alapa manual de segurança agrícola e off the road
TRANSCRIPT
ALAPA
1
ALAPA/COMISSÃO AGRÍCOLA E OFF THE ROAD/MANUAL DE SEGURANÇA
ALAPA
MANUAL DE SEGURANÇA AGRÍCOLA E OFF THE ROAD
PNEUS, RODAS, CÂMARAS DO AR E VÁLVULAS
RECOMENDAÇÕES SOBRE USO E MANUTENÇÃO
1ª Edição 2005
VETADA A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE DOCUMENTO
ALAPA
2
ALAPA/COMISSÃO AGRÍCOLA E OFF THE ROAD/MANUAL DE SEGURANÇA
Manual de Segurança Agricultura e Off the Road
Pneus para Tratores, Implementos Agrícolas e
Equipamentos Off the Road
Principais Cuidados
INTRODUÇÃO Os pneus, câmaras de ar, protetores, válvulas, aros e rodas, produzidos
pelos fabricantes latino-americanos, membros da ALAPA, incorporam
tecnologia avançadas, desenvolvidas por muitos anos de experiência, atingindo
um padrão elevado de qualidade e segurança.
Mesmo com a alta tecnologia e segurança incorporada a estes produtos,
não devem ser ignorados alguns procedimentos que requerem cuidado e
atenção. É essencial portanto que o usuário zele pela sua própria segurança e
a de terceiros, evitando a utilização destes produtos de forma inadequada.
As recomendações da ALAPA representam um resumo das principais
regras para o uso e manutenção dos produtos aqui referidos, baseadas em
sólido conhecimento e experiência, permitindo ao usuário a obtenção do
máximo aproveitamento destes produtos, com toda segurança.
Informamos ainda que estas recomendações são genéricas e não abrem
condições especiais de uso devendo o usuário das mesmas respeitar as
obrigações legais vigentes no local de uso, as quais podem variar entre países.
O conteúdo deste manual destina-se principalmente a Revendedores e
Reconstrutores de Pneus, a Borracheiros, a Frotas e a Operadores de
Máquinas em geral.
ALAPA
3
ALAPA/COMISSÃO AGRÍCOLA E OFF THE ROAD/MANUAL DE SEGURANÇA
Para maiores detalhes sobre diversos itens aqui tratados, poderão ser
consultadas as Normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e
o Manual de Normas Técnicas da ALAPA (Associação Latino Americana de
Pneus e Aros).
SÓCIOS EFETIVOS DA ALAPA
ALCOA WHEEL & FORGED PRODUCTS
ARVINMERITOR DO BRASIL SISTEMAS AUTOMOTIVOS LTDA
BORLEM S. A. EMPREENDIMENTOS INDUSTRIAIS
BORLEM ALUMÍNIO S. A. BRIDGESTONE FIRESTONE DO BRASIL INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA.
GOODYEAR DO BRASIL – PRODUTOS DE BORRACHA LTDA.
INDUSTRIAS JOÃO MAGGION S.A.
IOCHPE MAXION S.A.
MERITOR DO BRASIL LTDA. – DIV. LVS.
PIRELLI PNEUS S.A.
SOCIEDADE MICHELIN DE PARTICIPAÇÕES IND. E COM. LTDA.
SCHRADER BRIDGEPORT BRASIL LTDA.
TECNOROAD RODAS E PNEUS PARA TRATORES LTDA.
SÓCIOS AFILIADOS DA ALAPA
BANDAG DO BRASIL LTDA.
BORRACHAS VIPAL S.A.
DREBOR IND. DE ARTEFATOS DE BORRACHA LTDA.
ALAPA
4
ALAPA/COMISSÃO AGRÍCOLA E OFF THE ROAD/MANUAL DE SEGURANÇA
SÓCIOS CORRESPONDENTES DA ALAPA
ALUJET-INDÚSTRIA E COMERCIAL LTDA
BRIDGESTONE FIRESTONE DE LA ARGENTINA
BRIDGESTONE FIRESTONE VENEZOLANA
BRIDGESTONE FIRESTONE MÉXICO
ICOLLANTAS – INDÚSTRIA COLOMBIANA DE LLANTAS
MARANGONI DO BRASIL LTDA
MICHELIN ARGENTINA S.A.I.C.S.
MICHELIN CHILE LTDA.
MICHELIN ANDINA LTDA. – COLÔMBIA
MURIEL INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA.
MG PNEUS IND. COM. S.A
NEUMÁTICOS GOODYEAR S.A – ARGENTINA
PIRELLI NEUMÁTICOS S.A.I.C – ARGENTINA
PIRELLI DE VENEZUELA C.A
PNEUS NORDESTE LTDA.
REGIGANT – RECUPERADORA DE PNEUS GIGANTES LTDA.
RENOVADORA ÔMEGA
RODAROS – IND. DE RODAS E AROS LTDA.
XODÓ – TRANSPORTES E SERVIÇOS LTDA.
ALAPA
5
ALAPA/COMISSÃO AGRÍCOLA E OFF THE ROAD/MANUAL DE SEGURANÇA
ÍNDICE
1. Armazenagem
2. Inspeção de Aros e Rodas
3. Montagem e Desmontagem dos Pneus nos Aros ou Rodas e Instalação no
Veículo
4. Pressões de Enchimento
5. Lastro Líquido
5. Instalação dos Conjuntos Montados no Veículo
7. Danos aos Pneus
8. Conserto e Reforma do Pneu
9. Estocagem de Pneus Montados no Veículo
10. Envelhecimento dos Pneus
11. Seleção dos Pneus de Reposição
12. Principais Danos em Pneus e Câmaras de Ar e suas Causas
ALAPA
6
ALAPA/COMISSÃO AGRÍCOLA E OFF THE ROAD/MANUAL DE SEGURANÇA
1.Armazenagem
a) Introdução Os pneus, câmaras de ar, válvulas, aros e rodas devem ser armazenados
em locais cobertos e fechados.
Estejam montados em aros ou não, os pneus devem ser armazenados
devidamente limpos.
Os produtos de borracha não devem ser expostos a luz solar ou artificial
forte, calor, ozônio (motores elétricos e etc.) e hidrocarbonetos (derivados de
petróleo), pois tais elementos tendem a causar sua degradação.
As câmaras de ar para pneus, devem ser infladas ligeiramente, polvilhadas
com talco e colocadas dentro dos pneus, ou armazenadas vazias em pilhas de
no máximo 50 cm de altura, em prateleiras. Estrados com piso de sarrafos não
são recomendados, pois as bordas dos mesmos danificarão as câmaras de
baixo.
Se as câmaras forem fornecidas em caixas de papelão ou sacos, estas
deverão permanecer embaladas pois estas embalagens protegem contra
possíveis contaminações e degradações devido ao ozônio e aos efeitos da luz.
As válvulas deverão ser mantidas de preferência na própria embalagem,
evitando - se também a umidade e o contato com quaisquer produtos que
possam danificá-las.
Os aros e as rodas devem ser armazenados livres de umidade. Caso sejam
empilhados, estes deverão ser de mesmo diâmetro e colocados no sentido
horizontal.
A altura da pilha deverá obedecer os critérios de segurança adequados ao
local.
ALAPA
7
ALAPA/COMISSÃO AGRÍCOLA E OFF THE ROAD/MANUAL DE SEGURANÇA
b) Umidade O armazém deverá ser fresco, seco e moderadamente ventilado, devendo
ser evitada a umidade. Cuidados devem ser tomados para que não haja
ocorrência de condensação.
Pneus que serão destinados a reforma/conserto devem ser bem secos
antes de sua armazenagem.
c) Luz
Os pneus, câmaras de ar e válvulas devem ser protegidos da luz solar e de
luz artificial forte. Recomenda-se que a iluminação do armazém seja feita com
lâmpadas incandescentes.
d) Temperatura
A temperatura de armazenagem deve ser abaixo de 35º C ( ideal é que
fique entre 10 e 25º C). Com temperaturas acima de 50º C, particularmente na
ausência de adequada rotação dos estoques, o processo de envelhecimento da
borracha será acelerado e afetará sua vida útil.
e) Ozônio e Agentes Químicos
Como o ozônio é particularmente nocivo, o armazém não deve ter
equipamentos que gerem ozônio, tais como luzes fluorescentes, lâmpadas de
vapor de mercúrio, motores elétricos, ou outros equipamentos que produzam
faíscas ou outras descargas elétricas.
ALAPA
8
ALAPA/COMISSÃO AGRÍCOLA E OFF THE ROAD/MANUAL DE SEGURANÇA
Solventes, combustíveis, lubrificantes, produtos químicos, ácidos e
desinfetantes que gerem gases e vapores não devem ser armazenados junto
aos pneus, câmaras de ar, protetores, válvulas, aros e rodas.
f) Deformação
Os produtos devem ser armazenados sem tensão ou compressão, para não
sofrerem rachaduras e deformações permanentes.
g) Rotação do Estoque
Para evitar a deterioração, o tempo de armazenagem dos produtos deve
ser minimizado. Recomendamos que o estoque seja manuseado no depósito de
tal forma que os produtos que serão utilizados sejam os que primeiro entraram
no armazém.
h) Armazenagem dos Pneus h1 - Armazenagem em Pilhas
Os pneus podem ser colocados em pilhas, na horizontal em estrados limpos
e livres de contatos com superfícies cortantes. Recomenda - se que o
empilhamento seja no máximo de 5 unidades, não excedendo 1,80mts de
altura. A cada 4 pilhas é recomendada a amarração com dois pneus.
ALAPA
9
ALAPA/COMISSÃO AGRÍCOLA E OFF THE ROAD/MANUAL DE SEGURANÇA
h2 - Armazenagem em Estrados Os pneus também podem ser armazenados na posição vertical, em
prateleiras nas quais a distância do pneu com o piso seja de no mínimo 10 cm.
ATENÇÃO: Para evitar deformações, recomenda-se girar os pneus ligeiramente uma vez pôr mês, para mudar os pontos de apoio. A não observância das recomendações de armazenagem pode comprometer em serviço o desempenho e a segurança dos produtos aqui descritos.
2. Inspeção de Aros e Rodas Roda é um conjunto formado por aro e disco, servindo de elemento
intermediário entre o pneu e o veículo. Portanto aro é o elemento anelar onde o
pneu é montado e o disco é o elemento central que permite a fixação da roda
ao cubo do veículo.
ALAPA
10
ALAPA/COMISSÃO AGRÍCOLA E OFF THE ROAD/MANUAL DE SEGURANÇA
Exemplos de Aros e Rodas
Temos a roda monopeça, como o próprio nome diz é constituída de um
disco e um aro inteiriço (sem divisões no formato).
Os demais tipos de rodas explanamos abaixo.
Para a correta fixação da roda ao cubo é necessário que haja uma perfeita
concordância entre as dimensões das porcas ou parafusos com os furos de
fixação do disco da roda, que podem ser planos, esféricos ou cônicos.
COMPONENTES – RODAS EM 3 PEÇAS
COMPONENTES – RODAS EM 5 PEÇAS
ALAPA
11
ALAPA/COMISSÃO AGRÍCOLA E OFF THE ROAD/MANUAL DE SEGURANÇA
Em casos de rachaduras ou quaisquer imperfeições como deformações,
ovalizações ou empenamento na roda ou componentes, estes não deverão ser
mais utilizados em serviço, pois comprometerão seriamente a segurança do
veículo e usuário, devendo ser substituídos de imediato.
Ferrugem e corrosão podem reduzir a espessura do metal de superfície.
Substituir a roda quando houver corrosão.
Verificar atentamente se a roda utilizada é a recomendada para o uso. O
aro deve ser mantido limpo, com proteção contra ferrugem, antes da montagem
de pneus.
As rodas não devem ser reparadas ou recuperadas sob qualquer hipótese.
Na dúvida, consultar o fabricante para maiores esclarecimentos.
ATENÇÃO: Observar atentamente as recomendações sobre aros e rodas, para preservar a segurança e evitar acidentes que podem ser graves e até mesmo fatais.
IMPORTANTE:
A maioria dos problemas ligados aos aros e rodas estão relacionados à
sobrecarga e à manutenção imprópria.
Antes da substituição de quaisquer componentes, determinar e corrigir a
causa do problema, a fim de evitar reincidências e outros inconvenientes.
As rodas danificadas, ou as que possuírem os assentos dos furos de fixação
rachados, deformados ou desgastados, ou mesmo quando apresentarem
quaisquer tipos de rachaduras não devem ser consertadas, nem reutilizadas,
sob riscos de acidentes graves ou fatais.
Da mesma forma, os aros danificados ou trincados jamais deverão ser
soldados, porque no local da solda, as tensões residuais provocarão novas
ALAPA
12
ALAPA/COMISSÃO AGRÍCOLA E OFF THE ROAD/MANUAL DE SEGURANÇA
rachaduras que tenderão a aumentar rapidamente com uso, podendo provocar
acidentes graves ou fatais.
Para evitar a corrosão, a pintura anti-corrosiva das rodas em aço deve ser
sempre verificada na montagem dos pneus e renovada, se necessário,
retirando-se antes toda a ferrugem encontrada.
Nos casos de corrosão acentuada, a roda deve ser retirada de uso.
Excessiva corrosão ou aros rachados podem apresentar maiores riscos de
acidentes durante sua remoção. Esvazie por completo o pneu antes de remover
o aro do veículo.
Verificar a existência e as condições das porcas e parafusos (prisioneiros).
Providenciar os mesmos no caso de eventual falta e substituí-los quando em
mau estado.
Na eventual quebra de parafuso, substituir também os parafusos
imediatamente vizinhos. Se dois ou mais estiverem quebrados, substituir todos
os parafusos.
Os parafusos devem ser mantidos isentos de óleo. No caso das porcas,
apenas a parte da arruela pode ser lubrificada, tomando o cuidado para que o
óleo de lubrificação não atinja a parte dos filetes de rosca, para evitar operação
de reaperto ou até a perda total do torque de fixação, podendo provocar
acidentes graves ou fatais.
É importante checar se o torque aplicado corresponde ao indicado pelo
fabricante da roda ou do veículo. Excesso de torque ou falta de torque geram
problemas no parafuso e/ou rodas, comprometendo a segurança do conjunto.
É comum a utilização de equipamentos automáticos no aperto das porcas,
devendo os mesmos sempre serem regulados com o torque correto.
Recomenda-se efetuar o controle de aperto das rodas pelo menos a cada
2.000 horas, utilizando-se o torquimetro.
ALAPA
13
ALAPA/COMISSÃO AGRÍCOLA E OFF THE ROAD/MANUAL DE SEGURANÇA
O ar comprimido utilizado para inflar pneus deve ser isento de qualquer
umidade.
Verificar a existência de tampinhas nas válvulas. Providenciar as que
estejam faltando.
A pressão de inflação dos pneus devem obedecer à pressão recomendada
pelo fabricante do veículo ou do pneu, levando em consideração a carga, a
velocidade e o tipo de aplicação; sob pena de comprometer a segurança da
operação e a vida útil da roda e do pneu.
Rodas
O estado das rodas deve ser verificado regularmente, especialmente para
ver se há deformação nos flanges dos aros ou nos discos das rodas.
Flanges danificados permitirão a entrada de pedras, areia ou outros corpos
estranhos entre o flange e o talão, que poderão causar falhas prematuras no
pneu.
No caso de pequenos danos ou desgastes dos flanges é recomendado
eliminar as bordas cortantes para evitar danos aos pneus durante a montagem
e o uso; desde que se mantenha a originalidade do perfil da roda.
Os aros danificados ou trincados jamais deverão ser soldados, porque no
lugar da solda as tensões residuais provocarão novas rachaduras que tenderão
a aumentar rapidamente com o uso.
Retirar da roda ou do aro toda a sujeira, tal como graxa, ferrugem, pó,
lubrificantes e etc. Após a limpeza aplicar pintura antióxido, para eliminar os
efeitos prejudiciais da corrosão.
ALAPA
14
ALAPA/COMISSÃO AGRÍCOLA E OFF THE ROAD/MANUAL DE SEGURANÇA
3. Montagem e Desmontagem dos Pneus nos Aros ou Rodas e Instalação no Equipamento
MONTAGEM
Atendidas as Normas estabelecidas no “Manual de Normas Técnicas de
Pneus, Aros e Válvulas da ALAPA”, bem como as Normas da ABNT, e as
instruções dadas pelos fabricantes de pneus, aros e válvulas, em suas
publicações Técnicas, a ALAPA ressalta os procedimentos mais importantes:
As operações de montagem e desmontagem dos conjuntos devem ser
efetuadas por um profissional experiente que disponha de ferramentas
adequadas e siga corretamente as instruções fornecidas pelos fabricantes de
pneus, aros ou rodas.
Assegure-se de que o pneu a ser montado é do tamanho e do tipo correto
para o veículo e para o serviço pretendido.
Assegure-se de que a roda é a correta quanto a largura e diâmetro.
Trabalhe sempre com segurança, em ambiente limpo e em piso firme, não
permitindo a ninguém montar ou desmontar pneus sem que tenha recebido o
devido treinamento.
Assegure-se que todos os componentes a serem montados estejam limpos
e em boas condições. Em particular, certifique-se de que o pneu e a câmara de
ar não tenham danos e que não haja material estranho entre o pneu e a câmara
de ar ou entre os talões e o aro.
Um vazamento em uma roda para pneu sem câmara pode ser decorrente de
trincas. Caso seja constatado o problema, a roda deve ser retirada de uso. Não
reparar a trinca e nem colocar câmara para conter o problema. Rodas ou aros
com trincas podem causar acidentes graves ou fatais.
Para cada montagem da roda ou aro, devem ser observados a remoção de
toda a sujeira tal como graxa, ferrugem, pó e lubrificantes. Isto se faz
ALAPA
15
ALAPA/COMISSÃO AGRÍCOLA E OFF THE ROAD/MANUAL DE SEGURANÇA
necessário para que se possa analisar eventuais rachaduras, trincas, quebras
ou deformações. Peças defeituosas, peças com elevada corrosão ou com
acentuado desgaste deverão ser imediatamente substituídas.
Assegurar-se de que os parafusos e porcas são adequados ao tipo de
fixação da roda instalada. Para garantir a segurança do processo de montagem,
é recomendada a sobra de 4 filetes de rosca após o aperto. A não observância
deste ítem precipitará perda de torque ou quebra de parafuso, podendo
desprender o conjunto roda/pneu e consequentemente causar acidentes.
Remova toda a contaminação do aro (pó grosso, ferrugem, lubrificante de
montagem, etc.).
Inspecione o aro cuidadosamente: se estiver rachado ou deformado, o
mesmo deverá ser substituído e destruído para evitar que alguém torne a usá-
lo.
Na substituição de pneus tipo “Com Câmara”, recomenda-se usar uma
câmara de ar nova.
Na substituição dos pneus tipo “Sem Câmara”, recomenda-se usar uma
válvula nova.
Para evitar danos à câmara de ar, certifique-se de que a válvula esteja
alojada corretamente no seu orifício.
O uso de extensões de válvula é aconselhável para os pneus cujo acesso é
difícil, como no caso de pneus internos dos conjuntos duplos;
No caso de pneus “Com Câmara”, talqueie a câmara de ar antes de colocá-
la dentro do pneu.
Lubrifique os talões dos pneus e as regiões de assento no aro com o
lubrificante recomendado pelo fabricante do pneu. Isto aplica-se especialmente
aos pneus “Sem Câmara”. Caso estas recomendações não forem seguidas,
danos ou quebra dos talões, poderão ocorrer durante a montagem.
ALAPA
16
ALAPA/COMISSÃO AGRÍCOLA E OFF THE ROAD/MANUAL DE SEGURANÇA
ATENÇÃO: Jamais utilize lubrificantes que contenham derivados de petróleo (hidrocarbonetos) pois provocam a degradação da borracha. Verifique o orifício para alojamento da válvula, o qual deverá ter os cantos arredondados e lisos (rebarbas ou bordas agudas poderão danificar a base e/ou a haste da válvula).
Ao iniciar a inflação tenha certeza de que os talões estejam corretamente
assentados.
Não exceda a pressão recomendada pelo fabricante: máxima de 35 lbs/pol 2 (2.5 Kgf / cm2).
Nunca montar o pneu com câmaras deformadas (dilatadas) ou vincadas
(rugas).
Se não houver o assentamento correto dos talões, esvazie, gire o pneu no
aro e centralize o pneu novamente antes de iniciar a reinflação. Depois do pneu
inflado retorne à pressão recomendada e verifique se os talões estão
corretamente posicionados contra os flanges, isto é feito através de uma linha
de referência do pneu em relação a borda da flange do aro.
Use sempre uma mangueira de ar de cumprimento adequado, entre o
manômetro de ar e o pneu, com inflador tipo “presilha”.
Recomenda-se que o operador fique distante do pneu durante a inflação.
Nunca sentar-se ou ficar diante de um conjunto que esta sendo inflado.
ALAPA
17
ALAPA/COMISSÃO AGRÍCOLA E OFF THE ROAD/MANUAL DE SEGURANÇA
ATENÇÃO: Para sua segurança, esteja sempre fora da trajetória. Evite acidentes graves ou fatais, seguindo estas recomendações.
DESMONTAGEM
Esvazie por completo o pneu antes de remover o aro ou a roda do veículo.
Durante a operação de desmontagem, utilizar procedimentos e
equipamentos adequados, tomando o máximo de cuidado para não serem
danificados os talões do pneu, quebrando-os ou deformando-os. Nesta
operação não use marretas, picaretas ou qualquer ferramenta similar.
Este cuidado permitirá que a futura montagem e utilização do pneu não seja
prejudicada.
ATENÇÃO QUANDO UTILIZAR RODADOS DUPLOS Por motivos de segurança, prevenindo possíveis acidentes, até mesmo fatais, certificar-se em rodados duplos que o pneu externo do par esteja totalmente vazio ao retirar ou permutar os mesmos no equipamento, antes de desparafusar as porcas ou parafusos de fixação por completo. O descumprimento desta recomendação poderá acarretar a projeção do pneu externo sobre o operador, no caso de haver um objeto preso entre os pneus duplos. Os dois pneus, o externo e o interno, deverão ser esvaziados totalmente, pois, neste caso , a eventual existência de trincas ou quebras nos aros também pode acarretar a projeção do pneu externo sobre o operador.
4. Pressões de Enchimento
ALAPA
18
ALAPA/COMISSÃO AGRÍCOLA E OFF THE ROAD/MANUAL DE SEGURANÇA
A maioria dos danos aos pneus são causados, ou agravados, por pressões
de inflação incorretas.
Geralmente os pneus devem ser inflados de acordo com a carga que eles
suportam, conforme estabelecido no Manual de Normas Técnicas de Pneus,
Aros e Válvulas da ALAPA.
Em condições de operação não previstas no Manual de Normas Técnicas
de Pneus, Aros e Válvulas da ALAPA, sempre consultar o fabricante de pneus e
rodas.
Durante a operação de transporte em que os equipamentos são submetidos
a trafegar em estradas ou superfícies duras, em pequenos deslocamentos,
devem ter as pressões dos pneus aumentadas para as recomendadas pelos
fabricantes de pneus.
As pressões de inflação deverão ser verificadas pelo menos uma vez por
semana e sempre antes de iniciar a operação de serviço.
O uso de tampas vedantes para as válvulas é obrigatório para a
manutenção da pressão, pois produzem uma vedação suplementar e protegem
o núcleo da válvula da sujeira que pode causar vazamentos.
Durante a operação de serviço, devido ao aquecimento do pneu, a pressão
poderá aumentar em torno de 20%. Isto é normal e é previsto no projeto do
pneu, por esta razão, a pressão de pneus quentes nunca devem ser
reajustadas para os valores determinados para os pneus frios.
Quando for observado um aumento de pressão muito superior ao previsto,
é preciso verificar as causas, tais como pressão inicial abaixo da recomendada,
excesso de carga, etc.
5. Lastro Líquido
ALAPA
19
ALAPA/COMISSÃO AGRÍCOLA E OFF THE ROAD/MANUAL DE SEGURANÇA
Um método simples de adicionar peso as rodas de tração consiste no
enchimento parcial dos pneus com líquido, ao invés de inflá-los com ar.
Esse método de substituição de até 75% do volume de ar, por uma solução
de cloreto de cálcio e água é recomendado para os pneus de tração.
O cloreto de cálcio é escolhido principalmente por possibilitar um peso
adicional de até 50% sobre o peso da água e é vantajoso do ponto de vista da
tração e não é prejudicial a borracha e também sendo um anti-congelante.
Quando se utilizar a “hidroinflação” em pneus “Sem Câmara” é
recomendável somente para aros e rodas com tratamento superficial
adequados (consultar o fabricante do equipamento) ou com a utilização de
“Câmaras de Ar”.
As câmaras de ar a serem utilizadas em pneus enchidos com líquido
são equipadas com válvulas especiais (Exemplo : TR218A, TR220A).
Os pneus do tipo “Sem Câmara”, também podem ser enchidos com
líquidos e as válvulas deverão ser especiais (Exemplos: TR618A, TR621A,
TR622A e TR623A).
Para se verificar as pressões de pneus enchidos com líquido, a válvula
deve ficar sempre na posição mais alta em relação ao solo e utilizar um
calibrador a prova de corrosão.
6. Instalação dos Conjuntos Montados no Veículo
No caso de substituição da roda, verificar se a mesma é compatível com o
sistema de fixação do equipamento.
Observar a seqüência correta de aperto das porcas ou parafusos de fixação
obedecendo o “torque” de aperto recomendado pelo fabricante do equipamento.
ALAPA
20
ALAPA/COMISSÃO AGRÍCOLA E OFF THE ROAD/MANUAL DE SEGURANÇA
Para obter o melhor desempenho dos pneus, seguir as especificações do
fabricante do equipamento, bem como observar o estado de conservação geral
do mesmo.
7. Danos aos Pneus
Cuidados necessários para evitar danos ao pneu. É necessário verificar regularmente:
A banda de rodagem, quanto a desgaste anormal, perfurações,
deformações e material estranho.
As laterais, quanto a cortes, rachaduras, quebras por impactos ou
contaminações por derivados de petróleo.
Se o dano for uma bolha, uma quebra ou um corte expondo a carcaça ou se
o pneu sofreu um impacto violento que possa ter causado um dano interno, ele
deverá ser removido e examinado por um profissional idôneo e capacitado para
reparar o pneu.
Os consertos deverão ser feitos por especialistas que se responsabilizarão
integralmente pelos mesmos.
É perigoso inflar um pneu que rodou vazio ou com baixa pressão. Antes de
ser inflado, o pneu deverá ser examinado por um profissional idôneo e
capacitado que deverá também examinar a câmara de ar, quando houver a
válvula e o aro.
Se um reparo no pneu for necessário, deverá ser feito o quanto antes
possível para evitar deterioração.
8. Conserto e Reforma do Pneu
ALAPA
21
ALAPA/COMISSÃO AGRÍCOLA E OFF THE ROAD/MANUAL DE SEGURANÇA
É importante que os consertos e as reformas dos pneus sejam executados
por reformador idôneo e capacitado que deverá ter responsabilidade integral
pelo trabalho executado.
Os pneus que necessitem de reparação devem ser examinados por um
profissional idôneo e capacitado que, ao examiná-los, verificará se existe
possibilidade de consertos, assumindo a responsabilidade pelos serviços
efetuados.
Ao atingirem um certo grau de desgaste que, em função da utilização
determine a sua retirada, os pneus poderão ser encaminhados a um reformador
idôneo e capacitado que os examinará e verificará se o estado em que se
apresentem, permite uma reforma segura e econômica.
ATENÇÃO: O pneu reformado deve oferecer ao usuário um nível de segurança equivalente ao dos pneus novos. Por isso a reforma deve ser feita somente em Empresas idôneas, que utilizem equipamentos, processos e materiais requeridos, além de possuírem pessoal treinado e capacitado para as diversas operações de reforma.
9. Estocagem de Pneus Montados no Equipamento
Alguns equipamentos são usados sazonalmente e permanecem fora de
serviço por um longo período de tempo.
Durante esse período os veículos devem ficar em cavaletes e com a
pressão reduzida para 10 lbs/pol 2 (0,7 kg/cm 2) e os pneus protegidos por uma
cobertura que o proteja das intempéries.
Se as condições acima não forem possíveis, os pneus deverão ser
mantidos na pressão de inflação recomendada.
Inspeções periódicas nos pneus são recomendadas para evitar atrasos
quando o veículo retornar ao trabalho.
ALAPA
22
ALAPA/COMISSÃO AGRÍCOLA E OFF THE ROAD/MANUAL DE SEGURANÇA
Recomenda-se a movimentação periodicamente dos equipamentos para
evitar a deformação dos pneus.
Pneus que não estiverem montados nos veículos deverão ser guardados
em lugar coberto, seco, protegidos da luz solar direta distante de dispositivos
elétricos e remanejados regularmente para evitar distorção da carcaça. Para
maiores esclarecimentos consultar o Boletim de Serviço ou Manuais Técnicos
do fabricante de pneu.
10. Envelhecimento dos Pneus
Os pneus envelhecem, mesmo que não tenham sido usados, ou usados
ocasionalmente. Trincas na rodagem e/ou nas laterais, ocasionalmente
acompanhados por deformação da carcaça são evidências de envelhecimento.
Pneus velhos e ou envelhecidos devem ser verificados por um profissional
capacitado e treinado pelo fabricante de pneu que julgará a possibilidade de
uso.
Pneus montados nos veículos estacionados por um período longo, tenderão
a deteriorar e a rachar mais facilmente do que aqueles que estão em uso. Em
tais circunstâncias é importante que o veículo fique em cavaletes e os pneus
protegidos da luz solar direta.
Mesmo que montados em rodas, ou não, os pneus devem ser guardados
em condições de limpeza, livres da exposição da luz solar, ou iluminação
artificial forte, calor, ozônio (equipamentos elétricos) e hidrocarbonetos
(derivados de petróleo).
11. Seleção dos Pneus de Reposição
ALAPA
23
ALAPA/COMISSÃO AGRÍCOLA E OFF THE ROAD/MANUAL DE SEGURANÇA
Os pneus de reposição devem ser adequados ao tipo do equipamento e as
aplicações nas quais serão usados. Estas aplicações podem variar conforme o
tipo de serviço, carga e velocidade.
Lembramos que, em alguns casos especiais, uma mudança de dimensão
de pneu poderá exigir uma outra dimensão de roda.
Os pneus de reposição devem ser capazes de suportar às cargas,
velocidades e os tipos de aplicações reais nos eixos do veículo, conforme
previsto pelo fabricante do equipamento e do pneu.
Os pneus de reposição devem ser adequados ao tipo do equipamento e as
aplicações nas quais serão usados. Estas aplicações podem variar conforme o
tipo de serviço, carga e velocidade.
Lembramos que, em alguns casos especiais, uma mudança de dimensão
de pneu poderá exigir uma outra dimensão de roda.
Os pneus de reposição devem ser capazes de suportar às cargas,
velocidades e os tipos de aplicações reais nos eixos do veículo, conforme
previsto pelo fabricante do equipamento e do pneu. 12. Principais Danos em Pneus e Câmaras de Ar e suas Causas
AVARIA NO TALÃO
CAUSAS PRINCIPAIS: - Montagem/desmontagem com ferramentas e ou processos inadequados;
- Máquinas ou ferramentas danificadas;
- Aro e seus componentes em mau estado de conservação.
ALAPA
24
ALAPA/COMISSÃO AGRÍCOLA E OFF THE ROAD/MANUAL DE SEGURANÇA
DESAGREGAÇÃO DO TALÃO
CAUSAS CAUSAS PRINCIPAIS: CAUSAS PRINCIPAIS
- Consequência de montagem irregular ou aro mal conservado;
- Sobrecarga; - Pressão insuficiente em relação a carga;
RUPTURA DA CARCAÇA
CAUSAS PRINCIPAIS:
- Pressão insuficiente em relação a carga;
- Sobrecarga;
- Impacto.
DOBRAS NA CÂMARA DE AR
CAUSAS PRINCIPAIS:
- Câmara mal montada no interior do pneu
- Câmara excessivamente dilatada pelo uso
- Câmara de medida inadequada ao pneu.
ALAPA
25
ALAPA/COMISSÃO AGRÍCOLA E OFF THE ROAD/MANUAL DE SEGURANÇA
ARRANCAMENTO NA RODAGEM
CAUSAS PRINCIPAIS:
- - Condição de operação inadequada;
- Uso prolongado sob material agressivo.
DESGASTE IRREGULAR DA RODAGEM
CAUSAS PRINCIPAIS: - Sobrecarga
- Pressão insuficiente em relação a carga
- Uso inadequado
PICOTAMENTO
CAUSAS PRINCIPAIS: - Agressão efetuada através de objetos protuberante
- Erosão ocasionada pôr talos secos de outras plantações, quando da operação do novo plantio.