aula 4 - parÊnquimas

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PARÊNQUIMASCONSIDERAÇÕES GERAIS, CARACTERISTICAS E OCORRÊNCIA

Também = parênquima fundamental; Presente – região cortical e medular do caule e

da raiz do pecíolo e nas nervuras salientes da folha;

Células de formas variáveis (poliédricas, cilíndricas ou esféricas;

Podem conter cloroplastos, amiloplastos, cristais.

Característica principal = fotossintetizante; Presença de cloroplastos; Forma das células variáveis Vacúolo grande – empurra os cloroplastos junto

à parede – forma uma camada uniforme dessas organelas;

Local mais apropriado para a absorção do gás carbônico.

Presentes em órgãos que realizam fotossíntese;

Tipos: paliçádico, esponjoso. Ao lado: Folha de Camellia

(Theaceae)

Função principal = armazenar substâncias provenientes do metabolismo primário das plantas;

Reserva pode estar: Forma de solução açucarada - sacarose

(dissolvida no vacúolo) – colmo da cana-de-açúcar;

No citoplasma – ocorrem na forma de partículas sólidas = inulina (raiz de dália) ou líquida = gotas de óleo (endosperma da mamona);

Reserva – normalmente = proteínas como as presentes nos cotilédones de soja;

DISTRIBUIÇÃO Está distribuído em órgãos de plantas –

podem ser utilizadas como alimento (raízes, rizomas, algumas folhas, frutos e sementes);

Pode funcionar como adaptação a determinado ecossistema = espécies de ambientes xéricos e ambientes aquáticos

De acordo com o tipo de reserva este parênquima está classificado em:

1. Parênquima amilífero – reservam grãos de amido – nos amiloplastos – ocorre nos caules (batata-inglesa) e raízes (batata-doce e mandioca).

2. Parênquima aerífero (aerênquima) – armazena ar entre suas células – presença de grandes espaços intercelulares – comum em plantas aquáticas.Caule de Nymphoides sp (Menyanthaceae) – aerênquima e astroesclereides

3. Parênquima aquífero – armazena água em suas células – células volumosas – grande vacúolo – sem cloroplastos – encontrado em folhas e caules de plantas suculentas (cactos) e em folhas e raízes de plantas xerófitas e epífitas.

Parênquima aquífero de Syngonantus rufides (Eriocaulaceae)

TECIDOS DE SUSTENTAÇÃO

São tecidos que têm por função dar resistência e sustentação ao corpo das plantas, permitindo o

seu crescimento vertical ou proporcionando proteção a partes

delicadas, como a semente.

Colênquima

Colênquima

Deriva – palavra grega colla = cola ou substância glutinosa = espessamento fino e brilhante

das paredes primárias das células do colênquima.

ColênquimaTecido vivo;

Formado por células semelhantes às dos parênquimas;

Por serem capazes de retomar a atividade meristemática;

Mas com reforço de celulose nos cantos;

ColênquimaEspessamento desigual das

paredes celulares;

Com grande quantidade de substâncias pécticas e água

Ao ME = paredes brancas e brilhantes;

Células podem conter cloroplastos;

ColênquimaA forma é variável, sendo curtas,

longas ou isodiamétricas;

Plasticidade e espessamento da paredes;

Plasticidade da parede celular do colênquima possibilita o

crescimento do órgão ou tecido até atingir a maturidade;

Capacidade da divisão;

Colênquima

ORIGEM Origina-se do meristema

fundamental.

Colênquima

OCORRÊNCIAÉ o tecido mecânico das

regiões de crescimento;Ocorre em órgãos jovens;Nos caules é usualmente

periférico;

Colênquima

Nas folhas ocorre no pecíolo (nervura central ou na borda do

limbo);

Foto: Lucas Botelho – 2013 – aluno agronomia

Colênquima

Pode ocorrer como um cilindro contínuo Sambucus

(sabugueiro);Ou em cordões individuais

Cucurbita (aboboreira);

TIPOS DE COLÊNQUIMA

Figura 1. Colênquima. A - angular; B - lamelar

Colênquima angularAs paredes mostram maior espessamento

nos ângulos;

Ex: pecíolo de Begônia, caule de Ficus (figueira) e de Cucurbita (aboboreira).

Colênquima lamelar

Células mostram um espessamento nas

paredes tangenciais interna e externa –

caule de Sambucus e dente de leão (Taraxacum – Asteraceae)

Colênquima lacunar Pode ter espaços intercelulares; Os espessamentos ocorrem nas

paredes próximas ao espaço é chamado lacunar;

Ex: pecíolo de Salvia (sálvia), raiz de Monstera, caule de Asclepias (erva-

de-rato) e de Lactuca (alface).

Salvia

Monstera

Asclepias

Colênquima anelar Células – paredes

com espessamento

mais uniforme – lume celular

circular – nervuras principais de

folhas de dicotiledôneas.

Bidens pilosa (Asteraceae)

RELAÇÃO FORMA-FUNÇÃO devido a plasticidade e capacidade de alongar-

se, adapta-se à sustentação das folhas e caules em crescimento;

as regiões jovens, geralmente são fotossintetizantes, necessitando, portanto, de

tecidos que permitam a entrada da luz, como é o caso do colênquima;

RELAÇÃO FORMA-FUNÇÃO Estas regiões, geralmente são tenras e portanto

mais facilmente atacadas por herbívoros, além de microrganismos - necessidade de

cicatrização e regeneração celular - fenômenos conseguidos devido a capacidade do colênquima de reassumir a atividade

meristemática.

ESCLERÊNQUIMA

1. Considerações gerais Durante o crescimento da planta. a

plasticidade da parede celular (do colênquima) é muito importante pois

as células sofrem alongamento, porém quando atinge a maturidade, a

célula deve assumir uma forma definida e, neste caso, a elasticidade da parede (do esclerênquima) é mais

relevante que a plasticidade.

1. Considerações gerais

Uma parede elástica pode ser deformada por tensão ou pressão, mas

reassume sua forma e tamanho originais quando essas forças

desaparecem.

1. Considerações gerais

Se um órgão maduro fosse constituído unicamente de tecidos plásticos, as deformações causadas pelos mais

variados agentes como vento, passagem de animais e outros, seriam permanentes.

1. Considerações gerais

Por outro lado, a planta deve oferecer resistência às peças bucais, unhas e

ovopositores de animais.

1. Considerações gerais A presença de esclerênquima como uma

camada protetora ao redor do caule, sementes e frutos imaturos evita que os animais e

insetos se alimentem deles, porque a lignina não é digerida, sendo um mecanismo de

defesa da planta.

2. Características também um tecido de sustentação;

suas células não mantém seus protoplastos vivos na maturidade; apresentam parede secundária lignificada, cujo espessamento é

uniforme; paredes secundárias são depositadas

após as células terem atingido o seu tamanho final;

2. Características composição da parede secundária é

de celulose, hemicelulose, substâncias pécticas e de 18 a 35%

de lignina; lignificação inicia-se na lamela média

e na parede primária e, depois atinge a parede secundária;

3. Ocorrência

em faixas ou calotas ao redor dos tecidos vasculares fornecendo proteção e

sustentação;

3. Ocorrência

3. Ocorrência

como grupos celulares muito grandes nas cascas de frutos

secos ou endocarpos de drupas nos envoltórios de sementes

duras;

3. Ocorrência

Em tecidos parenquimáticos, como por exemplo na medula e córtex de caules e pecíolo de Hoya, mesofilo de Nymphaea,

raízes de Monstera deliciosa, etc.

Hoya

Nymphaea

4. Tipos de Esclerênquima A. Esclereides

células são muito curtas; paredes secundárias muito

espessadas; presença de numerosas

pontoações; tecido formado é muito rígido;

diferentes tipos de esclereídeos, classificadas de acordo com sua

forma:

4. Tipos de Esclerênquima

Braquiesclereídeos – isodiamétricas - fruto da pera

(Pyrus);

4. Tipos de Esclerênquima

Astrosclereídeos - mostram muitos braços geralmente

longos -ocorre em folhas de Nymphaea e Trochodendron;

Trochodendron

Macroesclereídeos - alongados - forma colunar - ocorrem nos envoltórios das

sementes de ervilhas e feijões "células em ampulheta";

Tricoesclereídeos - forma semelhante a tricomas - como ocorre nas raízes de Monstera.

Figura 2. Esclereídeos. A, B - Pyrus (célula pétrea); C, D - Hoya (caule); E, F -

Malus (endocarpo); G - Hakea (colunar do

mesofilo); H, I - Camelia (pecíolo); J -

Trochondendron (astroesclereíde do caule) K - Allium (epiderme); L, M - Olea (folha); O, P - Phaseolus (células em

ampulheta)

Fibras Células esclerificadas;

Longas – extremidades afiladas - lume reduzido - paredes secundárias espessas;

Sustentação nas partes vegetais que não mais se alongam;

Fibras xilemáticas e extraxilemáticas;

Fibras Extraxilemáticas - porque ocorrem em outros tecidos que não o xilema; paredes secundárias são muito

espessas; preenchendo o lume celular;

Dicotiledôneas, estas fibras são floemáticas e são chamadas de

fibras macias;

Fibras

Muitas são usadas no comércio, como é o caso do Cannabis sativa (cânhamo), Linum usitatissimum (linho) e

Boehmeria nivea (rami), pois têm pouca lignina;

FibrasMonocotiledôneas, como

Sansivieria zeylanica (espada-de-são-jorge), Phormium tenax

(linho-da-nova-zelândia), Agave sisalana (sisal), as fibras são de

origem pericíclica, muito lignificadas e são chamadas de

fibras duras.

Fibras esclerenquimáticasFolha de Velloziaceae

Fibras esclerenquimáticas Folha de Syngonathus

caracecensis

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