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Guia para visitação da APA de Algodoal-Maiandeua
Logomarca
Unidade de ConservaçãoEcossistemasAtrativos
Município
Saiba mais sobre essa Princesa do Litoral do
Nordeste Paraense!
Edição 2011
Edição Comemorativa - 20 anos de APA!
Exp
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Governo do Estado do ParáSIMÃO ROBISON OLIVEIRA JATENE
Secretaria de Estado de Meio AmbienteTERESA LUSIA MÁRTIRES COELHO CATIVO ROSA
Diretoria de Áreas ProtegidasPAULO SÉRGIO ALTIERI DOS SANTOS
Coordenadoria de Unidades de ConservaçãoCARLOS ALBERTO MONTEIRO
Gerência da APA de Algodoal-MaiandeuaADRIANA OLIVEIRA MAUÉS FERREIRA
Equipe Técnica
ADRIANA MAUÉS
ADRIELLE BAÍA
JOYCE LAMEIRA
JÚLIO MEYER JR
KLYCIA VILHENA
LILIANE JUCÁ
MARIA ALICE SOUZA
MATHEUS LOPES
NÚBIA VILHENA
ROBSON OLIVEIRA
TANICE AGUIAR
Autores
ADRIANA MAUÉS
CRISTIANE NOGUEIRA
DIEGO OLIVEIRA
JOYCE LAMEIRA
Fotos
ADRIANA MAUÉS
ALESSANDRA AZEVEDO
BENJAMIM FERREIRA
CRISOMAR LOBATO
CRISTIANE NOGUEIRA
DIEGO OLIVEIRA
JOYCE LAMEIRA
JÚLIO MEYER JR
KEILA TEIXEIRA
acervo da SEMA
Normalização MARA RAIOL
Proibida a reprodução parcial ou integral da obra, sem prévia
autorização formal. Todos os direitos reservados à SEMA-PA.
Copyright © 2010 por/by SEMA/PA.
G943g MAUÉS, A. NOGUEIRA, C. OLIVEIRA, D. LAMEIRA, J. Guia de visitação da APA de Algodoal-Maiandeua/
Secretaria de Estado de Meio Ambiente. - Belém: SEMA, 2011.
36p.1. Guia de Visitação. 2. Área de Proteção
Ambiental de Algodoal-Maiandeua. I. Secretaria de Estado de Meio Ambiente. II. Título.
CDD 016.33372
Dados Internacionais de Catalogação na PublicaçãoNúcleo de Documentação e Arquivo - SEMA, Belém,Pa.
Caranguejo no mangue da APA.
O meu galo cantou lá no terreiro da dona maria,
o meu galo cantou lá na princesa raiando o dia.
O meu galo cantou, corococó, corococó
o meu galo cantou, corococó, corococó.
O meu galo cantou e dançou meu carimbó.
Mestre Chico Braga(Morador e Compositor da Vila de Algodoal)
Pôr-do-Sol na Praia da Caixa D’água.
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Vista do alto do farol na Praia da Princesa.
lá Visitante! Seja Bem Vindo! Nas próximas páginas desse Guia de O Visitação você conhecerá um pouco sobre este paraíso do Estado do Pará, principalmente, para àqueles que respeitam e amam a natureza!
A Área de Proteção Ambiental (APA) de Algodoal-Maiandeua tem sido procurada por pessoas de várias partes do Brasil e também do exterior, destacando-se no contexto regional como um dos destinos turísticos mais procurados do Estado do Pará e da região Amazônica. Pela sua exuberante natureza, a APA foi incluída em diversas publicações internacionais relacionadas ao turismo ambiental.
Portanto, o objetivo do Guia para Visitação da APA de Algodoal-Maiandeua, Edição 2011 é fornecer informações rápidas e práticas para melhor orientar a sua visita nesta APA, que consiste numa Unidade de Conservação Estadual criada para “proteger a diversidade biológica local, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais” (Lei n° 9.985/2000).
Nesta edição, você conhecerá um pouco sobre o Município de Maracanã-PA, onde a APA está inseria, sobre as Unidades de Conservação Estaduais, bem como sobre as comunidades que embelezam esse lugar especial, a riqueza da cultura regional, os atrativos turísticos, e a diversidade da Fauna e da Flora. Você também terá acesso a alguns telefones úteis, um mapa ambiental e belíssimas paisagens da Unidade.
Nesse paraíso você pode curtir o Sol, a vibração de ritmos musicais como o carimbó, as belas praias, as trilhas, praticar esportes, conhecer o cotidiano das comunidades locais, a pesca artesanal, fazer passeios de barco ou de charretes e muito mais. Mas, lembre-se: a sua conduta cidadã é muito importante para a conservação deste lugar e de todo o meio ambiente!
A produção dessa publicação só foi possível graças à confiança do diretor e dos coordenadores da Diretoria de Áreas Protegidas da SEMA, à dedicação dos técnicos e ao apoio e à participação ativa das comunidades da APA, que gentilmente participaram dos trabalhos de campo.
A todos, o nosso muito obrigado!
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CONTEÚDO
Município
Unidade de Conservação
APA de Algodoal-Maiandeua
Logomarca
Ecossistemas
Atrativos Turísticos
Praia e Lago da Princesa
Praias de Fortalezinha e Mupéua
Vila de Algodoal
Vila de Camboinha
Vila de Fortalezinha
Vila de Mocooca
Carimbó e Culinária
Dicas de Viagem
Serviços
Fontes Consultadas
Mapa Geral da APA
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Exemplo de flora da APA.
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ocalizado a 164km da Capital do Estado do Pará, o Município de L Maracanã foi fundado em 1.885, com sua sede às margens do Rio Maracanã. Com uma área de 781km² (IBGE), Maracanã é dividido atualmente em 09 distritos: Sede, Algodoal, Boa Esperança, Bom Jardim, Km 26, Santa Maria do Caripi, São Roberto, Tatuteua e Vila de São Benedito, que somam uma população de 29.417 habitantes (IBGE/2009).
Dentre as características do Município, citam-se: o solo lactoso amarelo, do tipo tijuco, de textura argiloso, mal drenado; a rede hidrográfica acentuada com participação fundamental do Rio Maracanã, que nasce no muinicípio de Santa Maria do Pará, com profundidade que varia de 15 a 20 metros, sendo principal afluente esquerdo, o rio Caripi; a vegetação de terra firme, principalmente composta por capoeira terciária; o relevo planalto rebaixado do Amazonas (Zona bragantina); e a topografia caracterizada pelo relevo de planície plana e ondulada.
As manifestações culturais da população local são, em geral, promovidas pela Igreja Católica, como festejos de São Miguel Arcanjo (setembro), Nossa Senhora de Nazaré (novembro), São Benedito (dezembro). Além dessas, ocorrem comemorações em homenagem aos pescadores e outras categorias, programações com danças do carimbó e boi-bumbá, e festas juninas. O aniversário de Maracanã também é um grande evento que, comemorado no dia 28 de maio, envolve quase todas as comunidades do município.
O principal cardápio da população do município é constituído de peixes, mariscos, galinha e farinha de mandioca, sendo que os vegetais ganham destaque na medicina caseira.
No artesanato, Maracanã é conhecido pelas construções de embarcações de pesca e instrumentos de captura de pescado. Quanto à atividade econômica, a produção de pescado (fresco e salgado), através da pesca artesanal, é a principal atividade de renda.
De topônimo indígena, Maracanã é uma ave, espécie de arara comum na
Amazônia e em todo o Brasil, também conhecida por Araguaiaí, Araguari e Aruaí. Daí o nome maracá (chocalho) , nã (nana), com o primeiro
"n" eufônico (falso).
09Casarão do Centro de Maracanã-PA.
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nidade de Conservação (UC) compreende um espaço territorial e U seus recursos naturais, protegidos legalmente pelo Poder Público, que, através de regime especial de administração, visam atingir metas de conservação sócio-ambientais específicas (Lei n. 9.985/2000).
No Brasil, a criação e a gestão de Unidades de Conservação têm como base o Sistema Nacional de Unidades de Conservação - SNUC (Lei n. 9.985/2000), tendo como executores os órgãos ambientais municipais, estaduais e federais. O SNUC divide essas Unidades em dois grupos, de acordo com o uso permitido aos recursos naturais: Proteção Integral (grupo mais restrito para atividades humanas) e Uso Sustentável (grupo menos restrito). Dentro de cada grupo, são relacionadas categorias que variam de acordo com a conservação dos recursos naturais e com o nível de ocupação humana.
No Estado do Pará, 16,94% do seu território (equivalente a 21.141.798 ha) é ocupado por UC Estaduais administradas pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA-PA), por meio da Diretoria de Áreas Protegidas (DIAP/SEMA). O Sistema Estadual de Unidades de Conservação, criado pela Lei n. 5.887/1995, administra 20 Unidades de Conservação, sendo: 03 Parques Estaduais, 01 Estação Ecológica, 01 Reserva Biológica e 01 Refúgio de Vida Silvestre - pertencentes ao grupo de Proteção Integral; 08 Áreas de Proteção Ambiental, 02 Reservas de Desenvolvimento Sustentável e 04 Florestas Estaduais - pertencentes ao grupo de Uso Sustentável.
A gestão dessas áreas é realizada através da elaboração e implementação de instrumentos de planejamento (Planos de Manejo e Planos Operacionais Anuais) e de ações que contam com a participação da sociedade civil (Conselhos Consultivos e Deliberativos) e parceiros institucionais (governamentais e não-governamentais). Atualmente, a Diretoria de Áreas Protegidas elabora estudos para a criação de mais Unidades de Conservação Estaduais e para a criação da Reserva da Biosfera do Arquipélago do Marajó.
A APA de Algodoal-Maiandeua é a primeira Unidade de Conservação
Estadual do Sistema Estadual de Unidade de Conservação (SEUC) do Pará, criada por Lei. A APA também é a primeira Unidade criada
pelo Estado na Zona do Salgado Paraense.
Paisagem entre as dunas da Praia da Princesa.
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egundo SNUC (Lei n. 9.985/2000), a Área de Proteção Ambiental (APA) é uma área em geral extensa, com ocupação humana e que Spossui atributos naturais, estéticos ou culturais importantes para a
qualidade de vida e o bem-estar das populações humanas.
O processo de criação da APA de Algodoal-Maiandeua iniciou-se em 1989, a partir de uma demanda popular para resguardar as belezas cênicas e os recursos naturais locais diante da crescente atividade turística, iniciada desde a década de 50.
Criada em 1990, pela Lei n. 5.621, a APA é constituída de duas Ilhas divididas por um furo, denominado Furo Velho/Igarapé das Lanchas, que somam uma área de 2.378ha. As Ilhas, uma Algodoal (com 385ha) e outra Maiandeua (com 1.993ha), são ocupadas por 04 vilas (Algodoal, Camboinha, Fortalezinha e Mocooca) e outras ocupações, que totalizam aproximadamente de 2.000 habitantes (SEMA, 2007).
Localizada no Município de Maracanã-PA, a APA pode ser acessada tanto por este como pelo Município vizinho, Marapanim, porém em ambos é necessário o transporte terrestre e o fluvial. Por Maracanã, o visitante que vem de Belém pega as rodovias BR-316, PA-127, PA-395 e a Estrada do Quarenta até o Porto do Quarenta e, ao atravessar o Furo do Mocooca, acessa a APA pela Vila de Mocooca, localizada ao sudoeste da APA. Por Marapanim, o visitante pega as rodovias BR-316, PA-136 e PA-138 até o Porto de Marudá e, ao atravessar o Rio Marapanim, acessa a APA pela Vila de Algodoal, localizada ao noroeste da APA.
A gestão da APA é feita pela Gerência da APA de Algodoal-Maiandeua da SEMA-PA, criada em 2007, e pelo Conselho Gestor, criado em 2006. A Gerência desenvolve ações de acordo com as demandas da Unidade, como infraestrutura, educação ambiental, valorização das comunidades locais, etc. Dentre as importantes deliberações do Conselho, destaca-se a proibição na circulação de veículos motorizados ao público na APA (conforme IN. N°004/2007-SEMA).
Segundo historiadores, o nome Algodoal devesse pela existência da planta
algodão-de-seda Calotropis procera (Ait.) R. Br. em alguns pontos das Ilhas, cujas sementes lembravam o algodão; e o nome Maiandeua,
de origem tupi, significa Mãe da Terra.
Vista das dunas da Praia da Princesinha.
Representa o Rio Maracanã, Rio Marapanim
e o Oceano Atlântico que
banham a APA
Representa a atividade de pesca artesanal
Representa a flora local, o mangue
Representa as áreas de dunas e praias da APA
Representa o sol Representa a fauna local, o guará
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15Vencedores do Concurso da Logomarca.
concurso para escolha da logomarca da APA de Algodoal-Maiandeua surgiu com a necessidade de criação de um símbolo Oque pudesse expressar as principais características dessa unidade
de conservação. Sendo a APA um lugar paradisíaco, dotado de belas paisagens e rica cultura local, era necessário que esse símbolo fosse elaborado e produzido pela comunidade local, afinal, são essas pessoas que melhor a conhecem.
Aproveitando o aniversário de 20 anos de criação da APA, a Gerência da APA de Algodoal-Maiandeua lançou o concurso em junho/2010, tendo como público alvo os moradores de 8 a 14 anos das quatro comunidades da APA. Os concorrentes só poderiam inscrever desenhos feitos à mão, que foram analisados por uma comissão julgado. O concurso contou com a parceria das Centrais Elétricas do Pará S.A. (CELPA) para a premiação do 1º lugar.
Para incentivar a inscrição no concurso, a Gerência promoveu durante as férias escolares oficinas nas vilas de Algodoal, Fortalezinha, Mocooca e Camboinha, para esclarecer o conceito de logomarca e sua finalidade, resgatar a identidade e as belezas locais, assim como disponibilizar materiais para a elaboração de desenhos. Após o período de inscrição de propostas e de análise das mesmas, os três melhores desenhos foram selecionados.
Em agosto/2010, no Dia do Estudante, a Gerência realizou a cerimônia de premiação do concurso na Escola Maria de Lourdes Ferreira, na Vila de Algodoal. Os autores dos três melhores desenhos foram premiados, assim como as três Escolas Municipais da APA.
O desenho vencedor, elaborado pelo aluno Paulo Vitor Cardoso da Silva, morador da vila de Algodoal, passou por um tratamento gráfico, onde elementos mais significativos da paisagem, dos ecossistemas e dos cotidiano da APA de Algodoal-Maiandeua foram abstraídos para a proposta final da logomarca da Unidade de Conservação (conforme leitura ao lado).
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APA de Algodoal-Maiandeua é conhecida por agregar numa A pequena área uma variedade de ecossistamas, como praias, dunas, restingas litorâneas, campos naturais salinos (Apicuns), bosques de mata primitiva, mangues, áreas de lagos, igarapés e furos que o visitante poderá contemplar em apenas 01 dia de passeio de barco ou de caminhada.
As espécies vegetais da UC são bastante representativas e consistem em remanescentes do bioma costeiro amazônico. Segundo SEMA (2007), a Unidade possui 54 espécies (em 49 gêneros e 34 famílias), utilizadas para alimentação, medicina, construção civil e geração de energia. Nas áreas de mangues, é possível identificar o Mangue-vermelho, Mangue-preto ou Siriúba e Mangue-branco.
Segundo SEMA (2007), a Unidade de Conservação possui 25 espécies de animais terrestres, dentre macaco de cheiro, capivaras, gato do mato, paca, cutias e camaleões; e 117 espécies de aves, dentre papagaios, tucanos, pica-paus, garças e gaviões. Quanto às espécies aquáticas, são registradas uma diversidade de peixes (também raias, tubarão e cação), cetáceos (golfinhos), sirênios (peixe-boi), quelônios (tartarugas); crustáceos (caranguejos, siris e camarões) e bivalves (turus).
O clima da APA apresenta período mais chuvoso entre fevereiro a abril e o menos chuvoso entre setembro a novembro. A média anual de insolação é de 2.200 hora/ano, da temperatura do ar é de 25 a 26° C e a da umidade é entre 80% a 85%. E a rede hidrográfica da APA é formada por um conjunto de furos, lagos e igarapés, distribuídos em áreas de maior interferência dos sistemas hídricos superficiais, sendo influenciadas pelo efeito das marés.
A geologia local compreende a da Plataforma Bragantina, sustentada por formações Pirabas e Barreiras, e sedimentos do Pós-Barreiras. A geomorfologia é constituída pelo Planalto Costeiro e Planície Costeira, reconhecidos pelas Falésias Ativas e Inativas, Praias, Dunas Vegetadas e Pântanos Salinos.
Cinco espécies de tartarugas marinhas, reconhecidas oficialmente como
criticamente ameaçada de extinção pelo CITES*, podem ser encontradas no litoral da APA. E dentre as aves, a Unidade é um dos poucos
refúgios do Guará (Eudocimus ruber).
Dunas vegetadas da Praia da Princesa.
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19Vista do Lago da Princesa.
raias, dunas, campos, bosques, mangues, lagos, igarapés, furos, P trilhas, frutas, flores, fauna, pescadores artesanais, costumes locais, culinária, arquitetura, artesanato e outros, são alguns dos atrativos que a APA de Algodoal-Maianduea oferece aos seus visistantes!
Passeando pelos Furos... A APA possui em sua rede hídrica diversos furos que sempre foram utilizados para acessar as comunidades e outras moradias mais isoladas da Unidade. Hoje, porém, para o visitante, esse acesso é uma opção para contemplação e recreação. A diversidade da fauna e da flora da APA pode ser observada nesses passeios. Guará, pica-pau, garça, gavião e carcará são as espécies mais encontradas, além da riqueza dos mangues entre os canais.
Um boa opção de passeio é conhecer os furos da Ilha de Algodoal que terminam no Furo Velho, acessos que ligando o Rio Marapanim ao Oceano Atlântico. Sendo que no retorno deste passeio, o visitante poderá seguir numa trilha terrestre que dá acesso ao Lago da Princesa, um dos locais mais conhecidos da APA.
Descobrindo as Trilhas... A principal função das trilhas na APA é de suprir a necessidade de deslocamento interno das comunidades locais e atalhos para os pescadores. Contudo, ao longo dos anos, os simples acessos tornaram-se espaços de novas descobertas para visitantes e pesquisadores.
Dentre as trilhas da APA, destaca-se a trilha entre as vilas de Algodoal e de Fortalezinha, considerada a principal da APA e que tem seu início após a travessia do Igarapé das Lanchas. O tempo de caminhada é de, aproximadamente, duas horas e meia.
Música e Ritmos... Além da riqueza natural, a APA conta com uma diversidade cultural. Aqui é possível ouvir o tradicional ritmo do Carimbó, uma das manifestações culturais marcantes do Estado do Pará. As comunidades da APA valorizam muito esse ritmo, abordando as questões do seu cotidiano, assim como as particularidades e o imaginário locais.
Numa pesquisa da SEMA-PA em 2009, observou-se entre mais de 700 visitantes
entrevistados, mais de 70% eram residentes do Estado do Pará, 9% de outros estados brasileiros e 17% de outros países, na maioria da
Europa e da América do Norte.
Praia e Lago da Princesa
(1) Vista das Dunas, na travessia para a Praia da Princesa(2) Barquinho navegando em frente a Praia(3) Rede estendida na Praia(4) Lago da Princesa
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21Paisagem da Praia da Caixa D’água.
Praia e o Lago da Princesa são os pontos mais conhecidos e A visitados da APA de Algodoal-Maiandeua.
Localizada na Ilha de Algodoal, após a travessia de um canal ligado ao Furo Velho, a Praia da Princesa compreende em 14km de faixa de areia, banhados pelo Oceano Atlântico e cercados por dunas vegetadas. A praia dispõe de certa estrutura de atendimento ao público, contando com, aproximadamente, 20 estabelecimentos, entre bares e restaurantes.
O acesso à praia é feito pela travessia de um canal, sendo que, durante a maré baixa, pode ser feita a pé ou de charrete, e na maré cheia é feita de canoa, através de uma associação local. Os visitantes da praia aproveitam para tomar banho de mar, tirar fotos, degustam o cardápio local à base de pescado e apreciam o pôr-do-sol. A Praia da Princesa já foi classificada por publicação americana como uma das dez praias mais bonitas do Brasil. E, segundo pesquisadores, na praia ainda há ocorrência de desova de tartarugas, principalmente, durante o primeiro semestre.
O Lago da Princesa, localizado atrás das dunas da Praia da Princesa, é a opção para àqueles que gostam de caminhadas e locais mais reservados. Consiste numa área de água doce e escura, cercado de dunas vegetadas, com vegetação arbustiva, cajueiros e ajuruzeiros. É um banho refrescante após caminhada de, aproximadamente, 30 minutos entre a entrada da trilha e o lago. O volume de água do lago varia conforme os períodos de chuva.
Na Ilha de Agodoal, outras praias podem ser encontradas, como a Praia da Caixa D’água e a Praia da Ponta do Mamede. A Praia da Caixa D’água também é uma praia muito frequentada da APA. Compreende em quase 01km de faixa de areia banhados pelo o Rio Marapanim, e que pega a maior parte da Vila de Algodoal. Devido sua localização e opções de alimentação e hospedagem, a praia é bastante frequentada por casais, famílias e pessoas idosas, embora à noite também ofereça grande opção de lazer, shows e apresentações.
Conta a lenda, que no Lago da Princesa, em noites de lua cheia, uma linda
princesa, toda vestida de branco aparece caminhando sobre as águas do lago. Quem ousa olhar para ela fica seduzido. Alguns compositores
de carimbó dizem ser a Princesa Isabel.
Praias deFortalezinha e Mupéua
(1) Vista da Praia de Fortalezinha e o Furo do Tanque(2) Passeio pelo Furo do Tanque(3) Barcos de pesca, em Fortalezinha(4) Barraco de pesca no Mupéua
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23Pôr-do-Sol na Praia do Mupéua.
a Ilha de Maiandeua, os pontos turísticos que mais se destacam pela N beleza e preservação dos recursos naturais são a Praia de Fortalezinha e a Praia do Mupéua.
A Praia de Fortalezinha fica localizada em frente à vila de Fortalezinha, à região noroeste da APA de Algodoal-Maiandeua. O acesso da praia é feito pelo Porto da Vila de Fortalezinha, após a travessia do Furo do Tanque, podendo ser feito a pé ou de canoa, de acordo com a maré.
Quando a maré está cheia, a Praia de Fortalezinha lembra uma ilha. A bela e marcante paisagem da Praia tornou-se parada obrigatória dos visitantes da Vila, que capturam essa imagem dum ponto mais elevado da Vila, um mirante, conhecido como Paraíso do Coqueiros.
A Praia do Mupéua fica entre a Praia de Fortalezinha e o Furo Velho. O acesso à praia pode ser feito tanto pela Vila de Fortalezinha, pela Praia de Fortalezinha ou pelos campos, como pela Praia da Princesa, atravessando o Furo Velho, quando a maré está seca, numa caminhada de aproximadamente 2 horas de tempo.
Essa praia é caracterizada pela sua beleza sem igual e por suas tranqüilas areias, já que não é tão freqüentada como a Praia da Princesa. A Praia do Mupéua é bastante usada pelos pescadores locais, que aguardam a hora da rede em pequenos barracos, e por surfistas que aproveitam suas ondas agitadas.
A Ilha de Maiandeua, por ser a maior ilha da APA de Algodoal-Maiandeua, dispõe de maior diversidade de paisagens e lugares do que a Ilha de Algodoal. Dentre elas, citam-se a Vila de Camboinha, a Vila de Mocooca, o Igarapé da Tia Nazaré e o Lago Grande.
O Lago Grande, como é conhecido pelos moradores, fica nos campos após a Vila de Fortalezinha, no acesso à Praia do Mupéua. Consiste numa grande área alagada formada durante os períodos chuvosos, entre as dunas vegetadas.
Mupéua é uma palavra que vem do tupi, e que siginifica “canal raso de baixios ou de
praias extensas”. Na Praia do Mupéua já foi registrada a ocorrência de golfinho-de-dentes-rugosos (Steno bredanensise) e de
tubarões conhecidos como “cação”.
Vila de Algodoal
(1) Lago da Princesa(2) Entrada da Vila de Algodoal(3) Trapiche da Ponta do Mamede(4) Travessia para Praia da Princesa(5) Turismo na Praia da Princesa
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Localização da Vilana APA
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25Charretes da Vila de Algodoal.
ocalizada ao noroeste da APA de Algodoal-Maiandeua, a Vila de L Algodoal é a única vila da Ilha de Algodoal, numa porção cercada pelo Rio Marapanim e pelos furos se ligam ao Oceano Atlântico pelo Furo Velho.
O principal acesso à vila se dá por transporte fluvial pelo Rio Marapanim, que é realizado por uma cooperativa local diariamente, entre a vila (Ponta do Mamede) e o Município de Marapanim (Porto de Marudá), num tempo que varia entre 30 minutos a 01 hora de travessia.
As ruas não são pavimentadas e o transporte é feito por meio de charretes puxadas a cavalo, realizado por uma associação local. A maioria das edificações são em alvenaria e térrea.
Quanto sua população, a Vila de Algodoal possui a maior concentração populacional da APA, com mais de 960 residentes (SEMA, 2007), equivalente a 54% do total. A maioria da população é adulta, variando de 30 a 59 anos, que nasceram na APA e estão organizados, principalmente, em 02 ocupações: serviços domésticos e pesca.
As opções de lazer da comunidade são esportivas, através da organização de campeonatos locais de futebol masculino e feminino, e culturais, através de festas religiosas, comemorações escolares e eventos promovidos por segmentos sociais.
A renda econômica dos moradores da vila está concentrada na pesca artesanal e na prestação de serviços voltados ao turismo, principalmente, nos tempos de alta temporada, como feriados, férias escolares e festas de final do ano. Hotéis, pousadas, bares, restaurantes, comércios, padarias e mercearias são facilmente encontrados na vila, devido ao crescimento da atividade turística nos últimos anos, assim como serviços públicos.
De vilarejo pacato de pescadores, a Vila de Algodoal passou a ser um dos roteiros mais visitados do Estado do Pará, atraindo mais de 30 mil visitantes num mês.
A energia elétrica chegou na Vila de Algodoal e nas demais a partir do ano
de 2005. Antes, moradores e visitantes usavam lamparinas à querosene ou lanternas para se deslocarem. Os eventos noturnos contavam com
motores para a geração de energia.
Vila de Camboinha
(1) Vista da Vila de Camboinha(2) Pesca nas proximidades da Vila(3) Pescador consertando rede(4) Camarão produzido na Vila(5) Pescador com o pusá
Mapa
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Localização da Vilana APA
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27Camarões da Vila de Camboinha.
Segundo Quaresma (2003), a palavra Camboa também pode significar o
processo de pesca em que diversos pescadores, armados com a tarrafa, cercam com suas canoas o cardume de peixe. A Vila de Camboinha é
conhecida na APA pela pesca de camarão.
ituada às margens do Rio Marapanim, ao sudoeste da APA de S Algodoal-Maiandeua, a Vila de Camboinha é uma das vilas da Ilha da Maiandeua.
O principal acesso à vila é feito por transporte fluvial pelo Rio Marapanim, em embarcações fretadas que partem da Ponta do Mamede na vila de Algodoal até o porto da vila de Camboinha, num tempo de até 20 minutos. O acesso à vila também pode ser feito via terrestre, pelas trilhas, através das vilas de Algodoal e Fortalezinha, feito a pé, de bicicleta ou carroças.
A vila possui uma população de aproximadamente 170 moradores (SEMA, 2007), onde mais da metade são homens, pescadores, que nasceram na APA. A principal atividade econômica desenvolvida na vila é a pesca artesanal, sendo o peixe e o camarão as principais fontes de alimentação básica. A vila é conhecida pela pesca do camarão piticaia (Xiphopenaeus kroyeri), que abastece o comércio local e outros municípios, como Belém, Castanhal, Maracanã, Igarapé Açu, Santa Maria e São Miguel.
O lazer da comunidade está voltado para atividades esportivas, através da organização de campeonatos locais de futebol masculino e feminino, que envolve os moradores da APA e de localidades circunvizinhas, e culturais, através de festas religiosas, comemorações escolares e eventos promovidos pela Associação de Moradores da Vila de Camboinha (AMC), que também participa do Conselho Gestor da APA.
Quanto à cultura local, os moradores da vila produzem um artesanato voltado para o dia-a-dia, como a confecção do pulsar, da rede de pesca, tarrafa, cestas de miriti, crochê e objetos de decoração com materiais recicláveis, principalmente de garrafas PET.
Embora esteja próxima de Algodoal, a Vila de Camboinha ainda é pouco visitada por turistas, por isso não dispõe de grandes empreendimentos comerciais, alimentícios e de hospedagem.
(1) Vista da Vila de Fortalezinha(2) Praça Paraíso dos Coqueiros(3) Fauna local(4) Grupo de Carimbó “Tio Milico”(5) Avuado, prato típico
Mapa
Vila de Fortalezinha
Localização da Vilana APA
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29Vista do Porto de Fortalezinha.
ocalizada ao sudeste da APA de Algodoal-Maiandeua, a Vila de L Fortalezinha é maior vila da Ilha de Maiandeua, banhada pelo Rio Maracanã e com praias voltadas ao Oceano Atlântico.
O principal acesso à vila se dá por transporte terrestre pela Trilha Principal ou pela Vila de Mocooca. O segundo acesso se dá por transporte fluvial até o Porto da vila, que fica em frente à Praia de Fortalezinha, com viagens semanais de embarcações vindas da sede de Maracanã, durando 3h.
A população da Vila está estimada em mais de 500 residentes (SEMA, 2007), onde mais da metade é composta de homens, da faixa etária entre 30 a 59 anos, que nasceram na APA e são pescadores.
As opções de lazer da comunidade são esportivas e culturais, através de festas religiosas, comemorações escolares e eventos promovidos por segmentos sociais. A vila possui duas organizações não-governamentais: a Associação Comunitária dos Moradores da Maiandeua (ACMM) e o Grupo Ambiental de Fortalezinha (GAF), ambos fazem parte do Conselho Gestor da APA de Algodoal-Maiandeua.
Comparada à Vila de Algodoal, a Vila de Fortalezinha é a segunda vila mais visitada da APA, sendo o público predominante pesquisadores, estudantes e visitantes que procuram maior contato com os comunitários.
A cultura do carimbo é muito presente no cotidiano desta vila, que possui grupos de carimbo que fazem apresentações constantes e cantam letras de música que relatam as riquezas naturais da região e o cotidiano local. Anualmente, a vila realiza um festival de música religiosa, chamado Festival da Canção.
Dentre seus pontos turísticos da vila, destacam-se a Praia do Tanque e a Praia do Mupéua. A Praia do Mupéua fica a 30 minutos de caminhada do centro da vila, passando pelo “Campo do Ajuru”. A praia possui uma extraordinária beleza cênica, ainda pouco conhecida pelos veranistas.
O origem da vila de Fortalezinha, segundo alguns moradores da vila, está
relacionada à existência de uma construção em pedra com formato circular na vila, que lembra uma fortaleza, erguida, supostamente, por
frades missionários no século XVIII.
(1) Acesso à Vila por Maracanã(2) Travessia Maracanã-Mocooca(3) Vista do acesso à Mocooca(4) Vista da Vila(5) Passeio por furos
Vila de Mocooca
Localização da Vilana APA
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Vila
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31Pescador na Praia do Mupéua.
Vila de Mocooca está localizada ao sudeste da APA de Algodoal-A Maiandeua, banhada pelo Rio Maracanã e pelo Furo do Mocooca. É considerada a segunda porta de entrada da APA.
O principal acesso à vila se dá por transporte fluvial pelo Furo do Mocooca, que é realizado em pequenas embarcações (canoas e rabetas) entre o Porto da vila e o Porto da Vila do Quarenta (Maracanã), a travessia é rápida e dura menos de 05 minutos. A vila também pode ser acessada via terrestre, por trilha, através da Vila de Fortalezinha.
A população da vila está estimada em mais de 160 residentes (SEMA, 2007), sendo que mais de 60% são crianças, adolescentes e jovens. Por estarem próximas, os moradores da Vila de Mocooca e de Fortalezinha estudam, trabalham e se divertem juntos.
Embora a atividade de pesca artesanal, através da pesca com currais e da coleta de caranguejos, seja predominante na vila (com uma produção anual de mais de 20t, segundo SEMA, 2007), outras atividades econômicas são identificadas, como: atividades comerciais (pequenas mercearias, botecos e bares), atividades de extrativismo animal, atividades de agricultura e prestação de serviços voltados ao turismo, principalmente, nos períodos de alta estação.
Os moradores da vila se divertem em atividades esportivas, festividades religiosas e danças típicas como quadrilhas e rodas de carimbó. No mês de junho, a Igreja Católica realiza a Festividade de São Pedro, e promove a venda de comidas típicas e brincadeiras.
Quanto ao artesanato, a vila produz crochê, bordado, colares, pulseiras, sandálias e artigos para pesca (como tecelagem de rede).
Embora seja uma das portas de entrada da APA de Algodoal-Maiandeua, a Vila de Mocooca não dispõe de infraestrutura para atender grande número de visitantes, consolidando-se como uma passagem para outras localidades da APA.
Segundo Quaresma (2003), o nome Mocooca vem de origem indígena que quer
dizer casa, habitação. A Vila de Mocooca é a segunda entrada da APA de Algodoal-Maiandeua e a única que liga a Unidade com o
Município de Maracanã.
Carimbó e Culinária
(1) Grupo de Carimbó Tio Milico, da Vila de Fortalezinha(2) Apresentação do grupo(3) Turistas comendo Avuado na praia(4) Caranguejo Toc-Toc
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Foto meramente ilustrativa
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a cultura local, a APA destaca-se com o Carimbó e a sua Culinária. N O Carimbó é considerado um gênero musical e também é uma dança típica do Estado do Pará; seu nome em tupi, refere-se ao tambor com o qual se marca o ritmo, cahamado CURIMBÓ (tambor grande feito de tronco de árvores).
O Carimbó surgiu na zona do salgado paraense, onde tem sua expressão mais forte nos Municípios de Marapanim, Curuça e Maracanã, onde está a APA de Algodoal-Maiandeua. Dois mestres carimbozeiros de Algodoal tornaram-se bastante conhecidos: Francisco Paulo Monteiro Braga (Chico Braga) e José Miguel Costa Teixeira (Zé Mingau), com diversas poesias e músicas que relatam o cotidiano da população local, ambos são a inspiração de grupos que ainda preservam o carimbó na APA, como os “Nativos do Canal” e o “Grupo de Carimbó Tio Milico”, que atualmente fazem apresentações locais e regionais, e participam de festivais.
A APA de Algodoal-Maiandeua também oferece, além da natureza exuberante, muita hospitalidade, cultura e banho de mar, uma rica Culinária típica com pratos regionais que proporcionam o deleite dos visitantes. Os visitantes podem desfrutar do tradicional “Avoado”, que consiste em comer peixe fresco assado na brasa com farinha, podendo ser Gó, Peixe Pedra, Bandeirado e Anchova (espécies muito abundantes em algumas épocas do ano), desfrutado na excelente companhia da comunidade local. Geralmente, o “Avuado” acontece logo após a pescaria, e pode acontecer em qualquer lugar: na praia, na praça ou no quintal de uma casa. O “Avuado” é muito mais que uma refeição, é um momento de comunhão e de interação entre parentes, amigos, sejam eles moradores ou visitantes.
Além do “Avuado”, outros pratos típicos da APA são o Sarnambi e o Caranguejo Toc-Toc. O Sarnambi um molusco muito comum no local e que lembra uma pequena ostra, possui alto valor nutricional e pode ser degustado em forma de tortas, moquecas, ou simplesmente temperado e refogado com ervas.
Prato típico: Avuado
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ara àqueles que desejam visitar a Área de Proteção Ambiental (APA) de Algodoal-Maiandeua, aqui estão algumas dicas sobre o Pque é indispensável levar e saber durante a permanência nessa
Unidade de Conservação:
- Leve protetor solar, pelo menos FPS 30, loção pós-sol, hidratante e repelente contra insetos;
- Leve alguns acessórios como bonés, chapéus, óculos escuros, chinelos e tênis para caminhada;
- A APA não tem estradas ou vias pavimentadas, portanto, prepare-se para fazer caminhadas à pé ou passeios de charretes;
- A Unidade já possui mercadinhos e armazéns onde o básico da alimentação e da higiene pessoal pode ser adquirido;
- O lixo sempre é um problema! Portanto, colabore! Não jogue lixo no mato, nas ruas ou nas praias. Procure uma lixeira ou, melhor ainda, leve seu lixo de volta para o Continente;
- Não cace os animais silvestres e nem os alimente;
- Ande apenas nos caminhos já existentes e prefira andar sempre em grupo ou acompanhado de comunitários ou condutores de visitantes!
- Não é recomendado trazer animais domésticos para APA;
- A APA não possui serviços bancários, caixas eletrônicos e nem correios;
- A rede hoteleira da APA possui vários hotéis e pousadas, reserve com antecedência sua vaga, principalmente nos períodos de alta temporada (julho e dezembro);
- Parte dos restaurantes, bares e pousadas da APA aceita cartões de débito ou crédito, portanto, consulte-os antes de consumir;
- Ajude a conservar a paisagem local, pois os ecossistemas da APA são frágeis e protegidos por lei.
35Paisagem no Lago da Princesa.
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urante a estadia do visitante à Unidade de Conservação, ele poderá D necessitar de algumas informações sobre hospedagem, transporte, serviços, passeios e outros, portanto, aqui estão alguns telefones úteis:
Vila de Algodoal
Ass. C. dos Pescadores Art. da V. Algodoal (ACPAVA)
Ass. C. para Des. E Pres. da Ilha de Maiandeua (ACDESPIM)
Associação dos Canoeiros (ACA)
Associação dos Carroceiros (AC)
Ass. dos Empreendedores de Turismo de Algodoal (AETA)
Coop. dos Lancheiros de Maiandeua-Marudá (CLIMAM)
Escola M.E.F. Maria de Lourdes Ferreira
Vila de Camboinha
Agente de Saúde
Escola M.E.F. Duque de Caxias
Vila de Fortalezinha/ Vila de Mocooca
Associação C. dos Moradores de Maiandeua (ACMM)
Escola M.E.F. Papa Paulo VI (Fortalezinha/Mocooca)
Grupo Ambiental de Fortalezinha (GAF)
Sede de Maracanã
Conselho Tutelar
Correios
Delegacia de Polícia
Departamento Municipal de Meio Ambiente
Hospital Municipal
Ministério Público
Prefeitura Municipal
Secretaria Municipal de Turismo
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(91) 96032733
(91) 8139-0440
(91) 9639-9304
(91) 8179-4660
(91) 8165-2257
(91) 8158-9566
(91) 8800-0602
(91) 8836-2171
(91) 8177-9426
(91) 8822-3132
(91) 8136-5483
(91) 9179-4943
(91) 3448-1508
(91) 3448-1138
(91) 3448-1293/1336
(91) 9214-7278
(91) 3448-1567
(91) 3448-1286
(91) 3448-1438
(91) 9994-1263
Vista da Praia da Princesa.
Serv
iço
sGestão e Fiscalização da UC
Gestão Ambiental da APA
Coordenadoria de Unidades de Conservação
Gerência da APA de Algodoal-Maiandeua
Fiscalização/SEMA-PA
Coord. de Fiscalização e Proteção Ambiental (CFP)
Coordenadoria de Licenciamento Ambiental
Outros
Aeroporto Internacional de Belém
ARCON (Denúncias quanto transportes)
Batalhão de Policiamento Ambiental
Capitanias dos Portos
Companhia Paraense de Turismo (PARATUR)
Defesa Civil
Delegacia da Mulher
Delegacia de Polícia de Marapanim
Delegacia Virtual
Disk Denúncia
IBAMA
Polícia Rodoviária Federal
Poluição sonora (denúncia)
PROCON
Rede Celpa
Sup. do Patrimônio da União no Pará
Terminal Rodoviário de Belém
Vigilância Sanitária
Cabine de venda de passagens (CLIMAM)
Horário do transporte fluvial, trajeto Marudá-Algodoal-Marudá (CLIMAM)
36
(91) 3184-3605
(91) 3184-3609
(91) 3184-3634
(91) 3329-3351
(91) 3210-6000
0800-911717
(91) 3276 5230
(91) 3242-7188
(91) 3212-0575
199
(91) 3246-6803
(91) 3723-1184/1297
(91)4006-9004
181
0800-618080
(91) 3242-1800
(91) 3238-3132/ 9987-9712
1512
0800-910196
(91) 3321-3998
(91) 3266-2625
(91) 3242-7029/ 3721-2467
(91) 8236-9068
Saída de Algodoal
Segunda a Quinta - 6h, 8h, 10:30h, 13:30
Sexta - 6h, 8h, 10:30h, 13:30h, 15h, 17h
Saída de Marudá
Segunda a Quinta - 9h, 11h, 13:30h, 17h
Sexta, Sábado e Domingo - 9h, 10:30h, 12:30h, 14:30, 17h
Ponta do Mamade.
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Fontes Consultadas:
BRASIL, República Federativa do. Lei n. 9.985 de 18 de julho de 2000 (Dispõe sobre o Sistema Nacional de Unidades de Conservação).
IBGE/Cidades, “Estimativa da População 2009”. Acessado em 25/06/10, < http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?>
PARÁ, Governo do Estado do. “ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DE ALGODOALMAIANDEUA: Estudos Socioambientais da Região”. Belém: SEMA-PA, 2007.
PARÁ, Governo do Estado do. Lei n. 5.621, de 27 de novembro de 1990 (Dispõe sobre a criação da APA de Algodoal-Maiandeua).
PARÁ, Governo do Estado do. Portaria n. 291-GAB/SECTAM, de 06 de junho de 2006 (Dispõe sobre a criação do Conselho Gestor da APA de Algodoal-Maiandeua.
QUARESMA, Helena Doris de Almeida Barbosa. O desencanto da princesa: pescadores tradicionais e turismo na área de proteção ambiental de Algodoal/Maiandeua.- Belém: NAEA, 2003.
SANTOS, J. L. dos. “Reserva Extrativista como Alternativa para a Sustentabilidade Local: O Caso da RESEX Marinha Maracanã, Pará”. Brasília: IV ENANPPAS, 2008. Acessado em 25/06/2010, http://www.anppas.org.br/encontro4/cd/ARQUIVOS/GT7-105-335- 20080510135004.pdf
Wikipédia a Enciclopédia Livre, “Maracanã-PA”. Acessado em 25/06/2010, <http://pt.wikipedia.org/wiki/Maracan%C3%A3_(Par%C3%A1)>
Pescador na Praia da Caixa d’àgua.
Para saber maissobre a APA e outrasUnidades, acesse o sitewww.sema.pa.gov.br
Gerência da APAEnd: Av. João Paulo II, s/n.Parque Estadual do Utinga.Bairro: Curió-Utinga.Belém-PAFone/fax: (91) 3184-3609
GOVERNO DO
PARASecretaria de
Estado deMeio Ambiente
Diretoria de Áreas Protegidas
DIAP/SEMA
Quando eu chego no Mupéua,
está tudo preservado,
suas dunas são tão belas,
um tesouro encantado.
Eu vou pra lá,
lá tem surf, tem pescaria,
contemplar a natureza
é viver com sabedoria.
Béco(Morador da Vila de Fortalezinha)