anais do congresso cbo 2017-v3 · jose tavares de melo junior ... fatores contribuem para o aumento...

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ANAIS DO ABORL-CCF

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  • ANAIS DO

    ABORL-CCF

    GUARDA-VOLUM

    ES001

    GUARDA-VOLUM

    ES001

  • 2 Anais do 47 Congresso da ABORL-CCF - 2017

    DIRETORIA EXECUTIVAABORL-CCF - 2017

    Wilma Terezinha Anselmo LimaPresidente

    Marcio Abrahao1 Vice-Presidente

    Luiz Ubirajara Sennes2 Vice-Presidente

    Eullia SakanoDiretora Tesoureira Geral

    Edwin TamashiroDiretor Secretrio Geral

    Leonardo HaddadDiretor Tesoureiro Adjunto

    Edson Ibrahim MitreDiretor Secretrio Adjunto

    Eduardo Landini Lutaif DolciAssessor

    Marcio Silva FortiniAssessor

    Geraldo Druck SantannaAssessor

  • Anais do 47 Congresso da ABORL-CCF - 2017 3

    COMIT DE EVENTOS

    Thas Knoll RibeiroPresidente

    Andr Alencar Araripe NunesSecretrio

    Luciano Rodrigues NevesMembro

    Arthur Menino CastilhoMembro

    Camila de Giacomo BarrosMembro

    Vitor Guo ChenMembro

    Rafael Pontes RibeiroMembro

    COMISSO LOCAL

    Ana Amelia Soares Torres

    Berenice Zottis

    Claudia Rocha Coppoli

    Delmer Jonas Polimeni Perfeito

    Eulgio Emlio Martinez Neto

    Gabriela Robaskewicz Pascoto

    Gildo Tochetto Gomes

    Guilherme Webster

    Hormy Biavatti Soares

    Jonas Willian Spies

    Jose Tavares de Melo Junior

    Juliano Colonetti

    Person Antunes de Souza

    Rafael Pinz

    Ricardo Tavares

    COMISSES

    PRESIDENTE DO CONGRESSOWilma Terezinha Anselmo Lima

    PRESIDENTE DE HONRA DO CONGRESSOFabio Duro Zanini

    GUARDA-VOLUM

    ES001

    GUARDA-VOLUM

    ES001

  • 4 Anais do 47 Congresso da ABORL-CCF - 2017

    GRADE CIENTFICA ELABORADA POR

    ACADEMIASAcademia Brasileira de Laringologia e VozLuciano Rodrigues Neves

    Academia Brasileira de RinologiaOlavo de Godoy Mion

    Academia Brasileira de Otorrinolaringologia PeditricaMelissa Ameloti Gomes Avelino

    Academia de Cirurgia Plstica da FaceAntonio Carlos Cedin

    Sociedade Brasileira de OtologiaJos Ricardo Gurgel Testa

    COMITS, COMISSES E DEPARTAMENTOSComit de Defesa ProfissionalBruno Almeida Antunes Rossini

    Comisso de ORL GeritricaHerton Coifman

    Departamento de BucofaringologiaIvo Bussoloti

    Departamento de Cabea e PescooCarlos Takahiro Chone

    Departamento de Cirurgia Crnio Maxilo facialLucas Gomes Patrocnio

    Departamento de Doenas Relacionadas ao TrabalhoMara Edwirges Rocha Gandara

    Departamento de Medicina do SonoEdilson Zancanella

    Departamento de EletroneurofisiologiaRoberto Miquelino de Oliveira Beck

    Departamento de OtoneurologiaFrancisco Carlos Zuma e Maia

    Departamento de FoniatriaMariana Lopes Fvero

    COMIT DE AVALIAO DE TRABALHOS CIENTFICOS

    Camila de Giacomo Barros

    Christiano de Giacomo Carneiro

    Eduardo Macoto Kosugi

    Marcos Luiz Antunes

    Marcos Rabelo de Freitas

    Reginaldo Raimundo Fujita

    Rodrigo de Paiva Tangerina

    Ronaldo Nunes Toledo

  • Anais do 47 Congresso da ABORL-CCF - 2017 5

    ndice

    Temas Livres ...................................................................7

    Bucofaringologia e Medicina do Sono (TL 001 - TL 006) .........................................8

    Cincias Bsicas e Estudos Translacionais (TL 007 - TL 010) .................................14

    Cirurgia de Cabea e Pescoo (TL 011 - TL 016) ....................................................18

    EstticaFacial(TL017-TL022) ............................................................................23

    Foniatria(TL023-TL028) ....................................................................................29

    LaringologiaeVoz(TL029-TL034) .....................................................................35

    Otologia/BasedeCrnioMdioePosterior(TL035-TL040) ............................41

    Otoneurologia (TL 041 - TL 046) ..........................................................................47

    OtorrinolaringologiaPeditrica(TL047-TL052) .................................................53

    Outros: (exemplos: Responsabilidade Civil, Medicina do Trabalho, Medicina Comportamental, Gerenciamento, Treinamento e Ensino,etc)(TL053-TL058) ................................................................................59

    Rinologia/BasedeCrnioAnterior(TL059-TL064) ..........................................64

    E-Psteres com Apresentao ............................................ 70

    LaringologiaeVoz(P001-P012) ........................................................................71

    CirurgiadeCabeaePescoo(P013) ..................................................................83

    Foniatria(P014-P015) .......................................................................................84

    Otologia/BasedeCrnioMdioePosterior(P016-P028) ...............................86

    Otoneurologia(P029) ..........................................................................................96

    BucofaringologiaeMedicinadoSono(P031) ......................................................97

    OtorrinolaringologiaPeditrica(P032-P057) ....................................................98

    Rinologia/BasedeCrnioAnterior(P059-P083) ...........................................117

    EstticaFacial(P084-P085) .............................................................................141

    Outros: (exemplos: Responsabilidade Civil, Medicina do Trabalho, Medicina Comportamental, Gerenciamento, Treinamento e Ensino,etc)(P086-P093) .................................................................................143

  • 6 Anais do 47 Congresso da ABORL-CCF - 2017

    E-Psteres: Exposio .................................................... 150

    BucofaringologiaeMedicinadoSono(P094-P139) .........................................151

    CirurgiadeCabeaePescoo(P141-P213) ....................................................194

    Foniatria(P214-P215) .....................................................................................265

    LaringologiaeVoz(P216-P264) ......................................................................267

    Otologia/BasedeCrnioMdioePosterior(P265-P395) .............................314

    Otoneurologia(P396-P433) ............................................................................440

    OtorrinolaringologiaPeditrica(P434-P474) ..................................................476

    Outros: (exemplos: Responsabilidade Civil, Medicina do Trabalho, Medicina Comportamental, Gerenciamento, Treinamento e Ensino, etc) (P 476 - P 480) .................................................................................516

    Rinologia/BasedeCrnioAnterior(P481-P689) ...........................................521

    EstticaFacial(P690-P700) .............................................................................720

    ndice remissivo dos artigos ............................................ 731

    ndice remissivo dos autores ................................................

  • Anais do 47 Congresso da ABORL-CCF - 2017 7

    Temas Livres

    GUARDA-VOLUM

    ES001

    GUARDA-VOLUM

    ES001

  • 8 Anais do 47 Congresso da ABORL-CCF - 2017

    Bucofaringologia e Medicina do Sono

    TL 001 A FISIOPATOLOGIA E RELEVNCIA DO COMPONENTE ANTEROPOSTERIOR NA AVALIAO DIMENSIONAL DA REA AXIAL MNIMA NA SAOS

    Felipe Carneiro Krier, Diderot Rodrigues Parreira, Mariana de Oliveira Lobo, Luigia Peixoto Salvador, Gustavo Simo Souza, Rosalvo Streit Junior

    Universidade Catlica de Braslia (UCB), Braslia, DF, Brasil

    Objeti vos: Avaliar os componentes anteroposterior (AP) e latero-lateral (LL), atravs da derivao da rea axial mnima (AAM) farngea no pr-operatrio e ps-operatrio do avano maxilo-mandibular (AMM), identificando suas possveis repercussesfisiopatolgicasedimensionais.

    Mtodo:Estudolongitudinalnoperodode2013a2016,empacientesdiagnosticadoscom sndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS), em que foram submetidos mensurao dimensional digital antes e seis meses aps a interveno. Foramselecionados29pacientes,sendo18dosexomasculinoe11dosexofeminino,commdiadeidadede39anos.Aavaliaoimaginolgicaportomografiacomputadorizadadas vias areas superiores ocorreu com o uso do soft ware DolphinImaging, com aquisiotridimensional (3D)dovolumeebidimensional (2D)dosaspectosAPeLLda AAM.

    Resultados: Medidas AP e LL apresentaram aumento estatisticamente significativoaps a interveno do AMM (p0,0001),comumaumentomdiode134%emAP,emumintervalodeconfianade95%(entre89%e180%),frentea59%navarivelLL,paraomesmointervalodeconfiana,(entre41%e77%).

    Discusso: Pela comparao das dimenses, pretende-se determinar a maiorrelevncia do seguimento AP em relao ao LL, tornando a proporo uma importante ferramenta adjuvantedaAAMnaavaliaoediagnsticoda sndrome, justificandoconceitosfisiopatolgicoseanatmicosjestabelecidos.

    Concluso:AmenordiferenaentreoseixosAPeLLfoide77%.Opreceitoanatomo-observacional de que a faringe possui maior dimenso LL, em conjunto com fatores fisiopatolgicosquegeramestreitamentodafaringeemAP(efeitodeBernoulli,forasadesivas damucosa, flexo do pescoo e abertura e deslocamento damandbula),justificaarelevnciadamensuraodeAP.Dessemodo,porpropiciar,essencialmenteeexpressivamente,umaumentonocomponenteAP,aAMMratificasuaimportnciaconquanto estratgia de alta resolubilidade por meio de resultados dimensionais e clnicos no tratamento da SAOS.

  • Anais do 47 Congresso da ABORL-CCF - 2017 9

    Bucofaringologia e Medicina do Sono

    TL 002 AVALIAO DA SONOLNCIA DIURNA EXCESSIVA E NDICE DE MASSA CORPORAL ENTRE CAMINHONEIROS

    Guilherme Silva Machado, Andre dos Santos Brando, Mariane de Souza Zampieri, Jessica Ramos Tavares, Regiane Matos Batista, Claudio Tobias Acatauassu Nunes, Caroline Feliz Fonseca Sepeda da Silva

    Centro Universitrio do Estado do Par, Belm, PA, Brasil

    Objeti vos: Avaliar a possvel correlao entre Epworth e ndice de massa corporal (IMC) entre os motoristas de caminho inscritos no programa Comando de Sade em RodoviasdesenvolvidopelaPolciaRodoviriaFederalnoanode2014.

    Mtodo:Oestudonaturezaestatsticaanalticaedescritiva,raciocnioquantitativo,seguindo uma abordagem transversal e retrospectiva, com base na base de dadosda Polcia Rodoviria Federal. Foram includos todos os registros de questionriose medidas antropomtricas aplicadas aos motoristas de caminho no perodo de pesquisa.

    Resultados: 400 motoristas de caminho foram avaliados, a maioria do sexo masculino eapenasumadosexofeminino.Aidadevariouentre19e72anos.MaisdemetadedosmotoristasdecaminhoapresentaramvaloreselevadosdeIMC,40%eramobesose40%tinhamexcessodepeso.5,25%dosparticipantestiveramapontuaodaEscalaEpworthacimade10.ARelaodeRiscoRelativofoide2,08entreoscaminhoneiroscom sobrepeso ou obesidade em comparao com aqueles com IMC normal e p>0,05(Teste binominal).

    Discusso: A escala de Epworth a principal ferramenta para determinar a sonolncia excessiva. A obesidade est associada diminuio do volume pulmonar, diminuio do dimetro da via area farngea e aumento da resistncia das vias areas. Todos esses fatores contribuem para o aumento da gravidade dos eventos respiratrios noturnos, e h uma relao linear entre o peso corporal e a frequncia de eventos respiratrios duranteosono.Martinezetal.(2011)observaramemseuestudoagrandecorrelaoentreoIMCcomosvaloresobtidosnaescaladeEpworth,demonstrandoquepacientescomsobrepesoeobesospossuempontuaesmaiselevadasnestaavaliao.

    Concluso: Concluiu-se que os caminhoneiros com excesso de peso ou obesos tm duas vezes mais sonolncia diurna do que aqueles com IMC normal, havendo uma grande correlao entre essas variveis.

  • 10 Anais do 47 Congresso da ABORL-CCF - 2017

    Bucofaringologia e Medicina do Sono

    TL 003 AVALIAO DE FADIGA E DE SINTOMAS DEPRESSIVOS EM PACIENTES COM A SNDROME DA APNEIA HIPOPNEIA OBSTRUTIVA DO SONO

    Anita Silva Brunel Alves, Taise de Freitas Marcelino, Afonso Possamai Della Jnior, Lucca Policeno Paulin, Luiz Eduardo Nercolini

    Hospital Santa Casa de Misericrdia de Curitiba e Hospital Universitrio Cajuru, Curitiba, PR, Brasil

    Objeti vos: Sndrome da apneia hipopneia obstrutiva do sono (SAHOS) o transtorno respiratrio do sono mais comum. Est muitas vezes associada a transtornos neurocognitivos e de de humor, como depresso e fadiga; no entanto, essa relao no clara.

    Objeti vo: Avaliar a associao entre SAHOS com fadiga e com sintomas depressivos, assim como o grau da fadiga com o grau de sintomas depressivos.

    Mtodo:EstudotransversalcomtodosospacientessubmetidospolissonografiaemumaClnicaPrivadadeTubaro,SantaCatarina,entresetembrode2014eabrilde2015,comtotalde100pacientes.Ospacientesresponderamaumquestionriocompostoporperguntasde identificaopessoal,pelaEscaladeSeveridadedeFadiga (ESF)epeloInventrioBeckdeDepresso(IBD);eapsforamsubmetidospolissonografia.

    Resultados: Os homens obtiveram maior prevalncia de apneia (55%) eum ndice de gravidade (p = 0,023). No entanto, a mdia de fadiga entre asmulheres foi maior (p= 0,013) e tambm a mdia de sintomas depressivos(p = 0,065). Do total, 71% dos pacientes apresentaram fadiga e 54% sintomasdepressivos. O grau da SAHOS pelo ndice de Apneia Hipopneia no mostrou correlao comaESF(p=0,982)oucomoIBD(p=0,520).Noentanto,afadigaeadepressomostraramumacorrelaopositiva(p < 0,001). A saturao mdia da oxiemoglobina demonstrou associao com a fadiga (p =0,032)ecomadepresso(p =0,024).

    Discusso: Hipoperfuso da substncia cinzenta cerebral, gerando uma perda neuronal oumecanismosinflamatrios,umadascausasquetentamexplicararelaoentreapneia e fadiga e depresso. Por este estudo, no foi possvel estabelecer uma clara associao.

    Concluso: Estes resultados demonstram a importncia de compreender a relao entre distrbios respiratrios do sono com depresso e fadiga, e sugerido que estas sejam avaliadas na entrevista clnica dos pacientes com SAHOS.

  • Anais do 47 Congresso da ABORL-CCF - 2017 11

    Bucofaringologia e Medicina do Sono

    TL 004 COMPARAO DOS NVEIS SRICOS DE CITOCINAS EM CRIANAS COM TONSILITES RECORRENTES OU HIPERTROFIA TONSILAR

    Claudiney Candido Costa, Hugo Valter Lisboa Ramos, Jos Neto Ribeiro, Valeriana de Castro Guimares, Fernanda de Oliveira Feitosa de Castro, Camila Lemes de Souza, Simone Gonalves da Fonseca

    Universidade Federal de Gois e CRER, Goinia, GO, Brasil

    Objeti vos:AvaliarpossveisdiferenasnosnveisdeTNF-,IL-6eIL-10depacientessubmetidosadenoamigdalectomiacomquadrosclnicos,isoladosouassociados,deHipertrofiaTonsilareTonsilitedeRepetio.

    Mtodo:Estudocom25crianasseparadosem3grupos:TonsiliteRecorrente,com7pacientes;TonsiliteRecorrentecomHipertrofia,com8pacienteseHipertrofiaTonsilar,com 10 pacientes. Tambm foram includas 10 crianas controles. Colheu-se sangue perifricoparadosagemdosnveisdascitocinas.Utilizou-seoTestedeMannWhitneyparaanliseestatstica.

    Resultados: Comparando-se com o grupo controle, os nveis plasmticosde interleucina-6, foram maiores nos grupos de RT (p = 0,094) e TH(p=0,0009).OgrupodeTHtambmapresentounveismaiselevadosdeIL-6queogrupo RT (p=0,039).NofoiencontradadiferenaestatsticasignificativanosnveisplasmticosdeFatordeTNF-aedeIL-10nosgruposdeestudoemrelaoaoDS.

    Discusso: A maior concentrao srica de IL-6 nos grupos RT e TH coincide com achadosdeoutros autores, que afirmaramqueh aumento significativodosnveisde citoquinas inflamatrias em comparao com grupos controles. Estudos jdemonstraramqueoaumentoda concentraode IL-6 resultadodeestimulaorepetidadeagentespatognicos.

    Concluso:Pacientescomhistricodeamigdalitecrnica,principalmenteosgruposRT e TH, apresentaram um maior nvel srico de IL-6 em relao ao grupo controle, evidenciandoassimumperfilmaisinflamatriodessespacientes.

  • 12 Anais do 47 Congresso da ABORL-CCF - 2017

    Bucofaringologia e Medicina do Sono

    TL 005 FARINGOPLASTIA LATERO-EXPANSIVA: TCNICA COMBINADA PARA O TRATAMENTO DA SAOS

    Jose Antonio Pinto, Davi Knoll Ribeiro, Luciana Godoy, Gabriel Freitas, Kelly Elia Abdo, Mariana B. Mazzotti, Caue Duarte

    Ncleo de Otorrinolaringologia de So Paulo, So Paulo, SP, Brasil

    Objeti vos: Descrever uma nova abordagem cirrgica com o intuito de diminuir o colapso farngeocombinandoduastcnicascirrgicas:faringoplastialateraleexpansiva.

    Mtodo:Estudodotipotransversalretrospectivo.RevisodepronturiosdepacientescomApneiaObstrutivadoSono(AOS),submetidosuvulopalatofaringoplastialatero-expansivanoperododejaneirode2012adezembrode2016.Critriosdeincluso:idadeentre18e60anos,FriedmanIeII,examecomendoscpioflexvelapresentandofechamento retropalatal e latero-lateral em orofaringe e/ou hipofaringe (Fujita I eII). Tcnica cirrgica: aps amigdalectomia bilateral, identificadomsculo constritorsuperior da faringe e realizada sua elevao e seco horizontal; identificao eelevaodomsculopalatofarngeoeposteriorsecoinferiordomesmo;fixaodomsculo palatofarngeo prximo ao hmulo do processo pterigoideo atravs de um tnelpalatinoesubsequentefechamentodemucosa.

    Resultados: 38 pacientes, 31 do sexo masculino, perfazendo 81,6%, e 7 do sexofeminino,18,4%;aidadevarioude30a58anos,commdiade40,8anos9,4;ndicede massa corporal (IMC): pr-operatrio: 27,4 2,8, ps-operatrio: 26,6 5,88.HouveumareduosignificativadondicederoncoeEPW(p5eventos/horadesonoe/oumaisde30%dotempototaldesonocomlimitaodefluxoinspiratrio.Todosospacientes foramsubmetidosaexamefsicootorrinolaringolgico, responderam escala visual analgicade roncoe foram submetidos polissonografiadenoiteinteiraetestedelatnciamltipladosono(TLMS).Asavaliaesforamrealizadasantesedepoisde1,5anodetratamento.

    Resultados: IDR, nmero de despertares relacionados a esforo respiratrio (RERA), porcentagemde tempo totalde sonocom limitaodefluxoe ndicededespertardiminuramaps1,5 anode tratamento. (p = 0,04, p = 0,02,p = 0,001 e p = 0,04, respectivamente).Aqueixaderoncosegundoaescalavisualanalgicadiminuiuapso tratamento com aparelho intraoral (p=0,05).

    Discusso: A SRVAS pode causar m qualidade de vida quando no tratada adequadamente. O tratamento mais estudado o CPAP, mas sua adeso tem se mostrado baixa nesse grupo de pacientes. Os aparelhos intraorais reposicionadores mandibulares so mais bem aceitos e tolerados, reduzindo os eventos respiratrios obstrutivosdosonoemelhorandoaqueixaderonco.

    Concluso:OaparelhointraoralfoiefetivoparaareduodoseventosrespiratriosempacientescomSRVASqueoutilizarampor1,5ano.Seuusotambmreduziuosroncos nesses pacientes.

  • 14 Anais do 47 Congresso da ABORL-CCF - 2017

    Cincias Bsicas e Estudos Translacionais

    TL 007 AVALIAO DA ATIVIDADE DE EXTRATOS DERIVADOS DO CERRADO BRASILEIRO (ANNONA CORIACEA MART) SOBRE LINHAGENS DE CARCINOMA DE CLULAS ESCAMOSAS DE CABEA E PESCOO

    Rodolfo Elias Martins Ribeiro, Ana Gabriela Silva, Gilvnia Aparecida Rabelo Cordeiro, Joo Gabriel Moraes Junqueira, Vanessa Gisele Pasqualotto Severino, Rui Manuel Vieira Reis, Rosy Iara Maciel de Azambuja Ribeiro

    Universidade Federal de So Joo Del-Rey, So Joo Del Rey, MG, Brasil

    Objeti vos: Verificar o efeito antineoplsico, in vitro, de sete extratos originados da Annona coriacea Mart em linhagens celulares de carcinoma de clulas escamosa de cabea e pescoo (CCECP).

    Mtodo:Foramrealizadosensaiosdecitotoxicidade(MTT),migraocelular(Wound healing)eanlisemorfolgicadaslinhagensHN13eFaDusubmetidasaostratamentoscom os extratos vegetais.

    Resultados: Dos sete tratamentos com extratos de A. coriacea, seis foram citotxicos emconcentraesmenoresque30g/mL.Destes,quatroextratosforamselecionadospara o ensaio de migrao e apresentaram efeito inibitrio significativo (p < 0,05-0,0001).Almdisso,ocorreramalteraesnamorfologiacelular,comocondensaonuclear,formaodeprojeesevacoloscitoplasmticos.

    Discusso:Ocncerdecabeaepescooconstituiumgrupodeneoplasiasdotratoaerodigestivosuperiornoqualotratamentoagressivopodecomprometeraqualidadedevidadopaciente.Almdisso,asobrevidaglobalem5anosde50-60%.Porisso,alternativasdevemserbuscadasparaauxiliarotratamentodestadoena.Osextratosderivados de A. coriaceamostraramefeitoantitumoralparalinhagenscelularesHN13e FaDu,observadosemensaiosde viabilidadeemigrao celular, almdemostraralteraesmorfolgicassugestivasdeapoptoseouautofagia.

    Concluso: A atividade antiproliferativa do extrato de A. coriacea nas linhagens celulares de CCECP sugere a possibilidade de desenvolver um composto para atuar no auxliodaterapiaantitumoralconvencional.

  • Anais do 47 Congresso da ABORL-CCF - 2017 15

    Cincias Bsicas e Estudos Translacionais

    TL 008 EXEQUIBILIDADE E VALIDADE DO MTODO DE COLETA DE ESPCIMES DO FLUIDO NASAL E DO ESCARRO INDUZIDO PARA A MEDIDA DE INTERLEUCINAS POR UMA MATRIZ SINTTICA ABSORTIVA

    Jos Tavares de Melo Jr., Emilio Pizzichini, Marcia M Menezes Pizzichini, Trevor Hansel, Rosemeri Maurici, Cristiane Cinara Rocha, Felipe Dall-Pizzol, Jessica Gonalves

    Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianpolis, SC, Brasil

    Objeti vos:Investigaraexequibilidadedomtododecoletadofluidonasaleescarroinduzidopormatrizsintticaabsortiva(MSA)paraamedidadeinterleucinas(IL-1beta,IL-5,IL-8,IL-10,IL-13,IL-17,IFN-gama,Eotaxina-1,IP-10eTNF-alfa),eavaliaravalidadedatcnicamediantecorrelaesentreinterleucinasdofluidonasaleescarroinduzido,bemcomoentreinterleucinasdofluidonasaleacelularidadedoescarroinduzidoemasmticosenoasmticos.

    Mtodo:Foramavaliados30asmticossemusodecorticoideoralouinalatrionosltimos 3 meses e 17 participantes normais. Obtidos espcimes do fluido nasal eescarroinduzido.Resumidamente,duastirasdeMSAforaminseridasnacavidadenasalemantidassobreasuperfciemucosapor2minutose2tirasdeMSAforammantidassobreoescarroinduzidopor2minutos.Omaterialfoiultracentrifugado,aliquotado,congeladoe,apsdescongelamento,analisadoemumaplataformamultiplex.

    Resultados:Houvecorrelaespositivasentrefluidonasaleescarro induzidoem5interleucinas:IL-5,IL-10(r=0,5;pvalor10anos, tamanho>5cm,presenade invasividade(T2),presenademetstasesesubtipohistolgicoalveolarsofatoresdemauprognstico.Otratamentoidealmentemultimodal,deformacombinadacomcirurgia,radioterapiaequimioterapia.

    Consideraes Finais:Diantedadificuldadediagnsticae raridadedaapresentaopatolgica, foi exposto um relato de caso de rabdomiossarcoma orbital em uma pacientede45anos.

  • Anais do 47 Congresso da ABORL-CCF - 2017 647

    Rinologia / Base de Crnio Anterior

    P 614 RABDOMIOSSARCOMA DE RINOFARINGE: UM RELATO DE CASO

    Nathalia Tenorio Fazani, Gislaine Patricia Coelho, Luiz Eduardo Florio Junior, Gabriella Macedo Barros, Larissa Borges Richter Boaventura, Gilson Espinola Guedes Neto, Vinicius de Farias Gignon

    Pontifcia Universidade Catlica (PUC), Sorocaba, SP, Brasil

    Apresentao do Caso: Paciente do sexo masculino, 14 anos de idade, realizou adenoamigdalectomia sem intercorrncias. Foi ao primeiro retorno da cirurgia ecompareceuapstrsmesescomqueixadeodinofagiah30dias,perdaponderalde6kg,estrabismoconvergenteedesviodelnguaparaesquerda.Negasangramentooufebre.Aoexamefsico,apresentavaestrabismoconvergenteesquerda,tumoraoem rinofaringe esquerda, desvio da lngua ipsilateral, rinoscopia secreo mucopurulenta em meato mdio, sem adenomegalias cervicais palpveis. Realizada nasofibroscopiasemprogressoemfossanasalesquerda,emressonnciamagnticade crnio e tomografia computadorizada de seios paranasais foi evidenciada lesoinfiltrativacom6cmemseumaiordimetroemrinofaringeinvadindobasedecrniocom eroso ssea e circundando seio cavernoso, sugestiva de imagem neoplsica.Realizada bipsia com anatomopatolgico de rabdomiossarcoma de nasofaringe.

    Discusso: Os rabdomiossarcomas so tumores malignos originados da clula mesenquimalembrionria.Compem4%a8%dasneoplasiasmalignasempacientemenoresde15anos,7%ocorrememcabeaepescooe22%soparamenngeos.Algumas vezes, o tumor no detectado ao exame fsico, mas torna-se aparentedevido dor ou distrbio funcional. Muitas vezes,o tumor se apresenta como massacervicalindolor.Obstruonasal,rinorreiaeotitesmdiasrecorrentessoossintomasmaiscomuns.NohachadosendoscpicospatognomnicosdoRMS.Podehaver tumoraoem fossanasal ou alteraesdamucosa, como tambm tumorespequenos restritos aos seios paranasais com a parede sinusal intacta, que no so endoscopicamentedetectados.AavaliaoporimagemincluiaTCouRNMdefaceecrnio. Se o tumor for ressecvel, dever ser removido, desde que a cirurgia no seja muitodesfigurante.Aquimioterapiaobrigatria em todosos casose, sepersistirtumor aps a bipsia/cirurgia, a radioterapia mandatria. Se houver invaso da base do crnio, a radioterapia indicada precocemente para evitar a disseminao do tumor no sistema nervoso central.

    Consideraes Finais: Devido extenso do tumor, optou-se por realizar quimioterapia e radioterapia. Paciente apresentou boa resposta desde a primeira sesso de quimioterapia.

  • 648 Anais do 47 Congresso da ABORL-CCF - 2017

    Rinologia / Base de Crnio Anterior

    P 615 RABDOMIOSSARCOMA EM BASE DE CRNIO COM EXTENSO RBITO-NASAL EM ADULTO: RELATO DE CASO

    Larissa Rodrigues Nepomuceno, Arnbio Santos Pereira Filho, Gabriela Oliveira Brando Cano, rika Perez Iglesias, Carolina Cincur Barreto, Marcus Miranda Lessa

    HUPES, Salvador, BA, Brasil

    Apresentao do Caso:Pacientefeminino,53anos,apresentandoquadrodehematomaocular esquerda com compresso ocular, obstruo nasal direita e epistaxe, alm deotitemdiaserosadireita.Foi submetidaorbitotomiaebipsia incisionaldeleso de aspecto tumoral, frivel, sangrante, preenchendo a quase totalidade da fossa nasal direita. Previamente acompanhada no servio de endocrinologia e neurocirurgia pordiagnsticodedoenadeCushingsecundriaalesoselardesdefevereiro/2016,evoluiu com amaurose em olho esquerdo, perda da viso perifrica direita e ptose palpebral bilateral, sendo submetida cirurgia transesfenoidal em abril/2016. Orelato transoperatrio descrevia achado de leso atpica, aspirvel e com invasode seios cavernosos e clivus, cujo resultado anatomopatolgico foi inicialmente de adenomahipofisrioecistodeRathke.Apscercadeumanododiagnsticoinicial,oanatomopatolgicode lesodefossanasalrevelouacentuadograudeatipiacomdiferenciaorabdomioblstica.Pacientefoiabitoemjunho/2017,antesmesmodoincio do tratamento quimioterpico.

    Discusso: O rabdomiossarcoma nasossinusal pode apresentar-se como uma massa indoloroucomobstruonasal, rinorreia,otitemdiarecorrenteeepistaxe.Nos tumores de acometimento orbitrio, proptose rapidamente progressiva amanifestao mais comum. Pacientes com idade acima 10 anos, envolvimento menngeo, extenso intracraniana, grande tamanho do tumor, doena residual aps otratamentoinicialemetstasesdistnciageralmentetmumpiorprognstico.Otratamento deve ser escolhido individualmente para cada paciente. A sobrevida desse tumoraumentoucomainstituiodetratamentomultimodal,incluindoquimioterapia,resseco cirrgica e radioterapia.

    Consideraes Finais: O rabdomiossarcoma um tumor maligno de crescimento rpido que surge de clulas mesenquimatosas imaturas, relacionadas com a diferenciao muscularesqueltica,deraraocorrncia.maisfrequentementevistonapopulaopeditrica e representamenosde1%de todas as neoplasiasmalignas emadultos.Devido a sua apresentao inespecfica, os pacientesmuitas vezes tmdiagnsticotardio.

  • Anais do 47 Congresso da ABORL-CCF - 2017 649

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    P 616 RABDOMIOSSARCOMA EM FOSSA NASAL

    Marla Renata Soares Momesso, Poliana Camura da Silva, Denis Massatsugu Ueda, Murilo Carlos Gimenes, Mariana Renata Nunes, Paulo de Lima Navarro

    Universidade Estadual de Londrina, Londrina, PR, Brasil

    Apresentao do Caso:Adolescente,sexofeminino,17anos,comhistriade30diasde algia em regio malar direita. Paciente procurou atendimento odontolgico, com exresedeterceiromolarsuperioripsilateral.Quadrocompioraprogressiva,edemalocal e rinorreia com aspecto borra de caf em fossa nasal direita. Devido evoluo desfavorvel,solicitadatomografiadeseiosdaface,sugestivademassatumoralemfossa nasal direita com invaso ssea em rbita e osso nasal. Realizada bipsia de leso por via endoscpica, resultado de anatomopatolgico com neoplasia maligna declulaspequenas,redondaseazuis,eanliseimunohistoqumicacompatvelcomdiagnsticoderabdomiossarcomaemfossanasal.

    Discusso: Sarcomas so neoplasias malignas de origem mesenquimal raras. Em adultos,equivalemacercade1%doscnceresdecabeaepescoo.Enquantonascrianas,maisde50%dostumoresmalignosencontradosnessaregiososarcomasdetecidosmoleselinfomas.Orabdomiossarcoma,subtipooriginriodamusculaturaesqueltica, o tipo mais comum de sarcoma de tecidos moles em crianas,correspondendoa50%destestumores.Ostioprimriomaiscomumdeapresentaodeste tumor na criana e em adolescentes a regio da cabea e pescoo. Os sintomas dependem da localizao do tumor primrio. Algumas vezes, o tumor no detectado ao examefsico,mas torna-se aparente devido dor ou sintomas comoobstruonasal,rinorreiaeotitesmdiasrecorrentes.Sendoento, importante lembrardestaafecocomodiagnsticodiferencialnestescasos.

    Consideraes Finais:Rabdomiossarcomaumtumorraro,masdeveserdiagnsticodiferencialemcrianaseadolescentescomsintomasinespecficosemregiodecabeaepescoo,sendoa investigaocomplementarnecessriaemquadros inespecficosdesta regio com evoluo incomum.

  • 650 Anais do 47 Congresso da ABORL-CCF - 2017

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    P 617 RABDOMIOSSARCOMA EMBRIONRIO ESFENOIDAL: RESSECO ENDOSCPICA ENDONASAL PARA DESCOMPRESSO DE NERVOS PTICOS E DA BASE ANTERIOR DO CRNIO

    Fabricio Scapini, Reinaldo Fernando Cser Neto, Natalia Vieira Gasparin, Carolina Kmentt Costa, Gabriela Cadaval Coletto, Isadora Rinaldo Scaburi, Frederico da Cunha Abbott

    Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS, Brasil

    Apresentao do Caso: I.M.B., 6 anos, feminina, avaliada pela equipe de Otorrinolaringologia do Hospital Universitrio Santa Maria por alterao comportamental, obstruo nasal, rinorreia serossanguinolenta e ptose em olho direito iniciado 7 dias antes, evoluindo com amaurose bilateral aps quatro dias. A endoscopia nasal revelou leso expansiva obstruindo fossa nasal direita e rinofaringe. Atomografiadeseiosdafaceevidencioulesoexpansivaemseioesfenoidalbilateralcom invaso da base anterior do crnio, etmoide, maxilar, fossa pterigopalatina einfratemporaldireitos,comcompressodosnervospticos.Apacientefoisubmetidaresseco endoscpica parcial com septectomia posterior, disseco da base anterior, planoesfenoidalenervospticosbilateralmente.Iniciadotratamentoadjuvantecomquimioterapia.Anatomopatolgicoconfirmourabdomiossarcomaembrionrio.

    Discusso: Sarcomas so neoplasias malignas de origem mesenquimal de rara ocorrncia.Orabdomiossarcoma,subtipooriginriodamusculaturaesqueltica,omaiscomumdetecidosmolesemcrianas,comincidnciade3,5%de0a14anos.Ostioprimriomaiscomumemcrianasaregiodacabeaepescoo.Ossubstiosdaregiosorbita,stiosparamenngeos(nasofaringe,cavidadenasal,seiosparanasais,osso temporal, fossa pterigopalatina e fossa infratemporal) e no paramenngeos.Histologicamente,sodivididosemembrionrio,alveolarepleomrficos.Emcrianas,aproximadamente60%soembrionrios.Ossinaisesintomasdependemdalocalizaodotumor.Obstruonasal,rinorreiaeotitesmdiasrecorrentessoossintomasmaiscomuns. O tratamento deve ser individualizado, dependendo da extenso e localizao do tumor, incluindo quimioterapia, resseco cirrgica e radioterapia.

    Consideraes Finais:Emcrianas,maisde50%dostumoresmalignosdecabeaepescoososarcomasdetecidosmoles,sendoorabdomiossarcomaosubtipomaiscomum. A afeco deve ser suspeitada em crianas que evoluem com quadro de obstruonasal,rinorreiaealteraesvisuaisdeinciorecente.Otratamentodeveserindividualizado, dependendo do local e extenso da leso.

  • Anais do 47 Congresso da ABORL-CCF - 2017 651

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    P 618 RABDOMIOSSARCOMA NASAL EM PACIENTE PEDITRICO: RELATO DE CASO

    Diego Fernando Costa, Lorena Cristina Peres Rodrigues Gomes, Alana Farias Miksza, Jos Luiz Pires Junior, Gustavo Murta, Denise Braga Ribas, Rafaela Mabile

    Otorrinos Hospital da Cruz Vermelha Paran, Curitiba, PR, Brasil

    Apresentao do Caso: Sexo masculino, 2 anos e 7 meses, encaminhado paraOtorrinolaringologia por pansinusites e dacriocistites bilaterais de repetio h3meses e lagoftalmia emolho esquerdoh 15dias. Semmelhora doquadro comantibioticoterapia. Foi internado para realizar investigao do quadro. Evoluiuprecocementecomproptoseeablepsiabilaterais.Ressonnciamagnticademonstrou:volumosa massa slida nasofarngea invadindo fossa craniana anterior, parede medial das cavidades orbitrias e maxilas obliterando coanas e cavum, de caractersticainespecfica com possibilidade diagnstica de rabdomiossarcoma. Foi submetido procedimento cirrgico para bipsia e resseco parcial da leso. O anatomopatolgico evidenciou rabdomiossarcoma nasal. Realizou 8 meses de quimioterapia com melhora dossintomasnasaisedaproptoseoftlmicana6asesso.Ressonnciamagnticadecontroleaps7mesesdodiagnsticodemonstroupequenalesoslidanasofarngearesidual comparativamente menor que nos exames anteriores, sem evidncia deinvasointracraniana.Foisolicitadaavaliaoneurolgicaeoftlmicaparaavaliarnovaabordagem cirrgica. Permanece em acompanhamento.

    Discusso: Rabdomiossarcoma uma neoplasia do msculo estriado, corresponde a 3,5%detodososcnceresemcrianas.Apesardeseramalignidadepeditricaquemaisafeta nariz e os seios paranasais, considerada rara, com alta morbimortalidade devido sua proximidade com base de crnio anterior e rbita. Ocorre espontaneamente e semfatorespredisponentesidentificados.Apresentasintomasinespecficos:obstruonasal, rinorreia e epistaxe recorrente, comumente confundidos com sinusites ou rinites, comonocasorelatado.Odiagnsticoconfirmadoporestudohistopatolgicolesional.A literatura no demonstra consenso para tratamento. Requer terapia multimodalincluindo resseco cirrgica, quimioterapia e radioterapia em casos selecionados. Apresenta baixa resposta ao tratamento e grande potencial de metstases precoces.

    Consideraes Finais: Comoobservado no caso relatado, os sintomas inespecficospodem atrasar o diagnstico precoce e o tratamento da doena. Fatores essesfundamentais para reduzir sua morbimortalidade.

  • 652 Anais do 47 Congresso da ABORL-CCF - 2017

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    P 619 RECIDIVA DE CRANIOFARINGIOMA EM PACIENTE COM PAN-HIPOPITUITARISMO

    Carolina Maria Simon, Jader Franci Carvalho Oliveira, Diogo Trevisan Silveira, Rafaela Guimares, Micaela Bianchini Souza

    Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS, Brasil

    Apresentao do Caso: J.R.D.S., 23 anos, feminino, submetida resseco decraniofaringioma no Hospital de Clnicas de Porto Alegre h 4 anos, devido a sintomascompressivos.Resultadops-cirrgico:pan-hipopituitarismo.Hcercade2semanas, internou no Hospital Universitrio de Santa Maria (HUSM) com sonolncia/rebaixamentodonveldeconscincia.Tomografiacomputadorizadadecrniomostrouvolumoso tumor suprasselar, com calcificaes, ocupando a quase totalidade dosistema ventricular, confirmando a recidiva do craniofaringioma. Procedimentos/invases: derivao ventricular externa e microcirurgia de resseco tumoral.Est internadanaUnidadedeTratamento IntensivodoHUSM, reageaos estmulosdolorosos e parcialmente responsiva.

    Discusso: Craniofaringioma uma neoplasia benigna rara, de origem epitelial que surge ao longo do ducto craniofarngeo, sendo responsvel por 1% a 3% dostumores intracranianos. Apresenta uma distribuio etria bimodal: o primeiro picode incidnciados5aos14anos, eo segundodos50aos74anos. Localiza-sepredominantementenaregioselar,sendoqueapenas5%doscasosficamlimitados sela trcica. Cursa com crescimento por expanso causando efeito de massa local, frequentementeassociadocompressodeviaspticaseadernciaaoparnquimacerebral. As desordens neuroendcrinas so as mais prevalentes em crianas e os distrbios visuais, mais frequentes em adultos. Apesar de ser a primeira opo teraputica,aressecocompletaapresentacomplicaesepossibilidadederecidivas,representandoumdesafioaosotorrinolaringologistas.Amorbimortalidadeassociadaa esta conduta impulsionou o desenvolvimento de opes teraputicas comoradioistopos intratumorais. Alteraes no eixo hipotlamo-hipofisrio e obesidadehipotalmicasocomplicaesfrequentesnessespacientes,apscirurgiaisoladaouassociada radioterapia.

    Consideraes Finais:Omanejodocraniofaringiomadevetercomoobjetivoareduodamorbimortalidaderelacionadadoenaecomplicaescorrelatas.Abaixaincidnciado craniofaringioma na populao limita a experincia dos otorrinolaringologistas no tratamento desse tumor.

  • Anais do 47 Congresso da ABORL-CCF - 2017 653

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    P 620 RECIDIVA DE PAPILOMA INVERTIDO

    Paulo Tinoco, Lucas Sieburger Zarro, Marina Bandoli de Oliveira Tinoco, Amanda Monteiro Pina Queiroz, Fabio de Moraes Won Held, Diogo Araujo Silveira

    Universidade Iguau - Campus V, Itaperuna, RJ, Brasil

    Apresentao do Caso: G.T.C.,masculino,69anos,residentedeItaperuna-RJ,procurouo servio de ORL relatando obstruo nasal h 4 meses acompanhada de episdios de epistaxes recorrentes. Endoscopia nasal - massa de aspecto polipoide, irregular, lobulado,no translcido. Foi encaminhado ao centro cirrgico para exrese datumorao nasal e anlise anatomopatolgica da pea. Aps a resseco total, evoluiu satisfatoriamentenops-cirrgico.Oresultadohistopatolgicoevidencioucarcinomainvasivo com diferenciao escamosa. Paciente encontra-se em acompanhamento rigorosoecommelhorarpidadossintomasobstrutivos.

    Discusso:Opapilomainvertidoumaneoplasiabenigna,rara,comincidnciade0,5a4%detodosostumoresnasossinusais.Predominanteempacientesdosexomasculinoentre a quinta e sexta dcadas de vida. Tem origem no epitlio scheneideriano da parede nasal lateral, caracterizando-se pelo crescimento do epitlio em direo ao estroma. Pode se apresentar bilateralmente, relacionando-se malignizao.

    Consideraes Finais: H uma relao do papiloma invertido com neoplasia maligna, possivelmenterelacionadoaoHPV16e18.Nosesabeseessaassociaosedevea uma degenerao maligna do prprio papiloma, ou existncia concomitante de carcinoma e papiloma invertido. Apesar de considerado benigno, localmente agressivo.Oexamefundamentalparaodiagnstico,assimcomoparaoestadiamento, a tomografia computadorizada e a confirmao diagnstica pela microscopia. Otratamento cirrgico, com remoo completa, para evitar recidivas, as quais so frequentes(10-50%).

  • 654 Anais do 47 Congresso da ABORL-CCF - 2017

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    P 621 RELATO DE CASO: COMPLICAO TARDIA DE ENXERTO SINTTICO NA RINITE ATRFICA

    Dbora Caliani de Vincenzi, Thase Cesca, Ricardo Mauricio Favaretto, Gabriela Soraya Martini, Maurcio Gusberti, Rodrigo Dors Sakata, Ian Selonk

    Hospital Angelina Caron, Campina Grande do Sul, PR, Brasil

    Apresentao do Caso: A.V.G., 65 anos, procurou nosso servio com queixa deobstruo nasal crnica, sensao de corpo estranho em fossas nasais e cacosmia,sem outras queixas, realizou procedimento cirrgico para tratamento de rinite atrficaozenosah20anos.Rinoscopiasemalteraes,aoexamedenasofibroscopiapresenadecrostascomsecreopurulenta.Solicitadatomografiadosseiosdafaceevidenciando material com densidade de partes moles em seios paranasais, material deaspectosseoembasenasalanterior;realizadacirurgiarevisionalcomretiradadeenxertosinttico,bastonetesdeacrlicoemextruso.Aps3mesesdoprocedimentocirrgico, paciente relata melhora dos sintomas.

    Discusso: As rinites atrficaspodemser classificadas comoprimria, secundria eozenosa.Aprimriaumadoenanasalcrnicadeetiologiadesconhecida,emqueexisteumaatrofiamoderadadamucosa,normalmenteassintomtica.Ariniteatrficasecundria ocorre aps uma agresso da mucosa nasal, como infeco local, doena granulomatosa,traumaoucirurgianasal.Ariniteatrficasecundriaestsetornandocada vez mais comum, principalmente como consequncia de turbinectomia inferior total, cirurgia intranasal que causa importante mutilao local, alterando de forma danosa anatomofisiologia nasal. A ozena caracterizada pela trade sintomticacomposta de atrofia osteomucosa sem ulceraes, crostas amarelo-esverdeadase fetidez intensa. A rinite atrfica permanece como uma doena incurvel com osmtodos clnicos, havendo consenso de que a cirurgia oferece melhores resultados. Diversas tcnicas disponveis, entre elas, a incluso de acrlico sob a mucosa nasal quevisarecalibragemfisiolgicadasfossasnasais.Existemalgumaspublicaesquereferemcomplicaescomessesimplantes.

    Consideraes Finais: Apesar do desaparecimento quase completo da ozena na populaoatual,sempreimportantefazermosodiagnsticodiferencialdosdiversostiposdetratamentosexistentesesuaspossveiscomplicaescomonestecaso.

  • Anais do 47 Congresso da ABORL-CCF - 2017 655

    Rinologia / Base de Crnio Anterior

    P 622 RELATO DE CASO DE MUCOCELE SECUNDRIA PRESENA DE CORPO ESTRANHO APS 30 ANOS DE ACIDENTE AUTOMOBILSTICO

    Gabriela da Costa, Nadhine Feltrin Ronsoni, Betina Napoleo Ferreira, Caroline de Aguiar dos Santos, Gabriela de Aguiar dos Santos, Luiz Roberto Tomasi Ribeiro, Henrique Candeu Patrcio

    Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC), Cricima, SC, Brasil

    Apresentao do Caso: L.O.M., 73 anos, procura atendimento em 19/01/2016,queixando-se de dor em regio supraorbitria esquerda, h 1 ano, agravando-se ao piscar olhoesquerdo.H3meses,notouaparecimentodeabaulamentodolorosoemregiopalpebralsuperioresquerda.Relataqueh30anossofreuacidenteautomobilstico,batendoacabeanoparabrisapornoestarutilizandocintodesegurana,resultandoem fraturas de face e rbita esquerda. Foram realizados rinoscopia anterior eendoscopianasalqueapresentaram-senormais,etomografiadeseiosdaface.Nessa,notou-sepresenade3fragmentosradiopacosemregiofrontaleetmoidalesquerda,mucocele em seio frontal esquerdo, e um quarto fragmento deslocado anteriormente pela mucocele, projetando-se para regio palpebral superior esquerda. Submetidacirurgiaendoscpicaendonasal, foramidentificadoseremovidos3fragmentosdevidro em regio etmoidal e frontal esquerda, e quarto fragmento removido por inciso externa em plpebra superior esquerda. Para remoo do fragmento mais alto, em seio frontal esquerdo, e tratamento da mucocele foi necessria remoo da poro septal alta e unio dos seios frontais (Lothrop). Paciente apresentou boa evoluo, alta hospitalarnodiadoprocedimentoealtaambulatorial3mesesaps.

    Discusso: As mucoceles so cistos benignos das cavidades paranasais, com revestimentoepitelialrepletosdemuco,quepossuemcrescimentolentoeexpansivo.Podem ter origem de causas obstrutivas, como traumatismo, podendo danificartecidos subjacentes com consequentes complicaes, como abcessos. Materiaiscomo o vidro fazem parte dos corpos estranhos mais frequentes em regio da rbita, sendo bem tolerado. As mucoceles ps-traumticas tardias so raras envolvendomais comumente nos seios frontal e etmoidal. So melhor identificadas por meiode tomografias computadorizadas ou ressonncias magnticas, que permitem aidentificaodomaterialedaspartesmolesadjacentes.

    Consideraes Finais: A abordagem cirrgica endoscpica endonasal permite a retirada de corpo estranho, bem como esvaziamento de mucocele, sem maioresprejuzosanatmicosouestticosparaopaciente.

  • 656 Anais do 47 Congresso da ABORL-CCF - 2017

    Rinologia / Base de Crnio Anterior

    P 623 RELATO DE CASO TUMOR FIBROSO SOLITRIO DA CAVIDADE NASAL

    Karina Pereira da Cruz, Bernard Soccol Beraldin, Luiza Flores da Cunha Thompson Flores, Cassiano Dal Monte Gallas, Guardiano Henrique Martins Teixeira, Luiz Gustavo Espanhol, Giovana Hauschild Pellegrin

    Hospital Benefi cncia Portuguesa de Porto Alegre, Porto Alegre, RS, Brasil

    Apresentao do Caso: Paciente masculino, 47 anos, apresentando queixa de obstruo nasal direita de incio h um ano, associada a dor em hemiface direita e diplopiabinocularemlevoverso.Aoexamefsico,apresentavatumoraodeaspectofibroso obliterando fossa nasal direita. Realizada tomografia de seios da face, queevidenciou leso tumoralfibrosaexpansivadegrandevolumeocupando toda fossanasal direita, comprimindo levemente a lmina papircea do mesmo lado, causando reteno de secreo (sinusopatia) em seiomaxilar direito e seio frontal direita.Pacientefoisubmetidocirurgiaendoscpicanasalcomressecocompletadaleso.Material enviado para estudo anatomopatolgico e estudo imunohistoqumico, no qual foi compatvel comneoplasiamesenquimalapenas favorecendo tumorfibrososolitrio.Noseguimentoacurtoprazo,pacienteapresentouresoluodossintomasinicias e manteve-se sem recidivas.

    Discusso:Otumorfibrososolitrio(TFS)consideradoumaneoplasiamesenquimal,originalmente descrita como tumor pleural. Representammenos de 0,1%de todasas neoplasias do trato respiratrio superior, acomete todas as idades, sem predileo sexual.Descritoemgrandevariedadedelocaisextrapleurais.Seuprognsticodeve-sepresenaouausnciadeatipias,mitosesatpicasounecrose.Osintomamaiscomum obstruo nasal, outros menos comum so epistaxe recorrente, rinorreia e distrbios visuaiscomoepforaeexoftalmia.OTFSdiretamenterelacionadosconsequnciascompressivas locais. A resseco cirrgica completa se apresenta como curativa na maioria dos casos relatados. O uso da radioterapia adjuvante ainda debatido e faltamevidnciasparaseubenefciops-operatrionocontroledarecidiva.

    Consideraes Finais:OprincipalfatorquedeterminaoprognsticodoTFSsosuascaractersticas histolgicas. O diagnstico diferencial pode ser feito por meio deimunohistoqumica.A ressecocirrgicacompletaacurativa.Oseguimentocomexame clnico e imagem so fundamentais, porm ainda no h um consenso sobre o tempo de acompanhamento, devido ao seu crescimento lento.

  • Anais do 47 Congresso da ABORL-CCF - 2017 657

    Rinologia / Base de Crnio Anterior

    P 624 RELATO DE CASO: CARCINOMA ADENOIDE CSTICO CRIBIFORME DE CAVIDADE NASAL

    Luiza Flores da Cunha Thompson Flores, Bernard Soccol Beraldin, Karina Pereira da Cruz, Cassiano Dal Monte Gallas, Guardiano Henrique Martins Teixeira, Luiz Gustavo Espanhol, Giovana Hauschild Pellegrin

    Universidade Federal de Cincias da Sade de Porto Alegre, Porto Alegre, RS, Brasil

    Apresentao do Caso:Pacientefeminino,82anos,comquadrodeobstruonasaledoremhemifaceesquerdadelongadata,compioranoltimoano.Relatavaroncose inmerostratamentospararinossinusites.Aoexamefsico,apresentavamassadeaspectofibrosoobliterando fossanasal esquerda.Realizada tomografiade seiosdaface, que evidenciou leso extensa ocupando cavidade nasal esquerda, obstruindo seio maxilar e comprimindo lmina papircea. Paciente foi submetida cirurgiaendoscpica nasal com resseco completa da leso, tendo o anatomopatolgico evidenciado carcinoma adenoide cstico cribiforme. No seguimento amdio prazo,manteve-se sem recidivas e relatou resoluo dos sintomas iniciais.

    Discusso:Ocarcinomaadenoidecstico(CAC)consideradoumaneoplasiararaedecrescimentolento.Apresentaprognsticodesfavorvelpelaagressividadedainvasotumoral, alm das altas taxas de recorrncia e metstases tardias. ligeiramente predominantenosexofeminino,tendopicodeincidnciaentre50e70anos.Olocalmaiscomumdeacometimentooseiomaxilar,seguidopelascavidadesnasais.Suaclassificaoeprognsticodependemdascaractersticasclnicas,localizao,tamanhoe aspecto microscpico da leso. Histologicamente, pode ser dividido em cribriforme, tubular ou slido. Os sintomas mais comuns incluem obstruo nasal, rinorreia, epistaxe, dor facial e anosmia. Exames de imagem so fundamentais para estadiamento tumoral, sendo a tomografia superior na avaliao da arquitetura nasossinusal einvasossea.OCACtemmaiortendnciametastatizaohematognica,sendoraraa presena de metstases ganglionares. O tratamento de escolha cirrgico, tendo a radioterapia mostrado resultados promissores no controle de recidivas.

    Consideraes Finais: O CAC caracteriza-se por curso clnico e crescimento lento. O melhorcontrolelocalobtidocomacirurgia,tendoaradioterapiapapelimportantenocontrole das recidivas. O seguimento com exame clnico e imagem so fundamentais, jqueestetumorpodeapresentarrecidivasaps20anosdotratamentoinicial.

  • 658 Anais do 47 Congresso da ABORL-CCF - 2017

    Rinologia / Base de Crnio Anterior

    P 625 RELATO DE CASO: CARCINOMA PAPILFERO DE NASOFARINGE

    Mariana Borsa Mallmann, Janaina Jacques, Maria Fernanda Piccoli Cardoso de Mello, Mariana Manzoni Seerig, Letcia Chueiri, Daniel Buffon Zatt, Fbio Duro Zanini

    Universidade Federal de Santa Catarina, Florianpolis, SC, Brasil

    Apresentao do Caso:S.Z.,39anos,masculino,procurouatendimentohospitalarporquadro de proptose e alterao na mobilidade ocular direita h 6 dias. Previamente aoquadro,apresentavaobstruonasalecefaleiafrontallevedeincioh2meses.Aoexamefsico,apresentavaproptosedoolhodireito,anisocoria,diminuiodaacuidadevisual e paresia do nervo abducente direita, a rinoscopia anterior mostrou massa rsea ocupando toda a luz da fossa nasal direita, associada secreo branca espessa. Na avaliao complementar com ressonnciamagntica visualizou-semassa de 76mm,amorfa,nasossinusaldireitacominfiltraoparaarbita,seioetmoidalefrontal,eparenquimatosasfrontaismediaise inferiores.Levantou-seahiptesediagnsticade tumor nasossinusal, dentre eles o estesioneuroblastoma. Programada interveno conjuntadaOtorrinolaringologiacomaNeurocirurgia.Noprocedimentocirrgicofoiressecada leso expansiva intracraniana de fossa anterior, cavidade nasal e rbita. O resultado do exame anatomopatolgico concluiu ser um adenocarcinoma papilfero.

    Discusso: O adenocarcinoma papilfero de rinofaringe um tumor primrio maligno incomum dessa regio, no tendo predileo de gnero e afetando a maior parte dos pacientes entre os 11 e os 64 anos de idade. um tumor de crescimento lento e indolente, que apresenta baixa taxa de recorrncia e que tem como sintoma mais comum a obstruo nasal, mas pode haver epistaxe, zumbido, surdez e paralisias de nervos cranianos; massas cervicais so incomuns devido baixa taxa de metstase de linfonodos cervicais. O tratamento de escolha a exciso cirrgica completa, apresentandobomprognstico.

    Consideraes Finais: Esta condio clnica incomum, e, apesar de ter se apresentado inicialmentedemodotpico,chamaaatenopelotamanhoeseugraudeinvaso.

  • Anais do 47 Congresso da ABORL-CCF - 2017 659

    Rinologia / Base de Crnio Anterior

    P 626 RELATO DE CASO: CONDUO DE UM CASO DE LEISHMANIOSE MUCOSA ORONASAL

    Guilherme Trindade Batisto, Regeane Ribeiro Costa, Rhaissa Heinen Peixoto, Fernanda Dias Toshiaki Koga, Marco Antnio Ferraz de Barros Baptista, Gustavo Pimenta de Figueiredo Dias, Helder Fernandes de Aguiar

    Hospital de Reabilitao de Anomalias Craniofaciais (HRAC) Universidade So Paulo (USP), Bauru, SP, Brasil

    Apresentao do Caso: Este relato apresenta umpacientemasculino 54 anos comqueixa de odinofagia e dor nasal h cinco anos, com rinorreia hialina e formao decrostas.Opaciente jhavia sesubmetidoa trsbipsiasemoutroservio,comresultado de processo inflamatrio crnico inespecfico. rinoscopia, haviaperfurao septal ampla, com crostas aderidas e bordas ativas; e infiltrao emrea de columela. oroscopia apresentava palato duro, palato mole, vula e pilares amigdalianos com aspecto granulomatoso infiltrativo. A nasofibroscopia confirmouosachadosedemonstrouamucosaderevestimentonasalcomaspecto infiltrativo/granulomatoso. O paciente foi investigado com pesquisa de autoanticorpos, BAAR,fungos e sorologias. A sorologia para leishmania apresentou-se reagente, levando ao diagnstico de leishmaniose. Iniciado tratamento com glucantime, aps doismeses houve melhora dos sintomas nasais, permanecendo perfurao septal de dois centmetrossemsinaisdeatividade.

    Discusso: Epidemiologicamente, o sexo masculino representa 60% dos casos. Asqueixas so obstruo nasal, crostas nasais, epistaxe, odinofagia e disfagia. Os locais de predileosoamucosadoseptocartilaginoso,podendoacometerparedeslaterais,ovestbulonasaleacabeadocornetoinferior.Foifeitotratamentocom729mgdeantimonial pentavalentepor dia 18dias, apresentandomelhorados sintomas apsdois meses de tratamento. O Ministrio da Sade recomenda 20mg Sb5+/kg/diadurante30dias,equandonoocorreacicatrizaocompletaaps12semanasdotratamento,oesquemateraputicodeverserrepetidoapenasumavez.Aperfuraoseptal persistente aps o tratamento corresponde sequela mais comum encontrada.

    Consideraes Finais: Deve-se alertar para causas infecciosas de granulomatoses oronasais, mesmo com bipsias inconclusivas. A pesquisa por meio de sorologias pode definirodiagnsticoepouparopacientedeprocedimentosmaisinvasivos.

  • 660 Anais do 47 Congresso da ABORL-CCF - 2017

    Rinologia / Base de Crnio Anterior

    P 627 RELATO DE CASO: DESFECHO DESFAVORVEL EM MUCOCELE NASAL

    Vanessa Lunelli, Ndio Atolini Jnior, Tatiany Tieni Yamamoto, Gustavo Pereira Lima Lang, Luis Fernando Melotti, Tiago Braganholi da Silva, Jarbas Mario Zandona

    Universidade Federal da Fronteira Sul / Hospital So Vicente de Paulo, Passo Fundo, RS, Brasil

    Apresentao do Caso: Homem, 48 anos, no ps-operatrio tardio (oito meses) de cirurgiaendonasalporvdeodevidorinossinusitecrnicacompolipose,compareceuao nosso servio com queixa de amaurose sbita direita h seis dias, sem outras queixasoualteraesaoexame.Natomografiacomputadorizadadosseiosparanasaisevidenciou-se mucocele etmoidal posterior com invaso da lmina papircea direita e compressodonervoptico.Realizoucirurgiaparaaberturaedrenagemdamucoceleno dia subsequente ao diagnstico, porm no se obteve melhora da acuidadevisual. Atualmente, faz seguimento em nosso ambulatrio e realiza tratamento para dessensibilizaodeAASapsdiagnsticodetradedeSamterecontroledossintomasnasais.

    Discusso:Amucoceledefinidacomoumaformaocsticaresultantedaretenodesecreomucosaemseioparanasal.Suaetiologiapermaneceincerta,masacredita-se que seja ocasionada pela obstruo do stio de drenagem do seio paranasalcomprometido.Emcercade60%doscasos,ocorremapsprocedimentoscirrgicosnosseiosdaface,em35%doscasossoprimriaseem2%apstrauma.Opacienteapresentado neste estudo havia sido submetido pansinusectomia e polipectomiaendonasal por vdeo oito meses antes de apresentar amaurose. A evoluo da leso podecausarsintomasnasais,oftalmolgicose/ouneurolgicos,sendoodiagnsticorealizadoporexamesdeimagem.Atomografiacomputadorizadaoexamedeescolhaeotratamentocirrgicoeobjetivaconfirmaodiagnstica,drenagemeexcisooumasurpializao da parede do cisto.

    Consideraes Finais: Asmucoceles so leses benignas de carter expansivo quepodemocasionarsriascomplicaesorbitriaseintracranianas.Acirurgiaendonasalumprocedimentoseguroeeficiente;noentanto,odiagnsticoetratamentodevemser precoces, pois a compresso de estruturas vasculares e nervosas por longo perodo pode causar danos permanentes ao paciente.

  • Anais do 47 Congresso da ABORL-CCF - 2017 661

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    P 628 RELATO DE CASO: ESTESIONEUROBLASTOMA

    Juliana Simons Godoy, Antnio Augusto Sampaio, Ligia Zanco Bueno Derrico, Giuliano Aquino, Camila Castelhano Diniz, Natalia Lopes B Sampaio

    Hospital CEMA, So Paulo, SP, Brasil

    Apresentao do Caso: Paciente F.J.D., 64 anos, sexo masculino com queixa deobstruo nasal direita h cerca de 2 anos. Diagnosticado com polipose nasal, faztratamentocomcorticoidetpico.Apsapresentarsangramentosintensos,procurounosso servio onde, aps exames de nasofibrolaringoscopia e tomografia de seiosda face, foi orientado resseco cirrgica, para diagnstico e conduta. No exameimunohistoqumico foi dado o diagnstico de estesioneuroblastoma, sendo entoencaminhado ao oncologista de outro servio.

    Discusso: O estesioneuroblastoma um tumor maligno raro da cavidade nasal. Seu diagnstico dificultado pelos sintomas inespecficos, como obstruo nasalunilateral e epistaxes. Isso faz com que o incio do tratamento seja tardio e a maioria doscasos jestoemumestgioavanadodadoena.Noexisteumconsensonotratamento,masosltimosestudosevidenciamquearessecocirgicacomacessocraniofacial e margens livres, com posterior radioterapia seja o que proporcione um melhorprognsticoaopaciente.Apesardaagressividadedotumor,suasobrevidarelativamentealta.

    Consideraes Finais: Por apresentar sintomatologia inespecfica, oestesioneuroblastoma tem seu diagnstico em suamaioria tardio, assim como seutratamento. Deve-se atentar ao exame fsico e exames complementares a fim dediminuiressetempoentreodiagnsticoeotratamento.

  • 662 Anais do 47 Congresso da ABORL-CCF - 2017

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    P 629 RELATO DE CASO: FSTULA OROANTRAL APS EXTRAO DENTRIA

    Nicole Elen Lira, Andria Batistella, Andreas Weiand Camara, Adriana de Carli, Bruna Lovato, Wilson Braz Dias, Helena Descovi Galelli

    Universidade de Caxias do Sul, Caxias do Sul, RS, Brasil

    Apresentao do Caso:L.S.,feminina,72anos,referequeixadecacosmiaehalitose,iniciado h aproximadamente dois meses. Havia realizado extrao dentria h cinco meses, permanecendo com uma comunicao buco-sinusal ps-cirurgia. oroscopia, apresentava fstula com secreo purulenta, sendo necessrio uso deantibioticoterapiaparacontroledainfeco.Realizadatomografiacomputadorizadaeposterior interveno cirrgica.

    Discusso: Diversas so as etiologias que podem causar a comunicao, sendoclassificadascomocausasiatrognicas,traumticasoupatolgicas.Acausaiatrognicaamaisprevalente,ecomfrequnciaocorreacidentalmenteduranteexodontia,devido estreita relao de proximidade do limite inferior do maxilar com os pices radiculares. A comunicao anmala entre o antro e a boca pode fechar espontaneamentedependendo da sua dimenso e do estado clnico do paciente. Quando isso noocorre,eocanalseencontrarevestidoportecidoepitelialproliferativo,impedindoacicatrizao,forma-seafstula,aqualtornanecessriaintervenocirrgica.Oquadropode cursar com ampla sintomatologia, que tende a ser pior conforme o tempo de evoluo.Podeprogredirparacomplicaes,comosinusitemaxilaragudaoucrnicaeinfecesoraisassociadas.Odiagnsticodasfstulasoroantraisbaseadonoexameclnico, imagens radiolgicas e alguns autores sugerem a realizao da Manobra de Valsalva. O tratamento pode ser realizado atravs do fechamento por primeira ou segunda inteno, dependendo da sintomatologia e tamanho do defeito. A escolha da tcnica cirrgica depende da experincia de cada cirurgio, gerando divergncias na literatura, porm unnime a concordncia que antes de intervir cirurgicamente necessrio que o antro esteja livre de infeco.

    Consideraes Finais: Complicao operatria de extrao dentria, a comunicao oroantral, deve sempre ser avaliada, conforme seu tamanho, localizao e sintomatologia. Sabe-se que quanto mais curto o perodo entre a criao do defeito e a reparao, melhores so os resultados, e assim diminuem as chances de formao dafstulaeinfeco.

  • Anais do 47 Congresso da ABORL-CCF - 2017 663

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    P 630 RELATO DE CASO: MUCORMICOSE FNGICA EM CRIANA COM LEUCEMIA LINFOIDE AGUDA

    Bruno Amaral Hay, Leila Roberta Crisigiovanni, Ana Luiza Camargo, Lorena Cristina Peres Rodrigues Gomes, Ian Selonke, Juliana Benthien Cavichiolo

    Hospital da Cruz Vermelha Filial do Paran, Curitiba, PR, Brasil

    Apresentao do Caso: Sexo feminino, 12 anos de idade, encaminhada paraotorrinolaringologiapormialgia,cefaleiaefebreh1dia.H20diaseminternamentohospitalarparatratamentoquimioterpicodeleucemialinfoideaguda.Aoexamefsico:edemaehiperemiaocularesquerdaelesohiperemiadaenecrticaempalatoduro.Diagnosticadacomceluliteperiorbitriapr-septalesquerdaepansinusitedeprovveletiologiafngica.Foisubmetidamaxilectomia,etmoidectomiaeesfenoidectomiaesquerdacomdesbridamentodetecidonecrtico.Oanatomopatolgicoevidenciou:mucormicose fngica. Realizou tratamento com anfotericina B, apresentou melhora dos sintomas. Permanece em acompanhamento ambulatorial.

    Discusso: Mucormicose uma infeco oportunista rara, sendo a doena fngica aguda mais fatal para o ser humano. Causada por fungos da ordem Mucorales, apresenta potencial invasor com rpida disseminao angiognica em pacientes imunossuprimidos. Fatores de risco: doenas hematolgicas, transplanteshematopoiticos, diabetes mellitus descompensada, sobrecarga de ferro, usoprolongado de corticosteroides. Como no caso relatado, doenas hematolgicascorrespondema60%doscasos.Podemanifestar-seemrgoscomopulmo,pele,sistema gastrointestinal, rinocerebral ou na forma disseminada. A mucormicoserinocerebral,comoapresentadapelapacientedescrita,amaisfrequente,afligindoprincipalmente nariz e seios paranasais. De incio agudo e clinicamente semelhante a sinusite ou celulite periorbitaria. Pode disseminar-se para rbita, seios paranasais e cavidadeoral, formandolcera necrtica empalato duro, comoocorreu no casorelatado. O diagnstico definitivo histopatolgico. Tomografia computadorizadae ressonncia magntica so necessrios para definio da extenso das leses eplanejamento cirrgico. No existe consenso sobre tratamento ideal, preconiza-sediagnstico precoce, retirada dos fatores predisponentes, desbridamento cirrgicoamploe tratamentoantifngicoeficaz.AanfotericinaB lipossomalmedicaodeescolha.

    Consideraes Finais:Faltadesuspeitaclnicae limitaesdiagnsticascontribuemparaque50%dosdiagnsticossejampost mortem. Desse modo, deve-se atentar para lesesnecrticasnasaiseempalato,principalmenteemimunocomprometidos.

  • 664 Anais do 47 Congresso da ABORL-CCF - 2017

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    P 631 RELATO DE CASO: OSTEOMA E DISPLASIA FIBROSA

    Gabriel Matos, Ana Paula Assuno Ceclio, Beatriz Villano Krentz, Henrique de Mello Barletta, Guilherme Bonadia Bueno de Moraes, Fernando Veiga Angelico Junior, Priscila Bogar

    Faculdade de Medicina do ABC, Santo Andr, SP, Brasil

    Apresentao do Caso:R.R.R.F.,sexofeminino,18anos,emacompanhamentocomaEquipedaOrtopediaporcistosseoaneurismticoemregiodeacetbuloesquerdo(sem sinais de malignidade). Queixa de obstruo nasal, pior direita, coriza eprurido nasal. Referia dor em regio de osso nasal direita e alterao da acuidade visual.Comoantecedentes,pacienteasmticaealergiamedicamentosaaAINEs.Nanasofibroscopia, visualizada hipertrofia de cornetos inferiores bilateralmente, semlesesoudemaisalteraes.Emexamedetomografiacomputadorizadadeseiosdaface,visualizadaformaoexpansivaetmoidaldireita,comcaractersticasradiolgicasde baixa agressividade, sugestiva de osteoma e displasia fibrosa. Em cintilografia,evidenciadoaumentoacentuadodaatividadeosteoblsticanaregiomedialdarbitadireita.Optou-seporrealizarturbinectomiainferiorbilateralcomturbinoplastiamdiabilateral e acompanhamento da leso ssea.

    Discusso: Osteoma e displasia fibrosa compreendem tumores benignos dos seiosparanasais. Osteoma a neoplasia mais frequente dos seios paranasais, sendo mais comum o acometimento de ossos frontais e etmoidal e incidncia maiorno sexo masculino e nas terceira e quarta dcadas de vida. Por sua vez, a displasia fibrosadoenamenoscomum,queacometeprincipalmenteosexofeminino,commaior incidncia em crianas e adolescentes. Ambas as afeces tm crescimentolentoeassintomtico.Porm,deacordocomasua localizao,podemresultaremcomplicaes por efeito compressivo. Em exame tomogrfico de seios da face, osachados radiolgicos so distintos, imagem de vidro fosco na displasia fibrosa eleso hiperdensa no osteoma. O exame anatomopatolgico usado para realizao de diagnsticodiferencial.

    Consideraes Finais: Os achados tomogrficos sugerem concomitncia das duaslesesecasossemelhantesnoforamdescritosnaliteratura.Apesardeodiagnsticoser realizado por anatomopatolgico, este no foi realizado por recusa da paciente.

  • Anais do 47 Congresso da ABORL-CCF - 2017 665

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    P 632 RELATO DE CASO: RABDOMIOSSARCOMA ALVEOLAR DE SEIO MAXILAR EM PACIENTE ADULTO

    Stela Oliveira Rodrigues, Marina Ferraz Gontijo Soares, Raissa Camelo Valletta, Claudiney Candido Costa, Hugo Valter Lisboa Ramos, Leandro Azevedo Carmargo, Jos Neto Ribeiro Souza

    Universidade Federal de Gois, Goinia, GO, Brasil

    Apresentao do Caso:Pacientedosexofeminino,49anos,foiatendidanopronto-atendimento do Hospital das Clnicas da UFG, queixando-se de edema e dor emhemiface, especialmente na regio maxilar. Incio dos sintomas datava de um ms, aps umprocedimentodentrio.Aoexamefsico,proptoseoculareabaulamentofacialforamobservados.Porqueixar-sedeobstruonasal,umafibronasovideolaringoscopia foirealizada,percebendoumamassanacavidadenasaldireita.Atomografiaevidencioutumorao no seio maxilar, erodindo limites sseos, invadindo rbita, cavidade nasal e regio pr-maxilar. A bipsia revelou se tratar de um rabdomiossarcoma alveolar e, aps, a paciente foi encaminhada para realizao de quimioradioterapia neoadjuvante.

    Discusso: O rabdomiossarcoma o tumor mais comum dos tecidos moles, afetando principalmente a cabea e o pescoo, especialmente em crianas e adolescentes. Estetipodetumorrelativamenteraronapopulaoadultaepodeserdivididoemsubtipos:embrionrio,alveolarepleomrfico.Apsodiagnstico(usandoexamesdeimagemebipsia),aterapiamultimodalindicada.Oprognsticovarivel,sendopiornosstiosparamenngeos.Ostumoresmalignosdosseiosparanasaissorarose,entreos subtiposhistolgicos,o rabdomiossarcoma temumaprevalncia reduzida.No entanto, eles so tumores agressivos e, quando em adultos e subtipo alveolar,apresentampiorprognstico.A imagemeabipsiaem tempohbil soessenciaisparaaumentaraschancesdesucessoteraputico.Umahistriademassanasalemrpida evoluo deve estar alerta para tumores malignos, especialmente porque no h fatores de risco estabelecidos para casos de rabdomiossarcoma, com exceo da gentica.

    Consideraes Finais: Embora raro, o rabdomiossarcoma nos seios paranasais umtipode cncer parao qual os otorrinolaringologistas devemestar alertas. Comagressividade e s vezes commau prognstico, torna-se fundamental ter suspeitaclnicadediagnsticorpidoparainstituiodetratamentoadequado.

  • 666 Anais do 47 Congresso da ABORL-CCF - 2017

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    P 633 RELATO DE CASO: RINOSSINUSITE FNGICA INVASIVA EM PACIENTE COM LEUCEMIA AGUDA

    Lucas Spina, Dndara Bernardo Siqueira, Camila S de Melo Campos, Tamires Ferreira Siqueira, Cintia Vanette, Gustavo Mercuri, Renata Mizusaki Iyomasa

    Faculdade de Medicina de Botucatu UNESP, Botucatu, SP, Brasil

    Apresentao do Caso: T.J.A.S, feminino, 20 anos, purpara, em investigao deleucemiaaguda.Queixadeepistaxeautolimitadaporfossanasalesquerda.Aoexamefsico inicial,massadeaspectofibrtico, endurecida, infiltradano soalhoe cornetoinferior esquerda. Apresentou edema palpebral inferior e eritema na hemiface esquerda. Tomografia de seios da face no revelou alteraes caractersticas derinossinusite fngica,mashaviaobstruodocomplexostiomeatalesquerdopelamassada fossanasal ipsilateral.Optou-sepor realizaodeFESS,para liberaodocomplexo stiomeatal e bipsia de corneto inferior. Resultado anatomopatolgicorevelouinfiltraoporleucemiaaguda,sugestivodeneoplasiadeclulasdendrticasplasmocitoides blsticas. Cultura positiva para Fusarium spp e Cunninghamella bertholleti ae. Paciente tratada com anfotericina B e manteve quimioterapia, com evoluosatisfatriadoquadro(regressodossintomasclnicos).

    Discusso: A rinossinusite fngica invasiva uma infeco frequentemente fatal (mortalidade entre 20 e 30%) e acomete, quase exclusivamente, pacientesimunodeprimidos. Pode ser causada por diferentes espcies de fungos, dentre eles Zygomycetes e Aspergillus. Sinais e sintomas incluem: obstruo nasal, rinorreia, dor eedema facial, cefaleia, sintomasoftalmolgicos, crostas e granulaesdamucosanasal,bemcomotecidonecrtico.

    Consideraes Finais: A rinossinusite fngica invasiva deve ser diagnosticadaprecocemente para um desfecho favorvel. Apesar do progresso de mtodo de tratamento,mortalidadeaindaelevada,sendonecessriacolaboraomultidisciplinarpara interveno precoce em pacientes imunodeprimidos com suspeita da doena.

  • Anais do 47 Congresso da ABORL-CCF - 2017 667

    Rinologia / Base de Crnio Anterior

    P 634 RELATO DE CASO: SEPTOPLASTIA POR TCNICA EXTRACORPREA EM PACIENTE COM DESVIO DO SEPTO NASAL ANTERIOR, SINUOSO E OBSTRUTIVO

    Viviane Carvalho da Silva, Ulisses Meireles Filgueiras Filho, Aline Almeida Figueiredo Borsaro, Rodolfo Borsaro Bueno Jorge, Anna Caroline Rodrigues de Souza Matos, Clara Mota Randal Pompeu, Monique Barros Brito da Conceio

    Hospital Universitrio Walter Cantdio - Faculdade de Medicina Universidade Federal do Cear, Fortaleza, CE, Brasil

    Apresentao do Caso: Paciente de 41 anos referia obstruo nasal bilateral diariamente, mais importante direita, associada a coriza, prurido nasal e espirros. Realizoutratamentocomfluticasonatpicanasalcommelhoraapenasdossintomasirritativos. Nasofibroscopia evidenciou desvio do septo nasal sinuoso direita narea 2 para 4 de Cottle, obstrutivo, e caudal esquerda, conchas nasais inferioreshipertrficas 2+/4+. Optou-se por procedimento cirrgico com septoplastiaextracorpreae turbinoplastia.Na cirurgia foi realizada incisonobordo caudaldosepto com descolamento damucosa septal bilateral, inciso transfixante no septomembranosoeincisesintercartilaginosas,paraacessoaodorsonasal.Descolamentododorsonasalcartilaginosoedesinserodoseptocartilaginosodacristadamaxila.Incisosuperioreposteriornacartilagemseptalcomexresedaquasetotalidadedoseptocartilaginoso,preservandoumafitadecartilagemsuperioreareaK.Confecodenovoseptocartilaginosocomumacamadadecartilagememcadaladonaporosuperior (spreader graft bilateral), sutura com fio polipropileno, construindo-se um sulco posterossuperior para encaixe no septo nasal superior remanescente. Posicionamento do novo septo na linha mdia nasal, com sutura posterior, superior, nacristadamaxilaenoseptomembranoso.Turbinoplastiainferior.Nasofibroscopiaaps 30 dias do procedimento evidenciou septo nasal centrado e bom espaorespiratrio bilateral.

    Discusso: So descritas diversas tcnicas de septoplastia com resultados efetivos.As mais utilizadas so a de Killian, para desvios mdio-posteriores, Metzenbaummodificada,paradesvioscaudais,Cottle,parareadamaxila-pr-maxila,almdousodeenxertosdecartilagemparadesviosaltos.Aseptoplastiaextracorpreatemsidorealizada em desvios mais anteriores e complexos, que exigem uma reconstruo total dacartilagemseptal,comousemincrementocomenxertosseptais.

    Consideraes Finais: A septoplastia extracorprea com turbinoplastia mostrou-seefetiva,proporcionandomelhoradosintomaobstrutivonasalesatisfaoaopaciente.

  • 668 Anais do 47 Congresso da ABORL-CCF - 2017

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    P 635 RELATO DE CASO: SINUSOPATIA RECORRENTE COMO PRIMEIRO SINAL DE DOENA SISTMICA

    Tatiany Tiemi Yamamoto, Luis Fernando Melotti, Gustavo Pereira Lima Lang, Vanessa Lunelli, Tiago Braganholi da Silva, Ndio Atolini Jnior, Emlio Jonatas Muneroli

    Universidade Federal da Fronteira Sul/Hospital So Vicente de Paulo, Passo Fundo, RS, Brasil

    Apresentao do Caso:Homem,59anos, comquadrodesinusitesde repetiodelonga data resistentes aos tratamentos clnicos e cirrgicos. Evoluiu com piora do quadro,associando-sedispneia.Tomografiadetraxeabdmenapresentaramlesesnodulares e massas cavitadas bilateralmente, acentuado espessamento indeterminado retroperitoneal peri-aorto-caval abdominal e sinais de nefropatia obstrutiva esquerda. Realizada fibrobroncoscopia com bipsia e diagnosticada granulomatosedeWegener. Paciente inicou tratamento commethotrexatee imunossupresso.Noseguimento a mdio prazo, paciente no apresentou recidivas e relatou melhora dos sintomas acima citados.

    Discusso:AgranulomatosedeWegener(GW)doenausualmentedescritacomoumatradede leses:granulomanecrosantedo trato respiratrio,vasculitedisseminadadearterolasevnulasdemdiocalibreeglomerulonefrite.Oacometimentodeviasareassuperioresamanifestaoclnicamaisfrequente,estandopresenteem92%no decorrer do tempo. Podem ocorrer sinusite, rinorreia purulenta, lceras mucosas, crostas nasais, epistaxe e obstruo nasal. O envolvimento pulmonar ocorre em cercade45%doscasosnoinciodadoenaeentre66%.Odiagnsticobaseadoemcritrios clnicos, radiolgicos, sorolgicos e anatomopatolgicos. As formas estveis devem receber o tratamento convencional com prednisona 1 mg/kg/dia por quatro a seissemanas,comretiradalenta.Deve-seassociarciclofosfamida,cujadosedeverserajustadadeacordocomonmerodelinfcitos.Metotrexatooutraopoteraputicapara pacientes refratrios ou com efeitos da toxicidade da ciclofosfamida.

    Consideraes Finais:GranulomatosedeWegenerumadoenasistmicaidiopticarara, imunologicamente mediada, caracterizada por acometer as pequenas artrias dostratosrespiratriossuperioreinferioredorim,provocandoreaoinflamatriacom necrose, formao de granuloma e vasculite nestes rgos. Este caso ilustra a importncia da suspeio de causas secundrias frente a um paciente com evoluo atpica.

  • Anais do 47 Congresso da ABORL-CCF - 2017 669

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    P 636 RELATO DE CASO: TUMOR NASOSSINUSAL RARO

    Flavianne Mikaelle dos Santos Silveira, Carolina da Fonseca Barbosa, Jssica Maia Couto, Alessandro Fernandes Guimares, Maria Julia Abro Issa, Roberto Eustquio Santos Guimares, Flvio Barbosa Nunes

    Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, MG, Brasil

    Apresentao do Caso: Paciente, sexo feminino, 41 anos, iniciou h 1 ano quadro de obstruo nasal bilateral, pior direita, rinorreia e epistaxe intermitente de pequeno volume. Ao exame, apresentava massa em fossa nasal direita, com rechaamento do septo para esquerda, alargamento e deformidade de piramide nasal. TC de seios da face: preenchimento de fossas nasais com material de densidade de partes moles e destruio ssea de septo nasal, velamento de todos os seios paranasais direita.Realizadabipsiaambulatorial,queveio sugestivade rinoscleroma, iniciadotratamentoclnicocomciprofloxacinoeencaminhadopacienteparadesbridamentocirrgico. Realizada cirurgia, com resseco ampla de leso at base de crnio e enviado material para anatomopatolgico. Resultado da histopatologia compatvelcomestesioneuroblastomagrauIIIdeHyams,encaminhado,portanto,pacientepararadioterapiaesolicitadasTCERNMdecontroleps-operatrios.

    Discusso: Estesioneuroblastoma uma neoplasia rara, representa 3 a 6% dostumores nasais, origina-se no epitlio olfativo e frequentemente confundidacomoutros tumores.Nohdiferenaentreos sexos, sendomais comumentreasegundaesextadcadadevida.Sintomasgeralmentesoinespecficos,semelhantesaoutrasafecesnasais.Asuspeiodiagnsticafeitapormeiodeexameclnicoede imagem,aconfirmao feitaatravsdehistopatologia.Tratamentoemgeralcirrgico associado a radioterapia adjuvante.

    Consideraes Finais: O estesioneuroblastoma um tumor maligno raro com comportamentoagressivoealtataxaderecidivalocal(50%).Temsobrevidavarivela depender do grau histolgico do tumor ao diagnstico, se recidiva, esta caisignificativamente.Portanto,degrandevaliaodiagnsticoprecoceeumseguimentominucioso.

  • 670 Anais do 47 Congresso da ABORL-CCF - 2017

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    P 638 RESSECO ENDOSCPICA COM DENKER MODIFICADO DE UM CONDROMA NASAL

    Yuri Rodrigues Rocha, Erika Ferreira Gomes, Antonio Serra Lopes Filho, Isnara Mara Freitas Pimentel, Debora Lilian Nascimento Lima, Juliana Teixeira de Souza, Bruno Teixeira

    Hospital Geral de Fortaleza, Fortaleza, CE, Brasil

    Apresentao do Caso: Paciente, 44 anos de idade, foi internada devido massa tumoral que levava a um quadro de obstruo nasal desde a infncia bilateral associada rinorreiaecrisesesternutatrias.Atomografiacomputadorizadaevidenciouextensaleso de aspecto osteoltica em fossa nasal esquerda invadindo clulas etmoidais,seiosesfenoidais,lminapapirceaeassoalhodaselatrcicamedindocerca6,2x5,2cm.FoirealizadacirurgiapeloserviodeOtorrinolaringologia,comohistopatolgicoconfirmandocondromanasal.

    Discusso: O condroma est inserido dentro de grupo heterogneo de tumores esquelticosqueacometeonariz; podedesenvolver-seemqualquer local do tratonasossinusal e nasofaringe. considerada uma neoplasia benigna que se origina de qualquercartilagem.Nonarizenosseiosparanasais,aorigemmaisfrequentenoetmoide(50%)seguidopeloseiomaxilar(17%).Geralmente,acometesexomasculino,entre 40 e 60 anos, manifestando-se principalmente com obstruo nasal uni ou bilateral, de forma progressiva e constante associado rinorreia anterior e/ou posterior queseexacerbacomquadrosinfecciosos.Odiagnsticobaseadonahistriaclnicaassociado a exames de imagens, histopatolgico e imunohistoqumica. O tratamento padro ouro a cirurgia. O condroma nasal , portanto, um tumor benigno, de crescimento agressivo, cuja diferena para tumores malignos desta linhagens incompletamente definida, em especial os condrossarcomas bem diferenciados,devendoasressecessermaisagressivasparatentarevitarrecidivas.

    Consideraes Finais: Neste caso, foi realizada uma maxilectomia endoscpica(Denkermodificado), resseco craniofacial do tumor, sinusectomiamaxilar direito,etmoidectomia bilateral e esfenoidectomia bilateral. Revisamos a literatura sobre o assuntocom foconosaspectosgeraiseabordagemteraputica,poisapesarde serumaentidaderaranacavidadenasal,podetrazermorbimortalidadeparaospacientesacometidos,sendoimportanteodiagnsticoprecocedestaafeco.

  • Anais do 47 Congresso da ABORL-CCF - 2017 671

    Rinologia / Base de Crnio Anterior

    P 639 RESSECO ENDOSCPICA COMPLETA DE UM HARMATOMA NASAL

    Andressa Rolim Freitas, Yuri Rodrigues Rocha, Erika Ferreira Gomes, Antonio Serra Lopes Filho, Isnara Mara Freitas Pimentel, Debora Lilian Nascimento Lima, Camila Gabriella da Silva Queiroz

    Hospital Geral de Fortaleza, Fortaleza, CE, Brasil

    Apresentao do Caso: Paciente, 67 anos, com quadro de epistaxe em fossa nasal esquerda associada obstruo nasal ipsilateral. rinoscopia anterior, havia leso ocupando toda a fossa nasal esquerda. A TC de seios da face apresentou tumorao centralizada sobre o septo nasal, obliterando os recessos esfenoetmoidais bilateral medindo 3,4x2,5 cm. A histopatologia da bipsia incisional foi consistente com odiagnstico de papiloma escamoso invertido ulcerado. Programada a ressecoendoscpica do tumor. O estudo da pea cirrgica confirmou o diagnstico dehamartoma adenomatoide epitelial respiratrio.

    Discusso: Hamartomas so leses benignas e raras na regio nasossinusal. Soclassificadas como epiteliais (mais comum),mesenquimais emistas. Amaioria doscasos ocorre em homens entre 30 a 90 anos. Geralmente, originam-se do septoposterior,masalgunscasossurgemdafissuraolfatria,meatomdio,conchainferioreseios da face. Os sintomas mais comuns so obstruo nasal, epistaxe, rinorreia, desvio desepto,sinusitecrnica,dorfacial,proptoseehiposmia.Oachadoradiolgicomaiscomumaopacificaodosseiosesualigaocomosepto.Alesotemcrescimentolento, fazendo uma expanso do osso, ao invs de erodi-lo. A histologia se caracteriza pela presena de proliferao glandular, com uma aparncia polipoide, edema do estroma e um processo inflamatrio. Alteraes displsicas e neoplsicas no soobservadas,pormpapilomasinvertidosetumorfibrosopodemestarassociados.Aimunohistoqumicanoutilizadarotineiramenteparaodiagnstico.Otratamentocirrgico considerado o padro ouro de tratamento.

    Consideraes Finais: Neste caso, foi realizada a resseco endoscpica do tumor,sendo realizada sinusectomia maxilar, etmoidal e esfenoidal bilateral, alm de exrese parcialdoseptonasaldevidoinfiltraopelotumor.Revisamosaliteraturasobreoassuntocomfoconosaspectosgeraiseabordagemteraputica,poistalafecopodetrazergrandemorbimortalidadeparaospacientesacometidos.

  • 672 Anais do 47 Congresso da ABORL-CCF - 2017

    Rinologia / Base de Crnio Anterior

    P 640 RESSECO ENDOSCPICA COMPLETA DE UM HEMANGIOPERICITOMA NASAL

    Andressa Rolim Freitas, Yuri Rodrigues Rocha, Erika Ferreira Gomes, Antonio Serra Lopes Filho, Isnara Mara Freitas Pimentel, Camila Gabriella da Silva Queiroz, Debora Lilian Nascimento Lima

    Hospital Geral de Fortaleza, Fortaleza, CE, Brasil

    Apresentao do Caso:Paciente,50anos,comhistriadedisfagiae globus farngeo h3meses.Anasofibroscopiamostrou lesoeritematosaemseptonasaleconchamdiaesquerda.TC,haviandulo slido,polipoide,medindo2,5 x1,2 x2,1 cm;realizada a resseco endoscpica do tumor. O histopatolgico apresentou mucosa respiratria com proliferao neoplsica, composta por clulas epitelioides e com ausncia de atividade mittica ou necrose sugestivo para papiloma invertido. Aimunohistoqumica, positiva para Ki-67, CD34 e actina msculo liso, favoreceu odiagnsticodehemangiopericitomanasossinusal.Onovoexamedeimagemevidenciouleso captante de contraste parasseptal, sendo realizada nova abordagem cirrgica.

    Discusso: O hemangiopericitoma nasossinusal pode se comportar como benigno ou maligno. Apesar da etiologia desconhecida, vrias fatores tm sido sugeridos:hipertenso, desequilbrio metablico ou hormonal e trauma. Acometem principalmentepacientesentreasextaestimadcadasdevidaemambosossexos,e o quadro clnico predominante a obstruo nasal unilateral e/ou epistaxe, com lesodeaspectopolipoide.Natomografia,osachadossogeralmenteinespecficos,apresentando leso unilateral no calcificada. Figuras mitticas so imperceptveise necrose ausente. No apresenta marcadores imunohistoqumicos especficos.Os hemangiopericitomas nasossinusais so, na maioria das vezes, indolentes e com excelenteprognsticoapscompletaresseco,comtaxasdesobrevidaacimade90%em5anos.Otratamentocirrgicoodeescolha.Aquimioterapiaconsideradaparao controle do tumor maligno e metstases. A radioterapia reservada para tumores irressecveis e recorrentes.

    Consideraes Finais: Neste caso, foi realizada a resseco endoscpica do tumorcometmoidectomiaposterior,sinusotomiaesfenoidal,cauterizaodaesfenopalatinaesquerdaecorreodefstulaliquricaintraoperatria.Revisamostambmaliteraturasobreoassuntocomfoconosaspectosgeraiseabordagemteraputica,poisapesardeserumaentidaderaranacavidadenasal,podetrazergrandemorbimortalidadeparaospacientesacometidos.

  • Anais do 47 Congresso da ABORL-CCF - 2017 673

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    P 641 RESSECO ENDOSCPICA DE UM TUMOR DE ROSAI DORFMAN NASAL EM DOIS TEMPOS: RELATO DE CASO

    Antonio Serra Lopes Filho, Yuri Rodrigues Rocha, Isnara Mara Freitas Pimentel, Bruno Alves Teixeira, Debora Lilian Nascimento Lima, Juliana Teixeira de Souza, Erika Ferreira Gomes

    Hospital Geral de Fortaleza, Fortaleza, CE, Brasil

    Apresentao do Caso: Paciente, 35 anos, comquadrodeepfora, proptoseoculare alterao do campo visual temporal direita. Procurou oftalmologista quesolicitou uma tomografia, evidenciando formao expansiva com origem em seiomaxilar direito e extenso para a cavidade nasal e rbita ipsilateral. Encaminhado para Otorrinolaringologista, onde realizou bipsia que apresentou histiocitose comemperipolese. Solicitada imunohistoqumica, sendo positiva para CD68 e S100 enegativa para CD1A, compatvel com Rosai Dorfman. Realizada, ento, ressecoendoscpica em dois tempos, sendo o primeiro da parte nasossinusal e o segundo da poro orbitria intracoanal. Durante a avaliao do paciente, no foram encontrados indcios de doena sistmica, sendo essa rara entidade diagnosticadaaps o histopatolgico e imunohistoqumica. A cirurgia endoscpica obteve sucesso em ressecar todo o tumor.

    Discusso: A doena de RosaiDorfman uma entidade clnica idioptica, benigna,raraecaracterizadaporproliferaoprimriadehisticitosnossinusoideslinfonodais.A apresentao clnica mais comum adenomegalia volumosa bilateral em cadeias cervicais, alm de febre, perda de peso e leucocitose. Pode haver acomentimentoextranodalemcercade25%doscasos,sendoonasossinusaleoderbitaumdeles,podendo causar obstruo nasal, epfora, proptose ocular e alterao visual. O diagnsticorealizadopormeiodeexamehistopatolgicoedaimunohistoqumica.O arsenal teraputico inclui corticoterapia, quimioterapia, radioterapia e cirurgia,comoporexemploatotalmenteendoscpica.Nocaso,foirealizadaumamaxilectomiaendoscpica pr-lacrimal direita com resseco parcial do tumor, pois havia leso invadindo lmina papircea com suspeita de malignidade, optando-se por aguardar novohistopatolgicoparaconfirmaodiagnstica.ComaconfirmaodedoenadeRosai-Dorfman, foi programada outra abordagem cirrgica.

    Consideraes Finais: O caso chama ateno pela raridade do tumor, alm do sucesso da abordagem totalmente endoscpica da leso em dois tempos, evitando cicatrizes na face e melhorando a qualidade do ps-operatrio.

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    P 642 RESSECO ENDOSCPICA TRANSCRIBIFORME DE CARCINOMA NEUROENDCRINO NASAL APS EMBOLIZAO

    Yuri Rodrigues Rocha, Erika Ferreira Gomes, Debora Lilian Nascimento Lima, Isnara Mara Freitas Pimentel, Camila Gabriella da Silva Queiroz, Andressa Rolim Freitas, Juliana Texeira de Souza

    Hospital Geral de Fortaleza, Fortaleza, CE, Brasil

    Apresentao do Caso:Paciente,52anos,comquadrosrecorrentesdeepistaxeemfossa nasal esquerda associada obstruo nasal e descarga ps-nasal de secreo hialina. Na nasofibroscopia, observou-se leso frivel ocupando 2/3 da FNE. A TCde seios paranasais mostrou processo expansivo ocupando 2/3 superiores da FNEprovocando descontinuidade da placa cribiforme e das paredes da fvea etmoidal.Foi, ento, realizada a bipsia, cujo resultado histopatolgico em conjunto com aimunohistoqumicarevelouodiagnsticodecarcinomaneuroendcrinodepequenasclulas, sendo programada cirurgia aps embolizao.

    Discusso: No acesso transcribiforme, remove-se o osso da base do crnio parapoder visualizar o tecido cerebral, crista-galli e foice cerebral. O limite posterior desta abordagem a artria etmoidal posterior. Na cavidade nasal, o carcinomaneuroendcrino extremamente raro, representando aproximadamente 5% dasneoplasiasnasossinusais.AOMS,em2005,classificouos tumoresneuroendcrinoscomotumorcarcinoidetpico,carcinoideatpico,carcinomaepidermoidedeclulaspequenas(omaiscomum)ecarcinomaneuroendcrinonoespecificado.Ocarcinomaneuroendcrinodepequenasclulastemumaincidnciade0,73casospor100.000habitantes,sendomaiscomumnohomem.Notempredileoracialougeogrficaesemassociaocomfumo.Afaixaetriade26a77anos.Apresentamsinaisclnicosinespecficos como obstruo nasal, rinorreia, epistaxe, hiposmia e diminuio daacuidadevisual.ATCdosseiosdafacepodeajudaradiagnosticaranaturezamalignado tumoreaRNMmelhoraadiferenciaoentre reao inflamatria, retenodetumor e lquidos. Dada quimiossensibilidade do carcinoma neuroendcrino, a quimioterapia neoadjuvante seguida de quimiorradiamento ou cirurgia e radioterapia ps-operatria promissora para o manejo ideal do tumor.

    Consideraes Finais:Nestecasofoirealizadaaressecoendoscpicatranscribiformedo tumor nasal esquerdo + ligadura da artria etmoidal anterior esquerda + reconstruo do teto orbitrio com gordura e fscia lata.

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    Rinologia / Base de Crnio Anterior

    P 643 RESSECO ENDOSCPICA TRANSCRIBIFORME DE SCHAWANOMA NASAL

    Yuri Rodrigues Rocha, Erika Ferreira Gomes, Isnara Mara Freitas Pimentel, Camila Gabriella da Silva Queiroz, Debora Lilian Nascimento Lima, Andressa Rolim Freitas, Juliana Texeira de Souza

    Hospital Geral de Fortaleza, Fortaleza, CE, Brasil

    Apresentao do Caso: Paciente, 64 anos, com quadro de obstruo nasal bilateral, mais acentuada direita, associada a episdios de sangramento nasal, anosmia e secreo esbranquiada pelo nariz. Paciente relatava ainda protuso do globo ocular esquerdoeperdatotaldavisonomesmoolho.ARNMmostravalesoexpansivacomepicentro na lmina do etmoide estendendo-se para o interior do crnio. Realizou, ento,bipsianoambulatriodaORLdoHGF,cujoresultadohistopatolgicoeperfilimunohistoqumicoconfirmaramo resultadode schawanomanasal, sendo indicadocirurgia.

    Discusso: A abordagem transcricriforme predominantemente utilizada para ofechamento de defeitos de base craniana com vazamentos de LCR, encefaloceles, meningoceles e para a remoo de neoplasias benignas e malignas da cavidade nasal. Schawanoma um tumor benigno raro, de crescimento lento e geralmente encapsulado. Eles tm origem nas clulas de Schwann da bainha do nervo perifrico, tipicamentenaprimeiradivisodonervotrigmeo,oudegngliosautonmicos,mastambm pode se originar em qualquer outro nervo craniano, com exceo dos nervos pticoseolfatrios,quenopossuemclulasdeSchwann.Embriologicamente,tmorigemneuroectoderma.Somaisfrequentesnaregiodacabeaepescoo(25-45%doscasos).Aproximadamente4%destaslesesdacabeaedopescooenvolvemascavidadesnasaiseparanasaiscomumaincidnciade1em3.000.Nohpredileosexualouracial,ocorrendoprincipalmenteentre25a55anosOssintomasmaiscomunsdo schwanoma nasossinusal so: obstruo nasal unilateral, epistaxes, hiposmia e dor facial. Os exames de imagem so usados para avaliar a extenso da leso e suas relaesanatmicas,proporcionandooplanejamentoteraputico.Otratamentodeescolha consiste na resseco cirrgica completa do tumor.

    Consideraes Finais: Neste caso, foi realizada uma resseco craniofacial viaendoscpica (transcribiforme) mais sinusectomia frontal bilateral (Draf 3) maissinusectomia maxilar endoscpica bilateral.

  • 676 Anais do 47 Congresso da ABORL-CCF - 2017

    Rinologia / Base de Crnio Anterior

    P 644 RESSECO ENDOSCPICA TRANSCRIBIFORME DE UM CARCINOMA DE NASOFARINGE

    Yuri Rodrigues Rocha, Erika Ferreira Gomes, Isnara Mara Freitas Pimentel, Juliana Teixeira de Souza, Camila Gabriella da Silva Queiroz

    Hospital Geral de Fortaleza, Fortaleza, CE, Brasil

    Apresentao do Caso: Paciente,28anos,comhistoriadeobstruonasaleepixtaxenafossanasaldireitah2anos.Narinoscopiaanterior,notava-seapresenademassaocupandoafossanasaldireita.Abipsiafoicompatvelcomcarcinomadenasofaringeno queratinizado pouco diferenciado com invaso de rbita, sendo