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1 Pecado significa ‘errar’ o alvo estabelecido por Deus na Sua Palavra desde o Éden. Os nossos pais resolveram obedecer à serpente, o Maligno, e desobedecer a Deus. Optaram por se rebelar contra o Senhor que os fez à Sua imagem e conforme à Sua semelhança (Gn 1.26). Decidiram ouvir o Maligno em vez de obedecerem a Deus. A decisão deles teve duas conseqüências terríveis: destituição da glória de Deus e a morte (Rm 3.23). Paulo afirma que ‘o salário do pecado é a morte’ (Rm 6.23). Há malignidade no pecado em função de uma origem maligna, perversa e na contramão da vontade de Deus. A malignidade do pecado produziu em nós um coração mau e perverso. Na sua natureza pecaminosa ou maligna, o homem planeja e faz coisas horripilantes. Não só as faz, mas tenta sempre justificá-las. Adão, confron- tado por Deus no seu pecado, colocou a culpa em Eva, sua mulher (Gn 3.12). É impressionante como podemos justificar as nossas atitudes e ações erradas jogando a culpa nos outros e nas circunstâncias. A natureza de Adão tem a inclinação para esconder-se atrás de uma máscara muito bem arranjada. Ela pode enganar os homens, mas nunca a Deus. O pecado em sua malignidade se manifesta no coração doentio do homem em forma de engano e de mentira (Jr 17.9). Na verda- de, é o engano da serpente ao homem no Éden. Desde lá, enganamos e somos enganados. É um ‘faz de conta’ como fruto de uma cardiopatia congênita. O Senhor Jesus diagnosticou muito bem o coração do homem, dizendo: “Porque do coração é que saem os maus pensamentos, homicídios, adultérios, imoralidade sexual, furtos, falsos testemunhos e calúnias. São essas coisas que tornam o homem impuro; mas o comer sem lavar as mãos não o torna impuro” (Mt 15.19,20). O Senhor Jesus bateu o martelo na cabeça do prego. Foi preciso na sua abordagem. O homem que não conhece a Cristo vive sob o poder do Maligno. Ele vive a malignidade do pecado e sofre as suas conseqüências. Jesus disse, referindo-se ao Maligno, que ele veio para matar, roubar e destruir (João 10.10). Tudo o que vemos neste mundo: a corrupção, a imoralidade, a pornografia, as traições, as mentiras, os adultérios, os roubos, a hipocrisia, a maldade, o egoísmo, a vaidade, a desonestidade, a injustiça, a violência, o aborto, o estupro, etc, são manifestações do pecado na vida do homem. O pecado entristece, embrutece, insensibiliza, fere, deprime, cauteriza a mente, endurece o coração e torna o homem escravo de si mesmo e de Satanás. Jesus chamou os escribas e fariseus de sepulcros caiados e filhos do inferno. Eram religiosos vivendo a malignidade do pecado. É assim em muitas igrejas. O apóstolo Paulo, escrevendo a Timóteo, discorre sobre as manifestações do pecado no coração e na vida do homem: “Sabe, porém, que nos últimos dias haverá tempos difíceis; pois os homens serão gananciosos, arrogantes, presunçosos, blasfemos, desobedientes aos pais, ingratos, impuros, ímpios; sem afeição natural, incapazes de perdoar, caluniadores, descontro- lados, cruéis, inimigos do bem, traidores, inconse- qüentes, orgulhosos, mais amigos dos prazeres do que amigos de Deus, com aparência de religiosidade, mas rejeitando-lhe o poder. Afasta-te também desses” (2 Tm 3.1-5). A única solução para a malignidade do pecado na vida do homem é a fé na obra perfeita do Cristo perfeito na cruz. Jesus se 31 de Janeiro a 06 de Fevereiro de 2016 - Ano 45 - Número 174 A A M MA A L L I I G G N NI I D D A A D D E E DO PECADO Oswaldo Jacob

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Pecado significa ‘errar’ o alvo estabelecido por Deus na Sua Palavra desde o Éden. Os nossos pais resolveram obedecer à serpente, o Maligno, e desobedecer a Deus. Optaram por se rebelar contra o Senhor que os fez à Sua imagem e conforme à Sua semelhança (Gn 1.26). Decidiram ouvir o Maligno em vez de obedecerem a Deus. A decisão deles teve duas conseqüências terríveis: destituição da glória de Deus e a morte (Rm 3.23). Paulo afirma que ‘o salário do pecado é a morte’ (Rm 6.23). Há malignidade no pecado em função de uma origem maligna, perversa e na contramão da vontade de Deus. A malignidade do pecado produziu em nós um coração mau e perverso. Na sua natureza pecaminosa ou maligna, o homem planeja e faz coisas horripilantes. Não só as faz, mas tenta sempre justificá-las. Adão, confron-tado por Deus no seu pecado, colocou a culpa em Eva, sua mulher (Gn 3.12). É impressionante como podemos justificar as nossas atitudes e ações erradas jogando a culpa nos outros e nas circunstâncias. A natureza de Adão tem a inclinação para esconder-se atrás de uma máscara muito bem arranjada. Ela pode enganar os homens, mas nunca a Deus.

O pecado em sua malignidade se manifesta no coração doentio do homem em forma de engano e de mentira (Jr 17.9). Na verda-de, é o engano da serpente ao homem no Éden. Desde lá, enganamos e somos enganados. É um ‘faz de conta’ como fruto de uma cardiopatia congênita. O Senhor Jesus diagnosticou muito bem o coração do homem, dizendo: “Porque do coração é que saem os maus pensamentos, homicídios, adultérios, imoralidade sexual, furtos, falsos testemunhos e calúnias. São essas coisas que tornam o homem impuro; mas o comer sem lavar as mãos não o torna impuro” (Mt 15.19,20). O Senhor Jesus bateu o martelo na cabeça do prego. Foi preciso na sua abordagem. O homem que não conhece a Cristo vive sob o poder do Maligno. Ele vive a malignidade do pecado e sofre as suas conseqüências. Jesus disse, referindo-se ao Maligno, que ele veio para matar, roubar e destruir (João 10.10). Tudo o que vemos neste mundo: a corrupção, a imoralidade, a pornografia, as traições, as mentiras, os adultérios, os roubos, a hipocrisia, a

maldade, o egoísmo, a vaidade, a desonestidade, a injustiça, a violência, o aborto, o estupro, etc, são manifestações do pecado na vida do homem. O

pecado entristece, embrutece, insensibiliza, fere, deprime, cauteriza a mente, endurece o coração e torna o homem escravo de si mesmo e de Satanás. Jesus chamou os escribas e fariseus de sepulcros caiados e filhos do inferno. Eram religiosos vivendo a malignidade do pecado. É assim em muitas igrejas. O apóstolo Paulo, escrevendo a Timóteo, discorre sobre as manifestações do pecado no coração e na vida do homem: “Sabe, porém, que nos últimos dias haverá tempos difíceis; pois os homens serão gananciosos, arrogantes, presunçosos, blasfemos, desobedientes aos pais, ingratos, impuros, ímpios; sem afeição natural, incapazes de perdoar, caluniadores, descontro-lados, cruéis, inimigos do bem, traidores, inconse-qüentes, orgulhosos, mais amigos dos prazeres do que amigos de Deus, com aparência de religiosidade, mas rejeitando-lhe o poder. Afasta-te também desses” (2 Tm 3.1-5). A única solução para a malignidade do pecado na vida do homem é a fé na obra perfeita do Cristo perfeito na cruz. Jesus se

31 de Janeiro a 06 de Fevereiro de 2016 - Ano 45 - Número 174

AAAAAAAA MMMMMMMMAAAAAAAALLLLLLLLIIIIIIIIGGGGGGGGNNNNNNNNIIIIIIIIDDDDDDDDAAAAAAAADDDDDDDDEEEEEEEE DDDDDDDDOOOOOOOO PPPPPPPPEEEEEEEECCCCCCCCAAAAAAAADDDDDDDDOOOOOOOO

OOsswwaallddoo JJaaccoobb

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manifestou para destruir as obras do diabo (1 João 3.8). Paulo ensina que foi para a liberdade que Cristo nos libertou (Gl 5.1,2). Somente Jesus pode tirar o homem das garras do diabo (João 8.32,36). Pela malignidade do pecado o homem morre, mas pela benignidade de Cristo, em Sua obra na cruz, em Seu sangue derramado, o homem nasce de novo, experimenta a regeneração, a vida, a troca do coração de pedra (incredulidade) pelo coração de carne (fé), Ez 36.26,27; João 3.1-8. Nicodemos vivia a malign-idade do pecado até conhecer a Cristo e ser liberto. Saulo vivia também a

malignidade do pecado que o levava a perseguir e matar os crentes, mas a graça de Cristo o alcançou na estrada de Damasco (At 9.1-15). De perseguidor a perseguido por causa da sua conversão a Cristo, o único e suficiente Salvador (At 4.12). Se no Éden o homem desobedeceu a Deus, e morreu na sua incredulidade; no Calvário, na cruz, o homem passa a obedecer, pela fé, e recebe a vida de Cristo Jesus, tendo a certeza da vida eterna. Paulo ensina: “Porque, se a morte reinou pela transgressão de um só, então os que recebem da transbordante suficiência da

graça e da dádiva da justiça reinarão muito mais em vida por meio de um só, Jesus Cristo” (Rm 5.17). Graças ao Pai que a benignidade da obra de Cristo na cruz e na ressurreição se manifestou para destruir a malignidade do pecado de Adão em nós. A nossa velha natureza, maligna, foi substituída pela nova natureza, a divina (Rm 6.1-11). Por causa da obra de Cristo na cruz e na ressur-reição, podemos cantar o cântico de Paulo: “Mas em todas essas coisas somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou” (Rm 8.37).

22222222000000001111111144444444,,,,,,,, TTTTTTTTEEEEEEEEMMMMMMMMPPPPPPPPOOOOOOOO DDDDDDDDEEEEEEEE AAAAAAAAJJJJJJJJUUUUUUUUNNNNNNNNTTTTTTTTAAAAAAAAMMMMMMMMEEEEEEEENNNNNNNNTTTTTTTTOOOOOOOO!!!!!!!! 22222222000000001111111155555555,,,,,,,, TTTTTTTTEEEEEEEEMMMMMMMMPPPPPPPPOOOOOOOO FFFFFFFFIIIIIIIINNNNNNNNCCCCCCCCAAAAAAAARRRRRRRR EEEEEEEESSSSSSSSTTTTTTTTAAAAAAAACCCCCCCCAAAAAAAASSSSSSSS!!!!!!!! 22222222000000001111111166666666,,,,,,,, TTTTTTTTEEEEEEEEMMMMMMMMPPPPPPPPOOOOOOOO DDDDDDDDEEEEEEEE AAAAAAAAMMMMMMMMPPPPPPPPLLLLLLLLIIIIIIIIAAAAAAAARRRRRRRR!!!!!!!!

JJaanneeiirroo ddee 22001166

NNAASSCCIIMMEENNTTOO 02/02 Marta Camargo de A. Gonçalves 09/02 Valdenice Cardoso 14/02 Marineuza Bertoni Faria Furtado 18/02 Estekel Laureano 24/02 Getulio Soeda

28/02 Zilma dos Santos Nascimento

CCAASSAAMMEENNTTOO 09/02 Roberto de Souza Cunha e Nubia Lopes de Holanda Cunha

* Não membro da igreja

Que a graça de Cristo se derrame sobre cda um.

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DDeeccllaarraaççããoo ddee VViissããoo,, MMiissssããoo ee PPrrooppóóssiittooss

NOSSA MISSÃO A Igreja Batista Betel é uma família que existe para glorificar a Deus e priorizar pessoas,

integrando, edificando e enviando para servirem a Deus e ao próximo.

NOSSA VISÃO A Igreja Batista Betel é uma família que existe para transformar pessoas sem Cristo em

verdadeiros discípulos e levar a maturidade os discípulos já alcançados.

NOSSA DECLARAÇÃO DE PROPÓSITOS Fundamentada nas Escrituras Sagradas, particularmente em o Novo Testamento, a IGREJA BATISTA BETEL tem como base os cinco propósitos: Adoração, Serviço, Comunhão, Missões e

Discipulado, visando cumprir sua Visão e Missão em Santo André, no Brasil e no mundo.

SSee aa ccrruuzz nnããoo ffoorr oo cceennttrroo ddaa nnoossssaa rreelliiggiiããoo,, aa nnoossssaa rreelliiggiiããoo nnããoo éé aa ddee JJeessuuss..

John Stott

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RREEAALLMMEENNTTEE FFEELLIIZZEESS,, 11//88

Jesus disse que são "felizes as pessoas que sabem que são espiritualmente pobres, pois o Reino do Céu é delas". Sim, somos felizes quando temos uma visão equilibrada de nós mesmos, não achando que somos o que não somos, nem as piores pessoas da terra, nem as melhores. Feliz é quem sabe que é humano, com virtudes e defeitos. Nossa humanidade nos iguala. Somos felizes quando não nos comparamos e, quando o fazemos, nosso padrão é Deus, diante de quem fica gigantesca a nossa pobreza. Somos felizes quando é natural em nós agradecer

o que somos e o que temos, atitude que só toma quem não é arrogante, e reconhecemos que o que somos ou temos vem de Deus, que consolida o que fazemos e nos ajuda a nos tornar quem devemos ser. Somos felizes quando não nos contentamos com o que somos, porque sabemos que podemos ir além, não para sermos grandes, mas para sermos relevantes. Sempre há mais para nós. Somos felizes somos quando não desistimos. Tendo sonhos, agradecemos por eles e partimos para realizá-los. Tendo derrotas, agradecemos, recebendo-as como lições e

estímulos. Tendo decepções, não as generalizamos para todos dos seres humanos, porque cada pessoa é única, em sua miséria e em sua grandeza. Somos felizes quando não achamos que a nossa vida termina aqui, mas nossos desejos estão apontados para o céu, não para o prestígio, para o prazer ou para o poder. Quem é feliz não se encanta com a tecnologia, embora desfrute dela; não busca os aplausos, que envaidecem e derrubam; não apenas ganha e guarda dinheiro, mas o usa para o bem-estar, seu e do próximo.

Israel Belo de Azevedo

TTAAMMBBÉÉMM EESSTTÁÁ EEMM RREECCEESSSSOO DDEE FFÉÉRRIIAASS DDUURRAANNTTEE OO MMÊÊSS DDEE JJAANNEEIIRROO..

NNóóss ssoommooss aass BBííbblliiaass qquuee oo mmuunnddoo eessttáá lleennddoo…… NNóóss ssoommooss ooss sseerrmmõõeess qquuee oo mmuunnddoo

eessttáá pprreessttaannddoo aatteennççããoo.. Billy Graham

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NNoossssaa AAççããoo MMiissssiioonnáárriiaa

** Ásia - Roberto, Marina e filhos * PIB Missionária no Jd. Nova Conquista - Pr Josué

Franco da Silva (Diadema) ** Nação Sateré Mawé - Pr John, Sônia Wilkinson e

filhos (Amazonas) * Cuba - Pr Pedro Luiz Valdez e Raida Padron * Itália – Pr Fabiano Nicodemo e Família

* SUSTENTO EM ORAÇÃO ** SUSTENTO FINANCEIRO

MMIISSSÕÕEESS..... PPLLAANNOO DDEE DDEEUUSS,, PPRROOPPÓÓSSIITTOO DDAA IIGGRREEJJAA!!

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VVOOCCÊÊ PPOODDEE FFAAZZEERR AA DDIIFFEERREENNÇÇAA!! OOFFEERRTTAA MMIISSSSIIOONNÁÁRRIIAA DDEE FFÉÉ......

Lembre-se: Existem missionários e suas famílias no campo esperando por ela.

SSuucceessssoo nnoo ccaassaammeennttoo nnããoo éé eennccoonnttrraarr aa ppeessssooaa cceerrttaa,, mmaass sseerr aa ppeessssooaa cceerrttaa nnoo ppooddeerr ddaa PPeessssooaa ppeerrffeeiittaa ((DDeeuuss))..

JJoohhnnPPiippeerr

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QQUUEERROO LLEEMMBBRRAARR DDOO QQUUEE MMEE PPOODDEE DDAARR EESSPPEERRAANNÇÇAA

Lamentando a desgraça e o sofrimento que se abateu sobre seu povo, Jeremias orou ao Senhor: “Lembra-te da minha aflição e amargura, do absinto e do fel. Eu ainda tenho lembrança deles e fico abatido. Mas quero lembrar do que me pode dar esperança. (Lm.3.19-21) Sua tristeza e desânimo eram muito grandes, mas o profeta lembrou-se de que as misericórdias do Senhor não têm fim e renovam-se a cada manhã. Na verdade as suas misericórdias são a causa de nós não sermos consumidos. Ainda que possa parecer que o fim chegou, isso não é verdade, pois grande é a sua fidelidade para conosco. Ele não falha. (Lm.3.22,23) Jeremias lembrou-se também de que mesmo que tivesse perdido tudo, ainda lhe restava o maior de todos

os bens: “Digo a mim mesmo: A minha herança é o Senhor, portanto esperarei nele.” (Lm.3.24). O profeta contemplava a destruição da cidade de Jerusalém, e pensava: Ainda temos o Senhor, e ele é maior do que tudo o que o perdemos. Esperaremos por sua graça. Jeremias concluiu, com muita sabedoria, que “bom é ter esperança e aguardar tranqüilo a salvação do Senhor.” (Lm.3.26). Não somente é bom, é preciso ter esperança. Se não temos esperança, nada mais resta a fazer. Mas é preciso ter verdadeira esperança, que nos traga paz ao coração, pela certeza de que seremos salvos. Outra coisa que trouxe esperança ao profeta foi o fato de que o Senhor, “embora entristeça a alguém, terá compaixão segundo a grandeza da sua misericórdia.” (Lm.3.32). Ele é soberano para fazer o que quiser de suas criaturas, mas está atento a nós, e nos dará a graça de suportar e vencer o sofrimento. Portanto, exorta Jeremias: “Examinemos os nossos caminhos; vamos prová-los e voltar para o Senhor.” (Lm.3.40). E isto também é uma decisão motivada pela esperança, pois quando consertarmos nossas vidas, quando deixarmos nossos pecados, quando passarmos a fazer aquilo que agrada a Deus, ele nos perdoará, nos restaurará e renovará nossa alegria. Nestes tempos de crise, de tantas coisas ruins acontecendo conosco, com a nossa família, com a nossa igreja, com o nosso país, busquemos lembrar só aquilo que nos pode dar esperança.

Pr. Sylvio Macri

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DDEEUUSS DDÁÁ,, DDEEUUSS TTIIRRAA

Jó 1.21 O Deus que dá é o mesmo que tira Jó sabe disto. Ao clamar assim, Jó nos lembra que toda a oração deve partir da realidade e a primeira realidade é sobre nós mesmos. Nascemos todos nus. Somos todos iguais.Por que somos tão vaidosos? Seremos enterrados nus. Por que nos achamos melhores do que os outros? Então, todas as vezes em que nos acharmos bons, fortes, competentes, ricos, melhores do que os outros, devemos nos recordar quem somos. Nascemos nus. Morreremos nus. Devemos, como Jó, saber qual é a fonte de nossos bens, mesmo de nossa vida. Nossa vida é um dom de Deus. Ele nos faz nascer: bendito seja Deus. Ele permite que pessoas morram: não devemos também bendizê-lo? Os bens que temos são dons de Deus. Na verdade, nossa vida pertence a Deus, que no-la deu por um tempo. Quando ele a tira, está no direito dele. É dele nossa vida. Nossos bens pertencem a Deus, que no-los entrega para administrar. Quando no-los tira, na verdade, não tira, porque são deles. Em termos jurídicos, somos donos de fato, mas não de direito. O Senhor dá, o Senhor leva. Tudo faz parte da sua bondade.

Assim, quando Deus nos dá algo, devemos bendizê-lo. Quando ele nos tira algo, devemos bendizê-lo. Dar ou tirar é Deus em ação. Quando Deus age, devemos celebrá-lo. Todos seus gestos são bons sempre. Foi por pensar assim que Jó enfrentou todos os infortúnios por que passou. Foi por pensar assim que Abraão subiu o monte, pronto para sacrificar o filho, filho que pertencia a Deus. Não é fácil pensar como Abraão ou como Jó. Sua história de Jó nos coloca no limite da compreensão da experiência do sofrimento. As provas pelas quais passa Jó são uma clara indicação de que não podemos entender porque as teve de enfrentar e porque temos de passar por elas também. A resposta de Jó diante da sua primeira prova deve ser a nossa, seja qual for a dor que atinja: nós não temos nada, porque tudo o que temos pertence a Deus. Os bens não nos constituem, porque nascemos sem eles e, quando morrermos, eles para nada nos valerão. Se temos bens, louvemos ao Senhor; se não os temos, louvemos ao Senhor e oremos para que Ele nos capacite a tê-los, como fez com Jó no final desta história. Seja a nossa atitude esta de Jó, que em nenhum momento culpou a Deus pela situação em que vivia