a industria de oleos e gorduras vegetais ( )...a producao de oleos e gorduras vegetais e a producao...

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A INDUSTRIA DE OLEOS E GORDURAS VEGETAIS ( ) 0 BNDE, no desempenho de seas preci- puas incumbencias, dedica-se permanente- mente, atraves dos sews cirgijos tecnicos e de estudos, a surpreender e dimensionar as possiveis oportunidades de investimento — vale dizer, aquelas• areas do sistema eco- nomic° onde a criacilo de nova capacidade produtiva surja comb condicao para a ex- pan.sao do produto social. Sob esse pont° de vista, tddas as ativi- dades do sistema econOmico portent classi- ficar-se em dnis grandes grupos: aquelas carentes de expanslio de capacidade produ- tiva e, ao contrcirio, aquelas dotadas de ca- pacidade excessiva e, poi- issn mesrno, par- cialmente ociosa. As primeiras constituent camp() de possiveis oportunidades de in- vest linen! o, merecedoras, poten ci alm en te (*) 0 presente trabalho condensa estudo do Depar- tamento de Estudos Economicos do BNDE. Posteriormente foram recebidos estudos reali- zados pelo BRDE, ainda nao publicado, e pelo BNB. 0 primeiro acentua a disponibilidade ve- rificada na capacidade ociosa, que 6 bem pe- quena em reduzido ntmero de grandes empre- sas, apresentando indices elevados nes demais pequenas e medias empresas. 0 estudo do BNB amplia a climenstio das conclusoes a que se havia chegado, acentuando a importancia do capital de giro na existencia de elevada capa- cidade ociosa. do acao financeira j» .omocional do Banco; as segundas, ao contrario, exigent outro ge- tter° de atencao, na medida enz que, como portadoras de capacidade ociosa, consti- tuent fortes potenciais de economias exter- nas para outras atividades a desenvolver, on ainda, nos casos em que a utilizacdo da capacidade ociosa seja praticdvel, ernergem como Pontes a explorar de renda C poupan- ca social. Numerosas indicaci5es faziam su.speitar da existencia do eonsiderdvel massa de ca- pacidade ociosa no inditstria extratora de oleos e gorduras vegetais, cm tadas on qua- se tddas as regioes clue compoem o territa- rio nacional. Faltava, entretanto, um estu- do mais detalhado da materia, que permi- tisse, nao soinente quantificar a oferta e a demanda atuais e potenciais de capacidade extratora de oleos, como sua distribuicdo territorial e, tambem, o que se reveste de importoncia niio motor, especificar ditas oferta c demanda. Os estudos feitos nos quadros da Divisao II do Departamento de Estudos Economi- cos.confirmaram a aludida suspeita de ca- pacidade ociosa na inclUstria extratora de oleos vegetais. Feb° menos ao nivel a que REVISTA DO BNDE 31

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A INDUSTRIA DE OLEOS E GORDURAS VEGETAIS ( )

0 BNDE, no desempenho de seas preci-puas incumbencias, dedica-se permanente-mente, atraves dos sews cirgijos tecnicos e de estudos, a surpreender e dimensionar as possiveis oportunidades de investimento — vale dizer, aquelas• areas do sistema eco-nomic° onde a criacilo de nova capacidade produtiva surja comb condicao para a ex-pan.sao do produto social.

Sob esse pont° de vista, tddas as ativi-dades do sistema econOmico portent classi-ficar-se em dnis grandes grupos: aquelas carentes de expanslio de capacidade produ-tiva e, ao contrcirio, aquelas dotadas de ca-pacidade excessiva e, poi- issn mesrno, par-cialmente ociosa. As primeiras constituent camp() de possiveis oportunidades de in-vest linen! o, merecedoras, poten ci alm en te

(*) 0 presente trabalho condensa estudo do Depar-tamento de Estudos Economicos do BNDE. Posteriormente foram recebidos estudos reali-zados pelo BRDE, ainda nao publicado, e pelo BNB. 0 primeiro acentua a disponibilidade ve-rificada na capacidade ociosa, que 6 bem pe-quena em reduzido ntmero de grandes empre-sas, apresentando indices elevados nes demais pequenas e medias empresas. 0 estudo do BNB amplia a climenstio das conclusoes a que se havia chegado, acentuando a importancia do capital de giro na existencia de elevada capa-cidade ociosa.

do acao financeira j».omocional do Banco; as segundas, ao contrario, exigent outro ge-tter° de atencao, na medida enz que, como portadoras de capacidade ociosa, consti-tuent fortes potenciais de economias exter-nas para outras atividades a desenvolver, on ainda, nos casos em que a utilizacdo da capacidade ociosa seja praticdvel, ernergem como Pontes a explorar de renda C poupan-ca social.

Numerosas indicaci5es faziam su.speitar da existencia do eonsiderdvel massa de ca-pacidade ociosa no inditstria extratora de oleos e gorduras vegetais, cm tadas on qua-se tddas as regioes clue compoem o territa-rio nacional. Faltava, entretanto, um estu-do mais detalhado da materia, que permi-tisse, nao soinente quantificar a oferta e a demanda atuais e potenciais de capacidade extratora de oleos, como sua distribuicdo territorial e, tambem, o que se reveste de importoncia niio motor, especificar ditas oferta c demanda.

Os estudos feitos nos quadros da Divisao II do Departamento de Estudos Economi-cos.confirmaram a aludida suspeita de ca-pacidade ociosa na inclUstria extratora de oleos vegetais. Feb° menos ao nivel a que

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foi possivel levar o exome, sOmente no Rio Grande do Sul, a vista da energica expan-s -do da producao de soja, justificar-se-iam »ovos investimentos, e, ainda assim, para futuro proximo, mas non imediato. Esta conclusao, entretanto, pode ainda .ser sub-metida a revislio, Sc considerarmos vdria.s das circunstducias condicionadoras do in-(lastria de Oleos e gorduras vegetais, nota-damente:

0) n vigorosa expan.sdo da producdo (le Oleos e gordin-as vegetais ocorrida no period() con.siderado;

b) a tendi'mcia a continua nyudan•a na estrutura da oferta de oleos e gordu-ras, observando-se desde persistent(' queda na producao de certos oleos e gorduras, como us secativos C111 geral, os essenciais, salvo hortela-pimenta e. entre os alimenticios, o de gergelim, ate Vigorosos movimentos de expansiio, como o soja, o dende, a rastanha de cajit, o amendoim c a :id aludi(la hor-telit-pinienta;

c) a notoria redistribuiciio geografica da producao, fate apenas exemplificado no estudo, em quadros raja inclusiio neste texto Para publicacao parereu dispensdvel a e.sta Redocao.

toms estas circunstancias, a REM-TA DO BNDE, ao divulgar 0 presence Ira-

balho, tens on mica »mite mais al» . ir do que encerrar 71711 debate. Corn efeito, ?nes-t)? 0 nos quadros de ?ma ampla capacidade ociosa global, a- inddstria em causa pode deixar-se surpreender cam insuficiente ca-pacidade instalada, seja per impropria

seja por inadequada especifira- dessa capacidade.

pois, no espirito de suscitor ulterior esclarecimento delta mah'ria, que a REr7S-TA DO BNDE entrega 0 presence traba-lho ao leitor. 0 objetivo que o norteort foi o de investigar a iwrocidade de 71111(1 propalada capacidade ociosa 11(1 in(1astTla de oleos e gorduras vegetais, bens conic ten-tar silo quantificactio„ caso possivel.

Verificou-se, primeiramente, rine essa dUstria coo dispoe de informacoes muilo precisns. Entretanto, mio send() possivel se faze( 711a pesquisa direta para obtenclio dos dados requeridos pelo estudo, foram utilizadas as estatisticas publicadas pelo SEP e informaco-es oriundas de outras ton-ics, apresentando grans de ronfianca diver-SOS, razao pela qual os resultados devem ser visto.s coin uma cella reserva. Essas infor-mac5es tiveram que ser elabaradas e ino-dificadas, coin base em suposicoes que pa-receram logicos, a fin? de se estiniar as roe-fi•ientes de ocio.sidade. Dada a limitacilo Besse trabalho, nao sun consideradas outras caracteristicas do set(?). que SO caberiam em ruralise mais profunda do problema.

SUM RIO E CONCLUSOES

A indUstria de Oleos e gorduras vegetais apresentou no periodo de 1953 a 1965 (1) urn crescimento a taxa media anttal de 8,3%. Os principals produtos Sao Os per-tencentes ao grupo de oleos alimenticios.

(1) Periodo initial do estudo. Nas projegoes para 1970 foram acrescentados os dados de 1966, e no Quadro I, para a Revista, foram incluidos os dados de 1967, recem publicados.

que cresceram a razao de aproximadamen-te a.a. Os demais Oleos e gorduras apre-sentaram taxas de crescimento menores, a excecao do Oleo de mamona.

0 comercio exterior de Oleos e gordu-ras vegetais apresenta-se cons a exportacao de excedentes eventuais de Oleos alimenti-cios e tern carater constante quanto a Oleos industrials. A importacao se verifica semen-te em caso de deficiencia eventual da pro-ducat) interna, exceto quanto ao Oleo de oliva.

32 EEVIST❑ DO BNDE

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A extracao de oleos brutos e gorduras vegetais ocorre principalmente nos Estados de Sao Paulo e Rio Grande do Sul, nas Re-gioes Sudeste e Sul, e nos Estados da Bahia, Ceara e Pernambuco, na Regiao Nordeste.

Comparando-se as estimativas da capaci-dade instalada de extracao em 1965, basea-das em informaceies colhidas de diversas fontes, e a producao de oleos e gorduras vegetais naquele ano, constata-se que cerca de 50% da capacidade instalada no Pais ficaram sem utilizacao.

Supondo que as projec6es de demanda de oleos e gorduras vegetais para 1970 se-jam atendidas pela producao interna na comparacao destas, convertidas em termos de materias-primas necessarias, corn a capa-cidade de processamento estimada para 1965 — verifica-se que este setor devera apresentar a mesma caracteristica de sub-utilizacao no Nordeste e no Parana.

No Rio Grande do Sul, devido ao cres-cimento da demanda por Oleo de soja, es-tima-se que os equipamentos de 1965 esta-Tao inteiramente utilizados, podendo ocor-rer um elevado "deficit" em relacao aos mesmos. Em Sao Paulo, segundo as proje-coes, devera ainda existir certa capacidade ociosa, que corresponde em toneladas a() processamento de parte das materias primas excedentes do Rio Grande do Sul.

Considerando que o setor se desenvolveu antecipando-se ao crescimento da demanda, a julgar pela capacidade ociosa existente, e praticamente sem auxilio oficial, é de su-por que as empresas tenham providenciado sua expansao ou a estejam executando, corn recursos proprios, nos Estados de Sao Pau-lo e Rio Grande do Sul e no Nordeste, sen-do possivel que nesta ultima regiao ocor-ram novos investimentos no setor como re-sultado da aplicacao de recursos canaliza-dos atraves de incentivos fiscais. As instala-cOes de extracao de oleo, por sua vez, po-dem ser ampliadas corn relativa facilidade, sendo os equipamentos correspondentes fa-bricados no Pais, em sua quase totalidade .

As projecoes indicadas no texto suptiem crescimento da oferta regional de materias-primas, e utilizam o rendimento medio da extracao obtido em anos recentes. Esse ren-dimento pode ser melhorado, corn reflexos nao so sObre as necessidades de investimen-tos como nos precos finais. De urn modo geral, o aumento da oferta de oleaginosas Wan apresenta dificuldades nas lavouras anuais, uma vez garantidos os precos mini-mos de incentivo, reduzindo-se o problema a armazenamento e transporte, alem dos aspectos financeiros que acompanham estas atividades.

A producao de oleos e gorduras vegetais e a producao de oleaginosas poderiam ser obtidas de forma mais entrosada, corn a fi-nalidade de melhor atender ao crescimen-to do consumo, mediante aumento de ren-dimento na extracao e melhoria de produ-tividade agricola, muito embora seja este urn problema generalizado da agricultura brasileira. A conjugacao de esforcos dos in-teressados nas tees etapas de producao — culturas de oleaginosas, producao de Oleo bruto e a refinacao — deve resultar em me-nores precos ao consumidor, permitindo elevar o nivel de consumo per capita, alem de melhorar a competitividade no corner-cio exterior.

Em nossas projecoes nao foram levadas em conta as possiveis modificacoes na in-cistria de oleos, decorrentes de maior de-rnanda por torta de oleaginosas, para uti lizacao no setor agropecuario.

PROPOSIOES E DECISOES

Da analise das informac5es obtidas, fo-ram feitas as seguintes proposicoes, aprova-das pela Administracao Superior do BNDE

no setor de Oleos e gorduras vegetais:

I — o Banco nao conceders apoio fi-nanceiro, ate decisao em contrario, a projetos que visem a expansao da capacidade instalada do Setor, ate que estudos especificos venham a demonstrar satisfatorio grau de

REVISTA DO BNDE SZ

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utilizacao Bas instalactres existen-tes;

II — semente em carater excepcional, Banco poderri vir a colaborar em projetos localizados no Rio Gran-de do Sul, quando vier a ser de-monstrada a conveniencia Besse procedimento entre solucoes que contemplam o aproveitamento adequado Bas instalaceies existen-tes em outras regiiies;

III — o Banco mantera estreito contato corn o Banco do Nordeste do Bra-sil e o Banco Regional de Desen-volvimento do Extremo-Sul corn o objetivo de ajustar e atualizar o presente estudo, a luz Bas pesqui-sas que aquelas entidades vem rea-lizando no Setor, bem comb co-municara ao BRDE O contido no item II acima;

IV — o Banco considerara prioritarios, para efeito de eventual colabora- cao do FUNDEPRO ou da FINEP S. A.,

estudos, projetos ou programas de empresas ou grupos de empresas produtoras de oleos on gorduras vegetais que objetivem, unicamen-te, a racionalizacao, a moderniza-cao ou a relocalizacao de instala-coes, sem ailment° de capacidade produtiva;

V o Banco comunicara as principals empresas do Setor, bem como aos respectivos sindicatos on associa-cOes, os resultados dos estudos que realizou, concitando-os a co-parti-ciparem de uma pesquisa ampla sabre o Setor;

VI — o Banco promovera a divulgacao daquele estudo e da politica ora adotada junto as entidades publi-cas e privadas ligadas ao Setor;

VII — o Banco comunicara. aos Agentes do FIPEME, excetO ao BEDE, 0 COIF

• tido no item I.

ASPECTOS DO MERCADO INTERNACIONAL

A demanda de todos os Oleos e gorduras de origem vegetal e de origem animal cres-ce sensivelmente. No periodo 1950/63 os maiores aumentos de producao ocorreram nos Oleos e gorduras processados nos paises desenvolvidos, que representam 45% da producao mundial, tendo sido o principal produto o Oleo de soja. Desde 1952 o mais notavel aspecto dos precos dos oleos e gor-duras foi o de sua relativa estabilidade corn-parada corn os precos de outros produtos prim arios (2) .

A producao de Oleo de coco e de dende — os dois principais Oleos tropicais — tern, no entanto, crescido lentamente, enquanto a producao de Oleos de amendoas de pal-meiras (palmistes) nao apresentou nenhurn crescimento significativo desde 1950 apesar de programas de plantio introduzidos em varios paises. Espera-se que os Oleos de cOco e de palmeiras apresentem crescimento, pois ate 1975 deverao estar em producao exten-sas areas plantadas cientificamente, princi-palmente na Africa.

O Ulric° oleo tropical que apresentou crescimento foi o de amendoim, cujos maio-res produtores sao fndia e China, princi-palmente para consumo interno, sendo que do total exportado cerca de 90% cabem a quatro paises africanos.

Os produtos de origem vegetal que apre-sentam maiores taxas de crescimento sao os Oleos de soja, de girassol e de colza, e os de origem animal sac) o sebo, a banha e a manteiga, para cujo total os paises subde-senvolvidos pouco contribuem.

Cerca de 1/3 dos corpos graxos sao obti-dos como subprodutos, o que considerando o elevado gran de substituicao entre os oleos e gorduras, acrescido da substituicao de alguns Oleos industriais por sinteticos, representam problemas na comercializacao futura dos oleos produzidos em paises sub-desenvolvidos.

(2) Agricultural Commodities — Projections for 1975 and 1985, FAO, outubro 1968.

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Corn a soja, cujo principal produtor.sao os EVA, vem ocorrendo uma expan.sact major na demanda por torta do que. Olep,.cque podera transformar este tambem em sub-produto, corn reflexo sobre os demi* oleos, dependendo principalmente do crescirrien-to do consumo tanto para alimentacao- de gado como para alimentacao hurnana, :de vido ao seu elevado contend° proteico.

Quarto as perspectivas de .corneFcializa-cao dos excedentes, estas nao sao .muito fa-voraveis. Os principais paises importadores sao Os da Europa ()cidental e preve-,se que manterao elevado o nivel de suas importa-coes. Em suas projecties para 1975; -a 'FAO preve os principais acrescimos de importa-coes por parte dos paises agrupados como subdesenvolvidos sem disponibilidade de divisas estrangeiras (India e Paquistao) ou por parte de paises denominado "de pla-nejamento central" e que compreendem a tiass, a Europa Oriental e a 'China 'Conti-nental.

As importacoes maiores deverao ser dos paises desenvolvidos onde tem ocorrido a implantacao de unidades de extracao de oleos, principalmente de oleo de soja, uti-lizando materia-prima importada.. Estas in-cistrias estao em geral re%tiardadas ; por tarifas protecionistas.

As perspectivas (le exportaCio 'naci . .sao, portant°, favoraveis. Entretanto; • pot ser o Brasil urn pais de pequena partftipacao no mercado internacional desses •Firodutos, o eventual surgimento de excedentes , :pode-ra, em certos casos, ser exportadc0.0§ pre-cos dos oleos de soja e de caroco sao co-mandados pelo mercado americano ; respon-savel por 70% e 90%, respectivamente, •las exportacoes mundiais. 0 oleo.de:nailho :nab é transacionado no mercado international, porem, sua demanda em paises adi,antados é grande, principalmente nos EUA I

0 amendoim ocupa o segundo .1figair •nas exportacaes mundiais de Oleos e poderao surgir maiores , facilidadesde cacao no mercado internacional na se de menores excedentes na Jndia e na China. Os Oleos de coco e-de..pahneiras: tern apresentado tendencia de precos ,crescentes, que poderao se estabilizar corn, o inicip. da

producao de extensas areas na Africa e na Asia.

Quase todos os paises subdesenvolvidos maiores exportadores de oleos e gorduras vegetais e de materias-primas oleaginosas estao ligados a paises da Comunidade Eco-nomica Europeia ou Reino Unido, dispon-do, portanto, de facilidades alfandegarias nos principais centros consumidores, que lhes aumenta a capacidade de competicao.

A existencia de eventuais excedentes ex-portaveis de Oleos e gorduras vegetais no Brasil dependera ainda de programas ela-borados pelas autoridades competentes quanto a estocagem corn finalidacles regu-ladoras do mercado interno.

IMPORTAgA0 E EXPORTAgif0 BRASILEIRAS

Uma analise do comercio externo do pais em termos de Oleos é apresentada a seguir, discriminando os principais tipos.

O Oleo de oliva é inteiramente importa-do, .variando entre 8.000 e 10.000 t avalia-das em 5 a 7 milhOes de (Mares.

O oleo de anzendoim nao é importado c somente esporadicamente é exportado. Nos filtiirros 40 anos foram vendidos ao exte-rior 836 t em 1951, 222 t ern 1962 e em 1963, 8.419 t, aparentemente devido aos baixos precos no mercado interno. As exportacoes do amendoim em casca nao sac, muito re-gulares, tendo ocorrido nos itltimos seis anos, corn uma media de 15.000 t.

0 oleo de caroco de algoddo tambem e exportado eventualmente. Nos nitimos 15 anos foram exportadas 1.811 t em 1961, 650 t em 1962, e, no ano de 1963, prova.- velmente devido aos baixos precos no mer-cado interno, as exportacoes desse Oleo se elevaram a 4.359 t, no valor de US$ .... 864.000,00. No ano seguinte, a product° interna diminuiu e foram importadas 15.312 t de oleo de caroco de algodao, no valor de US$ 4.663.000,00 enquanto as im-portaceies nos filtimos 15 anos tinham sido de pequeno volume, alem de esporadicas.

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Em 1965 ocorreu nova baixa na producao desse oleo, cuja demanda teve que ser su- prida em parte corn a importacao de 5.033 t.

0 Oleo de soja tern sido importado nos Ultimos anos, figurando parte como Oleo refinado e outra parte como materia-prima em bruto. Embora ocorra uma certa perda durante a refinacao, esta nao a considera-vel, razao pela qual foram somadas as quan-tidades importadas sob ambas as formas, para o crilculo do consumo aparente. Veri-fica-se no Quadro V que as importacties alcancaram 9.424 toneladas em 1965, ou seja, 20% da product° nacional.

Por outro lado a exportacao de soja vein ocorrendo ha cerca de 20 anos, apresentan-do uma tendencia crescente, apesar das tuacOes e ausencia de exportacoes em al-guns anos. Em 1965 foram exportadas 75.286 t de soja, cujo teor em oleo corres-ponde a 12.000 t. 0 preco medio da tone-lada exportada, em termos de oleo, foi de aproximadamente US$ 610,00 e o de im-portacao US$ 412,00 para o refinado e US$ 233,47 para o oleo em bruto. Naquele mesmo ano, o valor da producao declarado ao Servico de Estatistica da Producao foi de NCr$ 604,00/t, equivalente a US$ 320,00/t, convertidos a taxa media de cam-bio. Os valOres sao discrepantes, aconse-lhando cautela na sua utilizacao. E possivel que csta diferenca de precos seja devida, em parte, a valores apenas utilizados para o questionario do SEP, sem uma efetiva apro-priacao de custos ao oleo bruto nas fabri-cas de producao integrada.

Os oleos derivados de cocos tem tido par-ticipacao reduzida nas exportacoes dos ilia-mos 30 anos. 0 principal é o de babacu, cuja exportacao, salvo em alguns anos, nao ultrapassou de mil toneladas, tendo sido nula ou quase nula na metade do period°. No Ultimo decenio, as maiores exportacoes foram as dos anos de 1958, 1959, 1962 e 1965, corn, respectivamente, 1.554, 4.220, 3.348 e 12.017 toneladas. As exportacoes tie cocos babacu declinaram na decada dos 40, e desde 1952 ate 1965 ocorreram apenas as seguintes vendas ao exterior: 1955 — 7.730 t,

1957 — .3.737 t, 1958 — L487 t e 1962 —9.268 t, alcancando esta Ultima o valor de US$ 1.300.000,00.

A exportacao de oleo de dende tern sido nula e a importacao, alem de esporadica, tern sido em pequenas quantidades, sem considerar a importacao de produtos indus-trializados a base desse Oleo.

O Oleo de nzaznona c o Unico que apre-senta crescimento constante, tendo substi-tuido inteiramente a exportacao de mamo-na em bagas.

O enfoque do estudo se restringe ao mer-cado nacional, tendo em vista as caracte-risticas expostas, salvo quanto aos produ-tos ja tradicionalmente comercializados corn o exterior.

A INDUSTRIA DE OLEOS E GORDURAS VEGETAIS

DESENVOINIMENTO RECENTE

Analisando as estatisticas de producao de oleos e gorduras vegetais referentes ao pe-riodo de 1953 a 1965, Quadro I, constata-se de imediato a sua tendencia crescente, apre-sentando algumas reducoes motivadas por problemas climaticos ou dificuldades de mercado, recuperando-se logo a seguir e al-cancando niveis mais elevados. As nutria-c5es mais bruscas — nao perceptiveis no re-ferido Quadro I, que apresenta medias trie-nais — ocorrem no grupo de Oleos alimen-ticios, exclusive de cocos, por serem os mes-mos extraidos de sementes obtidas de la-vouras anuais, cujas colheitas estao sujeitas, alem dos fatOres climaticos comuns as de-mais, a major elasticidade de oferta em funcao do preco, tendo-se caracterizado sua producio por uma seqiiencia de aumento-estabilidade-baixa. Este grupo representou, em 1965, 47% do peso e 54% do valor da producao total de oleos e gorduras vege-tais, tendo apresentado no periodo uma taxa de crescimento de arca de 8% ao ano, utilizando-se as medias quinquenais para eliminar os efeitos das flutuacties.

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QUADRO I

BRASIL - PRODUcA0 DE OLEOS E GORDURAS VEGETAIS

Media por Trienio

Em toneladas

PRODUTOS Anos

1953 -55 1956-58 1959-61 1962-64 1965.67

A - Oleos Alimenticios, exclusive cocos Principais: Amendoim

135.254 39.250

135.312 45.030

198.109 74.821

235.636 69.978

299.032 112.455

Caroco de Algodao 90.446 81.065 97.751 127.587 115.274 Milho 2.198 2.865 4.544 4.643 6.167 Soja 1.950 5.624 17.049 30.247 58.252

B - Oleos e Gorduras de Coco (incl. mistos) 40.043 50.194 62.312 66.286 88.606 Principais: Babacu (excl. mistos) 34.516 34.693 49.341 52.207 57.398

Coco da Bahia 668 884 788 526 930 Dende 1.889 3.037 3.561 5.632 9.755

C - Oleos Essenciais 943 943 1.553 1.528 2.813 Principais: Hortela-Piment a 176 245 660 980 2.157

Pau-Rosa 510 303 314 165 256 Sassafras 202 310 505 280 318

D - Oleos Secativos 17.779 23.145 25.898 23.785 18.737 Principais: Linhaea 8.215 8.769 7.406 6.603 6.884

Oiticica 8.622 12.873 17.425 16.019 10.672 Tungue 876 1.414 998 1.126 1.137

E - Outros 51.478 77.907 99.337 118.208 143.806 Principais: Manteiga de Cacau 7.938 13.605 18.372 14.513 21.031

Mamona 41.762 61.737 78.592 101.347 120.484 Castanha de Cajii 240 437 712 1.473 1.495

- TOTAL GERAL 245.497 287.500 387.210 445.443 552.994

FONTE: BNDE-DEE. Dados basicos dO SEP, M. Agricultura.

Nota: 0 °Wetly° deste quadro é apenas o de simplificar a apresentagao dos dados, ate 1967, tendo sido os diversos calculos procedidos segundo criterios explicados no texto.

Entre os oleos e gorduras de elk°, que sao utilizados tanto na alimenta(ao eomo

para fins industriais, o principal 6 o de babacu, cuja producao tern declinado de importancia no setor, em parte devido a

substituicao em favor de outros oleos vege-tais nas areas urbanas. No period() analisa-

do, este grupo apresentou uma taxa de crescimento de 6,6% ao ano.

Os oleos secativos tern apresentado me-nor evolucao nos tiltimos anos, principal-mente devido a sua substituicao por produ-tos sinteticos, e a concorrencia internacio-nal, uma vez que parte da producao é des-tinada a exportacao.

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Dentre os outros oleos industrials, ape-nas o de mamona apresenta crescimento, sendo parte da producao exportada. 0 oleo de mamona, juntamente corn os oleos co-mestiveis, exclusive de cocos, responderam pelo crescimento da producao do setor como

urn 'todo it taxa media anual de 8,3%. A posicao relativa de cada urn destes grupos, em . 1965,,Capresentada no Quadro II, de-rnonstraiidci pequena participacao dos grupos , de Oleos essenciais e secativos, e a predohlinancia dos oleos comestiveis flui-dos.

QUADRO II

BRASIL: PRODUcA0 DE OLEOS E GORDURAS VEGETAIS, 1965

Especificacao

Quantidade

1.000 t `)/6

Valor

NCr$ 1.000

Oleos alimenticios (exeeto os de cocos) 262,4 46,7 165.078 54,3

Oleos e gorduras de cocos (alimenticios e industriais)

84,6 15,1 43.418 14.3

Oleos essenciais 1,7 0,0 9.009 3,0

Oleos secativos 21,6 3,8 10.867 3,6

Outros oleos e gorduras 191,0 34,0 75.357 24.8

TOTAL 561,3 100,0 303.729 100,0

FONTE: BNDE-DEE. Dados basicos do SEP, M. Agricuitura.

A apuracao se refere a producao de Oleos e gorduras vegetais em bruto.

Os oleos de amendoini, de caroco de al-gotta°, de soja e de milli°, representam 98% de seu grupo, e, corn excecao do Oleo de soja, sao Paulo responde pela maior parcela. Embora a extracao de cocos se lo-calize no Nordeste, pequena parte da pro-ducao de oleos e gorduras de cocos é rea-lizada na regifio Sudeste. Dos oleos secati-vos, o de linhaca e produzido no Rio Gran-de do Sul, o de tungue, no Parana e Rio Grande do Sul, e o de oiticica no Nordes-te. Os principais produtos do grupo de ou-tros oleos e gorduras industriais sac) a man-teiga de cacau, produzida inteiramente no

Nordeste, e o . oleo de maniona, cuja produ-cao se divide entre o Nordeste, corn cerca de:00%; e . Sao Paulo e Parana corn 40%, a prox irn adamente.

IINTALAVIES. INDUSTRIALS EXISTENTES

Na aWencia de uma entidade de classe nacional, dutro brgao centralizador dos dados sObre o Setor, foram utilizadas in-formacifies provenientes de diversas fontes. Nesta ahAlise'foi excluido o grupo de essen-cias vegetiliS.

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NORDESTE — Para a regiao Nordeste as inforrnacoes provieram do Banco do Nor-deste do Brasil, obtidas diretamente das empresas incluidas na amostra selecionada para o estudo sObre "Materias-Primas para as IndUstrias de Oleos" ainda nao publi-cado por aquae Banco. Essa amostra corn-preendeu 131 estabelecimentos, de urn to-tal de 209, indicado pelo Servico de Esta-tistica da Producao, concluindo por uma ociosidade media de 59,4% das instalacoes, considerando o funcionamento por 24 ho-ras durante 250 dias anuais.

Considerou-se, para efeito deste estudo, a capacidade e sua utilizacao como indife-rentes as materias-primas empregadas, cuja tonelagem foi simplesmente somada. Os da-dos obtidos dos estabelecimentos pesquisa-dos foram comparados aos publicados pelo SEP, e, por extensao da ociosidade apurada e pela diferenca no consumo de materias-primas em 1965, foi estimada a capacidade instalada dos demais estabelecimentos.

Em resumo, os dados para o Nordeste, valendo-se da fonte do BNB, e projetando iguais indices para os estabelecimentos nao pesquisados, sao os seguintes:

1.000 t

Cap. Instalada Materias-Primas Capacidade

(250 d/ano) Processadas 0 c iosa

Amostra do BNB 1.384 562 59 Estabelecimentos nao pesquisados 596 244 59

Total 1.980 806 59

.A amostra apurada pelo Banco do Nor-deste do Brasil apresenta ociosidades va-

riando de 37% no Maranhao a 82% no Piaui, conforme se verifica no Quadro III.

QUADRO III

NORDESTE: CAPACIDADE OCIOSA EM 131 INDUSTRIAS DE ESMAGAMENTO DE SEMENTES DE OLEO EM OPERAcAO, 1965

Estados Total de esta- belecimentos

do Estado Nomero

Estabelecimentos

Capacidade

Pesquisados

Prensagem Ociosidade instalada (1) (toneladas) (%)

Maranhao 26 17 130.750 82.520 36,9 Piaui 21 7 33.500 6.096 81,8 Ceara 50 25 342.250 105.007 69,3 Rio Grande do Norte 23 22 220.500 60.590 72,5 Paraiba 16 14 133.500 51.350 61,5 Pernambuco 21 15 218.500 101.786 53,4 Alagoas 6 2 3.500 1.810 48,3 Sergipe 13 10 27.750 10.184 63,3 Bahia 28 19 273.250 142.866 47,7 NORDESTE 201 131 1383.500 562.209 59,4

FONTE: BNB. (1) Unldade: ton./ano, sendo o ano de 250 dias/24 h. de trabalho.

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Mesmo os tres Estados maiores produtores da regiao apresentaram ociosidade elevada, tais como Ceara, Bahia e Pernambuco, res-pectivamente os indices de 69, 48 e 53. A pesquisa vein confirmar para 1965 estudo anterior referente a 1961, que apresentava coeficiente de ociosidade de 57% para o Nordeste.

SX0 PAULO — As informacifies sObre a in-&Istria de Oleos vegetais de S. Paulo pro-vieram de duas fontes. 0 Sindicato da In-diistria de Oleos do Estado de S. Paulo forneceu lista de empresas localizadas no Estado, corn as respectivas capacidades, me-didas estas em termos de prensagem de amendoim.

Referindo-se apenas a empresas filiadas ao Sindicato, procurou-se estimar sua re-presentatividade no total, supondo inicial-mente seus dirigentes que essa representa-tividade se situasse no nivel de 80%. Essa listagem foi posteriormente comparada corn outra, apurada como colaboracao ao presente estudo pela empresa SANBRA —

Soc. Algodoeira do Nordeste Brasileiro, que conseguiu obter a capacidade instalada de quase tOdas as empresas. Verificou-se que a primeira lista representava cerca de 90% da capacidade instalada em sao Paulo, me-dida esta em termos de amendoim em grao, e totalizava 5.268 t diarias. Apesar de te-rem sido obtidas em epocas distintas, a corn-paracao das duas relaceies de fabricas, se-gundo a sua localizacao, e corn base em in-formacOes que indicam dificuldades gene-ralizadas no setor, supoe-se que a capacida-de instalada nao tenha sofrido alteracoes de monta nos tiltimos dois anos, permitin-

do assim, pela comparacao corn os dados de producao de 1965, se efetuasse o calculo da capacidade ociosa.

Para esse calculo, reagruparam-se as in-formacoes apuradas pela SANBRA e que in-dicavam a capacidade de prensagem diaria de cada fabrica, no processamento alterna-tivo de diversas sementes utilizadas pelas mesmas, conseguindo-se dessa forma os coe-ficientes para uniformizacao das medidas de capacidade em termos de amendoim. Os coeficientes encontrados foram os seguintes:

caroco de algodao = 1,372 Amendoim soja = 0,652 girassol

= 0,652 mamona = 1,000

A capacidade de processamento alterna-tivo de sementes depende de caracteristicas tecnicas de fabricacao da maquinaria, cor-respondendo estes coeficientes a media en-contrada para o conjunto de equipamentos localizados no Estado.

De urn modo geral, as fabricas podem prensar alternativamente qualquer oleagi-nosa. Entretanto, para utilizar o caroco de algodao, ha necessidade de retirada previa do linter, operacao que nao pode ser exe-cutada em Codas as fabricas.

As fabricas existentes corn capacidade de processar caroco de algodao, somente em Sao Paulo, podem prensar 800 mil t dessa materia-prima em 300 dias/ano.

A utilizacao da capacidade instalada no Estado durante o ano de 1965 é dada pelo Quadro IV, segundo o consumo de mate-rias-primas apurado pelo SEP, e estimativas baseadas no teor medio de Oleo.

QUADRO IV SAO PAULO: MATERIAS-PRIMAS PROCESSADAS NA INDUSTRIA

DE OLEOS VEGETAIS, 1965 Em 1.000 toneladas

Discriminaylio SEP Correspondencia em amendoim em igual tempo

Amendoim em grao 238 238 Carogo de algodao 355 260 Soja 33 51 Girassol 6 9 Mamona 133 133

Subtotal 765 691 Outrds sem a correspondencia a Amendoim

(Milho, gergelim, diversos) 99 99

Total 864 790

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A capacidade ociosa em sao Paulo, em 1965, foi de 40% se considerado o funcio-namento durante 250 dias por ano, como no Nordeste. Entretanto, as empresas loca-lizadas em Sao Paulo, assim como as do Parana e Rio Grande do Sul, estimam em 300 o numero de dias de funcionamento por ano. Estab dessa forma considerando apenas as paradas obrigatOrias para limpe-

za e feriados, sem levar em conta as inter-rupcOes mais prolongadas para substituicdo de pecas, por desgaste ou acidente. E de supor que estas ultimas sejam menores no Sul que no Nordeste devido as maiores fa-cilidades de aquisicao ou fabricacao.

Segundo a hipOtese de 300 dias por ano, a capacidade ociosa, em 1965, teria sido da ordem de 50%.

QUADRO V

SAO PAULO: CAPACIDADE DE PRENSAGEM NA INDUSTRIA DE OLEOS EM TERMOS DE AMENDOIM

Capacidade instalada 1.000 t

Ociosidade

40 50

Hip6tese de 250 d/ano — 1.317 Hipotese de 300 d/ano — 1.580

PARANA — Valemo-nos da referencia fei-ta na Revista Paranaense de Desenvolvi-mento, Ano I, n.° 1 (3), publicada pela Companhia de Desenvolvimento Economi-co do Parana — CODEPAR, de que nesse Es-tado "a capacidade de moagem instalada e de aproximadamente 800 t/dia". No levan-tamento realizado pela SANBRA, diversas

bricas deixaram de responder, motivo pelo qual optamos pela informacao anterior.

Foi pequena a divergencia encontrada entre a soma das materias-primas utilizadas e a das mesmas convertidas em termos de amendoim, embora esta oleaginosa seja processada em reduzida escala no Parana.

QUADRO VI

PARANA: MATERIAS-PRIMAS PROCESSADAS NA INDUSTRIA

Em 1.000 toneladas

Produtos Total Correspondencia em amendoim

Amendoim em grao 7 7 Carogo de algodao 42 30 Soja 30 45 Mamona 16 16

Subtotal 95 98 Outros 13 13

Total 108 111

A capacidade ociosa na indUstria de oleos vegetais no Parana, em 1965, se situou, por-tanto, entre 46% — considerando-se 250

(3) Ruy Neves Ribas, Os Oleos Comestiveis no Pa-rana, pag. 25.

dias de operacao por ano — e 55%, na hi-potese de 300 dias por ano.

Rio GRANDE DO Sur — Uma relacao de empresas, obtida junto a ex-Secretaria de Economia do Estado, situa a capacidade lo-cal de prensagem em 1.400 t/diarias. Ape-sar de rfao especificar a unidade de medi-

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Regiao Capacidade

ociosa —

(1)

Sao Paulo 40 Parana 46 Rio Grande do Sul 27 Nordeste 59 TOTAL

Ponderacao Capacidade instalada

(2) t (3) %

35,6 5,4

14,5 44,5

100,0

(1) (3) (4) =

100

14,24 2,48 3,91

26,25 46,88

1.317 200 537

1.650 3.704

da, acredita-se que tenha sido considerado o processamento de soja, por ser a princi-pal materia-prima no Estado, tendo alcan-c,ado 86% da tonelagem total processada em 1965.

A utilizacao de materias-primas apresen-tom a seguinte distribuicao em 1965:

Produtos 1.000 t amendoim caroco de algodao soja

5

219 — °taros 31

255

Dispensando-se a conversao, a capacida-de ociosa verificada em 1965 foi da ordem de 27% na hipotese de 250 dias/ano, e de 39% na hipOtese de 300 dins/ano.

CAPACIDADE OCIOSA GLOBAL.

As materias-primas processadas nas re-gioes cuja capacidade instalada pOde set es-

timada, somatam 2.033 mil em urn total de 2.080 mil t, segundo o levantamento do SEP e algumas modificacOes introduzidas em funcao do teor medio de Oleo (amen-doim e milho) . A media das capacidades ociosas dessas regioes nos di ociosidade na inchlstria nacional de Oleos vegetais. Utili-zando os dados de 1965, calculou-se a me-dia ponderada das capacidades ociosas re-gionais, convertidas em termos de amen-doim.

Foram utilizados os coeficientes de soja para a capacidade instalada no Rio Grande do Sul, e, para o Nordeste, considerando que as principais materias-primal o ca-roco de algodao, coco babacu, e mamona, estimou-se o coeficiente de 1,2 para a con-versao. Quanto ao Parana, manteve-se a ca-pacidade de 200 mil t/ano devido a corn-pensacao ocorrida ao se converter as mate-rias-primas utilizadas em termos de amen-doim. 0 quadro s apresenta da seguinte forma:

QUADRO VII

BRASIL: CAPACIDADE OCIOSA GLOBAL DA INDUSTRIA DE OLEOS VEGETAIS, 1965

FONTE: BLADE-DEE, caleulo em termos de amendoim e media ponderada das capacidades ociosas

e regime de operacito na base de 250 d/ano.

A capacidade media nacional de ociosi-dade ter-se-a situado, portanto, em torn de 47% no ano de 1965, considerando 250 clias/ano, elevando-se a 54% se generaliza-do para 300 dias/ano.

PROJEOES DE DEMANDA PARA 1970

0 Quadro VIII apresenta as projecOes de demanda para 1970, obtidas segundo a tendencia observada no periodo de 1947 a

1966. Para os principais Oleos alimenticios — caroco de algodao, amendoim, soja e mi-lho — as estimativas foram obtidas a partir de valerres ajustados de consumo aparente no periodo de 1947-1966 dos quatro em conjunto, desdobrados posteriormente na proporcao apresentada pelas projecoes dos mesmos isoladamente. A taxa media anual observada durante o periodo considerado, utilizando-se de medial giiingiienais, foi de 7,8%, para os quatro oleos principais. 0

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mesmo quatro apresenta as quantidades de materias-primas que serao necessarias a pro-ducao dos diversos oleos e gorduras, obti-das segundo o teor medio apurado em anos recentes.

As quantidades previstas para os quatro principais Oleos alimenticios correspondent a um consumo interno de 4,3 kg/habitan-te em 1970, enquanto em 1965 seu consu-mo foi de 3,3 kg/hab., representando cres-cimento de 30,3%.

Pode parecer elevado, a primeira vista; entretanto, outros trabalhos nao se afastam muito destes nameros. 0 Instituto de Oleos, do Ministerio da Agricultura (4) , estima em 3,73 kg/hab. e 4,58 kg/hab., segundo duas hipoteses de crescimento, adotando os dados de producao interna dos quatro oleos citados, e nao os de consumo aparente, o que altera principalmente as projecoes dos Oleos de soja e caroco de algodao.

QUADRO VIII

BRASIL: PRO JEcOES DA DEMANDA DE OLEOS VEGETAIS PARA 1970

PRODUTOS Teor

Medics

DEMANDA PREVISTA

1.000 t Materias-primal

necessarias 1.000 t

1. Oleos Alimenticios exclusive de cocos 415 2.185 Amendoim 41 130 320 Carogo de Algodan 15 150 1.000 Soja 16 120 750 Milho 10 10 100 Outros 5 15

2. Oleos de Cocos 100 295 Babagu 58 70 120 Dende 10 10 100 Outros e Mistos 20 75

3. Oleos Secativos 32 105 Linhaga 32 10 31 Oiticica 32 20 62 Tungue 16 2 12

4. Outros Oleos e Gorduras 322 760 Manteiga de Cacau 36 20 55 Castanha de Cajd 31 2 5 Mamona 43 300 700

5. Total 869 3.345

FORTE: BNDE-DEE.

Estudo do IBRE/•GV (5) estima a deman-da interna dos referidos quatro Oleos so-mados em niveis equivalentes aos aqui apresentados e a demanda de gordura de cOco em quantidades superiores a 40%.

(4) Mercado Brasileiro de Oleos Alimenticios — Ins-tituto de Oleos — Ministerio da Agriculture, Rio de Janeiro -- 1966.

(5) Projecao de Oferta e Demands de Produtos. Agricolas pare o Brasil, IBRE/FGV, setembro. 1966.

Analisando os dados de consumo aparen-te per capita, para os quatro tipos de oleos — Quadra IX, verifica-se tendencia crescen-te. Reduzindo -se a influencia das flutuacoes decorrentes da utilizacao de medias qiiin-qiienais, nota-se terem ocorrido recentemen-te taxas de crescimento em tomb de 30% por giiingiienio, sendo que as medias de 1961/65 e 1960/64 foram influenciadas pe-las baixas ocorridas nos anos de 1963 e 1964.

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QUADRO IX

BRASIL: CONSUMO APARENTE "PER CAPITA" DOS PRINCIPAIS OLEOS COMESTIVEIS, 1950 A 1965 - kg/hab

Anos Algodao Amendoim Milho Soja Total

1950 1,23 0,41 0,04 1,68 1951 1,31 0,64 0,04 1,99 1952 1,62 0,49 0,04 2,15 1953 1,71 0,39 0,04 2,09 1954 1,50 0,72 0,04 2,16 1955 1,54 0,95 0,04 0,03 2,56 1956 1,56 0,47 0,05 0,06 2,08 1957 1,23 0,55 0,06 0,10 1,84 1958 1,19 1,17 0,04 0,12 2,52 1959 1,32 1,08 0,06 0,20 2,66 1960 1,30 0,89 0,04 0,23 2,40 1961 1,57 1,26 0,09 0,30 3,22 1962 1,78 1,20 0,06 0,39 3,43 1963 1,64 0,95 0,07 0,41 3,07 1964 1,68 0,55 0,06 0,46 2,75 1965 1,32 1,25 0,06 0,67 3,30

FONTE: Mercado Brasileiro de Oleos, Instituto de Oleos/M. Agr. e BNDE-DEE.

Os oleos e gorduras vegetais alimenticios sao consumidos principalmente nas areas urbanas, cuja populacao cresce em ritmo superior ao da populacao total, alem de terem elasticidade - renda maior que a dos equivalentes de origem animal, exceto man-teiga, substituindo-os. Parece, assim, justi-ficavel esperar-se urn crescimento nos niveis indicados para esses oleos e gorduras.

Por outro lado, os oleos de caroco de al-godao e de amendoim vem sofrendo a con-correncia crescente de outros Oleos, dentre estes se destacando o de soja pelas elevadas taxas de crescimento anuais. Sabendo-se que se destina a consumidores de rendas mais elevadas, o crescimento futuro da demanda por oleo de soja podera vir a ser menor uma vez aproximados os limites de satura-cao de seu mercado. Alem disso, sendo sua producao relativamente recente, optou-se por estimativa moderada. Nao so a previ-sao da demanda conjunta dos Oleos citados, como tambem seu desdobramento, influem na conseqiiente necessidade e utilizaca.o de equipamentos.

UTILIZAcX0 DE EQUIPAMENTOS EM 1970

Com o objetivo de medir a utilizacao em 1970 das instalacOes existentes em 1965, fo-ram distribuidas regionalmente as previ-saes de materias-primas a processar (Qua-dro X) , considerando as proporcoes obser-vadas em anos recentes. Sabe-se da existen-cia de pesquisa e experimentacao de plan-tio de soj a e de amendoim em areas atual-mente nao produtoras, sob a orientacao do Instituto de Oleos, do Ministerio da Agri-cultura, cujos efeitos, entretanto, nao se de-verao fazer sentir a curto prazo.

Comparando-se a distribuicao acima corn a capacidade instalada apresentada ante-riormente, destacam-se os Estados de Sao Paulo e do Rio Grande do Sul como mere-cedores de atencao (Quadro XI) .

As projecoes apresentam o Rio Grande do SW como nao so utilizando as instala-Vies de 1965 mas tambern necessitando de processar materias-prim as em tonelagem su-perior em 73% ou 44% daquela capacida-de, segundo as hipOteses de 250 dias e 300

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• ti. - • BRASIL: DISTRIBUIcA0 REGIONAL DA DEMANDA DE OLEOS E

GORDURAS VEGETAIS ESTIMADA EM TRRMOS DE MATERIAS-PRIMAS NECESSARIAS, 1970

Em 1.000 toneladas

Regrao Amendoim em grao

Caroyo de a lgodao Soja Mamona Subtotal

Outros oleos

Total

Milho Linhaca Outros Subtotal

SAO PAULO Em termos de produto 304 500 113 285 1.202 90 — 18 108 1.310 Em termos de amendoim 304 364 173 285 1.145 90 — 18 108 1.253

PARANA. 10 40 75 15 140 — — 7 7 147 RIO GRANDE DO SUL 6 — 562 — 568 — 31 5 36 604 NORDESTE — 421 — 400 821 — — 411 411 1.232 OUTROS — 39 — — 39 10 — 3 13 52 Totais em termos de cada produto 320 1.000 750 700 2.770 100 31 444 575 3.345

FONTE: BNDE-DEE.

QUADRO XI CAPACIDADE OCIOSA PRESUMIVEL DA INDUSTRIA DE OLEOS

E GORDURAS VEGETAIS, 1970 Em 1.000 toneladas

Regiao

Materias-primas

a processar em 1970

Capacidade instalada em 1965

Capacidade ociosa

250 d/ano 300 d/ano 250 d/ano 300 d/ano

Sao Paulo 1.253 1.317 1.580 64 327 Parana 147 200 240 53 93 Rio Grande do Sul 604 350 420 — 254 — 184 Nordeste 1.232 1.980 2.375 748 1.143

FONTE: BNDE/DEE. Calculo em termos de materlas-primas apuradas segundo cr terlos diferentes para cads regiao. Apenas as referentes a Sao Paulo figuram convertidas ao equIvalente em amendoim.

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dias/ano. Em parte, essa pressao poderia ser aliviada corn o transporte da soja para outros Estados, e pelo aumento de produ-cao da soja e de seu Oleo em sao Paulo e Parana.

Em Sao Paulo, a ociosidade se apresenta, segundo os calculos utilizados, em percen-tagens diminutas, representando, entretan-to, uma tonelagem que poderia permitir processar parte do excedente do Rio Gran-de do Sul. A viabilidade dessa hip6tese de-

pende de analise mais aprofundada, que foge ao ambito do presente estudo.

No Parana e na Regiao Nordeste, espe-ra-se, esgundo as projecOes, a continuacao de consideravel capacidade ociosa do equi-pamento existente em 1965.

possivel que as empresas promovam a expansao das instalacOes corn recursos pro-prios tao logo antecipem o crescimento da demanda, fato observado nos ultimos anos, a julgar pela elevada capacidade ociosa exis-tente.

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