declarou que essas eoutras invenções são obrade reacionários e senhoresdo terra oue visam a intri-gar seu organismo. com aopinião pública, tarefa im-possível, poroue a SUPRAdefende exatamente os- In-teresses do povo em sua lu-ta por melhores dias.

COMUNICADO OFICIALAo fim da entrevista o

sr. João Pinheiro Neto dis-tribuiu um comunicado ofi-ciai onde esclarece o anda-mento do decreto, a ser bre-vemente assinado, segundoInformações extra-oficiais.

A seguir transcrevemos aintegra da nota oficial:

"Sexta-feira passada, noPalácio das Laranjeiras, as

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O dr. João Pinheiro Neto. superintendente daSUPRA, cm Belo Horizonte, ao lado do dirigente sin-dical Sinval Bambirra.

15 horas, fiz entrega aoPresidente João Goulart daminuta do decreto daSUPRA, que visa a declararde interesse social, paraefeito de desapropriação,todas as faixas de terrasabandonadas, situadas nas

vizinhanças das rodovias,ferrovias edos açudes pú-Micos construídos com re-cursos exclusivos da União.

A minuta que tive a non-ra de passar às mãos deSua Excelência, o sr. Presi-dente da República, con-

substancia o pensamento daSUPRA. Em suas linhasmestras, em nada difere dasminutas anteriormente dl-vulgadas.

Ao Presidente João Gou-lart cabe agora julgar daoportunidade de assinar odecreto e fazer divulgar seu-texto definitivo.'

Determinou-nos Sua Ex-celèncla, no entanto, quecontinuássemos nossa cam-panha de esclarecimento emtorno dá idéia reformistado Governo que objetiva

| criar melhores condições devida para o povo brasileiro.

Através da imprema, rá-dio e televisão, no contatodireto com o povo, nos sln.dicatos e na praça pública,estaremos levando a todo oBrasil a mensagem fecundae generosa de uma reformaagrária justa, cristã e de-mocrática.

O que se quer é criar no-vos proprietários, dandosentido social ao direito de

-propriedade no Brasil, ain-da hoje, monopólio egoístade menos de 3 milhões debrasileiros.

Assinado o decreto pelosr. Presidente da Repúbli-ca estaremos em condiçõesde, no prazo máximo de 30dias, escolher 3 ou 4 áreaspor Estado, desapropriá-lase imediatamente iniciar oprocesso cir aproveitamentodessas clebas abandona-das. entregando-as aosagricultores sem terra detodo o Brasil.

Bem sei qup a campanhade calúnia, insultos e difa-

-mações, continuará • cadavez mais intenro contra oPresidente da SUPRA. Nadadisso me preocUDa ou meatemoriza. Preocupa-me es.tar tranqüilo com minhaconsciência, certo do devercumprido. Antes do decretoser assinado pelo Presiden-tp João Ooulart, estou porSua Excelência autorizadoa debater o assunto, nova-mente, com os fazendeirosde Governador Valadares,cr*m quem quer que demons-tre o desejo de. democráti-camente. inteirar-se ctosprincípios cristãos e bembrasileiros que norteiam aação ria SUPRA

Assinado o decreto, asri°sapropriaçõevem númerode 60 a 80. começarão em

todo o Brasil. Nada nos de-terá. Nem os abaixo-assina-dos de coronelato medieval,nem os insultos grosseirosdos medalhões carcomidos,pensionistas bem pagos dosfavores antinacionais. Con-tlnuamos tranqüilos, sere-.nos e firmes. Cargo* paranós nada significam, a nãoser pela oportunidade deservir ao Brasil.

Entristeço-me com o pri-imarismo de certos falsosrepresentantes do povo queda tribuna da Câmara in-sistem em pedir o fecha-mento da SUPRA. A 8UPRAem si não tem grande lm-portãncla e não seria difl-cil fechá-la. O que susteri-ta a SUPRA não é seu ar-cabouço burocrático pre-cario ou os esforços incipi-entes de seu Presidente. ASUPRA hoje vale muito, eassusta a tantos maus bra-slleiros apenas porque estáafinada com o pensamento,de nosso povo sofredor,ajustada a seu inconfor-mismo e a sua impaciência.E essa não há legisladorque consiga sufocar. Perdetempo a numerosa bancadai b a d i a n a do Congresso.Acabar com a SUPRA oudenegrir seu Presidente nãoé acabar com o ideal de 11-bertação do povo brasileiro.Esse é mais forte que a ca-lúnia, a inveja ou a frus-tração de uma maioria par-lamentar omissa, lnsensivcl,disassociada dos verdadei-ros interesses do Brasil.

A cada novo insulto, res-ponderemos com mais tra-balho, com mais obstinação,com mais'energia, com re.dobrado desejo de honrar aconfiança do PresidenteJoão Goulart, assegurandoao Governo colaboraçãohonrada, digna e eficiente,à altura das exigências denosso povo.

Repito: — Não tenho apê-gó a cargos. Preocupa-me obom ou mau uso que delespossa estar fazendo . no in-teresre de meu Pais, que te-nho procurado servir, semdele nunca pensar em ser-vir-me."

Atentado á Mtitomia do povo • MftcklaA elevação dn preço do açúcar, anunciada psra os pró-ximo* dias, envolve um atentado k economia popular e uma

gronde negociata. Em menos de um ano, psra nos fixar-mo* no tipo mal* consumido na Ouanabara, o açúcar refl-nado passou dr Si para 10S cruzeiros o quilo e sgora Ir* aosIM cruzeiro*. Em menos de um ano. portanto, o aumentoregistrado será superior o 300%, Se nfto produslssemos sçu-cor. ou *e fóssemo» um pequeno produtor, tao grande va-rlaçáo ainda poderio ser compreendido ou explicada porconjuntura* de mercado. Entretanto, o verdade è que to.mos o terceiro maior produtor mundial desse pnduto epnr uma serie de circunstância*, Inclusive histories*, o sçú-rnr é produto essencial à alimentação do nosso povo, quedele *c vale inclusive para suprir a deficiência de outrosalimentos,

Mesmo pondo de lado a* estatísticas do Fundação Oe-mini Vargas, que acusam um aumento de 81% no custo devida rm 1063 c adotando outras estatísticos, provavelmentemau real*, que situam ésse aumento acima de 90%, pode-sc ver que a anunciada majoração do preço do oçúcar estámuito acima do que seria razoável.N.iu colhe o argumento dr que o aumento dos preçosinterno* seria para acompanhar u alta dos preços lnter-nacionais, qur sc verifica drsdr hâ alguns meses, A ver-dade r que quando ns preços Internacionais estavam abaixodos internos, o acurar era subvrnctonado para poder serexportado. Em outros palavras, o povo. através do poder -

publico r através dos preço* internos fixados, pagava aosexportadores a diferença por elos reclamada para poderem .entrar no mercado externo Agora, alega-se a necessidadedc aumentar os preços Internos porque o* internacionais sftomais altos. Há lógico nisso? Claro que nfto. O lógico seriaque o consumidor brasileiro fásse beneficiado uma ves qusos produtores estão recebendo mais pelo que vendem oorofora.

Seria, também. Inaceitável que nos viessem o falar emcontenção do consumo através de preço* mais altos, paraobtermos maiores disponibilidades exportáveis. De feto. sehouvesse seriedade *c houvesse uma política de exporta-çáo realmente nacional, o recomendável serio o Introdu-çào de um racionamento, de modo qur o* nivels de consu-mo fossem fixados segundo critérios dc Justiça social e nftoarbitrariamente Pois o.s altos preços *ó sáo uma barreiraao consumo dos que ganham pouco, para os ricos. nfto.Alegar, ainda, que o aumento iminente decorreria dosaumentos de salários r outra mistificação. Em primeirolugar, os aumentos dr salários conquistados no Nordestenão repercutem sóbre os preços finais na proporção Indl-rada pelos usinriros; rm segundo lugar, o salário de 90frruzeiros/dla só r.stá sendo pago cm Pernambuco, enquanto

o preço mais alto é para todo o Nordeste oçucarelro. Defato, o problema é outro: é o da indolência secular dosusineiros e senhores dc rngrnho, que não enfrentam o pro-blema da produtividade e da modernização de suas plon-tacões e usinas e querem Impor a toda a Nação preço tftoalto para qilc eles sobrevivam.Negociata sem qualificação é finalmente, permitir queos novos preços mais altos benrfiriem estoques produzidosa custas mais baixos, como ocorreu no aumento anterior,

em que uma quantia superior a 10 bilhões de cruzeiros foiembolsada pelos exploradores Em uma palavra, esta "so-lução" encontrada pela SUNAB. 1AA. etc. para que o oçú-car apareça é exemplo vivo de uma política de abasteci-mento antipopular.

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ÍOR^pERUMO f-> * pode motlo Uma

Respondendo às declarações feitas pelo sr. Dard Ri-beiro no rádio e na televisão, o sr. Hilac Pinto voltou asustentar, em tom de "grave advertência", que há no Brasiluma guerra revolucionária. A advertência não se fés acom-panhár de uma interpretação do que seja a guerra revolu-cionaria. Será quo o sr. Bilac combate, pelo menos em tese,a guerra revolucionário do tipo da "Revoiutionary War"de 1775-83, a guerra de Independência norte-americana?Mesmo assim, ficaria faltando que o sr. Bllac, ao menospor iientllewi. mencionasse o pais nu paises com os anaisestivesse o Brasil em Riterra. E onde seria' o "frorif rnsrfeGurrra Conceição, que ninguém viu. a não ser o presidenteda UDN? Parece que depois da.s guerras de expulsão dosfranceses e holandeses e da luta dos baianos contra o ge-neral Madeira nunca mais tivemos guerra revolucionário,guerra em defesa do direito, guerra contra dominadoresestrangeiros, um tipo de guerra que os próprios tratadistasdo mundo ocidental catalogam como guerra Justa,u ,A K.utr,i;a verdadeira te náo a guerra Imaginária dobacharel Bilac) é um conflito armado entre nações. Be-gundo o conceito moderno, a Ruerra não é um fenômenonatural e necessário, mas um fato histórico, aparecido como surgimento das sociedades divididas em classes. O estudoda politica de classes (um dos muitos estudos que os char-latães do tipo do sr. Bilac evitam) permite o definiçãoexata do caráter das guerras, classificados com vários ró-tulps: civil, intestlna, longa, áspera, feroz e cruel. Hitlerlançou com o auxilio dos clássicos militaristas alemães aguerra-relâmpago e acabou fulminado por um dos raiosdessa guerra, que se tornara a mais áspera, feroz e crueldas guerras. i

Só o extremo desprezo do presidente da UDN pelo se-riedade das coisas poderia levá-lo a insistir que se travano Brasil uma guerra de qualquer tipo. A luta que nossopovo realiza contra as forças espoliativas estrangeiras e osgrupos nacionais privilegiados tem tido até agora caráterpacifico. Os correligionários do sr. Bllac, fazendeiros de Oo-vernador Valadares, é que vivem a ameaçar brigo eontra areforma agrária. O próprio sr. João Goular anuncia a rea-lizacao de demarches diplomáticas junto aos Estados Unidosnuma tentativa de normalização de nossas relações comaquele pais. Nada se pode adiantar sôbre os resultados detais demarches, que no entanto revelam a prática de umapolítica. Será que o sr. Bilac vê nessa tentativa a que seentrega o presidente da República nuvens de fumo è san-gueira de guerra revolucionária?

Na história das guerras, algumas, ganharam nomes be-nitos, como a Guerra das Rosas, entre ingleses. Houve ade Sete Semanas. a de Sete Anos, a de Trinta Anos. As duasmundiais foram numeradas, a Primeira e a Segunda e pro-vavelmente ficaremos na Segunda, k qual se seguiu a Guer-ra Fria. A do bacharel Bilac, presidente da UDN, é umapobre guerra rie nervos de que se servem golpistas em de-cadência, numa tentativa de impedir a realização das re-formas de base.

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IGREJAS NA RDA

A reata»»ração da et»ttdral mlle-airla dl«anta Cruade Nordhau*¦en «Repú»bllra Demo»crátlca Ale»mái, símbolodaquela cl*dade, figuraentre os tra*b a I h o s deconserva çiode Importan-tes monu*mentos a r-

quiteionlrns de valor histórico e cultural.Neles, n governo da RDA Inverte coruldi»rAvels recursos financeiros. A catedral deNordhmse, um terço, da qual (oi destruídadurante s guerra, na próxima primaveraterá ultimado seu teto em estilo gótico.Timbcm neste ano serào processados tra*halhos na catedral e na Igreja de San St-vero dr Erfur'., celebra ron)u*».o arqulte»tônico que determina a silhueta dessa cl»dade. A Igreja rios Escoceses de Erfurt, umarias rar«.« eom estilo romànico, icra restau*radi dentro ria- próximos anos. assim comoa Igreja dos Reguladores, do século XIV, •a doj Agostinlios. multo visitada peloi tu-rljtas. A propósito, assinale-sc oue quasetoda i semana Inaugura-se u* edtf-ioeclesla-tirn ns RDA nu é terminada a res-tauraçao de uma Igreja.

OURO RADIOATIVO' No reator atômico da Base AtômicaCientifica e Experimental de Sofia, entl-dade destinada sobretudo a objetivos deinve.stlgac.1o cientifica, foi obtido há pou-co ouro radioativo. Na Bulgária, foram fa-brieado. aparelhos para a obtenção de ouro

radioativo, que criam boas condições paraum melhor controle do processo, garanteuma melhor segurança para o trabalho dopessoal, e diminui a possibilidade de sujaro ouro. São excelentes as qualidades doo<iro radioativo búlgaro e com êle Ji fo-ram Injetados vários doentes com turno-res malignos.

UMA VIDA MELHOREm Bucareste. foram entregues nos úl-timo* quatro anos cerra de 50 mil apar*

tamentos financiados pelo Estado A estes,juntar-se-ão, neste ano. 18 mil novas uni-dades, que estão sendo ultimadas. Dessaforma, em apenas cinco anos. isto é. de 1960até 1964. 260 mil pessoas, aproximadamente,ocuparão novas moradias. Isto significaquase 20% da população da capital da Ru-mania. Novos bairros surgiram na cidade,em conseqüência dessas ronstruçôes. Todoscom amplas avenidas, praças espaçosas •vastas áreas verdes. Ao mesmo tempo, foiestendida a rede rip água potável e cons-traídas 800 salas de aula. einemas com mais5 800 lugares, S6 unidades sanitárias, 300lojas e restaurantes. A população de Buca-nai» dispõe hoje de uma área verde de 7metros quadrados por habitante, em com-paraeào com 2 metros, antes da guerra,maamo levando-se em conta que a popu-tação aamentou, nesse período, de duai

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•ttANTf DO BOSQUtNa fábrica de tratores de Altai (noaaakstao) foi criado um novo trator, com

grande capacidade rie manobra e carga, emcomparação com o& modelos conhecidos. Anova máquina foi destinada ao transportede troncos, dormentes e material rodantedas ferrovias. - pode trabalhar tambémcomo nlveladora. limpa-neve, reboque, enela poderão ser acoplados implementos,inelualve para suspensão. A caixa de mu-danças assegura a utilização de oito velo-cidades para a frente e quatro para trás.No trator foi instalada uma cabina intel-ramente metálica, do tipo usado nos auto-moveis A máquina recebeu a marca de TT-4e oa trabalhadores de explorações flores-taii, que a experimentaram, batizaram-naeom • nome de "gigante do bosque".

VlOiO POiONiS

TSma enor»me fábri-ea de vidroestá wrgln-do àa mar-gens do Vil-tnla, na . el-dade de San-d o m 1 e r z, acerca de 150quilômetros anoroeste deCracóvla. Afábrica é umadas princl-pais obras doqüinqüênio

,. atual e auarealização permitirá satisfazer com sobraia demanda de ridros para janelas. Já es-fao funcionando a* primeiras Instalações,com as quais, no próximo ano, obter-se-áuma produção de lo milhões de metrosquadrados de vidro piano. A segunda parte .da fabrica será entregue á exploração emrins do ano de 1965, Terminada a constru-çao. a fabrica produzirá anrnximadarriente22 milhões de metros quadrados de vidro,anualmente.

DOIS TERÇOS SÃO URBANOSO impetuoso desenvolvimento Industrial

da Hungria tra-,. como uma de suas con-seqüências sociais, a constante redução donúmero de trabalhadores do campo e o cor-relato aumento da população industrial.Em 1900, a população urbana se reduzia a40 por cento. Em 1949 - ano que represen-ta unia reviravolta na vida do Pais — apopulação das cidades subia para 47 porcento. Ja em 1960, a proporção passava a62 por cento. De 1960 a 1963, o número detrabalhadores agrícolas diminuiu de 308 mil.Presentemente, o campesinato não repre-senta senão um térçb no conjunto da po-pulaçáo húngara, dc 10 milhões de seres. De1949 a 1963, o número de assalariados ur-banos aumentou de i 600 000. Paralelamente"a esse processo, verifica-se uma lncessan-te elevação do nivel cultural e do bem-estar material dos trabalhadores. Os nú-meros mostram que a Hungria, antes umpaís atrasado, de economia feudal, é hojeum pais altamente industrializado

Prestes em Moscou: CompletaUnidade Entre os ComunistasBrasileiros e Soviéticostm tua edlçio dr 0 defevereiro, a •'PravdB,• pu»bllcou uma entrevista con*cedida por Luli Carloa

fltÜH.110» «""Mpondenteida TAM, Berssenlev a Ro»manuov.

-- "Os comunista* bra-«llelroí vêem no PartidoComunista dà Unlao Sovle-tica a vanguarda • do mo»vimento comunista e opa-rárlo Internacional. O pa»pel do PCUS como van-guarda ae evidencia comclareia, em sua luta pelaunidade daa fileiras do mo*vimento comunista Inter»nacional.

Tetnoi em alta conta aInlÇli-Uva a a coragem doPCUS, que levou à práticaa luta contra o culto a per-tonalidade • suas conse-Silencias,

o XX Congressoo PCUS exerceu grandeir.lluèncla também entre

nós. Ao traçar a nossa II-nha apolamo-nos em suasresoluções, considerando —é claro — si condições con*creta*. do Brasil. Apó- 0 XXCongresso travamos umaluta decisiva contra o iec

lirismo, o dogmatismo e odei vio da esquerda. Depu-ramos dr nossas fileiras oielementos íraclonlitaa".

Unidade d*foilos de Viito

Continuando, d e e larouPreitea:

— «Oa pontos de vl-ta doscomunistas braMIeiros acér-ca dos problemas da guer-ra e da pas, da coexlstén-cia pacifica, do caminhopacifico . nlo-paclflco dedesenvolvimento da revo*luçfto « outras importantesquestões de atualidade eo-Incidem por completo comas teses das Declaraçõesdas Conferências ds repre-«entornes dos partidos co-munlstai e operários, de1957 • 1060. Constatamosuma perfeita unidade depontos de vista nas quês-toes da luta contra a ati-vldade fraelonlsta . dlvl-sionista no movimento eo-mtinlsta Internacional.

Referindo-se ao encontracom Nlklta Kruschlov, sa-llentou Prestes que a gran-

de experiência do POTJãJajuda oa plrtidoi Irmftoi amelhor •• orientarem na•Ituaçáo Internacional ecompreenderem profunda»mente o. naaenvolvlmento,sujeito a leli, do detenvol»vimento de nossa época: aépoca da transição do ca-pltallimo ao socialismo. To»do encontro com oa diri-gentes do Partido Comunis»ta da União Soviética désempre resultados fecundoaaos comunistas brasileiros.

Tarefo. Rindamantaíi"As tarefas fundamentais

d0 movimento naclonal-ll-bertador e operário — dia-se Lula Carlos Preite( —comutem em acabar como predomínio dos monopó-lios norte-americanos, rea-llwr a reforma agraria, 11-qüldar o latifúndio, lutarpelas liberdades e direitosdemocráticos e pela eleva-çio do nível de vida do po-vo. Aa amplas massas daAmérica Latina — reaial-tou Prestei — vêem noexemplo da revolucio cuba-na que uma dai eondlçõei

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Mapa RevanchistaO mapa acima rol publl-cado como ilustração do iu-

plemento que acompanhoua nossa última edição «Men-sagem de Nlklta Kruschlovaos estadistas e chefes degoverno de todo o mundo».Alguns leitores nos sollcl-tam esclarecimentos sobre* origem desta Carta e oporquê de ela incluir eomoterritórios alemães zonasque — de fato e de direito— pertencem à Polônia,Tchecoslováquia e União So»viética.

Este mapa * divulgadopelo governo da RepúblicaFederal Alemã e utilizadonesse pais eomo mapa ofl-elal da Alemanha, i fruto,naturalmente, da politicaque vem sendo conduzida

Sslo governo de Bonn, poli-ca voltada para a criação

de um clima de tensão eameaça de guerra na Eu-ropa Central, e fruto do re-vanchlsmo que dominaaquele governo e os generaisria nova "Wermacht". In-cluí éle, por exemplo, (gomoregiões alemãs (sle), a Po-meránla, a Silésia e a Prús-sia Oriental, aonas que sesituam por trás da verda-rlelra linha fronteiriça po-lono-alemã, a Unha Oder-Nelsse. reconhecida pelosgovernos da Unlao Soviétl-ca. Estados Unldoa e Ingla-terra nas conferências dePotsdam e lalta. Aliás, noque se refere à linha Oder-Nelsse, fl próprio PontíficeJoão XXXIX. em 1063, ao re-ceber uma delegação de pre-lados poloneses que foramao Vaticano assistir à prl-meira reunião do Concilio,declarou claramente reco-nhecer oa direitos polonesessobre aa eltadai regiões.tste fato, na ocasião, provo-cou enérgico* protestos dobellclsta e nêo-naalsta Ade-nauer.

No que se refere às pre-tensões alemãs sobre ter-rltórios hoje pertencentes àTchecoslováquia e à União.Soviética, são elas tambémfruto da obstinada políticaagressiva e revanchista quemarca a presença do govér-no da Alemanha Ocidentalna arena mundial.

Entretanto, eomo bem dis-ae Kruschlov na mensagemaos chefes de Estado domundo, e em outras opor-tunldades. essas fronteiras¦lo Intocáveis e os revan-chistes alemães receberãouma dura lição se. um dia,tentarem modificá-las.

da pastagem ao soclallimoé a liquidação doa mono»Cillci

tmperialUtu • doatlfundloa feudais."Im todos os países Ia»

tlno-amerleanos — proaie»gulu Freitas — desenvol»ve-ie a revolução antllmpe»rlalUta e antifeudal. A té»Uca doa partidot comunu*tai varia na dependênciadai condições concretas decada pais. Manlfaatamo*noapelo desenvolvimento pacl-fico da revolução no Ira»•II. Istamoa unldoa ¦ coe»aoa, como nunca. A Juste-aa do nona Unha é com»provada pela própria vida,pelos grandes êxitos alcan-çado* na unificação daiforçai patrióticas, na ln-corporação de amplas mas-aaa populares no movlmen-to revolucionário. O movi-mento popular no Pais éhoje tão forte que a rea-Cão não conta com forçaspara deter o avanço demo»crátleo. Uma tentativa daaforças reacionária de le»ver k prática um golpe deEstado conduziria à guer-ra civil, cujo desfecho se-ria apenu um: a vitóriado povo.

THE W0RKERTHE WORKER, órgão

doa comunistaa norte»americanos, comemora»ri seu quadragétimo ani-versário no próximo dia5 de marco.

Desde 1924, vem sen*do o porta-voz do PartidoComunista e dos setoresprogressistas dos EUA nacampanha pela integra-çio racial e no movlmen*to contra a situação demiséria e submissão emque o imperialismo nor-te-americano mantémmilhões de seres huma*nos. Batalhando no pró-prio território da prin-cipal potência lmperia-lista de nossos dias, sem-pre esteve na vanguardada luta dos povos pelapaz, a fraternidade, oprogresso e o socialismo.

Por isso mesmo, seusdirigentes e colaborado*rea tém sido alvo de todaa sorte de represálias. Osveteranos James E. Jack-son (diretor) e JosephBrandt (gerente) por di»versas vezes foram perse-guidos e aprisionados.Mas é o que di à luta asua glória, e a esses qua* ,

renta anos o seu verda»deiro significado.

Uma série de comíciospúblicos em numerosascidades norte-america-nas, durante os meses defevereiro e março, mar-cari a passagem do qua-dragésimo aniversário deTHE WORKER. A ale-grla dos comunistas e dopovo norte-americanospor essa data festiva de-sejamos que se some ocontentamento dos cola*boradores de NOVOS RU-M08 e de todos os comu*nistas brasileiros.

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Desde que, há S ou 10 mil anoa atrai,o desenvolvimento da produção e aa lucei-alvas divisões sociais do trabalho levarama multiplicação da troca de produto- c aosurgimento da propriedade privada, daiclasses e do Estado, uma minoria de prlvi-leglados, donos da terra e demala meios deprodução, passou a pôr a seu serviço aaenergias e a capacidade produtiva da lmen-sa maioria da sociedade. A sociedade dlvl»diu-se em pobres e ricos, à bate da expio»ração do homem pelo homem.

t verdade que o escravo tinha teto,alimento e vestuário garantidos. Essas con-quistas mínimas custavam, porém, multopouco aos senhores: iltuavam-ie dentro deum nivel reduzidíssimo de necessidades ma»teriais e culturais — e, em boa medida, noquadro geral das neceasldadea de manuten-çao dos instrumento! e dos animais de la-bor. Além disso, eram amplamente com-pensadas, em sua fase Inicial, pelo novo nivelalcançado pelas fõrçaa produtivas: a forçade trabalho humana pastava a produzir, Jáentão, muito mais do que tua própria ma-nutençáo exigia — iito é, mait do que oproduto necessário k sobrevivência do pró-prio trabalhador, o restante do labor for-necldo — a que se costuma chamar o pro-auto suplementar ou sobreproduto — pas»sava. assim, às mãos das classes possuído-ras. Esse produto suplementar tornava pos-sível, a partir desse momento, que deter-minados grupos sociais, apoiados na pro-priedacie privada dos meiot de produção,passassem a viver do trabalho de outrotgrupos e de outras classes.

Assim se explicam os lazeres e o faustodos senhores de escravos, até há dois milanos atrás: e. já em condições diferentes —mas sempre à base do produto suplementarfornecido pelo servo da gleba, através darenda da terra — a opulêncla e os privi-légios da nobreza, do alto clero e dos gran-des senhores de terras, no periodo feudalte ainda hoje).

A mais-valia situa-se, dentro do ciclodas sociedades divididas em classes expio-radoras e classes exploradas, no quadro ge-ral desse sobreproduto extorquido ás mas-sai trabalhadoras, t já, porém. 6 fruto decondições históricas novas, marcadas pelapropriedade privada capltallata sobre otmeios de produção, pelo caráter cada veamais tocial do trabalho e pelo sentido uni-versai de que pasta a revettlr-ie a trocade mercadorias; em particular, pela exis-tência de Imensas levas de trabalhadoresdespossuldos e "livres" de meloi de produ-

Ção próprio* — e obrigados, assim, a ve;;-der aua força de trabalho como uma sim-piei mercadoria. O preço dessa mercadorianova e original é o talaria, através do qualo operário e aua família recebem o valorequivalente a um mínimo de suas neces-ildadea vitais. Com apoio na máquina, kbase da ciência e da técnica, o sobreprodu-to fornecido passa a níveis cada vez maisaltoi e agrava infinitamente a despropor-çáo entre aeu volume e o do produto ne-cenário i sobrevivência de cada trabalha-dor. Assim se explicam o Ímpeto e o ritmode criação e multiplicação de capitais, —e, ao mesmo tempo, o aprofundamentoda distância entre os pólos da riqueza eda miséria, dos contrastes sociais e dos an-tagonlsmot de classe.

Como classe exploradora, a burguesiatem, assim, na caça e na ampliação da mais-valia, sua razão de ser e sua lei. A condi-çáo para Isto é a multiplicação dos efetivose da produtividade da força de trabalhoassalariada. Eli porque uma parte subs-tanclal do sobreproduto extorquido aosoperários é acumulada e reinvestida suces-slvamente, no processo de uma produçãorenovada e ampliada em niveis sempre maisaltos, segundo as exigências crescentes domercado nacional e mundial. Assim a mais-valia —* fruto do trabalho dos operários —.serve de base e fonte à multiplicação dosefetivos, dai taxat e dos niveis de explora-çáo das próprias massas proletárias, expio-radas.

Dal, a definição de mais-valia: é o va-lor criado pelo trabalho do operário assa-larlado, acima do valor correspondente àsua força de trabalho, expressa no salário.« o fruto do trabalho do operário, que ocapltallata recebe e não paga, um valor de?ueAc*pl**I,8t» •• apropria gratultamen-te. Em outras palavras: e um valor que oscapitalistas roubam aos operários, diária-mente e em massa, sob formas diversas eem escala crescente,

Eis porque, ao descobrirem e definirema mais-valia como a essência do regime eda exploração capitalista, Marx e Engelstrouxeram ao proletariado moderno aconsciência clara da justeza e, do earáterinadiável de sua luta de classe contra seuseepoiladoree; e fiieram de sua doutrinaeconômica uma arma cientifica de eonhe-cimento e transformação da realidade euma força moral e material Invencível aserviço das massas trabalhadoras e do pro-gresso social.

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TONieOSLOVAQUIAI AUMINNA

Após a sua visita à UniãoSoviética, Lul* Carloa Pr*s*tei esteve alguni dias naTchecoalováquia e, em se»gulda, na Repúbllea Demo»crátlca Alemã.

Na Tehecoilováquli. Prei-tei manteve um cordial en-contra eom o primeiro ie-cretáiío do Comitê Centraldo PCT, Antonln Novotny,durante o qual foram deba-tidos problemas de Interés-ae do movimento comunistaInternacional e da presentesituação mundial. A troca deoplnloet entre os doit diri-gentes comunistas refletiuabsoluta Indentldade depontos de vista tòbre ceproblemai em dlscuuáo. To»' mou parte na entrevista osecretário do CC do Parti-do Comunista oa Tchecoslo»vaqula. Vladlmlr Koucy.

Na RDA, onde esteve tam»bém em visita de amizade,Prestei foi recebido pelosdirigentes do Partido So»clallita Unificado da Ale.manha, Herman Axcn s Pe-ter Florin.

J$fuso a ate*a-br 75

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"to-** ill* a-•ON-sJfjtt-e.aaaaaslaattde SmWm-mhr*r«s*aa.e.avttva de Os-wald saneairica. faaeadodecteragêea •eulpasMláM.Agora, o »jê»Já estavatardandoacontece:psiquiatrasdescobremperturbaeã e aem JaekKu»b», que.Miji

"crises oe Ira", o que Justificaria seu ate,auastlnando o lupoito assassino do praet-dente Kennedy. Ssiei psiquiatra! ato apre-sentados como figurai de relevo na acuro-logia Ianque. Mas os que conheciam Kttbp,dizem que se tratava de um homem frio,capai de cometer um crime com um aor-riso nos lábio* * Ir depois divorUr-ae aumde seus cabarés. De todas esses figurai,uma se mantém com flrmeaa na defeaa deseu niho: a mãe de Lee Oewald. assa se-nhora acaba de afirmar que ainda faráoutras declaraçòei em defeaa de Let. I •mundo espera que o problema fsMO dato.

que ettá cada vea mala difícil. *

O COMIÇO DO FIMAi coisas não andam toas paia es

norte-americanos no Vietnã 4o Sul. Vausbombas andam explodindo em Salgoa e a"vitória total" eontra oi "eomunliua" pa-rece que não virá tão cedo. Vm elementointeressante para se julgar da situação lo»cal são as deserções diárias de soldados deSalgon. que se passam para aa fõrçaa delibertação. Num só dia, neste més dt lave»reiro, passaram-se para u fõrçaa patrió»tlcas. cento e sete soldados de um .batalhãodo Exército do Vietnã do Sul. Informaçoeapartidas de Salgon — e no easo. portanto,insuspeitas — dizem que, nos últimos trêsanos, passaram-se para o lado dos pátrio-tas nada menos de noventa e um mil sol-dados do exército de Salgon. Poi assim queChiang Kai-chek começou a aer Jogada aomar. gRACISMO EM BONN

Prosseguem as demonstrações racistasna Alemanha ocidental. Agora, na Unlver»sidade Técnica de Berlim-Oatte, ocorreu umImpressionante caso de discriminação ra-eial. O estudante negro Robert Tousaalnt,do Haiti, foi eleito pelos seus colega* eomomembro da Comissão de Matricula* de Fa-culdade de Medicina. Mas teve qut aban»donar o cargo, pressionado por alguna aro»feitores. Apesar dos protestai do* estudante*,particularmente da representação eleita, /otmantido o afastamento, t Interessante as-sinalar o que disseram o decano da Faeul-dade (antigo reitor da Universidade) *outro* dois profestôret, entrando fMtlfOja-mente no terreno da estética: "a AMs d*um estudante de eôr demonstra malte atamgõítOV"!*.'*'4*'' ,7í>"-----*~"- y-t^fwsp^

NOS ESTADOS UNIDOS iA última semana foi mareada nos SUA

por demonstrações racistas e anU-netita*.Duaa bombas foram lançadas em Ohlo(Warren) na casa de um lider negro, nãohavendo felizmente danos pessoais. NaGeórgia (Atlanta), centenas de manlfes-tantes negros, na sua maioria medico* odentistas, desfilaram pelai rua* da cidade,protestando contra a segregação racial. Um

. délei. o dr. Roy Bell, reafirmou que nio éverdade que os negros pertencentei ã* pro-fissões liberais estejam afastados da lutaIntegraclonista. Acrescentou éle: "Nós, mé-dlcos. somos negros e sofremos a mesmadiscriminação qué se exerce contra o malihumilde, varredor"•. Até mesmo em NovaIorque,-a clamor dos negros pela Igualda-de foi oavido há dias. Alunos negro* dasescolss secundárias manifestaram-se pelaintegração, exigindo melhores eflortunlda»des para estudar, o que lhet é asseguradoapenas teoricamente. O mundo livre eon-tlnua a nos mlmosear com edificante*exemplos.PREÇO DE UMA VIDA

'.víMÊtáSfi

No Canadá,ot tribunalaacabam detomar Im-pressiona n t edecisão. Vin-te próprletá-rios agrico»Ias foramprocessadoi

«fY\JJ! —i -__ /ffTrfJ Pdo. assas»

. _ ^és^mT^lèJÂZm slnato de três lenhado-" ~ "-=-* res, que esta»

vam em gre-, . ve. Somenteires foram condenados. Mas não a penaade prisão, como pode penar o leitor de-savido. A .100 dólares de multa, .pelo por-te de armas proibidas. Os outros detMeaeteforam absolvidos. Enquanto Isto, os IN le-nnadores que estavam em greve e sobre eaquais os proprietários dispararam, de em»

ní!?*!?*',foram condenados — cada um -*\ .2?^lares deJmu.ltt' P°r ""união ilícita-,A imprensa sindical canadense lembra aue.«e se mata em Ontário um veado, fora datemporada de caça, o caçador é multadoem 500 dólares. A vida de um lenhador valemenos, que a de um veado, naquela mn"de democracia ao norte do* "State*" Imtempo: a própria policia reconheceu quelennadores em greve estavam '

Rio de Janeiro, 21 a 27 de ftverairo de 1964

TODOS SAO IGUAIS |A quinta parte da população sorte*americana ta que está no chilmMo W"ce da escala social) obtém 50% da rendanacional. Uma outra quinta parte recebo

wrteHs^n^ rendaí As We3Spartes restantes da população tem que eon» .tentar-se com o quarto da renda-reatantea 3 000 dólares, que hoje é de âl% che-gava em 1929 a 51% e. segundo cálouloVchegará em 1980 a apenas 12% IsuTut?"SSi °, VâIor real d» dóJ»r em IMS. Qat? «1£ad,ores *£*» P»reebem atartaen».* "V0S usalari0s d08 bmii**, ciandotram o mito da distrtbu çào da riotMW noaEUA: cerca de 20% das açóes «tá?

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da atinge 100 mil dólarei ou mata/Oa dof8™P0H.d\-?ais de 25 m" ctóla™poaewm•18% das ações.

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flíonse SchnidL Intelectual*w

Anos —

BfWt^lHjr^JÉ ™ PBBmBBudm

l Câmara FarraJra

«Dorla tudo poro atingir o última•implieldodo, do modo a exprimir cai-•ai peniadai om palavras vividas;onxaguar a prosa até poder falar aotocaia© com o fluindo do fio morco-riiado quo ttcorra nos toaroí».

A frase de Afonso 8ch-tnlrit com que abrimos es-tas notas dà um retraiode corpo Inteiro d0 homemtlilto pelos sócios da ünlàoBrasileira d* Escrttore* o"Intelectual do Ano'' de; IM. A batalha eleitoral

desenvolveu-se por váriasaemanas, mu nào *( podedleer qu. a disputa tenha•Ido multo feros. Votos deescritores de todo o pais ede todas as tendência* con-sagraram o.servidor per-mrnente d* causa d», le-' tru. I síslm o troféu"Jucá pato", que no anopassado foi ter à* mão* de

. Santiago Dantas. pu?miiipara as de Scltmldl cm cs-

rtmònla realizada no au-dltórlo du "rolhas". Cerl-mônia que foi uma demons-tração impressionante docarinho de ou« è cercadoo grande escritor, nto ape-na* pelos Intelectuais, maapor todos aqueles a quemdedicou sua atividade nes-te» quase 60 anos — os tra-balhadores, os estudantes,oi homens do povo.IDOS nào marcou nada dec.rnclalmc.ue d If e rente •na vida de Afonso SrhmldtPublicou mais alguns livros— "O Rnigma de João Ra-malho", "O Canudo" —preparou novas ndlçAe* delivrou antigos. "Desunhou",na» nuas queridas Uras de

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papel, muitos artigos. Re-viu provas. B conUnuouobservando o mundo, acom-patinando u luta* dos po-ve». regoaDando-M com aspmvu cada ves mais evt-dente* d. qu« o AMANHApelo qual se vem batendodesde os maU verdes anosJá é HOJE. Por Isso mesmo,de Schmidi se pode dizeroue é o intelectual de to*dos os ano*.

Influencio Popular

Afonso Bchmldt nasceu à39 de Junho da 1100 emCubatào, precisamente no' local ondf. hoje se ergue aRefinaria Presidente Ber-nardes. Desde teu* primei,ros anos sofreu a Influên-cia dos homens da màoscatejadu, tanto nu* ter-ras - de seu» avós qusnto,depois, n0 bairro do ins/,para onde o* pais o tiouxe-ram a fim de continuar ocurso primário. Aluno doOrupo iiseoiar Oriente, narua Almirante Barroso, li_-vou multo cedo conlm-iocom os sofrlmcmos, as ne-cruldade. c as lutu Uustrabalhadores da Capiul,'que então ae concentravamneksa part. da cidade. IC. nào tinha completado ain-da qulnse anos quando co-nheceu C-rest* Rlstorl, umdos mal* combativos lide-res operários de entào.

Poeta de grande sensibi-lidade, Schmidt féz-se loitoJornalista do povo, indotrabalhar em "A Lanter-na", ao lado de BenjamimMotta e tantos outros. Dc-pois, trabalhou em "A Pie-be", o órgão anarquista, eem Inúmeros outro* Jornaisoperário, de vida mais oumenos e'émera. Foi o peno-do, que ae iria prolongarpelos anos afora, du noitesmal dormidas na* redações,nos comícios, das conferên-ciu, du prisões, de todasua inteligência a serviçoda causa da Justiça, da lu-ta contra a exploração a aopressão.

A Revolução Russa

1917 ê a ano da revolu-çào socialista e também ooa famosa greve geral deSào Paulo. A implantaçãoda um governo operárionuma grande nação acendeas esperanças do protela-rlado no mundo Inteiro.Schmidt canta-a numa"Ode aos Russos". Aó mes-mo tempo, a experiênciasoviética contribui para es-clarecer e orientar.9 movi-mento operário brasileiro,arrastando seus melhoresquadros para o socialismocientifico. Com AstrojlldoPereira.. Bchmldt fas "AVos do Povo" tm lert, 10e 20, no Rio de Janeiro. Na"Carta de um comunistabrasileiro à Liga Naciona-lista e à Mocidade das Fi-colas" denuncia o fato deas riquezas brasileiras seencontrarem nu mios decapitalista* estrangeiros,que canalisam rio* de ouropara seus respectivos pai-ses e Influem de maneiradesavergonhada aa politica

Interna e na admlnlstraçlodo pais. Divulga no Brasil omanifesto do grupo fran-cia Cltrti, assinado entraoutros por Anatole France.Henri Bsrbusse, CharlasOlde, Valliant Couturler,em que »ç propõe a forma*çào de uma "Internacionaldo Pensamento", capaz delutar, ao lado da Interna-cional Operaria, contra ugrandes injustiças e por ummundo melhor, E com ou-tros prepara e divulga omanifesto de apresentaçãodo "Orupo Comunista Bra-ailelro Zumbi".

30 o 32Os anos de 22. 24 e 30

encontram Schmidt don-du o melhor de seus c-for-ços para spolur o movimen-to que te desenvolveu naColuna Prestes. Depois, dos-murara o chamado movi-momo constltuclonalUt* de1032 com qual a plutocia-oa paulista explorou usgenerosos «viilimcntos damocidade, numa tentativade Impor a todu o pais opieuuitiinlo d«> seu* inte-rimes egoisllco*. Kssa laneda vida política de SàoPaulo estu retratada, demaneira Interessantíssima,cm "A Locomotiva".

Participante ativo da lu-ta contra o Integrallsmo,Schmidt contribui para aformação da Aliança Na*ciunal Libertadora e é oautor de seu hino — "Ali-anca. Aliança I Contra vin-te ou contra mil I Mostre-mos, nossa pujança / Li-bertemos o Brasil I — etambém du Hino Nacionaldo Brasileiro Pobre.

Ativista da luta pela paz,colaborador permanente daImprensa popular, Bchmldtassume a direção A, "ACritica", que ocupa o lugarde "Hoje", fechado pelareação.

que Ihca pedem M eente-nas, vai escrevendo novoslivros sobre fato* recentese antigos qUe a vida nàopára, é grande a,sêde deseu* leitor™, nlo aplacadapor mais de um milhão d*exemplares de volumes dl-versos. Que a vida nào pá*ra e os fatoa de hoje re*clamam a musa do poetatào terno e tào lirlcc dcAO ann* atrás. Que a vidanào pára e se a causa daJuMIça, a causa da Humanl*dnde já conquistou multasvitórias neste século XX,há ainda bastante o quefaser para liquidar de uma

ves para sempre e em todoo mundo com as injuMiçaa,com ss guerra», cam a ex-pioraçào do homem pelohomem.

B 4 por Isso que, de vol-ta de uma conversa comAfonso .Schi-.tdi, pareceressoar ainda em nossosouvido* o apelo vibrantepor êle lançado, 44 anosatrás, ao* poetas, bom pro-«adores, aos artista* detodo o Brasil: "Formemosesquadrões! Vibremos nos-sos clarins! o comunismobatf às poru* i Abramo*Ias!"

Manifesto de Lançamentodo Grupo Zumbi

O «Manileefo de Lançamento do (irupo «Zumbi»,cujo texto transcrevemos abaixo, preparado porSchmidt e outros, foi divulgado em IHIM-llllfl, «endo.depoi». republicado em folheto no ano de 1920, noRio!

Grupo ComunistaBrasileiro «Zumbi»

Fiol 00 PovoAs dificuldades de vida,

com que sempre se viu abraços, Jamal* levaramSchmidt a faser qualquerconcessão. Jamais se afãs-tou da Unha de fidelidadeaos trabalhadores e ao po.vo que se traçou desde mui»to cedo. Nem nunca se dei-xou enredar em confusõespolíticas. Ainda quando dl-verglndo de um ou outroaspecto da orientação davanguarda, sabe perfeita-mente que a luta exige uni-dade. E a serviço destaunidade e do fortalecimen-to do exército político daclasse operária é que sem-pre colocou sua pena e suapalavra.

Nos «eus quase 74 anos,depois de dominar hà pou-co grave crise cardíaca,Schmidt continua dlvldin-do seus dlu, na modestls-slma casa do alto do Iml-rim, entre os carinhos deRosana, sua última filha(sela anos), a* atenções dácompanheira, Maria José,(que fas tudo para qu* élefume * trabalhe menos),aa leituras prediletas * apreparação de novu edi-çoes de seus livros. E tam-bém ral escrevendo artigos

Tendes amor à terraem que nasceste? Dese*jais que ela venha a íul-gurar ao lado das outraspátrias na aurora que co-meça a despontar para aHumanidade? Dese-jaia um Brasil grandioso,sem amos e sem esora-vos?

Deaejali contribuircom o vosso apoio moralpara combater os malesque noa infelicitam, quenoa degradam, como oanalfabetismo, a politl*ca, o alcoolismo, a pios*tituiçflo e o deafibra-mento das energias ju*venis? Credes como nosque ho Brasil, como nomundo, nem tudo estáperdido? Credes num íu-turo mais belo? Numa vi-da digna de ser vivida?

Alistai-vos imediata*mente como sócio doOrupo Comunista Bra-sileiro «Zumbi».

Êste é o nome do admi-rável 8partacug negroda História, què reuniuem torno de si um gru-po de eacravoa rebeladose formou a Repúblicados Palmara,

Seu nome aerá a ban-deira dos que «e rebelamcontra o jugo do sindi-cato politlco, clerical cinduatrlal «n cujas gar-

ras o nosso amado Bra*sil se debate.

Dentro em pouco filia-lo-e-mos ao «Grupo Ciar-te*, de Paris. E os braai-leiros poderão colaborarcom os intelectuais de to*do o mundo no adventoda República Universal,«fora da qual não há sal*vação para os povos».

Contra a ditadura re*publicana, contra o pre*domínio da burguesiasóbre as outras classes,contra o culto das Incom-petênclas. contra a ex-pior a ção organizada,contra a mentira oficial.

Pelo homem livre sóbrea terra livre, pela eman*cipaçào da mulher, peloculto à criança, que é ohomem de amanhã, pelaabolição dos privilégiosde classe, pela ordemproveniente de um mú-tuo acordo entre os ho-mens, pela RepúblicaUniversal onde todos tra*balhem e onde tttlos te-nham direito à vida.

Desejamos sócios cor-respondentes em todo oBrasil. Já se estáo orga-nizando núcleos em to-das as cidades da Repú-blica.»

NÚCLEO ORGANIZA*DOR — Caixa Postal..1936 - Rio.

Mamrfclt Ndt Viga mi AtiloanJ?«.!_,ih0 »nUmt Mi.ar.elo de Medelroí, psicólogo•pu-rnuih, , vntrravel acadêmico, anda m oreMionsTocom a força crescente di» cuimuiuta* no Brasn Cama miam»mo veliinho, entretanto w meoieSs S & :SSmúrríque èle leis um Jornal por dia e o prof. Mauriclod? mÍIRViBWBtP u.,ü,n" *«» fflSMfcífc

i>.. ""•"*•.Pür *_*'• ?'»«« sempre mui Informado.riBi-*S ¦«¦.w*1*''-*- o** 2«-*-M. por exemplo, o prof Mau-

.1,, ? Ü? qur Ji ••müs ° ,*ÜVcr»'J. »o »o» falta o poder" 16 ainda pur cima se confunde e Inverte o» termos Sa frase da iiung». reprodtwmdu.a como -Jn ftnuY o locar .- ü1!! •"v**"»»"- Haw o prolwur Maurício fle Me-tlelro.>, alia*, sáo couiunisti/. o gcneiui Assis Mrnsil o Che.

iuSüdu W?r& M,b,;,,ü "•úUviw àaaAtí;,:so Kurtado. B. por turca u.m. propensão para Identificar

2mXtWÍ$!m& ü t,ü,'"»'..>mu nos outrosTéTnatural {Seo velho praiouor vi-ja comunistas *m toda parte le nàopáBn?síulr'voUa m' •,i,ub0 ^«ffl»! -S

Sobre u sr. Celso PuitaUu, em especial, detém-se nxfonsideraçóes do proveclo «cadémlco No pr nclpio ds'£mana passada, como você* devem estar lembrados, reall.JOU-se o enceiruinriito du connrcs.0 da CKPAL^(CÓ-nlssàòCelso furtado dl.icui.sou em num,, da deleaaçào brasileiraNh mesma uuaslâu, ^muv. ,,-.„», realluou im U,ls nu ,l« ..•u.an.rnto do çonsreaso dos ..•«ballml,™ "oütÂl?iransferldos de mio llurlaunlo puiu Urasillu sob a acusa-Çau du ser um "cone uve comunista" -* aciiMcin l«r«mente difundida |H«lo jornal O íllebo. *,,,,**çáo ""**•ünuAV.tí-Mm "•""" "'' *)"»«Jiclnr u uiii.traçüo comunista nounverno - e com h atenção ufrouxada pelo pásô dos ano"o caquélico piofcssor Muuiiulo de Mea^roJwwl levado aconfundir u> mu» Mulas, cbi*al r cutal rhU.nrin fconclusão de que o sr. Celso l-urtado »?iíwr2S ?f re-cente eongreMo comunista l«tino.a:iierlcaiTreaíudo emriSío Vol'c£:.^'UOm" (,ü Br'W"' « -'-«'- KnceT

vexsmes públicos que a idade acarreta . o rL«i,.r.l»senll provoca, tle já está rj"au d?wnfusaW-lfflSSGermano*^cont «gênero humni.o'; jáTcapaa d5 emífu?*uninT .C'^ü",f,, de 8á Ui,àü com caçaroilnha de aZii&ilifi?9-'.* I",PÜM'V«;• «t** O"* *le cuníunda uroi Capl*tao dc Fra«ata com un caflfáu de gruvata..Danilo Ptdt latarvancia?

No mais, temos a confe-rencia do general UaulloNunes, ea-chefe da OrdemPolítica e Social, qup vemde uma visita àquela Ilhads china ocupada pelo gru.pelho de Chiang Kui.rhe-que e garantida pelo exér-cito norte-americano con-tia a Inevitável relncorpora-çao ao território chinês. Pa-

ra o general Danilo Nunes,a reforma agrária Ideal pa-ra o Brasil seria uma refor-ma agrária do tipo da quese realizou em Taiwan. Co-mo devemos entender aafirmação? Que a melhorreforma agraria para o Bra-sil .seria a que se realizas..se sob intervenção militarnorte-americana?Rotilni Pada "Habaai Corpiis"

Im Recife, o advogado Posslni Lira Impetrou "habea*

tJt^T pré8°* *°r exercer ° Mu dlreito eonstltuelonaldagoveino Arraes. Vocês podem pensar que o advogado ner-nambucano está confuso, esta pensando queTesta em MoPaulo ou na Guanabara, onde os governadoreflTnào dm?DllcTcàBoZaí:h_hí!P'm,cráU^ de Miguel Arraes Mas . «•Pllcaçao do haben» corpus'* parece *er outra. Disem aua

p^TSstr^ Eu vou *<»<s •"•"Schmidt Pada fé da Mala

"Na rais ds atual crisebrasileira, está a desespe-rança, a falta de fé" - es-creve o nédlo proprietáriodos mercadlnhos Disco, sr.Augusto Frederico Bchmldt«O Globo, 1/3/Mji. .

Para o Bchmidt, pertan.lo, a questão é uma quês-tào de fé: fé de mais ou féde menos.

. o importante é fadar.

Lançamento deBagriÉs e Tubarões

Uri Barroso, Voz do Povo.antiMaa at wivaira

A morte de Ari Barrosoemudeceu uma das vozesmais autênticas por que seexprimia 6 povo brasileiro.

Nio há, dentro do Brasilinteligente e sensitivo, quemnào se sinta amputado deum pouco de. si pela mortede Ari Barroso. Nele — epor tle — todos nos exprl-miamos. Há uma quota decada brasileiro na músicade Atl Barroso. E ai estáum dos fatores de sua gran-dei* de artista: a capaclda-de de captar e exprimir umabrasllldade geral, de quetodos — e cada um — par-ticipam. c o nstitutlvamente.

* hábito necrológlco di-ser que a morte de fulano"foi uma perda". Da mortede Ari Barroso também sedeve dlser que foi uma per-da —' mas nào é o hábitonecrológlco que dita essaexpressão: é a verdade dofato. A morte de Art foi«tia perda: uma diminui-Cão, que agride por evlden-ciar que ha alguém de me-

Ari Barroso morto, rápi-dc e de repente ressaltadiante de nossos olhos o va-lor de sua obra — a percep-Cão do valor de sua obra.Súbito a morte chama àrealidade — a obra de Ariassume o repentino contòr.- no de enorme patrimônio.Patrimônio até hoje inava-liado, nem inventariado, emparte até arquivado pelomecanismo viciado quetranstorna, no Brasil, ousufruto e adia a compre-ensão exata de uma Obra.Referir a "música de Ari"é perceber brotar um senti-mento interior de orgulho,melo informulado ainda —orgulho de ser "um de nós"nm compositor tão grande,tào expressivo, tào constru-tivo, causa e expressão doque de mais autêntico a fer-.

vedura cultural do povobrasileiro tem engendradona música. Ari começou como começo do auto-afirmaçãomusical do Brasil — e aju-dou o Brasil a escalar osgraus sucessivos de um ca-minho evolutivo acrescentae.-n proficuldade.

Vivo, Ari fragmentava, porefeito de presença, a per-cepção de sua obra. Perso-nalidade que emulavg embrilhantismo com a própriaprodução, dotado de quall-dades surpreendedoras —era um Irreverente: subver-teu as normas de atuaçãode locutor de rádio na nar-ração de jogos de futebol —Art obrigava a dividlr-se aatenção geral entre éle e oque éle fazia, entre o no-mem e a obra. Resultado:enxergou-se apenas parcial-mente o homem — e daobra não se formulou umacompreensão total. Fato an-tigo, adiava-se para depoisda morte o julgamento e aavaliação do que era e doquem era Ari Barroso.

A música de Ari Barrosoemanou do povo.

O povo era a fonte; Ari,o captador da música. Exis-te também em escala coleti-va o impulso de exprimir ossentimentos — de alegria, desaudade, de tristeza, de doi,de prazer, esperança e de-sespéro — que nos lndivi-duos provoca o distraido as-sobiatt, o absorto larllalá táofreqüente; e a música deAri Barroso corresponde a etraduz ésse impulso, Impul-so para a expressão do po-vo. Há na música de Ariésse quantum de românticoe até melodramático ("Ris-que", aamba-cançào famo.so, é um exemplo) Inerenteàs sublimações sentimentaismais puramente populares.

Ari Barroso morreu nomomento exato em que uma

escola de samba Introduziano. desfile das escolas vá-rias uma "Aquarela Brasi-leira"; Ari, mestre de sam-ba, morreu quando uma es-cola de samba se apresen.tava na rua com uma, refe-rència-homenagem a umadas criações magistrais queéle adicionara ao acervomusical brasileiro. Eis que acoincidência dos fatos sepunha a serviço da expres-sáo de uma verdade: a mor-te de Ari coincidiu com aratificação pelo povo da vi-da perene de sua obra.

A música de Ari Barrosotem a popularidade dosadágios: dos.adágios sabo-rosos, de que não se sabe oautor. Incorporou-se ao pa-trimônio do povo pelo pro-cesso de disseminação daspiadas — espalhou-se im-pessoal, indiferente ao seuautor. Um samba de Ari eraum samba, desnecessitadode adjetivos — que de cer.to modo a autoria adjetivauma obra. Uma marcha,uma marcha; um samba-canção, um samba-cançáo,todo simplesmente. Em umgrupo reunido para inter-cambiar remembraçBo demúsica, um diz: "Olha quesamba bonito", è solta Ari,sem saber talvez o nome doautor. A maioria das pes-soas que se Imobiliza paraouvir "Risque" não .sabequem o compôs. E há quematribua a Calml a "Baixa doSapateiro", talvez por cau-sa da balanldade da músl.ca...

Grande poder de emocio-nar — próprio da música —da música — tinha a mú-sica de Ari. Quando se vaipassando na rua e a casa dediscos pôe vitrola, por me-ro interesse de mercancia,uma música de Ari — o pas-sante desapressa o passo, oupára, a fim de escutar, esente-se invadido por umhausto de vida, de amor àvida, até patriota quer ser,

até veleidades de dançado»de samba lhe afloram...

Há um Brasil à margem,aliás, justaposto ao Brasiloficial; é o Brasil onde acatlra e a toada de violaconstituem ainda os meiosúnicos de expressão musicalde milhões de pessoa* — oBrasil latifundiário; e sónesse Brasil se pode Imagi-nar a existência de pessoasque náo tenham Imprimida,por incisõe* indeléveis, naconsciência e na senslblllda-de, a música de Ari. Haver-sos que, citados, lembrampassados momentos de be-leza, fugazes —• o momentocheio em que pela primeiravez os ouvimos e compreen.,demos; há sambas e mar-chás de Ari, que não se sa-bia serem de Ari, que pro-duzem saudade deles * de-Ias. "Mas entào "Queque-queré" também é do Ari?"Muita gente só conhece co-mo de autoria de Ari omais famoso de sua obra,as músicas que são elasmesmas uma espécie de ró-tulo, de titulo geral de suaobra: a "Aquarela"... a"Baixa do Sapateiro"... Es-condidas debaixo dessssobras-primas, há, menoresem publicidade, outras equl-valentes obras-primas. Orol das composições de Ariproduz uma reação: "Masentão tudo Isso é de Ari?"Reação de quem se lembrade ter tido a sensibilidade,eventualmente dormida, to.cada è despertada — comoquando se vai andando dis-traido na rua — pelos açor-des da música de Ari.

Personalidade rica, AriBarroco foi outraa coisasalém de compositor. A fa-ma de locutor esportivo an-tecedeu, para os moços dehoje, o prestigio do musicU-ta. s o descobridor de ta-lentos do "Calouro* em Des-file", que desfazia velelda-des artísticas com o gongoque lhe distinguiu o seu pro-

Ítrama, teve também amandividualldade própria, de

grande fama, princlpalmen-te, talvez, no vasto Interiorbrasileiro.

Como narrador, no rá-dio. de jogos de futebol, Ariformou uma fama queabrangia o Brasil inteiro. Aaua gaita, que usava estrl-dente para sublinhar os gols,rendeiulhe, entre os fia-

menguistas, um nicho — onicho que companheiros emafeição reservam a compa-nhei.ro mais importante, fa-moso, cheio de prestigio; eentre os torcedores de ou-tros clubes, os vascainospor exemplo, rendeu-lhe aexecração, a condenação àImparcialidade com que AriBarroso nào descrevia os Jo-gos...

Sábado último, dia 15, umacontecimento inédito ocor-reu em Santos: o lança-mento de um livro escritopor um operário, na sede doSindicato dos Estivadores..0 Sindicato estava repletonào só por centenas de as-soelados, mas também porum numeroso grupo de In-telectuais da capital paulis-ta, vindos especialmente aSsntos para essa tarde deautógrafos,

O livro é Bagrinhos e Tu-barões, E seu autor é o por-tuárlo Arlindo Lucena, an-tlgo e querido militante daslutas operárias de Santos.A obra foi lançada pela Edi-tora Pulgor.Como diz o titulo, trata olivro da luta dos estivadoressantistas contra as tentatl-vas reacionárias de quebrara tua -unidade. Mas, »lém

disso, o livro de Lueenaaborda, com um estilo *rt-brante e ampla documenta,çao, o problema do eonges-tlonamento do - porto deSantos, revelando o queexiste nos bastidores e asmanobras contra a Pctro-bras.

Arlindo Lucena foi saúda-do; ao iniciar-se a festa, pe-lo advogado Rafael Sam-pato. Entre muitas outraspessoas, estiveram presenteso deputado Rubem Paiva,maestro Edoardo Ouarnieri,arquiteto Vila-Nova Artigas,jornalistas Ella* Chaves Ne.to, Noé Gertej e Raquel Oer-te, advogado Aldo Lins eSilva, vereador Lula Cór-vo, drs Motaury MoreiraPorto..Álvaro de Parla e Be-llnl Burza. poeta PompilioDinlz e editores Calo Dra.go Prado e Pedro Fanell.

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¦éifM. .UMSI

A REVOLUÇÃOCONSTITUOONAUSTADE SÃO PAULO

num cranda romtnca da Afanaa Schmidt

A LOCOMOTIVAAdquira-a pala REEMBOLSO POSTAL na

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—— lio ala Janeiro, 21 • 27 de fevereiro de 1963 rtl-

Page 6: B 1B mÈ ^^Ê m AmW Ifl ^^1 ' I II L m I ^^ Organizaições ... · missão de policial» da In-vernada de Olaria, Lacerda procura, negar que sob o seu Governo nào se cometem violência»

Sargentos Qne DesbarataramProcessados Por Gorilas Qne^ A anistia geral para todos oa envolvidos no movlmen»

to do* stugcnius »• uma da. mais importantes bandeirasmie-as força* populares estão empunhando em nowos«nas. Nlo vi t»ia liberdade dos valorou militar**, mastambém r>ara moatrar a justeza da campanha pela elegi-buidau* da* praça* de pré, catua da manifestação denrn.si.ia !<•*•» lm* mla.i integradtM deserta, de «indlcatoaque ja raoilaaraiii ruunsroso* ato» público*, e que st man*tem cm contato )»rmanont« com as autoridade*, pres-Monanoo a Càmarr. dou Deputados pura qu* aprove ime-diatamente o projeto Pereira Nunes que concede a anis-tia noa mllttau;* e civis arrolados cono participantes domovimento.

Desde o dia da manifestação até hoje. a gruiule muio-m dos envolvidos já foi libertada, o que miu significaque tenham «ido esquecido* jwlos golpista, desejuao» devingança pelo que oi sargento* »• >: povo ilie* fiaeram du-rnnte a mm panha dn «egalidad*. Neste aenildo. « gorilasestenderam mu* tentáculos, procowando militar** - cl-vis dc outras unidades da Federação, eomo sureocu emSao Paulo, onde o juiz José Barreto — pi acessado por terinsultado o presidente da República ¦ o ministro da Jus-•'Çft — prendeu vários wrgentos. entre eles o graduadoAimoré Zoch Cavalheiro, que teve .seu mandato cassadopelo 8TF, c os dois dirigente* sindicais José de AraúloPlácido e Afonso Delléll*. O comportamento desse Juiz,que realiza audiência dia sim e dl.i não. paia poder npres-«ar o julgamento objetiva prejudirar o movimento pelaanistia. Essa c a posição dos golpistas infiltrados em nos-•as Forças Armadas c no próprio Parlamento.

A.s entidade,* populares e sindicais estão exigindo quesejam imediatamente libertado* oa seis sargentos do Exér-cito que estão presos em Juiz de íoi a, e os oito da Marinhaque ae encontram no Centro de Instrução da Ilha do Co-vernador, para que nenhuma família de militares pátrio»tas continue a passar necessidades, recebendo — quando re-cebem — apenas dois terços do soldo. Essas medidas podemser tomadas pelas Auditorias Militares do Exército e daMarinha a exemplo do que féz a Justiça da Aeronáutica,relaxando a prisão preventiva de 57 .sargentos.

A libertação dos militares só será um falo concretoquando a Câmara Federal tiver aprovado o projeto Pe-•eira Nunes, anistiando todos os civis e militares que fó-iam envolvidos no levante, cm todas a.s partes do Pais.Entretanto, apesar de estarem sendo processados os in-tegrantes do levante de graduados, a.s forças populares,tias quais estão integrados o.s sargentos de toda a Nação,continuam empenhadas na luta para a conquista de me-lhores dias e de novos direitos, entre os quais a elegibili.dade das praças de pré, causa remota do levante.

Passara m-s« cinco mesesdesde o levante de Brasida,quando H00 praças de pré daguarniçào militar do Distn-to Federal lnsuigiranv-secontra a cassação dos man-datos de seus companheiros,O levante durou poucas ho-ras e seus participam cs en-tregararn-se enquanto a -Na-çào vivia em suspenso o eo-ra.joso protesto dos sargéh-tos.

No dia-seguinte, 1-1 de se-lembro, o deputado AdãoPereira Nunes apresentou àMesa da Câmara dos Dcim-tados um projito para- quef-osse concedida anistia geralaos implicados na r beliâo.Mas, apesar da rapidez comgue foi preparado e levado•o Parlamento, o projeto deanistia foi lançado às gav-tas do Parlamento, o está láaté hoje, obstruído pelos¦lesrnos deputado* ,uuç nar)m-diram esforços para anis-t*ar a meia dúzia-de implica-dos nas "revollas-rcvoadas"de Jacarèacanga e Aragar-ças.

Contra essa- obstrução jâSe mamiíestaiam centenas deentidades sindicais e organi-zações populares, que vêmtelegrafando aos lideres debancadas da Câmara paraque seja dado carati r de ur-géncia à votação do proje-to Pereira Nunes.

Com o inicio do novo pe-riodo legislativo, os sindica-tos e as organizações popu-lares estão voltando a exi-gir dos depuiados a votaçãoda anistia, e nesse sentidotem enviado centenas de te-legramas aas srs. OWdio deAbreu * Tancr do Neves, res-pectivamente relator (|U pro-je-to do lider da maioria. Poroutro lado a Liga Femininado Estado da Guanabara,

.além de prestar ajuda p r-manente aos parentes dospresos, vem realizando visi-tas periódicas à* áutorida-des civis e militares. Tan-ta» visitas já íèz, que se en-trevistou por itês vé/.es comtrês diferentes chefr-s daCasa Militar. Ant s do Car-naval, as esposa- dos sar-gentos acompanhadas pordirigentes da Liga. estive-Tam com os ministros da Ae-ronáutica e da Marinha, alemdr- terem sido recebidas peloPresidente da República, quelhes garantiu sen apoio-.a a-nistia, medida que todos a-poiam. mas que "inexullcà-velmentc" não é efetivada,

Mas existem outros a.s-pectos do problema dus sãr-gentos, que são corjsiclei a-dos comn.pestilentos pi Ia fa-mosa "imprensa sadia", tãoprediga < m descrever minutopor minuto « levante, cornose fflssf* mais um conto deaventuras do que uma reivin-dicação política1 de sumf< im-portãnela. Todos ós jornaise todas as emissoras de rá-dio exaurirãm-sn em noti-cias até o momento em queO.s 6r"l militares entraram"nos camaro'.es do navio-pri-são Raul Soares" — como se

podia ler naquela ocasião. Oque aconteceu nos "camaro-les"; como foram tratados ospresos? E acima de tudo:quem eram os sargentos queiam para n cadeia? Kssaseram as perguntas queíimpl s medo á resposta.

A PrisãoQuando os manlfestan-

tes baixaram suas armasna tarde do dia 3 de se-timbro, iria começar st viacrucis de centenas de pa-trintas.

l:ma vez presos, o» sar-geiitos foram lançados nu-ma sala do Ministério daGuerra, >m Brasilia, ondepermaneceram 24 horas, decócoras e eom as máos «6-bre a cabeça, entregues ásanha d« alguns oficiai» pa-raquedistas. Êstes, diverti-am-se em mandar os sar-gemas cumprirem violentosexercícios físicos, ou entãomandavam-nos subir • des-eer correndo nove andaresde escada, espicaçando-oscom baionetas.

Na noite do dia 14, os pri-sioneiros foram colocados emaviões da FAB e trazidos pa-ra o Rio de Janeiro. Duran-te essa viagem que segundoa "sadia" foi a mais normalpossível, os sargentos esta-vam proibidos de desamar-rarem os cintos de segurançasenrio-lhes vetado levantar-se nem para ir ao banhei-ro embora muitos delespassassem mal devido acomida que lhes fora dadaem Brasilia.

Do avião, enquanto sua-sfamílias recebiam ordem deabandonar as residências emBrasilia, os 600 homens fo-ram amontoados nog porõesdo navio Raul Soares, qu*nunca foi iiavio-prisão, esim uma velha embarcação— comandada pelo capitãoda corveta Santos Lima, co-nhecidò espancador de mari-nheiros — fundearia na baiacom seus porões avariados einfestados de ratos, Os "ca-marotes" que alojavam ospresos hão dispunham sequerde vasos sanitários e duran-te os cinqüenta dias que es-tiveram no navio, os sargen-tos sofreram epidemias degripe o amigdalite sem quenenhum médico fosse visita-los. O único clinico que pisouno Raul Soares fê-lo paravisitar um sargento que so-fria dc ameba e estava tran-cado numa cela solitária.Ainda assim, o médico linii-lou-se a passar uma exten-sa receita, acompanhada deuma* dieta rigorosa. Seriailosnccossáiio dizer que seuesforço íoi em vão, pois osargento continuou a comerda mesma comida e a dormirjia mesma enxovia infecta.

Os 600 sargentos perma ne-e- ram no Raul Soa/es duran-te cinco dias. ao cabo dosquais 84 graduados da Ma-tinha foram transferidos pa-ra o navio Almirante Ale-vandrino, Essa mudança só

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respirar um pouco mala abordo dão «Iuiik embatia-çoes, ma. ax arbitruri dadesnão diminuíram tm momen-In algum, os sargento* con»tlnuurnm incomunicáveis, mi-jog e doentes, enquanto foradou poiAc» a situação do*presos era dada como "nor-

•mal".Durante on cinqüenta- dlaa

que estiveram amontoadoslio» navios os graduados fo-r.un proibido* dc Ia/cr aliai ha mi corlar o f ca bolo, nu-ma tentativa do baixar o mu-ral do* prisioneiros que ne-riam sulim lidos a Intcríb»gulorlo no Inquérito PolicialMilitar.

Alem de todas as arbitra»liedadcs que começaram nomomento em que os sargen-tog sc entregaram; os presosIurum muulIdog nu mais se-vero regime dc Incomitnlca-billdaue, sendo proibida a en-irada a bordo de quaisqu rjornais, não se p:imitindolambem que ouvissem rá-dlo. Kssa era a situação emque estavam aomenl» algunssargento*, nols vário* outro*foram imediatamente tra.n-cafiados em enxovlas Infcc-tas. sem aparelho* sanltá-rios. p proibido* dn sair a lu/.por mais de cinqüenta dias.

As Provocaçõesdo Inquérito

Os porões, as arbitraric-dades dos oficial* e as me-didas coercitiva* aplicada*a nutro* sarg ntos em vá-rios Kstado*, tinham umfim determinado, fazer dolevante de Brasília um pro-blrma estritamente dtocipll-nar, no qual estariam en-volvidos oficiais naclona-listas £ parlam- nlare*. Kmresumo, seria um inquéritono mais puro estilo do Esta-do Novo, e exatamente nes-se estilo foram envolvidosdois dirigentes sindicais deSAo Pmtlo.

Cada militar que era In-terrogado ipcebia retrato*dos deputado* I^onel Rrizo-Ia, Marco Antônio Coelho eMax da Costa Santos para

«Operação-MesquitoQueria! Matar Jango

» '.::¦¦;!

qu» ropondeirem w» o* In-viam vUiu nu véspera dnmovimento, Curm» ludo l»>"nao Mirila .'leito, alguns«liilals, principalmente daMarinha, passurum a fn/erproposta* .ii't*i.^u loi.t» ao*preso*. Kr» n.\v..<ar'o ri lar"mandantes", «• itens» senti-do o* sargentos erumameaçados de "p.i.sm vin-te anos nn* enxuwa* se nãodissessem a vrrdndo", Musa* ameaça* foram em vão,os sargentos (i.ni.r-in exa-lamente n veulud". mo»liando que o* aconteclmen-Ins d? Brasília n.li. pod"in *ser qualificados de motim,pois tiv ram um ca-ralcr r*-leneialmente político: a lu-Ia pela elegtbilidado daapraças de pre.

Na medida em que 0*graduados compareciam aosinterrogatórios, <sval:iin-*eas possibilidades de armar-se uma provocação contraas foi ca* poptil.trei. levan-do os gorilas <U Marinha aperderem a calma e r<do-hrarem as atnüaçfM, ao m'*-mu tempo que fa/iam ten-talhas de eoiiupçáT. Valelembrar aqui que um capl-tão de frng.tu eniresoii aum saigento uma confissãopré-fabrlcada: i m que Medeclararia que lora InxCga-do a participa.- do levantepelo almirante CândidoAfagAo e pelo deputadoLeonel Brl/.o|,i A confissãodeveria — como disse o ofl-ciai -- ser publicada* no OGLOBO e n sargento seriasAlto. Oostarliimos d" dl/crque O GLOBO perdeu umagrande oportunidade rt< fa-zer propaganda contra npovo, enquanto.que o ptin-cipal, que * a confissão,está muito b.'m guardada'.

Outro aspecto importanteda fase de inquérito dopronunciamento dp Brasiliafoi o depoimento de algunsoficiai* que foram protegi-,dos fisiea e moralmente pe-los sargentos e que *"apressaram a mentir dianteda Comissão, talvez ã espe-ra de alguma promoçín por .merecimento. £ss? tipo depromoção é m.ito impor»

lanle. prlnoij.nlmenir) na.Marinha, oritlo um sargentofoi duramente |it*r.t**~itlflnpor um Olilllll que o viumaiius ando :i Consiltulçãn,"material subversivo" no di-zer do tenente.

«Os Quinie Fuiileiros, do Brasilia»

fins pergunta ninguémfé/ durante «» cinco mesesque se seguiram ao movi-mento d- Brasília: quemsão ésse* sargento*?

Caia refrescar alguma*memória* empo iradas, va»mos liminar quem 6 o sar-geniu fu/ilelro José da Con-cciçáo Dantas, preso noC ntro de instrução da Ilhado Governador. Contar ahistória desse valoroso ml-litar significa no* reportar-mos a Brasília-, aos contur»b-idns dias que sp seguiramà renúncia do PresidenteJânio Quadros. '

Dantas, naquela ocasião,servia na GtiarniçAo de Fu-;il iros de Brasilia. No diaem i|itp Jânio renunriou foienviado à Bane Aérea eo-mandando 11 navais arma-do* de metralhadora», issopoderia ser um simple* mo-vimento de tropa * nn* es-quecermo* dr que o* sar»gntos da Raso ne i>.a:.u.aUnham-se manifestado exi-gindo a posse do vic -presi-dente, logo que souberam darenúncia, com o que nâoconcordava o coronel FariaLima, comandante da Guar-nlção.

O saigento Dantas e seus14 fuzileiros foram manda-dos paia a ha.v eom a fina-Iidade de imobilizarem seuscompanheiros da Aeronáuti-ca, ordem que foi deixadabem clara pelo major Clip-per quando recbeu o con-i ingente —¦ lembramos emtempo que ésse maior andouenvolvido eom o anistiadode Jacaréacanga,, hoje t?-nente coronel Velogo.

O sargento fuzileiro, che-gando à bas? A*rea, íollmediatam nte levado ao co-ronel Faria Lima que o féz

Jurar pela- bandeira que nftoconvtrsaria com "na sargen»ln« comunistas". O sarg.ntoDamas, sim entend r muitacoisa. Jurou, Ma*, "ficou de•iieiha rm pé", A noite, ea-teve com o sargento Crestesds Paula, que lhe 'xpllcoti oque queriam os oficiais. De-p«i* desss conversa. Dantascomunicou a seu* comanda-do* o qua ins fazer se osolicliii* quis ssem impei.lr xaterrissagem do avião presi-üeneial. Us quiii,». «uuiUi.JSde Brasília transformaram-*« num do* grande* «stelosda- luta do povo brasileirop ia legalidade.

Km-uriniu a situação nnBas* Aérea era calma parao* oficiais, "garantidos emseus propósitos pelo fuzilei-ros", o presidente João Gou-lan chegava- ao Rio Grandedn Sul e anunciava que voa-ria para Brasília. Tratava-«!• de um ardil. Mas. s- náofosse, o avião presidencialpoderia ter sido derrubadopor dois bombardeiros daFAB que estavam foriemm-le armados. E, posslvclmen-te. hoje, a História do Bra-sil estaria sendo escrita por ,outras linhas. Jango nauveio no "avião do primeiroaviso", mas os oficiais daBasr> Aérea, que não sabiamde nada, preparam-se parad rrubà-lo. O coronel FariaLima chamou o sargentoDamas ao seu gabinete eordenou-lhe metralhar qual-quer avião civil qun batessena pista. O sargento, qu- jásabia o que estava aconte-tendo pediu a ordem porescrito. O coronel exaltou-se e disse qu-> não dava.Dantas náo criou caso. saiue disse que metralhava. masna verdade foi falar nova-mente com o sargento Pres-t s Paula que linha assisti-do do mato, onde estava es-condido, a ação dos gorilasque carregavam os bombar-deiros. Entendidos, os doisforam ao hangar e desmon-taram algumas peças dosaviós que iriam decolarcom o golpe em suas bom-bas. Assim, mesmo que Jan-go viesse, pousaria.

DERAM POSSE A JANGO

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tommMmSÊÊÊmÊMàWmmmmwmmm^mmmm ¦

A nclío patriótica dês-ses sargentos foi decisi-im* na defesa da legiüi-dade e da democraciadurante os acontecimen-tos de agosto de- 19fíl queacompanharam a renún-ela de Jânio Quadros.Graças a eles, fracassoua chamada «operaçãomosquito», pela qual osgolpistas pretendiam im.pedir a posse de JoãoGoulart, derrubando oavião que o levava paraBrasilia.

Contudo, estão hojepresos e sendo processa-,dos pelos «gorilas» men-tores de toda espécie deconspiração contra a de-mocracia e os interessesnacionais.

Jango nflo velo, o* nviOeinão decolaram o of mi. mi»continuaram se fiando ;w»quinze fuzileiro* nlé qu ojato dn Varie com o presi-dente a bordo apareceu nocéu dn Brasília. Nessn altu*ra, avisada, toda a gorlladade BraMIin foi para o Aftr«.porto assistir a derrubadad > avláo pr.sltí nclsl, e se*

< riu derrubado mesmo se nnntivesse» sargento psra mo»diílcar o» aconleciniPnto».O que sucedeu durou pouco*minutos. Quando o avtAoprcsld inifli pr.paroii-ie pa-ia merrlsíar «s mrgento*imobülitanim os oílclali datérre de controle Mas \s>onão era suficiente, outro*oficiais estavam correndo«rn dir çfio t*i balorlas an-tlaereas e procuravam en-irar nos hmtgaroj paVii ie-tirar os bombardeiros. Nes-sa corrida de oficiais rea-parecem os fuzil iros. uni-cos a possuírem mrtralha-dorns em toda a Base. Dei-tados tt com a ponlaria fei-ta. o* naval* estavam pron-tu, para metralhar os ofl-clnl* que tinham dailo o no-mp d- "Operação Mosnírito"k o|wraçao mntn-jnngo. Osargento Dantas ordenouaos oficial» que parassem.Era um sargento com 14metralhadoras contra todoum estado-maior golpistaque linha "de pai,ir ai se-nao leva bala". Um coron"!não acreditou e avançou,

voltou correndo c*m umarajada a um palmo do pé.Km sua fuga para o mu»viMiihu k Rase, Os gorilasdeixaram *ims canelas oquepls no chfto, ma* come-gitluim salvar a pele.

Quando Jango dese ti doavi."io. e éle deve se lembrardisso, foi-lhe apresentado »sargento Dama» como*»cn»do o responsav I pela feliznlcrrlsiagtm e pela vida dnPresidente, Ficou multo gra-to o convidou-o a aparecerno Tono. Dantas n.lo rtpn*rei eu n m pode aparecer,pois r»ta pré.so hé cinco me-ses, enquanto que o* gori-Im* que estavam pronto»para mandar pelo* are» 16-da a cmltlva presidencial,estão solto» e sem mancha»na folha, conspirando eon-tia o «e-vérno que qul*?ramderrubar no sentido exatoda palavra.

Os sargenios o o povohrasilelro' nãn exigem hon»• rar'*» i"1*»* d.éfçèéiél»* oa-aos patrióticos suboflelals epraças, o qu^ el~s que.erné a anistia para aquelesque na madrugada do dia13 de setembro protestaramcontra o esbulhamento deseus votos. As força» popu-hres estão unida» em tornod-» bandeira da anistia den»tro do prazo mais curtopossível, para que livre», ossargentos continuem a t-lar pela legalidade e pelasliberdades,

Garcia Contra Cipde Vencimentos Lesivoàs Praças de PréManifestando-se a res-

peito do novo Código deVcncimentot dos Militareso deputado Sargento Gar-cia Filho divulgou um do-cnmento, que a seguir pu-blicamos na integra, emque enumera doze aspectosonde' os sargentos, cabos esoldados das diversas armassão prejudicados. E' o se-guinte o documento:

O Congresso Nacional, aoaprovar o último aumentode vencimentos d0 funcio-nalismo civil e militar, de-terminou ao Executivo a re-messa d» Mensagem atuall-zadora do CvVM (Lei n.°1.316-51). O atual CVVMsignifica e encerra grandesconquistas dos militares,especialmente dos Sargen-tos. A sua aprovação foiuma luta árdua e desigual,quP custou, inclusive, pri-soes, processos, expulsões,etc, de colegas da Mari-nha, Aeronáutica e Exér-cito, sem falarmos, nas es-caramuças dP marinheirosnas escadarias do Monroe,então Senado Federal. Noprojeto original encami-nhado ao Congresso Nacio-nal pelo Presidente Dutra,og Sargentos conseguiram,através do Deputado CaféFilho e sua bancada, a du-ras penas, incluir diver-sas emendas que resulta-ram na atual posição con-quistada.

Quando da discussão doúltimo aumento (Lei ri04.242-B3), todos estamosbem lembrados do esforçoque se desenvolveu paraeivtar a aprovação da"Emenda Magessi", qup rc-tornaria os Sargentos à po-sição anterior a 1951(CVVM) em relação aos se-nhores Oficiais.

.0 anteprojeto do novoCódigo, eieboraüo por co-missão interministerial eapresentado ao Congressopelo Executivo, '.tenta

^ova-mente, o garroteaníhtodos Sargentos e demaispraças, "dç,, forma muitomais sutil, e até mesmo im-perceptível aos menos aten-tas. A primeira vista, a Ta-bela do Anexo II nos tratade forma equitativa e eqtiâ-nime; mas atentando-separa as entrelinhas do cor-Po do projeto, verificare-mas que, pelo Anexo I(Emenda Magessi reformu-lada), quando o 2.° Tenen-te atingir CrS 300.000,00(SM x 6) o 3.° Sargentoatingirá CrS 240.000,00 (SMx 4) é o Marinheiro de l.aclasse especializada, Cr$60.000,00 (SM x 1). o queeqüivale dizer que a dife-rença de vencimentos en-trP o 2.° Tenente e o 3.°Sargento que é, hoje, deCrS 20.000,00 (58.Ü0O.OO -33.000,00) — d0 3.° em-dian-te, continuará cm progres-.são geométrica, o escalo-hamento vertical i AnexoI) como está proposto, é aprincipal entrelinha pre-judicial aos Sargentos e de-mais praças. As outras sào:

a) — perda da gratifica-ção de categoria especialou normal • e qüinqiiõnios(art. 8.° letras e e /);

b) — perda d0 direito àdiferença de soldo por excr-cício de funcã0 de gradua-çáo superior lart. ll.-leteaio);nr

o-— perda de esperançasde acesso (art. 15, sexto esétimo qüinqüênios, que po-demos chamar d» Emenda44 — a do Ferrari, lem-bram-se? —, pois a grandemaioria ficará na ativa atécompletar o. 35 anos dsefetivo serviço);.

d) — impõe ao pessoal daAeronáutica mais uma pu-'nlção (agora pecuniária)por transgressões disdpli-'nares, suspendendo-se opagamento da gratlfleaçtode categoria especial (art¦25):"-. . -• -, ¦

e) — suspensão cio paga»-.mento de gratificação da'categoria especial aos qasforem cursar ou realisarestágio de especialização ouaperfeiçoamento (art. 27);

f) — reduz de 50 % •«'gratificação de categoriaespecial no ato de transfe-rência para a reserva (art.32i.

g.» — a diária de pousadad0 3" Sargento será deCrS 2.900,00;a do 2.° Tenen-te, CrS 4.200,00; a do Oen.Ex.. CrS 9.000,00, isto sócom a aprovação do novoCódigo (art. 39). Np 1.° ou2.n reajustamento (art- 182e 1R3> será, para ;3.°, Sar-cento CrS 8,000,00: para 2.°Tenente, CrS 12.000,00; pa-ra Gen. Ex., Cr$ 26.000,00.Do 3 o reajustamento emdiante, a progressão con-tinuará geométrica;

hi — suprime 0 direitoà ajuda de custo (art.' 51letra a e art. 52 letra b):

i — nega à Tropa a gra-tificaçào de Representaçãoque dá acs privilegiados dealguns gabinetes (art. 63);

j — onera o soldo com acriação do' Fundo Hosplta-lar e Fundo de Moradia(art. 70 ».' 1.° e art. 100

S primeiro),'sem incluir-mos o Imposto de Renda ¦.Empréstimo C o mpulsórioque nos irão atingir commuito maior incidência;

li — cassa o direito' aoprovento de inatividade,até hoje lnatingivel (art.f48 letra b);

- m — estabelece discrimi-nações para conslgnantes econsignatários, deixando àmargem os cabos, soldadose marinheiros e respectivasassociações (arts. 172 e 177),

isto no caráter geral; noparticular, reduz a gratifi-cação de categoria especialdo pessoal de serviço aéreo,dc submarino e escafandriaa pára-quedistas a 15% *a.rt20 parágrafo único); negaao pessoal especializadoi médico, dentista, enfer»meiro, meteorologista, con»trolador de voo, radiotele-grafista, mecânico, etc.) agratificação de categoriaespecial; concede gratifica-cão de categoria especial aupessoal privilegiado queviaja com0 passageiro deavião comercial ou aertma-ve militar (arts. 30 e. 33).

O Congresso Nacional se»rá sempre ssnsivél à ellml»naçãp das Injustiças e dis-criminações apontadas, namedida em que lutarmosunidos, especialmente atra-vés dos Clubes e Associa»ções de Classe. De minhaparte, envidarei o melhorde meus esforços na defe"ados legítimos interesses ceminha Classe e dem.ai5.pra-ças.

Rio de Janeiro, 21 s 27 dt fevereiro de 1964

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ww^*iF*m^mi»fmmwmmm»mn

Filies Sindicatos Riraís CMnnhna Iria Nos Canpos de Peraambaci

Reporlsit¦ és JtMé AffRtKJi(2* de uma sim is 3)

„nÍ.ifeM,erâ * intran-quuidade qu,, envolve o»"mpps de Pernambuconãoé.de modo algum, umaexceção no Brasil de hoje.¦* quase todo. os ponta,do Pais, com intensidademaior ou menor, creplta area eonoJçóea de existência,peto modernização da» re-laçoes eóclo-econômlcaa. Se•ra Pernambuco, para men-oionar um aspecto Impor.í*nto, * elevado o númeroOe trabalhadores ruraisrtMUcaiiaados - cerca deIM mil —, nio se deve e».queçer que em todo o Paisa elf» correspondente játal além de um milhão.O que distingue principal-mente Pernambuco doe de-mato Istado. * qu. lá emluta se trava agora atauma situado meie avança-da, decorrente do fato deque o poder político Já. náopertence aos latifundiários.

?tM.JP',,•?r^• 4o governa-dor Miguel Arraes, em re-nente comido comemoratl-vo do primeiro - anivereá-rio do seu govêmo, refle-tem fielmente o clima lm-perante no grand* Estadonordestino: "Sinto e seifue,

hoje, Pernambuco é oistado maU intranqüilo daPederaçào. Náo ae tratadaquela intranqüilidade deque falavam as campanhasd, calúnias e de mentira, enelas toso queria dlser fai-ta de segurança e de con-fiança, pinico pela imlnén-cia de explosões de ódio» ede vingança» pessoais. Ueoutra espécie de lntranqttl-lidade vive agora tomadonosso povo e nosso Estado."SlÜ"-" * sa,utBr tateia-

qüllidade de quem, de re-pente e ao mesmo tempo,descobriu seu atraso e suapossibilidade de superar oatraso e progredir; désseespecial estado de espiritoqu. contamina todo tim po-vo, quando éle pressentesua oportunidade históricae percebe que se encontraamadurecido para efetiva-Ia. Tal é nosso caso".

'«>» Pernambucanos, teve

?„! V1 e. - • «Mpertur decoiurienda um grande lm-pulso.A movimentação dasm»ssa* rurais, desde ofltio,«o Indo do continuo forte*leclnrtnto, do movimentooperário e democrático, emgeral, imprimiu uma outraíWonoml. i Intelectualldí-de nordestina, principal-monte à Intelectualidade

Jovem, que se sentiu arras-toda a uma .participaçãomilitante nas lutas social».buco terá por certo auaatençflo atraída para osrande número d« técnlcoee intelectuais Joven. — jo-»*"•»>• W»d« e. eoSretudo,mÜ?0<^.<,« •n«*rar oe pro-blema. do povo, do Betado,do Pais - ocupando cargosde responsabilidade n» »d-mlntotiaçáo públlcT NoÉSKffSf» •"**. «•«* tam-8UDERÉ, que surgiu naSlEHff1 nor<,í»*taá comouma coisa nova, totalmentediversa de quanto existira!u*£ n.M "^í"" *¦ adml-nutraçio pública.JES5!è,lí tr»«°» "o Per-nambuco de nosso, diascompõem o processo demo-cratlco e renovador, cujomotor é precisamente aarreg mentação das massa,trabalhadoras da cidade edo campo. Os sindicatos detrabalhadores rural» pon-tllham a Zona da Mata econstituem organismos vi-vos e atuantes dos asssla-nado. da lavoura canavlel-ra.

Quaso 100 milSlndlcaltaadoi

O extraordinário vigor cem qut creice• ss afirmo o movimento sindical rural•m Pornombuco é retultodo da firmaraeom quo at organizacdei defendam oiralvlndlcoçôa» dot trabalhadora», co-mondam iwai lutai § levam-no» à vi*torto, f im 0 p-jncjpoi roiôo ^dali torces dos trobalhodorei rueolt daZona éa Moto eiiflo «Indicomonto or-oaniiados para extirpar as práticasfauools • alcançar novas conquistas.

bancos. Estivemos ia num*¦!?0_um. de semana, a

?Í?M "7 "omeni r mulhe-

SI? ÍÜS? "" !' Mt»v«mpara reclamar direitos, amaioria quelxava*»e dr dl»*"•í."" «_- «ndenliaçioE preciso meditar ummldáveí salte no tempo:lavradores d* cana, VmPernambuco, até há pouco*5g> UM P^í-s qu- nadapodiam icqutr reclamar,sob pena de serem surra-í« .eJno.rU)*t ¦*or» '«««mem ndenis»ça0 eom a na-StSfW1^*! ° m,&mo «•pinto ám determinação que

Ugcw o Sindicatoa

Quando Francisco Lira foiassassinado em 1946 porcapangas da Usina Tluma,do ar. Fileno de Miranda, omotivo do erime foi Justa-mente o ter éle organiza-do lima liga camponesa.Naqueles anos de ascensodemôeráMeo, logo depois daderrota das potências fae-clstas, apareceram no Bra-sil # também em Pernam-buco, diversas organizaçõesrurais. Entretanto, a re-pressão que sobreveio desdeo inicio, bem como a au-iene!* de uma consciênciaamadurecida entre a: mas-sa. do campo, tornaramefêmera a vida de tais en-tidades. Só uns dez anosmais tarde, depois de ha-ver e povo brasileiro vivi-do dura. lutas e momen-tos de dramatlcldade comoo 34 de agosto de 1954. 0 11de novembro de 1055, de-pois de ter o povo do Re-cife conseguido colocar àfrente de sua municfpallda-de o engenheiro PeldpldasSilveira, enfim, em novascondições, o movimento noscampos de Pernambucovoltou a apresentar ümcaráter organizado. Paraisso, muito contribuiu aatuação de Francisco Ju-liáo, que continuou na As-sembléia de Pernambuco,como deputado, a atuaçãoprogressista que caracteri-zava, Já há muitos anos,sua conduta como advoga-do. Estimulando, assistin-do, ajudando a organizaçãodo» trabalhadores do açú-car, defendendo-os. na Jus-tiça, Juilão desempenhourelevante papel no desper-tar da consciência daque-les trabalhadores. O pu-jante movimento sindicalque hoje anima os canavi-

Como se explica o extra-ordinário prestigio da orga-nização sindical entre ostrabalhadores rurais dePernambuco? De fato, náopode deixar de causar es-panto o fato de que 95.500assalariados, num total decerca de 150 mil, Isto t,dota terços de todos os tra-balhadores, façam partedot sindicatos. Nio é pre-ciso ter imaginação ricapara perceber a que estásujeito o trabalhador ruralbrasileiro quando entra pa-ra o sindicato. Demissão,perseguições, ameaça» demorte, assassinatos —- sãofreqüentes nestes casca. Vi-rios foram os delegados erepresentantes sindicato doecampos da cana em Per-nembuco que pagaram coma vida por sua condição oupela firmeza com que seportaram em lutas «cam-panhas reivlndicatórias.

O segredo do êxito domovimento sindical na zo-n. açucareira de Pernam-buco esti em que 0 sindi-cato é, realmente, um ins-trumento de lute dos tra-balhadore». Não brinca emserviço. Se os patrões —usineiros ou fornecedoresde cana — náo atendem àssuas reivindicações, os stn-dlcatos ordenam a luta ea comandam. Ali onde istonão acontece, ali onde osindicato se acomoda ouadota uma orientação sub-serviente ao. patrões, omais comum é a substitui-

ção da. lideranças por ou-trás capazes — e não o de-«aparecimento do sindica-to. A massa trabalhadorasente na organização sindi-cal algo que corresponde auma necessidade.Visitamos a sede do maior

dos sindicatos rurais de, Pernambuco e, por sinal,também o maior do Brasil.Trata-sè do sindicato dePalmares, que congrega na-da menos d* 35 mil aasala-rlados. Funciona ainda eminstalações modestas: anti-

go prédio de mn »ó pavi-mento, eom um salão divi-dldo em duas partes porum gradil de madeira, ai-gumas mesas, cadeiras e

ÇJffa companheiros dacidade. Rão faz multo, numengenho.de Alarico Bezer-Efcff.W» de *ntotSrÍ.ÍP1 ^«"rberta tunavala onde estavam enterra-dos vário» esqueletos hu-manos. Agora, o. trabalha-dores vão Ros seus sindi-jata* e reclamam até naJustiça a observância dosseus direitos.

Ouvimos aiaun» dos quelã catavam. Maria Nazlnhada Conceição é uma Jovemtrabalhadora rural. Traba-lhava no engenho Jaqueira,em Catende, quando foi de-mitlda sem receber a in-denizaçâo. Procuramos co-nhecer as causas da dis-pensa. Aqui está, em pou-cas palavras o que ela no»contou: sua mãe residia há27 ano. no referido enge-nho. Maria experimentousair daquele inferno „ foipara o Recife trabalharcom0 empregada domésti-ca. Mas, não resistiu i au-scncla da mãe, que deixa-ra só no engenho, e paralá regressou. Trabalharama» dua. no plantio « corteda cana e na limpeza docanavial quando vete 0 «a-lario minlmo de 15 milcruzeiros. Achou que erabastante para as duas vi-verem e retirou a mãe doduro labor no campo. Ven-do-as ocupar a casa do en-genho e a velha Ji inútilpara o trabalho, 0 adml-nlstrador Jogou-as na rua.Nem mesmo o fato de terMaria um filho de seis me-ses pesou na decisão dopreposto (ou, talvez, tenhasido mesmo a razão deter-mlnant-, para a atitud^-da».....quele soldado da civilizaçãocristã).

Antônio Flrmlno da''811*va há 3 anos e 10 mew»morava na engenho BoaSorte, da Usina Santa Te-resinha, de propriedade do"coronel" José Pessoa deQueiroz. Foi pasto na ruasem receber qualquer inde-nização. Perguntei-lhe co-mo eram ante» as coisas,que faziam quando ocor-riam violências como aque-Ias. Disse-me, em resposta,que nada podiam fazer,porque "por cima de tudoa policia ainda vinha con-tra nós". Sôbre o» salários,declarou-me qtie seu maiordesejo era comprar umascadeiras para casa, logoque arranjasse trabalho.E antes?Antes? Em nada queeu comprava ia-se embotao dinheiro.

Um a um, todoa aquele»caios iam sendo ouvidospelos advogados do Sindi-cato, a fim de serem leva-dos à Justiça. E* a isto' que

tel os momento» de esperapara ouvi-lo. Na antevê»,jvra. comandado» pelo sin-dieato, o» 8 mil trabalhado-rc» rurais de Barreiro* pa-ralUaram todo. o. an£a„nhes que fornrcrm cana ku*lna Central Barreiro, de-vido a Irregularidades nopagamento do IS." «alárlo.i rnbur» concordando —como as demais usinas eengenhos - n0 pagamentodaquela obrigação, a Cen-

. L „Ba!relros lesava o.trabalhadores em duodéci-mo». O Sindicato, entao.Kde.u ?, um lavania-S° m°t M «"««nho. (ia«egláo » deacobrlu que emnoventa por cento doe ca»«o* trabalhadora» haviam«Ido prejudicados. Foi dado*, ui?»Um Prasodequin-te dias para que regular!-«aweja situação e pagueo devido. E»8otou-w o pra-». A usina riscou o fó»fo-ro par. v:r se havia «su-lina. Havia. Orev. total,«cm um chapéu d» palhanos canavial». Ninguém fu-""* «wve. tal como acon-

£ i?.no\ ^»™nde parada?Ã-18 Vo d* novembro emtoda a Zona da Mata. E emSLE?1* «^.""na dtcidlucorritlr seu "erro de cál-tt Am' ésse ^"n"erro", computados todo»ps trabalhadores, iriatransferir para o. Bezerrade Melo uns 8 milhões decruzeiro» de salários. DeWao em grão o exploradorenche o papo.-

Ola. antes da ocorrén-neir0 Frederico Maranhão,proprietário da usin. Mu-rib*a, em Jaboatáo, r::u-??£?"¦* a P"**' o 13.° sa-lário aoa trabalhadores dausina e das lavouras, ainscrevê-los no IAPI e aindenizar os menores e mu-lheres demitidos. Durantequinze dias parou tudo:"sin. e canavial*. Liderado»pelos seu» aindicato» — oda indústria do açúcar e o dalavoura — o, trabalhado-re. foram à greve. Julgouo «-Jtajílro «ue resistindo ireivindicação e inspirandoum. campanha de menti-™ .fi? JornaU d0 Sui. co-m0 "O Olobo" e em Jornaisde Pernambuco e dos Es-tados, ae coisa, lhe corre-riam bem. Também errou-. nor calculo. Oe grevistas* ti--veram . solidariedade do»seus companheiros, man-tiveram-se firmes. A poli-cia não interveio, comoera praxe em outro, tem-pos, para espancar e aasas-sinar o» trabalhadores. Oresultado é que a grevechegou ao fim vitoriosa.Estes são apenas algunsexemplos da atuação dossindicatos, atuação cotldla-na, pois não se paetê umasemana «em que oe traba-lhadores de pelo menos umengenho' em Pernambuconão se vejam obrigados air à greve por seus dlreitoeEntretanto, o acontect-mento que maior prestigiotrouxe aos sindicatos ruraisde Pernambuco foi a gre-ve geral da lavoura cana-vieira, de novembro últi-mo,

vimento sindical do E»te-do. assim cohíp por orga-nlzaçõe» populare», estavaclaro que a greve seria de-cwlade n0 dia seguinte. E«oi. EU como d;screve omovimento o semanárioPopular "A Hora", do Re?ífó™»"i """^«'m ** "AHora percorreu uma vastaárea da Zona Sul do Esta-do isona canavieira) Ne-nnum trabalhador ruralPegou no oervlço na segun-da-frlra. dia 18. Parecia «rndomingo, ou feriado nacio-í«L °* """"ho., na. ei-irada», „os engenhas, «o""£»•» oa piquetes, impe-dlndo que o. patrões ten-tasoem furar a greve. Pol»Sfc. dilm± como- vor25?p,í' no ,*Wnho "Boe-SZ.\ *>*u,,n*» União In-«fth. BiEMi rr«w»'««. mu-nlciplo de Eecada, tentarampassar com caminhões car*regados de cana para aa""*nda«, «jo que foram im-pedido» pelos trabalhadoresque, emplquetando as es-trada. ou arrancando a.Pinguelas, não permitiram«... cfíi?; U.m. ««mlnhãomais afoito foi mandadoparar pelo. trabalhadores eteve toda a sua carga de-nha para a fornalha dausinai descarregada namargem da estrada... o«amlnhôo Mguiu, porémmio A grevP estava de-cret.da e era para valer".

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Vil?: .? tojteue sindicalJoão Alvos da Silva, o as*«assino por pouco nl0 erawtlçado so local põr ou-tro» trabalhadores, tendohaver levado um golpe defoice na cabeça, apás o cri-me. Também o» criminoso»do ee»**. «OHrtráo • eva*dtoua^ estando a poliria°" ¦•••'» oeeim entao, aaw encatçoT^ «da ma-nelra, é pouco provável aueconsigam voltar aos enge-unos. em qualquer tempo,poU o» demais trabalhado-res juraram vingar a mortedos companheiros.

fttivindicacoaeConquistados

Olsciplir

A Grande Gravodo Novembro

o« usineiros e senfiores feu-dais do campo pernambti-cano chamam de eomunls-mo e de cubanizaçáo.

Sindicatos Atuantes

Na Secretaria da Agrlcui-tura, cm Recife, conheciReglnaido Gonçalves Uma,delegado administrativo doSindicato dos Trabalhado-ree de Barreiras, ia tratarde um problema d* sua re-Bião com o secretário daAgricultura, o agrônomoJader de Andrade. Aprovei-

Quando os trabalhadoresda lavoura do açúcar ànun-ciaram seu propósito de en-trar em greve por üm au-mento d« salários de 80%,o» usineiros e senhores deengenho não acreditaramna possibilidade de vir aparede a efetivar-se. Recu-saram o aumento, ou me-lhor, vincularam-no a umaumento do preço do açú--car. Entretanto, depois dáconcentração realizada noRecife, no domingo, dia 17de novembro, organizadapela Federação dos Traba-lhadores Rurais e apoiadapelo CGT e por todo o mo-

Sobre essa ureve. dl»«e-me o ex-deputado Grego-rio Bezerra que foi tio coe-»a e unitária que surpreen-deu Pernambuco. A diici-Piiria manifestada pelos«revistai, a obediência de-monstrada às ordeni» cjna-nadas do comando do mo-vimento causaram admira-çw até mesmo ». veteranoslideres sindicais, üm deite,£"•,••"»•¦ «ecreterio doSindicato dog Trabalhaodre»nas Uslnae de Açúcar (naindustria) contou-me que.durante » greve, .o dlrliir-se de Jipe a uma. das u«l-na», encontrou-se em ca-mlnho com piquete compôs-to de tré. homens e umamulher, esta esposa/de umdos grevistas. Perguntou-lhes com0 ia o movimentoe a resposta foi que tudo? corrik bem^Ail estavam ps*ra impedir que o senhor deengenho ateasse fogo aocanavial e Jogasse a culpasôbre o. paredista*. Eramuma» onze hora. da ma-nhã . o calor intenso, fcs-t*\*mí eom àédí • Pedirama José Lira um pouco de. água. Como náo levasseagita consigo, indicou-lhes

Jjm córrego que passava a200 ou 300 metro, do local.—- Vamo. náo — foi arespwta. Se a gente sairdaqui, o homem pode vire queimar a cana e o Sin-dieato dlss. para preetar-mos atenção.. E lá ficaram, com sede edebaixo do sol. Mas, nadade anormal verificou-se naquela plantação decana. Em geral, nenhuma«nnrmiUd.de .iafio^ator-rido durante w.moie, nãofora o ódio secular vote*do pelos latifundiários eusineiros ao. trabalhadores,seu desespero em face daunidade e da organizaçãodos grevistas, que os deixa-ram perplexos. No municl-pio de Vitória, no engenho"Oltelrio", o dono do en-genno, Antônio Vicente Ve-loso, em companhia de ca-pangas, assassinou a tirosde revólver o delegado sin-dlcai Erasmo Marinho deFreitas, que no momento seencontrava em casa, Junto'com a mulher e os filhospequenos. Crime semelhan-te deu-se no engenho "Ca-oelinha", da usina Muribe-ca, em Jaboatáo, no qualperdeu a vida, atingido portiro» de rifle, disparado» pe-lo administrador do enge-

a A1All ••oaument© salariali mr°,Jde «-«ordináriosignificado econômico toaraa *me Oa Mata a para todo

íJf^toJiroambuco, n»m mt. trabalhadores ru-raj» pernambucanas con-qulstaram com a greve maisas seguintes reivindicações:reconhecimento de um de-legado sindical eleito pelostrabalhadores em cada en-genho, qu,. não poderá serdemitido e gozando de pon-to facultativo, com manda-to pelo prazo de dois anos;escolha de representantesdo. trabalhadores para fi-gurarem em uma comissãotendo em vista estender àszonas rurais da faixa úmi-d? *,I!rt,ít ¦ Rnldéa*cia social, «lém de asslstén-da mêdtea t aaeebu; com-promlsso dos empregadoresde descontar as contribui-ç-es devidas aos sindicatospor todoa o. trabalhadora,que o deeejarem, cabendooquele. que preferirem fl-car de fora da onaniaaçiosindical a obrigação de co-munlcar por escrito sua de-cisão ao aindicato a ao em-pregador; obrigatoriedadedo» empregadores de só ad-mitlrem empregados comobediência ao. dtoposlUvoelegais sôbre a Carteira Pro-tissional o o registro de em-pregados; observância, pe-os empregadoree, da tabe-ia daa tarefas de campoaprovada em reunião ante-rior no Pálido do Oovêrno,

jm Pernambuco: pagamen-to do 13.» salário; paga-mento de dote dias de sala-rio» (correspondentes aosdois diaa de duração da gre-ve) à base do salário vigen-te antes do aumento de80%.

A greve, como se vê. pro-duzlu magníficos frutos.Deles, porém, o mato pre-cioso foi o fortalecimentodos slndicetos na Zona daMata « o progressivo alas-tramento de sua Influênciaa Zona do Agreste e ao Ser-tão, onde a luta apresentacaracterísticas mulWdife-rentes e especificas,

Quom Influi noaSindicatoa?

fedrrsto desenvolva Inten*«a atividade que. antntan-K encontra due. llmlu*Çôc« básicas: d» um lado,0^tottM0 • instruefloa daalta hierarquia católica, mpndm procuram eondnalr*•,<, dP modo a não atrltar-»e com o» uMnelros e se-nnom de engenhe a. aomewno tempo, etenhar duHderançaa aindicato aa ala-mento» mais firme» » con-•'cquentes. antes de tudo o»comunistas; de outro lado,pressionados pela conscl-êncln cada vez mais eleva-da das massa» trabalhado-ras, veom-se obrigados a le-vaniar determinadas rei-vlndlcaçóes e. Inclusive, acompor-se com os eomunls-te». Certamente que tam-bém pesam aa tendênciasindividuais dos padres.Durante a grand- greveda novembro, quando todosoe trabalhadores adert^íao movimento, dlmlnute •

bostante a tnnuênda doaelementos católicos que seopuseram i parede. O casodo padre Melo, n0 muni*clplo do Cabo, é especial.Depois da ter conduzido¦ gumss campanhas reivin-dicatórta* nos termos radl-cais tão conhecido., e, comisso, alcançado certa noto-ridade, principalmente en-tre os camponeses do Ca-bo, o padre Melo desmaeca-rou-sc como um agente re-munerado do IBAD (rece-bta 15 mil cruzeiros pormie, conforme cartas apre-endldas em Pernambuconoa arquivos da organiza-çáo fascista). E a cada diaque passa Vai sendo mal»e mais identificado pelostrabalhadoras como um lm-poator. Rio faz multo, re-velou-se eleitor de Lacerda.Outras forças, além dosçomunUtee a do cler0 ca-tóllco, atuam n0 movlmen-to sindical rural em Per-

nambuco Hão *. organiaa*dores e dirigente» das Ilesabmponms, liderado» p^lJuiwo. f aiBun, trupoK dam»nor rxprmâ.». chama-do» esquerdista» porque *.•KSientam »ob uma ira-«cologla radical. Nr? e»grupo», formodos sobretu-da por Joveiu unlvemlta-

5?nltra"»-f? rapaaea e mé-ças Imbuídos do» mais no-«rc» sentimento* dentro do«ou lirismo revolucionárioassim como aventureiros v2Z!?.e,!.'SÍS}'r "nrfça- «>«aprevelteCom, que em ai-6une

esso» resolvem tra-•lhar por conta própria...Ro que ee refer. às ilcss••amponesa». e geral s ob-. »*rvaçáo de que vêm prr-dendo subeláncla, seja pe- ,Io fortalecmento dos sin-dlcatos rurais, seja pela1 formulação d. reivindica-¦aY* ü? teueno raaMda-de. Entretanto, continuamdwempenhando eerto pa-Pel e são tant0 mais efica-ze» quanto são capazes dese identificar com o movi-mento sindical e de fazermui ¦!1.,.W,n -a ^ndelra¦'•''..""mo. N0 grau docomcléncia » de organici-dade ja alcançado noprocesso democrático emPernambuco, quaisquer or-ganizaçíiM condenam-se aoisolamento e reduzem-se agrupos sectários — capazes,se tanto, de ações Isoladase prejudicial» ao movlmen-

•- —tS^ndoquerem avan-çar sòzinhu t formular rei-vindleaçfte, aparentemen-t? radicais, mas que, dr fa-to, seriam um passo átrúsna- marcha empreendida.Uma dMtsa reivindicações,em minha opinião, éTwl*géncla da instituição do re-gime da pequena própria-dade na zona açucareira,assunto da última reporta»gem desta série.

IXPUOAÇAO AO LEITOR

tS^^^US^rSi SS5SW.K™JLUníâ «¦¦•"."""^•nelS, daí a n." S? Sfíní?omTmmm^I^^^f1 "í*0 do «ntervalo deeemanaâque separa a primeira desta» duas últimas notas. — J/_|Ü

. ¦ i

Entre a» diferente, fôr-ça» política, que atuam nomovimento sindical ruralem Pernambuco, sio oa co-muntotae oa que auto sedestacam por seu espiritounitário, sua capacidade deorganização a a firmeza naluta em defesa doa direitosdos trabalhadores. Sem *pretender a exclusividade dadireção do movimento, sãoeies que exercem a prind-pai influência nos maior*sindicatos de trabalhadoresrurais: em Palmares, Bar-reiros, Jaboatáo, Tambe,Goiana, Igarassu. Restessindicatos c o ncenteam-semal. de 60 mil doa Í5.500trabalhadores sindicaliza-dos da Zona da Mata per-nambucana. Em outro, sin-dlcatoe, eomo oe de Esca-da, Moreno, vitória, sãoLourenço, Tlmbaúba, Con-dado, Nazaré e Carpina,com apoio de autoridades

c oo problema', mar, candentrs daatualidade internacional

Mn.^ílt11*- JÍacíílc?i. uma necessidade objetiva,nova etapa no desenvolvimento da crise «er»l &,•filúS?; LlÍAamm^mml^® A beléficVinfluência do socialismo eôbre a luta libertadora dM

»í«?f^;f.71S0' A «2ütru«*o do comunismo na URSS.

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H^£l'* *fc»3Í fljfc iflBfei^r^-La-

Conseqüénclii dn slndicaUnnçio ruralfeita em Qovernador Valadaien, surgiram,éate mé», aa primeiras reaçõei doa latifún*dlárloa do Vale do Rio Doce. Cidade quecreace em ritmo espetacular. Valadares «o*fre agora os efeitos d« mlgraçfto rural, quan*do milhares de camponeses sem terra, ccm busca dc trabalho se deslocam para cia,tentando encontrar ali os meios de subsis.téncla quc não encontram no campo, Por*que a oferta de trabalho é menor quc a pro*cura, um grande número dé drucmpregado»é lançado à mrndlcAncla c à mlrtrin, for-mando na cidade, relativamente nova. nu-merosas favelas.

. Ai causai dèstc estado de colsaa tio asmesmas em todo o pala: o deaenvolvlmtn*»to econômico trai como colra Imediata aurbanliaçlo • t InduitrWluçào, qua ünpll*cam em necessidade de mlc-de-nbra. Dooutro lado, a estrutura igrárla tradicionalpermite a existência de um fabuloso «xér-cito de reserva de mio-dtvobra, pois a maio-ria dos que trabalham no campo nio temorupaçfto fixa. Isto leva a que, ao menor «1*nal de novos empregos, essa massa rural nedesloque para a cidade em busca de melho*res condições de vida.

Segundo constatações oficiais, existemem Governador Valadares 13 mil desem*pregados, espalhados pelas favelas e vivendo

nas mais baixai condições de vidamus* humana é constituída, «mi aua quasetotalidade, de camponeses expulsai peloilatifundiário! do Vale do Rio «Doce. A tan-daçlo do sindicato rural veio aglutiná-los,provocando a reaç£o melusive armada, doalatifundiários, temerosos da Invasão per c«vea massa das terras de que ae apropriaram.O governo interveio, determinando a divi*são da fazenda do Ministério da Agrfcultu*ra entre on camponeses, quc reclamam ago*ra a desapropriação, já prometida, das p*jscndaa da Anglo c ('a Orfi-Duqueza de Lu*xemburgo.

t a próxinvi providência, a st seguidapor outras até a Reforma Agrária. ,

ESTÓRIA (NOVA) DE CAMPONESES E FAZENDEIROSl iiitoim o prrfoiiii e w

ver-ndoreii, o Julr, dr Dfrel*to, o promotor r o drlrRadotenham dldo, xrmpin, an(lutoridadr-fl nominaisem Governador Vaiariam»,- quem exerceu até hoje opoder di» fato no munlci-pio,. estendendo-o além daifronteiras e tomando todoo Vale do Rio Doce. foramoa coronéis dn Rr ibllcaVelha, donos dc . ..ensoxlatifúndios conseguido*, acusta do evfórço plonelria»tico doa powelros r pelaforça da amtyção dos fa*zendelros. Sustentando-os,mllhnrr.» dc camponesestrabalharam à trrra n custacjp alimento bn.stante parao dia seguinte até que to-mnram conherimento do.'Sstattita. do TrabalhadorRural, qttp determinou asindicalizarão dos trabalha-dores do campo organlznn-do-os para a conquista desuas reivindicações.

O domínio do Vale do RioDoce pelos latifundiáriosvai chegando ao fim : emfevereiro, em Vaiada re*, fe-riu-se a primara batalha,da qual os camponeses fo-ram as ganhadores.

A Fnzcnda Agrícola doMmlstéri,, da Agriculturafoi dividiria entre cem fa-millas dc camponeses c asfazendas da. Anulo e daGrà-Duqucza de Luxembur-go serão desapropriadas pe-Io governo, como primeiraetapa da luta pela posseda terra no Grande Vale.

Reação àSindicalização

Tudo começou quando oscamponeses, com a funda-çâo do Sindicato dos Traba-lhadores na Lavoura de Go-vernador Valadares, ocorre-ram em massa á sapatariade Francisco Raimundo daPaixão, o Chlcão, onde seinstplou o sindicato. Cercade 2 mil trabalhadores docampo inscreveram-se em

15 dias, n que apavorou osfazrndeiroit, temerosos da«ronsrqiiénrlns da orcnnlza-çuo dos cnmponc.-cs. Tr>-grafando n» autoridades es-taduals e a deputados dareglAo na As*embléla Legls-lallva, procuraram fazererrr quc era Iminente aInvasão de suas terraspelos camponeses. Procura-ram, assim, impedir a sin*dlcalizaçâo rural, reclaman-do, como no*, temposantigos, as providências dogoverno, através de Infá-mias, como a de que oscamponeses estavam arma-dos de metralhadoras, leva-das pela SUPRA por avlio.

Atendendo aos telegramasalarmistas da AssociaçãoRural de Governador Vala-dares, liderada pelo latlfun-diário Otnvlo Abrantes. ogoverno estadual enviou aoRio Doce uma comissão,composta do comandantegeral da Policia Militar,cel. José Geraldo de Olivel-ra. capitão Cario*, de CastroAmaral, representante daID-4, e srs. Helvécio Arr.n-ter, representante do es-cretário da Segurança, eGeraldo Nascimento, reprr-sentante d© secretário doTrabalho. Colocada a parda situcção verdadeira, acomissão convidou o lidercampone» Francisco Rai-mundo da Paixão a vir aBelo Horizonte, onde con-versou com 0 governadorMagalhães Pinto, ficandodecidida a reivindicação,junto ao 'governo federal,da repartição da FazendaAgrícola do Ministério daAgricultura, abandonada atéentão.

A reação dos fazendeiros.contra a sindicalização ru-ral veio despertar antigoepisódio ocorrido em Vala-dares, quando o operárioFrancbco Alves foi trucida-do a paulada» e facadas nomelo da rua ao tentar criaro hoii» forte e poderosoSindicato dog Trabalhado-res em Madeira. Naquela

época, o delegado da cidadeera o mesmlulmn cel. Pe-dro Ferreira, que hoje sur-ce como comandante dasmilícias de fazendeiros, sobo pretexto dé evitar á co-munlcaçào do Vale do RioDoce. Os latifundiários nftochegaram, desta vez, a as-.««Minar ninguém, apesarde ameaçarem o JornalistaCarlos Olavo, de "O Com*bate", ma», contando comvários Jornais , rádios locaise da Capita], da*fecharamuma onda de mentiras, muQuswy-no entanto, pocíla-ssadvinhar seu, propórttos,de Yeslstlr pelas armas aqualquer medida em benc-flcja dos çamponÊita deValadares,Ractpfõo doFoztndaires

O ministro Orwaldo Li-ma Filho, da Agricultura eo ar. João Pinheiro Neto.presidente da SUPRA,acompanhados dos srs. An-tônio Paulinele de Crrva-lho, delegado do Ministérioda Agricultura- em Minas,Hilton Guerra/assistente dodelegado da SUPRA no Es-tado e do engenheiro Agro-nomo A 1 u i s 1 o Soar:?,estiveram em GovernadorValadares, quando entraramem contato com o.«j elemen-tos em choque : latifundiá-rios e camponeses- Naoportunidade foi debatido oproblema e os camponeses,através-de reu líder, *ran-cIjco Raimundo da Paixão,mostraram seu verdadeirointento, denunciando os la-tifundlárlos "que falam depretensos planos de Invasãode terras pel0 nosro Sindi-cato para esconder- o querealmente desejam, que éfechar norsa organizaçãopar» que jamais possamosferie «eus privilégios Ini-quos".. O sr. João PinheiroNeto. km encontro com osfazendeiros na AssociaçãoRural, sugeriu aos srs.Francisco Raimundo da

Palxft» e Altlno Macrr^ruma pose Juntos com é>p?ra uma foíogrelia nn qt'efoi retrucado pelo nemo/ririivBelgo: "Água nno ml--tura com azeite, sr. ml-nlitro".

Longe de terem a tran-quilldade dos camponesespara discutir com as auto-rldade.-, os latifundiários rc-ceberam o fr.Vcío PinheiroNeto, na Aj.ccí-çAo Rural,eom, atos de grtsnerin cdeu-rspeito, tendo o pr-<sl-dente da A-socInçáo, sr.Otávio Abrnntes, r» negadoa temar anento i meio. aolado do presidente da SU-PRA, afirmando qur "nnose assrntava com comunis-hs".., O sr. Jocd PinheiroNeta, .sempre liuei romp'()opor rrlas partida» tio- ia-zindeiros e po"- eleincnlo.» aé!es ligado:, drsenveiveu asua palestra seren-mcnle.afirmando: "Sou de carnee 0'so; se os senhores pre-t-nciem .-.penas me ofender,devo avisar que tambémsei revidar a Insulto-,". E.neutra psrte: "A 8UPRAestimula a siníicn llzacj orural tfos lr.vradorcs e o fazde acordo cem a lei P ba-sc?da no mermo principioque dá aos senliorc.» o direi-to de se organizarem emAsscclaçces Ruralõ". E con-clulu : "Esta às*embléla nãoertá à altura de uma cida-de como Governador Vala-darss. Não fujo ao debatee poderei voltrr aqui, maspara uma reunião de nivelcondizente com a civilize-Ção de Valadares, nego-me,no entanto, a continuarapenas sendo ofendido, co-mo está acontecendo"

FaztndasDesapropriadas

O presidente João Gou-lart determinou a entregaaos camponeses da FazendaAgrícola ' do Ministério daAgricultura, dkpo?lção qaefoi anunciada em Vaiada-

OS ARMADOS E OS DESARMADOSEnquanto dezenas de.flr-

. mas comerciais de Governa-dor Valadares, Teófilo Oto-ni, Coronel Fabrlclano eIpatinga funcionam irregu-larmente, vendendo armasmodernas aos fazendeiros doVale do Rio Doce, para re-sistir pela força às medidasde Reforma Agrária, os cam-poneses da região estão sen-de desarmados de suas fa.cas e espingardas, instru-mentos de trabalho e de ca-ça, pelos soldados da PM,sòlire o pretexto flr alivjnra tensão provocada pelosúltimos acontecimentos.

Por outro lado, o co-mandante do PoliciamentoOstensivo da PM, coronelJosé Pereira, informou se-mana passada- o recebi-mento de. 10 mil revólverescassetetes, 3 helicópteros e40 estações de rádio do go-vérno n o r t e - a m e r.i c anoatravés do Ponto IV, paraaperfeiçoamento do sistemade policiamento do Estado.Calma Aparente .

Apesar da calma apartn-te que atravessa a regiãode Governador Valadares,depois dos acontecimentosque culminaram com a de-terminação de dividir entreos camponeses a FazendaAgrícola do Ministério daAgricultura,' e desapropriar,com o mesmo fim, as fa-zendas do Frigorífico Ancloe da Grá-Duqueza de Lu.xemburgo, a Policia Militar

< está informada de que os fa*zendelros estão se armandode ca rabinas e revólveres èa seus familiares, eapatazes« Jagunços, sob a alegaçãode existirem ameaças de ln-vasão de suas terras porparte dos camponeses. A in-formação foi prestada pelocel. José Pereira e o depu-tado Álvaro Sales, do PSD,também informou que os fa-zendelros de GovernadorValadares, que estiveram se-mana passada em Belo Ho-rizonte para pedir garan-tias ao governador Maga-lhães Pinto, retornaram àrcdiíio disposto:» a reagir abala contra qualquer amea-ça de invasão de suas ter-ras.LatifundicinoDesarma Camp&neses

Para acalmar a região deGovernador Valadares, in.clu=ive fazendo a apreensãode armas, foi organizadodispositivo militar, supervi-sionado pelo cel. Pedro Fer-reira, da Policia Militar, quepossui uma fazenda no Va-le do Rio Doce e que esta-va preparando os fazendei-ros para a luta armada con-tra os camponeses. O cel.Pedro. Ferreira, no- entanto,dcscumprlndo a ordem doComando Geral da PM. dis-tribUida a todos os delega-rios do Interior do Estado,de que devem fazer a apre-erisâo cie armas e muniçõesde toda e qualquer pessoa

que esteja armada, só vemapreendendo as armas doscamponeses, enquanto os fa-zendelros compram armasvendidas ilegalmente. porfirmas .sem licença ou rece-bem, por avião, armamen-tos, como aconteceu con osr. Joter Peres. Até agora,já foram apreendidos maisde 200 quilos de armas e, pa.ra isso, o S.° Batalhão daPM, sediado em GovernadorValadares, recebeu mais 300homens na última semana,totalizando 1.200 homens nopoliciamento do Vale do RioDoce.

Armas da PM Para GVAs armas recebidas pelaPM do Ponto IV, segundo

Informou o cel. José Perei.ra, "dlstlna-se a aperfeiçoaro policiamento do Interiormineiro, dando-lhe mobiii-dade e rapidez, pois osmeios de comunicações sãopoucos e a PM náo dispõede a p a r e 1 h os adequados.Com as 40 estações de rá-dio que ganhamos, organiza-remos o Serviço de Teleco-municações da Policia Mili-tar; com os revólveres, ar-maremos centenas de solda-dos que não tem nem mes-mo cassetetes; e os helicóp-teros se-ão usados para so.corros a soldados e civis eao transporte de deslaca-mentos, facilitando a nossaação em qualquer emergiu-c'»a no interior. "Segundo in-formou, a primeira rpmes-

sa do material será levadapara Governador Valadares,onde poderá ser entregue acoronéis da PM e latlfun-diários como os srs. PedroFerreira e Altíno Machadoou posta a seu serviço, nadefesa de seus privilégios einteresses.

Comércio llegc*

Dezenas de firmas funcio-nam irregularmente no Va-le do Rio Doce, vendendoarmas e munições a/ fazen-deiros, únicos que as podemcomprar, sem licença da De-"legada de Armas e Muni-çoes ou certificado de regis-tro do Exército. É a seguin-t« a relação desias firmas,de cuja existência tem co-nhecimento a PM:

En Coronel Fabrlclano —Francisco Moreira Quinlão«fe C:a. não renovou a liecn.ça paa 64 e o certificadodo ExércUd está peremoto.desde 63; Genaro Pinto Coé-lho cancelou o registro, mascontinua negociando comarmas; J. Bragança & Fi-lhos funcionou nos anos de62 e 63 sem licença e nãorequeveu a de t"4; RubensSiqueira Maia, sem lic-ncano3 anos de 62, 63 e 64; Ral-mundo Rodrgues de Oivel-ra. certificado caduco desde63 e sem licença em 62, 63,64: João Alves de Azevedo,sem licença nos anos de 62,83. 64 e com cerllfle.ído rioExército, caduco desde 1963.

VERDADE DE SAPATEIRO FEITO LÍDER

... e cem famílias tomaram posse das -terras,1 abandonadas até' então,

l

— Temos cm GovernadorValadares 13 mil desem-pregados vivendo como li-xo na cidade c, tlí-s.sc:,. :-opor cento sáo camponesesexpulsos de suas terras pe-los latifundiários, qüe quei-marnm no.s.so.s barracos,colocaram gado em nossaslavouras e até inalarampara amendrontar os quelhes resistiam. Com a sin-dicalização rural e, poste-riormentp o decreto de de-sapropriação das terras ao •longo das rodovias, nossosindicato cresceu e hoje,com 1840 associados, é omais forte da região — de-clarou, em entrevista aNOVOS RUMOS, o lidercamponês Francisco Rai-mundo Paixão, o "Chiciio".

Chicão é sapateiro, tem32 anos, é casado e tem 4filhos. Sua casa, no bair-ro Santa Teresihtíá, emValedares, é também a se-de do sindicato. O bairro éo mais pobre de uma cica-'de de 130 mil habitantes.SindicalizaçãoFoi Presente

Iniciando s"a entrevista,Chlcão afirmou qu? "a sin-dicalização rural, promovi-

da pela delegacia regionalda SUPRA, foi um presen-te dos céus, pois é o Ins-trumento que 0 camponêspassou a ter para lutar nadefesa de seu», direitos esun.s reivindicações*'.

Atualmente, vivem emGovernador Valadares cèr-cj de 13 mil desemprega-dos, em extrema miséria.Noventa por cento dessapopulação marginal veio riocampo, expulsos pelos fa-zendeiros da região.

— Para expulsá-los —disse Chicão — os fazen-deiros usaram de todos osmeios: queimaram nossosbarracos, soltaram o gadosobre nossos campos ds la-voura e até usaram do as-sassinato para amendron-tar os que lhes resistiam.Plano de Difamaçãc

Os c.ininono-p.s p";«M---r»sde suas terras não tinhamem quem se apoiar paraexigir a reparação de seusdireitos violados. A oportu-nidadf» de se reunirem, sobproteção ria lei, surgiu coma campanha de sindicaliza-ção e-icetrda pela SUPRA.— Ao sumir a po-íihill-de de nos sindicalizarmos e.

posteriormente, com o de-creto de desapropriação dasterras marginais às rodo-vias. vimos com alegria quepodíamos ter ainda umaesperança de voltarmos ater nossas terras e nossaslavouras. Noss0 sindicato,em 15 dias, conseguiu reu-nir 1840 associados e tor-nou-se o mais forte da re- •, S'âo — explicou Chicão.Vendo que a potência dosindicato crescia a cadadia, os fazendeiros de Go-vernador Valadares inicia-ram uma campanha de di-famaçào e calúnia contraos camponeses sindicaliza-dos: — o.plan0 de dita-mação visando a cortar ocrescimento rie nosso mo-vimento psssou a aumentarà medida em que nós tam-bém crescíamos, e, o queé pior, os fazendeiros co-meçaram a Justificar umaíérie de atitudes que vi-nham tomando ha muitotempo, tentando confundira opinião pública — disseChlcão.

A Mentira do Avião— Pnra sustentar o seu

plann de difamação* os fa-zendeiros contavam com ta

omissão d<?s autoridadesloc-io, nu? a tu:'o .-.--is: isem tomar qualquer pro-•viclència, Inicialmente, cs-palharám o boato de quehavíamos recebido umavião carregado de armas,quando na verdade o apa-' relho foi visto desesndo nafazenda Boa Vista, de pro-priedade do latifundiárioJotèr Pêres. Além do mais,os camponeses viram na fá-zenda do Coronel Altino40 metralhadoras e m^is de200 carabinas. O avião car-regado dp armas foi rece-bldo por eles e não por nós.— acrescentou.

Depois »d0 episódio doavião, o*s fazendeiros an-daram espalhe ndo que oscamponeses haviam marca-do a data da invasão dasterras, para confundir fsautoridades e jogar os go-vemos federal e estadualem cima deles,

Chicão afirma que is'oera uma mentira grosse"-ra. "pois o que na verdadereivlndicávemos. era a en-trega das terras da fazen-da do Ministério da A«?ri-cultura aos camponeses.Essa fszend* estava aban-ricnrr'a e podia ser entre-

fue aos camponeses, pois

re*. pe!n ministro d» Avtri-cn.iiir-.*>'•. Oív/,-\-:-) i\y^Fl ho. /•» ; .Itiçiio foi aceitapelo- Irbníhndorr . quedlsciillnim com o minis roe os stcrctdrloi* Jor* Aob-r.-citlo de Oliveira, do Uo-vérno e Iidear Mata Ma-chrrio, do Trabalho, .quetambém tinham ido a Va-ladarcs. a sua dlvlrfio enlie100 frmili?-. o que foi felioImediatamente por técnicosdo MinWérJo da A«jr!cullu-ra, Os camponeses Já to-muram posse da fazenda eesperam, agorn, o cumpri-mento da prometa do go-verne, de desapropriaçãodns fazendas até entãoabandonadp.s. Figueiras,Ppmiital e dos Quinze, aprimeira d? propriedade daL'rá-Diifjtieza de Luxembur-go. e 9S outras d0 Frliori-fieti Annlo, s-iirio que a úl-tinia, de 1!T,3 alqueires, lo-ca!l3:.-re em Itrmbacitrl.

No Grande Va'e, no rn-tanto, existem «300 mil cam-ponece3 sem terra, enquan-to motr> dúzia de latifundiá-rios são donos .de todaselaí. São proprietários:Frigorífico Anslo, cuja fa-z-nria cm Vabd:rcs-é diri-çlda prr Mr. Cyrll VlncentHecr:; Grã-I)uqucza de Lu-xemburjo; Companhia 81-derúrglca B e 1 g o-MInelra,que possui 3 mil alqueires;ACE3ITA ; ' IMAPEBRA eCompanhia A g ro-Pastorll,emprêsns madr'relras; de-" puta«*o Jarier e RMmun-do Albersaria; coronelA,t;n0 M a c h a do; JoãoMeloj oue adquiriu, em «2,70 fòzehtías; dr. Leão, qrepsssui 3 mil alqueires ; JcèoÁmansúr, ldem ; João Baia-no, 1 SOO; José Regino, 800;Viellato, 3 mil; PauünoFern~nc"ez, ldsm ; Lin», en-tre 3 e 4 mil: cel. PedroFerreira, da PM ; Joter Pc-res, na fazenda de quem,na v?rdat'e, desceu o aviãocom armas: Lirlo Cabral.dono da CRSTA SA, empré-sa q'te especula com terras:etc., etc.

Deixaram de renovar u li-cenças em 19S4; Joaqu mVieira Alves, José AvelinoBarbosa, José Maria Rolim,Jaime Gaspar, VenceslauMartins Araújo, nos anos de62/63 e José dc Ávila Bar-ros, sen licença da policia.Em TcófPo Oíoni Addy-mi Najar «fe Cia. Ltria. semlicença nos anos dc 62 e 63;Alexandre Matar, sem llcen-ça em 64; César AfonsoTecidos Ltda. sem licençanos anos de 62. 63 e 64; Ga-men Martins Si Ca sem II-cenca nos â';os dé 61. 62. 63e 64; Hossaim Ali Lawar,anos de 82, 63 e 64; VitorOsritr Ivo. anos de 61. 62,63, e 64; Contorna, 62, 63 e64; e Assad El Bacha, Ca-sa Anselmo Com. Ltda., Ed-son de Oliveira Costa, Ir-mãos Macedo, Natalino Sen-pelato, Pacheco Sobrinho &Cia., Monteiro de BarrosL*da.. Mahmad Al SalmarEl Ajai sem licença para oano de 1964.

En Governador Vaiada-res Amtntas Ferreira daCosta, licença cancelada;Nachá Hab'b te Filhos, Pe-dro de Oliveira e SantosNogueira Minérios S.A., fun-cionaram sem licença noano de 63; Tavares «Se Cia.Ltda., sem licença nos, anosde 62, 63 e 64: Eurico Bue-no Azevedo não renovou em64; Lourival Lourénço Fer-reira. Fará e Filho Ltda; ePascoal F.. l?.como. sem li-

'cerra do Exército e da Po-licia.

possui 840 alqueires de ter*ras que dari-in para' resol»ver o problema de 100 fa-milias".Sindicato, o Alvo

Para o lider dos campo-neses de Valadares, a rea-çao dos fazendeiros é muitofácil rie ser explicada, por-que "o mal disfarçado in-tere^se deles é .destruirnesso sinaicato para man-ter nos „ nossos filhos namu-eria, escorraçados p^'afcme de suas fazendas eenc!ienc'o ps favelas da ei-dade de miseráveis",O alvo principal dos fi-zendeiros é Chicão. Diz é'«

que "eles querem poucacoi-a comigo. E' só me nir-tnr, picar aos pedrru3 e j--g?r n0 Rio Doce". A-:or?,ai está o nue deu: vio ar io ministro da A<rriènltúr ,cs secretários Jc é y\ç-trc-cido e Edgar tia MrtaV-•-caado. Vieram e ni-inc--ram lote?r c distribuir aFazenda do Ministério. Vo-tanto, nós é que estavam scertos. E agora? Será q.eéies, os quP semprs se mo.--traram in.'mir;cs nnccrorsmeus e ri0 nc*so smr!lc-':>,vão começar a pensar umpouco?"

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