a difÍcil vida fÁcil do superdotado

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    A DIFCIL VIDA FCIL DO SUPERDOTADO

    Publicado em: 07/09/2010 |Comentrio: 2 | Acessos: 935 |

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    INTRODUO

    importante a compreenso dos conceitos bsicos, bem como o processo de identificaoque envolve a superdotao. E essa preocupao procede da constatao de que h poucoconhecimento sobre o assunto, carncia de profissionais especializados e inexistncia deinstituies especficas para acolhimento dessas crianas. Alm disso, sabe-se que muitas,por no terem suas necessidades educacionais atendidas, acabam por apresentardificuldades em suas relaes interpessoais e, podem at vir a abandonar a escola.

    Para o alcance desses objetivos optou-se pela abordagem conceitual, comportamental epsicolgica, que permite aprender a totalidade dos fatos pesquisados considerando ossujeitos constitudos nas suas relaes sociais.

    Assim sendo, fez-se necessrio realizar um estudo de pesquisa sobre o conhecimento dosmtodos, tcnicas e abordagem terica que norteiam o processo de identificao dasuperdotao, bem como dilogos com os profissionais na rea de educao e com os pais.Assim, constata-se o ponto de vista de cada um, uma vez que atravs da linguagem quese pode ter acesso ao pensamento dos sujeitos e entender seu ponto de vista e dificuldadesque possam estar enfrentando em lidar com essas crianas.

    FUNDAMENTOS TERICOS

    O assunto da dotao vem sendo abordado h mais de 2300 anos atravs de conceitos deinteligncias. Com relao a isso Plato disse; "Deus que te criou, colocou metais diferentesna tua composio: ouro, para que os que so preparados para governar; prata, para os quetm de agir como executores (da lei) e uma mistura de ferro para aqueles, cuja tarefa ser ade cultivar o solo ou os bens manufaturados. Todavia, ocasionalmente, um pai de ouro podegerar um filho de prata; ou um pai de prata, um filho de ouro; de fatoqualquer tipo de paipode, s vezes, procriar qualquer tipo de filho", segundo Sednicov (2006).

    De acordo com Plato, a inteligncia era uma determinao divina, onde a gentica e a

    sociedade no exerciam qualquer influncia. Naquela poca eram os filsofos que davamexplicaes, uma vez que ainda no existiam estudos cientficos. E, somente por volta dosculo XIX , a psicologia foi considerada como cincia, podendo explicar o comportamentohumano. Ento, surgem os primeiros estudos cientficos sobre inteligncia.

    As contribuies de hoje constituem diferentes teorias que tentaram explicar da melhorformapossvel o desenvolvimento do homem. Desde abordagens em que o comportamentohumano controlado pelos estmulos externos, at a considerao da inteligncia constituirfatores genticos e hereditrios.

    Segundo Sabatella (2005) existe vrias razes para se justificar a necessidade de uma

    ateno especial ao superdotado. Uma delas por ele apresentar um potencial superior queo torna um dos recursos humano mais precioso, responsvel por uma contribuio

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    significativa ao desenvolvimento de uma civilizao. Outra seria a possibilidade deproporcionar um melhor desempenho escolar aos seus companheiros, pois num trabalhocolaborativo e na aprendizagem com o outro, os alunos tm possibilidades de sucesso maior,principalmente aqueles com dificuldades de aprendizagem. E ainda impossvel pensar emintegrao quando no existir um profundo respeito s diferenas e uma enorme vontade de

    estudar e aprender acrescenta o autor.

    Com base no Censo Escolar 2006, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas EducacionaisAnsio Teixeira (INEP), estima que no Brasil existam 2.553 meninos e meninas com essascaractersticas. Porm, a realidade pode ser maior ainda, pois muitas escolas podem deixarde informar quantos alunos so atendidos como pessoas superdotadas.

    E ainda, segundo dados do INEP, a educao de PAH deveria ser feita atravs de salas derecursos, freqentadas no turno contrrio ao do ensino regular. Sendo que a instalao dosmesmos fica a critrio das direes das escolas municipais. E de acordo com essas as escolasgeralmente do prioridade ao trabalho de alfabetizao e o ensino de estudantes com

    deficincias, enquanto que as crianas com altas habilidades so atendidas nas salas de aulanormais, sem nenhuma ateno especial.

    De acordo com as Diretrizes Nacionais para Educao Especial na Educao Bsica(Ministrio da Educao, 2001), este considera crianas superdotadas e talentosas as queapresentam notvel desempenho e elevada potencialidade em qualquer dos seguintesaspectos, isolados ou combinados: capacidade intelectual geral, aptido acadmicaespecfica, pensamento criador ou produtivo, capacidade de liderana, talento especial paraas artes e capacidade psicomotora.

    CARACTERSTICAS

    Para a Secretaria de Educao Especial do Mec (1998), em acordo com classificaesinternacionais, a pessoa com altas habilidades, destaca-se pela consistncia dos seguintestraos:

    - Capacidade intelectual;

    - Aptido acadmica ou especfica;

    - pensamento criador ou produtivo;

    - Capacidade de liderana;

    - Talento especial para artes visuais, artes dramticas e msica;

    - Capacidade psicomotora.

    CONCEPO CIENTFICA

    A cincia utiliza a mdia de QI (quoeficiente de inteligncia) para definir a dotao e vemrealizando diversas experincias a fim de explic-los.Segundo publicao da Academia deSobredotados, no Instituto Nacional de Sade Mental, em Bethesda nos Estados Unidos, uma

    equipe de neurologistas concluiu que o crebro humano de crianas com QI elevado sedesenvolve de forma diferenciada.

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    Segundo Gardener (1995), existe uma escala de 1 a 6 considerada dessa forma :

    Nvel 1 pessoas com pouca inteligncia;

    Nvel 2 pessoas razoavelmente inteligentes;

    Nvel 3 pessoas de inteligncia mdia;

    Nvel 4 pessoas muito inteligentes;

    Nvel 5 os superdotados;

    Nvel 6 os gnios.

    Existe ainda uma grande discusso na rea cientfica sobre o talento. Alguns autoresdefendem a herana biolgica outros estmulos do ambiente. Portanto, pode-se entender que

    ambos contribuem para o processo de desenvolvimento de uma pessoa dotada de altashabilidades e favorece a manifestao de suas caractersticas.

    IDENTIFICAO

    O objetivo da identificao de no rotular, e sim estabelecer uma ao pedaggicaadequada de acordo com necessidades educacionais, sociais e emocionais desses alunos eque esteja expressa no projeto poltico pedaggico da escola. O superdotado um curioso,inquisidor e por muitas vezes, instvel, irritado e agressivo, exigindo muito das pessoas comquem se relaciona e que nem sempre est psicologicamente preparada para enfrent-lo.Pode se sentir inseguro, inferiorizado e perseguido, pois aquele que sabe mais, que faz

    perguntas difceis e pode abalar o saber da autoridade.

    H duas linhas direcionais levadas identificao de acordo com Guenther (2000):

    a) Medidas apoiadas em um critrio de pontuao, que indica o limite mnimo de produoque deve ser alcanado;

    b) Identificao ao longo de tempo, baseado em acontecimentos do dia-a-dia, orientado pelaobservao contnua, direta e cuidadosa nas mais diversas situaes de ao, produo,posio e desempenho;

    TRANSTORNOS

    "Muitas vezes um superdotado diagnosticado erroneamente como autista, hiperativo ouportador de algum distrbio de aprendizagem, como dficit de ateno ou problema deconduta comportamental" (ALENCAR & VIRGOLIM, 1999). Portanto relaciona-se a seguir ospossveis distrbios que podem ser atribudos aos mesmos

    Dissincronia- O psiclogo francs Jean-Jaques Terrasier define esse termo como "umadiscrepncia entre o funcionamento intelectual, e dificuldades em outras habilidades, quealgumas crianas talentosas podem apresentar". O seu ritmo rpido de desenvolvimentointelectual muitas vezes no acompanhado pelo desenvolvimento afetivo psicomotor.

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    Autismo - Existe superdotados entre a populao autista, o que indica que pode havercaractersticas qualitativas do autismo que promova a dotao. O interesse obsessivo por umalgo, muito caracterstico do autismo e que no aparece nas pessoas com deficincia, podeser um fator que contribui para o desenvolvimento desse talento especial e esses donspodem e devem ser aproveitados para a sua valorizao. Essa obsesso pode ser explorada

    de uma maneira positiva para desenvolver a aprendizagem e seus talentos podem sermotivo de admirao para os outros alunos da classe e como tal contribuem para umamelhor insero social.

    Hiperatividade - A combinao entre superdotao e TDAH (transtorno de dficit deateno com hiperatividade) pode gerar confuso mesmo no meio acadmico e profissional.Os erros de diagnsticos existentes na rea se devem principalmente, a presena decaractersticas de superdotao j reconhecidas, erroneamente interpretadas como sintomasde TDAH, e tambm ocorrncia de desordens de ateno entre superdotados, avaliadasequivocadamente como caractersticas tpicas de superdotao. Normalmente a crianasuperdotada possui muita energia, pois sua mente trabalha sempre com muitas idias e

    conceitos que esto sempre presentes, fazendo com que ele esteja sempre em grandesatividades, tentando decifrar ou executar todas essas idias, sendo assim tem dificuldadesem permanecer sentado. Est sempre em movimento, possui constante sensao deinquietude e ansiedade, fica sempre ocupado com algum problema em relao a si ao outroe, frequentemente, fala sem parar. Dessa forma vem a similaridade com as atitudes de umTDAH.

    A ESCOLA

    nesta rea que o superdotado pode apresentar o melhor ajuste ou o pior desajuste. Ondetanto sua capacidade superior pode ajudar-lhe nos estudos e contribuir para um

    desempenho excepcionalmente bom, como pode lev-lo ao tdio, aborrecimento ou rebeldia,capazes de provocar desempenho insatisfatrio.

    Anncios Google

    Segundo Saviani (1984), a escola existe para proporcionar aquisio dos instrumentos quepossibilitem acesso ao saber elaborado (cincia), bem como o prprio acesso aos rudimentosdesse saber. Dificuldades tendem a surgir devido ao fato de serem excepcionalmente

    inteligentes mergulhados num mundo de crianas com intelecto mediano, o que poder geraruma srie de dificuldades de adaptao e desenvolvimento.

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    J para Pfromm Neto (1987), o superdotado encontrar meios de desenvolver ao mximosuas potencialidades, mesmo submetido aos mesmos procedimentos, esquemas, ritmos deaprendizagem e ensino que seus companheiros menos dotados.No raro que a criana sejaat hostilizada, direta ou indiretamente por professores ao constatarem que ela j sabe tudoque pretendem ensinar, ou que em poucos dias, aprendem o que outros levam semanas ou

    meses.

    HABILIDADES

    Segundo Souza (2002), o psiclogo Seagoe as classifica como:

    a) Poder agudo de observao, pronta receptividade, senso do significativo, capacidade paraestabelecer o diferente. Problemas Resultantes: Possibilidade de rejeio grupal, oposio aomeio, defesa do prprio sistema de valores, intolerncia.

    b) Poder de abstrao, de associao e de sntese, interesse pela aprendizagem indutiva e

    resoluo de problemas, prazer na atividade intelectual. Problemas Resultantes: Resistnciaocasional imposio de tarefas, omisso de detalhes, no aceitao de atividades de rotina.

    c) Interesse nas relaes causa e efeito, habilidade para perceber relaes, interesse naaplicao de conceitos. Problemas Resultantes: Dificuldade para aceitar o ilgico, osuperficial e conhecimentos mal estruturados e pouco definidos.

    d) Gosto pela estrutura e pela ordem, pela consistncia, seja de valores ou nmeros.Problemas Resultantes: Inveno dos prprios sistemas, por vezes, em conflito com os pr-estabelecidos na escola.

    e) Capacidade de reteno, de reorganizao do conhecimento. Problemas Resultantes:Desinteresse pela rotina, necessidade de precoce domnio das habilidades fundamentais.

    f) Habilidade verbal, amplo vocabulrio, facilidade de expresso, interesse pela leitura,extenso da informao s diversas reas do conhecimento. Problemas Resultantes:Necessidade precoce de especializao no vocabulrio da leitura, resistncia s imposiesdos pais e professores, fuga no verbalismo.

    g) Indagao, curiosidade intelectual, esprito inquisidor, motivao. Problemas Resultantes:Falta de estimulao familiar e escolar apropriada, desestmulo, indiferena.

    h) Esprito crtico, ceticismo, avaliao e autocrtica. Problemas Resultantes: Atitude crticaem relao aos outros, desencorajamento, exigncia interna excessiva.

    i) Criatividade e capacidade inventiva, inclinao para novas maneiras de ver as coisas,interesse pela livre expresso. Problemas Resultantes: Rejeio do conhecido, necessidadede inventar constantemente.

    j) Poder de concentrao e ateno. Problemas Resultantes: Resistncia interrupoquando concentrado nas atividades.

    k) Comportamento persistente e dirigido para metas. Problemas Resultantes: Obstinao,

    certo desligamento do desnecessrio e secundrio.

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    l) Sensibilidade, intuio, empatia pelos outros, necessidade de suporte emocional.Problemas Resultantes: Necessidade de sucesso e reconhecimento, sensibilidade crtica,vulnerabilidade rejeio dos colegas.

    m) Energia, vivacidade, agilidade, perodos de intenso e voluntrio esforo, precedentes aos

    da inveno. Problemas Resultantes: Frustrao com a inatividade e ausncia de progresso,impacincia.

    n) Independncia no trabalho e no estudo, preferncia pelo trabalho individualizado,necessidade de liberdade de movimento e ao, necessidade de isolamento. ProblemasResultantes: No-conformismo com as presses dos pais e grupos de colegas, problemas derejeio e de antagonismo, quando pressionado.

    APRENDIZAGEM

    As estratgias diferenciadas visam um melhor desenvolvimento bio-scio-psicolgico de

    alunos superdotados e seu melhor desenvolvimento como sujeito e cidados inseridos numasociedade to diversificada quanto a brasileira. Para tanto, indispensvel que tenham totalparticipao na sociedade vigente, e um dos primeiros passos o perodo escolar, que temmeios de proporcionar este ambiente socializado, permitindo-lhes o convvio com outrascrianas portadoras ou no de necessidades educativas especiais.

    necessrio citarmos que toda essa prtica de insero est prevista na Lei de Diretrizes eBases da Educao Nacional, fundamentada na constituio brasileira de 1988. Asnecessidades do superdotado so diferentes das crianas comuns. Nesse sentido, deve-sereconhecer e fazer um trabalho pedaggico, psquico e social, visando uma melhoria naqualidade de vida dessas crianas. Tende-as a acreditar que elas no precisam de maiores

    cuidados que no teriam problemas e sim solues. Mas nem sempre verdade, pois ao seconviver com elas, podem-se perceber quantas dificuldades de relacionamento apresentam.

    De acordo com Sabatella (2005) existem aspectos importantes que devem ser consideradosna educao:

    a) Devem frequentar tanto o ensino formal como o no-formal, em atividades variadas deforma a estimular todas as suas capacidades, procurando um equilbrio.

    b) Possibilitar um ambiente rico em estmulos e oportunidades de aprendizagem,principalmente democrtico e livre.

    c) A criatividade, as atividades cientficas, tecnolgicas, artsticas, de lazer, esportivas,entretenimento precisam ser articuladas por professores criativos, democrticos, com parescom os mesmos interesses.

    d) Deve-se ser observada a necessidade de programas especiais, suas diferenteshabilidades, se for o caso, muitos no suportam a rotina e atividades decorativas.

    e) Precisam de desafios que girem em torno de idias importantes e teis, enriquecendoseus conhecimentos e proporcionando oportunidades para alargar seus horizontes.

    f) Deve estar inserido no seu cotidiano habitual, procurando conviver bem com seuscompanheiros, familiares e professores.

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    g) O professor dever analisar qual a melhor metodologia de ensino a ser trabalhada, deacordo com o tema proposto, com seus alunos e com os objetivos de ensino, proporcionandoa construo do conhecimento em vrios nveis de abstrao.

    h) Poder ser proposto atividades extra-classe quando no houver a sala de recursos, de

    forma a oportunizar um trabalho para desenvolver suas potencialidades.

    PROFESSORES

    Segundo Scoz (2000), preciso que os alunos sejam motivados a aprender. Mas, fundamental que o professor tenha competncia para conhecer as necessidades dessesalunos, propondo desafios adequados, levando-os a construir conhecimentos, alm de lev-los a experimentara sucesso e adquirir uma auto-estima positiva, a fim de que o prazervenha da prpria aprendizagem, do sentimento de aptido e da segurana de resolverproblemas e vencer desafios intelectuais.

    O professor, em geral, observa na criana caracterstica como habilidade acadmica, altamotivao e conformismo social. Assim imagina-se que essas crianas fogem fica fora dospadres esperados e acabam tornando-se insatisfeitas, frustradas e desapontam osprofessores. Ou, ao constatarem que o aluno mais inteligente que seus colegas, passam aexibi-lo ou a proteg-lo, distinguindo-o dos demais e prejudicando suas relaes com osoutros, os quais passam a rejeit-lo. Ou ainda o professor se identifica com o superdotado eprojeta nele a imagem daquilo que gostaria de ter sido. Por esta razo, o professor deveestar atento no sentido de proporcionar uma educao de boa qualidade, levando em contaas diferenas individuais e encorajando o desenvolvimento de talentos, competncias ehabilidades diversas.

    FAMLIA

    Os pais ou responsveis precisam identificar o quanto antes a dotao do filho e entenderprofundamente o assunto, pois devero dar instrumentos para que ele possa colocar seutalento em prtica. Devem procurar ajuda de um profissional para orientar nesse processo.Precisam ser claros com seu filho, explicando que ele tem um talento especial, mas que no melhor do que os outros. Precisam estimular a convivncia com outras os incentivando adescobrirem os talentos dos outros. Alm disso, precisam acompanhar seu filho na busca demateriais e informaes que o ajudem a entender sua capacidade. importante que a famliaimponha limite aos filhos, sem cobranas e exageros para que no gerar insegurana. Assim, imprescindvel a famlia tenha ao em benefcio destas crianas para que possam ter

    oportunidade de utilizar seus talentos para si prprios e para a sociedade. O superdotado porter resistncia a regras, s vezes, torna-se intolerante, portanto cabe aos pais explicar asformas de conduta adequada para uma convivncia social saudvel.

    SOCIEDADE

    importante criar oportunidades de integrao no mbito social. Assim, tero maior acessoao ambiente de sua comunidade, podero melhor identificar sua rea de interesse e,certamente, utilizaro o seu talento especial em benefcio desta mesma comunidade.No quediz respeito liderana, so as que encontram menos problemas desta natureza, pois tem ohbito de cultivar relaes sociais variadas, porm as que mais apresentam problemas de

    relacionamento. Podem vir a procurar companhia de pessoas mais velhas com objetivo demanter o mesmo nvel intelectual ou interesse.

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    De acordo com Alencar (2001), os superdotados podem manifestar crises existenciais comoquando do convvio social:

    a) Perfeccionismo: Tendem a ser crianas-modelo, muitas vezes por culpa de uma educaosevera de pais autoritrios, exigentes, ambiciosos e perfeccionistas para agradar aos pais ou

    a si prprio.

    b) Criatividade no copreendida:Tendem a abordar os problemas e o insucesso escolar frequente. Tm dificuldade em seguir regras e normas, revoltam-se com autoridade, podemser vtimas de perseguio de algumas pessoas.

    c) Impulsividade desgastante: Podem ser hiperativos e apresentarem dficit de ateno.Mesmo assim, respondem e agem de forma inesperada e rpida mostrando-se incapazes decontrolar a sua necessidade de agir imediatamente.

    d) Hipersensibilidade: Possuem sentido crtico da realidade que as envolve, uma viso aguda

    dos problemas e uma quase clarividncia sobre o desenrolar dos acontecimentos da vida.

    e) Isolamento social: Tendem ucao severa de pais autoritrios, exigentes, ambiciosos eperfeccionistas para agradar aos pais ou a si prprio. Por outro lado, sofrem frequentementede ansiedade e medos. Seu principal dilema a busca constante da perfeio e da a isolar-see a sofrerem dificuldades de relacionamento.

    O medo de no ser aceito, especialmente na adolescncia, pode lev-lo ansiedade e a ummaior envolvimento com atividades individuais. Essas crianas podem, pela natureza da suapersonalidade ou das suas altas capacidades, criarem alguns problemas muito concretos, noque diz respeito ao relacionamento social, que pode gerar uma situao patolgica de fobia

    social. Tendem a isolar-se no seu mundo porque no tem com quem partilhar suas idiassegundo Alencar (2001).

    CRIANAS NDIGO

    Esse termo vem da cincia espiritual. Que define as crianas ndigo como seres queapresentam caractersticas diferentes de algumas crianas. E o fato dessas crianas teremsido classificadas como hiperativas ou com a sndrome de dfict de ateno, despertou ointeresse de pais e educadores pelo assunto. possivel dizer que a crena das crianasndigo, uma reao a utilizao do medicamento ritalina, que tem causado efeitosdesastrosos em muitas crianas.

    O termo foi usado pela primeira vez em 1982, pela parapsicloga Nancy Ann Tappe queelaborou um sistema para classificar os seres humanos de acordo com a suposta cor da suaaura espiritual. E a mesma explica em seu livro "Compreenda A Sua Vida Atravs Da Cor"onde faz um estudo sobre "as cores da vida". Segundo Tappe, cada pessoa possui uma certacr na sua aura em funo da sua personalidade e interesses. E essas crianas poucoentendidas, possuem habilidades que vo alm do mental e emocional, tm grandecapacidade de visualizao e dominam a tecnologia com muita facilidade. Atravs de suaspesquisas pode observar que, aproximadamente 90% das crianas com menos de 10 anosatualmente, pertencem a essa categoria.

    Aceita-se que os superdotados renem muitas dessas capacidades que so atribudas aosndigos: so sensveis, intuitivos, com algumas faculdades paranormais. Segundo o professor

    http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Nancy_Ann_Tappe&action=edit&redlink=1http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Nancy_Ann_Tappe&action=edit&redlink=1
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    Vecchio (2006), na sociedade atual a adaptao a escola tem implicaes profundas nofuturo do indivduo. A criana e o jovem, cada vez mais, revelam rebeldia face aoinstitucionalizado, ao determinado, autoridade. Neste contexto, as crianas ndigo sorotuladas, frequentemente, como rebeldes e, por vezes, so diagnosticadas com dficit deateno, hiperatividade e outros distrbios comportamentais que em nada as ajudam noseu

    crescimento.

    Segundo Vecchio (2006) essas crianas apresentam-se de modo que:

    - Demonstra emoo e sensibilidade extrema;

    - Tem excesso de energia;

    - Entedia-se com facilidade e parece ter dificuldades de concentrao;

    - Necessita de afeto e estabilidade emocional ao seu redor;

    - Resiste a qualquer tipo de autoridade que no seja exercida de maneira democrtica;

    - Tem mtodos prprios de aprendizado;

    - Frustra-se facilmente quando no consegue expressar suas idias;

    - Dispersa facilmente caso no esteja envolvida com tarefas interessantes;

    - No consegue se relacionar bem com outras que no sejam iguais a ela;

    - No responde a tcnicas de disciplina associada culpa, ou ameaas;

    E ainda de acordo com Carrol & Tober (2005) pode-se distinguir quatro tipos de crianas:

    Humanistas: Tem habilidades para trabalhar com massas. Hiperativos e extremamentesociveis, se comunicam bem e so sempre muito simpticos um pouco dispersos, pormleitores vorazes.

    Conceituais: So sempre cognitivas ou intelectuais, interessam-se mais por projetos eobjetos.

    Interdimensionais: Superdotadas, com potencialidades espirituais, muito intuitiva, sensvel epreocupada com o curso da humanidade.

    Artsticos: Costumam ser sensveis, muito criativos e apresentam baixa estatura fsica.

    RESOLUES

    Recentemente o Conselho Nacional de Educao/ Cmara de Educao Bsica do Ministrioda Educao (2001) acerca das diretrizes nacionais para a educao especial na educaobsica, recomenda em seu artigo 8 (item 9), que as escolas da rede regular de ensinodevem prever e prover na organizao de suas classes comuns, atividades que favoream,ao aluno que apresente altas habilidades, o aprofundamento e enriquecimento de aspectoscurriculares, mediante desafios suplementares nas classes comuns, em sala de recursos ou

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    em outros espaos definidos pelo sistema de ensino, inclusive para concluso em menortempo, da srie ou etapa escolar.

    Apesar do interesse crescente pelo tema da superdotao, na sociedade brasileira, ainda limitado o conhecimento dessas caractersticas e necessidades do aluno. E de acordo com Lei

    de Diretrizes e Bases da Educao Nacional, fundamentada na Constituio Brasileira de1988 o atendimento ao superdotado deve ser adotado da seguinte maneira

    a) Enriquecimento curricular: Utiliza vrias formas de estimulao pelo professor do ensinoregular, em diversas reas do currculo. Com objetivos de aumentar o conhecimento na reade interesse do aluno, proporcionando melhor integrao psicossocial com crianas damesma da mesma faixa etria e incentivo ao potencial criador.

    b) Agrupamento por habilidades: Explorar atividades em grupo por rea de talento, comatendimento em salas de recursos, em horrio alternativo ao da escola regular. Com objetivode estimular os interesses em reas especficas, o aprimorar os talentos apresentados, e

    aumentar a motivao para desenvolver caractersticas prprias, como tambm estimular ainterao.

    c) Acelerao: Refere-se entrada precoce do aluno na escola, a promoo de sriesavanadas mesmo antes do trmino do ano letivo, e ao exame para obteno de crditos eaos planos curriculares acelerados. Com o objetivo de proporcionar maior tempo livre paraaperfeioamento das habilidades, possibilitar o ingresso precoce no mercado de trabalho emelhor aproveitamento com acesso antecipado ao ensino mdio e universitrio.

    CONCLUSO

    O superdotado algum que sobressai em todas as suas atividades, possui um talentoespecial, est sempre bem preparado para os exames, no apresenta dificuldades ou ainda,algum com uma inteligncia superior comprovada.Portanto parece no ser necessrio sepreocupar em relao ao desempenho escolar destes alunos que aprendem facilmente sejaqual for seu ambiente de estudo. Porm, entre os profissionais da educao e da comunidadecientfica, a realidade outra. Estas crianas enfrentam vrias dificuldades durante seuperodo escolar, mesmo apresentando qualidades peculiares. Segundo estudos, algumascrianas passam despercebidas pelos professores, e acabam sendo intituladas como alunosproblemticos, com dificuldades, apresentam mau comportamento, desateno,desinteresse, e baixo desempenho social.

    Acredita-se que as crianas de um modo geral, incluindo as superdotadas, esto vivendonum mundo complexo, carregado de incertezas e dvidas, mas tambm com algumasoportunidades e, precisam ser mantidas na escola. E tudo acontece porque os ainda no seperceberam que, o futuro dessas crianas ser vivido numa sociedade totalmente diferentedaquela em que um dia se viveu, e que precisa de mentes ativas e desenvolvidas. E paratanto devem ser acrescentadas novas disciplinas, e extintas as desinteressantes, com novasdinmicas de aulas, novos estilos de ensino e novas abordagens para que essas crianasestejam aptas para enfrentar esse novo tempo, mais veloz.

    neste contexto que a educao dessas crianas deve ser moldada para que se modernize oatraso da nao em relao aprendizagem e que possamos oferecer-lhes um futuro onde

    possam sentir-se realizadas, teis e felizes. Portanto, deve-se investir em profissionais queidentifiquem e trabalhem as potencialidades dessas crianas desde cedo, para que possamos

  • 8/3/2019 A DIFCIL VIDA FCIL DO SUPERDOTADO

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    preservar esses talentos. Portanto necessrio que se encontre com urgncia, uma soluopara melhorar a condio do superdotado, onde ocorra uma interveno educativa bemsucedida e condies para a expresso e desenvolvimento dessas qualidades excepcionais.