ave_906

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ERMESINDE N.º 906 ANO LIII/LV JULHO de 2013 DIRETORA: Fernanda Lage PREÇO: 1,00 Euros (IVA incluído) • Tel.s: 229757611 / 229758526 / 938770762 • Fax: 229759006 • Redação: Largo António da Silva Moreira, Casa 2, 4445-280 Ermesinde • E-mail: [email protected] A VOZ DE A VOZ DE ERMESINDE MAIS DE 50 ANOS – E MAIS DE 900 NÚMEROS ! MENSÁRIO TAXA PAGA PORTUGAL 4440 VALONGO DESTAQUE BASQUETEBOL CPN campeão feminino nacional sub-14 DESPORTO “A Voz de Ermesinde” - página web: http://www.avozdeermesinde.com/ Acompanhe também “A Voz de Ermesinde” online no facebook Encontro de Gerações demonstrou trabalho da Rede Social PÁG. 7 Espetáculos da AACE: Coro Internacional de Coros e “Robin Hood” PÁG. 8 Universidade Sénior de Ermesinde de visita a Aveiro PÁG. 9 16º Sarau da Escola de Música Harmortitmo PÁG. 10 Maleitas da Cidade PÁG. 11 Despedida de D. Manuel Clemente do Clero Diocesano do Porto PÁG. 12 ELISEU ELISEU ELISEU ELISEU ELISEU PINT PINT PINT PINT PINT O O O L L L OPES OPES OPES OPES OPES A questão da juventude será para nós a bandeira desta campanha! Candidato do Bloco de Esquerda afirma- -se confiante em vir a ser eleito vereador nas próximas Autár- quicas. Págs. 4, 5 e 6 Delegação concelhia da CDU visitou Centro Social de Ermesinde - Adelino Soares, membro da Direção do CSE, e simultaneamente cabeça de lista da CDU candidata à Assembleia de Freguesia, integrou a delegação FOTO URSULA ZANGGER FOTO FOTOS MANUEL VADREZ

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ERMESINDEN.º 906 • ANO LIII/LV JULHO de 2013 DIRETORA: Fernanda Lage PREÇO: 1,00 Euros (IVA incluído)• Tel.s: 229757611 / 229758526 / 938770762 • Fax: 229759006 • Redação: Largo António da Silva Moreira, Casa 2, 4445-280 Ermesinde • E-mail: [email protected]

A VOZ DEA VOZ DEERMESINDEMAIS DE 50 ANOS – E MAIS DE 900 NÚMEROS! M E N S Á R I O

TAXA PAGAPORTUGAL

4440 VALONGO

DESTAQUE

BASQUETEBOLCPN campeãofemininonacionalsub-14

DESPORTO

“ A V o z d e E r m e s i n d e ” - p á g i n a w e b : h t t p : / / w w w . a v o z d e e r m e s i n d e . c o m /

Acompanhe também “A Voz de Ermesinde” onl ine no facebook

Encontrode Geraçõesdemonstroutrabalhoda Rede Social

PÁG. 7

Espetáculosda AACE:CoroInternacionalde Corose “Robin Hood”

PÁG. 8

UniversidadeSéniorde Ermesindede visitaa Aveiro

PÁG. 9

16º Sarauda Escolade MúsicaHarmortitmo

PÁG. 10

Maleitasda Cidade

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Despedidade D. ManuelClementedo CleroDiocesanodo Porto

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ELISEUELISEUELISEUELISEUELISEUPINTPINTPINTPINTPINTOOOOOLLLLLOPESOPESOPESOPESOPESA questãoda juventudeserá para nósa bandeiradesta campanha!

Candidato do Blocode Esquerda afirma--se confiante em vira ser eleito vereadornas próximas Autár-quicas. Págs. 4, 5 e 6

Delegação concelhia da CDUvisitou Centro Social de Ermesinde- Adelino Soares, membro da Direção do CSE,e simultaneamente cabeça de lista da CDU candidataà Assembleia de Freguesia, integrou a delegação

FOTO URSULA ZANGGER

FOTO FOTOS MANUEL VADREZ

2 A Voz de Ermesinde • JULHO de 2013Destaque

FERNANDA LAGEDIRETORA

Na noite de S. João

ED

ITO

RIA

L

Aqui nas antigas “Terras da Maia” existia a tradição deenfeitar um pinheiro com papéis de seda coloridos,bandeiras, ramos de flores e folhagens de outras árvores, àvolta do qual se organizava um espaço com balões e enfeitesfeitos com fitas de papel, verduras e flores, aí decorria obailarico à volta da fogueira.

Ermesinde já teve num passado recente noitadas de S.João organizadas em diferentes lugares da cidade, lembro-me em especial do S. João da Gandra, mas havia outrosmais pequenos mas muito característicos, como o daRamadinha.

Quanto às plantas, sejam elas para a culinária ou paracura de alguns males do corpo ouda alma, «devem ser apanhadassem que os raios do sol as toqueme façam evaporar o orvalho da noitesagrada» (1)

A sorte do ovo é praticada em di-ferentes zonas do país e consiste em«partir um ovo, à meia-noite do S. Jo-ão, dentro de um copo com água, quese deixa ao relento; na manhã seguinte,antes de nascer o sol, observam-se asformas que as claras tomavam, einterpretavam-se essas formas, umpouco como procediam os oráculosque liam os sinais proféticos».(1)

Esta prática é referida aqui bemperto em Santo Tirso, onde estaquadra é conhecida

S. João, de Deus amadoS. João de Deus queridoDizei-me nesta noiteQuem vai ser o meu marido

Hoje as festas são outras e a realidade do país também,é caso para tentar adivinhar alguma coisa que nos torne maisfelizes!

Porque não tentar as “sortes”?Não à procura dum marido, mas dum caminho que nos

ajude a tirar este país deste sufoco.

(1) Ernesto Veiga de Oliveira, “Festividades Cíclicas em Portugal”, Publicações Dom

Quixote, Lisboa, 1984.

egundo a tradição popular esta é das noitesmais misteriosas do ano.

Variando de terra para terra, encon-tramos em todo o país tradições de práticasmágicas, crenças, divinações, “sortes»”emuitas mouras encantadas, «em regra

Sassoalhando os seus tesouros, e em que têm lugar aspráticas que lhes dizem respeito, e designadamenteaquelas em que se dá o seu encantamento ou desencanta-mento».(1)

(…) Assim, por exemplo, em Valongo, no dia de S. João,antes de nascer o Sol, ouve-se, nas minas – e advirta-seque se trata das galeriasmineiras de ouro, da épocaromana – tocar o sino debaixoda terra». (1)

Noite festiva em que seassociam diversos rituais re-lacionados com o fogo, aágua, o sal, as ervas, semprecom uma preocupação deadivinhação ou de purifica-ção e de fertilidade, quer emrelação ao ser humano, aosanimais e às terras.

S. João é um santo casa-menteiro, talvez porque amaioria destas “sortes”, divi-nações e crenças têm a vercom namorados, casamentose procura de felicidade.

Curioso é S. João serquase sempre representadocomo um pastor com umcordeiro ao colo e serem oSanto António, Santo Amaroe até S. Mamede os santos protetores do gado.

Mas nas cascatas lá está ele, sempre acompanhadocom um rebanho de ovelhas, ovelhas essas que servempara a cascata e para o presépio das pessoas maissimples.

De qualquer forma a transumância da Serra daEstrela para Montemuro era no dia de S. João e emmuitas regiões do nosso país come-se nesse diacabrito ou borrego.

“MEDITAÇÃO DE S. JOÃO BATISTA”, DE HIERONYMUS BOSCH

JULHO de 2013 • A Voz de Ermesinde 3Destaque

LC

A delegação da CDU come-çando por agradecer a visita, feza apresentação dos candidatosautárquicos presentes – AdrianoRibeiro, cabeça de lista da CDU àpresidência da Câmara Munici-pal de Valongo nas próximas elei-ções autárquicas, César Ferreira,cabeça de lista à Assembleia deFreguesia de Valongo, e AdelinoSoares, cabeça de lista à As-sembleia de Freguesia de Erme-sinde, que é simultaneamentemembro da Direção do CentroSocial de Ermesinde (CSE).

Adriano Ribeiro apresentoutambém os objetivos da visita,conhecer melhor a importanteinstituição que é o Centro Soci-al de Ermesinde, e fazer destavisita um contributo para a ela-boração do próprio programa decandidatura da CDU.

Sobre as expetativas reais daCDU, Henrique Rodrigues feznotar (numa espécie de aparte)que tudo poderia depender dacorrelação de forças na autarquia.

Adriano Ribeiro fez depoisum pequeno resumo do seu traba-lho na Assembleia Municipal,dando como exemplo do muito queum só eleito pode fazer, com a suaintervenção na questão dos limi-tes de freguesia intraconcelhios.

De seguida foi HenriqueQueirós Rodrigues quem come-çou a apresentação do CSE e domomento atual vivido por este.O líder da IPSS começou porafirmar que, na conjuntura atu-al, o CSE não se podia queixar.«Os apoios não têm crescido,mas o financiamento públicotambém não tem baixado».

O setor da economia social,precisou ainda, tem revelado atéalguma expansão no emprego.

Todavia, o desemprego re-flete-se depois na diminuição dareceita das famílias e no con-tributo para serviços sociaiscomo os oferecidos à infância ejuventude, em que os pais pa-

gam contribuições aos seus pró-prios rendimentos.

No diálogo que se seguiuAdriano Ribeiro apontou como

laborais, contra a precarização, aexistência de um mínimo de con-

Uma delegação da CDU do conce-lho de Valongo visitou, na passadasexta-feira, dia 28 de junho, o CentroSocial de Ermesinde. A delegação,chefiada pelo cabeça de lista da CDUà presidência da Câmara nas próxi-mas Autárquicas, Adriano Ribeiro,incluía Adelino Soares, cabeça delista à Assembleia de Freguesia deErmesinde e César Ferreira, cabeçade lista à Assembleia de Freguesia deValongo. A recebê-los esteve o pre-sidente da IPSS, Henrique Ro-drigues, acompanhado de TavaresQueijo e Ana Paula Fonseca.

Delegação da CDU concelhia visitaCentro Social de Ermesinde

FOTOS MANUEL VALDREZ

Adelino Soares, um dos membros da delegação, cabeça de lis-ta da CDU à Assembleia de Freguesia de Ermesinde, e simul-taneamente membro da Direção do Centro Social de Ermesinde.

e o apoio alimentar às famílias, eem breve, concretizar-se-iaigualmente o apoio alimentar àcomunidade escolar do concelho.

O dirigente da IPSS feztambém notar que com a recen-te reforma da administração lo-cal, as IPSSs tinham passado aser, em muitos locais, as maisimportantes instituições deproximidade.

E anunciou igualmente aparticipação do CSE no presen-te Contrato Local de Desenvol-vimento Social que contemplouo concelho de Valongo, em queserá, juntamente com a ADICE,a instituição executora (o CSEpara Ermesinde e Alfena, aADICE para Valongo e Cam-po/Sobrado).

Num programa que deveráestender-se até 2015, serão vi-sados com particular acuidadeas questões do emprego oumesmo do autoemprego.

Interveio então Adelino So-ares, para amenizar o caráterdalgumas diferenças, reconhe-cendo a necessidade de respos-tas para as carências das pes-soas. Defendendo o apoio ali-mentar escolar, avisou contu-do contra a tentação de se vol-tar à “sopa dos pobres”. «Te-mos que dar um passo atrás e

dois em frente!», precisou.E foi neste clima de diálogo

que o encontro foi prosseguindo.Henrique Rodrigues lem-

brou que a perda da habitaçãoera uma área da atribuição dasIPSSs, mas onde ainda não ti-nha sido possível trabalhar. La-mentou também o desempregoe o aumento do IMI promovidopelo Estado.

Adriano Ribeiro concorda-ria que alguém tem que prestaro serviço social, e que a visitada CDU ao CSE é o reconheci-mento da importância deste.

As duas entidades reviram--se na figura de Faria Sampaio,que foi dirigente do CSE e diri-gente do PCP/eleito da CDU.

Henrique Rodrigues referir--se-ia ainda à Associação Erme-sinde Cidade Aberta, ligada aoCSE e à importância do serviçode Formação Profissional. La-mentou o fecho dos CentrosNovas Oportunidades, substi-tuídos por outros, de iniciativapública, e apontou depois al-guns dos traços das novas pro-postas de formação profissio-nal, mostrando-se confiante emque isso poderia também fazerrecuperar alguns postos de tra-

algumas objeções da CDUquanto ao modelo de proteçãosocial vigente, que não assegu-ram a autonomia das famílias,mas apontou que as IPSSs, dequalquer modo, devem assegu-rar respostas de subsistênciaàs famílias mais vulneráveis.

Apontou também a pazsocial vivida nas IPSSs nos últi-mos 10 anos, com muito pou-cas lutas laborais, e clima deconcertação com CGTP e UGT.

Descendo depois ao planoconcelhio e à especificidade doCSE, Henrique Rodrigues anun-ciou que o CSE tinha aderido aoPlano de Emergência Social, tinhasido alargada a capacidade do lar

geral da instituição, e do seu nú-mero de trabalhadores.

Revelou que só o setor so-cial emprega cerca ce 250 miltrabalhadores no País, um nú-mero que ultrapassa hoje o dostrabalhadores do setor dostransportes!

Inversãode papéis

Adriano Ribeiro referiu en-tão uma curiosa inversão de pa-péis entre eles e Henrique Ro-drigues, pois há muitos anos, estetinha sido candidato à presidên-cia da Câmara de Valongo eAdriano Ribeiro tinha-o recebi-do na qualidade de presidente daDireção de uma instituição local(no caso o Sporting de Campo).

Bem humorado, HenriqueRodrigues respondeu de imedi-ato: «Desejo-lhe mais sorte doque eu!», o que Tavares Queijode certo modo corrigiu apontan-do que quem dera a Adriano Ri-beiro os resultados de então deHenrique Rodrigues, que permi-tiriam àquele ser eleito vereador.

Henrique Rodrigues tam-bém precisou que o CSE tinhauma garantia de eleitos nos seuscorpos sociais.

Com queixas à pouca fre-quência das reuniões da Juntade Freguesia de Ermesinde,Adelino Soares referiu-se de-pois à sua própria experiênciaenquanto membro da Direçãodo CSE,a qual lhe tinha permi-tido uma outra visão sobre es-tas questões.

No final a delegação daCDU fez ainda uma pequenavisita às instalações do CSE,tendo-lhe sido apresentadospelo presidente da Direção osproblemas e desafios das váriasvalências da IPSS.

A vista terminou com umelogio rasgado de Adriano Ri-beiro ao CSE e, em particular,ao seu presidente e outros res-ponsáveis - «gente que gosta esabe do que faz». ArmandinoEmerêncio, também incluído nadelegação da CDU, teve aindaocasião de tirar as fotos finaisdo evento.

um dos objetivos da CDU serporta-voz das instituições semvoz, o que não seria o caso doCSE, foi mutuamente apontado.

O presidente da Direção daIPSS apontou depois aquilo queconsiderava serem algumas di-vergências com a CDU, comosejam a conceção sobre os me-canismos de proteção social,que não deveriam ser atribuiçãoexclusiva do Estado, mas con-tar com os contributos da soci-edade e suas instituições.

Mas apontou também algu-mas convergências, como o pro-pósito de transformar a vida daspessoas mais desfavorecidas, adefesa da estabilidade nas relações

balho no próprio CSE.Traçou depois um quadro

dições na regulação do trabalho.O presidente do CSE aceita

4 A Voz de Ermesinde • JULHO de 2013Destaque

Eliseu Pinto Lopes

LC

“A Voz de Ermesinde” (AVE)– Está há relativamente poucotempo no concelho. Como veiopara aqui? Como foi o seu pri-meiro contacto? Que sensaçãoteve nesse primeiro contactocom o concelho de Valongo?

Eliseu Pinto Lopes (EPL)– O meu primeiro contacto como concelho de Valongo teve so-bretudo a ver com razões pro-fissionais. Eu terminei o meucurso de Direito na Universida-de Lusíada do Porto e necessita-va de fazer o estágio na Ordemdos Advogados subsequente àlicenciatura e o meu patrono ti-nha escritório precisamente aquiem Valongo, e foi então nesseâmbito que acabei por vir traba-lhar para Valongo e, a seguir aoestágio, montar o escritório ondecomecei a exercer advocacia,mantendo-me aqui em Valongo.

AVE – Quando começou atrabalhar aqui em Valongo jáera militante do Bloco de Es-querda?

EPL – Sim, sou militantedesde 2005.

AVE – Como foi a suaaproximação ao Bloco? O queé que lhe interessou nessaforça política?

EPL – Eu acompanhei apolítica do Bloco desde a funda-ção. O Bloco apareceu em 1999,eu entusiasmei-me desde iníciocom o projeto, mas fiquei naexpetativa de ver o que é que esteprojeto novo, à esquerda, ia tra-zer à sociedade portuguesa. Eassim que percebi que o projeto,de facto, era aliciante, era um de-safio interessante e ia abrir umnovo espaço na esquerda portu-guesa, decidi aderir, um poucomais tarde, mas a ideia foi sem-pre de contribuir para que esteprojeto fosse avante e crescesse.

AVE – Foi, portanto, a suaprimeira experiência parti-

EPL – Sim, nunca estivenoutro partido. Tive funções naOrdem dos Advogados, fui pre-sidente do Instituto de Apoioaos Jovens Advogados, entre2008 e 2010. E basicamente,depois de 2010, estive sempre

ligado à política local, naAssembleia Municipal de Valon-go, a representar o Bloco de Es-querda.

AVE – Como é que veioencontrar o Bloco de Esquer-da no concelho?

EPL – O Bloco de Esquer-da já tinha enraizamento no con-celho, quando eu cheguei, tinhainclusivamente, já, representa-ção na Assembleia Municipal,desde as Autárquicas de 2005.O Bloco de Esquerda tinha jáum projeto implantado, mas es-tava numa transição daquelesque tinham feito o início do Blo-co de Esquerda no concelho paraaqueles que chegavam agora,mais novos, e vinham numa óti-ca de renovação do partido emtermos locais. Pouco depois dechegar apresentei-me como can-didato à Câmara Municipal deValongo, em 2009.

AVE – Acha que era abso-lutamente necessária essarenovação?

EPL – Sim, os partidos ne-cessitam de renovação, neces-sariamente, porque outras ideiastambém são necessárias e a ver-dade é que o próprio Bloco emsi foi uma golfada de ar frescoque entrou em termos da políti-ca no concelho. O Bloco quando

Advogado, militante do Bloco de Esquerda desde2005, e radicado politicamente no concelho a partir de2009, Eliseu Pinto Lopes crê que é chegado o momen-to do Bloco eleger um vereador. As próximas candida-turas do partido irão refletir uma nova perspetiva,mais virada para a juventude, constituindo como queuma nova etapa na vida do partido no concelho.

• GRANDE ENTREVISTA • GRANDE ENTREVISTA • GRANDE ENTREVISTA •

Nós defendemosmedidas camarárias

como a taxaçãodas caixas multibanco

no concelho

entrou para a Assembleia Muni-cipal em 2005 – isso é reconheci-do até pelos nossos adversáriospolíticos – trouxe uma outra exi-gência e rigor na maneira de fazerpolítica, institucionalmente naAssembleia, mas também fora

– Devia haver referendo localnas questões decisivaspara os munícipes

desse quadro, na vida económicae social do concelho.

AVE – Que balanço é quefaz deste seu mandato na As-sembleia Municipal de Va-longo?

EPL – O balanço é franca-mente positivo, porque o Blococonseguiu trazer propostas di-ferentes, assumiu-se como umdefensor da democracia local,lutou arduamente em algumasmatérias, nomeadamente naquestão da reorganização admi-nistrativa territorial autárquica,onde defendeu com muita firme-za a realização do referendo lo-cal, o que contou com a oposi-ção dos partidos da direita, bemcomo noutras propostas, porexemplo na questão da taxaçãodas caixas multibanco, uma me-dida que poderia melhorar as fi-nanças da Câmara, no uso dosmecanismos previstos no códi-go do IMI para agravamento fis-cal dos prédios devolutos e de-gradados – um problema reco-nhecido aqui no concelho –, eem muitas matérias de índolemais social, em que tivemos tam-bém uma intervenção forte.

AVE – Como é que veioencontrar o município e otrabalho da sua direção na

EPL – O balanço que te-mos que fazer é claramente ne-gativo, Valongo teve um cresci-mento astronómico em termosurbanísticos na década de 90,teve um crescimento popula-cional também muito assina-lável, aliás os últimos censosdemonstram precisamente queValongo, entre 2001 e 2011,passou a ter mais oito mil resi-dentes no concelho, o que le-vou a que o concelho em si fi-casse refém dessa estratégia deconstrução desenfreada e espe-culação imobiliária, sem gran-des preocupações com a quali-dade de vida dos munícipes. Naverdade a gestão autárquica temsido muito desleixada. O balan-ço tem que ser negativo, por-que se olharmos para aquilo quea coligação de direita deixa noconcelho ao fim de vinte anosde gestão, teremos que reconhe-cer que o concelho está numasituação gravíssima, e a própriaCâmara à beira da falência, comum passivo superior a 70 mi-lhões de euros, uma Câmara fe-chada sobre si própria, onde sedespreza a opinião dos muní-cipes, e onde as pessoas nãotêm sido preocupação, ao con-trário do que querem fazer crer.

AVE – O Bloco de Esquer-da encontra alguma diferen-ça entre a gestão de FernandoMelo e a gestão de João Pau-lo Baltazar?

EPL – A diferença é míni-ma. É evidente que há um es-forço da direita em impor umanova narrativa, de forma a ten-tar branquear a sua ligação àherança que recebeu de Fer-nando Melo, que foi presiden-te enquanto teve folga financei-ra e todo o dinheiro para inves-tir em eleitoralismo despesista,em projetos que não tiveramdepois concretização prática, ede facto nota-se que o candida-to do PSD faz um esforço enor-me para se demarcar dessa he-rança, mas a verdade é esta: elefoi um dos contribuintes ativospara a situação económico-fi-nanceira que temos hoje na Câ-mara Municipal. Aliás, o Blocofoi, das forças políticas no con-celho, a que se bateu com maiscoerência contra os orçamentoque a coligação PSD-CDS foiapresentando nos órgãos mu-nicipais. Orçamentos irrealis-tas, com receitas insufladas paradar cobertura a despesas. Aliásisso é reconhecido pelo PSD.Mas não é reconhecido de fac-

to o contributo de João PauloBaltazar e daquela direita queesteve sempre sentada naAssembleia Municipal, confor-tavelmente a viabilizar Orça-mento atrás de Orçamento,naquele tempo dizendo que osorçamentos eram muito equili-brados. Quer dizer: ao longode dezoito anos os orçamen-tos foram “equilibrados”, edepois, nos últimos dois anos,os orçamentos afinal mostrama situação que temos em ter-mos de situação caótica doponto de vista financeiro. Istomostra que o Bloco tinha ra-zão quando, coerentemente,votou sempre desfavoravel-mente os orçamentos. Tambémaqui fizemos a nossa diferençarelativamente ao Partido Soci-alista, que viabilizou sempre osorçamentos apresentados pelacoligação de direita, viabilizouo Plano de Saneamento Finan-ceiro, viabilizou o PAEL – Pro-grama de Apoio à EconomiaLocal, no fundo foi coniventetambém com o desaire que, aolongo dos anos, se adivinhava.Aliás, o Partido Socialista,quando sai [da liderança] da Câ-mara, em 1993, com o antigopresidente, Moreira Dias, dei-xa um passivo de cerca de 25milhões de euros. Há portantoaqui uma linha de continuida-de do ponto de vista financei-ro, no que os munícipes devemrefletir - se de facto queremeste dois partidos a continuara governar a Câmara.

AVE – Para si, então, oPS não é nenhuma alterna-tiva. Mas parece-lhe que asituação aponta para a per-da da Câmara por parte doPSD ou acha que não?

EPL – Ninguém gosta defazer futurologia, mas é eviden-te que PSD, ao longo destes 20anos de poder, está muitodesgastado, e mostra sinais cla-ros de esgotamento político

naquilo que podem ser soluçõespara o concelho. Mesmo nestemandato, o PSD deixou muitasdas suas promessas, feitas em2009, por cumprir. Eu penso quejá em 2009 teriam existido con-dições para umas viragem polí-tica em termos de Câmara, oPartido Socialista, se não fossemas candidaturas independentespoderia, de facto, ter ganho aCâmara Municipal, mas não foipossível. Penso que nestas elei-ções esse objetivo poderá estarmais próximo, mas não me deitoa afirmar que isso poderá acon-tecer. Pela nossa parte mostra-remos sempre que o Partido So-cialista ganhar a Câmara deValongo não será alternativa,mas sim mera alternância.

AVE – A conjuntura favore-ce os resultados eleitorais doBloco de Esquerda no concelho?

EPL – Eu penso que sim,sinto que se está a dar uma vira-gem naquilo que pode ser a iden-tificação das pessoas com o pro-jeto do Bloco de Esquerda. Nós,nestas Autárquicas, iremos as-sentar o nosso programa essen-cialmente em três eixos funda-mentais – a defesa e aprofun-damento da democracia local, aresposta à crise e emergênciasocial, e a juventude. Não pode-mos ignorar que tivemos aí o pa-cote autárquico Miguel Relvas,o maior ataque desde o 25 deAbril ao Poder Local, com aquestão do corte arbitrário de fre-guesias, extintas a régua e esqua-dro, a questão da retirada dascompetências e da constituiçãodas CIMs – comunidades inter-municipais, em que passam im-portantes competências paraórgãos que não são eleitos e sus-cetíveis de fiscalização pelasoposições, que serviriam quan-do muito para dar cargos a pre-sidentes de Câmara que não fos-sem agora elegíveis, por força dalei de limitação de mandatos, edepois também a própria lei dedária... Câmara de Valongo?

JULHO de 2013 • A Voz de Ermesinde 5Destaque

• GRANDE ENTREVISTA • GRANDE ENTREVISTA • GRANDE ENTREVISTA •

Vamos propora criação de uma bolsamunicipal de imóveispara arrendamento

económico

financiamento autárquico res-tringe muito as possibilidadesde financiamento das Câmarase vai empurrá-las para aperta-rem ainda mais o garrote finan-ceiro aos próprios munícipes,por via de se verem obrigadas aarranjar mais receitas fiscaispara conseguirem consolidar asua situação financeira.

A defesa da democracia lo-cal é para nós uma bandeira. Va-mos propor que existam os or-çamentos participativos, ques-tão de que muito se fala e quesempre propusemos, mas que aolongo destes anos, a coligação dedireita nunca quis implantar.

Defendemos também quedeve haver referendo local nasquestões que são decisivas paraos munícipes – comopor exemplo na priva-tização ou concessão deserviços públicos, comoabastecimento de água,saneamento, recolha deresíduos sólidos, solu-ções de parqueamentoautomóvel, tudo issomatérias que não pode-mos sujeitar à lógica delucro dos privados,porque têm a ver comdireitos fundamentais,questões que dizem res-peito a uma existênciacondigna das pessoas, eque devem ser objetode referendo. Infeliz-mente a direita assimnão entendeu, e foiprivatizando todas es-sas áreas importantespara a população, emque ela não foi ouvida,e em que se veio agora asaber que são parcerias ruino-sas para o município.

AVE – São essas as áreasprioritárias para o Bloco?

EPL – Sim, são áreas fun-damentais para nós, nas quaistemos apostado fortemente, te-mos aliás de ponderar muitobem os termos de uma novaconcessão, foi aliás agora consti-tuída uma comissão para avali-ação da concessão da água eestamos quase a chegar ao meioda duração da concessão, e apartir do meio dessa concessãoé possível o seu resgate, e te-mos de ponderar – e nisso tam-bém queremos ouvir os muní-cipes – para ponderar o resgateda concessão ou, em alternati-va, pelo menos ver as condiçõesem que essa concessão tem fun-cionado, porque hoje é seguro,pelos dados que vão chegando,que a Câmara, com a renego-ciação de contrato em 2004, ab-dicando de uma retribuição anualde 650 mil euros, pelo uso dosmeios antes investidos, perdeuqualquer coisa como quatro mi-lhões e duzentos mil euros afavor do privado. Estas situa-ções não podem acontecer.Quem diz a questão da água diza dos parquímetros, outra situ-ação grave, em que a Câmara fi-

cou com o ónus de pagar os sa-lários dos fiscais, o que repre-senta cem mil euros todos osanos. É muito dinheiro! E é nes-tes negócios que temos que es-tar atentos e não transigir na-quilo que é defesa do interessemunicipal.

Também nesta matéria, mui-to rapidamente, quero dizer-lheque queremos uma Câmara maistransparente aberta aos cida-dãos, queremos que todas as reu-niões da Câmara sejam públicase públicas as suas gravaçõesáudio e, se possível, vídeo, noportal da Câmara, para que to-dos os munícipes tenham aces-so ao conteúdo dessas reuniões,assim como das reuniões da pró-pria Assembleia Municipal, para

que as pessoas possam, de fac-to, nelas participar.

Iniciativas cidadãs, petiçõesde cidadãos para assuntos rele-vantes – tem que se regulamen-tar a petição municipal, enfimtudo o que seja a democraciaparticipativa a funcionar, o Blo-co estará desse lado.

Quanto à questão da juven-tude, para nós será uma bandei-ra desta campanha, já o era, masvamos insistir agora ainda maisnisso, é também uma área emque a direita não cumpriu comas promessas que apresentouem 2009 – a pousada de juven-tude na serra de Santa Justa nãose concretizou, o ConselhoMunicipal de Juventude nãoestá a funcionar, tanto quantosei, o Plano Municipal de Ju-ventude nem sequer foi elabora-do e apresentado, portanto fo-ram matéria em que a direitaprometeu e não cumpriu e quenós queremos desenvolver, queos jovens não sejam apenas re-sidentes no concelho, mas quevivam o concelho, é preciso queeste concelho deixe de ser o dor-mitório do Porto, em que as pes-soas trabalham no Porto, e queaqui apenas venham dormir.Quando querem ver um concer-to vão ao Porto, quando queremassistir a uma peça de teatro vão

donados, que não haja umareconversão desses prédios, quenão haja uma bolsa de imóveispara arrendamento a baixo cus-to, a que as pessoas possamaceder. E nalguns casos, até isen-tas de renda. Porque isso é fun-damental, permitindo às pesso-as fixar-se no concelho e tenhamacesso à habitação, um direitofundamental.

O mesmo se passa com odireito à água – hoje já reconhe-cido pela ONU como direitofundamental da dignidade hu-

questões que nele mais nos pre-ocupam são essencialmenteduas: primeiro, não estamosmuito de acordo com a estraté-gia global nele delineada, na ver-dade a estratégia em termos dacaracterização a médio e longoprazo aponta para que o con-celho deva ser uma plataformalogística e ponto de ligação en-tre concelhos do litoral e o in-terior. O concelho passaria aser vocacionado para uma pla-taforma de transporte de mer-cadorias, ligação entre o aero-

porto e os concelhos mais in-teriores. Para nós isso é limitarmuito a projeção futura doconcelho, remetido a lugar depassagem, onde não se fixari-am indústrias que pudessem fi-xar pessoas ou trouxessemmais valia ao concelho em ter-mos económicos. Ora a empre-gabilidade nestas estruturas deligação ou plataformas lo-gísticas é relativamente dimi-nuta, e o concelho não teria aprojeção em termos empresa-riais que o concelho precisa deter. Aliás, somos críticos daforma como o Executivo, nosúltimos vinte anos, tem orien-tado a questão de tecido em-presarial. Criou áreas empre-sariais numa série de sítios, no-meadamente a área empresari-al ex-libris do concelho seria aZona Industrial de Campo, enós vemos bem o que ela é hoje– um projeto absolutamente fa-lhado, em que não se enraiza-ram empresas, donde não vemo retorno esperado e em que segastaram muitos milhões deeuros – como a fazer a ViaDistribuidora e outras acessi-bilidades... e isso tudo.

E depois também não acei-tamos a ideia de descaracterizaro concelho a retalho, isto é,poderem criar-se zonas indus-triais em tudo quanto é ladosempre que certos interessesprivados o justifiquem. Refi-ro-me, por exemplo, à Zona In-dustrial de Alfena, aquela novaZona Industrial de Alfena deque tanto se falou, e aonde iriainstalar-se aquele empreendi-mento da Jerónimo Martins,.Não concordamos que as coi-sas se façam desta maneira. Naaltura, quando a Chronopostfoi para aquela zona, o proces-so já foi estranhíssimo – foi auma reunião de Câmara e foiaprovado, salvo erro com seteabstenções e dois votos a fa-vor. As coisas têm que ser trans-parentes. Neste investimento

ao Porto, para ir ao cinema vãoao Porto... não! O que o Blocoquer é que os mais jovens e mes-mo aqueles que se iniciam nomercado de trabalho, que inici-am agora o seu projeto de vida,gostem de estar aqui no conce-lho e não se sintam obrigados air a concelhos vizinhos porquea autarquia não lhes dá a possi-bilidade de se enraizarem aqui,no concelho onde vivem.

AVE – Que propostas temo Bloco, por exemplo, paraáreas como as dos Transpor-tes da Saúde, da Economia,da Educação...?

EPL – Na questão dostransportes, nós defendemosisso desde há muitos anos, e isso

está escrito nos nossosprogramas, a criação deuma rede de transportesmunicipal. Valongo é da-queles concelhos em quemais se justifica, pelo re-sultados que temos vin-do a assistir, a criação deuns transportes urbanosgeridos pela autarquia,porque o temos em Va-longo é um concelhocompletamente retalha-do, nós temos vários pri-vados que operam aquino concelho e que, ao lon-go do tempo, vão esco-lhendo as linhas que se-jam mais lucrativas, dei-xando ao abandono osacessos em áreas que, defacto, não lhes interessemdo ponto de vista finan-ceiro. E o que temos hojeno concelho, mesmo aquiem Ermesinde, são mui-

tos sítios em que as pessoas sequeixam de falta de transporte,em que o autocarro não vai oupouco vai. E é preciso, de facto,criar uma harmonização. Até aprópria ligação entre as freguesi-as do concelho se ressente comisso, porque os privados não seinteressam por essas linhas me-nos rentáveis, e o Bloco quer, defacto, mudar isso.

Em termos de Saúde, o Blo-co sempre defendeu os serviçospúblicos de saúde, aliás uma dasgrandes batalhas deste mandatofoi precisamente a questão doencerramento das urgências no-turnas do Hospital de Valongo.O Bloco foi precisamente umadas primeiras forças políticas apegar nessa questão. Estivemoscontra, fizemos pressão paraque a Câmara tivesse um papelativo para evitar a concretizaçãodo encerramento noturno dasurgências, e para já foi possívelevitar-se a concretização desseencerramento, mas atenção!, queele está em cima da mesa, aocontrário do que tem dito o can-didato do PSD e atual presiden-te de Câmara, João PauloBaltazar. Temos mesmo conhe-cimento de serviços de apoio àsurgências noturnas que estão aser encerrados. Serviços relaci-onados com Imagiologia, com

exames, de noite já não funcio-nam. Tudo se perspetiva paraque, a seguir às Autárquicas, oencerramento possa acontecer.

Na questão da Educação –uma área importante – conti-nuamos a defender o apoio àsfamílias, a distribuição de ma-nuais escolares gratuitos às fa-mílias mais desfavorecidas,perceber as insuficiências darede escolar e colmatá-las, for-necer o pequeno almoço nas es-colas, o que propusemos emAssembleia Municipal e foiaprovado, a aberturas das can-tinas – tudo isto entronca naresposta à emergência social,uma área em que temos umaafirmação programática, nãoapenas numa vertente assis-tencialista – uma das críticasque fazemos a este Executivo– que faz um esforço de res-posta mas apenas nessaperspetiva, por exemplo nofornecimento de refeições. Oraisto não chega. Esta respostatem que existir – reconhecemosque ela é importante –, mas te-mos que ir mais fundo. O Blo-co defende uma visão integra-da, tem que haver um mínimode direitos garantidos à popu-lação, tem que haver um con-sumo mínimo de água, por exem-plo, a que os mais desfavo-recidos teriam direito, a Câma-ra deveria assumir isso. Istotambém tem o pressuposto deque deveria ser a Câmara a geriresses serviços, o que não é... Aspessoas têm que ter acesso àágua, a habitação... – eu não en-tendo como é que em Valongoexistem quase mil pedidos defamílias para habitação, e tenha-mos ao mesmo tempo, parado-xalmente, cerca de sete mil pré-dios devolutos ou degradados,com a vereadora do pelouro daAção Social a dizer: «Não po-demos fazer nada». De facto,quando a crise mais aperta, maisa Câmara diz que não pode fa-zer nada.

Nós defendemos que hajaum investimento específicopara esta área. O Bloco, nestemandato, vai propor que hajaum investimento na ordem dosdez aos quinze milhões deeuros só para a questão da cri-ação de uma bolsa municipalde imóveis, para arrendamen-to a famílias mais vulneráveise aos jovens, que têm que teracesso à habitação. Porque nes-te momento, os bancos estão acortar a tudo, ainda hoje li umanotícia em que se dizia que osbancos apenas financiam cercade 66% do valor da casa, comspreads altíssimos e isto vaiimplicar que, a longo e médioprazo, os jovens e os mais vul-neráveis não vão ter acesso ahabitação, a não ser por via doarrendamento. E por isso oBloco quer dinamizar o merca-do do arrendamento no conce-lho. Não se justifica um conce-lho que até já é conhecido comoo cemitério dos prédios aban-

mana –, que continua a ter ospreços exorbitantes queestamos a ter. Desde que a con-cessão ocorreu aqui em Valongoo preço da água triplicou, e estáa chegar a um limite insuportá-vel. Aliás, na última auditoria àVeolia, de 2012, afirma-se pre-to no branco, duas coisas es-senciais, que a Câmara está aser prejudicada porque abdicouda retribuição dos tais 650 mileuros por ano, e que a Veolianão tem cumprido com a fixa-ção do tarifário social, que éuma recomendação da ERSE, aentidade reguladora. E outracoisa, é que essa auditoria en-comendada pela Câmara e rea-lizada por uma entidade priva-da, diz também que a Câmaranão tem cumprido com os de-veres de fiscalização da própriaconcessão. Isto é a Câmarademite-se de fiscalizar e o con-cessionário faz praticamentetudo o que quer. Isto não podeser. A questão da não existênciado tarifário social então é inad-missível.

Isto são áreas fundamentaisque o Bloco propõe na respos-ta à crise, porque a pobreza nãose combate só nas consequên-cias, isso não resulta, tem queser combatida nas causas. E ascausas são, por exemplo, aindisponibilidade de alimentoque as famílias têm hoje. E porisso temos que arrepiar cami-nho por estas soluções e desa-fiar os órgãos autárquicos e aspróprias pessoas a debatê-los.É isso que queremos propor àspessoas e aos munícipes.

AVE – Quanto ao PDM,há alguma coisa que o Blocotenha a dizer?

EPL – O PDM é, de facto,um dossier muito relevante,mas que está com um imensoatraso, descurado pela autar-quia. O PDM (Plano DiretorMunicipal) já devia ter sido re-visto há muito mais tempo. As

FOTOS URSULA ZANGGER

6 A Voz de Ermesinde • JULHO de 2013Destaque

• ENTERRO DO JOÃO • ENTERRO DO JOÃO • ENTERRO DO JOÃO •• GRANDE ENTREVISTA • GRANDE ENTREVISTA • GRANDE ENTREVISTA •• GRANDE ENTREVISTA • GRANDE ENTREVISTA • GRANDE ENTREVISTA •

Se Valongo se gerissepor orçamentosparticipativos

nunca teria chegadoao que chegou!

da Jerónimo Martins é eviden-te que o Bloco entende que épreciso investimento, mas nãoé investimento a qualquer cus-to, aquilo era uma zona de RedeEcológica Nacional gigantesca,que vai ser desafetada paraconstrução do empreendimen-to, sendo certo que depois alinunca mais teremos controlo dasituação, porque depois virãooutras empresas que vão quererfixar-se e a zona irá ser completa-mente desbastada. O Bloco temresistências a este tipo de empre-endimento. E o que nos foi ditonuma das reuniões com a equipado Plano Diretor Municipal éque isso tinha sido uma decisãopolítica em relação à qual os téc-nicos não iam pronunciar-se. Ouseja, deu-me a sensação de que aprópria equipa do PDM não es-tava muito confortável com a de-cisão de acolher aquele investi-mento em Rede Ecológica Naci-onal. O PDM tem que ser uminstrumento que permita oordenamento do território, masnão a qualquer custo. E outra coi-sa: o Bloco apresentou uma re-comendação na Assembleia Mu-nicipal, aliás aprovada, para queo PDM ainda nesta fase de ela-boração, fosse discutido publi-camente e que a Câmara tomas-se a iniciativa de organizar reu-niões nas juntas de Freguesia, eem algumas associações, em lo-cais que entendesse convenien-tes, para elucidar a populaçãosobre o que o PDM prevê parao concelho de Valongo e parapermitir, sobre as questões queestão em cima da mesa, a parti-cipação das pessoas nesse pro-cesso. Para que se possa perce-ber qual será a estratégia defini-da para o concelho nos próxi-mos 10 anos. Decorridos estesmeses (já lá vão sete ou oito) enada! A Câmara não promove adiscussão pública das matérias eas pessoas não ficam informa-das da finalidade do seu territó-rio, das estratégias, e passa aolado disto tudo. Não é o períodoreduzido de cerca de 30 dias a 45dias, já na fase final do proces-so, que vai permitir às pessoas aanálise de um documento da

complexidade do PDM, e a suaparticipação e contributos. Adiscussão tem que se fazer des-de muito antes.

AVE – Quais são as expe-tativas eleitorais do Bloco?

EPL – O Bloco de Esquer-da, desta vez, vai entrar no Exe-cutivo. Estamos convictos deque vamos eleger um vereador ereforçar a representação naAssembleia Municipal. Esta-mos num ciclo que será maisfavorável à esquerda, a coliga-ção de direita está muito des-gastada e há uma rutura entre osparceiros de coligação, o CDSjá não quer ficar ao lado do PSDna fotografia, vai apresentarcandidatura própria, o PSD temuma herança pesadíssima e achoque com o aparente desapareci-mento do movimento indepen-dente Coragem de Mudar e coma ausência da outra candidaturaindependente [do Tino], quenão voltará a verificar-se, tantoquanto sei, a esquerda vai teraqui margem para crescer. E oBloco de esquerda, com o pro-jeto que apresenta, pode ser umaalternativa para fazer aquilo quejá fez na Assembleia Munici-pal, que é ser uma oposição maisatenta, mais combativa, mais ri-gorosa. Passar a fazê-lo tambémno Executivo camarário, mudara política no concelho.

Chegou também a alturadas pessoas perceberem que asautarquias também têm um pa-pel fundamental, neste mo-mento de crise. A autarquiapode funcionar em contraciclodaquilo que são as políticas na-cionais. E as pessoas não se de-vem esquecer que votar, nestemomento, no PSD ou no CDS,é de certa forma, ao nível local,corroborar aquilo que é a polí-tica de desastre ao nível nacio-nal, com esta austeridade queestá a matar a democracia e aafetar as pessoas de numa for-ma muito grave e profunda.Quem decidiu a extinção a ré-gua e quadro das freguesias? Oestrangulamento do financia-mento às autarquias? E quemafirmou com mais coerência um

projeto alternativo? O Blocosempre esteve contra essaspolíticas e o tempo veio dar--nos razão.

O programa do Bloco em2009 ainda está muito atual,,porque, com antecedência, con-seguimos prever que esteregabofe despesista da direita naCâmara iria trazer uma situaçãomuito grave para as pessoas.Aliás o PAEL é um programapara catorze anos, por enquan-to, e que vai afetar as pessoasnos três ou quatro próximosmandatos camarários, por cau-sa das suas restrições.

E a verdade é uma, nem to-das as Câmara do País estão, nemde longe nem de perto, como estáa Câmara de Valongo, apesar dese tentarem fazer generalizaçõespara nos fazerem crer que asCâmaras estão todas mal. Nãoé verdade. Um terço das Câ-maras do País recorreu aoPAEL, as outras não. TivesseValongo tido orçamentosparticipativos como o Blocodefendeu, se calhar hoje não es-távamos a defrontar-nos como desastre financeiro que a Câ-mara apresenta. A verdade éque o Partido Socialista tam-bém não esteve à altura, por-que ainda há bem pouco tem-po o candidato do PS dizia queuma das bandeiras do PS é oorçamento participativo. En-tão pergunto, porque é que to-dos os orçamentos têm sidoviabilizados pelo Partido So-cialista quando nenhum delescontinha a vertente de orçamen-to participativo.

As pessoas têm que verquem é que tem exercido a po-lítica de forma coerente e quemnão o tem feito.

Mesmo na questão daextinção de freguesias, o candi-dato do PSD, João Paulo Balta-zar, já disse publicamente quedefende a fusão e extinção demunicípios e isso, na nossa óti-ca é grave. Porque não só mani-festa o apoio ao pacote autár-quico Miguel Relvas, como ain-da quer ir ainda mais longe, nãobasta a extinção de freguesias,também quer a dos municípios.

Não sei se para Valongo defen-de a fusão com Paredes e a Maia.

AVE – O Bloco já definiuos cabeças de lista às Juntasde Freguesia?

EPL – Alguns sim, outrosnão. Já temos definido o cabeçade lista à Assembleia de Fregue-sia de Valongo – José Daniel Fa-ria –, um jovem independente,que mostra bem como as nossascandidaturas são abertas, e é commuito gosto que o temos a enca-beçar este desafio. Estamos emfase de conclusão da candidaturaaqui para Ermesinde, mas comoé um processo ainda não encer-rado, não gostaria de adiantarmais nada. Quanto às outras fre-guesias, Alfena e União das Fre-

guesias de Campo e Sobrado, osprocessos estão um bocadinhomais atrasados.

AVE – Não tendo, de mo-mento, mais nada a questionar,há alguma coisa mais que en-tenda pertinente acrescentar?

EPL – Eu gostava só de sa-lientar que queremos apostar,especificamente para esta fre-guesia de Ermesinde,em algu-mas propostas, algumas delasbem interessantes, e das quaistêm sido dado conta num even-to a que dou particular impor-tância, que é a Assembleia Mu-nicipal de Jovens (AMJ). A Casada Juventude, em Ermesinde,tem que ser uma realidade a mui-to breve prazo. É recorrente, naAMJ os alunos das escolas aquide Ermesinde reivindicarem aCasa da Juventude, e o Blocode Esquerda, sendo a juventudeuma bandeira nossa, lutará, se

formos eleitos, para que se con-cretize aqui a primeira Casa daJuventude no concelho, mode-lo esse que possa ter réplicanoutras freguesias. Os jovensdevem poder viver aqui na fre-

passam as Autárquicas e caitudo no esquecimento e lá ficao edifício abandonado.

O candidato do PSD até ti-nha apresentado para lá umaproposta que achamos interes-sante, que era criar ali um ninhode empresas, que apoiasse pro-jetos que pudessem ser a rampade lançamento de propostas quetrouxessem mais valias e novosnegócios para o concelho. Essaideia era interessante. Afinal aCâmara acabou por desistir des-se projeto, em favor de um in-vestimento que há de chegar nãose sabe bem quando.

Em Ermesinde também sãopreocupantes as questões dasegurança – uma freguesia mui-to urbana, com muita popula-ção, em que tem de se tratar dis-so. Não é uma responsabilida-de específica da Câmara, masela pode também lutar por isso.

E finalmente, uma últimaquestão, sobre uma supostavenda da Veolia a um grupo es-trangeiro, de capitais chineses.Tentámos obter o máximo deinformação que pudemos naComissão de Avaliação da con-cessão, mas a verdade é que aCâmara não disponibilizou in-formação dessa hipotética ven-da. Mas ela parece estar confir-mada. A Veolia assegura a dis-tribuição de água em váriosmunicípios, Valongo, Paredes,e penso que ainda em Mafra eOurém. A empresa pública decapitais chineses que a terá ad-quirido terá a participação do mu-nicípio de Pequim e, de facto,como sabemos que há uma forçapolítica na esquerda que comba-te tanto a privatização da água, etem invocado uma coerência emtorno dessa bandeira, a confirmar-se esta notícia, isto é espantoso,pois como se sabe o partido queestá no Governo na China é oPartido Comunista Chinês, e nãodeixa de ser curioso que os chine-ses agora estejam a comprar qua-se tudo em Portugal, a começarna EDP, na REN, e agora, se ca-lhar, nas águas. É uma curiosi-dade que haja estes entendimen-tos diferentes, conforme a... “ge-ografia”!

guesia e estar nela enraizados,e para tal têm que ter espaçospara isso, também aqui emErmesinde tem que se resolvero problema das instalações de-gradadas do antigo cinema, umprédio muito bonito que deviaestar requalificado e continuaa degradar-se sem se ver da par-te da autarquia nenhuma dinâ-mica para contrariar isso. De-pois há ainda aqui algumasquestões importantes. Porexemplo, a questão do EdifícioDr. Faria Sampaio tem que ser

resolvida também, sei que háum anúncio de um investimen-to estrangeiro que irá utilizaraquele edifício, mas primeiro:não passa de um anúncio – fez-se um protocolo, mas nós jávimos, noutras eleições autár-quicas, o PSD a fazer grandesanúncios de obras, depois semconcretização. Por exemplo, noantigo quartel dos Bombeirosem Valongo pôs-se um grandepainel a anunciar que ali ia sera casa do município, e até hojenão está lá nada e o prédio estáa degradar-se e não se cons-truiu lá nada. Entretanto, o can-didato do PSD já veio dizer quenão há condições para ser aCasa do Município, mas quepode vir a ser uma Loja do Ci-dadão. É mais uma das promes-sas que fica por terra. Temo queo Edifício Faria Sampaio sejauma coisa do género, em que sefaz um grande anúncio, depois

JULHO de 2013 • A Voz de Ermesinde 7Destaque

A Associação para o Desenvolvimento Integrado daCidade de Ermesinde (ADICE) em parceria com a Câma-ra Municipal de Valongo (CMV) levou a cabo nos passa-dos dias 4 e 5 de junho a quarta edição do Encontro deGerações, iniciativa (decorrida no Fórum Cultural deErmesinde) que visava, sobretudo, dar a conhecer otrabalho que as instituições particulares de solidarieda-de social (IPSS’s) de todo o concelho desenvolvem emprol do bem estar dos seus utentes. No total foram 13as IPSS’s que deram vida a uma iniciativa da ADICE –entre outras destacou-se a presença do Centro Socialde Ermesinde e da Ermesinde Cidade Aberta – marcadaainda pela promoção da intergeracionalidade, isto é, oconvívio fraterno e animado entre as novas e as anti-gas, por assim dizer, gerações, e ainda pela visíveldinâmica do trabalho em rede que vem sendo desen-volvido na área de apoio social.

Encontro de Gerações mostrou a dinâmicado trabalho em rede do Concelho de Valongo

MIGUEL BARROS

A sessão de abertura do 4º En-contro de Gerações decorreu namanhã de 4 de junho, na casa deespetáculos do Fórum Cultural deErmesinde, na qual marcaram pre-sença inúmeros representantes dasIPSS’s do concelho que fizeramparte do evento, forças da autori-dade, elementos da Segurança So-cial a nível distrital, figuras políti-cas (com particular realce para ospresidentes da CMV, João PauloBaltazar, e da Junta de Freguesiade Ermesinde, Luís Ramalho), bemcomo outros convidados, onde sedestacava, entre outros, a presen-ça do padre Jardim Moreira, pre-sidente da EAPN Portugal - RedeEuropeia Anti-Pobreza. Antes dosdiscursos da ocasião assistiu-se aoprimeiro momento intergeracionaldo evento, com a subida ao palcode três gerações distintas, repre-sentadas pelos alunos da EscolaEB1 das Saibreiras/Agrupamentode Escolas de S. Lourenço, da Ban-da da Polícia de Segurança Públicado Comando Distrital do Porto, edos alunos da Academia Sénior daCMV, que em perfeita sintonia de-ram cor a um momento musical(interpretaram alguns clássicos damúsica portuguesa) de grande vi-vacidade, como comprovou a chu-va de aplausos final. Após esta atu-ação a anfitriã do evento, MariaTrindade Vale, usou da palavra,para no seu habitual jeito emotivocomeçar por cumprimentar e agra-decer a todos os presentes, frisan-do que o que tinham acabado depresenciar era um pequeno exem-plo do trabalho que Valongo (con-celho) tem vindo a desenvolver comtrês gerações distintas (seniores, jo-vens, e adultos). Posteriormentefaria uma viagem ao passado, há20 anos atrás, para ser mais preci-sa, altura em que chegou pela pri-meira vez a Valongo, um concelhoque desconhecia por completo,

mas de que rapidamente passou agostar, pelas pessoas e instituiçõesque encontrou, e sobretudo pelo es-pírito de entreajuda que testemu-nhou. «Nestas andanças (alusivasàs temáticas da ação social) temosde ter pessoas que nos ajudem, semelas não somos ninguém, nem con-seguimos fazer nada, e desde queaqui cheguei pude sempre contarcom a ajuda de todas as forças vivasdo concelho, desde as IPSS’s, for-ças de segurança, escolas, e juntasde freguesia. A todos um muito obri-gado», recordou a presidente daADICE, que por sinal é tambémvereadora da CMV detentora dopelouro da Ação Social. Neste seudiscurso lembrou ainda João PauloBaltazar, o atual presidente da Câ-mara, uma pessoa que foi desco-brindo aos poucos e que a surpre-endeu pela sua vincada vertentehumana, uma figura que coloca sem-pre as pessoas em pri-meiro lugar. Após umanova série de emotivosagradecimentos – a téc-nicas de ação social comquem diariamente traba-lha – Trindade Vale su-blinharia que esta é umainiciativa onde está bemvincado o trabalho emrede que é feito emValongo. «É uma inicia-tiva que mostra o espí-rito de partilha entre to-dos os agentes do con-celho (IPSS’s, escolas,etc.), que mostra a união,o companheirismo, as-petos fundamentaispara ultrapassar a criseque vivemos», e pegan-do nesta temática da cri-se, do período de fragi-lidades que atualmenteatravessamos, frisouque «é possível ultra-passar este momentomenos bom se formoscapazes de aprender

com a sabedoria dos mais velhos ede encararmos o sorriso dos maisnovos como um sinal de esperan-ça». Terminaria o seu discurso vol-tando a sublinhar a ideia de que écom o trabalho em rede que vemsendo feito que se tem melhorandoa qualidade de vida das pessoas doconcelho, com a força e união detodos, tem sido possível colocar aspessoas em primeiro lugar, referiu.

Seguidamente usaria da pala-vra o padre Jardim Maia, que abor-dou de forma detalhada o trabalhoda entidade à qual preside com osmais fragilizados, a diversos níveis,da sociedade portuguesa. Olhan-do para a atual situação económico-social do país lembrou que atual-mente muitas IPSS’s passam pordificuldades, muitas estão mesmoà beira do fim, já que não têm mei-os económicos para fazer face àsdespesas. Nesse sentido frisou a

importância do trabalho em rede,da criação de parcerias entre insti-tuições. Apelou ainda ao amor, àcolocação das pessoas em primei-ro lugar, pois «o nosso país é hojeum dos mais injustos da Europa,onde há muitos ricos e muitos po-bres, cada vez mais. Vivemos umacrise do capitalismo, onde o di-nheiro, o capital, coloca as pesso-as em segundo lugar. E como taltemos de ter uma reação coletiva,trabalharmos em rede para vencero egoísmo, pois é preciso cons-truir uma sociedade em torno doamor, e não uma sociedade em tor-no do euro – que na sua voz nãotem trazido felicidade a ninguém –como a Europa parece querer».

Por fim tomou a palavra Jo-ão Paulo Baltazar, que começoupor sublinhar que a iniciativa a queassistíamos significava que Va-longo era um concelho com uma

rede viva de parceriassociais. Agradeceu porisso a todas as IPSS’s eescolas pelo trabalhoque têm desenvolvidocom as diferentes gera-ções, lembrando em se-guida que a prioridadedo atual mandato têmsido as pessoas, umaprioridade que assentaem três pilares, o inves-timento na educação, noapoio social, e na cria-ção de emprego.

Concluídas as inter-venções passou-se àinauguração da exposi-ção – no exterior da casade espetáculos – de tra-balhos manuais conce-bidos pelos utentes dasIPSS’s presentes. Daparte da tarde teve en-tão início a verdadeirafesta, com pequenos egraúdos como interve-nientes principais, aodarem vida a uma série

de espetáculos teatrais e musicaislevados a cabo pelos utentes dasIPSS’s. Assim, subiram ao palco ascrianças e os seniores do CentroSocial e Paroquial de Alfena, com oevento intitulado “Alto! E começao baile”, os jovens portadores dedeficiência da ADICE, que trouxe-ram “Sons e Magia”, ao que se se-guiram o musical “O Comboio daAlimentação, protagonizado pelosseniores da Associação de Promo-ção Social e Cultural de Ermesinde,o “Panda Sénior”, pelos senioresda Casa do Povo de Ermesinde, apeça de teatro “Vê mais Além” pe-las crianças e jovens do Lar Maristade Ermesinde, o “Sampaio Dance”pelos adolescentes da ADICE, ten-do encerrado este primeiro dia osseniores desta última associaçãocom uma atuação de “cantares po-pulares”.

CSE tambémpresente

O segundo dia teve início comuma temática cada vez mais expos-ta na sociedade portuguesa, a vio-lência doméstica. Nesse sentidoforam apresentadas várias pales-tras ministradas por “especialistas”na matéria, desde técnicas que dia-riamente dão apoio às vítimas, ele-mentos ligados às forças de segu-rança, ou psicólogos, que não sóretrataram este flagelo – com exem-plos vários –, como também apon-taram caminhos – dando conselhosàs vítimas, apresentando institui-ções/entidades a quem estas pode-rão recorrer. Da parte da tarde pros-seguiu a festa, isto é, com as atua-ções musicais e teatrais dos utentesdas IPSS’s presentes, tendo as cri-anças, adolescentes e os senioresdo Centro Social de Ermesinde(CSE) aberto o sessão com a peçade teatro “O Casamento da Caro-chinha com o João Ratão”. Foi umapontamento delicioso, um mo-mento de salutar e emotivo conví-

vio, de cumplicidade, entre osseniores do Lar de S. Lourenço, eos jovens do Jardim de Infância eATL do CSE, que se fez represen-tar na plateia por alguns dos seusdiretores, nomeadamente AlcinaMeireles, Tavares Queijo, AdelinoSoares, e Joaquina Patrício, bemcomo das diretoras técnicasAnabela Sousa, Albertina Alves eManuela Martins (ECA, Er-mesinde Cidade Aberta) – estatambém presente nas conferênci-as sobre Violência Doméstica quehaviam decorrido pela manhã – eTeresa Braga Lino. Por falar emCSE é de sublinhar ainda que aECA, que como se sabe está li-gada ao Centro, também se fezrepresentar de forma vincadaneste Encontro de Gerações, nãosó na já citada exposição de tra-balhos manuais que esteve pa-tente no Fórum Cultural mastambém com uma banquinha noexterior do recinto cultural, umabanquinha onde eram vendidosdiversos objetos – roupas, brin-quedos, etc. – doados por umaempresa cujos lucros reverterama favor da ECA. E pelo que pu-demos apurar as vendas até nemestavam a correr nada mal...

Posteriormente à atuação dascrianças e seniores do CSE subi-ram ao palco os meninos e meni-nas da Santa Casa da Misericórdiade Valongo, com a peça “A Cigarrae a Formiga”, ao que se seguiu umaatuação de dança protagonizadapelos seniores desta mesma insti-tuição, a representação “Ensinar éArte… Aprender é Vencer”, pelosseniores da Associação de Promo-ção Social e Cultural de Ermesinde,o momento de dança “Step byStep” pelas adolescentes e jovensdo Instituto Bom Pastor, umasessão de “cantares populares”levado a cabo pela AcademiaSénior da CMV, e mais um mo-mento musical, pelas crianças daADICE.

FOTOS MANUEL VALDREZ

• ENCONTRO DE GERAÇÕES • ENCONTRO DE GERAÇÕES •

8 A Voz de Ermesinde • JULHO de 2013Cultura

SARA AMARAL

Antes do São João, a Asso-ciação Académica e Cultural deErmesinde (AACE) decidiu co-memorar, desta vez com umencontro de coros internacional.Este evento, já na sua sexta edi-ção, decorreu no passado sába-do, dia 22, pelas 17h00. Con-tou com a presença de três co-ros convidados e o da casa, bemcomo dos presidentes de Câ-mara de Valongo (CMV) e Jun-ta de Freguesia de Ermesinde(JFE), João Paulo Baltazar eLuís Ramalho. O aproximar dodécimo quinto aniversário daassociação tornou este eventoainda mais importante.

A organização do VI En-contro Internacional de Corosdecorreu duma vontade daAACE e da CMV em divulgar otrabalho desta associação e danossa cidade a cada vez mais

pessoas. Por isso, apesar de con-tar com participações relativa-mente próximas – Galiza,Mealhada e Ourém – o pla-no é estender-se a mais co-ros de mais locais, sendo im-pedida pela conjuntura atu-al. O reportório levado acabo pelos participantes tam-bém era bastante diversifica-do, contanto com músicastradicionais portuguesas e es-panholas, passando pelaÁfrica do Sul e pelo Brasil.

Este espetáculo foi ini-ciado pelos agradecimentosque sempre precedem os es-petáculos desta associação,sendo os convidados do paísvizinho os primeiros a atu-ar, sobre a batuta da suamaestrina Bea Gómez Fan-diño. Os cerca de 30 coris-tas interpretaram cinco temasque roubaram os primeirosaplausos da plateia. Seguiu-se o

Coral Magister, diretamente daMealhada, com a “Queda do

Império”, ”Travessia no Deser-to” e o tradicional galego “Galoda Vizinha”. As duas últimas

peças apresentadas por estegrupo – uma música de Natal e

”Fonseca” – contaram com oacompanhamento da orquestraPentacordes, da qual faziam

AACE estreia o seu hinono Encontro Internacional de Coros

FOTOS RUI LAIGINHA

O Robin que canta e encantaSARA AMARAL

No passado dia 21 de ju-nho, pelas 22h00, o coro juve-nil Arco-íris apresentou o mu-sical Robin Hood (Robin dosBosques, em português), queconta, duma forma simples e di-ferente, a história do príncipedos ladrões. A ideia surgiu nogrupo coral no início do ano efoi apresentada no Fórum Cul-tural de Ermesinde, perante umaplateia cheia e curiosa.

Antes ainda que o espetá-culo começasse, Nuno Rocha,o maestro do Arco-íris – CoroJuvenil da Associação Acadé-

mica e Cultural de Ermesinde(AACE) – ensinou uma dasmúsicas ao público. Não se li-mitando a ensinar a letra ou oritmo, ensinou a linguagemgestual que a acompanhou du-rante todo o espetáculo. Depoisdo público aprender a letra e alinguagem que a acompanhava,bem como um breve agradeci-mento, Raquel Casais começoua narrar a história de Robin dosBosques. A história começaquando o Rei Ricardo decide irem cruzada com os seus solda-dos. Eles voltam, mas o rei nãovolta junto com eles, e deixam o

Este último, juntamentecom o Xerife de Nottingham,são os rivais de Robin Hood(interpretado por Hugo Carnei-ro), que acaba por vencer e ca-sar com a sua amada Mariana,aquando do regresso do ReiRicardo.

A forma como a história écontada, os arranjos musicais ea narração interpelada pelo corofazem deste espetáculo umaobra excelente deste grupoermesindense. A surpresa nopúblico foi clara e até o própriopresidente da AACE, AlbertoMateus, se revelou surpreendi-do com a obra. Não terminaram

sem agradecer a todos os seuspatrocinadores e à sua própria

FOTOS RUI LAIGINHA

parte alguns elementos do coro.O maestro Rodrigo Carvalho

guiou estas interpretações.O Chorus Auris anteci-

pou o coro da casa, vindode Ourém e liderado pelamaestrina Ângela Marques.Esta, nas suas duas inter-pretações finais foi acom-panhada por Nádia Rosá-rio ao piano e tendo comosolistas Ana Sofia Brás, Ca-rolina Alves, João Subtil eFernando Marques. Talcomo os coros anteriores,tornou este espetáculo maisespecial. No entanto, aequipa da casa tinha umtrunfo na manga.

O Órfeão de Ermesinde,com o maestro Jorge Pires eo acompanhamento na per-cussão do professor Alexan-

dre, surpreendeu os presentes,pois decidiu ir buscar algumas mú-sicas mais antigas do seu

reportório como “Jesu MeineFreude”, mas deixando a maiorsurpresa para o final.

Após um discurso de Al-berto Mateus, seguido pelospresidentes de Junta e Câmarae dos grupos convidados, aAACE entregou algumas lem-branças, sendo também presen-teada pelos coros convidados.Depois disto, o orfeão encer-rou o espetáculo estreando ohino da sua associação. Com le-tra de Guilhermina Queirós,música do antigo maestro doorfeão (Manuel Henrique deAlmeida) e arranjo do atual ma-estro Jorge Pires, o hino é tam-bém dedicado à cidade, sendoesta chamada de “terra imortal”.

Este espetáculo teve a lem-brança constante do trabalho daAACE nos seus quase 15 anosde existência e daqueles que fi-zeram para que ela tivesse aimportância que hoje tem.

príncipe João no poder.equipa, bem mais que uma vez.O espetáculo terminou repetin-

do a música que Nuno Rochaensinara no princípio.

JULHO de 2013 • A Voz de Ermesinde 9

• CÂMARA MUNICIPAL DE VALONGO •UNIVERSIDADE SÉNIOR DE ERMESINDE

Visita de estudo a Aveiro

Cultura

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Belmiro Ferreira de Sousa

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À semelhança do que vemsendo habitual nos últimos anos,os alunos da UniversidadeSénior de Ermesinde, encerraramas atividades letivas na discipli-na de História Contemporânea,lecionada por Manuel AugustoDias, com uma visita de estudo,este ano a Aveiro, a “Venezaportuguesa” no baixo Vouga.

Nesta visita, que teve lugarno passado dia 15 de junho, paraalém dos alunos participaramalguns professores e o presi-dente da Direção da Ágorarte,Carlos Faria, pois como a mai-or parte dos nossos leitores sa-berá, a Universidade Sénior éuma feliz iniciativa daquela co-letividade ermesindense.

Antes da visita ao Museude Aveiro, o grupo teve a opor-tunidade de ver a Igreja do anti-go convento dominicano (fun-dado em 1423 pelo Infante D.Pedro) que, depois de restaura-da e ampliada, serve agora de SéCatedral à diocese de Aveiro. Vi-sitou-se, a seguir, a Igreja de SãoJoão Evangelista das Carmelitasem Aveiro, agora propriedade doEstado que é uma verdadeira joiado património aveirense.

A construção do edifícioteve início em 1610 e fez parte

do Paço de D. Brites Lara; em1657 foi construído o conventofeminino da Ordem das Carme-litas, espaço onde está integra-da a igreja. Já nos finais do séc.XVII foram construídos os púl-

pitos e teve início o revestimen-to a talha dourada. No séculoseguinte juntaram-se à talha oslindos azulejos da oficina de Vi-tal Rifarto. No século passadoo edifício sofreu obras de res-tauro, sendo classificado como

O resto da manhã foi passa-do no Museu de Aveiro, situadono interior do grandioso Conventode Jesus (fundado no século XV,este antigo convento dominicanoestá fortemente associado à prin-

cesa mais influente de Aveiro –Santa Joana de Portugal, filha deD. Afonso V). Conhecida pela suadevoção à religião que se prolongoupor toda a sua vida, esta princesaentrou no convento em 1472 e aíviveu até à sua morte, em 1490. Aíse encontra o seu lindíssimo túmulo

de mármore trabalhado, e se podemadmirar motivos barrocos, pórti-cos manuelinos, os claustros deinspiração manuelina e as cape-las maneiristas que embelezameste importante monumento e

era um navio moderno, com 71,40metros de comprimento e porãopara vinte mil quintais de peixe. A21 de agosto de 1997 seria des-mantelado. O armador do navio,António do Lago Cerqueira e aCâmara Municipal de Ílhavo de-cidiram por mútuo acordo trans-formar o velho Santo André emnavio-museu. E ainda bem que ofizeram porque assim podemosfazer uma ideia de como eram difí-ceis as pescarias do arrasto do ba-calhau, antes de chegar à mesa dosportugueses.

E a visita terminou no Museude Ílhavo, que exibe uma interes-sante seleção da etnografia maríti-ma da região de Aveiro, incluindofascinantes exemplares dos pri-meiros moliceiros, uma variedadede ferramentas de navegação e fo-tos, bem como a maior coleção deconchas raras de todo o país. Masa sua maior atração é o Aquáriodos Bacalhaus que, com uma ca-pacidade de 120 m3 de água, é, nogénero, o maior do mundo.

Esta jornada de cultura e deconvívio terminou com um pas-seio junto à Ria de Aveiro, paraprovar e comprar a delícia que éos ovos-moles locais. Nos parti-cipantes, à chegada ao Bom Pas-tor, onde funciona a UniversidadeSénior de Ermesinde, ficou a ale-gria de um dia muito bem vivido.

repositório histórico.Os participantes nesta in-

teressante visita tiveram o seu al-moço convívio num restauranteda Gafanha da Encarnação, dondeseguiram para a enriquecedora vi-sita ao Arrastão de Santo André(construído em 1948, na Holanda;

ValongoacolheuI Feirado Pãoe doBiscoito

Monumento Nacional.

A Câmara Munici-pal de Valongo organi-zou, de 26 a 30 de ju-nho, no Largo do Cente-nário – Valongo, a pri-meira Feira do Pão e doBiscoito.

Ao longo de cincodias houve muita anima-ção, mostras ao vivo defabrico do pão e do bis-coito e visita ao NúcleoMuseológico da Panifi-cação e padarias e bis-coitarias do concelho.

A inauguração docertame contou com apresença do presidenteda Câmara Municipal deValongo, João Paulo Bal-tazar. A cerimónia foiabrilhantada por algunsalunos da Escola Secun-dária de Valongo quebrindaram os presentescom a apresentação deum pequeno apontamen-to que recriava algunsmomentos relacionadoscom o fabrico e venda datradicional regueifa.

10 A Voz de Ermesinde • JULHO de 2013

16º Sarauda Escola de MúsicaHarmoritmo

FILIPE CERQUEIRA

Decorreu a 31 de maio o16º Sarau da Escola de Mú-sica Harmoritmo, tendocomo palco o Auditório doFórum Cultural de Er-mesinde. Foi o corolário dotrabalho realizado duranteo ano letivo 2012-2013, pre-senteado à cidade de Er-mesinde onde a escola játem larga tradição.

Num ambiente de festae de algum nervosismo, jáque para alguns alunos erauma estreia, houve bonsmomentos de vários gé-neros de música: erudita,pop, rock e tradicional por-tuguesa.

Enquanto professordos alunos de piano, emsubstituição da professoraYolanda, deve ser declara-do que apreciei as per-formances dos meus pupi-los, que conseguiram res-peitar todas as indicaçõestécnicas e ultrapassaram osproblemas que podem apa-recer quando se toca em

público, como as tosses,pessoas que se levantamou até uma partitura que ga-nha vida própria e se solta

CONDURIL - CONSTRUTORA DURIENSE, S.A.

do piano.Os guitarristas, sempre

muito bem capitaneados peloprofessor Ricardo Pereira,

Música

puxaram pelo público, queacompanhou com palmas ea cantar, mais animadamentenas canções mais conheci-

das, como "Anda ver osaviões" dos Azeitonas.

Para a última música,"Another brick in the wall"dos Pink Floyd, todos osparticipantes subiram aopalco. Foram eles:

Ao piano: MárciaFrança, Catarina Barbo-sa, Ana Rita Vieira, Gon-çalo Ah Lima, Ana Beatriz

À guitarra: João Vi-eira, Beatriz Ferreira, Fá-bio Moreira, Patrícia Ma-chado, Mauro Costa,Francisco Leal, SofiaMaia, Diogo Freire, FábioBraga, Pedro Paiva, Ale-xandre Monteiro, HugoOliveira, Gonçalo Gomes,

Bernardo Pereira, Luís Pedro,André Gomes, Vítor Mo-reira, Sara Pimenta, FábioCastro, Ana Peixoto, Mar-co Guimarães, Tiago Al-poim, Joaquim Monteiro,Ricardo Melo, Jorge Carnei-ro, Miguel Oliveira.

Estão todos de parabéns,demonstraram quão importan-te é saber tocar um instrumen-to, cantar e saber música. Umexcelente cartão de visita paraquem quiser aprender músicanesta escola.

Para os interessados,existe à venda na escola Har-moritmo, a gravação do es-petáculo em DVD, da auto-ria da "Digital Maia"

IMAGENS ARQUIVO

JULHO de 2013 • A Voz de Ermesinde 11

TEXTO E FOTOSALBERTO BLANQUETTMaleitas da Cidade

PARAGENS... DE CORTAR A RESPIRAÇÃO – Na Rua Filipe de Vilhena as paragens dos transportes públicos são assim... a três metros de umapassadeira de peões e... encostada a uma entrada de garagem!

Local

NATAL É QUANDO UM HOMEM QUISER – Recordação ou esquecimento da decoração da quadra natalícia de 2012?

12 A Voz de Ermesinde • JULHO de 2013Local

Que conte aindamuitos, D. Lucinda!

A D. Lucinda AugustaLavinas Lopes fez em 17de maio 100 anos, e serámuito provavelmente amais jovem centenária deErmesinde.

O seu centenáriodeixou feliz a sua famí-lia, que com muita alegriafestejou a proveta idade,rara de se ver. E aindamais por ser raro ver-sefestejá-la com tanta luci-

dez e sabedoria.É por isso que a fa-

mília da D. Lucinda re-corda o dito por Fer-nando Pessoa, em “Maisé nada”: «Não importase a estação do anomuda, se o século vira,se o milénio é outro, se aidade aumenta; Conser-ve a vontade de viver,não se chega a parte al-guma sem ela».

Despedida de D. Manuel Clementedo Clero da Diocese do Portona Igreja Matriz de Ermesinde

O Bispo do Porto, D. Ma-nuel Clemente recebeu recen-temente em Roma o pálio dasmãos do papa Francisco, in-sígnia que o confirma comoo novo Patriarca de Lisboa,sucedendo a D. José Poli-carpo, e devendo assumir asua nova missão eclesiásti-

Mas numa cerimónia lo-cal realizada no passado dia7 de junho, na Igreja Matrizde Ermesinde, D. ManuelClemente presidiu à Eucaris-tia da festa do Apostolado,despedindo-se aqui do Cle-ro da Diocese do Porto.

Referem-se a esse mo-mento as imagens presentes.ca no dia 6, em Lisboa.

EUCARISTIA DA FESTA DO APOSTOLADO

FOTOS MANUEL VALDREZ

Projeção do filme“Quem se Importa”

O Centro Social deErmesinde vai proceder,na próxima segunda-fei-ra, dia 8 de julho, pelas17h30, nas suas instala-ções, à projeção do filme“Quem se Importa”, comduração de 90 minutos.

Neste filme são rela-tadas 18 experiências deempreendedores sociais.No final poderá haverdebate sobre o filme e

ainda sobre possíveisideias de empreendedo-rismo social.

O CSE apela à inscri-ção, gratuita, para estasessão, para o [email protected].

Caso haja um gran-de número de inscriçõespoderá haver a necessi-dade de fazer a sessãonoutro local da cidadede Ermesinde.

12ª e última etapa dos Caminhosde Santiago por Braga (de Padron a Santiago)

O Grupo de Pedestrianismo de Ermesinde Terra Verdeleva a cabo no fim de semana de 20 e 21 de julho, a últimaetapa da sua recente iniciativa Caminhos de Santiago porBraga, com um percurso de 24 quilómetros, que levará oscaminhantes de Padron a Santiago de Compostela.

É o seguinte o programa desta etapa:20 julho, sábado06h00 - Saída da Junta de Fre-

guesia de Ermesinde;06h15 - Passagem pela Praça

Francisco Sá Carneiro e Maia Jar-

minho na Praça do Obradoiro;17h45 - Ida para o hotel;20h30 – Jantar;22h00 - Entrega de diplomas.Os horários da ida dos autocarros até ao centro de San-

tiago serão anunciados no dia.

21 julho, domingo07h45 - Pequeno almoço;08h45 - Saída do hotel;11h00 – Missa do Peregri-

no;13h30 - Almoço opcional

sugerido pelos companheirosgalegos;

19h00 - Regresso a Portu-gal.

Nota: As horas indicadassão as portuguesas, em Espa-nha será mais uma hora.

dim;06H50 - Passagem em Martim

(Braga);Paragem em Valença por 20 minu-

tos para pequeno almoço;09h15 - Hora prevista de che-

gada a Padron;09h45 - Previsão de início do

Caminho;17h00 - Previsão de fim do Ca-

JULHO de 2013 • A Voz de Ermesinde Desporto

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Suplemento de "A Voz de Ermesinde" N.º 906 • JULHO de 2013 • Coordenação: Miguel Barros

CPN é campeão nacionalde iniciados femininos

O basquetebol de formação do CPN viveuuma época desportiva memorável. Depoisde fazer o pleno nos campeonatosdistritais (conquistou três títulos nas trêscompetições em que participou) o emble-ma de Ermesinde sagrou-se campeão na-cional de iniciados femininos. Com esta vi-tória o CPN passou a ser o único clube emPortugal que alcançou títulos nacionaisem todos os escalões. Notável!

FOTO CPN/BASQUETEBOL

A Voz de Ermesinde • JULHO de 2013DesportoII

Suplemento de “A Voz de Ermesinde” (este suplemento não pode ser comercializadoseparadamente) .Coordenação: Miguel Barros; Fotografia: Manuel Valdrez.Colaboradores: Agostinho Pinto e Luís Dias.

FUTEBOL

FOTO JOANA FITAS

5ª Alfena Football Cupficou em casa

Cerca de duas centenas de jovens atletas participaram no último fim de semana(15 e 16 de junho) na 5ª edição da Alfena Football Cup, organizada pela Escola--Academia Sporting/Alfena, e decorrida no Complexo Desportivo do Atlético Clu-be Alfenense. Destinada ao escalão de sub-9, a prova foi vencida pela equipa dacasa, o Alfenense (que na imagem faz a festa da consagração, fazendo-se acompa-nhar, entre outros, do presidente da Junta de Freguesia de Alfena, Rogério Palhau,e do diretor da Escola-Academia Sporting/Alfena, Manuel Sousa), que na grandefinal - realizada no domingo - bateu o Gondomar por 2-0, conquistando assim pelaprimeira vez um título há muito desejado. O pódio final foi encerrado peloFeirense, sendo que do 4º ao 16º e último classificado a classificação ficouordenada da seguinte forma: Fiães (4º), Geração Benfica/Famalicão (5º), Vizela(6º), Padroense (7º), Escola de Futebol Paulo Faria (8º), Candal (9º), Valonguense(10º), Maia Lidador (11º), Pedrouços (12º), Dragon Force/Ermesinde (13º), Vilade Anta (14º), Escola de Futebol Hernâni Gonçalves (15º), e Freamunde (16º).

BILHAR

Academia Pedro Grilo sagra-se bicampeãda 1ª Divisão da Superliga Bilharsinde

MB

Pela primeira vez na história da Superliga Bilharsindeuma equipa conseguiu pelo segundo ano consecutivo

conquistar o título do principal escalão da competição. Equi-pa essa que dá pelo nome de Academia Pedro Grilo (na i-magem), atualmente um dos "pesos pesados" do pool portu-guês, e que na noite de 4 de junho passado ao derrotar nosalão do Paparugui o combinado do Paraíso da Cidade "A",por 9-5, arrecadou então o título de bicampeã da principaldivisão da prova rainha organizada pelo Voxx Club de Bilhar.

Na mesma noite decorreram as finais dos restantes qua-tro escalões da Superliga Bilharsinde, sendo que na 2ª Divi-são o título foi parar às vitrinas da New Academy, que esteano fez a sua estreia na competição, equipa esta que noencontro decisivo, disputado no salão do Voxx Club de Bi-lhar, bateu por claros 9-1 os também estreantes da Acade-mia Kaninhas.

Na casa do C.S. Trofa desenrolou-se a final da 3ª Divi-são, a qual colocou frente a frente Salão de Jogos Bola 3 eEstrelas de Baguim, tendo o triunfo sorrido aos primeirospor 9-3, levando assim o título para casa.

À semelhança do segundo escalão também a 4ª Divisãofoi conquistada por uma equipa que em 2012/13 fez a sua

estreia na Superliga Bilharsinde, neste caso o Café Pop,que na grande final desta divisão - realizada no salão dejogos do Centro Social e Paroquial de Alfena - derrotouo Centro de Ciclistas de Gondomar por 9-5.

Por fim, a 5ª Divisão, cuja final colocou frente a fren-te dois dos mais antigos conjuntos da história da Su-perligaBilharsinde, Café Laser e Café Mosteiro, duasequipas que participam na competição desde a primeiraedição, e que no salão do Paraíso da Cidade lutaramentre si para ver quem ficava com o título do quinto eúltimo escalão da prova. Foram mais felizes os bilharistasdo Laser, na sequência de um triunfo por 9-4.

Entretanto, no passado dia 9, e como habitualmenteacontece no final de cada época desportiva, o Voxx Clubde Bilhar levou a cabo na Quinta dos Agros (Marco deCanaveses) a festa final das provas Bilharsinde, eventoonde foram entregues os troféus de campeões não sóaos cinco campeões da Superliga Bilharsinde como tam-bém aos restantes heróis de outras competições do uni-verso Bilharsinde.

HÓQUEI EM PATINS

Final-four da Taça de Portugalfoi um prémio para uma época sensacional

Memorável!, é a primeira palavra que nos ocorre para descrever a temporada realizada pelaAssociação Desportiva de Valongo no "universo" do hóquei patinado português. Depois de nopassado 8 de junho ter concluído o Campeonato Nacional da 1ª Divisão com um triunfo caseiro sobreo Hóquei de Braga por 4-3, e cimentado desta forma um brilhante 4º lugar na classificação final, posiçãoesta que deu a qualificação para a principal competição europeia da próxima temporada, o mesmo édizer a Liga Europeia, eis que o Valongo voltou a escrever no passado 15 de junho mais uma páginabrilhante deste seu trajeto na temporada que agora caminha para o fim. Em casa, num pavilhão repleto,os valonguenses afastaram da Taça de Portugal nada mais nada menos do que o Benfica, o recém--consagrado campeão europeu da modalidade, graças a um triunfo por 6-5, garantindo assim a presen-ça na final four da competição. Integrado nos quartos-de-final da taça este foi, como seria de esperar,um jogo intenso, disputado por duas das melhores equipas nacionais da atualidade, apetecendo dizerque pelo que fizeram no rinque do Pavilhão Municipal de Valongo mereciam ambas ter passado à faseseguinte. Passou o Valongo, graças a uma atuação coletiva soberba, sendo que os golos da equipa dacasa foram apontados por Miguel Viterbo (2), Hugo Azevedo (2), Daniel Oliveira, e Pedro Mendes.

Final-four da taça que entretanto foi realizada no último próximo fim de semana (22 e 23 de junho),

em Barcelos, tendo nas meias-finais o Valongo defrontado o campeão nacional FC Porto. Num jogointenso, como seria de esperar entre duas das melhores equipas da temporada que agora chegou ao fim,os portistas levaram a melhor, por 4-2, alcançando assim o jogo mais desejado da competição. Noentanto o Valongo vendeu muito cara a derrota, e a primeira oportunidade de perigo pertenceu-lhe logoaos dois minutos, altura em que Miguel Viterbo desperdiçou uma grande penalidade. Até ao intervalo osportistas foram mais eficazes na hora de rematar à baliza, conforme traduz o resultado de 3-0 a seu favor,embora o Valongo tivesse mais do que uma oportunidade para bater o guardião azul e branco.

No reatamento os valonguenses entraram mais agressivos - no bom sentido - e à passagem do sétimominuto João Souto reduziu para 1-3. A partir daqui o FC Porto sofreu a bom sofrer para segurar a curtavantagem, tendo respirado - um pouco - de alívio quando aos 12 minutos Caio aumentou para 4-1.

Com três golos de desvantagem a Associação Desportiva de Valongo não baixou os braços,continuando a encostar o adversário ao seu quadrado defensivo. Postura que seria premiada aos 22minutos, altura em que Daniel Oliveira fez o 2-4. No entanto, era já tarde mais para uma eventualreviravolta, e pouco depois os portistas festejariam a passagem a uma final que viriam a vencer - nodia seguinte - diante da Oliveirense, por 5-3.

FOTO ESCOLA-ACADEMIA SPORTING/ALFENA

JULHO de 2013 • A Voz de Ermesinde Desporto III

FOTO CPN/BASQUETEBOL

BASQUETEBOL

CPN é campeão nacional de iniciados e torna-seno primeiro clube a ter no seu palmarés todosos títulos nacionais dos escalões de formação!

MB/CPN

Foi na Covilhã, maisconcretamente no Pavilhãoda Universidade da Beira In-terior, que o basquetebol doCPN arrecadou no passadofim de semana (21, 22, e 23de junho) mais um título na-cional para a sua rica vitrina,neste caso o de campeão na-cional de iniciados femini-nos. Com este ceptro o clu-be de Ermesinde fez históriana modalidade, pois torna--se no primeiro clube a con-quistar títulos nacionais emtodos os escalões de for-mação! Bom, passando aosfactos ocorridos na fase fi-nal da Taça Nacional de ini-ciadas decorrida na Covilhão primeiro obstáculo cepe-enista numa caminhada quehaveria de ser triunfal deupelo nome de Coimbrões.Turma esta que entrou me-lhor na quadra como com-prova a vantagem obtidanos primeiros instantes dejogo (19-8). Contudo, o

CPN - que, recorde-se, partiapara esta fase final como de-tentor do título de campeãodistrital da categoria - soube dara volta aos acontecimentos nosminutos que se seguiram, aca-bando por vencer a partida por42-36. No jogo seguinte - reali-zado no mesmo dia do duelo anteo Coimbrões - as ermesindensesacusaram o cansaço do jogo inau-gural, acabando por ser derrota-das pelo Seixal por apenas umponto de diferença (29-30), sen-do que o cesto da vitória sei-xalense aconteceu mesmo emcima do "soar do gongo".

No dia posterior o CPNenfrentou as madeirenses doGalomar, e cedo começou aconstruir uma vitória fácil porclaros 63-18. Ainda nesse mes-mo dia um novo conjunto dasilhas se colocaria no caminhodas cepeenistas, neste caso aturma do Sportiva, dos Açores,que não teve argumentos paracontrariar a supremacia dasermesindenses, conforme com-prova o resultado favorável aestas por 48-27.

Perante estes resultados oCPN entrava para o terceiro eúltimo dia da competição a de-pender apenas de si para sercampeão nacional. Nesse deci-sivo domingo, e após Coimbrõese Seixal terem vencido as suasrespetivas partidas, jogou-se a"final" - assim era encarada -CPN - Carnide. Um triunfo daturma de Ermesinde dava o títu-lo a esta, ao passo que uma der-rota fazia do Coimbrões o novocampeão nacional da categoria.

Quanto ao encontro deci-sivo - para o CPN - a primeiraparte foi de equilíbrio, sendoque ao intervalo o marcador in-dicava uma igualdade de 19pontos. Na segunda metade ascepeenistas entraram decididasa fazer história, e se na entradapara o último quarto o marcadorindicava uma vantagem das jo-gadoras de Ermesinde por 25--22 o último período foi avas-salador a todos os níveis porparte das jogadoras da nossafreguesia, que alcançariam umavitória por 40-30, e conse-quentemente sagravam-se cam-

peãs nacionais de iniciadas, oúnico título nacional do setorda formação que faltava aoCPN.

Para a história ficam entãoos nomes das seguintes atletas:Marta Figueira, Maria Neves,Catarina Almeida, Rita Pinto,Bruna Costa, Marta Santiago,Eva Pereira, Daniela Aranha,Marta Leite, Vanessa Ferreira,Sofia Fonseca, Margarida Fon-seca, Marta Fernandes, Mari-ana Pereira, Inês Alves, Patri-cia Almeida e Mariana Martins,bem com os treinadores Agos-tinho Pinto, Ricardo Lajas (ad-junto), a seccionista Paula Sil-va e o diretor Renato Horta.

(Nota: na imagem de cimapodemos ver a equipa que naCovilhã alcançou o ceptro decampeão nacional de iniciados).

Terceiro lugarno CampeonatoNacionalde cadetesfemininos

Terceiro lugar, foi este o lu-gar alcançado pela equipa decadetes femininos do CPN nafase final do Campeonato Na-cional da categoria, a qual de-correu nos passados dias 7, 8,e 9 de junho, no ComplexoDesportivo de Almada. Tendocomo adversários os conjuntosdo Núcleo Cultural e Recreati-vo de Valongo, Algés e ESSA,as cepeenistas abriram o certa-me precisamente ante esta últi-ma equipa, que graças a uma en-trada aguerrida, concentrada edeterminada - contrariamente aoCPN - cedo começou a ganharvantagem no marcador, aprovei-

tando as falhas defensivas dasermesindenses para sair para ointervalo a vencer por 33-23.Após o descanso o CPN corri-giu a sua postura, correndo atrásdo prejuízo, acabando mesmopor dar a volta ao marcador nosinstantes finais, numa reviravol-ta digna de uma final. Contudo,um triplo milagreiro das sulis-tas mesmo em cima do apito fi-nal levou o encontro para pro-longamento, período onde leva-riam a melhor sobre as propa-gandistas por 60-58. Na outrapartida da 1ª jornada da fase fi-nal o Algés venceu o NCR Va-longo por 61-41. Perante isto,ganhava forma a ideia de que otítulo nacional iria ficar no sul.Na 2ª jornada, ocorrida no sá-bado (8 de junho), o ESSA ven-ceu o Valongo por apenas umponto (52-51), ficando assimmais perto do ceptro. No en-contro que se seguiu o CPN en-trou em campo algo descon-traído ante o forte conjunto doAlgés, que não se fez rogado egraças ao seu acerto exterior ga-nhou uma vantagem de 15 pon-tos a meio do segundo período.Contudo, e tal como tinha feitona véspera, o CPN acordou, e comuma excelente atitude defensivainiciou a recuperação no mar-cador, saindo para o intervalo aperder por apenas cinco pontos(27-32). No recomeço o Algésvoltou a distanciar-se no marcadorpara a casa dos 10 pontos, semno entanto as ermesindenses da-rem mostras de que o jogo estariaperdido, muito pelo contrário.Correndo mais uma vez atrás doprejuízo deram a volta ao mar-cador, mas uma má decisão doárbitro permitiu ao adversário en-

trar para o último período avencer por 47-45. E no derra-deiro quarto o jogo continuouaberto, sendo que a 47 segun-dos do términus o empate per-sistia no marcador, até que umlançamento triplo - mais um!- acabou de vez com o sonhodas cepeenistas em chegar aotítulo, acabando o Algés - quedepois desse lance ainda con-verteu dois lances livres - porfestejar um triunfo por 64-59.No terceiro e último dia, e ape-sar do desgaste das duas par-tidas anteriores, o CPN fez detudo para ficar com o terceirolugar e posicionar-se assimcomo a melhor equipa do nor-te na competição. No con-fronto direto com o vizinhoe rival NCR Valongo as cepe-enistas entraram fortes, con-centradas e determinadas,começando cedo a cavar umenorme fosso no marcador.Diferença que se iria manteraté final, tendo o CPN ven-cido com naturalidade por66-40, garantindo assim o úl-timo lugar do pódio destecampeonato nacional, provaque seria ganha pelo Algés,que no jogo decisivo bateu oESSA por 85-64.

Para o CPN este tercei-ro lugar acaba por saber apouco (!), já que pelo trajetoimaculado que a equipa ha-via feito até à fase final - foicampeã distrital de forma in-victa, e venceu a Zona Nortedo Campeonato Nacionaltambém sem qualquer der-rota averbada - o título naci-onal era um alvo que estavaperfeitamente ao alcance daturma da nossa cidade.

ANDEBOL

Andebol cepeenista encerra temporada com mini-torneioque trouxe a Ermesinde quatro dezenas de jovens

A secção de andebol do CPN promoveu na manhã do passadosábado (29 de junho) um mini-torneio que juntou no Pavilhão Munici-pal de Ermesinde perto de quatro dezenas de jovens praticantes entreos 6 e os 11 anos. Organizado com o objetivo de assinalar o final daépoca desportiva e de homenagear o patrocinador da Secção de Andeboldo CPN, o Pão Quente e Confeitaria "Sempreguiças", este eventopretendeu ser mais um momento de promoção do andebol na cidade deErmesinde e no concelho de Valongo. E foi realmente "sem preguiças"que os participantes encararam a competição. Com efeito, os jovensandebolistas presentes levaram muito a sério a missão e proporciona-ram aos espetadores presentes momentos de animada e bem disputadacompetição. No final, venceu uma das equipas da casa (CPN "Bran-co"), depois de uma vitória sobre a outra equipa da casa (CPN "Azul")

e de um triunfo suado sobre a equipa convidada, o IC Madalenense. Omais importante foi, porém, o momento de diversão e convívio que oevento proporcionou aos atletas presentes. A Secção de Andebolcepeenista fechou assim da melhor forma uma época desportiva a quesó faltou mesmo um título oficial, dado que, de resto, foi possívelconseguir os objetivos traçados, os quais passavam essencialmentepelo crescimento do número de atletas e pela afirmação e qualificaçãoda modalidade no clube, na cidade e no concelho. Este mini-torneioserviu ainda para lançar a próxima época. A partir desta altura, estãoabertas as inscrições na Escola de Andebol do CPN, que recebe atletasdos 7 aos 21 anos. Em particular, dá-se prioridade à captação de atletasentre os 7 e os 11 anos, devendo os interessados procurar informaçõesna sede do CPN ou através do e-mail [email protected]

FOTO RUI LAIGINHA

A Voz de Ermesinde • JULHO de 2013Desporto

ASSEMBLEIA GERAL DO ERMESINDE SPORT CLUBE

FOTO ARQUIVO URSULA ZANGGER

Ermesinde SC corre risco de vida!Hipótese de criar um novo clube foi já equacionada

MIGUEL BARROS

Aos 77 anos de vida oErmesinde Sport Clube vê asua sobrevivência seriamen-te comprometida. Facto "ex-traído" da Assembleia Geral(AG) que o clube levou a cabono passado dia 21 de junho,no salão nobre dos bombei-ros voluntários locais. NumaAG muito concorrida no quea associados diz respeito, dasmais concorridas de que hámemória no passado mais re-cente do clube, atrevemo-nosmesmo a dizer, colocaram-sea descoberto as inúmeras fra-gilidades que este enfrenta naatualidade, e que põem entãoem risco o seu futuro imedia-to. Numa AG escaldante,com muita discussão - emcertos momentos com âni-mos bastante exaltados - osnúmeros (contas) apresenta-dos mais não confirmaramque o clube está num becosem saída. No que às contasdiz respeito foram indicadosos nomes dos vários credo-res da coletividade - e res-petivas verbas que têm a re-ceber -, com realce para a Se-gurança Social e as Finanças,sendo que esta última enti-dade encerrou a atividade doErmesinde no final de 2012(!), por alegadamente o clu-be já não apresentar docu-mentos fiscais (declaraçõesdo IVA, por exemplo) desde2009! Ainda no que diz res-peito às contas estas foram

as possíveis de apresentar, por-que ao que parece documentosimportantes que sustentariam va-lores (de despesa) mais concre-tos desapareceram sem deixar ras-to (!), alegadamente na sequênciade um incêndio que há algum tem-po atrás ocorreu na secção admi-nistrativa do clube.

Ora, se para tentar apro-fundar a real e exata situação doErmesinde era preciso que essesmesmos documentos apareces-sem, uma missão ao que pareceimpossível, quem poderia darmais explicações sobre este e ou-tros "mistérios" financeiros tam-bém desapareceu. Referimo-nosao presidente da Direção, JoséAraújo, cujos pares do elencodiretivo dizem nunca ter tido umúnico contacto (reuniões) ao lon-go do atual mandato! O tesourei-ro da coletividade, que eventual-mente poderia prestar mais algunsesclarecimentos sobre questões deíndole financeira havia apresen-tado a sua demissão precisamen-te no dia em que esta AG se iriarealizar. O buraco financeiro emque o clube se encontra terá emgrande parte contribuído para quenenhuma lista de candidatura seapresentasse para suceder à Di-reção que agora cessou funções.Face a isto colocou-se em cimada mesa a hipótese de se formaruma Comissão Administrativapara gerir os destinos do clubenos próximos tempos, mas tam-bém esta solução foi gorada, jáque ninguém se disponibilizou aavançar para tal "saída de emer-gência".

Novo clubecomeçoua ser equacionado

Perante os factos evidencia-dos nesta AG, isto é, sem soluçãodiretiva à vista, e mergulhado numacrise financeira calamitosa, a so-brevivência do Ermesinde SportClube foi de imediato colocada emrisco. Já depois de Isidro Vaz darpor terminada a sessão um grupode sócios juntou-se no sentido deequacionar a criação de um novoclube. Uma situação, aliás, vulgarno atual panorama desportivo na-cional, com exemplos bem conhe-cidos nos concelhos vizinhos(por exemplo, o FC Maia "mor-reu" para renascer como MaiaLidador, enquanto que o históri-co Salgueiros deu lugar ao Salguei-ros 08). Augusto Mouta, antigoatleta e presidente honorário doErmesinde Sport Clube, foi umadas vozes que mais se fez ouvirao longo da noite, e lamentandoprofundamente a situação em queo seu amado Ermesinde se en-contra admitiria que face a to-dos os factos ali verificados oclube dificilmente teria condi-ções de viabilidade, e que a so-lução imediata seria a criação deum novo clube. Sustentaria estasua visão com o facto de que épreciso que a juventude da ci-dade continue a praticar despor-to, neste caso o futebol, e que aprópria cidade continue a terfutebol, que continue a viver deforma apaixonada, como atéaqui, a modalidade. Atendendoà agonizante situação do

Ermesinde Sport Clube e ao fac-to de a nova temporada des-portiva estar a caminho - as ins-crições na Associação de Fute-bol do Porto têm de ser feitas embreve - a criação de um novo clu-be poderá ser mesmo a soluçãopara que esta história tenha umfinal feliz, a julgar pelo que vi-mos e ouvimos no decorrer dalonga noite.

Situaçãodo estádioresolvida

Mas nem tudo foram más -ou péssimas - notícias na AG doErmesinde Sport Clube. Alémdos pontos alusivos às contas eà eleição de novos corpos geren-tes, a Ordem de Trabalhos con-tinha um ponto para esclarecer acarta que Abílio de Sá - um dosprincipais credores do clube - teráenviado ao Ermesinde Sport Clu-be, exigindo que este lhe entre-gasse de imediato o Estádio de

Sonhos, caso contrário avançariacom uma providência cautelar.Carta esta que, recorde-se, foi dadaa conhecer aos associados do Er-mesinde na AG de 31 de maio pas-sado, e que terá causado algum es-panto depois de a Câmara de Va-longo ter anunciado publicamenteque o problema do estádio estariaresolvido, passando a solução pelapermuta dos terrenos do Comple-xo (municipal) dos Montes daCosta, que ficariam com capaci-dade construtiva e da munici-palização do Estádio de Sonhos.Face a isto a carta de Abílio de Sácausou estranheza, e assim sendonessa mesma AG de 31 de maiofoi nomeada uma comissão de qua-tro elementos para apurar a ver-dade, digamos assim, junto do pre-sidente da Câmara, João PauloBaltazar.

Augusto Mouta seria o por-ta-voz da citada comissão na AGdo Ermesinde Sport Clube de 21de junho, para relatar as incidênci-as da reunião com o presidente da

autarquia, sossegando de ime-diato os associados do clubeao dizer que o edil de Valongohavia dado a sua palavra deque a situação do estádio es-taria mesmo resolvida, sen-do que faltavam apenas limaralgumas arestas do "negócio"com Abílio de Sá, adiantandoMouta de que uma primeiratranche (150 000 euros) des-se "negócio" seria paga já emjulho, sendo que a segundaseria paga em outubro.

Augusto Mouta acres-centaria ainda que a autarquiaassim que municipalizar oEstádio de Sonhos pretendedotar aquela infraestruturadesportiva com um relvadosintético.

(Nota: na próxima edi-ção apresentaremos novosdesenvolvimentos sobre oestado crítico que ErmesindeSport Clube atravessa a-tualmente).

DAMAS

Sérgio Bonifácio e Nélson Monteiroem destaque no Open de Romariz

MB

A equipa do Núcleo de Damas de Ermesinde/Café Ave-nida (na imagem) esteve presente no Open Casa do FC Portode Romariz, no passado sábado (22 de junho), prova estapontuável para o ranking da Federação Portuguesa de Da-mas, na qual participaram 44 damistas em representação de

oito equipas. O combinado da nossa freguesia levou à cita-da prova cinco jogadores, nomeadamente, Jorge Rocha, No-émio Soares, Manuel Silva, Sérgio Bonifácio, e NélsonMonteiro, sendo que em jeito de balanço final podemos con-siderar a prestação destes damistas como muito positiva,senão vejamos. Sérgio Bonifácio e Nélson Monteiro ficarammuito perto do lugar mais desejado do torneio, sendo que oprimeiro damista quedou-se pelo terceiro lugar, enquanto osegundo classificou-se no lugar imediatamente a seguir. Oconjunto de Ermesinde conseguiu ainda "meter" um outroatleta no "top 10" da competição, mais precisamente NoémioSoares, que foi 10º classificado. Manuel Silva foi 12º, ao pas-so que Jorge Rocha quedou-se pelo 33º posto. No planocoletivo o Núcleo de Damas de Ermesinde foi terceiro de umcertame cujo vencedor seria o CCD de S. João da Madeira.Esta última equipa teve motivos para festejar duplamenteneste Open, já que para além do título coletivo venceu oceptro individual, através do seu damista Manuel Cardoso.

SETAS

Pedro's Bar sobeà 1ª Divisão da ASP

Foi mesmo em cima da meta que os ermesindenses doPedro's Bar asseguraram na derradeira noite do mês de maio asubida à 1ª Divisão da Associação de Setas do Porto (ASP).Promoção alcançada então após um triunfo forasteiro por 6-3em casa dos Orcas/Casablanca, em jogo da 26ª e última jornadaCampeonato da 2ª Divisão, e que cimentou o segundo lugar daclassificação final, com um total de 68 pontos somados, menosoito que o há muito campeão, e também promovido, InterClaudis Darts. Quanto às outras equipas da nossa cidade nesteescalão o Pedro's Bar X terminou em quinto lugar, com 60pontos, ao passo que os Austeridardos Pedros's Bar foram 11ºcom 44 pontos, e os Cruzas foram últimos (14º) com apenas 28pontos contabilizados. No escalão principal, e a uma jornadado fim, e com tudo já resolvido, isto é, com campeão já encon-trado e com equipas já matematicamente despromovidas à 2ªDivisão da ASP, o destaque da 9ª jornada da segunda fase vaipara os triunfos das equipas ermesindenses do Estádio Dart's//40's Bar - que na Série A venceu o Alvarelhos por 7-2 - e dosArrebola Setas - que na Série B foram a casa do AddictedQuinta da Caverneira vencer por 5-4.

FOTO ALBERTO BLANQUETT

JULHO de 2013 • A Voz de Ermesinde 13

O Pároco Manuel Martins de Castro Ferreira,o Conde de Ferreira e o Cemitério Paroquial

• TEMAS ALFENENSES •

ARNALDOMAMEDE (*)

1834, enviava, com frequência, a Valongo um seucriado para saber novidades sobre o tão desejadoregresso do Rei absolutista, até que um dia, ten-do-se aproximado em demasia de um grupo paralhe ouvir as conversas, foi tomado por espião eseveramente sovado. Para grande desgosto do ve-lho Abade, o criado não mais acedeu a deslocar-sea Valongo para saber novida-des sobre o tão ansiado re-gresso de D. Miguel.

Aos mendigos que lhe pe-diam esmola, perguntava: –Achas que o Senhor D. Mi-guel voltará? Os que lhe co-nheciam as preferências polí-ticas, respondiam afirmativa-mente e, satisfeito, o velhoAbade obsequiava-os comuma boa esmola; pelo contrá-rio, se lhe respondiam que D.Miguel jamais regressaria, des-pachava-os com uma esmolamínima, vociferando que nãopercebiam nada do assunto.

Quinto e último filho deum casal de agricultores dolugar de Vila Meã, Joaquim Ferreira dos Santosnasceu em 19 de fevereiro de 1782. Ao irmão maisvelho Manuel coube o património agrícola da fa-mília, como era de tradição; o segundo seguiu acarreira religiosa, foi pároco em S. Cosme deGondomar, como vimos atrás.

Com a idade de 17 anos emigrou para o Brasil,recomendado a um familiar afastado. Fez parte dosurto migratório, de adolescentes da classe médiada época, relativamente instruídos, para o Brasil,ocorrido entre meados do Séc. XVIII e princípiosdo séc. XIX, que alguns autores designam como«emigração dos caixeiros», que precedeu a emi-gração pobre, em massa, muito mais numerosa,para trabalhar nas plantações decafé, em substituição da mão deobra escrava.

Chegados ao Brasil, os jo-vens caixeiros, em poucos anossucediam aos donos do negócio,fosse por regresso do patrão àterra natal, pelo casamento comuma das filhas, ou fundando elesmesmos o seu próprio negócio.

Assim aconteceu com Joa-quim Ferreira dos Santos, queem breve inicia o comércio coma Argentina e, após a compra doseu próprio navio, o brigue“Activo”, desloca-se por duasvezes a Angola, onde estabelecerelações com casas comerciaisde Luanda e se relaciona comRégulos em Cabinda, aos quais adquire os escra-vos que depois vende no Brasil aos senhores deengenho, normalmente por troca direta por açúcare outros produtos, tais como, peças de pano, fer-ragens, pólvora, vinho, aguardente, que vendia naida, em Angola, já que na volta regressava ao Riode Janeiro com o “Activo” pejado de escravos,

or certo, milhares de alfenensesterão transposto dezenas, senãocentenas, de vezes o portão, emferro forjado, que serve de entra-da nobre ao Cemitério Paroquial,situado bem no centro da respetiva

frontaria, em cantaria de granito e grade em ferrotrabalhado. Porém, poucos terão parado ou, se-quer, atenuado o passo para o contemplar com aatenção que merece.

Bem na parte superior e a toda a largura doportão uma inscrição, em letras soltas de ferrofundido, diz que foi «DADO PELO SNR ABA-DE M. M. C. F.», e, um pouco mais acima, bemao centro, «1884».

Vamos pois, procurar saber quem foi o Sr.Abade M. M. C. F. e que larguezas o terão leva-do a oferecer a frontaria nobre do nosso Cemité-rio Paroquial.

Manuel Martins de Castro Ferreira nasceu nolugar de Ervedosa, da Freguesia de S. Pedro daCova, em 11 de dezembro de 1840, filho de JoãoMartins e de Petronilha Ferreira. Foi batizado peloPadre António Martins, pároco de S. Cosme deGondomar e foram padrinhos Joaquim Ferreirados Santos e o Padre João Martins, pároco de S.Pedro da Cova. Debrucemo-nos, agora, um poucosobre a festa do batizado daquele que viria a ser,durante mais de quarenta anos, pároco de Alfena,em especial, sobre as personalidades aí presentes.

Joaquim Ferreira dos Santos, futuro Conde deFerreira, e o Padre João Martins, os padrinhos, pre-sentes na cerimónia, militavam, empenhadamente,em causas opostas que, naqueles tempos, dividiamprofundamente os Portugueses; tempos de revolta,de grande agitação social e guerra civil a que só ahumilhante e vexatória intervenção militar estrangei-ra conseguiu pôr termo, com a Convenção de Gra-mido, assinada em 29 de julho de 1847, no lugar domesmo nome da Freguesia de Valbom, Gondomar.

Não consta que deste encontro entre estesdois homens, ambos com poder e influência nosseus meios, mas de convicções firmes e profun-damente antagónicas, tenha resultado qualquerpolémica ou, sequer, uma discussão política umpouco mais acesa. Admitamos que ambos deixa-ram a política fora da porta e que, apenas, se con-centraram nos rituais da cerimónia do Batismo doafilhado, com o mais absoluto recato e atenção.

Contenção esta, que da parte do Padre JoãoMartins não seria fácil, acérrimo correligionáriode D. Miguel, não era seu hábito perder a mínimaoportunidade para a defesa da respeciva causaou para atacar a causa oposta.

Contava-se que, após a Convenção de Évora--Monte, que impôs o exílio de D. Miguel, em

Calcula-se que só o tráfico esclavagista lheterá rendido cerca de 900 contos de reis, pela vendade mais de 10 000 escravos, entre 1816 e 1828.

Em 1832, depois de alguns incidentes que mui-to o desgostaram, em especial, a acusação de tercontinuado o tráfico de escravos, então já proibido,regressa a Portugal, com o seu “Activo” carregado

de açúcar e outros produtos deorigem brasileira.

Desembarca em Lisboa, em 8de setembro de 1832 e recomendaao seu irmão o Padre AntónioFerreira Martins, pároco de S.Cosme, para ir de sua parte beijara mão de S. M. o Rei D. Pedro IV,então cercado na cidade do Porto,cuja expedição havia financiado,ainda no Rio de Janeiro, a pedidodo então Imperador.

De regresso ao Porto reto-ma a sua atividade comercial emdiversas áreas, adere à causa deCosta Cabral na qual se empe-nha ao ponto de colocar ao dis-por da Junta Provisória os seuspróprios capitais. Em troca, é

nomeado Par do Reino, depois nobilitado com ostítulos de Barão, Visconde e Conde de Ferreira.

Deixou legados a asilos, confrarias, miseri-córdias, em especial a do Porto e do Rio de Janei-ro. Não esqueceu os familiares, criados, afilhadose amigos. À sua afilhada D. Luísa, filha de CostaCabral, deixou 60 contos de reis e 30 contos aopróprio Costa Cabral. Legou verba suficiente paraa construção de 120 escolas, em sedes de conce-lhos, incluindo casa para o professor. Com o res-tante mandou construir o hospital de alienados.

Voltemos ao Padre Manuel Martins de Cas-tro Ferreira, agora já sacerdote no desempenho defunções paroquiais.

Foi pároco na Freguesia dePenamaior, no Concelho de Pa-ços de Ferreira, durante seis anos,de 1868 a 1874, ano em que tomaposse da Paróquia de Alfena.

Curiosamente, a primeira re-ferência a seu respeito que constanos registos paroquiais de Alfenaé o batizado, em 20 de janeiro de1874, de uma menina nascida nolugar de Baguim, que recebeu onome de Florinda. Esta era irmãdo comendador Matos.

Pelos relatos ouvidos aos maisvelhos era homem afável, de fáciltrato e bom conversador. Devota-do aos desfavorecidos e mais ne-cessitados fundou uma obra decaráter social denominada Comis-

são de Assistência, da qual foi presidente e reconheci-do benfeitor.

Na qualidade de presidente da Junta da Paróquiada Freguesia de Alfena, mandou publicar no “Jornalde Notícias”, em 20 de maio de 1900, um edital emque consta «terem de ser vistoriados, medidos e ava-liados os seguintes bocados de terrenos baldios, asaber: um bocado frente ao campo das Pereiras;

CONS. REG. COM. VALONGO N.º 56190 SOCIEDADE POR QUOTAS - CAPITAL SOCIAL: 20000• CONTRIBUINTE: 507 219 708

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ALFENAArmazém:R. das Passarias, 4644445-171 AlfenaZONA INDUSTRIALDE ALFENATEL: 22 967 0005

outro no lugar de Sebadouro, no lugar de Transleça;dois bocados na Serra Amarela, um em frente àcasa de António Moreira, no lugar do Outeiro; ou-tro denominado Pedroso, no lugar da Ferraria; umapedreira ao nascente do Ribeiro Secco, no lugar deBaguim; e outro em frente à casa do fallecido Antóniode Sousa Carneiro, no lugar da Igreja». «E eu AntónioJosé Fernandes, secretário da Junta o escrevi e subs-crevi». Este António José Fernandes era professoroficial em Alfena, o único à época.

Já em idade avançada, mandou construir umamoradia, que, por sinal nunca chegaria a habitar,que doou à sua sobrinha, de apelido Moura, quecom ele vivia, daí ser conhecida pela «Casa daMoura». Esta moradia, antes com certa imponência,que se destacava das casas vizinhas todas térreas,ainda hoje existe, embora bastante descaracterizadadevido a alterações posteriores. Situa-se na Rua deAldeia Nova, 335/355 e também com acesso pelaRua de S. Vicente, 1874.

Por razões de saúde pública, em 1835, o regi-me liberal proibiu, por Lei, os enterramentos nointerior das igrejas, autorizando-os, porém, nosadros até que se aprontassem os respetivos cemi-térios. Em Alfena, a 12 de maio de 1884, em cartaao Cardeal D. Américo, Bispo do Porto: «DizManuel Martins de Castro Ferreira, Parocho daFreguezia de S. Vicente de Alfena, (...) que achan-do-se concluído o novo cemitério Parochial, (...)P. a V.Emº se digne conceder-lhe licença para po-der proceder às ditas bênçãos do cemitério...».

O auto de Vistoria, realizada em 7 de junhode 1884, refere «uma grade de ferro que em-bellesa a sua frente, no centro da qual realça umbonito e bem desenhado portão metálico que dáingresso para o mesmo...»

Voltando ao início desta crónica: que largue-zas o terão levado a oferecer a frontaria do Cemi-tério Paroquial?

Um pouco mais atrás fizemos referência aofacto de o Conde de Ferreira, no seu testamento,não ter esquecido familiares e afilhados. ManuelMartins de Castro Ferreira e sua mãe Petronilhaeram, simultaneamente, seus sobrinhos e afilhados.Coube-lhes um quinhão de dois contos e quinhen-tos e de quatro contos de reis, respetivamente. Umaboa maquia para a época.

Tudo leva a crer que terão sido estas as “largue-zas” que lhe permitiram tal dádiva.

O Padre Manuel Martins de Castro Ferreirafaleceu aos 77 anos de idade, em 1915, em Alfena.

até mais não caber.

Património

14 A Voz de Ermesinde • JULHO de 2013Emprego

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JULHO de 2013 • A Voz de Ermesinde 15

Sotaque transmontanonão tem sentido depreciativo. Compreendo que um sítio, assimnomeado, nada diria ao perguntador. Mirandela é conhecida,se não por outro motivo, ao menos pelas alheiras tradicionais.Nas últimas décadas, também pelas flores que alegram o espaçourbano e pelo repuxo no leito do Tua.

Expliquei-lhe que nunca tive pejo em dizer que fui criado“entre tojos e urzes”, carregando nos “ss” à espanhola,diferentemente do tom sibilante que os citadinos emprestamà sua pronúncia e, mais adiante, adotei. Em menos de umcredo, ficámos amigos e passámos duas ou três horas à“laracha” como se, em crianças, tivéssemos jogado à cabra-cega, ao eixo ou ao pião em Vale de Juncal ou Alimonde. Emcertas ocasiões tenho ido à sua Livraria Académica em buscade certo livro ou de uma informação de que ele é, com certeza,fonte segura; outras, passo por lá a cumprimentá-lo e, decaminho, acabo por adquirir algo que me interessaespecialmente ou espicaça o meu querer. Um dia ofereci-lheum certo livro intitulado “O Meu Povo em Gente” que eleleu e sobre o qual opinou. Incluiu-o na última resenha deescritores transmontanos com generosa referência e garantiu-me que essa era a sua opinião, jamais forma de me agradecer

ou lisonjear. Contou-me que usa os fins de semana paraconhecer melhor a terra transmontana, em especial o distritode Bragança, e referiu histórias de pessoas e lugares ondeesteve, pormenores curiosos de suas andanças e conversas,relatos simples mas enriquecidos com o seu jeito peculiar ea vivacidade que conferem encanto a essas histórias.Conhece o que guardam certas povoações de que ninguémfala, casas apalaçadas em aldeias que grimpam às serras ourepousam em vales escondidos, contas 1 de gente simplesmas impregnadas de conhecimentos acumulados em muitasgerações. Aqui, põe acento na senhora distinta de negrovestida e apoiada numa bengala que lhe diz, com a maiornaturalidade, que tem 105 anos feitos, assistida por umacriada pouco mais nova que ela, filhos que moram na capital

NUNOAFONSO

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Dir. Técnica: Ilda Rosa Costa Filipe Ramalho

á tempos que não visito o senhorNuno Canavez e confesso que játenho saudades da sua maneira deser, ao mesmo tempo espontâneamas refletida, inteligente e afávelmas simples e direta, das suas

e desempenharam funções importantes, netos a lecionarem universidades estrangeiras ou a representar o paísem embaixadas por esse mundo fora; mais além, umcasarão de lavoura administrado por uma família dehábitos simples mas esmerada educação com um ror denomes inscritos nos cartões de visita de cada membro,sempre disponíveis, de grande lhaneza no trato masmodestos quanto à sua vida pessoal que outras pessoasda aldeia se encarregam de exaltar.

Com ele os contactos são fáceis e as conversas fluemnaturalmente a partir de um fio qualquer, seja o tempoque faz, os últimos acontecimentos da vida nacional oua situação no mundo mas, como se houvesse um íman,direcionam-se para o torrão natal, embora se denotemoutros grandes amores, o Porto para onde migrou aostreze anos e construiu a vida, colecionando muitos evariados amigos e os livros que não poderiam terencontrado melhor zelador. Como pai extremoso quenão tira o pensamento dos filhos, assim os livros lheocupam a mente e o coração. Rejeita as novastecnologias mas sabe o que tem na sua livraria e onde

cada livro está colocado, é só pedir e, nãotarda muito, está o livro nas mãos de quem oencomendou tão ou mais depressa do que aaplicação da CDU 2 poderia proporcionar.

Falando de Bragança, não tocou natradicional rivalidade entre mirandelenses ebrigantinos que, mutuamente, se alcunhamde narros, material linguístico cujo si-gnificado ninguém conhece, para informarque foi tropa na capital do nordeste e queteve por lá algumas aventuras amorosas.Referiu-se às festividades em que ossoldados desfilavam pelas ruas do burgoacompanhados pelos olhares curiosos dasmoças debruçadas nas janelas e ao modocomo as saudava apontando o cano daespingarda à pala do boné ao mesmo tempoem que esboçava um sorriso maroto aprovocar os seus risinhos alvoroçados.

Quantas histórias lhe ouvi acompanhadasde risos cúmplices, quantas observações denaturezas diversas e de argúcia invulgarpontilharam as nossas conversas! Modesto,não se lhe ouve um auto-elogio sabendo-seque teria muitas razões para o fazer, desde a

condecoração outorgada pelo antigo Presidente MárioSoares às amizades que mantém com muitas das figurasgradas da sociedade portuense e nacional passandopela modesta recusa aos convites que lhe vão dirigindopara sócio honorário de instituições culturais de que éexemplo a Academia de Letras de Trás-os-Montes napessoa do presidente da respetiva Direção, ProfessorDoutor Ernesto Rodrigues. Num país de “egos”exacerbados, faz bem realçar exemplos como este, quenos reconciliam com o que há de melhor na sociedade.

1 Contas – histórias, relatos.2 CDU – sigla de um sistema de organização debibliotecas.

tiradas desconcertantes massempre respeitosas, do seu sorrisode miúdo traquina, do

seu permanente bom humor, como sehouvesse um pacto de não agressão entreele e a vida. Todos temos os nossosproblemas, de natureza vária, ele tambémnão escapa à vil condição humana. Mas,se a advertência vem a talhe de foice,convém deixar esclarecido que não mepassou procuração para falar da sua vidapessoal ainda que muito mal a conheça.

Lembrei-me dele, hoje, dia 16 de junho,terceiro domingo do mês neste ano da Gra-ça de 2013. Algures, durante a caminhadadiária, um casal dirigiu-se-me solicitandoinformação sobre o melhor trajeto paraaceder a S. Romão do Coronado. Satisfeitoscom a resposta, depois de terem agra-decido, o homem indagou:

- O senhor é transmontano, não é?Estive inclinado a responder que era de

muitos lugares, como já tenho dito e, defacto, sou mas optei por uma resposta linearcorrespondente à simplicidade da per-gunta:

- Sou sim.- O acento transmontano é inconfundível. Posso

saber donde?- Sou de Bragança – respondi – O senhor também

é de Trás-os-Montes, já notei.- De Montalegre.Todos sorrimos e apertámos as mãos. Evoquei,

então, a resposta que me deu o senhor Nuno Canavezquando nos conhecemos:

- Mas é de Bragança ou de um buraco ali próximo?E, antes que eu manifestasse contrariedade, soltou

uma risada franca e explicou:- Não me leve a mal. Também sou de um buraco perto

de Mirandela. Chama-se Vale de Juncal, em Abambres,concelho de Mirandela. A palavra buraco, neste caso,

Crónicas

16 A Voz de Ermesinde • JULHO de 2013

GLÓRIALEITÃO

Diseurs

uvir intervenções de co-mentadores na forma tãoexaustiva a que temos as-sistido através dos “mídia”começa a desgastar pelo seuconteúdo retórico e centrado

à volta do mesmo. Na sua técnica deexpressão e ênfase fazem lembrar odesempenho dos “diseurs” só que, aocontrário da poesia (que é a área nobre destamestria de se “saber dizer”), os discursosque se vão ouvindo, por mais inflamadosque sejam, já não mexem com as pessoasque estão descrentes e céticas em relação aofuturo. Fui-me dando conta de que ouvimos,ouvimos, concordamos ou discordamos, edepois? O que fazemos com isso? Atendência é “irmos na onda” e deixarmo-nosinvadir pelo desânimo, ainda mais queouvimos coisas graves e, mais grave ainda,porque não são desmentidas. Isso cada vezmais vai transparecendo nos rostos dasnossas gentes, que já encolhem os ombros eviram as costas.

Precisei de contrariar esse efeito (talcomo toda a gente, também eu preciso demotivos que me façam acreditar que vale apena levantar e sair pela porta ao raiar dodia). Eliminei “ruídos” e decidi continuar naprocura daquilo que está na minhacompetência poder fazer, fazendo. Para issopreciso de respostas de quem tem saberesque eu não tenho.

Surgiu-me a oportunidade de poderperguntar a uma dessas pessoa do “saber”sobre as suas expetativas para o futuro do

nosso país e o que considerava ser útil mudar.Recebi uma resposta, à altura do desafio, aindamais que me deu para pensar e repensar e istoporque tinham passado oito anos sobre um textoque li, e infelizmente quem o escreveu não seenganou nas “projeções” que fez de forma sagaze pertinente. Essa pessoa estava atenta, simsenhor, o que não aconteceu com a maioria de umpaís que se foi deixando “afunilar” para caminhospreviamente definidos pelos tais “senhores dosdígitos”. Efetivamente ninguém se tinha dadoconta disso até aparecer o “maremoto” que, naprimeira enxurrada, levou os mais frágeis, e como agigantar da onda começou a atingirpatamares que pouca gente está a deixar asalvo. É efetivamente agora, em cima do fioda navalha que nos prende com notícias quenos dão conta da importância dos cálculos edas fórmulas das folhas de cálculo, a grelhaque representamos com um sinal +/- . Claroque o “profeta” que estava por vir era o quetinha a ciência das matemáticas e nos veioacabar com a festa.

Estávamos habituados a ouvir discursos,pensando que as pessoas que nos iam“dizendo coisas bonitas”, também iam“fazendo” as coisas por nós, mas agoradizem-nos que fomos nós que “não fizemosos trabalhos de casa” - estamos num paísfalido e até as promessas entraram em criseporque a “lei da compensação” também jánão resulta: encolheu a nossa manta deretalhos. A reflexão que li conduziu-meintuitivamente a uma pessoa que adoravaouvir na televisão, nas suas “ConversasVadias” - o Professor Agostinho da Silva, umhomem de diálogo aberto que, de formanatural desmontava certezas. Não era galã,nem teatralmente formatado, não vestia YSL,nem Armani, mas era um filósofo que se vestiade saber, que se vestia de gente. Gostei dasua reflexão sobre as pessoas que estão no topoda linha de comando dos países: «Os políticos,em lugar de se ajudarem entre si e uns aos outrosnesta tarefa difícil que é administrarem um país,em que se tem ao mesmo tempo que olhar opresente com todo o cuidado objetivo, e ter amaior confiança no que se pode concretizar defuturo, em lugar de os políticos se ajudarem unsaos outros, se auxiliarem, a realmente levar essatarefa por diante, tantas vezes se entretêm, em

todos os países, a lutar uns com os outros, adesacreditarem-se uns aos outros, como se issopudesse fazer avançar seja o que for.»

A História diz-nos que o destino das naçõese dos seus povos quase sempre esteve em mãosdos poderes políticos e será impossíveldesmontar essa realidade. Ser político é umaprofissão que honra qualquer um e eu não medou sequer à veleidade de pôr isso em causa,ainda mais que tenho a honra de conhecer e seramiga de pessoas de muito valor nesta profissãoe que trabalham de forma afincada pela defesadas suas ideias, mesmo ao serviço de ideais

diferentes entre si. Contudo, o descrédito e odesgaste da imagem do político também a si sedevem. Infelizmente passa ainda a ideia de queisso já pouco estará a importar (daí surgirem, secalhar, os “independentes”). Tudo se estará atransferir para uma linguagem tecnocrata, aoserviço da política, ao serviço de elevadosinteresses que se levantam e cada um terá a suaprópria escala de valores, que muitas vezes não éa mesma que passa nas mensagens “às massas”.

Agostinho da Silva pensava assim no seutempo. Em pleno século XXI um povointeiro, de nações inteiras, começam a dar-seconta do quanto está de mãos atadas e comum futuro à espera de nada, conforme viretratado no quadro de Cândido Portinari -os “Retirantes”, o rosto dos mais frágeis eque agora não têm como se retirar para lugarnenhum, levando às costas a pesada carga dasua culpa e da culpa dos outros.

Este Professor, Português e um dosprincipais intelectuais do Séc. XX, não seesqueceu de nos deixar uma mensagem - «Oque quero de todos os portugueses é oseguinte: sejam curiosos; e que a organizaçãoem sociedade possa ser de tal maneira queeles possam satisfazer essa curiosidadecompletamente. E não para ganhar dinheiro,não para fazer figura, nem para ganhar cargo,mas para ser plenamente aquilo que é. Algumacoisa que ele sinta que o está desenvolvendona mensagem única que tem que dar domundo, de maneira que a minha mensagempara qualquer aluno de qualquer escola é:faça favor de cuidar da sua mensagem e nãoda minha. A minha foi, é só para dizer «cuideda sua», porque essa é que tem importância.E a mensagem será vossa na medida em quefor o mais diferente possível da minha, ou dequalquer outra. Senão, para quê duplicadosno mundo? Não é preciso. Para isso é queinventaram os carimbos. Eu não sou umcarimbo de ninguém». Agostinho da Silvaera também um homem livre de todo odespojamento e parecia querer passar-nosoutra mensagem: «Olha para o que eu digo eolha para o que eu faço».

Em tempos de agora, terá chegado omomento de “agarrar” as palavras úteis, quenos foram sendo deixadas como “alertas” eque fomos deixando o vento levar? Istoporque “eles” (que agora são muitos) só estãoa “dizer”. Depois, é preciso “encontrar ocaminho”, “querer” e “fazer”. De que forma?Temos que descobrir, mas penso que, nestemomento, não nos podemos dar ao luxo deperder tempo a olhar para o lado à esperaque o outro comece primeiro ou, contar aindaque “encavalitados” às costas dos outros,sejam eles a fazer o trabalho por nós – é que,quanto a mim, esse tempo, também já acabou.

Crónicas

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ERMESINDEA VOZ DE

Comunica-se aos Senhores Assinantes

de “A Voz de Ermesinde” que o pagamento da

assinatura (24 números = 12 euros) pode ser

feito através de uma das seguintes modalida-

des, à sua escolha:

• Cheque - Centro Social de Ermesinde

• Vale do correio

• Tesouraria do Centro Social de Ermesinde

• Transferência bancária para o Montepio Geral- NIB 0036 0090 99100069476 62

• Depósito bancário- Conta Montepio Geral nº 090-10006947-6

JULHO de 2013 • A Voz de Ermesinde 17Opinião

m grupo de deputados doPSD (os oito da JSD) diri-giram um pedido ao ministroda Educação, desejando saberqual o valor transferido doEstado em 2012 para os

sindicatos do sector da educação equanto está previsto para o próximo ano.Dada a eventual incorreção da pergunta, osseus signatários correm o risco de obteremuma resposta do género: não há qualquervalor transferido do Estado em 2012, omesmo acontecendo para o ano de 2013, istoporque os custos do funcionamento dossindicatos, suportados pelos contribuintes,revestirem a forma das entidades ou ins-

tituições públicas continuarem a processar osvencimentos dos trabalhadores destacados paraserviços nos sindicatos, como se estivessem aexercer as funções para que foram contratados,em vez das clássicas transferências financeiras.

Quanto custam os sindicatos da educação?

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IMAGENS ARQUIVO

Interpelado quanto ao alcance da pergunta,o deputado Hugo Soares considera-a legítima, jáque é também legítimo saber quanto custam aoEstado os representantes do povo na Assembleiada República ou os presidentes de Câmara.

Estando completamente de acordo quantoà legitimidade da pergunta, entendemos que aocasião deveria ser aproveitada paraintroduzir no custo de funcionamento dasestruturas que suportam a democraciaalgumas alterações, principalmente “nummomento em que todos os portugueses fazemsacrifícios”, muitos deles de enormepenosidade.

E, assim, deveríamos acabar com qualquercomparticipação do OE ou das entidadespúblicas para custear despesas de partidosou de sindicatos, pondo fim à subsidiação decustos de funcionamento dos gabinetespartidários no Parlamento, de campanhaseleitorais e de continuarem os ministérios,empresas e outras entidades públicas aassegurar, através dos seus orçamentos, asdespesas dos seus colaboradores chamados aexercer funções nos sindicatos ou nospartidos.

Os milhões de euros que os contribuintesanualmente suportam com as “máquinas”partidárias e sindicais, não são compagináveiscom os sacrifícios, os cortes de rendimentose de serviços sociais impostos aos portuguesesatravés das políticas recessivas protagoni-zadas pelo atual Governo.

(*) [email protected]

18 A Voz de Ermesinde • JULHO de 2013

• 2 chávenas e meiade farinha de trigo;

• ½ chávena de farinhaintegral;

• 1 chávena de açúcaramarelo;

• 1 chávena de açúcarmascavado;

• 2 colheres de chá debicarbonato de sódio;

• 1 colher de chá de salintegral;

• 2 colheres de sopade vinagre de maçã nãorefinado nem pasteu-rizado;

• 3/4 de chávena deóleo;

• 1 chávena de caféforte com uma colher dechá de açúcar masca-vado;

• ¾ de chávena de água;• 1 colher de chá de aroma de baunilha.

Preparação:Misturam-se todos os ingredientes secos. Depois, vai-se acrescentando os líquidos aos

poucos, mexendo sempre com uma vara de arames até se obter uma massa homogéneasem grumos. Leva-se ao forno numa forma untada e enfarinhada a 180ºC durante cercade 40 minutos.

Sugestões: o óleo de coco extra virgem resulta muito bem no bolo e para untar a forma.Pode-se dissolver o sal no café quente para evitar pedras inteiras no bolo.

Lazer

14 JULHO 1913 – Nascimento de Gerald Ford, 38º presidente dos Estados Unidos(faleceu a 26 de dezembro de 2006).

SOLUÇÕES:

Coisas Boas

Palavras cruzadas

DiferençasDescubra as10 diferençasexistentesnos desenhos

SOLUÇÕES:

Efemérides

Veja se sabe

Descubra que rua de Ermesinde se esconde dentro destas palavras com as letrasdesordenadas: AMARO SÁS DE TENHONFIAS.

Rua NossaSenhora de Fátima.

Anagrama

01 - Britânico, Prémio Nobel da Paz em 1934.02 - Povo escandinavo que invadiu a Itália bizantina em 586.03 - Realizador austríaco, autor de “Até à Eternidade” (1953).04 - Rio que desagua no Douro, em Peso da Régua.05 - A que classe de animais pertence o dom-fafe?06 - A que país pertence a região da Toscânia?07 - Em que país fica a cidade de Cleveland?08 - Qual é a capital do Sudão do Sul?09 - A abreviatura And corresponde a qual constelação?10 - Elemento metálico cinza azulada, n.º 41 da Tabela Periódica (Nb).

Provérbio

SOLUÇÕES:

01 – Arthur Henderson.02 – Lombardos.03 – Fred Zinnemann.04 – Rio Corgo.05 – Aves.06 – Itália.07 – Estados UInidos.08 – Jaba.09 – Andrómeda.10 – Nióbio.

Quem em julho ara e fia, ouro cria. (Provérbio português)

HORIZONTAIS

VERTICAIS

HORIZONTAIS

1. Capas sem mangas; e-vento convocado por tele-móvel. 2. Oferecer; levo tem-po. 3. Dê abrigo; Banda De-senhada. 4. Sabor; progeni-tora. 5. Somei; tal e qual. 6.Batráquios; isolado; inter-pretar. 7. Partir; nome mas-culino; perversa. 8. Desloque-se pelo ar com a ajuda dasasas; réptil. 9. Fico sentido;distribui o correio. 10. DeusSol no Egito antigo; trem.

1. Composição poética; de-sapossar. 2. Ferramenta; o-dor. 3. Grandes psitacídeos;pronome pessoal. 4. Socie-dade anónima desportiva;língua provençal. 5. Sepa-ração. 6. Estado sólido daágua; atrevem-se. 7. prono-me pessoal; fabricante deaparelhos eletrónicos. 8.Pedra de moinho; milhar;ferro temperado. 9. Fregue-sia do concelho de Caminha;pronome pessoal. 10. Machoda cabra; vestígio.

SOLUÇÕES:

VERTICAIS

1. Ode; privar. 2. Pa; aroma.3. Araras; eu. 4. SAD; Oc. 5.Divisao. 6. Gelo; ousam. 7.Me; LG. 8. Mo; mil; aco. 9.Orbacem; ti. 10. Bode; rasto.

Sudoku (soluções)

Sudoku

163 163 163 163 163

16

31

63

16

31

63

16

3

Em cada linha,horizontal ou vertical,têm que ficar todos osalgarismos, de 1 a 9,sem nenhuma repeti-ção. O mesmo paracada um dos nove pe-quenos quadrados emque se subdivide oquadrado grande.

Alguns algaris-mos já estão coloca-dos no local correcto.

01. Nariz.02. Sapato.03. Punho.04. Sobrancelha.05. Balão.06. Pata do corvo.07. Bico.08. Asa.09. Chão.10. Dedo.

Bolo vegano de café

ILUSTRAÇÃO EXTRAÍDA DE ZORG.COM

1. Opas; mob. 2. Dar; demoro.3. Asile; BD. 4. Travo; mae. 5.Adi; sic. 6. Ras; so: ler. 7. Ir;Raul; ma. 8. Voe; osga. 9.Amuo; CTT. 10. Ra; comboio.

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“A Voz de Ermesinde” prossegue neste número uma série de receitas vegetarianas degrau de dificuldade “muito fácil” ou “média”.

A reprodução é permitida por http://www.centrovegetariano.org/receitas/, de acordocom os princípios do copyleft.

JULHO de 2013 • A Voz de Ermesinde 19Tecnologias

SmartTV quase ao preçoda uva mijona

LC (com Lffl)

A CuBox

Retomando uma série de textos publi-cados anteriormente sobre os novos mi-crocomputadores, com tamanho de uma pen,apresentamos hoje as últimas novidades –são soluções que permitem com muito poucodinheiro, ir à internet pesquisar, participar nasredes sociais, consultar mails, escrever textos,tratar imagem, etc.. numa vulgar televisão comentradas USB, ridicularizando as propostasmuito dispendiosas das smartTV que pa-recem querer estabelecer-se como padrão nomercado.

A mais recente destas propostas é umanova versão da CuBox, um projeto daSolidRun nascido em 2011, mas agorareconfigurado, que consiste num mini-pcbaseado numa CPU ARM dual core, capaz deaceitar como sistema ope-rativo várias distribuiçõesLinux, como Ubuntu e Fe-dora, por exemplo.

Tal como outras pro-postas similares, a CuBoxoferece um muito baixoconsumo energético, apre-sentando-se na forma deum pequeno cubo de 5 cmde lado e peso à volta de90 gramas.

A CuBox é proposta aopúblico já com Ubuntu pré-instalado, para além dedispor do acesso aosrepositórios oficiais dadistribuição.

O processador é umaCPU ARM dual core Mar-vell Armada 510, de 800Mhz, com 1Gb de memóriaRAM DDR3, uma porta HDMI ligação a umaTV ou monitor PC de nova geração, portaEthernet 10/100/1000, duas portas USB 2.0 euma eSATA, isto além de um leitor de microSD,que pode funcionar como disco de arma-zenagem. Vem ainda comuma porta de infraver-melhos.

O hardware permitereproduzir video em Full-HD com apenas 3 wattsde consumo.

Mas mesmo assim, aCuBox traz um dissipa-dor de calor que tornapossível utilizar o dis-positivo 24 horas por diasem nenhum problema.

Para quem o preferiré perfeitamente possívelinstalar, em vez do U-buntu, outra distribuiçãoLinux, como Arch Linux,Crux, Debian, GeeXboX,Gentoo, Fedora, open-SUSE, Xilka, Xubuntu etodas as outras varia-ções do Ubuntu, além doAndroid, cujos drivers estão, aliás,disponíveis através da página wiki desteprojeto da SolidRun.

A CuBox pode funcionar comop PCdesktop, para navegar na net, para con-

tabilidade doméstica, ou até para ser utilizadacomo server, dado o seu baixo consumo.Pode ainda servir como base de um quiosqueinformativo.

A versão base da CuBox custa 89,99 eu-ros completa com alimentador de energia eum microSD de 4GByte con Ubuntu 12.04pré-instalado, a versão Pro da CuBox, com 2GB de memória Ram, custa 126,99, tambémcom alimentador e um microSD de 4GBytesempre com Ubuntu 12.04 pré-instalado.

Rikomagic MK802 IV Box TvStick Android

Outra proposta recente é o RikomagicMK802 IV Box Tv Stick Android, umdispositivo con processador Quad Core e 2Gb de Ram.

Este dispositivo apresenta-se como umaTV Stick, e é baseado no processador

Rockchip RK3188 quad core, de 1.8 GhzCortex A9, e com um processador gráficoGPU Mali 400 quad core capaz de reproduzirsem problemas video em FullHD e 3G,permitindo uma grande melhoria e conforto

no acesso aos jogos atualmente disponíveispara Android.

O Rikomagic MK802 IV Box Tv StickAndroid vem com 2 Gb de memória RAMDDR 3 e 8 Gb de memóriade armazenamento

distros em linha...Esta semana o site dedicado às

distribuições de software livre Dis-trowatch anunciou o lançamento dasseguintes distribuições: SparkyLinux3.0 Beta 2, GhostBSD 3.1, Kubuntu13.10 Alpha 1, KNOPPIX 7.2.0,DreamStudio 12.04.3, Tails 0.19, ParsixGNU/Linux 5.0 Test 2, Elive 2.1.52(Unstable), Linux Lite 1.0.6, Zorin OS 7"Educational", Calculate Linux 13.6 ePCLinuxOS 2013.06 "LXDE". Uma novadistribuição, Open Mandriva, entroupara a base de dados oficial daDistrowatch, enquanto outra ficou emlista de espera, Rogue Class Linux.

SPARKYLINUX 3.0 BETA 2http://sparkylinux.org/

Pawel Pijanowski anunciou adisponibilidade da segunda versãobeta de desenvolvimento do Spar-kyLinux 3.0, uma distribuição baseadaem Debian, com ambiente de desktopLXDE, mas permitindo Enlightenment,Openbox, JWM e MATE. Imagens DVD.iso otimizadas para arquiteturas PC64 bits com LXDE e Enlightenment (1538MB), Openbox e JWM (1 372MB) eMATE (1 555MB).

GHOSTBSD 3.1http://www.ghostbsd.org/

Eric Turgeon anunciou o lança-mento do GhostBSD 3.1, uma dis-tribuição desktop não Linux, baseadaem FreeBSD, e com ambientes dedesktop GNOME 2, LXDE e Openbox.Imagens CD .iso otimizadas paraarquiteturas PC 32 bits, com GNOME(972MB, torrent), LXDE (603MB, torrent)e Openbox (639MB, torrent).

KUBUNTU 13.10 ALPHA 1http://www.kubuntu.org/

Jonathan Riddell anunciou adisponibilidade da primeira versão alfade desenvolvimento do Kubuntu13.10. Vem com o kernel Linux 3.9.7 eo “obrigatório” ambiente KDE. ImagemDVD .iso otimizada para arquiteturasPC 64 bits (957MB, torrent).

KNOPPIX 7.2.0http://www.knoppix.org/

Klaus Knopper anunciou o lan-çamento do KNOPPIX 7.2.0, umanova versão desta distribuição livebaseada em Debian, com LXDEcomo ambiente desktop por defeito.Vem com o kernel Linux 3.9.6.Imagem DVD .iso (3 921MB, torrent),e imagem CD .iso (701MB, torrent).

PARSIX GNU/LINUX 5.0 TEST 2http://www.parsix.org/

Alan Baghumian anunciou adisponibilidade da segunda versãode teste no desenvolvimento doParsix GNU/Linux 5.0, distribuiçãobaseada em Debian "Wheezy" e comambiente de desktop GNOME 3.8.Imagem DVD .iso otimizada paraarquiteturas PC 64 bits (1 079MB).

interno, expansível até 64 Gb através demicroSD. Permite também a ligação de umdisco rígido portátil através de porta USB.

Para a sua ligação, o dispositivo trazWireless 802.11 b/g/n com Bluetooth 4.0, oque permite ligar rato e teclado compatíveis,além da porta HDMI para ligar a uma TV oumonitor. Traz ainda uma porta microUSBdedicada à alimentação elétrica.

Como sistema operativo o RikomagicMK802 IV vem com o Android 4.2 Jelly Bean,numa versão otimizada, com um interfacegráfico mais simples para a utilização numa TV.

Mas, tal como noutros projetos, é per-feitamente possível instalar uma distribuiçãoLinux dedicada, tal como por exemplo PicUntu,uma leve distribuição derivada de Ubuntu eotimizada para mk802 e processadoresRockchip.

O Rikomagic MK802 IV está disponível,por exemplo, na Amazon Italia por 79,99 euros.

TV Stick Android

Muito semelhante a estaúltima é a proposta do TV StickAndroid, um dispositivo pro-posto também na forma de umapen, e baseado no processadorARM Cortex A9 RockchipRK3188 quad core de 1.8 GHz.

Traz igualmente uma cartagráfica Mali-400 quad core, quepermite a reprodução de videoem alta definição (1 080 p) semqualquer problema.

Também este equipamentopode funcionar horas a fio semaumento da temperatura.

O Android TV Stick QuadCore vem com 1 Gb de memóriaRam DDR3 e 8 Gb de memóriainterna de armazenamento, que

se pode expandir a 64 Gb mediante microSD.Para a conectividade e talcomo a propostaanterior, vem com Wireless 802.11 b/g/n comantena, para melhorar a receção, e aindaBluetooth.

Também presenteum microfone incorpo-rado, com o qual pode-mos efetuar com o qualpodemos efetuar cha-madas telefónicas Voiputilizando, por exemploSkype, Viber, etc..

Além da porta HDMIpara ligar o dispositivoa uma TV ou monitor PCde nova geração, o An-droid TV Stick Quadvem com uma portamicroUSB 2.0 OTG euma porta USB 2.0 paraligar um rato.

As dimensões destedispositivo são de 102.2x 47 x 11 mm, com pesode cerca de 36 gramas.

O sistema operativoé um Android 4.1.x

otimizado, com aplicações dedicadas àconfiguração e gestão do dispositivo numaparelho de TV.

O preço proposto deste aparelho, naAmazon, é de 85,00 euros.

FOTOS LFFL

20 A Voz de Ermesinde • JULHO de 2013Arte Nona

Paulo Monteiroeditado em França

Paulo Monteiro, o autor de BD eo diretor do Festival Internacionalde Beja – cuja nona edição ter-minou no passado domingo, dia 16de junho, com um encontro naCasa da Cultura de Beja) –, viu hápoucos dias editado em França,pela editora Six pieds sous terre oseu livro “O Infinito Amor que teTenho” (“l’Amour infini que j’ai pourtoi”), que se junta assim àsanteriores edições polaca (“Nies-konczona milosc która do ciebieczuje”) e inglesa (“The infinite lovei have for you”), da editora Blankslate books, e antecedeu por poucoa edição castelhana, das Edicionsde Ponent (“El amor infinito que tetengo...”), que viu a luz do dia nopassado dia 21 de junho. Tal comoaponta Jorge Machado-Dias no seublogue Kuentro, «faltarão ediçõesem russo, chinês, japonês e árabepara que Paulo Monteiro se torne oautor português de BD maisinternacionalizado de sempre. Mascom a paciência e perseverançaque lhe conhecemos, nunca sesabe... e, até agora, só com umúnico livro - é obra!».

Fonte: http://kuentro.blogspot.pt

Entretanto 4 de junho – 348º Encontroe 28º Aniversárioda Tertúlia BD de Lisboa

Continuando o ciclo dedicado aos blógueres de BandaDesenhada, o 348ª Encontro da Tertúlia BD de Lisboa(28º Aniversário), que se realizou no passado dia 4 dejunho, teve como convidado especial João Lameiras,editor, coordenador e redator de um blogue dedicado àBanda Desenhada, o "Por Um Punhado de Imagens", queiniciou em outubro de 2009.

Também autor de BD enquanto argumentista, teve asua primeira experiência fazendo, em co-autoria com oilustrador Fernando Correia, a banda desenhada "NasceSelvagem"

João Lameiras tem já continuada carreira docentenesta área, e é co-proprietário de uma livrariaespecializada em BD, a Dr. Kartoon, sita em Coimbra.

Neste encontro da Tertúlia BD de Lisboa realizou-se olançamento do n.º 0 de “Os Escudos da Lusitânia”, umaparceria entre a Verbos & Letras e o Grupo Entropia.

Lista depresenças

1. Adelina Menaia2. Álvaro3. AnaSaúde4. António Isidro5. Catarina Cruz6. Cristina Amaral7. Filipe Duarte8. Gabriel Martins9. Geraldes Lino10. Helder Jotta11. Hugo Tiago12. Inês Ramos13. João Amaral14. João Figueiredo15.João Lameiras(Convidado Especial - 3º blóguer

do ciclo "Blógueres de BD")16. João Maio Pinto17. João Paulo Sá-Chaves18. João Vidigal19. José Pinto Carneiro20. Manuel Valente21. Moreno22. Paula Garcia23. Pedro Bouça24. Pedro Cruz25. Rui Domingues26. Simões dos Santos

Autobiografiade João MiguelLameiras«Nasci em Coimbra, a 13 de setembro de 1966

e sou licenciado em História da Arte pelaUniversidade de Coimbra, e Mestre em Históriada Arte Moderna pela mesma Universidade. Omeu interesse pela Banda Desenhada vem desdea infância, mas só comecei a escrever sobre BandaDesenhada em finais da década de 80, no saudosofanzine Nemo, superiormente dirigido porManuel Caldas, onde, para além de mim, seestrearam na crítica de Banda Desenhada, oDomingos Isabelinho e o João Ramalho Santos.

Desde 1994 que asseguro uma coluna semanalsobre Banda Desenhada no diário “As Beiras”,tendo, para além disso, colaborado nasrevistas “Selecções BD” (II série),“Quadrado”, “Bang!” (da editora Saída deEmergência) e na revista Biblioteca da C.M.L,para além do “BD Jornal”, de que soucolaborador desde o n.º 1 e do jornal“Público”, onde comecei a colaborar em 2012,com textos sobre a coleção da Marvel, que ojornal distribuiu o ano passado. E a minhaatividade como crítico de BD, para além daparte material teve também o devidoreconhecimento institucional, pois obtiveatravés dos meus textos, o Prémio deImprensa do Festival Internacional de BDda Amadora nos anos de 1996, 1997, 1998 e2000.

Fui também responsável, entre 1990 e2002, do programa de rádio sobre BD, Baladado Mar Salgado, na Rádio Universidade deCoimbra, criado com o João Ramalho Santose o saudoso Olímpio Ferreira e mais tardeprosseguido a solo. Para além da rádio e dostextos para a imprensa, a minha atividade nocampo da BD, passou também pela minhacolaboração com a Devir onde, enquantoconselheiro editorial, consegui que a editoradescobrisse o trabalho de José CarlosFernandes, que se tornou o principal autorportuguês da Devir e, enquanto diretoreditorial da revista “Comix”, editada pelaDevir, tive a honra de publicar pela primeira vezem Portugal, o Sin City de Frank Miller, o Hellboy

de Mike Mignola, o Sandman de Neil Gaiman evárias histórias curtas de Alan Moore.

A minha carreira enquanto argumentista écurta e, com a exceção de Nasce Selvagem, umahistória de 2 páginas desenhada por FernandoCorreia em 1993, tem sido sempre feita emcolaboração com o João Ramalho Santos.

Juntos, escrevemos Crossroads e RevoluçãoInterior: À Procura do 25 de Abril, dois livrosilustrados por José Carlos Fernandes; O Museu,uma história curta ilustrada por Miguel Rocha,publicada no jornal “Público”, em novembro de1999, integrada no Projecto 25 de Abril, 25 Anos,25 BDs; Eden 2.0. ilustrado por Luís Louro, emque o criador desta Tertúlia tem uma participaçãoespecial e, aquele de que estou mais orgulhoso,As Cidades Visíveis. Um ensaio ficcionado sobrea série de BD Les Cités Obscures de Schuiten e

Peeters, que foi co-editado pelas Edições Cotoviae pela Bedeteca de Lisboa, em outubro de 1998. Anossa última actividade nessa área, foi

Metamorfoses, em 2003, uma história curtadesenhada por Etienne Schréder, que deveria serparte de um álbum sobre Coimbra, que nuncapassou do projeto.

A minha ligação à BD assumiu ainda outravertente, quando em finais de 2006,juntamente com outros três sócios,decidimos prosseguir com a aventura daLivraria Dr. Kartoon, tentando fazer juz àherança da Fanny Denayer, uma belga aquem a BD em Portugal muito deve.

Atualmente, a todas essas atividades,junto também a de professor, na Licenciaturade BD e Ilustração e no Mestrado deIlustração da ESAP - Guimarães e noMestrado de Ilustração e Animação, doInstituto Politécnico do Cávado e do Ave,em Barcelos. Uma experiência que me está adar algum trabalho, mas muito maior prazer.

Quanto ao motivo que originou estaminha segunda presença na Tertúlia BDcomo convidado, o blogue Por um Punhadode Imagens, nasceu em outubro de 2009,como o espaço ideal para dar uma segundavida e uma maior divulgação aos textos quefiz para os diferentes jornais e revistas epara falar sobre livros ou filmes que memotivaram uma reflexão. A minha ideiaoriginal de publicar, pelo menos, dois postspor semana, nem sempre tem sidocumprida, mas ainda assim conseguipublicar mais de 250 posts ao longo destesquase 4 anos que, em média, são vistosdiariamente por perto de 200 visitantesdiários, exceto quando escrevo texto sobre

o Milo Manara e o número de visitantes quaseque decuplica... (...)».

JOÃO MIGUEL LAMEIRAS, CARICATURA DE FERNANDO RELVAS

JULHO de 2013 • A Voz de Ermesinde 21Arte Nona

autor:PA

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Quadrilha (15/16- fim

)

22 A Voz de Ermesinde • JULHO de 2013Serviços

A VOZ DEERMESINDEJORNAL MENSAL

Ago 2013Ago 2013Ago 2013Ago 2013Ago 2013 LLLLLua Cheia: ua Cheia: ua Cheia: ua Cheia: ua Cheia: 2121212121 ; Q. Minguante: ; Q. Minguante: ; Q. Minguante: ; Q. Minguante: ; Q. Minguante: 2828282828;;;;;LLLLLua Nova: ua Nova: ua Nova: ua Nova: ua Nova: 66666; Q. Crescente: ; Q. Crescente: ; Q. Crescente: ; Q. Crescente: ; Q. Crescente: 1414141414.....

EmpregoCentro de Emprego de Valongo .............................. 22 421 9230Gabin. Inserção Prof. do Centro Social Ermesinde .. 22 975 8774Gabin. Inserção Prof. Ermesinde Cidade Aberta ... 22 977 3943Gabin. Inserção Prof. Junta Freguesia de Alfena ... 22 967 2650Gabin. Inserção Prof. Fab. Igreja Paroq. Sobrado ... 91 676 6353Gabin. Inserção Prof. CSParoq. S. Martinho Campo ... 22 411 0139UNIVA ............................................................................. 22 421 9570

TelefonesCENTRO SOCIAL DE ERMESINDE

TelefonesERMESINDE CIDADE ABERTA

• SedeTel. 22 974 7194Largo António Silva Moreira, 9214445-280 Ermesinde

• Centro de Animação Saibreiras (Manuela Martins)

Tel. 22 973 4943; 22 975 9945; Fax. 22 975 9944Travessa João de Deus, s/n4445-475 Ermesinde

• Centro de Ocupação Juvenil (Manuela Martins)

Tel. 22 978 9923; 22 978 9924; Fax. 22 978 9925Rua José Joaquim Ribeiro Teles, 2014445-485 Ermesinde

ECA

LLLLLua Cheia: 2ua Cheia: 2ua Cheia: 2ua Cheia: 2ua Cheia: 222222; Q. Minguante: ; Q. Minguante: ; Q. Minguante: ; Q. Minguante: ; Q. Minguante: 2929292929;;;;;LLLLLua Nova: ua Nova: ua Nova: ua Nova: ua Nova: 88888; Q. Crescente: ; Q. Crescente: ; Q. Crescente: ; Q. Crescente: ; Q. Crescente: 1616161616.....

Tiragem Médiado Mês Anterior: 1100

Hosp. S. João (Circunv.)

Hosp. S. João (Circunv.)

Hosp. S. João (Circunv.)Hosp. S. João (Circunv.)

Areosa (Areosa) )

Areosa (Areosa)

Martins Costa (Alto Maia)

Hosp. S. João (Circunv.)Hosp. S. João (Circunv.)

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Hosp. S. João (Circunv.)Hosp. S. João (Circunv.)Hosp. S. João (Circunv.)

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Sousa Torres (Maiashop.)Sousa Reis (Brás Oleiro)

Maia (Alto Maia)Hosp. S. João (Circunv.)

Hosp. S. João (Circunv.)

Hosp. S. João (Circunv.)

Oliveiras (Areosa)Martins Costa (Alto Maia)

Hosp. S. João (Circunv.)Hosp. S. João (Circunv.)

Dias Farmácias de Serviço

FFFFFases da Lases da Lases da Lases da Lases da LuauauauauaJul 20Jul 20Jul 20Jul 20Jul 201111133333

Locais de vendade "A Voz de Ermesinde"

• Papelaria Central da Cancela - R. Elias Garcia;

• Papelaria Cruzeiro 2 - R. D. António Castro Meireles;

• Papelaria Troufas - R. D. Afonso Henriques - Gandra;

• Café Campelo - Sampaio;

• A Nossa Papelaria - Gandra;

• Quiosque Flor de Ermesinde - Praça 1º de Maio;

• Papelaria Monteiro - R. 5 de Outubro.

• Educação Pré-Escolar (Teresa Braga Lino)(Creche, Creche Familiar, Jardim de Infância)

• Infância e Juventude (Fátima Brochado)(ATL, Actividades Extra-Curriculares)

• População Idosa (Anabela Sousa)(Lar de Idosos, Apoio Domiciliário)

• Serviços de Administração (Júlia Almeida)

Tel.s 22 974 7194; 22 975 1464; 22 975 7615;22 973 1118; Fax 22 973 3854Rua Rodrigues de Freitas, 22004445-637 Ermesinde

• Formação Profissional e Emprego (Albertina Alves)(Centro de Formação, Centro Novas Oportunidades, Empresasde Inserção, Gabinete de Inserção Profissional)

• Gestão da Qualidade (Sérgio Garcia)

Tel. 22 975 8774Largo António Silva Moreira, 9214445-280 Ermesinde

• Jornal “A Voz de Ermesinde” (Fernanda Lage)

Tel.s 22 975 7611; 22 975 8526; Fax. 22 975 9006Largo António da Silva Moreira Canório, Casa 24445-208 Ermesinde

• N.º ERC 101423• N.º ISSN 1645-9393Diretora:Fernanda Lage.Redação: Luís Chambel (CPJ 1467), MiguelBarros (CPJ 8455).Fotografia:Editor – Manuel Valdrez (CPJ 8936), UrsulaZangger (CPJ 1859).Maquetagem e Grafismo:LC, MB.Publicidade e Asssinaturas:Aurélio Lage, Lurdes Magalhães.Colaboradores: Afonso Lobão, A. Álvaro Sou-sa, Ana Marta Ferreira, Armando Soares, Cân-dida Bessa, Chelo Meneses, Diana Silva, Fariade Almeida, Filipe Cerqueira, Gil Monteiro, GlóriaLeitão, Gui Laginha, Jacinto Soares, Joana Gon-çalves, João Dias Carrilho, Sara Teixeira, JoanaViterbo, José Quintanilha, Luís Dias, Luísa Gon-çalves, Lurdes Figueiral, Manuel Augusto Dias,Manuel Conceição Pereira, Marta Ferreira, Nu-no Afonso, Paulo Pinto, Reinaldo Beça, RuiLaiginha, Rui Sousa, Sara Amaral.Propriedade, Administração, Edição, Publicidade eAssinaturas: CENTRO SOCIAL DE ERMESINDE• Rua Rodrigues de Freitas, N.º 2200 • 4445-637ERMESINDE • Pessoa Coletiva N.º 501 412123 • Serviços de registos de imprensa e publi-cidade N.º 101 423.Telef. 229 747 194 - Fax: 229733854Redação: Largo António da Silva Moreira, Casa 2,4445-280 Ermesinde.Tels. 229 757 611, 229 758 526, Tlm. 93 877 0762.Fax 229 759 006.E-mail: [email protected]:www.avozdeermesinde.comImpressão: DIÁRIO DO MINHO, Rua Cidadedo Porto – Parque Industrial Grundig, Lote 5,Fração A, 4700-087 Braga.Telefone: 253 303 170. Fax: 253 303 171.Os artigos deste jornal podem ou não estarem sintonia com o pensamento da Dire-ção; no entanto, são sempre da responsabili-dade de quem os assina.

FICHA TÉCNICA

Farmácias de ServiçoPermanente

Nome_______________________________________________________________Morada___________________________________________________________________________________________________________________Código Postal ____ - __ _____________________________________________Nº. Contribuinte _________________Telefone/Telemóvel______________E-mail______________________________

Ermesinde, ___/___/____(Assinatura) ___________________

Ficha de Assinante

Assinatura Anual 12 núm./ 9 eurosNIB 0036 0090 99100069476 62R. Rodrigues Freitas, 2200 • 4445-637 ErmesindeTel.: 229 747 194 • Fax: 229 733 854

ERMESINDEA VOZ DE

AdministraçãoAgência para a Vida Local ............................................. 22 973 1585Câmara Municipal Valongo ........................................22 422 7900Centro de Interpretação Ambiental ................................. 93 229 2306Centro Monit. e Interpret. Ambiental. (VilaBeatriz) ...... 22 977 4440Secção da CMV (Ermesinde) ....................................... 22 977 4590Serviço do Cidadão e do Consumidor .......................... 22 972 5016Gabinete do Munícipe (Linha Verde) ........................... 800 23 2 001Depart. Educ., Ação Social, Juventude e Desporto ...... 22 421 9210Casa Juventude Alfena ................................................. 22 240 1119Espaço Internet ............................................................ 22 978 3320Gabinete do Empresário .................................................... 22 973 0422Serviço de Higiene Urbana.................................................... 22 422 66 95Ecocentro de Valongo ................................................... 22 422 1805Ecocentro de Ermesinde ............................................... 22 975 1109Junta de Freguesia de Alfena ............................................ 22 967 2650Junta de Freguesia de Sobrado ........................................ 22 411 1223Junta de Freguesia do Campo ............................................ 22 411 0471Junta de Freguesia de Ermesinde ................................. 22 973 7973Junta de Freguesia de Valongo ......................................... 22 422 0271Serviços Municipalizados de Valongo ......................... 22 977 4590Centro Veterinário Municipal .................................. 22 422 3040Edifício Polivalente Serviços Tecn. Municipais .... 22 421 9459

ServiçosCartório Notarial de Ermesinde ..................................... 22 974 0087Centro de Dia da Casa do Povo .................................. 22 971 1647Centro de Exposições .................................................... 22 972 0382Clube de Emprego ......................................................... 22 972 5312Mercado Municipal de Ermesinde ............................ 22 975 0188Mercado Municipal de Valongo ................................. 22 422 2374Registo Civil de Ermesinde ........................................ 22 972 2719Repartição de Finanças de Ermesinde...................... 22 978 5060Segurança Social Ermesinde .................................. 22 973 7709Posto de Turismo/Biblioteca Municipal................. 22 422 0903Vallis Habita ............................................................... 22 422 9138Edifício Faria Sampaio ........................................... 22 977 4590

Auxílio e EmergênciaAvarias - Água - Eletricidade de Ermesinde ......... 22 974 0779Avarias - Água - Eletricidade de Valongo ............. 22 422 2423B. Voluntários de Ermesinde ...................................... 22 978 3040B.Voluntários de Valongo .......................................... 22 422 0002Polícia de Segurança Pública de Ermesinde ................... 22 977 4340Polícia de Segurança Pública de Valongo ............... 22 422 1795Polícia Judiciária - Piquete ...................................... 22 203 9146Guarda Nacional Republicana - Alfena .................... 22 968 6211Guarda Nacional Republicana - Campo .................. 22 411 0530Número Nacional de Socorro (grátis) ...................................... 112SOS Criança (9.30-18.30h) .................................... 800 202 651Linha Vida ............................................................. 800 255 255SOS Grávida ............................................................. 21 395 2143Criança Maltratada (13-20h) ................................... 21 343 3333

SaúdeCentro Saúde de Ermesinde ................................. 22 973 2057Centro de Saúde de Alfena .......................................... 22 967 3349Centro de Saúde de Ermesinde (Bela).................... 22 969 8520Centro de Saúde de Valongo ....................................... 22 422 3571Clínica Médica LC ................................................... 22 974 8887Clínica Médica Central de Ermesinde ....................... 22 975 2420Clínica de Alfena ...................................................... 22 967 0896Clínica Médica da Bela ............................................. 22 968 9338Clínica da Palmilheira ................................................ 22 972 0600CERMA.......................................................................... 22 972 5481Clinigandra .......................................... 22 978 9169 / 22 978 9170Delegação de Saúde de Valongo .............................. 22 973 2057Diagnóstico Completo .................................................. 22 971 2928Farmácia de Alfena ...................................................... 22 967 0041Farmácia Nova de Alfena .......................................... 22 967 0705Farmácia Ascensão (Gandra) ....................................... 22 978 3550Farmácia Confiança ......................................................... 22 971 0101Farmácia Garcês (Cabeda) ............................................. 22 967 0593Farmácia MAG ................................................................. 22 971 0228Farmácia de Sampaio ...................................................... 22 974 1060Farmácia Santa Joana ..................................................... 22 977 3430Farmácia Sousa Torres .................................................. 22 972 2122Farmácia da Palmilheira ............................................... 22 972 2617Farmácia da Travagem ................................................... 22 974 0328Farmácia da Formiga ...................................................... 22 975 9750Hospital Valongo .......... 22 422 0019 / 22 422 2804 / 22 422 2812Ortopedia (Nortopédica) ................................................ 22 971 7785Hospital de S. João ......................................................... 22 551 2100Hospital de S. António .................................................. 22 207 7500Hospital Maria Pia – crianças ..................................... 22 608 9900

Ensino e FormaçãoCenfim ......................................................................................... 22 978 3170Colégio de Ermesinde ........................................................... 22 977 3690Ensino Recorrente Orient. Concelhia Valongo .............. 22 422 0044Escola EB 2/3 D. António Ferreira Gomes .................. 22 973 3703/4Escola EB2/3 de S. Lourenço ............................ 22 971 0035/22 972 1494Escola Básica da Bela .......................................................... 22 967 0491Escola Básica do Carvalhal ................................................. 22 971 6356Escola Básica da Costa ........................................................ 22 972 2884Escola Básica da Gandra .................................................... 22 971 8719Escola Básica Montes da Costa ....................................... 22 975 1757Escola Básica das Saibreiras .............................................. 22 972 0791Escola Básica de Sampaio ................................................... 22 975 0110Escola Secundária Alfena ............................................. 22 969 8860Escola Secundária Ermesinde ........................................ 22 978 3710Escola Secundária Valongo .................................. 22 422 1401/7Estem – Escola de Tecnologia Mecânica .............................. 22 973 7436Externato Maria Droste ........................................................... 22 971 0004Externato de Santa Joana ........................................................ 22 973 2043Instituto Bom Pastor ........................................................... 22 971 0558Academia de Ensino Particular Lda ............................. 22 971 7666Academia APPAM .......... 22 092 4475/91 896 3100/91 8963393AACE - Associação Acad. e Cultural de Ermesinde ........... 22 974 8050Universidade Sénior de Ermesinde .............................................. 93 902 6434

BancosBanco BPI ............................................................ 808 200 510Banco Português Negócios .................................. 22 973 3740Millenium BCP ............................................................. 22 003 7320Banco Espírito Santo .................................................... 22 973 4787Banco Internacional de Crédito ................................. 22 977 3100Banco Internacional do Funchal ................................ 22 978 3480Banco Santander Totta ....................................................... 22 978 3500Caixa Geral de Depósitos ............................................ 22 978 3440Crédito Predial Português ............................................ 22 978 3460Montepio Geral .................................................................. 22 001 7870Banco Nacional de Crédito ........................................... 22 600 2815

ComunicaçõesPosto Público dos CTT Ermesinde ........................... 22 978 3250Posto Público CTT Valongo ........................................ 22 422 7310Posto Público CTT Macieiras Ermesinde ................... 22 977 3943Posto Público CCT Alfena ........................................... 22 969 8470

TransportesCentral de Táxis de Ermesinde .......... 22 971 0483 – 22 971 3746Táxis Unidos de Ermesinde ........... 22 971 5647 – 22 971 2435Estação da CP Ermesinde ............................................ 22 971 2811Evaristo Marques de Ascenção e Marques, Lda ............ 22 973 6384Praça de Automóveis de Ermesinde .......................... 22 971 0139

CulturaArq. Hist./Museu Munic. Valongo/Posto Turismo ...... 22 242 6490Biblioteca Municipal de Valongo ........................................ 22 421 9270Centro Cultural de Alfena ................................................ 22 968 4545Centro Cultural de Campo ............................................... 22 421 0431Centro Cultural de Sobrado ............................................. 22 415 2070Fórum Cultural de Ermesinde ........................................ 22 978 3320Fórum Vallis Longus ................................................................ 22 240 2033Nova Vila Beatriz (Biblioteca/CMIA) ............................ 22 977 4440Museu da Lousa ............................................................... 22 421 1565

DesportoÁguias dos Montes da Costa ...................................... 22 975 2018Centro de Atletismo de Ermesinde ........................... 22 974 6292Clube Desportivo da Palmilheira .............................. 22 973 5352Clube Propaganda de Natação (CPN) ....................... 22 978 3670Ermesinde Sport Clube ................................................. 22 971 0677Pavilhão Paroquial de Alfena ..................................... 22 967 1284Pavilhão Municipal de Campo ................................... 22 242 5957Pavilhão Municipal de Ermesinde ................................ 22 242 5956Pavilhão Municipal de Sobrado ............................... 22 242 5958Pavilhão Municipal de Valongo ................................. 22 242 5959Piscina Municipal de Alfena ........................................ 22 242 5950Piscina Municipal de Campo .................................... 22 242 5951Piscina Municipal de Ermesinde ............................... 22 242 5952Piscina Municipal de Sobrado ................................... 22 242 5953Piscina Municipal de Valongo .................................... 22 242 5955Campo Minigolfe Ermesinde ..................................... 91 619 1859Campo Minigolfe Valongo .......................................... 91 750 8474

Telefones de Utilidade Pública

0102030405060708091011121314151617181920212223242526272829303101020304

Seg.Ter.Qua.Qui.Sex.Sáb.Dom.Seg.Ter.Qua.Qui.Sex.Sáb.Dom.Seg.Ter.Qua.Qui.Sex.Sáb.Dom.Seg.Ter.Qua.Qui.Sex.Sáb.Dom.Seg.Ter.Qua.Qui.Sex.Sáb.Dom.

De 01/07/13 a 04/08/13

Central (Val.)Confiança (Erm.)Alfena (Alf.)

Marques Santos (Val.)Formiga (Erm.)Sobrado (Sobr.)Vilardell (Campo)MAG (Erm.)Marques Cunha (Val.)Nova Alfena (Alf.)Palmilheira (Erm.)Outeiro Linho (Val.)Sampaio (Erm.)Santa Joana (Erm.)Bemmequer (Alf.)Travagem (Erm.)Bessa (Sobr.)Ascensão (Erm.)Central (Val.)Confiança (Erm.)Alfena (Alf.)Marques Santos (Val.)Formiga (Erm.)Sobrado (Sobr.)Vilardell (Campo)MAG (Erm.)Marques Cunha (Val.)Nova Alfena (Alf.)Palmilheira (Erm.)Outeiro Linho (Val.)Sampaio (Erm.)Santa Joana (Erm.)Bemmequer (Alf.)Travagem (Erm.)Bessa (Sobr.)

JULHO de 2013 • A Voz de Ermesinde 23Serviços

AgendaAgendaAgendaAgendaAgenda 01 Jul - 31 Jul01 Jul - 31 Jul01 Jul - 31 Jul01 Jul - 31 Jul01 Jul - 31 Jul

26 DE JULHO, 21H00Largo do Passal, SobradoLargo do Passal, SobradoLargo do Passal, SobradoLargo do Passal, SobradoLargo do Passal, Sobrado“FESTIV“FESTIV“FESTIV“FESTIV“FESTIVAL DAL DAL DAL DAL DA CANÇÃO DE SOBRADO”A CANÇÃO DE SOBRADO”A CANÇÃO DE SOBRADO”A CANÇÃO DE SOBRADO”A CANÇÃO DE SOBRADO”Décima edição do Festival da Canção de Sobrado, umaorganização da Associação Social e Cultural de Sobrado e daCâmara Municipal de Valongo. O festival é composto porduas partes: interpretação de canções originais (letra e música)e interpretação de versões.(Agenda da Câmara Municipal de Valongo).

Desporto

ATLETISMO7 DE JULHO, 10H00PPPPParararararque que que que que AAAAAvvvvventurenturenturenturentura da Lipora da Lipora da Lipora da Lipora da Lipor– – – – – “I CORRID“I CORRID“I CORRID“I CORRID“I CORRIDA CIDA CIDA CIDA CIDA CIDADE DE ERMESINDE”ADE DE ERMESINDE”ADE DE ERMESINDE”ADE DE ERMESINDE”ADE DE ERMESINDE”Uma iniciativa do Clube Zupper, que conta com a colaboraçãoda Junta de Freguesia de Ermesinde e Câmara Municipal deValongo. Prova aberta. Inscrição: 3 euros.(Agenda “Ermesinde Desportivo”).

DESDE 17 DE JUNHO A 9 DE AGOSTOFórum Cultural de Ermesinde Fórum Cultural de Ermesinde Fórum Cultural de Ermesinde Fórum Cultural de Ermesinde Fórum Cultural de Ermesinde eeeeeCâmarCâmarCâmarCâmarCâmara Municipal de a Municipal de a Municipal de a Municipal de a Municipal de VVVVValongalongalongalongalongo (pontos de encontro (pontos de encontro (pontos de encontro (pontos de encontro (pontos de encontro)o)o)o)o)“V“V“V“V“VALALALALALONGO MEXE COMIGO”ONGO MEXE COMIGO”ONGO MEXE COMIGO”ONGO MEXE COMIGO”ONGO MEXE COMIGO”Uma parceria da Câmara Municipal de Valongo e daAssociação Sójovem, que propõe várias atividades – ténis,equitação, jogos tradicionais, atividades plásticas, hip hop emuito mais...(Agenda da Câmara Municipal de Valongo).

Animação

24 A Voz de Ermesinde • JULHO de 2013

Encontrode Gerações

Última

Que as memórias de uns se transmitam ao saber de outros.Que os sonhos de uns permaneçam e alimentem os sonhos

FOTOS MANUEL VALDREZ

de outros. A Rede Social do concelho mostrou estar viva. Eaqui estão alguns dos testemunhos disso mesmo.