universidade do estado do amazonas fundaÇÃo de … · 3cm . universidade do estado do amazonas...
Post on 08-Nov-2018
213 Views
Preview:
TRANSCRIPT
3cm
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS FUNDAÇÃO DE MEDICINA TROPICAL DR. HEITOR VIEIRA DOURADO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MEDICINA TROPICAL DOUTORADO EM DOENÇAS TROPICAIS E INFECCIOSAS
(fonte12,maiúscula, emnegrito,centralizada)
ULTRASSONOGRAFIA E DOPPLER EM GESTANTES COM MALÁRIA NA AMAZÔNIA OCIDENTAL
3cm 3cm
MARIANNA FACCHINETTI BROCK
MANAUS
2015
i
MARIANNA FACCHINETTI BROCK
ULTRASSONOGRAFIA E DOPPLER EM GESTANTES COM
MALÁRIA NA AMAZÔNIA OCIDENTAL
Em formatar paragrafo
Recuoesquerdode7,5
Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical da Universidade do Estado do Amazonas em Convênio com a Fundação de MedicinaTropical Dr. Heitor Vieira Dourado, para obtenção do grau de Doutor em Doenças Tropicais e Infecciosas. (fonte 12,mescladodeitálico, espaço simples)
Orientador (a):Prof.ª Dra. Flor Ernestina Martinez Espinosa
MANAUS
2015
Modelo Ilustrativo de Ficha Catalográfica Características: Conteúdo: autor, título, local, Assunto, número de folhas, etc. Apresentação: contida num retângulo de aproximadamente 12,5 x 7,5 cm. Localização: verso da folha de rosto, impressa abaixo da metade inferior da página. Formatação: iniciar 3 linhas da borda superior; 4 espaços da borda lateral esquerda (veja modelo abaixo)
Fonte: http://www.biblioteca.epm.br/desc_ficha_catalografica.htm
1° - LINHA - NOME
Ficha Catalográfica
Brock, Marianna Facchinetti B864u Ultrassonografia e doppler em gestantes com malária
na Amazônia Ocidental / Marianna Facchinetti Brock. -- Manaus : Universidade do Estado do Amazonas, Fundação de Medicina Tropical, 2015.
127 f. : il. Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação
em Medicina Tropical – UEA e FMT Fundação de Medicina Tropical, 2015.
Orientador: Profª Drª Flor Ernestina Martinez Espinosa
1.Ultrassonografia – Gravidez – Malária Vivax I. Título.
CDU: 616.936
Ficha Catalográfica elaborada pela Bibliotecária da Escola Superior de Ciências da Saúde – UEA Sheyla Lobo Mota.
ii
FOLHA DE JULGAMENTO
ULTRASSONOGRAFIA E DOPPLER EM GESTANTES COM MALÁRIA NA AMAZÔNIA OCIDENTAL
MARIANNA FACCHINETTI BROCK
“Esta Tese foi julgada adequada para obtenção do Título de Doutor em Doenças Tropicais e Infecciosas, aprovada em sua forma final pelo Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical da Universidade do Estado do Amazonas em convênio com a Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado”.
Banca Julgadora:
______________________________________ Presidente
______________________________________ Membro
______________________________________ Membro
______________________________________
Membro
DEDICATÓRIA
Dedico esta tese a minha família: pilar da minha vida.
AGRADECIMENTOS
Agradeço profundamente aquele que é o meu condutor, que me carregou no colo
quando cansei da caminhada e me ajudou a carregar o fardo quando este me pareceu
muito pesado: DEUS.
A minha mãe que muito lutou pra que eu chegasse até aqui , que guarda meus
tesouros quando me ausento e que sem dúvidas é minha protetora e minha maior
torcedora; não só agradeço como AMO.
Aos meus 4 tesouros: Mario, Jorge, Pedro e Clara que com sua doçura dão sentido
a minha existência, que sempre me fazem sorrir e que me ensinaram a conjugar o verbo
AMAR em todos os tempos!
Ao meu esposo, Dr. Jorge Roberto Di Tommaso Leão que com sua teimosia não me
deixou desistir, sempre me incentivando e fazendo com que eu acreditasse que ia dar
certo!
Ao meu pai, meu norte que por sempre ser o melhor, fez com que eu tivesse
vontade de querer sempre mais!
Aos meus amigos que estiveram comigo nessa caminhada me apoiando, me
iluminando e me incentivando.
A todos os que deram sua contribuição para que essa tese, esse sonho, se tornasse
realidade, não vou nomear todos para não ser injusta, mas não posso deixar de citar:
Profa. Dra. Flor Ernestina Martinez Espinosa, que concordou em me inserir em seu
projeto, me orientar e disponibilizar seu banco de dados para mim; Prof. Dr. Luiz Carlos
de Lima Ferreira por estar sempre disposto a ajudar; Prof. Dr. Marcus Vinícius Guimarães
de Lacerda pelo apoio e incentivo e as Profa. Dra. Samira Buhrer e Profa. Dra. Angélica
Espinosa anjos que Deus colocou na minha vida!
A FAPEAM que acredita nas pesquisas e nos pesquisadores, a Universidade do
Estado do Amazonas e a Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado.
DECLARAÇÃO DAS AGÊNCIAS FINANCIADORAS
A FAPEAM financiou o projeto Malária e gestação no qual essa tese está inserida .
“Nunca se afaste dos seus sonhos, pois se eles se
forem, você continuará vivendo, mas terá deixado de
existir.”
Charles Chaplin
RESUMO
Objetivo: O presente estudo teve como objetivo avaliar o ultra-som e Doppler em uma
coorte de gestantes com malária vivax em Manaus, Amazonas, Brasil.Métodos: Foi
realizado um estudo de Coorte com 118 mulheres grávidas com malária vivax e 191
mulheres grávidas sem malária. Biometria fetal, espessuraplacentária e avaliação do
líquido amniótico foram realizadas através de ultra-som. A
Dopplervelocimetriaanalisou a morfologia e os índices de resistência, Pulsatilidade e
relação sístole/diástole das artérias cerebral média, umbilical e artérias uterinas. Os
dados biométricos e de espessura placentária ao ultra-som e dados da
Dopplervelocimetria foram distribuídos por trimestre em que a infecção ocorreu e
convertidos em Z escore. Os resultados foram comparados entre os
grupos.Resultados: Entre as gestantes da Coorte, 10 gestantes com malária tiveram
placentomegalia(8,5 vs 0%; p <0,001). Os Z escores referentes a biometria fetal e
Doppler de acordo com o tempo de infecção não foram estatisticamente significativas
na comparação entre os grupos. Dos resultados de ultra-som, das 118 mulheres
grávidas com malária, sete (6%) apresentaram baixo peso fetal, duas (1,7%)
mostraramoligohidrâmnio e um (0,85%) apresentaram malformação fetal.
Conclusões: As alterações de espessura da placentária foram significativas, mas não
causaram repercussões fetais no momento do nascimento. Os achados de ultra-som
(com exceção da espessura da placenta) e Doppler foram semelhantes em ambos os
grupos, possivelmente porque esta é uma área de baixa endemicidade e as mulheres
grávidas no estudo foram acompanhados em um sistema de detecção ativa que
permitiu o diagnóstico precoce e tratamento de novos episódios de malária.
Palavras-chave: Malária Vivax, ultra-sonografia, Doppler, gravidez, Amazonas, espessura da placenta.
ABSTRACT
Background: The present study aimed to investigateultrasound and Doppler findings in
a Cohort of pregnant women with vivax malaria in Manaus, Amazonas,
Brazil.Methods: A Cohort study was conducted among 118 pregnant women with
vivax malaria and 191 pregnant women without malaria. Foetal biometry, placental
thicknesses and the amniotic fluid were evaluated via ultrasound.
Dopplervelocimetryevaluated the middle cerebral artery, umbilical and uterine flow
index. Biometric data and Doppler were distributed by the trimester in which the
infection occurred and converted to Z scores. The results were compared between the
groups.Results: Among pregnant women from the Cohort, increased placental
thickness was observed in ten women with malaria (8.5 vs 0%; p <0.001). The Z
scores of biometric parameters and Doppler were not statistically significant when
comparing the groups or according to the time of infection. In ultrasound results of the
118 pregnant women with malaria, seven (6%) showed low foetal weight, two (1.7%)
showed oligohydramnios and one (0.85%) showed foetal malformation.Conclusions:
The placental thickness changes were significant but caused no foetal repercussions
at birth. The ultrasound (except placental thickness) and Doppler findings were similar
in both groups, possibly because this is a low-endemic area and the pregnant women
in the study were followed up in an active detection system that allowed early
diagnosis and treatment of new malaria episodes.
Keywords: Malaria, vivax, ultrasonography, Doppler, pregnancy, Amazon, placental
thickness.
RESUMO LEIGO
A malária é uma doença infecciosa causada por protozoários trasmitidos através da
picada do mosquito fêmea do gênero Anopheles. No Brasil, 99,7% dos casos de
malária estão concentrados na Região Amazônica onde estima se que 50 milhões de
mulheres engravidem a cada ano e com isso tenham um risco aumentado de ter
malária e suas complicações. A malária adquirida durante pode levar a anemia fetal,
alterações na placenta, alterações na oxigenação do feto, nascimento de crianças
permaturas, e ou pequenas para a idade gestacional e ou com baixo peso e até
mesmo com danos cerebrais. O ultra-som e o Doppler são exames de imagem
inócuos aos bebes, capazes de detectar alterações no crescimento fetal, alterações
na placenta e na oxigenação. Isso pode permitir que os fetos doentes sejam
identificados e acompanhados em um hospital especializado, diminuindo danos
decorrentes da infecção pela malária na gestação. O presente estudo teve como
objetivo avaliar o ultra-som e Doppler em gestantes com malária vivax em Manaus.
Foi realizado um estudo com 118 mulheres grávidas com malária vivax e 191
mulheres grávidas sem malária. A medida do feto, a espessura da placenta e
avaliação do líquido amniótico foram realizadas através de ultra-som. O Doppler
analisou os vasos no intuito de buscar alteração na circulação da mãe ou do feto que
pudesse levar a comprometimento fetal. Resultados: Entre as gestantes estudadas, o
achado importante foi o aumento na espessura da placenta que ocorreu mais em
gestantes com malária. As medidas do feto e o resultado do Doppler foram
semelhantes entre os grupos de pacientes com e sem malária. Conclusões: As
alterações de espessura da placentária foram significativas, mas não causaram
repercussões fetais no momento do nascimento. Os achados de ultra-som (com
exceção da espessura da placenta) e Doppler foram semelhantes em ambos os
grupos. Este fato provavelmente ocorreupois Manaus é uma área de baixa
endemicidade e as mulheres grávidas no estudo foram acompanhados em um
sistema de detecção ativa que permitiu o diagnóstico precoce e tratamento de novos
episódios de malária.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Área de risco de transmissão de malária. Fonte: SVS 2011(8) ................. 3
Figura 2. Esquema da vascularização da placenta (25). .......................................... 7
Figura 3. Diâmetro médio do saco gestacional aferido por 3 medidas: longitudinal, transversal e ântero posterior. (foto de acervo pessoal). ......................... 11
Figura 4. Comprimento cabeça-nádegas em feto do primeiro trimestre.(foto de acervo pessoal). ....................................................................................... 12
Figura 5. Medida do Diametro biparietal (foto de acervo pessoal). ........................ 12
Figura 6. Corte ultrassonográfico ideal para a avaliação da circunferência cefálica, mostrando a seta formada pelo cavum do septo pelúcido e os cornos frontais, terceiro ventrículo e aqueduto de Silvius e as cisternas quadrigeminais e o hiato tentorial(foto de acervo pessoal). ..................... 13
Figura 7. Fêmur fetal em eixo longitudinal. (foto de acervo pessoal). .................... 13
Figura 8. Corte do abdome fetal evidenciando costelas inferiores, veia umbilical esquerda e estômago (Foto de acervo pessoal). ..................................... 14
Figura 9. Representação da divisão do abdome materno em quatro quadrantes para a avaliação do índice do líquido amniótico (ILA). ..................................... 16
Figura 10. Placenta com calcificões Grau II Grannum (foto doacervo pessoal). .... 19
Figura 11. A)Traçado da artéria umbilical fisiológica evidenciando onda com baixo índice de resistência e pulsatilidade. B)sonograma da artéria cerebral média normal evidenciando altos índices de resistência e pulsatilidade (fotos do acervo pessoal). ........................................................................ 21
Figura 12. A- Incisura da artéria uterina. B) Artéria Uterina normal. ....................... 22
Figura 13. Imagem ultrassonográfica da artéria umbilical. ..................................... 32
Figura 14Relation between placental thickness z-score and gestational age in malaria group (red rhombus) and no malaria group (grey cross). ........ Erro! Indicador não definido.
Figura 15.Curvas de sobrevida comparando o tempo de exposição para a ocorrência de alterações. ............................ Erro! Indicador não definido.
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Casos de malária estimado por regiões - World Health Organization, 2014(7)......................................................................................................... 3
Tabela 2. Características de gestantes incluídas na população estudada no Amazonas, Brasil. ......................................... Erro! Indicador não definido.
Tabela 3. Achados ultra-som durante a gravidez em mulheres incluídas no estudo. ...................................................................... Erro! Indicador não definido.
Tabela 4. Características das mulheres grávidas com placentomegalia. ............. Erro! Indicador não definido.
Tabela 5. Comparação entre grávidas com e sem placentomegalia.Erro! Indicador não definido.
Tabela 6. Comparação entre os grupos, com relação aos escores Z do BPD , HC , AC e FL das gestantes de acordo com o trimestre de recrutamento. .......... Erro! Indicador não definido.
Tabela 7. Comparação entre os grupos, com relação aos escores Z do Doppler das Artérias Cerebral media, Umbilical, uterinas e da relação cérebro-umbilical. ................................................................................................................... 56
Tabela 8. Resultadosperinatais from the study population in Amazonas, Brazil. .. Erro! Indicador não definido.
Tabela 9. Comparação dos níveis de hemoglobina em relação aos resultados do ultra-som durante a gravidez e perinatais. .... Erro! Indicador não definido.
LISTA DE ABREVIATURAS, SÍMBOLOS E UNIDADES DE MEDIDA FMT-HVD Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado P Plasmodium SIVEP Sistema de Vigilância Epidemiológica RCIUR Restrição do Crescimento Intra-uterino USG Ultra-sonografia SG Saco gestacional DMSG Chamado de Diâmetro Médio do Saco Gestacional CCN Comprimento Cabeça Nádegas DBP Diâmetro Biparietal CC Circunferência Cefálica F Fêmur CA Circunferência Abdominal CIUR Crescimento Intra-uterino Restrito ILA Índice do Líquido Amniótico S/D Relação sístole / diástole IP Índice de Pulsatilidade IR Índice de Resistência ACM Artéria Cerebral Média Vsmax Velocidade Sistólica Máxima TN Translucência Nucal LA Líquido amniótico ALTACM Alteração da Artéria Cerebral Média ALTUMB Alteração da Artéria Umbilical ALTUTD Alteração na Artéria Uterina Direita ALTUTE Alteração na Artéria Uterina Esquerda
ALVACM Alteração na Velocidade Média da Artéria Cerebral Média ALTPE Alteração do Peso ALTPLA Alteração Placentária ALTLA Alteração do líquido amniótico
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 1
1.1 Malária ............................................................................................................... 1 1.1.a Umabreve História da Malária ................................................................ 1 1.1.b Epidemiologia da Malária ....................................................................... 2 1.1.c Malária e gestação ................................................................................... 4
1.2 A placenta .......................................................................................................... 6 1.2.a Malária placentária ................................................................................. 9
1.3 Ultrassonografia ................................................................................................ 10 1.3.a Parâmetros biométricos fetais .............................................................. 10 1.3.b Avaliação do líquido amniótico ............................................................. 14 1.3.c.1Oligodramnia ...................................................................................... 16
1.3.c.1.aOligodramnia na Insuficiência Placentária: .................................. 17 1.3.dUltrassonografia da Placenta ................................................................ 17
1.4 Doppler ............................................................................................................. 19 1.4.a Dopplervelocimetria do leito vascular materno .................................... 21 1.4.b Dopplervelocimetria artéria umbilical ................................................... 22 1.4.c Doppler as artéria cerebral média ........................................................ 23
2 JUSTIFICATIVA .................................................................................................... 24
4 OBJETIVOS .......................................................................................................... 25
4.1 Objetivo geral .................................................................................................... 25 4.2 Objetivos específicos ...................................................................................... 25
5 MATERIAL E MÉTODOS ...................................................................................... 26
5.1 Modelo de Estudo ............................................................................................. 26 5.2 Universo de Estudo ........................................................................................... 26
5.2.2 População de Estudo ....................................................................................... 26
6 METODOLOGIA ESTATÍSTICA ........................................................................... 35
7 RESULTADOS ...................................................................................................... 37
8 DISCUSSÃO ......................................................................................................... 59
9 CONCLUSÕES ..................................................................................................... 68
10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................... 70
11 ANEXOS .............................................................................................................. 82
1
1 INTRODUÇÃO
1.1 Malária
A malária humana é uma doença infecto-parasitária causada por quatro
espécies de protozoários do gênero Plasmodium (P). Eles sãopertencentes ao
filoApicomplexa, classeAconoidasida, ordemHaemosporidae famíliaPlasmodiidae: P.
vivax; Falciparum; P. malariae e P. ovale.É considerada um grave problema de saúde
pública em nível mundial, principalmente em áreas tropicais e subtropicais(1-4).
1.1.a Umabreve História da Malária
Os seres humanos são infectados pela malária há 50 mil anos(5, 6). No entanto,
naquela época, o homem não era tão atingido.Em comparação com os elevados
índices em outros animais, o baixo número anterior de casos em humanos ocorria
porque os mosquitos que se alimentavam dos outros animais eram muito mais
frequentes do que o Anopheles, que tinha e tem predileção pelos humanos. Há cerca
de 10 mil anos, com o advento da agricultura e com o crescimento populacional
quecausou a destruição dos ambientes naturais desses outros animais e de seus
mosquitos, as populações de Anopheles explodiram em número, iniciando a verdadeira
epidemia de malária que existe hoje(5).
Em 1917, o italiano Giovanni Maria Lancisi, notando que eram os habitantes dos
pântanos os que mais sofriam da doença, renomeou o paludismocomo malária. A
palavra significa maus ares em italiano(5).
Charles Louis Alphonse Laveran, um cirurgião do exército francês, trabalhando
na Argélia, foi o primeiro a notar parasitas no sangue de um paciente que sofria de
malária. O fato ocorreu no dia seis de novembro de 1880. Por sua descoberta,
Laveranrecebeu o Prêmio Nobel em 1907(6).
A malária foi uma das doenças que mais atingiu o Império Romanoe a sua base
populacional e econômica, contribuindo para a sua queda(5, 6).
2
Em Portugal, até ao início do século XX, havia casos de malária transmitida por
Anopheles, que se multiplicavam nos pântanos. No entanto, nesse país nunca houve
uma situação catastrófica, como a que há hoje na África, porque o clima frio nunca
permitiu a multiplicação do número de mosquitos. A drenagem dos pântanos, como as
ordenadas pelo Rei Dom Dinis, contribuíram para reduzir a incidência da doença. Hoje
não há malária em Portugal(5, 6).
Tratamentos tradicionais para a Malária não são incomuns. Na América do Sul,
os nativos (índios) dos Andes tinham sua forma de tratamento da Malária. Desde
tempos imemoriais, eles usavam a casca da árvore da Cinchona para tratar a malária.
Os Chineses já usavam a planta Artemísia(uma "nova" droga antimalárica
revolucionária "descoberta" só recentemente). Em 1640, o espanhol Huan del vego
usou a tintura da casca da Cinchona para tratar com sucesso a malária. No entanto, só
em 1820 os franceses Pierre Pelletier e Joseph Caventou extraíram da tintura com
sucesso a quinina, o princípio ativo antimalárico (5, 6).
1.1.b Epidemiologia da Malária
O relatório da World Health Organization (WHO 2014) mostra a distribuição
mundial da malária (Tabela 1). Podemos observar a predominância da doença nos
trópicos e principalmente no continente africano. Observamos também a diminuição no
número de casos de 2000 a 2014 em todas as regiões e no mundo(7).
3
Tabela 1. Casos de malária estimado por regiões - World Health Organization, 2014(7).
(fonte: WHO estimates)
Segundo os dados do sistema de vigilância epidemiológica (SIVEP), em 2010
havia 49 milhões de pessoas em áreas de risco, 330 mil casos de malária confirmados
e 72 óbitos(8).
No Brasil, 99,7% dos casos de malária estão concentrados na Região
Amazônica.Os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima,
Tocantins, além do Mato Grosso e Pará, são considerados áreas de risco de
transmissão(4, 8, 9) (Figura1).
Figura 1.Área de risco de transmissão de malária. Fonte: SVS 2011(8)
NÚMERO DE CASOS (000’S) 2000 2005 2010 2011 2012 2013 África 174000 192000 167000 163000 163000 163000 Américas 2500 1700 1100 800 800 700 Mediterrâneo Oriental 14000 10000 9000 11000 10000 9000 Europa Sudeste Asiático 33000 34000 28000 28000 27000 24000 Pacífico Ocidental 4000 2000 2000 1000 1000 1000 Mundo 227000 240000 207000 203000 202000 198000 Limite inferior 150000 155000 133000 129000 127000 124000 Limite superior 304000 328000 287000 282000 281000 283000 NUMERO DE ÓBITOS 2000 2005 2010 2011 2012 2013 África 801000 761000 576000 543000 530000 528000 Américas 2300 1800 1300 1000 900 800 Mediterrâneo Oriental 17000 13000 12000 13000 12000 11000 Europa 3 Sudeste Asiático 53000 50000 46000 44000 43000 41000 Pacífico Ocidental 9500 4700 3900 3300 3500 3300 Mundo 882000 830000 639000 605000 590000 584000 Limite inferior 599000 547000 405000 384000 376000 367000 Limite superior 1104000 1029000 795000 755000 742000 755000
4
As espécies que causam a doença no território brasileiro são: o P. vivax, o
P.falciparum e eventualmente o P. Malariae(1-3).
Na Região Amazônica, apenas o P. vivax e o P.falciparum têm importância
prática.Aproximadamente 83,7% dos casos notificados nos últimos anos têm sido por
P. vivax e 16,3% por P.falciparum(2-4).
A transmissão nessa área está relacionada a fatores biológicos como a
presença de alta densidade de mosquitos vetores, agente etiológico e população
suscetível. Os fatores climatológicos igualmente favorecem a transmissão da malária
durante o ano todo. Dentre eles estão a temperatura, umidade e chuvas. Fatores
ambientais também colaboram: o crescimento desordenado na forma de invasões,
desmatamentos, construção de hidroelétricas, estradas e de sistemas de irrigação,
açudes da Amazônia(3, 4).
As manifestações clínicas dependem do estado imunitário do infectado. A primo-
infecção é mais grave, sintomática e com mais complicações. Segue-se a ela uma
imunidade parcial, que faz com que infecções subsequentes sejam mais leves ou até
mesmo assintomáticas.
1.1.c Malária e gestação
Estima-se que 50 milhões de mulheres que vivam em áreas endêmicas para
malária engravidem a cada anoe com isso tenham um risco aumentado de ter malária e
suas complicações(10).
Em gestantes, a real frequência da malária é desconhecida não só no Brasil
como nas Américas(10).
Malária adquirida na gestaçãoé uma das principais causas de morbidade
materna e fetal podendo levar a resultados adversos nas regiões endêmicas (1, 11-13).
Na gravidez, várias alterações fisiológicas ocorrem para adaptar o organismo
materno à gestação. Há uma imunoadaptação, visando a manutenção da gestação e
5
prevenindo que o feto, que é imunologicamente diferente, seja rejeitado e a gestação
interrompida (14). Essas adaptações incluem certo grau de imunossupressão que leva
a um aumento de susceptibilidade das gestantes a várias doenças em que a
imunorregulação desempenha um importante papel. Infecções parasitárias como a
malária estão entreas doenças nas quais a frequência ou severidade da infecção é
maior em gestantes do que em não gestantes(13, 14).
Alguns estudos sobre efeito da exposição das gestantes aos mosquitos
transmissores da malária na África constataram que as mulheres grávidas atraem duas
vezes mais o Anophelesdo que as mulheres não gestantes(15).
Como acontece com as não gestantes, a susceptibilidade e a severidade das
manifestações clínicas da malária são determinadas pelo nível da imunidade pré-
gestacional. A primo-infecção geralmente é mais grave e mais sintomática do que
infecções subsequentes. Assim sendo, em áreas de baixa incidência de malária, o grau
de imunidade adquirida é baixo e mãe e feto sofrerão consequências mais severas da
infecção. Em áreas de alta endemicidade, nas quais mulheres já possuem certa
imunidade protetora, os efeitos da malária serão mais brandos(11, 13, 14).
A infecção por P.vivax ou falciparum na gestação é uma causa significante de
morbidade e mortalidade materna e fetal. Ela pode levar à anemia materna, aborto,
óbito fetal, prematuridade (parto antes de 37 semanas), restrição do crescimento
intrauterino(RCIUR) (recém nascido com peso inferior ao 10º percentil para a idade
gestacional)e recém-nascidos de baixo peso (inferior a 2500gramas)(11, 16-18).
Na maioria dos casos, a restrição de crescimento intrauterino parece estar
associada à infecção ante natalno início da gestação enquanto que a ocorrência de
parto prematuro está mais relacionada às infecções no final da gestação. Esse fato
pode indicar que o momento da infecção e o tempo da infecção parecem ser
determinantes se ocorrerá RCIUR ou parto pré-termo, sugerindo que o primeiro se
deve à insuficiência placentária e que o segundo poderia ser ocasionado por
mecanismos vistos em outras doenças infecciosas (19).
1.1.c.a Malária nas gestantes no Brasil
6
No Brasil, em seu manual de 2010, oMinistério da Saúde determinou que o
exame gota espessa seja realizado de rotina no controle pré-natal de gestantes
residentes em áreas endêmicas de malária, o que deve aumentar o número de casos
notificados e diminuir a subnotificação(20). Em 2001 e 2002, Martinez-Espinosa
realizou um inquérito epidemiológico de base populacional em Coari (município do
Estado do Amazonas) e encontrou uma prevalência de malária de 4,3% em gestantes
e uma prevalência de 0,8% em não gestantes da mesma faixa etária(21). Almeida,
estudando malária em mulheres de 10 a 49 anos, segundo SIVEP-MaláriaManaus,
Amazonas de 2003 a 2006, encontrou uma prevalência de 6,1% de gestantes com
malária. Nas gestantes da Região Amazônica, o P. vivaxtem sido descrito como o mais
frequente, seguido do P. falciparum e das infecções mistas(1).
As manifestações clínicas encontradas nas gestantes na Região Norte foram
semelhantes às encontradas em outros locais do mundo. As formas graves foram mais
frequentes em indivíduos não expostos à infecção ou procedentes de áreas indenes e
foram associados à virulência da cepa(22).
Chagas et al, estudando o efeito da malária no curso da gestação na Região
Amazônica, consideraram que as gestantes são mais susceptíveis à malária, devendo
ser alvo das ações de prevenção e controle da malária(10).
1.2 A placenta
A circulação fetal difere da extrauterina anatômica efuncionalmente. A placenta
é única conexão entre o feto e o meioexterno.É um órgão misto, com componente
materno e fetal capaz de prover uma área extensa onde substâncias podem ser
intercambiadas entre mãe e concepto(23).
A placenta desempenha inúmeras funções que no adulto são cumpridas por
diversos órgãos. Ela desempenha as funções: de “intestinos” (suprimento de
nutrientes), “rins” (retirada dos produtosde degradação) e “pulmões” (trocas gasosas).
Serve de transporte de gases nutrientes e produtos da degradação entre mãe e
concepto; secreta hormônios esteroides e peptídeos necessários para a manutenção
7
da gravidez e controle do amadurecimento e crescimento fetal eé uma interface
imunológica entre mãe e o haloenxerto fetal. A placenta serve também de barreira para
certas substâncias e micro-organismos (23, 24).
A placenta em desenvolvimento forma diminutas projeções (vilos) que se
estendem para o interior da parede uterina. Os vasos sanguíneos provenientes do
embrião, que passam através do cordão umbilical, se desenvolvem nas vilosidades.
Nos vilos, uma membrana fina separa o sangue do embrião do sangue da mãe, que flui
através do espaço que circunda os vilos (espaço interviloso). Esse arranjo permite a
troca de material entre o sangue da mãe e o sangue do embrião sem que o sangue de
ambos se comuniquem (Figura 2).
Figura 2. Esquema da vascularização da placenta (25).
Na placenta, que é o órgão de suporte mais vital para o feto, os parasitas se
alojam nos espaços intervilosos. Seu alojamento causa comprometimento mecânico,
alterando funções placentárias ou induzindo a formação de lesões patológicas. As
lesões placentárias levam à diminuição das trocas feto-placentárias.Nas gestações
iniciais pode-se observar hipóxia acentuada que pode levar ao aborto ou ao óbito fetal.
No final da gestação, a hipóxia também é observada e pode ser aguda ou crônica,
podendo estar associada à restrição de crescimento intrauterino e parto prematuro com
risco de lesão cerebral por hipóxia(26-28).
A função placentária é crítica para o crescimento e o desenvolvimento fetal.
Alterações em seu desenvolvimento e crescimento podem levar a repercussões
neonatais e tardias como hipertensão e diabetes insulino não dependente (23).
8
Na placenta existem dois sistemas circulatórios:
1. Circulação uteroplacentária;
2. Circulação feto placentária.
Circulação uteroplacentária: é constituída das artérias uterinas espiraladas, que
viraram uteroplacentários – elas trazem o sangue materno até os espaços intervilosos.
Circulação feto placentária: o sistema circulatório fetal é composto de duas
artérias umbilicais e uma veia umbilical.Asartériasumbilicais transportam o sangue
dofeto até a placenta e posteriormente à mãe e aveia umbilicaltraz o sangue com O2 e
nutrientes da mãe para o feto(29).
Nas fases iniciais da gestação até o segundo trimestre, existem duas ondas de
invasão trofoblástica onde as arteríolas espiraladas são transformadas em vasos mais
dilatados e com paredes menos rígidas permitindo a passagem de um fluxo sanguíneo
maior, otimizando as trocas. Concomitantemente ha uma angiosenese extensiva do
tecido placentário levando a um aumento no fluxo do cordão umbilical. Ambas
transformações são cruciais para a transformação de um sistema de alta resistência
em baixa resistência garantindo fluxo sanguíneo adequado para o feto e placenta
durante a gestação (30).
O crescimento fetal adequado é primeiramente determinado pelo transporte
através da placenta de nutrientes maternos para a circulação fetal. Na placenta, a
circulação materno fetal ficam próximas uma das outras permitindo as trocas de gases
e nutrientes, mas permanecem separadas pelas vilosidades(31).
. Dessa forma, a placenta se desenvolve com a função primária de fornecimento
de oxigênio e nutrientes para o crescimento fetal, no entanto, algumas patologias
podem atrapalhar ou impedir esta função levando a alterações fetais como: aborto, a
restrição de crescimento e baixo peso ao nascer(32).
Patologias que impedem a transformação tanto da vasculatura uterina ou
placentáriaangiogenese podem levar a um aumento da impedância nas uterinas e / ou
9
artérias umbilicais, uma reduzida capacidade de transportar oxigénio e nutrientes
(insuficiência placentária) levando ao aborto, restrição de crescimento intrauterino e
baixo peso ao nascer(30).
1.2.a Malária placentária
Na gestação, devido as alterações imunológicas e em virtude da atração da
proteína 1 da membrana eritrocitária doP.falciparum, os plasmódios se aderem ao
sincício trofoblasto e no espaço interviloso causando alterações patológicas(12, 33,
34).
O sequestro placentário causado pelo P.falciparumresulta do acúmulo de
eritrócitos parasitados no espaço interviloso (que têm sua morfologia alteradapelos
parasitas), infiltração por células inflamatórias e liberação de mediadores pró-
inflamatórios. Menendez em seu estudo sobre o impacto da malária placentária na
idade gestacional e peso fetal, encontrou associação entre vilosite e redução do peso
fetal ao nascer, sugerindo que esse processo inflamatório tenha um papel até mais
significativo do que o pigmento malárico (18). O pigmento malárico é a deposição de
pigmentos resultantes da ação do parasita sobre a hemoglobina, desdobrando-a em
globina e hematina. As consequências clínicas da malária placentária são: anemia
materna, fetos com baixo peso ao nascer, parto pré-termo principalmente nas
primíparas, anemia neonatal, malária congênita no primeiro ano de vida e aumento da
mortalidade fetal(33, 35, 36).
Quando a placenta está infectada pelos parasitas da malária, a transmissão
transplacentária desses parasitas pode ocorrer, embora os recém-nascidos possam
permanecer saudáveis e assintomáticos(36). O mecanismo de transporte
transplacentário dos parasitas ainda não está totalmente esclarecido e é muito difícil
determinar se a infecção é fetal ou se houve contaminação pelo sangue materno na
hora do parto (36).
De qualquer forma, a malária placentária pode ter um mau prognóstico para o
recém-nascido com consequências importantes como prematuridade, baixo peso ao
nascer e aumento do número de infecções na infância(36).
10
1.3 Ultrassonografia
Ultra-som é o nome dado a ondas sonoras de alta frequência, inaudíveis para os
humanos, com mais de 20.000 ciclos por segundo (20kHz)(37).
Os aparelhos de ultrassonografia (USG) possuem transdutores com cristais
piezoelétricos que têm a capacidade de alterar os sinais elétricos em ondas mecânicas
(ultra-som) e de receber o ultra-som e transformá-lo em sinais elétricos, com isso
gerando uma imagem. Os ecos que chegam das partes mais profundas são mais
atenuados que os superficiais e, dessa forma, é possível reconstruir um mapa
bidimensional dos tecidos que tiveram contato com o feixe. Diferentes propriedades
dos tecidos determinam a reflexão dos ecos e a produção da imagem pelo aparelho de
ultrassonografia(37).
A ultrassonografia tem sido utilizada em obstetríciahá muitos anos.Sua aplicação
tem crescido a cada ano, principalmente devido à melhora da tecnologia que propicia a
cada dia uma melhor resolução, com melhor imagem e um melhor diagnóstico (38).
A ecografia é considerada um exame inócuo à saúde e liberado para uso com
indicação médica em obstetrícia pelo American College ofObstetricsandGynecology e
pelo FoodandDrugAdministration (FDA)(37).
1.3.a Parâmetros biométricos fetais
As medidas ecográficas são a base para a determinação da idade gestacional e
anomalias do crescimento fetal. (39, 40). É importante ressaltar que quanto mais
precoce a identificação da idade gestacional, mais fidedigna ela será. Dessa forma,
uma vez estabelecida a idade gestacional pelo primeiro ultra-som, ela não deverá ser
alterada baseada em medidas biométricas feitas posteriormente, principalmente se
realizada antes de vinte semanas, quando os parâmetros são mais confiáveis(39).
O uso de múltiplos parâmetros biométricos aumenta a precisão do diagnóstico
ecográfico(39, 41-43).
Os parâmetros biométricos utilizados na prática diária são:
11
No primeiro trimestre, de 5 a 13 semanas:
a) Saco gestacional (SG): é o primeiro sinal ecográfico inquestionável de
gravidez (44, 45). É calculado como a média dos diâmetros ântero-posterior,
transversal e longitudinal (chamado de diâmetro médio do saco gestacional-
DMSG)(46) (Figura 3).
Figura 3. Diâmetro médio do saco gestacional aferido por 3 medidas: longitudinal, transversal e ântero posterior. (foto de acervo pessoal).
O DMSG torna-se progressivamente menos confiável para a avaliação da idade
gestacional à medida que a gestação avança.Uma vez que o embrião é identificado, a
medida do comprimento cabeça-nádegas (CCN) passa a ser a medida mais fidedigna
no primeiro trimestre(47).
b) Comprimento cabeça-nádegas:
O embrião geralmente é identificado a partir da sexta semana de atraso
menstrual. Como citado anteriormente, a medida mais fidedigna para avaliar a idade
gestacional é o CCN. É a medida de maior uniformidade dentre vários observadores de
vários centros desde seu primeiro relato por Robinson, em 1973 (47-49).
A medida é realizada posicionando-se o caliper do ultra-som na cabeça do feto,
que deve estar em posição horizontal. Deve-se em seguida arrastá-lo até a nádega
fetal finalizando-se assim a medida(48) (Figura 4).
12
Figura 4. Comprimento cabeça-nádegas em feto do primeiro trimestre.(foto de acervo pessoal).
No segundo trimestre, de 14 a 42 semanas:
Nessa fase já houve um crescimento fetal importante. Por isso, fica difícil realizar
a medida do comprimento cabeça-nádegas. Além disso, outras estruturas já podem ser
identificadas com mais detalhese podem ser utilizadas na mensuração da idade
gestacional fetal(39).
As medidas fetais básicas para a avaliação da idade gestacional são:
a) Diâmetro Biparietal (DBP):
Pode ser medido por meio de qualquer plano de corte que atravesse o terceiro
ventrículo e tálamos com os calvários simétricos(50). O caliper pode ser posicionado da
borda externa da parede cranial até a borda interna da parede cranial contra lateral ou
no meio da parede calvarial de ambos os lados (50) (Figura 5).
Figura 5. Medida do Diametro biparietal (foto de acervo pessoal).
13
b) Circunferência cefálica (CC):
É obtida por meio de um plano axial, paralelo à base do crânio.O cavum dos
septos pelúcidos deve estar visível na parte anterior do cérebro. Uma “seta” formada
pelo cavum do septo pelúcido e os cornos frontais (pernas da seta), terceiro ventrículo
e aqueduto de Silvius (a haste) e as cisternas quadrigeminais e o hiato tentorial (são a
cabeça da seta) (Figura6).
Figura 6. Corte ultrassonográfico ideal para a avaliação da circunferência cefálica, mostrando a seta formada pelo cavum do septo pelúcido e os cornos frontais, terceiro ventrículo e aqueduto de Silvius e as cisternas quadrigeminais e o hiato tentorial(foto de acervo pessoal).
Diâmetro Biparietal e circunferência cefálica que mantêm estreita correlação com
a idade gestacional no segundo trimestre(50).
c) Fêmur (F):
Com o fêmur alinhado no eixo longitudinal, mede-se as porções ossificadas do
osso (51) (Figura7).
Figura 7. Fêmur fetal em eixo longitudinal. (foto de acervo pessoal).
14
Tamanho do fêmur e úmero são bons parâmetros para o cálculo da idade
gestacional, assim como o são na avaliação de displasias esqueléticas(39, 52, 53).
d) Circunferência Abdominal (CA):
A Circunferência Abdominal é o melhor parâmetro para a avaliação de restrição
de crescimento assimétrico. No entanto, é um dos parâmetros mais difíceis de ser
avaliado. A mensuração correta é aquela em que as veias portas direita e esquerda
são contínuas uma a outra. O aspecto das costelas inferiores deve ser simétrico e o
comprimento mais curto do seguimento umbilical da veia porta esquerda deve ser
demonstrado(54) (Figura8).
Figura 8. Corte do abdome fetal evidenciando costelas inferiores, veia umbilical esquerda e estômago (Foto de acervo pessoal).
Na estimativa da idade gestacional, quanto mais precoce o diagnóstico, mais
fidedigna será a idade gestacional e mais preciso será o diagnóstico do desvio de
crescimento(39, 53, 55).
A ecografia avalia muito bem desvios do crescimento fetal, como o crescimento
intrauterino restrito (CIUR), por meio da estimativa do peso fetal (que deve estar abaixo
do 10º pecentil para ser considerado CIUR) ou da correlação da medida do fêmur com
o abdome e dacircunferência cefálica com o abdome(39, 41, 42, 55).
1.3.b Avaliação do líquido amniótico
15
O líquido amniótico tem várias funções importantes no desenvolvimento normal
do embrião e do feto. Ele protege de traumas físicos, possibilita o crescimento do feto
livre de restrições ou distorções de estruturas adjacentes, proporciona um ambiente
termicamente estável, ajuda evitar infecções e pode constituir fonte de nutrientes em
curto prazo para o embrião em desenvolvimento(56).
No início da gestação, o corioâmnio age como um filtro molecular. Ele age
permitindo a passagem livre de água e solutos, eletrólitos, ureia e creatinina. Nessa
fase, o embrião tem pouca contribuição na formação do líquido amniótico(57). Na
última metade da gestação, as duas fontes mais importantes na produção do líquido
amniótico sãoos rins,por meio da produção de urina,e os pulmões fetais, através de
secreção de líquido pelo trato respiratório. As fontes de remoção são trato
gastrointestinal,pela deglutição e absorção pelo sangue fetal perfundindoà superfície da
placenta. No segundo e terceiro trimestres, na urina fetal, desempenha um importante
papel na produção de líquido amniótico(58).
Dessa forma, com o estudo do líquido amniótico podemos obter importantes
informações sobre a vitalidade fetal. O estudo do volume do líquido amniótico tem
fundamental importância na avaliação da morbimortalidade perinatais, identificação de
anomalias congênitas, predição de crescimento intrauterino restrito e insuficiência
placentária. (59, 60)
O volume do líquido amniótico muda com a idade gestacional, aumentando
progressivamente até cerca de 33 /34 semanas e apresentando um leve declínio até o
termo(59, 60).
Os principais métodos de avaliação do volume do líquido amniótico são:
1. O método subjetivo, que é totalmente dependente da experiência do
examinador e envolve a comparação das áreas livres desprovidas de ecos
em torno do feto ocupado pelo feto e placenta(61);
2. Métodossemiquantitativos, que englobam: a medida do maior bolsão vertical
e oíndice do líquido amniótico (ILA)(59, 60).
16
Na técnica do maior bolsão vertical, mede-se o maior bolsão de líquido amniótico
nos quatro quadrantes e seleciona-se o maior bolsão vertical disponível. A maior
dimensão vertical desse bolsãoé medida e, se for maior que 2 cm, o líquido está
normal. Por se demasiadamente rígida, caiu em desuso(58, 61, 62).
O ILA é o método mais aceito para a avaliação do volume do líquido amniótico,
pois é o que melhor reflete o volume de líquido(59, 60).
O ILA utiliza a medida do maior bolsão vertical em cada um dos quatro
quadrantes do útero.(63, 64) As medidas devem estar livres de partes fetais e cordão
umbilical. O resultado obtido com essa soma dos quatro quadrantes é comparado a
uma curva de normalidade, com respectivos desvios padrão para cada idade
gestacional. O ILA maior que o percentil 95 indica polidrâmnio e menor que o 5º
percentil indica oligodrâmnio. (59, 60, 63, 65) (Figura9).
ILA= 1+2+3+4
Figura 9. Representação da divisão do abdome materno em quatro quadrantes para a avaliação do índice do líquido amniótico (ILA).
1.3.c.1Oligodramnia
Oligodramnia é a diminuição do volume de líquido amniótico para uma idade
gestacional definida(63, 64). As principais causas determinantes da diminuição do
volume amniótico são: anormalidades do trato urinário, a ruptura prematura das
membranas amnióticas, a insuficiência placentária (que geralmente é ocasionada por
infecção, síndromes hipertensivas, tabagismo ) e a pós-maturidade(66). Por esta tese
se tratar de infecção, será dada ênfase na oligodramnia por insuficiência placentária.
1 2
3 4
17
1.3.c.1.aOligodramnia na Insuficiência Placentária:
Diante de uma situação de hipóxia crônica consequente a uma insuficiência
placentária, o feto procura adaptar-se à nova condição imposta pelo meio onde se
encontra. Essa adaptação se dá protegendo órgãos nobres com sacrifício de outros
considerados menos significativos, por meio da redistribuição do fluxo sanguíneo
(fenômeno da centralização). Assim, os órgãos nobres (cérebro, coração e supra renal)
são beneficiados com maior fluxo oriundo do débito cardíaco; e em oposição, os
pulmões e os rins são privados de fluxo sanguíneo ideal, culminando em oligodramnia
pela diminuição da diurese e da secreção de fluidos pulmonares(66).
A oligodramnia associa-se ao crescimento intrauterino restrito, taxas mais
elevadas de cesariana, baixos índices de Apgar no quinto minuto, mortalidade
perinatal, presença de mecônio no líquido amniótico e sofrimento fetal, seja devido à
doença de base que o determinou, seja em decorrência da compressão exercida pela
parede uterina diretamente sobre o corpo do concepto, poisa diminuição do líquido no
espaço amniótico pode ocasionar uma pressão contra o cordão umbilical e diminuir
ainda mais a perfusão fetal, piorando o prognóstico(66, 67).
1.3.dUltrassonografia da Placenta
Apesar de ultra-som diagnóstico ser utilizado em clínicasobstetrícias há muito
tempo, muitas vezes, na literatura,o exame da placenta parece ser tratado com
menosatenção do que o estudo fetal. Isso é um poucoinesperado, dada a muitas
tarefas importantes que esse órgãorealiza durante toda a gravidez, desde de
oxigenação fetaldesde os primeiros estágios da gestação e à nutrição, bemcomo
grande influência endocrinológico e síntese de proteínasalém de sua função
protetora(68).Como já temsido demonstrado em vários artigos em periódicos e
capítulos de livros,o exame da placenta desempenha um papel importante naavaliação
de gestações normais e anormais(68).
18
A placenta é o órgão de suporte mais vital para o desenvolvimento fetal. É local
de transferência de oxigênio, dióxido de carbono e nutrientes, além de sintetizar
hormônios e prostaglandinas (69).
A ultrassonografia da placenta é o instrumento diagnóstico mais sensível para
detecção de anormalidades placentárias, embora não seja tão específica. Seu estudo é
de suma importância na avaliação da gestação e muitas vezes tem sido tratado com
pouca atenção(69). A avaliação placentária tem papel fundamental no diagnóstico de
ciclos gestatórios anormais (24, 30).Muitas vezes, anormalidades placentárias podem
serum sinal precoce de futuras alterações fetais(70).
A placenta normal é um órgão discoide que em grandes altitudes pode se tornar
ovoide. Sua espessura, de uma maneira geral, deve ser aproximadamente igual em
milímetros a idade gestacional em semanas +/- 10mm. A espessura de uma placenta
normal a termo não deve ultrapassar 40mm(24).
A espessura placentária tem sido fortemente relacionada à presença de infecção
materno-fetal. Uma placenta anormalmente grande ou pequena, geralmente indica a
presença de anormalidade fetal; uma placenta grande, edematosa sugere infecção
intraútero ou incompatibilidade de grupo sanguíneo, enquanto a placenta pequena
frequentemente é associada com desnutrição ou malformação fetal (71).
Uma placenta fina geralmente representa um feto pequeno para a idade
gestacional ou um sinal de restrição de crescimento. Tem como principais causas:
infecções intrauterinas, anomalias cromossômicas, diabetes mellitus pré-concepcional.
A polidrâmnia pode simular um afinamento da placenta pelo aumento de pressão sob a
mesma(24).
A placentomegalia possui diversas causas. As principais são: infecção com vilite,
gestação molar, triploidia, hemorragia placentária, diabetes mellitus (principalmente a
gestacional), anemia, hidropsia e aneuploidia(24).
A placenta é avaliada ao ultra-som, pela sua localização, implantação,
morfologia, tamanho, ecotextura e grau de maturidade. A ultrassonografia identifica
19
lesões císticas, sólidas, lesões resultantes de distúrbios do fluxo sanguíneo materno e
fetal, calcificações placentárias entre outras alterações(40).
O grau de maturidade placentária pode ser obtido pela intensidade, quantidade e
extensão de calcificação da placenta e é expresso num escore que vai de 0 a III. O
grau zerocorresponde a uma placenta homogênea, sem calcificação; o grau I contém
pequenas calcificações intraplacentárias; o grau II, de calcificações na placa basal; e
no grau III, observa-se compartimentação da placenta pela presença de calcificação da
placa basal a coriônica (72, 73) (Figura 10).
Figura 10. Placenta com calcificões Grau II Grannum (foto doacervo pessoal).
A ultrassonografia é o instrumento de diagnóstico mais sensível para a detecção
de anormalidades fetais e placentárias. Acrescente-se o fato de ser um exame inócuo e
acessível à grande maioria da população (69, 74).
1.4 Doppler
A Dopplervelocimetria é o estudo do perfil de velocidade das hemácias em um
dado leito vascular. Foi descoberta em 1842 por Christian Doppler, físico austríaco que
constatou que a frequência do som sofria influência da velocidade da fonte sonora(75,
76).
O aperfeiçoamento e a introdução do efeito Doppler aos equipamentos
ultrassonográficos propiciaram estudo in vivo das circulações feto-placentária e útero-
placentária, permitindo avaliar o grau de resistência ao fluxo sanguíneo e sua relação
com o estado de saúde do concepto. Atualmente, a Dopplervelocimetria fetal tem se
20
firmado no diagnóstico antenatal das patologias fetais, predizendo efeitos perinatais
adversos(77).
Inicialmente, os estudos limitaram-se à artéria umbilical. Após a introdução do
mapeamento em cores, o estudo Doppler, principalmente de vasos menores, tornou-se
mais fácil e acessível, permitindo maior compreensão da dinâmica circulatória fetal (76,
77).
O Doppler constitui exame ecográfico não invasivo, inócuo para a gestante e
para o feto e que possibilita avaliar as velocidades de fluxo nos vasos e calcular sua
resistência. A utilização do Doppler pulsátil, sobretudo acoplado ao ultra-som com
mapeamento colorido, permite que sejam estudados, com precisão, pequenos vasos
da circulação fetal e placentária (76, 77).
Ultra-som Doppler das artériasuterinas e umbilical avaliamdiretamente a
perfusãosanguínea dos compartimentosmaterno e fetal da circulaçãoplacentária,
respectivamente(30).
A placenta se desenvolve com a funçãoprimária de fornecimento de oxigénio e
nutrientespara o crescimento do feto. A artériauterinatraz o sangueenriquecido com
oxigénio e nutrientes da mãepara a placenta, enquanto a artéria umbilical traz o
sanguedesoxigenado com osprodutosresiduais do fetopara a placenta. Na placenta,
ocorre a permuta de oxigénio e de nutrientes. Eventosfisiopatológicosquealteram o
meioambiente da placenta podem diminuir
fluxosanguíneonasartériasuterinasouumbilicais, levando a umaredução da
capacidadepara o transporte de oxigênio e nutrientes e, emúltimainstância, para o
crescimento fetal restrito. A maláriadurante a gravidez tem sido associado com
circulação feto placentária anormal no final dos segundo e terceirotrimestres(26, 83,
91).
A avaliação fetal através da Dopplervelocimetria já é amplamente utilizada para
confirmar alterações hemodinâmicas uteroplacentárias e feto-placentárias, avaliando a
resposta cerebrovascular àhipóxia fetal(78, 79).
21
A Dopplerfluxometria aliada ao ultra-som tem importância fundamental no
diagnóstico de restrição de crescimento intrauterino. Ela desempenha importante papel
no acompanhamento e parto dos fetos com restrição de crescimento(78).
A interpretação dos resultados da Dopplervelocimetria pode ser realizada
através de índices ou pela análise da forma da onda(26).
Os índices estudados são: Relação sístole/ diástole (S/D), (descoberto por Stuart
&Drumm, 1980); índice de pulsatilidade (IP)(sístole – diástole/ velocidade media)
(Gosling 1976) e índice de resistência (IR) (sístole – diástole/sístole)
(Pourcelot,1974)(75).
Na análise da forma da onda, temos como característica de territórios de baixa
resistência a presença de fluxo diastólico elevado, como é o caso do fluxo das artérias
uterinas ou umbilicais. As artérias de alta resistência, caracterizadas pela artéria
cerebral média, tem um fluxo diastólico bastante baixo ou zero(79) (Figura 11).
A) B)
Figura 11. A)Traçado da artéria umbilical fisiológica evidenciando onda com baixo índice de resistência e pulsatilidade. B)sonograma da artéria cerebral média normal evidenciando altos índices de resistência e pulsatilidade (fotos do acervo pessoal).
1.4.a Dopplervelocimetria do leito vascular materno
A artéria uterina apresenta diminuição da sua resistência no decorrer da
gestação, principalmente após a 20ª semana. Nesse período, ocorre perda do
revestimento músculo-elástico nas arteríolas espiraladas diminuindo a resistência do
fluxo sanguíneo nos ramos das artérias uterinas que se abrem no espaço interviloso.
Dessa forma, após 27 semanas, o fluxo diastólico das artérias uterinas é maior o que
22
otimiza a o aporte de oxigênio e nutrientes ao feto(Figura 12a). No período anterior a
esse, podemos encontrar fisiologicamente alta resistência destas artérias, inclusive
com a presença de incisura ou chanfradura (74, 80, 81).
A persistência das incisuras bilateralmente com relação S/D maior que 2,6 após
27 semanas são indicativos de perfusão placentária deficiente. Elas denotam um risco
maior de pré-eclâmpsia, crescimento intrauterino restrito e maior mortalidade
perinatal(74, 80, 82, 83) (Figura 12b).
O Doppler das artérias uterinas, que já é utilizado há muito tempo para
rastreamento de gestação de risco, é um método de screening não invasivo de
restrição de crescimento intrauterino (83).
A avaliação do fluxo sanguíneo uterino é considerado o melhor método clínico
para avaliar a circulação uterina e o compartimento materno da circulação
placentária(30)(84).
A) B)
Figura 12. A- Incisura da artéria uterina. B) Artéria Uterina normal.
1.4.b Dopplervelocimetria artéria umbilical
A Dopplervelocimetria das artérias umbilicais é utilizada na detecção de fetos
com alteração de vitalidade e crescimento(79, 85).
Em condições fisiológicas, é um vaso cuja resistência decresce com o evoluir da
gestação devido ao decréscimo da resistência vascular placentária(79).
23
Em condições patológicas de alteração de placentogênese e insuficiência
placentária, podemos ter um aumento de resistência placentária. Porconseguinte,
poderá surgir uma diminuição ou nulidade da diástole da artéria umbilical (diástole
zero). Essa situação faz com que ocorra uma redistribuição do fluxo sanguíneo fetal,
fazendo vasodilatação de áreas nobres como cérebro, coração e suprarrenal e uma
diástole ampla. Esse fenômeno é denominado centralização fetal e é um forte indicador
de sofrimento fetal (78).
1.4.c Doppler as artéria cerebral média
A artéria cerebral média (ACM) é o vaso mais estudado do cérebro por algumas
razões. Primeiramente porque é o vaso mais fácil de insonar. Além disso, o vaso
informa sobre o fluxo sanguíneo cerebral nos fetos normais e patológicos. Por fim,
facilmente se consegue um ângulo de zero grau entre o transdutor e o fluxo
sanguíneo(79).
Em condições fisiológicas, conforme citado anteriormente, a artéria cerebral
média é um vaso de alta resistência em condições fisiológicas e baixa resistência em
condições patológicas, principalmente devido à vasodilatação que visa proteger o
sistema nervoso central(77, 79, 85).
O Doppler também vem sendo aplicado no estudo de fetos com anemia fetal,
avaliando a velocidade de fluxo de vasos como a artéria cerebral mediada mesma
forma que ocorre com os recém-nascidos anêmicos, nos fetos com anemia há
mecanismos compensatórios, como a taquicardia e o aumento da velocidade do fluxo
vascular. Ambos podem ser inferidos através da ecografia e do Doppler. Nos modelos
de fetos com doença hemolítica perinatal, o estudo Doppler tem mostrado que quanto
mais severa a anemia, maior a velocidade da artéria cerebral média e, dessa forma,
pior o prognóstico fetal(86).
Mari et al. obtiveram um alto grau de sensibilidade com especificidade de 50%
no Doppler da artéria cerebral média na predição da anemia fetal(87). Em fetos
normais, a velocidade sistólica máxima (Vsmax) daACM aumenta com a evolução da
24
gravidez e se correlaciona inversamente com o hematócrito fetal. Assim sendo, a
Vsmax da ACM é um bom método para a avaliação da anemia fetal(88).
A Vsmax da ACM tem sido amplamente estudada e tem se correlacionado com
o hematócrito fetal, tornando-se um instrumento de grande utilidade na prática clínica
para a avaliação da anemia fetal (89, 90).
2 JUSTIFICATIVA A malária é um dos grandes problemas de saúde pública mundial e é uma
patologia de alta incidência na região Amazônica. As gestantes são mais susceptíveis à
infecção pelo Plasmodium que a população geral. Na gestação, a infecção
especialmente pelo P falciparum, pode ocasionar anemia fetal, lesões placentárias,
alterações na oxigenação fetal, levando a um comprometimento neonatal, como
restrição de crescimento intrauterino, prematuridade e lesões cerebrais causadas por
hipóxia e óbito intrauterino.
A ultrassonografia é amplamente utilizada na avaliação de alterações
morfológicas e de crescimento fetal, além do estudada morfologia e do grau de
maturação placentária. A Dopplervelocimetria é utilizada na avaliação de vasos fetais
para verificação de hipóxia fetal e da resposta fetal à hipóxia. O Doppler tem sido
também utilizado para a avaliação de anemia fetal nos fetos suspeitos de estar
anêmicos (como ocorre na doença hemolítica perinatal) através do estudo da
velocidade da artéria cerebral média.
A ecografia e o Doppler são métodos de baixo custo e inócuos. Eles poderão
permitir que os fetos acometidos sejam identificados referenciados e acompanhados
em um centro terciário, diminuindo os índices de morbimortalidade fetal e neonatal
decorrentes da infecção pela malária na gestação.
Tendo em vista a importância clínica e epidemiológica da Malária gestacional em
Manaus e das consequências fetais dessa infecção e da escassez de estudos em
infecção por P vivax, entendemos ser de suma importância, pela sua relevância social,
25
o estudo de métodos de diagnóstico e de avaliação do grau de acometimento fetal da
gestante com malária.
4 OBJETIVOS
4.1 Objetivo geral
Descrever a contribuição do ultra-som e do Doppler na identificação de
alterações fetais e placentárias em gestantes com malária atendidas na Fundação de
Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado,
4.2 Objetivos específicos
1. Avaliar a presença de alteração de fluxo fetal e placentário a
Dopplervelocimetria em gestantes com malária.
2. Avaliar a presença de alteração de velocidade da artéria cerebral média fetal,
através da Dopplervelocimetriano grupo de expostos.
3. Avaliar a presença de restrição de crescimento fetal nas gestantes com
malária;
4. Avaliar a presença de sofrimento fetal crônico através da análise da
quantidade do líquido amniótico aferido pelo índice de líquido amniótico (ILA)
entre os grupos;
5. Avaliar a presença de alterações morfológicas placentárias identificadas a
ultrassonografia nas pacientes com malária.
26
5 MATERIAL E MÉTODOS
5.1 Modelo de Estudo
Estudo de coorte prospectivo abrangendo gestantes com e sem malária.
A pesquisa faz parte do projeto “Malária & gravidez na região amazônica:
diagnóstico, tratamento e acompanhamento clínico laboratorial de pacientes da
Fundação de Medicina Tropical Heitor Vieira Dourado FMT/HVD”.
5.2 Universo de Estudo
O universo de estudo envolve gestantes.
5.2.1 População de Referência
Gestantes com malária atendidas no ambulatório de Malária e Gestação da FMT
HVD.
Gestantes sem malária recrutadas de outra unidade. A escolha de utra unidade
se deu poruqe FMT-HVD é um hospital de referência para doenças infecciosas que foi
um fator de exclusão desse estudo. As outras doencas infecciosas foram excluidas pois
podem levar a restrição de crescimentoo que levaria a um viés de seleção do estudo.
5.2.2 População de Estudo
A população de estudo foi de pacientes gestantes com Malária, atendidas na
Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado FMT/HVD e gestantes
sem malária recrutadas de outra unidade para tratamento de malária e que atendiam
aos critérios de inclusão.
Critérios de elegibilidade
Expostos: Foram incluídas no estudo pacientes gestantes com diagnóstico
positivo para Malária pelo método da gota espessa e diagnóstico de gestação dadopela
27
dosagem do Bhcg quantitativo e/ou ultrassonografia obstétrica abdominal ou
transvaginal que aceitaram participar, mediante termo de consentimento livre e
esclarecido.
Não expostos: Foram incluídas no estudo pacientes gestantes com diagnóstico
de gestação dado pela dosagem do Bhcg quantitativo e/ou ultrassonografia obstétrica
abdominal ou transvaginal que aceitaram participar, mediante termo de consentimento
livre e esclarecido. (ANEXO 1)
Em ambos os grupos foram excluídas as pacientes que tinham qualquer
patologia materna prévia que pudesse alterar o crescimento ou morfologia fetal como
hipertensão, doenças auto imune, outras infecções, gestações múltiplas e diabetes
(diagnosticada pela glicemia de jejum e / ou pelo teste de tolerância oral a glucose)e
pacientes cuja idade gestacional não pudesse ser corretamente avaliada por não
possuir ultrassonografia de primeiro trimestre.
Protocolo de execução
De janeiro de 2006 a julho de 2007 na cidade de Manaus. na Fundação de
Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD) foi realizado um estudo de
coorte prospectivo em gestantes com malária (expostos) e sem malária vivax (não
expostos) visando avaliar o desfecho da gestação incluindo idade gestacional de parto
e possíveis complicações fetais.
A FMT-HVD é um centro de cuidados de saúde primários, diagnóstico e
tratamento de pacientes com malária, mesmo se elas não têm complicações clínicas
por isso foi escolhida como sítio da pesquisa. O grupo não exposto foi selecionado a
partir de uma outra unidade de saúde próxima e foram selecionadas pacientes com o
mesmo perfil epidemiológico no mesmo período, pareados por idade materna e idade
gestacional no momento da inclusão. O grupo não exposto foi recrutado em outra
clínica, porque a FMT-HVD é um hospital de referência para doenças infecciosas e,
infecções na gravidez foi fator de exclusão neste estudo (eles podem levar a CIUR e
outras doenças). A maioria da população de Manaus é de raças misturadas, portanto
28
etnia não foi especificada. Exames de sangue de rotina foram realizados em todos
eles. O mesmo médico realizou as ultrassonografias e Doppler em ambos os grupos.
Diagnóstico da malária
O diagnóstico microscópico foi realizada por gota espessa em todas as
mulheres. Carga parasitária Maternal foi estimada utilizando um método semi-
quantitativo, como recomendado pelo Ministério da Saúde do Brasil: 200-300 parasitas
por cu mm; 301-500 parasitas / Cu mm; 501-10,000 parasitas / Cu mm; 10,001-100,000
parasitas / cu mm e 100.000 ou mais parasitas / cu mm.
Densidades de parasitas com contagem diferencial de fase assexuada foram
estimados por microscopistas experientes, através da contagem do número de
parasitas em 200 leucócitos em campos de alta ampliação, e o número de leucócitos /
cu mm.
A gota espessa foi realizada no momento do recrutamento e mensal, quando a
paciente retornou à avaliação pré-natal no grupo de expostos.
Os procedimentos do estudo
Os pacientes recrutados para o estudo foram entrevistados e responderam a um
questionário sobre dados clínicos e demográficos e foram posteriormente
encaminhadas para avaliação ultra-som. Os exames foram realizados no momento do
recrutamento ( grupo não exposto) e ao diagnóstico da malária (+/- 5 dias) (grupo de
expostos) e em intervalos de 30 dias até a data do parto (ambos os grupos).
Os exames foram realizados com os aparelhos GE Voluson expert e GE P6 (GE
Healthcare, Little Chalfont, Buckinghamshire, Reino Unido) por um único examinador,
que foi certificado na área de atuação de ultra sonografia pelo Colégio Brasileiro de
Radiologia, pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia e em Medicina Fetal
pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia.
29
Protocolo de Ultrassonografia
Técnica do exame ultrassonográfico
As pacientes foram examinados em decúbito dorsal, posição supina, para
avaliação no modo bidimensional, e orientados para manterem a musculatura
abdominal relaxada, sem posicionar os braços sob a cabeça ou cruzar as pernas, a fim
de evitar a contratura muscular.
Na ultrassonografia modo B, os parâmetros utilizados foram: as análises da
biometria fetal, espessura placentária e ILA baseados nas tabelas e gráficos já
consagradas e utilizadas na prática diária (anexos IV,V e VI).
Na ultrassonografia, foram utilizados: transdutor endocavitário (6-9 Mhz), no
caso de gestação ate 14 semanas e transdutor convexo (3,5mhz) nas pacientes com
gestação acima de 14 semanas. No primeiro exame foi avaliada a idade gestacional
(em caso de gestação até 20 semanas), a medida da Translucência Nucal (TN)(para
gestações entre 11-13 semanas), a morfologia fetal (para fetos entre 18 e 24
semanas), o peso fetal, a morfologia e o grau placentário e o volume do líquido
amniótico (aferido pelo ILA e ou pelo método subjetivo(42).
A idade gestacional foi estimada a partir do comprimento cabeça-nádega (CCN)
durante ultrassonografias de primeiro trimestre, de acordo com a técnica descrita por
Grisolia et al. (92). Durante o segundo e terceiro trimestres, biometria fetal foi baseada
no DBP, CC, CA, CF. O DBP e CC foram medidos de acordo com Campbell e
Thoms(93)]; o AC foi medida de acordo com Campbell e Wilkin(94) e FL, foi medida de
acordo com Kurmanavicius(95). Os parâmetros biométricos baseados no BPD, HC, AC,
FL, e peso foram medidos de acordo com a tabela de Hadlock(42). Três medições
foram obtidas para cada parâmetro, e foram calculadas as médias dos três valores. O
profissional que realizou o ultra-som sabia a que grupo cada gestante pertencia.
Numa tentativa de eliminar os problemas provocados por variações nas
medições de acordo com a idade gestacional, score Z foi utilizado para comparar os
resultados de ultrassons entre os dois grupos. Quando a pontuação era de 2 desvios
padrão ou mais acima ou abaixo da média, considerou-se alterado.
30
Os score Z foram avaliados em todos os parâmetros de acordo com a seguinte
fórmula: Z = (XM (GA)) / SD (GA), onde X é o valor medido (DBP, FL, CC e CA), H
(GA) é a significa o valor aproximado para a idade gestacional avaliada de acordo com
a normalidade, e SD (GA) é o desvio padrão da média para a idade gestacional de
acordo com a curva padrão.
O líquido amniótico foi avaliado de acordo com o índice de líquido amniótico
(ILA), proposta por Phelan et al. (63)]. A espessura da placenta e localização foram
avaliadas em um plano perpendicular ao eixo da placenta no ponto de inserção do
cordão umbilical, de acordo com Perroti(73). Os resultados da espessura da placenta
foram apresentados em milímetros. Os resultados de ultra-som foram analisados com
dados perinatais e dados do grupo não exposto. É importante ter em conta que após 24
semanas os parâmetros biométricos de ultra-som são propensos a altas taxas de erro
nas medições, mas por meio de um grupo de controle esta limitação é minimizada. Em
ambos os grupos os seguintes dados perinatais foram avaliados: idade gestacional ao
nascimento, tipo de parto, peso fetal ao nascimento, presença de malformações e
paridade materna.
Doppler
A Dopplervelocimetria foi avaliada nas pacientes acima de 20 semanas e foram
insonadas as artérias uterinas, umbilicais e cerebral média no primeiro exame e nos
exames subsequentes.
Técnica do exame
O fluxo sanguíneo da artéria cerebral média, artéria umbilicais e artérias uterinas
foram mensurados com o Doppler colorido e com o Doppler espectral.
O volume de amostra foi regulado para um diâmetro menor que o diâmetro dos
vasos, o ângulo corrigido em 60 graus e os traçados do Doppler espectral duravam
entre quatro a nove ciclos, dos quais eram selecionados 3 para a realização das
medidas. Os índices obtidos foram utilizados para análise dos dados. Todos os dados
analisados foram obtidos na ausência de movimentos respiratórios e corpóreos fetais e
31
quando a frequência cardíaca fetal (FCF) encontrava-se entre 120 e 160 bpm. Durante
a realização do exame, a paciente permaneceu em decúbito dorsal com discreta
elevação de dorso e lateralização do abdome materno para esquerda, com o objetivo
de diminuir a compressão da veia cava inferior, evitando a hipotensão materna.
Os parâmetros analisados no Doppler foram:
a) Morfologia da onda:
• Na artéria uterina se havia presença ou não de incisura ou
chanfradura. No caso de existir, se a mesma era uni ou bilateral;
• Nas artérias umbilicais: Se a diástole era ampla (fisiológica) ou se
havia diástole zero ou reversa (patológicas);
• Na artéria cerebral média: Se havia alta resistência com diástole baixa
(fisiológico) ou baixa resistência (patológica).
b) Análise semiquantitativa:
• Foram avaliados: índice de resistência, índice de Pulsatilidade e
relação sístole diástole dos vasos insonados e comparados com as
tabelas de valores da normalidade já consagrados na literatura.(anexo
VII).
A distribuição do fluxo fetal (dado pela artéria cerebral e artérias umbilicais) foi
avaliada através da relação Umbílico/Cerebral que consiste na divisão do Índice de
Pulsatilidade da Artéria Umbilical pelo índice de Pulsatilidade da Artéria Cerebral. Esse
parâmetro é considerado normal se menor ou igual a 1, aumentando em casos de
hipóxia devido ao aumento da resistência da artéria umbilical e decréscimo da
resistência na artéria cerebral conforme descrito anteriormente.
Na avaliação Dopplervelocimétrica foi avaliada também a velocidade máxima da
artéria cerebral média fetal, no intuito de predizer o grau de anemia fetal. Para essa
32
analise foi utilizado o gráfico proposto pó Mari et al 1995 no estudo de anemia em
gestantes com doença hemolítica perinatal (anexo VIII).
Para eliminar os problemas provocados por variações nas medições de acordo
com a idade gestacional, a pontuação Z foi utilizada para comparar os resultados de
Doppler entre os dois grupos. Quando a pontuação era de 2 desvios padrão ou mais
acima ou abaixo da média, considerou-se alterado.
Parâmetros analisados no Doppler
Técnica do Doppler da Artéria Umbilical
A dopplervelocimetria da AU foi realizada insonando-se o cordão umbilical
próximo ao local de sua inserção na placenta, em pelo menos três momentos
diferentes, durante a realização do exame, até a obtenção de ondas uniformes. Para a
obtenção dos índices dopplervelocimétricos, foi utilizada a demarcação manual ou
automática e o equipamento calculou o IP, IR e S/D. A ausência de fluxo diastólico final
na dopplervelocimetria da AU, confirmada em pelo menos três sonogramas,
caracterizou o diagnóstico de diástole zero; e, na ocorrência de fluxo diastólico reverso,
denominou-se diástole reversa.
Figura 13. Imagem ultrassonográfica da artéria umbilical. (fonte: acervo pessoal da autora)
33
Artéria Cerebral Média
A avaliação da ACM foi realizada na porção inicial desse vaso. Para a obtenção
do sonograma, realizou-se um corte axial do cérebro na altura dos tálamos. Em
seguida, obteve-se a imagem do Polígono de Willis por meio da movimentação do
transdutor no sentido caudal, até a base do crânio. A ACM foi então identificada com o
dispositivo de mapeamento colorido de fluxo e realizada a insonação,
preferencialmente na janela anterior (têmporo- occipital). O ângulo entre o feixe de
ultra-som e o fluxo sanguíneo foi mantido próximo a zero e foram obtidos, pelo menos,
três sonogramas uniformes em momentos diferentes do exame. Não foi utilizada a
correção de ângulo pelo aparelho de ultrassonografia.
Para a obtenção dos índices dopplervelocimétricos, foi realizada a demarcação
manual de um ciclo e o equipamento calculou o IP IR, S/D e o PVS da ACM.
Foi calculada também a relação cérebro placentária, pela divisão do IP da ACM
pelo IP da AU.
A distribuição do fluxo fetal (dado pela artéria cerebral e artérias umbilicais) foi
avaliada através da relação cérebro umbilical. Essa relação consiste na divisão do
Índice de Pulsatilidade da Artéria Cerebral pelo índice de Pulsatilidade da Artéria
Umbilical. O parâmetro é considerado normal se maior ou igual a 1, diminuído em
casos de hipóxia devido ao aumento da resistência da artéria umbilical e decréscimo da
resistência na artéria cerebral, conforme descrito anteriormente.
Na avaliação Dopplervelocimétrica foi avaliada também a velocidade máxima da
artéria cerebral média fetal no intuito de predizer o grau de anemia fetal. Para essa
análise foi utilizado o gráfico proposto por Mari et al (1995), no estudo de anemia em
gestantes com doença hemolítica perinatal (Anexo VIII).
Os resultados da Dopplervelocimetria e da ecografia foram comparados com os
dados perinatais como: idade gestacional no parto, tipo de parto, peso fetal ao
nascimento, presença de malformação, paridade materna, parasitemia materna durante
o parto, tempo da última crise relacionado a data do parto e da USG .
34
No grupo de gestantes com malária , o tratamento consistiu na utilização de
cloroquina de acordo com a recomendação do Ministério da Saúde (96)[] . Em
pacientes com diagnóstico de anemia , sulfato ferroso (200 mg, três vezes / dia) e ácido
fólico (5 mg / dia) também foram prescritos de acordo com a recomendação do
Ministério da Saúde (20) .
Em ambos os grupos , as complicações obstétricas foram tratadas nas
maternidades locais da região , de acordo com a proximidade com a casa do paciente;
os nascimentos também ocorreu nesses hospitais. Cerca de um mês após o parto , os
pacientes voltaram para outra avaliação médica , e os dados recém-nascidos , como
peso corporal, índice de Apgar e presença de complicações foram coletados a partir
dos cartões de recém-nascidos que foram preenchidos nas maternidades
Cinco placentas foram recolhidas e enviadas para estudo histopatológico
visando a pesquisa de parasitas na placenta.
As pacientes foram esclarecidas quanto à sua participação no estudo e o seu
consentimento obtido por termo livre e esclarecido (Anexo I), assinado por ela e/ou seu
responsável legal. Nesse termo de consentimento, as pacientes foram esclarecidas
quanto aos riscos e benefícios que envolviam sua participação na pesquisa, assim
como a possibilidade de publicação científica dos dados coletados.
Definições
Malária vivax: presença de P. vivax no exame microscópico filme de espessura;
A anemia materna: de hemoglobina inferior a 11 mg / dl;
Peso materno: medido no momento de recrutamento e em cada consulta pré-
natal até o parto. Peso das mães antes da gravidez foi baseado em dados pré-natais.
O ganho de peso foi definido como a diferença de peso materno entre o primeiro eo
último peso medido a consulta pré-natal;
35
Baixo peso ultra-som: peso inferior ao décimo percentil para a idade gestacional;
O baixo peso ao nascer: peso ao nascer menor do que o décimo percentil para a
idade gestacional. (Peso ao nascer foi medida imediatamente após o nascimento,
como Ministério da recomendação de Saúde) (97);
Bebês prematuros: recém-nascidos com idade gestacional inferior a 37
semanas, de acordo com o primeiro trimestre de ultra-som;
CIUR: fetos a termo com baixo peso (menos do que o décimo percentil de
acordo com a idade gestacional proposto por Olsen (98);
Aborto: nascimento, que ocorreu antes de 20 semanas de idade;
Anomalia congênita: uma anormalidade que estava presente no ultra-som e
diagnosticada pelo médico neonatal treinado durante o exame do recém-nascido;
O aumento da espessura da placenta: placenta acima do percentil 90 para a
idade gestacional(23).
O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em pesquisa da FMT-HVD
sob o número 0836-05.
6 METODOLOGIA ESTATÍSTICA
Os dados foram organizados e apresentados por meio de tabelas. Nelas foram
calculadas as frequências absolutas simples e relativas. Na análise dos dados quantitativos foi
calculada a média e o desvio-padrão (DP) para os dados paramétricos e a mediana e o quartis
(Qi) para os dados não-paramétricos.
Na comparação das médias dos dados quantitativos em relação aos dados categóricos
foi aplicado o teste t de Student ou a Análise de Variância (ANOVA),quando os dados
apresentavam distribuição normal ao nível de 5% de significância. Já na rejeição da hipótese
de normalidade, foram aplicados os teste não-paramétricos de Mann-Whitney ou Kruskal-
Wallis. Na análise dos dados categóricos foi aplicado o teste do qui-quadrado de Pearson,
36
sendo que na impossibilidade de aplicar o teste de Pearson, utilizou-se o teste exato de Fisher.
Na análise dos dados emparelhados foi aplicado o teste de McNemar.
O software utilizado na análise foi o programa Epi-Info versão 3.5.3 para Windows,
desenvolvido e distribuído gratuitamente pelo CDC (www.cdc.org/epiinfo). O nível de
significância fixado para os testes foi de 5%.
37
7 RESULTADOS
Ultrasound findings in pregnant women with uncomplicated vivax malaria in the Brazilian Amazon: a cohort study Marianna F Brock1,2,* Email: mariannabrock@hotmail.com
Angélica E Miranda1,3 Email: espinosa@ndi.ufes.br
Camila Bôtto-Menezes1,2 Email: camila.chabm@gmail.com
Jorge RT Leão2 Email: jorgeleao18@hotmail.com
Flor E Martinez-Espinosa1,4 Email: flor.espinosa@gmail.com
1 Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado, Av Pedro Teixeira 25, 69040-000, Manaus, Amazonas, Brasil
2 Universidade do Estado do Amazonas, Av Castelo Branco 1777, Manaus, Amazonas, Brasil
3 Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, Espirito Santo, Brasil
4 Instituto Leônidas e Maria Deane, FIOCRUZ Amazonas, R Terezina 476, 69057070, Manaus, Amazonas, Brasil
* Corresponding author. Universidade do Estado do Amazonas, Av Castelo Branco 1777, Manaus, Amazonas, Brasil
Abstract
Background
During pregnancy, Plasmodium falciparum-induced malaria can cause placental lesions and intrauterine growth restriction (IUGR). There are few published studies on Plasmodium vivax-induced malaria in pregnancy. Ultrasound is an efficient method for evaluating foetal biometry and placenta. The present study aimed to investigate the occurrence of increased placental thickness, foetal biometry and the amniotic fluid via ultrasound in a cohort of pregnant women with vivax malaria in Manaus, Amazonas, Brazil.
38
Methods
A cohort study was conducted among 118 pregnant women with vivax malaria and 191 pregnant women without malaria. Foetal biometry, placental thicknesses and the amniotic fluid were evaluated via ultrasound. Biometric data were distributed by the trimester in which the infection occurred and converted to Z scores. The results were compared between the groups.
Results
Among pregnant women from the cohort, increased placental thickness was observed in ten women with malaria (8.5 vs 0%; p <0.001). The Z scores of biometric parameters were not statistically significant when comparing the groups or according to the time of infection. In ultrasound results of the 118 pregnant women with malaria, seven (6%) showed low foetal weight, two (1.7%) showed oligohydramnios and one (0.85%) showed foetal malformation. There was no significant difference when these variables were compared to those of the control group.
Conclusions
The placental thickness changes were significant but caused no foetal repercussions at birth. The ultrasound findings except placental thickness were similar in both groups, possibly because this is a low-endemic area and the pregnant women in the study were followed up in an active detection system that allowed early diagnosis and treatment of new malaria episodes.
Keywords Malaria, vivax, ultrasonography, pregnancy, Amazon, placental thickness
Background Malaria is among the most important public health issues worldwide [1]. In Latin America, it is estimated four in every 100 pregnancies are affected by malaria, and there is a high incidence in Brazil [2]. In 2011, 99.7% of malarial transmission was concentrated within the Amazonian region [1-4], where malaria transmission is considered low and unstable and the most prevalent parasite species is Plasmodium vivax [1,5,6].
Pregnant women are more susceptible than the general population to Plasmodium sp. infections [7], and malaria can convert normal pregnancies into pathological pregnancies [8-11]. During pregnancy, Plasmodium falciparum-induced malaria can cause placental lesions and changes in foetal oxygenation that lead to neonatal impairments, such as intrauterine growth restriction (IUGR), decreased amniotic fluid, prematurity and brain injuries caused by hypoxia and intrauterine death [12-14]. Studies in Thailand, India and Bolivia showed that compared to non-infected women, P. vivax-infected pregnant women are more often anaemic and have newborns with lower birth weights [3,15-17].
Ultrasound is a useful tool for detecting IUGR and determining the gestational age by foetal biometry [18]. Placental ultrasound can assess the placental thickness, texture and maturity level, and thus contributes to diagnoses of placental insufficiency [19,20]. Placental thickness has been associated with various maternal and foetal conditions, including infections (toxoplasmosis, rubella, cytomegalovirus, and other infections), diabetes, anaemia, and hydrops, while decreased
39
placental thickness has been associated with pre-eclampsia, thyroid disease, placenta insufficiency and IUGR [21-23].
In cases of placental insufficiency and chronic hypoxia, the foetus adapts to the new situation by protecting its important organs. This mechanism leads to decreased diuresis and secretion of pulmonary fluids and subsequently leads to oligohydramnios, which is usually detected via ultrasound [24]
There is a lack of studies on ultrasound evaluations of foetal growth, amniotic fluid and placentas in pregnant women with vivax malaria. The present study aimed to investigate the occurrence of changes in placenta, foetal growth and amniotic fluid volumes by ultrasound in a cohort of pregnant women with vivax malaria in Manaus, Amazonas, Brazil.
Methods A prospective cohort study of pregnant women with and without vivax malaria, all of whom had gold standard first trimester ultrasound dating scans (CRL ≤14 wks), were enrolled from January 2006 to July 2007 in the city of Manaus at the Dr Heitor Vieira Dourado Tropical Medicine Foundation (Fundação de Medicina Tropical Dr Heitor Vieira Dourado; FMT-HVD). This institution is also a primary care centre, diagnosing and treating patients with malaria even if they have no clinical complications. The unexposed group was selected from another close health unit devoted to antenatal care, attending patients with the same epidemiological profile in the same period, matched by maternal age and gestational age at inclusion.
The unexposed group was recruited in another clinic because the FMT-HVD is a reference hospital for infectious disease and infections in pregnancy were an excluding factor in these study (they can lead to IUGR and other diseases). The study design planned to include one unexposed woman for each exposed pregnant woman. Most of the population from Manaus is of mixed races, therefore, ethnic group was not specified. Routine blood examinations were performed in all of them. The same physician performed the ultrasound in both groups.
Malaria diagnosis
The microscopic diagnosis was performed by thick blood smear in all women. Maternal parasite load was estimated using a semi-quantitative method as recommended by the Brazilian Ministry of Health: 200–300 parasites per cu mm; 301–500 parasites/cu mm; 501–10,000 parasites/cu mm; 10,001-100,000 parasites/cu mm and 100,000 or more parasites/cu mm.
Parasite densities with differential counting of asexual stages were estimated by experienced microscopists, by counting the number of parasites in 200 leukocytes in high magnification fields, and the number of leukocytes/cu mm.
The thick blood smear was performed at the moment of recruitment and monthly when the patient returned to antenatal evaluation.
Study procedures
The patients recruited for the study were interviewed and responded to a questionnaire regarding clinical and demographic data and were subsequently referred to ultrasound evaluation. The ultrasound examinations were performed at the time of the malaria diagnosis and at 30-day
40
intervals until the delivery date. The examinations were performed with the GE Voluson Expert and GE P6 devices (GE Healthcare, Little Chalfont, Buckinghamshire, UK) by a single examiner who was certified in ultrasound examination by the Brazilian College of Radiology (Colégio Brasileiro de Radiologia) and the Brazilian Federation of Gynecology and Obstetrics (Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia) and in Foetal Medicine by the Brazilian Federation of Gynecology and Obstetrics.
Ultrasound examination
The patients were examined while in the supine position for bi-dimensional evaluations. They were instructed to relax the abdominal muscles and not to position the arms under the head or cross the legs in order to prevent muscle contracture. The gestational age was estimated from the crown-rump length (CRL) during first trimester ultrasounds, according to the technique reported by Grisolia et al. [25]. During the second and third trimesters, foetal biometry was based on the biparietal diameter (BPD), head circumference (HC), abdominal circumference (AC), and femur length (FL) The BPD and HC were measured according to Campbell and Thoms [26]; the AC was measured according to Campbell and Wilkin [27]; and, the FL was measured according to Kurmanavicius [28]. From 18 to 24 weeks, a foetal morphological study was performed and, in addition to measuring the biometry based on the long bone evaluation as described above, the tibia, fibula, radius, ulna, foot, and cerebellum were also measured to evaluate the foetal morphology. The biometric parameters based on the BPD, HC, AC, FL, and weight were measured according to the Hadlock table [29]. Three measurements were obtained for each parameter, and the means of the three values were calculated. The professional that performed the ultrasound knew to which group each pregnant woman belonged.
In an attempt to eliminate problems caused by variations in the measurements according to the gestational age, the Z score was used to compare the ultrasound results between the two groups. When the score was two standard deviations or more above or below the mean, it was considered altered.
The Z scores were evaluated for all parameters according to the following formula: Z = (X-M(GA))/SD(GA), where X is the measured value (BPD, FL, HC and AC), M(GA) is the mean of the approximate value for the evaluated gestational age according to the normality, and SD(GA) is the standard deviation of the mean for the gestational age according to the standard curve.
The amniotic fluid was evaluated according to the amniotic fluid index (AFI) proposed by Phelan et al. [30]. The placental thickness and location were evaluated at a perpendicular plan to placental axis at the point of insertion of the umbilical cord, according to Perroti [31]. The results of placental thickness were presented in millimetres. The ultrasound results were analysed with perinatal data and data from the unexposed group. It is important to take into account that after >24 weeks ultrasound scans are prone to high rates of error on the measurements, but by using a control group this limitation is minimized. In both groups the following perinatal data were evaluated: gestational age at birth, birth type, foetal weight at birth, presence of malformations, and maternal parity.
In the group of pregnant women with malaria, the treatment comprised the use of chloroquine (1,500 mg for three days and then weekly prophylaxis with 300 mg of chloroquine for 12 weeks), according to the recommendation of the Brazilian Ministry of Health [32]. In patients diagnosed with anaemia, ferrous sulphate (200 mg, three times/day) and folic acid (5 mg/day) were also prescribed according to the recommendation of the Brazilian Ministry of Health [33].
41
In both groups, obstetric complications were treated at the local maternity hospitals in the region, according to proximity to the patient’s house; the births also occurred at these hospitals. Approximately one month after delivery, the patients came back to another medical evaluation, and newborn data such as body weight, Apgar scores and the presence of complications were collected from the newborn cards that were filled out at the maternity hospitals.
Definitions of variables
Vivax malaria: presence of P. vivax on the microscopic thick film examination; Maternal anaemia: haemoglobin lower than 11 mg/dl;
Maternal weight: measured upon enrolment and at each antenatal consultation until childbirth. Mother’s weight prior to pregnancy was based on antenatal dates. Weight gain was defined as the difference in maternal weight between the first and last weight measured at antenatal consultation;
Low ultrasound weight: weight less than the tenth percentile for the gestational age;
Low weight at birth: weight at birth less than the tenth percentile for the gestational age. (Newborns birth weight was measured immediately after birth as Ministry of Health recommendation) [34];
Pre-term babies: newborns with gestational age less than 37 weeks according to the first trimester ultrasound;
IUGR: foetuses at term with low weight (less than the tenth percentile according to gestational age proposed by Olsen [35];
Abortion: birth that occurred before 20 weeks of age;
Congenital abnormality: an abnormality that was present on the ultrasound and diagnosed by the trained neonatal doctor during the newborn examination;
Increased placental thickness: placenta above the 90th percentile for the gestational age [36].
Inclusion and exclusion criteria
Patients with pregnancy diagnoses that were confirmed by a quantitative beta human chorionic gonadotropin test or an abdominal or transvaginal obstetric ultrasound during the first trimester, and who agreed to participate by providing informed, signed consent were included in the analysis.
Patients with non-vivax malaria, a previous diagnosis of maternal disease or any other factors that could affect the foetal growth or morphology of the foetus, such as hypertension, auto-immune disease, other infection, multiple pregnancy and diabetes (diagnosed by fasting blood glucose and/or oral glucose tolerance test), were excluded from the study. Patients whose gestational age could not be evaluated correctly because they did not undergo a first trimester ultrasound and patients who did not attend the follow-up examinations were also excluded from the analysis.
Statistical analysis
The results were tabulated with Excel (Microsoft Corporation, Redmond, WA, USA) and analysed with Epi-Info for Windows, version 3.5.3 [37] The data were organized and presented in graphs and tables. The variables were descriptively analysed by calculating the absolute and relative frequencies. For the quantitative variables, the analysis was performed by observing the
42
minimum and maximum values and calculating the means. For continuous quantitative data, the Student’s t test was used for normally distributed variables, while the Mann–Whitney U test was used for non-parametric data. Categorical data were compared with the Chi-square test and Fisher’s exact test when appropriate.
Ethics statement
The patients were informed about their participation in the study, and their consent was obtained through informed consent terms that were signed by the patients or their legal guardians. The present study was approved by the Research Ethics Committee of the Fundação de Medicina Tropical Dr Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD) under protocol number 0836–05.
Results During the study period, 214 pregnant women with malaria and 289 without malaria were referred for ultrasound examination. Among the group of pregnant women with malaria, three were excluded because of multiple pregnancy, 50 because of concomitant diseases (hypertension, other infections during gestation, triploidy, and diabetes), 20 because of falciparum malaria and 23 due to loss to follow-up (total of patients submitted to analysis was 118). Among the group of pregnant women without malaria, six were excluded because of multiple pregnancy, 53 because of concomitant diseases (hypertension, other infections and diabetes), and 39 due to loss to follow-up (total of patients submitted to analysis was 191).
There were no significant differences between the groups regarding to the mean age, education, parity, haemoglobin levels, and maternal weight gain during pregnancy (Table 1). The mean weight gain during pregnancy was 11.7 kg for malaria group and 13.2 kg among the pregnant group without malaria. In the group of pregnant women with vivax malaria, 81 (68.61%) had the first episode of malaria in lifetime in this pregnancy. Parasite load ranged from 501–10,000 parasites/cu mm. Among the patients with malaria, 13 (11.0%) were included during the first trimester of pregnancy, 73 (61.8%) during the second trimester and 32 (27.2%) during the third trimester (Table 1).
43
Table 1Characteristics of pregnant women included in the study population in Amazonas, Brazil
Vivax malaria % Range No malaria % Range P-value n = 118 n = 191 fi fi
Age, years 24.2 (+/−1.4) ----- 14-39 23.5 (+/−1.9 ) ----- 15-39 Education 1-4 years 40 33.9% 60 31.4% 0.74 5-8 years 45 38.1% 92 48.1% 0.10 9+ years 33 28% 39 20.4% 0.16 Parity Nuliparous 38 32.2% 78 40.8% 0.16 Secundiparous 28 23.7% 51 26.7% 0.65 Multiparous 52 44.1% 62 32.5% 0.06 Ga at inclusion 1st trimester 13 11.0% 29 15.3% 0.34 2nd trimester 73 61.8% 112 58.6% 0.95 3rd trimester 32 27.2% 50 26.1% 0.92 Mean gestational age at inclusion (weeks) 1st trimester 9.2 ----- 9.7 ----- 0.15 2nd trimester 19.1 ----- 16.9 ----- 0.99 3rd trimester 31.1 ----- 31.4 ----- 0.36 Hb at inclusion 1st trimester 10.4 -- 7.2-13.5 11.1 --- 7.7-13.8 0.38 2nd trimester 11.0 -- 7.4-14.1 11.5 --- 8.0-14.3 0.48 3rd trimester 10.9 --- 7.6-13.5 11.3 --- 8.5-14.1 0.38 Weigh gain, kg 11.7 5.3-17.2 13.2 8.4-18.6 0.36 Placental thickness (mm) 2nd trimester 22.5 mm (+/− 3.8 mm) --- --- 17.6 mm (+/− 3.7
mm) ---- ---- 0,000
3rd trimester 34.8 mm (+/− 3.8 mm) --- ---- 31.4 mm (+/− 3.9 mm)
----- ------- 0,000
Ga, gestational age; Hb, haemoglobin. fi = simple absolute frequency; A italicized p-value indicates a statistical difference at a 5% significance level.
Ultrasound findings
Of the ultrasounds from the 118 pregnant women with malaria, seven (6%) showed low foetal weights, two (1.7%) showed oligohydramnios, and one (0.85%) showed foetal malformation. There was no significant difference when these variables were compared to those of the control group. However, increased placental thickness (above placental thickness average table) was only observed in ten pregnant women with malaria with anterior and posterior placenta (8.5%) (p <0.001; Table 2).
44
Table 2Ultrasound findings during pregnancy in women included in the study Vivax malaria % No malaria % RR P-value
n = 118 n = 191 fi fi
Low USG weight Yes 7 6% 8 4.2% 1.41 0.67
(0.52-3.80) No 111 94% 183 95.8% Placental thickness --- 0.0000 Yes 10 8.5% 0 0% No 108 79.6% 191 100% Oligohydramnious 0.68 Yes 2 1.7% 6 3% 0.53
(0.11-2.62) No 116 98.3% 185 97% Foetal malformation 0.70 Yes 1+ 0.8% 1* 0.5% 1.61
(0.10-25.6) No 117 99.2% 190 99.5% USG, ultrasonography. fi = simple absolute frequency;. RR = Relative risk; (Confidence level -CI = 95%). A italicized p-value indicates a statistical difference at a 5% significance level. + malformation – harelip * malformation – renal dysplasia.
Among the patients with increased placental thickness, five patients had haemoglobin (Hb) levels above 11 mg/dl and above the malaria group Hb mean (10.9 mg/dl). This group had no cases of IUGR or low birth weight and only one patient had pre-term labour with 34 weeks. None of those patients with increased placental thickness had had oligohydramnios, lateral or fundal placenta. Data from increased placental thickness group are presented in Additional file 1.
Comparing increased placental thickness group with placental normal thickness group, there were no statistical differences between maternal age, parity, mean gestational age, Hb levels at presentation, maternal weight gain, BPD, CC, AC Z-score, birth weight and gestational age at delivery (Table 3).
45
Table 3Comparison between pregnant with and without increased placental thickness Variable Normal placental thickness Increased placental thicknessbn =
10 p
Malaria No malaria n = 191
Totala n = 108 n = 299
Mean age 24.4 (+/− 1.3) 23.5 (sd+/−1.9) 23.8 21.8 (+/−5.3) 0.13 Primigravida 34 78 112 4 -- Gestational age (weeks) (mean)
21.5 (sd+/−1.8) 19.5 ( sd+/− 1.3) 20.2 (sd+/− 1.5) 22.4 (sd+/− 2.5) 0.40
Wt gain (kg) 11.65 (sd+/−1.6) 13.2 (sd +/− 1.9) 12.6 (sd: +/− 1.8) 12.2 (s/d +/−1.25) 0.67 Hb at presentation 10.9 (+/−0.9) 11.3 (+/−1.2) 11.1 (+/− 1.0) 10.5 (+/− 0.7) 0.69 Avg parasite c 501-10,000 ---- ------- 501-10,000 --- N episodes 1.5 ----- -------- 1.6 --- Gest age 1st infection (weeks) 21.5 ---- ------ 22.4 0.17 Z score DBP 0.97 0.96 0.96 0.29 0.26 Z score CC 0.02 0.03 0.02 −0.11 0.66 Z score CA 0.22 0.28 0.25 0.17 0.76 Z score F 0.03 0.04 0.03 0.02 0.89 Z score placenta 0.75 −0.26 0.10 1.70 0.000 Birth weight (kg) d 3.158 (sd+/− 465
) 3.277 (sd+/ -472.5 ) 3.234 (sd+/−468
g) 3.383 (sd+/− 469 g) 0.75
GA at delivery (weeks) 38.5 (+/− 2,2) 38.7 (+/− 2,6) 38.6 (+/− 2,4) 38.8 (+/− 2,2) 0.77 a All comparisons were made between the groups: increased placental thickness and total of normal placental thickness (malaria normal thickness + no malaria group); b All patients had malaria. c parasites per cu mm; d Birth weight in grams. A italicized p-value indicates a statistical difference at a 5% significance level.
Placental analysis revealed a statistically significant increase of thickness in patients with malaria than in the without malaria group (p <0,01) (Figure 1).
Figure 1Relation between placental thickness z-score and gestational age in malaria group (red rhombus) and no malaria group (grey cross).
Effects of malaria on BPD, HC, AC, FL, HC/AC ratio, and foetal weight
The ultrasound measurements of foetal growth (BPD, HC, AC, and FL) in the pregnant women with and without malaria were compared to the fifth, 50th and 95th percentiles in the daily use tables, according to the proposal by Hadlock et al. [29]. In both groups, the distributions of the evaluated parameters were similar throughout all gestational ages.
The Z scores were compared according to the trimester in which the patients contracted malaria. The first ultrasonography after malaria diagnosis and the last ultrasonography before the birth were compared. When comparing the groups, no significant differences were found in the mean Z scores of the ultrasounds with regard to the trimester of infection p >0.05 in all parameters (Additional file 2). When the Z score data for all trimesters were pooled, there were no significant difference (p >0.05).
To evaluate the effect of the malaria exposure time on foetal changes, survival curves were constructed to analyse the exposure time (in the group with malaria) or the inclusion in the study (group without malaria) with respect to impairment in the foetal weight, BPD, HC, FL, or AC. No significant impairments were found between the groups and the exposure time (Figure 2). An analysis with the same parameters according to the trimester of infection was also performed and did not reveal any significant differences.
46
Figure 2Survival curves to compare the time of exposure to the occurrence of impairment. A: malaria vs femur length; B: malaria vs abdominal circumference; C: malaria vs head circumference (HC); D: malaria vs foetal weight. In all graphs: malaria group, blue line; control group, green line. Cumulative survival was defined as the percentage of foetuses that did not have a measurement <2 SD.
Malaria and perinatal results
Table 4 shows the perinatal results. There were no significant differences between the malaria-exposed and unexposed groups with regard to the perinatal results.
Table 4Included foetal/newborn data from the study population in Amazonas, Brazil Vivax malaria % Range Malaria % Range RR p-value
negative n = 118 n = 191 fi fi
Foetal gender Male 64 54.3% 102 53.5% -------- 0.97 Female 54 45.7% 89 46.5% -------- 0.64 Birth weight 3,177 g (+/−482.5 g) 1,945-4,715 g 3,277 g (+/− 472.5 g) 590-4,290 g -------- 0.33 LBW yes 7 5.9% 18 9.5% 0.71 (0.37-1.36) 0.37 LBW no 111 94.1% 173 90.5% Malformation 1 0.8% 1 0.8% 1.31 (0.32-5.28) 0.14 Pre-term delivery 19 16% 19 9.9% 0.16
LBW, low birth weight; fi = simple absolute frequency; RR = Relative risk; (Confidence level -CI = 95%). A bolded, italicized p-value indicates a statistical difference at a 5% significance level.
Pregnant women with malaria
Among the 118 pregnant women with vivax malaria, 109 (92.4%) initiated treatment on the day of symptom onset. The other nine initiated treatment up to five days after symptom onset. All initiated treatment on the same day of diagnosis of vivax malaria by the thick blood film. Comparing the mean Hb levels with increased placental thickness, low birth weight or pre-term births there were no significant difference between the groups of pregnant women with lower Hb levels and increased placental thickness (Table 5).
Table 5Comparison of haemoglobin levels relative to the ultrasound findings throughout the pregnancy Haemoglobin (mg/dL) Variables <10.9 ≥10.9 fi % fi % Total p Placental thickness (n = 118) Yes 5 50 5 50 10 0,381 No 47 43.5 61 56.5 108 USG (n = 118) 0.117 Abnormal findings 23 42.2 37 57.8 60 Normal 29 50 29 50 58 LBW (n = 118) 0.744 Yes 3 42.8 4 57.2 7 No 49 44.2 62 55.8 111 PTL (n = 118) 0.883 Yes 8 44.5 10 55.5 18 No 44 44.0 56 56.0 100 USG, ultrasonography; LBW, low birth weight, PTL, pre-term labour. fi = simple absolute frequency.
47
The time to the first ultrasound examination ranged from 0–15 days after the diagnosis of the symptoms, with a mean of five days. Sixteen patients evolved with relapse throughout the follow-up period, however these patients did not present any ultrasound differences as compared to those that did not relapse.
Discussion The present study evaluates foetal and placental ultrasound changes in pregnant women with vivax malaria in Latin America. Significant differences in the placental thicknesses between the malaria and non-malaria groups were revealed via placental ultrasound. Ultrasound studies of placental thickness have reported that placentas with increased thicknesses are more likely to be associated with hydrops, molar pregnancy, other infections during pregnancy, triploidy, maternal diabetes mellitus, anaemia and aneuploidy [36,38].
Increased placental thickness does not comprise a specific diagnosis of any disease. However, it can act as an alert to identify foetuses at high risk of disease resulting in inflammation, oedema or compensatory hypertrophy [36].
Lee et al. [21-23] studying placental thickness in the second trimester found that placental position could lead to an increased placental thickness. Despite that placental thickness may vary with the implantation site, there were no case of fundal or lateral placenta in the increased placental thickness group that would influence placental thickness.
Godfrey et al. [39] in their study of the effect of maternal anaemia and iron deficiency on the ratio of foetal weight to placental weight, Agboola [40] studying the effect of type and duration of anaemia on placental weight and villous anaemia, Baptiste-Roberts et al. [41] studying maternal risk factors for abnormal placental growth, found that increased placental thickness could be result in foetal hypoxaemia consequent to anaemia stimulating growth to impaired oxygen transportation [39]. There was no significant correlation between the pregnant women with regard to anaemia and increased placental thickness, and patients with diseases such as diabetes or infections were excluded from the present study, strengthening the hypothesis that increased placental thickness resulted from inflammation or oedema.
When using three-dimensional ultrasound to study placental volumes in pregnant women with vivax and falciparum malaria in Thailand, Rijken et al. [42] found no significant differences between the placental volumes of the pregnant women with vivax malaria and those without malaria [42]. No studies have been conducted on measurements of placental thickness in pregnant women with malaria, and the existing studies on vivax malaria and placentas address histopathology and do not seem to demonstrate that P. vivax causes inflammation in the intervillous spaces [43,44].
In a study of the effects of placental P. falciparum and P. vivax infections on placental histopathology in low malaria transmission areas, McGready et al. [45] found histopathological changes in a small proportion of the placentas from P. falciparum-infected patients, especially those who were infected soon before delivery. The P. vivax infections in this study by McGready et al. [45] were associated only with the presence of a malarial pigment in some placentas, indicating that prompt and adequate parasitaemia treatment during gestation would limit placental disease, emphasizing the importance of treating the infection with anti-malarial drugs during gestation [45]. Studies that correlate the placental thickness on ultrasound with histopathology should be performed to define the cause of the increased placental thickness observed in the present study.
48
The foetal biometry measurements, including BPD, FL, AC, and foetal weight, are important tools with which to evaluate gestational age, IUGR and detecting obstetrics problems. It is fundamental to know the correct gestational age measured by a first trimester ultrasonography and compare the foetal biometry and the weight expected for the gestational age, as was done in this study [46-48].
In the present study, most of the pregnant women developed malaria during the second and third trimesters of gestation, and an asymmetric growth restriction with an abdominal circumference reduction was expected, but not observed. In both groups, the weights were similar to those considered adequate in the 50th percentile for the 38- to 40-week age range, according to a study by Pedreira et al. on gestational age-based foetal weight parameters in Brazil [49].
Some studies showed that recently infected women supposedly have a tendency towards more favourable perinatal outcomes because of the absence of immunological memory [7,50,51]. In the present study, most of the patients were recently infected, and there was no association between recent infection and ultrasound or neonatal changes. Given their existing lower physiological immunity, non-immune pregnant women would supposedly have a tendency towards a higher susceptibility to malaria and more severe conditions with recent infections, which was not observed [6,51].
In a study of foetal biometry via umbilical artery and uterine artery Doppler in women with vivax malaria in Msambweni, Dent et al. concluded that earlier treatment yielded fewer or even no effects throughout the gestation [52]. Rikjen, studying ultrasound evidence of early foetal growth restriction after maternal malaria infection, found that intermittent preventive treatments are the main strategy to prevent malaria, reduce anaemia and low birth weight [53]. Schmiegelow, studying malaria and foetal growth alterations in the third trimester of pregnancy, concluded that the effects on foetal growth often occurred after a considerable delay in women who were diagnosed with malaria at the first antenatal visit and who subsequently strictly followed the antenatal programme and the recommended measures to prevent malaria infections [54]. Thus, active malaria screening must be encouraged in pregnant women to ensure the early implementation of treatment and obtain a low morbidity rate and good perinatal outcomes.
The antenatal supplementation with daily iron is effective in reducing the risk of low birth weight [55,56]. This could also explain the lack of differences between the two groups at the end of follow-up, as evidence of the benefit of this supplementation, however this finding needs further study in endemic areas, such as those in Latin America. Another possible determinant of the lack of major differences between the two groups was that women initiated treatment very early, due to their easy access to the health system in Manaus and surrounding areas. This probably reinforces the impact of early diagnosis in endemic areas to this population.
It is worth noting that no changes in the demographic data were observed among the groups of pregnant women, suggesting that the groups were homogeneous and that epidemiological factors were not confounding factors in this study.
In the present study, the changes in the placental thickness, although significant, did not cause foetal repercussions at birth. There were no morphological or foetal changes that could be considered characteristic of foetal involvement in vivax malaria. The fact that the ultrasound examinations agreed with those from a cohort group of unexposed pregnant women was most likely due to the area being of low endemicity, and therefore, all pregnant women in the present study participated in follow-ups in an active detection system that allowed early diagnosis and treatment of new malarial episodes. The treatment and control of infections and relapses ensured
49
that the behaviour of the infected group was similar to that of the group of pregnant women without malaria. In these study, malaria was an acute and non-chronic event with acute consequences that, in most cases, did not have any consequences and retreated spontaneously after treatment, thus demonstrating the benefits of adequate treatment and close follow-up of infected cases. All women were treated with chloroquine, and recent data showed that P. vivax chloroquine-resistance is supposed to be around 5% [57].
Limitations of the present study were low power of the study in order to estimate the frequency of low birth weight in P. vivax infection; only thick blood smears were performed; PCR to diagnose low parasitaemia could not be performed; patients performed weekly prophylaxis with chloroquine without supervision; some infections such as syphilis, toxoplasmosis and rubella were excluded because are routinely tested in antenatal care, but other infections, although rare, were not excluded and could have lead to increased placental thickness; the examinations were performed by an ultrasound examiner who was not blinded to the presence or absence of infection, leading to bias. Furthermore, variables derived from ultrasound biometry followed the Hadlock reference table from a North American population, impairing a precise estimation in the Amazonian population. However, using a control group this limitation was surpassed.
Conclusions The placental thickness changes were significant but caused no foetal repercussions at birth. The ultrasound findings except placental thickness were similar in both groups, possibly because this is a low-endemic area and the pregnant women in the study were followed up in an active detection system that allowed early diagnosis and treatment of new malaria episodes.
From the public health perspective, the finding of increased placental thickness could be a sentinel marker of malarial infection and this information could be useful for those who perform ultrasound examinations in remote areas, alerting the need of thick blood smear systematically. However, further studies in other areas are needed to confirm this finding.
Competing interests The authors declare that they have no competing interests.
50
Authors’ contributions MFB and FEME: experimental concept and design; FEME and CB cared for/treated patients in the outpatient clinic; MFB: ultrasound scan performance; MFB, JRL and AEM: data analysis;. MFB and AME: manuscript writing; MFB, AEM, CB, JRL, FEME: critical reading and review of the manuscript. All authors read and approved the final manuscript.
Acknowledgements We would like to thank our study participants and the health staff of the FMT-HVD and maternity for their contributions for the study.
Disclaimer This study was presented as part of the doctoral degree thesis of MB for the Tropical Medicine Post-Graduate Programme at Amazonas State University/Dr Heitor Vieira Dourado Tropical Medicine Foundation.
References 1. WHO: World Malaria Report. Geneva, Switzerland, World Health Organization, 2012:238. http://www.who.int/malaria/publications/world_malaria_report_2012/en/
2. Jacinto SO, Silva, K, Pamplona MS: Gestação de alto risco: manual técnico. 5th edition. Brasília - Brasil: MInistério da Saúde; 2010. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/gestacao_alto_risco.pdf
3. Brutus L, Santalla J, Schneider D, Avila JC, Deloron P. Plasmodium vivax malaria during pregnancy, Bolivia. Emerg Infect Dis. 2013;19:1605–11.
4. Ministério da Saúde (Brasil) SVS: Situação Epidemiológica da Malária no Brasil, 2010 a 2011. Boletim Epidemiológico da Malária - 2013. 2013, 44:1–16. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/periodicos/boletim_epidemiologico_numero_1_2013.pdf
5. Oliveira-Ferreira J, Lacerda MV, Brasil P, Ladislau JL, Tauil PL, Daniel-Ribeiro CT. Malaria in Brazil: an overview. Malar J. 2010;9:115.
6. Chagas EC, Do Nascimento CT, De Santana Filho FS, Botto-Menezes CH, Martinez-Espinosa FE. Impact of malaria during pregnancy in the Amazon region. Rev Panam Salud Publica. 2009;26:203–8.
7. Martinez-Espinosa FE, Daniel-Ribeiro CT, Alecrim WD. Malaria during pregnancy in a reference centre from the Brazilian Amazon: unexpected increase in the frequency of Plasmodium falciparum infections. Mem Inst Oswaldo Cruz. 2004;99:19–21.
8. Brabin B, Piper C. Anaemia- and malaria-attributable low birthweight in two populations in Papua New Guinea. Ann Hum Biol. 1997;24:547–55.
51
9. Kasumba IN, Nalunkuma AJ, Mujuzi G, Kitaka FS, Byaruhanga R, Okong P, et al. Low birthweight associated with maternal anaemia and Plasmodium falciparum infection during pregnancy, in a peri-urban/urban area of low endemicity in Uganda. Ann Trop Med Parasitol. 2000;94:7–13.
10. Brabin BJ, Romagosa C, Abdelgalil S, Menendez C, Verhoeff FH, McGready R, et al. The sick placenta-the role of malaria. Placenta. 2004;25:359–78.
11. Umbers AJ, Aitken EH, Rogerson SJ. Malaria in pregnancy: small babies, big problem. Trends Parasitol. 2011;27:168–75.
12. Takem EN, D'Alessandro U. Malaria in pregnancy. Mediterr J Hematol Infect Dis. 2013;5:e2013010.
13. Tongo OO, Orimadegun AE, Akinyinka OO. Utilisation of malaria preventive measures during pregnancy and birth outcomes in Ibadan. Nigeria BMC Pregnancy Childbirth. 2011;11:60.
14. Nayak KC, Khatri MP, Gupta BK, Sirohi P, Choudhary V, Verma SK, et al. Spectrum of vivax malaria in pregnancy and its outcome: a hospital-based study. J Vector Borne Dis. 2009;46:299–302.
15. Nosten F, McGready R, Simpson JA, Thwai KL, Balkan S, Cho T, et al. Effects of Plasmodium vivax malaria in pregnancy. Lancet. 1999;354:546–9.
16. Nosten F, Rogerson SJ, Beeson JG, McGready R, Mutabingwa TK, Brabin B. Malaria in pregnancy and the endemicity spectrum: what can we learn? Trends Parasitol. 2004;20:425–32.
17. Singh N, Shukla MM, Sharma VP. Epidemiology of malaria in pregnancy in central India. Bull World Health Organ. 1999;77:567–72.
18. Degani S. Fetal biometry: clinical, pathological, and technical considerations. Obstet Gynecol Surv. 2001;56:159–67.
19. Hoddick WK, Mahony BS, Callen PW, Filly RA. Placental thickness. J Ultrasound Med. 1985;4:479–82.
20. Ijaiya MA, Aboyeji AP, Braimoh KT, Abubakar D. The role of ultrasound in obstetrics. Niger J Med. 2002;11:50–5.
21. Mathai BM, Singla SC, Nittala PP, Chakravarti RJ, Toppo JN. Placental thickness: its correlation with ultrasonographic gestational age in normal and intrauterine growth-retarded pregnancies in the late second and third trimester. J Obstet Gynaecol India. 2013;63:230–3.
22. Afrakhteh M, Moeini A, Taheri MS, Haghighatkhah HR. Correlation between placental thickness in the second and third trimester and fetal weight. Rev Bras Ginecol Obstet. 2013;35:317–22.
23. Lee AJ, Bethune M, Hiscock RJ. Placental thickness in the second trimester: a pilot study to determine the normal range. J Ultrasound Med. 2012;31:213–8.
52
24. Velho MTC, Morais EN, Ethur ABM. Determinação ultra-sonográfica do líquido amniótico em grávidas normias, da 12ª à 42ª semana de gravidez. Rev Bras Ginecol Obstet. 2001;23:225–32.
25. Grisolia G, Milano K, Pilu G, Banzi C, David C, Gabrielli S, et al. Biometry of early pregnancy with transvaginal sonography. Ultrasound Obstet Gynecol. 1993;3:403–11.
26. Campbell S, Thoms A. Ultrasound measurement of the fetal head to abdomen circumference ratio in the assessment of growth retardation. Br J Obstet Gynaecol. 1977;84:165–74.
27. Campbell S, Wilkin D. Ultrasonic measurement of fetal abdomen circumference in the estimation of fetal weight. Br J Obstet Gynaecol. 1975;82:689–97.
28. Kurmanavicius J, Wright EM, Royston P, Wisser J, Huch R, Huch A, et al. Fetal ultrasound biometry: 1. Head reference values. Br J Obstet Gynaecol. 1999;106:126–35.
29. Hadlock FP, Harrist RB, Sharman RS, Deter RL, Park SK. Estimation of fetal weight with the use of head, body, and femur measurements–a prospective study. Am J Obstet Gynecol. 1985;151:333–7.
30. Phelan JP, Ahn MO, Smith CV, Rutherford SE, Anderson E. Amniotic fluid index measurements during pregnancy. J Reprod Med. 1987;32:601–4.
31. Perroti MR. Evolução das características ecográficas da placenta, da posição e da apresentação fetal em gestações normais. Rev Bras Ginecol Obstet. 1999;21:100–10.
32. Fontes CJF SA, da Silva CJM, Tauil PL, Landislau JLB: Malaria treatment in Brazil - practical guide. Brasilia: Ministerio da Saúde, Secretaria de vigilância em saúde; 2010. ftp://ftp.cve.saude.sp.gov.br/doc_tec/zoo/malaria10_guia_tratamento.pdf
33. Ministério da Saúde Secretaria de Atenção à Saúde Departamento de Ações Programáticas Estratégicas Brasil: Gestação de alto risco: manual técnico. 5th edn. Brasília, Brasil: MInistério da Saúde; 2010. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_tecnico_gestacao_alto_risco.pdf
34. Ministério da Saúde: Atenção à saúde do recém-nascido: guia para os profissionais de saúde. vol. 1. pp. 148. Brasil: Ministério da Saúde; 2011. http://www.redeblh.fiocruz.br/media/arn_v1.pdf
35. Olsen IE, Groveman SA, Lawson ML, Clark RH, Zemel BS. New intraterine growth curves based on United States data. Pediatrics. 2010;125:e214–24.
36. Elchalal U, Ezra Y, Levi Y, Bar-Oz B, Yanai N, Intrator O, et al. Sonographically thick placenta: a marker for increased perinatal risk–a prospective cross-sectional study. Placenta. 2000;21:268–72.
37. Centers for Desease Control and Prevention: Epi info. https://wwwn.cdc.gov/epiinfo/html/downloads.htm. (Acessed 16 mar 2015).
38. Ozcan T, Pressman EK. Imaging of the placenta. Ultrasound Clinics. 2008;3:13–22.
53
39. Godfrey KM, Redman CW, Barker DJ, Osmond C. The effect of maternal anaemia and iron deficiency on the ratio of fetal weight to placental weight. Br J Obstet Gynaecol. 2005;98:886–91.
40. Agboola A. Effect of type and duration of anemia on placental weight and villous histology. J Natl Med Assoc. 1979;71:1067–9.
41. Baptiste-Roberts K, Salafia CM, Nicholson WK, Duggan A, Wang NY, Brancati FL. Maternal risk factors for abnormal placental growth: the national collaborative perinatal project. BMC Pregnancy Childbirth. 2008;8:44.
42. Rijken MJ, Moroski WE, Kiricharoen S, Karunkonkowit N, Stevenson G, Ohuma EO, et al. Effect of malaria on placental volume measured using three-dimensional ultrasound: a pilot study. Malar J. 2012;11:5.
43. Souza RM, Ataide R, Dombrowski JG, Ippolito V, Aitken EH, Valle SN, et al. Placental histopathological changes associated with Plasmodium vivax infection during pregnancy. PLoS Negl Trop Dis. 2013;7:e2071.
44. Mayor A, Bardaji A, Felger I, King CL, Cistero P, Dobano C, et al. Placental infection with Plasmodium vivax: a histopathological and molecular study. J Infect Dis. 2012;206:1904–10.
45. McGready R, Davison BB, Stepniewska K, Cho T, Shee H, Brockman A, et al. The effects of Plasmodium falciparum and P. vivax infections on placental histopathology in an area of low malaria transmission. Am J Trop Med Hyg. 2004;70:398–407.
46. Rijken MJ, Lee SJ, Boel ME, Papageorghiou AT, Visser GH, Dwell SL, et al. Obstetric ultrasound scanning by local health workers in a refugee camp on the Thai-Burmese border. Ultrasound Obstet Gynecol. 2009;34:395–403.
47. Rijken MJ, Rijken JA, Papageorghiou AT, Kennedy SH, Visser GH, Nosten F, et al. Malaria in pregnancy: the difficulties in measuring birthweight. Br J Obstet Gynaecol. 2011;118:671–8.
48. Rijken MJ, Mulder EJ, Papageorghiou AT, Thiptharakun S, Wah N, Paw TK, et al. Quality of ultrasound biometry obtained by local health workers in a refugee camp on the Thai-Burmese border. Ultrasound Obstet Gynecol. 2012;40:151–7.
49. Pedreira CE, Pinto FA, Pereira SP, Costa ES. Birth weight patterns by gestational age in Brazil. An Acad Bras Cienc. 2011;83:619–25.
50. Rodriguez-Morales AJ, Sanchez E, Vargas M, Piccolo C, Colina R, Arria M, et al. Pregnancy outcomes associated with Plasmodium vivax malaria in northeastern Venezuela. Am J Trop Med Hyg. 2006;74:755–7.
51. Menendez C. Malaria during pregnancy: a priority area of malaria research and control. Parasitol Today. 1995;11:178–83.
52. Dent A, Lazembnik N, Gisemba E, Kalayjian E, Bohinic L, King C. Fetal biometrics, umbilical and uterine Doppler studies among malaria infected and not infected pregnant women. Ultrasound Obstetrics Gynecol. 2011;38:130.
54
53. Rijken MJ, Papageorghiou AT, Thiptharakun S, Kiricharoen S, Dwell SL, Wiladphaingern J, et al. Ultrasound evidence of early fetal growth restriction after maternal malaria infection. PLoS One. 2012;7:e31411.
54. Schmiegelow C, Minja D, Oesterholt M, Pehrson C, Suhrs HE, Bostrom S, et al. Malaria and fetal growth alterations in the 3rd trimester of pregnancy: a longitudinal ultrasound study. PLoS One. 2013;8:e53794.
55. Haider BA, Olofin I, Wang M, Spiegelman D, Ezzati M, Fawzi WW. Anaemia, prenatal iron use, and risk of adverse pregnancy outcomes: systematic review and meta-analysis. BMJ. 2013;346:f3443.
56. Pena-Rosas JP, De-Regil LM, Dowswell T, Viteri FE. Daily oral iron supplementation during pregnancy. Cochrane Database Syst Rev. 2012;12:CD004736.
57. Marques MM, Costa MR, Santana Filho FS, Vieira JL, Nascimento MT, Brasil LW, et al. Plasmodium vivax chloroquine resistance and anemia in the western Brazilian Amazon. Antimicrob Agents Chemother. 2014;58:342–7.
Additional files
Additional_file_1 as DOC Additional file 1Characteristics of the pregnant women with placental thickness.
Additional_file_2 as DOC Additional file 2Comparison of the study groups with regard to the Z scores of the BPD, HC, AC, and FL of the pregnant women according to the trimester of recruitment. Additional fileTable S1: Characteristics of the pregnant women with placental thickness Case Age
(years)
Parity
1st malarial infection
Placental Thickness
1st US
placental thicknessOther USG
Hb level
Weigh gain Kg
IUGR
GA labor
weeks
Newborn weight
1 17 1/0 Y Y Y 10.6 11.3 N 41 3070g
2 20 1/0 N Y Y 10.5 12.3 N 39 3650g
3 30 7/6 N Y Y 10.0 11.9 N 40 3630g
4 16 2/1 Y Y Y 11.2 12.6 N 40 3150g
5 23 1/0 Y Y Y 10.3 14.5 N 38 4000g
6 31 1/0 N Y Y 11.5 12.8 N 38 3510g
7 25 6/5 Y Y Y 11.0 13.3 N 39 3848g
8 18 2/0 Y Y Y 11.6 12.4 N 42 3450g
55
9 17 2/1 N Y Y 10.4 10.9 N 37 3150g
10 21 2/0 Y Y Y 10.0 10.1 N 34 2370g
GA, gestational age; IGUR, intrauterine growth restriction; USG, ultrasonography; g, grams; Hb, hemoglobin; Y, yes; N, no Additional file Table S2: Comparison of the study groups with regard to the Z scores of the BPD, HC, AC and FL of the pregnant women according to the trimester of recruitment.
1ST USG after Malaria Last USG before birth Z score Vivax Control Vivax Control 1st Trim fi % fi % Total p fi % fi % Total p BPD 0.96* 0.75* <2dp 1 20.0 4 80.0 5 3 30.0 7 70.0 10 Normal 12 32.4 25 67.6 37 10 31.3 22 68.7 32 HC 0.84* 0,64* <2dp 1 16.7 5 83.3 6 1 14.3 6 85.7 7 Normal 12 33.3 24 66.7 36 12 34.3 23 65.7 35 AC 0.64* 0.36* <2dp 1 14.3 6 85.7 7 1 11.1 8 88.9 9 Normal 12 34.3 23 65.7 35 12 36.7 21 66.3 33 FL 0.18* 0,36* <2dp 1 9.1 10 90.9 11 2 15.4 11 84.6 13 Normal 12 38.7 19 61.3 31 11 38.0 18 62.0 29 2nd Trim BPD 0.28* 0,19* <2dp 4 23.5 13 76.5 17 7 26.0 20 74.0 27 Normal 69 41.1 99 58.9 168 66 41.8 92 58.2 158 HC 0.97* 0,75* <2dp 4 44.4 5 55.6 9 4 50.0 4 50.0 8 Normal 69 39.2 107 60.8 176 69 39.00 108 61.0 177 AC 0.82* 0,79* <2dp 3 30.0 7 70.0 10 5 38.4 8 61.6 13 Normal 70 40.0 105 60.0 175 68 39.5 104 60.5 172 FL 0.50*
0. 38*
<2dp 4 26.7 9 73.3 13 2 20.0 8 80.0 10 Normal 69 28.9 103 71.1 172 71 40.6 104 59.4 175 3rd Trim
56
BPD 0.65* - <2dp 2 66.7 1 33.3 3 2 100 - - 2 Normal 30 38.0 49 62.09 79 30 37.5 50 62.5 80 HC - - <2dp - - - - - - - - - - Normal 32 39.0 50 61.0 82 32 39.0 50 61.0 82 AC - - <2dp - - - - - - - - - - Normal 32 39.0 50 61.0 82 32 39.0 50 61.0 82 FL - - <2dp - - 1 100.0 1 - - - - - Normal 32 39.5 49 60.5 81 32 39.0 50 61.0 82
fi = simple absolute frequency; * chi-square with Yates correction. A bold, italicized p-value indicates a statistical difference at a 5% significance level. + Number of total ultrasound exams performed during each trimester.
Trim. trimester .
Dopplervelocimetria
Os resultados do score Z da dopplervelocimetria estão demonstrados na Tabela
6.Os escores Z foram comparados de acordo com o trimestre em que as pacientes
contraíram malária . O primeiro Doppler após o diagnóstico da malária e o último
Doppler antes do nascimento foram comparados. Ao comparar os grupos, não foram
encontradas diferenças significativas nos escores Z dos ultrassons no que diz respeito
ao trimestre da infecção p> 0,05 em todos os parâmetros ( Tabela 6) .
Tabela 2. Comparação entre os grupos, com relação aos escores Z do Doppler das Artérias Cerebral media, Umbilical, uterinas e da relação cérebro-umbilical.
1ST Dopplerafter Malaria LastDopplerbeforebirth Z score vivax Control vivax Control 2ndTrim fi% fi% Total p fi % fi % Total p IP ACM - - >2dp 2 100 - - 2 - - - - - Normal 71 39.5 112 60.5 183 73 39.5 112 60.5 185 IP UMB - - <2dp 1 100 - - 1 - - - - - Normal 72 39.2 112 60.9 184 73 39.5 112 60.5 185 RCP - - <2dp - - - - - - - - - - Normal 73 39.5 112 60.5 185 73 39.5 112 60.5 185 UTERINA 0.50* 0. 38* <2dp 4 26.7 9 73.3 13 2 20.0 8 80.0 10 Normal 69 28.9 103 71.1 172 71 40.6 104 59.4 175
57
VEL ACM <2dp 19 100 - - 19 - - - - - - Normal 54 32.5 112 67.5 166 73 39.5 112 60.5 185 3rdTrim IP ACM 0,46* - <2dp 2 66.7 1 33.3 3 2 100 - - 2 Normal 30 38.0 49 62.09 79 30 37.5 50 62.5 80 IP UMB - - <2dp - - - - - - - - - - Normal 32 39.0 50 61.0 82 32 39.0 50 61.0 82 RCP - - <2dp - - - - - - - - - - Normal 32 39.0 50 61.0 82 32 39.0 50 61.0 82 UTERINA 0,18* - <2dp 1 50 1 50 2 - - - - - - Normal 31 38.7 49 61.3 80 32 39.0 50 61.0 82 VEL.ACM - <2dp 16 100 - 16 - - - - - Normal 17 25.3 50 74.7 67 32 39.0 50 61.0 82
fi = simple absolute frequency; * chi-square with Yates correction.A bold, italicized p-value indicates a statistical difference at a 5% significance level.+ Number of total ultrasound exams performed during each trimester. Trim. trimester. Malaria e resultados perinatais
Histopatologia da placenta
Foram enviadas àhistopatologia5 placentas. No estudo histopatológico, foi
analisado se havia presença de eritrócitos maternos parasitados, percentagem de
eritrócitos infectados, presença de pigmento malárico excluindo parasitas, pigmento
malárico em macrófago livre, pigmento malárico dentro de eritrócitos parasitados ou
pigmento em vilosidades. Das 5 placentas avaliadas, 5 pertenciam a pacientes
infectadas pelo P. vivax, infectadas no segundo trimestre, que pariram fetos a termo
(média da idade gestacional ao parto 38 semanas) e com peso adequado (media de
peso 3289 gramas) para a idade gestacional. No estudo histopatológico não foram
evidenciadas alterações morfológicas na placenta nem quanto a presença de infecção
eritrocitária e nem de pigmento malárico. A ultrassonografia evidenciou alteração em
duas pacientes: uma placenta diminuída e uma placenta com calcificações abundantes
. A paciente que tinha diminuição da espessura placentária tinha em seu histórico dois
episódios de duas infecções pelo P. vivax. A paciente que apresentava calcificações
abundantes não tinha história prévia de infecção.
58
Das gestantes estudadas, uma teve acretismo placentário. Era uma paciente,
casada, doméstica, G2 PI, parto normal. Na gestação atual, negava cirurgias, abortos,
doenças de base, etilismo e tabagismo. Foi admitida no ambulatório de malária da
Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado com 25 semanas de
gestação. Segundo dados da Fundação, ela teve um episódio de Malária por
Plasmodiumvivax anterior à atual gestação. Nessa gravidez, teve 04 episódios de
Malária vivax (+), no primeiro, segundo e terceiro trimestre, e um por Falciparum (++),
no segundo trimestre. Fez uso de Cloroquina e mefloquina durante gestação. Durante
o pré-natal, as sorologias para infecção por HIV, citomegalovírus, toxoplasmose, VDRL,
FTAABS foram negativas. Ao exame físico, da admissão e os subsequentes, o fundo
de útero era menor que a idade gestacional, sugerindo restrição de crescimento. Os
exames ultrassonográficos evidenciaram crescimento fetal abaixo do esperado para a
idade gestacional, compatível com restrição de crescimento intrauterino, do tipo
assimétrico, com líquido amniótico nos limites inferiores da normalidade. No 14º dia de
tratamento com cloroquina, o exame da lamina negativou-se e a paciente continuou o
acompanhamento pré-natal e no ambulatório de malária realizando quimioprofilaxia.
Durante a gestação, teve contrações vigorosas compatíveis de parto prematuro que
foram controladas com tocolíticos. O parto vaginal ocorreu com 38 semanas de
gestação e o recém-nascido, do sexo feminino, pesou 2.300 gramas, 46 cm e Apgar 3
e 6 no primeiro e quinto minuto respectivamente. Após exaustivas tentativas para a
realização da dequitação, foi diagnosticado acretismo placentário e foi realizada uma
histerectomia para a retirada da placenta que estava anormalmente inserida no
miométrio. No momento imediatamente após o parto, foi realizada a gota espessa e o
“imprint” do sangue placentário e ambos apresentavam infecção por Plasmodiumvivax,
O sangue do cordão umbilical, a gota espessa do sangue periférico materno e fetal
estavam negativos para infecção malárica. A placenta foi enviada para o estudo
anátomo patológico que não mostrou alterações histopatológicas sugestivas de
infecção ativa.
59
8 DISCUSSÃO Nas áreas endêmicas, as gestantes são mais susceptíveis à infecção pelo
Plasmodium do que a população geral. Lesões placentárias, alterações da oxigenação
fetal, restrição de crescimento intrauterino e comprometimento neonatal como anemia,
baixo peso ao nascer, lesões cerebrais causadas por hipóxia intrauterina, têm sido
descritas na literatura principalmente nas infecções por Plasmodiumfalciparume na
África (local de maior endemicidade de malária no mundo) (26, 99).
A ultrassonografia na medicina é amplamente difundida principalmente em
obstetrícia, na avaliação das alterações feto placentárias (37). O estudo
Dopplervelocimétrico é utilizado para avaliação dos vasos fetais identificando
alterações de fluxo sanguíneo feto-materno, do fluxo sanguíneo fetal compatíveis com
hipóxia, e para a avaliação de anemia fetal nos fetos suspeitos de estar anêmicos
através do estudo da artéria cerebral média (26).
60
As repercussões maternas e fetais provenientes da infecção malárica que levam
a maus resultados perinatais e a alta endemicidade da malária no Amazonas tornam
fundamentais o estudo de métodos diagnósticos que possibilitem o diagnóstico
antenatal de acometimento fetal. O diagnóstico pré-natal de alterações fetais
possibilitam a referência da gestante para um centro terciário com mais recursos
visando melhorar o prognóstico fetal.
Dados epidemiológicos:
A idade média das gestantes encontrada em ambos os grupos é concordante
com os com os dados nacionais e do estado do Amazonas para a população gestante
em geral. Também o é com os dados epidemiológicos de malária e gestação cuja
media de idade foi de aproximadamente 24 anos e o grupo de idade mais
predominante foi o de 20-24 anos (1, 100-102). O número de uma ou duas gestações
por paciente corroboram com a tendência nacional de queda da natalidade (102).
O estado civil das pacientes também é condizente com a estatística nacional
dada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de outros estudos onde
a maioria das gestantes é casada ou com união estável (102, 103).
Quanto à escolaridade, as gestantes tinham, em sua maioria, o ensino
fundamental e médio. Esses dados vão ao encontro da análise do IBGE e dos estudos
realizados por Spindola et al no Rio de Janeiro, que avaliaram o perfil epidemiológico
de mulheres atendidas na consulta do pré-natal de um hospital universitário (102, 103).
Vale a pena notar que não foram observadas alterações nos dados
demográficos entre os grupos de gestantes, o que sugere que os grupos foram
homogêneos e que os fatores epidemiológicos não foram fatores de confusão no
presente estudo.
Ultrassonografia:
As medidas biométricas fetais, incluindo BPD, FL, AC, e peso fetal, são
ferramentas importantes para a avaliar a idade gestacional, CIUR e detecção de
61
problemas de obstetrícia. É fundamental conhecer a idade gestacional correto medida
por uma primeira ultra-sonografia trimestre e comparar a biometria fetal e do peso
esperado para a idade gestacional, como foi feito neste estudo (104-106).
No presente estudo, a maioria das mulheres grávidas desenvolvido malária
durante o segundo e terceiro trimestres de gestação, e uma restrição de crescimento
assimétrico com uma redução da circunferência abdominal foi o esperado, mas não foi
observada. Em ambos os grupos, os pesos foram semelhantes aos considerados
adequados no percentil 50 para a faixa etária 38- 40 semanas, de acordo com um
estudo realizado por Pedreira et al. em parâmetros de peso gestacional do feto com
base na idade, no Brasil (107).
Alguns estudos mostraram que as mulheres recém-infectados supostamente têm
uma tendência para resultados perinatais mais favoráveis, devido à ausência de
memória imunológica (11, 13, 14). No presente estudo, a maioria dos pacientes foram
infectados recentemente, e não houve associação entre a infecção recente e ultra-som
ou alterações neonatais. Dada a sua imunidade fisiológica inferior, as mulheres
grávidas não imunes existentes supostamente têm uma tendência em direção a uma
maior suscetibilidade à malária e condições mais graves com infecções recentes, que
não foi observado (10, 14).
Em um estudo da biometria fetal e Doppler das artérias uterinas eumbilical em
mulheres com malária vivax em Msambweni, Dent et al. concluíram que o tratamento
anterior produziu menos ou mesmo nenhum efeito em toda a gestação (108). Rikjen,
estudando ultra-som na avaliação de restrição do crescimento fetal precoce após
infecção materna malária, descobriu que tratamentos preventivos intermitentes são a
principal estratégia para prevenir a malária, reduzir a anemia e baixo peso ao nascer
(109). Schmiegelow et al ao estudar malária e alterações do crescimento fetal no
terceiro trimestre da gravidez, concluíram que os efeitos sobre o crescimento fetal,
muitas vezes ocorreu após um atraso considerável em mulheres que foram
diagnosticadas com malária na primeira consulta pré-natal e que posteriormente
seguido rigorosamente o programa de pré-natal e do medidas recomendadas para
prevenir infecções de malária (110). Assim, a seleção malária ativa deve ser
62
incentivada em mulheres grávidas, para garantir a aplicação precoce do tratamento e
obter uma baixa morbidade e bons resultados perinatais.
A suplementação pré-natal com ferro diária é eficaz na redução do risco de baixo
peso ao nascer (111, 112). Esse fato poderia explicar a ausência de diferenças entre
os dois grupos no final do follow-up, como prova do benefício desta suplementação, no
entanto, este achado necessita de mais estudos em áreas endêmicas, como os da
América Latina. Outra possível determinante da falta de grandes diferenças entre os
dois grupos foi a de que as mulheres iniciaram o tratamento muito cedo, devido ao seu
fácil acesso ao sistema de saúde em Manaus e arredores. Isso provavelmente reforça
o impacto do diagnóstico precoce em áreas endêmicas para essa população.
O líquido amniótico é um marcador de sofrimento fetal crônico. A oligodrâmnia
por insuficiência placentária ou hipóxia, ocorre na maioria das vezes por diminuição do
aporte vascular para os rins no intuito de priorizar os órgãos nobres como o cérebro,
coração e supra renal (79). No presente estudo, acreditamos que, como não houve
casos de hipóxia fetal, o líquido amniótico manteve-se dentro dos limites da
normalidade conforme como esperado para fetos normoxemicos. Na literatura
estudada não foram encontrados dados específicos sobre líquido amniótico em
gestantes com malária.
Diferenças significativas na espessura da placenta entre a malária e grupos não-
malária foram observados através de ultra-som da placenta. Estudos de ultra-som de
espessura placentária relataram que placentas com espessuras aumentadas são mais
susceptíveis de ser associados com hidropisia, gravidez molar, outras infecções
durante a gravidez, triploidia, diabetes mellitus materno, anemia e aneuploidia(23, 113).
O aumento da espessura da placenta não compreende um diagnóstico
específico de qualquer doença. No entanto, ele pode atuar como um alerta para
identificar fetos com maior risco de doença resultante da inflamação, edema ou
hipertrofia compensatória (23).
Estudos sobre a espessura placentária no segundo trimestre, referem que a
posição da placenta poderia levar a um aumento da espessura da placenta
63
principalmente as placentas laterais ou fúndicas. No entanto, não havia nenhum caso
de placenta fúndicaou lateral no grupo com aumento da espessura da placenta que
pudesse influenciar a espessura da placenta(114,115, 116).
Godfrey et al.(117), em seu estudo sobre deficiência de ferro e seus efeitos da
anemia materna e sua relação com o peso fetal e o peso da placenta, Agboola(118),
estudando o efeito do tipo e da duração da anemia no peso placentário, Baptiste-
Roberts et al.(119), estudando fatores de risco materno para o crescimento anormal da
placenta, descobriram que o aumento da espessura placentária pode ser resultado de
uma hipóxia fetal causada pela anemia, estimulando o crescimento placentário visando
produzir mais oxigênio para o feto (117). Nesse estudo, não houve correlação
significativa entre as mulheres grávidas em relação à anemia e aumento da espessura
da placenta, e como as pacientes com doenças como a diabetes ou outras infecções
foram excluídos do presente estudo, a hipótese de que o aumento da espessura da
placenta resultou de inflamação ou edema fica reforçada.
Ao usar o ultra-som tridimensional para estudar volumes da placenta em
mulheres grávidas com malária vivax e falciparum na Tailândia, Rijken et al.(120) não
encontraram diferenças significativas entre os volumes da placenta das mulheres
grávidas com malária vivax e aqueles sem a malária (120). Não foram realizados
estudos sobre a medida da espessura da placenta em mulheres grávidas com malária,
e os estudos existentes sobre a malária vivax e placentas que abordamhistopatologia
não parecem demonstrar que P. vivax provoca inflamação nos espaços
intervilositário(121, 122).
Em um estudo sobre os efeitos da infecção da placenta P. falciparum e P. vivax
no exame histopatológico da placenta em zonas de transmissão baixa malária,
McGready et al. (123)encontraram alterações histopatológicas em uma pequena
proporção das placentas de pacientes infectados pelo P. falciparum, especialmente
aqueles que foram infectados logo antes do parto. As infecções por P. vivax neste
estudo por McGready et al. (123)foram associados apenas com a presença de um
pigmento da malária em algumas placentas, indicando que o tratamento imediato e
adequado parasitemia durante a gestação limitaria doença placentária, enfatizando a
importância de tratar a infecção com drogas antimalárica durante a gestação (123).
64
Estudos que relacionam a espessura da placenta no ultra-som com histopatologia
devem ser realizados para tentar definir a causa do aumento da espessura da placenta
observado no presente estudo.
No presente estudo, as alterações na espessura da placenta, embora tenha sido
significativo, não causaram repercussões fetais no momento do nascimento. Não
houveram alterações morfológicas ou fetais que possam ser considerados
característicos de comprometimento fetal por malária vivax. O fato dos exames de
ultra-som estarem de acordo com aqueles de um grupo de coorte de gestantes não
expostas foi provavelmente devido à área ser de baixa endemicidade, e, porque todas
as mulheres grávidas no presente estudo participaram de follow-ups em um sistema de
detecção ativa que o diagnóstico precoce e permitiu tratamento novos episódios de
malária. O tratamento e controle de infecções e recaídas provavelmente asseguraram
que o comportamento do grupo infectado foi semelhante ao do grupo de mulheres
grávidas sem malária. Neste estudo, a malária foi um evento agudo e não crônico com
consequências graves que, na maioria dos casos, não têm quaisquer consequências e
recuou espontaneamente após o tratamento, demonstrando, assim, os benefícios do
tratamento adequado e acompanhamento rigoroso dos casos de infectados. Todas as
mulheres foram tratados com cloroquina, e dados recentes mostraram que P. vivax
cloroquina-resistência é em torno de 5% (124).
Em nosso estudo, a avaliação histopatológica das placentas não evidenciou a
presença de pigmento malárico compatível com infecção por P. vivax. ou falciparum.
Isso torna aceitável o fato de os achados ultrassonográficos não terem demonstrado
alterações placentárias específicas exceto a placentomegalia.
Doppler:
A artéria uterina é um vaso de suma importância na gestação. São essas
artérias as principais responsáveis pelo aporte sanguíneo para o útero e
consequentemente para a placenta. Dessa forma, apesar de não ser parte da
circulação placentária propriamente dita, várias alterações que afetam a placenta e o
feto podem ser preditas pelo Doppler das artérias uterinas. Se há alteração nas artérias
uterinas, como aumento de resistência ou a presença de incisuras, há diminuição do
65
aporte sanguíneo para a placenta e, com isso, maior chance de RCUIR(40).
No Presente estudo não houveram alterações significativas das artérias uterinas
em ambos os grupos. Dostmanet aleDentet al, em estudos sobre artérias uterinas e
malária na gestação, não encontraram, assim como nós, correlação entre alteração do
fluxo útero placentário com infecção placentária por malária(83, 108).
O Doppler tem um papel fundamental no diagnóstico de restrição de crescimento
intrauterino através da identificação de alterações nos índices e na morfologia da onda
das artérias umbilicais e cerebrais (78).
A avaliação do fluxo da artéria umbilical fornece informações da perfusão
sanguínea da unidade feto placentária(30). A artéria cerebral média, fornece
informações sobre a oxigenação fetal. Nos casos patológicos, para preservar a
homeostase fetal, há vasodilatação e diminuição da resistência vascular das artérias
cerebrais e vasoconstrição e aumento da resistência vascular das artérias umbilicais.
Esse fenômeno se chama centralização e é consagrado na literatura como marcador
de hipóxia fetal. O diagnóstico precoce das alterações da vitalidade fetal reduz a
ocorrência de resultados perinatais adversos porque facilita a ação oportuna do
obstetra, permitindo a prevenção de lesões neurológicas decorrentes da hipoxemia e
acidemia fetais.
Na avaliação isolada das artérias umbilical e cerebral, encontramos que apenas
1 paciente (0,8%) apresentava aumento na resistência da artéria umbilical . Arbeille,
pesquisando alterações do fluxo da artéria cerebral e umbilical nas gestações
complicadas com malária, observou aumento da resistência das artérias umbilicais com
diminuição para as artérias cerebrais durante a crise malárica relacionados a restrição
de crescimento, prematuridade e baixo peso ao nascer(26, 91). Não houve nenhum
caso de centralização fetal no grupo estudado.Dentet al, ao avaliar alterações
ultrassonográficas e Dopplervelocimétricas, também não acharam alterações nas
gestantes com malária principalmente nas que tiveram infecção no primeiro trimestre
de gestação(108).
No intuito de avaliar possível anemia fetal, Mariet al, estudando Doppler e
66
anemia fetal, propuseram que a anemia estava associada ao aumento da velocidade
do fluxo sanguíneo da artéria cerebral média. Encontraram uma forte correlação entre o
aumento da velocidade da artéria cerebral média aumentada e anemia
fetal(87).Nenhuma paciente teve um aumento acentuado da velocidade da artéria
cerebral média que indicasse anemia fetal grave, 16 pacientes tiveram aumento na
velocidade da ACM indicativos de anemia leve segundo estudo de Mary (87) que não
foi estatisticamente significativo quando comparado com o grupo de não expostos.
Como não existem estudos sobre velocidade da artéria cerebral média em gestantes
com malária, podemos suspeitar que o aumento de velocidade que ocorreu talvez seja
consequência da febre ou anemia materna que poderia gerar um estado de
hipercinesia materna e fetal aumentando a velocidade da ACM. Estudo mais
aprofundado de pacientes gestantes durante a crise de malária e fora dela e a
correlação hematócrito fetal deve ser realizado para testar essa hipótese.
Peso Fetal:
Em relação ao peso fetal, apesar de estudos como os de Hadlock e o de
Pedreira, que avaliam o peso fetal, mostrarem diferença entre o peso dos recém-
nascidos relacionado ao sexo, a predominância do sexo masculino nesse estudo não
influenciou na média do peso (39, 107). No estudo de Mc Gregor na África, sobre a
infecção malárica da placenta na Gambia, não foi encontrada diferença do peso fetal
entre os diferentes sexos (125).
A média de peso dos recém-nascidos neste estudo foi de 3,177 gramas no
grupo de expostos e 3277 no rupo de não expostos. Essa média é considerada como
peso adequado no percentil 50 da faixa etária de 38 a 40 semanas conforme trabalho
de Pedreira et al sobre parâmetros de peso fetal baseados na idade gestacional no
Brasil (107). O peso fetal ultrassonográfico aferido pela biometria fetal foi concordante
com os dados existentes na literatura para a gestação da população geral (39, 107). No
entanto, esse resultado difere da literatura mundial em que os trabalhos afirmam que
os fetos das gestantes com malária têm baixo peso ao nascer (11, 126-130). Falade
et al(131), em estudo sobre os efeitos da malária na antropometria dos recém-
nascidos, observaram que a malária na gestação resultava em RCIUR assimétrico,
principalmente nas primigestas (131). Hartmanet al analisando o impacto da malária
67
em recém-nascidos, concluíram que a primigesta tem mais susceptibilidade à infecção,
resultando em RCIUR e baixo peso ao nascer (126). Nayak e Cols, estudando o
espectro da malária vivaxna gestação e seus efeitos, encontraram que 20 gestantes
das 25 estudadas apresentaram recém-nascidos com baixo peso ao nascer (132). Os
resultados encontrados em nosso estudo podem ter sido influenciados pelo
atendimento eficaz do ambulatório de malária, auxiliado por gestação com um controle
rigoroso sobre a paciente, tratando-a não só da malária rapidamente, mas também das
intercorrências na gestação, responsáveis pela restrição de crescimento, como a
anemia.
Placenta Acreta:
Placenta acreta ocorre quando a placenta está anormalmente aderida ao
miométrio e ao vilo coriônico, se aderindo mais ao miométrio em vez da decídua basal.
Isso impede a separação da placenta do útero no momento do parto (133, 134).
Provavelmente o acretismo placentário ocorre por uma vascularização deficiente,
levando a um suprimento vascular diminuído que ativa mecanismos compensatórios
que levam a maior penetração da placenta ao vilo(135). Dessa forma, como parte da
placenta ou a placenta toda não pode ser separada do miométrio após o parto, pode
haver sangramento intenso, até mesmo fatal, infecção e até histerectomia(133, 134).
A incidência de placenta acreta é de aproximadamente de 1 em 533 gestações
(136). O diagnóstico de placenta acreta é feito na hora do parto e é baseado na
visualização da placenta invadindo o miométrio ou ultrapassando o miométrio e
invadindo estruturas adjacentes como por exemplo a bexiga. Pode ser identificado na
cesariana por visão direta ou no parto normal quando não se consegue extrair a
placenta (137).A hemorragia pós-parto geralmente é abundante e o seu controle e
tratamento são as prioridades na tentativa de salvar a pacientes. Assim, a
histerectomia pode ser realizada como tratamento quando as outras medidas para
controle de hemorragia foram tentadas e não se obteve sucesso(137). A placentação
anormal é a indicação mais comum de histerectomia periparto(136).
Os fatores de riscos relatados na literatura para acretismo placentário são de
várias ordens. Mulheres com uma ou mais cesarianas prévias, história de placenta
68
prévia anteriormente, curetagem prévia pós-aborto, história de sinéquia uterina,
mulheres acima de 35 anos, hipertensão e tabagismo(137-139). A paciente referida
neste estudo não apresentava nenhum dos fatores de risco e a única ocorrência nesta
gestação foram 4 episódios de malária.
Na literatura só existem dois casos relatados de placenta acreta e malária. No
entanto, ambos foram em infecção por Falciparum(140).
Nas gestantes com malária, os parasitas podem causar o comprometimento
mecânico na circulação placentária interferindo na função placentária podendo induzir a
lesões patológicas(18). Provavelmente o comprometimento mecânico e a anemia
maternal podem ter sido responsáveis pelo acretismo placentário nessa paciente, pois
não existem outros fatores de risco para acretismo neste caso que não a malária na
gestação.
A falta de achados patológicos nesse estudo provavelmente se deve ao fato de
a malária ter sido rigorosamente tratada e controlada na gestação. Isso impediu a ação
mais agressiva ou a progressão da doença. Dent et al, em estudo sobre biometria fetal,
Doppler da artéria umbilical e da artéria uterina em mulheres com malária em
Msambweni,concluíram que quanto mais precoce o tratamento, menor ou nenhum são
os efeitos da malária no curso da gestação(108).Desta forma, a busca ativa pela
málaria na gestação deve ser encorajada para que o tratamento precoce seja
implantado e com isso obtenhamos uma baixa morbidade e um bom resultado
perinatal.
9 CONCLUSÕES
69
No presente estudo, as alterações de espessura da placenta foram significativos,
mas não causaram repercussões fetais no momento do nascimento.
Não foram evidenciadas alterações morfológicas fetais ou, nem alterações
Dopplervelocimétricas que pudessem ser consideradas características de
acometimento fetal na malária.
• Houve aumento da espessura placentária nas gestantes com malária
comparadas com o grupo não exposto;
• Não foram detectadas alterações de crescimento fetal nas gestantes com
malária;
• Não houve alteração do liquido amniótico nas gestantes avaliadas;
• Não houve malformações fetais que pudessem estar relacionadas com a
malária; Não houve alterações de fluxo fetal e placentário à
Dopplervelocimetria decorrentes da infecção por malária que pudessem ser
indicadores de hipóxia fetal ocasionada pela infecção na gestação;
• A alteração de velocidade da artéria cerebral média fetal, aferida através da
Dopplervelocimetria, por si só não é suficiente para afirmarmos que o
aumento da velocidade é indicativo de alteração fetal, devendo mais estudos
realizados.
Os achados ultrassonográficos, exceto espessura da placenta foram
semelhantes em ambos os grupos, possivelmente porque esta é uma área de baixa
endemicidade e as mulheres grávidas no estudo foram acompanhados em um sistema
de detecção ativa que permitiu o diagnóstico precoce e tratamento de novos episódios
de malária.
Diante do exposto acima, podemos concluir que a malária na nossa casuística
foi um evento agudo e não crônico com consequências agudas que na maior parte dos
casos não deixam sequelas e cedem espontaneamente após o tratamento mostrando o
benefício do tratamento adequado e do seguimento rigoroso dos casos.
Do ponto de vista da saúde pública, o achado de aumento da espessura da
placenta poderia ser um marcador sentinela de infecção por malária e esta informação
70
pode ser útil para aqueles que realizam exames de ultra-som em áreas remotas,
alertando a necessidade de gota espessa sistematicamente. No entanto, mais estudos
em outras áreas são necessários para confirmar esse achado.
10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
71
1. Almeida LB, Barbosa MG, Martinez-Espinosa FE. [Malaria among women aged 10 to 49 years, according to SIVEP-Malaria, Manaus, State of Amazonas, 2003-2006]. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. 2010;43(3):304-8. Epub 2010/06/22. Malaria em mulheres de idade de 10 a 49 anos, segundo o SIVEP- Malaria, Manaus, Amazonas, 2003-2006.
2. Oliveira-Ferreira J, Lacerda MV, Brasil P, Ladislau JL, Tauil PL, Daniel-Ribeiro CT. Malaria in Brazil: an overview. Malaria journal. 2010;9:115. Epub 2010/05/04.
3. Parise EV, Araujo GC, Castro JG, Berdarrain FP. Epidemiological profile of malaria in the state of Tocantins, Brazil, from 2003 to 2008. Revista do Instituto de Medicina Tropical de Sao Paulo. 2011;53(3):141-7. Epub 2011/07/15.
4. Secretaria de Vigilância em Saúde. Situação epidemiológica da malária no Brasil, 2008.Brasília: Ministério da Saúde; 2008.
5. CDC. The History of Malaria, an Ancient Disease. Centers for Disease Control and Prevention [Internet]. 2010 08/12/2011.
6. Cox FE. History of the discovery of the malaria parasites and their vectors. Parasites & vectors. 2010;3(1):5. Epub 2010/03/09.
7. World HO. World Malaria Report. In: WHO, editor. Switzerland: WHO Library Cataloguing-in- Publication data; 2014. p. 238.
8. Situação Epidemiológica da Malária no Brasil [database on the Internet]. Ministério da Saúde. 2011 [cited 02/12/2011].
9. Marchesini P CF, Marinho CR. A decade of malaria during pregnancy in Brazil: what has been done concerning prevention and management. Mem Inst Oswaldo Cruz 2014;109(5):706-8. Epub 2014 Jun 6.
10. Chagas EC, do Nascimento CT, de Santana Filho FS, Botto-Menezes CH, Martinez-Espinosa FE. Impact of malaria during pregnancy in the Amazon region. Revista panamericana de salud publica = Pan American journal of public health. 2009;26(3):203-8. Epub 2010/01/12. Malaria durante a gravidez: efeito sobre o curso da gestacao na regiao amazonica.
11. Rodriguez-Morales AJ, Sanchez E, Vargas M, Piccolo C, Colina R, Arria M, et al. Pregnancy outcomes associated with Plasmodium vivax malaria in northeastern Venezuela. The American journal of tropical medicine and hygiene. 2006;74(5):755-7. Epub 2006/05/12.
12. Tako EA, Zhou A, Lohoue J, Leke R, Taylor DW, Leke RF. Risk factors for placental malaria and its effect on pregnancy outcome in Yaounde, Cameroon. The American journal of tropical medicine and hygiene. 2005;72(3):236-42. Epub 2005/03/18.
13. Martinez-Espinosa FE, Daniel-Ribeiro CT, Alecrim WD. Malaria during pregnancy in a reference centre from the Brazilian Amazon: unexpected increase in the frequency of Plasmodium falciparum infections. Memorias do Instituto Oswaldo Cruz. 2004;99(1):19-21. Epub 2004/04/02.
14. Menendez C. Malaria during pregnancy: a priority area of malaria research and control. Parasitol Today. 1995;11(5):178-83. Epub 1995/05/01.
72
15. Lindsay S, Ansell J, Selman C, Cox V, Hamilton K, Walraven G. Effect of pregnancy on exposure to malaria mosquitoes. Lancet. 2000;355(9219):1972. Epub 2000/06/20.
16. Saute F, Menendez C, Mayor A, Aponte J, Gomez-Olive X, Dgedge M, et al. Malaria in pregnancy in rural Mozambique: the role of parity, submicroscopic and multiple Plasmodium falciparum infections. Tropical medicine & international health : TM & IH. 2002;7(1):19-28. Epub 2002/02/20.
17. Newman RD, Hailemariam A, Jimma D, Degifie A, Kebede D, Rietveld AE, et al. Burden of malaria during pregnancy in areas of stable and unstable transmission in Ethiopia during a nonepidemic year. The Journal of infectious diseases. 2003;187(11):1765-72. Epub 2003/05/17.
18. Menendez C, Ordi J, Ismail MR, Ventura PJ, Aponte JJ, Kahigwa E, et al. The impact of placental malaria on gestational age and birth weight. The Journal of infectious diseases. 2000;181(5):1740-5. Epub 2000/05/24.
19. Sullivan AD, Nyirenda T, Cullinan T, Taylor T, Harlow SD, James SA, et al. Malaria infection during pregnancy: intrauterine growth retardation and preterm delivery in Malawi. The Journal of infectious diseases. 1999;179(6):1580-3. Epub 1999/05/06.
20. Jacinto SO, Silva, K., Pamplona,M.S., editor. Gestação de alto risco: manual técnico. . 5 ed ed. Brasília - Brasil: MInistério da Saúde; 2010.
21. Martínez-Espinosa F. Malaria e gravidez na região Amazônica: prevalência de infecção em mulheres de idade do Município de Coari, 2001-2002. Rio de Janeiro: Instituto Oswaldo Cruz - IOC/FIOCRUZ; 2003.
22. Jarude RT, R.; Tavares-Neto, J. Malária em Grávidas de uma Maternidade Pública de Rio Branco (Acre, Brasil). RBGO. 2003;23(3):149-54.
23. Elchalal U, Ezra Y, Levi Y, Bar-Oz B, Yanai N, Intrator O, et al. Sonographically thick placenta: a marker for increased perinatal risk--a prospective cross-sectional study. Placenta. 2000;21(2-3):268-72. Epub 2000/03/29.
24. Hoddick WK, Mahony BS, Callen PW, Filly RA. Placental thickness. Journal of ultrasound in medicine : official journal of the American Institute of Ultrasound in Medicine. 1985;4(9):479-82. Epub 1985/09/01.
25. Circulação feto-placentária <http://sites.google.com/site/corponow/home/sistemas-reprodutores/desenvolvimento-intra-uterino2010>. Acesso: 21/08/2014.
26. Arbeille P, Caries G, Tobal N, Herault S, Georgescus M, Bousquet F, et al. Fetal flow redistribution to the brain in response to malaria infection: does protection of the fetus against malaria develop over time? Journal of ultrasound in medicine : official journal of the American Institute of Ultrasound in Medicine. 2002;21(7):739-46. Epub 2002/07/09.
27. Mockenhaupt FP, Ulmen U, von Gaertner C, Bedu-Addo G, Bienzle U. Diagnosis of placental malaria. Journal of clinical microbiology. 2002;40(1):306-8. Epub 2002/01/05.
28. Menendez C. Priority areas for current research on malaria during pregnancy. Annals of tropical medicine and parasitology. 1999;93 Suppl 1:S71-4. Epub 2000/03/15.
73
29. Myatt L. Placental adaptive responses and fetal programming. The Journal of physiology. 2006;572(Pt 1):25-30. Epub 2006/02/14.
30. Abramowicz JS, Sheiner E. Ultrasound of the placenta: a systematic approach. Part II: functional assessment (Doppler). Placenta. 2008;29(11):921-9. Epub 2008/09/19.
31. Gude NM RC, Kalionis B, King RG. Growth and function of the normal human placenta. Thromb Res. 2004;114((5-6)):397-407.
32. Jones HN PT, Jansson T. Regulation of placental nutrient transport a rewiew. Placenta. 2007;28((8-9)):763-74. Epub 2007.
33. Mockenhaupt FP, Bedu-Addo G, von Gaertner C, Boye R, Fricke K, Hannibal I, et al. Detection and clinical manifestation of placental malaria in southern Ghana. Malaria journal. 2006;5:119. Epub 2006/12/15.
34. Umbers AJ, Aitken EH, Rogerson SJ. Malaria in pregnancy: small babies, big problem. Trends in parasitology. 2011;27(4):168-75. Epub 2011/03/08.
35. Schwarz NG, Adegnika AA, Breitling LP, Gabor J, Agnandji ST, Newman RD, et al. Placental malaria increases malaria risk in the first 30 months of life. Clinical infectious diseases : an official publication of the Infectious Diseases Society of America. 2008;47(8):1017-25. Epub 2008/09/11.
36. Mwangoka GW, Kimera SI, Mboera LE. Congenital Plasmodium falciparum infection in neonates in Muheza District, Tanzania. Malaria journal. 2008;7:117. Epub 2008/07/05.
37. Houston LE, Odibo AO, Macones GA. The safety of obstetrical ultrasound: a review. Prenatal diagnosis. 2009;29(13):1204-12. Epub 2009/11/10.
38. Ijaiya MA, Aboyeji AP, Braimoh KT, Abubakar D. The role of ultrasound in obstetrics. Nigerian journal of medicine : journal of the National Association of Resident Doctors of Nigeria. 2002;11(2):50-5. Epub 2002/09/12.
39. Hadlock FP. Sonographic estimation of fetal age and weight. Radiologic clinics of North America. 1990;28(1):39-50. Epub 1990/01/01.
40. Abramowicz JS, Sheiner E. Ultrasound of the placenta: a systematic approach. Part I: Imaging. Placenta. 2008;29(3):225-40. Epub 2008/02/12.
41. Hadlock FP, Harrist RB, Carpenter RJ, Deter RL, Park SK. Sonographic estimation of fetal weight. The value of femur length in addition to head and abdomen measurements. Radiology. 1984;150(2):535-40. Epub 1984/02/01.
42. Hadlock FP, Harrist RB, Sharman RS, Deter RL, Park SK. Estimation of fetal weight with the use of head, body, and femur measurements--a prospective study. American journal of obstetrics and gynecology. 1985;151(3):333-7. Epub 1985/02/01.
43. Blumenfeld YJ, Lee HC, Pullen KM, Wong AE, Pettit K, Taslimi MM. Ultrasound estimation of fetal weight in small for gestational age pregnancies. The journal of maternal-fetal & neonatal medicine : the official journal of the European Association of Perinatal Medicine, the Federation of Asia and Oceania Perinatal Societies, the International Society of Perinatal Obstet. 2010;23(8):790-3. Epub 2009/12/09.
74
44. Bernaschek G, Rudelstorfer R, Csaicsich P. Vaginal sonography versus serum human chorionic gonadotropin in early detection of pregnancy. American journal of obstetrics and gynecology. 1988;158(3 Pt 1):608-12. Epub 1988/03/01.
45. Daya S, Woods S, Ward S, Lappalainen R, Caco C. Early pregnancy assessment with transvaginal ultrasound scanning. CMAJ : Canadian Medical Association journal = journal de l'Association medicale canadienne. 1991;144(4):441-6. Epub 1991/02/15.
46. Nyberg DA, Filly RA, Mahony BS, Monroe S, Laing FC, Jeffrey RB, Jr. Early gestation: correlation of HCG levels and sonographic identification. AJR American journal of roentgenology. 1985;144(5):951-4. Epub 1985/05/01.
47. Warren WB, Timor-Tritsch I, Peisner DB, Raju S, Rosen MG. Dating the early pregnancy by sequential appearance of embryonic structures. American journal of obstetrics and gynecology. 1989;161(3):747-53. Epub 1989/09/01.
48. Hadlock FP, Shah YP, Kanon DJ, Lindsey JV. Fetal crown-rump length: reevaluation of relation to menstrual age (5-18 weeks) with high-resolution real-time US. Radiology. 1992;182(2):501-5. Epub 1992/02/01.
49. Robinson HP. Sonar measurement of fetal crown-rump length as means of assessing maturity in first trimester of pregnancy. British medical journal. 1973;4(5883):28-31. Epub 1973/10/06.
50. Shepard M, Filly RA. A standardized plane for biparietal diameter measurement. Journal of ultrasound in medicine : official journal of the American Institute of Ultrasound in Medicine. 1982;1(4):145-50. Epub 1982/05/01.
51. Goldstein RB, Filly RA, Simpson G. Pitfalls in femur length measurements. Journal of ultrasound in medicine : official journal of the American Institute of Ultrasound in Medicine. 1987;6(4):203-7. Epub 1987/04/01.
52. Dudley NJ. A systematic review of the ultrasound estimation of fetal weight. Ultrasound in obstetrics & gynecology : the official journal of the International Society of Ultrasound in Obstetrics and Gynecology. 2005;25(1):80-9. Epub 2004/10/27.
53. Degani S. Fetal biometry: clinical, pathological, and technical considerations. Obstetrical & gynecological survey. 2001;56(3):159-67. Epub 2001/03/20.
54. Chinn DH, Filly RA, Callen PW. Ultrasonic evaluation of fetal umbilical and hepatic vascular anatomy. Radiology. 1982;144(1):153-7. Epub 1982/07/01.
55. Snijders RJ, Nicolaides KH. Fetal biometry at 14-40 weeks' gestation. Ultrasound in obstetrics & gynecology : the official journal of the International Society of Ultrasound in Obstetrics and Gynecology. 1994;4(1):34-48. Epub 1994/01/01.
56. Brace RA. Physiology of amniotic fluid volume regulation. Clinical obstetrics and gynecology. 1997;40(2):280-9. Epub 1997/06/01.
57. Hill LM. Oligohydramnios: sonographic diagnosis and clinical implications. Clinical obstetrics and gynecology. 1997;40(2):314-27. Epub 1997/06/01.
58. Moore TR. Clinical assessment of amniotic fluid. Clinical obstetrics and gynecology. 1997;40(2):303-13. Epub 1997/06/01.
75
59. Velho MTCM, E.N.; Ethur, A.B.M. Determinação Ultra-sonográfica do líquido amniótico em grávidas normias, da 12ª à 42ª semana de gravidezBritish journal of obstetrics and gynaecology. 2001;23(4):225-232(4):225-32.
60. KOBAYASHI SAu-sdvdlaRB, 38(6): V-VI, Jun. 2006. . Avaliação ultra-sonografica do volume do líquido amniótico. Radiologia Brasileira, 38(6): V-VI, Jun. 2006. Radiologia Brasileira. 2006;38(6):V-VI.
61. Magann EF, Sandlin AT, Ounpraseuth ST. Amniotic fluid and the clinical relevance of the sonographically estimated amniotic fluid volume: oligohydramnios. Journal of ultrasound in medicine : official journal of the American Institute of Ultrasound in Medicine. 2011;30(11):1573-85. Epub 2011/11/01.
62. Luo Y, Liang R, Li G. [Clinical application of ultrasonographic indexes for assessment of amniotic fluid volume]. Zhonghua fu chan ke za zhi. 2001;36(9):520-2. Epub 2002/01/05.
63. Phelan JP, Ahn MO, Smith CV, Rutherford SE, Anderson E. Amniotic fluid index measurements during pregnancy. The Journal of reproductive medicine. 1987;32(8):601-4. Epub 1987/08/01.
64. Phelan JP, Smith CV, Broussard P, Small M. Amniotic fluid volume assessment with the four-quadrant technique at 36-42 weeks' gestation. The Journal of reproductive medicine. 1987;32(7):540-2. Epub 1987/07/01.
65. Moore TR, Cayle JE. The amniotic fluid index in normal human pregnancy. American journal of obstetrics and gynecology. 1990;162(5):1168-73. Epub 1990/05/01.
66. MADI JMM. Oligodramnia sem rotura da membranas amnióticas: resultados perinatais. . Rev Bras Ginecol Obstet. 2005;27(2):75-9.
67. Kilpatrick SJ, Safford KL. Maternal hydration increases amniotic fluid index in women with normal amniotic fluid. Obstetrics and gynecology. 1993;81(1):49-52. Epub 1993/01/01.
68. Mattos SS. Fisiologia da Circulação Fetal e Diagnóstico das Alterações Funcionais do Coração do Feto. Arq Bras Cardiol. 1997;69(3):205 - 7.
69. Parolini O. From fetal development and beyond: a continued role for placenta in sustaining life? Placenta. 2011;32 Suppl 4:S283-4. Epub 2011/05/17.
70. Harris RD, Cho C, Wells WA. Sonography of the placenta with emphasis on pathological correlation. Seminars in ultrasound, CT, and MR. 1996;17(1):66-89. Epub 1996/02/01.
71. Woods DL, de VHH, Davey DA, van Schalkwyk DJ. Stature and weight of Coloured primigravidas in Cape Town. South African medical journal = Suid-Afrikaanse tydskrif vir geneeskunde. 1978;54(19):776-7. Epub 1978/11/04.
72. Grannum PA, Berkowitz RL, Hobbins JC. The ultrasonic changes in the maturing placenta and their relation to fetal pulmonic maturity. American journal of obstetrics and gynecology. 1979;133(8):915-22. Epub 1979/04/15.
73. PERROTI MR. Evolução das características ecográficas da placenta, da posição e da apresentação fetal em gestações normais. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 1999;21(9):100-10. Epub out 1999.
76
74. Gilio DB, Miranda Correa RR, Souza de Oliveira Guimaraes C, Peres LC, Marques Salge AK, Cavellani CL, et al. Analysis of placenta vascularization in patients with uterine altered artery Doppler flow velocity exams. The journal of obstetrics and gynaecology research. 2009;35(4):648-53. Epub 2009/09/16.
75. Gill RW. Doppler ultrasound--physical aspects. Seminars in perinatology. 1987;11(4):292-9. Epub 1987/10/01.
76. Morrow R, Ritchie K. Doppler ultrasound fetal velocimetry and its role in obstetrics. Clinics in perinatology. 1989;16(3):771-8. Epub 1989/09/01.
77. Tarzamni MK, Nezami N, Gatreh-Samani F, Vahedinia S, Tarzamni M. Doppler waveform indices of fetal middle cerebral artery in normal 20 to 40 weeks pregnancies. Archives of Iranian medicine. 2009;12(1):29-34. Epub 2008/12/30.
78. Mari G, Picconi J. Doppler vascular changes in intrauterine growth restriction. Seminars in perinatology. 2008;32(3):182-9. Epub 2008/05/17.
79. Mari G, Hanif F. Fetal Doppler: umbilical artery, middle cerebral artery, and venous system. Seminars in perinatology. 2008;32(4):253-7. Epub 2008/07/26.
80. Sciscione AC, Hayes EJ. Uterine artery Doppler flow studies in obstetric practice. American journal of obstetrics and gynecology. 2009;201(2):121-6. Epub 2009/08/04.
81. Thaler I, Weiner Z, Itskovitz J. Systolic or diastolic notch in uterine artery blood flow velocity waveforms in hypertensive pregnant patients: relationship to outcome. Obstetrics and gynecology. 1992;80(2):277-82. Epub 1992/08/01.
82. Jauniaux E, Jurkovic D, Campbell S, Hustin J. Doppler ultrasonographic features of the developing placental circulation: Correlation with anatomic findings. American journal of obstetrics and gynecology. 1992;166(2):585-7. Epub 1992/02/01.
83. Dorman EK, Shulman CE, Kingdom J, Bulmer JN, Mwendwa J, Peshu N, et al. Impaired uteroplacental blood flow in pregnancies complicated by falciparum malaria. Ultrasound in obstetrics & gynecology : the official journal of the International Society of Ultrasound in Obstetrics and Gynecology. 2002;19(2):165-70. Epub 2002/03/06.
84. Trudinger BJ GW, Cook CM. Uteroplacental blood flow velocity-time waveforms in normal and complicated pregnancy. British journal of obstetrics and gynaecology. 1985;92(1):39-45.
85. Morris RK, Malin G, Robson SC, Kleijnen J, Zamora J, Khan KS. Fetal umbilical artery Doppler to predict compromise of fetal/neonatal wellbeing in a high-risk population: systematic review and bivariate meta-analysis. Ultrasound in obstetrics & gynecology : the official journal of the International Society of Ultrasound in Obstetrics and Gynecology. 2011;37(2):135-42. Epub 2010/10/06.
86. Bahado-Singh RO, Oz AU, Hsu C, Kovanci E, Deren O, Onderoglu L, et al. Middle cerebral artery Doppler velocimetric deceleration angle as a predictor of fetal anemia in Rh-alloimmunized fetuses without hydrops. American journal of obstetrics and gynecology. 2000;183(3):746-51. Epub 2000/09/19.
87. Mari G, Adrignolo A, Abuhamad AZ, Pirhonen J, Jones DC, Ludomirsky A, et al. Diagnosis of fetal anemia with Doppler ultrasound in the pregnancy complicated by maternal
77
blood group immunization. Ultrasound in obstetrics & gynecology : the official journal of the International Society of Ultrasound in Obstetrics and Gynecology. 1995;5(6):400-5. Epub 1995/06/01.
88. Mari G, Rahman F, Olofsson P, Ozcan T, Copel JA. Increase of fetal hematocrit decreases the middle cerebral artery peak systolic velocity in pregnancies complicated by rhesus alloimmunization. The Journal of maternal-fetal medicine. 1997;6(4):206-8. Epub 1997/07/01.
89. Carbonne B, Castaigne-Meary V, Cynober E, Gougeul-Tesniere V, Cortey A, Soulie JC, et al. [Use of peak systolic velocity of the middle cerebral artery in the management of fetal anemia due to fetomaternal erythrocyte alloimmunization]. Journal de gynecologie, obstetrique et biologie de la reproduction. 2008;37(2):163-9. Epub 2007/11/17. Interet pratique du pic systolique de velocite a l'artere cerebrale moyenne dans la prise en charge des anemies foetales par allo-immunisation erythrocytaire.
90. Teixeira JM, Duncan K, Letsky E, Fisk NM. Middle cerebral artery peak systolic velocity in the prediction of fetal anemia. Ultrasound in obstetrics & gynecology : the official journal of the International Society of Ultrasound in Obstetrics and Gynecology. 2000;15(3):205-8. Epub 2000/06/10.
91. Arbeille P, Carles G, Bousquet F, Body G, Lansac J. Fetal cerebral and umbilical artery blood flow changes during pregnancy complicated by malaria. Journal of ultrasound in medicine : official journal of the American Institute of Ultrasound in Medicine. 1998;17(4):223-9. Epub 1998/04/17.
92. Grisolia G, Milano K, Pilu G, Banzi C, David C, Gabrielli S, et al. Biometry of early pregnancy with transvaginal sonography. Ultrasound in obstetrics & gynecology : the official journal of the International Society of Ultrasound in Obstetrics and Gynecology. 1993;3(6):403-11. Epub 1993/11/01.
93. Campbell S, Thoms A. Ultrasound measurement of the fetal head to abdomen circumference ratio in the assessment of growth retardation. British journal of obstetrics and gynaecology. 1977;84(3):165-74. Epub 1977/03/01.
94. Campbell S, Wilkin D. Ultrasonic measurement of fetal abdomen circumference in the estimation of fetal weight. British journal of obstetrics and gynaecology. 1975;82(9):689-97. Epub 1975/09/01.
95. Kurmanavicius J, Wright EM, Royston P, Zimmermann R, Huch R, Huch A, et al. Fetal ultrasound biometry: 2. Abdomen and femur length reference values. British journal of obstetrics and gynaecology. 1999;106(2):136-43. Epub 1999/07/30.
96. Fontes CJF SA, da Silva CJM, Tauil PL, Landislau JLB. Malaria’s treatment in Brazil practical guide. Brasilia: Ministerio da Saúde, Secretaria de vigilância em saúde; 2010 2010. 36 p.
97. Ministério da Saúde SdAaSB. Atenção à saúde do recém-nascido: guia para os profissionais de saúde. In: Estratégicas DdAPe, editor. Brasil: Ministério da Saúde; 2011. p. 148.
78
98. Irene E Olsen SAG, M. Louise Lawson, Reese H. Clark, Babette S. Zemel. New Intraterine Growth Curves Based on United Stated Data. Pediatrics. 2010;125:e214-e24. Epub January 25, 2010.
99. Chimsuku L, Verhoeff FH, Maxvell SM, Broadhead RL, Thomas A, van der Kaay HJ, et al. The consequences of malaria infection in pregnant women and their infants. Memorias do Instituto Oswaldo Cruz. 1994;89 Suppl 2:1-2. Epub 1994/01/01.
100. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA I. Indicadores Sócio Demográficos e de Saude no Brasil 2009. Rio de Janeiro: IBGE; 2009.
101. Trevisan MRA, D. R. S. D L. N. M.; Esber K. Perfil da Assistência Pré-Natal entre usuárias do Sistema Único de Saude em Caxias do Sul. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 2002;24(5):7.
102. IBGE IBDGEE. Indicadores Sócio Demográficos e de Saude no Brasil 2009. Rio de Janeiro: IBGE; 2009.
103. Spindola TP, L. H. G.; Progianti, J. M. Perfil Epidemiológico de mulheres atendidas na consulta do pré-natal de um hospital universitário. Rev Esc Enferm USP. 2006;40(3):381-8.
104. Rijken MJ, Rijken JA, Papageorghiou AT, Kennedy SH, Visser GH, Nosten F, et al. Malaria in pregnancy: the difficulties in measuring birthweight. BJOG : an international journal of obstetrics and gynaecology. 2011;118(6):671-8. Epub 2011/02/22.
105. Rijken MJ, de Wit MC, Mulder EJ, Kiricharoen S, Karunkonkowit N, Paw T, et al. Effect of malaria in pregnancy on foetal cortical brain development: a longitudinal observational study. Malaria journal. 2012;11:222. Epub 2012/07/04.
106. Rijken MJ, Lee SJ, Boel ME, Papageorghiou AT, Visser GH, Dwell SL, et al. Obstetric ultrasound scanning by local health workers in a refugee camp on the Thai-Burmese border. Ultrasound in obstetrics & gynecology : the official journal of the International Society of Ultrasound in Obstetrics and Gynecology. 2009;34(4):395-403. Epub 2009/10/01.
107. Pedreira CE, Pinto FA, Pereira SP, Costa ES. Birth weight patterns by gestational age in Brazil. Anais da Academia Brasileira de Ciencias. 2011;83(2):619-25. Epub 2011/06/01.
108. Dent AL, N.; Gisemba, E., Kalayjian, E.; Bohinic, L.; King, C. Fetal biometrics, umbilical and uterine Doppler studies among malaria infected and not infected pregnant women. Ultrasound in Obstetrics & Ginecology. 2011;38(1):130.
109. Rijken MJ, Papageorghiou AT, Thiptharakun S, Kiricharoen S, Dwell SL, Wiladphaingern J, et al. Ultrasound evidence of early fetal growth restriction after maternal malaria infection. PloS one. 2012;7(2):e31411. Epub 2012/02/22.
110. Schmiegelow C, Minja D, Oesterholt M, Pehrson C, Suhrs HE, Bostrom S, et al. Malaria and fetal growth alterations in the 3(rd) trimester of pregnancy: a longitudinal ultrasound study. PloS one. 2013;8(1):e53794. Epub 2013/01/18.
79
111. Haider BA, Olofin I, Wang M, Spiegelman D, Ezzati M, Fawzi WW. Anaemia, prenatal iron use, and risk of adverse pregnancy outcomes: systematic review and meta-analysis. BMJ. 2013;346:f3443. Epub 2013/06/26.
112. Pena-Rosas JP, De-Regil LM, Dowswell T, Viteri FE. Daily oral iron supplementation during pregnancy. The Cochrane database of systematic reviews. 2012;12:CD004736. Epub 2012/12/14.
113. Pressman TOEK. Imaging of the placenta. Ultrasound Clinics. 2008;3(1):13-22. Epub January 2008.
114. Mathai BM, Singla SC, Nittala PP, Chakravarti RJ, Toppo JN. Placental thickness: its correlation with ultrasonographic gestational age in normal and intrauterine growth-retarded pregnancies in the late second and third trimester. Journal of obstetrics and gynaecology of India. 2013;63(4):230-3. Epub 2014/01/17.
115. Lee AJ, Bethune M, Hiscock RJ. Placental thickness in the second trimester: a pilot study to determine the normal range. Journal of ultrasound in medicine : official journal of the American Institute of Ultrasound in Medicine. 2012;31(2):213-8. Epub 2012/02/03.
116. Afrakhteh M, Moeini A, Taheri MS, Haghighatkhah HR. Correlation between placental thickness in the second and third trimester and fetal weight. Revista brasileira de ginecologia e obstetricia : revista da Federacao Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetricia. 2013;35(7):317-22. Epub 2013/10/02.
117. Godfrey K. M. RCWGB, D. J. P.; Osmond C. . The effect of maternal anaemia and iron deficiency on the ratio of fetal weight to placental weight. . BJOG : an international journal of obstetrics and gynaecology. 2005;98(9):886 - 91.
118. Agboola A. Effect of type and duration of anemia on placental weight and villous histology. J Natl Med Assoc. 1979;71(11):1067-9.
119. Baptiste-Roberts K, Salafia CM, Nicholson WK, Duggan A, Wang NY, Brancati FL. Maternal risk factors for abnormal placental growth: the national collaborative perinatal project. BMC pregnancy and childbirth. 2008;8:44. Epub 2008/09/25.
120. Rijken MJ, Moroski WE, Kiricharoen S, Karunkonkowit N, Stevenson G, Ohuma EO, et al. Effect of malaria on placental volume measured using three-dimensional ultrasound: a pilot study. Malaria journal. 2012;11:5. Epub 2012/01/10.
121. Souza RM, Ataide R, Dombrowski JG, Ippolito V, Aitken EH, Valle SN, et al. Placental histopathological changes associated with Plasmodium vivax infection during pregnancy. PLoS neglected tropical diseases. 2013;7(2):e2071. Epub 2013/03/06.
122. Mayor A, Bardaji A, Felger I, King CL, Cistero P, Dobano C, et al. Placental infection with Plasmodium vivax: a histopathological and molecular study. The Journal of infectious diseases. 2012;206(12):1904-10. Epub 2012/10/12.
123.McGready R, Davison BB, Stepniewska K, Cho T, Shee H, Brockman A, et al. The effects of Plasmodium falciparum and P. vivax infections on placental histopathology in an area of low malaria transmission. The American journal of tropical medicine and hygiene. 2004;70(4):398-407. Epub 2004/04/22.
80
124. Marques MM, Costa MR, Santana Filho FS, Vieira JL, Nascimento MT, Brasil LW, et al. Plasmodium vivax chloroquine resistance and anemia in the western Brazilian Amazon. Antimicrobial agents and chemotherapy. 2014;58(1):342-7. Epub 2013/10/30.
125. McGregor IA, Wilson ME, Billewicz WZ. Malaria infection of the placenta in The Gambia, West Africa; its incidence and relationship to stillbirth, birthweight and placental weight. Transactions of the Royal Society of Tropical Medicine and Hygiene. 1983;77(2):232-44. Epub 1983/01/01.
126. Hartman TK, Rogerson SJ, Fischer PR. The impact of maternal malaria on newborns. Annals of tropical paediatrics. 2010;30(4):271-82. Epub 2010/12/02.
127. Nosten F, McGready R, Simpson JA, Thwai KL, Balkan S, Cho T, et al. Effects of Plasmodium vivax malaria in pregnancy. Lancet. 1999;354(9178):546-9. Epub 1999/09/02.
128. Huynh BT, Fievet N, Gbaguidi G, Borgella S, Mevo BG, Massougbodji A, et al. Malaria associated symptoms in pregnant women followed-up in Benin. Malaria journal. 2011;10:72. Epub 2011/04/02.
129. Cottrell G, Mary JY, Barro D, Cot M. The importance of the period of malarial infection during pregnancy on birth weight in tropical Africa. The American journal of tropical medicine and hygiene. 2007;76(5):849-54. Epub 2007/05/10.
130. Landis SH, Lokomba V, Ananth CV, Atibu J, Ryder RW, Hartmann KE, et al. Impact of maternal malaria and under-nutrition on intrauterine growth restriction: a prospective ultrasound study in Democratic Republic of Congo. Epidemiology and infection. 2009;137(2):294-304. Epub 2008/07/01.
131. Falade CO, Tongo OO, Ogunkunle OO, Orimadegun AE. Effects of malaria in pregnancy on newborn anthropometry. Journal of infection in developing countries. 2010;4(7):448-53. Epub 2010/09/08.
132. Nayak KC, Khatri MP, Gupta BK, Sirohi P, Choudhary V, Verma SK, et al. Spectrum of vivax malaria in pregnancy and its outcome: a hospital-based study. Journal of vector borne diseases. 2009;46(4):299-302. Epub 2009/12/05.
133. Stirnemann JJ, Mousty E, Chalouhi G, Salomon LJ, Bernard JP, Ville Y. Screening for placenta accreta at 11-14 weeks of gestation. American journal of obstetrics and gynecology. 2011. Epub 2011/09/13.
134. Belfort MA. Placenta accreta. American journal of obstetrics and gynecology. 2010;203(5):430-9. Epub 2010/11/09.
135. Santana D.S.N. FNLM, Mathias L. Conceito, diagnóstico e tratamento de placenta prévia acreta com invasão de bexiga: revisão sistemática da literatura. FEMINA. 2010;38(3):147-53.
136. Carneiro SM, Pacheco JA, Leonardo MR. [Comphorated p-monochlorophenol (C.P.M.C.). Controversies about its distant action]. Revista da Associacao Paulista de Cirurgioes Dentistas. 1980;34(6):514-21. Epub 1980/11/01. P-Monoclorofenol canforado (P.M.C.C.). Controversias sobre sua acao a distancia.
81
137. Bretelle F, Courbiere B, Mazouni C, Agostini A, Cravello L, Boubli L, et al. Management of placenta accreta: morbidity and outcome. European journal of obstetrics, gynecology, and reproductive biology. 2007;133(1):34-9. Epub 2006/09/13.
138. Comstock CH. Antenatal diagnosis of placenta accreta: a review. Ultrasound in obstetrics & gynecology : the official journal of the International Society of Ultrasound in Obstetrics and Gynecology. 2005;26(1):89-96. Epub 2005/06/23.
139. Russo M, Krenz EI, Hart SR, Kirsch D. Multidisciplinary approach to the management of placenta accreta. The Ochsner journal. 2011;11(1):84-8. Epub 2011/05/24.
140. Franic I. [Two cases of placenta accreta with congenital malaria]. Lijecnicki vjesnik. 1950;72(3):122. Epub 1950/03/01. Dva slu6caja placente acrete i kongenitalne malarije.
82
11 ANEXOS ANEXO I
MALÁRIA & GRAVIDEZ NA REGIÃO AMAZÔNICA:
Diagnostico tratamento e acompanhamento clínico-laboratorial de pacientes da Fundação de Medicina Tropical do Amazonas. CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Eu, -------------------------------------------------------------------------------, RG--------------------------------, domiciliada nesta cidade, à rua --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------,
declaro de livre e espontânea vontade querer participar do estudo “Malária & gravidez na região Amazônica: diagnostico, tratamento e acompanhamento clínico-laboratorial das pacientes da ‘Fundação de Medicina Tropical do Amazonas”. Autorizo o uso dos dados obtidos da minha participação só para fines do presente estudo e sempre que se guarde sigilo absoluto sobre a minha pessoa. Declaro que me foi explicado que as informações que eu fornecerei ajudarão no conhecimento de como a malária e as outras doencas que fazem parte dos exames de rotina da gestacao como HIV, CMV, SÍFILIS e TOXOPLASMOSE, afetam as mulheres e no caso das grávidas como afeta as crianças. Me foi informado também que minha participação consiste em responder algumas perguntas e que algumas amostras de sangue serão tiradas da minha veia, a fim de que se realizem testes hematológicos, bioquimicos e sorológicos de malária, HIV, CMV, Sífilis e Toxoplasmose. A cada controle uma amostra de sangue será tirada do meu dedo e na hora do parto sangue do cordão do meu bebê recém-nascido, e que alguns pedacinhos da placenta serão guardados para estudos posteriores. Sei que posso me negar a fazer parte do estudo a qualquer momento que eu desejar e que em tal caso não sofrerei eu nem minha família nenhum tipo de castigo por isto, também não deixarei de ter atendimento médico e terei direito a tratamento se eu chegar a ter malária. Em caso de malária só receberei a medicação que o Ministério da Saúde recomenda para minha idade e minha condição. Minha participação na pesquisa não representara para mim nenhum risco e também não terei nenhum pagamento em dinheiro nem em outra espécie. Se eu sofrer algum dano como consequencia da minha participacão no estudo, além de assistencia integral, terei direito a indenizacão. Sei que em caso de dúvida posso procurar informação e/ou ajuda a qualquer momento na pessoa da Dra Flor Martínez (flormartinez@uol.com.br) responsável pelo estudo, e dos outros pesquisadores que nele participam na Gerência de Malária da Fundação de Medicina Tropical do Amazonas (FMT-Am) ou em caso de Urgência nos telefones que aparecem no fim desta página
FAPEAM
83
Pesquisador Telefone celular Telefone residencial
Flor Martinez-Espinosa 99021158 32285748
Camila Menezes 81169650 36342903
Isabel 81220881 32383538
Jandira Menezes 81397659 36562661
Mônica Silva dos Santos 81356386 36452933
FMTAM GERÊNCIA DE MALÁRIA 21273443 RAMAL 219
__________________________________________________ Data ___/___/___
Assinatura do Sujeito da Pesquisa ou do Responsável (No caso de menores de idade)
84
MALÁRIA & GRAVIDEZ NA REGIÃO AMAZÔNICA: AMBULATÓRIO ESPECIAL
Diagnostico, tratamento e acompanhamento clínico-laboratorial de pacientes da Fundação de Medicina Tropical do Amazonas. Cara Paciente
A senhora sofreu um ou mais episódios de malária durante sua gravidez. A malária não produz
malformações congênitas nos bebes, ou seja, ela não causa deformidades no seu bebê, mas a
malária pode fazer com que você fique mais doente do que ficaria se não estivesse grávida e em
alguns casos pode fazer necessário que fique internada. Outro grande problema da malária é que
ela pode interromper a gestação e fazer com que a senhora tenha um aborto ou um parto antes da
hora. Quando uma criança nasce antes da hora costuma ter mais problemas para sobreviver que
uma criança normal. Outra coisa que a malária pode fazer é diminuir o sangue que alimenta o bebê
e fazer com que ele nasça com baixo peso o que também provoca dificuldades no primeiro ano de
vida do seu filho. Por isso saiba quando procurar ajuda:
No Hospital Tropical
• Si tiver febre, dor de cabeça ou qualquer mal estar que a faça pensar que a malária voltou.
• Se tiver dor na urina
Na Maternidade:
• Se não sentir o bebê mexer
• Se tiver contrações uterinas (dor no útero)
• Se tiver sangramento vaginal
• Se tiver saída de líquido amniótico (estourar a bolsa das águas)
• Se tiver uma dor de cabeça intensa acompanhada de desconforto com a luz e o barulho.
É IMPORTANTE ENTENDER QUE O ACOMPANHAMENTO NO AMBULATÓRIO DE MALÁRIA NÃO
SUBSTITUI O CONTROLE PRÉ-NATAL QUE DEVE CONTINUAR NO POSTO DE SAÚDE OU NA
MATERNIDADE SEGUNDO O CASO.
NÃO DEIXE DE VIR AOS RETORNOS MARCADOS, MAS SE POR ALGUMA RAZÃO ISTO NÃO FOR
POSSÍVEL, PEÇA QUE O AGENTE DE SAÚDE VAI ATÉ SUA CASA PARA FAZER A LÂMINA E TRAGA O
RESULTADO NA PRÓXIMA CONSULTA. MESMO ASSIM NÃO DEIXE DE VIR NAS DATAS MARCADAS
COM VERMELHO NO SEU CARTÃO DE RETORNOS.
ANEXO II
QUESTIONÁRIO AMBULATÓRIO DE MALÁRIA E GESTAÇÃO
FAPEAM
85
MALÁRIA & GESTAÇÃO NA REGIÃO AMAZÔNICA: ESTUDO DE PACIENTES NA FMTAM
No. Projeto: ___________ No. Prontuário: ___________ Data ingresso: __/__/____ Identificação Nome:___________________________________ Data nasc.:__/__/____ Idade: _________ Local de nascimento: _________________________Estado: _________ Local de residência: __________________________Estado: _________ Endereço em Manaus: _______________________________________________________ Bairro:_____________________ cep:_______________celular: __________________ Ponto de referência: ____________________________telefone: _______________ Estado civil: união estável ( ) tempo:___________ solteira ( ) divorciada ( ) viúva ( ) No de anos completos na escola: ____________________ Profissão: _____________________________ ocupação: __________________________ Antecedentes médicos Doença crônica de base: s ( ) n ( ) quais? _____________________________________ Doença familiar: s ( ) n ( ) quais? ______________________________________________ Faz uso de álcool? Nunca ( ); no passado ( ); atualmente ( ) diário ( ) sem ( ) mensal ( ) ocasional ( ) duração ______ abstinência: ____ quantidade: ____ tipo:______________ Fumante? Nunca ( ); no passado ( ); atualmente ( ) diário ( ) semanal ( ) mensal ( ) ocasional ( ) duração________ abstinência: _____ quantidade: ________ tipo:__________ Faz uso de medicamentos? N ( ) s ( ) para que _______________ Faz uso de drogas ilícitas? Nunca ( ); no passado ( ); atualmente ( ) diário ( ) semanal ( ) mensal ( ) ocasional ( ) duração________ abstinência: ________ quantidade: _________ tipo: ________ Antecedentes Ginecológicos Menarca: ____________ ciclos: ____dias por ____dias. Gestações: _____ Partos ______ Abortos _________ Vivos______ Data do primeiro parto: __/__/____ filhos nasceram vivos: _______ filhos nasceram mortos: ______ filhos que morreram depois de nascer ____________ DUM (normal em tempo e duração): __/__/____ Está grávida? S ( ) N ( ) NS ( ) Amenorreia:_______ DPP: __/__/____ faz CPN? S ( ) N ( ) no cons.: _____ Vida sexual ativa? S ( ) N ( ) método anticoncepcional? S ( ) N ( ) Qual? __________________ tempo de uso:________________ Antecedentes de malária No. de episódios anteriores de malária:0( ) 1 ( ) 2( ) 3( ) 4( ) >4 ( ) 1ª. vez Data: __/__/____ Espécie: _____ Idade:____ grávida? S( ) N( ) Internada: S( ) N( ) Outro Data: __/__/____ Espécie: _____ Idade:____ grávida? S( ) N( ) Internada: S( ) N( ) Outro Data: __/__/____ Espécie: _____ Idade:____ grávida? S( ) N( ) Internada: S( ) N( ) Outro Data: __/__/____ Espécie: _____ Idade:____ grávida? S( ) N( ) Internada: S( ) N( ) Último. Data: __/__/____ Espécie: _____ Idade:____ grávida? S( ) N( ) Internada: S( ) N( ) MALÁRIA & GESTAÇÃO NA REGIÃO AMAZÔNICA: ESTUDO DE PACIENTES NA FMTA
No. Projeto: ___________ No. Prontuário: ___________ Data da avaliação: __/__/____
86
Nome:____________________ data nasc.:__/__/____ idade: ___ Grávida?____ Sem.gestação: ____ Data diagnostico:___/___/___ Data inicio tto:___/___/___ D: ____ Malária atual (Primeiro episódio_____ recaída ___) Data episódio anterior __ / __ / ___ P. vivax: ( ) P. falciparum( ) Pv+Pf ( ) fg Pf : ( ) *Esquizontes Pf.:( ) <+/2 ( )+/2 ( )+ ( )2+ ( )*3+ ( ) *>3+ ( ) Densidade parasitaria: ____ 100 leucócitos Onde esteve nos últimos 30 dias? ______________________________________________ Data de início dos sintomas: __/__/____ dias de evolução dos sintomas: ____ ____ 1 febre: s( ) n ( ) ____ 2 calafrio: s( ) n( ) ____ 3 cefaléia: s( ) n( ) ____ 4 sudorese: s( ) n( ) ____ 5 vômito: s( ) n( ) ____ 6 diarréia: s( ) n( ) ____ 7 artralgia: s( ) n( ) ____ 8 mialgia: s( ) n( ) ___ 9 lombalgia s( ) n( )
____ 10 disúria: s ( ) n ( ) ____ 11 colúria: s ( ) n ( ) ____ 12 *anuria s ( ) n ( ) ____ 13 *convulsões s ( ) n ( ) ____ 14 *sangramento: s ( ) n ( ) ____ 15 *Sangramento vaginal: s ( ) n ( ) ____ 16 *Contrações uterinas: s ( ) n ( ) ____ 17 *Amniorréia: s ( ) n ( ) ____ 18 *Expulsão de conteúdo uterino: s( ) n( )
Outros: __________________________________________________________________ Exame físico Peso: ____________ Altura:___________ IMC: _________ AU: _______ To. axilar: ________ FC:_________ FR:__________ PAS:____ PAD: _____ Normocorado: ( ) hipocorado + ( ) palidez conjuntiva hipocorado ++ ( ) palidez cutâneo mucosa *hipocorado +++ ( ) palidez em pliegues das mãos Anicterico ( ) Icterícia + ( ) acometimento de escleras Icterícia ++ ( ) acometimento de mucosas (dorso da língua) e pele (região facial) *Icterícia +++ ( ) acometimento de palmas das mãos sem pressão. Respiratório:_________________* Dificuldade respiratória? _____________________ Cardíaco:_______________________________________________ * CHOQUE? _____ Edema em membros inferiores:________________________________________________ Abdômen: _________________________________________________________________ hepatometria:___________________________ esplenometria:__________________ Útero palpável? S( ) N ( ) *movimentos fetais? S( ) N ( ) *BCF audível? S( ) N ( ) Neurológico (glasgow): _______________________________________ *< 15/15?_____
Abertura dos olhos Espontânea Ao comando verbal Á dor Nunca
4 3 2 1
Resposta verbal Orientada Confusa Palavras inapropriadas Sons incompreensíveis Ausente
5 4 3 2 1
Resposta motora Espontânea Obedece instrucções Localiza a dor Resposta em flexão ao estímulo doloroso Resposta em extensão á estímulo doloroso Ausente
6 5 4 3 2 1
Total 3 - 15
87
Resultados laboratoriais Infecção Aguda Data Leucócitos Hb Hto Plaquetas Glicemia Bilirrubina total Bil. Indta Bil dta Tgo Tgp Creatinina Hematuria Proteinuria Nitritos Piocituria Bacteriuria Tratamento Dia Medicamento Dose Para efeitos do tratamento Colocar o(s) numero(s) correspondente(s) do sintoma na pagina anterior: ____________________ Intercorrencias: ameaça de aborto__ aborto__ ameaca de parto prematuro PPT___ PPT_____ Quimioprofilaxia Data de inicio ___________; Data de suspensão _________ Duração __________ semanas Intercorrencias: ameaça de aborto__ aborto__ ameaca de parto prematuro PPT___ PPT_____ Recaída na vigência da quimioprofilaxia: _________ Resultado de ultra-som Data:__________ Semanas: _______ mov fetais:______ mov resp. Fetais:____________ Mov card.fetais: _____________ âmnios:______________ Dooppler:________________ Maturidade placentária ______________________________________________________ Sofrimento fetal? S ( ) N ( ) tipo:_____________________________________________
88
SEGUIMENTO Pesquisa de plasmódio
Dia D3 D7 D14 D21 D28 D35
Data
Resultado
Parasitemia /100 leucócito.
Concentração do anti-malárico
Acompanhamento
Controle Data Sem Au Peso Lâmina PÁS/PAD Sintomas e intercorrências avaliação
1-3 dias
4-7 dias
8-14 dias
15-21 dias
22-28 dias
29-35 dias
36-60 dias
61-90 dias
91-120 dias
121-150 dias
151-180 dias
181-210 dias
211-240 dias
241-270 dias
271-300 dias
89
MALÁRIA & GRAVIDEZ NA REGIÃO AMAZÔNICA:
Diagnostico, tratamento e acompanhamento clínico-laboratorial de pacientes da Fundação de Medicina Tropical do Amazonas. flormartinez@uol.com.br 092-99021158 CÓDIGO _________ DADOS DA GRAVIDEZ (DO CARTÃO DE CONTROLE PRÉ-NATAL) PESO ANTES DA GRAVIDEZ: ______________ %PESO ANTES DA GRAVIDEZ ________
CONTROLE 1º. 2º. 3º. 4º. 5º. 6º. 7º. 9º. 10º.
DATA
SEMANA
PESO
ALT. UTER.
P.ARTERIAL
FCF
MF
PARACLINICOS REALIZADOS DURANTE A GRAVIDEZ (RELACIONADOS AO CPN) CONTROLE 1º. 2º. 3º. 4º. 5º. 6º. 7º. 9º. 10º. DATA SEMANA HB HTO GLICEMIA VDRL TOXO IgM TOXO IgG RUBÉOLA IgM RUBÉOLA IgG ANTI-HIV CMV HEPATITE Código____________ AVALIAÇÃO DO PESO MATERNO
FAPEAM
90
CURVA ALTURA UTERINA/IDADE GESTACIONAL
MALÁRIA & GESTAÇÃO NA REGIÃO AMAZÔNICA: ESTUDO DE PACIENTES NA FMT-AM No. Projeto: ___________ No. Prontuário: ___________ Data ingresso: __/__/____ Nome:___________________________________ data nasc.:__/__/____ idade: _________ AVALIAÇÃO REALIZADA POR:________________________________________________ MATERNIDADE Foi coletada a placenta? Sim ______ Não _________ Foi coletado sangue do cordão ? Sim ______ Não _________ Foi coletada lâmina do sangue periférico materno? Sim ______ Não _________ Hora da amniorreia ______________ Data do parto: __/__/____ Hora do parto: _________ Amenorréia ____ semanas. Abortos ( ) n ( ) Parto pré-termino s ( ) n ( ) Parto a termino s ( ) n ( ) GE sangue periférico materno: ______________________________________ Negativa( ) P. vivax: ( ) P. falciparum( ) Pv+Pf ( ) fg Pf : ( ) Esquizontes Pf.:( ) <+/2( ) +/2( ) +( ) 2+( ) 3+( ) >3+( ) Densidade parasitaria: ____ 100 leucócitos GE sangue do cordão: ______________________________________________ Negativa( ) P. vivax: ( ) P. falciparum( ) Pv+Pf ( ) fg Pf : ( ) Esquizontes Pf.:( ) <+/2( ) +/2( ) +( ) 2+( ) 3+( ) >3+( ) Densidade parasitaria: ____ 100 leucócitos Dados do recém nato Únicos ( ) n ( ) sexo: m ( ) f ( ) peso:____________ Altura: ____________ PCef.___________ P. torácico ________ P. abdominal:________ Apgar 1’___________ Apgar 5’:________________ Apgar 10’:__________________ Capurro:________________ Lubchenco:___________________
Gestação em semanas
Alt
ura
uter
ina
em c
m
91
Gêmeos ( ) n ( ) sexo: m ( ) f ( ) peso:____________ Altura: ____________ PCef.___________ P. torácico ________ P. abdominal:________ Apgar 1’___________Apgar 5’:________________ Apgar 10’: _________________ Capurro:_________________ Lubchenco:____________________ AVALIAÇÃO DA VITALIDADE DO RECÉM-NASCIDO (ESCALA DE APGAR)
0
1
2
1º minuto
5º minuto
10º minuto
Freqüência Cardíaca
Ausente Lenta < 100 bpm
≥ 100 bpm
Esforço Respiratório
Ausente Hipoventilação
Choro Forte
Tono Muscular
Flacidez Extremidades em flexão
Flexão total de extremidades
Irritabilidade Reflexa
Sem resposta Alguns movimentos
Choro
Cor Cianose Cianose de mãos e pés
Rosa
TOTAL (Apgar, 1966) AVALIAÇÃO DA MATURIDADE DO RECÉM-NASCIDO (CAPURRO)
Idade da gestação em dias = Σ variáveis + K
92
AVALIAÇÃO DO PESO DO RECÉM-NASCIDO PARA IDADE GESTACIONAL (MÉTODO DE LUBCHENCO)
93
94
ANEXO III
PROTOCOLO DA ULTRASSONOGRAFIA Projeto de pesquisa alteracões USG e Dopplerfuxometricas em gestantes com Malaria atendidas na FMTAM. Data: / / Prontuário: Nome: Nacionalidade: Naturalidade: Profissão: Tempo de exercício: Endereço: Cidade: UF: CEP: Telefone: Data de Nascimento: / / Idade: Cor: ( ) Branca ( ) Negra ( ) Parda ( ) Indígena ( ) Asiática MEDICAÇÕES ATUAIS
ANTECEDENTES OBSTÉTRICOS Gestações: Partos: Abortos: Ectópicas: Ab Esp Prov C/ Curetagem PN PC Nasc vivos Filhos vivos atuais: Óbitos na 1ª sem: Óbitos após 1ª sem: N. DE INFECÇÕES: ( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) MAIS DE 4
PLASMODIUM : ( ) VIVAX ( ) FALCIPARUM ( ) AMBOS
USG ANTERIOR : DATA: IG: PESO: LÍQUIDO: ( ) N ( ) D ( ) A
USG ANTERIOR: DATA: IG: PESO: LÍQUIDO: ( ) N ( ) D ( ) A
USG ANTERIOR: DATA: IG: PESO: LÍQUIDO: ( ) N ( ) D ( ) A
USG 1
DATA: IG:
95
PESO. ( ) NORMAL ( ) RCIUR ( )GIG
ESPESSURA PLACENTA ( ) NORMAL ( ) DIMINUIDA ( ) AUMENTADA
LÍQUIDO AMNIÓTICO ( ) NORMAL ( ) AUMENTADO ( ) DIMINUIDO
ALTERACAO DE PLACENTA ( ) SIM ( ) NÃO
PLACENTA: ______________________________________________________________
DOPPLER
VELOC DA ACM ( ) NORMAL D ( ) AUMENTADA BC ( ) MTO AUMENTADA
ACM ( ) NORMAL ( ) ALTERADA
UMBILICAL ( ) NORMAL ( ) ALTERADA ( ) D. ZERO ( ) D. REVERSA
RELACAO U/C ( ) NORMAL ( ) CENTRALIZADO ( ) DESCENTRALIZADO
UTERINA D ( ) NORMAL ( ) RESIST AUMENTADA ( ) INCISURA
UTERINA E ( ) NORMAL ( ) RESIST AUMENTADA ( ) INCISURA
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
USG 2
DATA: IG:
PESO( ) NORMAL ( ) RCIUR ( )GIG
ESPESSURA PLACENTA ( ) NORMAL ( ) DIMINUIDA ( ) AUMENTADA
LÍQUIDO AMNIÓTICO ( ) NORMAL ( ) AUMENTADO ( ) DIMINUIDO
ALTERACAO DE PLACENTA ( ) SIM ( ) NÃO
PLACENTA: ______________________________________________________________
DOPPLER
VELOC DA ACM ( ) NORMAL D ( ) AUMENTADA BC ( ) MTO AUMENTADA
ACM ( ) NORMAL ( ) ALTERADA
UMBILICAL ( ) NORMAL ( ) ALTERADA ( ) D. ZERO ( ) D. REVERSA
RELACAO U/C ( ) NORMAL ( ) CENTRALIZADO ( ) DESCENTRALIZADO
UTERINA D ( ) NORMAL ( ) RESIST AUMENTADA ( ) INCISURA
UTERINA E ( ) NORMAL ( ) RESIST AUMENTADA ( ) INCISURA
96
USG 3
DATA: IG:
PESO ( ) NORMAL ( ) RCIUR ( )GIG
ESPESSURA PLACENTA ( ) NORMAL ( ) DIMINUIDA ( ) AUMENTADA
LÍQUIDO AMNIÓTICO ( ) NORMAL ( ) AUMENTADO ( ) DIMINUIDO
ALTERACAO DE PLACENTA ( ) SIM ( ) NÃO
PLACENTA: ______________________________________________________________
DOPPLER
VELOC DA ACM ( ) NORMAL D ( ) AUMENTADA BC ( ) MTO AUMENTADA
ACM ( ) NORMAL ( ) ALTERADA
UMBILICAL ( ) NORMAL ( ) ALTERADA ( ) D. ZERO ( ) D. REVERSA
RELACAO U/C ( ) NORMAL ( ) CENTRALIZADO ( ) DESCENTRALIZADO
UTERINA D ( ) NORMAL ( ) RESIST AUMENTADA ( ) INCISURA
UTERINA E ( ) NORMAL ( ) RESIST AUMENTADA ( ) INCISURA
-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Impressão dactiloscópica (p/ analfabeto)
97
ANEXO IV TABELA DA BIOMETRIA FETAL IG (meses)
IG (sem)
DBP (cm)
CC (cm)
CA (cm) CC/CA CF
(cm) CU (cm)
Peso (g)
EP (cm)
Estatura (cm)
3
12 2.0 7.8 5.6 1.12-1.31 0.8 0.9 07
13 2.3 9.0 6.9 1.11-1.30 1.1 1.3 09
14 2.7 10.7 8.1 1.11-1.30 1.5 1.6 12
15 3.0 11.3 9.3 1.10-1.29 1.8 1.8 15
4
16 3.3 12.6 10.5 1.09-1.28 2.1 2.1 1.0-1.8 17
17 3.7 14.2 11.7 1.08-1.27 2.4 2.4 1.2-2.0 19
18 4.0 15.2 12.9 1.07-1.26 2.7 2.7 1.4-2.2 20
19 4.3 16.4 14.1 1.06-1.25 3.0 2.9 1.6-2.4 22
5
20 4.6 17.8 15.2 1.06-1.24 3.3 3.2 1.7-2.5 24
21 5.0 18.7 16.4 1.05-1.24 3.6 3.4 1.9-2.7 26
22 5.3 19.8 17.5 1.04-1.23 3.9 3.6 2.0-2.8 27
23 5.6 21.2 18.6 1.03-1.22 4.2 3.8 2.1-2.9 29
6
24 5.8 22.3 19.7 1.02-1.21 4.4 4.1 530-1260 530-1260 31
25 31 23.1 20.8 1.01-1.20 4.7 4.3 605-1305 2.4-3.2 32
26 6.4 24.7 21.9 1.00-1.19 4.9 4.5 685-1360 2.5-3.3 34
27 6.7 26.0 22.9 1.00-1.18 5.2 4.6 770-1435 2.6-3.4 35
28 7.0 27.1 24.0 0.99-1.18 5.4 .48 860-1550 2.7-3.5 37
7
29 7.2 28.2 25.0 0.98-1.17 5.6 5.0 960-1690 2.7-3.5 38
30 7.5 28.5 26.0 0.97-1.16 5.8 5.2 1060-1840 2.8-3.6 39
31 7.7 29.7 27.0 0.96-1.15 6.1 5.3 1170-2030 2.9-3.7 41
32 7.9 30.2 28.0 0.95-1.14 6.3 5.5 1290-2280 3.0-3.8 42
8
33 8.2 30.8 29.0 0.95-1.13 6.5 5.6 1440-2600 3.1-3.9 43
34 8.4 31.2 30.0 0.94-1.13 6.6 5.7 1600-2940 3.2-4.0 44
35 8.6 32.1 30.9 0.93-1.12 6.8 5.8 1800-3200 3.2-4.0 45
36 8.8 32.7 31.8 0.92-1.11 7.0 6.0 2050-3390 3.2-4.0 46
9
37 9.0 33.2 32.7 0.91-1.10 7.2 6.1 2260-3520 3.3-4.1 47
38 9.1 33.1 33.6 0.90-1.09 7.3 6.1 2430-3640 3.3-4.1 48
39 9.3 34.1 34.5 0.89-1.08 7.4 6.2 2550-3735 3.3-4.1 49
40 9.5 34.6 35.4 0.89-1.08 7.5 6.3 2630-3815 3.4-4.2 50
Adapt. de Hadlock FP. Sonographic estimation of fetal age and weight. Radiologic clinics of North America. 1990;28(1):39-50. Epub 1990/01/01.
RESUMO SUMÁRIO DAS TABELAS OBSTÉTRICAS DE USO DIÁRIO.
98
ANEXO V PESO FETAL
IG (sem) Percentil do peso fetal (gramas) 10% 50% 90%
24 530 840 1260 25 605 880 1305 26 685 955 1360 27 770 1045 1435 28 860 1150 1550 29 960 1270 1690 30 1060 1395 1840 31 1170 1540 2030 32 1290 1715 2280 33 1440 1920 2600 34 1600 2200 2940 35 1800 2485 3200 36 2050 2710 3390 37 2260 2900 3520 38 2430 3030 3640 39 2550 3140 3735 40 2630 3230 3815 41 2640 3290 3870 42 2720 3300 3890
Adap de Hadlock FP. Sonographic estimation of fetal age and weight. Radiologic clinics of North America. 1990;28(1):39-50. Epub 1990/01/01.
TABELA DE PESO FETAL
99
ANEXO VI IG (sem)
Média (cm)
Variação (cm)
IG (sem)
Média (cm)
Variação (cm)
16 1.4 1.0-1.8 30 3.4 2.8-3.6 17 1.6 1.2-2.0 31 3.3 2.9-3.6 18 1.8 1.4-2.2 32 3.4 3.0-3.8 19 2.0 1.6-2.4 33 3.5 3.1-3.9 20 2.1 1.7-2.5 34 3.6 3.2-1.0 21 2.3 1.9-2.7 35 3.6 3.2-1.0 22 2.4 2.0-2.8 36 3.6 3.2-1.0 23 2.5 2.1-2.9 37 3.7 3.3-1.1 24 2.7 2.3-3.1 38 3.7 3.3-1.1 25 2.8 2.4-3.2 39 3.7 3.3-1.1 26 2.9 2.5-3.3 40 3.8 3.4-1.2 27 3.0 2.6-3.4 41 3.8 3.4-1.2 28 3.1 2.7-3.5 42 3.8 3.4-1.2 29 3.1 2.7-3.5 43 3.8 3.4-1.2 Adap de: Grannum PA, Berkowitz RL, Hobbins JC. The ultrasonic changes in the maturing placenta and their relation to fetal pulmonic maturity. American journal of obstetrics and gynecology. 1979;133(8):915-22. Epub 1979/04/15 e Bonila-Musoles F. Diagnóstico con ultrasonido en en obstetrícia y ginecologia, Valencia 1972.
TABE ESPESSURA PLACENTÁRIA EM RELAÇÃO À IDADE GESTACIONAL
100
ANEXO VII TABELAS DE VALORES DO LÍQUIDO AMNIÓTICO
IG (sem) ILA (cm) 5% 50% 95%
18 8.7 13.3 20.2 19 9.0 13.7 20.7 20 9.3 14.1 21.2 21 9.5 14.3 21.4 22 9.7 14.5 21.6 23 9.8 14.6 21.8 24 9.8 14.7 21.9 25 9.7 14.7 22.1 26 9.7 14.7 22.3 27 9.5 14.6 22.6 28 9.4 14.6 22.8 29 9.2 14.5 23.1 30 9.0 14.5 23.4 31 8.8 14.4 23.8 32 8.6 14.4 24.2 33 8.3 14.4 24.5 34 8.1 14.2 24.8 35 7.9 14.0 24.9 36 7.7 13.8 24.9 37 7.5 13.5 24.4 38 7.3 13.2 23.9 39 7.2 12.8 22.6 40 7.1 12.3 21.4 41 7.0 11.6 19.4 42 6.9 11.0 17.5
Adap de Phelan JP, Smith CV, Broussard P, Small M. Amniotic fluid volume assessment with the four-quadrant technique at 36-42 weeks' gestation. The Journal of reproductive medicine. 1987;32(7):540-2. Epub 1987/07/01.
101
ANEXO VIII IG (sem) IR IP S/D 19 0.73 (0.59-0.88) 1.25 (0.92-1.58) 3.72 (2.76-4.67) 20 0.72 (0.58-0.87) 1.22 (0.90-1.55) 3.64 (2.68-4.59) 21 0.71 (0.57-0.86) 1.20 (0.87-1.53) 3.56 (2.60-4.51) 22 0.70 (0.56-0.85) 1.17 (0.85-1.50) 3.48 (2.52-4.43) 23 0.69 (0.55-0.84) 1.15 (0.82-1.48) 3.40 (2.44-4.35) 24 0.68 (0.54-0.83) 1.12 (0.80-1.45) 3.32 (2.36-4.27) 25 0.67 (0.53-0.82) 1.10 (0.77-1.43) 3.24 (2.28-4.19) 26 0.66 (0.52-0.81) 1.07 (0.75-1.40) 3.16 (2.20-4.11) 27 0.65 (0.51-0.80) 1.05 (0.72-1.38) 3.08 (2.12-4.03) 28 0.64 (0.50-0.79) 1.02 (0.70-1.35) 3.00 (2.04-3.95) 29 0.63 (0.49-0.78) 1.00 (0.67-1.33) 2.92 (1.96-3.87) 30 0.62 (0.48-0.77) 0.97 (0.65-1.30) 2.84 (1.88-3.79) 31 0.61 (0.47-0.76) 0.95 (0.62-1.28) 2.84 (1.88-3.79) 32 0.60 (0.46-0.75) 0.92 (0.60-1.25) 2.68 (1.72-3.63) 33 0.59 (0.45-0.74) 0.90 (0.57-1.23) 2.60 (1.64-3.55) 34 0.58 (0.44-0.73) 0.87 (0.55-1.20) 2.52 (1.56-3.47) 35 0.57 (0.43-0.72) 0.85 (0.52-1.18) 2.44 (1.48-3.39) 36 0.56 (0.42-0.71) 0.82 (0.50-1.15) 2.36 (1.40-3.31) 37 0.55 (0.41-0.70) 0.80 (0.47-1.13) 2.28 (1.32-3.23) 38 0.54 (0.40-0.69) 0.77 (0.45-1.10) 2.20 (1.24-3.15) 39 0.53 (0.39-0.68) 0.75 (0.42-1.08) 2.12 (1.16-3.07) 40 0.52 (0.38-0.67) 0.72 (0.40-1.05) 2.04 (1.08-2.99) 41 0.51 (0.37-0.66) 0.70 (0.37-1.03) 1.96 (1.00-2.91) 42 0.50 (0.36-0.65) 0.67 (0.35-1.00) 1.88 (0.92-2.83) Adap de:Cerri GG, Molnar LJ, Vezoso DcP. In: Doppler. Ed Sarvier, sao Paulo 1996
VALORES NORMAIS DO ÍNDICE DE RESISTÊNCIA (IR), ÍNDICE DE PULSATILIDADE (IP) E RELAÇÃO S/D DA ARTÉRIA UMBILICAL, DURANTE A GESTAÇÃO.
102
ANEXO IX TABELA DE VALORES DE IP DO DOPPLER DA ARTÉRIA CEREBRAL MÉDIA IG (sem) P5 P50 P95 20 1.36 1.83 2.31 21 1.40 1.87 2.34 22 1.44 1.91 2.37 23 1.47 1.93 2.40 24 1.49 1.96 2.42 25 1.51 1.97 2.44 26 1.52 1.98 2.45 27 1.53 1.99 2.45 28 1.53 1.99 2.46 29 1.53 1.99 2.45 30 1.52 1.98 2.44 31 1.51 1.97 2.43 32 1.40 1.95 2.41 33 1.46 1.93 2.39 34 1.43 1.90 2.36 35 1.40 1.86 2.32 36 1.36 1.82 2.28 37 1.32 1.78 2.24 38 1.27 1.73 2.19 39 1.21 1.67 2.14 40 1.15 1.61 2.08 41 1.08 1.55 2.01 42 1.01 1.48 1.94
Adap de: Sciscione AC, Hayes EJ. Uterine artery Doppler flow studies in obstetric practice. American journal of obstetrics and gynecology. 2009;201(2):121-6. Epub 2009/08/04.
103
ANEXO X GRÁFICO DA VELOCIDADE MÁXIMA DA ARTÉRIA CEREBRAL MÉDIA Adapt. de: Mari G, Adrignolo A, Abuhamad AZ, Pirhonen J, Jones DC, Ludomirsky A, et al. Diagnosis of fetal anemia with Doppler ultrasound in the pregnancy complicated by maternal blood group immunization. Ultrasound in obstetrics & gynecology : the official journal of the International Society of Ultrasound in Obstetrics and Gynecology. 1995;5(6):400-5. Epub 1995/06/01. ANEXO XI
104
RESUMO PUBLICADO: JOURNAL OF INFECTIOUS DESEASE
105
COMORBIDITY OF PLACENTA ACCRETA AND VIVAX MALARIA IN AMAZONAS–A CASE STUDY
Marianna F Brock1,2,*
E m ail: m ariannabrock@ hotm ail.com
Angélica E Miranda1,3
Email: espinosa@ndi.ufes.br
Samira Buhrer-Sékula1.4
Email: buhrersekula@iptsp.ufg.br
Camila Bôtto-Menezes1,2
E m ail: cam ila.chabm @ gm ail.com
Jorge RT Leão2E m ail: jorgeleao18@ hotm ail.com
Flor E Martinez-Espinosa1,5
Email: flor.espinosa@gmail.com
1 Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado, Av Pedro Teixeira 25,
69040-000, Manaus, Amazonas, Brasil
2 Universidade do Estado do Amazonas, Av Castelo Branco 1777, Manaus, Amazonas,
Brasil
3 Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória, Espirito Santo, Brasil
4 Universidade Federal de Goiás, Rua 235 esq. c/ 1a Avenida, s/n Setor Universitário
Goiania, Goias, Brasil
5 Instituto Leônidas e Maria Deane, FIOCRUZ Amazonas, R Terezina 476, 69057070,
Manaus, Amazonas, Brasil
* Corresponding author. Universidade do Estado do Amazonas, Av Castelo Branco 1777,
Manaus, Amazonas, Brasil
1
106
ABSTRACT
Background: The hormonal changes that occur with pregnancy might worsen morbidity during pregnancy, causing adverse effects that vary with the degree parasite involvement, ultimately resulting in malaria during pregnancy, placental malaria, and/or congenital malaria: It is thought that placental acretism may be due to a poor uterine vascular supply such hat inadequate placental nutrition activates compensatory mechanisms that lead to greater villous penetration. Report of a case: A 21-year-old pregnant woman had three episodes of malaria due to P. vivax (+) infection during this pregnancy. One episode occurring on 25th weeks gestation, other on 28 week and other on 33 weeks. She also had an additional episode of malaria during the second trimester due to P. falciparum (++) infection on weeks gestation. She was treated with chloroquine and mefloquine during the pregnancy.Prenatal blood tests were negative for other infections.Physical examination and ultrasound suggested intrauterine growth restriction (IUGR). The haemoglobin levels were at the lower limits of normal (8mg/dl). Vaginal birth occurred at 38 weeks gestation and a newborn girl was born weighing 2.3 kg and measuring 46 cm long. The placenta was retained and normal efforts to archieve vaginal delivery of the placenta failed. Placenta accreta was clinically diagnosed, and a hysterectomy was performed to retrieve the placenta, which had become abnormally inserted into the myometrium. Immediately after the birth, a blood smear and blood "imprint" of the placental blood were performed, and both showed infection with P. vivax. Conclusion: In the present case, mechanical compromise and maternal anemia were likely responsible for the observed accretism given that there were no others risk factors beyond the malaria. We hypothesize that malarial infectionduring pregnancy could have caused deficient uterine nutrition during placentogenesis, causing the placenta, in its search for adequate nutrition for the fetus, to penetrate more deeply into the myometrium, leading to placenta accreta.
107
BACKGROUND
Malaria remains a major public health problem in Brazil, where nearly 99.9% of malaria patients have been in the Legal Amazon region of Brazil[1]. Close to 90% of malaria cases in Brazil are due to the protozoan parasite species Plasmodium vivax, while the remaining can be attributed to Plasmodium falciparum infection[1-3]. In endemic areas for malaria, pregnant women and children are the main risk groups for developing severe illness and high mortality[4]. In Brazil, 7,860 cases of malaria were reported per year in pregnant women in the period from 2002 through 2010[1]. Malaria during pregnancy causes maternal morbidity and commonly results in fetal or neonatal mortality. Indeed thousands of infant deaths are attributed to malaria during pregnancy every year in Brazil[5].
Placenta accreta occurs when the placenta attaches abnormally to the myometrium and chorionic villus such that it adheres to the myometrium rather than being restricted to the decidua basalis [6,7]. The incidence of placenta accreta is estimated to be 1 in 533 pregnancies[8]. It is thought that placental acretism may be due to a poor uterine vascular supply such hat inadequate placental nutrition activates compensatory mechanisms that lead to greater villous penetration[9]. Placental accreta prevents normal placental separationfrom the uterine myometrium following childbirth and can lead to severe bleeding and infection, and may even necessitate hysterectomy[6,7]. Obstetric hemorrhage is one of the most common causes of maternal morbidity and mortality worldwide[8]. Risk factors for placenta accreta are: one or more previous cesarean deliveries, previous curettage after an abortion, prior synechia or placenta previa, maternal age over 35 years, a hypertensive disorder, and tobacco use[10-12]. Placenta accreta diagnosis at the time of delivery is based on visualization of the placenta outside of the uterus during cesarian section or before hysterectomy, or upon discovery that it is impossible to remove the placenta from the uterus[11]. Control of potentially life-threatening hemorrhage is the first priority upon identification of placental acretism, but the patient’s desire for future fertility must be taken into consideration[11]. Although patients with placenta accreta usually require hysterectomy, conservative management may be an option in selected situations and may allow subsequent pregnancy[12].
CASE REPORT –
SAS, married, housewife, G2 PI, normal birth. During the current pregnancy, there were no surgeries, abortions,fibroids, or underlying diseases, and there was no alcoholism or smoking. The patient was admitted to the malaria outpatient clinic of the Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD) when she was 25 weeks pregnant assessed by LMP and first trimester ultrasound. She had fever, shiver. According to the patient medical descript, the patient had experienced an episode of malaria caused by P. vivax prior to her current pregnancy. She had three episodes of malaria due to P. vivax (+) infection during this pregnancy. One episode occurring on
25th
weeksgestation, other on week and onther on weeks. She also had an additional episode of malaria during the second trimester due to P. falciparum (++) infection on weeks gestation. She was treated with chloroquine and mefloquine during the pregnancy.Prenatal blood tests for infection with HIV, human cytomegalovirus, Toxoplasma gondii (toxoplasmosis), and Treponema pallidum (syphilis; both the veneral disease research laboratory test and the fluorescent treponemal antibody-absorption test)
108
were negative. Physical examination, at admission (25 weeks gestation) and subsequently, indicated that the base of the uterus was small for gestational age, suggesting that there may have been intrauterine growth restriction (IUGR). Ultrasound examinations confirmed asymmetric IUGR with the amniotic fluid level at the lower limits of normal. The haemoglobin levels were _abaixo da normalidade 8mg/dl (table 1). On the
14th
day of treatment with chloroquine, a Pap smear was negative for malaria pathogens, and the patient continued with pre-natal care and follow-up at the malaria clinic. She
continued chemoprophylaxis with Cloroquine until the 30th
week of her pregnancy. At 30 weeks gestation, she had vigorous contractions indicative of premature labor, which were controlled with tocolytics (salbutamol and Cloridrato de isoxsuprina).
Vaginal birth occurred at 38 weeks gestation and a newborn girl was born weighing 2.3 kg and measuring 46 cm long. She obtained Apgar scores of 3 and 6 in the first minute and fifth minute, respectively. The newborn had no congenital abnormalities, but had assimetrical IUGR. The placenta was retained and normal efforts to archieve vaginal delivery of the placenta failed. Placenta accreta was clinically diagnosed, and a hysterectomy was performed to retrieve the placenta, which had become abnormally inserted into the myometrium.Immediately after the birth, a blood smear and blood “imprint” of the placental blood were performed, and both showed infection with P. vivax. However, the umbilical cord blood and blood smears of the maternal and fetal peripheral blood were negative for malarial infection. An anatomo-pathological study of the placenta did not show histopathological changes suggestive of an active infection.
DISCUSSION
The relationship between P. vivax infection and tragic pregnancy outcomes, such as stillbirth and miscarriage, remains unclear in the literature[2]. Furthermore, it is not known by which means P. vivax can lead to severe complications in pregnancy[2].
There is a need for reliable antenatal diagnosis of placenta accreta since when it occurs unexpectedly, there can be catastrophic blood loss and multiple complications, such as adult respiratory distress syndrome, Sheeran’s syndrome, renal failure, and even death. When risk factors are present, early diagnosis of placenta accreta is associated with reduced maternal morbidity[12]. If these pregnancies can be identified before delivery, the site and time of delivery, as well as the surgical approach, can be planned and blood loss minimized[10]. When ultrasound findings are not definitive, magnetic resonance imaging can be used to provide more information when it’s available[12].
In this case, the patient did not present any of the risk factors for accretism. The only unusual occurrences in her pregnancy were the four episodes of Malaria described above.
Malaria in pregnancy is the result of complex interactions between vectors, parasites, and the immune system. The hormonal changes that occur
6
with pregnancy might worsen morbidity during pregnancy, causing adverse effects that vary with the degree parasite involvement, ultimately resulting in malaria during
109
pregnancy, placental malaria, and/or congenital malaria. In addition, they have increased susceptibility to infection with an increased risk of malaria infection [5,13,14]. .
The development of malaria during pregnancy can be devastating for the newborn infant. Low birth weight is associated with a marked increase in infant mortality, and this risk approximately doubles when there is placental malaria[15]. Malaria is thought to reduce birth weight through a combination of systemic and local effects. First, malaria may affect birth weight through malaria-induced anemia. Second, malaria can also reduce birth weight through placental infection[16]. Moreover, parasites can directly cause a mechanical compromise of placental circulation or indirectly interfere with placental functions and/or induce pathological lesions[16]. Chronic infection of the placenta appears to be associated with a significant reduction in birth weight and with a heightened risk of low birth weight due to prematurity and IUGR[16].
Comorbidity of Plasmodium placental infection with placenta accreta can exacerbate maternal morbidity and increase risk of low birth weight and preterm delivery. Such cases are very rare, with only two reported cases of placenta accreta and malaria comorbidity existing in the literature[17] Nevertheless, it is critical that they be identified as soon as possible to prevent, inasmuch as it is possible, fetal and maternal harm.[18]
Abnormal placentation, including placenta accreta, is currently the most common indication for peripartum hysterectomy[8].
Conclusion
In the present case, mechanical compromise and maternal anemia were likely responsible for the observed accretism given that there were no others risk factors beyond the malaria. We hypothesize that malarial infection during pregnancy could have caused deficient uterine nutrition during placentogenesis, causing the placenta, in its search for adequate nutrition for the fetus, to penetrate more deeply into the myometrium, leading to placenta accreta.
We believe that pregnant women who present several episodes of malaria during pregnancy with anemia and fetal growth restriction should have a rigorous prenatal care and delivery should be performed in a tertiary center to minimize the damage caused by this disease.
Conflict of Interest/Funding: None
110
Bibliography
1. Saúde Md (2010) Malaria’s treatment in Brazil practical guide. In: Epidemiológica DdV, editor. Séries e manuais técnicos. Brasil: Ministério da Saúde. pp. 36.
2. Carvalho BO, Matsuda JS, Luz SL, Martinez-Espinosa FE, Leite JA, et al. (2011) Gestational malaria associated to Plasmodium vivax and Plasmodium falciparum placental mixed- infection followed by foetal loss: a case report from an unstable transmission area in Brazil. Malar J 10: 178.
3. Oliveira-Ferreira J, Lacerda MV, Brasil P, Ladislau JL, Tauil PL, et al. (2010) Malaria in Brazil: an overview. Malar J 9: 115.
4. Martinez-Espinosa FE (2003) Malaria e Gravidez na região Amazônica: prevalência de infeccão em mulheres de idade fértil do Município de Coari. 2001-2002. Manaus: FIOCRUZ.
5. Rogerson SJ, Hviid L, Duffy PE, Leke RF, Taylor DW (2007) Malaria in pregnancy: pathogenesis and immunity. Lancet Infect Dis 7: 105-117.
6. Stirnemann JJ, Mousty E, Chalouhi G, Salomon LJ, Bernard JP, et al. (2011) Screening for placenta accreta at 11-14 weeks of gestation. Am J Obstet Gynecol.
7. Belfort MA (2010) Placenta accreta. Am J Obstet Gynecol 203: 430-439. 8. C arneiro SM, Pacheco JA, Leonardo MR (1980) [Comphorated p-monochlorophenol
(C.P.M.C.). Controversies about its distant action]. Rev Assoc Paul Cir Dent 34: 514-
521. 9. S antana D placenta
prévia acreta com invasão de bexiga: revisão sistemática da literatura. FEMINA 38:
147-153. 10. C om stock C H Ultrasound Obstet
Gynecol 26: 89-96. 11. B retelle F (2007) Management of
placenta accreta: morbidity and outcome. Eur J Obstet Gynecol Reprod Biol 133: 34-
39. 12. R usso M , K management
of placenta accreta. Ochsner J 11: 84-88. 13. Fischer P R J Trop Pediatr 49: 132-134. 14. N osten F, S, et al. (1999) Effects of Plasmodium
vivax malaria in pregnancy. Lancet 354: 546-549. 15. D esai M , te McGready R, Asamoa K, et al. (2007) Epidemiology and
111
burden of malaria in pregnancy. Lancet Infect Dis 7: 93-104. 16. M enendez C Ismail MR, Ventura PJ, Aponte JJ, et al. (2000) The impact of placental
malaria on gestational age and birth weight. J Infect Dis 181: 1740-1745. 17. Franic I (1950) [Two cases of placenta accreta with congenital malaria]. Lijec Vjesn 72: 122. 18. Mockenhaupt FP, Ulmen U, von Gaertner C, Bedu-Addo G, Bienzle U (2002) Diagnosis of
placental malaria. J Clin Microbiol 40: 306-308.
top related