trabalho simposio construcao civil 1
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CONTRAPISO AUTONIVELANTE
Comissão Científica
CONTRAPISO AUTONIVELANTE
ALTOÉ, Cássio Rigo1
HONÓRIO, Igor Ignachitti2
BETTERO, Jeferson Candido3
MANHAGO, Pedro Felipe de Azevedo4
INTRODUÇÃO
Nos últimos anos, o setor da construção civil vem passando por
transformações e crescimento. As empresas estão sendo induzidas ao
desenvolvimento de inovações ou à incorporação de inovações para manter a
competitividade. Nesse contexto, um dos produtos que estão fazendo a diferença é
o contrapiso auto-nivelante, também conhecido como autoadensável, ou até mesmo
autoescoante, é um material relativamente novo no Brasil, e que começou a ser
estudado por empresas de construção civil e pesquisadores no início de 2008. A
principal característica do contrapiso autonivelante é possuir uma elevada fluidez,
em comparação as argamassas convencionais. O objetivo maior desse trabalho é
mostrar como é o uso e os benefícios de um contrapiso auto-nivelante.
MATERIAIS E MÉTODOS
O presente trabalho constituiu-se de uma revisão da literatura ao qual foi
realizado um levantamento bibliográfico atualizado em sites especializados no
assunto.
1 Graduando do Curso de Engenharia Civil do Centro Universitário são Camilo-ES, altoecassio@gmail.com;2 Graduando do Curso de Engenharia Civil do Centro Universitário são Camilo-ES, igorih@hotmail.com;3 Graduando do Curso de Engenharia Civil do Centro Universitário são Camilo-ES, jeferson_bettero@hotmail.com;4 Graduando do Curso de Engenharia Civil do Centro Universitário são Camilo-ES, pe.manhago@gmail.com;
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DESENVOLVIMENTO
Nessa etapa vamos considerar o edifício Biarritz Maison Patamares (Figura
1), localizado em Salvador BA construído pela Concreta, ele é composto por duas
torres com 15 pavimentos cada, sendo duas unidades por andar, todos os
apartamentos possuem 164,66m². Visando acelerar o cronograma da obra e
aperfeiçoar o processo de execução do contrapiso, a Concreta optou por contratar
uma empresa executora de contrapiso autonivelante.
Processo Construtivo Etapas de ExecuçãoA argamassa foi fornecida por uma empresa fornecedora de concreto situada
em Salvador, Bahia. O traço usado foi: 1050 kg areia grossa; 321 kg cimento cp ii f
32; 2,56 kg aditivo mira cr 74; 450 kg pó de pedra.
1. Limpeza
O local deve estar limpo, isento de sobras de argamassas, concretos, pontas de
prego ou aço e qualquer outro tipo de material que possa interferir na qualidade do
serviço (Figura 2). Para a execução deste serviço designou-se 3 serventes comum.
2. Transferência de nível
Um segundo passo consiste em transferir os níveis do contrapiso para cada
cômodo, a partir do ponto (mestra) de origem (nível de referência), utilizando nível
alemão, aparelho de nível a laser ou mangueira de nível, orientando-se pelo projeto
de contrapiso, quando houver (Figura 3). Caso utilize o nível a laser, basta tirar um
ponto de origem e mapear o restante. A execução deste serviço foi realizada por um
pedreiro e um servente comum.
3. Assentamento das niveletas
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Devem ser instaladas niveletas (conhecidas como aranha. Figura 4) feitas em aço,
niveladas a laser em substituição às mestras tradicionais. Os executores deste
serviço são pedreiro e servente comum.
4. Lançamento da argamassa
Para o lançamento da argamassa sobre a base, é necessário o bombeamento a
partir do térreo direto da betoneira para a bomba (Figura 5). Na área a ser executada
tem que ser feito o serviço de adensamento com um vibrador manual (também
conhecido como rodo), apropriado após o término do espalhamento. O executor
deste serviço é o pedreiro.
5. Cura da argamassa
Para a cura da argamassa o local deverá ser mantido úmido durante 72 horas após
endurecimento (Figura 6). A execução deste serviço foi realizada por um servente
comum.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Resultados Quantitativos:
Na obra em estudo, a atividade de contrapiso foi planejada para ser realizada da forma
convencional, o que seria realizado em torno de 24h (3 dias trabalhados) para cada pavimento.
Com a adoção da solução de contrapiso auto nivelante, foi possível acelerar o cronograma. O
percentual de redução de tempo por pavimento (164,66 m²) foi de 46,54 %, como mostrado na
Tabela 1, onde:
Tempo previsto para a execução do pavimento = 24 horas
Tempo realizado para a execução do pavimento = 12,83 horas
Redução de tempo por pavimento = 11,18 horas
Resultados Qualitativos:
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Algumas vantagens foram observadas no contrapiso autonivelante em relação ao sistema
convencional:
O transporte vertical da obra não foi utilizado em função da tecnologia construtiva adotada,
pois o processo é através de bombeamento. No caso do contrapiso convencional a obra teria
que dispor de transporte vertical e horizontal até o local; foi possível minimizar estoque de
agregados no canteiro tornando o mesmo mais funcional; identificou-se ganhos de
produtividade de mão de obra, pois se mantém a produção com uma equipe reduzida;
percebeu-se ganho no planejamento físico da obra, reduzindo a parcela de tempo para a etapa
deste serviço e podendo acelerar as atividades sucessoras; é uma solução econômica e fácil de
usar; possui baixa retração; é durável; é compatível com a maioria das argamassas colantes do
mercado.
Alguns pontos devem ser cuidadosamente observados antes da aplicação:
O processo requer a realização criteriosa da limpeza para aderência do substrato na base; é
necessária a colocação de isopor no perímetro das alvenarias (rodapés), para evitar rachaduras
posteriores; a quantidade de água indicada para a mistura não pode ser excedida; se a
dosagem do aditivo não for seguida rigorosamente, o contrapiso poderá levar um tempo para
endurecimento maior de 24 horas tornando o local impedido; se o contrapiso não estiver com
uma adequada fluidez pode ocorrer entupimento dos mangotes durante o bombeamento, uma
vez que a bomba trabalha em baixa rotação; poucas empresas dominam conhecimento de
aplicação do contrapiso autonivelante.
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Dados
Tabela 1 – Tempo de execução e consumo de mão de obra.
Fonte: Caderno de Inovações, 2014.
Figura 1 - Biarritz Maison Patamares.
Fonte: Cocreta, 2014.
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Figura 2 – Limpeza do local.
Fonte: Carvalho, 2010.
Figura 3 – Nivelamento. Figura 4 – Assentamento da niveletas.
Fonte: Caderno de Inovação, 2014. Fonte: Lafarge, 2014.
Figura 5 – Bombeamento e lançamento da argamassa.
Fonte: Caderno de Inovação, 2014.
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Figura 6 – Cura da argamassa.
Fonte: Caderno de Inovação, 2014.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com este trabalho, pretende-se contribuir para um melhor entendimento do
comportamento do contrapiso autoadensável para. Esta técnica apresenta alto
potencial de utilização, embora ainda precise de muitos outros estudos
complementares. O objetivo do trabalho, de mostrar como funciona o sistema de
concreto autonivelante funciona foi alcançado. Podemos observar que sua principal
vantagem foi a agilidade em comparação com o sistema convencional, uma redução
de tempo de quase 50%, além de diminuir a mão-de-obra.
REFERÊNCIAS
CADERNO DE INOVAÇÃO. 2° Caderno de Casos de Inovação na Construção Civil. Programa Inovação Tecnológica. Elaboração de Casos de Inovação na Construção Civil Universidade Federal da Bahia-UFBA. Salvador. 2014. Disponível em: <http://cbic.org.br/caderno_inovacao/caderno%20inovacoes%20_abril_2014%20web.pdf>. Acesso em: 16 de ago. de 2014.
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CARVALHO, Sofia Leão. Execução De Contrapiso. Universidade federal de Goiás. Escola de engenharia civil. Goiânia. 2010. Disponível em: <http://pt.scribd.com/doc/114085957/Execucao-de-Contrapiso-Sofia-Leao-Carvalho#scribd>. Acesso em: 15 de ago. de 2014.
CONCRETA TECNOLOGIA EM ENGENHARIA. Empreendimentos Imobiliários. Maison Biarritz. Disponível em: <http://www.concreta.com.br/biarritz/>. Acesso em: 15 de ago. de 2014.
LAFARGE CONSTRUINDO CIDADES MELHORES. Soluções para contrapisos. Rio de Janeiro. 2014. Disponível em: < http://www.lafarge.com.br/C--0029_14_FOLDER_AGILIA_FLUIMASSA_20X30_SemBoxBranco.pdf>. Acesso em: 16 de ago. de 2014.
SOUZA, Natália Cerqueira de. Análise De Desempenho Do Contrapiso Autonivelante Em Relação Ao Sistema Tradicional. Programa de Pós-Graduação em Construção Civil. Dissertação de Mestrado. Belo Horizonte. 2013. Disponível em: <http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/bitstream/handle/1843/ISMS-9GMMMQ/an_lise_de_desempenho_do_contrapiso_autonivelante_em_rela__o_ao_sistema__tradicional.pdf?sequence=1>. Acesso em: 15 de ago. de 2014.
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