a civilização islâmica - retratos do mundo contemp
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civilizaçãoTRANSCRIPT
t lil 'slt ~s ' visoes do mundo atual
A civi/izat;ao is/arnica
A arca abrangida pela civili. za~ao is lamica, mu~ulmana
CHI mao metana corresponde a todos os parses do Oriente Medio ( l:xce~ao de Israel) e da Africa do Norte e a parceias significalivHS do subcontinente indiano, dll As ia central (inclusive 0 nom 'slc da China) e do sudeste IISial ico (Indones ia e Mahisia, principa lmente) . Alem disso, sua IIIlluencia projeta-se ate alguns "spac;os da Africa subsaariana e do sudeste da Europa. Contudo, ~ I III S areas nuciea res corresponIkll1 <10 Oriente Medio e it Africa d" NO lte. Atualmenle, 62 paises ~1 1 1l r 'conhec idos como compo-1II' liles dcssa c i v ili za~ao .
S ' u clemento cenlral e a regiao 1·, lll llI ica quc, identinca a pr6pria I IIlidudc cultural. Apesar de a civ i-11101<;1 10 ll1u~ulmana ter-se origina<ill 110 11I11ndo arabe, cia se cslende IIII IJlO II I.5m dos seus limites.
Ilull liado no seculo vn par ~l.l() lIl l' cm Icrrit6rios da pe-11111 111 .1 i\dbica - qu e atual-1111 lilt l'o rrl'spondem a te rras da
111 111 ,1 Salld ila, o ncl e es tiio as 111 ),,,1 ,'. ' 1I 11 111 S d ~ Meca c Medi -11,1 " ,,1" "li 'l 11(1 Sl' cx plll1(liu 1III'Idlllllrlll(* 1111111 PI{)('(lssn li t' ' "1111"1 III I ""111111111 ,( 1' IIII II IIS 1'11\11
A concept;'ao clo islamismo como comuniclade religiosa e poiftica fez com que, no passado, os Estaclos-nucleos ti vessem surg ido apenas quanclo a lideran t;'a politica e a rei igiosa se combinavam numa s6 instituit;'ao governante. A conquista arabe do Oriente Medio e da Africa do Norte, no sec lilo vn, deu-se com a forma~ao do califado omiada; da Europa, no seculo seguinte, com 0 cali fado abassida e com
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Geopolfticas contemporaneas
'u lirados secunclarios (Cairo e Cordoba), no seculo X. Cerca Ii ' qualro seculos mais tarde, os nlomanos - ap6s conquista de lI11 lplas areas do Oriente Medio ,. da tomada de Constantinopla ,' Ill 1453 - estabeleceram urn novo ca lifado. 0 dominio de areas ,'X I<; l1 sas do mundo muyulmano, ItI ~ lu s i ve aquelas de origem cia t(' li giao, qualificou 0 Imperio ()Iolllano como 0 Estado-nuc\eo <ill Is la.
A expansao da civi l i za~ao ocidental europeia, especial mente a partir do seculo XVI, foi erodindo lentamente as bases de su s tenta~ao otomana. Mais tarde, ja no inicio do seculo XX, quando a Republica da Turquia veio a substituir 0 desintegrado Imperio Otolllano, 0 Isla deixou de ter um Estado-nucIeo.
No O ri ente Medio, os territ6 ri os perdidos pe los otomanos, em fun~ao dos acordos impl e-
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Islamicos no mundo (em%) _ Mai, de 90 De 5 a 25 _ De 50 a 90 De 1 a 5
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(.1 l1"SIOCS e vi soes do mundo atual
Ill cntados ao fi nal da Primeira Guerra Mundial, foram divi<.lidos e passaram a integrar os clominios coloni ais cia Gra-BrelH nha e cia Fran"a. As fronteiras arti ficiai s criadas pelas potencias curopeias vencecloras do conftito gcraram, nas decadas posteriores, Estados frageis, idealizados scgundo modeJos ocidentais, esIranhos as trad i~6es islamicas. Essa circunstancia contribuiu para que nenhum pais tivesse poder ou Jegitimidade cultural ou religiosa para assumir 0 papel dc Estado-nucleo da civiliza"ao islamica.
Nos ultimos quarenta anos, 1I 1guns Estados islamicos tem lenlado se apresentar como evenIU li is Ifderes desse grupo, que ultlalmente congrega quase um l e l'~O clos pafses do mundo. Os tjll C lem se "candidatado" para d,'s'mpenhar esse papel sao 0
Jlgilll , 0 Paqu istao, a Anlbia Sau.Ili a, 0 Ira e a Turq uia. Todavia, II l' lllwl11 deles , pelo menos ate IIg'1l'<I , rcuniu as cond i"oes geopll lrlicas para exercer lideran"a.
o I ~g ito tem a seu favor 0 fato ik scI' ,\rabe, possuir expressiva l'opll lli ' a~, localizar-se nas pro-
illlld ,ldl!s do bers:o do islam is-11 111 " oc upnr pos i"ao geognHica I ',II :!11'1 ',ic :! , (';o nsl i lu i !lclo arca de ' " l1l illil i' lIll l' II AI'I'ica ci a Norl e e "I 1111'1111' ~ I, ' dill '('111111'01111111 11
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clesiguaJdades SOC ialS, a depenclencia economica e militar em reJa"ao tanto aos pafses arabes ricos em petr61eo como ao Ocidente. Os Estados Uniclos consideram 0 Egito um de seus aliados mais i mportantes e confiaveis no munclo arabe-mUl;:ulmano e, por isso, 0 regime egipcio e olhado com desconfian~a por setores cle sua pr6pria sociedade como tambem por varios paises isliimicos.
o Paquistao apresenta, como condi~oes favoravei s, um expressivo contingente populacional e o fato de seus dirigentes terem sistematicamente reivindicado 0 papel de promotores da coopera"ao entre os Estados islamicos. Todavia, assim como 0 Egito, e um pais ainda muito pobre, com graves divisoes etnicas internas e uma rivalidade permanente com a India, 0 que 0 conduz a desenvolvel' rela~oes especiais com potencias nao-mu~ulmanas , como os Estados Unidos e a China.
A Arabia Saudita, espa"o de origem da religiao islamica, detem as maiores reservas petrolfferas mundiais. Alem disso, a a~ao internacional do regime saudita - apoiando causas I1lU
~ulmanas tao clispares quanta o fornecim ento cle ajuda para a cons tru~ao cl e mesquitas, a implementac;:ao dc cseo las I' li -iosas na Arl'ica SUbSHal'in nll C
il Ii nil II ' ill l]l(' 1l11l II ~ lrupils l'X III ' III I' I II~ " I III1 ""~ ,'llIliI' llIl
",' 1'1 0 prcs lfgio a esse reino quase k lldal cI golfo Persico. Entre-111 111 0, sua pequena popula~ao e
11 1I vulnerab ilidade geognifica 1;1/ ' Ill com que depencla do Ocid" lIl e, especialmente dos Estad ll ,~ niclos, para sua seguran~a I lilliI'll os inimigos internos (a 111IIIoria xii ta) e os externos (Ira'PIP e Ira).
() Ira apresenta extensao II' II'IIOI"ia l e popula~ao signifiIlI li vas, il1lportantes tradi~6es 1" ' lel ri co-culturais e viabilidade I I il llOlllica, em virtude de suas
,,, IllS rcservas de petr6leo. Mas ,I l "I ]lll l a~ao iraniana na~ e araI .. , " sim persa, alem de majo-11I, II II III1 Cnte xiita, enquanto a IIl1 l1 il1' pw·te dos mu"ulmanos do 1111 11 1.1 11 C sunita. Depois que os 1I II Idli ll ICntali stas islamicos che-
" "111"0 poder no Ira, em 1979, I "X Ol'llI~OeS radicais de seu j, III , 110 senticlo de expandir a
I ,, 111 ,10 religiosa, assustaram '. I," Illn desconfian~a entre os lilli" politi cos da maioria dos
II. 1I111 ,<ulmanos . 1 1lI ll llllcnle, reivindicando a
Ii I, '''" ~'iI 110 mundo lllu ~ulmano , 1.1 ,I 1'llI'lIuia , herdeira do anti , 11111 "' 11 0 Oloill ano e que foi 1 1,,,1 11 III1 l' k o tin c ivil iza((ao
111 1111 11 dill 11 111 ' sc('; ul os. Alcm II II II III II M' II rll VOI' 11 falO de
I " 11111111 1',, 1111 111 II Il HIIlI ' I' (1111 -
I. 1111 IdllN i'ilill 1I11I t; ull1lll1l 0S
Geopoliticas contemporaneas
dos Balcas (B6snia, Albania, Bulgaria) , do Oriente Medio, da A frica do Norte e das anti gas republicas sovietieas da Asia centra l, como 0 Turcomenistao.
Mas ela tem contra si a profunda coopera~ao politico-mil itar com 0 Ocidente, participando ha mais de quarenta anos da Otan (O rganj za~ao do Tratado clo Atlantico Norte) e almejando, ha clecadas, fazer parte da Uniao Europeia. Uma hipotetiea lideran~a cia repllblica turca tem contra si, ainda, as op((oes politicas ori ginai s do Estado: no final da Primeira Guerra MundiaJ, quando foi criada em substitui~ao ao Imperio Otomano que acabara de se desintegrar, 0 Ifder dessa transi~ao , Mustafa Kemal Ataturk, conferiu carater secular ao novo Estado, separando nitidamente 0
poder politico do poder religioso. Assim como Ataturk naqueJa epoca, a maior parte da elite turea atual gostaria de ver apagadas as marcas do passado otomano e mu~uJmano , promovendo a i ntegra~ao do pais ao Ociclente.
Apesar cl e tudo, e inclepcndenlemente cl o pais qu venha a licl crar 0 mllnd o islami ' 0, ou ci a ali Senc ill p I' ne tie Uil l Es tado nuc llJo, a ' ivili/,llc;:ao is la mi 'n cO ll slil"i [ li n d 's:di o Pl' II II '"" ' 1I Il' ~ li l'g~ lIl1 l llili ti ll ' ivil i/lll,'llil Iw ill l' lIll1l.