anais comuopar - 2019

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ANAIS DO III CONGRESSO MÉDICO UNIVERSITÁRIO DO OESTE DO PARANÁ – doi.org/10.35984/fjh.v1i3.121 FAG Journal of Health – ISSN 2674-550X, 2019, v.1, n.3, p.1 ANAIS – COMUOPAR - 2019 FAG JOURNAL OF HEALTH (2019) v.1, n.3

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ANAIS DO III CONGRESSO MÉDICO UNIVERSITÁRIO DO OESTE DO PARANÁ – doi.org/10.35984/fjh.v1i3.121

FAG Journal of Health – ISSN 2674-550X, 2019, v.1, n.3, p.1

ANAIS – COMUOPAR - 2019

FAG JOURNAL OF HEALTH (2019) v.1, n.3

ANAIS DO III CONGRESSO MÉDICO UNIVERSITÁRIO DO OESTE DO PARANÁ – doi.org/10.35984/fjh.v1i3.121

FAG Journal of Health – ISSN 2674-550X, 2019, v.1, n.3, p.2

SUMÁRIO DE TRABALHOS

Autores TRABALHO PÁGINA

Adriana Romão, Andrey Felipe De Carvalho Pinheiro, Bárbara Salvador Carvalhais, Cláudia Gregorini Silva, Thales Lima Lopes

ÉTICA E PERSPECTIVAS ATUAIS 12

Alexandre Cerqueira Caldas Corrêa, Marcelo Silva Melo Silva, Mariana Oliveira Mourão, Pietra Petry Romano

A PROGRESSÃO DA TERAPIA PSICOFARMACOLÓGICA PARA TRANSTORNO DO PÂNICO: UMA REVISÃO DE

LITERATURA 13

Aléxia Degasperin Voigt, Ana Julia Silva Rodrigues, Ana Carolina De Quadros, Karla Mulinari Vicini, Luana Turmina, Marithza Mayumi Hata, Rita De Cássia Vasconcelos Dos Santos

NÚMEROS E PROPORÇÕES DE ÓBITOS POR DOENÇAS RESPIRATÓRIAS CRÔNICAS NO PARANÁ DE 2008-2017,

SEGUNDO VARIÁVEIS DEMOGRÁFICAS 14

Amabile Andreetta, Vinícius Augusto Wiggers, Ana Claudia Paiva Alegre-Maller

VÍRUS ONCOLÍTICOS: UMA NOVA TERAPIA CONTRA O CÂNCER

15

Amanda Vescovi, Eduarda Simon, Vinícius De Sousa Morais, Juliano Karvat De Oliveira, Larissa Kerr De Araujo Sodré

DESCRIÇÃO DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DO CÂNCER DE ESTÔMAGO EM RELAÇÃO AO TIPO HISTOLÓGICO NO

PERÍODO ENTRE OS ANOS DE 2010 E 2017, COMPARANDO-SE A CIDADE DE CASCAVEL-PR COM O

ESTADO DO PARANÁ

16

Ana Carolina Hofmam, Luiza Andriolo

APRESENTAÇÃO ATÍPICA DE UM CARCINOMA BASOCELULAR – RELATO DE CASO

17

Ana Carolina Mendes De Souza, Ian Siqueira Araújo Câmara, Nathalia Sbardellini Sidou Ponte, Rafael Augusto Dos Santos Ramos, Vitor Rodrigues Guimarães, Vitória Amaral Araújo Barcelos, Naira Coutinho Oliveira Rocha

ARTRITE SÉPTICA E SUAS COMPLICAÇÕES SISTÊMICAS 18

Ana Caroline Boschetti, Gustavo Da Silva Cavasin

EMERGÊNCIA PEDIÁTRICA: IDENTIFICAÇÃO DA CRISE HIPOGLICÊMICA NA INFÂNCIA

19

Ana Flávia Mendonça Fiori, Paula Carolina Mocelin, Rodrigo Nicácio

PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM GESTANTE: DESAFIO PARA AS EQUIPES DE EMERGÊNCIA - RELATO

DE CASO 20

Ana Julia Silva Rodrigues, Aléxia Degasperin Voigt, Ana Carolina De Quadros, Jorides Zoratto Neto, Karla Mulinari Vicini, Luana Turmina, Marithza Mayumi Hata

NÚMEROS E PROPORÇOES DE ÓBITOS POR DOENÇAS ISQUÊMICAS DO CORAÇÃO NO PARANÁ: UMA ANÁLISE

RETROSPECTIVA DE 2008-2017

Ana Maria De Brida Spillere, Lucas Felipe Silva Pina, Nathália Gonçalves Silva, Brunno Mehreti Moleta, Elisa Neves Neder, Daniel Ferreira Rezende

PROFILAXIA DA TROMBOSE VENOSA PROFUNDA NA DERMOLIPECTOMIA ABDOMINAL

21

Ana Maria De Freitas Marques

REVISÃO DE LITERATURA SOBRE O ARTIGO TERAPIA ANTITROMBÓTICA APÓS SÍNDROME CORONARIANA

AGUDA OU ICP NA FIBRILAÇÃO ATRIAL, ESTUDO AUGUSTUS

22

Andressa Pinheiro Valcanover, Ana Carolina Maziero Regiani, Eduarda Luiza Menegol Kucmanski, Edmund Bergson Sabka, Renan Moreira, Rene Augusto Weirich,

CARCINOMA DE CÓRTEX ADRENAL – UM RELATO DE CASO

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ANAIS DO III CONGRESSO MÉDICO UNIVERSITÁRIO DO OESTE DO PARANÁ – doi.org/10.35984/fjh.v1i3.121

FAG Journal of Health – ISSN 2674-550X, 2019, v.1, n.3, p.3

Autores TRABALHO PÁGINA

Carmem Maria Costa Mendonça Fiori Andressa Pinheiro Valcanover, Ana Carolina Maziero Regiani, Eduarda Luiza Menegol Kucmanski, Edmund Bergson Sabka, Renan Moreira, Rene Augusto Weirich, Carmem Maria Costa Mendonça Fiori

RABDOMIOSSARCOMA EMBRIONÁRIO ABDOMINAL – UM RELATO DE CASO

24

Andrey Felipe De Carvalho Pinheiro, Eron Celant Espindola, Jorge Saad, Kelson Rodrigues Carvalho, Marcio Luiz Costa, Roger Marquez Luz, Ronaldo Rêgo Rodrigues

LIPOMAS EM LOCAIS INCOMUNS – RELATO DE CASO: ASPECTOS DE IMAGEM E ANATOMOPATÓGICO DE

LIPOMA NA INCISURA ESPINOGLENOIDAL 26

Augusto Manfredi, Taís Bersot INÍCIO SOMBRIO COM DESFECHO FAVORÁVEL, UM TRAUMA OCULAR NA INFÂNCIA – RELATO DE CASO

27

Bárbara Biffi Gabardo, João Pedro Zanatta, Layane Sanches Fernandes, Thayrine Anissa Martinazo, Luiza Trevisan Reolon, Rita De Cássia Vasconcelos Dos Santos, Renato Endler Iachinski

CARACTERÍSTICAS DA ESCLEROSE MÚLTIPLA E PERFIL DOS PORTADORES

28

Bárbara Salvador Carvalhais, Adriana Romão, Andrey Felipe Carvalho, Cláudia Gregorini Silva, Isabella Cristina Rocha, Lucas Barbosa Reis, Thales Lima Lopes

A ABORDAGEM MULTIPROFISSIONAL NA URGÊNCIA E EMERGÊNCIA: RELEVÂNCIA E DESAFIOS

29

Bárbara Salvador Carvalhais, Camila Hoffmann Fritzen, Eduarda Mattar Villaca, Isabella Cristina Rocha, Lucas Barbosa Reis, Pamela Martarello, Thaís Westerich Izotton

A RELEVÂNCIA DA HIGIENE BUCAL NA REDUÇÃO DO ÍNDICE DE INFECÇÃO RESPIRATÓRIA EM PACIENTES DE

UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA 30

Barbara Salvador Carvalhais, Eduarda Mattar Villaca, Isabella Cristina Rocha, Lucas Barbosa Reis, Pamela Martarello, Thaís Westerich Izotton

O USO DO ÁCIDO TRANEXÂMICO NO CONTROLE CHOQUE HEMORRÁGICO TRAUMÁTICO

31

Brenda Izabelly Bernartt De Almeida, Daniela Zanella Grapegia, Larissa Kerr De Araujo Sodré

A URGÊNCIA DO RECONHECIMENTO DA REAÇÃO MEDICAMENTOSA COM EOSINOFILIA E SINTOMAS

SISTÊMICOS – DRESS EMERGENCIAL 32

Brenda Zappelini Pezzi, Lídia Yanka Hoffmann, Anna Semeniuk, Marcelo Caporal, Patrícia Mendonça

SÍNDROME DE GUILLAIN BARRÉ COMPLICANDO QUADRO DE TUBERCULOSE PULMONAR: RELATO DE

CASO

Bruna Larissa De Oliveira, Eduarda Xavier, Carlos Eduardo Castilho Leal

A POSSÍVEL INFLUÊNCIA DA VITAMINA D NA DOENÇA DE ALZHEIMER

33

Bruna Schuhmacher, Elaine Werncke, Jackson Augusto Bortolotti, Vitoria Marques Moreira, Victória Beatrice Diniz Silva

PREJUÍZOS FINANCEIROS PARA O ESTADO DECORRENTE AOS GASTOS COM ATENDIMENTOS DE

TRÂNSITO 35

Bruna Schuhmacher, Elaine Werncke, Jackson Augusto Bortolotti, Vitoria Marques Moreira, Victória Beatrice Diniz Silva

UMA REVISÃO SOBRE A INTERFERÊNCIA DA CANNABIS NAS ESTATÍSTICAS DE ACIDENTES DE TRÂNSITO

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ANAIS DO III CONGRESSO MÉDICO UNIVERSITÁRIO DO OESTE DO PARANÁ – doi.org/10.35984/fjh.v1i3.121

FAG Journal of Health – ISSN 2674-550X, 2019, v.1, n.3, p.4

Autores TRABALHO PÁGINA

Brunno Mehreti Moleta, Lucas Felipe Silva Pina, Nathália Gonçalves Silva, Elisa Neves Neder, Daniel Ferreira Rezende, Rodrigo Zuber Maciel, Diogo Cunha Lacerda

HANSENÍASE MULTIBACILAR COM DIAGNOSTICO INICIAL DE OLIGOARTRITE PERIFÉRICA ABRINDO CASO DE

VASCULÍTE– RELATO DE CASO

Bruno Meloti Brandão, Andrey Felipe de Carvalho Pinheiro, Bárbara Salvador Carvalhais, Adriana Romão, Cláudia Gregorini Silva, Thales Lima Lopes, Cairo Soares da Silva Lima

MENINGIOMA: RELATO DE CASO 36

Carolina Fagundes Dall'oglio, Daniela Schwartz Soares

AS PRINCIPAIS EMERGÊNCIAS ENDÓCRINAS EM PRONTO-SOCORRO: REVISÃO INTEGRATIVA

38

Carolina Milani, Gustavo Cesar Weyn

O TRANSPLANTE DE CÉLULAS TRONCO E A CURA DA AIDS

37

Cláudia Gregorini Silva, Adriana Romão, Andrey Felipe De Carvalho Pinheiro, Bárbara Salvador Carvalhais, Thales Lima Lopes

A PRÁTICA E OS BENEFÍCIOS DO EXERCÍCIO FÍSICO PARA PORTADORES DE DIABETES TIPO 2

39

Daniel Ferreira Rezende, Brunno Mehret Moleta, Elisa Neves Neder, Lucas Felipe Silva Pina, Nathália Gonçalves Silva, Ana Maria De Brida Spillere, Karla Ayumi Yamada

ANÁLISE DAS CONSEQUÊNCIAS NO PÓS-CIRÚRGICO DE LESÕES LIGAMENTARES DO JOELHO A PARTIR DA

RELAÇÃO COM O ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA (IMC) EM CRIANÇAS DO SEXO MASCULINO

40

Daniela Zanella Grapegia, Brenda Izabelly Bernartt De Almeida, Larissa Kerr De Araujo Sodré

MANEJO CLÍNICO EMERGENCIAL DA CRISE ÁLGICA EM PACIENTES PORTADORES DE ANEMIA FALCIFORME

43

Danielle Fernanda Miner De Oliveira, Letícia Giroldo Vieira

RELAÇÃO ENTRE A IRA E PACIENTES COM CÂNCER – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

41

Danielle Fernanda Miner De Oliveira, Letícia Giroldo Vieira, Bruna Stefanni Feliciano Smolinski

ABORDAGEM E CONSUDA À SEPSE GRAVE E AO CHOQUE SÉPTICO: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

42

Eduarda Luiza Menegol Kucmanski COBERTURA VACINAL PARA HPV NO MUNICÍPIO DE

CASCAVEL/PR 45

Eduarda Luiza Menegol Kucmanski, Isabela Magosso Da Silva

A PREVALÊNCIA DO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL EM MULHERES E SEUS FATORES INTRÍNSECOS

44

Eduarda Mattar Villaca, Bárbara Salvador Carvalhais, Isabella Cristina Rocha, Lucas Barbosa Reis, Pamela Martarello, Thaís Westerich Izotton

AFOGAMENTO INFANTIL: FATORES QUE INFLUENCIAM NO PROGNÓSTICO

46

Eduardo Morioka Bressanim, Bruno Zanardo Faggion, Julia De Paula Cordeiro, Lucas Brandalize Seguro, Augusto César Morioka Bressanim, Youssif Amir Nasr, Bruno Bibiano De Oliveira

ABORDAGEM CIRÚRGICA DE URGÊNCIA EM PACIENTE COM CERATITE FÚNGICA: RELATO DE CASO

47

Elaine Werncke, Eduardo Gasparin, Bruna Schuhmacher, Vitoria Marques Moreira, Victória Beatrice Diniz Silva

A RELAÇÃO ESTATÍSTICA ENTRE INTERNAMENTOS E FROTA DE VEÍCULOS NO ESTADO DO PARANÁ E COMO

ISSO PODE INTERFERIR NA EMERGÊNCIA? 48

Elisa Neves Neder, Lucas Felipe Silva Pina, Nathália Gonçalves Silva, Brunno Mehret Moleta, Daniel Ferreira Rezende, Ana Maria De Brida Spillere, Karla Ayumi Yamada

TRAMENTO COM IMUNOBIOLÓGICOS NA DERMATITE DE CONTATO

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ANAIS DO III CONGRESSO MÉDICO UNIVERSITÁRIO DO OESTE DO PARANÁ – doi.org/10.35984/fjh.v1i3.121

FAG Journal of Health – ISSN 2674-550X, 2019, v.1, n.3, p.5

Autores TRABALHO PÁGINA

Eron Celant Espindola, Giuliana Moreira De Medeiros, Julia Damasio Gai, Andrey Felipe Pinheiro, Thales Lima Lopes, Claudia Gregorini Silva

LINFOMA MALT: UM RELATO DE CASO 50

Fernanda Moraes, Vagner Fagnani Linartevichi

AVALIAÇÃO DA OXIGENAÇÃO EXTRACORPÓREA POR MEIO DE MODELAGEM MATEMÁTICA – UMA REVISÃO DA

LITERATURA 51

Gabriela Gobo Nogueira, Mariana Gobo Nogueira, Amanda Gurtat Teixeira, Isabella Beatriz Menezes Helena, Maria Clara Viana Lima, Marcio Augusto Nogueira, Ana Paula Adame

RELATO DE CASO: DERMATOSE NEUTROFÍLICA SWEET-LIKE EM PACIENTE PORTADORA DE LÚPUS

ERITEMATOSO SISTÊMICO 52

Gabrieli Elisie Kuns, Flávio Luise Bressan, Jennifer Bylaardt, Mariélen Eduarda Prieto Pereira, Tainá Leonel De Freitas Alves

SARCOMA DE KAPOSI E CO-INFECÇÃO VIRAL – UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

53

Gil Moreno Ferreira, Luiz Antônio Martens Mokfa

A RELAÇÃO ENTRE A ESTIGMATIZAÇÃO DE INDIVÍDUOS COM PSORÍASE E VITILIGO E SEUS EFEITOS PSICOSSOCIAS DELETÉRIOS: UMA REVISÃO

BIBLIOGRÁFICA

54

Giulia Caroline Paes Scopel, Adilson Antônio Scopel, Newton Gustavo De Toledo Nogueira Neto, Rodrigo Bianchi Zancanaro

RELATO DE CASO: CARCINOMA PAPILAR INTRACÍSTICO DE MAMA, UMA ANÁLISE ANATOMOPATOLÓGICA

55

Giuliana Moreira De Medeiros, Eron Celant Espindola, Julia Damasio Gai, Claudia Gregorini Silva, Thales Lima Lopes

ENTEROCOLITE EOSINOFÍLICA E ALERGIA ALIMENTAR: UM RELATO DE CASO

56

Grazielle Pangratz Bedretchuk, Yasmin Padilha

ATUALIZAÇÃO DA ESCALA DE COMA DE GLASGOW: O QUE MUDOU?

58

Grazielle Pangratz Bedretchuk, Yasmin Padilha

ATENDIMENTO AO PACIENTE VÍTIMA DE ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL HEMORRÁGICO

57

Guilherme Augusto Minato

RELAÇÃO ENTRE A PRESCRIÇÃO MEDICAMENTOSA INTERNACIONAL E A SUBPRESCRIÇÃO BRASILEIRA DE OPIOIDES PARA TRATAMENTO PRIMÁRIO DA DOR NOS

DEPARTAMENTOS DE EMERGÊNCIA

59

Gustavo Cesar Weyn, Naila Caroline Rosso, Rafael Rauber

INFLUÊNCIA DA ALIMENTAÇÃO NA PREVENÇÃO ALZHEIMER EM IDOSOS

60

Gustavo Da Silva Cavasin, Ana Caroline Boschetti

UTILIZAÇÃO DE ADESIVOS TECIDUAIS EM PROCEDIMENTOS CIRURGICOS

61

Hellen L. Barcella, Lais G. Pizzatto, Lucas Z. Salomão

ROTURA ESPLÊNICA EM DOIS TEMPOS: RELATO DE CASO

62

Heloiza Andria Maliska Lovatel RELAÇÃO ENTRE OS CONTOS DE FADAS COM A

DEPRESSÃO E SÍNDROMES LIGADAS AS HISTÓRIAS INFANTIS: REVISÃO DE ESTUDOS DE CASOS

Isabela Catani

FRATURA-AVULSÃO DA TUBEROSIDADE TIBIAL ANTERIOR BILATERAL E SIMULTÂNEA EM ADOLESCENTE

COM HISTÓRIA PRÉVIA DE DOENÇA DE OSGOOD-SCHLATTER: RELATO DE CASO

64

Isabela Magosso Da Silva A GENÉTICA PRESENTE NOS TUMORES ÓSSEOS E SUA

CONTRIBUIÇÃO NOS DIVERSOS TRATAMENTOS 65

Isabela Magosso Da Silva, Eduarda Luiza Menegol Kucmanski

SÍNDROME DE MUNCHAUSEN POR PROCURAÇÃO 66

Isabella Cristina Chagas Rocha, Barbara Salvador Carvalhais, Eduarda Mattar Villaca, Lucas

A IMPORTÂNCIA DO ATENDIMENTO HOSPITALAR EM EMERGÊNCIAS PSIQUIÁTRICAS

67

ANAIS DO III CONGRESSO MÉDICO UNIVERSITÁRIO DO OESTE DO PARANÁ – doi.org/10.35984/fjh.v1i3.121

FAG Journal of Health – ISSN 2674-550X, 2019, v.1, n.3, p.6

Autores TRABALHO PÁGINA

Barbosa Reis, Pamela Martarello, Thais Westrich Izzotton Isabelle Cristina Krasniak Ferregato, Priscila Martins, Maressa Daniela Anghinoni Bonissoni, Maura Omori Morita, Maria Luiza Gehlen, Mariana Martins

MALFORMAÇÃO DE ARNOLD CHIARI TIPO I: UM DIAGNÓSTICO DESAFIADOR

68

Isadora Casartelli Bocasanta, Mayara Marques Villalba, Marysa Dantas Silva Ramos, Luísa Malvezzi Lago, Lucas Boligon

SÍNDROME DE RASMUSSEN: UMA REVISÃO

Jaíne Thais Gabriel, Daiane Cortêz Raimondi

METODOLOGIA DA PROBLEMATIZAÇÃO APLICADA A DISCIPLINA DE INTERAÇÃO COMUNITÁRIA: RELATO DE

EXPERIÊNCIA 69

Jalyson De Freitas Souza, Ana Carolina Ribeiro, Marina Martinichen Furlaneto, Lucas Francisco Bof Irigonhê, Gustavo Antônio Giolo, Isabelle Carolina Gaião Da Costa, Victor Souza

VALVOPATIA AÓRTICA ESTENOSANTE COM MANIFESTAÇÃO DE OCLUSÃO ARTERIAL AGUDA

PERIFÉRICA - UM RELATO DE CASO 70

João Airton Oliveira, Luis Fernando Gallina, Leticia T. Stein, Rita De Cássia V. Santos, Rafael Rauber

DOENÇA DE MARCHIAFAVA-BIGNAMI: RELATO DE CASO

João Carlos Sandri, Luiz Antônio Martens Mokfa, Sabrina Nogueira Rodrigues

CÂNCER DE COLO DE ÚTERO: ANÁLISE RETROSPECTIVA CLÍNICA EPIDEMIOLÓGICA DE 2013 A 2017 NA CIDADE DE

CASCAVEL E UMA COMPARAÇÃO COM O ESTADO DO PARANÁ

72

João Vitor Vigo Titenis, Jonatan Rinaldi, Pedro Richard, Rafaela Luiza Altheia Griza

BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES: INTUBAÇÃO TRAQUEAL NA EMERGÊNCIA E RISCOS DE ANAFILAXIA

73

João Vytor Pagnussat, Kenji Rocha Nakahara, Larissa Kerr De Araujo Sodré

CUIDADOS CRÍTICOS AO PACIENTE SEVERAMENTE QUEIMADO: APORTE NUTRICIONAL E MANEJO DE

COMPLICAÇÕES METABÓLICAS E SISTÊMICAS 74

João Vytor Pagnussat, Layane Sanches Fernandes, Luana Mary Pietreski Silva, Laura Truylio, Poliana Lopes Rodrigues Santos, Kenji Rocha Nakahara

APLICABILIDADE DE RECURSOS DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL EM DIAGNÓSTICOS MÉDICOS

ESPECIALIZADOS 75

Júlia Barbosa Ruiz, Thainá Klosowski Kulicz, Gabriela Nalú Faria, Nathalia Wonz Pedott, Diogo Cunha Lacerda

GOTA TOFÁCEA CRÔNICA E SUAS MANIFESTAÇÕES GENERALIZADAS: UM RELATO DE CASO ATÍPICO

76

Júlio César Ignochevski Poppi, Paula Carolina Mocelin, Gabriela Cristina Dantas, Felipe Mocelin, Guilherme Pizoni Casagrande, Lavinia Vigo Titenis, Isabella Ortega De Lima

TRANSPLANTES RENAIS REALIZADOS NO OESTE DO PARANÁ: UMA ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA E PERI-

OPERATÓRIA 77

Karen Nataly Cemin, Lucas Bedin Maia

RELAÇÃO ENTRE O CONSUMO DE ÁLCOOL E O RISCO DE ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL

78

Karla Ayumi Yamada, Lucas Felipe Silva Pina, Nathália Gonçalves Silva, Brunno Mehret Moleta, Elisa Neves Neder, Daniel Ferreira Rezende

LATE - UMA NOVA DEMÊNCIA COM A MÁSCARA DE ALZHEIMER

79

Karoline Freitas, Nicole Jansen Rabello, Taynara Cristine Da Paixão, Thaís De Oliveira

CASOS NOTIFICADOS DE MALÁRIA EM UM HOSPITAL DE ENSINO DO OESTE DO PARANÁ NO PRIMEIRO

SEMESTRE DE 2019

ANAIS DO III CONGRESSO MÉDICO UNIVERSITÁRIO DO OESTE DO PARANÁ – doi.org/10.35984/fjh.v1i3.121

FAG Journal of Health – ISSN 2674-550X, 2019, v.1, n.3, p.7

Autores TRABALHO PÁGINA

Busarello, Eline Da Rós Moro, Gabriel Ribeiro Rosa, Sônia De Lucena Mioranza Kenji Rocha Nakahara, João Vytor Pagnussat, Layane Sanches Fernandes

OS EFEITOS DA SUPLEMENTAÇÃO DE ÁCIDO FÓLICO NA NEUROPATIA DIABÉTICA

Lais G. Pizzatto, Hellen L. Barcella, Lucas Z. Salomão

ABORDAGEM CIRÚRGICA DE ABSCESSO PARAFARÍNGEO E SUBMANDIBULAR: RELATO DE CASO

Larisse Nara Tartari, Maíra Kufner Saloio, Letícia Rubert, Orley Álvaro Campagnolo, Eduardo Miguel Prata Madureira

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA NO MUNICÍPIO DE CASCAVEL

– PR NO PERÍODO DE 2007-2017 80

Layane Sanches Fernandes, Marise Vilas Boas Pescador, Bárbara Biffi Gabardo, Kenji Rocha Nakahara, João Vytor Pagnussat, Sara Naomi Shimabukuro, Tamires Conte Vicenzi

PÓS-OPERATÓRIO COMO PRINCIPAL CAUSA DE HIPERGLICEMIA DE ESTRESSE EM UMA UNIDADE DE

TERAPIA INTENSIVA 81

Layane Sanches Fernandes, Marise Vilas Boas Pescador, Bárbara Biffi Gabardo, Kenji Rocha Nakahara, João Vytor Pagnussat, Sara Naomi Shimabukuro, Tamires Conte Vicenzi

DESENVOLVIMENTO DE HIPERGLICEMIA DE ESTRESSE NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

82

Letícia Elen Carpenedo Frare, Natalia Dal'piva, Regiane Bereza Kunz

TRANSTORNO DESAFIADOR DE OPOSIÇÃO NA EMERGÊNCIA: UMA REVISÃO

84

Letícia Giroldo Vieira, Danielle Fernanda Miner De Oliveira

RELEVÂNCIA DO DIAGNÓSTICO PRÉ-NATAL DO ACRETISMO PLACENTÁRIO - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

83

Letícia Giroldo Vieira, Luana Deon Dulaba, Danielle Fernanda Miner De Oliveira

DIAGNÓSTICO E MANEJO DA SÍNDROME COMPARTIMENTAL ABDOMINAL - REVISÃO

BIBLIOGRÁFICA 85

Letícia Weiler Prado, Eduarda Simon, Amanda Vescovi

SÍNDROME DE IRLEN COMO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL PARA TDAH, UMA REVISÃO DE LITERATURA

87

Letícia Weiler Prado, Eduarda Simon, Amanda Vescovi

AS VANTAGENS DA UTILIZAÇÃO DO FAST EM PACIENTES COM PNEUMOTÓRAX NO PRONTO ATENDIMENTO, UMA

REVISÃO DE LITERATURA 86

Liandra Kasparowiz Grando, Vanessa Coldebella

O SERVIÇO AEROMÉDICO NO OESTE DO PARANÁ: PERFIL DOS ATENDIMENTOS REALIZADOS EM 5 ANOS

DE OPERAÇÃO 88

Lidia Yanka Hoffmann, Patrícia Lourenço Mendonça, Brenda Zappelini Pezzi

ADMISSÃO DO PACIENTE COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA AGUDA NA EMERGÊNCIA

89

Lorena Cristina Paintner Hauser, Yasmin Larissa Spricigo, Luísa Batista Dornelles, Fernando Eduardo Paulatti Frederico

IMPORTÂNCIA DO PRÉ-NATAL NA ATENÇÃO BÁSICA E FATORES QUE INFLUENCIAM SUA MÁ ADESÃO

90

Luana Mary Pietreski Silva, Flavia Simonato, João Vytor Pagnussat, Maria Luiza Dall’agnol, Michelle Simão

RELATO DE CASO: SÍNDROME INFLAMATÓRIA DA RECONSTITUIÇÃO IMUNE (SIRI) EM PACIENTE COM

COINFECÇÃO TB/HIV 91

Luana Priscila Bamberg Schneider, Maurício Piekala, Carlos Eduardo Santos Martins

ANALGESIA DE PARTO: REVISÃO DE LITERATURA 92

Lucas Felipe Silva Pina, Nathália Gonçalves Silva, Brunno Mehret Moleta, Elisa Neves Neder, Daniel Ferreira Rezende, Ana Maria De Brida Spillere, Karla Ayumi Yamada

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DO LINFOMA NÃO HODGKIN NO BRASIL NOS ÚLTIMOS 10 ANOS

94

ANAIS DO III CONGRESSO MÉDICO UNIVERSITÁRIO DO OESTE DO PARANÁ – doi.org/10.35984/fjh.v1i3.121

FAG Journal of Health – ISSN 2674-550X, 2019, v.1, n.3, p.8

Autores TRABALHO PÁGINA

Lucas Francisco Bof Irigonhe, Bruna Rodrigues Fernandes, Marina Martinichen Furlaneto, Jalyson De Freitas Souza, Ana Carolina Ribeiro, Bruna Mendonça Leite, Fernanda Alves Monteiro

DIFICULDADE DIAGNÓSTICA NA DOENÇA HIPERTENSIVA ESPECÍFICA DA GESTAÇÃO: UM RELATO DE CASO

95

Luis Fernando Gallina, Victória Alexia Enriconi Arend

TRAUMA RAQUIMEDULAR SECUNDÁRIO A CHOQUE ELÉTRICO DE ALTA VOLTAGEM: UM RELATO DE CASO

Luis Fernando Gallina, Victória Alexia Enriconi Arend, Rafael Rauber

FATORES DE RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO DE EPILEPSIA APÓS AVC PERINATAL: UMA REVISÃO DA

LITERATURA 96

Luis Fernando Gallina, Victória Alexia Enriconi Arend, João Airton De Oliveira, Rafael Rauber

MENINGIOMA DO FORAME MAGNO: UM RELATO DE CASO E REVISÃO DA LITERATURA

97

Luisa Malvezzi Lago, Mayara Marques Villalba, Marysa Dantas Silva Ramos, Isadora Casartelli Bocasanta

DOENÇA RENAL CRÔNICA: ADVERSIDADES DA HEMODIÁLISE

98

Luiza Orth, Marina Lira, Renata Domenes José

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE CRIANÇAS VÍTIMAS DE QUEIMADURAS: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

101

Luiza Orth, Marina Lira, Renata Domenes José

AVALIAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE PACIENTES VÍTIMAS DE TRAUMATISMO RAQUIMEDULAR E AS PRINCIPAIS

COMPLICAÇÕES ASSOCIADAS AO TRAUMA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

100

Luiza Orth, Marina Lira, Renata Domenes José

A INADEQUAÇÃO ENTRE A OFERTA E A DEMANDA DE CUIDADOS MÉDICOS DE URGÊNCIA: UMA REVISÃO

BIBLIOGRÁFICA 99

Luiza Trevisan Reolon, Bárbara Biffi Gabardo, Thayrine Anissa Martinazo, Izabella Zgoda, Patrícia Freitag Ferreira

CELULITE PERIORBITÁRIA EM CRIANÇA: RELATO DE CASO.

Maíra Kufner Saloio, Larisse Nara Tartari, Daniel Vidal Vieira

RELATO DE CASO RARO: RABDOMIOSSARCOMA DE MEDIASTINO COM METÁSTASE CERVICAL EM PACIENTE

PEDIÁTRICO COM ABORDAGEM MULTIPROFISSIONAL 102

Marcelle Demski Maia OS DESAFIOS DO ATENDIMENTO EM EMERGÊNCIA

PSIQUIÁTRICA NO BRASIL 103

Maria Luiza Gehlen, Cristiane De Bortoli Rota, Daniela Galon Carniel, João Paullo Mokva, Simone Cavalli Piana

CROMOMICOSE COM ACOMETIMENTO DE MEMBROS SUPERIORES: RELATO DE CASO

104

Maria Luiza Gehlen, Marco Aurélio Gehlen, Daniela Galon Carniel, João Paullo Mokva

ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS EM PACIENTES AEROTRANSPORTADOS

105

Maria Vitória Moscardi Spack, Juliano Smaniotto Silveira, Laryssa Suemy Oumoriz, Gabriela Pavan Lora, Mônica Meneguette Silveira, Andressa Caroline Saquetti Breda, Luis Arthur Moura Guirello

SÍNDROME DA VEIA CAVA SUPERIOR DEVIDO A CÂNCER DE PULMÃO

107

Maria Vitória Moscardi Spack, Juliano Smaniotto Silveira, Roberto Marcio Nogueira

LUXAÇÃO EXPOSTA DO RÁDIO EM PACIENTE PORTADOR DE OSTEOGÊNESE IMPERFEITA

106

Mariana Gobo Nogueira, Gabriela Gobo Nogueira, Amanda Gurtat Teixeira, Isabella Beatriz Menezes Helena, Maria Clara Viana Lima, Marcio Augusto Nogueira, Ana Paula Adame

RELATO DE CASO DE CARDIOMIOPATIA DE TAKOTSUBO: UM DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE SÍNDROME

CORONARIANA AGUDA 108

ANAIS DO III CONGRESSO MÉDICO UNIVERSITÁRIO DO OESTE DO PARANÁ – doi.org/10.35984/fjh.v1i3.121

FAG Journal of Health – ISSN 2674-550X, 2019, v.1, n.3, p.9

Autores TRABALHO PÁGINA

Mariana Oliveira De Araújo, Victória Gimenes Freitas, Henrique Rodrigues Thomé, Gracieli Reinert Casadei, André Alberti Casadei

TRATAMENTO DE FRATURA EXPOSTA IIIB BASEADA NO GANGA HOSPITAL OPEN INJURY SCORE (GHOIS)

109

Marina Assermann, Paulo Ricardo Heinen, Rafael Rauber

INSULINA INALÁVEL: UMA ROTA TERAPÊUTICA SEGURA? 111

Marina Martinichen Furlaneto, Jalyson De Freitas Souza, Ana Carolina Ribeiro, Lucas Francisco Bof Irigonhê, Déborah Francez Maccari, Gabriel Afonso Dutra Kreling

ATENDIMENTO EM EMERGÊNCIA DE CASO COM 24 FERIMENTOS TRANSFIXANTES POR PROJÉTIL DE ARMA

DE FOGO 110

Marithza Mayumi Hata, Ana Julia Silva Rodrigues, Ana Carolina De Quadros, Luana Turmina, Ana Maria Favarão, Cairo Vinícius Weber Santos, Karla Mulinari Vicini

ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE ÓBITOS POR DOENÇAS CEREBROVASCULARES EM RESIDENTES DO

ESTADO DO PARANÁ NO PERÍODO DE 2008 A 2017

Marysa Dantas Silva Ramos, Mayara Marques Villalba, Isadora Casartelli Bocasanta, Luísa Malvezzi Lago

DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL NA INFÂNCIA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

112

Matheus Sant’Ana Bortoluzzi, Giulia Gabriella De Melo Fritz, Aline Santana Bortoluzzi

ACIDOSE TUBULAR RENAL PROXIMAL: RELATO DE CASO 113

Maura Omori Morita, Isabelle Cristina Krasniak Ferregato, Fernanda Shiratsu Omori, Ruy De Almeida Cardoso Neto, Victor Araújo Moreira Leão, Patrícia Barth Radelli

UMA ABORDAGEM GERAL DA MASTOCITOSE 114

Naila Caroline Rosso, Gustavo Cesar Weyn, Rafael Rauber

IMPACTO DA OBESIDADE NA ANATOMOFISIOLOGIA HUMANA AO LONGO DOS DIFERENTES ESTÁGIOS DA

VIDA 115

Natasha Lure Bueno De Camargo, Ana Carolina Ribeiro, Marina Martinichen Furlaneto, Jalyson De Freitas Souza, Lucas Francisco Bof Irigonhê, Allan Cezar Faria Araújo, Caroline Kosako

DIVERTICULITE ILEAL COMO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE APENDICITE: RELATO DE CASO

116

Nathália Ferreguett Araújo, Gustavo Marinho Ferreira Vasconcelos, Marysa Dantas Silva Ramos

ACIDENTES NA INFÂNCIA: UMA PERSPECTIVA BRASILEIRA

117

Nathália Gonçalves Silva, Lucas Felipe Silva Pina, Elisa Neves Neder, Brunno Mehreti Moleta, Mayara Marques Villalba, Ana Maria De Brida Spillere, Daniel Ferreira Rezende

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA SÍFILIS GESTACIONAL E A RELAÇÃO COM A FAIXA ETÁRIA E A ESCOLARIDADE DAS

GESTANTES 118

Newton Gustavo De Toledo Nogueira Neto, Ellen Priscilla Santos, Giulia Caroline Paes Scopel

SÍNDROME DA ABSTINÊNCIA ALCOÓLICA – RELATO DE CASO

119

Nicole Schneider, Letícia Elen Carpenedo Frare, Matheus Carpenedo Frare

OS DESAFIOS DA RADIOLOGIA DE EMERGÊNCIA NO BRASIL: UMA BREVE REVISÃO

120

Pamela Martarello, Bárbara Salvador Carvalhais, Eduarda Mattar Villaca, Isabella Cristina

A IMPORTÂNCIA DO ADEQUADO MANEJO CLÍNICO EM PACIENTES ASMÁTICOS EXACERBADOS NAS PRIMEIRAS

HORAS DE PRONTO-ATENDIMENTO EMERGENCIAL

ANAIS DO III CONGRESSO MÉDICO UNIVERSITÁRIO DO OESTE DO PARANÁ – doi.org/10.35984/fjh.v1i3.121

FAG Journal of Health – ISSN 2674-550X, 2019, v.1, n.3, p.10

Autores TRABALHO PÁGINA

Rocha, Lucas Barbosa Reis, Thaís Westerich Izotto Patrícia Lourenço Mendonça, Lidia Yanka Hoffmann, Brenda Zappelini

DEMÊNCIA CÉREBRO VASCULAR 121

Pedro De Mello Rego Lopes, Bruna Cristina Parlow Hefle, Luciana Osório Cavalli

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DO PRÉ ATENDIMENTO AO PACIENTE QUEIMADO REALIZADO PELO SIATE DE

CASCAVEL – PR NO PERÍODO DE AGOSTO 2017 A ABRIL DE 2019

Rafaela Caroline Angonese, Maria Eduarda Bertol D’àvila Pereira

A IMPORTÂNCIA DA FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA EM CASOS DE FIBROSE CÍSTICA

122

Raíssa Fritz Schmitt, Laura Mitie Hirono, Alberto Maia Patrício De Figueiredo Júnior, Vinícius Ferreira De Barros

ASPECTOS CLÍNICOS E GENÉTICOS DA SÍNDROME DE RILEY-DAY

123

Raphael Henrique Franklin De Andrade, Gabriela Cristina Dantas, Pedro Gabriel Graminha Mazo, Lucas Renan Da Silva, Lorraine Agostini De Souza Mafra, Vitor Verona Ceni, Bruno Faggion, Miguel Bailak Neto

REPARAÇÃO DO ESCALPO VIA RETALHO MICROCIRÚRGICO DO MÚSCULO GRANDE DORSAL:

RELATO DE CASO 124

Rhayanne Otaviano, Rosângela Ramos

ARTIGO DE REVISÃO SOBRE O LEIGO E A IMPORTÂNCIA DE SUA FORMAÇÃO EM SUPORTE BÁSICO DE VIDA

125

Ricardo Alves Francisco Andrioni IMPACTO DA ADERÊNCIA A PROTOCOLOS DE DESMAME DA VENTILAÇÃO MECÂNICA INVASIVA NOS DESFECHOS CLINICAMENTE RELEVANTES EM PACIENTES ADULTOS

126

Ricardo Araújo, Barbara Beiral, Clecio Fidalski, Gabriella Muraro, Fábio Scarpa E Silva

TRATAMENTO DO INFARTO AGUDO RENAL COM TROMBÓLISE: RELATO DE CASO

127

Ricardo Paganin, Lais Silva Moraes, Luis Paulo Bettin Baldissera, Yan Moraes Perusini, Allana Cristina Ribeiro Aguiar

UM ESTUDO DE REVISÃO: SÍNDROME DA ÍRIS EM PLATEAU

128

Rita De Cássia V. Santos, Aléxia D. Voigt, Bárbara B. Gabardo, João Airton Oliveira, Leticia T. Stein, Luiz Gustavo V. Stoinski, Rodrigo Nicácio

PERFIL DOS PACIENTES COM DOENÇAS CARDIOVASCULARES ATENDIDOS PELO SERVIÇO

AEROMÉDICO DO CONSAMU NO ANO DE 2018. 129

Rocha, Mc COMPREENSÃO DE MORTE ENCEFÁLICA: UM DESAFIO

PARA A DOAÇÃO DE ÓRGÃOS NO BRASIL 130

Rodrigo Zuber Maciel, Brunno Mehreti Moleta, Lucas Felipe Silva Pina, Diogo Cunha Lacerda, Ana Maria De Brida Spillere, Karla Ayumi Yamada, Elisa Neves Neder

ARTRITE PSORIÁTICA REFRATÁRIA COM EXCELENTE RESPOSTA EM INÚMEROS TRATAMENTOS COM

IMUNOBIOLÓGICO 131

Rubia Vieira Simon, Maria Eduarda Giffoni Silveira, Maria Júlia Canhassi Lopes, Rafael Rauber

SISTEMA PURINÉRGICO NO CONTROLE DO ESTADO DA DOR NEUROPÁTICA

132

Sthéfani Klock Thiesen, Wanessa Klock Thiesen

SEPSE EM PACIENTES QUEIMADOS: UM DESAFIO CLÍNICO

133

Taís Bersot, Augusto Manfredi UM DESFECHO FATAL DA GANGRENA DE FOURNIER -

RELATO DE CASO 134

Talita Da Silva Ferracini, Marise Vilas Boas Pescador

ABORDAGEM DA SEPSE NEONATAL 135

Thaís Westerich Izotton, Bárbara Salvador Carvalhais, Eduarda Villaca, Isabella Rocha, Lucas Reis, Pamela Martarello

DESAFIOS E PARTICULARIDADES DO TRAUMA GERIÁTRICO

136

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FAG Journal of Health – ISSN 2674-550X, 2019, v.1, n.3, p.11

Autores TRABALHO PÁGINA

Thayrine Anissa Martinazo, Bárbara Biffi Gabardo, Luiza Trevisan Reolon, João Victor Pompeu Smarczewski, Luiza Andriolo

ESPOROTRICOSE: DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO – RELATO DE CASO

137

Vanessa Coldebella, Liandra Kasparowiz Grando

MISSÕES DO SERVIÇO AEROMÉDICO DO OESTE DO PARANÁ POR CAUSAS EXTERNAS

138

Venicius L. De Noronha Biesdorf, Letícia Elen Carpenedo Frare, Vanusa De N. Biesdorf, Vagner Fagnani Linartevichi

INTOXICAÇÃO AGUDA POR GLIFOSATO: MANEJO E EMERGÊNCIA

139

Victória Alexia Enriconi Arend, Luis Fernando Gallina

COMPARAÇÃO DE DIFERENTES AGENTES HEMOSTÁTICOS ABSORVÍVEIS NA CONTENÇÃO DE

HEMORRAGIA INTRAOPERATÓRIA 140

Victória Beatrice Diniz Silva, Bruna Schuhmacher, Elaine Werncke, Michelle Policanti Morais, Vitoria Marques Moreira

ENFOQUE NO DIAGNÓSTICO DO TRANSTORNO DE ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO E O MODO COM QUE O

ORGANISMO DO PACIENTE REAGE 141

Vitor Luigi Trento COLECISTECTOMIA LAPAROSCÓPIA POR PORTAL ÚNICO

VERSUS PORTAIS MÚLTIPLOS 142

Vitoria Marques Moreira, Bruna Schuhmacher, Elaine Werncke, Michelle Policanti Morais, Victória Beatrice Diniz Silva

TRAUMATISMOS CRÂNIO-ENCEFÁLICOS: CONDUTAS E MECANISMOS

143

Vitória Piva, Pamella Bueno Senn, Augusto Antonio Manfredi, Otávio Ramos Pereira, Omar Abdalalim Alrai, Peterson Fasolo Bilhar

LAPAROSCOPIA, UM COMPARATIVO À LAPAROTOMIA 144

Wanessa Klock Thiesen, Sthéfani Klock Thiesen

DEFINIÇÃO E DIAGNÓSTICO DA SÍNDROME COMPARTIMENTAL ABDOMINAL

145

Yasmin Padilha, Mariana Taís Ferreira Moreira, Grazielle Pangratz Bedretchuk

SÍNDROME DE GORLIN-GOLTZ: RELATO DE CASO 146

Yasmin Padilha, Mariana Taís Ferreira Moreira, Grazielle Pangratz Bedretchuk

MELANOMA HEREDITÁRIO: RELATO DE CASO

ANAIS DO III CONGRESSO MÉDICO UNIVERSITÁRIO DO OESTE DO PARANÁ – doi.org/10.35984/fjh.v1i3.121

FAG Journal of Health – ISSN 2674-550X, 2019, v.1, n.3, p.12

ÉTICA E PERSPECTIVAS ATUAIS

Adriana Romão, Andrey Felipe de Carvalho Pinheiro, Bárbara Salvador Carvalhais, Cláudia Gregorini

Silva, Thales Lima Lopes

Acadêmico(a) de medicina do Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz-FAG.

Introdução: Apesar dos limites propostos às éticas clássicas representadas pelo niilismo nietzscheano, pela

ideia de mal-estar civilizatório freudiano, pela ética dos atos de liberdade foucaultiana, pela compaixão

schopenhaueriana e pelos desdobramentos da biologia evolucionaria darwinista, há também aqueles

teóricos contemporâneos que se referem às éticas clássicas, seja para enfatizar um ou outro ponto de sua

pujança conceitual, seja para desenvolver novas perspectivas de fundamentação. De acordo com PESSINI

(2015), Encanto e Responsabilidade no Cuidado da Vida ensaios de uma ética para a civilização tecnológica,

relata a responsabilidade, ainda que sua postura seja claramente consequencialista. Ao partir das novas

possibilidades da ação humana tecnologicamente mediada e seus efeitos muitas vezes remotos,

irreversíveis e inibidores da possibilidade da vida futura, e uma ética fundada na não reciprocidade e na

preocupação com o vivente em geral, ao contrário da ideia de reciprocidade e do antropocentrismo de muitas

das éticas que o precedem. Além dos modelos éticos clássicos situados entre a felicidade e a lei moral, para

além dos críticos e revisionistas contemporâneos da ética normativa, proliferam na atualidade as

denominadas éticas aplicadas. A reflexão da ética provocada pelo avanço das biociências enfatiza que,

dentre as éticas aplicadas, a mais expressiva delas seja a bioética ou a ética voltada aos problemas

relacionados ao início, ao desenvolvimento e ao término da vida. Relato do Caso: Como acadêmicos de

medicina, ao iniciar o desenvolvimento das habilidades técnicas cientificas para assistir o paciente,

passamos por profunda crise de humanismo, presenciamos grandes transformações em várias instâncias,

tais como economia, política, desenvolvimento tecnológico, direitos e deveres dos cidadãos, funções

familiares, saúde e sobrevivência de muitos povos, entre outros. Da globalização excludente, à globalização

da solidariedade, o que está acontecendo com as pessoas, onde está o humano, o simples estar com o

outro, a compaixão, a tolerância, a solidariedade se tornaram valores conflitantes uma vez que, o contexto

da ética permeia a sociedade como um todo. Sendo que não podemos esquecer que uma sociedade

violenta, iníqua e excludente interfere no contexto das instituições de saúde sendo que, o olhar ético para

os acadêmicos propicia a inquietude para a transformação social, onde a ética possa estar balizando as

ações. Para além desta condição somos desafiados a ser agentes de ações inovadoras. Conclusão: Vale

ressaltar que a ética está assentada nas principais contribuições das perspectivas atuais, sem prescindir

dos atuais desafios que a tecnociência e a biotecnologia impõem à reprodução e à gestão da vida. Em suma,

as contribuições apresentadas na obra Encanto e Responsabilidade no Cuidado da Vida ensaios de uma

ética para a civilização tecnológica, são de significativa profundidade teórica, seriedade intelectual e

preocupação com o leitor. Alunos, professores e pesquisadores universitários, bem como leitores ainda

pouco familiarizados com as abordagens e perspectivas da ética, onde nela encontram pistas para o início

de uma promissora trajetória de crescimento pessoal e aperfeiçoamento acadêmico sobre temas e

problemáticas que povoaram o passado, habitam o presente e sinalizam para preocupações futuras.

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A PROGRESSÃO DA TERAPIA PSICOFARMACOLÓGICA PARA TRANSTORNO DO PÂNICO: UMA REVISÃO DE LITERATURA

CORRÊA, Alexandre Cerqueira Caldas, SILVA, Marcelo Silva Melo, MOURÃO, Mariana Oliveira,

ROMANO, Pietra Petry Acadêmico(a) de medicina do Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz-FAG.

Introdução: A síndrome do pânico é, muito em virtude das mudanças frequentes no modo de convívio humano das últimas décadas, um transtorno de ansiedade de pouca raridade na sociedade globalizada atual. Essa condição psiquiátrica tem como maior característica clínica crises frequentes de pânico desproporcionais ao estímulo provocador. O lado positivo, todavia, é que novas linhas de tratamentos medicamentosos foram teorizadas e se provaram eficientes, tornando essencial o domínio dessas linhas de tratamento pelo médico psiquiatra. Objetivo: O objetivo desta produção científica é expor as progressivas linhas de tratamento do Transtorno do Pânico, explicar os motivos da preferência pelas diferentes classes de medicamentos nas situações adequadas e seus mecanismos de ação. Metodologia: Dentre as diversas formas de se apresentar um estudo sobre o presente tema, a considerada mais adequada foi uma revisão de literatura tendo em vista o objetivo apresentado. Desse modo, foram utilizados numerosos artigos científicos como fonte de informação para a formulação desta iniciativa. Desenvolvimento: O tratamento inicial da síndrome do pânico ocorre por intermédio de psicoterapia apenas, contudo, na hipótese de fracasso, a indicação da psicofarmacológica se torna necessária. Os medicamentos utilizados envolvem antidepressivos e ansiolíticos. Os fármacos de primeira escolha são os antidepressivos inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS) e é essa seletividade que confere essa preferência. O mecanismo de ação dessas drogas consiste na inibição da proteína SERT e, como consequência, a administração de ISRS incide numa maior disposição de serotonina na fenda sináptica. Enfim, a fluoxetina, a paroxetina e a sertralina são os medicamentos mais prescritos dessa classe para a terapia de transtorno do pânico. Os antidepressivos tricíclicos são menos indicados que os ISRS devido à ausência de seletividade em seu mecanismo de ação, que consiste na inibição das proteínas SERT e NET. A administração desses medicamentos é recomendada quando a terapia mediada por ISRS não obtiver sucesso ou numa administração conjunta, porém cautelosa, de ambas as classes. Logo, a imipramina, a clomipramina e a amitriptilina são os antidepressivos tricíclicos que oferecem maior eficiência no combate à síndrome do pânico. A classe dos benzodiazepínicos também compreende resultados positivos no tratamento de síndrome do pânico e o mecanismo de ação desses fármacos se fundamenta na agonização de GABAa. Tais drogas são recomendadas para pacientes com ataques de pânico em pronto atendimento ou associada a antidepressivos de primeira e segunda linha caso haja necessidade de resposta imediata. Os principais benzodiazepínicos recomendados para a terapia são, enfim, o alprazolam, lorazolam, clonazepam e diazepam. Na hipótese de insucesso dos métodos descritos, há tratamentos medicamentosos alternativos, sendo que uma das terapias consiste na venlafaxina, um inibidor da NET e da SERT, entretanto, não é tricíclico. Outra é baseada na administração de inibidores da monoamina oxidase (MAO), os quais diminuem a degradação de dopamina, noradrenalina e serotonina, contudo é um medicamento de última escolha. O lítio, outrossim, cujo mecanismo de ação é controlar a liberação de neurotransmissores na fenda sináptica, também ajuda na melhora dos sintomas do pânico quando associados à antidepressivos. Portanto, os antidepressivos de primeira e segunda linha estão fortemente ligados à cura do transtorno, haja vista que estão inseridos numa ampla pluralidade de tratamentos. Conclusão: O tratamento medicamentoso para o transtorno do pânico consiste inicialmente na monoterapia de ISRS, enquanto a segunda linha de tratamento se baseia na administração de antidepressivos tricíclicos singularmente ou combinados à primeira linha. Ademais, crises agudas de pânico são controladas por meio de benzodiazepínicos associadas aos antidepressivos citados anteriormente. Por último, fármacos como inibidores da MAO, venlafaxina e lítio fazem parte do tratamento alternativo para o transtorno do pânico.

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NÚMEROS E PROPORÇÕES DE ÓBITOS POR DOENÇAS RESPIRATÓRIAS CRÔNICAS NO PARANÁ DE 2008-2017, SEGUNDO VARIÁVEIS DEMOGRÁFICAS

Aléxia Degasperin Voigt, Ana Julia Silva Rodrigues, Ana Carolina De Quadros, Karla Mulinari Vicini,

Luana Turmina, Marithza Mayumi Hata, Rita De Cássia Vasconcelos Dos Santos

Acadêmicos do Curso de Medicina do Centro Universitário Assis Gurgacz, Cascavel, Paraná, Brasil.

Introdução: No Brasil, as doenças não transmissíveis representam um importante problema de saúde. Dentre essas patologias a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é a terceira principal causa de óbito com prevalência global de 11,7%, atrás apenas de Doenças Cardiovasculares e Neoplasias, respectivamente. A DPOC está ligada a uma sociedade em envelhecimento, mas também as escolhas de estilo de vida da população, como o tabagismo. É uma doença de caráter crônico, com prognóstico incerto e que necessita ser coordenada por uma equipe multidisciplinar de profissionais da saúde. Devido a isso, os estudos epidemiológicos são necessários para identificar a população acometida e promover medidas de promoção e prevenção na atenção primária, a fim de diminuir a morbidade e mortalidade. Objetivos: Avaliar e identificar o perfil epidemiológico dos pacientes que vieram a óbito decorrente de doenças respiratórias crônicas, no período de 2008-2017. Metodologia: Estudo observacional, transversal e descritivo realizado mediante análise de dados fornecidos pela Secretaria de Saúde do Paraná. Foram avaliados dados referentes ao sexo, faixa etária, raça/cor e escolaridade. Resultados: Dos 44.381 óbitos por doenças respiratórias crônicas, 23.664 (53,3%) eram do sexo masculino e 20.717 (46,7%) eram do sexo feminino. Analisando a faixa etária 3.440 (7,7%) entre 50 e 59 anos, 8.420 (19%) entre 60 e 69 anos, 14.269 óbitos (32,1%) entre 70 e 79 anos, e 15.982 (36%) com 80 anos ou mais. Verificando a raça, 36.084 (81,3%) dos óbitos por doenças respiratórias crônicas ocorreram em brancos e por segundo ficaram os pardos com 5.558 (12,5%). Por fim, analisando a escolaridade, a maior taxa de óbitos foi em indivíduos que estudaram entre 01 e 03 anos, com 14.078 (31,7%), e a menor taxa de óbitos foi em indivíduos que estudaram 12 anos ou mais, com 1.354 (3%). Conclusões: Mediante a análise dos dados, conclui-se que as características clínicas foram semelhantes aos dados nacionais e internacionais. Existe predomínio de doenças respiratórias crônicas em indivíduos do sexo masculino, brancos e com menor escolaridade. Além disso, a mortalidade aumenta acentuadamente em idades mais avançadas. Dessa forma, as variáveis demográficas obtidas nesse estudo devem servir de base para os profissionais de saúde para que tenham maior entendimento sobre as doenças respiratórias crônicas, além de melhorar a expectativa de vida desses pacientes através de ações preventivas e terapêuticas.

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VÍRUS ONCOLÍTICOS: UMA NOVA TERAPIA CONTRA O CÂNCER

Amabile Andreetta, Vinícius Augusto Wiggers, Ana Claudia Paiva Alegre-Maller

Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz, Cascavel, Paraná, Brasil.

Introdução: As terapias tradicionais para o combate ao câncer promovem efeitos colaterais indesejáveis, sendo necessário a introdução de novas terapias que apresentem bons resultados e menores efeitos indesejáveis como a viroterapia. Essa terapia consiste na utilização de vírus oncolíticos, que promovem a infecção de células tumorais e causam a sua morte, além de induzir a resposta imune contra elas. Objetivo: demonstrar o que são os vírus oncolíticos e seus benefícios no combate ao câncer, apresentando quais são os vírus utilizados e aprovados, os desafios encontrados nesse tratamento, fazendo um pequeno comparativo com sua utilização e as terapias tradicionais. Metodologia: Esse artigo consiste em uma “Revisão de Literatura” na qual utilizou 9 artigos encontrados em sites como PubMed e Google Acadêmico por meio das palavras – chave: viroterapia, vírus oncolíticos e o conjunto vírus e câncer, na língua inglesa, portuguesa e espanhola. Foram utilizados apenas artigos recentes com no máximo 5 anos de publicação. Resultados: A viroterapia consiste na utilização dos vírus oncolíticos de forma injetável intratumoral ou intravenosa, os quais possuem como função a infecção das células tumorais e a promoção de sua morte, de forma direta, e a ativação do sistema imune anti-tumoral de forma indireta. Esses vírus estão sendo pesquisados desde o início do século XX, mas apenas em 2015 foi aprovado o primeiro, denominado TalimogeneIaherparepvec (T-VEC) – vírus modificado da Herpes Simples tipo I. Desde então, outros vírus foram aprovados ao longo do tempo, como o Adenovírus (H1N1), aprovado para o tratamento de câncer avançado no pescoço e cabeça na China e o Rigvir – um reovírus oncolítico – aprovado para o tratamento de melanoma avançado na Estônia, Letônia, Polônia e Bielorrúsia. Entre eles, ainda existem ensaios clínicos com outros vírus que podem ser aprovados futuramente, como o vírus do sarampo, da varíola e outros adenovírus. A terapia com esses vírus é muito eficiente uma vez que os mesmos possuem a capacidade de infectar apenas as células tumorais, não causando mal algum as células saudáveis. Ademais, eles possuem a capacidade de infectar tumores profundos, não paupáveis, em metástase e que não são passíveis de cirurgias, os quais carregam prognóstico sombrio e assim torna essa terapia bastante eficaz e promissora. Entre outros, está o benefício a vida do paciente, uma vez que as terapias tradicionais promovem efeitos colaterais indesejáveis e que afetam negativamente o bem estar do paciente. Em contrapartida, os efeitos colaterais da viroterapia são raros e pouco prováveis, entretanto, essa terapia ainda passa por alguns desafios que estão pautados na maneira de administrar os vírus, uma vez que o sistema imune pode neutraliza-los sistemicamente. Todavia, a segurança e as técnicas utilizadas ainda são pouco estruturadas para melhor pesquisa desses vírus. Conclusão: Dessa forma, conclui-se que o uso de vírus oncolíticos para o tratamento do câncer abriu novas fronteiras para a medicina oncológica. Apesar de apresentar algumas limitações frente a tumores metastáticos e ao próprio sistema imune do paciente, esse método apresenta eficácia em uma grande variedade de tumores. Além disso, é importante ressaltar que esse tipo de terapia não causa efeitos colaterais consideráveis como outros tipos de tratamento, levando a melhora significativa na qualidade de vida dos pacientes. Em síntese, o fato de destruir células tumorais sem afetar células saudáveis, é o que faz da terapia com vírus oncolíticos ser tão importante. Embora seja recente e ainda esteja sendo aprimorado, esse tipo de tratamento traz com ele a solução para um dos grandes problemas causados por outros tipos de terapia: a debilitação do paciente durante o processo.

ANAIS DO III CONGRESSO MÉDICO UNIVERSITÁRIO DO OESTE DO PARANÁ – doi.org/10.35984/fjh.v1i3.121

FAG Journal of Health – ISSN 2674-550X, 2019, v.1, n.3, p.16

COMPARAÇÃO DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DO CÂNCER DE ESTÔMAGO EM RELAÇÃO AO TIPO HISTOLÓGICO NO PERÍODO DE 2010 A 2017, NA CIDADE DE CASCAVEL-PR COM O ESTADO

DO PARANÁ

VESCOVI, Amanda; SIMON, Eduarda; MORAIS, Vinícius de Sousa; OLIVEIRA, Juliano Karvat de; SODRÉ, Larissa Kerr de Araujo

Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz, Cascavel, Paraná, Brasil.

Introdução: O Câncer de Estômago (CE) é a 2ª neoplasia maligna mais diagnosticada no mundo (9,9%) e é responsável por cerca de 12,1% das mortes por câncer. Acredita-se que a etiologia e prevalência do CE estejam relacionadas à exposição prolongada aos fatores de risco, os quais têm sido progressivamente mais caracterizados, situação que deveria gerar importante impacto na redução das taxas de morbimortalidade no Brasil, porém não é o que se observa na atualidade das regiões mais desenvolvidas do nosso país. Objetivos: Apresentar o perfil epidemiológico dos portadores de CE de Cascavel-PR, tendo como fonte de dados os principais hospitais de câncer da cidade, em comparação com os pacientes em todo o Paraná. Fez-se análise comparativa dos tipos histológicos do CE e avaliaram-se outras características para inferência de relação causal entre os prováveis fatores de risco para o CE e sua incidência em Cascavel-PR e no Paraná, de 2010 a 2017. Métodos: Trata-se de estudo retrospectivo que utilizou como fonte os dados disponíveis na plataforma do INCA (Instituto Nacional do Câncer), de 2010 a 2017, comparando-se o tipo histológico do CE com sete categorias demográficas e comportamentais: sexo, idade, escolaridade, etnia, etilismo, tabagismo e história familiar de CE, a fim de delinear o perfil epidemiológico dos portadores de CE na cidade de Cascavel-PR, em comparação com os do Paraná. Resultados: Dentre os tipos histológicos de CE, houve maior prevalência de adenocarcinoma sem outras especificações (SOE) (52,29% X 54,87%), seguido de adenocarcinoma do tipo tubular (20,06% X 12,92%) e adenocarcinoma do tipo células em anel de sinete (17,93% X 10,12%), predominantes tanto em Cascavel quanto no Paraná. Em relação às características demográficas, houve maior prevalência do CE em pacientes acima dos 60 anos nos dois grupos (64,74% X 62,84%). Observou-se que há correlação entre os baixos índices de escolaridade com a maior incidência do CE (81,48% X 57,10%). No que se refere à etnia, a prevalência da etnia branca em comparação com as demais em Cascavel acompanha a prevalência estadual (70,16% X 70,28%). Essa prevalência é justificada pela expressiva maioria da população branca tanto em Cascavel quanto no Paraná, superando 70% da população nos dois territórios. Há prevalência do sexo masculino (75,69% X 67,75%), justificada pela maior exposição dos homens aos fatores de risco comportamentais (consumo de carne gordurosa e de sal excessivo). Além disso, verificou-se maior incidência de CE entre os ex-etilistas (7,90% X 9,68%) ou nunca etilistas (76,29% X 34,55%) e ex-tabagistas (28,88% X 17,46%) ou nunca tabagistas (44,07% X 25,74%), contrariando o conhecimento já estabelecido de relação causal entre o consumo de álcool e o tabagismo com o surgimento do CE. Por fim, não foram observadas diferenças significativas entre pacientes com ou sem histórico familiar de CE. Conclusões: Caracterizou-se a incidência de CE e suas variáveis na cidade de Cascavel-PR, comparativamente com o estado do Paraná: os grupos que estatisticamente obtiveram maiores incidências quanto à presença de CE compreendem homens com mais de 60 anos, brancos, com baixo índice de escolaridade, que nunca consumiram bebida alcóolica e tabaco de maneira regular e viciosa e sem histórico familiar de CE. Tais informações têm relevância no delineamento e ampliação dos grupos de risco para o surgimento do CE em ambos os territórios. A compreensão demográfica deve permitir investigação preventiva, campanhas de triagem e diagnóstico precoce do câncer, corroborando com a redução das taxas de morbimortalidade nacionais por CE. Em Cascavel, especialmente, pode-se implementar política de saúde para a abordagem do diagnóstico precoce nos grupos de risco através do programa de Estratégia de Saúde da Família. Palavras-chave: câncer de estômago; adenocarcinoma gástrico, tipo histológico; epidemiologia; perfil epidemiológico.

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APRESENTAÇÃO ATÍPICA DE UM CARCINOMA BASOCELULAR – RELATO DE CASO

HOFMAM, Ana Carolina; ANDRIOLO, Luiza

Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz, Cascavel, Paraná, Brasil.

Introdução: Na abordagem do câncer de pele, podemos dividi-los em dois grupos principais: o não melanoma e o melanoma. Dente os não melanomas, usualmente os subdividimos entre basocelulares (CBC) e espinocelulares (CEC), ambos mais incidentes na população de origem caucasiana, sendo o basocelular responsável por mais de 80% dos casos. Dentro os elementos que contribuem para o seu aparecimento destaca-se a exposição frequente a radiação ultravioleta bem como, história familiar ou pessoal de câncer de pele e danos prévios a ela. A principal faixa etária atingida ocorre a partir dos 50 anos. O CBC pode ser categorizado na prática clínica como nodular, ulcerado, pigmentado e infiltrativo, sendo que o primeiro, é o mais predominante, este subtipo é apresentado com aparência perolada, associado à telangectasias que mais tarde ulceram, podendo até mesmo invadir tecidos ao redor. Descrição do caso: M.J., masculino, 66 anos, trabalhador rural. Sem comorbidades ou medicações de uso contínuo. Relata lesão em região nasal que se apresenta como placa eritematosa e homogênea há vários anos. Possui aproximadamente 3,5cm de diâmetro com bordas mal delimitadas e assimétricas, com áreas de hiperceratose, além de ulceração importante com destruição da cartilagem nasal. Relata que já havia tentado tratamento por diversas vezes, porém sem resultado. Não faz uso de protetor solar e mantém sensibilidade no local da lesão. Conclusão: A partir da análise deste caso podemos observar a efetiva prevalência do carcinoma basocelular na população e assim como a grande maioria dos casos, evoluiu de forma vagarosa, o que resultou no atraso ao diagnóstico. Em relação ao local de desenvolvimento da lesão convergiu com dados da literatura – em especial na região cefálica, na área do nariz. Percebe-se que detém frequente evolução nos indivíduos de pele clara, além de que o paciente se expunha a um dos principais fatores de risco do CBC, a radiação, sem proteção. Em contrapartida, neste relato alguns pontos destoaram do padrão da doença, sendo um deles a idade em que o paciente em questão se encontra, já que o CBC privilegia uma faixa etária mais jovem, ao redor de 50 anos. Ademais desta incompatibilidade, notamos que outro ponto foi a ulceração encontrada em asa nasal deste paciente, já que isso é uma atribuição mais pertinente do carcinoma espinocelular, bem como sua manifestação mais agressiva do que se esperava. Outro fator foi que a lesão não se manifestou através de pápulas brilhantes peroladas com telangectasia, caracteristicamente como ocorre no carcinoma basocelular, fugindo do aspecto padrão da lesão.

Palavras-chave: Pele, câncer, ulceração.

ANAIS DO III CONGRESSO MÉDICO UNIVERSITÁRIO DO OESTE DO PARANÁ – doi.org/10.35984/fjh.v1i3.121

FAG Journal of Health – ISSN 2674-550X, 2019, v.1, n.3, p.18

ARTRITE SÉPTICA E SUAS COMPLICAÇÕES SISTÊMICAS

Ana Carolina Mendes de Souza, Ian Siqueira Araújo Câmara, Nathalia Sbardellini Sidou Ponte, Rafael Augusto dos Santos Ramos, Vitor Rodrigues Guimarães, Vitória Amaral Araújo Barcelos, Naira Coutinho

Oliveira Rocha Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz, Cascavel, Paraná, Brasil.

Introdução: O espectro de acometimento da artrite séptica é amplo e afeta as idades mais variadas, porém possui maior prevalência em idades pediátricas (crianças e adolescentes). Trata-se de um caso de emergência, definida como uma reação inflamatória resultante de uma invasão de microrganismos no espaço articular, a qual pode levar a complicações severas, como limitação de movimentos, déficit motor permanente e, finalmente, o choque séptico, que será exemplificado neste relato. Relato de caso: T.A.B.A., sexo masculino, 10 anos e 11 meses, 32 kg, foi admitido no pronto socorro do Hospital Regional da Ceilândia (HRC) – DF, relatando que há 6 dias, iniciou quadro de dor no joelho direito, a qual evoluiu para todo membro inferior (MI), associada à edema. Além disso, há 1 dia iniciou tosse produtiva, dispneia e febre não aferida. Evoluiu, há 8 horas da admissão, com piora da dispneia, dor abdominal difusa e hematúria. Nega traumas, acidentes, doenças crônicas ou comorbidades. Ao exame físico, paciente apresentava mau estado geral, taquidispneico, acianótico, hipocorado 3+/4+ e desidratado. Na ausculta pulmonar, havia presença de crepitações em pulmão direito. Verificou-se abdome em tábua, doloroso à palpação e sem massas palpáveis. Extremidades frias, perfusão periférica ruim (mais de 10 segundos), edema em MI, com predomínio no lado direito, acompanhado de flogose e rubor na região do tríceps sural direito. Ausência de sinais de irritação meníngea. Paciente foi admitido em Box de Emergência, oferecido suporte ventilatório com oxigênio sob máscara não-reinalante, obtidos dois acessos venosos periféricos e monitorizado. Realizada ressuscitação volumétrica. A seguir, foram solicitados exames complementares: Raio X de tórax apresentando infiltrado instersticial difuso, sugestivo de Síndrome da Angústia Respiratória Aguda (SARA). Exame de urina – Elementos Anormais do Sedimento (EAS) – indicando que o paciente tinha hemoglobina, proteína e glicose na urina. Hemograma, apontava leucocitose com desvio à esquerda. Transaminase glutâmico oxalacética (TGO) aumentada. Colhida hemocultura e iniciada antibioticoterapia com cefepime 50 mg/kg/dose de 8/8horas. Paciente não respondeu bem à abordagem inicial, mantendo hipoperfusão periférica, dispneia e oligúria. Realizada, então, sondagem vesical para controle da diurese e intubação orotraqueal. Paciente evoluiu com hipotensão sendo iniciada adrenalina contínua 0,3 mcg/kg/min. Nesse momento, solicitada vaga em UTI Pediátrica. Enquanto aguardava vaga em UTI, foi tentado controle do foco infeccioso. Feito contato com a equipe de Ortopedia do serviço para drenagem da articulação acometida. Paciente foi transportado para o Centro Cirúrgico, em uso de IOT e adrenalina. Foi realizada artrocentese em joelho direito e punção da região sural ipsilateral e material enviado para cultura. Após 12 horas da admissão, paciente apresentou parada cardiorrespiratória no centro cirúrgico. Foi realizada massagem cardíaca, ventilação com pressão positiva (VPP), 5 doses de adrenalina, não obtendo resposta. Apresentou sangramento pelo tubo orotraqueal e pela sonda nasogástrica em moderada quantidade. Apesar do esforço médico, paciente evoluiu para óbito após 12 horas e 30 minutos da admissão, sendo solicitado o pedido de necropsia. Hemocultura e cultura do líquido sinovial apresentaram crescimento de Staphylococcus aureus. Conclusão: Apesar da incidência da artrite séptica ser baixa, o quadro está associado a importante morbimortalidade. O reconhecimento desse caso em pacientes, dentro de um tempo hábil, pode interferir nas possíveis disfunções orgânicas sistêmicas determinantes para o óbito. Palavras-chave: Artrite séptica; emergência; pediatria; óbito.

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EMERGÊNCIA PEDIÁTRICA: IDENTIFICAÇÃO DA CRISE HIPOGLICÊMICA NA INFÂNCIA

BOSCHETTI, A. C. CAVASIN, G. S Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz, Cascavel, Paraná, Brasil

Introdução: A hipoglicemia é geralmente causada pela redução das reservas de energia, hiperinsulinemia e/ou excessivo gasto energético, e, na infância tem o potencial de propiciar graves consequências deletérias ao sistema nervoso central, de modo que a demora na solução do problema pode deixar sequelas irreversíveis. Portanto, o médico deve reconhecer o quadro clínico rapidamente e instituir imediatamente uma terapêutica de suporte e, após isso, buscar a causa base da hipoglicemia, o que resultará em um tratamento efetivo, levando à preservação da integridade do sistema nervoso central. Objetivo: Esse trabalho se direciona a fornecer elementos para identificação de uma situação de hipoglicemia em crianças e suas possíveis causas visando um atendimento adequado diante do quadro devido possíveis danos causados pela queda glicêmica ao sistema nervoso. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica de publicações sobre hipoglicemia em crianças, datadas de 1997 a 2008, disponíveis em bases de dados como SciELO, MEDLINE e Google Acadêmico. Resultados: A partir dos textos lidos, é possível compreender a importância do diagnóstico precoce e de um tratamento eficaz da hipoglicemia, para assim não causar prejuízos à integridade do sistema nervoso central. No entanto, o quadro clínico hipoglicêmico em lactentes é inespecífico, podendo apresentar-se com irritabilidade, cianose, taquipnéia e letargia, o que dificulta seu reconhecimento e posterior tratamento. Além disso, é de suma importância investigar a causa base da queda glicêmica para que seja programado um tratamento em longo prazo. Segundo Damiani, Dichtchekenian e Setian (1997) algumas características clínicas da criança podem oferecer indícios importantes para o diagnóstico etiológico da hipoglicemia: as condições associadas à falta de substrato, como prematuridade ou desnutrição intra-uterina, crianças portadoras da Síndrome de Beckwith-Wiedemann, presença de hipopituitarismo que leva à deficiência hormonal, doenças de depósito de glicogênio e estados hiperinsulinêmicos em geral. Sendo as últimas três, formas persistentes ou recorrentes de baixa glicêmica

e potencialmente são mais lesivas ao SNC. Conclusão: Infere-se que a hipoglicemia está associada a potenciais danos neurológicos e, assim, caracteriza uma situação clínica que exige diagnóstico preciso e manejo urgente. A tarefa de preservar a função e a integridade do SNC nunca deve ser negligenciada, e todos os esforços devem ser aplicados no sentido da elucidação etiológica do processo e da preservação de um suprimento adequado de glicose ao cérebro, evitando que disfunções irreversíveis se instalem ainda mais se tratando de neonatos, pois, o cérebro do recém-nascido consome mais glicose que um cérebro adulto. Ademais, não há consenso sobre a melhor forma de abordagem, sendo propostos vários protocolos de investigação, cabe ao médico, a partir dos estudos e experiências na área, identificar o quadro e saber o manejo mais adequado para cada caso. Palavras-chave: “hipoglicemia”, “hiperinsulinismo”, “hipopituitarismo” e “infância”.

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PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA EM GESTANTE: DESAFIO PARA AS EQUIPES DE EMERGÊNCIA - RELATO DE CASO

Ana Flávia Mendonça Fiori, Paula Carolina Mocelin, Rodrigo Nicácio Introdução: O trabalho tem como objetivo relatar um caso envolvendo uma gestante em parada cardiorrespiratória (PCR) em um acidente automobilístico com múltiplas vítimas. As prioridades no atendimento a gestantes são as mesmas da paciente não gravídica, porém, o feto também deve ser considerado. No caso de uma gestante em PCR, como será exemplificado no relato, manobras de ressuscitação cardiopulmonar (RCP) devem ser realizadas normalmente, com algumas considerações específicas. Descrição do caso: 31/12/2011, São Paulo, 01:43h da madrugada, ocorre acionamento simultâneo do SAMU e do Corpo de Bombeiros. O acionamento foi realizado devido a uma colisão auto-auto, seguida de capotamento, com vítimas presas a ferragens. Para resolução do caso, foram mobilizadas SAV (Suporte Avançado de Vida), 3 unidades básicas de resgate, 1(quando usa uma nemeração de um a dez, deze escrever o número, exemplo, um, dois....) carro de incêndio e 1 comando de área, que chegaram ao local em 6 minutos. A cena apresentava 2 veículos de passeio, um deles capotado, e 6 vítimas (4 adultos e 2 crianças), uma delas inconsciente em decúbito lateral direito. Em um dos carros havia uma família composta por marido, esposa e 2 filhos. O homem avançou o sinal vermelho e colidiu com o outro carro, que continha 2 jovens, resultando em uma batida lateral traseira, com posterior capotamento do veículo da família. A cena estava tumultuada, sem isolamento para adequado atendimento. As equipes básicas avaliaram as vítimas conscientes enquanto o SAV se responsabilizou pela vítima inconsciente. Posteriormente, foi evidenciado que a paciente não respirava, não tinha pulso cardíaco e que estava grávida de aproximadamente 8 meses. Como se tratava de um caso de PCR em gestante foram iniciadas manobras de ressuscitação cardiopulmonar contínua e a paciente foi submetida à intubação orotraqueal. Foi efetuado acesso venoso e a vítima foi monitorizada, demonstrando ritmo cardíaco de assistolia. Assim, precisava-se tomar uma decisão: fazer cesariana na cena ou transportar a vítima para um hospital de referência. A gestante estava em PCR há aproximadamente 7-10 minutos e não havia suporte neonatal na cena, além de tempo frio e chuvoso. A primeira decisão tomada pelos 2 médicos presentes na cena foi a de realizar a cesariana, pois o hospital mais perto estava há 3 minutos. Porém, ao constatarem a completa desorganização da cena e a falta de condições favoráveis para o procedimento, optaram por transportar a paciente para o hospital em RCP contínua. A cesariana foi realizada na chegada ao hospital, 16 minutos após o trauma, com o recém nato em PCR, sendo reanimado no primeiro minuto. Mesmo com todos os esforços, o óbito materno foi declarado após 45 minutos de manobras e o do bebê 12 horas após o parto. Conclusão: Em casos de parada cardiorrespiratória em pacientes grávidas envolvendo acidentes, as tentativas de ressuscitação da mãe devem ser iniciadas imediatamente no local e mantidas durante todo o transporte até um centro de referência, pois uma boa RCP e ventilação adequada aumentam a viabilidade materna e fetal. Existe possibilidade de realização de cesária após a morte da mãe ou na iminência de morte materna, sendo chamadas “cesariana post-mortem” e “cesariana perimorte”, respectivamente, justificadas diante de feto vivo e viável intra-útero. O prognóstico da viabilidade do feto é definido pelo tempo entre a PCR da gestante e a realização da cesárea; e o diagnóstico e a decisão da realização da cesariana são embasados clinicamente por meio da identificação da irreversibilidade do caso. Assim, evidencia-se a importância da urgência da tomada de conduta e a necessidade de diagnóstico rápido da morte materna para que se aumente a viabilidade do feto.

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PROFILAXIA DA TROMBOSE VENOSA PROFUNDA NA DERMOLIPECTOMIA ABDOMINAL

SPILLERE, A.M.B., PINA, L.F.S., MOLETA, B. M., NEDER, E.N., REZENDE, D.F., SILVA, N.G.

Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz, Cascavel, Paraná, Brasil. Introdução: A procura por cirurgia plástica tem aumentado progressivamente nos últimos anos devido, sobretudo a novas técnicas cirúrgicas e maior aceitação social. Dentre os procedimentos mais frequentes está a dermolipectomia abdominal que consiste na remoção do excesso de pele e gordura da região abdominal sendo comum refazer extensamente a parede interna muscular devido diástases. Dentre as complicações mais recorrentes estão seromas, hematomas, deiscências de sutura, necroses de retalho e trombose venosa profunda. O índice de complicações da TVP varia muito dentre os estudos científicos, todavia levando-se em consideração a população exposta, é bastante significativo. Objetivo: Dado a importância do tema devido aos altos índices de procura e realizações de cirurgias plásticas nos anos decorridos, este trabalho objetivou a observação e análise de protocolos de profilaxia de TVP na dermolipectomia abdominal afim de identificar e avaliar métodos eficazes na prevenção da trombose venosa profunda, visando assim um pós-operatório sem contratempos previstos. Metodologia: Consiste em uma revisão de literatura de caráter qualitativo realizada nas bases de dados PubMed e Scielo, usando os descritores “abdominal dermolipectomy” and “deep vein thrombosis”, selecionando aqueles que demonstraram maior adequação e relevância para compreensão do tema e realização desta revisão. Resultados: Pode-se analisar que os fatores de risco de formação da TVP no pós-operatório da dermolipectomia abdominal são comuns independentemente da idade do paciente, uma vez que se o paciente já possui expressivos fatores de riscos, o procedimento será contraindicado. Entretanto observa-se que a maioria dos pacientes que realizam tal cirurgia plástica são mulheres em faixas etárias que o uso de anticoncepcionais ou reposição hormonal são evidentes, sendo um relevante fator de risco da trombose venosa profunda. Dentre as profilaxias não farmacológicas estão a compressão pneumática intermitente, a manipulação de membros inferiores no intra e pós-operatório, a mobilização precoce, o uso de meia elástica e de meia de compressão graduada ou malha compressiva graduada. Já nas medidas farmacológicas está o uso de heparina de baixo peso molecular (via subcutânea) variando o tempo necessário de início no pré-operatório e o tempo estimado de injeções diárias no pós-operatório. Conclusão: A profilaxia da trombose venosa profunda na dermolipectomia abdominal é de suma importância uma vez que tem aumentado progressivamente a procura e realizações de cirurgias plásticas. Infere-se que as medidas não farmacológicas e farmacológicas devem estar presentes independentemente do caso, variando somente a forma, quantidade e tempo de acordo com os fatores de risco de cada paciente. Visando assim um pós-operatório sem maiores riscos e consequências. Palavras-chave: dermolipectomia abdominal; trombose venosa profunda; cirurgia plástica.

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REVISÃO DE LITERATURA SOBRE O ARTIGO TERAPIA ANTITROMBÓTICA APÓS SINDROME CORONARIANA AGUDA OU ICP NA FIBRILAÇÃO ATRIAL, ESTUDO AUGUSTUS

FREITAS MARQUES, Ana Maria, LINARTEVICHI, Vagner Fagnani

Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz, Cascavel, Paraná, Brasil

A Varfarina, antagonista da vitamina K, foi considerada o principal anticoagulante usado na prática clínica durante 50 anos. Agora, após décadas de estudos e devido a grande gama de anticoagulantes disponíveis no mercado, os NOACS vem surgindo como uma boa opção ao uso da Varfarina. Os novos anticoagulantes (NOACS), que atuam no fator X ativado (Xa), vem ganhando espaço principalmente por apresentar algumas vantagens em relação a Varfarina como sua melhor eficácia/segurança, pois dependendo da dose são mais eficientes em reduzir AVC em pacientes com fibrilação atrial e geram menos sangramento, bem como reduzem chances de tromboelismo com um risco similar a Varfarina na questão de hemorrragias. Além de dispensar o uso de exames rotineiros para monitorar o seu efeito, como a medida de tempo de protrombina. E por fim, interagem menos com alimentos e outras drogas. O grande problema dos Noacs atualmente seria o seu preço se comparado a outros medicamentos anticoagulantes. Devido aos seus bons resultados para pacientes com problemas vasculares, em 2019 surgiu um estudo publicado no New England Journal of Medicine intitulado Terapia antitrombótica após Síndrome ou PCI coronariana aguda em Fibrilação Atrial, estudo esse chamado de AUGUSTUS, que se trata de um ensaio clínico controlado aleatório, randomizado, realizado pela Duke Clinical Research Institute (DCRI). O estudo avaliou se a epixabana (NOACS), é mais segura que a Varfarina e se o AAS (Acido acetilsalicílico) tem alguma contribuição nesse conjunto terapêutico. O objetivo desse trabalho foi o de relatar as conclusões do estudo AUGUSTUS e a relevância do uso dos NOACS. O presente estudo trata-se de uma revisão da literatura na qual os dados foram obtidos por meio da base de dados eletrônica Medscape. Durante o projeto AUGUSTUS, foram submetidos 4614 pacientes, em 33 países, com idade média de 70 anos. Os critérios de inclusão foram; idade de 18 anos ou mais, paciente com fibrilação atrial, e uso a longo prazo de antiacoagulante oral, ter síndrome coronariana aguda recente ou angioplastia (ICP), além de indicação de inibidores de P2Y12 por pelo menos 6 meses. O clopidogrel foi o P2Y12 usado em 90% dos casos. Os desfechos foram: sangramento maior e clinicamente relevante, morte e hospitalização, e morte por eventos isquêmicos em seis meses. Ao final do estudo, foi observado sangramento maior ou clinicamente relevante em 10,5% dos pacientes que receberam epixabana contra 14,7% entre aqueles que receberam algum antagonista da vitamina K e em 16,1% dos pacientes que receberam AAS vs. 9,0% entre os que receberam placebo. As mortes e hospitalizações também demonstraram que o grupo de epixabana, 23,5%, tiveram menos incidência do que o grupo que recebeu antagonista da vitamina K (27,4%). Para eventos isquêmicos a diferença do uso de AAS e placebo não foi significativa, assim não usar o AAS não trouxe um maior risco de infarto ou AVC, mas o estudo não foi conclusivo para esse aspectro. Portanto, segundo o estudo, a epixabana, reduziu em 31% o risco de sangramentos em relação a varfarina, assim se um paciente apresenta fibrilação atrial com indicação para Stent (PCI) ou sofre uma síndrome coronariana aguda, a epixabana associada ao clopidogrel como inibidor P2Y12 de escolha é mais seguro e eficaz. Sendo que o AAS seria mais indicado como terapia tripla apenas para o paciente que tenha alto risco de isquemia e baixo risco de sangramento. Palavras chaves: anticoagulantes, NOACS, AUGUSTUS

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INTUSSUCEPÇÃO INTESTINAL EM PACIENTE APÓS CIRURGIA BARIÁTRICA

André Pereira Westphalen, Natasha Lure Bueno de Camargo, Gabriela Maria Venson e Maria Julia Prates Rezende

Curso de Medicina do Hospital Universitário da Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Introdução: A obesidade é uma doença crônica e tem se tornado um dos problemas de saúde pública mais prevalentes em todo o mundo. O tratamento clínico convencional para a obesidade mórbida continua produzindo resultados insatisfatórios, com 95% dos pacientes recuperando seu peso inicial em até dois anos. Devido à necessidade de uma intervenção mais eficaz na condução de obesos graves, a indicação das operações bariátricas vem crescendo nos dias atuais e junto a incidência de suas complicações cirúrgicas. Sendo uma delas a intussuscepção intestinal, que após by-pass, tem sua incidência em apenas 0,1-0,3% dos casos. Normalmente observa-se um longo intervalo de tempo entre a cirurgia e o seu aparecimento. Acomete principalmente mulheres e está associado a maior redução de IMC pós cirúrgico. Sua tríade clássica é formada por: dor abdominal, fezes com sangue e massa palpável. Porém, raramente vista, em sua maioria os pacientes se apresentam com sintomas e exames laboratoriais inespecíficos, havendo a necessidade de se correlacionar com exames de imagem. Descrição do caso: R.M., 40 anos, sexo feminino, branca, católica, casada. Paciente admitida no Hospital Universitário do Oeste do Paraná com queixa de dor abdominal súbita e de forte intensidade em região de flanco esquerdo, em cólica, associada a vários episódios de vômitos, sem fatores de melhora dos sintomas que haviam iniciado na manhã da internação. Com histórico de cirurgia bariátrica em 2011 (Capela), abdominoplastia em 2016 e hernioplastia incisional mediana em 2016 com colocação de tela. Ao exame: BEG, LOTE, normocorada, acianótica, anictérica, hidratada, eupneica, normocardica, abdome plano, flácido, RHA abolidos, timpanismo à percussão. Doloroso à palpação de flanco esquerdo. Presença de massa palpável em flanco esquerdo de aproximadamente 7 cm de diâmetro. Sem sinais de peritonite. Com ultrassom de abdome da cidade de origem que observa-se em flanco esquerdo peri-umbilical uma imagem cística de contornos regulares espessadas e internamente outra imagem com características de alça intestinal com pedículo com mais ou menos 13 x 9,9 x 6,8 cm. Ao power doppler não se observou vascularização. Imagem sugestiva de intussucepção intestinal ou torção de alça de delgado. Tendo sido realizada tomografia de abdome com contraste que evidenciou achado compatível com diagnostico ultrassonográfico. Foi submetida a laparotomia exploradora na qual foi observado presença de intussuscepção de alça de delgado distal em região de anastomose de cirurgia bariátrica (y de roux) prévia, com distensão à montante, sendo realizada a redução de alça distal por manobras manuais. Paciente com boa evolução pós-operatória recebeu alta hospitalar e segue em acompanhamento ambulatorial. Conclusões: O diagnóstico de intussuscepção em adultos é relativamente raro, no entanto, percebe-se um aumento na incidência dessa complicação em pacientes que foram submetidos a cirurgia de bypass gástrico. O diagnóstico é frequentemente difícil, isso pois o exame físico inicial e as investigações laboratoriais são inespecíficos. Sendo o ultrassom e a tomografia de abdome exames de grande importância nesses casos.

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RABDOMIOSSARCOMA EMBRIONÁRIO ABDOMINAL – UM RELATO DE CASO

PINHEIRO VALCANOVER, A.1, MAZIERO REGIANI, A.C.2, MENEGOL KUCMANSKI, E.L.3, BERGSON

SABKA, E.⁴, DE BARROS MOREIRA, R.5, WEIRICH, R.A. 6, COSTA MENDONÇA FIORI, C. M.7

1Departamento de Medicina, Centro Universitário FAG, Cascavel, Paraná, Brasil. 2Departamento de Medicina, Centro Universitário FAG, Cascavel, Paraná, Brasil. 3Departamento de Medicina, Centro Universitário FAG, Cascavel,

Paraná, Brasil. 4Departamento de Medicina, Centro Universitário FAG, Cascavel, Paraná, Brasil. 5Departamento de Medicina, Centro Universitário FAG, Cascavel, Paraná, Brasil. 6Departamento de Medicina, Centro Universitário FAG,

Cascavel, Paraná, Brasil. 7Departamento de Oncologia Pediátrica, Hospital UOPECCAN, Cascavel, Paraná, Brasil.

Introdução: Sarcomas são cânceres que se desenvolvem a partir dos tecidos conectivos, como músculos, tecido gorduroso, membranas que revestem as juntas ou vasos sanguíneos. O rabdomiossarcoma (RMS), mais comum em crianças e adolescentes, desenvolve-se nos músculos ligados aos ossos. Em geral, esses tumores pediátricos são raros, representando de 3 a 4% de todos os cânceres infantis; nos Estados Unidos, eles têm uma incidência estimada de 5 por milhão. Dois terços dos casos são diagnosticados em crianças com menos de seis anos e existe uma pequena predominância masculina. Assim como a maioria dos cânceres infantis, a etiologia e os fatores de risco específicos para RMS não são conhecidos. Quatro principais subtipos histológicos de RMS são identificados, uma distinção que é importante para o tratamento e prognóstico: embrionário, botrioide, alveolar e indiferenciado. O subtipo embrionário é mais comum. Tradicionalmente, o tratamento da RMS foi selecionado de acordo com um algoritmo baseado em risco que combina a classificação histológica com o estágio pré-cirúrgico e o grupo clínico pós-cirúrgico. Em geral, a taxa de sobrevida em 5 anos para crianças no grupo de baixo risco é superior a 90%. Para as crianças do grupo de risco intermediário, as taxas de sobrevida em 5 anos variam de 60% a 80%. Se a doença está amplamente disseminada, a taxa de sobrevida em 5 anos é geralmente cerca de 20% a 40%. Descrição do caso: Paciente masculino, de 4 anos e 11 meses, natural e procedente de Dionísio Cerqueira (SC), com relato de tenesmo vesical e polaciúria há 2 meses, associado à dor abdominal e aparecimento de massa abdominal há 15 dias. Foi atendido em cidade de origem, onde realizou USG abdominal que mostrou volumosa lesão expansiva abdominal que se estendia de pequena pelve até epigástrio. Após resultado de exame de imagem, foi encaminhado para consulta em serviço de oncopediatria da UOPECCAN. Admitido no serviço em janeiro de 2017, à consulta, mãe referia que paciente iniciou com episódios de vômitos há 4 dias. Ao exame físico apresentava-se, hipocorado (2+/4+), com presença de microadenopatia cervical, abdome, com massa palpável endurecida que se estendia de meso à hipogastro. Solicitado TC de tórax e abdome que evidenciou presença de volumosa lesão expansiva heterogênea mesentérica abdominal (12,4 x 7,6 x 7,6 cm), envolvendo desde o mesogástrio até à pelve. Na propedêutica a seguir foram realizadas a biópsia e imunohistoquímica da massa, que diagnosticaram o tumor abdominal como Rabdomiossarcoma Embrionário. Iniciou o tratamento quimioterápico, com risco de lise tumoral pelo tamanho considerável da massa. Após cerca de 4 meses de tratamento quimioterápico, com a repetição da TC de abdome, foi evidenciado redução das dimensões da lesão expansiva mesentérica (7,1 x 3,7 x 4,7 cm), com menor efeito compressivo sobre as estruturas adjacentes, além da redução das linfonodomegalias abdominais. O conjunto de achados foi compatível com resposta parcial ao tratamento e indicativo de possiblidade de ressecção cirúrgica da massa. Em abril de 2017 realizou-se a cirurgia de ressecção do tumor retroperitonial com cistectomia parcial. O término do tratamento quimioterápico ocorreu em Fevereiro de 2018. Atualmente paciente encontra-se em remissão, clinicamente bem, sem queixas, e realiza consultas periódicas para acompanhamento. Conclusões: O presente caso trás consigo relevância para relato pelo fato de ser uma doença rara, representando cerca de 3 a 4% de todos os cânceres infantis. Destaca-se ainda a clínica imprecisa, uma vez que o rabdomiossarcoma pode se desenvolver em qualquer parte do corpo, não existem sintomas comuns a todos os casos. Concluimos então, a importância de uma história clinica completa, para melhor elucidação da doença e encaminhamento ao serviço especializado de forma ágil e correta. Palavras-chaves: rabdomiossarcoma embrionário; oncologia pediátrica; rabdomiossarcoma abdominal.

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FAG Journal of Health – ISSN 2674-550X, 2019, v.1, n.3, p.25

CARCINOMA DE CÓRTEX ADRENAL – UM RELATO DE CASO PINHEIRO VALCANOVER, A.1, MAZIERO REGIANI, A.C.2, MENEGOL KUCMANSKI, E.L.3, BERGSON SABKA, E.⁴, DE BARROS MOREIRA, R.5, WEIRICH, R.A. 6, COSTA MENDONÇA FIORI, C. M.7 1Departamento de Medicina, Centro Universitário FAG, Cascavel, Paraná, Brasil. 2Departamento de Medicina, Centro Universitário FAG, Cascavel, Paraná, Brasil. 3Departamento de Medicina, Centro Universitário FAG, Cascavel, Paraná, Brasil. 4Departamento de Medicina, Centro Universitário FAG, Cascavel, Paraná, Brasil. 5Departamento de Medicina, Centro Universitário FAG, Cascavel, Paraná, Brasil. 6Departamento de Medicina, Centro Universitário FAG, Cascavel, Paraná, Brasil. 7Departamento de Oncologia Pediátrica, Hospital UOPECCAN, Cascavel, Paraná, Brasil.

Introdução: O carcinoma de córtex adrenal é um tumor raro, correspondendo a 0,02% de todas as neoplasias. Sua apresentação na infância é ainda menos encontrada, no entanto tem uma incidência 15 vezes maior no estado do Paraná que em outros países. Uma hipótese levantada seria a mutação germinativa de R337H TP53 encontrada nos pacientes dessa região. O tamanho do tumor é o parâmetro mais importante no prognóstico em crianças. Ele pode ser assintomático, pode se apresentar como forma virilizante, forma cushingóide ou forma mista. A cirurgia é o único tratamento curativo. Este trabalho procurou relatar um caso clínico de carcinoma de córtex adrenal na infância no estado do Paraná. Descrição do caso: Paciente masculino, de 2 anos, natural e residente no estado do Paraná, apresenta há 3 meses aumento de peso de 2,5 kg, mudanças de comportamento como irritabilidade e agressividade, insônia e perda de interesse em atividades recreativas. É referido que nesse mesmo período houve pilificação em rima labial e dorso, acne na região frontal, acompanhado de aumento peniano, mudança na marcha e constipação. Há 5 dias iniciou quadro de prostração, dor abdominal em lado esquerdo após urinar e urina de coloração turva, foi realizado Ultrassonografia de Abdome que mostrava volumosa tumoração retroperitonial à esclarecer. Foi encaminhado então para a oncopediatria do Hospital UOPECCAN. Ao exame físico apresentava fácies cushingóide e odor axilar; presença de pilificação em face, dorso, nuca e rima labial; massa endurecida palpável em flanco esquerdo, com presença de circulação colateral; genital masculina com aumento das dimensões penianas (P2) e testiculares, com pilificação em região pubiana. De exames complementares, a Tomografia de Abdome evidenciou uma volumosa massa em adrenal esquerda, de 10/12 cm, e exames hormonais revelaram cortisol 4,50 ng/dl, testosterona total 1007,1 ng/dl, SDHEA > 1000 ng/dl. Paciente iniciou tratamento com Mitotane, Florinef e Hidrocortisona. Posteriormente foi realizado adrenalectomia direita com linfadenectomia retroperitoneal e biópsia do tumor, a qual confirmou Carcinoma de Córtex Adrenal com 13/10 cm, margens cirúrgicas livres, 10 linfonodos foram analisados, todos sem metástase. Obteve regressão completa dos sintomas e de alterações físicas virilizantes após cirurgia, realizando acompanhamento periódico no serviço, monitorando dosagens hormonais e exames de imagem. Após um ano da cirurgia, retorna em consulta de seguimento com relato da mãe de dor abdominal há 30 dias e presença acne, nega aumento da pilificação em face. Tomografia de Abdome revela recorrência tumoral no leito cirúrgico à esquerda, com pelo menos 3 nódulos, e surgimento de massa volumosa em adrenal direita de aspecto neoplásico, além de rim esquerdo atrófico como complicação vascular e rim direito vicariante. Equipe decide reiniciar quimioterapia adjuvante imediatamente, com 2 ciclos devido ao grande volume tumoral e neoplasia bilateral, e posterior reavaliação com imagem para tratamento cirúrgico. Conclusões: O tratamento do carcinoma de córtex adrenal na infância é baseado principalmente na cirurgia. O diagnóstico precoce, juntamente com a ressecção total do tumor são fundamentais para o sucesso terapêutico. A sobrevida global desse tumor é de 55% segundo dados do registro internacional (IPACTR), mas, em estádios avançados é muito menor. A quimioterapia adjuvante com cisplatina, etoposídeo, doxorrubicina e mitotano apresenta efeitos colaterais importantes como insuficiência adrenocortical, e não mostra evidências de melhores resultados segundo alguns estudos em análise, sendo, portanto, importante que novas formas de tratamento sejam pesquisadas. Palavras-chaves: carcinoma de córtex adrenal; oncologia pediátrica; tumor de adrenal.

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LIPOMAS EM LOCAIS INCOMUNS – RELATO DE CASO: ASPECTOS DE IMAGEM E ANATOMOPATÓGICO DE LIPOMA NA INCISURA ESPINOGLENOIDAL

PINHEIRO, Andrey Felipe de Carvalho1, ESPINDOLA, Eron Celant 1 , SAAD, Jorge2, CARVALHO, Kelson

Rodrigues3, COSTA, Marcio Luiz4, LUZ, Roger Marquez5, RODRIGUES, Ronaldo Rêgo6

1Acadêmico do Curso de Medicina- Centro Universitário Assis Gurgacz. 2Médico Ortopedista. 3Médico Patologista no Versalius (Sabin) Brasília e Médico Militar da Força Aérea Brasileira. 4Médico Radiologista e Diretor Técnico da AKC Diagnósticos em Palmas-TO. 5Médico Radiologista na AKC Diagnósticos. 6Médico Oncologista no Hospital Oncológico de Palmas-TO.

Introdução: Lipomas são tumores benignos compostos por células de gordura maduras. Manifestam-se tipicamente como uma massa de tecido mole, palpável, móvel, de consistência elástica e geralmente aparecem nas regiões subdérmica e subcutânea. Possuem alta incidência, podendo corresponder a cerca de 50% de todos os tumores de partes moles. Esses tumores podem ser encontrados em diversas partes do corpo, mais comumente nos tecidos moles superficiais das extremidades, costas, pescoço, contudo também são encontrados em locais menos frequentes, como no retroperitônio, mãos, pés e parede torácica. As lesões são frequentemente assintomáticas e podem aumentar lentamente. Sintomas clínicos associados são raros, mas incluem dor local, sensibilidade, limitação de amplitude de movimento, assim como compressão de nervos e estruturas adjacentes, dados que são relatados em aproximadamente 25% dos pacientes com lipomas. Uma pequena quantidade de componentes não adiposos está frequentemente presente, representando septos fibrosos, áreas de necrose gordurosa, vasos sanguíneos e fibras musculares interpostas. Quaisquer componentes não adiposos devem ser cuidadosamente avaliados para excluir um componente mais agressivo. O diagnóstico definitivo de lipoma depende dos achados histopatológicos da lesão, contudo exames radiológicos, como por exemplo ultrassonografia, tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM), podem inicialmente sugerir a possibilidade da lesão ser um lipoma, reservando o estudo histológico para casos específicos, seja por localização atípica, crescimento ao longo do tempo ou possuir características de imagem indeterminadas. Relato do caso: Paciente sexo feminino, 54 anos, que realizou RM de ombro direito para avaliação do manguito rotador, sendo identificado como achado adicional lesão sólida alongada localizada na incisura espinogleinoidal da cintura escapular direita. A imagem na ressonância magnética demonstrou sinal homogêneo, semelhante ao da gordura, nas diversas sequências T1 e T2, com queda de sinal na sequência com saturação de gordura, achados radiológicos sugestivos de lesão de origem lipomatosa, sendo o lipoma uma delas. A lesão também foi avaliada por estudo ultrassonográfico, demonstrando imagem alongada, de aspecto sólido, hipoecogênica, com ecotextura heterogênea, localizada profundamente ao músculo supraespinal, na incisura espinoglenoidal, cujo o aspecto ultrassonográfico não é específico para lipoma, mas que também não permite excluir tal possibilidade. Devido localização atípica, foi indicado pela equipe de cirurgia ortopédica coleta de amostra da lesão para estudo histológico. O procedimento de coleta do material foi realizado por acesso percutâneo, por médico radiologista com experiência em radiologia intervencionista, sendo guiada por ultrassonografia, com anestesia local. A avaliação microscópica dos fragmentos coletados demonstrou achados histopatológicos de origem lipomatosa, de aspecto benigno, com características sugestivas de lipoma, representado por tecido adiposo maduro sem atipías, contendo esparsos vasos sanguíneos delicados de permeio, sem áreas de necrose, figuras de mitose ou lipoblastos, com ausência de sinais de malignidade. Conclusão: O diagnóstico de definitivo de lipoma é de substrato anatomopatológico, contudo a identificação de lesões com achados radiológicos típicos, tanto em relação à localização como em relação às características da imagem nos diferentes métodos, pode inferir este diagnóstico, sendo de grande importância o reconhecimento dos casos atípicos para a adequada abordagem investigativa e terapêutica.

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FAG Journal of Health – ISSN 2674-550X, 2019, v.1, n.3, p.27

INÍCIO SOMBRIO COM DESFECHO FAVORÁVEL, UM TRAUMA OCULAR NA INFÂNCIA – RELATO DE CASO

MANFREDI, Augusto1, BERSOT, Taís1, MERISIO, Everson2

Academico de Medicina – FAG. Residente em Oftalmologia do Hospital Angelina Caron, Campina Grande do Sul,

Paraná, Brasil

INTRODUÇÃO: O trauma ocular é causa importante de perda visual e como os pacientes traumatizados são geralmente jovens, o custo para sociedade não está relacionado apenas ao tratamento médico, mas também à perda de produtividade permanente. As patologias traumáticas constituem o principal motivo que conduz o paciente até um serviço de urgência/emergência oftalmológica. Dentre as enfermidades traumáticas, o trauma causado por corpo estranho na região ocular, representa, ainda, a grande maioria dos atendimentos. O trauma ocular na infância é mais frequente no sexo masculino, em escolas e está associado a objetos como pedra, madeira, ferro, utensílios domésticos e brinquedos. Com o surgimento do microscópio operatório e das técnicas de vitrectomia ocorreu uma mudança dramática no manejo dos olhos severamente traumatizados. DESCRIÇÃO DO CASO: A.T, masculino, 14 anos, estudante. Apresentou-se à consulta com oftalmologista no dia 31/01/2019 referindo baixa acuidade visual instantânea, devido a trauma contuso no olho esquerdo há 1 dia, enquanto manipulava "bombinha”. Nega dor, comorbidades, alergias, medicamentos de uso contínuo, cirurgias ou trauma ocular prévios. Ao exame físico apresentava acuidade visual do olho esquerdo: conta dedos junto à face. Biomicroscopia do olho esquerdo: edema de córnea 1+, presença de múltiplos leucomas em todos os quadrantes corneanos, íris midriática e corectopica com avulsão de íris superior tamponando perfuração escleral superior (12h), catarata traumática em formação, hiperemia conjuntival moderada e hemorragia subconjuntival inferior. Pressão intraocular do olho esquerdo de 09. Fundo de olho impossível avaliar devido à opacidade de meios. Como conduta foi realizado fechamento escleral programado para o mesmo dia, mas devido à ausência de disponibilidade não foi realizada tomografia. Durante o intraoperatório foi notada a presença de corpo estranho de aproximadamente 3cm, seccionando a íris em um ângulo de 90 graus com ponta fora da esclera, na região do limbo da córnea com a esclera (achados após a exploração conjuntival) Foi realizada retirada de corpo estranho, rafia de córnea e esclera e após o procedimento prescrito antibiótico. Antes e após a cirurgia a família foi orientada quanto ao prognóstico visual reservado, com chance quase total de cegueira e de mínima recuperação. No dia 11/02/2019 o paciente retornou para realização de ultrassonografia, sendo orientado sobre a possibilidade de facoemulsificação do olho esquerdo futura. Dia 19/03/2019 foi realizada vitrectomia e lensectomia, o paciente encontrava-se assintomático. Acuidade visual sem correção do olho esquerdo: movimentos de mão. O paciente foi deixado afasico e avaliou-se implante secundário de lente, no dia 25/06/19 foi realizado implante de lente intraocular juntamente com pupiloplastia, acuidade visual do olho esquerdo neste dia: 20/100-1. Em 05/08/2019 houve retorno do paciente, apresentando acuidade visual sem correção do olho esquerdo: 20/60 -2 e pressão intraocular do olho esquerdo de 18. CONCLUSÃO: O trauma ocular com presença de corpo estranho necessita atendimento rápido e exploração precisa, além de suporte clínico e cirúrgico adequado. Desta forma, ocorre uma diminuição da possibilidade de endoftalmite propiciando melhor prognóstico. Ademais, são necessários programas de educação e prevenção do trauma na infância. Cerca de 30% dos pacientes ficam sem a visão útil após traumas e 10% de todo ferimento ocular acontece em crianças. PALAVRAS-CHAVE: trauma ocular, corpo estranho, infância.

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FAG Journal of Health – ISSN 2674-550X, 2019, v.1, n.3, p.28

CARACTERÍSTICAS DA ESCLEROSE MÚLTIPLA E PERFIL DOS PORTADORES

GABARDO, B. B.¹, ZANATTA, J. P.², FERNANDES, L. S.¹, MARTINAZO, T. A.¹, REOLON, L. T. ¹, SANTOS, R. C. V. ¹, IACHINSKI, R. E. ³

¹Acadêmica do curso de Medicina do Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz, Cascavel, Paraná, Brasil. ²Médico com formação pela Universidade de Passo Fundo, Rio Grande do Sul, Brasil.³Neurologista com residência médica pelo Instituto de Neurologia de Curitiba (INC), especialista em Neurofisiologia Clínica e Docente do Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz, Cascavel, Paraná, Brasil.

Introdução: A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença crônica que ocasiona a desmielinização de feixes de fibras nervosas do Sistema Nervoso Central e é a principal causa não traumática de incapacidade em adultos jovens. Objetivo: Realizar uma revisão da literatura sobre o perfil dos pacientes diagnosticados com EM, identificando o número de portadores, prevalência do gênero, idade média quando diagnosticado, primeira manifestação, tempo para realização do diagnóstico a partir do primeiro sintoma, risco de desenvolver transtorno depressivo ao longo dos anos e tratamento para a doença. Métodos: Estudo de revisão bibliográfica, tendo como base científica artigos do banco de dados do PUBMED, BVC e SCIELO. Foram utilizadas as palavras-chave "Esclerose Múltipla"; “epidemiologia”; “diagnóstico" e "manifestações neurológicas”. Resultados: A literatura aponta que a prevalência de EM aumentou nas últimas décadas, sendo que em 2013 o número estimado de portadores era de 2.3 milhões. Em relação ao sexo, há duas vezes mais mulheres com a doença do que homens. Quanto ao diagnóstico, geralmente acomete adultos jovens, em torno dos 30 anos. Na maioria das vezes o quadro se manifesta por surtos/ataques. Avaliou-se, em um estudo, que 50,83% dos portadores tinham sintomas envolvendo alterações dos nervos cranianos, 32,10% sintomas sensitivos, 26,42% visuais, 13,38% disfunções relacionadas ao equilíbrio, 7,69% sintomas prodrômicos como cefaleia e 0,67% distúrbios urinários. A literatura expõe que o tempo para realização do diagnóstico é de grande importância, uma vez que a demora pode diminuir as opções de tratamento disponíveis. Em uma pesquisa, o tempo médio entre a primeira manifestação da doença e o diagnóstico foi de 9 meses. Ainda, observaram que alguns fatores estavam relacionados com o atraso o diagnóstico, como idade mais avançada, distúrbio motor no início, procura por diferente especialidade médica, maior número de ataques antes do diagnóstico, subtipo progressivo primário e diagnóstico prévio alternativo. Quanto à prevalência de transtornos depressivos entre os portadores de EM, outro trabalho atentou que é elevada, tendo um risco de 50% ao longo da vida. Apesar de ser uma doença sem cura, existem medicamentos - imunomoduladores - capazes de modificar o curso da doença, diminuir o número de recaídas e melhorar alguns sintomas, como glatirâmer, betainterferona e teriflunomida (primeira linha). O tratamento ainda inclui hábitos saudáveis de vida, como alimentação equilibrada e atividade física. Conclusão: Há um número mais elevado de mulheres portadoras de EM que homens, sendo que o diagnóstico geralmente é realizado em adultos jovens, em idade produtiva. Destaca-se ainda, o elevado risco de transtornos depressivos, os quais estão relacionados com menor qualidade de vida, acentuada carga global da doença, sofrimento psicológico, menor adesão ao tratamento e maior chance de suicídio. Mesmo não existindo cura para doença, a terapia imunossupressora é capaz de alterar seu curso. Mais estudos nesta importante área da medicina devem ser realizados, para melhor interpretar a fisiopatologia da EM, auxiliando em um diagnóstico mais ágil e consequentemente uma terapia precoce. Palavras-chave: Esclerose Múltipla; epidemiologia; diagnóstico; manifestações neurológicas.

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A ABORDAGEM MULTIPROFISSIONAL NA URGÊNCIA E EMERGÊNCIA: RELEVÂNCIA E DESAFIOS

Bárbara Salvador Carvalhais, Adriana Romão, Andrey Felipe Carvalho, Cláudia Gregorini Silva, Isabella

Cristina Rocha, Lucas Barbosa Reis, Thales Lima Lopes

Acadêmicos de Medicina do Centro Universitário Assis Gurgacz

INTRODUÇÃO: É necessário afirmar que a integração das diferentes áreas da saúde é de extrema

relevância na abordagem do processo saúde-doença, porém, sabe-se também que muitos são os desafios

na efetivação dessa integração. Somado a esse contexto, nos últimos anos, o sistema de atenção às

urgências tem apresentando novos conceitos em relação a organização do atendimento em rede, o que

evidencia ainda mais a necessidade da consolidação da abordagem multiprofissional nesse setor.

OBJETIVO: Esse trabalho foi realizado no intuito de avaliar os desafios da atuação interdisciplinar dentro

da especialidade urgência emergência. DELINEAMENTO: Esse estudo utilizou como método a revisão

bibliográfica. A revisão integrativa consiste em uma análise ampla da literatura, reunindo-a e sintetizando-a,

a fim de contribuir para a compreensão de um fenômeno ou problema particular, além de fornecer

subsídios para a prática baseada em evidências. Para a seleção dos artigos foram utilizadas as bases de

dados Google Acadêmico e Scielo. A amostra foi constituída por 5 artigos. RESULTADOS: Na síntese das

evidências constatou-se que os artigos incluídos evidenciaram que o cuidado nas emergências ocorre de

maneira fragmentada e que os profissionais carecem de conhecimento, confiança e habilidades de

interação. Nesse eixo, mostra-se necessário um conjunto de iniciativas educacionais voltadas à ampliação

da integralidade dos profissionais da área. Portanto, existe a necessidade de um aprofundamento nas bases

de dados da literatura médica, afim não só de se criar uma revisão bibliográfica, mas, também, de analisar

as propostas para que se lide com os desafios que ainda se encontram presentes na abordagem

multiprofissional. CONSIDERAÇÃO FINAL: A eficácia e a rapidez no atendimento seguro ao paciente são

determinantes para a sobrevivência e a manutenção da vida desde o primeiro contato com a vítima. Por

esse motivo, a atuação da equipe multiprofissional é de extrema importância no ambiente hospitalar e

ambulatorial, devendo ser estimulada nesses setores.

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FAG Journal of Health – ISSN 2674-550X, 2019, v.1, n.3, p.30

A RELEVÂNCIA DA HIGIENE BUCAL NA REDUÇÃO DO ÍNDICE DE INFECÇÃO RESPIRATÓRIA EM PACIENTES DE UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

Bárbara Salvador Carvalhais, Camila Hoffmann Fritzen, Eduarda Mattar Villaca, Isabella Cristina Rocha,

Lucas Barbosa Reis, Pamela Martarello, Thaís Westerich Izotton

Acadêmicas de Medicina no Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz – FAG

Introdução: No ambiente hospitalar da unidade de terapia intensiva (UTI), onde o maior foco é relacionado a estabilização da condição clínica e a manutenção do paciente, o indivíduo doente está predisposto a contrair patógenos de maior virulência que aqueles encontrados na flora bucal de pacientes saudáveis ou de pacientes que se encontram hospitalizados em enfermaria. Além disso, muitas vezes, encontra-se nesse cenário uma baixa prioridade do cuidado bucal, uma problemática necessária a ser revisada, em vista da importância de uma higienização bucal eficiente para a redução de infecções respiratórias na UTI. Objetivo: Ressaltar a importância da higiene bucal em pacientes de UTI, visando a redução da prevalência de infecções respiratórias em internados. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura qualitativa não-sistemática, realizada por meio da busca de artigos nas bases de dados virtuais MedLine e SciELO, utilizando as palavras-chave “‘saúde bucal”, “UTI” e “infecção respiratória”. Foram selecionados artigos com base em sua relevância para o tema e que faziam correlação entre higiene bucal e redução de infecções respiratórias. Resultados: A cavidade bucal é a porta de entrada para patógenos relacionados a infecções sistêmicas, como o Staphylococcus aureus, Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenza e Pseudomonas aeruginosa. Por esse motivo, a condição de higiene bucal está consideravelmente relacionada a infecções na UTI, devido à precariedade de tratamento bucal inerte a esse meio, somado à diminuição de fatores biológicos, como a diminuição do fluxo salivar e da movimentação da língua e bochechas durante a fala. Além da gênese de infecções, também pode ocorrer a exacerbação de patologias de base por meio de focos de infecção bucal ativos, como gengivites, raízes dentárias residuais e infecções oportunistas. A mais relevante complicação desencadeada por patógenos orais em ambiente de UTI é a pneumonia associada à ventilação mecânica (PAVM), em virtude de sua grande prevalência, alto custo de tratamento e significativas taxas de morbidade e mortalidade. A intubação orotraqueal (IOT), necessária para a ventilação mecânica (VM), foi associada ao aumento do risco de PAVM quando utilizada por mais de 48h, especialmente por causa da aspiração de secreção da orofaringe ou da cavidade bucal (devido à interferência da IOT na limpeza mucociliar e no reflexo da tosse). Dentre os pacientes com maior risco para o desenvolvimento de infecções intra-UTI, enquadram-se idosos, imunossuprimidos, diabéticos, detentores de injúria pulmonar ou neurológica e pacientes de trauma ou em pós-operatório. Ainda, há fatores modificáveis, como o tempo de duração da IOT, traqueostomia, uso de sonda nasogástrica ou nasoenteral, reintubação, uso prévio de antimicrobianos e permanência em posição supina. O afastamento desses fatores contribui para a diminuição das complicações. Dado o devido cuidado à higiene bucal, contempla-se a diminuição de infecções em UTI e, consequentemente, das taxas de morbidade e mortalidade relacionados a esse ambiente. Considerações finais: Conclui-se que dois pilares são fundamentais para reduzir os índices de infecções: seguir os protocolos para higiene bucal em pacientes entubados assistidos em UTI de maneira correta; e garantir a presença de um cirurgião-dentista durante o treinamento e a orientação do corpo de enfermagem para a realização da higiene bucal em paciente entubado sob ventilação mecânica. Palavras-chave: UTI, higiene bucal, infecção respiratória.

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O USO DO ÁCIDO TRANEXÂMICO NO CONTROLE CHOQUE HEMORRÁGICO TRAUMÁTICO

Barbara Salvador Carvalhais, Eduarda Mattar Villaca, Isabella Cristina Rocha, Lucas Barbosa Reis,

Pamela Martarello, Thaís Westerich Izotton

Acadêmicas de Medicina no Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz – FAG

INTRODUÇÃO: Recentemente foi lançada a décima edição do Advanced Trauma Life Support (ATLS 10 -

Suporte Avançado de Vida no Trauma) na qual, no capítulo de abordagem inicial, encontra-se com uma

novidade importante, a indicação do uso de ácido tranexâmico (AT) no controle de sangramento. O AT é um

fármaco, de baixo preço comercial, destinado ao controle e profilaxia de hemorragias desencadeada por

hiperfibrinólise, sendo indicado em situações cirúrgicas, traumatismos e doenças com tendência a

sangramentos. OBJETIVO:A partir de uma revisão de literatura, esse estudo foi realizado visando buscar

uma correlação benéfica do uso de Ácido Tranexâmico com o aumento do controle em sangramentos

traumáticos. MÉTODOS: Esse estudo é classificado como uma revisão bibliográfica do tipo qualitativa em

que foi realizada uma análise de artigos buscado em plataformas virtuais, como Scielo, PubMed e Google

Acadêmico. A navegação foi feita utilizando como referência as palavras chaves como “Acido Tranexâmico”,

hemorragia e urgência. A amostra da pesquisa envolveu 6 artigos. RESULTADOS: A discussão principal

envolve o questionamento do quão o uso do ácido tranexâmico pode ser benéfico no controle de

sangramentos consequentes de traumas. Entre os estudos detalhados, todos evidenciavam pontos positivos

do uso desse tratamento, por exemplo, um trabalho incluiu 53 pacientes, sendo que 25 desses pacientes

receberam AT e mostraram uma diminuição de 24,8% do volume de sangramento nas primeiras 24 horas

do período pós-operatório. Ademais, em um outro estudo concluiu - se que o ácido tranexâmico reduz

significativamente a mortalidade ligada à perda sanguínea severa. CONSIDERAÇOES FINAIS: Com base

em toda a literatura analisada é possível concluir que esse medicamento possui uma significância

terapêutica relevante devido a sua capacidade de desencadear a letalidade do choque hemorrágico

traumático. No entanto, quanto ao ácido tranexâmico, ainda não há consenso quanto à dose e mecanismo,

nem quanto ao melhor regime de administração a ser utilizado.

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A URGÊNCIA DO RECONHECIMENTO DA REAÇÃO MEDICAMENTOSA COM EOSINOFILIA E SINTOMAS SISTÊMICOS – DRESS EMERGENCIAL

BERNARTT DE ALMEIDA, Brenda Izabelly, GRAPEGIA, Daniela Zanella, ARAUJO SODRÉ, Larissa Kerr

Curso de Medicina do Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz – FAG

FUNDAMENTAÇÃO: A DRESS (Drug Reaction with Eosinophilia and Systemic Symptoms) ou Síndrome da Farmacodermia com Eosinofilia e Sintomas Sistêmicos é um tipo de reação de hipersensibilidade induzida por medicamentos (Drug-Induced Hypersensitivity Syndrome – DIHS) do tipo IV-B não imediata. A prevalência da DRESS pode variar de 1 para cada 1000 a 10.000 exposições medicamentosas. Segundo o Consenso Internacional em Alergia Medicamentosa (ICON), o reconhecimento da síndrome é de suma importância, uma vez que a etiopatogênese da DRESS está relacionada a drogas específicas, com características vinculadas diretamente às condições mais graves da doença e manifestações cutâneas e sistêmicas (insuficiências hepática, renal e pulmonar). No reconhecimento das reações adversas a medicamentos (RAM), a definição dos fatores preditivos é o que justifica a necessidade imediata de tratamento agressivo ao quadro, uma vez que, devido ao alto potencial de morbidade decorrente das sequelas graves, as reações podem evoluir de imediato para mortalidade em 10 a 30% dos casos. OBJETIVOS: Considerando-se o alto potencial de morbidade da DRESS, para um adequado manejo clínico e bom prognóstico, há necessidade do conhecimento da entidade nosológica e de intervenção terapêutica hospitalar precoce e especializada. O presente estudo tem o objetivo de informar e qualificar a DRESS, agregando informações referentes ao manejo clínico emergencial dos pacientes portadores da síndrome. DELINEAMENTO: Trata-se de uma revisão bibliográfica qualitativa, de caráter convergente ao julgamento analítico-descritivo da progressão das reações desencadeadas por drogas em casos de emergências. RESULTADOS: O mecanismo exato da DRESS ainda é indeterminado. O acometimento sistêmico relacionado à febre, trombocitopenia, erupção cutânea grave, linfadenopatia e hepatite são os fatores que distinguem a DIHS de outras RAM. A DRESS desenvolve-se tipicamente duas a seis semanas após o uso da droga e manifesta-se de modo emergencial. Segundo critérios estabelecidos pela European Resistry of Severe Cutaneous Adverse Reactions – RegiSCAR, o uso de anticonvulsivantes aromáticos, associado aos eventos desencadeados por alterações imunes, reativação sequencial do herpes simplex vírus e manifestações de alelos HLA, são mecanismos que justificam a clínica da hipersensibilidade da DIHS. Em 12 anos de estudos retrospectivos, a infiltração granulomatosa tecidual foi constatada de maneira frequente nas biópsias de órgãos envolvidos na DRESS, como fígado e pele. O acometimento de outros órgãos, além da pele, depende da susceptibilidade individual e diversos fatores associados, como a deficiência da enzima epóxido-hidroxilase na via metabólica das reações medicamentosas. Devido ao alto potencial de morbidade decorrente das sequelas graves das lesões infiltrativas nas vísceras e descamação extensa de pele, as reações podem evoluir de imediato para mortalidade em mais de 10% dos casos. A solicitação do parecer dermatológico e de avaliação histopatológica são cruciais na precisão do diagnóstico e distinção dos casos mais graves, os quais devem ser transferidos para a UTI ou unidade de internação prolongada. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A farmacodermia é observada no uso de medicamentos da prática médica cotidiana, como anticonvulsivantes, antidepressivos tricíclicos e antibióticos, com destaque para sulfas e beta-lactâmicos. Para diagnóstico de DRESS e exclusão de diagnósticos diferenciais de outras erupções exantemáticas relacionadas a RAM, como Síndrome de Stevens-Johnson e Necrólise Epidérmica Tóxica (NET), são primordiais avaliação dermatológica especializada, análise anatomopatológica da lesão e atenção emergencial individualizada, ponderando-se a alta gravidade da síndrome. O que se espera nos serviços de urgência e emergência é que a DRESS seja reconhecida como diagnóstico diferencial quando dos seus primeiros sinais, reduzindo-se a possibilidade de complicações das farmacodermias. A atenção ao uso e efeitos adversos de medicações e o acompanhamento dos fatores preditivos de DRESS a curto e longo prazo possibilitam o conhecimento necessário na abordagem clínico-terapêutica emergencial dessas reações, o que confere melhor chance de tratamento efetivo e cura para o paciente.

Palavras-chave: Farmacodermia, Dress, Emergência, RAM, Síndrome de hipersensibilidade induzida por medicamentos

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FAG Journal of Health – ISSN 2674-550X, 2019, v.1, n.3, p.33

A POSSÍVEL INFLUÊNCIA DA VITAMINA D NA DOENÇA DE ALZHEIMER

OLIVEIRA, B.L., XAVIER, E ,LEAL,C. E.C.

Curso de Medicina do Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz – FAG

Introdução: 50 milhões de pessoas, em 2018, possuíam algum tipo de demência e estima-se que esse número em 2050 chegará em 152 milhões.A Doença de Alzheimer é a causa mais prevalente de demência mundial e gera grande preocupação por conta de sua alta incidência e ainda não possuir cura. Estudos atuais sugerem que a hipovitaminose de vitamina D, um hormônio esteróide com várias funções no corpo humano, está relacionada a um maior risco de desenvolvimento de Alzheimer. Objetivo: O artigo visa compreender por meio de uma revisão literária a evolução de estudos e projetos acerca da temática envolvendo a influência da vitamina D na doença de Alzheimer. Desse modo, os objetivos se firmam principalmente na interpretação dos resultados em estudos pesquisados, nos quais seja possível obter um repertório coeso de informações sobre a possibilidade de utilização da vitamina D na precaução e retardamento da doença neurodegenerativa crônica. Metodologia: Foram utilizadas na pesquisa as plataformas PubMed e Scielo em busca de artigos publicados desde 2006 por meio das palavras chave: “Alzheimer”, “Vitamina D” e “Demência”. Resultado: A literatura científica ainda não conta com muitos estudos acerca da relação entre a vitamina D e o Alzheimer, no entanto, algumas pesquisas já trazem que tal composto reduz o acúmulo do peptídeo β-amilóide (Aβ) e leva à homeostase do cálcio que é alterada por ele. Além disso, também age contra a toxicidade glutamatérgica, alterações inflamatórias e tem efeito antioxidante. Todas essas alterações citadas que são amenizadas pelo consumo de vitamina D são características patológicas da doença, mostrando, dessa forma, o efeito benéfico de tal substância. Corroborando com tais efeitos da vitamina em relação à doença, uma meta-análise demonstra que o declínio cognitivo e o risco de Alzheimer são maiores em indivíduos que possuam deficiência de vitamina D em comparação a indivíduos com níveis normais da substância. Ademais, um acompanhamento de 7 anos com mulheres trouxe que a ingestão de tal composto diminui em 5 vezes o risco de desenvolvimento de Alzheimer. Ainda, outro estudo, também com mulheres, relatou uma melhor cognição das que tinham maior ingesta de tal hormônio esteróide. Conclusão: Desse modo, de acordo com os numerosos estudos pesquisados, existem evidências claras, porém não totalmente concretas de que a vitamina D é vantajosa na prevenção da doença de Alzheimer. Portanto, é importante ressaltar a necessidade de maiores estudos em humanos acerca dessa temática, de tal forma que seja possível comprovar a relação abordada para a correta utilização da substância para a possível prevenção e tratamento do Alzheimer na área médica. Palavras-chave: Alzheimer - Vitamina D - Demência

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UMA REVISÃO SOBRE A INTERFERÊNCIA DA CANNABIS NAS ESTATÍSTICAS DE ACIDENTES DE TRÂNSITO

Schuhmacher, B.1, Werncke, E.1, Bortolotti, J. B.1, Moreira, V. M.1, Diniz Silva. V. B.1, Schuhmacher, E.2. 1 Acadêmicos de Medicina do Centro Universitário Assis Gurgacz FAG. Campus Cascavel, Cascavel, Paraná, Brasil, 2

Fundação Universidade Regional de Blumenau, centro de ciências naturais e matemática, Programa de Pós Graduação em Ensino de Ciências Naturais e Matemática.

Introdução: Diante do crescimento do número de usuários de Cannabis e de discussões sobre a sua liberação, este trabalho analisa o envolvimento da droga com o “fator de risco” aumentado e a responsabilidade em acidentes de trânsitos. Evidenciando que o uso da Cannabis, quando associado ao ato de dirigir traz sérios riscos à segurança viária. Objetivos: Relatar uma tendência de aumento no número de acidentes de veículos, envolvendo Cannabis e que está a superar os que foram identificados com a presença de álcool. Mostrar um aumento do “fator de risco” em acidentes veiculares por causa da droga, mesmo sendo esta vetada ou controlada o consumo em diversos países. Delineamento e Métodos: A presente pesquisa bibliográfica foi realizada por meio de uma análise sistemática de dados coletados no banco de dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), Governors Highway Safety Association (GHSA) e em artigos disponíveis na plataforma Scielo, no período de 2010 à 2018, que continham dados estatísticos sobre acidentes de trânsito e consumo de Cannabis. Resultados: Ao contrário do álcool que tem sua concentração, digerida rapidamente pelo organismo, a maconha é metabolizada de forma lenta e pode durar semanas. Segundo a GHSA no ano de 2013 houve 39,6 mil mortos em acidentes de trânsito, sendo identificada a presença da droga em 22% dos motoristas envolvidos, mesmo sendo uma droga ilícita em diversos países. Em outra pesquisa, realizada três anos depois pela OMS, apresenta que 38% dos testes realizados em motoristas deram positivo para álcool, enquanto 41,1% deram resultados positivos para maconha. Assim, alguns estudos revelam que usuários que conduzem seus carros, menos de duas horas após o consumo, tem suas habilidades psicomotoras e cognitivas afetadas e, mesmo que aparentassem terem seus comportamentos compensados de alguma forma na direção, exibiam um baixo tempo de reação, o que pode ter sido a causa de alguns acidentes veiculares. Trabalhos encontrados em bancos de dados, apontam por meio do autorrelato, que motoristas conduzem seus veículos após o uso de drogas (principalmente Cannabis). Diversos países possuem uma variação de 3,8% a 29,9% na taxa de acidentes veiculares. Podendo ser um indício do aumento da taxa de acidentes veiculares. Desse modo, a conclusão mais plausível é de que a droga esteve envolvida e foi a responsável de alguma forma, aumentando, segundo estatísticas, em 25 - 35% o risco de acidentes de trânsito. Considerações: Entende-se que medidas de prevenção urgentes devem ser implementadas a partir da fiscalização, do tratamento, da legislação e da conscientização do indivíduo acerca do uso da Cannabis e do ensejo de risco ao volante a partir de seu uso. Palavras-Chave: Acidentes de trânsito; Cannabis; Saúde Pública.

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PREJUÍZOS FINANCEIROS PARA O ESTADO DECORRENTE AOS GASTOS COM ATENDIMENTOS DE TRÂNSITO

Schuhmacher, B., Werncke, E., Bortolotti, J. B. ,Moreira, V. M., Diniz Silva. V. B., Schuhmacher, E.

Acadêmicos de Medicina do Centro Universitário Assis Gurgacz FAG. Campus Cascavel, Cascavel, Paraná, Brasil,

Fundação Universidade Regional de Blumenau, centro de ciências naturais e matemática, Programa de Pós Graduação em Ensino de Ciências Naturais e Matemática.

Introdução: De acordo com a Portaria MS/GM n.º 737, de 16 de maio de 2001 (BRASIL, 2001), define-se acidente como um evento não intencional e evitável, causador de lesões físicas e/ou emocionais. Desse modo a equipe responsável pelos primeiros socorros é o SIATE (Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência) do Corpo de Bombeiros, enquanto que o responsável em arcar com gastos desses atendimentos públicos varia de acordo com a classificação das vítimas de acidentes de trânsito. Objetivos: Evidenciar o número de acidentes de trânsito ocorridos em uma cidade do oeste paranaense e, por conseguinte, revelar o valor monetário desembolsado pelo Estado para a prestação de serviços. Delineamento e Métodos: Este estudo quantitativo e observacional se delineia por meio de uma coleta de dados obtidos junto ao Corpo de Bombeiros do Estado do Paraná, Ministério da Saúde, DETRAN-PR (Departamento Estadual de Trânsito do Paraná) e de referências encontradas na plataforma Scielo, no período de 2010 a 2018, que continham palavras-chave referentes a protocolo e tipos de acidentes de trânsito, atendimentos, impacto financeiro gerado no Sistema Público de Saúde. Resultados: O protocolo de atendimento de trânsito do Corpo de Bombeiros do Estado do Paraná fez da equipe SIATE os responsável pela prestação dos primeiros socorros, triagem e classificação das vítimas de acidentes de trânsito, sendo a escala utilizada no protocolo de atendimento: Ilesa (sem lesão aparente); Código 1 (quando ocorrem ferimentos leves); Código 2 (ferimentos graves, porém, sem risco imediato de vida); Código 3 (ferimentos graves com risco imediato de vida, polifraturas, traumatismo/suspeita cranioencefálico); Código 4 (óbito). Acidentes caracterizados como sendo de alta complexidade, de acordo com a Portaria GM/MS n.º 880/2013, faz com que os procedimentos de traumato-ortopedia, não caracterizados como eletivos, entrem no Artigo 12, fazendo com que acidentes de trânsito que necessitem de um procedimento em caráter emergencial, tenham um incremento de 80% sob os valores dos serviços profissionais e hospitalares. Permanecemos nessa epidemia silenciosa, a qual ceifa vidas diariamente, produzindo sequelas físicas e psicológicas, que geram importantes impactos para a atenção básica e altos custos ao sistema público de saúde. De acordo com os dados do Corpo de Bombeiros do Município de Cascavel-PR, apenas no ano de 2011 houve 12.451 atendimentos de trânsito, sendo que 300 pessoas foram vítimas classificadas no código 3. Nessa pequena amostra de indivíduos, o sistema teve um “prejuízo” de 540%, sendo o Estado responsável por arcar com os custos dos serviços, enquanto que o fornecimento dos suprimentos fornecidos é de responsabilidade da União. Observou-se que, mesmo com a baixa porcentagem de atendimentos classificados como código 3, o custo aos cofres públicos é imenso. Com o valor gasto em atendimentos e cirurgias emergenciais, o Estado poderia aplicar na criação de medidas preventivas que, a longo prazo, seriam mais vantajosas não apenas economicamente, como também sucederiam como um benefício para a população. Considerações Finais Infere-se, pois, que ao escancarar os valores gastos na recuperação de vítimas em acidentes de trânsito demonstrou-se uma deficiência do Estado em medidas preventivas, que visem trabalhos a longo prazo para que o dinheiro possa ser redistribuído para outras áreas que carecem de recursos financeiros. Palavras-Chave: Acidentes de trânsito; Gastos Públicos; Saúde Pública.

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MENINGIOMA: RELATO DE CASO

BRANDÃO, B. M., PINHEIRO, A. F. C, CARVALHAIS, B., ROMÃO, A., SILVA, C. G., LOPES, T. L., SILVA, C. S. S.

INTRODUÇÃO: O meningioma é um tumor classificado como benigno, mas, por seu caráter expansivo se torna preocupante, podendo afetar as atividades do paciente de forma silenciosa e maligna ao comprimir estruturas importantes. Segundo a literatura, os meningiomas são os tumores extra-axiais mais comuns do sistema nervoso central, representando 14-20% dos tipos de neoplasias intracranianas. Aderidos à dura–máter, podendo ser encontrados em qualquer parte da superfície externa do cérebro, ou no interior do sistema ventricular. Seu aspecto morfológico está basicamente caracterizado em uma massa do tipo arredondada e encapsulada com tecido fibroso fino. A ressonância magnética(RM) é o exame de escolha para diagnóstico e caracterização do meningioma, assim como para detectar a “cauda dural”, sendo esse um achado característico do mesmo. Os exames de tomografia computadorizada (TC) e RM de encéfalo mostram a localização, o grau de compressão e o grau de constatação do tumor. No exame físico da paciente, pode-se observar que a mesma apresentou manifestações típicas quanto ao local em que está sendo acometido. O lobo occiptal é responsável pela região do córtex visual, associação visual e por funções relacionadas aos movimentos optocinéticos e fixação dos olhos. Foi relatado pela paciente diminuição da acuidade visual, assim como dor local associado à epífora, esses sinais clínicos se dão principalmente pelo caráter compressivo do tumor. DESCRIÇÃO DO CASO: M. R. F., 60 anos, feminino, viúva, parda, aposentada, mora sozinha, relatou que há 12 horas apresentou uma cefaleia súbita, em região occipital, sem irradiação, seguida de vômito, crise convulsiva e desmaio. Há aproximadamente 9 meses apresentou cefaleia de alta intensidade, de instalação insidiosa, localizada em região occipital que irradiava para região fronto-orbitária esquerda, dor em aperto, tendo 3 episódios por semana com intervalos de 1 dia entre cada episódio, com pouca melhora após medicação (analgésicos orais) e que piorava após atividade física extenuante e à noite. Referiu também diminuição da acuidade visual (ambliopia) e epífora em olho esquerdo. No interrogatório sintomatológico, referiu diminuição da acuidade visual, lacrimejamento, escotomas e dor ocular à esquerda, referiu ainda hipoacusia em ouvido esquerdo, cefaleia e tontura, apresentando-se consciente, orientada, memória preservada, com relato de sintomas depressivos. Afirmou ser portadora de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) controlada, negando outras comorbidades e com relato de abstinência tabágica há 10 meses. Durante avaliação a paciente apresentava-se: BEG, LOTE, hipocorada +/4+, eupnéica, FC= 73 bpm, FR= 20 irpm, Tax = 36 °C, PA: 170 x 100 mmHg. Sem alterações no aparelho cardiovascular, respiratório e demais sistemas. Sendo assim, efetuada uma tomografia computadorizada de crânio revelando imagem hiperdensa em região occipital esquerda e uma ressonância magnética de crânio mostrando imagem expansiva occipital ovalada à esquerda com isossinal em sequência axial T1 , uma lesão com hipersinal moderado em região occipital em sequência axial T2 e pós contraste em T1 uma massa delimitada em região occipital com acentuado realce. Após descartar os diagnósticos diferenciais, a conduta médica foi tentativa de analgesia com uso de opiáceos, prevenção de possível crise convulsiva com uso de benzodiazepínico, devido à massa expansiva, e programação da cirurgia para retirada da massa. CONCLUSÃO: Para determinarmos um diagnóstico preciso de meningioma, não devemos descartar a associação da clínica com os exames de imagem, principalmente quanto à sintomatologia de acordo com o local acometido e as características da cefaleia apresentada. Nota-se a extrema importância de uma anamnese bem detalhada e registrada da história progressa do paciente. A suspeita de um possível acidente vascular cerebral só pôde ser excluída mediante a coleta de um exame clínico bem elaborado e acurácia dos métodos diagnósticos complementares. PALAVRAS CHAVE: meningioma, benigno e ressonância magnética.

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O TRANSPLANTE DE CÉLULAS TRONCO E A CURA DA AIDS

MILANI, Carolina; WEYN, Gustavo Cesar

Fundação Assis Gurgacz (FAG)

Introdução: A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é uma doença crônica viral. Desde sua descoberta até a atualidade a doença tem atingido milhões de pessoas em todo o globo. Assim, devido a sua ampla presença na saúde populacional que leva a uma exorbitante problemática, existe desse modo, uma grande demanda de tecnologias e ciências para auxiliar no entendimento da patogênese da AIDS. Diante disso, um estudo que apresenta-se em vigência e mostrou-se eficaz e funcional é o transplante de células tronco para a busca da cura da doença, chamado de “cura por esterilização”. Objetivo: O objetivo desse trabalho é elucidar sobre uma possível cura da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida que já apresentou-se eficiente em experimentos e marca um desmedido progresso para a ciência e a saúde da humanidade. Delineamento e métodos: Para o desenvolvimento deste trabalho, foi realizada uma revisão de literatura utilizando as bases PUBMED e Google Acadêmico. Os artigos escolhidos tratam sobre a relação dos casos de cura da AIDS com o transplante de células tronco e foram publicados a partir do ano de 2012, foram incluídos artigos escritos na língua inglesa. Resultados: Para o vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) infectar a célula, é necessário que esta possua receptores de membrana, tanto o CD4 quanto receptores de quimiocinas, normalmente o CCR5. Assim, a cura por esterilização tem como fundamento o transplante de células tronco de um doador compatível e homozigoto para a mutação CCR5Ä32, que impede a expressão de CCR5 na membrana celular e, por conseguinte, impede a infecção pelo vírus HIV. A utilização da cura por esterilização foi bem sucedida no caso “O paciente de Berlim”. Assim, o transplante para as células tronco com o polimorfismo CCR5Ä32 faz referência à uma deleção de 32 nucleotídeos do gene CCR5, sendo deletério funcional, resultando em uma proteína defeituosa que não é expressa na membrana citoplasmática. Assim, indivíduos homozigotos para este polimorfismo são resistentes à infecção por HIV-1. Desse modo, “O paciente de Berlim”, após o transplante apresentou ausência de replicação viral, mesmo sem o uso de antirretrovirais, e também ao realizar uma biopsia de tecidos reservatórios e avaliação da resposta imune anti-HIV-1 após 3 anos e meio do transplante demonstrou que o paciente não tinha mais células infectadas pelo vírus e havia ainda novos linfócitos que eram resistentes ao HIV-1 R5 trópico (vírus que utilizam o correceptor de superfície CCR5). Além disso, um segundo caso, o chamado “Paciente de Londres”, alcançou a cura funcional do HIV pelo mesmo procedimento da cura por esterilização. Desse modo, é evidente que o transplante apresenta resultados favoráveis para as pesquisas referente a infecção pelo HIV, e são esses casos que podem ajudam no desenvolvimento de uma cura definitiva para a doença. Conclusão: Conclui-se que a descoberta desses dois casos de cura do vírus HIV é um grande passo para a humanidade em relação a evidenciação de um novo tratamento para essa doença que afeta a população mundial há tempos. O transplante de células tronco ainda não pode ser considerado uma terapêutica efetiva para a AIDS visto que existem alguns efeitos colaterais e riscos significativos para o paciente. A obtenção desses casos de cura do HIV-1 por esterilização representa um dos maiores avanços da última década na luta contra esta doença, e ainda simboliza uma mudança no paradigma do combate ao HIV-1.

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AS PRINCIPAIS EMERGÊNCIAS ENDÓCRINAS EM PRONTO-SOCORRO: REVISÃO INTEGRATIVA

DALL’OGLIO, C. F., SOARES, D. S.

Graduação em Medicina, Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz, Cascavel, Paraná, Brasil.

Introdução: as emergências endócrinas representam um grupo de condições potencialmente ameaçadoras à vida que são comumente negligenciadas. Podem se apresentar como de diagnóstico difícil à primeira vista, pois são afecções de sinais e sintomas usualmente inespecíficos, o que pode resultar em atrasos no tratamento inicial adequado, fator que contribui ainda mais para as já preocupantes taxas de mortalidade associadas. Objetivo: o objetivo desse artigo é esclarecer os profissionais de saúde e comunidade em geral a respeito das principais emergências endócrinas encontradas em prontos-socorros, descrevendo suas principais características e ressaltando a importância do diagnóstico precoce e das medidas terapêuticas iniciais, a fim de auxiliar o manejo adequado no pronto atendimento.Metodologia: esse trabalho se tratou de revisão bibliográfica realizada nas plataformas Medscape, SciELO e PubMed. Foram selecionadas bibliografias entre os anos 2003 e 2019, nas línguas inglesa e portuguesa. Serão descritas nesse artigo cinco emergências endócrinas: crise mixedematosa, crise tireotóxica, insuficiência adrenal aguda, hipoglicemia severa e cetoacidose diabética, sendo que as duas últimas se incluem em emergências diabéticas.Resultados: a crise mixedematosa é uma descompensação em pacientes com hipotireoidismo primário ou secundário, de longa duração, e não tratados, cujas taxas de mortalidade variam entre 25-60%. A crise tireotóxica compreende o outro extremo das doenças tireoidianas. Sendo uma exacerbação aguda do estado hipertireoideo, representa o grau máximo de expressão clínica da tireotoxicose, e possui taxas de mortalidade que podem chegar a 20%. A insuficiência adrenal resulta de um descompasso entre oferta e demanda de cortisol, especialmente sob condições de estresse fisiológico, sendo este responsável por até 1/4 dos casos. Sem a terapia adequada, podem ocorrer choque e múltipla falência de órgãos. Cerca de 6-8% dos pacientes com insuficiência adrenal primária ou central sofrerão um episódio de crise adrenal aguda, e a taxa de mortalidade anual pode atingir 0,5%. A hipoglicemia é arbitrariamente definida como nível de glicose no sangue abaixo de 70 mg/dL. Em ambos os tipos de diabetes, a hipoglicemia aguda está associada ao aumento da morbidade e, em alguns indivíduos, até à morte. Estudos sugerem que de 2-13% das mortes em pacientes com DM tipo 1 podem ser atribuídas à hipoglicemia. A cetoacidose diabética (CAD) é uma complicação metabólica aguda do diabetes mellitus (DM) que cursa com hiperglicemia, acidose metabólica, desidratação e cetose. É uma das complicações mais comuns em pacientes com DM tipo 1, sendo a principal causa de mortalidade entre crianças e jovens adultos com DM tipo 1. As taxas de mortalidade dos pacientes com CAD são mais relevantes nos extremos etários, podendo chegar a 40% em pacientes entre 65 e 75 anos. Embora as emergências endócrinas sejam frequentemente encontradas em pacientes com uma endocrinopatia conhecida, um quadro emergencial pode ser a apresentação inicial em indivíduos previamente não diagnosticados. Considerações finais: as emergências endócrinas são relativamente incomuns, mas são distúrbios relevantes que os profissionais que trabalham em unidades de cuidado intensivo e departamentos de emergência dos hospitais enfrentam e que muitas vezes representam desafios diagnósticos para o médico. Existem diversos princípios básicos para o gerenciamento bem-sucedido desses transtornos, mas o mais importante é sem dúvida o reconhecimento rápido de sintomas potencialmente fatais. Entretanto, apesar de ser necessário um alto nível de suspeita clínica, não atrasar o tratamento adequado é igualmente importante. Quando há suspeita clínica, as medidas terapêuticas devem ser iniciadas antes que o diagnóstico possa ser confirmado. Em suma, embora as emergências endócrinas não sejam as mais comuns dentre as emergências médicas, o diagnóstico clínico nunca deve ser esquecido, pois o atraso pode levar a complicações devastadoras e, muitas vezes, à morte. Palavras-chave: emergência, endocrinologia, pronto-socorro.

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A PRÁTICA E OS BENEFÍCIOS DO EXERCÍCIO FÍSICO PARA PORTADORES DE DIABETES MELLITUS DO TIPO 2

Cláudia Gregorini Silva, Adriana Romão, Andrey Felipe de Carvalho Pinheiro, Bárbara Salvador

Carvalhais, Eron Celant Espindola, Giuliana Moreira de Medeiros, Thales Lima Lopes

Acadêmico(a) de Medicina-Centro Universitário Fundção Assis Gurgacz.

Introdução: O portador de Diabetes Mellitus Tipo 2 (DM2) apresenta produção de insulina, porém, esta não exerce adequadamente seu papel no controle da glicemia, devido à resistência de sua ação nos tecidos periféricos, aumentando, consequentemente a concentração de glicose sanguínea. A atividade física tem papel fundamental no tratamento do DM2, juntamente com a dieta e uso de medicações. O exercício melhora o controle metabólico, a sensibilidade à insulina (melhora da ação da insulina no corpo) e diminui os fatores de risco cardiovasculares. Indivíduos com DM2 apresentam hiperglicemia de jejum devido ao aumento da gliconeogênese hepática e baixa capacidade de captação e utilização da glicose no músculo esquelético. A melhora da captação de glicose muscular e a diminuição da produção hepática de glicose após o exercício físico ocorrem através de diversas vias de sinalização intracelulares, dentre elas, pela ação da enzima AMPK. Sem dúvida, neste grupo o exercício pode aumentar a sensibilidade à insulina e auxiliar na redução da glicemia para a faixa de normalidade, melhorando o controle metabólico. Objetivo: Essa revisão bibliográfica visa salientar a prática de exercícios físicos como uma boa alternativa de prevenção e tratamento do DM2, através da análise de estudos que evidenciam os efeitos da atividade física sobre a doença. Metodologia: Foi realizado revisão bibliográfica integrativa, a qual permite a inclusão de cinco estudos retirados de plataformas como scielo e revistas e periódicos, como a Revista Brasileira de Medicina do Esporte, realizados entre 2000 e 2013, experimentais e não-experimentais para uma compreensão completa do fenômeno analisado. A revisão permite que o leitor reconheça os profissionais que mais investigam determinado assunto, separar o achado científico de opiniões e ideias, além de descrever o conhecimento no seu estado atual, promovendo impacto sobre a prática clínica. Resultados: Síndrome metabólica corresponde a um conjunto de fatores de risco cardiometabólicos que abrange obesidade abdominal associada a pressão arterial, triglicérides e glicemia de jejum com valores elevados. A atividade física corrobora para a atenuação dessa síndrome. Além disso, o exercício melhora a sensibilidade à insulina, diminui a hiperinsulinemia, aumenta a captação muscular de glicose, melhora o perfil lipídico e a hipertensão arterial e, além da sensação de bem-estar físico e psíquico decorrente da sua prática, também pode contribuir para a perda de peso. Cuidadosa avaliação quanto à presença de complicações macro e microvasculares no DM deve ser feita para definir qual o tipo de exercício mais apropriado quando a neuropatia, nefropatia e/ou retinopatia estiverem presentes. Existe basicamente três tipos de exercícios a serem analisados para orientação de sua prática. O Exercício aeróbico melhora o consumo de oxigênio e o funcionamento dos sistemas cardiovascular e respiratório. São programas de treinamento simples, como os de natação, bicicleta, esteira, caminhadas, corrida e pular corda. Os Exercícios moderados levam à manutenção da pressão sanguínea em pacientes diabéticos com complicações neuropáticas. Os exercícios intensos produzem redução de peso com melhora significante na sensibilidade à insulina, melhora da glicemia em jejum e do perfil lipídico, além de restaurarem a função endotelial e reduzirem a rigidez das artérias. Conclusão: Há amplas evidências de que mudanças no estilo de vida são eficazes na prevenção especialmente do DM2. Nesse contexto, a atividade física e o exercício são indicados para indivíduos com DM2, sendo capazes de preveni-lo e trata-lo além da Síndrome Metabólica nos adultos e idosos, reduzindo comorbidades, além de aumentar a qualidade de vida e a longevidade do paciente. Palavras-chave: Diabetes Mellitus; Exercícios Físicos; Qualidade de vida.

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ANÁLISE DAS CONSEQUÊNCIAS NO PÓS-CIRÚRGICO DE LESÕES LIGAMENTARES DO JOELHO A PARTIR DA RELAÇÃO COM O ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA (IMC) EM CRIANÇAS DO SEXO

MASCULINO

REZENDE, D. F., MOLETA, B.M., NEDER, E.N., PINA, L.F.S, SILVA, N.G., SPILLERE, A.M.B. e YAMADA, K.A.

Departamento de Medicina, Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz. Cascavel, Paraná, Brasil.

INTRODUÇÃO: Lesões ligamentares do joelho são bem frequentes de ocorrer em pessoas durante a prática esportiva. Desgastes condrais, ruptura de tendões, lesões nos ligamentos cruzados tornam-se mais comuns durante exercícios de impacto e torque, comprometendo a estabilidade do joelho e qualidade de vida dessas pessoas, visto que o joelho é uma estrutura do corpo responsável por sustentar todo seu peso. Entretanto, na população pediátrica, este tipo de lesão é bem incomum, o que torna o quadro clínico dessas crianças bastante preocupante, acarretando danos ao longo da vida. OBJETIVO: O estudo tem por objetivo analisar possíveis consequências no pós-operatório de crianças do sexo masculino após intervenção cirúrgica ligamentar na articulação do joelho, tendo como base seu Índice de Massa Corpórea (IMC). DELINEAMENTO E MÉTODOS: Esse trabalho consiste em uma revisão bibliográfica a partir de artigos extraídos das bases de dados Scielo e PubMed. RESULTADOS: No Brasil, uma a cada três crianças apresenta uma taxa de sobrepeso – segundo dados do IBGE – podendo desencadear futuramente inúmeras doenças, como diabetes, problemas cardíacos e a má formação do esqueleto. Com isso, devido ao esqueleto imaturo das crianças, estas estão susceptíveis a sofrer diferentes lesões no joelho, como fraturas epifisárias. Foi observada a maneira que a obesidade influencia e impacta na predisposição para a lesão e na recuperação no pós-operatório. Após a ruptura do LCA, as crianças que apresentavam uma taxa de sobrepeso obtiveram piores resultados, principalmente sobre os desgastes meniscais e ruptura de novos tendões. CONCLUSÃO: Analisada a participação do peso sobre a reabilitação de crianças submetidas a estes procedimentos cirúrgicos no joelho, notou-se que a qualidade de vida a longo prazo depende muito do pós-operatório e dos seus fatores de risco. É evidente a necessidade de políticas públicas mais eficazes que alertem sobre o risco do sobrepeso em crianças, contribuindo também, indiretamente, para evitar possíveis futuras lesões articulares do joelho e complicações durante o pós-operatório. Palavras-Chave: Criança, Joelho, Lesão articular.

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FAG Journal of Health – ISSN 2674-550X, 2019, v.1, n.3, p.41

RELAÇÃO ENTRE A INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA E PACIENTES COM CÂNCER – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

OLIVEIRA, D. F. M., VIEIRA, L. G.

Acadêmicas do 6° Período do Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz, Cascavel, Paraná, Brasil.

Introdução: Insuficiência Renal Aguda (IRA) é definida como a deterioração abrupta da função renal. Em pacientes com câncer, principalmente em estado crítico de unidade de terapia intensiva (UTI), é uma das principais complicações, sendo de alta morbidade, mortalidade e incidência. Além dos problemas clínicos gerados pela doença, a IRA tem o potencial de impedir o tratamento do câncer, mas existe também a possibilidade do desenvolvimento de IRA ser decorrente da medicação do câncer, devido aos agentes quimioterápicos nefrotóxicos. Objetivo: Expor a relação da IRA e do câncer, sendo a IRA uma complicação grave que requer atenção para evitar mais danos ao paciente e seu tratamento. Sendo assim, o objetivo do trabalho é revisar o que se tem na literatura e enfatizar que o paciente com câncer requer atenção devido alto risco de lesão aguda na função renal advinda de diversas causas relacionadas a doença e ao tratamento para o câncer. Metodologia: A metodologia desta revisão baseou-se na análise de informações encontratas na literatura relacionados a IRA e câncer em bases de dados, SciELO e Medline entre o período de 2006 a 2010. Resultados: A IRA está diretamente relacionada com o câncer, principalmente, em pacientes criticamente doentes, sendo uma das complicações mais graves, prevalentes e multifatorial. A frequência de IRA é maior em tumores hematopoiéticos, quando comparada a tumores sólidos. Além do mais, a IRA é um complicador para o tratamento do câncer, pois exige uma redução de quimioterápicos ou contraindica tratamentos potencialmente curativos, como no caso do metotrexato em altas doses que tem elavada toxicidade extra-renal. Outro medicamento que é indicado para tratamento de câncer, porém com alta toxicidade, é a cisplatina, mas que hoje se tem a indicação de se utilizar a amifosfatina para previnir uma insuficiência renal. Desse modo, ao analisar as causas de IRA encontramos diversos fatores, alguns estão relacionados a situação crítica do paciente na UTI, mas outros fatores estão diretamente relacionados a malignidade do tumor e seu tratamento, como é o caso da síndrome da lise tumoral, que resulta em uma rápida destruição das células malignas. Devido a liberação abrupta de íons, proteínas e metabólitos, ocorre a formação de cristais de ácido úrico nos túbulos renais ou deposição de fosfato de cálcio relacionado à hiperfosfatemia, comumente associada a malignidades hematológicas de alto grau, mas já existem relato da síndrome em outros cânceres. Conclusão/Considerações finais: A incidência de IRA em pacientes com câncer é alta, e devido a sua alta letalidade, faz-se necessário redobrar a atenção no momento do tratamento. Além do mais, o tratamento dos tumores está ligado ao desenvolvimento de um quadro de injúria renal aguda tornando a situação do paciente ainda mais grave. Palavras-chave: insuficiência renal aguda, câncer e complicação.

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ABORDAGEM E CONDUTA À SEPSE GRAVE E AO CHOQUE SÉPTICO: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

OLIVEIRA, D. F. M, VIEIRA, L. G., SMOLINSKI, B. S. F.

Acadêmicas do 6° Período de Medicina do Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz, Cascavel, Paraná, Brasil.

Introdução: A sepse é um conjunto de manifestações no organismo decorrente de uma infecção, a maioria das vezes causada por bactérias, podendo ser localizada ou generalizada. A sepse grave é uma disfunção orgânica aguda, com comprometimento funcional de um ou mais órgãos e o choque séptico é quando se tem um quadro de hipotensão não reversível, com necessidade de reposição volêmica, porém essas definições ainda não possuem limites clínicos bem estabelecidos, sendo necessário a abordagem terapêutica imediata para evitar piora do quadro. Sendo assim, por se tratar de uma doença complexa de alta letalidade, a abordagem deve ser imediata com avaliação hemodinâmica do paciente e identificação do agente infeccioso e assim realização de terapias que estabilizem o quadro clínico. Objetivo: Mostrar a necessidade de uma consolidação de conduta da sepse por se tratar de uma doença letal, de alta incidência e de alto custo para a sistema de saúde, além de ser a doença que mais mata nas unidades de terapia intensiva. Sendo assim, o objetivo do trabalho é revisar as diretrizes de abordagem e condutas presentes na literatura, tendo em vista que a tendência é que o número de sepse venha a aumentar nos próximos anos, e seu devido diagnóstico e tratamento são fundamentais para controle dessa doença. Metodologia: A metodologia desta revisão baseou-se na análise de dados disponíveis na literatura, SciELO e PubMEd, relacionados a abordagem e conduta da sepse, a partir de pesquisas compreendidas entre o período 2003 a 2016. Resultados: A abordagem deve ser precoce, sendo a primeira hora de extrema importância para identificação da evolução séptica e a medicação agressiva inicialmente pode ser necessária para mudar o desfecho do quadro. Um dos manejos indicados é a terapia precoce orientada por metas, na qual é realizado uma avaliação completa do paciente – exame físico, sinais vitais, pressão venosa central (PVC) e débito urinário. Além disso, recomenda-se uma estratégia de ressuscitação mais efetiva, na qual se deve avaliar: manipulação da pré-carga, pós-carga e contratilidade cardíaca, buscando atingir um equilíbrio entre oferta e demanda de oxigênio sistêmico. O ideal é que a terapia se inicie em 6 a 8 horas após a identificação do paciente séptico, incluindo reposição de fluidos a cada 30 min até atingir uma PVC 8 a 12 mmHg e vasopressores em seguida, se a PAM < 65 mmHg, sendo as principais drogas usadas dopamina e a norepinefrina ou vasodilatador se a PAM > 90 mmHg. Concomitantemente, deve-se buscar o agente infeccioso e iniciar antibioticoterapia, de preferência na primeira hora após identificação da sepse ou choque séptico, sendo essenciais para evitar uma resposta inflamatória exacerbada e mais grave. Em caso de não identificação do agente infeccioso, a terapia empírica é indicada, principalmente com antimicrobianos do grupo carbapenem e cefalosporina de 3° e 4° gerações ou o uso de outras classes com terapia combinada. A Literatura indica o uso de corticoterapia somente em casos de choque séptico grave (definido por pressão arterial sistólica abaixo de 90 mmHg por mais de uma hora após reposição volêmica e terapia vasopressora adequada) em até 8 horas após estabelecimento do choque e em baixas doses, sendo o medicamento de escolha a hidrocortisona. Conclusão: É possível perceber com essa revisão que os tratamentos são variáveis e pouco evoluíram nos últimos anos em relação a mortalidade da sepse, mas é possível concluir que é fundamental uma abordagem precoce, conduta rápida e agressiva para mudar a resposta inflamatória. O que se busca é avançar em pesquisas para reconhecimento precoce da sepse e choque séptico, além de novos medicamentos, mas a resposta do hospedeiro é variável e se torna um complicador para aprimorar os tratamentos. Palavras-chave: choque séptico, abordagem e conduta.

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MANEJO CLÍNICO EMERGENCIAL DA CRISE ÁLGICA EM PACIENTES PORTADORES DE ANEMIA FALCIFORME

GRAPEGIA, Daniela Zanella, ALMEIDA, Brenda Izabelly Bernartt de, SODRÉ, Larissa Kerr de Araujo

Curso de Medicina do Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz, Cascavel, Paraná, Brasil

INTRODUÇÃO: A anemia falciforme é uma doença autossômica recessiva causada por mutação pontual na β-globina que promove a polimerização da hemoglobina desoxigenada, levando à distorção da hemácia em aspecto de foice, anemia hemolítica, obstrução microvascular e lesão isquêmica tecidual. De acordo com a Sociedade Americana de Hematologia, a anemia falciforme é uma doença com grande prevalência em negros e pardos, atingindo 300.000 nascidos/ano mundialmente. No Brasil, cerca de 3.500 nascidos/ano são portadores da doença. No Paraná, a prevalência é de 2,2 para cada 100.000 recém-nascidos. A patogênese da anemia falciforme aumenta a tendência das hemácias serem detidas durante o trânsito microvascular, gerando crises vaso-oclusivas, episódios de lesão tecidual devido à hipóxia, infarto do tipo isquêmico e dor intensa na região afetada, motivo pelo qual os portadores da doença procuram os serviços de urgência e emergência. OBJETIVO: Educar e informar acerca do manejo clínico emergencial da crise álgica no paciente portador de anemia falciforme e acrescentar informações a respeito de novas terapias medicamentosas. METODOLOGIA: Trata-se de trabalho descritivo no qual realizou-se revisão sistemática de literatura sobre o manejo da crise álgica na doença falciforme com pesquisas em bases de dados como MEDLINE e PubMed, selecionando-se trabalhos publicados entre os anos de 2012 e 2019. Os critérios de inclusão de trabalhos para o estudo foram: possuir dados relevantes a respeito das medidas a serem tomadas em urgência e emergência de crise álgica devido à doença falciforme e possuir informações sobre novas terapias a serem utilizadas. RESULTADOS: Os episódios de dor aguda ocorrem devido às obstruções nos vasos sanguíneos no leito microvascular. Os locais mais afetados são ossos, articulações, pulmões, fígado, baço, cérebro e pênis, podendo manifestar-se como dor localizada ou difusa. No tratamento da crise álgica, a hidratação com solução fisiológica acrescida de analgesia compõe o pilar da base terapêutica. No que tange à analgesia, para dor leve a moderada, prescreve-se medicação via oral (opioide + não opioide). Para casos de dor moderada a intensa, deve-se optar por tratamento via parenteral de opioide + não opioide. Por fim, para dor intensa a refratária, opta-se pelo uso da morfina. Os opioides mais utilizados para o controle da dor são: codeína, tramadol, oxicodona e nalbufina. Recentemente, um ensaio clínico randomizado mostrou que a quetamina 1mg/kg pode substituir o uso da morfina no controle da crise álgica na doença falciforme. Outro estudo recente, também com a quetamina, demonstrou que esse medicamento, por possuir propriedades anestésicas e analgésicas, pode ser usado como terapia adjuvante nas crises vaso-oclusivas para diminuir o uso de opioides, já que em doses pequenas, a quetamina modula a tolerância à opioides e não possui efeito de hiperalgesia – o que ocorre com o uso de opioides analgésicos – enquanto mantém estabilidade hemodinâmica e reflexos das vias aéreas. Um estudo publicado em 2018 mostrou a utilização da gabapentina, um anticonvulsivante que possui sinergismo com a morfina, para tratar dor neuropática e nociceptiva. As estatinas também estão sendo estudadas por seu efeito antiinflamatório e por sua habilidade de diminuir ou parar a progressão de vasculopatias. CONCLUSÃO :Acerca do manejo clínico emergencial da crise álgica em pacientes portadores de anemia falciforme, é possível concluir que, juntamente com a hidratação venosa e a oxigenioterapia, a utilização de doses adequadas de analgésicos opioides e não opioides potentes compõem a conduta terapêutica adequada. Como opções inovadoras, tem-se o uso da quetamina de maneira isolada ou adjuvante aos opioides. Além dela, estão em estudo o uso da gabapentina e da estatina. Por fim, vale ressaltar a importância de conhecer a doença, sua patogênese e manifestações clínicas objetivando cuidados ideais na emergência para os pacientes portadores de anemia falciforme. Palavras-chave: anemia falciforme; crise álgica; emergência; manejo de dor.

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A PREVALÊNCIA DO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL EM MULHERES E SEUS FATORES INTRÍNSECOS

LUIZA MENEGOL KUCMANSKI, Eduarda, MAGOSSO DA SILVA, Isabela

Curso de Medicina do Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz, Cascavel, Paraná, Brasil.

INTRODUÇÃO: Hodiernamente, o acidente vascular cerebral continua a ser uma das principais causas de morte e a principal causa de incapacidade a longo prazo, tratando-se de uma emergência médica que causa danos ao cérebro devido à interrupção do fornecimento de suprimento sanguíneo adequado. Desse modo, através dessa pesquisa foi evidenciado que o gênero influencia vários aspectos clínicos do AVC isquêmico, tanto a forma como os pacientes apresentam a doença e como eles reagem ao tratamento. Ademais, esta revisão concentra-se em discutir alguns mecanismos patológicos do AVC que podem diferenciar-se de acordo com cada gênero e ainda, compara como os mecanismos intrínsecos e hormonais podem explicar essas diferenças. OBJETIVO: Promover uma reflexão perante a prevalência do Acidente Vascular Cerebral no sexo feminino ressaltando sobre os fatores relacionados a isso. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão bibliográfica não-sistemática, realizada através das bases de dados Pubmed, Scielo e Google Acadêmico. Os textos utilizados foram publicados de 2013 até 2018. Analisaram-se 10 estudos, tendo sido selecionados 3 artigos, devido à sua relevância para o tema abordado. RESULTADOS: De acordo com diversos estudos, é notável a maior prevalência do AVC em mulheres devido a fatores intrínsecos como dislipidemia, terapias de reposição hormonal, gravidez, contracepção oral e a redução de estrogênio endógeno pós-menopausal. Em virtude disso, a percepção de vários aspectos envolvidos no AVC feminino, abrangendo aspectos de risco, decorrências, recuperação do AVC e difusão de hábitos saudáveis com intuito de evitá-lo, podem prover novos programas de saúde, o que poderia levar a um melhor amparo de tratamento em mulheres com AVC, sendo o diagnóstico precoce é imprescindível ao sucesso da terapia. Por conseguinte, é possível observar que, dentre os principais fatores de risco para o AVC, temos um peso maior para as mulheres. CONCLUSÃO: Logo, com base nos artigos estudados, é evidente que manter fervorosa a busca por novos conhecimentos nesse campo pode proporcionar a descoberta de novos dados, fundamentais para contribuir com relação a encontrar novos fatores de risco e, por conseguinte, melhorar o tratamento do AVC. Desse modo, portanto, pode tornar-se possível a tomada de decisões com maior eficiência e agilidade, além de propiciar estratégias de prevenção e promoção da saúde, de modo a aprimorar a qualidade de vida de ambos os sexos. Em síntese, é exequível a pesquisa por novas formas de tratamento que atuam de formas diferentes em homens e mulheres, visto que o corpo feminino produz hormônios distintos e em momentos específicos da vida. PALAVRAS-CHAVE Acidente Vascular Cerebral, prevalência, mulheres, gênero

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FAG Journal of Health – ISSN 2674-550X, 2019, v.1, n.3, p.45

COBERTURA VACINAL PARA HPV NO MUNICÍPIO DE CASCAVEL/PR

KUCMANSKI, Eduarda Luiza Menegol

Curso de Medicina do Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz, Cascavel, Paraná, Brasil.

INTRODUÇÃO: Hodiernamente, os adolescentes constituem grupo prioritário ao Programa Nacional de Imunização (PNI) em virtude da elevada suscetibilidade a algumas doenças evitáveis por imunizantes e especialmente por sua baixa adesão. No calendário vacinal dessa faixa etária, a mais recente é a vacina do papilomavírus humano (HPV), e é a com menor cobertura no Brasil. Logo, será analisada a cobertura vacinal no município de Cascavel-PR. OBJETIVO: Analisar a cobertura vacinal da vacina HPV nos adolescentes deste município. DELINEAMENTO E MÉTODOS: Estudo transversal. Os dados foram coletados do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI), através do Departamento de Informática do SUS (DATASUS), referentes à Estratégia de Vacinação contra o HPV no ano de 2015. RESULTADOS: Avaliando por faixa etária, a população de maior aceitação é a de 9 anos de idade, sendo 80,16% de meninas na D1, e de 11,2% na D2. Essa porcentagem vai caindo para 60,17% na D1 nas meninas de 10 anos, 52,26% na D1 nas meninas de 11 anos, e cai vertiginosamente para 11,12% na D1 nas meninas de 12 anos. No total, foram vacinadas 4746 na D1, o que corresponde a 49,82% do total, e 2255 na D2, 23,67% do total, e na D3 apenas 2. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A cobertura vacinal do HPV nos adolescente é baixíssima, constituindo substancialmente um enorme desafio para as equinas da Estratégia Saúde da Família do Munícipio de Cascavel. Dessa forma, é fundamental desenvolver alternativas para elevar esses indicativos, por meio de, por exemplo, grupos educativos, ações nas escolas, campanhas, de modo a ampliar o conhecimento sobre o tema e, sobretudo, sobre a importância dessa vacina, capaz de evitar maiores agravos, como o câncer de colo de útero, causado por cepas oncogênicas as quais são alvo da cobertura das vacinas. Diante do exposto, tais estratégias são de imprescindível importância, visto que a aplicação das vacinas contra o HPV deverá reduzir no Brasil a morte por câncer de colo de útero em até 65%. PALAVRAS-CHAVE: HPV, vacinação, adolescentes, Cascavel.

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AFOGAMENTO INFANTIL: FATORES QUE INFLUENCIAM NO PROGNÓSTICO

VILLACA, E. M.1, CARVALHAIS, B. S.1, ROCHA, I. C.1, REIS, L. B.1, MARTARELLO, P.1, IZOTTON, T. W.2

1 Acadêmica (o) de Medicina do Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz- FAG, Cascavel, Paraná, Brasil. 2

Acadêmica de Medicina da Universidade Comunitária da Região de Chapecó- Unochapecó, Chapecó, Santa Catarina, Brasil.

Introdução: Afogamento é a segunda maior causa de morte acidental em crianças menores de 14 anos. A partir de 2002, esse acidente ganhou uma nova definição, proposta pelo Primeiro Congresso Mundial sobre Afogamento e pela OMS, sendo ela: "Afogamento é o processo de enfraquecimento respiratório por imersão ou submersão em líquido)". Objetivo: apresentar os fatores que influenciam nos prognósticos das crianças vítimas de acidentes de submersão, bem como estimular a conscientização dos pais e responsáveis sobre a importância de um preparo adequado para manejo das vítimas. Metodologia: Foi realizada uma revisão bibliográfica através da análise de artigos em bases de dados virtuais (PubMed, Google Acadêmico) referentes às palavras-chave “drowning pediatric” e “drowning pediatric prognostic”. Foram selecionados artigos significativos sobre o assunto abordado, todos limitados aos últimos 5 anos. Discussão: O prognóstico das crianças vitimas de afogamento é muito variado, os pacientes vão desde assintomáticos até pacientes com comprometimento de múltiplos órgãos. A maioria das vítimas com bons prognósticos apresentam curtos períodos de submersão e/ou são resgatadas precocemente com ressuscitação adequada, embora a informação de tempo de imersão seja, normalmente, imprecisa, visto que é estimada por espectadores locais. Acontecida a submersão, vários órgãos como o cérebro, os rins e os pulmões são afetados, especialmente pela hipóxia; deste modo, a sequela do afogamento deve ser classificada pelo comprometimento neurológico. Vários fatores prognósticos são discutidos, entre eles, a idade entre 1 e 3 anos, sexo masculino, necessidade de ressuscitação, tempo de imersão maior que 10 minutos, escore de coma de Glasgow (GCS) menor que 3-5 pontos, hipotermia e pupilas sem reação leve são fatores comuns de resultados ruins. Ainda, outros achados de valores laboratoriais, como acidose grave, altos níveis de açúcar no sangue e altos níveis de lactato geralmente indicam longa submersão e podem se relacionar a desfechos ruins. Em um estudo realizado no Centro Médico Dongsan foi verificado que pacientes com pior prognóstico tiveram menores níveis de consciência, maiores escores de Szpilman, maior necessidade de intubação e suporte ventilatório, maior duração de oxigenoterapia, menor nível de bicarbonato e maiores níveis de sódio. Em contrapartida, em outro estudo, realizado no Hospital Universitário Son Espases o fator mais importante para um ruim prognóstico foi a necessidade de ressuscitação cardiorrespiratória (RCP) avançada no local, principalmente quando era necessária a administração de epinefrina intravenosa. Conclusão: Sabendo que a maioria das crianças que apresentam bons prognósticos são resgatadas precocemente e apresentam ressuscitação adequada, a educação correta de pais e responsáveis é muito importante para melhoria dos resultados em afogamentos. Essa educação não deve abranger apenas a prevenção desses acidentes, mas também o tratamento adequado das vítimas. Palavras-chave: “drowning”, “children prognostic”, drowning prognostic”, “pediatric”.

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ABORDAGEM CIRÚRGICA DE URGÊNCIA EM PACIENTE COM CERATITE FÚNGICA: RELATO DE CASO

Eduardo Morioka Bressanim, Bruno Zanardo Faggion, Julia de Paula Cordeiro, Lucas Brandalize Seguro,

Augusto César Morioka Bressanim, Youssif Amir Nasr, Bruno Bibiano de Oliveira

Curso de Medicina do Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz, Cascavel, Paraná, Brasil.

Introdução: Doenças que afetam a córnea são uma das principais causas de cegueira no mundo, perdendo apenas para a catarata em importância global. Entre as doenças da córnea, ceratite infeciosa é uma das principais que levam à cegueira, sendo um grande desafio para o oftalmologista, devido ao prognóstico limitado. Esse estudo objetiva relatar o desfecho de um paciente que cursou com ceratite fúngica, não respondendo bem ao tratamento clínico farmacológico evoluindo para ceratoplastia penetrante à quente. Devemos considerar cada caso isoladamente, levando em consideração critérios clínicos e epidemiológicos para evitar possíveis complicações irreversíveis. RELATO DE CASO: C.H.C. masculino, 21 anos, branco, agricultor. Paciente encaminhado de outro serviço com história de trauma direto em olho esquerdo

(OE) com galho há 40 dias, referindo dor, olho vermelho e redução da acuidade visual no 10 dia após o trauma. Neste período foi atendido e iniciado o tratamento com colírios de Moxifloxacino, Tobramicina 0,3%, Natamicina 5% e Anfotericina B 0,15%, porém o quadro piorou progressivamente com dor intensa, vermelhidão, fotofobia e secreção. Compareceu com 40 dias para avaliação com dor severa, fotofobia intensa e secreção em OE. Ao exame oftalmológico: acuidade visual de percepção luminosa. Pressão intraocular (PIO) bidigital reduzida. Biomicroscopia OE: hiperemia conjuntival +++/4+, lesão ulcerosa central medindo (6x6mm) com infiltrado nas bordas e secreção, com afinamento central e perfuração, apresentando Seidel positivo. Conduta: Indicado transplante terapêutico de córnea. Durante o procedimento cirúrgico foi realizada lavagem com Anfotericina B 0,15%. Prescrito no pós-operatório colírio de Anfotericina B 0,15% de 1/1 hora, Natamicina 5% pomada oftálmica 4x/dia, Tobramicina colírio 0,3% 1/1 hora e Itraconazol 100mg 12/12 horas via oral. O exame anatomopatológico realizado a partir do botão da córnea receptora transplantada apresentou presença de filamentos e a cultura em ágar Sabouraud revelou a presença do fungo Aspergillus spp. Paciente evolui com reabilitação visual e regressão total do quadro infeccioso. DISCUSSÃO: A maioria dos agentes antifúngicos são fungistáticos, sendo necessário um tratamento prolongado e os pacientes devem apresentar imunidade preservada. Geralmente o tratamento pode ser prolongado, com resposta lenta e elevado risco de recidiva (7,4%). Em alguns casos, pode ser necessária a abordagem cirúrgica principalmente em casos de perfuração de córnea necessitando, em alguns casos, recobrimento conjuntival ou membrana amniótica e outros casos indicado transplante terapêutico da córnea. O recobrimento da córnea pode levar a alterações da CA como atalamia, catarata, glaucoma por obstrução/alterações angulares e desestruturação do segmento anterior. O transplante apresenta potencial maior de reabilitação visual, o que foi observado nesse caso. Com base no caso apresentado, alguns questionamentos são necessários na pratica do médico oftalmologista como a importância do diagnóstico etiológico adequado e de recorrer ao procedimento cirúrgico de ceratoplastia em caráter de urgência para a reabilitação visual. O desfecho da ceratite fúngica é um grande desafio na prática médica clínica. Cabe ao médico analisar adequadamente os dados epidemiológicos e clínicos para a correta abordagem terapêutica, pois muitos casos podem evoluir para o quadro de endoftalmite e a cegueira. PALAVRAS-CHAVE: Transplante de córnea. Úlcera micótica. Ceratite.

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FAG Journal of Health – ISSN 2674-550X, 2019, v.1, n.3, p.48

A RELAÇÃO ESTATÍSTICA ENTRE INTERNAMENTOS E FROTA DE VEÍCULOS NO ESTADO DO PARANÁ E COMO ISSO PODE INTERFERIR NA EMERGÊNCIA?

WERNCKE, E.¹, SCHUHMACHER, B.¹, MOREIRA, V. M.¹, SILVA¹, V. B. D.¹, GASPARIN, E²

¹Acadêmico de Medicina do Centro Universitário Assis Gurgacz FAG, Campus Cascavel, Cascavel, Paraná, Brasil.

²Mestre em Tecnologias Computacionais para o Agronegócio, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campus Medianeira, Medianeira, Paraná, Brasil.

Introdução: Informações são dados interpretados e contextualizados que auxiliam na tomada de decisões (BECKER, 2015). Diante disso, o trabalho buscou, com base em análise estatística de dados públicos, obter informações da relação entre os meios de transporte disponíveis e o impacto desses no número de internamentos. Objetivo: Buscou-se descobrir se há correlação estatística entre o número de internamentos e a frota de motocicletas, automóveis e ônibus, com o propósito de reconhecer possíveis efeitos sobre a Emergência. Metodologia: Atualmente, o plano de de Resposta às Emergências em Saúde Pública define que uma emergência em saúde pública é uma situação que necessite o emprego urgente de medidas de prevenção, de controle e de contenção de riscos, ou seja, atuar sobre as Emergências também é atuar na causa dessas, de modo a articular esforços com objetivo comum de diminuir o evento nocivo e proteger vidas. Portanto, entende-se que a Emergência extrapola os eventos pós-traumáticos, pois promove a promoção e prevenção a saúde, estando essa em acordo o que regulamenta o Sistema Único de Saúde (SUS), e é complementada pela Lei n. 8080, de setembro de 1990, que define saúde como um conjunto de determinantes e condicionantes, isto é, dado o meio e a condição social se descobre as condições de vida e saúde numa dada coletividade. Dessarte, vê-se que observar padrões com base em um condicionante pode ser um pressuposto para reconhecer saúde e, finalmente, um quadro de emergência. Uma das formas para estabelecer padrões é através da estatística, pois com essa é possível agrupar grandes dados de modo a extrair informações mais fidedignas e concretas. Por isso, o presente trabalho buscou como condicionante de saúde o transporte, pois entende-se que esse pode ser a causa de inúmeros danos a saúde, e delimitando dentro dos três diferentes tipos de transporte escolhidos, o automóvel, o ônibus e a motocicleta, quais podem ser um agravo à saúde pública. A fim de descobrir o problema, desenvolveu-se uma pesquisa de caráter quantitativo, na qual se coletou dados online dos portais IBGE e DATASUS. No primeiro, recolheu-se informações referentes ao dado “Frota de veículos” do estado do Paraná. E no site do DATASUS, extraiu-se o dado referente às “Internações” do estado do Paraná para cada meio de transporte, utilizando as seguintes instruções de preenchimento: Linha: Carácter Atendimento, Coluna: Grupo de Causas e Conteúdo: Internações entre o período de 2009 a 2018, o quais foram dispostos em gráficos de correlação estatística pelo software LibreOffice Calc. Resultados: Observou-se que os automóveis, ônibus e motocicletas estão continuamente aumentando de quantidade, mas isso não é aplicável para a quantidade de internamentos, ou seja, embora a frota expanda não necessariamente os internamentos de cada meio de transporte cresça, fator pelo qual explica o porquê automóveis e ônibus não apresentaram correlação significativa das variáveis. No entanto, ao aplicar o mesmo teste as motocicletas, observou-se que a regressão linear apresentou R² de 92% com seguinte equação y=0,0046x-1247, sendo y a variável internamentos por motocicletas e x a variável frota de motocicletas, a qual foi submetida ao teste de hipóteses e apresentou bom ajuste. Dessa forma, é possível prever que aumento da frota de motocicletas pode, a longo prazo, aumentar a causa de internamentos relacionados, logo um plano de desestimulação do uso desse meio de transporte pode reduzir quantitativamente os enfermos. Considerações finais: Evidenciou-se através da pesquisa que o aumento da frota motocicleta pode ser um agravo na Saúde Pública e para a Emergência do Estado do Paraná e que, portanto, medidas como o incentivo ao transporte público e o aumento de tributação sobre a motocicleta podem fazer a promoção e prevenção da saúde. Palavras-chave: Acidentes de trânsito; Prevenção; Saúde Pública.

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FAG Journal of Health – ISSN 2674-550X, 2019, v.1, n.3, p.49

TRATAMENTO COM IMUNOBIOLÓGICOS NA DERMATITE

NEDER, E.N. PINA, L.F.S., SILVA, N.G., MOLETA, B.M., REZENDE, D. F, SPILLERE, A.M.B. e YAMADA,

K.A.

Departamento de Medicina, Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz. Cascavel, Paraná, Brasil.

Introdução: A dermatite atópica é uma doença inflamatória crônica da pele multifatorial, ocorrendo com mais frequência em lactente e na infância com antecedentes pessoais ou familiares de atópia. Ela está relacionada com defeitos na barreira cutânea e com sensibilização alérgica. As lesões apresentam morfologia e distribuição típicas, apresentando caráter de erupção eczematosa pruriginosa recorrente. Os Imunobiológicos, utilizados no tratamento de dermatite atópica, são substâncias terapêuticas produzidas por sistemas biológicos vivos, com estruturas moleculares complexas. Elas agem em pontos específicos do sistema imunológico, que utiliza mecanismos de ativação do próprio sistema imunológico no combate a processos inflamatórios autoimunes ou á anormalidades celulares específicas. O principal imunobiológico na dermatite atópica é Dupilumab. Objetivo: O trabalho tem por objetivo, a observação e afirmação da qualidade do tratamento da dermatite atópica com imunobiológicos, visando assim uma melhor resolução e prognostico da doença, visto que Dupilumab atua numa causa subjacente da dermatite atópica, ajuda a limpar a pele, controlar o prurido persistente e incapacitante e a melhorar a qualidade de vida em geral. Em 2017 sua utilização foi aprovada no Brasil e desde então vem demostrando resultados satisfatórios. Materiais e métodos: Consiste em uma revisão de caráter qualitativo realizada com base em dados de artigos no PubMed e Scielo usando os descritores “atopic dermatitis” and “immunobiobiological”, selecionando aqueles que se adequaram e que demonstraram relevância para compreensão do tema e realização desta revisão. Resultados: Podemos observar, que o método de tratamento da dermatite atópica com imunobiológicos, tem se mostrado eficaz e satisfatório. Por ser uma doença com acentuado desvio sistêmico para reação tipo Th2, e a IgE total pode ser um biomarcador para a classificação simples de pacientes, com respeito à gênese da doença. Esta classificação é de interesse no contexto de novas abordagens terapêuticas, como por exemplo, focar em IL-4, citocina crítica na regulação da síntese de IgE. O objetivo alvo do tratamento com imunobiológicos são principalmente as citocinas e os receptores de citocinas, dentre eles: Anti-receptor de Interleucina-4, Anti Interleucina-13, Anti-Interleucina 17, Anti-Interleucina 22, Anti-Interleucina 31. O imunobiológico que apresenta mais eficácia na dermatite atópica é o Dupilumab, que é um anticorpo monoclonal humano recombinante do tipo IgG4 que inibe a sinalização da interleucina-4 e da interleucina-13, as quais desempenham um papel importante na origem dos sinais e sintomas de dermatite atópica. O tratamento convencional, anterior a utilização dos imunobiológicos, tinha por base a utilização de anti-histamínicos, corticoides tópicos, cuidados com contato de fatores desencadeantes do processo alérgico, temperatura do banho, uso de emolientes, visando sempre o fortalecimento da barreira da pele. Conclusão: Podemos observar que a evolução, no tratamento da dermatite atópica, tem muita relação com os avanços da medicina para a área dos imunobiológicos, visto uma melhoria do tratamento e estabilização da doença. Analisando que o tratamento convencional da dermatite atópica visa o controle dos sintomas da doença juntamente com o reconhecimento dos fatores agravantes os imunobiológicos tem como objetivo um tratamento mais eficaz e resolutivo na fisiopatologia da doença. Palavras-Chave: Dermatite, imunobiológicos, terapia.

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FAG Journal of Health – ISSN 2674-550X, 2019, v.1, n.3, p.50

LINFOMA MALT: UM RELATO DE CASO

Eron Celant Espindola, Giuliana Moreira de Medeiros, Julia Damasio Gai, Andrey Felipe Pinheiro, Thales Lima Lopes, Claudia Gregorini Silva

Curso de Medicina do Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz, Cascavel, Paraná, Brasil.

INTRODUÇÃO: Os linfomas podem ser derivados de dois tipos de células: tipo B - onde se encontram os linfomas MALT - e tipo T. Geralmente, os linfomas de tipo B são mais benignos, sendo o linfoma MALT frequentemente de baixo grau, raramente evoluindo para um tumor maligno. A abreviação MALT deriva do termo “tecido linfoide associado a mucosa”. O linfoma MALT é um tipo de linfoma que pode afetar diversos órgãos, dentre eles o estômago. Em condições fisiológicas, esse órgão não possui essa característica tecidual, mas pode adquiri-lo por meio de uma reação a um estimulo inflamatório, geralmente por infecção crônica por H. pylori. RELATO DE CASO: paciente masculino, 25 anos, estudante. Relata que há cerca de 10 anos possui sintomas de epigastralgia, dispepsia e pirose. Há 5 dias, procurou o serviço devido a piora desses sintomas. Partindo destas queixas, foi solicitada uma endoscopia digestiva alta e exames de rotina. Após 7 dias, paciente retorna com os exames, sendo diagnosticado a partir da EDA, doença do refluxo gastroesofágico com extensa úlcera gástrica em atividade.de aspecto neoplásico. Para tratar o refluxo, foi prescrito Pantoprazol 40 mg e solicitado um estudo histopatológico para investigação de um possível linfoma associado a presença do H. pylori. Após 30 dias, paciente retorna ao serviço com o exame histopatológico confirmando gastrite crônica intensa ativa com infiltrado linfoide atípico, positivo para H. pylori. Logo, é prescrito Pyloripac IBP 28 (amoxicilina, claritromicina e lanzoprazol) por 7 dias. Associado a isso, foi solicitado um estudo imunohistoquimico para elucidar as características dessa neoplasia. Retornou 42 dias depois com estudo imunohistoquimico, confirmando o diagnóstico de linfoma de zona marginal extranodal do tecido linfoide associado a mucosa (Linfoma MALT). Após 8 meses, fevereiro de 2014, paciente retorna para acompanhamento, é submetido a uma nova EDA e é vista uma cicatriz de ulcera em corpo gástrico (S2 - sakita) que é biopsiada, evidenciando um infiltrado linfoide atípico com H. pylori positivo. Apesar do primeiro tratamento ter surtido efeito, diminuído a virulência e permitido a cicatrização da úlcera, não resultou na remissão do linfoma, evidenciando uma bactéria resistente. Isso pode ser explicado provavelmente por um tratamento errôneo anterior. Retornou após 8 meses para novos exames e é evidenciado gastrite crônica leve ativa com infiltrado linfoide atípico e H. pylori positivo. Desta vez, são tomadas as medidas corretas e opta-se pelo tratamento com Pyloripac Retrat ( lansoprazol + levofloxacino + amoxicilina). Retorna ao serviço 3 meses depois sem queixas adicionais e em uso de Pantoprazol. É solicitada EDA que mostrou uma esofagite erosiva grau A tratada com Pantoprazol 40mg por 60 dias. O histopatológico resulta em padrão semelhante ao anterior e H. pylori negativo, evidenciando a eficácia do último tratamento. Em sua última consulta, paciente volta com um exame histopatológico, é visto uma gastrite crônica leve quiescente e sem evidencias de neoplasia. A ausência do linfoma foi confirmada em estudo imunohistoquimico. CONCLUSÃO: O trato gastrointestinal é o local mais comum dos linfomas extranodais primários, sendo que o linfoma MALT representa mais de 50% deles. De evolução indoletente, o linfoma MALT se destaca por ser um câncer secundário a estimulação antigênica crônica exercida pela bactéria H. pylori. Estudos retrospectivos evidenciaram e uma forte relação do linfoma MALT com a presença da bactéria, estando está presente em aproximadamente 92% dos casos. A erradicação da bactéria na maioria das vezes determina a remissão do linfoma. Grande parte da população mundial é infectada pela bactéria, porém apenas uma pequena parcela manifesta o linfoma MALT. Um dos maiores desafios atuais é traçar uma linha dos fatores relacionados a bactéria e ao hospedeiro, que estariam diretamente ligados a manifestação da doença.

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AVALIAÇÃO DA OXIGENAÇÃO EXTRACORPÓREA POR MEIO DE MODELAGEM MATEMÁTICA – UMA REVISÃO DA LITERATURA

Fernanda Moraes, Vagner Fagnani Linartevichi

Curso de Medicina do Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz, Cascavel, Paraná, Brasil.

Introdução: Pacientes que apresentam a síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) podem ser submetidos a oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO). O procedimento pode ser realizado através de três modalidades determinadas conforme a canulação e reinfusão do sangue, sendo elas a veno-arterial (VA), veno-venosa (VV) ou veno-arterial-venosa (VAV). As cânulas são conectadas a um circuito onde o sangue é bombeado para um pulmão artificial ou oxigenador de membrana e em seguida é aquecido à temperatura corporal (Park et al., 2017). Com o suporte ECMO-VV, ocorre uma ventilação ultra protetora que previne injúrias pulmonares decorrentes do uso do ventilador mecânico. O uso deste suporte resulta em redução da pressão média nas vias aéreas, associada a reação inflamatória sistêmica. Ambos os fatores levam a diminuição na função dos pulmões, resultando em um tórax calmo, com hipoxemia grave e piora dos infiltrados pulmonares. Isso se deve a limitada área de superfície dos oxigenadores (1,2 - 1,8 m2), que resulta em uma oxigenação não tão eficaz, mantendo a saturação arterial de oxigênio (SatO2) baixa, a níveis de 70%. Apesar da hipoxemia, os pacientes que recebem suporte com ECMO-VV tem apresentado evoluções favoráveis (Adler et al., 2019). Objetivo: Relatar as conclusões obtidas por meio da modelagem matemática em fatores fisiológicos durante o suporte com oxigenação por membrana extracorpórea. Método: O presente estudo trata-se de uma revisão da literatura na qual os dados foram obtidos por meio da base de dados eletrônica do Jornal Brasileiro de Pneumologia e a Revista Brasileira de Terapia Intensiva. Para realizar a modelagem matemática foram levados em consideração quatro parâmetros referentes a fisiologia de clientes com insuficiência respiratória grave em uso de suporte respiratório, sendo eles: transferência de energia do ventilador para os pulmões no decorrer a ventilação de pulmões normais, protetora e ultraprotetora, por meio da mensuração do mechanical power (energia expressa em joules/minuto); o fornecimento sistêmico de oxigênio durante oxigenação arterial muito baixa; a remoção de dióxido de carbono; a pressão parcial de oxigênio resultante, como determinante de estímulo para vasoconstrição pulmonar (estímulo-PO2) (Adler et al.,2019). Resultados: A modelagem demonstrou que níveis mais elevados de hemoglobina permitem maior saturação arterial de oxigênio, entretanto, níveis mais baixos de hemoglobina permitem o acoplamento entre a transferência de oxigênio de ECMO e o consumo de oxigênio pelo paciente. Logo, a hipoxemia grave não necessariamente decorre do desacoplamento entre fornecimento e consumo de oxigênio, deve-se levar em consideração fatores como nível de lactato e acidose metabólica. Outro fator que pode levar a baixa oxigenação é um débito cardíaco aumentado, que se deve a uma alta proporção do fluxo (Santos et al., 2018). Conclusão: O modelo matemático apresentado evidenciou a redução da transferência de energia do ventilador para os pulmões na ventilação ultraprotetora, o que acarreta em hipercapnia e hipoxemia. A PaCO2 é compensada pelo suporte por ECMO-VV, e mesmo com níveis baixos de PaO2, o consumo do paciente é atendido. Durante a ventilação ultraprotetora veno-venosa ocorre elevação da pressão parcial de oxigênio no sangue venoso, sendo possível diminuir a vasoconstrição pulmonar por hipóxia, reduzindo a pressão pulmonar e aliviando o cor pulmonale agudo (Adler et al., 2019). Além disso, estudos recentes mostram que o ECMO-VV foi utilizado como estratégia de ponte para abordagem de falência cardíaca fulminante de causa reversível (Santos et al., 2018).

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FAG Journal of Health – ISSN 2674-550X, 2019, v.1, n.3, p.52

RELATO DE CASO: DERMATOSE NEUTROFÍLICA SWEET-LIKE EM PACIENTE PORTADORA DE LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO

NOGUEIRA, Gabriela Gobo, NOGUEIRA, Mariana Gobo, TEIXEIRA, Amanda Gurtat, HELENA, Isabella

Beatriz Menezes, LIMA, Maria Clara Viana, NOGUEIRA, Marcio Augusto, ADAME, Ana Paula Acadêmica do curso de Medicina do Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz

INTRODUÇÃO A síndrome de Sweet, também chamada de dermatose neutrofílica febril aguda, é uma síndrome incomum, descrita pela primeira vez em 1964. Clinicamente, é caracterizada pelo aparecimento abrupto de placas, pápulas ou nódulos eritematosos, dolorosos e assimétricos, frequentemente associados a febre e leucocitose. Na histologia verifica-se a presença de um denso infiltrado neutrofílico dérmico. As lesões ocorrem principalmente na face, pescoço e extremidades superiores, mas podem acometer mucosa ocular e oral. O envolvimento do sistema músculo-esquelético e dos órgãos internos também pode ocorrer. A síndrome de Sweet pode ser classificada em três subtipos, de acordo com a sua etiologia: clássica, associada a neoplasias malignas e induzida por drogas. Na forma clássica, 80% dos pacientes são mulheres e a faixa etária mais acometida é entre 30 e 60 anos. A dermatose neutrofílica sweet-like (DNSL) pode ser uma manifestação rara do lúpus eritematoso sistêmico (LES) que mimetiza a síndrome de Sweet. O objetivo deste artigo é relatar um caso de dermatose neutrofílica sweet-like em uma paciente portadora de lúpus eritematoso sistêmico. Apenas 29 casos semelhantes foram descritos no mundo, o que demonstra o seu caráter atípico. DESCRIÇÃO DO CASO C.S.S, 60 anos, sexo feminino, branca, vendedora, natural de Pouso Redondo (SC) e residente de Cascavel (PR). Paciente com diagnóstico de lúpus eritematoso sistêmico há 20 anos, até então em remissão. Há 1 mês vem apresentando episódios esporádicos de febre alta, sendo a última aferida de 38,8°C há 6 dias. Também relatou o aparecimento súbito de lesões cutâneas há 1 mês em membros superiores, dorso, tronco e face, acompanhado de dores nas articulações dos punhos, tornozelos e joelhos, inapetência e fadiga. Ao exame físico: paciente afebril, lesões cutâneas eritemato-nodulares em membros superiores, dorso, tronco e face, com sensibilidade preservadas, dolorosas, assimétricas e não pruriginosas. A propedêutica laboratorial revelou: Hb de 10,8 g/dL, VCM de 86,89 fL, HCM de 28,8 pg, CHCM de 32,63 g/dL, RDW de 15,7, leucócitos 4.400/mm3, linfócitos 25%, neutrófilos 71%, bastões 4%, eosinófilos 0%, plaquetas 186.000, FAN 1/160 (padrão nuclear homogêneo), VHS de 98 mm, PCR de 31,89 mg/L e anticorpo anti-DNA nativo reagente 1:20. A biópsia das lesões cutâneas apontou edema de derme com grandes quantidades de neutrófilos, principalmente nas partes superiores e em regiões perivasculares. O conjunto de alterações eram sugestivas de dermatose neutrofílica Sweet-like. A partir do diagnóstico, foi prescrita Hidroxicloroquina 400 mg acompanhada de Prednisolona 20mg (2x por dia). Paciente apresentou boa resposta ao uso de corticoide VO em doses altas, porém não houve controle com a redução para 20 mg ao dia. Como alternativa, aplicou-se 250mg de Metilprednisolona através de pulsoterapia, associada ao uso de prednisolona 20mg VO, Azatioprina com meta de 2 a 3 mg/kg/dia e foi mantido o uso de hidroxicloroquina. Paciente obteve melhora clinica com resolução total do quadro. CONCLUSÕES No caso em questão, a paciente apresentou quadro compatível com dermatose neutrofílica sweet-like, em uma reativação do lúpus eritematoso sistêmico. Nesse caso, o diagnóstico histológico por biópsia de pele é crucial, e uma dose alta de glicocorticóide oral normalmente resulta em uma boa resposta. Esperamos que o aumento da conscientização sobre a DNSL no LES ajude no diagnóstico precoce e melhore o atendimento ao paciente, visto que sua raridade pode ser devido a condição ser sub-diagnosticada.

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SARCOMA DE KAPOSI E CO-INFECÇÃO VIRAL – UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

KUNS, Gabrieli Elisie, BRESSAN, Flávio Luise, BYLAARDT, Jennifer, PEREIRA, Mariélen, Eduarda Prieto, ALVES, Tainá Leonel de Freitas

Curso de Medicina do Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz

O Sarcoma de Kaposi é uma neoplasia amplamente associada a infecção pelo vírus HIV e possui quatro formas de apresentação, das quais a mais relacionada a esta infecção é a forma epidêmica. Sendo assim, este trabalho tem como objetivo uma revisão bibliográfica acerca da neoplasia Sarcoma de Kaposi, no que se refere às suas variadas formas de apresentação clínica, diagnóstico, patogênese e explanar a cerca de sua possível relação com infecções virais, principalmente pelo vírus HIV. A Metodologia utilizada neste trabalho foi uma revisão da literatura nas bases de dados da Scielo e outros artigos da área médica e foram pesquisados nos artigos encontrados os temas que tratavam sobre a epidemiologia, etiologia, quadro clínico, diagnóstico e tratamento do Sarcoma de Kaposi. Como resultados, foi possível observar que o Sarcoma de Kaposi possui acometimento cutâneo, no qual se manifesta sob a forma de lesões violáceas, e possuem predileção por cabeça, pescoço e tronco. Há acometimento de em mucosas, linfonodos, trato gastrointestinal, pulmões e coração em alguns casos. Na forma epidêmica, o acometimento linfonodal está presente na maioria dos pacientes no momento do diagnostico. Quanto ao tratamento é possível empregar quimioterapia em lesões sistêmicas, nos casos de acometimento cutâneo e visceral. A chance de apresentar Sarcoma de Kaposi em paciente HIV positivo é 3640 vezes maior do que em relação a população geral e é possível inferir que a manifestação do herpes vírus humano tipo 8 (HVH 8) seja o fator de risco chave para desenvolvimento desta neoplasia. Como conclusão, tem-se que o HIV não é uma infecção tida como necessária para desenvolvimento do Sarcoma de Kaposi, pois a forma clássica, por exemplo, possui pouca relação com esta infecção. Porém, na presença do vírus HIV o individuo aumenta substancialmente a propensão a desenvolver a neoplasia em questão devido a imunossupressão que encontramos em tais pacientes, os quais possuem uma queda importante de linfócitos CD4. Portanto, estabelece-se que a prevenção da infecção por HIV e HVH 8 seja importante também para diminuir os casos do Sarcoma de Kaposi no que tange a forma epidêmica. Palavras-chave: Sarcoma, Kaposi, HIV, Herpes.

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A RELAÇÃO ENTRE A ESTIGMATIZAÇÃO DE INDIVÍDUOS COM PSORÍASE E VITILIGO E SEUS EFEITOS PSICOSSOCIAIS DELETÉRIOS: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

FERREIRA, G. M. , MOKFA, L. A. M., RAUBER, R.

Curso de Medicina do Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz

INTRODUÇÃO: Psoríase e Vitiligo são doenças caracterizadas por se expressarem na pele na forma de manchas ou lesões avermelhadas, sendo que podem ser causadas e agravadas por fatores psicológicos. Estas também podem influenciar no convívio em sociedade do indivíduo, levando-o a exclusão social, por exemplo, ao não aceitar sua própria aparência. Ambas ainda não possuem causa conhecida e, logo, possuem apenas tratamento para amenizar suas consequências, uma vez que não há cura. É fundamental, potanto, que haja o acompanhamento psicológico para a condição, pois os fatores emocionais influenciam na incidência das manchas e, em especial, no sucesso do tratamento, já que pode melhorar seu desempenho ao oferecer suporte para o indivíduo prosseguir até o final. OBJETIVOS Entendimento da relação entre doenças dermatológicas e seus aspectos psicossociais na vida do portador, enquadrando-as como doenças psicodermatológicas; Expansão da maneira como essas doenças são enxergadas pela população em geral e pela comunidade médica, objetivando mudanças na abordagem e tratamento, a fim de promover melhor prognóstico dos portadores; METODOLOGIA: Consistiu em uma revisão de literatura com buscas no PubMed e MEDLine, utilizando os termos: “psicoterapia”, “vitiligo”, “psoríase” e “efeitos psicossociais” – em inglês. Os artigos foram lidos também na língua inglesa e sem restrição quanto à data de publicação, somente sendo restritos aos que fossem gratuitos. Por fim, o estudo abrangeu a busca em livros específicos da área. RESULTADOS: Os artigos apontam que o vitiligo pode afetar entre 0,5% e 8% da população, dependendo da carga genética dos pais, além de que, 75% desses casos acometem áreas muito visíveis do corpo, como mãos e face. Os trabalhos indicaram que é indiscutível a presença de preconceito e discriminação com os portadores das supracitadas condições, o que se acredita ser decorrente da falta de informação sobre o assunto. Essa realidade leva o indivíduo ao aumento do seu nível de estresse e consequentes patologias psicológicas associadas, como ansiedade e depressão. Isto se aponta como um agente prejudicial do prognóstico das doenças. Sobre o vitiligo, percebeu-se a dificuldade nas relações interpessoais além de uma tentativa de minimização da doença. Este ponto difere da psoríase que leva, ainda, a dores nos locais onde está presente. Ambas convergem a uma realidade de diminuição da qualidade de vida e do exercício de diversas atividades, além de baixos autoestima e bem-estar. Os resultados referentes a estes prognósticos apontam para sua piora ocasionada por fatores psicológicos (doenças psicodermatológicas), trazendo à tona o fato de que o tratamento não pode ser estritamente dermatológico. Para que ocorra uma otimização dos aspectos destas doenças é imprescindível a sua associação com psicoterapia. CONCLUSÃO: Diantes dos fatos expostos, o preconceito pela aparência dos pacientes com Vitiligo e Psoríase está presente em quase toda a sociedade. Muitas vezes por falta de informação, algumas pessoas entendem e veem essa condição como transmissível e evitam estabelecer relações sociais. Estas relações acabam sendo responsáveis por proporcionar um quadro de estresse e depressão ao portador, prejudicando seu lado psicológico. Tratamentos bem sucedidos podem otimizar o prognóstico ao auxiliar a melhora psicológica, em especial, nos pacientes mais jovens, possibilitando perceber a relação positiva entre o que se objetivava e o que se concluiu. PALAVRAS CHAVE: Psoríase, Vitiligo, Doenças Psicodermáticas

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RELATO DE CASO: CARCINOMA PAPILAR INTRACÍSTICO DE MAMA, UMA ANÁLISE ANATOMOPATOLÓGICA

SCOPEL, Giulia Caroline Paes, SCOPEL, Adilson Antônio, NETO, Newton Gustavo de Toledo Nogueira,

ZANCANARO, Rodrigo Bianchi

Curso de Medicina do Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz

INTRODUÇÃO: O carcinoma papilar intracístico (CPI) é um tumor raro de mama que constitui 0,5 a 1% de todos os canceres de mama. Geralmente ocorre em mulheres pós menopausa. Clinicamente pode ser assintomático ou manifestado por massa mamária ou secreção mamilar. As manifestações radiológicas são inespecíficas, geralmente com aparência benígna. A ausência de células mioepiteliais observadas em exame anatomopatológico indicam malignidade, o que leva a crer que o CPI é na verdade um tipo de carcinoma nodular circunscrito invasivo de baixo grau. Este trabalho relata um caso de CPI mamário em uma paciente de 85 anos, com massa em mama esquerda diagnosticado por imuno-histoquímica, com conduta de ressecção cirúrgica. Tem como objetivo tornar mais conhecida essa patologia, e seus métodos diagnósticos, bem como a apresentação anatomopatológica da doença. DESCRIÇÃO DO CASO: Paciente D.M.H.P., 85 anos, branca, sexo feminino. Compareceu ao serviço de mastologia com queixa de mastalgia e massa papável na região lateral do quadrante inferior da mama esquerda, sem secreção mamilar. US apresentava hematoma 2,9X2,8 cm e coleção hemática de 1,3X1,2 cm em quadrante infero-lateral da mama esquerda. Foi indicada a ressecção cirúrgica. A análise anatomopatológica da peça indicou se tratar de um Carcinoma Papilar Intracístico (CPI). Posterior análise imuno-histoquímica descreveu um carcinoma papilar sólido, multifocal, grau 2 nuclear, com imunoexpressão positiva para receptor de estrogênio e progesterona e negativa para c-erbB-2. Padrão morfológico sólido papilar com foco de diferenciação neuroendócrina e estruturas nodulares adjacentes sem células mioepiteliais com componente invasivo mucoprodutor. CONCLUSÃO: O CPI é um carcinoma mamário raro que cresce sob a forma papilar dentro de cistos, constitui de 0,5 a 1% de todos os canceres de mama. Histologicamente, a lesão é bem delimitada e cercada por um ducto recoberto por uma capsula fibrosa grossa. O ducto é preenchido por uma fina camada fibrovascular sem a presença de células mioepiteliais, o que o diferencia de um carcinoma papilar in situ. No presente caso, a ausência de células mioepiteliais se dá em múltiplas áreas em todas as designações e são extensivas á tecido adiposo, sem conformação lobular e por esse motivo, a neoplasia é considerada invasiva. A presença de atipias, de baixo a moderado grau, são típicas dessas lesões, sendo raro as de alto grau. Na imuno-histoquímica, geralmente o tumor apresenta positividade para receptores de estrógeno (RE) e progesterona (RP), e negatividade para HER2. O diagnóstico pode ser feito com punção aspirativa por agulha fina, mamografia, pneumocistografia, ultrassonografia mamária, citometria de fluxo e principalmente imuno-histoquímica. O CPI tem um prognóstico favorável, o que ficou evidente no caso apresentado, pois não houve comprometimento linfonodal e presença de metástases à distância. O manejo terapêutico do CPI ainda é controverso, por não haver diretrizes bem estabelecidas e falta de dados na literatura, o tratamento, de um modo geral, consiste na cirurgia conservadora da mama com excisão local ampla ou quadrantectomia, a associação de demais tratamento adjuvantes ainda é pouco estudada.

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ENTEROCOLITE EOSINOFÍLICA E ALERGIA ALIMENTAR: UM RELATO DE CASO

Giuliana Moreira de Medeiros, Eron Celant Espindola, Julia Damasio Gai, Claudia Gregorini Silva, Thales Lima Lopes

Curso de Medicina do Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz

INTRODUÇÃO: A doença eosinofílica do trato gastrointestinal representa um conjunto de distúrbios inflamatórios caracterizados por infiltrados de eosinófilos na parede intestinal e eosinofilia periférica na ausência de causa conhecida de para eosinofilia. A inflamação crônica da mucosa digestiva é causada pela exposição a potenciais alergênicos alimentares ou aero alergênicos em indivíduos previamente predispostos. A seguir descreve-se um caso de enterocolite eosínofílica em uma paciente com dermatite atópica associada à alergia alimentar prévia. DESCRIÇÃO DO CASO: Paciente feminino, 13 anos, estudante, branca, chega ao serviço de emergência com dor abdominal intensa, constipação e distensão e dor abdominais há três dias. Relata que desde os 5 anos tem um quadro de dermatite atópica causada por alergia à proteína do leite e ácaros, apresentando coceira intensa, irritabilidade, escoriações provocadas pelo ato de coçar a pele, ressecamento generalizado da pele e eczema e lesões descamativas mais localizadas em dobras dos joelhos, cotovelos, pescoço, dedos das mãos e superfícies extensoras dos braços e pernas. Ao exame físico, abdome distendido e dor à palpação difusa no abdome. Pressão arterial 110x60 mmHg, pulso 70 bpm, frequência respiratória 19 rpm e temperatura axilar 36,5 °C. Foi iniciada uma investigação laboratorial e indicado exame de endoscopia digestiva alta (EDA) e colonoscopia com biópsias seriadas. No retorno, a videocolonoscopia relevou uma ileíte erosiva leve com nodosidades e foram realizadas biópsias seriadas de íleo terminal, cólon e reto. Endoscopia digestiva alta mostrou pangastrite enantematosa leve com erosões antrais e refluxo biliar duodeno-gástrico. As biópsias seriadas de esôfago, estômago e segunda porção duodenal mostraram duodeno com processo inflamatório crônico leve, cólon com processo inflamatório leve e inativo, íleo terminal com processo inflamatório crônico e inativo com formação de folículos linfoides. A biópsia mostrou, ainda, cólon com presença de 57 eosinófilos em 5 CGA, íleo terminal com presença de 43 eosinófilos em 5 CGA e discreto infiltrado linfomononuclear crônico em lâmina própria, duodeno com presença de 33 eosinófilos em 5 CGA (valor de referência: normal até 15 eosinófilos em 5 CGA). O tratamento foi Predinisolona 40mg/dia com desmame semanal (40mg na primeira semana, 30mg na segunda semana, 20mg na terceira semana, 10mg na quarta semana e 5mg na ultima semana) com evolução satisfatória. O acompanhamento foi feito com nova EDA com biópsia após 6 meses do diagnóstico em que foi evidenciada normalização da taxa de eosinófilos na mucosa duodenal. CONCLUSÕES: A gastroenterite eosinofílica é uma doença crônica caracterizada por uma inflamação mediada em sua maioria por células Th2, habitualmente induzida por alergênicos alimentares ou aero alergênicos. Aproximadamente 70% dos pacientes tem uma história pessoal ou familiar de distúrbio alérgico. Além disso, alguns autores afirmam que a alergia alimentar está presente em 38% das crianças com dermatite atópica moderada ou grave. O diagnóstico é suspeitado se estiverem presentes sintomas gastrointestinais, eosinofilia periférica presente em 50 a 100% dos casos e exclusão de outras enfermidades que cursam com eosinofilia. A confirmação é feita com biópsia que confirme a presença de um número de eosinófilos superior a 15 em 5 CGA. O tratamento de eleição é a predinisona 20-40 mg/dia, sendo a resposta terapêutica uma característica dessa doença. A abordagem cirúrgica é feita quando ocorrem complicações e o prognóstico é benigno na maioria dos casos. No caso acima descrito, a paciente apresentou-se com quadro abdominal clássico e história pessoal de alergia alimentar associada à significativa eosinofilia periférica, o que levou à suspeita de enterocolite eosinofílica. O estudo histopatológico confirmou o diagnóstico. A evolução clínica favorável com normalização do número de eosinófilos foi realizada pelo uso de Predinisolona com desmame semanal e acompanhamento com realização periódica de EDA com biópsia.

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FAG Journal of Health – ISSN 2674-550X, 2019, v.1, n.3, p.57

ATENDIMENTO AO PACIENTE VÍTIMA DE ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL HEMORRÁGICO

Grazielle Pangratz Bedretchuk e Yasmin Padilha

Curso de Medicina do Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz

Introdução: o acidente vascular cerebral (AVC) é uma das principais causas de morte e incapacidade funcional, tanto no Brasil quanto no mundo. O AVC hemorrágico refere-se à hemorragia intraparenquimatosa, levando também a compressão mecânica e comprometimento da anatomia nas proximidades do sangramento. O aumento da pressão intracraniana é comum ocorrer nesses casos. Alguns danos secundários ocorrem devido citotoxicidade, estresse oxidativo, inflamação e edema. Mortalidade e morbidade tiveram quedas significativas com o estruturamento de um atendimento adequado e rápido. Protocolos atuais têm como objetivo identificar rapidamente os sinais de alerta para um AVC, a rápida investigação diagnóstica, assim como a tomada das medidas terapêuticas na fase aguda, as medidas de prevenção secundária e reabilitação também estão inclusas nesses objetivos. Objetivos: identificar as principais medidas a serem tomadas frente a um caso de AVC hemorrágico na fase aguda. Delineamento e Métodos: este estudo é qualitativo, sendo realizado a partir de revisão de literatura. Foram avaliados protocolos de hospitais de relevância nacional, artigos científicos e protocolos preconizados pelo Ministério da Saúde do Brasil. Resultados: os sinais e sintomas manifestados pelos pacientes possuem ampla apresentação, alguns dos principais são: desvio de rima labial; dificuldade para falar ou entender comandos simples; confusão mental; perda visual em um ou ambos os olhos; crise convulsiva; perda de força e/ou sensibilidade em um ou ambos os lados do corpo; perda de equilíbrio, coordenação ou dificuldade para andar; cefaleia intensa. Especialmente no AVC hemorrágico, o aumento súbito da pressão intracraniana, causada pelo sangramento, leva a um quadro clínico com cefaleia intensa, dor na nuca, visão dupla, náusea e vômito, perda da consciência ou morte. As taxas da mortalidade são maiores no AVC hemorrágico, do que no isquêmico. Um decréscimo de 2 ou mais pontos na Escala da Coma de Glasgow é encontrado em mais de 20% dos pacientes, essa diferença ocorre entre a avaliação dos serviços médicos pré-hospitalar e a avaliação inicial no departamento de emergência. Logo após a suspeita de AVC o paciente deve ser submetido a verificação dos sinais vitais, instalação da monitorização não invasiva, glicemia capilar, eletrocardiograma, dois acessos venosos periféricos e coleta de exames laboratoriais. Após isso, deve-se encaminhar o paciente para a realização de exames de neuroimagem. Pacientes com hemorragia intraparenquimatosa devem manter a pressão arterial sistólica (PAS) entre 140-180 mmHg, para alcançar esse objetivo usa-se drogas parenterais em infusão contínua. Valores da PAS <140 mmHg não são recomendados, pois levam a piores desfechos. Em casos de hipertensão intracraniana e rebaixamento de nível de consciência, é preconizado manter a pressão de perfusão cerebral (PPC) > 70 mmHg. O tratamento da hipertensão intracraniana inclui elevação da cabeceira a 30º, analgesia, sedação, doses moderadas de manitol a 20%, solução salina hipertônica, e hiperventilação (PaCO₂ entre 28 e 32 mmHg). Corticosteroides não devem ser administrados com o objetivo de reduzir a pressão intracraniana (PIC). Em casos de uso de heparina, varfarina, novos anticoagulantes, ateplase e plaquetopenia, é recomendado o uso de fatores de coagulação e hemoderivados específicos para a reversão de cada caso. Caso o paciente evolua durante o quadro agudo com crises epilépticas, o uso de fenitoína IV é indicado. Não deve ser feito uso de medicação profilática para epilepsia. Conclusão: o tratamento pré-hospitalar e hospitalar em casos de AVC hemorrágico é de extrema importância, por sua capacidade em alterar prognósticos. O precoce reconhecimento do quadro, assim como o início rápido da terapia estipulada, é imprescindível para que este paciente tenha melhores chances de recuperação e menores complicações deste quadro tão grave.

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FAG Journal of Health – ISSN 2674-550X, 2019, v.1, n.3, p.58

ATUALIZAÇÃO DA ESCALA DE COMA DE GLASGOW: O QUE MUDOU?

Grazielle Pangratz Bedretchuk e Yasmin Padilha

Curso de Medicina do Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz

Introdução: Os traumatismos cranioencefálicos (TCE) possuem alta taxa de mortalidade, e estão entre as principais causas de mortes de pacientes jovens. Mais de 50% das mortes por TCE acontecem no local do acidente, por isso a abordagem inicial, onde se obtêm a história clínica, exame físico geral e avaliação neurológica, é tão importante para a estratificação de risco de uma lesão neurocirúrgica. A Escala de Coma de Glasgow (GCS, sigla em inglês) identifica qual o nível de consciência do paciente a partir de pontuações atribuída às respostas após estímulo. São observadas abertura ocular, melhor resposta verbal e resposta motora. A GCS assim como a conhecemos foi publicada pela primeira vez em 1974, mas em abril de 2018 ela passou por atualizações que foram publicadas no Journal of Neurosurgery. Objetivos: mostrar o funcionamento da Escala de Coma de Glasgow e o que foi alterado após a última atualização. Delineamento e Métodos: estudo do tipo qualitativo, revisão de literatura de artigos publicados a partir de 2014 e protocolos internacionais. Resultados: três fatores determinavam a pontuação de acordo com o nível de consciência, eram eles: abertura ocular, resposta verbal e resposta motora. A publicação de 2018 traz mais um ponto a ser observado: a reatividade pupilar, sendo agora chamada de GCS Pupils Score (GCS-P) (em tradução livre: Escala de Coma de Glasgow Pontuação Pupilar). O GCS-P veio para trazer conjuntamente as informações sobre as respostas do paciente encontradas na GCS e também a reação pupilar. A reatividade pupilar à luz é usada para formar a pontuação do novo escore, se as duas pupilas não reagem à exposição a luz, a pontuação é igual a dois; se apenas uma pupila não apresenta reatividade, é dado um ponto; e se ambas as pupilas são reativas, a pontuação é 0. A GCS-P é calculada a partir da subtração do Escore da Reatividade Pupilar (PRS, sigla em inglês) da pontuação obtida na Escala de Coma de Glasgow (GCS-P = GCS – PRS). Estudo feito com mais de 15.000 pacientes chegou ao resultado que com o comprometimento da reatividade da pupila há piora no desfecho do quadro em todas as faixas de pontuação da GCS. Conclusão: a GCS-P não deve ser entendida como uma ferramenta para substituir o papel da avaliação separada e do relato de cada componente da Escala de Coma de Glasgow. Esta nova avaliação tem o objetivo de melhorar ainda mais a sensibilidade do teste para pacientes em estado grave e seus respectivos prognósticos. Ela pode ser utilizada com o objetivo de evitar os possíveis vieses nas decisões, a partir das percepções clínicas de cada profissional.

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FAG Journal of Health – ISSN 2674-550X, 2019, v.1, n.3, p.59

RELAÇÃO ENTRE A PRESCRIÇÃO MEDICAMENTOSA INTERNACIONAL E A SUBPRESCRIÇÃO BRASILEIRA DE OPIOIDES PARA TRATAMENTO PRIMÁRIO DA DOR NOS DEPARTAMENTOS DE

EMERGÊNCIA

MINATO, Guilherme Augusto, TORRES, José Ricardo Paintner Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz, Cascavel, Paraná, Brasil.

Os fatores que descrevem e inserem a subprescrição brasileira de opioides para analgesia nos departamentos de emergência em relação à dinâmica internacional, principalmente a ocidental, enfatizam que o viés em que cada profissional aprende, descreve e compreende de forma subjetiva e objetiva o processo doloroso do paciente, tem relação à maneira com que administra sua conduta e a prescrição do fármaco. Este trabalho tem por objetivo evidenciar e comparar as divergências entre a prescrição dos opiáceos na medicina de emergência brasileira em relação a outros países como: Holanda, Alemanha e Estados Unidos da América (EUA), revelando o agravante do número de usuários de opioides nos últimos anos e seu contato com os departamentos de emergência. A metodologia utilizada para realização desta pesquisa foi uma revisão sistemática de literatura de autores nacionais e internacionais elencados nas bases de dados Pubmed, SciELO e Google acadêmico com publicações no intervalo de 2006 a 2019. Apesar do conhecimento da farmacocinética dos opioides, as vantagens e desvantagens acerca do estado de analgesia e da propensão à dependência promovida por eles devem ser balanceadas aos seus efeitos importantes. Em uma pesquisa desenvolvida na Alemanha no período de 2006 a 2019, 9720 pacientes foram submetidos à opiáceos nos departamentos de emergência por médicos de várias especialidades, principalmente anestesiologistas, 87% dos quais atenderam as recorrências e utilizaram como tratamento medicamentos opioides. Em outro trabalho desenvolvido nos EUA, os pacientes cujos opioides foram prescritos por mais de 7 dias para tratamento pós-departamento tiveram o dobro do risco de se tornarem opiáceos crônicos em 1 ano se comparado aos pacientes que receberam esta mesma medicação em um dia. Ainda, em um estudo onde 144.131 veteranos foram tratados em vários departamentos desse país com diagnóstico primário de dorsalgia, as taxas de prescrição tiveram uma variação de 47% entre prescritores de alta intensidade em relação a 14,6% de baixa intensidade. Nos departamentos de emergência holandeses, a análise representou que pacientes admitidos com problemas não cirúrgicos receberam menor medicação analgésica do que pacientes tratados da mesma forma por uma especialidade cirúrgica. A subprescrição para analgesia no Brasil diverge medidas analisadas em outras nações, onde a relação com este tipo de medicação teve atribuição a indivíduos com uma maior propensão ao desenvolvimento da dependência, sobretudo aqueles que usufruíram de opioides como terapia posteriormente ao contato com os departamentos. A recomendação brasileira para a titulação do opioide a ser administrado consiste em iniciar com a dose mínima e objetiva determinar esta para que a intensidade da dor seja diminuída de 30% a 50%. Com uma burocracia acerca do Termo de Consentimento Informado para o Uso de Opioide realizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária e da classificação da escada dolorosa para a administração opiácea, é que o Brasil apresenta empecilhos que não corroboram com uma atuação específica da analgesia opioide. Entretanto, mesmo que indicadores promovam uma visão de tratamento, a direção que cada profissional aborda na perspectiva de evidenciar a condição do paciente e quantificar o estado doloroso, insere a administração de opioides como uma iniciativa profissional proporcional aos seus efeitos importantes, direcionando o tratamento doloroso a práticas ponderadas e encaminhando a medicina para a analgesia multimodal. Nessa perspectiva, é que a ação com a terapia opiácea tem capacidade de ser melhorada de acordo com as comparações realizadas neste estudo, por meio de revisões dos planos de analgesia, uma prescrição mais limitada e os casos nos quais são recomendados, educação e implementação desse conhecimento nos programas de residência, o que encorajaria práticas mais prudentes para a terapia dolorosa, diminuindo a oligoanalgesia relacionada aos pacientes atendidos nesses departamentos. Palavras-chave: Subprescrição, opioides, medicina de emergência.

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FAG Journal of Health – ISSN 2674-550X, 2019, v.1, n.3, p.60

INFLUÊNCIA DA ALIMENTAÇÃO NA PREVENÇÃO DO ALZHEIMER EM IDOSOS

WEYN, G.C; ROSSO, N.C; RAUBER, R

Centro Universitário da Fundação Assiz Gurgacz

Introdução: O envelhecimento da população é uma característica mundial, a pirâmide etária se inverte gradativamente mais e, segundo o IBGE, o número de idosos no país chegará a 73 milhões em 2060, elevando o número de casos de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer. Nesse sentido, o Alzheimer é uma das principais doenças que atingem pessoas idosas e os fatores que influenciam no surgimento dessa doença são variados, podendo ter influência da alimentação, um exemplo seria elevados consumos de gorduras saturadas ou presença de alumínio na dieta influenciando no desenvolvimento desse quadro. Objetivos: O objetivo desse trabalho é descrever as principais dietas utilizadas na prevenção do Alzheimer, com o conteúdo delas e como esses tipos de alimentação irão beneficiar o nosso organismo, evitando ou retardando o desenvolvimento da doença. Metodologia: Para esse trabalho, foi realizada uma revisão de literatura, buscando trabalhos nas bases PUBMED e Google Acadêmico. Foram utilizados artigos que abordam os vários aspectos da alimentação relacionada ao Alzheimer, principalmente a sua prevenção, publicados a partir de 2001. Resultados: Ao evitar o consumo de gorduras saturadas, o risco de doenças cardiovasculares e de diabetes tipo 2 reduzem, dessa maneira, é reduzida a prevalência do Alzheimer, pois essa patologia está relacionada com as outras duas. Além disso, o aumento do colesterol tem relação com a quantidade de deposição da proteína beta amiloide nos tecidos nervosos, contribuindo para o desenvolvimento da doença de Alzheimer. Por outro lado, vegetais, frutos e grãos diversos disponibilizam para o organismo alguns micronutrientes que são importantes para a saúde do tecido nervoso e, ingestão de grandes quantidades desses alimentos estão relacionados com uma redução do declínio das atividades cognitivas durante a vida. Desse modo, dietas que incluem brócolis, feijão e frutas cítricas são ricas em ácido fólico, que funciona como cofator para a metilação da proteína homocisteína e elevados níveis de homocisteína estão associados com risco maior de deficiência cognitiva. A alimentação e suplementação com vitamina E também é um bom alvo para a prevenção da doença do Alzheimer. Dessa maneira, o aumento dessa vitamina está relacionado com diminuição na incidência de Alzheimer. Além disso, evitar o contato com o alumínio também é prudente na prevenção dessa doença, esse mineral pode ser encontrado em panelas, água, alguns medicamentos antiácidos ou latas, estudos feitos nos Estados Unidos e França encontraram uma prevalência maior de Alzheimer em locais cuja água estava com alta concentração de alumínio. Desse modo, uma das dietas mais utilizadas na prevenção do Alzheimer é a dieta do mediterrâneo, sendo baseada no consumo de peixe, azeite, legumes, cereais, leite, com baixa ingestão de carne e alimentos industrializados. Nesse sentido, estudo realizado mostrou um resultado positivo, relatando que essa dieta reduz o declínio cognitivo nos idosos e o risco de Alzheimer. Além disso, outro estudo realizado mostrou que pessoas que não aderiram a dieta do mediterrâneo tiveram algum nível de declínio cognitivo. Conclusões/considerações finais: De acordo com o exposto, conclui-se que o papel da alimentação na prevenção do Alzheimer é muito importante, que deve ser abordado o mais cedo possível pois é uma maneira relativamente simples para a precaução do início ou do desenvolvimento dessa doença que afeta a cognição do indivíduo. A literatura sugere que a combinação de dietas balanceadas, bem definidas e com acompanhamento de um profissional, aliado a prática de exercícios físicos que sabidamente auxiliam na prevenção dessa doença, podem ser fatores importantes para retardar o Alzheimer. Além disso, é importante o conhecimento dessas dietas e classes de alimentos, assim é possível adotar esse estilo de alimentação durante toda a vida, demonstrando resultados melhores na prevenção e retardamento da doença de Alzheimer. Palavras-chave: Alimentação, prevenção, Alzheimer

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FAG Journal of Health – ISSN 2674-550X, 2019, v.1, n.3, p.61

UTILIZAÇÃO DE ADESIVOS TECIDUAIS EM PROCEDIMENTOS CIRURGICOS CAVASIN, G. S., BOSCHETTI, A.C.

Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz, Cascavel, Paraná, Brasil Introdução: As hemorragias intra e pós-operatória demandam grande atenção e preocupação dos cirurgiões e, apesar de existirem inúmeros métodos de hemostasia a muitas décadas, a resolução não está totalmente estabelecida. Os mecanismos de ação dos agentes hemostáticos podem ser, tanto mecânicos, quanto proporcionando aumento da cascata de coagulação, sendo que os adesivos (colas teciduais) agem em diversos níveis de gravidade proporcionando mais segurança em determinadas situações corretamente selecionadas. Objetivo: O objetivo deste trabalho é propiciar ao cirurgião informações para que ele possa adotar o agente hemostático mais adequado a cada caso: adesivos teciduais e suas variantes. Levando em consideração várias particularidades como tempo operatório, uso de anestesia, necessidade de remoção, deiscência de suturas, risco de infecções, entre outras. Metodologia: Trata-se de uma revisão literária de várias publicações sobre agentes hemostáticos e adesivos teciduais, em dados virtuais nas bases Scielo e Google Acadêmico. Resultados: Em análise dos estudos realizados nota-se a necessidade de conhecer as peculiaridades dos agentes hemostáticos para a escolha correta em cada caso. Uma das particularidades dos adesivos teciduais é seu uso limitado a lesões não infectadas ou contaminadas, de baixa tensão, de fácil coaptação e de hemostasia adequada. As vantagens apresentadas foram: aplicação em pele frágil pois não provoca lesão ou isquemia, tempo operatório reduzido proporcional a extensão da sutura, fácil apresentação, sem uso de anestesia, não necessidade de remoção, menor risco perfuro cortante, indolor e provável ação antimicrobiana de alguns cianoacrilatos, principalmente contra bactérias gram positivas. Com relação aos resultados estéticos referem que a aparência da cicatriz depende da acurácia da aplicação e da tensão local, no entanto, se utilizadas corretamente, os resultados são comparáveis aos da sutura convencional. Já a principal desvantagem retratada foi a de toxicidade tecidual, principalmente quando se utiliza de metil e propil-cianoacrilato, caracterizada por inflamação, necrose tecidual, formação de granulomas por corpo estranho e ainda afastamento das bordas da ferida. Ademais, em tecido muscular provoca intensa reação irritante no local e calcificação de vasos, e na medula óssea, ocorre necrose intensa e efeito pirogênico. Além disso, os cianoacrilatos são contraindicados em feridas infectadas e/ou profundas, e também não deve ser utilizados em sangramento excessivo de artérias, pois o adesivo pode ser incapaz de estancar totalmente o sangramento. Conclusão: Quando bem designados, os adesivos cirúrgicos representam uma alternativa às suturas convencionais apresentando vantagens como facilidade técnica, diminuição do trans cirúrgico, uma vez que reduzem o tempo usado para síntese, reduzindo portanto o risco de contaminação. No entanto, os adesivos pecam em substituir completamente os fios de sutura por falharem em sua força tensional, embora sejam relevantes em vários tipos de suturas e, assim, indicados de maneira preferencial em alguns tipos de tecido. Dessa forma, só o conhecimento das características de cada um deles proporcionará a escolha do mais adequado para cada situação. Palavras-chave: adesivos teciduais, colas teciduais, hemostasia e hemostáticos.

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RUPTURA ESPLÊNICA EM DOIS TEMPOS: RELATO DE CASO BARCELLA, H. L., PIZZATTO, L. G, SALOMÃO, L. Z.

Centro Universitário Assis Gurgacz, Cascavel, Paraná, Brasil. Hospital Universitário do Oeste do Parana,

Cascavel, Paraná, Brasil Introdução: As lesões no baço estão entre as mais frequentes relacionadas ao trauma. A ruptura esplênica em dois tempos (REDT) compreende um rompimento do baço pós-trauma com intervalo assintomático superior a 48 horas. Sua incidência é de aproximadamente 1% dos traumas e a mortalidade varia de 5 a 15%, considerada alta quando comparada à mortalidade na ruptura esplênica aguda que varia de 1 a 3%. Descrição do caso: C. A. P., masculino, 54 anos, procurou atendimento médico por dor intensa em região inferior do abdome, do tipo cólica, associada à distensão abdominal, diminuição da eliminação de gases e fezes e presença de hiporexia. Negou febre, náuseas e/ou vômitos associados. Como comorbidades tinha hipertensão, diabetes tipo 2 e dislipidemia, em uso correto de medicações, incluindo AAS. Historia prévia de cirurgia em coluna decorrente de trauma (colisão moto x automóvel) ocorrido 18 dias antes do atendimento, sem avaliação da equipe de cirurgia geral na época. Ao exame, abdome levemente distendido, com defesa abdominal, RHA presentes e hiperativos. Apresentava sinal de Blumberg positivo. Exames laboratoriais relevaram anemia microcítica e hipocrômica (Hb 10,5 g/dL, VG 31,2% e VCM 75,9 fL) e leucocitose (15450/mm3). Foi admitido em âmbito hospitalar com suspeita de abdome agudo inflamatório com peritonite pelo plantonista. Devido à estabilidade hemodinâmica do paciente, foi solicitada TC de abdome com contraste, na qual se observou lesão importante no polo inferior esplênico e extravasamento de contraste, gerando hipótese de possível lesão arterial no hilo, sem alterações inflamatórias em região do apêndice cecal. Paciente foi submetido à esplenectomia por laparotomia exploratória com diagnóstico de lesão esplênica em dois tempos. Foi optado por incisão mediana devido a rapidez e amplo acesso a cavidade abdominal, com identificação de hematoma e laceração em bordo inferior do baço com sangramento ativo, sendo, fígado, trato gastrointestinal e demais órgãos sem alterações macroscópicas. Foi feita a liberação do baço através da secção dos ligamentos avasculares espleno-diafragmático, espleno-cólico, espleno-renal e espleno-parietal seguida de ligadura de artéria e veia esplênica, identificação do ligamento gastro-esplênico e ligadura seletiva das artérias e veias gástricas curtas. Posteriormente foi identificado o ligamento espleno-pancreático e feito ligadura seletiva da artéria e veia esplênica. Ligaduras foram realizadas utilizando algodão 0. Após conclusão da exérese de baço, foi exercida revisão da hemostasia, do fundo gástrico e cauda do pâncreas. Sem sinais de sangramento ou perfurações, com o paciente compensado hemodinamicamente. Boa evolução do pós-operatório imediato com alta hospitalar após 48h. Em 6 dias após a cirurgia, paciente referiu discreta dor em região de FO, sem anemia e apresentou boa evolução clínica em 2 meses do seguimento ambulatorial sem demais queixas. Conclusões: O caso relatado ilustra a discussão referente à terapêutica de uma situação de emergência com taxas de mortalidade significativas que caracteriza a rotura esplênica em dois tempos. O relato evidencia que, apesar de ser uma condição tardia, com o diagnóstico feito o mais breve possível e a boa execução do procedimento, é capaz de se obter resultados satisfatórios. Fica evidente a importância de elevada suspeição clínica para a abordagem imediata do caso. Palavras-chave: Ruptura esplênica. Dois tempos. Baço.

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DEPRESSÃO E SÍNDROMES RELACIONADAS AOS CONTOS DE FADAS E ÀS HISTÓRIAS INFANTIS

Heloiza Andria Maliska Lovatel

INTRODUÇÃO Segundo Dowling (1981/1995), ao longo da infância os contos de fadas podem se tornar metas de vida para as crianças. Contudo, maneiras errôneas e utópicas sobre relacionamento e sobre felicidade são exaltadas nessas histórias infantis. Assim, os contos de fadas influenciam na percepção de futuro de crianças, muitas vezes acarretando em frustações, início de depressão e desencadeamento de síndromes. OBJETIVO Nesse sentido, o presente estudo teve por objetivo analisar estudos de caso dos seguintes artigos: Síndrome de Rapunzel - relato de caso: tricobezoar como causa de perfuração intestinal; Identificação dos Adolescentes de Hoje com a Personagem de Cinderela; Síndrome de Kleine-Levin, conhecida popularmente conhecida como síndrome da bela adormecida, expondo os riscos de idealizar personagens e finais felizes, a exemplo do hábito de ingerir cabelo, da sonolência periódica com apetite mórbido e de acreditar em amor perfeito. METODOLOGIA O método utilizado foi uma revisão de relatos de caso de artigos publicados entre os anos de 1990 até 2007 na base de dados SCIELO, das instituições: Sociedade Brasileira de Pediatria- Jornal de Pediatria; Universidade de Brasília- Boletim de Psicologia e Departamento de Clínica Médica, Hospital de Clínicas (HC), Universidade Federal do Paraná, com as síndromes citadas correlacionadas com os contos infantis. Para tanto, foram utilizadas as palavras-chave: contos de fadas e síndromes. Nos artigos selecionados foram analisados os sintomas, efeitos e visão social dos pacientes. RESULTADOS De acordo com De Souza, 2005, houve início de depressão nos relatos com descontentamento físico ou emocional ligados à falsa esperança de viver uma história de contos de fadas. Ou seja, tendo em vista que esses contos exaltam mentiras sobre a realidade fora da ficção, com falsos amores, além de corpos perfeitos e uma vida “dos sonhos”; os estudos de Bettelheim, 1979 e Penteado, 1964, p. 86 indicaram que esses fatores acabam levando a síndromes e complexos por conta dos estereótipos de beleza e da criação de padrões de sucesso, podendo resultar num quadro depressivo, acompanhado de lesão hipotalâmica, ainda não definida, o que demanda uma busca por tratamento terapêutico e medicamentoso. Com isso, não foram encontrados motivos concretos do porquê essas síndromes são desenvolvidas nos indivíduos. Estudos estão sendo feitos para administração de medicamentos estimulantes para os pacientes, como o gerenciamento de carbamazepina, além de exames laboratoriais que correlacionem as síndromes citadas com o desenvolvimento da depressão em nível inicial. CONCLUSÃO Desse modo, os contos de fadas influenciam diretamente na projeção de futuro das crianças caso não haja um acompanhamento no desenvolvimento infantil. Assim, as histórias infantis podem contribuir para o surgimento das síndromes citadas, além de outras mais graves, como a bulimia, anorexia e ansiedade. Ademais, a análise dos artigos converge para o fato de que essas síndromes são causadas por depressões iniciais maltratadas ou subjugadas.

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FRATURA-AVULSÃO DA TUBEROSIDADE TIBIAL ANTERIOR BILATERAL E SIMULTÂNEA EM ADOLESCENTE COM HISTÓRIA PRÉVIA DE DOENÇA DE OSGOOD-SCHLATTER: RELATO DE

CASO CATANI, Isabela

INTRODUÇÃO: A fratura-avulsão da tuberosidade tibial anterior é uma lesão rara e representa menos de 1% de todas as lesões epifisárias, variando entre 19 e 32 casos relatados mundialmente na literatura desde a década de 50. A bilateralidade da fratura da tuberosidade tibial associada ao fato de terem ocorrido simultaneamente tornam essa lesão ainda mais incomum. A fisiopatologia da fratura está relacionada com a contração do quadríceps, podendo ocorrer no momento da extensão ou durante a flexão passiva rápida do joelho. Visto que o ligamento patelar se insere na tuberosidade anterior da tíbia (TAT), este transmite a força intensa gerada pela contração do quadríceps sobre a tuberosidade, podendo ocasionar uma avulsão. Esse tipo de lesão ocorre no esqueleto imaturo, durante a ossificação da placa fisária, portanto, afeta principalmente adolescentes praticantes de esportes de alto impacto como: salto em altura, futebol, handebol, ginástica olímpica e basquete. Em homens, o encerramento fisiológico da fise da tuberosidade anterior da tíbia ocorre mais tardiamente que nas mulheres, aumentando as chances de fratura quando levados em consideração critérios como maior peso, potência do músculo e maior envolvimento do sexo masculino em esportes de impacto. A fratura da TAT pode ser descrita em 3 tipos de acordo com a classificação de Watson-Jones, modificada por Ogden em 1980, que leva em consideração a anatomia, o desvio e a fragmentação. O método de tratamento pode ser cirúrgico ou conservador, conforme a classificação. O diagnóstico diferencial da fratura-avulsão da TAT consiste nas fraturas de ápice de patela, ruptura de tendão patelar e a doença de Osgood-Schlatter. Assim como a fratura da TAT, a doença de Osgood-Schlatter também tem relação com a prática esportiva e a contratura súbita do quadríceps. Os achados clínicos incluem a apófise sensível ao toque, edematosa e dolorosa, sendo a dor exacerbada durante o exercício físico. Apesar de não existir uma relação causal entre a fratura da tuberosidade com a doença de Osgood-Schlatter, o fato de o paciente apresentar dor prévia no joelho leva-nos a pensar em uma predisposição e maior risco de fratura.RELATO DE CASO Adolescente (14 anos), sexo masculino, com relato prévio de Doença de Osgood-Schlatter, caiu enquanto iniciava uma arrancada em uma partida de futebol. Imediatamente apresentou impotência funcional, dor e edema em ambos os joelhos. Ao exame físico revelava também patela alta a direita e incapacidade de estender o joelho ativamente. Estudo radiográfico confirmou o diagnóstico de fratura avulsão bilateral de TAT tipo II da classificação de Watson-Jones. O tratamento definitivo ocorreu no mesmo dia da lesão. Em ambos os joelhos foram realizados acessos longitudinais anteriores, redução cruenta e osteossíntese com parafusos canulados e arruela, além de âncora em joelho direito, visando a preservação da placa de crescimento. No pós-operatório o paciente foi imobilizado com tala inguinomaleolar. Mantido acompanhamento ambulatorial, com retorno a cada duas semanas, em 45 dias o paciente recebeu liberação para deambular, iniciou fisioterapia para ganho de mobilidade e força, com gradual retorno às atividades. Atualmente apresenta-se com amplitude de movimento normal, praticando atividades físicas regulares. CONCLUSÃO Devemos lembrar que a fratura-alvulsão da TAT se trata de uma disfunção rara e de difícil diagnóstico, mas clinicamente muito importante já que afeta o aparelho extensor do indivíduo. O erro diagnóstico é comum, confundindo-a com fraturas de ápice de patela ou ruptura de tendão patelar, por exemplo. Ademais, é importante orientar os pacientes envolvidos em esportes de risco com suspeita de Doença de Osgood-Schlatter a tomarem medidas preventivas de forma a evitar uma evolução para fratura. A longo prazo, os pacientes geralmente retomam o nível de atividade física prévio à lesão. PALAVRAS-CHAVE: fratura-avulsão; tuberosidade anterior tibial; Osgood -Schlatter

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A GENÉTICA PRESENTE NOS TUMORES ÓSSEOS E SUA CONTRIBUIÇÃO NOS DIVERSOS

TRATAMENTOS

MAGOSSO DA SILVA, Isabela.

INTRODUÇÃO: Os tumores ósseos primários se organizam em um restrito grupo, entretanto com uma diversidade de subtipos histológicos que garantem inomogeneidade e entraves na investigação de doenças com diagnósticos diferenciais. As pesquisas citogenéticas e moleculares têm ajudado com relação ao esclarecimento da base genética dessas neoplasias. Em alguns tipos de lesões ósseas são descobertas mutações cromossômicas características, abrangendo genes intrínsecos. Mutações do tipo translocações compreendem as mais importantes anomalias, promovendo a fusão de genes com formação de proteínas quiméricas. Alguns genes quiméricos foram elucidados, como EWS/FLI1, EWS/ERG, EWS/ETV1 em sarcoma de Ewing; FUS/CHOP em lipossarcomas mixóides; SYT/SSX em sarcomas sinoviais; PAX3/FKHR em rabdomiossarcomas; EWS/TEC em condrossarcomas extraesqueléticos e HMGIC em tumores benignos. Nas neoplasias ósseas, tem-se verificado mutações gênicas e amplificações, principalmente nos genes supressores de tumor RB1 e TP53 e oncogene MDM2, respectivamente, causando o descontrole da multiplicação celular e o surgimento de neoplasias. OBJETIVOS: Promover um pensamento crítico perante a genética dos tumores ósseos, ressaltando sobre as consequências da doença e como a genética pode atuar no tratamento. Relacionado a isso, a medicina e os profissionais da área da saúde encontraram um obstáculo nos diversos tipos de mutação presente nas neoplasias ósseas. DELINEAMENTO E MÉTODOS: Trata-se de uma revisão bibliográfica não-sistemática, realizada através das bases de dados Pubmed, Scielo e Google Acadêmico. Os textos utilizados foram publicados de 1998 até 2018. Analisou-se 16 estudos, tendo sido selecionados 3 artigos. DISCUSSÃO: A terapia gênica caracteriza-se como um método atual de tratamento de lesões relacionadas à ortopedia. RESULTADOS: Com base nos artigos estudados, o tratamento gênico relacionado a ortopedia é embasado na transferência de genes a uma célula-alvo, concedendo a esta a codificação proteica para atuar em tecidos específicos por maior período de tempo ao que seria conseguido com a aplicação direta dos fatores de crescimento, pois esses são rapidamente desintegrados. É evidente que manter fervorosa a busca por novos conhecimentos nesse campo pode proporcionar a descoberta de novos dados, fundamentais para encontrar melhores tratamentos para essas neoplasias. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: De acordo com diversos estudos, nota-se que colocar esse material genético com finalidade terapêutica, podendo ser feita em laboratório, não sendo conhecidos os efeitos a longo prazo, pode representar um sério risco ao organismo manipulado. Essa é uma das limitações presentes na alteração de protocolos de exploração para clínicos. Ainda assim, estudos experimentais em animais tem se expandido em todas as áreas da ortopedia. Em síntese, é de fundamental necessidade a investigação de novas formas de diagnóstico e tratamento. Observar e manter a segurança e o máximo de controle possível das células deve ser o objetivo fundamental, a fim de minimizar danos. PALAVRAS-CHAVE Tumor, ósseo, genética, tratamento, terapia, gênica, mutação

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SÍNDROME DE MUNCHAUSEN POR PROCURAÇÃO

MAGOSSO DA SILVA, Isabela, LUIZA MENEGOL KUCMANSKI, Eduarda.

INTRODUÇÃO: A síndrome de Munchausen é uma doença caracterizada pela invenção ou pela formação proposital de sinais ou sintomas de doenças, assim como modificações de exames laboratoriais. Pessoas com esta síndrome simulam que estão doentes e procuram frequentemente tratamento em diversos sistemas de saúde. OBJETIVOS: Promover uma reflexão perante a Síndrome de Munchausen, ressaltando sobre as consequências da doença tanto para o paciente relacionado a isso, quanto para as pessoas que convivem com ele e, inclusive, terceiros afetados. Hoje, argumenta-se muito a respeito de diversas formas de acabar com o abuso, seja ele físico, psicológico, ou por intransigência de cuidados proporcionados às crianças, idosos e deficientes. Relacionado a isso, a medicina e os profissionais da área da saúde encontraram um obstáculo na Síndrome de Munchausen.(melhor se colocado nos resultados e conclusões) DELINEAMENTO E MÉTODOS: Trata-se de uma revisão bibliográfica não-sistemática, realizada através das bases de dados Pubmed, Scielo e Google Acadêmico. Os textos utilizados foram publicados de 2010 até 2019. Analisou-se 10 estudos, tendo sido selecionados 3 artigos. DISCUSSÃO: O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) estabelece distúrbio factício como sendo algo colocado obrigatoriamente a si próprio e ao outro (antigamente denominado “distúrbio factício imposto a outro”). RESULTADOS: Com base nos artigos estudados, Síndrome de Munchausen por procuração caracteriza abuso infantil, por essa razão, prestadores de cuidados de saúde são legal e moralmente obrigados a denunciar suspeita de abuso, e isso é imprescindível e não deve ser negligenciado de qualquer forma. É evidente que manter fervorosa a busca por novos conhecimentos nesse campo pode proporcionar a descoberta de novos dados, fundamentais para contribuir com relação a encontrar novos fatores de risco e, por conseguinte, melhorar o tratamento dessa Síndrome. Desse modo, portanto, pode tornar-se possível a tomada de decisões com maior eficiência e agilidade, além de propiciar estratégias de prevenção e promoção da saúde, de modo a aprimorar a qualidade de vida. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS: De acordo com diversos estudos, nota-se que se trata de uma condição subdiagnosticada, o que pode trazer procedimentos desnecessários, e até iatrogênicos. Devido a esses fatores é necessário buscar uma medida de diagnóstico mais eficaz e precoce, a fim de evitar mais danos a si e a terceiros, e gerar menos custos com exames e técnicas dispensáveis. Em síntese, é de fundamental necessidade a pesquisa por novas formas de diagnóstico e tratamento. É preciso trabalhar para tornar a descoberta dessa condição mais veloz e mais incisiva, de modo a minimizar o sofrimento de muitas crianças e evitar danos irreversíveis à saúde física e mental delas. Observar e manter a segurança e o bem-estar da criança deve ser o objetivo fundamental. PALAVRAS-CHAVE Munchausen, factício, sintomas, autoinduzido, abuso, criança

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A IMPORTÂNCIA DO ATENDIMENTO HOSPITALAR EM EMERGÊNCIAS PSIQUIÁTRICAS

ROCHA, Isabella Cristina, CARVALHAIS, Bárbara, VILLACA, Eduarda Mattar, REIS, Lucas Barbosa, MARTARELLO, Pamela, IZOTTON, Thaís Westrich

Introdução: Emergência psiquiátrica é qualquer condição clínica de natureza psiquiátrica que exige atendimento rápido frente a risco de morte ou injúria grave ao paciente ou outros indivíduos. Visto que a abordagem inicial de atendimento é usualmente em centros não especializados faz-se necessário melhorar a forma de conduzir o atendimento, contando com profissionais treinados para lidar com comportamentos agressivos e imprevisíveis. Objetivo: Promover uma reflexão acerca da importância do manejo hospitalar especializado e devidamente preparado para o atendimento de emergências psiquiátricas visando um tratamento bem sucedido. Metodologia: Foi realizada uma revisão bibliográfica não-sistemática através de três bases de dados online (PubMed, Google Acadêmico e Scielo), procurando identificar e compilar os artigos relevantes sobre a temática abordada. Esta pesquisa foi realizada utilizando como palavras-chave na língua inglesa: “psychiatric emergencies”, “management of psychiatric emergencies”. Todos os textos usados na revisão foram publicados de 2010 até 2018. Analisou-se 11 estudos, tendo sido selecionados 3 artigos. A seleção dos artigos foi feita após a leitura do artigo completo, sendo excluídos aqueles que não abordavam questões relevantes ao trabalho. Resultados: Visto que as principais emergências psiquiátricas são relacionadas a tentativas de suicídio, comportamentos destrutivos perante a si mesmo ou terceiros e agitação psicomotora, a revisão bibliográfica do tema sugere que atualmente os guidelines acerca da conduta frente emergências psiquiátricas são baseados em: descartar causa orgânicas, fazer uso de farmacoterapia visando um tratamento sintomático das manifestações da condição, tendo como os principais medicamentos antipsicóticos e benzodiazepínicos com objetivo de sedar o paciente. Desse modo, busca-se ressaltar a importância de um tratamento especializado, com profissionais treinados e que tenham as habilidades necessárias para acalmar, dar suporte e, tratar corretamente e individualmente cada caso. Visto que os pacientes psiquiátricos comumente apresentam fatores estressantes psicossociais, como, tentativas prévias de suicídio, histórico de abuso de substâncias psicoativas, comorbidades psiquiátricas, histórico de comportamento agressivo. Conclusão: Sabe-se que uma experiência negativa no atendimento de pacientes com patologias psiquiátricas pode resultar em uma piora significativa no quadro, dessa forma é necessário alterar a abordagem inicial que é na maioria dos centros de “conter e sedar”, para um viés mais humanizado e especializado, visando inicialmente abordagens não coercitivas, envolvendo engajamento verbal e um relacionamento colaborativo. Nessa perspectiva, esse trabalho visa auxiliar no entendimento da relevância desse tema, assim como contribuir para a busca de alternativas de abordagens, afim de alcançar o sucesso do tratamento. Palavras-chave: emergências; psiquiátricas; abordagem;

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MALFORMAÇÃO DE ARNOLD CHIARI TIPO I: UM DIAGNÓSTICO DESAFIADOR

Isabelle Cristina Krasniak Ferregato, Priscila Martins, Maressa Daniela Anghinoni Bonissoni Maura Omori Morita, Maria Luiza Gehlen, Mariana Martins

Centro Universitário Assis Gurgacz

Introdução: A malformação de Arnold Chiari trata-se de uma doença congênita da junção crânio-cervical caracterizada pela herniação da porção inferior do cerebelo e tronco cerebral através do buraco magno. Manifesta-se tipicamente em adolescentes e adultos jovens, tendo uma prevalência estimada de 0,1 a 0,5%. A cefaleia occipital e a cervicalgia são os sintomas mais frequentes, sendo também comuns a síndrome cerebelar e disfunção sensório-motora. Apesar de menos frequentes, podem estar presentes sintomas otoneurológicos como vertigem e hipoacusia. O exame neurológico auxilia na determinação do diagnóstico, uma vez que identifica alteração dos reflexos, da coordenação, do equilíbrio, da marcha, dos nervos cranianos, entre outras. Essa doença exige o acompanhamento com neurocirurgião, para que o tratamento cirúrgico seja indicado quando aparecerem evidências da deterioração neurológica, progressão dos sintomas e piora das alterações na ressonância nuclear magnética. A cirurgia é feita através de uma incisão na parte de trás da cabeça e do pescoço sob anestesia geral e visa à descompressão das estruturas nervosas e o restabelecimento da circulação do líquor. Descrição do caso: A. S., 24 anos, admitida no pronto atendimento com quadro de hemiparesia esquerda juntamente com dor occipito-cervical de média intensidade há 3 meses, associada a dor ao movimentar o membro superior direito, não permanente, e tontura que passava rapidamente. Neste período foi avaliada em vários serviços de neurologia e fez uso apenas de medicações sintomáticas. Ao exame físico geral não foram encontradas alterações dignas de nota. Ao exame neurológico apresentava-se com Glasgow de 15, nervos cranianos preservados, força de grau 4/5 – membro superior esquerdo-, com preservação de força no membro inferior esquerdo, reflexos e sensibilidade sem alterações. A paciente foi então investigada com Ressonância Nuclear Magnética (RNM) cujo resultado evidenciou uma protusão das tonsilas cerebelares pelo forame magno, além de hipersinal a níveis de C3/C4/C5. A paciente foi submetida a tratamento neurocirúrgico, com descompressão de fossa posterior, tendo boa evolução clínica no pós-operatório Conclusões: A malformação de Chiari tipo I, herniação das tonsilas cerebelares através do forame magno, gera grande interesse clínico neurológico devido à dificuldade diagnóstica, pois mimetiza outras condições em que patologias cerebelares estão envolvidas. O diagnóstico, por vezes, é de difícil realização, em face do quadro clínico neurológico multiforme e de exames complementares pouco elucidativos. O tratamento não é consensual, mas poderá ser cirúrgico ou em alguns casos farmacológico. O caso clínico ilustra a importância de considerar esta entidade no diagnóstico diferencial das queixas neurológicas.

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METODOLOGIA DA PROBLEMATIZAÇÃO APLICADA A DISCIPLINA DE INTERAÇÃO COMUNITÁRIA: relato de experiência

Jaíne Thais Gabriel, Daiane Cortêz Raimondi

Discente do Curso de Medicina – Universidade Paranaense/UNIPAR

Introdução: Com o fortalecimento da necessidade de uma perspectiva de ensino voltada para a construção do conhecimento pelo aluno, a formação dos profissionais da área da saúde estão passando por transformações, no qual o modelo de ensino tradicional está sendo substituído por metodologias ativas. Dentre as metodologias ativas destaca-se a problematização viabilizada pelo Arco de Maguerez que considera as experiências dos acadêmicos e o contexto em que estão inseridos promovendo a problematização da prática vivenciada. Com intuito de promover a formação de profissionais éticos, críticos e reflexivos, capazes de intervir no processo saúde doença da população, o processo de problematização proposto pelo arco de Maguerez é aplicado na disciplina de Interação Comunitária na primeira série do curso de medicina da Universidade Paranaense - Unipar. Assim, este estudo objetiva relatar a vivência de uma acadêmica de medicina na disciplina de Interação comunitária com a metodologia problematizadora do Arco de Maguerez. Descrição do relato de caso: Trata-se de um relato de experiência, descritivo que aborda de forma qualitativa a disciplina de Interação Comunitária que possui 160h/a práticas e compõe a matriz curricular da primeira série do Curso de Medicina. Este relato compreende a experiência da acadêmica do referido curso que realiza essa disciplina nas segundas-feiras no período da tarde em unidade básica de saúde (UBS) que possui duas equipes de estratégia saúde da família. A turma é dividida em grupos de 10 integrantes, onde cada grupo realiza seus estudos em uma UBS distinta nas cidades de Umuarama e Cruzeiro do Oeste, Estado do Paraná sendo mediados por um professor. Seguindo os passos da metodologia da problematização e o Arco de Maguerez, os acadêmicos realizam a observação da realidade da UBS em relação a estrutura física, trabalho da equipe multidisciplinar, fluxo de atendimento e usuários atendidos, após esta etapa realizam a discussão, levantamento dos pontos principais; teorização, no qual posteriormente retornam a UBS com a construção de hipóteses de solução para aplicação na realidade, sendo que estes passos são descritos no portfólio que os acadêmicos entregam no final do bimestre ao professor. Constata-se que a vivência proporcionada pela disciplina promove a construção do conhecimento pelo acadêmico que passa a ter uma visão crítica e reflexiva sobre a importância da atuação ética, multidisciplinar, integral e de qualidade na UBS e no SUS, repensando práticas e atitudes vivenciadas, o que pode transformar a realidade da assistência prestada atualmente. Verifica-se que esta prática permite a aproximação do acadêmico com a prática da medicina desde a primeira série contribuindo grandemente com sua formação. Conclusões: Pode-se concluir que a disciplina de interação comunitária com o aporte do Arco de Maguerez se apresenta de suma importância para a formação médica, sendo este considerado generalista e humanista, pois o contato com a realidade desde o início do curso proporciona experiência ao acadêmico e a reflexão das práticas profissionais. Verifica-se que a construção do conhecimento por meio das experiências vividas a cada encontro reforça a importância da metodologia centrada no aluno.

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VALVOPATIA AÓRTICA ESTENOSANTE COM MANIFESTAÇÃO DE OLCUSÃO ARTERIAL AGUDA –

UM RELATO DE CASO

SOUZA, J. F.1, FURLANETO, M.M.1, RIBEIRO, A.C.1, IRIGONHE, L. F. B.2, COSTA, I.C.G.3, SOUZA, V.4, GIOLO, G.A.5

1Acadêmico do Curso de Medicina da Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Campus Cascavel 2Acadêmico do Curso de Medicina do Centro Universitário de Maringá 3Médica residente em Cirurgia Geral no Hospital Universitário do Oeste do Paraná

4Médico especialista em ortopedia e preceptor da disciplina de emergências médicas do curso de medicina da Universidade Estadual do Oeste do Paraná e Fundação Assis Gurgacz 5Médico especialista em Cirurgia Vascular do Hospital Universitário

do Oeste do Paraná

Introdução: Define-se oclusão arterial aguda (OAA) como uma entidade que se caracteriza pela interrupção abrupta do fluxo arterial, tendo como etiologias mais prevalentes as causas embólicas, sendo a causa arritmogênica por fibrilação atrial a mais prevalente, seguida da ocorrência de valvopatia mitral como outra causa comum de embolias. Excluída a causa embólica, outra fonte de origem de OAA primária é a trombose arterial. Tem-se ainda outros fatores etiológicos, como vasculites, aneurismas, dentre outros transtornos vasculares que podem ser investigados quando se examina um paciente apresentando síndrome oclusiva periférica. Uma vez realizado o diagnóstico de OAA, a busca por sua etiopatogenia deve ser buscada imediatamente. Evidenciando o evento arterial, temos subsídios para buscar identificar e tratar a doença de base, a qual pode ter repercussões tão catastróficas quanto a perda do membro quando de um diagnóstico tardio. Apresentamos neste relato o caso de uma paciente jovem, portadora de Diabetes Mellitus desenvolvida após gestação, com apresentação clínica de Síndrome Coronariana Aguda, evoluindo com insuficiência cardíaca congestiva e edema agudo pulmonar, cuja repercussão trágica em membro inferior esquerdo como OAA Rutherford III – gerando inviabilidade e posterior amputação - direcionou ao diagnóstico de estenose aórtica severa ocasionada por trombo embólico mimetizando fibroadenoma septal alto. Descrição do caso: C.N, 31 anos, sexo feminino, procurou atendimento médico no dia 20/05/19 com queixa de epigastralgia irradiada para membro superior esquerdo. Evoluiu rapidamente para quadro de insuficiência respiratória aguda, necessitando de intubação orotraqueal em cidade de origem, motivo pelo qual foi transferida para o Hospital Universitário do Oeste do Paraná. De acordo com a apresentação clínica, inicialmente suspeitou-se de síndrome coronariana aguda e infarto agudo do miocárdio, apresentando ao ECG supradesnivelamento de segmento ST em V3 e V4 e a não progressão de onda R nas precordiais até V5. Durante CATE em investigação coronariana, observou-se em membro inferior esquerdo presença de edema (3+/4+), redução da perfusão e temperatura, palidez, pulsos ausentes, rigidez à movimentação passiva e sinais de isquemia irreversíveis. Solicitada, então, avaliação da equipe de Cirurgia Vascular, realizou-se no mesmo ato arteriografia de membros inferiores, que evidenciou oclusão de artéria ilíaca e femoral comuns à esquerda, com circulação colateral mínima. Devido péssimo prognóstico em relação a viabilidade do membro, optou-se por amputação transfemural alta em regime de urgência, visando redução de possibilidade de rabdomiólise e demais complicações inerentes ao foco de isquemia, que poderiam agravar o quadro clínico. Em investigação sequencial, realizou-se ecocardiograma transtorácico, observando-se fração de ejeção reduzida e imagem compatível com processo infiltrativo aderido à válvula aórtica, causando dupla lesão valvar. Acionada equipe de cirurgia cardiovascular, optou-se por abordagem cirúrgica, excisionando-se massa aderida intracardíaca em região septal alta que protruía em direção à saída da valva aórtica, ocasionando estenose relativa. Realizada troca valvar, paciente evoluiu com compensação clínica, função miocárdica retornando a valores dentro dos limites da normalidade, fração de ejeção satisfatória e ausência de sequelas miocárdicas segmentares. Conclusão: Como observado no relato de caso exposto, um trombo embólico localizado em parede septal alta foi o responsável pela OAA. A repercussão arterial periférica é apenas uma das manifestações de um quadro de base que pode manifestar uma grande diversidade de sintomas. O achado de exame em ecocardiograma da paciente motivou pesquisa por tumores intra-cardíacos, principal suspeita no intra-operatório, inclusive de um tumor cardíaco não mixoma – mais comum - aventando-se a possibilidade de fibroadenoma devido o aspecto macroscópico da amostra excisada. Exame anatomopatológico, porém, confirmou aspecto de trombo do material enviado. Esse relato teve como intuito destacar o prognóstico de um diagnóstico tardio de OAA, suas manifestações,

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por vezes, incomuns, bem como alertar para as patologias subjacentes de uma doença arterial obstrutiva periférica diagnosticada em um âmbito de emergência. Palavras-chave: valvopatia aórtica, oclusão arterial aguda.

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CÂNCER DE COLO DE ÚTERO: ANÁLISE RETROSPECTIVA CLÍNICA EPIDEMIOLÓGICA DE 2013 A 2017 NA CIDADE DE CASCAVEL E UMA COMPARAÇÃO COM O ESTADO DO PARANÁ

SANDRI, J. C., MOKFA, L. A. M., RODRIGUES, S. N., OLIVEIRA, J. K.

Curso de medicina do Centro Universitario Assis Gurgacz, Cascavel, Paraná, Brasil.

INTRODUÇÃO: O câncer de colo do útero está associado, em especial, à infecções persistentes do vírus HPV (Papilomavírus humano). De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a incidência do câncer de colo do útero atinge seu pico entre os 50 a 69 anos, que pode ser amplamente prevenido com exames de Papanicolaou. Já o tratamento depende da orientação médica, variando conforme o estágio da doença, tamanho do tumor e fatores pessoais. OBJETIVOS: Visando maiores informações dessa condição na região de Cascavel, o presente artigo buscou fazer um levantamento de dados à respeito do câncer de colo de útero tratados na cidade, através da plataforma de pesquisa pública do Instituto Nacional do Câncer José de Alencar Gomes (INCA). Após esse estudo, foi feito o mesmo levantamento no estado do Paraná, a fim de comparar os dois resultados. METODOLOGIA:O projeto é uma análise de dados da plataforma do Instituto Nacional do Câncer José de Alencar Gomes (INCA) que comparará o número de casos de câncer de colo de útero em Cascavel e o estado do Paraná entre 2013 a 2017. A pesquisa analisou 132 casos no município de Cascavel tratados nos centros hospitalares especializados da cidade. Já o estado paranaense abrangerá 5972 pacientes na mesma condição. O estudo epidemiológico classificará o tipo histológico, grau de escolaridade, faixa etária e a influência do tabagismo. Para obter dados mais precisos, nos critérios envolvendo a escolaridade e o tabagismo os dados classificados como “Sem informação” foram desconsiderados o que diminuiu o número de casos no total.RESULTADOS: Os resultados obtidos na pesquisa de câncer de colo de útero no período entre 2013 e 2017 na cidade de Cascavel totalizou 132 casos e já no estado do Paraná foi de 5972 no total. O levantamento de dados foi dividido em 4 categorias: Tabagismo, Faixa Etária, Escolaridade e o Tipo Histológico. Na Cidade de Cascavel, no período considerado, o Tabagismo esteve presente, somando as classificações “Ex consumidor” e “Fumante” em 34% dos casos. Já a faixa etária, em que o paciente esteve em tratamento, predominou entre 30 e 34 anos. Ademais, a escolaridade com o maior número de casos foi a de ensino fundamental incompleto, sendo 50% do total. Finalizando, o Tipo histológico predominante de neoplasia foi o Carcinoma Escamocelular, com quase 84%. A segunda parte da pesquisa, que considerou os tratamentos no estado do Paraná como um todo, encontrou os seguintes resultados: quanto ao Tabagismo, com as mesmas classificações da cidade de Cascavel, o resultado foi de 33%. A faixa etária predominante das pessoas tratadas foi entre os 30 e 34 anos. Quanto à Escolaridade, o predomínio dos casos esteve em indivíduos com ensino fundamental incompleto, sendo de 31% do total. Como último parâmetro, o tipo histológico com a maior quantidade de casos foi o Carcinoma Escamocelular com 43% do total. CONCLUSÃO:Foi possível estabelecer, portanto, que ao contrário da média nacional, a faixa etária com o maior número de casos tanto de Cascavel, quanto do Paraná, foi 15 anos mais baixa (30 a 34 anos). Além disso, o estudo mostrou que a população com menor grau de escolaridade teve alta predominância no total de casos de Câncer de Colo do Útero, mostrando que essa população, caso fosse melhor informada sobre o assunto e suas medidas preventivas, poderia reduzir a incidência da doença. Como esperado, o tabagismo foi uma influência negativa, visto que esteve presente em 34% dos casos, um valor bem mais alto que a porcentagem de fumantes na população geral: 21% no estado do Paraná. Como última análise, o tipo histológico da doença que predominou em ambos os resultados foi o Carcinoma Escamocelular, uma forma comum para esta patologia. PALAVRAS-CHAVE: neoplasia, colo de útero, HPV, Carcionoma Escamocelular.

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BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES: INTUBAÇÃO TRAQUEAL NA EMERGÊNCIA E RISCOS DE ANAFILAXIA

João Vitor Vigo Titenis, Jonatan Rinaldi, Pedro Richard, Rafaela Luiza Altheia Griza

Curso de medicina do Centro Universitario Assis Gurgacz, Cascavel, Paraná, Brasil.

Introdução: Anafilaxia é uma reação de hipersensibilidade imediata que pode expor gravemente a integridade física do paciente e proporcionar graves complicações. Observa-se alto risco de anafilaxia em manobras de intubação traqueal em que é indispensável o uso de anestésicos que sejam do tipo bloqueadores neuromusculares. Objetivos: Este artigo tem como objetivo evidenciar e esclarecer riscos dos fármacos bloqueadores neuromusculares como indutores de choque anafilático na intubação traqueal de emergência e elencar as melhores drogas para proporcionar um bloqueio neuromuscular mais seguro. Métodos : O trabalho foi elaborado por meio de uma revisão bibliográfica, utilizando-se artigos científicos publicados nas plataformas Scielo, PubMed entre os anos 2015 e 2018. Utilizando as palvras-chave: ‘’Choque anafilático’’, ‘’Bloqueador neuromuscular’’ e ‘’ Intubação traqueal’’. Resultados: A maioria dos anestesiologistas referem que succinilcolina e rocurônio são principais bloqueadores neuromusculares usados em cirurgias de emergência, o mesmo se dá na intubação. Recentemente estudos observaram um predomínio de reações anafiláticas com o uso succinilcolina e rocurônio, em contrapartida de atracúrio e vecurônio que apresentaram índices mais baixos. Além do mais, cabe citar que o cis-atracúrio apresentou o menor risco de reação nos estudos. Também elucida-se o fato de que 13% dos efeitos adversos encontrados com o uso da succinilcolina são devidos as reações anafiláticas. No estudo, encontrou-se que 37,5% dos casos de reações anafiláticas devido ao uso dos BNM ocorreram no primeiro contato com os esses agentes. Outro aspecto, como a reatividade cruzada dos fármacos foi apresentada, encontrando-se um risco de 60-70%, este padrão pode variar um pouco, mas de certa maneira o cis-atracúrio apresentou as menores taxas de reatividade cruzada em pacientes alérgicos. Conclusão: Esse estudo busca esclarecer de maneira simples os dados referentes a quadros de anafilaxia causados por BNM. Pode-se, por fim, retratar uma maior escala de segurança ao usar o bloqueador neuromuscular cis-atracúrio para fazer intubação traqueal de emergência, já que nestes casos necessita-se uma ação rápida, com recursos reduzidos e buscando isolar as possíveis complicações da medicação no paciente, já que esse corre risco de vida. O que se difere dos casos de intubações traqueais feitas em centro cirúrgico, onde há maior aparato técnico e humano, e que, caso haja reação de anafilaxia, haverá condições de reversão do quadro com maior facilidade. Mesmo sendo caso de cirurgia eletiva, os estudos mostram que a succinilcolina é deixada de lado, dando lugar aos três principais tipos de BNM adespolarizantes mais frequentemente utilizados: rocurônio, atracúrio e cis-atracúrio.

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CUIDADOS CRÍTICOS AO PACIENTE SEVERAMENTE QUEIMADO: APORTE NUTRICIONAL E MANEJO DE COMPLICAÇÕES METABÓLICAS E SISTÊMICAS

PAGNUSSAT, João Vytor, NAKAHARA, Kenji Rocha, SODRÉ, Larissa Kerr de Araujo

FUNDAMENTAÇÃO: Queimaduras são lesões traumáticas da pele e órgãos mais profundos e podem ser classificadas em térmicas, químicas ou elétricas. As queimaduras térmicas representam a causa mais comuns desses episódios traumáticos, cursando com necrose do tipo coagulativa da epiderme e tecidos subjacentes (TOWNSEND et al, 2019, p. 522-25). Aproximadamente 1.000.000 de casos de queimaduras ocorrem anualmente no Brasil. Desses, 100.000 procuram atendimento hospitalar e 2.500 morrem direta ou indiretamente devido às consequências das lesões (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2017). O perfil epidemiológico das vítimas por queimaduras no Brasil revela que indivíduos do sexo masculino, com idade entre 25-26 anos, são os mais acometidos. Dados estatísticos nacionais e internacionais apontam o domicílio como local de maior ocorrência desses acidentes (CRUZ, CORDOVIL e BATISTA, 2012). Embora as alterações estéticas e funcionais a nível da pele e tecidos de revestimento sejam mais frequentemente lembradas, os traumas por queimadura afetam quase todos os órgãos e sistemas, implicando em altas taxas de morbidade e mortalidade. Nesse sentido, a assistência nutricional configura uma abordagem essencial ao paciente que apresenta resposta hipermetabólica induzida por grandes queimaduras, já que esse evento pode ocasionar grande perda de massa muscular e gerar disfunção orgânica sistêmica, atraso na cicatrização de feridas e deficiências no sistema imunológico (JESCHKE et al, 2008). OBJETIVOS: O presente trabalho tem como escopo descrever as principais características fisiopatológicas das lesões por queimadura e discutir o impacto no modo como o aporte nutricional é desempenhado, com a intenção de evitar complicações desinentes da perda de massa nos pacientes com taxas metabólicas elevadas consequentes às queimaduras. METODOLOGIA: Realizou-se revisão sistemática de literatura cujas fontes bibliográficas incluíram o capítulo do livro Sabiston Tratado de Cirurgia e artigos científicos disponíveis nas plataformas acadêmicas PubMed, MEDLINE e Google Acadêmico publicados entre os anos de 2009 e 2018. A combinação de descritores utilizados na localização dos artigos foi: burn injury; complications e nutritional support. DISCUSSÃO: A resposta hipermetabólica é a manifestação sistêmica mais importante de um grande evento traumático por queimadura e tem início a partir de uma elevação persistente nos níveis de catecolamina, glicocorticoides, glucagon e dopamina. Esse processo aumenta o catabolismo proteico resultando em perda de massa muscular. Pacientes severamente queimados sem complicações perdem até 25% de sua massa corpórea total (JESCHKE et al, 2008). A demanda prolongada de energia provoca perda de tecido muscular e desnutrição. A composição do suplemento dietético ideal contém 1-2g/kg/dia de proteína e essa concentração supre a necessidade de síntese do organismo e atenua o catabolismo proteico (TOWNSEND et al, 2019, p. 522-25). A suplementação pode ser administrada via enteral ou parenteral e deve, idealmente, ser iniciada nas primeiras 24 horas após o trauma, pois as alterações na permeabilidade da mucosa intestinal diminuem a absorção de nutrientes (JESCHKE et al, 2008). Apesar dessa recomendação, há controvérsias. Um ensaio clínico randomizado, por Hart et al (2003), analisou a resposta metabólica de crianças queimadas cuja alimentação e excisão de feridas ocorreram de maneira precoce e extensiva em comparação com seus pares cujo tratamento teve início retardado, e contatou-se que o grupo de tratamento tardio tinha menor consumo de energia e que esse gasto só passou a aumentar a partir da introdução do apoio nutricional e excisão das feridas. O catabolismo proteico, entretanto, foi menor em pacientes com abordagem precoce (MOSIER et al, 2011). CONSIDERAÇÕES FINAIS: A assistência nutricional é componente terapêutico fundamental dentre as abordagens não farmacológicas que visam atenuar a resposta hipermetabólica. Seu objetivo é melhorar a função orgânica sistêmica e evitar a desnutrição por perda de calorias e proteínas. Esse apoio deve ser individualizado, monitorizado e adaptado conforme a evolução do paciente, e deve ocorrer de forma agressiva nas primeiras 24 horas após o trauma, visto que, embora a alimentação seja pré-requisito para o hipermetabolismo em ambas as abordagens (precoce e tardia), os resultados do tratamento prévio demonstram menor índice de catabolismo proteico.

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APLICABILIDADE DE RECURSOS DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL EM DIAGNÓSTICOS MÉDICOS ESPECIALIZADOS

PAGNUSSAT, João Vytor, FERNANDES, Layane Sanches, SILVA, Luana Mary Pietreski

TRUYLIO, Laura, SANTOS, Poliana Lopes Rodrigues, NAKAHARA, Kenji Rocha

Fundamentação: Deficiências na interação com o paciente e sua análise clínica e a dependência de exames complementares no diagnóstico abrem cada vez mais espaço para o uso da tecnologia de computação na área médica. Esse contexto representa a realidade de inúmeros países desenvolvidos que utilizam a inteligência artificial para o aprimoramento da prática clínica e armazenamento de dados dos pacientes. O processamento de um grande volume de informações na área da saúde permite um melhor entendimento da história natural das doenças, tanto em uma visão individual quanto coletiva, possibilitando a ampliação no número e foco sobre ações para promoção, prevenção e recuperação da saúde. A aplicação da Inteligência Artificial em Medicina (IAM) assume um papel relevante dentro de especialidades médicas como a Radiologia e a Anatomia Patológica, cuja análise diagnóstica, em sua maior parte, baseia-se no reconhecimento de padrões a fim de identificar condições normais e/ou patológicas (GUARIZI, 2014). Objetivos: Esse trabalho, enquanto pesquisa exploratória, busca demonstrar que a IAM atua como ferramenta auxiliar aos profissionais da área médica, oferecendo a oportunidade de que o médico possa se concentrar nas questões mais pertinentes de seu cotidiano laboral, otimizando seu tempo e garantindo maior acurácia em diagnósticos complexos. Métodos: A metodologia deste ensaio teórico inclui uma revisão de bibliografia de caráter qualitativo, com a análise de artigos científicos disponíveis nas plataformas Scielo e Google Acadêmico, entre os anos de 1998 e 2018. Utilizando os seguintes descritores: Inteligência Artificial, Medicina e Diagnósticos. Resultados: Estudos aplicados presentes em uma revisão, por Azevedo-Marques (2001), demonstram que a utilização de sistemas de auxílio computadorizado para a detecção de lesões em imagens mamográficas e de tórax melhora estatisticamente o desempenho de radiologistas que empregam tal tecnologia. Relata-se um aumento de 14% de sensibilidade e 8% de especificidade nos diagnósticos radiológicos auxiliados por computador em comparação aos que não dispuseram do apoio de redes neurais artificiais. No Brasil, um relevante exemplo acerca da utilização de recursos de sistemas de inteligência artificial é o Sistema Pediátrico para Avaliação Nutricional (SISPAN), um software que utiliza a tecnologia de Redes Bayesianas para auxiliar no diagnóstico de desnutrição infantil até os dois anos de idade. São levados em consideração dados como sinais, sintomas, antropometria e idade da criança (KOEHLER, 2002). Em um estudo retrospectivo, por Oliverio (2018), sobre o uso da Inteligência Artificial para diagnóstico da dor pélvica crônica, constatou-se a boa performance diagnóstica do sistema não somente na dor pélvica, mas em outras patologias cujo diagnóstico envolve processamento e manipulação de dados mais simples, evitando gastos desnecessários com exames e procedimentos invasivos. Outro exemplo do uso da Inteligência artificial foi no diagnóstico de tumores ósseos malignos. Uma revisão, por (Costa 2018), demonstrou que excisões inadequadas e não planejadas destes tumores, por exemplo, acontecem devido a exames mal interpretados pelos profissionais médicos. Além disso, é importante ressaltar que o desenvolvimento de um mapa cognitivo alicerçado por sistemas de inteligência artificial e criado para detectar anormalidades se tornaria essencial a prática clínica. Conclusão: A medicina, devido ao seu grau de complexidade e incerteza, é uma das áreas que mais pode se beneficiar da interação com a computação para potencializar processos de diagnóstico clínico e análise sobre os pacientes e seus prognósticos, permitindo melhor gerenciamento de recursos. É necessária a introdução sistemática e gradual dos sistemas de inteligência artificial junto aos serviços de saúde, de forma a minimizar a ruptura dos hábitos atuais, garantindo a sua aceitação e a otimização do desempenho de profissionais médicos.

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GOTA TOFÁCEA CRÔNICA E SUAS MANIFESTAÇÕES GENERALIZADAS: UM RELATO DE CASO ATÍPICO

RUIZ, Júlia Barbosa, KULICZ, Thainá Klosowski, FARIA, Gabriela Nalú, PEDOTT, Nathalia Wonz,

LACERDA, Diogo Cunha.

Centro Universitário Assis Gurgacz, Cascavel, Paraná, Brasil

Introdução: A Gota, distúrbio articular inflamatório mais presente no mundo, é resultante do metabolismo ineficaz das purinas, o qual acarreta em um estado hiperuricêmico (nível sérico de urato ≥ 6,8 mg/dL) e consequente depósito tissular de sais de urato monossódico nas articulações. Tal artropatia aguda, que acomete globalmente cerca de 2% dos adultos, sobretudo homens entre 30 a 50 anos, tem aumentado sua prevalência devido a fatores como: crescente expectativa de vida e piora dos hábitos alimentares. Já a Gota Tofácea Crônica consiste na manifestação de tofos, nódulos cutâneos comumente indolores de concentrado de urato que costumam aparecer após 10 anos de crises recorrentes, sobretudo por ausência de terapia precisa ou baixa adesão aos medicamentos. Este trabalho relata um caso de Gota Tofácea Crônica em um paciente de 55 anos com manifestação generalizada e atípica de tofos múltiplos até em abdome, condição rara visto que os nódulos tendem a aparecer em regiões articulares, principalmente da mão. Possui como principal objetivo enfatizar a importância do diagnóstico e tratamento precoces de episódios de Gota aguda a fim de evitar uma evolução tofosa, bem como descrever um quadro clínico pouco comum na literatura. Descrição do caso: I.M., 55, masculino, residente em Cascavel – PR, hipertenso, dislipidêmico, apresenta quadro pregresso osteoarticular de discopatia degenerativa em colunas cervical e lombar, síndrome do túnel do carpo (STC) grave, além de um histórico de Gota aguda diagnosticado pela primeira vez em 2013. Procurou atendimento reumatológico em 2015 por piora da dor e do inchaço em mão direita em vista da STC e foram encontrados, em associação, indícios de uma nova crise de Gota aguda: ácido úrico sérico de 9,8 mg/dL e tofos em cotovelo e 2º MCF, ambos à direita. A conduta estabelecida foi Colchicina, Prednisona e Anti-inflamatório não esteroidal, como também manter Alopurinol + Colchicina após crise para controle do ácido úrico e evitar novas crises, bem como aguardar intervenção cirúrgica ortopédica para a STC acentuada. Após cirurgia descompressiva que ocorreu no mesmo ano, paciente se apresentou em período intercrítico com melhora gradual, sendo orientado a manter os medicamentos. Após quatro anos sem adesão ao tratamento e acompanhamento médico (2019), retornou com crises frequentes e exacerbadas de Gota aguda e tofos múltiplos (mãos, cotovelo, abdome, pernas, coxas, pés), mais exuberantes nas extremidades e região abdominal, caracterizando um quadro de Gota Tofácea grave e incomum, desencadeada pela interrupção indevida dos medicamentos. A conduta foi prescrever Alopurinol + Colchicina, a qual foi alterada após resultado dos exames laboratoriais (ácido úrico 24 hrs 422 mg/dL; ácido úrico sérico 9,4 mg/dL) para o dobro da dose de Alopurinol, a fim de controlar melhor as manifestações agudas devido à hiperuricemia e evitar o aparecimento de novos tofos. Conclusão: É de suma relevância evidenciar que o tratamento precoce da Gota é fundamental, visto que tanto sua má adesão quanto a falta de acompanhamento médico consiste na principal causa de evolução para quadros crônicos tofosos, como demonstra o paciente do estudo. Além disso, os tofos, apesar de indolores em sua maioria, costumam ser responsáveis por deformidades graves e consequentes incapacidades articulares, apresentando também difícil correção cirúrgica e, portanto, alto prejuízo na qualidade de vida.

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TRANSPLANTES RENAIS REALIZADOS NO OESTE DO PARANÁ: UMA ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA E PERI-OPERATÓRIA

POPPI, Júlio César Ignochevski; Mocelin, Paula Carolina; Dantas, Gabriela Cristina; Mocelin, Felipe;

Casagrande, Guilherme Pizoni; Titenis, Lavinia Vigo; Lima, Isabella Ortega de.

Centro universitário Fundação Assis Gurgacz (Cascavel - PR)

Fundamentação/Introdução: O transplante renal é considerado a melhor alternativa para o tratamento substitutivo renal, pois leva a melhor qualidade de vida devido a independência da diálise e das restrições dietéticas. Podem ser utilizados rins de doadores vivos ou falecidos, porém com resultados melhores nos doadores vivos. Objetivos: Analisar as características epidemiológicas e do peri-operatório em transplantes renais realizados na cidade de Cascavel, no Paraná. Delineamento e Métodos: O trabalho é uma análise retrospectiva de 13 pacientes submetidos a transplante renal dos anos de 2016 a 2018. Obtiveram-se os dados através de revisão de prontuários. Resultados: De um total de 13 pacientes, 9 foram transplantes de doadores falecidos e 4 vivos. Em relação ao sexo dos doadores, 6 eram homens e 7 mulheres, com média de idade de 38 anos para os homens (mais jovem com 22 anos e mais velho com 57) e de 43 para as mulheres (mais jovem com 31 anos e mais velha com 63). Dois doadores tinham hipertensão como comorbidade. Quanto aos receptores, houve 9 homens e 4 mulheres, sendo que a média de idade era de 46,6 anos para os homens (mais jovem com 21 anos e mais velho com 71) e de 48,5 anos para as mulheres (mais jovem com 27 anos e mais velha com 59). Houve 9 receptores com hipertensão e 2 deles também eram diabéticos. Quanto ao tempo de diálise, 1 paciente tinha menos de 1 ano em diálise, 7 pacientes tinham entre 1 a 3 anos e 4 tinham mais de 3 anos. No procedimento cirúrgico, a média de tempo de isquemia fria para os doadores vivos foi de 30 minutos e para doadores falecidos foi de 22 horas e 37 minutos. Para o posicionamento do enxerto, em 7 procedimentos foi utilizada a fossa ilíaca direita, e em 6 a fossa il íaca esquerda. Foram 6 rins direitos e 7 rins esquerdos doados. Todos os implantes ureterais foram feitos pela técnica de Lich-Gregoir modificada. Não foram necessárias hemotransfusões. No pós operatório, não houve sinais de infecção em nenhum dos procedimentos. Foi relatado atraso na função do enxerto em 7 pacientes. Em todos eles, o enxerto doado era proveniente de doador falecido. Conclusões: O transplante renal continua sendo o melhor tratamento substitutivo renal, com bons resultados na recuperação da função renal. Os resultados mostram que a técnica é segura e que a função do enxerto costuma ser bem mais precoce nos transplantes com doadores vivos. Os dados do estudo corroboram com os resultados da literatura atual. Palavras-chave: Transplante renal; doador; receptor.

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RELAÇÃO ENTRE O CONSUMO DE ÁLCOOL E O RISCO DE ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL

CEMIN, K. N., MAIA, L. B.

Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz, Cascavel, Paraná, Brasil.

Introdução: Um acidente vascular cerebral (AVC), também chamado de ‘’derrame cerebral’’, é uma emergência médica e um grande problema de saúde em muitos países. O AVC é uma doença crônica não transmissível e uma das principais causas de morte, incapacidade adquirida e internações em todo o mundo, sendo categorizado, conforme suas causas e consequências, como isquêmico ou hemorrágico. O AVC isquêmico ocorre quando o suprimento de sangue destinado ao cérebro é interrompido ou drasticamente reduzido, privando as células de oxigênio e nutrientes. O AVC hemorrágico ocorre quando um vaso sanguíneo se rompe, causando uma hemorragia cerebral e, assim como no AVC isquêmico, os sintomas se caracterizam por uma perda neurológica súbita. Nesse âmbito, o abuso de álcool pode desencadear mecanismos fisiológicos que incluem hipertensão, aumento de lipoproteínas de baixa densidade, aumento na agregação plaquetária, diminuição da taxa fibrinolítica, vasoconstrição cerebral e hiperhomocisteinemia. Portanto, segundo o Ministério da Saúde, o consumo de álcool é considerado de risco se superior a duas doses por dia para homens e superior a uma dose por dia para mulheres. Sendo assim, seria possível associar o álcool às causas de um acidente vascular cerebral? Objetivos: O presente trabalho tem por objetivo definir a relação entre o consumo baixo, moderado e abusivo de álcool e a ocorrência de acidentes vasculares cerebrais para, assim, definir o álcool como um possível agente supressor ou causador deste problema. Métodos: Por meio de uma revisão literária sistemática, foram realizadas pesquisas nas plataformas Lilacs, Pubmed, Scielo e MedLine com a permutação dos termos “álcool”, “acidente vascular cerebral”, “riscos”, “associados” e suas respectivas traduções para o inglês. A princípio, 5 artigos foram selecionados e, após análise, 3 destes foram escolhidos como referência para o presente trabalho pois continham informações de maior relevância para o assunto. Além disso, dos artigos referenciados foram extraídos dados estatísticos baseados em estudos que relataram estimativas de efeito com intervalos de confiança de 95% (IC) de morbidade e mortalidade por acidente vascular cerebral. Resultados: A baixa ingestão de álcool apresentou redução no risco de AVC total (primeiro e recorrente) (razão de risco [RR], 0,85; 95% IC: 0,75-0,95; P=0,005), assim como no risco de AVC isquêmico (RR, 0,81; 95% IC: 0,74-0,90; P<0,001) e na mortalidade por acidente vascular cerebral (RR, 0,67; 95% IC: 0,53-0,85; P=0,001). Porém, não apresentou resultado significativo em casos de AVC hemorrágico. O consumo moderado de álcool não apresentou resultado significativo em casos de AVC total, AVC isquêmico, AVC hemorrágico ou na mortalidade por acidente vascular cerebral. A ingestão exagerada de álcool foi associada a um aumento significativo do risco de AVC total (RR, 1,20; 95% IC: 1,01-1,43; P=0,034), porém, apresentou pouco ou nenhum efeito em casos de AVC isquêmico, AVC hemorrágico e na mortalidade por acidente vascular cerebral. No gráfico da Imagem 1 é possível observar os dados acima relatados, considerando o valor ‘ ’1’’ como probabilidade normal, ao acaso, de ocorrer um AVC. Conclusão: A baixa ingestão de álcool apresentou resultados positivos na diminuição dos riscos de acidente vascular cerebral, tanto isquêmico quanto total, e o abuso no consumo de álcool está associado ao aumento no risco de acidente vascular cerebral total. Palavras-chave: acidente vascular cerebral, AVC, álcool, riscos.

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LATE- UMA NOVA DEMÊNCIA COM A MÁSCARA DE ALZHEIMER

YAMADA, K.A; PINA, L.F.S; SILVA, N.G; MOLETA, B.M; NEDER, E.N; REZENDE, D. F;

Departamento de Medicina - Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz – FAG – Cascavel/Paraná/Brasil

INTRODUÇÃO: Em contexto contemporâneo, a demência senil tem sido um dos assuntos em evidência na emergência médica neurológica, haja vista o aumento da vida média da população nacional. Estudos mostram que uma nova demência tem sido confundida com a doença de Alzheimer - “Alzheimer nem sempre é Alzheimer” (ANSEDE, 2019)- como a LATE - Encefalopatia TDP-43 límbico-predominante relacionada à idade – Ela está associada a uma síndrome de demência amnésica que mimetiza o Alzheimer, todavia são causadas por proteínas diferentes. Com isso, explica em muitos casos a ineficácia do tratamento com diagnóstico de Alzheimer em muitos pacientes. É uma entidade de doença recentemente descoberta, em que a encefalopatia se refere a um acometimento no cérebro, TDP-43 a proteína que contribui para a manifestação da condição patológica, afeta o sistema límbico, área do cérebro responsável pelas emoções e comportamentos sociais e “relacionada à idade” indica que os mais atingidos são os idosos, predominantemente acima dos 80 anos. Atualmente, não existe um biomarcador específico de moléculas para a TDP-43 que permitam a comprovação do diagnóstico em vida. Consequentemente, visto que a população mais atingida por ela é a idosa que constitui um grupo demográfico em rápido crescimento em vários países, LATE tem um impacto crescente, mas pouco reconhecido, na saúde pública. Por isso, faz-se necessário o aumento de pesquisas nessa área, a fim de otimizar o diagnóstico das síndromes de demência senil. OBJETIVO: Dado a importância do assunto, o objetivo do presente documento é elucidar sobre essa nova forma de demência senil descoberta recentemente, visto que é de grande importância para saúde pública o diagnóstico precoce, para fim de prevenção e otimização na forma de tratamento. DELINEAMENTO E MÉTODOS: Consiste em uma revisão bibliográfica de caráter qualitativo realizada com base em dados obtidos no OXFORD ACADEMIC, em vista da exposição da evolução na compreensão de diagnóstico diferencial nas síndromes de demência senil. Ademais, buscou-se artigos no Scielo e PubMed usando os descritores “LATE-NC” and “Alzheimer’s disease” selecionando aqueles que se adequaram ao assunto para a realização desta revisão. RESULTADOS: LATE está presente em mais de 20% (até 50%) dos indivíduos com mais de 80 anos de idade com base nas grandes séries de necrópsias. Vale ressaltar que a frequência foi crescente em cada ano de vida após 85 anos de idade. Um esquema de estadiamento preliminar com base anatômica é proposto com imunohistoquímica TDP-43 em tecido de três áreas do cérebro, refletindo um padrão hierárquico de envolvimento cerebral: amígdala, hipocampo, e giro frontal médio. O LATE-NC parece afetar preferencialmente as estruturas do lobo temporal medial, mas outras áreas também são impactadas. A população feminina são mais propensas a sobreviver até a idade avançada do que em relação aos homens, o que as colocam em maior risco vitalício para o LATE. Caso contrário, não há evidência convincente até o momento de fortes diferenças relacionadas ao sexo ou étnico-raciais na suscetibilidade ao LATE. CONCLUSÃO: Como a maioria dos dados atuais relevantes foi proveniente de coortes de necrópsia, a prevalência de LATE pode ser mais encontrada na população adulta-jovem do que atualmente reconhecida se houver um viés de sobrevivência, evidenciando, dessa maneira, a necessidade de mais estudos que incorporam biomarcadores clínicos eficazes, a fim de otimizar o diagnóstico precoce. A epidemiologia brasileira prevê que o grupo demográfico formado por indivíduos com mais de 85 anos de idade está previsto para expandir-se nas próximas décadas, consequentemente o LATE provavelmente se tornará um fardo de saúde pública no futuro, a menos que sejam desenvolvidas estratégias preventivas ou terapêuticas. Portanto, indubitavelmente faz-se necessário o direcionamento de pesquisa clínicas para conhecer melhor essa nova forma de demência. Palavras - chave: Demência; Alzheimer; LATE.

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FAG Journal of Health – ISSN 2674-550X, 2019, v.1, n.3, p.80

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA NO MUNICÍPIO DE CASCAVEL – PR NO PERÍODO DE 2007-2017

Larisse Nara Tartari, Maíra Kufner Saloio, Letícia Rubert, Orley Álvaro Campagnolo, Eduardo Miguel Prata Madureira

Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz, Cascavel, Paraná, Brasil.

Introdução: A Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) é uma doença infecciosa, não contagiosa, com evolução crônica, caracterizada pelo comprometimento cutâneo e/ou mucoso. É causada pelo protozoário do gênero Leishmania e transmitida ao homem pela picada do flebótomo fêmea infectado. Apresenta grande diversidade de aspectos clínico-morfológicos, o que dificulta a confirmação do diagnóstico, sendo, desse modo, muitas vezes subnotificada. O Brasil está entre os países considerados altamente endêmicos, pois a doença é encontrada amplamente em todo território. Apesar de não ser a área de maior endemia, na cidade de Cascavel, localizada no oeste do estado do Paraná, é notório o elevado número de casos. Objetivos: O presente estudo tem por objetivo analisar retrospectivamente os dados notificados na cidade de Cascavel, do ano de 2007 a 2017, correspondente à LTA. Oferecendo um maior detalhamento da situação epidemiológica, bem como informar sobre a taxa de sucesso do tratamento e cura atingidos. Delineamento e Métodos: Trata-se de um estudo retrospectivo observacional do tipo transversal com abordagem descritiva. Após autorização formal da Secretaria de Saúde, obteve-se acesso às fichas de notificação da LTA. Para cada paciente foram analisados os parâmetros: idade, sexo, zona de moradia, presença de lesão cutânea, mucosa ou ambas, histopatologia, exame parasitológico direto, intradermorreação de Montenegro, tratamento e evolução do caso. Por tratar-se de pesquisa com seres humanos, o presente estudo está em cumprimento com a Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde e foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da FAG sob o CAAE nº 03221118.0.0000.5219. Resultados: Durante o período estudado - 2007 a 2017 - foram notificados 63 casos de Leishmaniose Tegumentar Americana na área de Cascavel, sendo o ano de 2014 o que apresentou maior número de casos (10). Em relação ao perfil dos pacientes, houve um predomínio do sexo masculino, com idade entre 19 e 50 anos. Apesar de historicamente ser considerada uma doença de regiões rurais, 90,47% das notificações ocorreram na área urbana. A forma clínica mais observada foi a cutânea (44,4%), seguida pela mucosa (31,7%) e cutaneomucosa (23,9%), que tem como uma das causas, a procura tardia pelo atendimento especializado. O diagnóstico pode ser feito apenas baseado nos critérios clínico-epidemiológicos, todavia, exames laboratoriais são de extrema importância. Nessa pesquisa, foram analisados três tipos de exames. O histopatológico, foi realizado em 44 pacientes e apresentou positividade em 59,09%. A Intradermorreação de Montenegro, foi executada em 20 pacientes e mostrou-se positiva em 60% deles. Já o parasitológico direto, foi feito em apenas 16, sendo que, em 75%, o resultado foi confirmado. Em relação ao tratamento da LTA, atestou-se a preferência pelos antimoniais pentavalente, utilizados como primeira opção em 88,8% dos indivíduos analisados, seguida pela Anfotericina B. Em resposta ao medicamento utilizado, de todos os casos analisados, 52 pacientes tiveram alta por cura, 2 abandonaram o tratamento e 1 foi a óbito devido a LTA, além de 2 que mudaram de cidade, 6 pacientes ainda estavam em tratamento no decorrer da análise. Conclusão: Diante dessa pesquisa, é notória a importância de estudos como esse, que possibilitam a compreensão e dão embasamento para elaboração de planos mais eficazes no manejo da LTA. No município de Cascavel, percebemos que há uma falha nos mecanismos de controle, necessitando desse modo, de estratégias-chaves, cujo enfoque deve estar no diagnóstico precoce e tratamento adequado, visto que, como confirmado na pesquisa, é nessa priorização que são obtidos os resultados mais satisfatórios, tornando a condução do processo saúde-doença mais eficaz e segura para a população residente nessa região. Palavras-chave: Leishmaniose Tegumentar Americana; Epidemiologia; Doenças Infecciosas.

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FAG Journal of Health – ISSN 2674-550X, 2019, v.1, n.3, p.81

PÓS-OPERATÓRIO COMO PRINCIPAL CAUSA DE HIPERGLICEMIA DE ESTRESSE EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

FERNANDES, L.S., GABARDO, B. B, NAKAHARA, K. R., PAGNUSSAT, J. V., SHIMABUKURO, S. N. , VICENZI, T. C, PESCADOR, M. V. B.

Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz, Cascavel, Paraná, Brasil

Introdução: A hiperglicemia é considerada uma resposta fisiológica ao trauma cirúrgico, sendo responsável por estimular a gliconeogênese hepática e promover resistência insulínica. Objetivos: Avaliar as causas de hiperglicemia de estresse em pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital São Lucas de Cascavel- PR. Métodos: Foi realizado um estudo transversal, descritivo, retrospectivo, observacional, de abordagem quantitativa, tendo como fonte de dados 582 prontuários eletrônicos dos pacientes internados na UTI do Hospital São Lucas de Cascavel-PR no período de janeiro a junho de 2018. Desse total de prontuários foram analisados apenas os pacientes que apresentaram HE (glicemias acima de 140 mg/dL em jejum e 180 mg/dL em coleta aleatória, excluídos os indivíduos com diagnóstico prévio de diabetes mellitus e os que esse diagnóstico foi realizado durante o internamento). O projeto foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa do Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz, conforme parecer número 3.025.701. Resultados: No período do estudo, foram analisados 582 prontuários eletrônicos de pacientes internados na UTI. Desses, 3 prontuários (0,5%) foram excluídos da amostra por não conterem medidas de glicemia. Dentre os prontuários considerados (579), 200 pacientes preencheram os critérios para diagnóstico de hiperglicemia de estresse (34,54%), com elevações transitórias e reversíveis durante a hospitalização. A causa mais frequente de internamento nesse grupo foi pós-operatório por diversas causas, totalizando 148 indivíduos (74%). essas causas, o pós-operatório de cirurgia bariátrica aberta foi o que mais resultou em HE, 55 (27,5%) dos pacientes da amostra estudada. Conclusões: Esse estudo demonstrou que em pacientes internados na UTI do Hospital São Lucas de Cascavel-PR, a principal causa de HE foi pós-operatório por diversas causas, corroborando com a literatura estudada, a qual aponta que a resposta inflamatória ao trauma cirúrgico resulta em níveis elevados de glicemia além de estimular a gliconeogênese hepática, promovendo resistência insulínica, resultando em níveis de HE. Evidencia-se a importância do controle e tratamento das hiperglicemias nesses pacientes para melhor prognóstico evolutivo dos mesmos. Palavras-chave: Hiperglicemia; Estresse e Pós-operatório.

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FAG Journal of Health – ISSN 2674-550X, 2019, v.1, n.3, p.82

DESENVOLVIMENTO DE HIPERGLICEMIA DE ESTRESSE NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: UM ESTUDO DE PREVALÊNCIA

FERNANDES, L.S., GABARDO, B. B, NAKAHARA, K. R., PAGNUSSAT, J. V., SHIMABUKURO, S. N. ,

VICENZI, T. C., PESCADOR, M. V. B.

Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz, Cascavel, Paraná, Brasil.

Introdução: A hiperglicemia de estresse (HE) é caracterizada pela elevação transitória e reversível da glicemia em situações agudas. Objetivos: Esse trabalho tem como objetivo realizar uma revisão de literatura científica para investigar acerca da prevalência de hiperglicemia de estresse em pacientes internados nas unidades de terapia intensiva. Métodos: Trata-se de um estudo de revisão de literatura o qual utilizou bases de dados como PubMed, SciELO e MEDLINE para selecionar artigos. Foram incluídos os trabalhos relacionados às palavras-chaves: “Intensive Care Units”; “Hyperglycemia”; “Diabetes Mellitus”, “Blood glucose” e “Hospitalization”. Resultados: A prevalência de HE em pacientes internados na UTI descrita na literatura varia entre 25% a 50%. Essa ampla variação pode ser justificada devido aos diferentes pontos de corte glicêmicos entre os diversos estudos, visto que não há um consenso de seu valor de corte para diagnóstico da HE. Contudo, uma metanálise realizada em 2016 apontou que 24% dos pacientes hospitalizados desenvolveram HE, no entanto, ela excluiu os pacientes que apresentaram pico de hiperglicemia imediatamente após admissão na UTI, além de utilizar 200mg/dl como ponto de corte para diagnóstico de HE, diminuindo a amostra analisada comparado aos outros estudos disponíveis. Em um outro estudo feito em 2015, que avaliou exclusivamente pacientes admitidos por síndrome coronariana aguda com glicemia maior que 140mg/dl, também restringindo a amostra, foi encontrado uma incidência de 19% de HE. Além disso, os estudos analisados também apontaram aumento da taxa de óbito nos pacientes que desenvolveram HE, um deles com taxa de 18% e o outro com 15% da amostra. Ademais, em relação à conduta utilizada, todos os estudos analisados seguiram o protocolo da instituição estudada, utilizando insulina regular para a possível normalização dos níveis glicêmicos. Considerações Finais: A hiperglicemia de estresse como fator de piores desfechos tem sido discutida por diversos estudos que demonstraram um aumento significante da mortalidade hospitalar e após a alta de pacientes. No entanto, estudos disponíveis sobre alvos de glicemia em pacientes críticos das unidades de terapia intensiva apresentam difícil interpretação devido as diferenças substanciais no grupo de populações e protocolos de gestão de pacientes utilizados em vários centros. Desse modo, é imprescindível que haja uma maior padronização dos critérios diagnósticos de HE pelos hospitais, com protocolos claros e eficientes e equipe multidisciplinar bem treinada, a fim de prevenir complicações e melhorar o prognóstico dos pacientes que desenvolvem HE em algum momento da hospitalização. Palavras-chave: Hiperglicemia; Estresse; Unidade de Terapia Intensiva.

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RELEVÂNCIA DO DIAGNÓSTICO PRÉ-NATAL DO ACRETISMO PLACENTÁRIO – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

VIEIRA, L. G., OLIVEIRA, D. F. M..

Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz, Cascavel, Paraná, Brasil.

Introdução: Acretismo placentário é definido pela inserção anormal da placenta na parede uterina. A sua classificação é delineada de acordo com o nível de fixação, podendo ser acreta, increta e percreta. Ao avaliar essa complicação obstétrica, o nível de invasão do acretismo é o fator para definir o possível risco de hemorragia. Inúmeras são as condições que atuam como fatores de risco, idade avançada, multiparidade, pré-existência de cicatrizes no útero e a placenta prévia sendo a causa principal. O complexo diagnóstico enquadra essa situação como um importante risco de morbimortalidade materna, visto que não é a totalidade que apresenta sintomas evidentes, dificultando a seleção de técnicas cirúrgicas adequadas. Objetivo: O estudo registra a dificuldade de diagnóstico, posto que muitos casos não apresentam sintomas explícitos. Assim sendo, a pesquisa tem como objetivo aumentar os índices de identificação precoce do acretismo a fim de possibilitar com antecedência um melhor planejamento médico, elevando o número de tratamento adequado e reduzindo a probabilidade de mortalidade. Metodologia: A metodologia dessa revisão baseou-se em uma revisão bibliográfica referente a realidade diagnostica do acretismo placentário. Foram selecionados artigos nas bases SciElo e PubMed entre o período de 2007 a 2017. Foi elaborada uma minuciosa revisão bibliográfica e levantados os principais dados encontrados. Resultados: Na literatura o acretismo placentário desafia os obstetras. O número reduzido de casos dificulta a identificação dessa complicação, no entanto o índice elevou-se devido estar intimamente relacionado a frequente realização de cesárias. Exames de imagem como a ultrassonografia bidimensional é considerado o padrão ouro da placenta invasiva devido a sua elevada sensibilidade e especificidade. Como diagnóstico complementar, a ressonância magnética auxilia a detecção quando os achados do ultrassom são inconclusivos. Devido aos efeitos maternos-fetais dessa patologia, existem estudos que sugerem a adoção de técnicas tridimensionais. Esse método oferece imagens nos planos coronal, axial e sagital aliado a uma técnica rotacional, permitindo a visualização da interação bexiga-placenta. A importância dos exames no pré-natal é fundamental para uma detecção precoce, permitindo uma abordagem cirúrgica multidisciplinar com acesso a todos os recursos como meio de minimizar o risco de complicações graves. Apesar disso algumas maternidades não usufruem de toda tecnologia, dificultando a identificação anterior ao parto. Assim sendo, a ausência de diagnose prévia enquadra o momento do parto como de extremo risco para hemorragias. Essa complicação exige experiência técnica e aptidão do profissional médico a fim de selecionar o procedimento cirúrgico adequado para tal situação, abordando curetagem ou histerectomia quando necessário. Conclusão/Considerações finais: Constata-se que a dificuldade de diagnóstico enquadra o acretismo placentário como alto potencial de gravidade. Para tanto, o sucesso final depende do diagnóstico pré-natal e do manejo multidisciplinar adotado pela equipe cirúrgica a fim de oferecer segurança ao paciente. Optar por locais com disponibilidade de sangue para transfusão e unidade de terapia intensiva é relevante para reduzir complicações e taxas de mortalidade materna. Sendo assim, a identificação pré-natal desta condição oferece melhores resultados maternos quando comparado ao diagnóstico inesperado no momento do parto. Palavras-chave: Acretismo placentário e manejo.

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TRANSTORNO DESAFIADOR DE OPOSIÇÃO NA EMERGÊNCIA: UMA REVISÃO

FRARE, L. E. C., DAL´PIVA, N., KUNZ, R. B.

Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz, Cascavel, Paraná, Brasil.

Introdução: O Transtorno Desafiador de Oposição (TDO) é uma condição psiquiátrica caracterizada por comportamentos hostis, de desobediência e agressividade. Sendo a sua identificação um desafio para os profissionais que atuam na área de urgência e emergência. Os primeiros sintomas surgem antes dos cinco anos de idade, e repetidamente o TDO evolui para o Transtorno de Conduta (TC) ou também para um possível Transtorno de Personalidade Antissocial na vida adulta, cujo os prejuízos à qualidade de vida do acometido são severos. Objetivo: Essa revisão se direciona a possibilitar o maior conhecimento sobre o TDO, como seus sinais e sintomas, visando o correto diagnóstico e manejo das crises, que têm se mostrado muito prevalentes - inclusive na emergência, visto que muitos pacientes têm seu prognóstico retardado devido a diagnósticos tardios. Ademais, pode-se observar que poucos estudos brasileiros possuem o TDO como foco, o que enfatiza a demasiada importância do presente trabalho. Metodologia: O método utilizado foi revisão de literatura, acerca de artigos datados de 2004 a 2019 disponíveis em bases de dados como PubMed, MEDLINE e SciELO, no qual foram priorizados artigos de revisão sistemática. Resultados: Comportamento agressivo é a principal causa de atendimento psiquiátrico emergencial na infância/adolescência, no entanto, trata-se de um sinal pouco específico. Dessa forma durante uma situação de crise de é necessário observar sinais que exijam intervenções imediatas, como agitação psicomotora, agressividade, alterações de nível de consciência e comportamento suicida. Numa avaliação emergencial, é fundamental atentar-se para os sintomas apresentados, o impacto dos sintomas para o paciente e a família, fatores de risco e recursos para intervenção. Logo, quando necessária a intervenção em atendimentos de emergência dois pontos devem ser primeiramente abordados. Primeiro a identificação de transtorno psiquiátrico prévio e/ou atual. Segundo, a identificação dos fatores desencadeantes da situação de emergência. A apresentação clínica de quadros psiquiátricos em crianças e adolescentes tende a ser distinta daquela de adultos e o que determinará o diagnóstico serão os sintomas associados e a história prévia da criança/adolescente, que deverão ser avaliados após o controle das alterações de comportamento. A criança com TDO tem alguns comportamentos válidos para sua confirmação como manifestações excessivas de agressividade e de tirania; destruição dos bens de outrem; mentiras repetidas; crises de birra e de desobediência anormalmente frequentes e graves. Essas crianças têm dificuldades em seguir as regras impostas, trazendo prejuízos para ela própria e para os outros em sua volta. Ou seja, a intervenção vai ter por objetivo 1) aliviar os sintomas por meio do emprego de medicações; 2) iniciar ou adequar o tratamento do transtorno psiquiátrico; e 3) abordar os fatores desencadeantes da crise atual para reduzir o risco de descompensações futuras. Ademais, é de extrema importância dar apoio e assistência a família, para que saibam como manejar as situações de crise além de esclarecer possíveis dúvidas quanto patologia. Conclusão: A maioria dos profissionais de saúde apresentam dificuldades no atendimento dos pacientes em crise psiquiátrica, seja por falta de experiência e conhecimento acerca da saúde mental, seja por medo de serem agredidos ou por não acreditarem que o usuário se encontra em sofrimento mental. A abordagem do paciente deve incluir a identificação de fatores predisponentes, com intervenções adequadas a cada um visando à resolução do quadro. Por fim, foi possível concluir que o TDO ainda é um transtorno que tem o diagnóstico difícil e é necessário a difusão de mais informações a respeito deste, para um melhor preparo dos profissionais para o atendimento e manejo das crises dos pacientes acometidos por esse transtorno, frisando ainda que, segundo várias fontes, o TDO é um dos maiores precursores de transtornos psiquiátricos na vida adulta. Palavras-chave: Psiquiatria infantil, Transtorno Desafiador de Oposição, Emergência.

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DIAGNÓSTICO E MANEJO DA SÍNDROME COMPARTIMENTAL ABDOMINAL – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

VIEIRA, L. G, OLIVEIRA, D. F. M., DULABA, L. D. Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz, Cascavel, Paraná, Brasil.

Introdução: A síndrome compartimental abdominal (SCA) configura-se como um aumento agudo da pressão intra-abdominal. A hipertensão intra-abdominal é definida como uma pressão intra-abdominal superior a 12mmHg, enquanto a síndrome compartimental abdominal consiste em uma pressão intra-abdominal sustentada acima de 20 mmHg com disfunção orgânica. De relevância nos pacientes criticamente enfermos, o reconhecimento do complexo hipertensão Intra-Abdominal/ Síndrome Compartimental Abdominal é ainda subdiagnosticado, uma vez que se estima algum grau de hipertensão intrabdominal em aproximadamente 60-65% dos pacientes criticamente enfermos durante a internação em Unidades de Terapia Intensiva. Devido ao possível comprometimento do espaço anatômico, o diagnóstico precoce é extremamente relevante para que a queda de perfusão não evolua e comprometa a função progressiva dos órgãos abdominais. Para tanto, mensurar a pressão intra-abdominal é uma medida clínica eficaz. Os efeitos nocivos da hipertensão ocorrem muito antes da manifestação da SCA, e os pacientes que se apresentam com hipertensão abdominal estão associados a um risco 11 vezes maior de desenvolver complicações abdominais do que aqueles que não possuem hipertensão intra-abdominal/ síndrome compartimental abdominal. Ao apresentar anormalidades hemodinâmicas, a descompressão cirúrgica é a técnica adequada para reduzir a mortalidade nesses pacientes. Objetivo: O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão bibliográfica para aumentar os índices de diagnóstico correto e tratamento adequado na síndrome compartimental abdominal, a fim de evitar os riscos do comprometimento perfusional dos músculos e órgãos. Metodologia: Foram selecionados artigos atualizados nas bases de dados MedLine, SciElo e PubMed entre o período de 2003 a 2019. Foi realizada uma minuciosa revisão bibliográfica e levantados os principais dados encontrados. Resultados: A Síndrome Compartimental Abdominal (SCA) é definida como o estado de aumento da pressão intra-abdominal de forma sustentada acima de 20 mmHg e associada a efeitos metabólicos adversos e disfunção orgânica. A base fisiopatológica da HIA/SCA está na injúria tissular, liberação sistêmica de catecolaminas e vasoconstricção esplâncnica, traduzindo-se em hipoperfusão tecidual do trato gastrintestinal. As causas de Síndrome compartimental abdominal podem ser divididas em três grupos: primária, secundária e terciária. A SCA primária advém de causas abdomino-pélvicas, como trauma abdominal, aneurisma roto de aorta, pancreatite aguda, peritonites. A SCA secundária possui as causas extra-abdominais como fatores etiológicos, dentre os quais, principalmente sepse, acidose, hipotermia, coagulopatias e traumatismos de tórax. Já a SCA terciária ou recorrente refere-se à condição em que a SCA ressurge após tratamento clínico e/ou cirúrgico da SCA primária ou secundária. Entre as repercussões sistêmicas resultantes deste aumento da PIA pode ser encontrado injúria renal aguda, diminuição da pressão de perfusão cerebral, hipóxia e hipercapnia, insuficiência hepática aguda, entre outros. Apesar da medida direta de pressão intraperitoneal, realizada por cirurgia laparoscópica, ser o padrão-ouro para mensurar a PIA, alguns estudos mostraram que meios indiretos como a via transvesical, podem ser utilizados. A medida vesical é o método considerado mais simples e com menor custo. Assim que a SCA evolui, o ciclo de retroalimentação positiva exige uma laparotomia descompressiva de urgência oferecendo um alívio rápido. No pós-operatório, a cavidade peritoneal permanece aberta com curativo estéril, sendo ocluída apenas com a redução do edema. Conclusão/Considerações finais: A Síndrome compartimental aguda é uma situação potencialmente letal devido à alta incidência de complicações. Em pacientes com quadros abdominais agudos é importante a aferição da pressão intra-abdominal a fim de evitar intercorrências. A monitorização almeja o diagnóstico precoce, bem como, o planejamento da melhor conduta pelo profissional. Diante das anormalidades hemodinâmicas, a cirurgia descompressiva pode reduzir a mortalidade e a morbidade dos pacientes internados.

Palavras-chave: Síndrome compartimental abdominal, diagnóstico e tratamento.

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AS VANTAGENS DA UTILIZAÇÃO DO FAST (FOCUSED ABDOMINAL SONOGRAM FOR TRAUMA) EM PACIENTES COM PNEUMOTÓRAX NA EMERGÊNCIA: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Letícia Weiler Prado, Eduarda Simon, Amanda Vescovi, Larissa Kerr Araujo Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz, Cascavel, Paraná, Brasil.

Introdução: O pneumotórax caracteriza-se pela presença de ar na cavidade pleural e se trata, em geral, de uma urgência médica. O diagnóstico do pneumotórax é feito através de exames de Raio-X de tórax ou do FAST (Focused Abdominal Sonogram for Trauma), método de estudo incluído nos programas de treinamento do suporte avançado de vida no trauma (Advanced Trauma Life Support). O FAST consiste em ferramenta rápida, de baixo custo e de simples realização para identificação ou exclusão de doenças torácicas, particularmente nos pacientes em condições críticas, como os que apresentam pneumotórax. Objetivo: Expor as vantagens da utilização do FAST em relação ao exame de Raio-X de tórax em casos de pneumotórax, nos serviços de emergência. Metodologia: O trabalho consiste em revisão bibliográfica utilizando as plataformas do Google Acadêmico, PubMed e SciELO, através da pesquisa das seguintes palavras-chave: FAST, Raio-X de tórax, pneumotórax, chest X-ray e pneumothorax. Foram analisados artigos publicados entre os anos de 1999 e 2014, que apresentassem o uso do FAST em pacientes com pneumotórax, principalmente em quadros emergenciais, comparando os benefícios de sua utilização com o uso de exames radiológicos usuais. Discussão: O uso da ultrassonografia está em expansão, permitindo a identificação de informações acuradas e relevantes para o diagnóstico e a terapêutica de pacientes em situações clínicas e cirúrgicas emergenciais. Dentre os estudos revisados, o FAST apresenta maior sensibilidade em relação ao Raio-X de tórax usual para detecção de um pneumotórax. Além disso, a realização do FAST é mais rápida e precisa na identificação do quadro de pneumotórax, uma vez que o manejo e os equipamentos empregados são simples, características técnicas muito importantes em quadros emergenciais, sobretudo no atendimento a situações de trauma, nas quais o paciente se encontra instável. Ademais, ressalta-se o menor risco de exposição à radiação ionizante. A ultrassonografia do FAST também reduz a necessidade do emprego de exames complementares, como a tomografia computadorizada, pois se trata de exame de boa especificidade para o diagnóstico de pneumotórax. Conclusão: O emprego do FAST é uma alternativa diagnóstica adequada para a suspeita de pneumotórax em serviços de urgência e emergência, principalmente quando comparado ao uso do Raio-X de tórax convencional: é mais rápido, tem maior taxa de sensibilidade e boa especificidade e pode reduzir a necessidade da utilização de outros exames complementares, como a tomografia computadorizada, para a identificação do pneumotórax.

Palavras-chave: pneumotórax; FAST; Raio-X de tórax; emergência.

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SÍNDROME DE IRLEN COMO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL PARA TDAH, UMA REVISÃO DE LITERATURA

PRADO, Leticia W., SIMON, Eduarda, VESCOVI, Amanda, SODRÉ, Larissa Kerr de Araújo

Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz, Cascavel, Paraná, Brasil.

Introdução: A Síndrome de Irlen caracteriza-se como raro distúrbio no processamento visual de percepção e processamento das informações contidas no ambiente externo, podendo resultar na dificuldade de assimilação de dados e conteúdo, refletindo, muitas vezes, em dificuldade no aprendizado infantil. Entretanto, o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) também pode ocasionar resultados similares quanto à dificuldade de estudo, sobretudo na infância, sendo necessária a identificação causal do transtorno no aprendizado, uma vez que tendem a terapias e condutas distintas. Objetivo: Analisar os critérios envolvidos no diagnóstico da Síndrome de Irlen, principalmente enquanto diagnóstico diferencial para TDAH, visando encontrar estudos que ajudem na diferenciação e melhor diagnósticos desses transtornos, considerando que a síndrome de Irlen, por se tratar de um distúrbio raro, pode ser confundido com doenças cognitivas, resultando em diagnóstico e tratamento errôneos. Metodologia: O trabalho consiste em uma revisão bibliográfica nas plataformas do Google acadêmico, pubmed e SciELO, com a pesquisa das seguintes palavras-chave: Irlen e TDAH. Os trabalhos utilizados como base são referentes aos anos 2008, 2010 e 2012. Resultados: Considerando que ambas as condições apresentam dificuldade no aprendizado infantil como uma de suas características, é de extrema importância o diagnóstico correto. A síndrome de Irlen e o TDAH têm manifestações clínica similares, porém diferentes etiologias. A síndrome de Irlen, se apresenta na maioria das vezes, com fotofobia, dificuldades na manutenção da atenção e foco, estresse visual e astenopia. Isso acontece devido uma alteração visual, causadora da perda da capacidade de adaptação dos olhos à luz, o que leva a alterações no córtex visual e dificuldade de leitura por sensações de desfocamento. Após os testes específicos para diagnóstico da S. Irlen, é possível identificar que o problema é visual e não neurocognitivo. O TDAH é uma disfunção em que a maioria dos portadores apresentam deficiência na leitura e escrita, demonstrando maiores dificuldades escolares se comparado as crianças da mesma faixa etária. Outras manifestações clínicas do TDAH são impulsividade, agitação, falta de controle desatenção. A etiologia desse distúrbio é uma alteração neurocognitiva por distúrbios na região frontal e as suas conexões com o restante do cérebro. Portanto, é necessária uma análise minuciosa de cada caso, para diagnóstico e, consequentemente, conduta médica adequada. Conclusões: É extremamente necessária a capacitância de médicos para o conhecimento preciso na aplicação de testes específicos que permitam o diagnóstico diferencial entre TDAH e a Síndrome de Irlen, os quais são, respectivamente, uma avaliação neuropscicológica completa e o teste de screening e rastreamento de lesões oculares. Os tratamentos variam, mas de forma geral, o TDAH é tratado com pscicoterapia e medicamentos enquanto a síndrome de Irlen é tratada com o uso de óculos com lentes coloridas.

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O SERVIÇO AEROMÉDICO NO OESTE DO PARANÁ: PERFIL DOS ATENDIMENTOS REALIZADOS EM 5 ANOS DE OPERAÇÃO

Liandra Kasparowiz Grando, Vanessa Coldebella

Enfermeira do serviço aeromédico Paraná Urgência/Samu. Graduada pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná e pós graduada em Medicina Aeroespacial e Transporte Aeromédico pela Censupeg. [email protected]

A implantação do serviço aeromédico base Cascavel deu-se em 22 de janeiro de 2014 em uma parceria do Governo Estadual pela Rede Paraná Urgência e o Consórcio Intermunicipal de Saúde do Oeste do Paraná (Consamu). O serviço conta com uma aerovane asas rotativas (helicóptero) obedecendo as normas estabelecidas pela Agencia Nacional de Aviação Civil (ANAC) com conjunto aeromédico, equipamentos médicos fixos e móveis, maletas contendo materiais e medicamentos. Conforme a Portaria do Ministério da Saúde (MS) 2048/02 o atendimento visa chegar o mais precocemente a vítima após o agravo a saúde que possa levar a sequelas e ou morte, prestando-lhe atendimento qualificado e ágil da origem ao destino. O objetivo desse estudo é traçar o perfil das missões desde janeiro de 2014 a janeiro de 2019. Trata-se de uma pesquisa descritiva, exploratória, retrospectiva, realizada por meio de levantamento das fichas dos atendimentos aeromédicos. Foram realizadas 1837 missões nesse período. Quanto ao perfil dos pacientes a classificação por gênero foi de 1120 masculinos e 717 femininos, compreendendo as faixas etárias: neonatal 279, pediátrico 200, adultos 657 e idosos 701. A classificação por patologias de acordo com a incidência: cardiovasculares 527, causas externas 366, neonatais 279, respiratórias 235, neurológicas 190, sistemas digestório endócrino e renal 91, infectologia 89, oncologia 45 e obstétrica 15. No que se refere a gravidade 758 pacientes necessitavam de ventilação mecânica, 704 em uso de sedação, 404 com droga vasoativa e 743 apresentavam Glasgow abaixo de 7. Desse modo o serviço aeromédico base de Cascavel realizou atendimentos de nível primário as vítimas de acidentes e remoção de pacientes de regiões de recursos médicos escassos e pouco especializados para centros de referência. Como benefício da agilidade do transporte para o tratamento definitivo, diminui a taxa de mortalidade e morbidades, transformando a realidade no atendimento da urgência e emergência dentro do sistema público de saúde. Após esse levantamento foi possível o desenvolvimento de ações voltadas à educação continuada da equipe auxiliando na sistematização dos recursos em prol da clientela atendida. Acreditamos que estudos que possibilitem conhecer experiências acerca do atendimento aeromédico podem apontar para alternativas relevantes na qualidade da assistência, bem como impulsionar ações de prevenção transformando a realidade.

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ADMISSÃO DO PACIENTE COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA AGUDA NA EMERGÊNCIA HOFFMANN, L. Y., MENDONÇA, P. L., PEZZI, B. Z. SPERANZA, M. H.

Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz, Cascavel, Paraná, Brasil.

Introdução: Insuficiência cardíaca (IC) é uma síndrome clínica, na qual, alterações estruturais ou funcionais no coração levam à incapacidade de bombear sangue numa frequência proporcional às necessidades metabólicas dos tecidos, ocasionando limitação funcional e necessitando intervenção terapêutica imediata. As principais etiologias da IC são isquêmica (30%), hipertensiva (20%), dilatada idiopática (15%), valvar (12%) e doença de Chagas (11%). No Brasil, segundo análise de dados do DATASUS, há aproximadamente dois milhões de pacientes com IC e são diagnosticados 240 mil casos novos por ano. A doença mantém-se como patologia grave, afetando, no mundo, mais de 23 milhões de pessoas. Dessa forma, percebe-se que a IC possui alta prevalência e incidência. Sendo que, o grau de limitação gerado pela IC pode ser quantificado pela classificação funcional da New York Heart Association, segundo a qual, os pacientes são estratificados de acordo com os sintomas apresentados: sintomas em repouso (Classe IV), aos pequenos esforços (Classe III), aos grandes esforços (Classe II) ou sem sintomas atribuíveis à doença cardíaca (Classe I). Objetivos: O presente trabalho buscou apresentar a prevalência e incidência de insuficiência cardíaca na população brasileira, suas principais etiologias, bem como analisar os critérios para hospitalização imediata na emergência. Métodos: Este estudo trata-se de uma revisão bibliográfica, que utilizou metodologia descritiva e qualitativa. Foram incluídos 12 artigos do período de 2013-2018, com base no banco de dados do MEDLINE, SCIELO, PUBMED e COCHRANE. Resultados: Constata-se que a IC aguda é umas das principais causas de internação hospitalar no Brasil e no mundo e está relacionada a um aumento da mortalidade e da necessidade de reinternação em curto e longo prazo. No Brasil, dados do registro Brazilian Registry of Acute Heart Failure (BREATHE) expõem como principal causa de re-hospitalizações a má aderência à terapêutica básica para IC, além de elevada taxa de mortalidade intra-hospitalar, posicionando o Brasil como uma das mais elevadas taxas no mundo ocidental. O diagnóstico da IC aguda é basicamente clínico e o paciente descompensado, apresenta em 90% dos casos congestão pulmonar ou sistêmica, e em 10% baixo débito cardíaco. Os principais achados clínicos são: dispneia e/ou sinais de hipoperfusão periférica e/ou de congestão pulmonar. Dessa maneira, os critérios de internação imediata são: edema agudo de pulmão ou desconforto na posição sentada; saturação O2 < 90%; frequência cardíaca > 120 bpm; PAS < 75 mm de Hg; alteração do nível de consciência devido à hipoperfusão. Nos casos em que está presente apenas um dos seguintes sintomas: hepatomegalia grave, ascite, anasarca, comorbidades descompensadas (como DPOC ou pneumonia) ou sintomas de rápida progressão, já se caracteriza como urgência. Conclusão: Devido à significativa heterogeneidade de apresentações das crises de IC aguda na sala de emergência, o diagnóstico e a terapêutica devem ser individualizados conforme cada característica hemodinâmica, havendo associação direta com o prognóstico. Consequentemente, a abordagem da IC deve ser sistematizada com adoção de protocolos nos serviços de emergências para obter-se o diagnóstico precocemente. A adequada abordagem dos pacientes possui impacto significativo na morbimortalidade e na redução dos custos hospitalares relacionados a estes atendimentos. Palavras-chave: Insuficiência cardíaca; abordagem; emergência.

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FAG Journal of Health – ISSN 2674-550X, 2019, v.1, n.3, p.90

IMPORTÂNCIA DO PRÉ-NATAL NA ATENÇÃO BÁSICA E FATORES QUE INFLUENCIAM SUA MÁ ADESÃO

Lorena Cristina Paintner Hauser, Yasmin Larissa Spricigo, Luísa Batista Dornelles, Fernando Eduardo Paulatti Frederico

Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz, Cascavel, Paraná, Brasil.

Universidade Paranaense – Unipar - Umuarama

Introdução: O pré-natal é uma estratégia da atenção básica de saúde que está inserida no contexto atual com intuito de melhorar a qualidade de vida da população perante o acolhimento proposto para a gestante e o bebê, junto aos seus familiares. Diante disso, nem todos os indivíduos aceitam ser submetidos a esse acompanhamento, fato que pode fazer com que a gestação ou até mesmo o recém-nascido sejam comprometidos de alguma forma no quesito saúde materno infantil. Tais fatos causam reflexões a respeito dessas individualidades. Objetivo: Este trabalho apresenta como objetivo realizar uma análise a respeito da importância do pré-natal, buscando compreender os fatores que interferem na má adesão e de que forma os profissionais da área da saúde interferem nesta questão. Delineamento e métodos: Revisão de literatura, em que os materiais utilizados possuem como foco principal a questão do pré-natal na atenção básica e fatores que influenciam na sua má adesão, os quais podem trazer consequências à gestante e ao feto. O enfoque principal consiste na citação e descrição das principais razões que levam ao problema anteriormente explanado e como o profissional de saúde pode interferir nesse processo.Resultados: O pré-natal é um acompanhamento fundamental à gestante. Esse momento para algumas mulheres é um momento de extrema tensão, por se tratar de uma nova fase iniciada com a geração de uma nova vida. Devido a esses e a outros motivos, a gestante neste período, deve ter um atendimento de qualidade. Por isso, o serviço público deve integrar boas ações no atendimento e se atentar a alguns fatores que influenciam na má adesão. Por esse motivo, devem ser analisados os fatores intrínsecos e extrínsecos (classe social, acessibilidade, apoio familiar, acolhimento, atuação dos profissionais). Além disso, ainda visando melhorar a eficácia do pré-natal algumas medidas de controle devem ser tomadas, dentre elas cabe mencionar: início das consultas de forma precoce, ou seja, ainda no primeiro trimestre; realização de no mínimo seis consultas durante o período; e orientação a respeito dos cuidados básicos no pré e pós-parto. Conclusão: Demonstrados os dados, é evidenciado que a má adesão do pré-natal está intimamente relacionada aos fatores intrínsecos e extrínsecos à gestante. Dessa forma, concluiu-se que a maneira como os profissionais da saúde lidam com as gestantes apresenta maior relevância, através da geração de experiências positivas e negativas que influenciam na adesão ao acompanhamento pré-natal.

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FAG Journal of Health – ISSN 2674-550X, 2019, v.1, n.3, p.91

RELATO DE CASO: SÍNDROME INFLAMATÓRIA DA RECONSTITUIÇÃO IMUNE (SIRI) EM PACIENTE COM COINFECÇÃO TB/HIV

Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz, Cascavel, Paraná, Brasil.

Intensivista do Curso de Medicina Faculdades Pequeno Príncipe – FPP

Introdução: A infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) é uma deficiência progressiva qualitativa e quantitativa das células T CD4 e uma das terapias utilizadas é a anti-retroviral (TARV) combinada, a qual reduz a carga viral do HIV e aumenta a contagem linfocitária. Devido ao tratamento, a restauração do sistema imune pode provocar uma reação exacerbada à infecções coexistentes, com consequente deterioração clínica. Visto que grande parte dos pacientes infectados pelo HIV apresenta coinfecção pelo Mycobacterium tuberculosis, a bactéria é considerada um dos agentes mais frequentes da síndrome inflamatória da reconstituição imune (SIRI), com incidência de 8 a 43%. Descrição do caso: Paciente masculino, 40 anos, diagnóstico de HIV em 2015 com recusa de tratamento, dependente químico (cocaína, maconha e álcool) e com depressão não tratada apresentou-se em unidade de pronto atendimento (UPA) com quadro de dispneia e tosse produtiva com mais de 30 dias de evolução acompanhadas de emagrecimento e sudorese noturna. Após piora do padrão respiratório e necessidade de intubação orotraqueal (IOT), foi transferido para um hospital de referência no município de Curitba-PR. Foi internado na Unidade de Terapia Intensiva devido a quadro de insuficiência respiratória aguda hipoxêmica, síndrome do desconforto respiratório do adulto (SDRA) grave e injúria renal aguda. A tomografia de tórax apresentou sinalizadores de pneumocistose e a de crânio foi sugestiva de neurotoxoplasmose. Após coleta da carga viral (HIV 142 mil cópias, CD4+ 15 céls/mm3), iniciou-se o tratamento com TARV (dolutegravir, ritonavir, darunavir, lamivudina). Nos três dias posteriores, pode-se notar alteração de força muscular indicando infecção oportunista do sistema nervoso central ou polineuropatia do doente crítico. Decorridos mais 2 dias, apresentou insuficiência respiratória aguda com necessidade de retorno para ventilação mecânica e sedação. No dia seguinte, realizou broncoscopia com lavado broncoalveolar, coleta de culturas para bactérias, fungos e BAAR. O teste rápido molecular para tuberculose foi positivo (negativo no mês anterior à procura da UPA), com pouca quantidade de bacilos e sensível à rifampicina. O tratamento para TB foi iniciado e a TARV foi suspensa devido a piora clínica sugestiva de quadro de síndrome inflamatória da reconstituição imune. Paciente não apresentou melhora com todas as medidas instituídas nesse período, evoluindo a óbito em 11 dias. Conclusão: A SIRI acomete preferencialmente pacientes com contagens dos linfócitos T CD4 inferiores a 50/mm3 e carga viral muito alta antes do início do tratamento. A tuberculose nestes pacientes é frequentemente assintomática e a reação inflamatória pronunciada nos sítios de infecção por M. tuberculosis pode advir após início da TARV, como no caso apresentado. Mesmo com o crescente número de pacientes com coinfecção TB/HIV que evoluem para SIRI, esse tema ainda carece de uma maior caracterização e sistematização do diagnóstico e da abordagem terapêutica, derivando daí sua importância. Palavras-chave: HIV, tuberculose, síndrome inflamatória da reconstituição imune.

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ANALGESIA DE PARTO: REVISÃO DE LITERATURA

SCHNEIDER, L.P.B.; PIEKALA, M.; MARTINS, C.E.S.

Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz, Cascavel, Paraná, Brasil.

Introdução: Controlar a dor durante o trabalho de parto é algo intrínseco na história da nossa sociedade. A Rainha Vitória (1819-1901), do Reino Unido, tornou-se a primeira parturiente a receber alívio eficaz da dor por meio da analgesia de parto, fornecida por um anestesiologista, Dr. John Snow, durante o nascimento de seu oitavo filho. Desde então, técnicas anestésicas foram aperfeiçoadas, novas drogas foram descobertas e muito estudou-se sobre a fisiopatologia e dinâmica do trabalho de parto. Hoje, aliviar a dor, independente de sua natureza, tornou-se um compromisso e dever por parte do médico, uma vez que, a dor do trabalho de parto é um dos tipos mais angustiantes que uma mulher precisa suportar. Objetivo: O estudo visa dissertar sobre a analgesia no momento do parto, haja vista a sua relevância na prática médica. Método: Trata-se de um levantamento bibliográfico a partir de dados de três artigos pré-selecionados na literatura, presentes nas plataformas Scielo e Lilacs, publicados em um intervalo de 8 anos. Resultados: A Organização Mundial da Saúde recomenda a humanização da assistência ao parto e isso inclui o incentivo ao parto vaginal, ao aleitamento materno, ao alojamento conjunto e à presença de acompanhante no momento do parto. O anestesiologista é peça fundamental para promover o parto natural sem dor, propiciando humanização ao atendimento à gestante, considerando que a gestação causa diversas alterações fisiológicas no organismo da parturiente. Vale ressaltar que é importante aliviar o sofrimento da mãe sem, contudo, trazer prejuízo para ela ou o filho. É necessário realizar uma avaliação pré-anestésica cuidadosa e completa, além de, manter monitoramento constante da gestante e dos batimentos cardiofetais durante o período de realização da analgesia. Os analgésicos podem ser administrados por várias vias, entretanto, a analgesia combinada raquiperidural (RP) consiste na opção priorizada, pois a associação de anestésico local com opiáceo administrada por via intratecal caracteriza-se por um bloqueio motor mínimo com analgesia de início rápido, potente e seguro. A eficiência da analgesia e o aparecimento de efeitos colaterais são dose-dependentes, logo, o maior desafio torna-se escolher o analgésico com as melhores características farmacocinéticas. Ou seja, a droga que apresente rápido início e declínio de ação, bem como, que permita a mobilidade e satisfação materna. Conclusões: A analgesia de parto pode promover alívio eficaz, confiável e seguro para as dores do trabalho de parto e do período expulsivo, desde que, bem indicada e realizada por profissional qualificado. Levando em consideração à importância na hora de decidir qual droga será empregada no procedimento. Palavras-chave: analgesia. trabalho de parto. parto humanizado. anestesiologia.

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AS INFLUÊNCIAS DA EPIGENÉTICA E DO ESTRESSE OXIDATIVO NO DESENVOLVIMENTO DE

NEOPLASIAS BOLIGON, Lucas, BOCASANTA, Isadora, BORGES, Gustavo M.

Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz, Cascavel, Paraná, Brasil.

Introdução: Neoplasia é o termo dado ao crescimento anormal de células sendo classificado em benigno e maligno. No Brasil as neoplasias malignas são responsáveis por aproximadamente 15% de todas as mortes no país. Segundo dados do INCA – Instituto Nacional de Câncer, essa doença compreende a segunda causa de morte da população brasileira, o que corresponde à 225 mil óbitos anuais. Estimativas afirmam que até os 75 anos, um em cada cinco brasileiros desenvolva algum tipo de câncer Há tempos estudos mostram a correlação de diversas neoplasia a epigenética e também ao estresse oxidativo, relação que, entretanto, nem sempre é de amplo conhecimento. Objetivos: Este artigo tem como objetivo esclarecer as influências da epigenética, ou seja, os mecanismos que regulam a expressão gênica, através de modificações químicas que resultam numa mudança fenotípica sem ocorre nenhuma alteração na sequência de DNA, em associação com o estresse oxidativo na conversão de células não neoplasias em neoplásicas. E por fim possibilitar um melhor entendimento do processo de desenvolvimento desta alteração celular. Delineamento e Métodos: Na construção do corrente artigo foi realizado uma revisão bibliográfica qualitativa e descritiva; com o fim de integralizar os mais atuais conhecimentos sobre a associação da epigenética, estresse oxidativo e neoplasias. Resultados: As modificações químicas decorrentes da epigenética ocorrem durante toda o nosso existir. Porém, esses processos podem ser estimulados e inibidos por agentes promotores existentes no ambiente. Desta forma, os indivíduos estão suscetíveis as alterações epigenética, em qualquer momento de sua vida, no qual tais alterações podem ou não levar ao desenvolvimento de patologias. Dentre as patologias nas quais a epigenética exerce influência as neoplasias apresentam especial destaque. Principalmente sobre a óptica dos processos de metilação de DNA – processo da epigenética, responsável pela regulação genica – a metilação em genes promotores silencia o gene. Por consequência a hipermetilação e hipometilação de determinados genes relacionados ao crescimento e reparo de DNA podem levar ao desenvolvimento de neoplasias. Achados clínicos em pacientes com câncer colorretal demonstram uma hipometilação global do genoma – o que promove uma redução global dos genes – e uma hipermetilação de ilhas CpG, as quais abrigam os promotores responsáveis pelo controle do ciclo celular, reparo do DNA e apoptose, esta região geralmente não se encontra metilada. Em relação ao estresse oxidativo este exerce influência direta e indireta no desenvolvimento de neoplasias. Sob relação direta temos que quando o equilíbrio pró-oxidante – pelos ROS e outras espécies – e antioxidante é perdido, o estresse oxidativo é gerado, gerando dano intracelular, em especial do DNA, RNA, enzimas e outros. Esse dano causado a célula pode muitas vezes progredir em neoplasia quando o reparo é falho. Além disso, as células neoplásicas necessitam de maiores níveis de ROS que as células saudáveis para manter sua alta taxa de proliferação. Por si só o estresse oxidativo pode desencadear câncer, entretanto há um ciclo vicioso com a epigenética que pode resultar em neoplasias. A homocisteína um subproduto da metilação do DNA gera um aumento do estresse oxidativo e o estresse oxidativo é um dos agentes promotores dos mecanismos da epigenética. Conclusão: Perante o entendimento das influências da epigenética e do estresse oxidativo no desenvolvimento de neoplasias, influi-se a importância do controle destas para um melhor manejo de tumores. As implicações da modulação dos níveis de ROS já é utilizado em tratamentos como quimioterapia e radioterapia. Porém, o consumo através da dieta de antioxidantes naturais também tem se mostrado efetivo não apenas no tratamento de neoplasia, mas também de outras patogenias.

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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DO LINFOMA NÃO HODGKIN NO BRASIL NOS ÚLTIMOS 10 ANOS

PINA, L.F.S., SILVA, N.G., MOLETA, B.M., NEDER, E.N., REZENDE, D. F, SPILLERE, A.M.B. e

YAMADA, K.A.

Departamento de Medicina, Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz. Cascavel, Paraná, Brasil.

INTRODUÇÃO: O linfoma não-Hodgkin (LNH) é um câncer com origem no sistema linfático que se espalha desordenadamente, possuindo mais da 20 tipos. Nos Estados Unidos é a quarta neoplasia mais incidente e está entre as 10 causas de morte por câncer no sexo masculino e feminino, chegando a 5% das mortes por câncer. O sistema linfático contribui no combate de doenças e está presente em todo o corpo, assim o linfoma pode se iniciar em várias regiões. Por razões ainda não conhecidas, houve um aumento significante nos últimos anos, principalmente em pessoas com mais de 60 anos. OBJETIVO: Dado a importância do tema, relevância à saúde pública e possíveis agravos à população, este trabalho objetivou descrever o perfil epidemiológico dos linfomas não-Hodgkin no Brasil afim de se identificar possíveis fatores de risco para sua manifestação e analisar prováveis formas de prevenção a esse tipo de câncer. DELINEAMENTO E MÉTODOS: Consiste em uma revisão de caráter quantitativo realizada com base em dados obtidos no DATASUS levando em conta o sexo e a idade entre o período de 2008 a 2018. Ademais, buscou-se artigos no PubMed e Scielo, usando os descritores “non-Hodgkin's lymphoma” and “Epidemiology”, selecionando aqueles que se adequaram e que demonstraram relevância para compreensão do tema e realização desta revisão. RESULTADOS: Há o registro de 143.321 casos no Brasil nos últimos 10 anos. Na infância o LNH é o tipo mais incidente entre os linfomas. Além disso o LNH demonstra afetar todas as faixas etárias, porém a incidência aumenta a partir dos 50 anos. Há uma predominância em relação ao sexo masculino. CONCLUSÃO: A incidência elevada em indivíduos idosos ressalta que com o aumento da expectativa de vida do brasileiro pode-se ter profunda relação com os casos diagnosticado no país. Exposições a agentes químicos, como agrotóxicos, demonstram se relacionar com LNH. Entretanto, a maioria dos casos tem causa indefinida. Sendo assim, necessita-se de mais estudos para que se estabeleça os principais fatores de risco para o desenvolvimento do LNH. Uma política de controle de câncer somados aos estudos poderão contribuir para que haja maiores investimentos já que o principal meio de tratamento é a quimioterapia e imunoterapia, essas têm custo consideravelmente elevados. Palavras-Chave: Epidemiologia, Linfoma, DATA-SUS.

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DIFICULDADE DIAGNÓSTICA NA DOENÇA HIPERTENSIVA ESPECÍFICA DA GESTAÇÃO: UM RELATO DE CASO

IRIGONHE, L. F. B., FERNANDES, B. R. SOUZA, J. F., FURLANETO, M.M., RIBEIRO, A.C., LEITE, B. M., MONTEIRO, F. A..

Acadêmico do Curso de Medicina do Centro Universitário de Maringá – Unicesumar. Acadêmico do Curso de Medicina da

Universidade Estadual do Oeste do Paraná - Campus Cascavel. Médicos Residentes Maringá

Introdução: A eclampsia, presente em cerca de 3 a 5% das gestações no mundo inteiro, é responsável por diversas complicações materno-fetais, apresentando alto índice de mortalidade. O desenvolvimento da patologia ocorre no início da implantação placentária, visto que o sinciciotrofoblasto – camada de células diferenciada de trofoblastos – apresenta invasão e remodelamento inadequado para a formação das artérias espiraladas, gerando hipóxia e ativação do sistema inflamatório materno, culminando em repercussões sistêmicas. Diante disso, qualquer um dos sistemas orgânicos pode ser acometido de forma primária gerando sintomatologia inespecífica e, muitas vezes, só é notada em casos avançados. O diagnóstico da pré-eclâmpsia é definido por duas medidas da Pressão Arterial sistêmica (PA) igual ou superior a 140/90mmHg, após 20 semanas de gestação, em pacientes previamente normotensas e proteinúria igual ou superior a 0,3g na urina de 24 horas. Já a eclampsia é a ocorrência de crises convulsivas em uma paciente com pré-eclâmpsia. Este trabalho relata a ocorrência de eclampsia em paciente jovem tendo como único fator de risco o histórico pessoal, apresentando apenas cefaleia como sintoma clínico. Descrição do caso: A. R. S., sexo feminino, 20 anos, G2Pc1A0, idade gestacional de 29 semanas, previamente normotensa e com histórico de crises convulsivas desde a infância. Em 2014, durante a sua primeira gestação, apresentou quadro de eclampsia com necessidade de cesariana de urgência na 28ª semana gestacional. Nessa época, apresentou alterações na Ressonância Magnética compatíveis com o quadro, iniciando acompanhamento com neurologista. Na ocasião prescreveu-se Ácido Valproico, porém, paciente abandonou o tratamento por conta própria há 3 anos. Em Julho de 2019, paciente deu entrada no Pronto Socorro do Hospital Santa Casa de Maringá em crise convulsiva tônico-clônica generalizada após passar o dia com queixa de cefaleia difusa. Apresentava PA 130x80mmHg, FC 98bpm, FR 20irpm, afebril. Administrou-se uma ampola de Diazepam 5mg endovenoso (EV) e, 10 minutos após a primeira crise, a paciente evoluiu com novo quadro, sendo necessário repetir a dose do anticonvulsivante. As crises tiveram duração aproximada de 4 minutos cada, com intervalo de recuperação plena. Após estabilização, paciente relatou dor pélvica de forte intensidade, ausência de dilatação uterina ao exame físico e boa vitalidade fetal à cardiotocografia. A ressonância magnética e os exames de rotina para Hipertensão Arterial Gestacional não apresentaram alterações (hemograma, ácido úrico, desidrogenase láctica, AST e ALT, bilirrubinas e parcial de urina), levantando-se a hipótese de síndrome da encefalopatia posterior reversível (PRES). Após 1 dia, paciente apresentou crises convulsivas tônico-clônicas de reentrada, sendo administrado inicialmente 5mg e, após, mais 10mg EV de Diazepam. Sem melhora, iniciou-se o protocolo de hidantalização com 4 ampolas em 100ml de SF0,9% e encaminhamento da paciente para cesariana de emergência após estabilização das crises. O procedimento cirúrgico não apresentou intercorrências e o recém-nascido foi entregue à neonatologia. Após o parto, foi admitida na Unidade de Terapia Intensiva em intubação orotraqueal, sedada (Propofol 10ml/h e Fentanil 2ml/h) em escala de RASS -3 e com necessidade de Noradrenalina 15ml/h para manutenção da estabilidade hemodinâmica. Como não apresentou novas intercorrências na unidade recebeu alta da UTI 5 dias após a admissão com Hidantal 100mg 1 comprimido ao dia e retorno ao ambulatório de neurologia dentro de 1 mês. Conclusão: Os avanços feitos na compreensão da fisiopatologia e manejo clínico, atrelados ao acompanhamento pré-natal, foram fatores cruciais para a melhor prevenção e tratamento dos casos de pré-eclâmpsia e eclampsia. Porém, por conta da dificuldade diagnóstica e baixa especificidade dos exames laboratoriais, a necessidade do conhecimento clínico é indispensável para o melhor prognóstico dessas pacientes, visto que a eclampsia é considerada uma das principais complicações obstétricas. Palavras-chave: Eclâmpsia, dificuldade diagnóstica.

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FATORES DE RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO DE EPILEPSIA APÓS AVC PERINATAL: UMA REVISÃO DA LITERATURA

GALLINA, Luis Fernando., AREND, Victória Alexia Enriconi., RAUBER, Rafael

Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz, Cascavel, Paraná, Brasil.

Introdução: O Acidente Vascular Cerebral Perinatal (AVCP) ocorre em aproximadamente 13 a 63 casos a cada 100 mil nascidos vivos e é uma importante causa de epilepsia na infância. No entanto, a sua notificação e incidência após alta hospitalar é ainda limitada na literatura. O desenvolvimento de epilepsia é uma das mais mórbidas consequências após o evento cerebrovascular que ocorre entre o nascimento e o vigésimo oitavo dia de vida. As crises convulsivas e o consequente uso prolongado de antiepilépticos acabam sendo tão prejudiciais ao desenvolvimento cerebral quanto a injúria isquêmica inicial. Objetivo: O presente trabalho tem como objetivo compilar os dados da incidência atual e evidenciar os principais riscos envolvidos no desenvolvimento da patologia nessa faixa etária. Delineamento e Métodos: Trata-se de um estudo de revisão integrativa da literatura, apresentando uma análise de artigos publicados no período de 2011 a 2019, em que foram utilizados 10 artigos, disponíveis nas bases de dados ScienceDirect, PubMed e JNeurosci com os descritores Perinatal Stroke e Epilepsy Poststroke. Resultados: Entre os estudos incluídos foram identificados alguns fatores de risco envolvidos no desenvolvimento da epilepsia pós AVCP. Dentre eles, se destacam presença de crises convulsivas durante o período neonatal, principalmente se associadas a múltiplos infartos cerebrais. Um estudo recente encontrou uma associação entre lesões com acometimento de multilobar e o aumento do risco de epilepsia, sendo assim quanto maior for o acometimento vascular maior será o risco futuro de epilepsia. A localização também pode ser considerada como preditora de epilepsia após infarto cerebral, com o acometimento do hemisfério esquerdo, do tálamo e/ou dos lobos parietal e temporal. O risco remoto de convulsões no primeiro ano de vida é maior, com uma incidência cumulativa de 20% em um ano, 46% em 5 anos e 54% em 10 anos. Aproximadamente 33% das crianças com epilepsia ativa após isquemia cerebral perinatal apresentam crises mensais apesar do tratamento antiepiléptico adequado, sendo que 29% desses utilizam mais de um anticonvulsivante, determinando uma epilepsia de difícil controle. Conclusão: A incidência de epilepsia após um evento isquêmico encefálico no período neonatal é de aproximadamente um terço dos casos, com um risco triplicado de ocorrência. A análise da literatura demonstra a escassa produção nesta área, sendo necessárias futuras pesquisas para uma melhor compreensão e um possível desenvolvimento de abordagens para prevenir a epilepsia após isquemias cerebrais perinatais. Palavras-chave: Epilepsia após AVC. Acidente Vascular Cerebral Perinatal. Crise convulsiva neonatal.

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MENINGIOMA DO FORAME MAGNO: UM RELATO DE CASO

GALLINA, Luis Fernando., AREND, Victória Alexia Enriconi, , DE OLIVEIRA, João Airton., RAUBER, Rafael.

Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz, Cascavel, Paraná, Brasil.

Introdução: Os Meningiomas do forame magno são tumores desafiadores do ponto de visto neurocirúrgico. Encontram-se localizados em uma área rara e eloquente, próximos ao tronco cerebral, aos nervos cranianos baixos e a vascularização vertebrobasilar, sendo considerado um dos tumores de abordagem cirúrgica mais difícil e complexa. Os Meningiomas da transição crânio-cervical são tumores extra-axiais do sistema nervoso central e constituem cerca de 1,8 a 3,2% da totalidade dos tumores intracranianos. Esses tumores possuem um crescimento lento e caráter predominantemente benigno, atingindo mais frequentemente o sexo feminino. Sua sintomatologia, na sua maioria dos casos, é inespecífica e muitas vezes um tanto inexpressiva, levando assim a um diagnóstico tardio. Quando presentes, os sintomas incluem dores occipitais e cervicais altas, exacerbadas com a manipulação da região e através de manobras que aumentem a pressão intracraniana, associados a déficits em pares cranianos. O tratamento é essencialmente cirúrgico, extremamente dependente de seu ponto de origem e extensão tumoral, fundamentais no planejamento operatório e diretamente relacionados ao grau de mortalidade pós-operatória. Descrição do caso: Paciente sexo feminino, 56 anos, procurou auxílio médico devido a uma dor em região cervical alta, de caráter inespecífico, exacerbada com a manipulação do pescoço, de início há aproximadamente 4 anos, com acometimento intermitente durante esse período. Ademais, referiu uso de analgésicos simples com resolução deficiente, persistindo o quadro doloroso, tendo piora progressiva nos últimos meses. Paciente negou quaisquer déficits motores associados. Como antecedentes patológicos, relatava Hipertensão arterial sistêmica e Ansiedade. Em consulta ambulatorial especializada foram feitos exames de imagem complementares. Após a realização da Ressonância Magnética de Crânio e Coluna Cervical, foi constatada a presença de uma estrutura de caráter expansivo, arredondada, com impregnação homogênea de contraste, ocupando dois terços da área referente ao forame magno do lado direito, associada a discreta compressão medular, estabelecendo o diagnóstico de possível Meningioma intradural. A conduta foi a ressecção microcirúrgica de todo o tumor, possibilitando confirmar a hipótese diagnóstica inicial através da análise histopatológica da peça cirúrgica. A paciente seguiu com acompanhamento ambulatorial regular. Conclusão: Devido a sua raridade, esse tipo de lesão acaba por limitar e atrasar ainda mais sua identificação e, consequente, tratamento adequados. O Meningioma de forame magno geralmente é descoberto já em extensão e proporção exacerbadas, devido ao seu crescimento lento e desenvolvimento indolente. Sendo assim, o diagnóstico precoce dessas lesões compressivas possui uma grande importância, não somente por sua maior possibilidade de cura, visto que o seu não reconhecimento pode levar a uma condição potencialmente letal. Uma investigação detalhada da região de transição crânio-cervical é mandatória em casos suspeitos. O pré-requisito para o seu tratamento é diretamente proporcional ao conhecimento anatômico da lesão e seus envolvimentos com estruturas vizinhas. As amplas ressecções carreiam consigo uma alta morbimortalidade perioperatória que aumenta conforme o tamanho do tumor. Porém, a longo prazo, a rara recorrência é muitas vezes alcançada com a sua resseção máxima somada a radiação adjuvante. Palavras-chave: Meningioma. Forame Magno. Transição crânio-cervical.

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FAG Journal of Health – ISSN 2674-550X, 2019, v.1, n.3, p.98

DOENÇA RENAL CRÔNICA: ADVERSIDADES DA HEMODIÁLISE

LAGO, L. M., VILLALBA, M.M., RAMOS, M.D.S., BOCASANTA, I.C.

Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz, Cascavel, Paraná, Brasil.

INTRODUÇÃO: A insuficiência renal crônica representa a perda gradativa, lenta e progressiva da função dos néfrons, em que, no geral, os sintomas só aparecem quando a perda da função ultrapassa 50%. A hemodiálise é hoje o tratamento dialítico mais utilizado no tratamento de doentes renais crônicos, mas sua aplicação implica em algumas particularidades e adversidades. OBJETIVO: O presente estudo trata-se de uma revisão sistemática que tem por finalidade demonstrar as adversidades encontradas pelos pacientes renais crônicos submetidos à hemodiálise, de modo a elencar algumas mudanças que passam a fazer parte da rotina dessas pessoas. METODOLOGIA: O desenho metodológico, referente a uma revisão sistemática, que tem como base trabalhos sobre o assunto que são considerados mais adequados. Traz, portanto, uma análise imparcial sobre a visão de três autores. RESULTADOS: A insuficiência renal crônica é considerada uma doença de elevada morbidade e mortalidade. Sua incidência e prevalência em estágio avançado têm aumentado no Brasil e, em todo mundo, a doença vem se tornando uma epidemia. As principais doenças que levam ao quadro de insuficiência renal crônica são hipertensão arterial sistêmica e diabetes. O tratamento para esses pacientes baseia-se na tentativa de imitar a funcionalidade do rim. Em quadros iniciais ainda é possível o tratamento medicamentoso, mas, a partir do momento em que a falência renal progride, é necessário tratamento dialítico ou o transplante renal. A hemodiálise, atualmente, é o tratamento mais utilizado. Acarreta sentimentos ambíguos de aceitação e revolta nos sujeitos que necessitam deste tratamento para sobreviver, pois ao mesmo tempo em que garante a vida, torna a pessoa dependente da tecnologia. Os sentimentos relatados pelos pacientes incluem angústia, insegurança, pânico, depressão, desânimo, sensação de prisão da máquina, medo relacionado às limitações decorrentes desta situação e das suas repercussões e modificações no modo de ser e viver, com possíveis alterações em sua qualidade de vida. Dentre as mudanças nos hábitos citamos as restrições alimentares e hídricas, fundamentais para o tratamento, e limitações das atividades profissionais, físicas e de lazer. CONCLUSÃO: A doença renal crônica é um problema de saúde pública e médica, já que a incidência e a prevalência são crescentes. A hemodiálise é o principal tratamento não medicamentoso para esses pacientes, apesar de ser acompanhada de inúmeros desafios. O suporte familiar e da equipe de saúde responsável por esse doente são decisivos para a melhora da qualidade de vida desses indivíduos frente a uma doença crônica e na manutenção do tratamento. Palavras-chave: hemodiálise, doença renal crônica, desafios.

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FAG Journal of Health – ISSN 2674-550X, 2019, v.1, n.3, p.99

A INADEQUAÇÃO ENTRE A OFERTA E A DEMANDA DE CUIDADOS MÉDICOS DE URGÊNCIA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

ORTH, Luiza., LIRA, Marina., JOSÉ, Renata Domenes.

Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz, Cascavel, Paraná, Brasil.

Introdução: O sistema brasileiro de atendimento a urgências médicas, assim como de outros países, se encontram com problemas evidentes de superlotação somados a uma sobrecarga na equipe responsável pela prestação de serviços, além da insatisfação da população quanto ao atendimento ofertado. Essa problemática acaba gerando inúmeras dúvidas, as quais dizem respeito à qualidade da formação profissional dos prestadores de serviço dessas unidades, a configuração espacial e infraestrutura e a gestão pública. Objetivos: Este trabalho tem como objetivo uma análise dessa inadequação e busca evidenciar os fatores responsáveis pelo surgimento desse empecilho. Metodologia: Foi realizada uma revisão literária de múltiplos artigos com o foco destinado às redes de atendimento de emergência e urgência e o seu funcionamento. Realizou-se uma busca eletrônica nas bases de dados Google Acadêmico, PubMed e SciELO com as seguintes palavras-chave: superlotação, urgency, hospital e emergency. Resultados: Tem-se que a rede hospitalar de urgência e emergência é de responsabilidade do Sistema Único de Saúde (SUS), o qual oferta recursos para essa unidade operar de modo adequado. A presença de uma hierarquia entre as unidades disponíveis em um determinado local, como Unidade Básica de Saúde (UBS), Unidade de Saúde da Família (USF) e Unidade de Pronto Atendimento (UPA), é um dos princípios básicos desse sistema de saúde. Desse modo faz-se necessário o cumprimento dessa hierarquia visando o recebimento de um atendimento satisfatório por parte da população, mas também no intuito de se evitar uma complicação. Muitas pessoas não sabem definir o grau de urgência de sua enfermidade ou de seus entes queridos, ainda, ora por comodidade por conta da localização ou de recursos existentes dentro da rede acabam procurando a Unidade de Pronto Atendimento e também solicitando o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de forma equivocada. O que resulta em uma superlotação dessas redes, devido a sua aplicação de modo irregular, gerando danos à infraestrutura local. Além disso, há uma clara distinção entre o que é urgente para o profissional da área da saúde e para o paciente. E por conta disso, muitas vezes o paciente sente-se incompreendido e acaba por culpar o profissional da área ou ainda a unidade que o atendeu. A falta de recursos por conta da superlotação e da má gestão pública é outro elemento que atribui de modo significativo para ao desarranjo dessa unidade. Desse modo, a soma desses fatores resulta em uma sobrecarga do profissional, o qual se obriga a dividir sua atenção e prestação de serviços, tendo que buscar sempre agir com excelência. Conclusão: A inadequação entre a oferta e a demanda de cuidados médicos de urgência é uma realidade provocada pela má gestão pública, por falta de organização da distribuição do atendimento e da utilização da infraestrutura de forma adequada, a qual deveria seguir os princípios da hierarquia do Sistema Único de Saúde (SUS). Desse modo, enquanto houver uma sobrecarga do profissional e uma superlotação da unidade a inadequação se manterá.

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FAG Journal of Health – ISSN 2674-550X, 2019, v.1, n.3, p.100

AVALIAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DE PACIENTES VÍTIMAS DE TRAUMATISMO RAQUIMEDULAR E AS PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES ASSOCIADAS AO TRAUMA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

ORTH, Luiza. LIRA, Marina. JOSÉ, Renata Domenes.

Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz, Cascavel, Paraná, Brasil.

Fundamentação/introdução: Compreende-se por traumatismo raquimedular a lesão à medula espinhal que pode, ou não, desencadear danos neurológicos e afeta, predominantemente, a população jovem economicamente ativa. Essa condição, com incidência mundial entre 9 a 50 casos a cada milhão, pode ser provocada, principalmente, por acidentes automobilísticos e quedas de altura em virtude do alto impacto envolvido nas colisões. Objetivos: A finalidade primordial do presente estudo é promover uma avaliação integrada acerca do perfil epidemiológico do traumatismo raquimedular por meio da análise de dados obtidos a partir de plataformas digitais. Além disso, visa-se reconhecer as principais complicações dos indivíduos acometidos pelo trauma. Delineamento e métodos: A pesquisa foi realizada a partir de uma revisão bibliográfica baseada em artigos extraídos das plataformas Google Acadêmico, Reserch Gate e SciELO. A busca foi realizada por meio das seguintes palavras-chaves: traumatismo raquimedular, epidemiologia e complicações. Os dados coletados referem-se a pesquisas realizadas entre os anos de 2005 e 2012. Resultados: Infere-se, por meio do estudo dos dados coletados a partir da literatura, que o traumatismo raquimedular acomete maior número de indivíduos do sexo masculino quando comparados ao feminino, obtendo-se a proporção de 4:1. A faixa etária mais atingida variou entre 18 e 40 anos e a causa mais comum do TRM foi queda de altura seguida de acidentes automobilísticos, além de mergulho em águas rasas e armas de fogo. É importante salientar que as condições estruturais e de planejamento das cidades exercem alta influencia no índice de TRM da região. Como exemplo disso, tem-se a construção não planejada de casas na vertical que pode elevar a frequência de lesões medulares em decorrência de quedas de laje e as irregularidades dos terrenos que podem aumentar o número de ferimentos por queda de escadas. Além disso, pode-se verificar que o segmento medular comprometido de forma mais frequente foi o torácico (devido ao seu maior comprimento) seguido da região cervical e, por último, a região lombar. Foi possível analisar que as vértebras mais atingidas são a L1 e a C5 uma vez que estas estão na transição entre segmentos rígidos e segmentos móveis, respectivamente. Em geral, avaliou-se que 14,3% dos casos resultaram em óbito, sendo suas principais causas a perda do controle esfincteriano e úlceras de pressão o em virtude da internação. Com relação às complicações decorrentes do TRM, foram mencionadas: o choque medular, no qual o paciente apresenta ausência total de sensibilidade, dos movimentos e do reflexo bulbo-cavernoso, que é presente em condições normais. Verificou-se, também, o choque neurogênico, desencadeado pela queda da pressão arterial e bradicardia. Por fim, mencionou-se trombose venosa profunda, disrreflexia autônoma, bexiga neurogênica, intestino neurogênico, úlceras por pressão e pneumonias. Conclusões/considerações finais: O perfil epidemiológico do traumatismo raquimedular revela-se, com base nos dados analisados, majoritariamente entre a população masculina e jovem, sendo que a principal causa é a queda de altura. A maior causa de morbimortalidade é a perda do controle esfincteriano, enquanto que a complicação mais agravante do TRM é o choque (medular e neurogênico). As estimativas referentes ao traumatismo raquimedular, especialmente no Brasil, crescem a cada ano e a camada jovem é a mais atingida. Assim, depreende-se a relevância de conhecimentos epidemiológicos para se garantir a prevenção, tratamento e prognóstico do trauma.

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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE CRIANÇAS VÍTIMAS DE QUEIMADURAS: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

ORTH, Luiza. LIRA, Marina. JOSÉ, Renata Domenes.

Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz, Cascavel, Paraná, Brasil.

Introdução: Queimaduras são lesões na pele causadas por agentes térmicos, elétricos, químicos e radioativos que podem causar sequelas estéticas, funcionais e psicológicas. Além disso, acidentes envolvendo queimaduras em crianças são a décima primeira principal causa de morte e a quinta causa mais comum de lesões não fatais. Objetivos: Este trabalho tem como objetivo promover uma avaliação do perfil epidemiológico de crianças vítimas de queimaduras e também reconhecer as principais causas que desencadeiam esse tipo de acidente. Métodos: A pesquisa foi realizada por meio de uma revisão bibliográfica de artigos extraídos das plataformas Google Acadêmico e SciELO. A busca foi realizada por meio das seguintes palavras-chaves: queimaduras, crianças e epidemiologia. Os dados coletados referem-se a pesquisas realizadas entre os anos de 2011 a 2014. Resultados: É possível afirmar por meio da análise dos dados coletados que os acidentes causados por queimaduras acometem principalmente crianças do sexo masculino, variando em uma porcentagem entre 54% e 68,4%. Esse dado pode estar relacionado ao fato de que os meninos geralmente estão mais suscetíveis a realizar atividades de maior risco. A causa primordial das queimaduras é a escaldadura, seguida por queimaduras por chamas e por superfícies aquecidas e causas menos frequentes, porém presentes seriam queimaduras por eletricidade e substâncias químicas. Além disso, a faixa etária mais atingida variou entre crianças lactentes e crianças até os 4 anos de idade, pois ainda não possuem total discernimento para diferenciar situações de perigo. Verificou-se também a prevalente relação do ambiente doméstico com as maiores frequências dos acidentes causados por queimaduras. Por fim, identificou-se os membros superiores como a principal região atingida nessa condição de acidente. Conclusões: O perfil epidemiológico de crianças vítimas de queimaduras, indica predominância no sexo masculino, sendo que a principal causa é a escaldadura. A idade predominante em que os acidentes acontecem está entre os lactentes e crianças de 4 anos. Os acidentes ocorrem principalmente em âmbito domiciliar e os membros superiores são as regiões mais recorrentes.

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RELATO DE CASO RARO: RABDOMIOSSARCOMA DE MEDIASTINO COM METÁSTASE CERVICAL EM PACIENTE PEDIÁTRICO COM ABORDAGEM MULTIPROFISSIONAL

SALOIO, Maíra Kufner; TARTARI, Larisse Nara.; VIEIRA, Daniel Vidal

Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz, Cascavel, Paraná, Brasil.

Introdução: Sarcomas são tumores malignos muito raros, porém é o tumor de partes moles mais comum em crianças – aproximadamente 50% desse tipo de tumor. O rabdomiossarcoma (RMS), sarcoma originário nos músculos esqueléticos, possui incidência anual em torno de 4,3 casos por milhão de crianças e corresponde de 4 a 5 % dos tumores malignos pediátricos. Possui quatro tipos histológicos, sendo o de maior predominância o embrionário com taxa de 60%, possuindo o melhor prognóstico. Seguido pelos tipos alveolar (25%) com baixa sobrevida, o não classificado e o pleomórfico (exclusivo de adultos). A origem do RMS embrionário se vincula à excessiva divisão celular na vida intrauterina formando conglomerado de células imaturas, devido ao processo de deleção cromossômica ocasionando a subtração de trechos do DNA do cromossomo 11, responsáveis por impedir o crescimento desordenado. Atinge preferencialmente cabeça e pescoço, podendo acometer, também, trato urinário e extremidades. Os sinais e sintomas dependem do local de acometimento, variando de nódulos em pescoço, braços ou tronco à sangramento genital e/ou dificuldade miccional quando localizado em trato urinário, por exemplo. Para o diagnóstico é necessária a associação de exames de imagem e biopsia para precisar a extensão do tumor e sua histologia. O tratamento é cirúrgico associado a quimioterapia para reduzir as recidivas e eventualmente radioterapia. Descrição do caso Paciente Y.A.C. A., sexo feminino de 5 anos de idade foi admitida no setor pediátrico da Uopeccan - Cascavel, Paraná, acompanhada da mãe, devido presença de nódulo cervical de crescimento progressivo em uma semana e ausência de outros sintomas locais ou sistêmicos. Ao exame físico, observou-se presença de massa em região cervical supraclavicular direita, de aproximadamente 10 cm, fixa, endurecida e indolor, além de linfonodomegalia em região cervical posterior. Foi internada nesse mesmo nosocômio para realização de exames e avaliação da oncopediatria. Seguindo com a investigação, foi submetida à tomografia, que evidenciou lesões expansivas em região cervical direita em nível IV, associada a leve alteração inflamatória e linfonodos cervicais proeminentes em cadeia cervical anterior, bem como, presença de massa com focos de calcificação grosseira em mediastino posterior e superior a direita, de aspecto indeterminado, sugestiva de evolução insidiosa. Foi solicitada então a avaliação das equipes da Cirurgia Torácica e Cabeça e pescoço. Consensualmente foi optado pela abordagem com biópsia de linfonodo cervical, cujo resultado anatomopatológico (AP) foi inconclusivo. Desta forma, foi indicada biópsia da massa mediastinal por videotoracoscopia, cujo resultado foi compatível com RMS embrionário. Diagnosticada a patologia, iniciou-se quimioterapia neoadjuvante, a qual propiciou, após três meses de terapia, redução de 50% do volume da massa tumoral do mediastino. Foi então indicada a realização da cirurgia conjunta para esvaziamento cervical e ressecção do tumor mediastinal. O AP final das peças desta última abordagem confirmou o RMS e que entre os 19 linfonodos ressecados, apenas um deles estava comprometido. Dando continuidade ao tratamento, a paciente foi submetida a quimioterapia adjuvante. Três meses após a ressecção tumoral, foi solicitado PET SCAN o qual não demonstrou atividade metabólica anormal. Atualmente a paciente encontra-se em tratamento de manutenção e sem sinais de recidiva. Conclusão Rabdomiossarcoma é um tumor maligno, agressivo e raro de grande predominância na infância. O subtipo embrionário, por possuir natureza indiferenciada, necessita da imuni-histoquimica para fechamento do diagnóstico. O tratamento exige equipe multidisciplinar, tendo como base terapêutica a associação da cirurgia, quimioterapia e radioterapia. A abordagem precoce do quadro aumenta a sobrevida do paciente e resulta em menor chance de sequelas tardias. Palavras chaves: sarcoma, rabdomiossarcoma, oncopediatria.

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OS DESAFIOS DO ATENDIMENTO EM EMERGÊNCIA PSIQUIÁTRICA NO BRASIL MAIA, DEMSKI MARCELLE

Departamento de Medicina. Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz, Cascavel – PR

Desde a Reforma Psiquiátrica, na década de 80, a prática da psiquiatria no Brasil tem passado por inúmeras mudanças que visam um atendimento mais humanizado dos pacientes e impeçam sua permanência por longos períodos em hospitais psiquiátricos. Contudo, apesar dos números positivos de redução no número de leitos, a necessidade da criação de serviços de urgência e emergência psiquiátricos tem sido desconsiderada. O presente artigo visa identificar quais são os maiores desafios encontrados nesses serviços e quais são as mudanças necessárias, utilizando-se do método de revisão bibliográfica de trabalhos publicados na Revista Brasileira de Psiquiatria e outras revistas universitárias. Nos Estados Unidos, os serviços de emergência psiquiátrica foram implantados na década de 60 como um dos serviços considerados essenciais para o atendimento em saúde mental. No Brasil, porém, até a Reforma, os pacientes psiquiátricos não recebiam o atendimento adequado, e os que se apresentavam em crise recebiam atendimento de forma improvisada. Atualmente, apesar das mudanças no atendimento psiquiátrico – que continuam enfrentando desafios – as emergências psiquiátricas passam por dificuldades ainda maiores, como a quantidade reduzida de locais especializados nesse tipo de atendimento, o pequeno número de leitos para acompanhamento e observação da evolução do quadro clínico, entre outros. Além disso, com as reformas nos serviços de assistência à Saúde Mental, os Serviços de Emergência Psiquiátrica (SEPs), receberam outro papel nesses serviços, passando a ser a porta de entrada para os serviços de atendimento em saúde mental e, posteriormente, a atuar como reguladores, impedindo internações desnecessárias, reduzindo a sobrecarga dos leitos psiquiátricos. A necessidade de um atendimento mais amplo e humanizado estimulou a criação de unidades de internação psiquiátrica em hospitais gerais (UIPHG). Contudo, apesar de terem apresentado resultados positivos na avaliação diagnostica e no manejo clínico dos pacientes, bem como uma redução do preconceito proveniente dos gestores e equipes médicas dos hospitais, o último continua sendo a maior fonte de resistência para a implantação de mais UIPHG. Assim, essas unidades tem sido pouco encontradas e a maioria está localizada nas regiões mais desenvolvidas economicamente. Diante dos dados analisados, fica evidente a necessidade de um aumento dos serviços de emergência psiquiátrica, bem como o fato de que essa é uma temática ainda pouco abordada. Conclui-se, então, que esses serviços são extremamente importantes não só para a estabilização de quadros agudos, mas também para o encaminhamento para internação integral e suprem as demandas excedentes dos serviços extra-hospitalares. Além disso, servem como termômetro do funcionamento da atenção primária e secundária. Por serem a principal porta de entrada dos serviços em saúde mental, faz-se necessária a inserção dos serviços de emergência psiquiátrica na forma de UIPHG, para que se garanta uma integração desses com os CAPS (Centros de Atenção Psicossocial), ambulatórios especializados e atenção primária, criando, assim, uma assistência à saúde mental mais organizada e de qualidade.

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CROMOMICOSE COM ACOMETIMENTO DE MEMBROS SUPERIORES: RELATO DE CASO GEHLEN, Maria Luiza; ROTA, Cristiane de Bortoli; CARNIEL, Daniela Galon; MOKVA, João Paullo;

PIANA, Simone Cavalli Departamento de Medicina. Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz, Cascavel – PR

Introdução: A Cromomicose é uma doença polimorfa, de evolução crônica, que atinge a pele e o tecido celular subcutâneo. É causada por fungos demáceos de coloração acastanhada encontrados no solo e na vegetação de países tropicais e subtropicais de clima quente e úmido. Sua transmissão é decorrente da implantação traumática desses microrganismos na pele de áreas desprotegidas de vestimentas, principalmente de membros inferiores. Tem maior incidência em trabalhadores rurais do sexo masculino entre 30 e 50 anos de idade e se manifesta inicialmente através de pápulas e nódulos que podem se transformar em lesões verrucosas e confluir formando placas. Geralmente estão localizadas na parte distal das extremidades, podendo apresentar dor e prurido associados, raramente sendo encontradas nos membros superiores e nas nádegas. Na ausência de tratamento adequado, podem levar à incapacidade funcional e a deformidade das regiões afetadas, além de favorecer infecções bacterianas secundárias. Outras dermatoses verrucosas como a Esporotricose, Leishmaniose e Tuberculose apresentam lesões cutâneas polimórficas similares as da Cromomicose, sendo os exames histopatológico e micológico essenciais para a elucidação diagnóstica. A terapêutica, nas formas localizadas, pode ser realizada por meio de crioterapia associada a antifúngicos sistêmicos administrados por via oral. Outras opções de tratamento incluem o laser de CO2 e a exérese cirúrgica. Descrição do caso: Paciente masculino, 62 anos, ex-trabalhador rural, procurou a Unidade Básica de Saúde devido à presença de nódulos pruriginosos esparsos por todo o corpo com evolução de 15 anos. Realizou tratamento prévio com medicação tópica sem melhora do quadro. Ao exame físico apresentava lesões hiperceratóticas, descamativas, de coloração violácea em membros superiores e projeções nodulares endurecidas, sendo algumas ulceradas com presença de secreção purulenta em ombro direito, região cervical esquerda e em couro cabeludo. Incialmente foi instituído tratamento com Penicilina G benzatina associada a anti-histamínicos e Dexametasona creme, sem melhora significativa. Optou-se por encaminhar o paciente ao infectologista, sendo realizada biópsia excisional das lesões em região cervical esquerda e em membro superior direito e posterior estudo histopatológico, que confirmou o diagnóstico de Cromomicose. No tratamento proposto, associou-se Itraconazol + Anfotericina B por 24 meses. Hoje, o paciente mantém acompanhamento com infectologista e apresenta melhora das lesões. Conclusões: O caso descrito apresentou-se de forma atípica tendo em vista o acometimento de locais incomuns pela doença como membros superiores, dorso e couro cabeludo sem que houvesse o acometimento de membros inferiores. O conhecimento sobre a Cromomicose torna-se de relevante frente à similaridade que apresenta com outras condições de grande importância clínica como a Leishmaniose, a Esporotricose e a Tuberculose, ressaltando assim a importância do debate acerca da doença. Palavras-chave: cromomicose; cromoblastomicose; fungos.

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ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS EM PACIENTES AEROTRANSPORTADOS

GEHLEN, Maria Luiza; GEHLEN, Marco Aurélio; CARNIEL, Daniela Galon; MOKVA, João Paullo

Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz, Cascavel - PR

Introdução: Pacientes aerotransportados estão sujeitos a alterações fisiológicas que precisam ser compreendidas para se tomar as medidas necessárias de modo a evitar o agravamento do quadro de saúde dos mesmos. Objetivo: Este artigo tem por objetivo apresentar as principais alterações fisiológicas sofridas por pacientes aerotransportados descritas na literatura. Métodos: De modo a estudar o tema “Alterações Fisiológicas em Pacientes Aerotransportados” foi realizada uma revisão de literatura narrativa. Para isso foram analisados artigos publicados entre 2009 e 2017 relacionados com o tema e apresentados como resultados as principais alterações fisiológicas, seus consequentes efeitos e procedimentos adequados para estabilização dos pacientes nestes cenários. Resultados: Em altitude, a pressão atmosférica é menor assim como a quantidade de gases incluindo o oxigênio o que gera alterações no funcionamento normal do corpo humano. Esse aspecto é ainda mais crítico para o caso de transporte aéreo de enfermos, já em condição debilitada, muitas vezes emergencial. Sabe-se que além da diminuição da quantidade de oxigênio devido ao voo em altas atitudes, o paciente sujeito ao transporte aéreo também é exposto ao “stress” do transporte devido aos ruídos, vibração, variações de temperatura, acomodação e procedimentos inerentes a este meio de deslocamento. CAMILO et al. (2009), em pesquisa qualitativa exploratória, analisaram artigos publicados entre 1999 e 2009 relacionados com transporte médico e principais alterações fisiológicas. Os autores concluíram que a hipóxia não só é a principal alteração fisiológica que acomete pacientes aerotransportados como também é a mais grave. SCUISSIATO et al. (2012), em artigo que descreve a importância do papel do enfermeiro no transporte aeromédico, definem essa modalidade de transporte como a de pacientes em estado crítico, sendo frequentemente a única opção para que o indivíduo receba tratamento em centro especializado. Os autores também resgatam as origens deste tipo de transporte, destacando os períodos de guerra em que feridos precisavam de resgate imediato. MOREIRA (2012), em estudo sobre variação de temperatura em pacientes resgatados por helicóptero, mediu a temperatura timpânica de pacientes durante voos de deslocamento e buscou relacionar a variação de temperatura com fatores presentes nos procedimentos deste tipo de transporte. O autor concluiu que pacientes sujeitos a trauma tem maior queda de temperatura timpânica do que pacientes meramente clínicos, ao passo que ser do sexo masculino ou feminino não interferiu no resultado. Da mesma forma, afirma que pacientes que foram transportados com a porta do helicóptero aberta (para viabilizar a operação de transporte) tiveram maior queda na temperatura por estarem expostos ao ambiente, sendo que a maneira mais efetiva para mitigar esse efeito foi cobrir o paciente com lençol e cobertor térmicos. Conclusões: O transporte aeromédico é baseado na atuação de uma equipe multidisciplinar e apresenta vastos desafios logísticos para oferecer assistência qualificada ao paciente. Nesse contexto, são necessários métodos e processos claros para que o médico e sua equipe tomem decisões rápidas a fim de manejar as possíveis complicações que podem surgir durante o transporte aéreo. Dessa forma, se justifica o interesse pelo estudo das manifestações fisiológicas que ocorrem em pacientes aerotransportados de modo a não agravar o quadro de saúde dos mesmos, bem como os procedimentos médicos adequados para esse tipo de situação. Palavras-chave: pacientes aerotransportados; alterações fisiológicas; medicina de altitude.

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LUXAÇÃO EXPOSTA DO RÁDIO EM PACIENTE PORTADOR DE OSTEOGÊNESE IMPERFEITA

SPACK, M. V. M.1, SILVEIRA, J. S., NOGUEIRA, R. M.

Centro Universitário Assis Gurgacz, Cascavel, Paraná, Brasil. Introdução: A osteogênese imperfeita é uma doença genética rara que causa baixa densidade e aumento da fragilidade óssea, causada principalmente por uma mutação nos genes do colágeno tipo 1, e tem uma apresentação clínica ampla que apresenta formas com poucas fraturas e formas com fraturas intrauterinas que levam à morte fetal. O diagnóstico é clínico e os objetivos do tratamento são aumentar a autonomia e a mobilidade dos pacientes, geralmente através da fisioterapia, da reabilitação e de cirurgias ortopédicas e, em casos graves, os bifosfonatos são utilizados. Descrição do caso: Paciente masculino, 52 anos, cirurgião dentista, portador de osteogênese imperfeita e com histórico de mais de 15 fraturas de baixo impacto ao longo da vida, com histórico de rompimento parcial do manguito rotador em ombro direito há 5 anos. Paciente sofreu queda da própria altura há 2 anos sobre o braço direito, o que ocasionou uma luxação exposta do rádio com dor de forte intensidade e sangramento importante. Foi submetido a uma cirurgia de emergência para realização de realinhamento ósseo e, posteriormente, foi realizada uma Ressonância Magnética que evidenciou um derrame articular no cotovelo direito, com traço de fratura na cabeça do rádio e uma indefinição de contornos do ligamento colateral ulnar e colateral radial, sugerindo lesão ligamentar completa e rotura ligamentar completa. Após 10 dias paciente foi submetido a nova cirurgia para correção muscular e ligamentar e colocação de haste metálica para sustentação e iniciou fisioterapia pós operatória. A evolução foi boa e paciente retornou às atividades diárias. Após um ano, ao levantar peso com o braço esquerdo, paciente sofreu uma ruptura total do tendão distal do bíceps esquerdo e foi submetido a mais uma cirurgia, com realização de fisioterapia pós operatória. Evoluiu com boa recuperação e atualmente está realizando as atividades normalmente. Conclusões: Atribui-se à osteogênese imperfeita o principal fator precipitante do quadro exposto no estudo de caso e da história pessoal de múltiplas fraturas e lesões ligamentares, pois a doença pode ocasionar hipermobilidade cápsulo-ligamentar, favorecendo lesões articulares e ligamentares. O paciente não faz uso de bifosfonatos, embora seu uso possa ser recomendado levando em consideração sua história clínica. Palavras-chave: Osteogênese. Luxação. Lesão ligamentar.

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SÍNDROME DA VEIA CAVA SUPERIOR DEVIDO A CÂNCER DE PULMÃO

SPACK, M. V. M., SILVEIRA, J. S., OUMORIZ, L. S., LORA, G. P., SILVEIRA, M. M., BREDA, A. C. S., GUIRELLO, L. A. M.

Centro Universitário Assis Gurgacz, Cascavel, Paraná, Brasil. Hospital do Câncer de Maringá, Maringá, Paraná, Brasil.

Introdução: A síndrome da veia cava superior (SVCS) ocorre devido à obstrução da veia cava superior, que ocasiona importante redução do retorno venoso da cabeça, do pescoço e dos membros superiores, tendo como principal causa o câncer, principalmente de pulmão, linfoma e tumores metastáticos. Os sintomas mais comuns da SVCS incluem edema da face e do pescoço, dispneia e tosse, podendo estar presentes também rouquidão, edema da língua, cefaleia, congestão nasal, hemoptise, disfagia, síncope e letargia. Descrição do caso: Paciente do sexo masculino, 54 anos, deu entrada em pronto-socorro com dispneia, tosse seca, odinofagia e dor retro-esternal. Ao exame físico foi observada pletora facial e edema do membro superior direito. Foi realizada uma tomografia computadorizada (TC) de tórax que indicou uma extensa formação expansiva infiltrativa sobre as estruturas vasculares mediastinais, compatível com lesão de natureza neoplásica. Paciente foi encaminhado à oncologia por suspeita de câncer de pulmão e provável SVCS. Após realização de biópsia, o resultado anatomopatológico foi de carcinoma de pequenas células, com acometimento de brônquio direito e mediastino. Paciente iniciou o tratamento com radioterapia e quimioterapia (cisplatina e etoposídeo) e permaneceu internado por piora progressiva da dispneia, sem apresentar melhora clínica durante o período. Após 23 dias de internação, paciente sofreu parada cardiorrespiratória e foi a óbito. Conclusões: No caso relatado o paciente teve o diagnóstico de câncer de pulmão concomitante ao diagnóstico da síndrome da veia cava superior, com rápida evolução a óbito por parada cardiorrespiratória decorrente da SVCS. Apesar do câncer de pulmão ser a principal causa da SVCS, apenas 2-3% dos casos evoluem para a síndrome e, desses, até 80% dos casos apresentam melhora do quadro com uso de radioterapia e quimioterapia. No caso descrito não foi observado resultado positivo com o uso da radioterapia e quimioterapia por se tratar de um tumor em estágio avançado e com diagnóstico tardio. Palavras-chave: Veia cava superior. Câncer. Pulmão.

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RELATO DE CASO DE CARDIOMIOPATIA DE TAKOTSUBO: UM DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE SÍNDROME CORONARIANA AGUDA

NOGUEIRA, Mariana Gobo, NOGUEIRA, Gabriela Gobo, TEIXEIRA, Amanda Gurtat, HELENA, Isabella

Beatriz Menezes, LIMA, Maria Clara Viana, NOGUEIRA, Marcio Augusto, ADAME, Ana Paula

Departamento de Medicina. Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz, Cascavel – PR

INTRODUÇÃO A cardiomiopatia de Takotsubo (CMT), também conhecida como “síndrome do coração partido”, é caracterizada por disfunção sistólica aguda reversível dos segmentos apicais e médios do ventrículo esquerdo. É uma síndrome que se assemelha ao infarto agudo do miocárdio na ausência de oclusão arterial coronariana significativa. A prevalência da CMT entre pacientes com sintomas de síndrome coronariana aguda é de aproximadamente 1 a 2,5%. O sintoma mais comum é a dor torácica subesternal aguda, seguido de dispneia e síncope. Aproximadamente 10% dos pacientes desenvolvem sintomas e sinais de choque cardiogênico como hipotensão, confusão mental, extremidades frias, oligúria ou desconforto respiratório. Tipicamente, a cardiomiopatia de Takotsubo acomete mulheres na pós-menopausa, com idade entre 65 a 79 anos, após perturbações emocionais ou físicas. Essas perturbações, estimulam o sistema nervoso simpático a liberar catecolaminas, responsáveis por induzirem uma disfunção microvascular, espasmos arteriais coronarianos e provocarem toxicidade miocárdica direta. O objetivo deste artigo é relatar um caso de cardiomiopatia de Takotsubo – um diagnóstico raro mas com um quadro sintomático comum – que por ser um diagnóstico diferencial de síndrome coronariana aguda, é de extrema importância que seja conhecida e manejada corretamente por todos os médicos. RELATO DE CASO M.H.B, sexo feminino, 68 anos, branca, viúva, natural de Passo Fundo (RS) e residente em Caçador (SC). Paciente submetida a grande estresse emocional, deu entrada no PS com quadro de dor precordial, em aperto, de forte intensidade, irradiada para ambos os membros superiores, com evolução de 10h e caráter intermitente, associada a palidez, frialdade de extremidades e náuseas. Tinha história prévia de osteoporose grave, em uso contínuo de Cálcio e Teriparatida. O eletrocardiograma da admissão apresentava ritmo sinusal, com supradesnível de ST em parede lateral alta e inferior, sugestivo de infarto agudo do miocárdio. A dosagem de troponina I foi de 16, 475 ng/ml e BNP (peptídeo natriurético atrial) de 349,05 pg/ml. Foi realizada cineangiocoronariografia, a qual mostrou artérias coronárias não-obstrutivas. O ecocardiograma evidenciou acinesia das porções mediais e apicais de todas as paredes do ventrículo esquerdo (VE), hipercinesia de todas as porções basais do VE, aspecto de balonamento médio-apical do VE, disfunção sistólica global moderada do VE (fração de ejeção de 43%), disfunção diastólica do VE (relaxamento alterado) e insuficiência valvar mitral discreta. Para confirmação do diagnostico, foi realizada a ressonância magnética do coração que demonstrou novamente a alteração segmentar da contratilidade do VE, conferindo acinesia apical. As alterações eram compatíveis com cardiomiopatia de Takotsubo, sendo, então, prescritos e mantidos após alta Sinvastatina 20 mg, Enalapril 10 mg, Bisoprolol 1,25 mg e furosemida 40 mg. A paciente obteve melhora clinica com resolução do quadro. CONCLUSÕES No caso em questão, acredita-se que o estado emocional em que a paciente se encontrava tenha sido o gatilho para desencadear o quadro de cardiomiopatia de Takotsubo. A CMT tem uma grande importância clínica, tendo em vista que mimetiza uma síndrome coronariana aguda, e, por isso, é frequentemente subdiagnosticada. Portanto, reiteramos a necessidade de ser sempre lembrada como diagnóstico diferencial em pacientes apresentando sintomas agudos de dor torácica, principalmente mulheres na pós menopausa.

ANAIS DO III CONGRESSO MÉDICO UNIVERSITÁRIO DO OESTE DO PARANÁ – doi.org/10.35984/fjh.v1i3.121

FAG Journal of Health – ISSN 2674-550X, 2019, v.1, n.3, p.109

TRATAMENTO DE FRATURA EXPOSTA IIIB BASEADA NO GANGA HOSPITAL OPEN INJURY SCORE (GHOIS)

ARAÚJO, Mariana Oliveira de; FREITAS, Victória Gimenes; THOMÉ, Henrique Rodrigues; CASADEI,

Gracieli Reinert; CASADEI, André Alberti. Introdução: Define-se fratura exposta como padrão de lesão com rompimento em tecidos moles, resultando em comunicação da fratura com o ambiente externo, que, por conseguinte, oferecem desafios na gestão. A classificação de Gustilo e Anderson (1976) foi um marco importante na avaliação da gravidade dessas lesões, mas não resolutivo com relação à definição imprecisa e ao amplo espectro de lesões na categoria Tipo IIIB (NETO et al., 2015). O Ganga Hospital Open Injury Score (GHOIS) é o escore complementar mais especifico para essa classificação, que avalia a gravidade da lesão de acordo com alterações em pele, osso e estruturas musculotendíneas, pontuando de 1 a 5 cada categoria. Além disso, atribuem-se 2 pontos para cada uma das 7 comorbidades que influenciam os desfechos. A pontuação final do paciente, indicará as condutas sobre salvamento ou amputação do membro fraturado (RAJASEKARAN et. al., 2014). Descrição do caso: Paciente L.A.R, masculino, 46 anos de idade, deu entrada no pronto socorro encaminhado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), vítima de colisão entre motos, de alta energia, com politraumatismo. Ocorreu lesão cervical complexa de pescoço zona II, por linha de cerol, com laceração de músculos cervicais e veias jugulares externas. Apresentou fratura exposta IIIB em fêmur distal, fratura e laceração em membro inferior direito (D). Foi realizado controle da hemorragia com ligadura de ramos da jugular externa bilateralmente e colocação de fixador transarticular de joelho e tornozelo D. No pós-operatório, permaneceu em Unidade de Terapia Intensiva, para suporte clínico e controle de danos. Quinze dias após a primeira cirurgia, foi realizado novo desbridamento de feridas. O quadro manteve-se estável pelos próximos 10 dias, após os quais ocorreu novo procedimento cirúrgico de desbridamento e fixação de fratura de perna D. A recuperação pós-cirúrgica foi adequada, com utilização de ciprofloxacino por dez dias, após 17 dias da terceira cirurgia, iniciou-se tratamento em câmara hiperbárica. Apesar da boa evolução clínica ao longo da internação, a ampla perda óssea e danos musculotendíneos colocaram o paciente em uma pontuação maior que 17 no GHOIS, levando a amputação do membro ao nível da coxa, consentida pelo paciente, 63 dias após admissão do mesmo, recebendo alta hospitalar no terceiro dia pós-operatório. Conclusão: Fraturas do tipo IIIB da classificação de Gustilo e Anderson (1976), abrangem um amplo espectro, desde aquelas de fácil tratamento até as não passíveis de salvação do membro. Portanto, a classificação não pode oferecer orientações uniformes para o tratamento, sendo necessária a análise individual de cada caso, baseada no GHOIS. Esse se aplica de forma resolutiva aos casos, indicando ou não, a necessidade de amputação. A pontuação total prediz o salvamento quando o valor for menor ou igual a 14 e amputação quando maior ou igual a 17. As lesões com escores igual a 15 e 16, foram categorizadas como em uma zona cinzenta, em que a tomada de decisão deve ser feita caso a caso. Nos casos de indicação de amputação, avaliação e apoio psicológicos são importantes e necessários para propiciar melhor qualidade de vida ao paciente e prevenir complicações

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ATENDIMENTO EM EMERGÊNCIA DE CASO COM 24 FERIMENTOS TRANSFIXANTES POR PROJÉTIL DE ARMA DE FOGO

Marina Martinichen Furlaneto, Jalyson de Freitas Souza, Ana Carolina Ribeiro, Lucas Francisco Bof

Irigonhê, Déborah Francez Maccari, Gabriel Afonso Dutra Kreling Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Cascavel, Paraná, Brasil. Centro Universitário de Maringá – CESUMAR,

Maringá, Paraná, Brasil.

INTRODUÇÃO: No Brasil, a cada dia, morrem aproximadamente 78 pessoas vítimas de homicídios causados por armas de fogo, constituindo uma das causas de maior prevalência de morte entre adultos jovens. Na maioria dos pacientes com lesões penetrantes por arma de fogo, nenhuma investigação é possível porque a maioria delas é recebida no Pronto Atendimento em estado de choque hemorrágico, havendo necessidade de exploração cirúrgica urgente para estabilização do quadro. O principal fator para a sobrevivência de pacientes recuperáveis com ferimentos graves é o transporte rápido para um centro de trauma e as medidas iniciais de suporte à vítima. Este trabalho relata o atendimento e estabilização inicial no serviço de emergência, necessitando laparotomia de urgência, com proposta inicialmente curativa, que evoluiu para cirurgia de contenção de danos, objetivando o tratamento de trauma abdominal provocado por 24 perfurações por arma de fogo. DESCRIÇÃO DO CASO: Homem, 45 anos, vítima de múltiplos ferimentos por arma de fogo em via pública foi admitido em Pronto Atendimento (PA) do Hospital Universitário do Oeste do Paraná. À admissão, apresentava-se descorado, hipotenso, taquicárdico, com abafamento de bulhas cardíacas, ausência de murmúrio vesicular em hemitórax esquerdo, instável hemodinamicamente e com via aérea definitiva. Após estabelecidas medidas iniciais de suporte à vítima, segundo protocolos do ATLS, realizou-se ultrassom à beira do leito (e-FAST), que visualizou líquido livre em janela hepatorrenal, e, devido à instabilidade do paciente foi solicitada hemotranfusão de extrema urgência e indicada laparotomia exploradora (tempo-resposta de 25 minutos da porta do PA ao centro cirúrgico). Durante procedimento cirúrgico constatou-se lesão hepática em segmentos VII e VIII grau 3, orifício em diafragma à direita com pneumotórax associado, lesões em íleo terminal e ceco com extravasamento de fezes para a cavidade abdominal, além de lesões puntiformes em membros superiores e inferiores e em nádegas bilateralmente. Devido à instabilidade hemodinâmica do paciente, optou-se por damage control de urgência e reabordagem em 24 horas, na qual realizou-se sigmoidostomia em alça e fechamento de parede abdominal. Durante o internamento em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), o paciente apresentou insuficiência renal aguda, com indicação dialítica, Síndrome da Angústia Respiratória Aguda (SARA), Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica (SIRS) e choque refratário, necessitando de drogas vasoativas em altas doses. No 27º dia de internamento hospitalar realizou-se endoscopia digestiva alta devido presença de melena em estoma e queda progressiva da hemoglobina, com diagnóstico de lesão ulcerada em parede posterior de segunda porção do duodeno, com sangramento ativo, realizando-se clipagem da área e escleroterapia, sem resolução do quadro, necessitando nova abordagem cirúrgica com proposta terapêutica de ligadura da artéria gastroduodenal. Após 56 dias de internamento hospitalar paciente apresenta episódios convulsivos que levaram à rebaixamento do nível de consciência, parada cardiorrespiratória e óbito. CONCLUSÕES: A violência vem crescendo de forma avassaladora no Brasil, elevando as taxas de morbimortalidade por causas externas. Os ferimentos por arma de fogo, pela sua gravidade, aumentam o ônus do Estado com internações hospitalares e acrescenta anos de vida perdidos à população jovem e masculina, que constitui a maioria dessas vítimas. A identificação precoce dos pacientes graves, com início de intervenções específicas, melhora desfechos clínicos, colaborando com a estreita entre o médico da emergência e o restante do corpo clínico. A cirurgia de contenção de danos constitui procedimento amplamente utilizado desde os anos 1980, como medida efetiva para o aumento da sobrevida dos pacientes gravemente traumatizados. Só é eficaz, entretanto, se for possível a obtenção de estabilidade hemodinâmica em 24 a 72 horas. O transporte urgente para um centro de trauma, o reconhecimento precoce das lesões e a indicação da cirurgia devem ser feitos em tempo hábil para que haja possibilidade de estabilização hemodinâmica.

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INSULINA INALÁVEL: UMA ROTA TERAPÊUTICA SEGURA?

Marina Assermann, Paulo Ricardo Heinen, Rafael Rauber Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz

Introdução: O diabetes mellitus (DM) é uma doença metabólica crônica causada pela deficiência relativa ou absoluta do hormônio anabólico insulina. Sendo a insulina produzida pelo pâncreas com a função principal de regular os níveis de glicose no sangue, o DM manifesta-se fundamentalmente pela hiperglicemia, apresentando, por consequência, importantes complicações microvasculares, macrovasculares e neuropáticas.A obtenção de uma forma farmacêutica oral de insulina seria, certamente, uma grande contribuição para o tratamento do DM. Entretanto, a insulina não pode ser administrada por via oral devido a sua metabolização pré-sistêmica no trato gastrointestinal. Por tal motivo, o tecido subcutâneo ainda é a rota de administração mais utilizada para a reposição exógena de insulina. Uma alternativa recentemente desenvolvida, não invasiva, eficaz e mais cômoda, é a insulina por via aérea. Em junho de 2019, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a comercialização do produto Afrezza®, que é uma forma inalável da insulina humana de ação rápida para tratar diabetes em adultos. Objetivo: O presente trabalho tem como objetivo lançar algumas considerações para fins de reflexão sobre a segurança clínica da insulina sob a forma farmacêutica inalável. Metodologia: A análise realizada nesta investigação pauta-se em um estudo de revisão sistemática da literatura relacionada à Insulina Inalável, mediante o uso da base de dados online Scientific Eletronic Library Online. Resultados:Em relação aos análogos de insulina subcutânea (SC), o perfil farmacocinético da insulina Afrezza® é caracterizado por um início de ação mais rápido e uma duração de ação mais curta, mimetizando muito bem o perfil fisiológico da insulina endógena. No entanto, a insulina Afrezza® chega ao mercado em apenas três apresentações: 4, 8 e 12 unidades. Isso significa que, ao contrário dos análogos de insulina SC, disponíveis em doses de 1 unidade, a insulina inalável apresenta menor flexibilidade de dosagem, podendo exigir incrementos adicionais de insulina SC para otimizar a cobertura da insulina prandial. Em estudos preliminares, os efeitos adversos mais comuns associadas à insulina inalável foram hipoglicemia, tosse e irritação na garganta. Embora a tosse não possa, de forma direta, causar problemas clínicos, ela é considerada um incômodo para a maioria e pode impedir a qualidade de vida dos pacientes. Além disso, a insulina Afrezza® tem uma advertência em sua bula, a qual informa que o broncoespasmo agudo tem sido observado em pacientes com asma e doença pulmonar obstrutiva crônica. Durante os ensaios clínicos, quatro casos de câncer de pulmão foram diagnosticados dentre os 2.750 pacientes expostos a insulina Afrezza®, sendo que, em dois destes casos, havia um histórico de tabagismo importante como fator de risco. No grupo controle, por sua vez, nenhum indivíduo foi diagnosticado com câncer de pulmão. De acordo com a empresa fabricante, esses dados são insuficientes e não definitivos, do ponto de vista estatístico, para determinar se a insulina Afrezza® está envolvida no desenvolvimento de câncer no trato respiratório. Conclusão: A insulinoterapia por via aérea representa um importante avanço para a reposição de insulina exógena em pacientes diabéticos adultos, especialmente para aqueles que apresentam hiperglicemia pós-prandial. Além disso, por dispensar o uso de agulhas, espera-se que as barreiras psicológicas associadas à administração subcutânea de insulina sejam completamente superadas. Contudo, a insulina inalável não foi aprovada para uso em gestantes, crianças ou adolescentes, e o seu uso em pacientes com doença pulmonar prévia deve ser rigorosamente avaliado frente aos riscos e benefícios, particularmente pela inexistência de estudos definitivos sobre o envolvimento da insulina Afrezza® com a incidência de tumores no trato respiratório. Palavras-chave: Insulina Inalável; Diabetes Mellitus; Afrezza®; Câncer de Pulmão.

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DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL NA INFÂNCIA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

RAMOS, Marysa Dantas Silva , VILLALBA, Mayara Marques, BOCASANTA, Isadora Casartelli , LAGO,

Luísa Malvezzi .

Departamento de Medicina. Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz, Cascavel – PR

INTRODUÇÃO: A doença inflamatória intestinal (DII) apresenta-se como um processo inflamatório no trato intestinal, com períodos de exacerbação e remissão. A Doença de Crohn (DC) e Retocolite Ulcerativa (RCU) são as doenças que compõem esse grupo, classicamente. Os sintomas mais comuns são diarreia e dor abdominal. MÉTODOS E OBJETIVOS: Esta dissertação se trata de uma revisão de literatura realizado através de bases de dados Scielo e PUBMED, que objetiva expor o conceito de doença inflamatória intestinal, fatores de risco, bem como seu diagnóstico precoce na infância. RESULTADOS: A contribuição da exposição a fatores de risco para a DII durante o período gestacional e nos primeiros meses de vida, são fundamentais para evidenciar que acontecimentos e fatores ambientais ocorridos neste espaço de tempo possam estabelecer uma associação com o desenvolvimento posterior da doença. A DC e a RCU são patologias que afetam essencialmente jovens adultos, contudo, numa percentagem significativa de casos, o diagnóstico é feito em idade pediátrica, em sua maioria do sexo masculino. A dor abdominal é o principal sintoma encontrado na DII, sendo a sintomatologia que caracteriza a DC mais heterogénea e inespecífica relativamente à RCU, onde a presença de hematoquezia, dor abdominal e diarreia são frequentes. A presença de dor abdominal, diarreia e perda ponderal, tríade clássica da DC encontra-se, atualmente, em menos de 25% dos casos. Em pesquisas recentes, mostrou-se que a idade média do diagnóstico varia entre os 10 e os 11 anos. Atrasos no diagnóstico podem conduzir a sequelas infecciosas, anemia ou situações abdominais agudas, mas também ao atraso do crescimento e da maturação sexual, situações potencialmente irreversíveis. Exames endoscópicos e de fezes são necessários, principalmente antes do início do tratamento. O tratamento é difícil por se tratar de uma doença crônica e os medicamentos apresentam efeitos adversos, algumas vezes graves. De acordo com novos estudos, o tempo que decorre entre o início dos sintomas e o diagnóstico diminuiu ao longo dos anos, mas a apresentação clínica ainda é a mesma. Nesse sentido, é possível observar a importância de estudos epidemiológicos que envolvam doenças crônicas, a fim de obter comparações entre populações, objetivando esclarecer aspectos etiológicos e fisiopatológicos da doença. CONCLUSÃO: DII é uma doença que gera significativas consequências. O paciente é suscetível a desnutrição, atraso no crescimento e eventos adversos devido ao uso crônico de medicamentos, o que exige do médico sábia condução e tranquilidade para fornecer ao paciente pediátrico a melhor qualidade de vida possível. Palavras-chave: Doença inflamatória intestinal; Retocolite ulcerativa; Doença de Crohn.

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ACIDOSE TUBULAR RENAL PROXIMAL: RELATO DE CASO BORTOLUZZI, Matheus Sant’Ana, FRITZ, Giulia Gabriella de Melo, BORTOLUZZI, Aline

Departamento de Medicina. Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz, Cascavel – PR

RESUMO: Apresentamos um caso de acidose tubular renal tipo 2 em um paciente de 14 meses de vida, nascido em idade gestacional adequada, além de peso e tamanho com parâmetros satisfatórios. Por conseguinte, apresentava quadros de IVAS de repetição, e mesmo após a introdução alimentar adequada, evoluiu com queda no desenvolvimento e crescimento, instigando investigações que constataram deficiência na enzima G6PD. O paciente apresentou atraso no desenvolvimento neuropsicomotor e, a partir disso, na investigação radiológica evidenciou-se ausência de ossificação de cabeça do fêmur bilateralmente. Associado a todos os sinais, sintomas e evidências o paciente apresentava ainda um pH urinário inferior a 5,5 e gasometria arterial denotando acidose mista, levantando suspeita de ATR que, em sequência, fora comprovada pela nefropediatria. A acidose tubular renal proximal é uma acidose metabólica hiperclorêmica e hipocalêmica. Existe um defeito no néfron proximal que é o responsável pela reabsorção de quase todo o bicarbonato filtrado pelo glomérulo tendo como causas hereditárias ou adquiridas. Primeiramente ocorre uma queda parcial na reabsorção de bicarbonato, resulta em bicarbonatúria e alcalinização da urina até o limiar de bicarbonato sérico cair para 15 a 20 mEq/L e consequente acidose metabólica. Assim sendo, a carga filtrada será menor a um nível que o túbulo defeituoso pode reabsorver, a urina fica fisiologicamente ácida e isenta de bicarbonato. O aporte excessivo de bicarbonato no néfron distal passa a excretar mais potássio e ocorre hipocalemia. Déficit de crescimento é praticamente a única manifestação clínica observada, pois o H+ exc edente é tamponado nos ossos em troca de cálcio e fosfato, resultando em uma acidose metabólica crônica com desmineralização óssea. Deve-se suspeitar de ATR tipo 2 sempre que o paciente tiver acidose metabólica hiperclorêmica e hipocalêmica sem causas evidentes, e que após o teste do bicarbonato desenvolva bicarbonatúria intensa. Paciente B.P.S, sexo masculino, idade atual 1 ano e 2 meses, iniciou acompanhamento em USF de referência nos primeiros meses de vida por bronquiolites de repetição e estridores inspiratórios. Nascido com 36 semanas pelo capurro neurológico e 38 semanas pela DUM (primeiro dia da última menstruação) por parto cesárea, consequente de dilatação insuficiente, APGAR 7/9, peso adequado para a idade gestacional (3630g), perímetro cefálico 34,5 cm e estatura 50,5 cm. Durante as consultas de puericultura mensais, o paciente persistia com quadros de bronquiolites e infecções de vias aéreas de repetição. Aos 6 meses, após introdução da ingesta alimentar, paciente iniciou com queda na curva de crescimento, mesmo com boa ingesta alimentar e aleitamento materno preservado. Ao exame laboratorial, apresentou anemia normocítica e deficiência de G6PD. A deficiência de G6PD é o distúrbio mais comum dos eritrócitos, onde o estresse oxidativo diminui a sobrevida dessas células, causando hemólise. Aos 9 meses, no exame de desenvolvimento neuropsicomotor, não iniciou o arrastar nem o engatinhar, sentando apenas com apoio dos antebraços. Com persistência do atraso de desenvolvimento estatural e motor, foi encaminhado à fisioterapia, onde se evidenciou que o paciente apresentava elasticidade mais acentuada; solicitou-se então a realização de radiografia de pelve, a qual mostrou ausência de ossificação de cabeça femoral bilateral. Relacionando o atraso de ossificação com um pH urinário <5,5, solicitou-se gasometria arterial, a qual apontou acidose mista. Paciente então foi encaminhado à nefropediatria por suspeita de acidose tubular renal, sendo confirmado o diagnóstico e iniciada a complementação de bicarbonato via oral contínuo. Paciente em acompanhamento na USF, nefropediatria e ortopediatria, em uso de bicarbonato de sódio 8,4% 2,5ml via oral 2 vezes ao dia. Realiza fisioterapia motora semanal e hidroginástica. Está apresentando ganho ponderal e estatural significativos, além de aumento de massa óssea, sendo esta última com aumento de aproximadamente 2 cm nos 2 primeiros meses de tratamento.

PALAVRAS-CHAVE: acidose metabólica, acidose tubular renal, hiperclorêmica, hipocalêmica, nefropediatria.

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UMA ABORDAGEM GERAL DA MASTOCITOSE

MORITA, M. O., OMORI, F. S. , FERREGATO, I. C. K. , NETO, R. A. C. , LEÃO, V. A. M., RADELLI, P. B.

Departamento de Medicina. Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz, Cascavel – PR

Introdução: o artigo apresenta o resultado de uma revisão de literatura sobre a mastocitose, uma doença rara que envolve principalmente mastócitos e alguns tecidos. Objetivo: conhecer o grau de acometimento na saúde do indivíduo. Metodologia: para a investigação, foram utilizados os instrumentos da pesquisa bibliográfica, base de dados Scielo, com leitura, análise e fichamento de textos e documentos. Trata-se de uma revisão de literatura. Resultados: a mastocitose é caracterizada pela proliferação e o subsequente acúmulo de mastócitos na pele e/ou em outros órgãos e tecidos, principalmente na medula óssea e no trato gastrointestinal. Pode ser classificada em cutânea e sistêmica. A forma cutânea pode ser dividida em mastocitoma, urticária pigmentosa (UP), telangiectasia macularis eruptiva perstans (TMEP) e mastocitose cutânea difusa. A prevalência na população é de difícil determinação, pois muitos casos são autolimitados e/ou não diagnosticados. A maioria dos diagnósticos são realizados com menos de 6 meses de idade e quase todos antes dos dois anos. Nesses casos infantis as formas são, na maioria das vezes, cutâneas e autolimitadas, diferentes das do adulto, no qual o envolvimento é sistêmico e frequentemente ocorre a cronicidade da doença. Sua etiologia é relacionada a uma mutação ativadora do gene c-kitD816V aumentando o tempo de vida das células envolvidas. O mastócito está presente na derme, sistema respiratório, aparelho gastrointestinal e trato genitourinário com função de liberação de citocinas nesses locais. Quando há suspeita de mastocitose deve-se fazer o exame anatomo-patológico da lesão para confirmar o diagnóstico e, além disso, se possível avaliar a presença de matriptase positiva. Outro método mais recente que vem sendo de escolha é a citometria de fluxo. No entanto, quando não há lesão cutânea, o paciente deve ser submetido à biopsia e aspirado de medula óssea para assim realizar o diagnóstico e caracterizar o subtipo da doença. Na suspeita de envolvimento sistêmico, solicita-se também o hemograma completo. O tratamento consiste em controlar os sinais e sintomas determinados ou provocados pela degranulação dos mastócitos, que podem ser: hiperemia cutânea; dispepsia; diarreia; dor abdominal; dor músculo-esquelética e hipotensão. Com o curso da doença benigno, as medicações devem diminuir ou evitar a ativação mastocitária. Entre os tratamentos estão: cetotifeno; adrenalina; tratamento fotoquimioterápico; interferons associados ou não com corticóides sistêmicos, para pacientes com mastocitose sistêmica. Glicocorticóides tópicos podem ser usados na urticária pigmentosa extensa ou na mastocitose cutânea difusa. O prognóstico geralmente é melhor na infância mas esse depende do subtipo da doença. Considerações finais: a mastocitose é considerada uma doença rara, e o seu diagnóstico é importante devido às múltiplas formas de manifestações cutâneas e do risco do acometimento sistêmico, o que demonstra uma complexidade clínica. Visto que as consequências podem acometer inúmeros sistemas de forma grave, evidencia-se a necessidade de um trabalho multidisciplinar e o conhecimento da doença para realizar o manejo corretamente. Palavras-chave: mastocitose, cutâneo, sistêmico.

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IMPACTO DA OBESIDADE NA ANATOMOFISIOLOGIA HUMANA AO LONGO DOS DIFERENTES ESTAGIOS DE VIDA

ROSSO, Naila Caroline; WEYN, Gustavo Cesar; RAUBER, Rafael

Centro Universitário FAG, Cascavel, Paraná, Brasil

Introdução: A obesidade é um problema com proporções globais que afeta a sociedade de diversos modos, isso se deve principalmente aos hábitos de vida contemporâneos com alimentação altamente processada e ausência de prática periódica de exercícios físicos. Além de fatores ambientais e de hábitos cotidianos, a obesidade pode estar fortemente relacionada a contribuições genéticas ainda pouco conhecidas nas áreas da saúde. Diante disso é possível observar um crescente e incontrolável problema que deve ser minimizado e estudado com urgência no mundo todo. Objetivo: O objetivo desse trabalho é descrever os principais sintomas, consequências e tratamentos para a obesidade em diferentes estágios da vida, esclarecendo supostas dúvidas à respeito do assunto. Metodologia: Para esse trabalho, foi realizado uma revisão bibliográfica, buscando trabalhos nas bases PUBMED e Cochrane Library. Foram utilizados artigos que abordam os vários aspectos que englobam a obesidade relacionado a idade do individuo e a caracterização dos diferentes tipos de tecido adiposo, publicados a partir de 2008. Resultados: Ao longo da vida a obesidade agrava o quadro clinico do individuo diagnosticado com a doença, isso se deve ao fato do aumento do processo inflamatório pelas citocineses e disfunções musculares causadas naturalmente durante o desenvolvimento. Essa disfunção multifatorial costuma estar associada ao desencadeamento de doenças ou disfunções ainda mais graves, podendo evoluir para o óbito. De acordo com o avanço da idade do paciente, os problemas vão tomando proporções maiores, afetando maior quantidade de sistemas corpóreos e dificultando a adaptação anatomofisiológica. Os sintomas começam na infância com alteração no desenvolvimento da microestrutura dos ossos distais durante a fase de crescimento e evoluem na velhice até problemas cardiovasculares graves, incluindo fraquezas musculares e dificultando o retorno venoso. A problemática não se encerra no indivíduo com a doença, abrange também altos gastos públicos com o sistema de saúde. Além disso, o diagnóstico da obesidade pelos profissionais da saúde enfrenta um desafio de falta de aceitação do quadro clínico pelo paciente, dificultando o tratamento e piorando seu próprio prognóstico. Conclusão/Considerações finais: De acordo com o exposto, conclui-se que a obesidade é uma enfermidade com necessidade de tratamento em todos os estágios da vida. Os prognósticos são pouco favoráveis, devido ao quadro de descaso com a alimentação e falta da prática de exercícios físicos, que contribuem diretamente com o aumento de indivíduos obesos pelo mundo todo. As pesquisas relacionadas com a obesidade sugerem acompanhamento desde a infância para não haver piora do caso, e ainda, para idades mais avançadas o controle da quantidade ideal de tecido adiposo para o normal desenvolvimento do organismo. Além disso, campanhas governamentais não devem deixar de existir para que a população tenha conscientização do impacto que essa doença pode causar na sociedade. Palavras-chave: obesidade, adipogênese, anatomofisiologia, lipogênese.

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DIVERTICULITE ILEAL COMO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE APENDICITE: RELATO DE CASO

CAMARGO, N.L.B, RIBEIRO, A.C., FURLANETO, M.M., SOUZA, J.F., IRIGONHÊ, L.F.B, KOSAKO, C., ARAÚJO, A.C.F

Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP), Cascavel, Paraná, Brasil; Universidade Estadual do

Oeste do Paraná (UNIOESTE), Campus Cascavel, Paraná, Brasil; Centro Universitário de Maringá (UNICESUMAR), Maringá, Paraná, Brasil; Laboratório de Anatomia Patológica e Citológica (APC),

Cascavel, Paraná, Brasil.

Introdução: A doença diverticular de intestino delgado é rara e ainda menos frequente quando acomete a região jejunoileal. A prevalência varia de 0,3 a 2,5% e sua fisiopatologia ainda é incerta, podendo estar associada a anormalidades na peristalse, discinesia intestinal e aumento da pressão intraluminal. Tais fatores culminam com a formação de divertículos que se apresentam na borda mesentérica, visto ser esse o local de maior fraqueza. Normalmente é uma entidade assintomática, apresentando-se como um achado incidental ou decorrente de suas complicações, como quadros de perfuração, sangramento ou fístulas, o que destaca a importância da abordagem cirúrgica. Relatamos o caso de um paciente idoso com diverticulite ileal, descrevendo seus achados, conduta e relembrando este difícil diagnóstico diferencial. Descrição do caso: Paciente do sexo masculino, 80 anos, hipertenso prévio e tabagista vigente há 48 anos. Na admissão, referiu dor abdominal em fossa ilíaca direita há cerca de 3 dias, associada a hiporexia. Negou náuseas, vômitos e alteração de hábito intestinal ou urinário. Apresentava-se em bom estado geral, anictérico, hidratado, corado, Frequência Cardíaca de 80bpm, Frequência Respiratória de 16irpm, Saturação de O2 à 96% em ar ambiente e Pressão Arterial de 100/60mmHg. Ao exame físico, o abdome encontrava-se globoso, distendido, com ruídos hidroaéreos presentes, dor à palpação profunda em fossa ilíaca direita e descompressão brusca negativa. O perfil laboratorial apresentou hemograma sem leucocitose, porém com 15% de bastões e PCR elevada. A radiografia de abdome agudo demonstrou distensão de alças do intestino delgado. Não havia evidências de pneumoperitônio ou sinais de obstrução intestinal, mas a fim de elucidar melhor o caso solicitou-se tomografia de abdome, a qual evidenciou: pneumoperitônio, imagens saculares com conteúdo gasoso em alça ileal e densificação de gordura mesentérica adjacente. O paciente foi submetido a laparotomia exploradora com enterectomia de íleo terminal (sendo ressecado 25cm e preservada a válvula ileocecal) associada a enteroanastomose. A peça foi encaminhada ao serviço de anatomia patológica, o qual apontou em laudo: diverticulite aguda inespecífica com perfuração; serosite aguda inespecífica purulenta e extensa; margens cirúrgicas livres; ausência de células malignas, agentes infecciosos, granulomas epitelióides, sinais de colite linfocítica, colite colagênica, retocolite ulcerativa inespecífica e de doença de Crohn. O paciente apresentou evolução sem intercorrências e recebeu alta hospitalar no quinto dia pós-operatório. Conclusões: O paciente apresentou quadro clínico e laboratorial pouco específico, provavelmente em virtude da idade mais avançada. Neste caso, tornou-se ainda mais relevante a necessidade de uma gama maior de diagnósticos diferenciais. Outras hipóteses para ocorrência de abdome agudo em idosos incluem: patologias agudas de vias biliares (24-26%), apendicite aguda (18-20%) e neoplasias do trato gastrointestinal (11%). A perfuração foi a complicação que conduziu o caso à uma abordagem cirúrgica e, assim como em outros casos relatados na literatura, reforça a necessidade de uma investigação de qualidade para que o paciente não evolua com um mau prognóstico. Palavras-chave: Divertículos de delgado; Abdome Agudo; Idoso.

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ACIDENTES NA INFÂNCIA: UMA PERSPECTIVA BRASILEIRA

ARAÚJO, N. F., VASCONCELOS, G. M. F., RAMOS, M. D. S.

Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz, Cascavel, Paraná, Brasil.

Introdução: Os acidentes são a principal causa de morte de crianças e adolescentes de 0 a 14 anos no Brasil, aproximadamente, outras 111 mil são hospitalizadas devido a essas causas. Contudo, cerca de 90% desses acidentes poderiam ser evitados com medidas simples de prevenção. Objetivo: Este trabalho tem como objetivo principal avaliar e discutir a respeito das causas acidentais mais comuns de morte e internação de crianças e adolescentes no Brasil, evidenciando os acidentes de trânsito e ressaltando a importância de prevenção, educação e políticas públicas voltadas para o assunto. Método: O estudo foi realizado através de uma revisão bibliográfica, por meio das bases Scielo e DATASUS. Os dados foram retirados desses sistemas de informações do ano de 1999 à 2018. Resultados: Crianças e adolescentes são grupos vulneráveis. As crianças, pela sua limitação física, sensorial, psicomotora e cognitiva, que só se desenvolvem com o tempo. Os adolescentes, muitas vezes, por assumirem atitudes arriscadas. As causas acidentais específicas de óbito variam conforme a faixa etária: de 0-1 anos predomina o sufocamento, seja ele por aspiração de corpo estranho, alimentos, roupas, etc; de 1-4 anos, afogamento; de 5-9 anos, afogamento e acidentes de trânsito; de 10-14 anos, os acidentes de trânsito correspondem a principal causa de óbito. De acordo com dados do DATASUS do ano de 2017, conclui-se que os acidentes de trânsito são os maiores responsáveis por óbitos de 0 a 14 anos no Brasil, correspondendo a 32,5% do total. Estes acidentes dizem respeito aos ocorridos como ocupantes do veículo, maioria, e atropelamentos. Ainda nessa plataforma, concluímos que a principal causa de internações, na faixa etária de 0 a 14 anos, se da pelas quedas (46,1%). Diante da necessidade, evidenciada nos dados, o projeto Criança Segura, foi desenvolvido pelo o Ministério da Saúde em parceria com a Instituição Criança Segura. O projeto tem atuação nacional com a missão de promover a prevenção de acidentes com crianças e adolescentes de até 14 anos de idade, por meio da formação de agentes de saúde e outros profissionais dos programas Saúde na Família, sobre a temática. Conclusão: No dia 30 de agosto, comemora-se o Dia Nacional de Prevenção de Acidentes com Crianças e Adolescentes, no Brasil é evidente a necessidade de políticas de prevenção voltadas para o assunto, especialmente para as causas mais comuns de acidentes. De acordo com a legislação, até os 10 anos de idade as crianças devem ser transportadas no banco traseiro do veículo automotivo, usando cinto de segurança. E, até os sete anos e meio elas precisam usar um dispositivo de retenção veicular (cadeirinha e bebê conforto). Esses dispositivos, quando usados e instalados de forma correta, reduzem em até 71% a chance de morte de uma criança em caso de acidente. Tais dados demonstram que essas medidas são eficazes e necessárias. Outras políticas de prevenção estão em vigor ou em discussão. Palavras-chave: Acidentes na infância. Prevenção de acidentes. Óbitos infantis.

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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA SÍFILIS GESTACIONAL EM RELAÇÃO ÀFAIXA ETÁRIA E A ESCOLARIDADE DAS GESTANTES

SILVA, N.G., PINA, L.F.S., MOLETA, B. M., NEDER, E.N., REZENDE, D.F., SPILLERE, A.M.B.

Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz, Cascavel, Paraná, Brasil.

Introdução: As doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) representam um sério problema na saúde publica mundial, dentre elas uma que merece destaque é a sífilis que tem se apresentado de forma crescente e de difícil controle. Dentre os casos de sífilis, a gestacional é preocupante haja vista que pode gerar a sífilis congênita e repercutir de formas graves como mortes neonatais, recém-nascidos prematuros ou de baixo peso e sequelas diversas da doença nos recém-nascidos vivos. Os casos de sífilis congênita podem estar fortemente relacionados a idade e escolaridades das gestantes acometidas por essa infecção. Objetivo: Em relação a relevância do tema e seus impactos na população e na saúde pública, em geral, o presente estudo teve como intuito, analisar o perfil epidemiológico da sífilis gestacional levando em consideração a faixa etária e instrução das portadoras desta patologia. Logo, teve o objetivo de ressaltar a importância da notificação compulsória dos casos da sífilis, da identificação dos fatores de risco, dos meios de prevenção eficientes dessa DST e, consequentemente, ocasionar também, com essas medidas, a diminuição da ocorrência de casos de sífilis congênita no país. Metodologia:Trata-se de uma revisão quantitativa em que as informações foram coletadas por meio do DATASUS e pelo sistema de informação de agravos de notificação (SINAN) em casos ocorridos no Brasil durante o período de 2008 a 2018. Resultados: Foram observados 296.582 casos de sífilis gestacional nos últimos 10 anos, sendo que em todos os anos observados o número de casos obteve um caráter progressivo. A maior prevalência foi encontrada em pacientes com idade entre 20 a 39 anos totalizando somente nesse público 211.803 casos, 71% do número total. Com relação a escolaridade, foi observada uma maior incidência em gestantes que possuem da 5 a 8 série do ensino fundamental incompleto contabilizando 59.947 casos em contrapartida ao número de gestantes com educação superior completa, que foi de 2.509, ou seja, cerca de 23 vezes menor.. Conclusão: Foi possível analisar que a sífilis gestacional é uma doença que, apesar de conhecida, foi observada crescente nos últimos anos, sendo que entre 2016 e 2017 o número de casos confirmados saltou de 41.411 para 53.830 e de 2017 a 2018 houve um aumento de 5192 casos de sífilis, mostrando assim um aumento preocupante no números de casos, o que mostra seu difícil controle. Isso, decorre do fato de que muitas pacientes não realizam a triagem para sífilis, não recebem tratamento ou realizam o tratamento inadequado da doença. O que condiz, na maioria dos casos, com a situação social dessas gestantes em que, dependendo da idade e esclarecimento intelectual, podem se tornar mais suscetíveis a contrair e/ou disseminar a doença e não participar do tratamento correto. Fato justificado pela falta de um amplo conhecimento das formas de prevenção ou pela falta de acesso ideal às condições de saúde. Portanto, fica evidente a necessidade de conhecer o público principal dessa doença afim de promover formas eficientes de prevenção. Bem como informar ao grupo de risco como se proteger da infecção, promover a saúde e dessa forma otimizar o diagnóstico precoce, a notificação dos casos confirmados e o processo de cura, com intuito de evitar evoluções mais graves da sífilis e a transmissão da doença e, finalmente, reduzir gradativamente os casos anuais dessa DST.

Palavras-chave: Sífilis; Sífilis Gestacional; Gestação; DST; Perfil-epidemiológico.

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SÍNDROME DA ABSTINÊNCIA ALCOÓLICA – RELATO DE CASO

Neto, Newton Gustavo de Toledo Nogueira, Santos, Ellen Priscilla, Scopel, Giulia Caroline Paes

Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz

INTRODUÇÃO: A Síndrome da Abstinência Alcoólica (SAA) é um conjunto de sinais e sintomas que ocorrem após a interrupção ou diminuição abrupta do uso crônico de álcool. Comumente manifesta-se com agitação, ansiedade, elevação da temperatura corporal, alterações de humor, tremores, náusea, vômito e taquicardia. Ademais, o quadro agravado leva a convulsões e Delirium Tremens (DT). As manifestações clínicas aparecem 8 horas após a retirada ou redução da ingesta alcoólica e o pico sintomático ocorre após 72 horas. Os sintomas diminuem significativamente entre o quinto a sétimo dia de abstinência. O DT se caracteriza por alucinações, ilusões, hiperatividade, alteração do nível de consciência, insônia, tremores e desorientação. Ainda é valido salientar que poucos profissionais da saúde foram treinados para identificar e tratar pacientes em DT, e a taxa de mortalidade para essa comorbidade varia de 5 a 25%, sendo que para o tratamento adequado utiliza-se benzodiazepínicos e neurolépticos. Evidencia-se assim, a relevância do relato do caso de uma Síndrome de Abstinência Alcoólica agravada com Delirium Tremens em um paciente do sexo masculino de 44 anos. DESCRIÇÃO DO CASO A.N.C., sexo masculino 44 anos. Paciente chega contido em maca pelo SAMU, desorientado em tempo e espaço, e incapaz de estabelecer contato, apresenta solilóquios, juízo crítico prejudicado. Irmão e cunhada são as fontes da anamnese. Etilista crônico há 20 anos, não ingeriu bebidas alcoólicas nos últimos 4 dias. O paciente começou a apresentar tremores após as primeiras horas de privação alcoólica. Foi encaminhado, após o segundo dia de abstinência, para a UPA devido à febre alta, temperatura não informada. Apresentou um episódio de crise convulsiva e foi mantido em observação por 1 dia. Ao retornar para casa o paciente apresentava alucinações (zoopsias) e delírios visuais, se auto-mutila (cortes nos braços), e tem atitudes agressivas para com os familiares. Foram acionados a polícia e o SAMU, levando-o à UPA de onde, foi direcionado à internamento em hospital psiquiátrico. Após internado, paciente medicado com diazepam, haloperidol e complexo B. Paciente em quarto para casos agudos, foram monitorados os sinais vitais e glicemia, e estimulado a ingesta hídrica e alimentar. No dia seguinte, apresentava hipertermia de 39°C; encontrou-se eupneico, e sem sinais ou sintomas infecciosos. Administrada dipirona para alívio de sintomas. Manteve-se em uso de benzodiazepínico, complexo B e neuroléptico, apresentando remissão dos sintomas de DT e abstinência. A Síndrome da Abstinência Alcoólica (SAA) agravada por Delirium Tremens (DT), como relatada no caso, é de grande seriedade dentro da prática médica, tanto por trazer sinais e sintomas que mimetizam outras patologias, como também por trazer risco de vida ao paciente e para quem está próximo a ele. Por se tratar de um diagnóstico clínico, o conhecimento dos sintomas iniciais, fatores de risco e diagnósticos diferenciais são de extrema importância para um tratamento adequado. No caso relatado o paciente apresentou inicialmente sintomas de SAA como tremores, convulsões,agitaçõa psicomotora e hipertermia, evoluindo para DT. Nota-se que é essencial para o diagnóstico, uma anamnese direcionada ao padrão de consumo de bebidas alcoólicas e a identificação da última ingesta alcoólica (padrão da patologia: início dos sintomas após 8 horas de abstinência alcóolica). O objetivo deste trabalho é evidenciar a relevância de uma SAA agravada com DT e a importância da capacitação profissional para diagnóstico precoce e tratamento adequado do paciente.

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OS DESAFIOS DA RADIOLOGIA DE EMERGÊNCIA NO BRASIL: UMA BREVE REVISÃO SCHNEIDER, N., FRARE, L. E. C., FRARE, M. C.

Universidade Estadual do Oeste do Paraná, campus Francisco Beltrão, Francisco Beltrão, Paraná, Brasil. Centro Universitário Assis Gurgacz, Cascavel, Paraná, Brasil.

Introdução: As situações de emergência estão presentes a todo momento no cotidiano da população brasileira, fazendo desse serviço uma das principais portas de entrada dos pacientes ao sistema de saúde. A radiologia é parte imprescindível no cuidado, manejo e encaminhamento de pacientes nesse departamento, uma vez que os achados geralmente determinam gravidade, diagnóstico e tratamento, durante e após o atendimento inicial. Tendo isso em vista, a existência de profissionais capacitados é demasiadamente importante para que seja prestado o atendimento adequado em cada caso e iniciado o tratamento ao paciente de modo rápido e eficiente. O fornecimento de serviços de imagem urgentes – radiologia de emergência – visa atender às necessidades de pacientes críticos, tanto dentro do hospital quanto fora dele. Contudo, pela observação da comum inexistência de radiologistas nos plantões brasileiros ou atribuição de atividades a residentes ou outros profissionais não especializados, entende-se que alguns centros hospitalares concedem pouca importância para essa etapa de diagnóstico. Objetivos: Possibilitar a maior visibilidade e análise dos desafios enfrentados pela radiologia de emergência no Brasil, bem como os impactos observados na qualidade do atendimento ao paciente nos departamentos de emergência. A importância do presente trabalho é acrescida, ainda, pela rara existência de estudos brasileiros sobre o assunto abordado, ressaltando a necessidade de aprofundamento em tal temática. Metodologia: O método utilizado foi revisão de literatura acerca de artigos datados de 2006 a 2019 disponíveis nas bases de dados MEDLINE, SciELO e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), das quais nove obras foram selecionadas para análise, bem como, a consulta de bibliografia disponível na biblioteca do Centro Universitário Assis Gurgacz. A pesquisa foi realizada nos meses de junho e julho de 2019 a partir dos descritores: Radiologia, Emergência, Politrauma e Diagnóstico de imagem. Resultados: O tempo de internação, aumento dos custos incorridos durante a hospitalização e piores prognósticos dos pacientes demonstraram-se estar relacionados aos atrasos no tempo de disponibilização de imagens e laudos para fornecimento aos médicos de emergência seus achados. O atendimento ao paciente no departamento de emergência é, visivelmente, otimizado quando os radiologistas estão disponíveis imediatamente. Tem-se, assim, que a radiologia de emergência, com qualidade, pode impactar, positivamente, o manejo e saúde dos brasileiros. A colocação típica do departamento de radiologia num local, muitas vezes isolado e suas limitações em número de praticantes dedicados, geraram um espectro de preocupações, uma vez que as demandas da emergência não são devidamente supridas. Observa-se, ainda, que as transações profissionais entre médicos e radiologistas de emergência funcionam, essencialmente contra, a sensibilidade do trabalho em equipe, fundamental na medicina de emergência. Por fim, foi observado que há oferta de pouquíssimas bolsas e incentivos dedicados à radiologia de emergência, visto que os mentores não são abundantes e é diminuto o reconhecimento dessa especialização, e, consequentemente, os entusiastas apenas vagam pela radiologia de emergência, ao invés de serem direcionados para ela. Conclusão: Dado o exposto, conclui-se que todos os hospitais devem ter uma unidade específica para imagens urgentes, cuja unidade deve ser grande o suficiente para suprir a demanda de atividades e dotada dos recursos humanos, tecnológicos, estruturais e organizacionais necessários para cumprir com as necessidades radiológicas dos departamentos de emergência, o que não ocorre com excelência no Brasil. A radiologia emergencial, além de necessitar mais estudos, ainda precisa de reconhecimento geral e valorização por parte dos estudantes, médicos, docentes da área de saúde, outros profissionais, do governo e dos leigos para prosperar. Ademais, destaca-se a necessidade de implementação de mais vagas para tal especialização, além de incremento no piso salarial do radiologista, o qual aumentaria o interesse de partícipes no Brasil. Palavras-chave: Radiologia, Emergência, Politrauma, Diagnóstico de imagem.

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DEMÊNCIA CÉREBRO VASCULAR

Patrícia Lourenço Mendonça, Lidia Yanka Hoffmann e Brenda Zappelini

Introdução: Um dos desafios atuais é a promoção da saúde frente ao envelhecimento. Em nível mundial, o número de pessoas com demência já se encontra elevado, e estima-se a quase duplicar a cada 20 anos. Uma vez que não existe cura ou reversão da degeneração neurológica, resulta num grande efeito na vida dos portadores e cuidadores, tornando-se uma prioridade de saúde pública, ocasionando gastos diretos e indiretos. Assim, é necessário o desenvolvimento de medidas publicas de conscientização da população e programas de reabilitação específicos para os pacientes com demência objetivando minimizar a velocidade da progressão dos sintomas. A demência cerebrovascular (DCV) está em segundo lugar como causa de deterioração cognitiva em pacientes com idade avançada. A DCV relaciona-se a um quadro de pior cognição, institucionalização e morte. Assim, destaca-se a importância do controle dos fatores de risco como: HTA (hipertensão arterial), tabagismo, diabetes, dislipidemias, doença cardiovascular, AIT (acidente isquêmico transitório) e AVC e abuso de álcool. O principal fator de risco é a HTA. A identificação precoce da DCV é essencial, pois objetiva-se reduzir a rapidez do avanço do quadro clínico. Objetivos: Esta revisão de literatura em como objetivo um melhor entendimento da DCV que tem alta prevalência na população mais idosa, considerando que no contexto mundial há uma forte tendência da população idosa aumentar e atingir idades cada vez mais avançadas. Sendo uma demência que possui alguns dos seus fatores de risco potencialmente modificáveis, fica evidente a importância dessa revisão bibliográfica. Métodos: Revisão de Literatura com base em dados do Scielo. Resultados: Um paciente com uma possível síndrome demencial, a anamnese e o exame neurológico são de extrema importância. Sendo essencial questionar como evoluiu o declínio cognitivo, se teve inicio abrupto e alterações ao exame de imagem sugere-se sobretudo a causa vascular com etiologia da demência. È necessário haver uma relação cronológica entre um evento vascular cerebral, como: um AVC e o inicio do quadro que clinicamente pode se apresentar como uma deterioração abrupta das funções cognitivas ou por déficits cognitivos com aparecimento em “degraus”. Na DCV os sintomas são bastante variáveis e dependem da natureza da lesão cerebral, da área cerebral e da extensão acometida. A velocidade de progressão da DCV varia de um paciente para outro. Os tipos mais comuns de DCV são: Demência dos grandes vasos ou cortical/ demência de multi-enfartes; demência pequenos vasos ou demência subcortical e demência de enfarte estratégico. Outros tipos incluem: demência mista (Demência de Alzheimer com DCV) e demência vascular hereditária. A demência de grandes vasos é mais associada a sinais neurológicos focais e os déficits cognitivos dependem da localização, número e tamanho das lesões. Na demência de pequenos vasos subcorticais perfurantes é comum apresentar déficit no funcionamento atencional e executivo, no desempenho motor e processamento de informações mais lento, pode haver propensão para perturbações de humor (depressão e labilidade emocional). Já na demência por infarto estratégico, que tem origem em um único infarte de localização especifica, sendo associada a uma síndrome cognitiva definida pela localização da área afetada. Por exemplo, a síndrome talâmica os sintomas são: amnésia, fluência verbal reduzida, controle mental diminuído e linguagem intacta. Concluímos a importância da realização de um diagnostico precoce baseado em uma anamnese e exames clínicos e de imagens neurológicos que indique a causa vascular como fator predominante da etiologia da demência, assim como, o conhecimentos dos mais variados sintomas. Estando ciente dos fatores de risco potencialmente modificáveis podemos intervir na tentativa de evitar que o quadro demencial se instale, já que o mesmo não tem cura.

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A IMPORTÂNCIA DA FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA EM CASOS DE FIBROSE CÍSTICA

ANGONESE, Rafaela Caroline; PEREIRA, Maria Eduarda Bertol D’Àvila; Departamento de Medicina. Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz, Cascavel – PR

Uma das mais comuns doenças genéticas hereditárias é a fibrose cística, também conhecida como mucoviscidose, de caráter recessivo e que acomete ambos os sexos. Afeta os aparelhos respiratório, digestório, reprodutor e as glândulas sudoríparas. Como característica dessa doença, as secreções internas tornam-se mais espessas e pegajosas, tornando o organismo suscetível a inflamações e infecções. A fisioterapia respiratória é uma das modalidades de tratamento que emprega técnicas manuais com o objetivo de desobstruir as vias aéreas, para assim melhorar a ventilação pulmonar. Esse tratamento é fundamental e deve fazer parte do cotidiano do paciente, variando de acordo com indicações de especialistas, e suas diferentes técnicas devem ser adequadas a cada indivíduo de acordo com suas necessidades por um profissional. Este trabalho teve por objetivo abordar sobre a fibrose cística e os principais recursos utilizados pelo fisioterapeuta presentes na fisioterapia respiratória. Além disso, busca abordar acerca das técnicas utilizadas para fins de desobstrução das vias aéreas e eliminação de secreções. Este trabalho foi desenvolvido em forma de uma revisão bibliográfica, por meio da análise de trabalhos científicos relevantes na literatura médica em relação a fibrose cística e a fisioterapia respiratória como um de seus tratamentos, nas bases PUBMED, Cochrane e Google Acadêmico. A fisioterapia respiratória vem a ser uma forma de tratar pacientes com fibrose cística, a qual deve ser realizada com regularidade, ao longo da vida do paciente e de acordo com suas necessidades. Essa terapia inclui como técnicas a drenagem postural, percussão pulmonar, vibração manual, drenagem autógena, técnica do ciclo ativo da respiração, pressão expiratória positiva e exercícios respiratórios. A drenagem postural utiliza o posicionamento invertido com o objetivo de encaminhar a secreção para as vias aéreas proximais e centrais, através da ação da gravidade, eliminando-a por meio da tosse. Na percussão pulmonar são geradas vibrações transmitidas aos pulmões, para ocorrer a mobilização da secreção. A vibração manual consiste na aplicação de movimentos ritmados apenas durante a expiração, diferente da mecânica que acaba substituindo a manual devido a não exigência de esforços musculares provenientes do fisioterapeuta. Além disso, na drenagem autógena é utilizado um alto fluxo expiratório que produz uma força de tensão nas vias aéreas que pode remover o muco das paredes dos brônquios. Ademais, a técnica do ciclo ativo da respiração é utilizada para mobilizar e limpar o excesso de secreção nos brônquios e pulmões. Por fim, pressão expiratória positiva consiste em realizar uma expiração contra uma resistência ao fluxo para remover as secreções em direção às vias aéreas de maior calibre, além dos exercícios respiratórios que são fundamentais para a aprendizagem de um padrão normal de respiração. Conforme o exposto neste trabalho, conclui-se que a fisioterapia respiratória tem-se mostrado com um importante papel no tratamento de pacientes com fibrose cística, ajudando na melhoria da ventilação e na desobstrução das vias. Dessa forma, o emprego de suas diversas técnicas, usadas de acordo com a necessidade de cada paciente avaliada por um profissional da área, é essencial e eficaz para o tratamento da fibrose cística.

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ASPECTOS CLÍNICOS E GENÉTICOS DA SÍNDROME DE RILEY-DAY

SCHMITT, R.F., BARROS, V.F., HIRONO, L.M, JÚNIOR, A.P.F.

Departamento de Medicina. Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz, Cascavel – PR

Introdução: A Disautonomia Familiar é uma doença hereditária autossômica recessiva considerada muito rara. Segundo a Familial Dysautonomia Foundation, hoje, há apenas 350 pessoas portadoras da síndrome em todo o mundo, porém praticamente exclusivo entre descendentes de judeus Ashkenazi. Ela é causada por uma mutação do gene IKBKAP e é conhecida pela ausência total de sensibilidade a dor e a temperatura dos pacientes, entretanto, outras alterações físicas e fisiológicas, menos conhecidas, ocorrem nos portadores. Objetivos: Esse artigo busca compilar informações a respeito dessa que é uma das doenças mais raras do mundo, para auxiliar na divulgação da clínica e genética para aqueles que desconhecem tal patologia. Métodos: Foram utilizados dados e pesquisas divulgados em 25 artigos de revistas nacionais e internacionais, através das bases de dados Scielo e Pubmed, utilizando a metodologia de revisão de artigos científicos. Para a pesquisa foram utilizadas as seguintes palavras-chave: Riley-Day; Disautonomia Familiar; síndrome; epidemiologia; mutações. Resultados: Foram encontradas informações importantes como a primeira descrição da síndrome pelos médicos Conrad Milton Riley e Richard Lawrence Day em 1949 como uma doença fatal, com expectativa de vida em torno dos cinco anos, e os aprimoramentos científicos que permitiram que, em 1993, fossem reconhecidas e compreendidas as alterações genéticas causadoras dos sinais e sintomas. Essas alterações são responsáveis por reduzir o nível de proteína IKAP normal nos tecidos cerebrais e, como consequência, ocorre a baixa expressão de determinados genes de motilidade celular. A IKAP é encontrada em órgãos periféricos e principalmente em retina e sistema nervoso, assim, com os baixos níveis da proteína, diversas funções celulares são prejudicadas, como autofagia, regulação da transcrição gênica e metabolismo. A principal consequência é o atraso no desenvolvimento neuronal e mielinização durante a embriogênese. Os pacientes, portadores da síndrome já nascem sem os reflexos básicos de sucção e deglutição, instabilidade da pressão arterial e da temperatura corpórea, além da ausência da produção de lágrimas. Ademais, outras alterações aparecerão ao longo da vida, como episódios de apneia que podem levar à perda de consciência, escoliose severa, atraso no crescimento, disfunções gastrointestinais, distúrbios de motilidade e crises de vômitos. Além dos sistemas afetados, indivíduos com a síndrome têm maior tendência a acidentes, já que o corpo não processa os sinais de lesão, sendo assim os portadores não sentem dor em cortes ou queimaduras. Conclusão: A Síndrome de Riley-Day ainda possui muitos fatores clínicos e genéticos desconhecidos, apesar disso não deve ser ignorada. É fundamental propagar informações sobre ela, especialmente a médicos, para que possam reconhecer e encaminhar da maneira certa os pacientes portadores. Palavras-chave: Riley-Day; Disautonomia Familiar; síndrome; epidemiologia; mutações.

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REPARAÇÃO DO ESCALPO VIA RETALHO MICROCIRÚRGICO DO MÚSCULO GRANDE DORSAL: RELATO DE CASO

Raphael Henrique Franklin De Andrade, Gabriela Cristina Dantas, Pedro Gabriel Graminha Mazo , Lucas Renan Da Silva , Lorraine Agostini De Souza Mafra , Vitor Verona Ceni , Bruno Faggion, Miguel Bailak

Neto Curso de Medicina, Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Cascavel

Departamento de Medicina. Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz, Cascavel – PR

Introdução O escalpelamento trata-se de um termo que designa um trauma de grande energia sobre a área do couro cabeludo do segmento encefálico, com perda parcial ou total do componente cutâneo e elementos adjacentes. Pode ser resultante de diferentes mecanismos de trauma como nas ações contundentes (acidentes automobilísticos/motociclísticos) ora instrumentos contusos no manejo de maquinários industriais, mordeduras de animais, além de acidentes com motores de embarcações ou equipamentos agrícolas. Nessas situações, as lesões por escalpelamento dependem da área de exposição e tempo de duração do elemento ocasionador do trauma. Em situações fisiológicas, o escalpo é constituído de pele, tecido conectivo subcutâneo, aponeurose, tecido conectivo frouxo e pericrânio, de tal modo, que em situações danosas seja imprescindível a avaliação de quais estruturas foram lesadas e o grau de profundidade. No que diz respeito as intervenções cirúrgicas, devem ser levadas em consideração os fatores causadores, extensão do trauma e características individuais. De maneira geral, as técnicas mais utilizadas são enxertos parciais ou totais, retalhos livres ou pediculados, sendo que o tratamento deve seguir os princípios de reconstrução combinando resultado estético e funcional. A apresentação clínica do escalpelamento é multifacetada e provoca severas sequelas psicoemocionais acometendo a autoestima de maneira ímpar. É necessário salientar a importância de estabelecer-se um programa integrado constituído de vários profissionais, médicos, enfermeiros, psicólogos e sociedade, buscando uma melhor reinserção social e livre de preconceitos estéticos. Relato de caso Paciente I. A. D., sexo feminino, 3 anos e 1 mês, acompanhante relatou que paciente sofreu um acidente há cerca de 4 meses, onde seu cabelo foi puxado por um eixo cardan de equipamento agrícola, culminando na avulsão total do couro cabeludo, com perda de segmento cutâneo, subcutâneo e epicrânio com exposição óssea completa e a amputação da orelha esquerda. Na ocasião, a paciente foi encaminhada ao hospital São Lucas, no município de Cascavel, onde inicialmente foi feito o debridamento da lesão. Não possível reconstrução direta com o segmento avulsionado tendo em vista que a peça acabou sofrendo laceração e esmagamento no eixo cardan. A paciente permaneceu internada por 03 dias. Em seguida, foi encaminhada à Curitiba, para o Hospital Erasto Gaertner, para a confecção de um retalho microcirúrgico do músculo grande dorsal direito, para cobertura de uma área com pouco tecido na região occipital. Não foi possível a cobertura do crânio superior tendo em vista a idade da paciente, sendo optado por aguardar o processo de granulação proveniente de áreas de fontanela, sem a necessidade de abertura óssea ou qualquer outra intervenção. Ainda no internamento em Curitiba, a paciente fez uma infecção por KPC multirresistente, com necessidade de internamento na unidade de terapia intensiva e uso de antibiótico de amplo espectro. Com o controle do quadro de infecção, foi transferida ao Hospital Universitário do Oeste do Paraná há 3 semanas, onde passou por enxerto dermo-epidérmico da região frontal com pele parcial e no restante, foi utilizado o recurso do Meshgraft. Conclusão A reconstrução do couro cabeludo é um grande desafio para cirurgiões plásticos, trata-se de um procedimento complexo, realizado em centros especializados, com equipe treinada, que trata escalpelamentos de diferentes causas e mesmo quando bem executado, ainda pode deixar consequências significativas para a vida do paciente. No caso detalhado, a técnica do retalho microcirúrgico do músculo grande dorsal, mostrou-se fundamental para a cobertura de grande área de comprimento e pouca espessura muscular em associação posterior com auto-enxertos de pele da região frontal com a utilização da técnica expansora de Mashgraft, possibilitando-se assim uma maior taxa de sucesso na aceitação e finalidade dos tecidos transplantados, resultando em um bom prognóstico.

ANAIS DO III CONGRESSO MÉDICO UNIVERSITÁRIO DO OESTE DO PARANÁ – doi.org/10.35984/fjh.v1i3.121

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ARTIGO DE REVISÃO SOBRE O LEIGO E A IMPORTÂNCIA DE SUA FORMAÇÃO EM SUPORTE BÁSICO DE VIDA

OTAVIANO, R. G, RAMOS, R. N

Departamento de Medicina. Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz, Cascavel – PR

Introdução: É comum se ter notícias midiáticas sobre pessoas que vem a óbito por Parada Cardiorrespiratória (PCR) e não houve tempo da vítima chegar com vida até o atendimento hospitalar. Essa é a realidade brasileira, que apresenta preocupações com o fornecimento de treinamentos aos profissionais de saúde, mas, muitas vezes é o leigo que dará o primeiro atendimento àquela pessoa¹. Por isso, é necessário se discutir sobre a importância de proporcionar ao cidadão leigo uma capacitação mínima para salvar vidas e prevenir sequelas até que a vítima possa ter o atendimento por uma equipe especializada. Objetivos: Mostrar a importância de se ampliar o conhecimento do Suporte Básico de Vida (SBV) nas escolas e para cidadãos em geral e contribuir com informações que incentive novas pesquisas sobre o assunto. Delineamento e Metodologia: Esse estudo é uma revisão de literatura com buscas de dados bibliográficos que abordam projetos publicados em educação de primeiros socorros que já acontecem no âmbito escolar e títulos que relacionem a atuação do leigo diante de alguém com PCR. Após a leitura e análise, houve um cruzamento dessas informações comparando a eficiência qualitativa e quantitativa de salvar vidas entre países que fazem capacitação de SBV ao leigo e países que não fazem. Resultados: Ao se buscar informações sobre a relação do “leigo” e “SBV”, poucos estudos foram encontrados, o que demonstrou escassez de trabalhos científicos sobre o tema. Nos últimos cinco anos, há pesquisas brasileiras sobre a educação em SBV no âmbito escolar. Algumas delas tiveram em comum observar a eficácia da ação educativa de salvar vidas incentivando as crianças para que elas reconheçam a importância disso. Já em relação ao leigo, foi possível analisar que diante de uma PCR, a maioria tem como conhecimento o senso comum, sem fundamentação teórica e nem preparo psicológico para enfrentar a situação². Somando-se esses fatores, resulta-se na redução da chance de sobrevivência da vítima e a maioria vem a óbito antes de chegar ao hospital. O acesso ao ensino de RCP no Brasil é ineficiente ao leigo. Em contrapartida, a Noruega iniciou capacitação escolar de SBV no ano de 1961. Já na Dinamarca no ano de 2005, o treinamento em RCP tornou-se obrigatório para todos os alunos com mais de 11 anos³. Nesse último país, há registros de sobrevivência triplicada de vítimas por PCR nos últimos seis anos. No Brasil, há informações de que o primeiro obstáculo nos treinamentos é o custo do manequim utilizado para que os alunos exercitem as compressões torácicas. No entanto, a Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo já realiza treinamentos desde 2001 e recentemente tem como meta iniciar aulas teóricas e práticas para alunos das escolas a partir do oitavo ano do ensino fundamental, visto que, diante de experiências de treinamentos em escolas brasileiras, os alunos participaram de forma ativa e demonstraram interesse pelo assunto. Considerações finais: Diante de um PCR a primeira pessoa a prestar socorro à vítima, geralmente, não é o profissional de saúde treinado. É aquele cidadão leigo, que pode ficar desesperado na tentativa de fazer algo sem ter capacitação adequada podendo alterar o prognóstico da vítima. O ensino escolar é um local apropriado para se aprender sobre o SBV, já que o estudante será o cidadão do futuro. Assim, é necessário que haja maior análise e discussão sobre o tema, pois o leigo é, muitas vezes, o protagonista de um pré-atendimento e sua atitude poderá determinar o rumo da vida que está em suas mãos. Palavras-chave: Leigo, Parada Cardiorrespiratória, Suporte Básico de vida.

ANAIS DO III CONGRESSO MÉDICO UNIVERSITÁRIO DO OESTE DO PARANÁ – doi.org/10.35984/fjh.v1i3.121

FAG Journal of Health – ISSN 2674-550X, 2019, v.1, n.3, p.126

IMPACTO DA ADERÊNCIA A PROTOCOLOS DE DESMAME DA VENTILAÇÃO MECÂNICA INVASIVA NOS DESFECHOS CLINICAMENTE RELEVANTES EM PACIENTES ADULTOS

ANDRIONI, R. A. F. Departamento de Medicina/Centro de Ciências da Saúde/Universidade Estadual do Oeste do Paraná

(UNIOESTE), Francisco Beltrão, Paraná, Brasil.

Introdução: Apesar de o suporte ventilatório mecânico ser uma modalidade crítica de suporte à vida em pacientes que tenham desenvolvido quadro de insuficiência respiratória, estudos evidenciaram que o desmame ventilatório prolongado e a falha na extubação estão associados a uma maior mortalidade hospitalar, maior tempo de internação e custos mais elevados. Outros autores mostraram que o tempo de ventilação mecânica invasiva (VMI) longo é um fator de risco para o desenvolvimento de pneumonia associada à ventilação mecânica (PAVM). Portanto, a Diretriz Brasileira de Ventilação Mecânica de 2013 recomenda que o paciente seja retirado da VMI o mais rápido quanto clinicamente possível; e, destaca os parâmetros e sinais clínicos a serem seguidos como protocolo para um desmame adequado e posterior extubação. Objetivo: Analisar o impacto da aderência a protocolos objetivos de desmame da VMI e extubação, associados ao julgamento clínico, nos desfechos clinicamente relevantes em pacientes adultos. Delineamento e Metodologia: Este estudo se trata de uma revisão de literatura, englobando artigos, publicados entre 2009 e 2019, que evidenciam as consequências do uso de protocolos de desmame da VMI e extubação; utilizando as bases de dados PubMed e Scielo. Resultados: Verificou-se que grupos de pacientes em VMI, submetidos a protocolos, apresentaram duração média de ventilação mecânica reduzida em 25% (P = 0,006); duração do desmame reduzida em 78% (P = 0,009) e diminuição do tempo de permanência na UTI em 11% (P = 0,01). Houve diferença nas taxas de sucesso da extubação entre um grupo submetido a protocolo e outro não (86,7% e 69,6%, respectivamente com p < 0,001). A redução do risco absoluto para reintubação mostrou uma diminuição de 33,9% em pacientes que utilizaram ventilação não-invasiva imediatamente após a extubação. Conclusão/Considerações finais: Verifica-se, com esta revisão, a importância que deve ser dada ao processo de retirada da VMI, utilizando protocolos embasados cientificamente. Há benefícios significantes na reabilitação, evitando a reintubação e complicações provenientes do tempo de VMI. Além disso, o uso de um protocolo de desmame pode melhorar o processo decisório, reduzindo a possibilidade de falhas no desmame. Palavras-chave: desmame do respirador, ventiladores mecânicos, protocolos clínicos.

ANAIS DO III CONGRESSO MÉDICO UNIVERSITÁRIO DO OESTE DO PARANÁ – doi.org/10.35984/fjh.v1i3.121

FAG Journal of Health – ISSN 2674-550X, 2019, v.1, n.3, p.127

TRATAMENTO DO INFARTO AGUDO RENAL COM TROMBÓLISE: RELATO DE CASO

Araújo, Ricardo, Beiral, Barbara, Fidalski, Clecio, Muraro, Gabriella, Scarpa e Silva, Fábio

Departamento de Medicina. Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz, Cascavel – PR

INTRODUÇÃO Um dos distúrbios de coagulabilidade amplamente conhecido é o infarto, que se caracteriza pela morte de uma área do tecido afetado devido alguma falha no desenvolvimento da hemostasia, definida como um processo extremamente regulado que mantém a fluidez do sangue nos vasos (Kumar, Abbas, & Fausto, 2016). Sob esse prisma, a injuria endotelial vascular ou a formação de coágulos sanguíneos no lúmen de vasos previamente intactos são outros fatores que englobam possíveis etiologias da patologia em questão. Os rins são órgãos favoráveis para o desenvolvimento de infartos. O rim esquerdo é frequentemente acometido por êmbolos, devido o trajeto oblíquo de sua artéria. Casos em que há obstrução parcial da artéria renal, não gera, necessariamente, um quadro sintomático, entretanto, pode levar a uma intensa dor no flanco do lado acometido, acompanhada de náuseas e febre. Já a obstrução total pode acarretar a interrupção da função do órgão, provocando insuficiência renal aguda.Devido esse ser um evento de baixa incidência na prática clínica, seu diagnóstico, realizado com o auxílio de exames de imagens, como a angiografia, costuma ser tardio e distorcido com outras patologias mais comuns e sintomaticamente semelhantes, como a litíase renal. Em relação ao tratamento, não há consenso se deve ser feito apenas com a administração de anticoagulantes, infusão de trombolíticos no ambiente intravascular ou medidas invasivas, como as cirurgias. DESCRIÇÃO DO CASO E.M.O, sexo masculino, 34 anos, branco, fumante, chega ao consultório queixando-se de orquialgia no lado direito há quatro dias, sem aumento visível do volume testicular. O paciente fez uso prévio de ácido isobutilpropanoicofenólico para alívio da dor, porém sem sucesso. Constatou-se a presença de safenectomia bilateral na história patológica pregressa. Ao exame físico, a palpação renal e testicular se apresentaram normais. Foi solicitada uma ecografia que apontou um cisto cortical no polo superior do rim esquerdo e ausência de anormalidades no rim direito, testículos e bexiga. No dia seguinte, o paciente retornou ao consultório queixando-se da constância e intensidade da dor que estava localizada, agora, na região do flanco direito. Sob a suspeita de litíase renal, solicitou-se urotomografia, porém o exame demonstrou sinais de oclusão em ramos do segmento superior da artéria renal direita, com infarto parcial associado. Ademais, foram notados sinais sugestivos de lentificação do fluxo das veias ilíacas comuns, internas e externas, aproximando a hipótese de trombose associada à algum distúrbio de hipercoagulabilidade. Dessa forma, foi encaminhado para internação hospitalar para anticoagulação, visando a desobstrução da artéria afetada. Entretanto, não houve evolução favorável, pois o paciente ainda se queixava de dor. Realizou-se então punção na artéria braquial direita, inserindo um cateter que percorreu, sucessivamente, a artéria subclávia direita, a artéria aorta até a artéria renal direita e seus ramos. Ao injetar contraste no ambiente intravascular, forams evidenciados, pela arteriografia, coágulos obstruindo a artéria renal polar superior direita. Mediante isso, foi administrado Alteplase (rt-PA) via infusão pelo cateter, para realizar o processo de trombólise, que foi efetivado com sucesso. Foi prescrito o uso de Rivaroxabana 20mg, uma vez ao dia. O paciente obteve melhora, recebeu alta e foi encaminhado para acompanhamento ambulatorial.CONCLUSÃO Devido o infarto renal ser um evento raro na prática clínica, costuma ser subdiagnosticado. Entretanto, deveria ser considerado diagnóstico diferencial de cólica renal, devido a semelhança sintomática. Assim, se diagnosticado prematuramente, as chances da função renal ser comprometida são menores. Apesar do prognóstico terapêutico ser incerto, o presente relato exemplificou como a fibrinólise local, utilizada no paciente em questão, tem promovido um avanço no tratamento do infarto renal, proporcionando, assim, a recuperação da função do órgão, devido a revascularização do vaso obstruído, bem como, a substituição de procedimentos cirúrgicos invasivos. Palavras-Chave: infarto renal, rim, tratamento, trombólise.

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FAG Journal of Health – ISSN 2674-550X, 2019, v.1, n.3, p.128

UM ESTUDO DE REVISÃO: SÍNDROME DA ÍRIS EM PLATEAU

PAGANIN, R., MORAES, L. S., BALDISSERA, L. P. B., PERUSINI, Y. M., AGUIAR, A. C. R. SOARES, C. F. P.

Departamento de Medicina. Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz, Cascavel – PR

Os processos glaucomatosos referem-se a situações que elevam a pressão intraocular (PIO), podendo causar aos pacientes uma lesão no nervo óptico, podendo acarretar em alterações na funcionalidade da visão. Algumas alterações anatômicas podem prejudicar o fluxo do humor aquoso que é produzido pelo corpo ciliar na câmara posterior do olho e absorvido no ângulo da câmara anterior, podendo resultar na elevação da PIO. Dentre as alterações anatômicas pode-se citar a síndrome da íris em plateau, originada de alterações no fluxo do humor aquoso, por uma íris em configuração plana, que quando se manifesta em sua forma completa pode ser considerada rara. Esse trabalho teve como objetivo levantar as características da síndrome da íris em plateau, buscando descrever o mecanismo de ocorrência do problema e suas características. Para o desenvolvimento desse trabalho, levou-se em consideração o método de revisão de literatura, em que o tema foi pesquisado em trabalhos científicos relacionados. Observou-se que a síndrome da íris em plateau provoca o fechamento primário do ângulo do olho, resultando em frequente elevação da pressão intraocular de forma aguda, o que pode levar ao quadro de lesão glaucomatosa do nervo óptico, sendo classificado como dano estrutural, e consequentemente em danos funcionais para o campo visual do paciente. Verificou-se que a síndrome pode apresentar duas configurações diferentes sendo classificadas como a completa e a incompleta. A forma completa representa a situação clássica e rara da síndrome, sendo que a manifestação de uma crise congestiva se apresenta mesmo após a eliminação do bloqueio pupilar, levando ao fechamento completo do ângulo e consequentemente elevação aguda da PIO. Estudos ainda apontam que os olhos com configuração de íris em plateau, apresentaram estatisticamente menor comprimento axial e maior espessura central da córnea do que o glaucoma primário de ângulo aberto com olhos de ângulo estreito. Além disso, em 2008 Diniz Filho et al., em um estudo com 228 pacientes, relataram que a configuração da íris em plateau estava presente em 10,2% dos pacientes com glaucoma primário de ângulo aberto e seio camerular estreito e em 6,3% dos pacientes com glaucoma primário de ângulo fechado, assim como que as características biométricas foram semelhantes para olhos com a configuração completa e incompleta da síndrome, exceto para a distância do processo irio-ciliar. Conclui-se com essa revisão que a síndrome da íris em plateau é uma patologia causada por variações anatômicas na configuração da íris, que pode manifestar-se de forma completa (fechamento angular completo), provocando uma elevação aguda da pressão intraocular, ou de forma incompleta (fechamento angular parcial) em que a pressão intraocular não se eleva de maneira aguda. Porém em ambas as situações a elevação da pressão intraocular pode gerar lesão no nervo óptico do paciente. Palavras-chave: Oftalmologia. Plateau. Glaucoma.

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FAG Journal of Health – ISSN 2674-550X, 2019, v.1, n.3, p.129

PERFIL DOS PACIENTES COM DOENÇAS CARDIOVASCULARES ATENDIDOS PELO SERVIÇO AEROMÉDICO DO CONSAMU NO ANO DE 2018

SANTOS, Rita de Cássia. V., VOIGT, Alexia. D., GABARDO, Barbara. B., OLIVEIRA, João Airton., STEIN,

Leticia. T., NICÁCIO Rodrigo.

Departamento de Medicina. Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz, Cascavel – PR

Introdução: O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) no Oeste do Paraná é operacionalizado pelo Consórcio Intermunicipal SAMU Oeste Paraná (CONSAMU), implantado na região, com base na Política Nacional de Urgências de 2013, em 25 de junho de 2012, com abrangência em 43 cidades da 10° e 20° Regionais de saúde, a equipe de Transporte aeromédico, foi integrada ao consórcio em 2014, por meio do Programa Paraná Urgência, com o objetivo de realizar atendimentos pré e Interhospitalares de urgência, em situações de alta complexidade. Objetivo: Traçar o perfil epidemiológico dos atendimentos realizados pelo serviço Aeromédico do CONSAMU com causas cardiovasculares, no período de janeiro de 2018 até dezembro de 2018. Delineamento e Metodologia: Estudo descritivo de natureza exploratória, abordando de forma retrospectiva e quantitativa o perfil epidemiológico dos pacientes cardíacos atendidos pelo serviço de transporte aeromédico interhospitalar e pré hospitalar, vinculado ao consórcio intermunicipal SAMU oeste, tendo sido realizado no Munícipio de Cascavel, Paraná. Foram incluídos todos os pacientes de causa cardiovascular atendidos pelo serviço de transporte aeromédico entre o período de 01 de janeiro de 2018 a 31 de dezembro de 2018. A coleta de dados foi realizada por meio de informações registradas nos prontuários clínicos, considerando-se variáveis como sexo e idade. Resultados: No período estudado, foram registradas 168 ocorrências atendidas pelo serviço de transporte aeromédico com causas cardiovasculares, apresentando sintomas como angina, dispneia, palpitação, síncope, entre outros. Sendo a queixa cardiovascular a mais predominante dentre as 481 ocorrências com causas clinicas diversas observadas. Quando relacionadas ao sexo, nota-se que a maioria, 105 pacientes (62,5%) eram do sexo masculino enquanto 63 casos (37,5%) eram do sexo feminino. Já relacionado à idade a maior prevalência dos atendimentos de homens foi com 70 anos ou mais: 35 pacientes (33,33%), seguidos por 60 a 69 anos: 34 pacientes (32,38%). Nos atendimentos do sexo feminino constatou que 21 (33,33%) ocorrências tinham 70 anos ou mais, seguido por 20-39 anos com 20 (31,74%). Conclusão/Considerações finais: Por meio da analise de dados, é possível observar que o perfil dos pacientes atendidos, apresenta uma predominância do sexo masculino. Tal predominância também é percebida em estudos de diferentes regiões brasileiras, como afirma Cardoso et al. (2014),“dos 220 casos atendidos pelo Sistema de Resgate Aeromédico na Região Metropolitana de Campinas, a maioria (173 - 78,6%) era do sexo masculino”, corroborando a informação oferecida pelo estudo em questão. Além disso, outros estudos nacionais (COLLAÇO, 2011; MAIA, 2015), e internacionais (TORRES, 2006) confirmam essa prevalência. No Brasil, observa-se que existe uma maior mortalidade masculina em, praticamente, todas as idades. Com base nesses indicadores o Ministério da Saúde implementou em 2008 a “Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem”, com intuito de aumentar a expectativa de vida e reduzir os índices de morbimortalidade por causas preveníveis e evitáveis nessa população. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2008). Palavras-chave: cardiovascular; aeromédico; SAMU;

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FAG Journal of Health – ISSN 2674-550X, 2019, v.1, n.3, p.130

COMPREENSÃO DE MORTE ENCEFÁLICA: UM DESAFIO PARA A DOAÇÃO DE ÓRGÃOS NO BRASIL

ROCHA, M. C.

Departamento de Medicina. Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz, Cascavel – PR

INTRODUÇÃO A morte encefálica (ME) é o estado clínico definido pela perda completa e irreversível das funções encefálicas, secundária à parada total da atividade funcional do cérebro e do tronco encefálico. Esta condição clínica contribui para a doação de órgãos para vários pacientes, entretanto, existe um abismo entre o doador e o receptor, que consiste em uma série de fatores como: o diagnóstico preciso da ME e o consentimento dos familiares do possível doador em tempo hábil, exigindo uma aceitação e a compreensão deste diagnóstico pelos familiares. OBJETIVO Abordar aspectos relacionados as dificuldades da compreensão e aceitação da ME relacionada com a doação de órgãos, bem como os motivos para a renúncia do procedimento. MÉTODOS O estudo se estabelece como uma revisão de literatura, efetuada a partir de trabalhos científicos publicados em diferentes bases de dados, em língua portuguesa e partindo de 2015. RESULTADOS A família é um dos pontos fundamentais para a doação de órgãos, abrangendo aspectos culturais, emocionais e comportamentais. Uma avaliação rigorosa disponibiliza o transplante indicando o receptor. Porém, cabe aos hospitais estarem preparados para acolher e explicar à família do potencial doador, uma vez que a doação depende da autorização do cônjuge ou parente de maior idade. Uma barreira muito frequente no processo de doação é formada pela inexistência de diálogo no seio (sugiro âmbito) familiar sobre o tema, pelos conflitos culturais, religiosos, éticos e emocionais dessas famílias. (Sugestão: Um dos diagnósticos envolvidos neste procedimento de transplante de órgão é a determinação da morte encefálica do paciente em leito hospitalar, ao qual o...) Conselho Federal de Medicina determina a realização mínima dos seguintes procedimentos: dois exames clínicos que confirmem coma não perceptivo e ausência de função do tronco encefálico; teste de apneia que confirme ausência de movimentos respiratórios após estimulação máxima dos centros respiratórios; exame complementar que comprove ausência de atividade encefálica. O Registro Brasileiro de Transplantes, no período de 2011 a 2015, apontou no Ceará 958 pacientes em morte encefálica, efetivando a doação de 55% destes. Em estudos realizados por Teixeira e colaboradores, referentes à condição em que o paciente diagnosticado com ME encontra, publicado por Teixeira et al, pela Revista Brasileira de Terapia Intensiva, as respostas dos familiares foram: 19,9% afirmaram que este se encontraria, de fato, morto; 48,6% acreditavam que apenas o cérebro estaria morto e o paciente teria condições de viver; 28,4% criam que o paciente estaria parcialmente vivo, com condições de viver, se tratado; e 3,1% não sabiam o significado do termo ME. Observou-se que 85,3% acreditavam que o médico poderia se equivocar ao dar um diagnóstico de ME e o paciente ainda estar vivo. Quanto à confiança dos pacientes no diagnóstico, 26,5% não acreditavam no diagnóstico de ME dado pelo médico, 55,1% confiavam parcialmente e 18,4% confiavam plenamente. Outros fatores que influenciam a recusa na doação de órgãos em caso de ME foram: convicção religiosa, receio na demora da liberação do corpo, desconhecimento do desejo do doador e desejo do corpo íntegro pelos familiares A confiança dos entrevistados no diagnóstico foi fortemente influenciada pelo acreditar na capacidade do médico em firmar o diagnóstico. A não compreensão do diagnóstico da morte encefálica é apontada como a principal causa da recusa para doação de órgãos, revelando que os envolvidos não conseguem entender que um corpo que possui batimentos cardíacos, que respira (com a ajuda dos equipamentos) e que às vezes ainda possui temperatura possa estar morto.

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FAG Journal of Health – ISSN 2674-550X, 2019, v.1, n.3, p.131

ARTRITE PSORIÁTICA REFRATÁRIA COM EXCELENTE RESPOSTA EM INÚMEROS

TRATAMENTOS COM IMUNOBIOLÓGICO

MACIEL, R.Z; MOLETA, B.M; PINA, LFS; LACERDA, C.D; SPILLERE, A.M.B; YAMADA, K.A; NEDER, E.N

Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz – FAG – Cascavel/Paraná

Introdução: A artrite psoriática é uma artrite inflamatória, soronegativa para o fator reumatoide, associada à psoríase cutânea, de apresentação e curso clínico variáveis. O tratamento atual é realizado com DMARDs. Para os casos refratários aos DMARDs convencionais, utiliza-se terapia com anti-TNF, ustequinumabe, um anticorpo monoclonal humano que se liga às citocinas IL-12 e IL-23, ... e o secuquinumabe (um anticorpo contra a IL-17). Relado do caso: Paciente feminina, 44 anos, agricultora, iniciou quadro de psoríase desde 8 meses de idade e artrite em mãos e joelhos há 13 anos. Na avaliação inicial apresentava exames com atividade inflamatória elevada, fator reumatoide negativo e HLAB27 positivo. Radiografia de sacroilíacas normal. Iniciou tratamento com metotrexato há 11 anos e usou etanercepte há 3 anos, resultando numa falha secundária (artrite e lesões cutâneas continuaram progredindo). Considerando isso, o medicamento etanercepte foi substituído pelo ustequinumabe (cujo mecanismo de ação é diferente), no entanto o resultado foi uma piora articular e cutânea. Assim sendo, o ustequinumabe foi substituído por um terceiro biológico, o infliximabe. A resposta clínica à dose de indução foi satisfatória, no entanto, a doença continuou a progredir (mesmo após aumento da dose e diminuição do intervalo entre as tomadas). Então, uma quarta droga biológica, o adalimumabe, foi utilizada, culminado numa boa resposta cutânea e articular nos 3 meses iniciais de tratamento, mas com falha secundária por reativação dos sintomas. Devido à resistência do quadro e falha na resposta clínica, optou-se em alterar o mecanismo de ação para um anti IL-17 (secuquinumabe). A resposta com este quinto medicamento imunobiológico foi excelente e possibilitou a paciente manter-se em remissão sustentada, apresentando PASI 90 e assintomática após 9 meses do início de uso da droga. Conclusão: O tratamento da artrite psoriática varia de acordo com a forma e gravidade com que a doença se manifesta. Para formas refratárias aos DMARDs, terapia imunobiológica deve ser considerada. No caso descrito, a resposta terapêutica esperada somente foi alcançada de forma sustentada após a quinta droga biológica (secuquinumabe). Assim sendo, o caso exposto exalta uma discrepância na resposta clínica ao uso de diferentes drogas e mecanismos de ação. Contudo, este relato demonstra que a persistência na busca de terapias com melhor resposta para artrite psoriática pode ser extremamente benéfica ao paciente.

ANAIS DO III CONGRESSO MÉDICO UNIVERSITÁRIO DO OESTE DO PARANÁ – doi.org/10.35984/fjh.v1i3.121

FAG Journal of Health – ISSN 2674-550X, 2019, v.1, n.3, p.132

SISTEMA PURINÉRGICO NO CONTROLE DO ESTADO DA DOR NEUROPÁTICA

Rubia Vieira Simon, Maria Eduarda Giffoni Silveira, Maria Júlia Canhassi Lopes, Rafael Rauber.

Departamento de Medicina. Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz, Cascavel – PR

O sistema purinérgico e os mecanismos de dor causada por lesões nos nervos, pode desvendar a maquinaria básica e essencial envolvida na dor neuropática, bem como um possível caminho para o desenvolvimento de fármacos. Este trabalho visa identificar o local no qual o sistema purinérgico desencadeia o processo doloroso, no sistema nervoso periférico, através da estimulação de seus receptores de membrana gerando, assim, a dor neuropática. Além de salientar a importancia da modificação das células gliais satélites, através da liberação de mediadores e de alguns elementos desse sistema como, por exemplo, a concentração de ATP e seus receptor P2, no desenvolvimento e manutenção da dor crônica. Essa revisão de literatura é uma investigação científica sobre o sistema purinérgico e sua relação com a dor neuropática, foram usadas as bases de dados: Pubmed, Medline e ScieELO com palavras-chaves referentes ao tema no período de 2000 a 2019, que fazem menção/relação ao sistema purinérgico e a dor neuropática. Os resultados demonstram que o sistema purinérgico engloba os receptores P2 e os mediadores relacionados a via da dor, e assim, faz a conexão e modulação da resposta ao estimulo doloroso. Desse modo, a dor neuropática é uma dor crônica debilitante e representa um grande desafio clínico. Os mecanismos moleculares e celulares subjacentes ao seu desenvolvimento e manutenção não são totalmente compreendidos, mas envolvem excitabilidade anormal na coluna posterior da medula espinhal. Um número crescente de evidências mostrou que essa excitabilidade anormal pode ser uma consequência não apenas de alterações nos neurônios, mas de múltiplas alterações na micróglia, que são macrófagos residentes no sistema nervoso. Isso pode fornecer evidências convincentes de um papel crucial para a sinalização purinérgica na patogênese da dor neuropática, com seus receptores P2 que podem ser potenciais alvos terapêuticos para o controle da dor neuropática. Com essa revisão de literatura podemos concluir que as células glia satélites devem modular a excitabilidade dos neurônios, provocando uma hiperalgesia e alodínia. Assim, essas descobertas poderão auxiliar no conhecimento gerado em busca da produção de fármacos que visem alvos mais específicos e respostas mais eficazes.

ANAIS DO III CONGRESSO MÉDICO UNIVERSITÁRIO DO OESTE DO PARANÁ – doi.org/10.35984/fjh.v1i3.121

FAG Journal of Health – ISSN 2674-550X, 2019, v.1, n.3, p.133

SEPSE EM PACIENTES QUEIMADOS: UM DESAFIO CLÍNICO

THIESEN, S. K., THIESEN, W. K.

Departamento de Medicina. Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz, Cascavel – PR

INTRODUÇÃO A sepse pode envolver distinto timing, diagnóstico e condução de tratamento a depender das singularidades de cuidado entre os pacientes da ala geral e da de queimados. OBJETIVOS Revisar e delinear as fundamentações existentes acerca do significado clínico e diagnóstico da sepse em pacientes queimados. METODOLOGIA O presente estudo apresenta-se como sendo do tipo revisão de literatura, com base em dados de National Center for Biotechnology Information (NCBI) e da revista BioMed Central. RESULTADOS Sepse define-se, de acordo com o consenso Sepsis-3, como uma disfunção orgânica potencialmente fatal causada por uma desregulada resposta do hospedeiro em resposta à infecção. A predição de tal condição é dada, em geral, a partir da síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SIRS) deflagrada por agentes infecciosos. Entretanto, em pacientes cuja queimadura sobrepuja 15 a 20% da extensão total de pele, a SIRS encontra-se persistente até o momento de sua recuperação, e os fatores e sinais da resposta inflamatória encontram-se sempre presentes. Em virtude da queimadura extensa em si, é desenvolvido um estado hipermetabólico e, em decorrência deste, taquipneia, leucocitose e elevação da temperatura basal - sinais clínicos que se confundem e sobrepõem aos da sepse em pacientes gerais. A perda da proteção epitelial, importante componente da imunidade inata, constitui-se como fator predisponente à colonização por microrganismos e, portanto, ao quadro séptico no paciente queimado.A sepse nesse grupo de pacientes raramente ocorre na primeira semana após o acidente, sendo mais comum decorridas semanas ou meses; podendo ser secundária a dispositivos invasivos (cateteres, acessos centrais, entubação traqueal), infecções do trato urinário e pneumonias, além da contaminação do próprio ferimento por bactérias, vírus e fungos. Dessa forma, é necessária a monitorização constante do paciente quanto a alterações na cor do ferimento, odor e quantidade de exsudato, queda da contagem plaquetária e febre alta, permanecendo sempre a suspeita clínica para um pronto diagnóstico. Quanto à predição de sepse nesses pacientes, a American Burn Association (ABA) propõe, em 2007, a necessidade de, no mínimo, três dos critérios clínicos ou laboratoriais seguintes, sendo singulares os parâmetros para crianças e adultos: temperatura >39ºC ou <36,5ºC, progressiva taquicardia, progressiva taquipneia, trombocitopenia, hiperglicemia, inabilidade de alimentação enteral >24h, sendo que o diagnóstico definitivo deve ter evidência de infecção documentada por cultura positiva, resposta a antimicrobianos e/ou identificação da fonte patológica.O manejo do paciente queimado séptico é singular quanto: ao microrganismo causador, estando sujeito à utilização de antibacterianos, antifúngicos ou antivirais; à condição hemodinâmica do paciente, sujeito à terapia vasopressora; à condição dos dispositivos invasivos, e caso seja verificada fungemia, a retirada e substituição destes; e quanto ao controle da fonte de infecção, verificadas alterações no epitélio circundante da lesão, cor, odor característicos e áreas de necrose, segue-se o desbridamento.CONCLUSÃO Dado o exposto, conclui-se que o estado metabólico e clínico encontrado em pacientes queimados é determinante de um diagnóstico diferenciado de sepse; que a suspeita, a agilidade no diagnóstico e a precisão na condução do tratamento definem o prognóstico e desfecho do caso; e que é inexorável a necessidade do conhecimento dos critérios diagnósticos e de manejo pela equipe de cuidado. Palavras-chave: Sepse. Queimados. Sepse em Queimados.

ANAIS DO III CONGRESSO MÉDICO UNIVERSITÁRIO DO OESTE DO PARANÁ – doi.org/10.35984/fjh.v1i3.121

FAG Journal of Health – ISSN 2674-550X, 2019, v.1, n.3, p.134

UM DESFECHO FATAL DA GANGRENA DE FOURNIER - RELATO DE CASO

BERSOT, Taís. MANFREDI, Augusto. BERSOT, Claudio.

Departamento de Medicina. Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz, Cascavel – PR

INTRODUÇÃO: A Gangrena de Fournier, também conhecida como Fasciíte Necrosante, acomete os tecidos moles da região perineal, perianal e genital levando à trombose de pequenos vasos subcutâneos, evoluindo para necrose da pele suprajacente. É uma doença relativamente rara, ocasionada pela ação de várias bactérias que agem sinergicamente. É predominante no sexo masculino e apresenta elevada mortalidade, sendo que fatores como diabetes, alcoolismo ou outras condições que comprometam a imunidade são fatores predisponentes para seu surgimento. O diagnóstico é estritamente clínico e os exames laboratoriais podem auxiliar, mas não são específicos, servem para confirmar a infecção e são úteis como marcadores da evolução e prognóstico da doença. O fator mais importante em seu prognóstico é a rapidez no diagnóstico com realização radical de retirada dos tecidos necrosados. Devem-se usar antibióticos de amplo espectro e a oxigênio terapia hiperbárica tem sido cada vez mais utilizada após a retirada cirúrgica dos tecidos desvitalizados. DESCRIÇÃO DO CASO: A.G, masculino, 65 anos, aposentado, etilista. Sem medicações de uso contínuo. Apresentou-se à consulta com médico generalista com queixa de disúria (ausência de mais informações em prontuário) e foi diagnosticado com cistite aguda e prescrito tratamento para tal. Após 4 dias, ao retorno, persistiam as queixas urinárias somadas à dificuldade para deambular e dor na região das nádegas. Foi então diagnosticado com furúnculo na nádega e encaminhado para avaliação de outro médico no setor das pequenas cirurgias. Três dias depois, em uma terceira consulta, o paciente apresentava-se com edema na região cutânea anal, foi diagnosticado com abscesso perineal, sendo submetido à drenagem e liberado. Com a piora do quadro clínico e em péssimo estado geral o paciente procurou atendimento médico de um especialista gastroenterologista, tendo então o diagnóstico de Gangrena de Fournier. O médico, entendendo da gravidade do caso, encaminhou imediatamente o paciente ao internamento. O paciente foi submetido ao desbridamento das lesões e 4 dias após o procedimento foi levado à UTI e depois de 5 dias foi a óbito. CONCLUSÃO: A Síndrome de Fournier possui rápida evolução no organismo, desta forma, seu prognóstico depende diretamente de um diagnóstico e tratamento precoces. Apesar de sua reconhecida gravidade, adotar medidas terapêuticas como rápida intervenção, desbridamento precoce e antibioticoterapia de amplo espectro, juntamente com abordagem multidisciplinar, são eficazes no controle da doença. O caso aqui descrito foi munido de situações de atendimento deficitárias que culminaram no óbito do paciente. PALAVRAS-CHAVE: necrose, desbridamento, antibioticoterapia.

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ABORDAGEM DA SEPSE NEONATAL

Talita da Silva Ferracini Marise Vilas Boas Pescador

Departamento de Medicina. Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz, Cascavel – PR

INTRODUÇÃO: A sepse neonatal continua sendo um das mais importantes causas de morte no recém-nascido (RN). O quadro é caracterizado como sendo uma infecção grave e com repercussões sistêmicas, que ocorre nos primeiros 28 dias de vida. O diagnóstico de sepse neonatal nem sempre é fácil, muitos RN apresentam manifestações inicialmente discretas, insidiosas e inespecíficas, muitas vezes recebendo tratamento antimicrobiano empiricamente. OBJETIVIOS: Identificar o quadro de sepse do RN e avaliar melhor abordagem terapêutica. MÉTODOS: Trabalho realizado através de revisão de literatura. RESULTADOS: Os quadros de sepse neonatal podem ocorrer por quatro mecanismos: via ascendente, canal de parto, transplancentaria e a contaminação nosocomial/comunitária. A história coletada ajuda a definir o diagnóstico através dos fatores de riscos materno, sendo a presença de ruptura prolongada das membranas ovulares, corioamnionite, infecção do trato urinário e a colonização cervical pelo Estreptococo do Grupo B (GBS); os fatores do RN incluem prematuridade, baixos peso ao nascer, sexo masculino e presença de asfixia. As manifestações clínicas do RN infectado incluem desconforto respiratório, taquipneia, apneia, taquicardia, choque, instabilidade de temperatura, sintomas gastrointestinais. Quadros mais grave podem se apresentar com convulsões, alterações da consciência, icterícia, hepatoesplenomegalia, presença de petéquias, púrpuras e sangramentos em geral representam coagulação intravascular disseminada. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A avaliação diagnóstica completa inicial da sepse neonatal precoce é de estrema importância para um bom prognóstico observando-se os sintomas, clínica e sinais vitais. Uma avaliação complementar envolve a realização de exames para isolamento do micro-organismo, exames inespecíficos como hemograma e provas de atividade inflamatória, e exames específicos para identificação do agente: hemocultura e cultura de liquor. Após a coleta do material para culturas, os antibióticos devem ser iniciados empiricamente. Outras medidas gerais e de suporte hemodinâmico, incluindo controle térmico e da glicemia, são importantes no tratamento. As condutas adotadas em relação a gestante irão influenciar no manejo do RN, a colonização materna intraparto pelo GBS é um importante fator de risco primário para sepse, sendo indicada a profilaxia antimicrobiana intraparto com o intuito de reduzir o risco de transmissão da bactéria para o RN. Apesar dos avanços na terapia intensiva neonatal, a incidência de sepse permanece elevada, de 1 a 8 casos/1.000 nascidos vivos, dessa forma, a identificação de sinais e sintomas, fatores de risco do recém-nascido e histórico materno são decisivos para escolha do tratamento e manejo da gestante e recém-nascido. Palavras chaves: sepse, sepse neonatal.

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DESAFIOS E PARTICULARIDADES DO TRAUMA GERIÁTRICO

IZOTTON, T. W, CARVALHAIS, B. S, VILLACA, E., ROCHA, I.C., REIS, L., MARTARELLO, P.

Medicina da Universidade Comunitária da Região de Chapecó – Unochapecó, Chapecó, Santa Catarina, Brasil. Medicina do Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz – FAG, Cascavel, Paraná, Brasil.

Introdução: O trauma encontra-se entre as 10 maiores causas de morte em pessoas com mais de 65 anos. Esse dado resulta de múltiplos fatores, que compreendem desde as fragilidades inerentes à esta população até imprecisões no atendimento primário dos pacientes, evidenciando uma necessidade de maior atenção sobre o assunto. Objetivos: Analisar os principais aspectos do trauma em idosos, compreendendo suas particularidades quanto a características, dificuldades e abordagem dos pacientes. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura não-sistemática, com artigos providos das bases de dados PubMed, SciELO e DynaMed. Para a seleção dos artigos, utilizaram-se as palavras-chave “geriatric trauma” e “trauma in eldery”, sendo incluídos estudos epidemiológicos e revisões sistemáticas, e excluídos estudos publicados previamente ao ano de 2015, não escritos na língua inglesa e extrínsecos ao tema abordado. Resultados: Os pacientes geriátricos que sofrem trauma costumam possuir múltiplas comorbidades e são, em sua maioria, mulheres. A maior parte desses pacientes é levado à hospitalização por ocorrência de queda, mas outros acidentes, como atropelamentos, também são relevantes. A literatura apresenta uma lacuna quanto à o que poderia ser definido como um paciente geriátrico. Apesar da idade influenciar na morbidade e mortalidade subsequentes ao trauma, não há um consenso que delimite uma idade de corte para a estratificação destes pacientes. Porém, nota-se que pacientes considerados como “frágeis” (detentores de comorbidades e com menor reserva fisiológica), independente da idade, apresentam mais complicações a longo prazo, além de maior mortalidade intra-hospitalar, de forma que o nível de fragilidade se mostra mais adequado do que a idade para a estratificação dos pacientes. Observa-se que, quando comparados a pacientes jovens, os idosos têm menor probabilidade de serem enviados a centros de trauma, mesmo em acidentes de alto impacto. Isso pode ser um resultado da “sub-triagem” que ocorre com os pacientes geriátricos, por uma desvalorização de suas comorbidades. Além disso, os sinais vitais destes pacientes podem ser insidiosos, de modo que sinais dentro da faixa de normalidade não são confortantes como poderiam ser em um paciente jovem. Nos traumas com perda sanguínea massiva, por exemplo, foi percebido um aumento significativo da mortalidade de idosos quando a pressão arterial sistólica era mantida abaixo de 110 mmHg; em contraponto, desfechos similares somente ocorreram em pacientes jovens cuja pressão sistólica fora mantida abaixo de 95 mmHg. Os contratempos na triagem pré-hospitalar comprometem a estratificação dos pacientes que precisam do atendimento de trauma avançado, mas não são o único empecilho. O atendimento intra-hospitalar também apresenta dificuldade em atender a complexidade dos pacientes senis, pois esses exigem um atendimento multidisciplinar, que considere como o tratamento pode assegurar suas necessidades especificas, e não apenas se há benefício com o tratamento avançado. Além disso, mostra-se necessário o aprimoramento das estratégias de prevenção dos traumas em idosos, especialmente no âmbito domiciliar, onde ocorre a maior parte dos acidentes. Conclusão: Considerando os aspectos apresentados, pode-se entender que, apesar do manejo inicial de todos os pacientes siga o ABCDE do trauma, a complexidade dos pacientes geriátricos exige um atendimento focado no impacto fisiológico da idade e nas possíveis comorbidades presentes. É necessário, ainda, um amparo multiprofissional, com especialistas, disponível no âmbito hospitalar, associado ao fortalecimento das estratégias preventivas. Estes fatores tornam-se fundamentais, de forma diretamente proporcional ao envelhecimento da população. Palavras-chave: trauma geriátrico, trauma, idosos.

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ESPOROTRICOSE: DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO – RELATO DE CASO

MARTINAZO, Thayrine Anissa, GABARDO, Bárbara Biffi, REOLON, Luiza Trevisan SMARCZEWSKI, João Victor Pompeu, ANDRIOLO, Luiza

Departamento de Medicina. Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz, Cascavel – PR

INTRODUÇÃO: A esporotricose é uma micose subcutânea, que acomete homens e animais, causada pelo fungo dimórfico Sporothrix schenckii. É adquirida pela inoculação do fungo através da pele, e tem como grande disseminador felinos infectados. É considerada doença de notificação compulsória. As lesões costumam ser pápulo-nodulares nas fases iniciais e ulcero-gomosas nas fases tardias. Geralmente, as lesões são restritas a pele e subcutâneo, raramente disseminando-se para outros órgãos. O diagnóstico baseia-se na história, exame físico e exame citopatológico da lesão. A resolução espontânea é rara sendo o tratamento necessário para a maioria dos pacientes. As opções de tratamento incluem medidas locais como hipertermia, solução saturada de iodeto de potássio e antifúngicos como Cetoconazol, Itraconazol, Fluconazol, Anfotericina B e Terbinafina. DESCRIÇÃO DO CASO: Paciente V.R.B, masculino, 40 anos, sem comorbidades, refere que há cinco anos iniciou com uma pápula em região medial de membro inferior direito, que aumentou de extensão, gerando uma úlcera. Relata já ter realizado tratamento diversas vezes, sem melhora do quadro. Refere melhora ao elevar o membro. Ao exame físico apresentava úlcera com 10cm de extensão, superfície irregular, bordas solapadas, edema 2+/4+, pulsos presentes, ausência de sinais flogísticos locais, sem sinais de necrose, presença de tecido de granulação, ausência de sinais de insuficiência venosa. Exames laboratoriais apenas com presença de anemia ferropriva. Encaminhado para biópsia da lesão, que teve resultado consistente com esporotricose, com pesquisa positiva para esporos multibrotantes (PAS, Grocott). CONCLUSÕES: A partir do relato apresentado, ressalta-se a importância do diagnóstico precoce para início rápido do tratamento de forma efetiva, evitando dessa maneira a evolução e progressão da doença. Conclui-se que deve haver um controle abrangente da esporotricose, sob aspectos de vigilância epidemiológica, atuação na cadeia de transmissão e educação da comunidade sempre adequando à realidade de cada região. Nas áreas endêmicas, faz-se essencial a busca ativa por meio das equipes de Saúde da Família e a capacitação dos profissionais de saúde para diagnósticos precoces, juntamente com medidas educacionais para a população, além de controle dos focos de transmissão. Palavras-chave: Esporotricose, diagnóstico precoce, saúde pública, epidemiologia.

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MISSÕES DO SERVIÇO AEROMÉDICO DO OESTE DO PARANÁ POR CAUSAS EXTERNAS

Vanessa Coldebella, Liandra Kasparowiz Grando

Enfermeira do serviço aeromédico Paraná Urgência/Samu. Graduada pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná e pós graduada em Medicina Aeroespacial e Transporte Aeromédico pela Censupeg

As causas externas, conceituadas pela Organização Mundial da Saúde, como o conjunto das lesões acidentais (acidentes de transporte, afogamentos, quedas, queimaduras e outras) e das violências (agressões, homicídios, suicídios, privação ou negligência), ocupam lugar de destaque entre as causas de morbimortalidade brasileira, resultando em alterações no perfil epidemiológico e demográfico da população. Em nosso país as causas externas representam a terceira causa de morte entre crianças de zero a nove anos, passando a ocupar a primeira posição na população de adultos jovens (10 a 49 anos) e ocupa a terceira posição entre a população acima de 50 anos. De 2014 a 2017, segundo dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, houve no Brasil 623.597 mil óbitos por essa causa. No estado do Paraná nos últimos 5 anos foram 43.381 mil óbitos e no município de Cascavel 1268 óbitos por causas externas, segundo o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social. No contexto de atendimento as urgências e emergências deu-se a implantação do serviço aeromédico base Cascavel em 22 de janeiro de 2014, uma parceria do Governo Estadual pela Rede Paraná Urgência e o Consórcio Intermunicipal de Saúde do Oeste do Paraná (Consamu). Assim, este estudo objetiva apresentar os atendimentos realizados pelo serviço aeromédico da base Cascavel entre 2014 a 2018 com enfoque nos atendimentos por causas externas. Trata-se de uma pesquisa descritiva, exploratória, retrospectiva, realizada por meio de levantamento das fichas dos atendimentos aeromédicos. Nesse período foram realizados um total de 1.837 missões a casos clínicos e traumáticos e o grupo das causas externas ocupou o segundo lugar com 366 atendimentos. Quanto ao perfil das vítimas a classificação por gênero foi de 276 masculino e 90 feminino, por faixa etária 47 atendimentos foram de zero a 14 anos, 278 de 15 a 59 anos e 41 acima de 60 anos. Dentre os agravos, predominaram as vítimas de acidentes de trânsito (politraumatizados, traumas cranio encefálico, abdominal e tórax) somando 229 atendimentos, seguidos dos grandes queimados que totalizaram 65 vítimas, os casos de acidentes por armas de fogo e branca somaram 33 atendimentos, quedas de altura e fraturas expostas 17, intoxicações exógenas 15 e os afogamentos somados aos acidentes com animais peçonhentos totalizaram 7 atendimentos. Desde a implantação do serviço aeromédico no Oeste do Paraná vários resultados positivos foram alcançados para a população, pois a agilidade e eficiência do transporte aumentam as chances de sobrevida, diminuindo sequelas e preservando a vida.

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INTOXICAÇÃO AGUDA POR GLIFOSATO: MANEJO E EMERGÊNCIA

BIESDORF, V. L. N., FRARE, L. E. C., BIESDORF, V. N., LINARTEVICHI, V. F.

Departamento de Medicina. Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz, Cascavel – PR

Introdução: No Brasil, os registros de casos de intoxicação exógena humana e óbitos consequentes são demasiadamente altos, sendo os agroquímicos de uso agrícola os prevalecentes geradores. As intoxicações exógenas ou envenenamentos são manifestações patológicas causadas pelas substâncias tóxicas, como por exemplo o ingrediente ativo em 29,86% dos agrotóxicos: o glifosato. Geralmente, essas intoxicações estão relacionadas a situações de emergência, em especial aquelas caracterizadas como agudas. O glifosato é citotóxico, por isso, se presume que o mecanismo de toxicidade deste interfere com a fosforilação oxidativa, o que pode determinar cardiotoxicidade direta. Além disso, em casos de contato repetitivo ou prolongado com o agente, podem ocorrer sintomas locais, como lesões cutâneas acompanhadas de edema e parestesia local ou úlceras de córnea com edema periorbital. Visando o bem-estar do paciente, é imprescindível o conhecimento dos riscos do uso de agrotóxicos, qualidade do atendimento e manejo dos acometidos. Objetivo: O Elaborar uma revisão bibliográfica acerca da manobra médica frente ao paciente intoxicado por glifosato. Metodologia: Revisão de literatura, acerca de artigos datados de 2008 a 2019 disponíveis em bases de dados como PubMed, SciELO e Biblioteca Virtual em Saúde, no qual foram priorizados artigos de revisão sistemática. Além de outras fontes como materiais técnicos cedidos pela Secretaria de Estado da Saúde do Paraná. Resultados: A conduta tomada pelos profissionais de saúde nos casos de intoxicação por glifosato, e outros componentes agroquímicos, se inicia no atendimento, seguindo o ABCDE do trauma – como em qualquer outra emergência médica, com enfoque para depressão do centro respiratório, hipotensão arterial, convulsões e síndromes colinérgicas, situações habituais na intoxicação por químicos. Posteriormente segue-se para as medidas de descontaminação, em que a principal é a gastrointestinal, visto que mais da metade das intoxicações agudas por agrotóxicos ocorre pela ingesta do agente, essa pode ser feita por lavado gástrico para ingestas pequenas ou carvão ativado para ingestas maiores. Nessa etapa, é necessária cautela da equipe médica de atendimento, uma vez que esta pode se contaminar com o agroquímico. Outrossim, numa situação clínica, quanto ao diagnóstico, a intoxicação pode ser confirmada pela identificação de glifosato na urina, uma vez que apresenta pobre metabolização e é excretado rapidamente. Por isso, deve-se solicitar exames de função renal e enzimas hepáticas, com enfoque na transaminase glutâmico pirúvica (TGP), acompanhar danos ao trato respiratório e gastrointestinal com radiografia e endoscopia alta, respectivamente. Lembrando que a anamnese é a base do diagnóstico nas intoxicações quando possível sua realização, além de direcionar o tratamento conforme o agente causal ou para futuras orientações de prevenção e segurança nas situações em que a intoxicação ocorreu por glifosato. Conclusão: Atualmente, predomina no mundo um modelo de produção e consumo que considera o alimento mercadoria, prevalecendo a produção em larga escala e a grande demanda por produtos alimentícios, o que justifica o uso de agroquímicos, como o glifosato. No entanto, é imprescindível mais estudos sobre a substância e elaboração de novas políticas para o seu uso, tendo em vista seu impacto na saúde. Para tanto é necessária a devida notificação sobre os casos de intoxicação. Ademais, faz-se necessária o pleno conhecimento das práticas corretas no manejo dos intoxicados, principalmente numa região com tanta prevalência, sabendo identificar uma intoxicação pelo glifosato e seus equivalentes, com enfoque no sistema cardiovascular e na forma correta de descontaminação do paciente. Palavras-chave: emergência, glifosato, agroquímicos, intoxicação.

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COMPARAÇÃO DE DIFERENTES AGENTES HEMOSTÁTICOS ABSORVÍVEIS NA CONTENÇÃO DE HEMORRAGIA INTRAOPERATÓRIA

AREND, Victória Alexia Enriconi., GALLINA, Luis Fernando., RAUBER, Rafael.

Departamento de Medicina. Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz, Cascavel – PR

Introdução: A hemorragia é uma complicação cirúrgica que requer hemostasia eficaz e adequada para cada tipo de situação. Atualmente, há três agentes hemostáticos intraoperatórios: absorvíveis, biológicos e sintéticos. Objetivo: Analisar os diferentes agentes hemostáticos tópicos absorvíveis disponíveis para o período intraoperatório, comparando sua eficácia na contenção da hemorragia. Delineamento e Metodologia: O presente artigo é fruto de uma revisão bibliográfica, de 7 artigos publicados no período de 2010 a 2019, disponíveis nas bases de dados PubMed, National Center for Biotechnology Information, UpToDate e Elsevier. Resultados: Nos artigos revisados, é possível analisar que são muitos os parâmetros que diferenciam os agentes hemostáticos entre si, sendo classificados em três tipos diferentes. Os agentes absorvíveis são: celulose oxidada regenerada (COR); gelatinas, que podem ser associadas a trombina (hemostático biológico); e colágeno microfibrilar. A hemostasia é um momento complexo da cirurgia que requer intervenção imediata. Os agentes absorvíveis são uma alternativa nas condições em que a hemostasia é de difícil controle, não passível de manejo com métodos tradicionais – eletrocautério, bipolar. A COR, de origem vegetal, fornece uma matriz física para iniciar o coágulo, sendo antimicrobiano e de fácil aplicação, podendo ser moldado e não aderindo ao material cirúrgico. Não desmancha com líquidos e suporta compressão. Por possui pH ácido, após entrar em contato com o sangue fica marrom e não permite associação com outro agente hemostático tópico – como a trombina. Apresenta o preço mais acessível. Não é tão bem absorvida e dissolve dentre 2 a 6 semanas. A gelatina possui origem animal e também fornece matriz física para iniciar o coágulo. Possui várias formas de apresentação e pH neutro. Quando forma uma pasta, diminui a chance de infectar o sitio operatório, sendo preferível para sangramento ósseo. Ideal para feridas irregulares e em cavidades, o que a torna eficaz em traumas penetrantes. Quanto a absorção, suporta 40-45x seu peso em sangue e fluidos, sendo considerada mais eficaz do que a COR. Em virtude da sua capacidade absortiva e expansiva, aumenta seu volume, podendo comprimir estruturas adjacentes. Sua aplicação é fácil, mas tende a aderir ao instrumental após entrar em contato com o sangue. A gelatina se liquefaz em uma semana e é completamente absorvida em um período de 4 a 6 semanas. Em exames de imagem pós-operatórios, tanto a gelatina quanto a COR se assemelham a um abcesso. O colágeno microfibrilar também tem origem animal e várias formas comerciais, mas atua ativando a via intrínseca – quando em contato com o sangue, ativa a agregação plaquetária – sendo ineficiente em pacientes com trombocitopenia grave ou coagulopatias, mas eficaz em pacientes heparinizados. Benéfico, principalmente, para o controle de sangramento parenquimatoso extenso. Não aumenta seu volume, mas tende a aderir no látex da luva. Colágeno microfibrilar é o mais caro dentre os três supracitados e é absorvido dentro de 8 semanas. Conclusão: Conclui-se que não há um agente hemostático intraoperatório absorvível ideal, visto que são muito heterogêneos entre si. Dentre os três agentes supracitados, todos possuem benefícios e malefícios, cabendo ao cirurgião analisa-los e selecionar o mais ideal para a ocasião. Os autores afirmam que se deve considerar ideal e ser, de fato, o escolhido aquele mais prático, fácil de usar, eficaz para a devida cirurgia, não antigênico e com custo acessível. Palavras-chave: agentes hemostáticos; hemorragia intraoperatória; agentes absorvíveis.

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ENFOQUE NO DIAGNÓSTICO DO TRANSTORNO DE ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO E EM SUA NEUROBIOLOGIA

SILVA, V. B. D., SCHUHMACHER, B., WERNCKE, E., MOREIRA, V. M., MORAIS, M.P.

Departamento de Medicina. Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz, Cascavel – PR

Introdução: O transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) afeta a vida de milhares de pessoas hodiernamente, fazendo com que o cotidiano delas se volte para a experiência traumática experimentada. Para fugir das lembranças que levam os pacientes de volta as cenas de angústia, estes apresentam sintomas específicos que facilitam o diagnóstico da doença. Objetivo: Discutir os três principais sintomas do transtorno de estresse pós-traumático juntamente com a sua neurobiologia. Metodologia: O presente estudo foi realizado através de uma revisão bibliográfica a partir de bases de dados on-line SCIELO (Scientific Electronic Library Online), Revista Brasileira Psiquiatria e com base no Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Psicologia da Universidade de São Francisco. Ao todo foram selecionados quatro artigos, publicados entre os anos 2001 e 2006. Resultados: Atualmente a Psiquiatria Brasileira começou a reconhecer a importância do diagnóstico do transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), que é um transtorno experimentado por pessoas que passam por uma experiência traumática extrema a qual acaba desencadeando uma série de sintomas graves que impossibilitam o individuo de levar sua vida normalmente. Quando se trata de questões neurobiológicas no transtorno de estrese pós-traumático ocorre uma hiperativaçao do sistema nervoso simpático, fazendo com que aumente a quantidade de adrenalina (epinefrina) e noradrenalina (norepinefrina) no organismo humano. Além disso, há prejuízo em outras estruturas encefálicas e funções cognitivas quando se trata de TEPT. As principais áreas funcionalmente prejudicadas após um evento estressor incluem: córtex pré-frontal, córtex visual de associação, hipocampo, giro cingulado, amígdala e núcleo accumbens (Hull; Horner & Hamner, aupd Kristensen, Parente, Kaszniak, 2002). Estas são estruturas funcionalmente relevantes na performance de processos integrativos, como as funções executivas, regulação do comportamento emocional, orientação espacial, e interpretação emocional, codificação e armazenamento de informação (Mesulam, aupd Kristensen, Parente, Kaszniak, 2000). Em seguida, quando se trata dos aspectos principais relacionados ao quadro clínico e ao diagnóstico do TEPT, há o desenvolvimento de três sintomas notáveis: o reexperimentar e constantemente reviver o trauma, a esquiva e entorpecimento emocional e a presença persistente da hiperexcitabilidade autonômica a qual deixa os indivíduos mais agitados. Quanto à re-experiência traumática o paciente constantemente revive o trauma, seja por sonhos vívidos ou pensamentos que remetem ao ocorrido. Já se tratando do entorpecimento emocional, esse acaba se tornando uma estratégia para minimizar o sofrimento e o sentimento de impotência que recai sobre o indivíduo que passou pela experiência traumática; nesse caso a pessoa evita tudo e qualquer coisa que relembre o trauma. Por fim, no que se refere à hiperestimulação autonômica o corpo fica em constante estado de alerta, mesmo que o indivíduo não corra perigo algum ele acha que será atacado. Considerações finais: Esse artigo procurou destacar a importância da análise e do diagnóstico do transtorno de estresse pós-traumático para o meio da saúde legitimando a condição clínica do trauma psicológico. Também permite ser um referencial para futuros estudos a serem feitos sobre a neurobiologia, efeitos e diagnóstico dos TEPT. Palavras-chave: Transtornos, estresse, trauma.

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COLECISTECTOMIA LAPAROSCÓPIA POR PORTAL ÚNICO VERSUS PORTAIS MÚLTIPLOS

TRENTO, Vitor Luigi

Departamento de Medicina. Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz, Cascavel – PR

Introdução: A colecistite ainda é uma das doenças mais frequentes nas emergências em todo o mundo. A indicação cirúrgica ocorre em grande número de pacientes com colelitíase após um quadro de colecistite. O tratamento cirúrgico é o tratamento definitivo para pacientes com colecistite aguda e na tentativa de diminuir a agressão cirúrgica, têm surgido a cirurgia através de orifícios naturais e cirurgias através de uma única incisão umbilical. Objetivos: Esta revisão de literatura tem por função fazer uma análise entre as técnicas cirúrgicas, dor pós-operatória, estética e tempo operatório após procedimentos de colecistectomia laparoscópica com portal único umbilical e colecistectomia laparoscópica tradicional com quatro portais, buscando estudos de departamentos de cirurgia. Metodologia: A revisão bibliográfica utilizada na abordagem dessa análise comparativa foi feita por meio de artigos científicos publicados entre 2010 e 2012, na plataforma SciELO e Elsevier nas línguas espanhola e portuguesa. Nos quais dois dos três artigos criaram dois grupos para comparação entre as técnicas cirúrgicas e um terceiro estudo apenas com o grupo no qual foi feita o procedimento a ser estudado, além de outro estudo de 2009 para complemento teórico. Resultados: Os estudos foram feitos de forma prospectiva nos quais em dois artigos, os autores criaram dois grupos onde os pacientes foram submetidos a procedimento de colecistectomia laparoscópica com um único portal e outro onde eram feitas colecistectomias laparoscópicas tradicionais. No terceiro artigo, apenas o grupo com portal único foi abordado utilizando equipamento de laparoscopia convencional. A técnica por portal único propõe uma abertura única por via transumbilical ou infraumbilical onde a ótica e os trocartes são inseridos, sendo então 3 instrumentos no mesmo portal. Já no método com portais múltiplos, 4 incisões são feitas, onde a ótica insere-se no portal umbilical e o restante se dispõem no abdômen, cada um com seu trocarte. Foi notado que a colecistectomia laparoscópica por portal único apresenta a mesma característica quanto à dor no pós-operatório que o procedimento laparoscópico tradicional, evidenciado pela escala EVA onde apontou números de 2 a 4 em ambas técnicas. Observou-se que a questão estética foi melhor avaliada subjetivamente por todos os participantes do grupo de portal único nos dois estudos e verificada no terceiro estudo apesar de não ter o comparativo, ainda que o portal único de entrada seja maior (20mm) que o da técnica tradicional com mais portais (2 de 10mm e 2 de 5 mm). O tempo de cirurgia foi maior no início dos estudos quando analisado com os procedimentos do final dos estudos devido a aprendizagem dos cirurgiões, mas ainda superior ao tempo da laparoscopia tradicional. Os pacientes com IMC ≤ 35 obtiveram melhores resultados e tempo inferior comparado com pacientes de IMC > 35, onde em um caso de IMC = 44,01 foi convertido para laparoscopia tradicional, além de outro caso de conversão à tradicional devido o paciente apresentar coleperitôneo secundário a fuga biliar no leito hepático, corrigido com ponto de sutura. Conclusão: Em todos os estudos há relatos de que a técnica laparoscópica por portal único para procedimento de colecistectomia é segura, aplicável e mais bem avaliada na parte estética do pós-operatório apesar de ser esse o único resultado modificado positivo nos estudos analisados. Entretanto requer prática maior e treinamento no manuseio do instrumental por um único acesso e os autores afirmam que a técnica apresenta uma cirurgia virtualmente sem cicatrizes. Palavras-chave: colecistectomia laparoscópica, portal único, portais múltiplos, técnicas cirúrgicas.

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TRAUMATISMOS CRÂNIO-ENCEFÁLICOS: CONDUTAS E MECANISMOS

MOREIRA, V. M., SCHUHMACHER, B., WERNCKE, E., MORAIS, M. P. , SILVA, V. B

Departamento de Medicina. Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz, Cascavel – PR

Introdução: Os traumatismos crânio-encefálicos (TCE) constituem um grande problema de saúde pública, visto que apresentam elevado impacto econômico e social. Diante disso, o presente estudo busca entender os mecanismos do TCE e os protocolos seguidos pelas equipes nas unidades de emergência e urgência, onde os pacientes são diagnosticados e tratados com a maior agilidade possível. Objetivo: Buscou-se entender os protocolos seguidos na urgência e emergência no paciente com traumatismo crânio-encefálico e os seus aspectos fisiopatológicos, epidemiológicos, terapêuticos e clínicos. Metodologia: O presente estudo foi realizado através de uma revisão bibliográfica, a partir de bases de dados on-line SCIELO (Scientific Electronic Library Online), Arquivos Catarinenses de Medicina (ACM), Revista Científica da Ordem dos Médicos, Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia, Revista Brasileira de Terapia Intensiva, Revista Neurociências, Revista da Associação Médica Brasileira, Revista Brasileira de Clínica Médica, além de livros didáticos relacionados ao assunto. Ao todo foram selecionados 8 trabalhos, publicados entre os anos 2003 e 2014. Resultados: Observou-se que os TCE são muito frequentes e que os primeiros cuidados são essenciais para prevenir lesões secundárias e maiores sequelas no paciente. Para isso, existem protocolos a serem seguidos pela equipe multiprofissional, no entanto, nem sempre são conhecidos. Entre a avaliação inicial encontram-se a história clínica, o exame físico geral e a avaliação neurológica. Nos cuidados gerais, a atenção é no suporte ventilatório, hemodinâmico e nutricional, sedação, analgesia e controle glicêmico. Já nos cuidados específicos, a avaliação da pressão intracraniana (PIC) e da pressão de perfusão cerebral (PPC) são essenciais. Ademais, além de primárias e secundárias, as lesões podem ser divididas em difusas ou focais. As primeiras são características de todo o cérebro e estão associadas à forças cinéticas. As segundas ocorrem em apenas uma região do cérebro e são compostas por hematomas ou por áreas isquêmicas delimitadas. Outra divisão importante, são as classificações em leve (13 a 15 pontos), moderado (9 a 12 pontos) e grave (3 a 8 pontos) de acordo com a Escala de Coma de Glasgow. Atualmente, novas escalas estão sendo utilizadas em conjunto para maior facilidade e precisão do diagnóstico e classificação. Além disso, entre os exames de imagem mais utilizados encontram-se TC e RX do crânio.Em relação à epidemiologia do TCE, pode-se dizer que os homens são acometidos duas a três vezes mais que as mulheres, sendo o principal fator de morbidade e mortalidade entre adultos e jovens em nível global. Como causas mais comuns, entram os acidentes automobilísticos (com enfoque nas motocicletas, visto que muitas vezes não são usados equipamentos de proteção), quedas e agressões físicas. Desse modo, entende-se que o estudo da epidemiologia do TCE é extremamente importante para uma possível melhoria no atendimento intra e extra hospitalar, além de campanhas educativas mais eficientes. Conclusões/Considerações Finais: Conclui-se através da leitura dos trabalhos científicos que os TCEs são muito comuns nas populações em geral, em especial nos países em desenvolvimento, e que o paciente necessita atendimento imediato e eficaz para evitar maiores complicações. Além disso, entende-se que seguir o protocolo e o conhecimento de todo o mecanismo do TCE nas Unidades de Pronto Atendimento e Unidades de Terapia Intensiva, entre a equipe multiprofissional, é de extrema importância, visto a grande incidência. Palavras-chave: Traumatismos crânio-encefálicos; Emergência; Neurologia.

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FAG Journal of Health – ISSN 2674-550X, 2019, v.1, n.3, p.144

LAPAROSCOPIA, UM COMPARATIVO À LAPAROTOMIA

PIVA, Vitória, SENN, Pamella Bueno, MANFREDI, Augusto Antonio, PEREIRA, Otávio Ramos, ALRAI, Omar Abdalalim, BILHAR, Peterson Fasolo

Departamento de Medicina. Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz, Cascavel – PR

Segundo Duarte (2001), as ações médicas menos invasivas e que demonstram um menor sofrimento dos pacientes sempre foram o ápice da busca de grandes estudiosos na história médica. A exemplo de uma intervenção menos invasiva, a laparoscopia de uma forma inicial, foi a visualização interna do abdome, porém, atualmente é realizada com aparelhos introduzidos no corpo por uma porta de entrada e que contêm em sua extremidade uma mini câmera que transmite imagens para monitores de vídeo, as quais permitem ao cirurgião praticar as intervenções necessárias. A revisão bibliográfica interativa é uma ferramenta importante no processo de comunicação dos resultados de pesquisas, facilitando a utilização desses na prática clínica, uma vez que proporciona uma síntese do conhecimento já produzido e fornece subsídios para a melhoria da assistência à saúde. (MENDES, 2009). Segundo Mendes, et al, (2009), a revisão permite que o leitor reconheça os profissionais que mais investigam determinado assunto, separar o achado científico de opiniões e ideias, além de descrever o conhecimento no seu estado atual, promovendo impacto sobre a prática clínica. O trabalho realizado com base em revisão bibliográfica integrativa do tipo qualitativa, assim como descrita por Souza, et al (2010) é a mais ampla abordagem metodológica referente às revisões, permitindo a inclusão de estudos experimentais e não-experimentais para uma compreensão completa do fenômeno analisado. Um estudo citado por Bezerra (2014), apud Saidi et al, descreveu um menor tempo cirúrgico, menor tempo de internação e reabilitação mais rápida no grupo laparoscópico. Cura e taxas de complicação foram semelhantes. Ao ser colocado em pauta a comparação de benfeitoria conforme suas vantagens, chama muito atenção as complicações as quais a cirurgia laparoscópica está submetida. Por exemplo, as citadas por Duarte (2001), as complicações de colecistectomia laparoscópica relacionadas com o procedimento propriamente dito: lesões dos ductos biliares extra-hepáticos, hemorragia, perfuração de vísceras ocas, cálculos residuais e a mais grave, lesão do ducto biliar principal. Outras citadas por Bezerra (2014) em seu estudo de cirurgia laparoscópica de Burch, com índices de complicações intra-operatórias de 11% das cirurgias laparoscópicas e 3% das cirurgias abertas, com lesão de bexiga sendo a mais prevalente, seguido por um caso de perfuração do cólon. As vantagens da videolaparoscopia para os pacientes são amplamente reconhecidas. A resposta endocrinometabólica ao trauma é menor em consequência a menor agressão tecidual, o que possibilita a abreviação do período de íleo pós-operatório. Além disso, ocorre a redução acentuada do período de internação hospitalar e do retorno às atividades habituais do paciente devido á possibilidade de alimentação oral e mobilização precoce. Ainda, a menor manipulação das estruturas diminui a dor pós-operatória e a incidência de infecções. Ocorre também a menor formação de aderências, o que no mundo atual, representa um grande atrativo do método por significar um resultado estético melhor. (DUARTE, 2001). Segundo Ribeiro (2004) o progresso tecnológico e a experiência dos cirurgiões evidenciaram que praticamente não há contraindicações absolutas para a vídeo cirurgia. Situações de contraindicação relativa são: gestação, obesidade importante, peritonites graves, aderências abdominais extensas, doença cardiopulmonar grave, obstrução intestinal com acentuada distensão de alças, aneurismas abdominais volumosos e hérnias irredutíveis. Ao observar, vantagens e desvantagens do uso da cirurgia laparoscopia, é possível questionar dificuldades do tratamento, mas ainda assim é notável que o tratamento minimamente invasivo apresenta maior índice de aceitação do que o convencional. Outro fator questionável no método laparoscópico é o risco de infecção causada, o qual depende do tipo de cirurgia realizada, da implantação ou não de dispositivos, e das características da incisão.

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FAG Journal of Health – ISSN 2674-550X, 2019, v.1, n.3, p.145

DEFINIÇÃO E DIAGNÓSTICO DA SÍNDROME COMPARTIMENTAL ABDOMINAL THIESEN, W. K.; THIESEN, S. K.

Departamento de Medicina. Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz, Cascavel – PR

Definida como pressão intra-abdominal (PIA) mantida maior que 20 mmHg associada a sintomas, a síndrome compartimental abdominal (SCA) está associada a significativa morbidade e mortalidade, pois o aumento progressivo da PIA pode resultar em disfunção ou falência múltipla de órgãos. Ao se tratar das causas, qualquer anormalidade que represente o aumento da PIA pode ser considerada fator potencial para o desenvolvimento da SCA, especialmente o trauma, que é considerado como a causa mais comum de hipertensão intra-abdominal e SCA, especialmente se envolver hemorragia intra-abdominal advinda de lesões em baço, fígado ou mesentério. Determinar o método utilizado para diagnosticar a síndrome compartimental abdominal e qual o manejo inicial desta afecção. O presente artigo foi elaborado a partir de uma revisão narrativa de literatura. Como base foram utilizados artigos científicos encontrados em base de dados do SciELO e PubMed. A SCA é subdividida em três: a primária define-se como condição associada à lesão em abdômen-pelve. A secundária, quando a lesão não associada a abdômen-pelve. Enquanto que a terciária define-se como recorrência de SCA previamente tratada cirurgicamente ou clinicamente. Quanto ao quadro clínico da SCA, anormalidades hemodinâmicas, renais, respiratórias e neurológicas são comuns. A SCA é diagnosticada por meio da mensuração da PIA, que é realizada com base na medida da pressão intra-vesical por meio de cateter Foley, com a instilação máxima de 25 mL de solução salina estéril. Para a correta mensuração, o paciente deve estar em posição supina e ao final da expiração, com o transdutor “zero” no nível da linha axilar média. Além disso, o cálculo da pressão de perfusão abdominal (PPA) é o valor mais confiável para predição de perfusão dos órgãos, portanto este se faz necessário, subtraindo o valor da PIA pela pressão arterial média; quando o valor da PPA não é mantido acima de 60 mmHg nos primeiros três dias após o diagnóstico, revela pior prognóstico. Quanto ao tratamento, os princípios básicos envolvem a monitorização da PIA e eventuais intervenções para seu controle, adequação da perfusão sistêmica e consequente função dos órgãos e descompressão cirúrgica em casos de PIA refratária ao tratamento clínico. Conclui-se que a SCA possui grande relevância na emergência médica e seu diagnóstico precoce é fundamental visto a sua condição potencialmente fatal. A sucessão de eventos desencadeada pela SCA pode predispor à falência múltipla de órgãos, uma vez que há aumento da PIA e diminuição da PPA. PALAVRAS-CHAVE: Emergência. Abdômen. Trauma Abdominal.

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SÍNDROME DE GORLIN-GOLTZ: RELATO DE CASO

PADILHA, Y., BEDRETCHUK, G. P., MOREIRA, M. T. F.

Departamento de Medicina. Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz, Cascavel – PR

Introdução: Estima-se que a prevalência da Síndrome de Gorlin-Goltz varie de 1/57.000 a 1/164.000 pessoas. A síndrome também denominada de Síndrome do Carcinoma basocelular é considerada rara, sendo caracterizada por carcinoma de células basais da pele, ceratocisto odontogênico múltiplo e costelas bífidas. Outras características são possíveis e menos frequentes como: calcificação da foice do cerebelo, hipertelorismo e anormalidades dos órgãos sexuais. Desse modo, justificou-se descrever o caso devido a sua raridade e com a finalidade de alertar para a importância do cuidado multidisciplinar com esses pacientes. Descrição do caso: A.S.A., 21 anos, branco, natural de São Miguel do Iguaçu/PR, Brasil, cadeirante por paralisia cerebral. Foi encaminhado a serviço de referência em câncer na cidade de Cascavel/PR por lesão de pele que teve início há 2 anos. Ao exame físico apresentava lesões sugestivas de malignidade, submetidas a biópsias incisionais, cujo resultado demonstrou carcinoma basocelular (CBC) e carcinoma espinocelular (CEC) em duas delas. Diante desse resultado, foi submetido à tomografia computadorizada de face e pescoço para estadiamento, com ausência de linfonodomegalias, sem sinais de infiltração óssea pelas lesões de pele referidas, presença de lesões osteolíticas com afilamento cortical na mandíbula (adjacente ao processo mentoniano) e na maxila à direita, preenchidas por conteúdos de partes moles. Dessa maneira, foi aventada a hipótese de se tratar de um caso de Síndrome de Gorlin-Goltz e como conduta foi indicada cirurgia. Durante a cirurgia, foram ressecadas 8 lesões faciais: frontais esquerda, mediana e direita; canto interno de olho esquerdo, epicanto de olho esquerdo, malar esquerdo, retroauricular esquerdo (a maior lesão com AP prévio de CEC) e pálpebra inferior direita, todas com resultado de CBC. Apenas a lesão em canto interno do olho esquerdo apresentou margem lateral comprometida, as outras tiveram margens livres. Desse modo, foi encaminhado para radioterapia. No entanto, por não conseguir manter-se com a cabeça fixa por longo período, que seria necessário para realizar radioterapia com menor riscos de dano a estruturas nobres adjacentes, não houve condição técnica para a realização do tratamento adjuvante. Assim, o paciente seguiu acompanhando no ambulatório. Retornou em 3 meses sem sinais de recidiva, sem novas lesões sugestivas de malignidade, mas com uma ceratose supralabial direita, sendo orientado uso de protetor solar e prescrito tratamento tópico, e retorno em 4 meses. Em acompanhamento com cirurgião dentista, foi submetido à ressecção das lesões em maxila e mandíbula, que confirmaram tumor ceratocístico odontogênico e, assim, fecharam o diagnóstico da síndrome genética. Até o momento, o paciente segue bem. Conclusões: Portanto, o presente estudo demonstrou o caso de um paciente com síndrome de gorlin-goltz, uma rara síndrome, que tem como principal característica o desenvolvimento de carcinomas basocelulares em pacientes jovens e cistos odontogênicos. Por se tratar de uma doença com característica sistêmica, é importante o entendimento dessa condição pela equipe multidisciplinar para que haja um diagnóstico precoce e consequente tratamento adequado. Palavras-chave: Síndrome de Gorlin-Goltz; Carcinoma Basocelular; Cistos Odontogênicos.