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1 A A s s B B r r u u m m a a s s d d e e A A v v a a l l o o n n A A L L e e n n d d a a A misteriosa ilha mágica de Avalon foi cantada em prosa e verso por trovadores medievais. Lá viviam seres elementais como fadas, ninfas e elfos, além das sacerdotisas da Lua e aprendizes dos mistérios e forças da natureza. Era, magicamente, iluminada pelo Sol. Densas brumas obscureciam o caminho até ela, onde tudo florescia. Só quem bem conhecia os caminhos da magia era capaz de vencer as brumas de Avalon, conhecida como Ilha dos Mortos para onde ia o mais famoso de todos os reis ingleses, Arthur, em busca de conselhos. Séculos se passaram... Mas a lenda de Arthur e de Avalon está cada vez mais forte. Acredita-se que o rei só espera um bom momento para voltar. Na década de 60, arqueólogos escavaram arredores da cidade de Glastonbury, na planície de Somerset, sudoeste da Inglaterra e 150 quilômetros de sua capital, Londres. Acredita-se que Arthur teria ali se refugiado. Foram encontrados vestígios de uma fortificação de madeira, construída no Século V, quando Arthur teria reinado. Glastonbury foi dominada pelos celtas. Depois, conquistada por romanos no início da Era Cristã. Foram Arthur e os 12 cavaleiros da Távola Redonda que, no final do século V, expulsaram os saxões da região. O sobrenatural de “Ynis Witrin”, como Glastonbury foi chamada pelos celtas, os primeiros habitantes, era uma atração a mais para os conquistadores, que para lá se dirigiam em busca do ferro (ainda abundante e na Idade Média mais valioso que ouro). Hoje, o cenário de “Ynis Witrin” mudou. Mas em todas as épocas a sua história esteve envolta nas brumas da magia.

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AAAAssss BBBBrrrruuuummmmaaaa ssss dddd eeee AAAAvvvv aaaa llll oooonnnn

AAAA LLLL eeee nnnn dddd aaaa

A misteriosa ilha mágica de Avalon foi cantada em prosa e verso por trovadores medievais. Lá viviam seres elementais como fadas, ninfas e elfos, além das sacerdotisas da Lua e aprendizes dos mistérios e forças da natureza. Era, magicamente, iluminada pelo Sol. Densas brumas obscureciam o caminho até ela, onde tudo florescia. Só quem bem conhecia os caminhos da magia era capaz de vencer as brumas de Avalon, conhecida como Ilha dos Mortos para onde ia o mais famoso de todos os reis ingleses, Arthur, em busca de conselhos. Séculos se passaram... Mas a lenda de Arthur e de Avalon está cada vez mais forte. Acredita-se que o rei só espera um bom momento para voltar. Na década de 60, arqueólogos escavaram arredores da cidade de Glastonbury, na planície de Somerset, sudoeste da Inglaterra e 150 quilômetros de sua capital, Londres. Acredita-se que Arthur teria ali se refugiado. Foram encontrados vestígios de uma fortificação de madeira, construída no Século V, quando Arthur teria reinado. Glastonbury foi dominada pelos celtas. Depois, conquistada por romanos no início da Era Cristã. Foram Arthur e os 12 cavaleiros da Távola Redonda que, no final do século V, expulsaram os saxões da região. O sobrenatural de “Ynis Witrin”, como Glastonbury foi chamada pelos celtas, os primeiros habitantes, era uma atração a mais para os conquistadores, que para lá se dirigiam em busca do ferro (ainda abundante e na Idade Média mais valioso que ouro). Hoje, o cenário de “Ynis Witrin” mudou. Mas em todas as épocas a sua história esteve envolta nas brumas da magia.

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É considerada um Santuário e um dos lugares mais misteriosos do Planeta. Antigas citações indicam que era de fato uma ilha. Arqueólogos confirmam que os campos ao redor da cidade foram pântanos drenados. “Ynis Witrin” significa “A Ilha de Vidro”, nome que designa um outro mundo, onde seres mágicos vivem para o todo e sempre.

Entre sítios históricos e formações geológicas nos arredores da cidade, existe em meio a planície da região, uma única colina (Tor) em forma de cone, com quase 300 metros de altura. No cume, ruínas da torre da igreja de Santin Michel se erguem como totem fincado na terra, num apelo aos céus. Foram escavadas nas encostas, curvas de nível e desenhos. Vistos de cima, lembram um labirinto ou espiral conduzindo para o alto. Tor significa em Celta portão, passagem. Estaria ali o umbral que permite a passagem do nosso mundo para a ilha mágica de Avalon? Os esotéricos que buscam Glastonbury acreditam que sim. Foram versos de monge e trovadores medievais que registraram à frente das batalhas do povo bretão, a existência do líder guerreiro Arthur. O bispo e historiador Geoffrey de Monmouth, no ano de 1137, em “Histórias dos Reis da Britânia”, popularizou o mito. Conta que Uther de Pendragon apaixonou-se pela mulher do Duque de Gorlois, Ygraine, irmã de Viviane. Muito doente, procurou o mago Merlin, sábio personagem que teve origem na magia dos druidas, bruxos dos celtas. Queria viver uma noite com Ygraine. Merlin o fez, por poucas horas, à imagem e semelhança de Gorlois. A criança gerada, Arthur, segundo o trato, foi criada por Merlin. Pendragon morreu uma década e meia depois, deixando o país sem rei. Merlin propôs que quem conseguisse possuir Excalibur, espada com poderes mágicos cravada numa rocha, seria o novo rei. Arthur conseguiu possui-la. Depois de revelada sua filiação, mergulhou em batalhas pela unificação do país, com ajuda dos 12 cavaleiros da Távola Redonda (assim chamada porque eram iguais). Reinou com filosofia de nobreza espiritual, amor cortês e justiça. Casou com a princesa Guinevere, com a qual não teve filhos. Ela apaixonou-se por Lancelot, o melhor e mais fiel cavaleiro de Arthur, com quem foge quando o rei estava em Roma e Mordred, filho de sua meia-irmã Morgana, planejava usurpar o trono. Arthur, cuja história está ligada à busca do Santo Graal, retorna e mata Mordred mas é mortalmente ferido. Levado para Avalon, é curado. Lá edifica um mosteiro, convertido em casa beneditina no século X. Relatos indicam que

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em 1190, na Abadia de Glastonbury, a maior de todas da Idade Média, foi encontrado um túmulo com inscrição de que ali estava Arthur. Meio milênio mais tarde, o rei Henrique VIII, revoltado contra a Igreja Católica que não aceitava seus divórcios, destruiu a Abadia e os lendários restos mortais. Uma tradição milenar relata também que está em Glastonbury o Poço do Cálice Sagrado, onde José de Arimatéia, amigo e protetor de Cristo, no ano 37 d.C., teria escondido o Santo Graal, o cálice da Santa Ceia, contendo o sangue de Jesus. O poço fica nas proximidades da colina de Tor. O sangue do cálice teria sacralizado e tingido a água pura do poço. Esta é realmente vermelha. Segundo cientistas, devido ao alto teor de ferro no solo. Diz a lenda que Arimatéia também construiu uma igreja em Glastonbury. Astrólogos são seduzidos pela existência de um Zodíaco desenhado na paisagem do lugar, que se estende por um círculo de 16 km nas terras de Somerset. Katherine Maltwood, escultura inglesa, em 1200, divulgou a descoberta de um grupo de enormes figuras espalhadas no solo da planície. Limitadas pelos contornos naturais dos rios, dos caminhos, dos atalhos, da colina, do fosso e das fortificações, as figuras representam os 12 signos do Zodíaco. Mas foi Mary Caine, professora de Arte Inglesa e membro da Ordem de Druidas de Londres, quem filmou do ar o tal Zodíaco. Esse Templo das Estrelas é a síntese da Astrologia, das lendas do rei Arthur e da Nova Idade da Filosofia. Descobrir seu significado requer paciência e imaginação, já que tudo se baseia em associações de nomes locais e lendas, mais do que em fatos históricos. Arthur é Sagitário; Merlin, Capricórnio; Lancelot, Leão; Guinevere, Virgem. Glastonbury localiza-se em Aquário, que é representado por uma Fênix - a Nova Idade nascida das cinzas da antiga. O vaso sagrado é o bico do pássaro; o outeiro, sua cabeça; e a Abadia, o Castelo do Graal.

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MMMM oooo rrrr gggg aaaannnn aaaa ffff aaaa llll aaaa .... .... ....

Em vida, chamaram-me de muitas coisas: irmã, amante, sacerdotisa, maga, rainha. O mundo das fadas afasta-se cada vez mais daquele em que Cristo predomina. Nada tenho contra o Cristo apenas contra os seus sacerdotes que chamam a Grande Deusa de demônio e negam o seu poder no mundo. Alegam que, no máximo, esse seu poder foi o de Satã. Ou vestem-na com o manto azul da Senhora de Nazaré – que realmente foi poderosa, ao seu modo – que, dizem, foi sempre virgem. Mas o que pode uma virgem saber das mágoas e labutas da humanidade? E agora que este mundo está mudado e Arthur – meu irmão, meu amante, rei que foi e rei que será –

está morto (o povo diz que ele dorme) na ilha sagrada de Avalon, é preciso contar as coisas antes que os sacerdotes do Cristo Branco espalhem por toda parte os seus santos e lendas. Pois, como disse, o próprio mundo mudou. Houve tempo em que um viajante, se tivesse disposição e conhecesse apenas uns poucos segredos, poderia levar sua barca para fora, penetrar no mar do Verão e chegar não ao Glastonbury dos monges mas à ilha sagrada de Avalon: isso porque em tal época, os portões entre os mundos vagavam nas brumas e estavam abertos, um após o outro, ao capricho e desejo dos viajantes. Esse é o grande segredo conhecido de

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todos os homens cultos de nossa época: pelo pensamento criamos o mundo que nos cerca, novo a cada dia. E agora os padres, acreditando que isso interfere no poder do seu Deus que criou o mundo de uma vez por todas para ser imutável, fecharam os portões (que nunca foram portões, exceto na mente dos homens) e os caminhos só levam à ilha dos padres que eles protegeram com o som dos sinos de suas igrejas, afastando todos os pensamentos de um outro mundo que viva nas trevas. Na verdade, dizem eles, se aquele mundo algum dia existiu, era propriedade de Satã e a porta do inferno, se não o próprio inferno. Não sei o que o Deus deles pode ter criado ou não. Apesar das histórias contadas, nunca soube muito sobre seus padres e jamais usei o negro de uma de suas monjas-escravas. Se os cortesãos de Arthur em Camelot fizeram de mim este juízo quando fui lá (pois sempre usei as roupas negras da Grande Mãe em seu disfarce de maga), não os desiludi. E na verdade, ao final do reinado de Arthur, teria sido perigoso agir assim e inclinei a cabeça à conveniência, como nunca teria feito a minha grande Senhora, Viviane, Senhora do Lago, que depois de mim foi a maior amiga de Arthur para se transformar mais tarde em sua maior inimiga, também depois de mim. A luta, porém, terminou. Pude finalmente saudar Arthur, em sua agonia, não como meu inimigo e o inimigo de minha Deusa mas apenas como meu irmão e como um homem que ia morrer e precisava da ajuda da mãe, para a qual todos os homens finalmente se voltam. Até mesmo os sacerdotes sabem disso com sua Maria sempre-virgem em seu manto azul, pois ela, na hora da morte, também se transforma na Mãe do Mundo. E assim, Arthur jazia enfim com a cabeça em meu colo, vendo-me não como irmã, amante ou inimiga mas apenas como maga, sacerdotisa, Senhora do Lago; descansou, portanto no peito da Grande Mãe, de onde nasceu e para quem, como todos os homens, tem a finalidade de voltar. E talvez – enquanto eu guiava a barca que o levava, desta vez não para a ilha dos padres mas para a verdadeira ilha sagrada no mundo das trevas que

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fica além do nosso, para a ilha de Avalon, aonde agora, poucos, além de mim, poderiam ir – ele estivesse arrependido da inimizade surgida entre nós.(...) A verdade tem muita faces e assemelha-se à velha estrada que conduz a Avalon: o lugar para onde o caminho nos levará depende da nossa própria vontade e de nossos pensamentos, e, talvez, no fim, chegaremos ou à sagrada ilha da eternidade, ou aos padres, com seus sinos, sua morte, seu Satã e Inferno e danação... Mas talvez eu seja injusta com eles. Até mesmo a Senhora do Lago que odiava a batina do padre tanto quanto teria odiado a serpente venenosa e com boas razões, censurou-me certa vez por falar mal do deus deles. “Todos os deuses são um deus”, disse ela, então como já dissera muitas vezes antes e como eu repeti para as minhas noviças inúmeras vezes e como toda sacerdotisa, depois de mim, há de dizer novamente, “e todas as deusas são uma deusa e há apenas um iniciador. E cada homem à sua verdade e Deus com ela”. Assim, talvez a verdade se situe em algum ponto entre o caminho para Glastonbury, a ilha dos padres e o caminho de Avalon, perdido para sempre nas brumas do mar do Verão. Mas esta é a minha verdade. Eu, que sou Morgana, conto-vos estas coisas, Morgana que em tempos mais recentes foi chamada Morgana, a Fada.

Marion Zimmer Bradley, in As Brumas de Avalon

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MMMM oooo rrrr gggg aaaannnn aaaa

Eu era a irmã mais velha de Arthur. Filha de Ygraine e Gorlois da Cornualha. Fui criada em Avalon como uma sacerdotisa, segundo as ambições de Viviane, minha tia, eu seria a próxima Senhora de Avalon, eu pertencia a linhagem real de Avalon e era muito aplicada à Deusa e aos seus ensinamentos. Mas, depois da Cerimônia do Gamo-Rei, onde fui dada ao meu irmão Arthur em nome da deusa, me aborreci com Viviane e com o que fui obrigada a fazer e abandonei Avalon.

Indo morar com minha tia Morgause na corte de Lot de Orkley e depois indo para a corte de meu irmão. Eu também era apaixonada por Lancelot mas este nunca me quis por eu ser sua prima e por ver em mim sua mãe Viviane. Eu armei o casamento de Lancelot e, com isso, afastei-o de Guinevere me vingando de tudo que sofrera até então. Eu tive um filho com o meu irmão Arthur (Gwydion ou Mordred) que depois de muito tempo voltou para Camelot e se tornou o conselheiro de Arthur até virar o grande herdeiro do trono depois da morte do filho de Lancelot. Fui expulsa de Camelot depois de roubar a bainha mágica de Excalibur que eu mesma confeccionei e jogá-la no lago sagrado. Eu nunca concordei com a transformação de Camelot num reino cristão e lutei com todas as minhas forças para derrubar Arthur do poder. Fracassei em todas as tentativas dessa sua luta pessoal e perdi com isso a amizade dos poucos que gostavam de mim, Acolon, o meu sacerdote jurado, morreu tentando derrubar o rei Arthur a um pedido meu, isso me deixou muito abalada e fez com que eu me exilasse em Avalon para a eternidade. E, então Avalon se perdeu para sempre nas brumas.

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OOOO RRRR eeee iiii AAAA rrrr tttt hhhh uuuu rrrr

Arthur, o rei, é a personagem principal desta lenda, ele foi coroado aos 15 anos, após a cerimônia do Gamo rei, onde ganhou a Excalibur (sua espada mágica), existem duas versões para esta história. Que serão contadas mais adiante. Nossa mãe (Ygraine) era filha da Senhora de Avalon e irmã de Viviane (Sacerdotisa atual de Avalon na saga). O Mago Merlim é pai da mãe de Arthur e nosso avô de direito. Quando criança fomos separados e eu fui viver em Avalon e Arthur foi criado por Sir Ectório. Arthur não teve filhos de seu conhecimento mas ele foi pai em conjunto comigo, Morgana, no ritual do Gamo Rei. Nunca contei ao meu irmão sobre o acontecido, visto que nesse ritual os corpos eram doados aos deuses para a unificação do ritual que será explicado na história do "Gamo Rei".

Arthur criou a Távola Redonda onde todos os seus cavaleiros se sentavam à uma mesa redonda de acordo que não houvesse ponta nem cabeceiras nesta mesa, reafirmando que todos eram iguais perante ao rei e perante ao Cristo. Arthur traiu o povo das fadas (nossos familiares por parte de mãe) ao negar a bandeira do Pendragon e instituir em Camelot a bandeira com a cruz do Cristo e a Virgem Maria. Essa bandeira foi confeccionada por Guinevere sua esposa e Rainha de Camelot. Arthur, após a mudança do reino de Caerleon para Camelot, começou a dar ouvidos à sua esposa e fazer tudo o que ela queria, com isso negou aos seus ancestrais, traiu o povo de Avalon e instituiu uma religião una em toda a Bretanha, O Cristianismo.

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AAAA RRRR aaaa iiii nnnn hhhh aaaa GGGG uuuu iiii nnnn eeee vvvv eeee rrrr eeee

Guinevere (ou Gwen) ainda era uma moça

quando se casou com o meu irmão, Arthur. Ela foi aceita pelo rei sem ao menos conhecê-la, mais por causa do seu dote do que por qualquer outra coisa, Gwen trazia consigo 100 cavalos de guerra pesados e 100 soldados para montá-los. Arthur ao vê-la encantou-se pela moça que até as vésperas do casamento não conhecia mas o coração de Gwen já era de Lancelot do Lago, o chefe da cavalaria de Arthur. Gwen teve dias felizes em Camelot e em Caerleon mas o seu amor proibido fazia com que uma angústia enorme acompanhasse a Rainha da Bretanha.

Gwen não era tão boazinha quanto parece, ela tornou-se uma mulher fria calculista e vingativa, deu forças para que o meu casamento com o velho rei Uriens se realizasse e fez com que Lancelot tomasse ódio de mim.

Guinevere tinha muitos ciúmes de minha influencia sobre Arthur, a rainha era também muito católica e fez com que Arthur trocasse a bandeira do Pendragon pela cruz do Cristianismo e com isso criou o início da decadência do reinado do seu marido.

Guinevere também mantinha encontros furtivos com seu verdadeiro amor, Lancelot. A figura da rainha é retratada como a mulher que se impõe num regime onde ela não tem vez. Guinevere e eu formamos a espinha dorsal da trama que desencadeia todas as histórias que acontecem dentro do reino. Guinevere é exilada mais tarde por Arthur devido a sua vida "indigna" com Lancelot.

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OOOO MMMM aaaa gggg oooo MMMM eeee rrrr llll iiii mmmm Proveniente da mitologia céltica , sofre grandes mudanças na literatura arturiana . Em "Vita Merlini" escrita por Geoffrey de Monmouth por volta de 1150 a vida de Merlim se passava apenas no Bosque , sem ter nenhuma relação com Arthur e sua corte como nas versões de Romances de Cavalaria, estas acabam cruzando duas vertentes místicas independentes . Merlim na cultura céltica é o homem primordial, o Adão céltico e assim o Andrógino. Tanto Adão quanto Merlim falavam com os animais, era o senhor deles, conheciam os segredos da natureza . Como homem "natural" expressava a harmonia entre homem e animal, Merlim habita a floresta e apenas ocasionalmente vive na corte, símbolo da sociabilidade. Ele próprio é o rei e quando tem que deixar a floresta se torna louco, incapaz de suportar o contato com as pessoas da corte. Nessa versão, Merlim tem que ir a corte de seu cunhado e não a de Arthur, como homem natural, percebe e participa dos mistérios divinos ( ..lembra Adão e seus diálogos com Deus ). O próprio Druida é um pouco divino, já que em várias versões ele é considerado filho de uma virgem e de um demônio. Devido a esse caráter divino, Merlim prefere a relação incestuosa com sua irmã Ganieda ao invés da relação com sua esposa, essa ele libera para um novo casamento. É pela irmã que Merlim deixa o bosque. O amor de Merlim pela irmã traz características humanas (não poderia ser diferente ele é metade humano), em um episódio, Merlim enciumado denuncia-a vingativamente ao marido, sendo que ele mesmo era o amante, tudo para provocar a ruptura entre o marido e esposa. Assim Merlim e Ganieda passam a viver na floresta, em uma casa de 70 janelas e 70 portas, símbolo da totalidade, reflexo da relação sagrada entre eles . Nos textos posteriores onde as características célticas já são substituídas por características cristãs e onde se nega o incesto, Ganieda não é apresentada mais como irmã de Merlim e mais tarde seu nome passa ser Viviane. Nessas versões Viviane está a altura de seu companheiro , agora ela é uma fada, uma deusa do bosque e das águas. Os dois – deus e deusa – se unem em uma gruta ( simbolizando a reunião no seio da terra) , em outras versões se unem em um Castelo de Vidro, lugares no ar, suspensos de tudo, protegidos, isolados do mundo mortal.

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Merlim era um título dado ao sacerdote mais graduado na religião antiga. O Merlim era como se fosse o representante masculino da Deusa, ele, juntamente com a Sacerdotisa de Avalon, formavam o elo entre a magia e os humanos. O Merlim, no início da lenda, é o Taliesin (aquele velho de barba branca, como ficou imortalizado na mente das pessoas), Taliesin foi o Merlim da Bretanha durante muitos anos, e teve filhas importantes no enredo da lenda: Ygraine (a mãe de Arthur), Morgause (a mulher que criou Mordred, filho de Arthur com Morgana) e Niniane (a Sacerdotisa de Avalon que substituiu Viviane). Taliesin foi também o articulador e conselheiro do reino de Ambrósio e Uther Pendragon. Já no reino de Arthur ele participou do início mas pela sua idade foi substituído por Kevin o Bardo. Kevin era um homem com problemas físicos, foi Vítima de um incêndio na sua infância e com isso teve problemas para se locomover, ficando corcunda e manco, e com problemas nas mãos que não impediram de fazer valer do seu maior dom, a Harpa. A bela voz também o acompanhava mas Kevin era o melhor harpista de todo o reino de Camelot e empunhava a sua amada (a sua harpa) de uma forma peculiar, pois não tinha forças para erguê-la e por isso abaixava-se junto ao instrumento como que reverenciando-o por todos os belos sons que ele emitia. Kevin era calmo e muito lúcido, e por vezes se mostrou até pouco radical quanto a sua religião para não ferir os propósitos maiores que era manter a religião pagã viva e não torná-la a mais importante da Bretanha. Nesse período, os antigos já tinham a certeza de que a sua religião não era mais a dominante na região mas que apenas continuaria viva e deveria se respeitada assim como a católica. O papel do Merlim na trama a partir daí não era o de fazer magia e feitiços mas sim de mostrar ao seu povo que ele continuava junto ao rei e com isso assegurar a paz entre o reino e os povos antigos, os tornando aliados incontestáveis. O Merlim era um título e não um homem, é bom que isso fique muito bem claro.

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LLLLaaaa nnnn cccc eeee llll oooo tttt

Lancelot era filho de Viviane,

o melhor guerreiro da Távola Redonda e o Mestre de Armas de Arthur. Lancelot mantinha vínculos com Avalon e sempre que podia visitava sua mãe porém ele não seguia nenhuma das duas religiões da época (Católica e Wicca). Lancelot não era um homem ligado aos cultos religiosos, embora pertencesse à linhagem real e tivesse a visão. Ele era apaixonado por Guinevere antes mesmo desta se tornar rainha; a sua vida sempre foi regada de vitórias em batalhas e campeonatos. Lancelot era o mais valioso guerreiro do rei e o mais hábil domador de cavalos selvagens. Lancelot casou-se tarde, com a minha ajuda, com a filha do rei Pelinore e, com isso, se afastou um pouco do reino de Camelot e da rainha Guinevere, com quem mantinha encontros furtivos e de quem realmente pertencia o seu coração.

O seu romance com Guinevere foi descoberto pelos cavaleiros da Távola Redonda e depois disso ele foi expulso do reino de Arthur e nunca mais voltou. Lancelot morreu velho no mosteiro de Glastonbury.

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VVVViiii vvvv iiii aaaa nnnn eeee ,,,, AAAA SSSS eeee nnnn hhhh oooo rrrr aaaa dddd eeee AAAA vvvv aaaa llll oooo nnnn Viviane é uma das grandes personagens da trama. Ela é irmã mais velha de Ygraine e Morgause. Viviane teve dois filhos, Lancelot e Balam. Lancelot se tornou o mestre de guerra de Arthur e Balam era um dos cavaleiros do Rei. É a minha tia e de Arthur. Viviane é a fiel representante da Deusa, a Sacerdotisa de Avalon. Ela ganhou muitas inimizades devido à sua devoção incondicional as suas crenças. A primeira a se revoltar quanto ao seu modo de agir foi Ygraine que teve de casar com Gorlois de acordo com a vontade da Deusa e depois teve que se dar ao Uther antes mesmo de se tornar viúva para o concebimento de Arthur. Viviane morreu pelas mãos do meio irmão de seu filho com o Rei Ban, ela esteve na comemoração de Pentecostes para requerer que Arthur continuasse fiel às suas promessas de respeito à religião dos povos antigos. Balim, Cavaleiro do Rei, aproveitou-se disso para matá-la em frente a toda corte e sofreu as punições devidas a uma desonra a corte como essa. Balim foi morto por Lancelot em vingança à sua mãe, com o consentimento do Rei Arthur. Viviane foi enterrada em frente a um convento no memorial da Corte, a contra-gosto das sacerdotisas de Avalon que queriam levar o corpo a Avalon para que ela recebesse as últimas saudações.

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MMMM oooo rrrr dddd rrrr eeee dddd ,,,, OOOO FFFF iiii llll hhhh oooo dddd eeee MMMM oooo rrrr gggg aaaa nnnn aaaa

Mordred (ou Gwydion) era o meu filho e de Arthur, nascido da Cerimônia do Gamo Rei. Mordred foi criado em segredo longe dos olhos de Arthur por Morgause e aprendeu as artes da guerra em território saxão (os saxões eram inimigos do povo de Arthur, os bretães). Mordred voltou e se apresentou ao rei como filho de sua irmã e foi feito cavaleiro da Távola Redonda por Lancelot, depois de desafiá-lo publicamente em uma festa de Pentecostes. Mordred também foi treinado para ser um Merlim da Bretanha em Avalon e era como sacerdote que ele negara toda a religião cristã e se tornara

o conselheiro de Arthur (que sabia que Mordred era seu filho). Mordred se tornou herdeiro do reino depois da morte de Galahad (filho

de Lancelot) na busca do Graal. Contudo Mordred nunca assumiu esse trono. Ele morreu antes disso numa batalha, depois de comandar a derrocada do reino de Arthur revelando a todos o romance de Gwen e Lancelot. Mordred tinha raiva de seus pais por o terem abandonado e queria muito se vingar do rei por questões pessoais e pela traição à Avalon. Existe uma versão que diz que Arthur e Mordred morreram lutando um contra o outro, e falasse também que Lancelot matou Mordred e depois morreu guerreando contra Arthur. Todas essas versões enriquecem essa estória (ou história?) maravilhosa!

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UUUUtttt hhhh eeee rrrr PPPPeeee nnnn dddd rrrr aaaa gggg oooo nnnn

Uther Pendragon foi o rei

substituto de Ambrósio. Uther era o capitão da guarda

de Ambrósio, não sendo herdeiro por direito, visto que não era filho do rei. Com a morte de Ambrósio, Uther era o seu preferido e por isso foi o escolhido. O novo rei foi leal ao seu povo e muito voltado para os combates já

que era um ótimo guerreiro. Ele se apaixonou por Ygraine que até então era a esposa de Gorlois, Duque da Cornualha. Ygraine também se apaixonou por ele e Merlim os ajudou a ter uma noite de amor enquanto Ygraine ainda era casada. Uther usou as roupas de Gorlois e com um encanto todos acharam que este realmente era o Duque e entrou no quarto de Ygraine para passar a noite com ela. Desta noite surgiu Arthur o Grande Rei.

Depois disso Gorlois foi morto pelos homens do Rei e Uther pode se casar com Ygraine.

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YYYYgggg rrrr aaaa iiii nnnn eeee

Ygraine era filha da

Grande Sacerdotisa, irmã de Viviane (a Senhora do Lago) e de Morgause. Ela foi treinada para ser sacerdotisa em Avalon assim como sua irmã mais velha mas Viviane a entregou para Gorlois e este a fez sua esposa. Ela teve uma filha de Gorlois (Morgana) e depois teve um filho de Uther (Arthur).

Ygraine, enquanto esposa de Gorlois, ficou muito longe de sua fé e renunciou a visão (mas por raiva de ter sido casada contra a sua vontade do que por causa do afastamento de Avalon) e foi muito infeliz com este casamento. Depois com Uther, ela se casou com o homem que amava e deu um herdeiro a ele. Teve ótimos dias em Tintagel mas sempre teve muita tristeza por não ter conseguido dar um filho que fosse legitimado o príncipe herdeiro, visto que, Arthur nasceu antes de Uther e Ygraine constituírem matrimônio e não poderia ser proclamado herdeiro com o consentimento do povo e de seus aliados. Com a morte de Uther, Ygraine foi viver num convento de freiras (ela já tinha, nessa época se entregado ao cristianismo), só saindo de lá na ocasião do casamento de seu filho Arthur. Ygraine morreu no convento, tendo ao lado somente Guinevere (a rainha) e clamando por Morgana.

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MMMM oooo rrrr gggg aaaauuuu ssss eeee

Morgause era a filha mais nova da Grande Sacerdotisa Ana, irmã de Viviane (a Senhora do Lago) e de Ygraine.

Sua Mãe morreu no parto e ela foi criada por Viviane como filha. Foi treinada para ser sacerdotisa em Avalon mas Viviane notou que o seu interesse era apenas no poder da Deusa. Tinha uma profunda inveja de sua irmã Ygraine.

Foi viver em Tintagel com Ygraine e após o casamento de Ygraine e Uther, esta casou-se com o Rei Lot de Orkley, um homem muito mais velho, teve inúmeros amantes, o mais famoso foi o jovem Lamorak. De seu casamento com o Rei Lot nasceram quatro filhos

(Gawaine, Agravaine, Gaheris e Gareth) e criou o meu filho e de Arthur. Ela passou para Mordred (ou Gwydion) todo o ódio que sentia por Arthur. Seu temperamento frio e egoísta e seu desejo de ser Grande Rainha da Bretanha é que vai desencadear a briga entre Lancelot e Arthur, o afastamento de Guinevere da corte e a morte de seu filho Gareth. Usava os poderes que aprendeu em Avalon para a magia negra. Termina os seus dias sozinha em seu reino.

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AAAA TTTT rrrr aaaa nnnn ssss ffff oooo rrrr mmmm aaaa çççç ãããã oooo dddd eeee AAAA rrrr tttt hhhh uuuu rrrr eeee mmmm RRRR eeee iiii

Ygraine foi forçada por Viviane a se deitar com Uther para que ele lhe fizesse um filho, depois disso, Arthur foi dado a Ectório para ser criado como um bastardo, visto que ele fora feito enquanto Ygraine ainda era mulher de Gorlois da Cornualha e isso não seria aceito por seus súditos. Quando Uther morreu, Arthur foi levado para Avalon para ser coroado de acordo com as celebrações do Gamo-Rei e depois do ritual ele teve que se deitar com a Deusa incorporando o gamo, para com isso finalizar a sua coroação.

Após a coroação, Arthur recebeu a espada mágica Excalibur que tinha uma bainha confeccionada

pelas mãos das sacerdotisas de Avalon e seus símbolos significavam as mágicas que ela continha.

Para a confecção dessa bainha, a sacerdotisa dava também seu sangue para a magia e dentre outras mágicas, a bainha continha a proteção contra ferimentos e contra desmaios. Com essa espada e a bandeira do Pendragon mantida como a bandeira do reino, Arthur conseguia que os povos antigos fossem seus aliados para o resto da sua vida. E não feria as tradições da Igreja Católica uma outra forte aliada. Nesta cerimônia, Arthur jurou fidelidade aos preceitos dessa religião.

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AAAA ÚÚÚÚ llll tttt iiii mmmm aaaa BBBBaaaa tttt aaaa llll hhhh aaaa CCCCoooo nnnn tttt rrrr aaaa oooo ssss SSSS aaaaxxxx õõõõ eeee ssss

Foi a partir desta batalha contra os saxões que houve a construção de Camelot e se instaurou o reino de Arthur de verdade. Os saxões prometeram lealdade a Arthur diante da Cruz e de Excalibur e se instaurou a Távola Redonda e a justiça do maior reino da Bretanha.

AAAA CCCC rrrr iiii aaaa çççç ãããã oooo dddd eeee CCCCaaaammmm eeee llll oooo tttt

Camelot era o reino do Rei Arthur e dos Cavaleiros da Távola Redonda. Ele foi criado depois que Arthur conseguiu expulsar os saxões de sua terra e com isso ganhou a aliança dos inimigos. Antes Arthur morava no Castelo de Caerleon, onde era à base de seu reino.

Em Camelot, Arthur construiu a sala da Távola Redonda e foi ai que começou a ser criada a ordem dos Cavaleiros da Távola Redonda (que eram todos os homens feitos cavaleiros por Arthur). O local era em cima de uma montanha, rodeado por um lago e muito

fortificado visto que a altura facilitava a visão da guarda. Foi ali que Arthur conseguiu a felicidade e a calmaria.

TTTT áááá vvvv oooo llll aaaa RRRR eeee dddd oooo nnnn dddd aaaa A Távola Redonda nada mais é do que uma mesa redonda que Arthur ganhou do pai de Guinevere em seu casamento (Aliás, Arthur se casou com Guinevere por causa de um dote de 100 cavalos de guerra pesados e 100 soldados cavaleiros), após isso, com a criação de Camelot, Arthur mandou construir um

salão enorme para colocar essa mesa e de modo que todos os cavaleiros pudessem se reunir não havendo lugares mais importantes dentre eles,

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visto que, na mesa não havia quebras e por isso simbolicamente todos os presentes eram iguais. Os "Cavaleiros da Távola Redonda" eram todos os homens que eram feitos cavaleiros por Arthur ou os que embora formados fora do reino tenham sido absorvidos por Arthur como confiança (Lancelot, Gawaine e outros). A história fala de 12 cavaleiros mas isso não deve ser uma regra.

AAAA LLLL uuuu tttt aaaa eeee nnnn tttt rrrr eeee aaaa ssss RRRR eeee llll iiii gggg iiii õõõõ eeee ssss

Talvez não seja muito difícil visualizar: época medieval, os povos da região tinham a sua sabedoria de deuses e magias e uma religião vem

ganhando espaço entre os nobres e sendo imposta aos seus súditos. É nessa época que ocorre toda a Lenda do Rei Arthur, uma época de guerras ideológicas, onde a Igreja Católica, rica e nobre, massacra a sabedoria popular e se impõe, ditando pecados e receitas para a vida eterna. Um rei não sobrevivia sem o apoio das duas frentes. De um lado, o bispo Patrício e uma rainha Guinevere, muito religiosa e ditadora de normas e regras; de outro, o Mago Merlim e Avalon que representavam o apoio e a aprovação popular. O povo só estava unido a Arthur por causa do apoio de Avalon e sem o

povo o reino cai e é o que começa a acontecer a partir do momento em que Guinevere troca à bandeira do Pendragon pela Cruz cristã. Gwen comete o erro de confrontar a maioria e os mais poderosos (o povo e a nobreza) e isso enfraquece o ideal de Arthur (manter todos os reinos unidos e em paz, sobre Deus e regido pela Távola Redonda onde ninguém é melhor que ninguém). A religião antiga é a WICCA (bruxaria) hoje tão pouco disseminada. A WICCA prioriza a mãe natureza e é dela que vem todos os ensinamentos do homem.

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OOOO AAAA mmmmoooo rrrr PPPP rrrr oooo iiii bbbb iiii dddd oooo eeee nnnn tttt rrrr eeee GGGG uuuu iiii nnnn eeee vvvv eeee rrrr eeee eeee LLLL aaaa nnnn cccc eeee llll oooo tttt

Guinevere (Gwen ou Gwenhwyfar) e Lancelot são duas personagens muito importantes em toda essa lenda de Camelot. De um lado, a grande rainha e mulher de Arthur, o mais justo dos reis e, do outro lado, o grande herói, o melhor cavaleiro, o chefe da cavalaria real: Sir Lancelot.

Esse amor nasceu de uma visita de Lancelot ao reino do pai de Guinevere para cogitar se a herdeira daquele reino era digna de se sentar ao lado do grande rei da Bretanha, Arthur. Os dois se olharam e trocaram sorrisos e a partir daí nasceu o amor tão comentado e polêmico que

decreta a ruína de Camelot. Depois de muitos anos,

Lancelot se casa e fica algum tempo longe do reino de Arthur mas, com o retorno do grande cavaleiro à Camelot, Gwenevere e Lancelot voltam a se encontrar e, guiados por Mordred, os Cavaleiros da Távola Redonda armam uma emboscada afim de desmascarar toda essa traição ao seu grande Rei.

Lancelot é descoberto e numa luta contra os cavaleiros ele acaba fugindo mas antes mata Gareth, o filho de Morgause e o maior fã de Lancelot que o tinha como um filho. Arthur descobre, manda Gwenevere para um convento e decreta a expulsão de Lancelot de seu reino. Existe uma outra versão que diz que Arthur condenou Gwenevere à fogueira e Lancelot veio em seu

auxílio e a livrou da morte lutando com muitos soldados do Rei e decretando guerra a Arthur mas isso é por mim visto como muito romântico e fantasioso, cabe ao leitor acatar a versão da lenda que lhe é mais apropriada, lembrem-se que o meu objetivo é narrar os fatos e não impor qual é o certo e o errado. Por fim, Gwenevere acaba voltando para Camelot

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depois de um pedido de perdão de Lancelot e a sua promessa de nunca mais voltar ao reino de Arthur enquanto os dois viverem.

AAAA ssss FFFF oooo gggg uuuu eeee iiii rrrr aaaa ssss dddd eeee BBBBeeee llll tttt aaaa nnnn eeee

Beltane era uma celebração feita pelos povos antigos na chegada de uma estação do ano (outono). Essa celebração era feita em volta de uma fogueira onde as pessoas adoravam a deusa se dando em prol dela. As mulheres se davam livremente aos homens numa espécie de transe. Esse ritual carnal e profano (para os olhos dos cristãos) indicava a chegada das colheitas e a fertilização dos solos. Foi numa dessas celebrações que Arthur fora feito Rei junto aos povos antigos e jurou fidelidade às crenças e aos ritos. Beltane não era uma ritualização simples, ela era feita em adoração à Deusa, com muita festividade e alegria. Os filhos provindos desse tipo de ritual eram como enviados da Deusa e seguiam a religião como "futuros sacerdotes", visto que eles eram gerados do encontro dos Deuses. O fato de se ter sexo livre e explícito num ritual como este não soa pejorativamente, as relações nessas celebrações não eram vistas no meio pessoal como um mero "fazer amor", era uma doação à Deusa e isso custava aos seus seguidores o rompimento (naquele momento) dos vínculos matrimoniais e alguns valores naturais dos homens. Beltane (ou Beltaine) é também uma celebração comum aos seguidores da Wicca (bruxaria).

GGGGllll aaaa ssss tttt oooo nnnn bbbb uuuu rrrr yyyy :::: AAAA LLLL eeee nnnn dddd áááá rrrr iiii aaaa AAAA vvvv aaaa llll oooo nnnn

O "Tor"

Elevando-se acima

das planícies de Somerset Levels, Glastonbury Tor, em cujo cimo se ergue a torre de uma igreja em ruínas, constitui um marco inigualável de um dos

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lugares mais misteriosos da Inglaterra. E isto porque Glastonbury, local de uma primitiva povoação cristã, está imersa em abundante riqueza de tradições e lendas, de mito e romances. Esta pequena e animada povoação atrai visitantes de todos os gêneros: românticos fascinados pela lenda do Rei Arthur, peregrinos à procura da herança da antiga cristandade, místicos em busca do Santo Graal, enquanto astrólogos são seduzidos pelos rumores da existência de um zodíaco na paisagem. Glastonbury mais não era do que uma ilha rodeada de pântanos quando os primeiros cristãos ali se estabeleceram.

A Abadia de Glastonbury A primeira data digna de menção é de cerca de 750 d.C. quando o Rei Ine fundou ali um mosteiro. Escavações arqueológicas trouxeram à luz restos de primitivas construções feitas de vime e barro, enquanto dos muitos edifícios de pedra construídos ao longo dos séculos restam apenas o contorno.

O maior mistério de Glastonbury é, sem dúvida, saber se o rei Arthur está ou não está enterrado na antiga abadia. Apesar de frades afirmarem ter encontrado os restos mortais do re i e de sua esposa Guinevere em 1190, existem ainda muitas dúvidas quanto à veracidade da história. A sepultura, no chão

da abadia, foi descoberta depois de o segredo do local ter sido revelado por um trovador galês ao rei Henrique II. O rei informou ao abade de Glastonbury e é possível que. na reconstrução da abadia depois do incêndio em 1184 d.C., os frades se tivessem lançado à procura do túmulo. A cerca de 2m de profundidade encontraram uma pedra achatada com uma cruz gravada e a inscrição: hic iatec sepultus inclitus rex arturius in insula avalonia - "Aqui jaz o

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famoso rei Arthur na ilha de Avalon". A cerca de 2,7 m abaixo da pedra encontrava-se um caixão feito de um cepo escavado contendo ossadas de um homem de 2,4 m de altura com o crânio danificado, assim como outra de tamanho inferior, identificada como sendo de Guinevere, por um punhado de cabelos loiro que estava junto. As lendas de Avalon poderão ter um fundo de verdade mas o fato é que elas envolveram a região numa aura de mistério.

OOOO MMMM íííí ssss tttt iiii cccc oooo TTTT eeee mmmm pppp llll oooo dddd eeee SSSS tttt oooo nnnn eeee hhhh eeee nnnn gggg eeee

Stonehenge é um poderoso magneto que ainda não pode ser decifrado. Os saxões chamavam ao grupo de pedras eretas "Stonehenge" ou "Hanging Stones" (pedras suspensas), enquanto os escritores medievais se lhes referem como "Dança de Gigantes". A construção de Stonehenge teve início cerca de 3.500 a.C.. Foi construído primeiro uma formação circular em torno da qual se dispunha 56 fossas conhecidas como Aubrey Holes, formando um anel. A primeira pedra ereta, Heel Stone, foi colocada do lado de fora da única entrada da fortificação. O segundo monumento foi iniciado passados 200 anos ou mais tarde ainda. Novos construtores edificaram uma avenida de monólitos que ligava o henge ao rio Avalon a cerca de 3,2 Km de distância.

Embora o templo místico de Stonehenge tenha sido abandonado há cerca de 3000 anos, boa parte dele sobreviveu e a sua magia nunca desapareceu. Atribui-se ao mago Merlim o levantamento das pedras, enquanto que a população local acreditou por muitos anos que as pedras tinham poder curativo que, quando transferidos para a água, conseguiam curar todo o tipo de doenças.

Durante séculos, Stonehenge foi cenário de reuniões de camponeses

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e nos últimos 90 anos os "druidas" modernos celebraram aqui o solstício de Verão.

Durante aproximadamente 20 anos, milhares de pessoas se reuniam no local todos os meses de junho para assistirem ao festival que aí tem lugar. Mas em 1985 as autoridades proibiram tanto a vinda dos druidas como o festival em si, receosas de que as pedras, assim como a paisagem circundante, possam ser danificadas.

MMMMaaaarrrr iiii oooonnnn ZZZZiiiimmmmmmmmeeee rrrr BBBBrrrraaaadddd llll eeee yyyy

A autora de "As Brumas de Avalon", era uma senhora simpática que

foi casada duas vezes e teve dois filhos. Morava em Berkeley, na Califórnia, numa casa simples e confortável, onde tinha como companhia uma vasta biblioteca, uma coleção de discos de ópera. Acordava às cinco horas da manhã, fazia um chá bem forte e trabalhava cinco horas por dia. Não se considerava adepta do feminismo, embora seus livros sejam narrados sob a ótica das mulheres. Marion Zimmer Bradley nasceu em Albany, Nova York, em 1930, no auge da depressão econômica, seus pais eram muito pobres, impossibilitados portanto de propiciar-lhe uma educação esmerada. Teve que começar a trabalhar cedo. Aos dezesseis anos ganhou uma máquina de escrever da mãe, que pretendia vê-la datilógrafa e, posteriormente, secretária de alguma grande empresa. Mas Marion utilizou o presente para outros fins: começou a escrever histórias. No início usava um pseudônimo masculino mas com a série de ficção científica "Darkover" começou a ficar conhecida do público mas seu sucesso chegou com "As Brumas de Avalon" que levou quase vinte anos para ser concluído, depois de exaustiva pesquisa que incluiu a geografia de Somerset e a localização de Camelot, passando por trechos das Escrituras (especialmente traduzidas para a

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autora do Testamento grego). Mas a descoberta desse mundo mágico começou muitos anos antes - exatamente aos dez anos de idade - , quando Marion ganhou do avô um velho exemplar de "As Fábulas do Rei Arthur", de Sidney Lamier, que quase chegou a conhecer de cor de tanto reler. Veja o resumo de algumas obras da escritora:

AAAA CCCCaaaa ssss aaaa ddddaaaa FFFF llll oooo rrrr eeee ssss tttt aaaa Marion Zimmer Bradley volta à cena de "As Brumas de Avalon" onde religiões de antigas deusas lutam pela sobrevivência contra a dominação falocêntrica. Estamos agora, no entanto, não mais no século VII mas antes ainda, no primeiro século, em plena ocupação romana.

Gaius Macellius, belo tribuno, descendente de bretães pelo lado materno, escapa de uma armadilha para ursos, graças à intervenção do filho do druida Bendeigid e sua filha, Eilan, donzela predestinada ao serviço sacerdotal. Os dois jovens se apaixonam mas são separados por imposição de suas respectivas comunidades. Gaius fará um casamento de conveniência e Eilan dará à luz secretamente uma criança, Gawen, precursor de um novo povo bretão a quem uma alta sacerdotisa criará no vale de Avalon. Manipulando imagens e temas que a consagraram, como rebeliões e conflitos espirituais, Marion Zimmer Bradley constrói em Eilan uma personagem poderosa que descobre a chave para a comunhão com a Deusa e as viagens extracorporais. Uma razão a mais para se ler uma obra em que vasto painel e detalhes se somam para atrair irresistivelmente o leitor.

AAAA ssss BBBB rrrr uuuu mmmm aaaa ssss dddd eeee AAAA vvvv aaaa llll oooo nnnn

Neste enorme e emocionante romance, a lenda do rei Arthur é contada pela primeira vez através da vidas, visões e da percepção das mulheres que nela tiveram papel central. Pela primeira vez, o mundo arturiano de Avalon e Camelot, com todas as suas paixões e aventuras - o mundo que, através de séculos, cada geração recriou em incontáveis obras de ficção, poesia, drama - é revelado, como se podia esperar, pelas heroínas: pela rainha Guinevere, mulher de Arthur (que no romance tem o

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nome de Gwenhwyfar); por Ygraine, mãe de Arthur; por Viviane, a impressionante Senhora do Lago, Grande Sacerdotisa de Avalon; e principalmente pela irmã de Arthur, Morgana, também conhecida como Morgana das Fadas, como a Fada Morgana - como feiticeira, como bruxa - e que nesta épica versão da lenda desempenha um papel crucial, tanto na coroação como na destruição de Arthur. Trata-se, acima de tudo, da história de um profundo conflito entre o cristianismo e a velha religião de Avalon.

Guinevere representa o cristianismo - é vista, inicialmente, como uma estranha criança, toda branca e loura, chorando, perdida nas brumas de Avalon. Casada com Arthur por determinação de seu pai, apaixona-se profundamente por Lancelot e não consegue dar um herdeiro ao marido, o que gera sérias conseqüências para o reino. É a sua religiosidade intransigente que acaba colocando Arthur e com ele toda a Bretanha, sob a influência poderosa dos padres cristãos, apesar de seu juramento de respeitar a velha religião de Avalon.

Morgana é a adversária de Guinevere, vibrante, ardente em seus amores e em suas fidelidades. Sacerdotisa de Avalon e tendo a Visão, é uma mulher atormentada, dividida entre o amor não correspondido por Lancelot e pelo seu fracasso como mãe, irmã e esposa. Consagrada como a Donzela do Grande Casamento que une rei ao seu reino, tem o destino trágico e heróico de provocar a queda do irmão, amante e inimigo - Arthur, que trai Avalon e seu passado em favor do futuro cristão.

Ygraine, Viviane, Guinevere, Morgana. Elas revelam, com as suas vidas e sentimentos, a lenda de Arthur, como se fosse nova de, ao mesmo tempo, levam o leitor a integrar-se na história, de maneira natural e profunda.

VVVVoooo llll uuuu mmmm eeee 1111 :::: AAAA SSSS eeee nnnn hhhh oooo rrrr aaaa dddd aaaa MMMM aaaagggg iiii aaaa +254 e Arthur que se assume como rei, apoiado por Avalon, onde ganha a espada sagrada, "Excalibur". Dentro deste mesmo livro ainda podemos destacar alguns fatos interessantes, como a festa do Gamo-Rei, na qual Morgana e Arthur fazem sexo, sem saber que um era o outro e onde gerariam um filho (sem que Arthur soubesse). O encontro de Gwenhwyfar (ou Rainha Guinevere) e Morgana na ilha de Avalon, onde ao mesmo tempo Gwen conhece Lancelot e se apaixona por ele. Começa desde já a mobilização do reino contra os saxões para exterminá-los, o que levaria a paz.

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VVVVoooo llll uuuu mmmm eeee 2222 :::: AAAA GGGG rrrr aaaa nnnn dddd eeee RRRR aaaa iiii nnnn hhhh aaaa Neste livro acontece todos os fatos em volta da preparação para guerra contra os saxões e algumas batalhas, tanto que o casamento de Arthur com Gwen se efetua "somente" para que Arthur conseguisse cavalos para a guerra; o dote da rainha. Arthur muda a bandeira de seu exército, retirando a bandeira do Pendragon e colocando em seu lugar a bandeira de Cristo. Começa a se formar o grupos de cavaleiros que integraria a Távola Redonda (que também pertencia ao dote da rainha). Acontece o casamento de Arthur com Gwen. Começa o romance entre Lancelot e Guinevere que em um futuro próximo acabaria comprometendo o reino. Mesmo assim, Lancelot leva Morgana para o estábulo, para esquecer que Gwen estaria com Arthur naquela noite (de núpcias). Arthur, Lancelot e Gwenhwyfar se deitam juntos, na véspera de Beltane. Outro fato importante do livro 2 é a saída de Morgana de Avalon, por ter brigado com Viviane.

VVVV oooo llll uuuu mmmm eeee 3333 :::: OOOO GGGG aaaammmm oooo ----RRRR eeee iiii O terceiro livro tem grandes e importantes acontecimentos, como a morte de Taliesin, que foi substituído por Kevin, o Bardo. Depois temos a morte de Ygraine (antes da batalha final contra os saxões) e Viviane (que depois da guerra foi reclamar junto a Arthur por ter abandonado Avalon, a traindo, já que por força de Gwen, mudou a bandeira do reino para uma bandeira Católica, tendo então Balim matado-a com uma machadada na cabeça); o fim da guerra contra os saxões; a criação de Camelot; o fato de Gwenhwyfar não conseguir ter um filho de Arthur; o casamento de Lancelot com Elaine, que o afastou de Gwen (feito por uma simpatia de Morgana) e a ida do filho de Morgana e Arthur - Mordred, para Avalon.

VVVVoooo llll uuuu mmmm eeee 4444 :::: OOOO PPPPrrrr iiii ssss iiii oooo nnnn eeee iiii rrrr oooo dddd aaaa ÁÁÁÁ rrrr vvvv oooo rrrr eeee O último livro dá o final à maioria dos personagens. Morgana se casa com Uriens e começa a conspirar contra Arthur por ter deixado de lado Avalon para ter seguido Cristo. Começa um romance de Morgana e Acolon, filho de Uriens e os dois iniciam o plano para a tomada da Bainha Sagrada e da Excalibur. Arthur então, foi atraído para o País das Fadas, para que

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Excalibur fosse tomada por Acolon. Os dois brigam e Arthur mata Acolon, retomando Excalibur mas Morgana apanha a Bainha Sagrada e a atira de volta ao Lago. Gwydion, também chamado de Mordred, filho de Arthur e Morgana, vai para Camelot com o destino de acabar com o Reino de seu pai e começa a tramar contra o trono. Kevin é acusado de traição por Morgana, já então a Senhora de Avalon e é condenado a ser esfolado vivo e ser preso ao Grande Carvalho. No momento de sua execução, um raio cai e parte o Carvalho ao meio, fazendo com que Kevin seja enterrado dentro da fenda do Carvalho. A conspiração para a tomada do trono por Mordred acontece. Eles pegam Lancelot e Gwenhwyfar juntos na cama e o acusam de traição. Lancelot reage, matando Gareth e ferindo Mordred, fugindo com Gwenhwyfar. Ela se arrepende e entra para um convento. Lancelot volta a corte mas já era tarde demais. Mordred já havia tomado grande parte do exército e organizado uma rebelião. Na batalha final em Camlann, Arthur mata Mordred, enquanto esse lhe atinge mortalmente. Morgana fica ao lado de Arthur e Lancelot, após um pedido de Arthur, atira Excalibur de volta ao lago. Arthur é levado a Avalon e morre lá, enquanto Lancelot, junto com Persival, entram para um congregação e ficam lá até a morte

AAAA SSSS eeee nnnn hhhh oooo rrrr aaaa dddd eeee AAAA vvvv aaaa llll oooo nnnn A Senhora de Avalon é uma história que atravessa os séculos e profetiza o nascimento do Rei Arthur. A saga da ilha é narrada por sucessivas gerações de sacerdotisas que servem à Grande Deusa da era pagã. Primeiro, Caillean. Para escapar da fúria conquistadora do império romano que ameaça destruir Avalon, ela envolve a ilha em névoas intransponíveis; depois a astuta Dierna, que para selar importantes conquistas políticas celebra a união de uma de suas noviças com um general romano, transformando-o em futuro imperador bretão, guardião do solo sagrado. E por fim, Viviane, Suma Sacerdotisa guardião do Santo Graal, que prepara o caminho para o nascimento do rei Arthur. Ricamente ambientado, povoado por personagens mágicos e terríveis, A Senhora de Avalon tem a mesma grandiosidade épica e mística que caracteriza os outros romances da autora, Marion Zimmer Bradley. Guerras, traições, profecias e maldições, amor e ódio. Todos os elementos estão aqui reunidos, perfeição, em uma narrativa dinâmica que envolverá o leitor ávido pelo conhecimento dos poderes místicos em uma prazerosa atmosfera ritualística.

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AAAA QQQQ uuuu eeee dddd aaaa dddd eeee AAAA tttt llll ââââ nnnn tttt iiii dddd aaaa :::: A Teia de Luz e A Teia de Trevas A Teia de Luz e A Teia de Trevas

Domaris e Deoris são irmãs, da casta dos sacerdotes, levam uma vida plácida e tranqüila no Templo da Terra Antiga. Mas essa existência é subitamente abalada pela chegada de um estranho, mutilado e cego. É Micon, príncipe de Ahtarrath, herdeiro de Atlântida, torturado brutalmente pelos membros de uma seita secreta e proibida que se dedica à magia negra, para revelar seus estranhos poderes. Com essa base de romance e misticismo, Marion Zimmer Bradley nos oferece mais uma história memorável, com o fascínio eterno dos relatos de um tempo antigo mas com a atualidade vibrante de fatos e emoções de ontem, hoje e amanhã. Entre Domaris e Deoris, mulheres que se deixam arrebatar pelo amor e por um momento de paixão e se expõem a todos os riscos desafiando as conseqüências mais terríveis, não só a elas mas a toda humanidade. Rajasta é o sacerdote da Luz, sábio e paternal, protetor das irmãs, o líder dos Túnicas Brancas, Guardião do Templo, responsável por sua segurança e empenho em evitar a tragédia que ameaça o mundo inteiro. Riveda é um curandeiro, o líder dos Túnicas Cinzentas que se sobrepõe à sede de conhecimento a todos os sentimentos, numa busca incontrolável mas que nem por isso deixará de ser tocado pelo amor. Há outros personagens fascinantes e inesquecíveis, como Karahama, a sacerdotisa da Mãe, meia-irmã de Domaris e Deoris, mulher atormentada e desesperada, dividida entre o amor e o rancor; sua filha Demira, uma criança de beleza irresistível mas uma não-pessoa porque nenhum homem reconheceu sua paternidade; Elis, mulher sofrida e sensata, amargurada pelo homem que lhe deu uma filha e depois a renegou mas com uma ternura que prevalece sobre todo o seu ressentimento. À sombra de todos esses personagens e acontecimentos, agem furtivamente os misteriosos Túnicas Negras, uma seita proibida que tenta se apoderar dos fantásticos poderes de Micon – através da tortura implacável, dominando a mente dos homens, como a de um misterioso noviço, que em seus momentos de delírio revela os mais estranhos poderes e conhecimentos – e despertar o Deus Irrevelado, através do qual terão um controle total sobre a humanidade. Mais do que uma história fascinante, de amor e mistério, poderes sobrenaturais e emoções humanas, A QUEDA DE ATLÂNTIDA, um livro dividido em dois volumes, A TEIA DE LUZ e A TEIA DE TREVAS, é um estudo profundo dos relacionamentos humanos, da luta de mulheres

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divididas entre o amor e a maternidade, por um lado e a ambição de realização pessoal em outras atividades, um relato da busca eterna dos seres humanos pelos poderes místicos que não conhecem direito e não são capazes de controlar.

O O Incêndio de TróiaIncêndio de Tróia Em o Incêndio de Tróia, Marion Zimmer Bradley recria a história da Guerra de Tróia – e narra a partir do ponto de vista de Cassandra (que ela chama de Kassandra), bela e atormentada princesa de Tróia. Na brilhante recriação que a autora faz da famosa lenda, a queda de Tróia acontece de uma forma nova e ousada, desde a provação de Páris, o rapto de Helena (neste livro, não a cruel adúltera da lenda mas uma mulher afetuosa, dedicada a Páris e aos filhos) e a convocação dos exércitos gregos por Agamenon, o enfurecido cunhado de Helena, à tragédia final da destruição da cidade, condenada pelos deuses – e pelo orgulho voluntarioso de seus líderes. A heroína deste épico é Kassandra e a forte tensão do romance provém tanto da luta interna desta com seu sentimento de lealdade dividido (pois sua lealdade ao pai, o rei e aos irmãos é contraposta à crescente fidelidade à velha fé no matriarcado e na Mãe Terra) quanto do sério conflito entre gregos e troianos, no qual ela – abençoada, ou amaldiçoada, que é com o poder da profecia – prevê de forma obsessiva que tudo aquilo que mais ama será destruído. O romance começa com o nascimento de Kassandra e seu irmão gêmeo Páris. Este é criado por uma família de pastores, em virtude de uma profecia de que gêmeos trazem má sorte. Kassandra cresce sem sequer saber da existência do irmão – a não ser pelas visões inexplicáveis em que enxerga os eventos através dos olhos dele. Sua mãe, a rainha Hécuba, era uma amazona antes de casar e quando Kassandra está prestes a se tornar mulher, é enviada para passar um ano com as tribos das amazonas, onde toma conhecimento dos poderes das mulheres antes que estas fossem subjugadas por uma nova onda de patriarcado. Ao voltar à Tróia, Kassandra dedica-se a tornar-se sacerdotisa de Apolo, o Deus-Sol; mas, dentro dela, desenvolve-se um conflito forte e perturbador entre os “velhos costumes”, em que as mulheres mandavam e a religião originava-se da Mãe Terra e o novo mundo de deuses e reis do sexo masculino – um mundo caracterizado por disputas sem sentido e uma ânsia de sangue levam ao cerco da cidade amada. Misturando lenda e fatos arqueológicos, os mitos dos deuses e os feitos dos heróis, fato e ficção, Marion Zimmer Bradley dá nova vida a uma

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história clássica, recriando para nós Aquiles (ou Akiles, como prefere a autora), Enéias, Heitor, Pátroclo (ou Pátroklo), Helena de Tróia, Odisseu, Agamenon e Menelau como pessoas vivas, empenhadas numa luta desesperada que condena tanto vencedores como vencidos, sendo o destino destes visto pelos olhos de Kassandra, sacerdotisa, princesa e mulher impetuosa, com espírito de guerreira.

O Trílio Negro O Trílio Negro Quando três talentos excepcionais se conjugam para criar um romance, o resultado só pode ser pura magia. Marion Zimmer Bradley, Julian May e André Norton, autoras de ficção científica e fantasia, conquistaram com suas obras a admiração de milhões de leitores em todo mundo. Combinando suas imaginações e maestria elas produziram uma saga a que chamaram O Trílio Negro, pontuada por humor sutil, rica descrição de paisagens e costumes, fina percepção e personagens inesquecíveis. Ruwenda é uma terra fértil e agradável, onde humanos e oddlings convivem em paz sob a guarda da secular Arquimaga Binah. Mesmo aqueles a quem são concedidas uma vida desmedida, no entanto, devem desaparecer um dia e à medida que o poder de Binah enfraquece, Ruwenda torna-se vulnerável. Cumpre a Arquimaga, agora, passar sua atribuição de guardiã a outra pessoa – mas nem mesmo ela sabe para quem e nem quais as conseqüências desse ato. Quando sua preocupação está no auge nascem as princesas trigêmeas, herdeiras do trono de Ruwenda. Ao atingirem a idade de casar as princesas vêem se concretizar os piores temores de Binah. O rei de Labornok, país vizinho, sob a proteção de um mago cujo conhecimento neutraliza a proteção de Binah, invade Ruwenda. Binah ordena às princesas que fujam e as incumbe de procurar três talismãs que, unidos, representarão a única chance de recuperarem o reino e libertarem seu povo. Cada uma delas deve empreender a busca sozinha. E para ter sucesso, devem conhecer e conquistar os limites de suas próprias almas. Haramis – a princesa mais velha, herdeira do trono perdido, é fascinada pelo poder, o que leva a tentar uma aliança perigosa. A introspectiva Haramis foi criada por Marion Zimmer Bradley. Kadiya – a princesa caçadora, que deverá dominar sua natureza impetuosa para que as três irmãs tenham sucesso em suas missões. A temperamental Kadiya foi criada por André Norton, autora de Witch World, um sucesso entre leitores de todas as idades.

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Anigel – a princesa mais nova é doce, tímida e está predestinada a enfrentar o perigo das regiões desconhecidas e o amor de um feroz inimigo. Anigel foi criada por Julian May, autora dos cinco volumes da Saga of Pliocene Exile.

A Senhora do Trílio A Senhora do Trílio Haramis, a Senhora de Branco e guardiã do Trílio Negro, acorda, um dia, sentindo-se envelhecida e adoentada. Seu corpo sente o peso das várias vidas que atravessou desde que, junto com as irmãs Anigel e Kadiya, unira os reinos de Ruwenda e Labornok. Havia quase dois séculos que vivia na torre onde Orogastus, o feiticeiro maligno a quem derrotara, vivera. O fim do mago proporcionou uma vida tranqüila para a terra, livre da ambição do rival de Haramis. Após todas essas aventuras que agora já faziam parte do passado, a arquimaga estava tendo sonhos perturbadores que pareciam alertá-la sobre o seu fim. Haramis decide, então, procurar uma sucessora e prepará-la para assumir a tarefa que tinha sido sua por quase 200 anos. Mikayla – a princesa mais nova do reino de Ruwenda – desconhece a missão que teria pela frente e não parecia ser capaz de preservar o futuro do reino e salvar a terra da ruína pois era uma criatura racional e cética. Além disso, a jovem princesa não estava disposta a abdicar do sonho de se casar com lorde Fiolon de Var, com quem explorava as ruínas dos desaparecidos em busca de relíquias do passado. A Senhora do Trílio é a história dos desafios que Mikayla e Haramis enfrentarão para resguardar o equilíbrio da terra. A velha arquimaga não poderia imaginar que escolher, preparar e empossar a sucessora do manto branco da arquimaga seria mais um terrível batalha a travar. A jovem Mikayla por sua vez, apesar de lutar contra o seu destino, inicia seu longo processo de transformação na nova arquimaga de Ruwenda e Labornok.

A Filha da Noite A Filha da Noite Por quase duzentos anos, as platéias de todo o mundo têm vibrado com a ópera A flauta mágica, de Mozart. O fascínio exercido pela maravilhosa história de Papageno, o homem-pássaro, pela sinistra ameaça da Rainha da Noite e sua rivalidade com Sarastro e sobretudo pelos amores e provações do Príncipe Tamino e da Princesa Pamina no Reino da Sabedoria fez desta fábula uma das mais apreciadas no mundo da fantasia. Agora Marion Zimmer Bradley, autora do best-seller As Brumas de Avallon, publicado pela Imago, liberta A flauta mágica das restrições

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impostas pelo palco, transformando-a em livro. E a aventura de Tamino e Pamina reveste-se de nova magia.

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