analise comparativa entre alvenaria estrutural e convencional

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Trabalho de conclusão de curso referente a uma análise comparativa entre os dois métodos construtivos citados no título. Análise na metodologia construtiva e não orçamentária.

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Pontifcia Universidade Catlica do ParanESCOLA POLITCNICACURSO DE ENGENHARIA CIVIL

RENAN BITTENCOURT SANTOS MARCILIO

ANLISE COMPARATIVA ENTRE MTODOS CONSTRUTIVOS DE ALVENARIA ESTRUTURAL E SISTEMA CONVENCIONAL EM CONCRETO ARMADO

CURITIBA

2013RENAN BITTENCOURT SANTOS MARCILIO

ANLISE COMPARATIVA ENTRE MTODOS CONSTRUTIVOS DE ALVENARIA ESTRUTURAL E SISTEMA CONVENCIONAL EM CONCRETO ARMADO

Trabalho de Concluso de Curso apresentado ao Curso de Graduao em Engenharia Civil da Pontifcia Universidade Catlica do Paran, como requisito parcial obteno do ttulo de Engenheiro Civil da Escola Politcnica da Pontifcia Universidade Catlica do Paran.

Orientador: Prof. Silvana Bastos Stumm

CURITIBA2013LISTA DE FIGURAS

Figura 01 Edifcio Monadnock, Chicago..............................................................14Figura 02 Tipos de Blocos utilizados na alvenaria estrutural.............................17Figura 03 Assentamento Bloco de Concreto com Argamassa............................26Figura 04 Tipos de assentamento de argamassa sobre blocos..........................26Figura 06 Trinca revestimento gesso alvenaria estrutural...................................33Figura 07 Caixas eltricas em blocos de concreto estrutural..............................35Figura 08 Shaft revestido com cermica e com pontos hidrulicos aparentes..37Figura 09 - Cortes Feitos na Alvenaria para colocao das tubulaes.................38Figura 10 Opes de Revestimento....................................................................40Figura 11 Mofo em paredes de bloco de concreto..............................................47

LISTA DE TABELAS

Tabela 01 Dimenses dos blocos de concreto vazados......................................18

Tabela 02 - Propriedades das sees dos Blocos.................................................21

Tabela 03 Valores Mnimos de Resistncia (MPa)..............................................23

Tabela 04 Dimenses das Espessuras em funo da classe.............................24

LISTA DE QUADROS

Quadro 01 Comparativo construtivo em etapas..................................................31

SUMRIO

1.INTRODUO82.OBJETIVOS102.1 OBJETIVO GERAL102.2 OBJETIVOS ESPECFICOS102.3 PROCEDIMENTOS METODOLGICOS113.REVISO TERICA123.1 ALVENARIA ESTRUTURAL123.2 HISTRICO133.3 PROCESSO CONSTRUTIVO DA ALVENARIA ESTRUTURAL153.4 ELEMENTOS CONSTITUINTES DA ALVENARIA ESTRUTURAL193.4.1 Blocos cermicos193.4.2 Blocos de concreto223.4.4 Argamassa253.4.5 Armadura273.4.6 Graute283.5 ASPECTOS CONSTRUTIVOS DAS ALVENARIAS293.6 TEMPO DE EXECUO293.7 INTERFERNCIA CLIMTICA323.8 INSTALAES ELTRICAS E HIDROSSANITRIAS343.9 REVESTIMENTOS383.10 MO DE OBRA PARA EXECUO413.11 RENDIMENTO CONSTRUTIVO434.RESULTADOS E DISCUSSES455.CONCLUSO496.REFERNCIAS51

Resumo

A grande competitividade na construo civil junto necessidade incessvel na reduo de custos, tempo de execuo e melhoria na qualidade final do produto tem estimulado a busca por alternativas em mtodos construtivos que proporcionem uma combinao destes fatores. A Viabilidade construtiva fator preponderante para escolha do mtodo a ser empregado em qualquer empreendimento, pois quanto maior a racionalizao na execuo maior ser o lucro no final do processo e maior tambm ser a satisfao do consumidor, que o alvo de todo este conjunto. A alvenaria estrutural encontra-se dentro deste contexto pelo fato de, por meio de estudos realizados e pesquisas feitas em campo, obter alguns diferenciais em relao alvenaria convencional como: encurtamento do prazo de execuo, rendimento e mo-de-obra. Partindo deste pressuposto, este trabalho tem como objetivo, realizar uma anlise comparativa construtiva, por meio de diferentes aspectos, os principais pontos positivos e negativos que cada mtodo apresenta e mostrar como a alvenaria estrutural se sobressai sobre a convencional em concreto armado.

Palavras-chave: Alvenaria Estrutural. Alvenaria Convencional. Concreto Armado. Anlise Comparativa.

IntroduoA construo civil na busca pela racionalizao de custos e reduo do desperdcio, tem buscado inovaes tecnolgicas em diferentes mtodos construtivos para atingir esse objetivo.A alvenaria por exemplo, um material de suma importncia para qualquer tipo de obra, e vem sendo usado h milhares de anos obtendo um excelente ndice de aceitao pelo homem de hoje e das mais antigas e diferentes civilizaes (Duarte, 1999).Neste mesmo contexto, a alvenaria estrutural que vem sendo utilizada desde o incio do sculo XVII, foi sofrendo um lento processo de evoluo tecnolgica tanto na sua capacidade construtiva e resistncia, quanto na racionalizao compatibilizando cada vez mais os projetos. A viso sistmica na hora de projetar as estruturas, caixilharias, vedaes torna a produo ainda mais industrializada, evitando assim desperdcios e gastos desnecessrios com demais materiais que seriam utilizados em conjunto para realizao destes servios, como exemplo das formas e armaduras (Freire, 2007).O mtodo convencional de construo em alvenaria tem sua prtica construtiva mais reduzida nos dias de hoje pelo fato de ser um processo mais lento, trabalhoso e de menor produtividade se comparado com o de alvenaria estrutural. A montagem de pilares, vigas e lajes em concreto armado e posterior assentamento da alvenaria com bloco cermico com a finalidade de vedao, encarece o custo final e aumenta prazo de execuo de uma obra. Uma obra para ser considerada bem executada, precisa ser extremamente bem gerenciada em todas as etapas e ter um bom planejamento principalmente na sua fase projetual (Monteiro & Dos Santos, 2010). Atualmente o emprego da alvenaria estrutural deixou de ser somente em edificaes de baixa e mdia renda, que a princpio era o pblico alvo, e passou a ser utilizado tambm em edifcios de alto padro, pela confiabilidade e praticidade que seu mtodo construtivo tem proporcionado.Por meio destas informaes, necessrio obter o conhecimento maior sobre este assunto com objetivo de proporcionar tanto a quem constri quanto a quem o beneficiado, uma economia e qualidade no produto final. Sabendo as vantagens e desvantagens que cada mtodo construtivo obtm e fazendo um estudo de caso sobre qual tipo de construo no final das contas ser mais vivel, pode-se escolher com maior certeza qual mtodo empregar na realizao da construo.

OBJETIVOS2.1 OBJETIVO GERAL

Comparar construtivamente as vantagens e desvantagens da alvenaria estrutural em blocos de concreto em relao alvenaria de tijolos cermicos.

2.2 OBJETIVOS ESPECFICOSOs objetivos especficos sero : Comparar o tempo de execuo; Verificar as conseqncias da interferncia climtica; Analisar o rendimento construtivo; Comparar a Mo-de-Obra para execuo; Mostrar mtodos de instalao dos componentes Hidrulicos e Eltricos de cada mtodo; Especificar os Acabamentos; Identificar patologias; Realizar um estudo sobre as solues construtivas;

2.3 PROCEDIMENTOS METODOLGICOS

A metodologia aplicada para realizao deste trabalho consiste em pesquisas bibliogrficas relatando todos os detalhes especficos e aspectos construtivos que cada mtodo apresenta, alm de comparar construtivamente construes realizadas na cidade de Curitiba por determinada construtora.A execuo de projetos e escolha do tipo de mtodo construtivo a ser empregado acontece sempre antes de qualquer etapa, afinal, a concluso do empreendimento vem de um processo de sucessivos estudos e anlises para determinar qual a melhor soluo construtiva. Neste estudo, toma-se por base um condomnio com 13 torres de oito pavimentos, construdo em alvenaria estrutural comparado com diversos outros empreendimentos em alvenaria convencional, examinando-se desde o incio da construo at a etapa final de acabamento. Aps certo perodo de anlise com a edificao j construda, possvel obter vrios dados quanto a problemas e vantagens que os mtodos construtivos apresentam no decorrer da construo.

REVISO TERICA

3.1 ALVENARIA ESTRUTURAL

A alvenaria estrutural o mtodo construtivo racionalizado, composto por unidades de alvenaria que em conjunto agem com funo estrutural. As paredes so os elementos portantes da estrutura capazes de resistir diversas cargas alm do seu peso prprio. Esse sistema o oposto da alvenaria tradicional em concreto armado, a qual projetada e construda empiricamente (Monteiro & Dos Santos, 2010).Gallegos (1989) apud Busi (2009) afirma que a alvenaria estrutural deve atuar como isolante trmico, como isolante acstico, resistir a impactos, no ser combustvel e ter resistncia.Busi (2009) ainda citando Gallegos (1989) subdivide a alvenaria estrutural em quatro grupos: alvenaria estrutural armada, alvenaria estrutural protendida, alvenaria estrutural no armada e alvenaria estrutural parcialmente armada.A alvenaria estrutural armada executada com auxlio de uma armadura, por necessidade estrutural, disposta na cavidade dos blocos de concreto que compe o corpo da alvenaria, posteriormente sendo preenchidas com micro-concreto denominado graute.As caractersticas correspondentes a este mtodo so a resistncia dos esforos trao, absoro dos esforos de trao, excentricidades e compresso.O processo de alvenaria estrutural protendida consiste na existncia de uma armadura ativa j inclusa no elemento resistente, no caso o bloco. Este tipo de armadura feito para resistir tambm com alta performance a compresso.A alvenaria estrutural no armada o processo em que a existncia de armaduras atende a finalidades construtivas como por exemplo: fissuras, concentrao de tenses e outras patologias,a fim de ressalv-las.J a alvenaria estrutural parcialmente armada consiste em ter alguns blocos projetados como armados e outros no. Este mtodo empregado somente no Brasil.3.2 HISTRICONa histria da alvenaria e no que se descreve, Gallegos (1989) apud Busi (2009) afirma que possvel dizer que a alvenaria tenha sido criada por um nmade recolhedor de alimentos h cerca de 15.000 anos. Na busca por refgio de animais selvagens e na proteo contra o frio, esse homem decidiu empilhar pedras com o objetivo de criar um lugar para se abrigar. A alvenaria como elemento estrutural comprimido de bloco sobre bloco vem sendo utilizada pelo homem h milhares de anos, desde as origens nas pirmides egpcias e sendo utilizada ao longo do tempo nas construes como no farol de Alexandria e Catedral de NotreDame em Paris (Monteiro & Dos Santos, 2010).Pela utilizao de mtodos empricos para sua construo, a alvenaria estrutural conduzia a espessuras excessivas com relao as construdas atualmente.Como exemplo pode-se citar o edifcio Monadnock, construdo em Chicago entre os anos de 1889 e 1891 com 16 andares e 65 metros de altura e tendo suas paredes da base com 1,80 metros de espessura (Ramalho e Correa, 2003).A figura mostra o edifcio Monadnock em sua vista parcialmente lateral:

Figura 01 Edifcio Monadnock, Chicago.

Nota: Segredos de Viagem

Por meio destas condies a alvenaria estrutural sofreu um grande declnio na sua utilizao at meados da segunda guerra mundial em 1945 (ABCP Associao Brasileira de Cimento Portland). Neste perodo do sculo XIX, o aparecimento dos materiais como o ao e o concreto armado, fizeram com que a alvenaria utilizada de forma estrutural, ficasse de lado por apresentar diversas desvantagens tanto construtivas quanto econmicas. Uma considervel parte dos pesquisadores da poca se desinteressaram pelo material da alvenaria estrutural e investiram nestes novos materiais pelas vantagens apresentadas sobre alvenaria, sendo uma delas a tima resposta em relao as tenses de trao que o ao apresentava (Camacho, 2006).Monteiro e Dos Santos (2010) assim como Busi (2009) relatam que aps alguns anos de esquecimento da alvenaria estrutural como idia principal para utilizao na construo, a ideia foi sendo redescoberta pelo aprimoramento de pesquisas e estudos que foram sendo feitas com o passar dos anos. Readequando a ideia do uso deste material pelas caractersticas positivas que ia apresentando, no caso da alvenaria estrutural, estudos de qualidade e resistncia foram sendo feitos e complementados posteriormente, a fim de se obter um material resistente e que ao mesmo tempo tivesse racionalizao na sua utilizao. De acordo com Freire (2011) a reduo de custos, a menor diversidade de materiais empregados junto da maior rapidez na execuo, reduo da especializao da mo-de-obra e acrescentando a qualidade obtida no produto final, a alvenaria estrutural tomou seu lugar no mercado novamente. No Brasil um dos mais utilizados mtodos para construes de obras de baixa renda a alvenaria estrutural, que tambm est tomando seu lugar como mtodo construtivo em prdios comerciais e residenciais de mdio e at mesmo alto padro.

3.3 PROCESSO CONSTRUTIVO DA ALVENARIA ESTRUTURALRoman (2005) apud Richter (2007) afirma que no processo construtivo da alvenaria estrutural deve se levar em considerao os esforos atuantes que so verticais e horizontais ou laterais. Os esforos verticais so dados pela atuao do prprio peso da estrutura envolvida, j as cargas laterais so em funo da ao do vento ou da falta de prumo da parede, a qual tem suas cargas absorvidas pelas lajes e transmitidas s paredes paralelas a direo do esforo lateral atuante. Os principais componentes atuantes so os tijolos ou blocos, a argamassa, o graute e as armaduras que podem ser construtivas ou de clculo. Na construo da alvenaria estrutural h tambm outros elementos pr-fabricados que podem ser usados como por exemplo: as vergas, contravergas, coxins entre outros (Camacho, 2006).

Na hora de projetar o arranjo arquitetnico ou modular as paredes portantes deste conjunto importante acertar as dimenses tanto da planta como o p-direito da edificao em funo das dimenses do bloco a ser utilizado. Com estas precaues, pode-se reduzir consideravelmente ou at mesmo evitar os cortes e ajustes necessrios execuo das paredes em sua dimenso total ou nas suas juntas (Junior, 2011).Identificam unidade como o componente bsico da alvenaria. Uma unidade ser sempre definida por trs dimenses principais: comprimento, largura e altura. O comprimento e, pode-se dizer tambm a largura definem o mdulo horizontal, ou mdulo em planta. J a altura define o mdulo vertical, a seradotado nas elevaes. Dentro dessa perspectiva, percebe-se que muito importante que o comprimento e a largura sejam iguais ou mltiplos, de maneira que efetivamente se possa ter um nico mdulo em planta. Se isso realmente ocorrer, a amarrao das paredes ser enormemente simplificada, havendo um ganho significativo em termos da racionalizao do sistema construtivo. Entretanto, se essa condio no for atendida, ser necessrio se utilizar unidades especiais para a correta amarrao das paredes, o que pode trazer algumas consequncias desagradveis para o arranjo estrutural. Essas consequncias sero apresentadas, com alguns detalhes, nos itens subsequentes.(RAMALHO & CORRA, 2003).

A figura 2 e a tabela 1 abaixo demonstram os tipos de blocos empregados na construo e suas dimenses respectivamente:

Figura 02 Tipos de Blocos utilizados na alvenaria estrutural Nota: (CAMACHO, 2006 Projeto de Edifcios de Alvenaria Estrutural , pg. 10)

Tabela 01 Dimenses dos blocos de concreto vazados

Nota: NBR 6136 2006 Bloco Vazado de concreto simples para alvenaria estrutural

3.4 ELEMENTOS CONSTITUINTES DA ALVENARIA ESTRUTURAL

Os elementos que constituem a alvenaria estrutural em seu corpo so os blocos sejam de concreto ou cermicos propriamente ditos, a argamassa, o graute e as armaduras.3.4.1 Blocos cermicosOs blocos cermicos com funo estrutural podem ser macios ou vazados. No caso do processo construtivo em alvenaria estrutural parcialmente armada,os blocos necessitam ser, obrigatoriamente, vazados (SABBATINI, 2002).Seguindo o raciocnio sobre blocos cermicos, Sabbatini (2002) apresenta algumas exigncias que devem ser concomitantemente seguidas para ser realizado a construo de alvenaria estrutural com blocos cermicos: Tenha produo industrial legalizada, sendo fabricada por indstria produtora de blocos e com emisso de nota fiscal; Possuir a produo em planta industrial, de forma que garanta uma produo com uniformidade adequada.A produo do bloco cermico estrutural no permite de maneira alguma que a linha de produo resulte em blocos com menos de 20% de coeficiente de variao da resistncia a compresso, em uma produo contnua, seja ela por longos ou curtos perodos. A disperso em grande escala um indicativo de que existe uma produo inadequada dos blocos com funo estrutural. A indstria cermica para atender as exigncias tem que estar em acordo com o PBQP-H (Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat). essencial a existncia na indstria cermica: Setor de seleo e tratamento de Argilas, Estufas para secagem, Controle de temperaturas e umidade automticas, extrusoras vcuo para moldagem dos blocos, Fornos contnuos do tipo Hoffman para queima da cermica e controle tecnolgico contnuo da produo que ser responsvel por comprovar a uniformidade do todo; Possuam dimenses e geometrias para que atendam: Espessura mnima de qualquer parede do bloco de 10 mm. Largura real mnima de 140 mm; Massa por m de parede mnima de 100 kg para processo construtivo no armado, e 130 kg para parcialmente armado. Tenham a resistncia caracterstica conforme os ensaios pr-estabelecidos e definidos na NBR 6136/2006 Resultem em prismas ocos com resistncia a compresso mnima de 2,0 MPa e resistncia a compresso caracterstica, de pelo menos 6 corpos de prova, de no mnimo igual a 2,5 MPa, ensaiados pela NBR 8215. Para o processo construtivo parcialmente armado, os blocos devem ter vazados cuja sesso transversal (medida de qualquer ponto) tenham no mnimo 70x70 mm e dispostos a garantir no mnimo 50x70 mm por toda a altura da parede estrutural; Todos os lotes concludos de blocos cermicos devero ser submetidos a um controle de aceitao em relao a caracterstica a resistncia e a compresso.Sem a aceitao do controle tecnolgico, os blocos no podem ser utilizados. Os lotes no devem ser maiores que 10.000 blocos ou a quantidade utilizada no pavimento tipo.Os blocos que forem empregados sem atender as exigncias, somente podero ser especificados aps anlise e garantia dos seus desempenhos.As propriedades dos blocos podem ser observadas de acordo com a tabela abaixo:

Tabela 02 - Propriedades das sees dos Blocos

Nota: SABBATINI (2002), Alvenaria Estrutural Materiais , execuo da estrutura e controle tecnolgico. Pag, 16.

Sabbatini (2002) ainda afirma que a exigncia relacionada as resistncias a compresso caractersticas mnimas exigidas no Brasil, tem fundamentao na experincia acumulada no pas sobre a correlao entre essas resistncias e as resistncias que so obtidas atravs dos prismas dos focos. Portanto, se no Brasil as tcnicas de produo melhorarem e consequentemente a qualidade e os valores de resistncia mnima forem atingidos, poder reduzir os valores mnimos estabelecidos.Algumas caractersticas que podem ser citadas dos blocos cermicos: Tijolos macios: podem ser extrudados ou prensados. Blocos vazados: so extrudados - 2, 4, 6, 8, 21 furos. Resistncia compresso: entre 1 e 10 MPa (mnima: 2,5 MPa). Peso de at 131 kg/m2 Detm 90% do mercado brasileiro de blocos. Blocos com dimenses modulares e submodulares; blocos com formatos diversos (tipo canaleta e para instalaes eltricas e hidrulicas).Fonte : HUMBERTO, Alvenaria.

Assim como o bloco de concreto o bloco cermico tambm possui normas para sua execuo e produo. Por exemplo: NBR 7170/1983 Tijolo macio cermico para alvenaria. NBR 15270-1/2005 Componentes cermicos Parte1: Blocos cermicos para alvenaria de vedao Terminologia e requisitos NBR 15270-2/2005 Componentes cermicos Parte2: Blocos cermicos para alvenaria estrutural Terminologia e requisitos NBR 15270-3/2005 Componentes cermicos Parte1: Blocos cermicos para alvenaria estrutural e de vedao Mtodos de ensaios. NBR 6460/1983 Tijolo macio cermico para alvenaria Verificao da resistncia compresso. NBR 8041/1983 - Tijolo macio cermico para alvenaria Forma e dimenses.Fonte : HUMBERTO, Alvenaria. 3.4.2 Blocos de concretoOs blocos de concreto tem a maior importncia na composio da alvenaria estrutural, pois so eles que do a sustentao e comandam a resistncia compresso que as paredes sofrem alm de serem fatores determinantes nos procedimentos de aplicaes das tcnicas de modulao nos projetos.Blocos utilizados com funo de vedao e com funo estrutural, tem aparentemente o mesmo aspecto fsico, mas so diferenciados na espessura das suas paredes. Portanto, os blocos estruturais possuem este aspecto que responsvel por dar maior resistncia aos esforos de compresso, sendo assim utilizados para sustentao das construes deste tipo (Monteiro & Dos Santos, 2010).Segundo Ramalho e Corra (2003) apud Monteiro e Dos Santos (2010), as unidades citadas podem ser de vedao quando tem exclusivamente a funo de fechamento e consideradas estruturais quando do suporte estrutura e conferem resistncia s cargas exercidas. Os blocos so compostos por uma mistura de cimento portland, agregados, gua, alm de aditivos (desde que estes no afetem as caractersticas do produto) tendo seu aspecto homogneo, sem trincas e lascas, compacto, com arestas vivas e tendo em sua textura uma aspereza adequada suficiente para aplicao de revestimentos (NBR 6136/2006).A Classificao dos blocos de concreto conforme a NBR 6136/2006 dada por: Classe A Com funo estrutural, para uso em elementos de alvenaria acima ou abaixo do nvel do solo; Classe B - Com funo estrutural, para uso em elementos de alvenaria acima do nvel do solo; Classe C - Com funo estrutural, para uso em elementos de alvenaria acima do nvel do solo; Classe D - Sem funo estrutural, para uso em elementos de alvenaria acima ou abaixo do nvel do solo;

Quanto a sua resistncia, os blocos de concreto confeccionados conforme a norma NBR 6136/2006, devem atender as seguintes especificaes da tabela 03:Tabela 03 Valores Mnimos de Resistncia (MPa)Classe de ResistnciaClasse AEClasse BE

4,5- (A)4,5

666

777

888

999

101010

111111

121212

131313

141414

151515

161616

Fonte : NBR 6136/2006

J as suas dimenses podem ser variadas em funo a classe do bloco, conforme apresentadas na tabela 04.

Tabela 04 Dimenses das Espessuras em funo da classe

Nota: NBR 6136/2006

As normas que devem ser atendidas para utilizao ou confeco dos blocos de concreto so: NBR6136 - Blocos vazados de concreto simples para alvenaria RequisitosNBR8215 - Prismas de blocos vazados de concreto simples para alvenaria estrutural - Preparo e ensaio compressoNBR12118 - Blocos vazados de concreto simples para alvenaria - Mtodos de ensaioNBR14322 - Paredes de alvenaria estrutural - Verificao da resistncia flexo simples ou flexo-compressoNBR14321 - Paredes de alvenaria estrutural - Determinao da resistncia ao cisalhamento para alvenaria estrutural - Retrao por secagemNBR 8949 - Paredes de alvenaria estrutural - Ensaio a compresso simplesNBR 10837 - Clculo de alvenaria estrutural de blocos vazados de Concreto NBR 12118 - Blocos vazados de concreto simples para alvenaria - determinao da absoro de gua, do teor de umidade e da rea lquidaNBR 14321 - Paredes de alvenaria estrutural - Determinao da resistncia ao cisalhamentoSeguindo devidamente as normas e utilizando os blocos de forma correta, pode-se no final da construo obter um trabalho consistente e organizado, dentro dos padres que uma obra gerenciada com qualidade deve ter.

3.4.4 Argamassa

A argamassa o componente responsvel pela ligao entre os blocos (Monteiro & Dos Santos, 2010). Segundo Freire (2007), acomodar as deformaes e solidarizar os blocos de forma que transfira os esforos sobre os outros blocos de forma uniforme a principal funo da argamassa. Geralmente a argamassa possui uma resistncia de 70% a 100% da resistncia de um bloco, no afetando o prisma.Freire (2007) ainda afirma que os blocos devem ter entre si uma junta de 1,0 cm de espessura acarretando diminuio da resistncia da parede se for maior que este valor e podendo ocasionar concentraes de tenses se este valor for inferior.A figura 03 mostra as juntas horizontais e verticais existentes entre os blocos e a forma correta de assentamento tambm realizada pela mo-de-obra especializada:

Figura 03 Assentamento Bloco de Concreto com Argamassa

Fonte: Arquivo pessoal

A forma que a argamassa aplicada tambm, um fator que influencia na sua resistncia. A figura 4 apresenta os tipos de assentamento de argamassa adequados para garantir a melhor resistncia do conjunto.

Figura 04 Tipos de assentamento de argamassa sobre blocos

Nota: (Freitas Junior, 2013, Alvenaria Estrutural Pg, 33)

A composio bsica da argamassa para assentamento de: cimento, cal, gua e agregados midos, podendo ser acrescentado tambm de aditivos que melhorem suas propriedades. Oliveira (2002) apud Monteiro e Dos Santos (2010) afirma que a argamassa melhora a esttica e compensa as variaes geomtricas dos blocos se utilizado em conjunto com blocos aparentes e que promove a aderncia quando usada com armaduras nas juntas dos blocos. o elemento de ligao que transforma a estrutura em nica.A argamassa o material que integra a alvenaria com funo de juntar os blocos, e por ser este elemento de grande importncia, necessrio que seja forte, durvel e capaz de garantir a integridade da estrutura.3.4.5 Armadura

A armadura contida na alvenaria estrutural a mesma utilizada nas estruturas de concreto armado. So elementos que absorvem os esforos de trao e cisalhamento do conjunto da estrutura ou tem simplesmente a funo de amarrao entre os blocos, garantindo a segurana do conjunto da alvenaria.Seguindo este raciocnio, Oliveira (1992) citado por Monteiro e Dos Santos (2010) afirma tambm que combater a retrao, ajudar a alvenaria na resistncia compresso e na resistncia aos esforos de trao, so funes que a armadura de travamento possui sendo um mecanismo adicional de resistncia estrutura em si.J Manzione (2004) apud Busi (2009), aponta que a armadura utilizada para amarrao e posteriormente aplicao do graute para travamento, no aconselhada pelo fato de a armadura no permitir uma correta distribuio das tenses entre os blocos, podendo assim ocasionar patologias na alvenaria.

3.4.6 Graute

Freire (2007) define o graute como um micro concreto fluido com agregados midos, utilizado para o preenchimento dos vazios dos blocos, que deve ser localizado pelo projetista da estrutura a fim de apontar os locais onde necessitam de uma resistncia maior para sucesso em sua utilizao. Quando preenchido o bloco, o graute ajuda a integrar a armadura de ao locada dentro dos blocos e tambm a aumentar a resistncia da parede, sem acrescentar nada a resistncia do bloco, este que por sua vez tem sua capacidade resistente incrementada devido ao aumento da seo transversal.Este componente da estrutura tem em sua composio: Cimento, brita (pedrisco), areia e gua. A resistncia do graute vai variar de acordo com o fator gua/cimento.Conforme Freitas Jr. (2013) as condies para ter um bom material em estado fresco so: Boa trabalhabilidade (Identificada pelo ensaio de abatimento); Coeso; No apresentar segregao.

Segundo Monteiro e Dos Santos (2010) da mesma forma, a argamassa ou concreto para ser considerado um graute deve apresentar: Consistncia fluida que dispensa o adensamento; Atinja as resistncias elevadas iniciais e finais; Apresente expanso controlada.

A NBR 10837 Clculo de alvenaria estrutural de blocos vazados de concreto afirma que a resistncia do graute no deve ser duas vezes menos que a resistncia do bloco, sendo assim, se o bloco utilizado na construo possuir resistncia de 10 MPa, o graute deve ter no mnimo 20 MPa em sua resistncia.A figura 05 apresenta o bloco com armadura e preenchido com graute para auxilio na resistncia.

Figura 05 Bloco de Concreto Preenchido com Graute

Nota: DC 351, 4 shared. 3.5 ASPECTOS CONSTRUTIVOS DAS ALVENARIASA alvenaria estrutural tem suas vantagens e desvantagens em relao alvenaria convencional em concreto armado. Como efeito comparativo, sero apontados os diferentes aspectos construtivos, sendo eles: o tempo de execuo, a interferncia climtica, rendimento, racionalizao, mo-de-obra, instalaes eltricas e hidrulicas e por fim os acabamentos.Conforme ser abordado, a comparao entre estes mtodos mostrar se realmente a construo em alvenaria estrutural tem maior vantagem sobre a convencional em obras preferencialmente de padro baixo.

3.6 TEMPO DE EXECUO

Um dos fatores que mais se busca atualmente na construo civil a agilidade no processo construtivo. Tcnicas inovadoras, especializao da mo-de-obra, racionalizao dos materiais no canteiro, equipamentos e materiais de qualidade alm da organizao na entrada dos materiais no canteiro para o local onde ser utilizado, podem ser apontados como fatores que influenciam na agilidade da construo. (BERENGUER, s.d.)A construo civil com todo seu crescimento no Brasil nos ltimos anos, solicitou a insero de novas tcnicas no mercado construtivo para proporcionar as melhorias no desenvolvimento da obra. Sabendo disso, Berenguer citando Bedin (2003) aponta que mesmo com a falta de pesquisas e divulgao das experincias bem sucedidas na rea construtiva de alvenaria estrutural, a tcnica vem obtendo um grande sucesso quando se trata de agilidade e reduo de custos quando comparada a construo em concreto armado, fato que no determina o favoritismo do mtodo pela falta de discusso de sua construtibilidade.Manzione (2004) descreve algumas vantagens da alvenaria estrutural em relao convencional em concreto armado como por exemplo, a alvenaria estrutural cumpre ambas as funes tanto de estrutura como de vedao. Estas funes proporcionam uma reduo significativa nas etapas e no tempo de execuo da construo. J que h a eliminao de toda estrutura convencional, alm de reduzir a espessura dos revestimentos internos e externos, tambm h reduo da quantidade de formas de madeira utilizadas ou at mesmo eliminao das mesmas e como conseqncia reduo da mo-de-obra de carpintaria e at mesmo a possibilidade de utilizar as solues combinadas sistmicas, que podemos apontar como kits hidrulicos e kits de telhado por exemplo.A Forte integrao da fase de projeto e de produo da alvenaria estrutural, proporciona a racionalizao, o suporte e a organizao dos demais subsistemas de uma edificao (Manzione, 2004).O quadro comparativo a seguir apresenta as principais diferenas entre os mtodos construtivos em relao as mesmas fases construtivas e etapas da obra:

Quadro 01 Comparativo construtivo em etapasConvencional em Concreto ArmadoAlvenaria Estrutural

1- Separao de estrutura e vedao.1- Maior rendimento da mo de obrapara execuo de alvenaria.

2- Retirada de formas e escoramentos aps o mnimo de 21 dias.2- A maioria das formas so feitas dentro das prprias canaletas dos blocos, eliminando formas de madeira.

3- Para execuo da alvenaria, a quantidade de massa para assentamento maior.3- Para execuo da alvenaria, a quantidade de massa de assentamento menor.

4- So necessrias formas de madeira para pilares e vigas.4- A obra como um todo modulado de acordo com o tamanho do bloco, levando a uma menor possibilidade de erro de medidas.

5- As tubulaes eltricas e hidrulicas so instaladas aps a alvenaria executada, tendo necessidade de se cortar as paredes para embutir a tubulao.5- As tubulaes eltricas e hidrulicas, so instaladas ao mesmo tempo em que vai se levantando a alvenaria, mais rpido e econmico.

6- Necessita de chapisco interno e externo para execuo do reboco.6- No necessita chapisco interno o que leva a possibilidade da aplicao de gesso nas paredes e pintura logo aps.

7- Tem menor porcentual de industrializao / racionalizao e maior uso de mo de obra o que leva mais tempo.7- Maior racionalizao e industrializao gerando maior rendimento da mo de obra, possibilidade de programao de gastos em cada etapa.

8- Revestimentos espessos para correo na falta de prumo no levantamento das paredes8- Revestimentos com baixas espessuras devido ao perfeito esquadrejamento dos blocos e da obra como um todo.

Nota: LEMOS,R. Construo Convencional x Alvenaria Estrutural

A reduo de tempo chega a ser de 50% em obras em alvenaria estrutural, na execuo at as instalaes bsicas, auxiliando no cronograma da obra e reduzindo assim os encargos financeiros (Lisboa, 2008).

Aps anlise dos dados, pode-se concluir que, nas diversas etapas construtivas, a Alvenaria estrutural tem vantagem sobre a alvenaria convencional em concreto armado por inmeros fatores. A maioria dos fatores que ajudam na velocidade do processo construtivo da alvenaria estrutural vem pelo fato de, diversas fases ou etapas que necessitariam da espera da concluso para dar continuidade a outra etapa, serem realizadas simultaneamente sem conflito ou interferncia na sua concretizao. Sendo assim a alvenaria estrutural proporciona maior rapidez e agilidade quanto alvenaria em concreto armado.

3.7 INTERFERNCIA CLIMTICA

A mudana de temperatura, do clima, chuvas entre outros fatores do cotidiano, so significativos para que haja o atraso ou no na execuo da obra seja ela de alvenaria estrutural ou convencional em concreto armado. Conhecendo estes fatores, Valle (2008) cita que as propriedades fsicas dos materiais, o grau de restrio imposto pelos vnculos e as propriedades elsticas dos materiais definem com que intensidade o clima poder influenciar na execuo da obra.A movimentao trmica por exemplo, gera fissuras pelo fato de os diferentes elementos possurem diferentes tipos de reao quando expostos a mesma temperatura. Uma cobertura reage diferente variao trmica natural quando comparada a alvenaria, tambm sendo diferente a sua reao quanto exposio a esta mesma variao. O gradiente de temperatura diferenciado entre a parte exposta da alvenaria e a parte protegida ou interna da mesma. No caso da movimentao trmica no s a amplitude da movimentao quanto a velocidade que ela ocorre so fatores que devem ser considerados (Valle, 2008).Em uma obra, tanto em concreto armado com em alvenaria estrutural, o planejamento e os cuidados que se devem tomar em relao ao clima, podem auxiliar muito no desenvolvimento da obra e tambm financeiramente. Se uma obra bem planejada, at mesmo nos materiais que sero utilizados, ela evita desperdcios no surgimento de patologias que poderiam ter sido previstas ou evitadas, fazendo escolha correta de um material mais adequado a situao.Por exemplo, na regio de Curitiba por se tratar de uma regio muito fria mesmo nas estaes mais favorveis ao calor, a utilizao do gesso em tetos ou paredes pode ser prejudicada pela movimentao constante do material devido a oscilao trmica. No frio, no somente o gesso como qualquer outro material tem tendncia a retrao, e no calor da mesma forma a expanso. Sendo assim a aplicao deste tipo de material prejudica no s o acabamento como atrasa diversas outras etapas da obra pelo fato de, utilizar a mo-de-obra que poderia estar sendo utilizada em outra tarefa, na recuperao de um servio que j havia sido concludo.A figura 06 mostra um dos eventos mais usuais em novas construes devido retrao trmica dos materiais:

Figura 06 Trinca revestimento gesso alvenaria estrutural

Fonte: Arquivo Pessoal

Da mesma forma acontece com a alvenaria, se no for bem aplicada com juntas de dilataes corretas ou com um revestimento adequado, tanto a alvenaria estrutural como a convencional em concreto armado vo ser vtimas de patologias posteriormente. Por este motivo, deve se tomar muito cuidado com a forma que executada a alvenaria a fim de evitar futuros problemas.3.8 INSTALAES ELTRICAS E HIDROSSANITRIAS

As instalaes eltricas, hidrossanitrias assim como as de TV e interfonia, em sua maioria so colocadas nos vazados verticais dos blocos estruturais e pelas lajes, a fim de evitar o rasgamento das paredes provocando uma racionalizao construtiva para a obra (Franco,1991).Sabendo disso, Hendry (1981) apud Monteiro e Dos Santos (2010) afirma que, aps ensaios em paredes estruturais com cortes verticais o decrscimo da resistncia tem maior intensidade em paredes de perfil mais esbelto. Mesmo no havendo um comportamento claro quanto a resistncia observada nos ensaios, os resultados obtidos mostram que os cortes podem reduzir em torno de 20% ou mais esta resistncia.Na obra a distribuio das tubulaes e eletrodutos so realizadas concomitantemente com a das lajes a assentamento das paredes (Monteiro & Dos Santos, 2010)Monteiro e Dos Santos (2010) ainda afirma que descontar os vos da parede por onde passam os cortes verticais um processo simples, no podendo esquecer nunca do inconveniente da reduo da rea de resistncia. Recomenda-se que na instalao dos pontos de luz e tomadas sejam utilizadas caixas apropriadas as quais exigem pequenos cortes nos blocos, realizados preferencialmente faceando alguma junta horizontal para facilitar no corte e posteriormente no embutimento das caixas. Todos os aparelhos e caixas que vierem a ser embutidos nas paredes devem ter preferencialmente medidas modulares com objetivo de aperfeioar os procedimentos que fixao e assentamento dos blocos de alvenaria estrutural (Monteiro & Dos Santos, 2010).A figura 07 apresenta como devem ser colocadas as caixas eltricas em blocos de concreto estrutural:

Figura 07 Caixas eltricas em blocos de concreto estrutural

Nota: Comunidade da Construo

Quando se trata da instalao dos quadros eltricos e quadro geral da obra, os eletrodutos devem ser centralizados em vazados contnuos tendo a interrupo em cada pavimento feita por uma caixa modular. Estas caixas necessitam ser moduladas sempre para evitar os cortes na alvenaria que venham prejudicar a estrutura. Na fase de projeto, o responsvel deve ter todas as informaes necessrias para realizao desta etapa como as dimenses e as posies dos quadros por exemplo. Tendo as informaes necessrias pertinentes a esta tarefa, o projetista est apto a detalhar o reforo necessrio para que no haja danos ou prejudique a integridade estrutural da parede pela reduo da rea resistente devido s aberturas das caixas (Monteiro & Dos Santos, 2010).As instalaes hidrulicas tambm so realizadas a fim de evitar o rasgamento das paredes estruturais. Roman (2007) apud Dos Anjos (2012) declara que sempre necessrio analisar a execuo das instalaes hidrulicas em uma nica parede de alvenaria, preferencialmente no estrutural, tendo as prumadas rentes alvenaria e tendo seu fechamento com painis removveis. Este fato permitiria um emprego melhor dos kits hidrulicos pr-fabricados e facilitaria eventuais manutenes futuras.Dos Anjos citando Tauil e Nesse (2010) afirma que quanto ao ponto de vista estrutural,osshafts so as melhores alternativas, quando bem dimensionados, para a passagem das tubulaes hidrulicas. Quando as tubulaes de banheiros e cozinhas so projetadas prximas umas das outras h ento uma economia nos shafts e consequentemente nas reas teis.A figura 08 apresenta o shaft revestido de cermica para encobrir tubulaes hidrulicas na rea molhada do banheiro.

Figura 08 Shaft revestido com cermica e com pontos hidrulicos aparentes

Nota: Arquivo pessoal

Na alvenaria convencional em concreto armado, o resultado final praticamente o mesmo tendo as tubulaes eltricas e hidrulicas embutidas nas paredes e lajes. Fernandes e Silva Jnior (2010) apud Dos Anjos (2012), aponta que na estrutura convencional em concreto armado, para executar as instalaes eltricas e hidrulicas necessrio fazer cortes nas paredes. Como conseqncia, h desperdcio excessivo de materiais e tambm da mo-de-obra para chumbamento das tubulaes utilizando argamassa e tambm realizando os acabamentos com reboco.A figura 09 apresenta os rasgos, responsveis pelo desperdcio de material, feitos nas paredes de alvenaria convencional.

Figura 09 - Cortes Feitos na Alvenaria para colocao das tubulaes

Nota: DC 304, 4 Shared.

Desta etapa da construo, pode-se concluir que a alvenaria estrutural tambm tem sua vantagem quando se trata de economia de materiais e tempo alm de evitar um grande desperdcio que h nas instalaes das tubulaes na alvenaria convencional em concreto armado.3.9 REVESTIMENTOS

A alvenaria estrutural conforme o manual ABCI (1990) possui alguns parmetros como mo-de-obra qualificada, controle da execuo e qualidade nos blocos industrializados, que propiciam a obteno excelentes resultados e com boas solues de revestimentos com reduo dos custos e racionalizao do processo construtivo.Figueir (2009) afirma que para o revestimento interno as camadas regularizadoras como emboo e reboco so dispensveis, podendo ser aplicado os revestimentos finais diretamente sobre o bloco. A porosidade do bloco fator preponderante para que no haja necessidade do emboamento da parede, atividade necessria na alvenaria de concreto armado pelo fato de os blocos cermicos utilizados para vedao, no serem suficientemente aderentes para aplicao direta do revestimento. O bloco cermico, pela queima, possui uma superfcie lisa que ao receber o emboo ou chapisco como o termo usado em obra, obtm a textura necessria para aplicao dos demais acabamentos.Figueir (2009) acrescenta que os revestimentos externos devem ser acompanhados do chapisco nos blocos de concreto para obter melhor aderncia do reboco ou massa nica ao bloco. Da mesma maneira os blocos cermicos da alvenaria convencional em concreto armado, devem ser emboadas e rebocadas para ter seu acabamento final. Tanto interno quanto externo devem ser consideradas a aplicao do emboo e reboco independente do acabamento que ser dado a estas paredes como mostrado na figura 10 a seguir.

Figura 10 Opes de Revestimento

Nota: Manual ABCI (1990).

No processo construtivo em alvenaria estrutural devem ser observados tanto para parte externa como interna, os procedimentos de norma (Figueir, 2009).

3.10 MO DE OBRA PARA EXECUOA boa mo-de-obra na construo civil, atualmente algo muito visado tanto pelas grandes construtoras quanto pelas de pequeno porte. Ela responsvel por definir bom andamento da obra, a qualidade final, o rendimento desejado e a boa produtividade.Atualmente a mo-de-obra por si s, j no mais suficiente para dar um bom andamento obra, para isso h necessidade da especializao e aperfeioamento da mesma. Os responsveis por este aperfeioamento podem ser tanto a construtora, que tem interesse que seu funcionrio se especialize, ou o prprio funcionrio em busca de se aperfeioar e melhorar a qualidade do seu trabalho.Na alvenaria estrutural, pelo fato de ser um mtodo construtivo altamente racionalizado, improvisos no so permitidos. Os critrios de execuo da obra tem de ser muito especiais, por este motivo o treinamento da mo-de-obra fundamental para garantir esse sucesso (Logstica, [s.d]).Quando no possvel realizar o treinamento por meio de cursos de especializao, as prprias construtoras oferecem o aprendizado com profissionais mais experientes dentro da prpria obra.Por ser um mtodo mais racional e com menor desperdcio, desde sua modulao de projeto de alvenaria estrutural, o projetista j pensa na mo-de-obra. Quando se trata de projetos em que os tamanhos das paredes condizem com o somatrio dos tamanhos dos blocos de concreto por exemplo, no h necessidade de quebra, sendo at mesmo mais fcil a concluso da etapa de elevao da alvenaria. A mo-de-obra especializada, serve para que no haja assentamento de forma incorreta, desperdcio de argamassa, erros no manuseio que possam provocar perda de material, danos a integridade da estrutura e at mesmo posteriores patologias.O assentamento de alvenaria de vedao para estruturas de concreto armado, tem o mesmo princpio bsico da alvenaria estrutural. Mesmo devendo ter uma mo-de-obra mais especializada para este tipo de finalidade, as construtoras e os prprios prestadores de servio no se atentam a este cuidado por ser um mtodo utilizado h anos j na construo e sempre ter sido aceito desta forma.A falta de qualificao para execuo do servio gera, em qualquer obra, um acrscimo no custo final, tendo em vista que a finalidade da mo-de-obra especializada a conteno de gastos. Fazendo uma breve anlise, pode se considerar que o investimento na prpria frente de trabalho, auxiliando os trabalhadores a compreender a tcnica de assentamento, corte, nivelamento das paredes seria um investimento que de certa forma poderia ultrapassar aquele j previamente calculado para os gasto com a obra. um pequeno custo adicional ao montante total da obra mas mesmo assim, diversas construtoras acabam deixando de investir nesta rea e optando por uma mo-de-obra com menor qualificao, no percebendo o gasto indireto que tem com o desperdcio de materiais e diversas outras coisas que poderiam ser poupadas se tivessem qualificado sua mo-de-obra.A alvenaria estrutural, tratando-se de custo inicial referente mo-de-obra, pode ter sua desvantagem em relao alvenaria convencional em concreto armado por necessitar do investimento j de primeira mo, seja contratando uma mo-de-obra especializada ou investindo nos prprios trabalhadores para que faam um curso. O custo final da obra, em certa parte, resultado do custo investido na qualificao dos prprios operrios e da racionalizao de materiais no decorrer do processo de construo, o que no final das contas vale analisar qual ser mais vivel para o tipo de obra em que se est investindo.

3.11 RENDIMENTO CONSTRUTIVO

O bom desenvolvimento do proceder da obra incorpora diversos fatores que precisam andar em conjunto. A elaborao de um cronograma, o bem estar do funcionrio, a qualidade do ambiente de trabalho, a qualidade do material e at mesmo as caractersticas geomtricas das paredes por exemplo, so alguns dos fatores que influenciam diretamente no rendimento da tarefa.Em uma obra de alvenaria estrutural, so montadas equipes de trabalho que so responsveis pela elevao das paredes estruturais. Apesar de cada construtora ter seu prprio mtodo construtivo ou prprio esquema de trabalho, comumente utiliza-se um encarregado a cada duas equipes, tendo sua configurao composta por dois pedreiros e um servente (LOGSTICA [s.d.]).A produtividade mdia por equipe de trabalho de 3,5 5 m/hora/equipe. Analisado duas equipes trabalhando simultaneamente em um mesmo andar, pode-se obter uma quantia final de 320 m em 4 dias de trabalho, o que equivalente a 250 m de um pavimento tipo. Com esses dados, chega-se a concluso de que possvel em uma semana levantar um andar de um pressuposto prdio com uma equipes de 11 pessoas. Vale ressaltar que a mo-de-obra tem que ser especializada e bem treinada para realizar este tipo de construo.(LOGSTICA [s.d])J a alvenaria convencional em concreto armado a mdia constatada em pesquisas relacionando diversas medies foi de 5,62 m/hora na cidade de Curitiba, tendo como base dois tipos diferentes de construes: Edifcios de mltiplos pavimentos e residenciais unifamiliares (Maggi, Dos Santos & Barbosa, 2008).Maggi et al. (2008) ainda descreve que nas construes de edifcios de mltiplos pavimentos, foi constatado uma melhora na produtividade pelo fato de o processo de elevao da alvenaria acontecer aps a concretagem da laje, o que proporcionava ao grupo de trabalhadores melhores condies de ambiente pois estavam abrigados do sol e da chuva. Tais condies no eram observadas na execuo das residncias. Mesmo com a produtividade tendo a mdia semelhante nos dois tipos de mtodos construtivos, pode-se perceber claramente que ao realizar a execuo da alvenaria estrutural, esta j se comporta como portante evitando ento o prolongamento do tempo de execuo pelo fato de no haver necessidade de espera da concluso de outras etapas. Tal necessidade se observa na construo em alvenaria convencional em concreto armado, onde a alvenaria serve apenas como vedao. Com a necessidade de aguardar a realizao das demais etapas como levantamento de pilares, vigas, concretagem de lajes, desforma dos mesmos e etc, a construo prejudicada tanto no tempo quanto no rendimento que poderia ser muito maior se essas etapas no necessitassem do tempo que geralmente necessitam para serem concludas.

RESULTADOS E DISCUSSES

Por meio das pesquisas feitas e relacionadas na reviso terica, a princpio a idia de se construir utilizando o mtodo da alvenaria estrutural possui uma melhor sada quanto aos aspectos relacionados. Seja no rendimento, no acabamento, no tempo de execuo entre os outros aspectos citados, a alvenaria estrutural se sobressai sobre a convencional em concreto armado.Quando se pensa em realizar uma obra, todos estes aspectos deveriam ser levados em considerao, por esse motivo, o trabalho se prope a demonstrar detalhadamente quais as vantagens e desvantagens que cada aspecto apresenta.Como exemplo, pode-se partir do seguinte pressuposto: ao projetar uma obra, o material que ser empregado deve ser levado em considerao por diversos fatores que so derivados desta escolha. Dependendo do tipo do material, deve ser considerada a mo-de-obra que ser empregada, se ser especializada ou no para fazer o manuseio adequado, a racionalizao do material, o quanto ele ser utilizado entre outros fatores. S neste meio, j entram diversos aspectos diferentes que influenciam em apenas uma escolha que aparentemente seria simples de ser feita, que seria a escolha do material.Atualmente nada pode ser desconsiderado na oramentao ou na projeo de uma obra, pelo fato de que todas as empresas, incorporadoras e clientes finais tem em vista justamente a economia, o encurtamento dos prazos e a qualidade do servio. Quando se consegue agrupar os trs fatores em uma obra, essa pode ser considerada uma obra de sucesso. E por que atualmente to difcil conseguir agrupar estes trs elementos em uma obra? Pode ser pela falta de interesse das construtoras da pesquisa pelo melhor meio construtivo, ou pela falta de aprofundamento do projetista em relao ao material que propiciar melhor resultado final, ou que causar menos problemas ou at mesmo pela soma destes e de diversos outros fatores.Reduo de custos, velocidade no processo construtivo, qualidade final da obra, podem ser elementos que caminham juntos. A busca pela inovao da tecnologia, no desenvolvimento de tcnicas que melhorem o processo construtivo tem de ser o alvo daqueles que desejam construir.Comparar os mtodos construtivos uma das alternativas para melhoria e busca desse resultado positivo no final da obra. Quando se for pensar em comear uma construo, conhecer estes mtodos e as suas principais vantagens que um possui sobre o outro, auxilia em grande escala no produto final de sucesso.Analisando isoladamente os fatores comparados pode-se concluir ao final, qual mtodo ser o mais adequado. Dando incio com o tempo de execuo, de se observar que em praticamente todos os aspectos apontados, a alvenaria estrutural possui vantagens sobre a convencional em concreto amado. Pela praticidade que os blocos estruturais proporcionam, por serem maiores e vazados, a facilidade na execuo das etapas da obra como revestimento, eltrica, hidrulica entre outras, so abreviadas por no necessitarem a espera da concluso de uma para realizao da outra. Diversas etapas so executadas em conjunto o que reduz consideravelmente o tempo total da obra.Deixando de considerar os casos de patologia em que a obra necessita ser pausada para a soluo deste problema, o decorrer acontece de forma rpida e gil, pois o rendimento com a alvenaria estrutural muito melhor. Elevar a alvenaria com blocos maiores e com menor gasto um diferencial, pois o prprio assentamento feito com menor quantidade de argamassa em relao a alvenaria de vedao por possuir uma rea menor de contato para assentamento. Este aspecto faz perceber que alm de a alvenaria estrutural possuir um rendimento maior, agrega tambm menor quantidade de mo-de-obra e menor custo para execuo, pois diminui a quantidade de trabalhadores na prtica e tambm a racionaliza os materiais que seriam desperdiados em larga escala se fosse utilizado o mtodo construtivo em alvenaria de vedao em concreto armado.Quanto aos revestimentos, fica claro que uma das qualidades do bloco estrutural a sua caracterstica fsica, seu aspecto spero proporciona uma reduo na aplicao dos revestimentos. Nos blocos cermicos a aplicao primeiramente do chapisco e posterior do emboo, necessria para fazer a fixao dos demais materiais, sejam eles algum revestimento cermico ou at mesmo reboco e massa corrida para aplicao da tinta na ultima etapa. O bloco estrutural, pela sua porosidade, no h necessidade da aplicao de tantos revestimentos, pois tem capacidade de absoro de gua e propicia muita aderncia ao revestimento que ser aplicado. Quando trata-se de gesso, pode ser aplicado diretamente no bloco, tambm desta maneira os revestimentos cermicos, isso para revestimentos internos. O revestimento externo necessita do reboco para os dois mtodos construtivos, assim como uma camada impermeabilizante para evitar infiltraes que nem sempre conseguem ser evitadas.A porosidade dos blocos estruturais um aspecto que agrega tanto valores positivos quanto negativos na sua caracterstica. Por exemplo, uma vantagem propiciar uma melhor aderncia de materiais de revestimento, que evita a aplicao de vrias camadas. Em contrapartida, essa porosidade quando o bloco utilizado em reas que esto sujeitas a umidade, a reteno de gua provocada pelos poros do bloco gera ento a indesejada proliferao de mofo, como mostra a figura 11.

Figura 11 Mofo em paredes de bloco de concreto Fonte: BP, blogspot

reas que geralmente vivem molhadas ou com pouca ventilao, propiciam o crescimento de bolores e fungos que so incomodo para qualquer pessoa. Esse fato deve-se a porosidade no s do bloco mas tambm da tinta que absorvida pelo bloco e que no permite a respirao da parede. A parede ento mida em seu interior no tem como eliminar essa gua e por fim gera o aparecimento de mofo.O mofo pode ser evitado com uma boa impermeabilizao, com a aplicao de revestimentos cermicos entre outras solues como tintas especiais e produtos qumicos que evitam o aparecimento deste.Entrando no mrito das instalaes eltricas e hidrulicas, pode-se observar que a execuo deve sempre ser acompanhada desde o incio por profissionais qualificados e treinados para este tipo de tarefa. O bom acompanhamento proporciona uma obra mais racional, econmica e com melhor qualidade. Deve sempre haver harmonia e colaborao entre os profissionais da obra para que o desenvolvimento seja sempre agradvel e produtivo. O projetista responsvel sempre deve fazer o projeto com a maior clareza e riqueza de detalhes possvel, para que no caia sobre mos dos responsveis da obra, utilizar do improviso na hora de construir. A alvenaria estrutural no permite este tipo de atitude por ser altamente racionalizada, ento necessita do controle rgido sobre sua execuo.

CONCLUSOOs comparativos dos efeitos construtivos da alvenaria estrutural em relao alvenaria convencional em concreto armado, servem para proporcionar uma idia melhor quanto ao mtodo construtivo que ser mais vivel para o tipo de construo que se tem em vista, seja predial ou residencial. Este trabalho no compara economicamente os mtodos construtivos, mas relaciona alguns itens que alm do custo final, tambm deve ser considerado.Fazer comparaes pode ser uma excelente sada na hora da necessidade de se fazer uma escolha. Assim como uma pesquisa na hora da compra seja de um imvel, um carro ou qualquer outro produto necessria para no ficar na dvida quanto a qualidade e menor preo, na construo a atitude dos empreendedores deve ser a mesma.Ser conhecedor do produto que se tem em vista extremamente necessrio, principalmente na construo civil, onde h inmeros fatores que agem indiretamente no produto final e que podem ocasionar uma enorme diferena na concluso caso no tenha sido bem planejada ou projetada.Este trabalho teve como objetivo mostrar algumas comparaes entre os mtodos construtivos em alvenaria estrutural e convencional para dar uma viso mais ampla de qual mtodo seria mais vivel para empregar na construo. Pelo fato da alvenaria estrutural apresentar diversas vantagens sobre a alvenaria convencional em concreto armado, pode ser um mtodo muito bem apropriado para ser utilizado em diversos tipos de construes, desde residenciais comerciais, do baixo ao alto padro.Apesar do aspecto econmico no ter sido comparado neste trabalho, os outros fatores que influenciam na escolha tiveram suas desvantagens e vantagens apontadas para cada mtodo, fato esse que auxilia na escolhe de qual mtodo empregar. Na construo civil no se pode generalizar e decidir de fato que apenas um mtodo o correto e que deve ser sempre utilizado. Vrios aspectos podem ser comparados e apontados como favorveis ou no. A alvenaria estrutural vem sendo muito destacada nos dias de hoje por possuir um bom desempenho nas diversas obras que tem sido empregada, mas no descarta a possibilidade de utilizar a alvenaria em concreto armado para construes.Por fim, a alvenaria estrutural vem com fora para tomar mais ainda o mercado da construo civil com os resultados positivos que vem apresentando nas construes e que foram aqui observados. Com auxlio do governo, pesquisadores e at mesmo das construtoras investindo em pesquisas e tecnologia para melhorar este mtodo construtivo, futuramente a alvenaria estrutural poder ser um mtodo com maior amplitude de mercado e melhor considerada na hora da escolha para ser empregada na construo civil.

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