aulas de patologia

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Patologia 09/08/12 Bibliografia ROBBINS & COTRAN. Patologia. Mosby-Elsevier. Mc Gavin-Zachary. Bases de Patologia em Veterinária. STEVENS & LOWE. Patologia Sites www.anatpat.unicamp.com.br www.kingcornell.com 1. Patologia – definição Estudo do sofrimento, das doenças. 2. Etiologia Causa (viral, bacteriana, etc.) 3. Patogenia Evolução da doença. Hiperaguda – mata rápido, alta virulência e baixa resistência (ebola, por exemplo) Aguda – virulência igual à resistência Subaguda – virulência um pouco menor do que a resistência Crônica – equilíbrio entre agente agressor e hospedeiro Bovino do Nordeste que pega carrapato aqui costuma morrer, porque não tem resistência. Temos de introduzir carrapatos aos poucos (para que haja adaptação, diminuindo a virulência). Alterações morfológicas – mal funcionamento de um órgão, dando origem a sinais e sintomas da doença.

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Patologia

09/08/12

Bibliografia

ROBBINS & COTRAN. Patologia. Mosby-Elsevier. Mc Gavin-Zachary. Bases de Patologia em Veterinria. STEVENS & LOWE. Patologia

Sites

www.anatpat.unicamp.com.brwww.kingcornell.com

1. Patologia definioEstudo do sofrimento, das doenas.

2. EtiologiaCausa (viral, bacteriana, etc.)

3. PatogeniaEvoluo da doena.

Hiperaguda mata rpido, alta virulncia e baixa resistncia (ebola, por exemplo) Aguda virulncia igual resistncia Subaguda virulncia um pouco menor do que a resistncia Crnica equilbrio entre agente agressor e hospedeiro

Bovino do Nordeste que pega carrapato aqui costuma morrer, porque no tem resistncia. Temos de introduzir carrapatos aos poucos (para que haja adaptao, diminuindo a virulncia).

Alteraes morfolgicas mal funcionamento de um rgo, dando origem a sinais e sintomas da doena.

Sintoma algo relatado, subjetivo

Sinal algo que d para observar, objetivo

4. Diagnstico veremos em Clnica

5. Tratamento veremos em Clnica

6. Prognstico veremos em Clnica

PatogeniaCorresponde ao processo considerado desde a entrada do agente agressor no hospedeiro at as ltimas consequncias.

Os primrdios da Patologia remontam a 6.000 anos atrs, mas somente no sculo XVII, na Itlia, que surgiram os primeiros anatomistas, que estudavam os cadveres clandestinamente. Eles relacionaram certos problemas a certos rgos.

Verslius e Morgagni foram pioneiros (sculo XVIII).

Em 1765 surgiu em Lyon a primeira escola de Veterinria. No Brasil, a primeira foi a escola do exrcito, h praticamente 100 anos. Essa escola ainda existe.

O microscpio surgiu por volta de 1700.

Rudolf Wirchow considerado o pai da patologia microscprica (histopatologia).

Por causa da Segunda Guerra Mundial, surgiu a microscopia eletrnica.

No microscpio de transmisso, feixes de eltrons so transmitidos, atravessando a clula. Por isso, conseguimos ver seu interior.

No microscpio de varredura, os eltrons no entram na clula, ficando em sua superfcie, mas podemos ver a imagem em 3D (e no em 2D, como no microscpio ptico).

Hoje temos a biologia molecular, com as nanomolculas.

[Desenho de hipertrofia de clula muscular]

Trofia significa alimentao.

O equilbrio entre catabolismo e anabolismo traz a homeostase.

Excesso de hipertrofia faz faltar oxignio na parte central, que comea a se degenerar. Lembrar que na parte central esto as organelas e o ncleo.

Luz menor no corao impede a entrada de sangue (causada pela hipertrofia para bombear mais sangue).

[Foto de corao hipertrfico]

Atrofia, assim como hipertrofia, uma adaptao, s que uma o oposto da outra. O no uso faz a musculatura diminuir (atrofia). Uso em demasia faz aumentar o tamanho (hipertrofia). Idoso tem pele solta por causa da atrofia. Precisa de um pouco de musculao.

Metaplasia tambm um tipo de adaptao, em que o tipo de clula muda. Por exemplo, epitlio pseudo-estratificado da traqueia vira estratificado. Isso acontece com fumante e o epitlio perde a funo, porque no consegue eliminar muco com a mesma eficincia (em sentido contrrio ao do ar). A tendncia com a perda de funo o epitlio ficar neoplsico.

Neoplasia significa aumento no nmero de clulas (e no no tamanho delas, como na hiperplasia).

Por um lado a metaplasia (modificao do epitlio) protege; por outro, causa a perda de funo (incapacidade de eliminar muco).

Clculo vesical tambm causa metaplasia e o stress traz leso celular.

Leso celularComea quando a clula no consegue se adaptar s condies exigidas.

Com menos O2, uma parte do cido pirvico vira cido lctico, que se acumula no msculo e causa dor. Depois eliminado e tudo volta ao normal.

Se, porm, h uma obstruo (cogulo), num vaso, por exemplo, uma rea no irrigada e no recebe oxignio. No havendo oxignio por um tempo prolongado, a clula tende a sofrer um processo degenerativo, porque o lactato afeta o pH e no h produo adequada de glicose sem oxignio.

[Desenho de vaso obstrudo por cogulo e a rea afetada, que anteriormente era irrigada]

Uma enzima precisa de: temperatura pH substrato (glicose)

Sem ATP, para a bomba de Na-K e aumenta a presso osmtica. Com isso, a clula sofre degenerao entrpica (inchao turva, edema celular e outros sinnimos), porque entrou gua e a membrana da clula estufou.

H bloqueio da mitocndria e uma srie de outras coisas. Contudo, o processo ainda reversvel se o cogulo for removido.

Depois de um tempo, o processo fica irreversvel e a clula morre. No d para saber exatamente quando.

Entrando muito clcio na clula, so estimuladas enzimas de degradao celular. Fora isso, o clcio bloqueia a membrana da mitocndria, impedindo seu correto funcionamento. Este o ponto irreversvel.

Sem oxignio, depois de uma hora, a clula no reverte mais. A clula nervosa morre em cinco minutos. A muscular que aguenta mais, porque tem reserva de glicognio.

Se uma regio do corao afetada, o cogulo tem de ser retirado o mais rpido possvel. Em uma hora, o paciente tem sobrevida de 60%; em duas horas, 30%.

Ao receber e doar eltrons (na cadeia respiratria), o oxignio forma radicais livres (quando perde eltrons). Formando perxido de hidrognio (H2O2), que uma molcula instvel, h tendncia de roubar eltrons da membrana da mitocndria (oxidao). O organismo tenta neutralizar isso com SOD.

Vitamina E substncia redutora, que estabiliza a clula. Se no houver isso, a clula vai envelhecendo e as enzimas vo perdendo sua atividade. Da ocorre a morte celular.

No caso da obstruo de um vaso, retirando o cogulo, 300 mil clulas morreram, 400 mil esto entre a vida e a morte e 300 mil so viveis (no sofreram leses irreversveis).

Retirando o cogulo, o O2 volta e as 300 mil se recuperam. Mas e as 400 mil? Quantas delas se salvam? As que conseguem fazer uma oxidismutase, neutralizando assim os radicais livres.

H trombolticos (que fazem lise do trombo) e vasodilatadores. Quanto antes a medicao for dada, menos clulas sero comprometidas.

Cavalo e co tm trombos, mas mais difcil do que humanos.

Criana que tem colesterol alto tem metabolismo intenso (porque criana) e o colesterol retirado do organismo. Em adulto, acumula-se, gerando um processo inflamatrio, leso da parede e exposio do tecido conjuntivo (que trombognico). A leso gera uma turbulncia e a consequncia a obstruo.

Na prxima aula, falaremos de necrose.

16/08/12

Leso celular

Quando ocorre? Quais as consequncias? Quais os alvos da leso? Quais as causas?

Toda clula tem uma capacidade de adaptao s exigncias do meio ambiente, incluindo adaptao leso.

Por exemplo: hipertrofia (aumento do volume, com o mesmo nmero de clulas) hiperplasia (aumento no nmero de clulas; plasia = proliferao)

Se a hiperplasia perder o controle, pode virar uma neoplasia (tumor).

Quando ocorre uma leso?Quando a clula no consegue suportar o estmulo adaptativo (quando a exigncia grande demais).

Quais as consequncias?As consequncias so leses degenerativas reversveis ou irreversveis.

Uma leso reversvel quando a clula sofre leso, mas, se for retirada a causa, ela consegue retornar ao seu estado normal.

Uma leso irreversvel quando a clula ultrapassa o ponto de retorno, no voltando ao que era mesmo se for retirada a causa

Onde ocorre a leso?A leso comea nas membranas celulares (membrana plasmtica e membranas das organelas).

Toda membrana fosfolipdica. H variaes internas, mas o bsico fosfolipdio, sendo a cabea hidroflica e a cauda (parte interna) hidrofbica.

Quais as causas da leso?As causas da leso podem ser: qumicas (cido, soda custica, etc.) fsicas (frio, calor intenso) biolgicas (isquemia, por exemplo)

gua sanitria doce e queima por dentro (se ingerida). Se o animal beber e sobreviver, vai ter problema de absoro o resto da vida, porque as microvilosidades intestinais sero danificadas, sendo as clulas substitudas por tecido conjuntivo (que no prprio para absoro).

Isquemia um processo trombtico (falta sangue). Hemia significa sangue.

Quando se trata de um cogulo, d para tirar. Contudo, circulao terminal nica (colateral no supre).

[Desenho de corao com regio infartada]

[Desenho de vasos sanguneos com cogulo]

Se h obstruo, falta oxignio para a clula.

[Desenho esquemtico da via glicoltica]

O oxignio cede e recebe eltrons (oxida e reduz). Nesse processo, o oxignio forma substncias txicas (radicais livres).

Um radical livre uma molcula que surge: na forma de superxido na forma de hidroxila na forma de perxido de hidrognio

Superxido dismutase (SOD) quem reequilibra. A molcula de superxido vira novamente oxignio, gua oxigenada vira novamente gua, etc.

Isso, porque, se continuar a retirada de eltrons, a clula vai morrer.

Com a idade, as enzimas comeam a diminuir sua atividade e os radicais livres no conseguem ser retirados com a mesma velocidade.

Se falta oxignio, diminui o ATP, que utilizado principalmente pela bomba de Na-K, que joga sdio para fora e potssio para dentro da clula, com gasto de energia (ATPase).

Se para a bomba, acumula Na clula e muda a presso osmtica. Da a clula incha (entra H2O). Isso se chama edema celular, inchao turva, degenerao hidrpica.

Junto com a gua, entra clcio, que, em excesso, causa alguns problemas.

Deslocando ribossomos, por exemplo, fica prejudicada a sntese de protenas.

Com a maior permeabilidade da membrana dos lisossomos, suas enzimas so liberadas. A maioria dessas enzimas so proteolticas, ou seja, promovem a lise de protenas. As enzimas tambm dissolvem lipdios (membrana). Em resumo, conforme a quantidade, a prpria clula vai sendo digerida.

No tocante ao clcio, conforme a quantidade, a leso pode ser reversvel ou irreversvel.

O ponto em que a leso considerada irreversvel quando o clcio faz parar a atividade das mitocndrias. Quando se acumula no RER, o ponto de no retorno.

Se algum sofreu um infarto por causa de um cogulo numa artria, sendo socorrido em uma hora, vo morrer poucas clulas. Em duas horas, vo morrer muito mais clulas.

Vasodilatador e oxignio tm de ser dados rapidamente, aumentando as chances de a pessoa sobreviver.

LESES REVERSVEIS

parada da bomba de Na-K aumento da permeabilidade da membrana celular entrada de Na+, H2O e Ca2+ sada de K diminuio na formao de ATP descolamento dos ribossomos do RER acmulo de metablitos (catablitos) perda das microvilosidades (rins, etc.) diminuio da sntese proteica

LESES IRREVERSVEIS

acmulo de Ca2+ em quantidade que bloqueie as mitocndrias inabilidade da mitocndria em reverter e acionar a cadeia respiratria desenvolvimento de densidades amorfas perfurao da membrana celular perda de fosfolipdios da membrana sada de enzimas da clula para o sangue aumento dos radicais livres alteraes no ncleo da clula que indicam que est morta: picnose (alterao na condensao da cromatina) carilise (desintegrao da cromatina) cariorrexe (fragmentao da cromatina)

No caso de pequena leso celular, ainda h metabolismo e formao de RL que a clula vai conseguir neutralizar. Mas, na ausncia de oxignio formado cido lctico e os radicais livres no so removidos.

Tirado o cogulo, as clulas que sobraram na regio afetada pela isquemia vo conseguir retirar os radicais livres (as 300 mil no afetadas vo fazer isso). As que estavam entre a vida e a morte (400 mil) no conseguem retirar os radicais livres e morrem. O que vai fazer a diferena o tempo que o paciente demora para receber oxignio.

Tambm necessrio tromboltico e vasodilatador, alm de oxignio. Mas s o cardiologista que vai prescrever. Se demorar para chegar...

Reperfuso = reoxigenao

No s radical livre que prejudicial. O clcio e a gua que entram na clula tambm.

Quando as clulas morrer, houve um tipo de morte celular chamado necrose (que ocorre em fenmenos acidentais passivos).

Obstruo em vaso sanguneo um acidente e a necrose a consequncia, que ocorre quando foi ultrapassado o ponto de no retorno.

O oxignio vai salvar as 300 mil clulas boas e matar as 400 mil que no conseguem remover os radicais livres.

No processo de autodigesto pelas enzimas (autlise), vai ocorrer a morte celular (necrose).

Lembrar que, para uma enzima atuar, h necessidade de substrato (metabolismo da glicose), pH e temperatura.

Na ausncia de oxignio, formou-se cido lctico e o pH de 7,0 vai para 5,8. A enzima proteoltica (destri protena). Portanto, as protenas vo sofrer desnaturao. Contudo, quando o pH fica muito baixo, a enzima para de ser destruda e a clula fica como uma fibra muscular (pela perda de estrutura). Muda de cor e tem alteraes nucleares.

No lugar da isquemia, algumas fibras ficam bem vermelhas e parecidas com fibra muscular. Se a necrose parcial e aconteceu isso, ela chamada de necrose de coagulao (porque houve uma coagulao com a desnaturao proteica). Fica como carne semi-cozida.

Todo infarto uma inflamao. Num primeiro momento, vm os neutrfilos.

A digesto (que estava sendo feita pelas prprias enzimas e parou) continua com as bactrias e clulas que vm combat-las.

A, alm do infarto, ocorre uma infeco bacteriana. Essas bactrias vm do sangue.

Assim que as bactrias entram no organismo, elas liberam uma enzima para dissolver o tecido onde se instalam e se alimentar do caldo. Esta a necrose liquefativa.

O neutrfilo o primeiro que chega e libera enzima para matar a bactria.

Se houve necrose, a bactria vai atacar o tecido e o neutrfilo vai atacar a bactria. D para ver uma rea cheia de pus.

As enzimas da autlise pararam a digesto, mas as de fora (das bactrias) no foram afetadas pelo pH. Da h heterlise (porque as enzimas no so prprias).

Uma espinha que fica com um ponto de pus (ponto amarelo) significa que h bactrias que ali estavam comendo o tecido. A consequncia um buraquinho decorrente da perda tecidual.

Espremer a espinha antes que a rea de necrose fique flutuante (com pus) s vai servir para espalhar as bactrias e dar mais espinhas (flegmo).

Existe tambm necrose mista.

Necrose caseosa normalmente decorre de bactrias como a da tuberculose. Sendo da tuberculose, o nome que recebe granuloma tubercultico.

O bacilo da tuberculose provoca reaes dentro do alvolo pulmonar (dentro e fora da clula).

O organismo comea a reagir com neutrfilos. Depois vm os macrfagos, que se reproduzem no local, formando um macrfago gigante. Forma-se tecido que isola a leso. H depsito de clcio. A cpsula de tecido conjuntivo o granuloma, que pode ficar anos a fio sem que nada acontea. Mas, se a resistncia da pessoa baixar, isso pode se desenvolver e tomar o pulmo, que fica esbranquiado (por causa do clcio), com aspecto de queijo. Da o termo caseosa.

No matadouro, se a faca ranger nos ndulos linfticos escapulares, porque o animal tinha tuberculose e a carne tem de ser jogada fora.

Pode ser que um animal tenha um pequeno granuloma sem estar doente, mas a lei manda indenizar o dono e matar o animal.

Normalmente, galinha criada junto com o gado que o infecta.

Tipos de necrose:

necrose de coagulao decorrente de autlise por enzimas prprias

necrose de liquefao decorrente de heterlise (enzimas de bactrias ou neutrfilos), podendo ser direto, sem necrose de coagulao antes

necrose caseosa um tipo de necrose de coagulao, mas especfica dos processos de tuberculose (com granuloma em que h deposio de clcio, dando um aspecto de queijo)

Observao: o livro do Robbins fala ainda em necrose gangrenosa (liquefativa que afeta membro), gordurosa (saponificao de cidos graxos + clcio, decorrente de pancreatite) e necrose fibrinoide (decorrente de vasculite).

Quem tem clculo vesical normalmente tem como consequncia pancreatite.

Em 65% dos homens, a sada do coldoco e do ducto de Wirsung comum. Um dos papis da bile fazer a emulsificao das gorduras e facilitar a absoro. Tambm d cor s fezes (se estiverem claras, pode ser que os clculos estejam bloqueando a vescula).

Esteato necrose digesto de gordura.

Alm da digesto de gordura, pode ocorrer saponificao (ndulos de gordura).

Gordura mais cinza em meio cido fervendo vira sabo.

H outros tipos de necrose, mas menos frequentes.

Necrose gangrenosaCausada por bactrias anaerbicas e aerbicas tambm. Com o uso de antibiticos, diminuiu bastante a necessidade de amputao por causa de gangrenas.

CeluliteInfeco das clulas da perna causada por estreptococo (no se trata do que conhecemos por celulite).

Na prxima aula, falaremos de incluses celulares e morte programada (apopttica).

23/08/12

Degenerao vacuolarTermo utilizado para leso reversvel. quando entra gua e slido e a clula incha. Na lmina, aparecem clulas brancas (que, na verdade, so espaos sem nada).

O ponto de no retorno quando entra clcio em excesso na clula e bloqueia as mitocndrias. A partir da, comea a autlise. Parando a atividade enzimtica, a clula morre.

Reperfuso quando o cogulo retirado e o paciente recebe oxignio. Pode restaurar as clulas que no ultrapassaram o ponto de no retorno.

Oxignio tambm d origem a mais radicais livres!

Embora a necrose seja acidental, a necrose estimula uma inflamao.

Aps a morte celular e ruptura da membrana, saem enzimas. Ento a clula substituda por uma massa de fosfolipdios degradados.

Necrose coagulativa necrose em que as enzimas so da prpria clula.

Necrose liquefativa necrose em que as enzimas so de fora (inclusive de bactrias).

Necrose caseosa tpica da tuberculose.

Necrose gordurosa ou esteatonecroseDigesto da gordura pelas enzimas pancreticas. Forma grnulos no pncreas (saponificao).

Degeneraes

CH (acmulo por falta de enzimas, ocorre dentro da clula)ProtenasLipdiosPigmentos e substncias mineraisAtrofiaMorte celular (necrose e apoptose)Calcificao

Quando h um acidente com perda de sangue, o corpo tira o sangue da periferia e o conduz aos grandes vasos (para no faltar no crebro). Por isso, a pessoa fica plida e suando frio.

Da comea a haver degenerao vacuolar generalizada (e no apenas na periferia). Isso causa um estado de choque (quando a circulao sangunea praticamente para).

H vrios tipos de choque:

Hipovolmico (perda de lquido, desidratao) um tipo.

Esteatose diferente de esteatonecrose.

Na esteatonecrose, h uma degenerao do pncreas, com destruio da gordura por enzimas. Na esteatose, h acmulo de gordura no fgado (esteatose heptica no doena, mas pode virar doena).

Bilirrubina solta no organismo txica. O fgado a conjuga com cido hialurnico e ela pode ser eliminada.

Colesterol e triglicrides

Colesterol hidrocarboneto. importante para formar membranas, hormnios, etc. Tem um papel fisiolgico.

Triglicrides so gordura neutra. So importantes como reserva de energia (depositada no tecido adiposo).

HDL (high density lipoprotein) bom. Pode ser utilizado pelo organismo.LDL (low density lipoprotein) ruim. No pode ser utilizado; tem de ser transformado em HDL.

O mau colesterol (LDL) tem um papel patolgico. Deposita-se nos vasos.

Triglicrides so outro tipo de lipdio: gordura saturada (no so to viles) tem 4 ligaes gordura insaturada (leo) tem 4 ou 2 ligaes

Emulso transforma a gordura em gotculas bem pequenas.

A bile o detergente que une o lipdio a uma protena, formando o quilomcron.

Gorduras neutras (leo de oliva) vo direto para o tecido adiposo (mas no fazem mal). L elas voltam forma de triglicerdeo.

Acar fonte direta de energia.

Protena fonte de aminocidos para formar novas protenas.

Em excesso, acar e protena so transformados em lpides no fgado. Isso na forma de VLDL (very low lipoprotein). Lipoprotein = protena + gordura.

A protena no vai direto para o tecido adiposo; passa pelo fgado.

Allende fazia s churrasco para os presos. Sem CH, ou seja, sem energia para metabolizar, o organismo acaba ficando intoxicado.

Tigre come carne, mas tira a energia da gordura.

Esteatose heptica, que no doena, ocorre quando h: desnutrio crnica (no metabolismo) c/ acmulo de gordura no fgado diabetes mellitus descompensado (idem) alcoolismo crnico (idem)

Mecanismo bsico da esteatose excesso de cidos graxos no fgado, excedendo a capacidade de os hepatcitos os metabolizarem e reexport-los deficincia na produo de lipoprotenas (especialmente, VLDL), dificultando a exportao de triglicrides do fgado

A esteatose se mostra como um fgado amarelo, cheio de gordura. a mesma coisa que lipidose, que significa aumento de gordura.

Lembrar que substncias txicas tambm podem causar esteatose heptica. Alcolatra tem esteatose porque desnutrido crnico (no tem fome). O lcool txico e potencialmente lesivo aos hepatcitos. Fora isso, o metabolismo do lcool produz acetil-CoA em excesso, sendo utilizado para a sntese de cidos graxos pelos hepatcitos (com consumo de muito NADH), o que inibe o CK.

lcool Acetil-CoA reduo do NAD prejuzo ao CK (sem mencionar a toxidade).

Normalmente, a esteatose reversvel se eliminados os fatores causais.

O lcool pode levar a uma destruio progressiva de hepatcitos, afetando a base sobre a qual as clulas se regeneram em condies normais. No lugar da clulas, forma-se uma cicatriz e ela que altera a forma. Assim sendo, o fgado fica com a superfcie nodulosa.

[Foto de fgado com bolinhas claras, que correspondem aos hepatcitos, sendo as partes na cor mostarda as fibroses, que prejudicam a passagem de sangue.]

Forma-se barriga dgua (ascite).

Algumas hepatites tambm formam ndulos que afetam a membrana basal. Febre amarela tambm.

NA PROVA: temos de saber a diferena entre esteatose e esteato necrose!!!!!!!!!

Apoptose a morte celular programada. difcil de ver histologicamente (diferentemente da necrose), porque ocorre isoladamente e em poucas horas.

As clulas apoptticas desaparecem sem provocar inflamao. A necrose provoca inflamao.

Na apoptose h condensao da cromatina, prolongamentos da membrana, colapso do ncleo e fagocitose por clulas vizinhas.

Ndulo linftico, segundo o professor, a mesma coisa que linfonodo.

A linfa formada no interstcio e passa pelo ndulo linftico. Esse lquido sai do sangue para alimentar as clulas e no consegue voltar, salvo pelos vasos linfticos (at que as presses se igualem).

Os ndulos linfticos inspecionam esse lquido.

Os linfcitos B so responsveis pela imunidade humoral. Os linfcitos T so responsveis pela imunidade celular.

Cada linfcito B fotografa um antgeno especfico, ficando com ele na memria. Depois o plasmcito faz a defesa.

O aumento no volume do ndulo linftico porque tem muito anticorpo l combatendo antgenos. Esses anticorpos so feitos pelos plasmcitos. Depois vm os macrfagos.

Buraquinhos brancos (starry sky) correspondem aos locais onde os macrfagos esto atuando. Isso nos centros germinativos.

Folculo linfoide diferente de ndulo linftico!

[Macrfago com corpos apoptticos]

Linfcito T como guarda de rua. O B fica no linfonodo (embora possa estar tambm na circulao). Com o T o oposto.

As clulas das membranas entre os dedos do embrio vo morrendo por apoptose. Clulas das glndulas uterinas tambm morrem por apoptose na ausncia de gravidez.

No h inflamao, febre, etc.

As clulas intestinais so substitudas a cada 48 horas. As epiteliais so substitudas a cada 15 dias.

Paramos no slide com as clulas intestinais sendo substitudas.