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REVISTA A BARRIGUDA
ISSN 2236-6695 REVISTA A BARRIGUDA, CAMPINA GRANDE 6 [3]| P. 618-638| SET-DEZ 2016
INCIDÊNCIA DE GESTANTES ADMITIDAS COM RUPTURA
PREMATURA DE MEMBRANAS EM UMA MATERNIDADE DE ALTO
RISCO NO MUNICÍPIO DE ARACAJU-SERGIPE
Incidence of pregnant women admitted with premature rupture of membranes in a high risk of
motherhood in the city of Aracaju-Sergipe
JULIANA DE V. CERQUEIRA BRAZ
CRISTIANE MOTA OLIVEIRA ISABELLA BARROS ALMEIDA
LOURIVÂNIA OLIVEIRA MELO PRADO CHIRLAINE CRISTINE GONÇALVES
RESUMO A ruptura prematura das membranas (RPM) é um quadro caracterizado pela rotura espontânea das membranas amnióticas antes do início do trabalho de parto fisiológico. Constitui uma das causas importantes de partos prematuros, contribuindo para mortalidade materna e perinatal devido os riscos de infecção. Trata-se de um estudo quantitativo por amostragem não probabilística intencional. A coleta de dados foi realizada através de revisão de prontuários de pacientes admitidas no ano de 2012. Os prontuários foram selecionados de janeiro a março obedecendo os critérios de inclusão e exclusão, dentre os 962 prontuários analisados, participaram da amostra 72 gestantes com RPM. Como resultados 92,5% (890) não apresentaram RPM e 7% (72) apresentaram a RPM. Observa-se que a ITU é a infecção mais prevalente entre as gestantes com 23,6% (17), a corioamnionite com 2,8% (2) e a infecção do trato genital 1,4% (1). No que diz respeito ao tipo de parto, a escolha ao parto vaginal é de 63,9% (46) e 36,1% (26) realizaram parto cesáreo. Das complicações para os recém-nascidos, a prematuridade foi evidenciada com 66,7% (48). Conclui-se diante dos resultados encontrados a necessidade de melhoria do pré-natal para que essa gravidez tenha evolução de maneira fisiológica até o nascimento, garantindo maiores chances de sucesso para o binômio mãe-filho.
PALAVRAS-CHAVE RUPTURA PREMATURA DE MEMBRANAS. INFECÇÕES DO TRATO GENITURINÁRIO. GESTAÇÃO DE ALTO RISCO.
ABSTRACT Premature rupture of membranes (PROM) is a condition characterized by spontaneous rupture of amniotic membranes before the onset of labor physiological. Constitutes one of the major causes of premature births, contributing to maternal and perinatal mortality due to infection risks. This is a quantitative study of intentional non-probabilistic sampling. Data collection was conducted through chart review of patients admitted in the year 2012. The charts were selected from January to March according to the criteria of inclusion and exclusion among the 962 records analized, the sample involved 72 pregnant women who hades PROM. As a result 92,5% (890) were not RPM and 7% (72) showed RPM. It was observed that the ITU is the most prevalent infection among pregnant women who hades 23.6% (17), chorioamnionitis with 2.8% (2) and genital tract infection 1.4% (1) with regard to mode of child-birth, the choice of vaginal child-birth is 63.9% (46) and 36.1% (26) underwent cesarean section. About complications for newborns, prematurity was observed in 66.7% (48). The results found shows the need of the better prenatal to this pregnancy has evolution at physiological until birth, ensured greater chances of success for both mother and child.
KEYWORDS PREMATURE RUPTURE OF MEMBRANES. GENITOURINARY TRACT INFECTIONS. PREGNANCY HIGH RISK.
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INTRODUÇÃO
A morbimortalidade materna e perinatal ainda é um dos maiores problemas de saúde
pública no Brasil. Mesmo o país em constante crescimento e desenvolvimento, ainda
presenciamos um quadro de complicações obstétricas por causas na maioria delas preveníveis, mas
para que ocorra essa prevenção se faz necessário uma participação integrada e ativa do sistema de
saúde brasileiro (BRASIL, 2010).
No Brasil a situação de saúde materna é grave, o quadro epidemiológico vivenciado pelas
mulheres e seus neonatos demonstra a fragilidade da assistência ao pré-natal. Devido as políticas
adotadas, os problemas com gerenciamento, falta de material e medicamentos impossibilitam a
prestação de assistência à população. O pré-natal é quase inexistente e quando existe não é
adequado. O resultado de um pré-natal inadequado são altas taxas de mortalidade materna,
refletindo assim as condições da assistência à mulher em seu ciclo gravídico-puerperal
(MERIGHI E GALDA, 2009).
Uma das ações preventivas da atenção primária é a assistência ao pré-natal de forma
integral e resolutiva para garantir a qualidade e o progresso de forma fisiológica dessa gestação.
Um pré-natal de qualidade prever todos os riscos para a gestação, elimina os riscos preveníveis e
garante uma visão ampliada do curso da gravidez, do parto e do puerpério (SÃO PAULO,
2010).
O enfermeiro é o profissional de saúde que tem um maior contato com a gestante, família
e comunidade. Ele deve compreender a importância de humanizar e qualificar a atenção à saúde
da gestante, a fim de obter total êxito na adesão ao pré-natal, garantindo qualidade na assistência
e melhores resultados obstétricos e perinatais para o binômio mãe-filho. É na Consulta de
Enfermagem que o enfermeiro orienta e toma medidas favoráveis para abordagem apropriada das
necessidades da gestante (BARBOSA, GOMES E DIAS, 2011).
O atendimento à mulher no ciclo grávido-puerperal é uma atividade prevista nas Ações
Básicas da Assistência Integral à Saúde da Mulher preconizado pelo Ministério da Saúde e
desenvolvida pelos profissionais de saúde nos hospitais e nos centros de saúde da rede básica.
Uma assistência ao pré-natal de qualidade pode desempenhar um papel importantíssimo na
redução da taxa de mortalidade materna e perinatal, além de trazer benefícios para saúde do
binômio mãe-filho (BRASIL, 2011; CUNHA et al., 2009).
Através do pré-natal a gestação é classificada de baixo risco quando ela se constitui num
fenômeno fisiológico normal que evolui em 90% dos casos, sem intercorrências; e de alto risco,
quando já se inicia com problemas, ou estes surgem no decorrer do período com maior
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probabilidade de apresentarem uma evolução desfavorável, quer para o feto ou para a mãe
(SPINDOLA, PENNA E PROGIANTI, 2006).
O resultado esperado de uma gestação é a obtenção de recém-nascido (RN) sadio com
mínimo trauma para a mãe. Em algumas situações, isso não é possível, devido a complicações
durante a gravidez ou parto, ou com o concepto. Essas intercorrências no processo do ciclo
gravídico puerperal geram riscos à integridade da saúde tanto da mãe quanto do concepto e
podem evoluir para a morte (RAMOS E CUMAN, 2009).
A maioria dos óbitos relacionados diretamente com a função reprodutora “ocorrem
devido a hipertensão na gravidez, à hemorragia, à infecção puerperal, a complicações no trabalho
de parto e aborto”, situações evitáveis por meio de uma adequada assistência à mulher no ciclo
gravídico-puerperal (MORSE et al., 2011).
A Ruptura Prematura das Membranas ovulares (RPM) ou amniorrexe prematura é a
rotura espontânea das membranas ovulares e presença de líquido amniótico antes do início do
trabalho de parto. Pode ocorrer antes das 37 semanas sendo considerada RPM pré-termo e
depois das 37 semanas é considerada RPM termo (BRASIL, 2010; FANEITE et al., 2009).
A RPM é uma das complicações mais comuns da gravidez de importante impacto na
morbimortalidade perinatal e neonatal, sendo responsável, de forma direta e indiretamente, pelo
alto índice de prematuridade neonatal, transformando uma gestação normal em uma gestação de
alto risco. A morbiletalidade perinatal decorre da infecção amniótica, da prematuridade e suas
complicações, prolapso de cordão, circulares de cordão e sofrimento fetal. Já as complicações
maternas advém das infecções pré-parto e puerperais. Atualmente a ruptura prematura das
membranas fetais ainda é uma preocupação para saúde pública sendo a principal causa de infecção
puerperal (REZENDE, 2011; FANEITE et al., 2009; SANTOS, OLIVEIRA E BEZERRA,
2006).
As causas podem ser divididas em espontânea e iatrogênica. As espontâneas são as mais
comuns, tem etiologia complexa e multifatorial, estão relacionadas frequentemente com as
infecções ascendentes do trato geniturinário como as infecções do trato urinário (ITU’s), por
patógenos da flora vaginal como: estreptocos do grupo B, Gardnerella vaginalis, Neisseria
gonorrhoeae, Escherichia coli, Bacteroides sp., Peptostreptococcus e Enterococcus. As causas
iatrogênicas geralmente são por cirurgias, amniocentese e traumas. O risco de ocorrer a RPM
aumenta na presença de colo uterino curto ou contrações uterinas no segundo trimestre da
gestação, porém a maioria dos casos de RPM pré-termo ocorre em mulheres saudáveis com
fatores de riscos não identificados (SÃO PAULO, 2010).
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A RPM ocorre depois da 20ª semana causada pela infecção ascendente de bactérias do
trato genital feminino e pela diminuição do líquido amniótico, que possui componentes
bacteriostáticos. É a principal causa de oligodrâmnio no Brasil, atingindo taxa média de 10% das
gestações (DIAS, SILVA E PAULA, 2011).
Devido à alta incidência de gestantes que procuram o serviço de emergência obstétrica
por essa condição, observa-se a fragilidade da assistência ao pré-natal em sua integralidade, visto
que as causas mais comuns de RPM são evitáveis e facilmente diagnosticadas e tratadas na
atenção primária.
A pesquisa teve como objetivo geral: verificar a incidência de gestantes com amniorrexe
prematura resultantes de infecções do trato geniturinário que buscam atendimento de emergência
na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes no município de Aracaju-SE. Como objetivos
específicos: identificar as principais infecções geniturinárias que ocasionam a ruptura das
membranas fetais assim como, traçar um perfil epidemiológico, classificar o tipo de parto e
investigar as complicações da ruptura prematura das membranas ao binômio mãe-filho.
Então o presente estudo visou traçar um perfil epidemiológico dessas gestantes que
servirá de subsídio para que os profissionais de saúde da atenção primária realizem um
atendimento ao pré-natal de forma resolutiva, efetivando as ações de prevenção, promoção da
saúde, na abertura correta do cartão da gestante, da solicitação dos exames e número de consultas
necessárias para o acompanhamento adequado dessa gestante.
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo quantitativo de caráter exploratório por amostragem não
probabilística intencional, cuja as amostras foram julgadas através de critérios de inclusão e
exclusão. A pesquisa foi realizada na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL), a única
no estado de Sergipe que assiste à gestantes de alto risco.
A coleta de dados foi realizada através de revisão de prontuários de pacientes admitidas
no ano de 2012. No estudo foram incluídos os prontuários das gestantes admitidas com
diagnóstico de Ruptura de Prematura de Membranas (RPM) decorrente de infecções do trato
geniturinário e que evoluíram para o parto, excluídos os prontuários das gestantes admitidas antes
de 2012, ilegíveis, que a Declaração de Nascido Vivo e Declaração de óbito não foram
encontradas e que sofreram RPM por outras causas.
Segundo dados da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, o local admitiu 7019
gestantes para atendimento no ano de 2012. Os prontuários a serem analisados foram
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selecionados de janeiro a março obedecendo os critérios de inclusão e exclusão, num total de 962
prontuários analisados, totalizando uma amostra de 72 gestantes com RPM.
O período da coleta de dados ocorreu de março a maio de 2013, utilizando-se de um
questionário semi-estruturado (APÊNDICE A) desenvolvido especificamente para o estudo. Esse
instrumento de coleta foi construído a partir de questionário previamente utilizado na avaliação
de defeitos congênitos através do SINASC realizada por Gerra (2006). O questionário foi
modificado de forma a ser incluído os itens de relevância para pesquisa como: informações
pessoais, idade, sexo, escolaridade, afecções durante a gestação, entre outras informações que
favoreceram um melhor conhecimento e detalhamento do perfil epidemiológico das pacientes
atendidas.
Os resultados foram transcritos para um banco de dados, onde utilizou-se para
tratamento e análise dos dados o programa Excel versão 2013. Esta ferramenta foi utilizada para
criação de gráficos e tabelas que auxiliaram na interpretação dos resultados.
O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Tiradentes
(CEP – Unit), segundo protocolo nº 150213 (ANEXO A), adotou-se os preceitos éticos de
acordo com a Resolução nº 196, de 10 de outubro de 1996, do Conselho Nacional de Saúde,
garantindo sigilo das informações extraídas pelo questionário semi-estruturado dos prontuários
selecionados para coleta de dados.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Diante dos 962 prontuários analisados, 92,5% (890) não apresentaram RPM e 7% (72)
apresentaram a RPM. Considerando que não foram revisados todos os 7019 prontuários do ano
de 2012 e sim apenas 13,7% (962) do total de prontuários, observou-se uma alta incidência de
RPM por infecções do trato geniturinário em meio ao universo de patologias obstétricas
existentes (Gráfico 1).
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Gráfico 1. Incidência de RPM em gestantes admitidas na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, de janeiro a março de 2012. Fonte: Dados da pesquisa.
A Rotura Prematura de Membrana fetais (RPM) é um problema de saúde pública que
eleva a taxa de incidência de partos prematuros no Brasil e no mundo. Trata-se de uma das
complicações obstétricas mais comum, que torna a gestação um risco, uma intercorrência que
aumenta significativamente as taxas de morbimortalidade neonatal e materna (SANTOS,
OLIVEIRA E BEZERRA, 2006).
Segundo Machado et al. (2012) as intercorrências maternas de maior frequência são a
RPM e a infecção do trato urinário. A RPM é responsável por 80% dos partos prematuros, 72
7% 890 93% RPM presente RPM ausente existindo evidências de que a infecção intrauterina
seja o principal fator responsável por essa intercorrência
De acordo com Faneite et al. (2008) em um universo de 7749 pacientes, a incidência de
RPM entre 2005-2007 foi de 185(2,02%) das pacientes. Ainda afirmam que a infecção urinária
(ITU) é um fator determinante na RPM, na qual foi encontrada em uma a cada quatro pacientes
com morbidade puerperal. Levando a crer que a ITU é mais frequente e geralmente diagnosticada
após o parto.
Com relação a idade e número de gestações da população estudada, observou-se maior
incidência de primigestas na faixa etária de 18 a 25 anos com 64,5% (20), nas secundigestas da
mesma faixa etária a incidência foi de 16,1% (5), e nas multigestas temos 19,3% (6). Do total
das primigestas observou-se 47,2% (34), secundigestas 19,4% (14) e multigestas 33,3% (24).
Constatando que a ruptura prematura de membranas ocorreu com maior incidência nas
primigestas, principalmente na faixa etária entre 18 a 25 anos (Tabela 1).
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Tabela 1. Correlação entre faixa etária e número de gestações das pacientes com diagnóstico de RPM admitidas na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, de janeiro a março de 2012. Fonte: Dados da pesquisa.
Resultados semelhantes foram encontrados no estudo de Paula et al. (2008), no qual
dentre os 173 casos estudados a idade variou de 13 a 44 anos, quanto a paridade 66,4% eram
primigestas e 30,6% eram multigestas.
A Tabela 2 mostra a distribuição das pacientes estudadas quanto ao estado civil, cor da
pele e escolaridade. Em relação ao estado civil, mais da metade (62,5%) das gestantes declarou
terem união estável e apenas 15% declararam serem casadas. Diferentemente do estudo de
Spindola, Penna e Progianti (2006), onde existiu uma prevalência de casadas (38,9%) sobre as
com união estável (33,8%). Estes resultados conferem com o censo demográfico de (2000), em
que foi evidenciado que os casamentos civis tiveram uma queda vertiginosa nas últimas décadas.
Em geral, as pessoas, pelos motivos mais variados, estão unindo-se consensualmente.
Tabela 2. Representação do perfil epidemiológico das gestantes com RPM admitidas na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, de janeiro a março de 2012. Fonte: Dados da pesquisa.
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A presença de um companheiro é muito importante no processo gestacional, pois é ele a
pessoa que mantém mais contato com a mulher, tendo o papel de cuidador da mesma,
necessitando, sempre que possível, estar com ela durante as consultas pré-natal e acompanhando
toda a evolução gestacional (SANTOS, RADOVANOVIC e MARCON, 2010).
Quanto ao grau de instrução, das gestantes incluídas 2,8% (2) sem escolaridade, 30,6%
(22) concluíram apenas o ensino fundamental, 12,5% (9) não concluíram o ensino fundamental,
36,1% (26) das gestantes que participaram do estudo concluíram o ensino médio, 5,6% (4)
haviam completado o ensino superior.
A escolaridade desempenha papel central na maneira como as pessoas irão conduzir sua
vida e a de seus filhos, especialmente quando estas são adolescentes, o que foi identificado na
maioria das participantes do estudo. As mães que tem maior grau de instrução podem ter uma
visão mais abrangente das coisas que estão ao seu redor (SANTOS, RADOVANOVIC e
MARCON, 2010). Em relação à cor da pele não foi encontrada em revisões de literatura associação com a
RPM, todavia nesta pesquisa 70,8% (51) das gestantes eram pardas, 18,1% (13) eram brancas e
apenas 9,7% (7) eram negras, o que abre precedentes para novos estudos com associação da cor
da pele com tal complicação.
Gráfico 2. Trimestre de início do pré-natal das gestantes com diagnóstico de RPM admitidas na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, de janeiro a março de 2012. Fonte: Dados da pesquisa.
O gráfico 2 mostra que 56,9% (41) das gestantes do estudo aderiram ao pré-natal ainda
no primeiro trimestre, o que é muito satisfatório, pois um pré-natal adequado prevê riscos do
curso da gestação e faz com que o profissional tenha uma visão ampla da gravidez, do parto e do
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puerpério, prevendo riscos evitáveis. Em contraposição 22,2% (16) das gestantes só aderiram ao
pré-natal no 2° trimestre o que pode ter sido determinante para RPM.
Com esses resultados, percebe-se que a maioria está comparecendo ao pré-natal para
receber assistência a fim de garantir uma gestação saudável e um parto seguro para mãe e filho.
Um atendimento de qualidade no pré-natal pode desempenhar um papel importante na redução
da mortalidade materna, além de evidenciar outros benefícios à saúde materna e infantil
(CUNHA et al., 2009).
Tabela 3. Distribuição dos resultados de exames realizados pelas gestantes admitidas na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, de janeiro a março de 2012. Fonte: Dados da pesquisa.
Observando a tabela 3, com relação à ultrassonografia obstétrica, 34,7% (25)
apresentaram alterações do volume do líquido amniótico na ultrassonografia. Em relação ao
sumário de urina o valor foi ainda mais expressivo, 18,1% (1) apresentaram presença de bactérias
e piócitos no valor acima de 6 na amostra de urina como alteração no exame. Com respeito ao
hemograma 77,8% (56) apresentaram sinais de infecção no leucograma como alteração no exame.
A falta do registro dos exames nos prontuários foi bastante expressivo, podendo estar relacionado
com a falha no registro dos exames ou a não realização dos mesmos.
De acordo com Gonzales (2013) em seu estudo realizado no Instituto Nacional Materno
Perinatal (INMP) em Lima-Peru, detectou a presença de bactérias em urocultura de gestantes
com ruptura prematura de membranas ocorreram em 92% das adolescentes e 78% nas gestantes
idosas. Então entre as complicações obstétricas durante a gestação associadas a infecção urinária
assintomática e sintomática estão a ruptura prematura de membranas (RPM), pré- eclâmpsia e
aborto.
O gráfico 3 demonstra a distribuição das principais afecções durante as gestação das
pacientes com RPM. Observa-se que a ITU é a infecção mais prevalente entre as gestantes com
23,6% (17), a corioamnionite com 2,8% (2). Com relação a infecção do trato genital 1,4% (1)
das gestantes estudadas apresentaram vaginose bacteriana. Outro dado relevante é a incidência de
sífilis nas gestantes com RPM numa porcentagem de 4,2% (3) do total da amostra. É
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preocupante o número de prontuários sem registro de tais afecções, chegando a 62,5% (45) da
amostra dificultando a identificação de mais casos e até mesmo a assistência prestada as gestantes.
Gráfico 3. Distribuição das principais afecções durante a gestação das pacientes admitidas com RPM na Nossa Senhora de Lourdes, de janeiro a março de 2012. Fonte: Dados da pesquisa.
Segundo Duarte et al. (2008) não existem dúvidas que a ITU é uma relevante fonte das
complicações maternas e perinatais. Visto que, a bacteriúria assintomática acomete entre 2 a 10%
das gestações, tornando uma lógica incontestável a identificação e tratamento desta infecção
durante o pré-natal evitando assim os casos mais graves e suas frequentes complicações.
Giraldo et al. (2012) afirmam que as altas taxas de vaginose bacteriana foram observadas
em ambos os grupos pesquisados por ele. Ainda em seu estudo foi observado uma alta
porcentagem de ITU também em ambos os grupos. Estes resultados são preocupantes, devido as
possíveis complicações durante a gravidez e o parto, consequências para o binômio mãe-filho.
De acordo com Amorim e Melo (2009) em um estudo de coorte envolvendo quatro
países, conduzido pelo grupo de pesquisa em cuidados pré-natais da OMS com o objetivo de
detectar os fatores de risco e a prevalência e incidência de sífilis durante a gravidez, detectou a
prevalência inicial de sífilis de 0,9%, e a incidência durante a gravidez de 0,4%.
Com relação a corioamnionite, Paula et al. (2008) relatam que das gestantes com RPM
incluídas na pesquisa, 67,1% apresentaram a corioamnionite como complicação. A taxa de
infecção é diretamente proporcional à duração do período de latência, aumentando após as
primeiras 24 horas e sendo pelo menos dez vezes maior após 72 horas.
No estudo publicado por Faneite et al. (2009) detectou-se corioamnionite em cerca de
10% das pacientes incluídas em seu estudo, uma patologia notória como complicação materna da
RPM.
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Gráfico 4. Classificação das gestantes de acordo com o Volume de Líquido amniótico das gestantes admitidas na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL), de janeiro a março de 2012. Fonte: Dados da pesquisa.
O gráfico 4 representa a distribuição das gestantes com relação ao volume de líquido
amniótico. Observa-se pelo exame de ultrassonografia obstétrica realizado pelas gestantes na
própria maternidade, 36,1% (26) das gestantes que sofreram RPM já estavam com
Oligodramnia, 9,7% (7) apresentaram como resultado da ultrassonografia Anidramnia e apenas
8,3% (6) apresentaram volume de líquido amniótico normal. Contudo do total dos prontuários
revisados 45,8% (33) não continham resultados de ultrassonografias podendo ser decorrente de
falha no registro dos prontuários ou a não realização do exame. Nenhum dos prontuários
investigados apresentaram Polidramnia como resultado da ultrassonografia obstétrica.
Em um outro estudo realizado na MNSL publicado por Dias, Silva e Paula (2011)
relatam que das 1.006 gestantes admitidas nos anos de 2004, 2005 e 2006 com diagnóstico de
oligodrâmnio, 439 foram provocadas pela RPM. Os autores consideraram que a RPM foi a
principal etiologia do oligodrâmnio.
No que diz respeito ao tipo de parto, a escolha ao parto vaginal é de 63,9% (46) e
36,1% (26) realizaram parto cesáreo. Com relação as características do líquido amniótico, 81,9%
(59) demonstraram-se claro, já o líquido amniótico meconial teve incidência de 6,9% (5),
sanguinolento 2,8% (2) e de outra característica que não se encaixasse entre os descritos acima foi
de 1,4%(1) (Tabela 4).
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Tabela 4. Distribuição dos dados sobre o parto das gestantes admitidas com RPM na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, de janeiro a março de 2012. Fonte: Dados da pesquisa.
Resultados semelhantes foram encontrados no estudo de Paula et al. (2008), quanto ao
tipo de parto, a maior amostra foi do tipo vaginal 59,5%, seguido por cesariana em 39,3%. No
estudo de Santos, Oliveira e Bezerra (2006) dos tipos de parto investigados, o parto normal foi o
predominante, ocorrendo 51,3% das clientes.
No que diz respeito a complicações para os recém-nascidos, a prematuridade foi
evidenciada com 66,7% (48), dos bebês a termos observou-se apenas 33,3%(24) do total
investigado. Com relação ao sexo dos recém-nascidos 44,4% (32) eram do sexo masculino,
51,4% (37) feminino e 4,2% (3) dos recém-nascidos estudados estavam sem registro do sexo
(Tabela 5).
Tabela 5. Distribuição dos dados do RN das gestantes admitidas com RPM na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, de janeiro a março de 2012. Fonte: Dados da pesquisa.
De acordo com Santos, Oliveira e Bezerra (2006) em seu estudo foram selecionados 37
recém-nascidos e suas mães com diagnóstico de RPM. Dentro dessa amostra observou-se 35,1%
(13) dos nascimentos foram prematuros.
Para Paula et al (2008) a principal causa de morte neonatal foi a prematuridade extrema,
reforçando assim, a importância deste agravo no incremento das taxas de óbito neonatal,
sobretudo entre egressos de gestações com ruptura prematura de membranas no pré-termo.
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Tabela 6. Distribuição das complicações do RN de gestantes admitidas com RPM na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, de janeiro a março de 2012. Fonte: Dados da pesquisa.
A tabela 6 mostra a distribuição sobre a dificuldade respiratória e o óbito neonatal. Neste
estudo foi evidenciado que a maioria dos bebês 62,5% (45) não desenvolveram dificuldade
respiratória, 30,6% (22) desenvolveram dificuldade respiratória. E apenas 1,4% (1) bebê foi a
óbito, por motivo de prematuridade extrema, que é incompatível com a vida.
No estudo de Silva, Dias e Paula (2011) foram quatro mortes neonatais sendo 12,9%
dos 31 casos de associações entre as intercorrências da RPM. No estudo de Rocha et al. (2002)
onde estes avaliaram as repercussões da infecção ascendente sobre a mãe, o feto e o recémnascido,
nos casos de RPM, constatou-se que ocorreram 2 casos (3,9%) de óbito fetal e 4 casos (7,8%)
de óbito neonatal precoce entre os recém-nascidos infectados, contra nenhum caso de óbito entre
os recém-nascidos não infectados.
Já o estudo de Faneite et al. (2009) constatou que 14,59% (27/159) dos recém-
nascidos tiveram fatores de morbidade neonatal e dos principais fatores de morbidades está a
insuficiência respiratória com 33,33% dos recém-nascidos.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Dessa forma observa-se pelo estudo que a incidência de ruptura prematura de membranas
ainda é um problema de saúde pública que acomete a mulher em seu período gestacional, e
agrava-se quando a mesma não é assistida de maneira a prever complicações obstétricas e
perinatais.
Embora a RPM seja uma complicação de grande relevância na gestação, a mesma vem
sendo pouco estudada. Tornando-se uma das maiores dificuldades para o desenvolvimento do
estudo. Em relação a coleta dos dados na maternidade, o setor de arquivo não é apropriado para
armazenamento de prontuários e os mesmos não se encontram organizados, o que dificulta a
consulta e pesquisa.
Foi possível observar a intrínseca relação entre a possível falha no pré-natal e a incidência
de suas complicações, visto que a principal causa de RPM foi a infecção do trato urinário, já que
a mesma é possivelmente diagnosticada e tratada durante as consultas de pré- natal. O
profissional enfermeiro por apresentar-se como o elemento mais ativo no âmbito da atenção
primária, deve estar atento para detectar o mais precocemente a bacteriúria sintomática ou
assintomática, para que a gestação continue seu curso fisiológico garantindo sucesso para o
binômio mãe e filho.
O estudo em questão foi importante para determinar a incidência da RPM e suas
principais causas no estado de Sergipe, a partir da análise dos prontuários investigados e de sua
ocorrência, a fim de auxiliar o enfermeiro na melhoria da assistência ao pré-natal.
Observou-se no estudo, a falha dos registros nos prontuários e as divergências de
informações dos mesmos, dificultando a interpretação e análise dos prontuários investigados. Os
profissionais da Maternidade Nossa Senhora de Lourdes devem ser conscientizados quanto a
importância dos registros nos prontuários. A falha nos registros pode acarretar a não detecção dos
casos de RPM e de suas possíveis causas.
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REFERÊNCIAS
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APÊNDICE A – INSTRUMENTO DE COLETA Tema: incidência de gestantes admitidas com ruptura prematura de membranas fetais em uma
maternidade de alto risco no município de Aracaju-Sergipe no ano 2012.
Pesquisadores: Cristiane Mota e Juliana Cerqueira
Orientador: Prof. Esp. Lourivânia Prado
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ANEXO - PROTOCOLO DE APROVAÇÃO DO CEP/UNIT
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Juliana de Vasconcelos Cerqueira Braz
Possui graduação em Enfermagem pela UNIVERSIDADE TIRADENTES, mestrado em Biotecnologia de Recursos Naturais pela Universidade Federal de Sergipe. Professora no curso de enfermagem da Universidade Tiradentes, ministrando a disciplina Enfermagem comunitária II. Tem experiência na área de Enfermagem, com ênfase em Enfermagem de Saúde Pública, atuando nos temas relacionados a doenças transmissíveis.
Cristiane Mota Oliveira
Possui graduação em enfermagem pela Universidade Tiradentes - Aracaju-SE. Tem experiência em estudos e pesquisas na área de ciências da saúde com o foco em Enfermagem, residências e trabalho.
Isabella Barros Almeida
É graduada em Enfermagem pela Faculdade de Ciências Médicas de Campina Grande, Especialista em Enfermagem do Trabalho pela Faculdades Integradas de Patos, Mestre em Ciências Odontologicas pela Universidade Federal da Paraíba – UFPB. Doutoranda em Ciências da Saúde pela Universidade Federal de Sergipe - UFS. Docente da Universidade Tiradentes – UNIT. Tem experiência na área de enfermagem, com ênfase em Fitoterapia, atuando principalmente com pesquisa experimental de novos insumos.
Lourivânia Oliveira Melo Prado
Possui graduação em Enfermagem Bacharelado pela Universidade Federal de Sergipe. Atualmente é Docente do curso de enfermagem da Universidade Tiradentes/UNIT e enfermeiro estatutário da - MATERNIDADE NOSSA SENHORA DE LOURDES. Tem experiência na área de Enfermagem, com ênfase em Enfermagem obstétrica e neonatal, atuando principalmente nos seguintes temas gestantes de alto risco, pré natal, parto, puerperio e recém nascidos.
Chirlaine Cristine Gonçalves
Doutora pelo programa de pós-graduação em ciências e tecnologia, no doutorado de engenharia de processos trabalhando com extrato vegetal utilizados em lesões de pele, na linha de curativos biológicos, Mestre em Saúde Coletiva, Especialista em Enfermagem do trabalho. Terapeuta comunitária. Atualmente é membro efetivo da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa - CONEP, Professora titular do Instituto Federal do Sergipe. Linha atual de pesquisa: Saúde e Meio Ambiente, Biotecnologia e Saúde do Trabalhador
RECEBIDO EM 21/06/2016 APROVADO EM 09/10/2016
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