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TRIGÉSIMA BIENAL MATERIAL EDUCATIVO ABSALON 01/02

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Trigésima BienalMaterial educativo

AbsAlon01/02

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AbsAlon02/02

AbsalonCélula n. 3 (protótipo) · 1992 · instalação na Ferme du Buisson, Noisiel (1995)madeira, papelão, tinta de dispersão branca, tecido, tubos de néon · 202 × 410 × 280 cmcortesia: KW Institute for Contemporary Art, Berlim

A obra de Absalon é um manifesto poderoso de solidão, de confinamento no ser como defesa perante um mundo que parece não oferecer nada além de espaços de superexposição e de publicidade: um mundo exclusivamente público, que não deixa nada para a intimidade, para o ser em si mesmo.

Luis Pérez-Oramas

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AlejAndro CesArCo01/02

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AlejAndro CesArCo02/02

Alejandro CesarcoÍndice (uma leitura) · 2009c-print, A-Z em dez páginas · 76,2 × 60,9 cm

Índice (uma leitura) aborda timidamente a ideia do que constitui um índice, qual a sua relação com a leitura, a escrita, a memória, a história e o esquecimento.

Alejandro Cesarco

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Alfredo CortinA01/02

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Alfredo CortinA02/02

Alfredo CortinaPetare, ponte da Ferrovia Centralnegativo · 6 × 6 cmcoleção: particular

Alfredo Cortina fotografou uma única modelo durante toda sua carreira: a esposa dele.

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Ali KAzmA01/02

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Ali KAzmA02/02

Ali KazmaTaxidermista · 2009 · produzido por Fondation d’Entreprise Hermes, Parisvídeo de um canal com som · 10′cortesia do artista

Taxidermist [Taxidermista] (2010) leva adiante [minha] pesquisa com uma reflexão sobre o processo de embalsamação. A história dessa técnica é muito rica e fascinante e nela podemos encontrar nossa relação geralmente confusa e contraditória com a morte, bem como, obviamente, com seu oposto: a vida.

“Ali Kazma Solo Show at Francesca Minini, Milan”, C24 Gallery (site)

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AllAn KAprow01/02

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AllAn KAprow02/02

Allan KaprowPedaço de tempo · 1975 filme p&b em um canal, som · 28′50″cortesia: Hauser & Wirth, Zurique © Patrimônio de Allan Kaprow

Em pares, pessoas são convidadas a participar de uma das mais de quarenta ações propostas por Allan Kaprow. Nesta, devem monitorar e modificar a pulsação e a respiração do seu companheiro: durante repouso e após exercício, segurando a respiração e expirando, fazendo respiração boca a boca durante um minuto ou expirando em sacos de plástico para trocar seu ar com o do parceiro. O artista se interessa pelo sentimento das pessoas, pelo que cada um sente ao se colocar em uma situação inusitada.

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AnnA oppermAnn01/02

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AnnA oppermAnn02/02

Anna OppermannSer diferente (“De alguma forma, ela é tão diferente...”) · 1970-1986 · detalhe da instalação em Württembergischer Kunstverein, Stuttgart (2007)instalação · dimensões variáveiscortesia: patrimônio de Anna Oppermann (Galerie Barbara Thumm, Berlim)

Em algum lugar deste mundo, a complexidade ainda deve ser avaliada. É impossível atacar um problema sem levar em consideração que cada problema está ligado a outras áreas de problemas.

Anna Oppermann, Ensembles 1968-1992

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Arthur bispo do rosário01/02

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Arthur bispo do rosário02/02

Arthur Bispo do RosárioCanecas · s.d.alumínio, linha, papelão, plástico · 110 × 47 × 18 cmcoleção: Museu Bispo do Rosário Arte Contemporânea – Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro

Não sou artista. Sou orientado pelas vozes para fazer desta maneira.

Arthur Bispo do Rosário

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AthAnAsios ArgiAnAs01/02

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AthAnAsios ArgiAnAs02/02

Athanasios ArgianasMáquina de música 19 (o comprimento de um fio de seu cabelo, da largura de seus braços estendidos) · 2010gravura fotográfica em chapa de bronze, aço maciço, pátina preta · 220 × 300 × 500 cm (aprox.)apoio: The Elephant Trust, Londres

Sou também um músico. “Exponho” a música que é feita para funcionar como uma espécie de texto, para ser mostrada, em vez de ser escutada em casa.

Athanasios Argianas

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August sAnder01/02

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August sAnder02/02

August SanderEstudante ginasial · 1926impressão em gelatina de pratacortesia: Julian Sander

A imagem do estudante alemão típico faz parte do livro Face of Our Time [A face de nosso tempo](1929). As diversas classes sociais e profissões são representadas a partir das imagens específicas de seus personagens, criando um panorama da sociedade alemã. O livro, assim como outras imagens deste fotógrafo, foi censurado pelo regime nazista.

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bAs jAn Ader01/02

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bAs jAn Ader02/02

Bas Jan AderQueda interrompida (Geométrica), Westkapelle, Holanda · 1971fotografia colorida · 41,28 × 29,21 cmcortesia: Bas Jan Ader State, Mary Sue Ader-Andersen, Patrick Painter Editions

Quero fazer uma peça em que vou até os Alpes e converso com uma montanha. A montanha falará de coisas que são necessárias e sempre verdadeiras, e falarei de coisas que são verdadeiras às vezes,acidentalmente.

Bas Jan Ader

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benet rossell01/02

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benet rossell02/02

Benet RossellCerimoniais · 197316 mm, corcortesia: Museu d’Art Contemporani de Barcelona

Entrei em contato com linguagens cujos códigos me eram inteiramente desconhecidos, linguagens sem códigos para mim. Achei-as fascinantes e era muito provável que fossem a origem da linguagem que venho cultivando ao longo de minha trajetória artística, que vem de uma multiplicidade de signos, ícones, micrografias, caligramas ou benigramas sem código, irrepetida e irrepetível.

Benet Rossell

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bernArd frize01/02

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bernArd frize02/02

Bernard FrizeSenso · 2009acrílico e resina sobre tela · 235,5 × 235,5 cm

Em princípio, posso dizer que se estou fazendo pinturas, então tenho de me aproximar o máximo possível do que os materiais e seus usos me sugerem. E tentar dizer o que eles me permitem fazer.

Bernard Frize

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bernArdo ortiz01/02

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bernArdo ortiz02/02

Bernardo OrtizSem título · 2010guache sobre papel · 25 × 35 cmcortesia do artista

Pode-se dizer que há uma escrita sobre a arte, uma escrita da arte, uma escrita na arte, uma escrita diante da arte ou uma escrita sob a arte. Mas também pode-se dizer que há uma arte sobre a escrita, uma arte da escrita, uma arte na escrita, uma arte diante da escrita ou uma arte sob a escrita.

Bernardo Ortiz

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bruno munAri01/02

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bruno munAri02/02

Bruno MunariLivro ilegível MN1 · 1984© Bruno Munari. Todos os direitos reservados Maurizio Corraini SRL.

Normalmente, quando se pensa em livros, o que vem à cabeça são textos, de vários gêneros: literário, filosófico, histórico, ensaístico etc., impressos sobre as páginas. Pouco interesse se tem pelo papel, pela encadernação, pela cor da tinta, por todos os elementos com que se realiza o livro como objeto. […] O objetivo dessa experimentação foi verificar se é possível utilizar como linguagem visual o material com que se faz um livro.

Bruno Munari, Das coisas nascem as coisas

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ChArlotte posenensKe01/02

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ChArlotte posenensKe02/02

Charlotte PosenenskeSem título · 1989 · Da série: Tubos Quadrados DWcartão onduladocortesia: Bukhard Brunnfoto: Bukhard Brunninstalação na estação central de Frankfurt, Main

Faço séries porque não quero fazer peças únicas para indivíduos, a fim de ter elementos combináveis dentro de um sistema, de fazer algo que seja repetível, objetivo, e porque isso é econômico.

Charlotte Posenenske, “Statement”

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ChristiAn VinCK01/02

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ChristiAn VinCK02/02

Christian Vinck1937 ervas daninhas · 2008-2009caneta esferográfica sobre papel · 17,4 × 21 cm

Dizem que a pintura é de outra época, mas para mim a pintura é infinita e nunca deixa de me assombrar. […] Pintar para lançar relatos, como fazer pinturas do Velho Oeste para recordar histórias esquecidas.

Christian Vinck

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CiudAd AbiertA01/02

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CiudAd AbiertA02/02

Ciudad AbiertaRef: Taller de Amereida, trimestre 1 2010. Ciudad Abierta. CL ame 10 176. Archivo Histórico José Vial Armstrong. e[ad] Escuela de Arquitectura y Diseño PUCV.

Esta obra é baseada na praça da água em frente às torres, uma obra de aproximadamente 40 × 40 m; para o ato poético, foram elevados globos e lençóis de advertência sobre a verticalidade, junto com a leitura de um poema.

Ciudad Abierta, “Torres del agua”

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dAniel steegmAnn mAngrAné01/02

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dAniel steegmAnn mAngrAné02/02

Daniel Steegmann MangranéKiti Ka’aeté · 2011colagem · 17 × 13,5 cm

Um projetor de slides, localizado à distância da parede falsa, ilumina a imagem por trás, tornando a floresta profunda e atraente.

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dAVe hullfish bAiley01/02

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dAVe hullfish bAiley02/02

Dave Hullfish BaileySem título (Oeste quarta a noroeste) · Da série: Estudo de Aproximação de uma Forma Convencional, Redeterminada por Condições Predominantes · 2007/2009

Situada em uma rústica choupana sob uma grande árvore de palo verde, [a biblioteca] é composta de livros abandonados por um público que, em grande parte, também o foi.

Dave Hullfish Bailey, What’s Left

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dAVid moreno01/02

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dAVid moreno02/02

David MorenoSilêncio · 1995livro encontrado, página e papel · dimensões variáveiscortesia do artista

Só posso dizer que quando alguém deseja saber algo, esse algo sempre parece fora de alcance (e com o tempo pode ou não ser entendido). Minhas imagens beiram o absurdo porque esta parece ser a única maneira de representar um estado de querer saber.

David Moreno

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edi hirose01/02

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edi hirose02/02

Edi HiroseSem título · 2004 · Da série: Projeto Pozuzo · 2004fotografia em gelatina de prata e banho de selênio

Sua obra é um registro do que viveu, um testemunho de sua experiência nas comunidades em que convive.

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eduArdo berliner01/02

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eduArdo berliner02/02

Eduardo BerlinerJanela · 2011aquarela · 31 × 23,5 cmcortesia do artista

A pintura requer uma temporalidade diferente do ritmo efêmero das imagens difundidas através da mídia. O processo da pintura pede um outro tempo, tanto daquele que pinta, quanto daquele que observa o trabalho. No meu caso, a pintura ajuda a estabelecer uma relação primordial com a fisicalidade do mundo.

Eduardo Berliner

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eduArdo stupíA01/02

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eduArdo stupíA02/02

Eduardo StupíaOnde Juan Diaz e os índios comeram rapidamente · 2003tinta de impressão em tela · 190 × 190 cmcoleção: Jorge y Julieta Correa

Naturalmente, a linha é a primeira, depois a textura, a bidimensionalidade do plano em linha, a mancha entendida não como matéria, mas como contraste.

Eduardo Stupía

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elAine reiCheK01/02

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elAine reiCheK02/02

Elaine ReichekLinha é como um fio · 2008bordados à mão em linho · 62,2 × 48,3 cmcortesia da artista

A linha é como o fio que Ariadne deu a Teseu antes de sua entrada nos misteriosos recônditos do labirinto: é o que nos guia em nosso encontro com o labirinto todo a nossa volta. Sem a linha estaríamos instantaneamente perdidos, nunca mais encontraríamos nosso caminho para fora da confusão. Sigamos a linha para onde ela nos levar – talvez até algo concreto e preciso, talvez para o subconsciente, a terra da fantasia.

Georg Grosz

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fernAnd deligny01/02

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fernAnd deligny02/02

Fernand DelignyLinhas de errância de Janmari (criança autista), em preto, e trajetos de um adulto “próximo”, em marrom, na aldeia de Graniers, em 23 de julho 1977 · reproduzindo no livro Fernand Deligny, Œuvres, Paris: L’Arachnéen, 2007, p. 1076.mapa desenhado por Gisèle Durand, tinta sobre papel vegetal · 70 × 60 cm© Editions L’Arachnéen

Não tenho a intenção de educar ninguém, só a intenção de criar as circunstâncias favoráveis para que se saiam bem e para que vivam.

Fernand Deligny

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f. mArquespenteAdo01/02

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f. mArquespenteAdo02/02

f. marquespenteado1) um Rei Shik; 2) um Maori; 3) um Sertanejo brasileiro · 2006 · Da série: Eméritos Caçadores de Borboletasdesenho bordado à mão e à máquina sobre PVC, fios de linho e algodão, arco para a caça à borboleta em alumínio (1 e 3), em ferro e bambu (2) · dimensões variáveisfoto: Noah dos Santos

Estou interessado em como as percepções da masculinidade e estigmas em torno das performances masculinas se convertem em patrimônios visuais. Também estou ávido por localizar ideias de bem e mal envolvendo o corpo masculino.

f. marquespenteado, Writings, V22 Collection (site)

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fernAndo ortegA01/02

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fernAndo ortegA02/02

Fernando OrtegaAtalho I · 2010impressão colorida · 44,5 × 29,7 cm

Seus trabalhos baseiam-se em circunstâncias fortuitas e aparentemente inconsequentes; situações efêmeras capazes de transpor buscas intelectuais com poderosas experiências sensoriais.

“Fernando Ortega”, Lisson Gallery (site)

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frAnz erhArd wAlther01/02

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frAnz erhArd wAlther02/02

Franz Erhard WaltherLinha reta, semicírculo, três direções · 1977linha reta: 1.585 × 30 × 2 cm; semicírculo: 1.585 cm de comprimento, 1.000 cm de diâmetro, 30 cm de largura e aço de 1 cm, standing site 20 mmfoto: Renate Anger© Fundação Franz Erhard Walther

Cada um que participe de alguma maneira deve ser responsável pelo trabalho – sem sua atividade nada seria criado.

Franz Erhard Walther

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frAnz mon01/02

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frAnz mon02/02

Franz MonMortuário para dois alfabetos · 1969-1970coleção do artistafoto: Isabela Villanueva

A poesia concreta para mim é poesia de princípios – há um princípio que você inventa e depois o realiza, aconteça o que acontecer.

Franz Mon

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frédériC bruly bouAbré01/02

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frédériC bruly bouAbré02/02

Frédéric Bruly BouabréMa youcouli meua, ma womeubha – Onde está o ouvido é onde está a boca · 2005caneta esferográfica e lápis de cor sobre cartão · 34 × 24 cm

Tudo o que vejo, desenho. Meu pai me disse que eu devia ser um observador. A escrita imortaliza, luta contra o esquecimento.

Frédéric Bruly Bouabré, The Universalist

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gego01/02

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gego02/02

GegoBichinho 89/22 · 1989fios de cobre, fios de ferro esmaltado e peça metálica. Base de resina plástica · 13,5 × 9,5 × 9 cm© Patrimônio Fundación Gego, Caracas

Mais tarde ela passou a experimentar a conversão de planos em formas tridimensionais, explorando desenho, aquarela, gravação, colagem e escultura e sua integração em espaços arquitetônicos em provocação às convenções artísticas.

Gustavo Navarro-Castro, Grove Art Online

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hAns eijKelboom02/02

Hans EijkelboomFotonotas 7 de setembro 2005, Kalverstaat - Dam, Amsterdã NL, 14.00-16.30cortesia do artista

Fotos tiradas em 7 de setembro de 2005, entre 14h e 16h30, na praça Dam, em Amsterdã, Holanda.

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hAns-peter feldmAnn02/02

Hans-Peter FeldmannUm quilo de morangoscortesia do artistafoto: Andrea Gilberti

Feldmann evita explicitamente transformar a arte em comentário. Tudo é permitido e a quantidade apenas gera mais quantidade. De modo lacônico e eufórico sua arte constantemente declara: “Tudo isso está lá fora”. A incorporação do banal à arte por Feldmann é totalmente isenta de bravata ou grandiloquência argumentativas.

Catrin Lorch, “Hans-Peter Feldmann”, Issue 76

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hAyley tompKins02/02

Hayley TompkinsArtificial I · 2009objeto encontrado, guache, argila, fotografia · 77 × 5 × 8 cmcortesia da artista

Conteúdo é algo previamente visto, pensado, sentido, imaginado, que depois é reconstruído ou reimaginado. Faço esses objetos para me enredar na realidade e para expressar dúvida positiva. A pintura é sempre um substituto. É feita para ser vista e é consciente. Tem seu próprio mecanismo embutido para medir o tempo. Hayley Tompkins

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helen mirrA02/02

Helen MirraAnotação feita de hora em hora de campo direcional, 26 de agosto, Järvafältet · 2011óleo e grafite sobre linho · 155 × 155 cmcortesia da artista

As impressões diretas de materiais paradigmáticos apanhados no caminho são registros direcionais horários feitos no curso de um único dia de caminhada, no rumo da minha trilha. Os trabalhos resultantes não são determinados por sua localização geográfica, nem fotográficos ou descritivos, mas mesmo assim são uma espécie insistente de fato.

“Field Index 3”, Galerie Nordenhake (site)

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Horst AdemeitSem título (4821) · 2002técnica mista sobre fotografia polaroide · 11 × 9 cmcortesia: Galerie Susanne Zander, Colônia

Ele também voltou seu enfoque ao imediatamente disponível: objetos cotidianos, notícias e confinamentos. Além disso, o trabalho de Ademeit envolve a mais obscura tentativa de registrar o que chamava de “raios frios” e radiação invisível. Mas como documentar uma ideia de medo de algo inapreensível? No caso de Ademeit, a solução significava combinar imagens e reflexões.

Stephanie Buhmann, “Mystique and Conspiracy: the Polaroids of Horst Ademeit”

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Ian Hamilton FinlayA ordem do presente · 1983 · Da série: Pequena Esparta · em colaboração com Nicholas Sloanpedracortesia: Arquivo de Ian Hamilton Finlay, Dunsyre, Escóciafoto: Werner J. Hannappel

O que aconteceu é que eu senti que o caminho que eu havia traçado não poderia mais ser seguido. Era um grande mistério para mim – por que sentia que não poderia juntar as palavras do jeito que estava habituado a fazer –, mas eu achava que devia ter alguma outra maneira de juntar as palavras e isso, para mim, era a poesia concreta.

Ian Hamilton Finlay

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Iñaki BonillasDias de campo · 2011impressão digital em papel de algodãocortesia do artista

Em Dias de campo, Iñaki Bonillas apresenta vinte fotografias do arquivo J. R. Plaza, herdado de seu avô. As imagens da família se reunindo ao ar livre são recortadas, separando os personagens do espaço em que se encontram. Através de um procedimento técnico, Bonillas põe em questão o rompimento com as tradições, com os modos de vida e com a relação com a natureza.

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jerry mArtin02/02

Jerry MartinRessurreição da carne I.3 · 2010-2011 · Da série: Juízo Final · fotografia: Fest des Psycho-physischen Naturalismus, Otto Mühl, 1963 / Livro: Historia de la locura en la época clásica, Michel Foucaultlivro, madeira, desenho por impressão tipográfica sobre papel · 20 × 29 cm

Fotografias das performances realizadas pelos artistas do movimento acionista vienense, impressas com caracteres tipográficos, fazem parte da obra Ressurreição da carne I.3.

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Jiří Kovanda02/02

Jiří KovandaMinha cor favorita · 2008fotografia

As ações de Jiří Kovanda em espaços públicos são tão sutis que podem passar despercebidas aos passantes. Seu verdadeiro público é o espectador que vê os registros das ações em espaços expositivos.

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john zurier02/02

John ZurierNoite 46 (Kurashiki) · 2010 · Da série: NoiteTêmpera sobre Tela · 76,2 × 50,8 cm

Penso que o pintor japonês Ike No Taiga (1723-76) estava certo: o mais difícil de realizar na pintura é criar um espaço onde absolutamente nada tenha sido pintado.

John Zurier

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josé ArnAud bello01/02

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josé ArnAud bello02/02

José Arnaud BelloEsquecendo Smithsonimpressão de jato de tinta · 150 × 100 cmcortesia do artista; Galería OMR, Cidade do Méxicoapoio: 41 Salon Nacional de Artistas, Cali (Colômbia); Maison des Arts Georges Pompidou, Cajarc (França)

“José Arnaud Bello”, Galeria OMR (site)

O método criado por Arnaud, a observação e adaptação da natureza, produziu Trabalhos no leito do rio, uma série de projetos em que algumas pedras de rio são reacomodadas, adaptadas, transformadas, recebem intervenções de frases, são marcadas, medidas, estudadas, registradas em fotos e em seguida devolvidas ao rio.

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Juan Luis MartínezJuan Luis Martínez, O novo romance, 1ª ed., janeiro de 1977, Santiago do Chile, p. 128cortesia: Eliana Rodriguez de Martinez

Os pássaros cantam em passarístico,Mas os escutamos em espanhol.(O espanhol é uma língua opaca,com um grande número de palavras fantasmas;o passarístico é uma língua transparente e sem palavras)[…]A língua dos pássarosé uma língua de signos transparentesem busca da transparência dispersa de algum significado.

Juan Luis Martínez

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juttA Koether02/02

Jutta KoetherGuirlanda negra BERLIN (#1: WTF) · 2011gesso preto e várias tintas metálicas sobre tela, verniz frio, suportes de metal prata · 160 × 220 cmcortesia: Galerie Francesca Pia, Zurique

Aquilo por que me empenhava era uma sinergia entre as superfícies, o conteúdo dos quadros e uma arquitetura de exposição que atraíam e integravam o espectador.

Jutta Koether

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Kirsten pieroth02/02

Kirsten PierothBote inflado · 2009acordeão, bote, mangueira · dimensões variáveiscortesia da artista

Em geral, tendo a trabalhar com as implicações culturais de objetos prefabricados e como esses objetos se transformam quando são desviados de seu destino usual. Eu altero o contexto e a estrutura existentes e, geralmente, a obra mantém sua identidade original. Essas leituras múltiplas do que a obra representa coexistem, ou melhor, têm existência paralela.

Kirsten Pieroth

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Kriwet02/02

KriwetBoletim · 1960-1963impressão offset em papel, 10 partes · 60 × 60 cm (cada)

Para mim, a linguagem não é desculpa nenhuma para a forma. Originalmente eu era um escritor e talvez seja mais escritor hoje do que naquela época, porque realmente utilizo a escrita e não apenas anoto coisas em um livro.

Kriwet, Kriwet: Yester’n’Today

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mArCelo Coutinho02/02

Marcelo CoutinhoÔ · 2008filme · 25′

Arra. pron. pess. da 1ª pessoa singular. 1. algo de funcionamento intenso destinado a reter e reconduzir as várias retenções e reconduções vindas de outros algos. 2. algo que balbucia através de outro algo que também balbucia. 3. algo que é fruto de uma matriz perdida, e que, por sua vez, será uma matriz perdida para outro algo.

Marcelo Coutinho, “Arra”

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Mark MorrisroeEstudo de figura · 1985c-print, composição de negativos · 50,7 × 40,6 cmcortesia: Fotomuseum Winterthur, Zurique© The Estate of Mark Morrisroe

As fotografias de Mark Morrisroe são como crônicas de seu dia a dia.

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Maryanne AmacherConexões-urbanas n. 9 (Não mais milhas; Um gêmeo acústico) · 1974 · instalação no Walker Arts Center (1974), Minneapolis, em colaboração com Luis Frangellitransmissão via rádiocortesia: Maryanne Amacher Archive

Minha esperança é que a divisão que existe hoje entre esses dois mundos – o da linguagem musical e o do som ambiente – um dia desapareça.

Maryanne Amacher

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meris Angioletti02/02

Meris AngiolettiJames Joyce, Finnegans Wake, Faber and Faber, Londres 1975 · 2008livro, 25 exemplares, 135 × 210 mm© Cédrick Eymenier

Voltei devido a pesquisas que venho realizando sobre transcrição/medição da atividade cerebral durante o sono. O Finnegans Wake relata o sono de alguém – o processo de ancorar a consciência adormecida, seguir seus ciclos e, se possível, sua linguagem.

Meris Angioletti

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Michael AubryRoupa de operário criada por Moholy-Nagy colocada na música · 1925-2003roupa de ensino da Bauhaus, estrutura de ferro, 21 barras de aço inoxidável polido

Michel Aubry funda seu trabalho na decifração e interpretação de formas e motivos. Nesse sentido, certos objetos (uma mesa, uma cadeira, uma peça de vestuário) equipados com juncos podem tornar-se esculturas ‘convincentes’. Seu repertório é ainda enriquecido por um interesse em vestuário militar dos vários exércitos do mundo, particularmente a camuflagem, cujos motivos interceptam a história da pintura.

“Michel Aubry”, Le Quartier, Centre d’art contemporain de Quimper (site)

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moris02/02

MorisApenas eu tenho razão · 2010colagem sobre madeira · 7 × 95 × 3 cm

As instalações de Moris dialogam com as formas de sobrevivência nas grandes cidades. São colagens que envolvem os vestígios dos habitantes, o que resta das relações e dos usos do espaço urbano.

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niColás pAris02/02

Nicolás Parisnaveespacialtierra · 2011impressão litográfica e lápis sobre papel recortado e colado em papel · 21 × 14,8 cm

Creio que na arte, e sobretudo na arte contemporânea, cabe tudo. Todas as minhas experiências em salas de aula, mais que gerar resultados, potencializavam processos. Encontrei na arte uma área na qual podia enlaçar todos meus interesses.

Nicolás Paris

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Nino CaisSem título · 2009fotografia · 90 × 60 cm

A arte está em todo lugar. Tanto ela está que o artista não vai “beber” dentro da galeria, apenas. O artista acha as coisas por aí, na vida. Resta perceber isso, de maneira radical, e tentar usar a favor.

Mariana Trevas (org.), Nino Cais: poemas e canções

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Odires MlászhoDedilhados na esteira do sol · 2002 · Da série: Serpentina · 2002-2007impressão de jato de tinta · 62 × 50 cm

A natureza das imagens utilizadas pelo amplo espectro de linguagens que as mídias contemporâneas utilizam sugerem, igualmente, uma ampla oportunidade de intervenções, e, assim, me valendo da vastidão deste universo inusitado e em expansão, atuo de variadas maneiras o que, para um artista, é a oportunidade mais nobre de desenvolver incontáveis modos de criar.

“Odires Mlászho”, Galeria Vermelho (site)

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Olivier NottelletEu penso sobre algo e depois esqueço · 2010 · instalação em Le VOG, Fontaine France (2010)pintura em paredefoto do artista

Eu detesto ilusão de óptica. Não há ilusões em meu trabalho – muito pelo contrário. Tudo é mostrado. Tudo está ali diante de nossos olhos.

Olivier Nottellet

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Pablo PijnappelFelicitas, 2005 · 2005instalação de três projetores de slide sincronizados (200 slides) · 24′cortesia do artista; Juliette Jongma, Amsterdã

Pablo costumava ir ao cinema com seus pais quando pequeno. Sempre chegavam atrasados para a sessão, o que fez com que se habituasse a inventar a primeira parte dos filmes. A narrativa inventada viria a se confirmar ou não quando, após o fim da sessão, assistia o início do filme. Em sua obra, narrativas pessoais se misturam a outras, sejam ficcionais ou não.

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pppp (produCtos peruAnos pArA pensAr)02/02

PPPP (Productos Peruanos para Pensar)Ação na praia de água doce · 1997 · Da série: Esta Incrível Sensação Marinha!

Obra de Alberto Casari e Alfredo Covarrubias, seu heterônimo pintor.

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Ricardo BasbaumGostaria de participar de uma experiência artística? · 2010cortesia do artistafoto: Anna Ostoya

O artista contemporâneo rompe as linhas que vão diretamente deles para nós, tornando essa conexão complexa, isto é, enfatizando entre suas características o fluxo contínuo entre indivíduos, grupos, coletivos e instituições – indo e vindo de um para outro, desempenhando papéis simultâneos e ocupando mais de uma posição ao mesmo tempo.

Ricardo Basbaum, Diferenças entre nós e eles

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Robert FilliouOs capitães e marinheiros de outrora · 1980tijolos, pedra, papel dobrado, desenho em papel e fios · 70 × 121,5 × 5 cm

Arte é o que faz a vida mais bela que a arte.

Robert Filliou

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roberto obregón02/02

Roberto ObregónDissecação real para rosa enferma · 1993pétalas secas de rosas coladas em papel e grafite sobre papel · 34,3 × 23,4 cmcoleção: Carolina e Fernando Eseverrifoto: Isabela Eseverri

A rosa é uma rosa é uma rosa é uma rosa.

Gertrude Stein

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Rodrigo BragaDesejo Eremita 01 · Da série: Desejo Eremita · 2009fotografia · 50 × 75 cm

As imagens da série Desejo Eremita (2009) partem de uma residência realizada pelo artista no sertão pernambucano, a cerca de 400 km de Recife. Afastado do ritmo e das demandas da vida na cidade, criou uma rotina particular nesse novo ambiente, em contato íntimo e criativo com a natureza, realizando performances que se aproximam de rituais.

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runo lAgomArsino 02/02

Runo LagomarsinoContratempos · 2010projeção em loop, 27 fotografias em slide em projetor Kodak carrosselcortesia do artista; Nils Stærk, Copenhague; Elastic, Malmö

Parte da obra Contratiempos [Contratempos] (2009-10). Em uma fissura no chão da marquise do parque Ibirapuera, Lagomarsino encontra semelhanças com a linha que define o território sul-americano.

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sAul fletCher02/02

Saul FletcherSem título n. 01 (Autorretrato/ Máscara) · 1997c-print · 12,7 × 12,7 cmcortesia: Anton Kern Gallery, Nova York© Saul Fletcher

Toda bicicleta que tive foi feita de três ou quatro bicicletas que eu juntava para fazer uma boa, por isso imagino que é isso que faço no trabalho. Uso tudo que estiver à mão, tentando fazer algo bom de algo ruim. Não gosto de nada que seja novo ou limpo.

Saul Fletcher

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sheilA hiCKs02/02

Sheila HicksSolferino Tacubaya · 1960lã · 40 × 21 cmcortesia: Sikkema Jenkins & Co., Nova York© Sheila Hicks

Encontrei minha voz e chão em meu trabalhinho. Ele me possibilitou construir pontes entre arte, design, arquitetura e artes decorativas.

Sheila Hicks, Sheila Hicks: Weaving as Metaphor

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sigurdur gudmundsson 01/02

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sigurdur gudmundsson 02/02

Sigurdur GudmundssonMontanha · 1980-1982fotografia p&b · 82,8 × 104,8 cm

Os trabalhos fotográficos de Gudmundsson constroem certa visão poética e filosófica e retratam a existência humana de forma humorística e pungente como parte da natureza.

“Horizontal Thoughts”, Sub rosa (site)

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tehChing hsieh02/02

Tehching HsiehPerformance de um ano 1980-1981, Nova York / Perfurando o relógio de ponto · 1980-1981cortesia do artista; Sean Kelly Gallery, Nova Yorkfoto: Michael Shen© 1981 Tehching Hsieh

Uma vez terminado meu trabalho, me separo dele. A arte tem sua própria vida. O documento da arte é um rastro graças ao qual você pode abordar meu trabalho, mas não é igual à arte em si mesma. O público usará sua própria experiência e imaginação para abordar meu trabalho.

Tehching Hsieh

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thiAgo CArneiro dA CunhA02/02

Thiago Carneiro da CunhaEsqueleto com flores · 2011faiança policromada · 35 × 35 × 35 cm (aprox.)cortesia: Galeria Fortes Vilaça, Estudio

Eu acho que geralmente quero tentar dizer o máximo de coisas ao mesmo tempo. […] acho que esse é um dos motivos da referência a objetos místicos que existem nos macacos, caveiras e nas pranchas/totens. Eu queria tentar chegar a objetos que funcionassem com aqueles amuletos.

Tiago Carneiro da Cunha, Minha contribuição para a cultura e a natureza! 2000/2007

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wAldemAr Cordeiro01/02

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wAldemAr Cordeiro02/02

Waldemar CordeiroFoto do Clube Esperia · 1965fotografia p&bcoleção: família Cordeirocortesia: família Cordeirofoto: desconhecido

Em 1961, Waldemar Cordeiro apresentou o projeto paisagístico para o clube-parque Esperia de São Paulo.

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Xu bing02/02

Xu BingProjeto floresta · 2005-pintura de paisagem em grande escalacortesia: Xu Bing Studio

Cinco paisagens de Xu Bing foram expostas junto a desenhos de alunos das escolas primárias do Quênia, que participaram de uma série de workshops ministrados pelo artista. O projeto Forest,de caráter social, educativo e artístico, gera fundos que são destinados à preservação do ecossistema do Parque Nacional Monte Quênia.

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yuKi KimurA02/02

Yuki KimuraUm gato travesso · 2009madeira, pedra, vidro, verniz · 30 × 50 × 62 cm

“Por que estou viva aqui e agora?” é a pergunta que orienta o trabalho de Yuki Kimura. Seu trabalho conta com circunstâncias fortuitas e aparentemente inconsequentes, situações efêmeras capazes de ligar buscas intelectuais a experiências intensamente poderosas.

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giorgio AgAmben01/02

Porque o fato novo da política que vem é que ela já não será a luta pela conquista ou controle do Estado, mas a luta entre o Estado e o não Estado (a humanidade), disjunção irremediável entre as singularidades quaisquer e a organização estatal.

Giorgio Agamben · A comunidade que vem

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giorgio AgAmben02/02

As viagens ensinam (entre outras coisas) que as palavras são como estranhas às coisas que elas nomeiam – donde uma relação de alienação bilateral atrevo-me a dizer entre coisas e palavras de que o viajante e em particular o turista é a vítima a qual ele mesmo expressa na confissão ingênua de sua decepção – ele só pode ficar decepcionado já que as coisas não se parecem com os nomes nem os homens com as coisas – deve refugiar-se no ato de fotografar que mumificando o presente por esse embalsamador instantâneo o aparato recortando e paralisando o real dando-lhe magicamente o estatuto da imagem o dá por passado de um modo fulminante e o torna assim homogêneo à palavra – o lugar onde estou pode por fim converter-se no título da foto ( praia das bermudas junho de 58 )

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godofredo iommi01/02

As viagens ensinam (entre outras coisas) que as palavras são como estranhas às coisas que elas nomeiam – donde uma relação de alienação bilateral atrevo-me a dizer entre coisas e palavras de que o viajante e em particular o turista é a vítima a qual ele mesmo expressa na confissão ingênua de sua decepção – ele só pode ficar decepcionado já que as coisas não se parecem com os nomes nem os homens com as coisas – deve refugiar-se no ato de fotografar que mumificando o presente por esse embalsamador instantâneo o aparato recortando e paralisando o real dando-lhe magicamente o estatuto da imagem o dá por passado de um modo fulminante e o torna assim homogêneo à palavra – o lugar onde estou pode por fim converter-se no título da foto ( praia das bermudas junho de 58 )

Godofredo Iommi · Amereida

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godofredo iommi02/02

Porque o fato novo da política que vem é que ela já não será a luta pela conquista ou controle do Estado, mas a luta entre o Estado e o não Estado (a humanidade), disjunção irremediável entre as singularidades quaisquer e a organização estatal.

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mAuriCe merleAu-ponty01/02

[…] Mas, enquanto pinta, é sempre a propósito das coisas visíveis, ou, se é ou ficou cego, a propósito desse mundo irrecusável a que chega por outros sentidos e do qual fala em termos de quem enxerga. E é por isso que o seu trabalho, obscuro para si mesmo, é entretanto guiado e orientado. Nunca se trata senão de levar mais adiante o traço do mesmo sulco já aberto, de retomar e de generalizar uma característica que já aparecera no canto de um quadro anterior ou em algum instante de sua experiência, sem que o próprio pintor jamais possa dizer, porque a distinção não tem sentido, o que pertence a ele e o que pertence às coisas, o que essa nova obra acrescenta às antigas, o que tirou dos outros e o que é seu.

Maurice Merleau-Ponty · O olho e o espírito

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mAuriCe merleAu-ponty02/02

Assim, faço a aposta: o entrelaçamento bem poderia preencher, para a pintura futura, a mesma função que teve, durante dois ou três séculos, a perspectiva. O que não significa dizer que todos os quadros, doravante, deverão usar o trançado, e tampouco que todos os quadros da Renascença tenham sido construídos em perspectiva: basta que o entrelaçamento funcione, com respeito à pintura, como um modelo regulador, como o fez a perspectiva, freio e guia da pintura, como dizia Leonardo.

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hubert dAmisCh01/02

Assim, faço a aposta: o entrelaçamento bem poderia preencher, para a pintura futura, a mesma função que teve, durante dois ou três séculos, a perspectiva. O que não significa dizer que todos os quadros, doravante, deverão usar o trançado, e tampouco que todos os quadros da Renascença tenham sido construídos em perspectiva: basta que o entrelaçamento funcione, com respeito à pintura, como um modelo regulador, como o fez a perspectiva, freio e guia da pintura, como dizia Leonardo.

Hubert Damisch · L’origine de la perspective

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Trigésima BienalMaterial educativo

hubert dAmisCh02/02

[…] Mas, enquanto pinta, é sempre a propósito das coisas visíveis, ou, se é ou ficou cego, a propósito desse mundo irrecusável a que chega por outros sentidos e do qual fala em termos de quem enxerga. E é por isso que o seu trabalho, obscuro para si mesmo, é entretanto guiado e orientado. Nunca se trata senão de levar mais adiante o traço do mesmo sulco já aberto, de retomar e de generalizar uma característica que já aparecera no canto de um quadro anterior ou em algum instante de sua experiência, sem que o próprio pintor jamais possa dizer, porque a distinção não tem sentido, o que pertence a ele e o que pertence às coisas, o que essa nova obra acrescenta às antigas, o que tirou dos outros e o que é seu.

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Nicolas Poussin

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[…] Mas, enquanto pinta, é sempre a propósito das coisas visíveis, ou, se é ou ficou cego, a propósito desse mundo irrecusável a que chega por outros sentidos e do qual fala em termos de quem enxerga. E é por isso que o seu trabalho, obscuro para si mesmo, é entretanto guiado e orientado. Nunca se trata senão de levar mais adiante o traço do mesmo sulco já aberto, de retomar e de generalizar uma característica que já aparecera no canto de um quadro anterior ou em algum instante de sua experiência, sem que o próprio pintor jamais possa dizer, porque a distinção não tem sentido, o que pertence a ele e o que pertence às coisas, o que essa nova obra acrescenta às antigas, o que tirou dos outros e o que é seu.

Assim, faço a aposta: o entrelaçamento bem poderia preencher, para a pintura futura, a mesma função que teve, durante dois ou três séculos, a perspectiva. O que não significa dizer que todos os quadros, doravante, deverão usar o trançado, e tampouco que todos os quadros da Renascença tenham sido construídos em perspectiva: basta que o entrelaçamento funcione, com respeito à pintura, como um modelo regulador, como o fez a perspectiva, freio e guia da pintura, como dizia Leonardo.

Nicolas Poussin · Himeneu travestido assistindo a uma dança em honra a Príapo · 1634-1638óleo sobre tela · 167 × 376 cm · coleção: Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP) · foto: João. L. Musa

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filóstrAto01/02

Filóstrato

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filóstrAto02/02

[…] Mas, enquanto pinta, é sempre a propósito das coisas visíveis, ou, se é ou ficou cego, a propósito desse mundo irrecusável a que chega por outros sentidos e do qual fala em termos de quem enxerga. E é por isso que o seu trabalho, obscuro para si mesmo, é entretanto guiado e orientado. Nunca se trata senão de levar mais adiante o traço do mesmo sulco já aberto, de retomar e de generalizar uma característica que já aparecera no canto de um quadro anterior ou em algum instante de sua experiência, sem que o próprio pintor jamais possa dizer, porque a distinção não tem sentido, o que pertence a ele e o que pertence às coisas, o que essa nova obra acrescenta às antigas, o que tirou dos outros e o que é seu.

Assim, faço a aposta: o entrelaçamento bem poderia preencher, para a pintura futura, a mesma função que teve, durante dois ou três séculos, a perspectiva. O que não significa dizer que todos os quadros, doravante, deverão usar o trançado, e tampouco que todos os quadros da Renascença tenham sido construídos em perspectiva: basta que o entrelaçamento funcione, com respeito à pintura, como um modelo regulador, como o fez a perspectiva, freio e guia da pintura, como dizia Leonardo.

Filóstrato · “PHILOSTRATUS, Flavius; PHILOSTRATUS, Lemnius. ‘Imagines’”. In: Philostratus Corvina. Florença, c. 1487-1490. Biblioteca Nacional Széchényi, Hungria.iluminura em pergaminho

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Aby wArburg01/02

Aby Warburg

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Aby wArburg02/02

[...] E assim atraem para si pessoas não particularmente astutas, porque ser amado e honrado é agradável e gratificante para qualquer um, e ser capaz de ligar a si qualquer um é indício de certa virtude superior.

A poesia pau-brasil é uma sala de jantar domingueira, com passarinhos cantando na mata resumida das gaiolas, um sujeito magro compondo uma valsa para flauta e a Maricota lendo o jornal. No jornal anda todo o presente.

Aby Warburg · Painel 39 · Outubro, 1929 · Mnemosyne Atlas, série final© Warburg Institute, Londres

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[...] E assim atraem para si pessoas não particularmente astutas, porque ser amado e honrado é agradável e gratificante para qualquer um, e ser capaz de ligar a si qualquer um é indício de certa virtude superior.

Giordano Bruno · Os vínculos

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giordAno bruno02/02

A poesia pau-brasil é uma sala de jantar domingueira, com passarinhos cantando na mata resumida das gaiolas, um sujeito magro compondo uma valsa para flauta e a Maricota lendo o jornal. No jornal anda todo o presente.

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A poesia pau-brasil é uma sala de jantar domingueira, com passarinhos cantando na mata resumida das gaiolas, um sujeito magro compondo uma valsa para flauta e a Maricota lendo o jornal. No jornal anda todo o presente.

Oswald de Andrade · “Poesia pau-brasil” (manifesto)

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oswAld de AndrAde02/02

[...] E assim atraem para si pessoas não particularmente astutas, porque ser amado e honrado é agradável e gratificante para qualquer um, e ser capaz de ligar a si qualquer um é indício de certa virtude superior.

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Samuel Beckett

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sAmuel beCKett02/02

[...] E assim atraem para si pessoas não particularmente astutas, porque ser amado e honrado é agradável e gratificante para qualquer um, e ser capaz de ligar a si qualquer um é indício de certa virtude superior.

A poesia pau-brasil é uma sala de jantar domingueira, com passarinhos cantando na mata resumida das gaiolas, um sujeito magro compondo uma valsa para flauta e a Maricota lendo o jornal. No jornal anda todo o presente.

Samuel Beckett · Film · 196535 mm, p&b · 24′ · direção: Alan Schneider, produtor: Barney Rosset, roteiro: Samuel Beckettcortesia: Milestone Film & Video and Evergreen Review · © Barney Rosset

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jorge luis borges01/02

A lua ignora que é tranquila e clarae não pode sequer saber que é lua;a areia, que é a areia. Não há umacoisa que saiba que sua forma é rara.As peças de marfim são tão alheiasao abstrato xadrez como essa mãoque as rege. Talvez o destino humano,breve alegria e longas odisseias,seja instrumento de Outro. Ignoramos;dar-lhe o nome de Deus não nos conforta.Em vão também o medo, a angústia, a absortae truncada oração que iniciamos.Que arco terá então lançado a setaque eu sou? Que cume pode ser a meta?

Jorge Luis Borges · “Do que nada se sabe”, A rosa profunda

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jorge luis borges02/02

Duas pessoas caminham pelas ruas e enchem um saco de folhas. Quando o saco está cheio, uma delas fecha os olhos e, guiada pela outra, esvazia o saco folha por folha, até que fique vazio. Trocando os papéis, elas percorrem de volta a trilha de folhas.

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AllAn KAprow01/02

Duas pessoas caminham pelas ruas e enchem um saco de folhas. Quando o saco está cheio, uma delas fecha os olhos e, guiada pela outra, esvazia o saco folha por folha, até que fique vazio. Trocando os papéis, elas percorrem de volta a trilha de folhas.

Allan Kaprow · Fall (1995)

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AllAn KAprow02/02

A lua ignora que é tranquila e clarae não pode sequer saber que é lua;a areia, que é a areia. Não há umacoisa que saiba que sua forma é rara.As peças de marfim são tão alheiasao abstrato xadrez como essa mãoque as rege. Talvez o destino humano,breve alegria e longas odisseias,seja instrumento de Outro. Ignoramos;dar-lhe o nome de Deus não nos conforta.Em vão também o medo, a angústia, a absortae truncada oração que iniciamos.Que arco terá então lançado a setaque eu sou? Que cume pode ser a meta?

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Édouard Manet

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édouArd mAnet02/02

A lua ignora que é tranquila e clarae não pode sequer saber que é lua;a areia, que é a areia. Não há umacoisa que saiba que sua forma é rara.As peças de marfim são tão alheiasao abstrato xadrez como essa mãoque as rege. Talvez o destino humano,breve alegria e longas odisseias,seja instrumento de Outro. Ignoramos;dar-lhe o nome de Deus não nos conforta.Em vão também o medo, a angústia, a absortae truncada oração que iniciamos.Que arco terá então lançado a setaque eu sou? Que cume pode ser a meta?

Duas pessoas caminham pelas ruas e enchem um saco de folhas. Quando o saco está cheio, uma delas fecha os olhos e, guiada pela outra, esvazia o saco folha por folha, até que fique vazio. Trocando os papéis, elas percorrem de volta a trilha de folhas.

Édouard Manet · O piquenique sobre a relva · 1863óleo sobre tela · 264,5 × 208 cm · © Paris, Musée d’Orsay, doado por Etienne Moreau-Nélaton (1906)

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Hélio Oiticica

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hélio oitiCiCA02/02

A lua ignora que é tranquila e clarae não pode sequer saber que é lua;a areia, que é a areia. Não há umacoisa que saiba que sua forma é rara.As peças de marfim são tão alheiasao abstrato xadrez como essa mãoque as rege. Talvez o destino humano,breve alegria e longas odisseias,seja instrumento de Outro. Ignoramos;dar-lhe o nome de Deus não nos conforta.Em vão também o medo, a angústia, a absortae truncada oração que iniciamos.Que arco terá então lançado a setaque eu sou? Que cume pode ser a meta?

Duas pessoas caminham pelas ruas e enchem um saco de folhas. Quando o saco está cheio, uma delas fecha os olhos e, guiada pela outra, esvazia o saco folha por folha, até que fique vazio. Trocando os papéis, elas percorrem de volta a trilha de folhas.

Hélio Oiticica · Contra bólide devolver a Terra à Terra, em Kleemania, no Cajú · 1979 · Rio de Janeiro, registro da ação

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Arthur Rimbaud

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Arthur rimbAud02/02

A lua ignora que é tranquila e clarae não pode sequer saber que é lua;a areia, que é a areia. Não há umacoisa que saiba que sua forma é rara.As peças de marfim são tão alheiasao abstrato xadrez como essa mãoque as rege. Talvez o destino humano,breve alegria e longas odisseias,seja instrumento de Outro. Ignoramos;dar-lhe o nome de Deus não nos conforta.Em vão também o medo, a angústia, a absortae truncada oração que iniciamos.Que arco terá então lançado a setaque eu sou? Que cume pode ser a meta?

Duas pessoas caminham pelas ruas e enchem um saco de folhas. Quando o saco está cheio, uma delas fecha os olhos e, guiada pela outra, esvazia o saco folha por folha, até que fique vazio. Trocando os papéis, elas percorrem de volta a trilha de folhas.

Arthur Rimbaud · Retrato de Arthur Rimbaud (1859-1891) · 1872impressão em carvão · foto: Étienne Carjat (1828-1906) · domínio público

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Eis-me, portanto, sozinho sobre a terra, sem outro irmão, próximo, amigo ou companhia que não a mim mesmo. O mais sociável e o mais afetuoso dos humanos dela foi proscrito por um acordo unânime. Buscaram nas sutilezas de seus ódios que tormento poderia ser mais cruel para minha alma sensível e romperam com violência todos os laços que me ligavam a eles. Teria amado os homens apesar deles mesmos. Ao cessarem de sê-lo, só puderam privar-se de minha afeição. Agora, portanto, são para mim estranhos, desconhecidos, por fim insignificantes, pois assim o quiseram. Mas e eu mesmo, afastado deles e de tudo, o que sou? Eis o que me resta buscar.

Jean-Jacques Rousseau · Os devaneios de um caminhante solitário

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O melhor será escolher o caminho de Galta, percorrê-lo de novo (inventá-lo à medida que o percorro) e sem perceber, quase insensivelmente, ir até o fim – sem me preocupar em saber o que quer dizer “ir até o fim”, nem o que eu quis dizer ao escrever essa frase. Quando caminhava pela vereda de Galta, já longe da estrada, passada a região das bânias e dos charcos de águas paradas, e ultrapassado o Pórtico em ruínas, entrando na pequena praça de casas desmoronadas, precisamente no começo da minha longa caminhada, não sabia aonde ia nem me preocupava em sabê-lo. Não me fazia perguntas: caminhava, apenas caminhava sem rumo certo. Ia ao encontro… ao encontro de quê? Até então não sabia e nem o sei agora.

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oCtAVio pAz01/02

O melhor será escolher o caminho de Galta, percorrê-lo de novo (inventá-lo à medida que o percorro) e sem perceber, quase insensivelmente, ir até o fim – sem me preocupar em saber o que quer dizer “ir até o fim”, nem o que eu quis dizer ao escrever essa frase. Quando caminhava pela vereda de Galta, já longe da estrada, passada a região das bânias e dos charcos de águas paradas, e ultrapassado o Pórtico em ruínas, entrando na pequena praça de casas desmoronadas, precisamente no começo da minha longa caminhada, não sabia aonde ia nem me preocupava em sabê-lo. Não me fazia perguntas: caminhava, apenas caminhava sem rumo certo. Ia ao encontro… ao encontro de quê? Até então não sabia e nem o sei agora.

Octavio Paz · O mono gramático

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oCtAVio pAz02/02

Eis-me, portanto, sozinho sobre a terra, sem outro irmão, próximo, amigo ou companhia que não a mim mesmo. O mais sociável e o mais afetuoso dos humanos dela foi proscrito por um acordo unânime. Buscaram nas sutilezas de seus ódios que tormento poderia ser mais cruel para minha alma sensível e romperam com violência todos os laços que me ligavam a eles. Teria amado os homens apesar deles mesmos. Ao cessarem de sê-lo, só puderam privar-se de minha afeição. Agora, portanto, são para mim estranhos, desconhecidos, por fim insignificantes, pois assim o quiseram. Mas e eu mesmo, afastado deles e de tudo, o que sou? Eis o que me resta buscar.

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Charles Baudelaire

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ChArles bAudelAire02/02

Eis-me, portanto, sozinho sobre a terra, sem outro irmão, próximo, amigo ou companhia que não a mim mesmo. O mais sociável e o mais afetuoso dos humanos dela foi proscrito por um acordo unânime. Buscaram nas sutilezas de seus ódios que tormento poderia ser mais cruel para minha alma sensível e romperam com violência todos os laços que me ligavam a eles. Teria amado os homens apesar deles mesmos. Ao cessarem de sê-lo, só puderam privar-se de minha afeição. Agora, portanto, são para mim estranhos, desconhecidos, por fim insignificantes, pois assim o quiseram. Mas e eu mesmo, afastado deles e de tudo, o que sou? Eis o que me resta buscar.

O melhor será escolher o caminho de Galta, percorrê-lo de novo (inventá-lo à medida que o percorro) e sem perceber, quase insensivelmente, ir até o fim – sem me preocupar em saber o que quer dizer “ir até o fim”, nem o que eu quis dizer ao escrever essa frase. Quando caminhava pela vereda de Galta, já longe da estrada, passada a região das bânias e dos charcos de águas paradas, e ultrapassado o Pórtico em ruínas, entrando na pequena praça de casas desmoronadas, precisamente no começo da minha longa caminhada, não sabia aonde ia nem me preocupava em sabê-lo. Não me fazia perguntas: caminhava, apenas caminhava sem rumo certo. Ia ao encontro… ao encontro de quê? Até então não sabia e nem o sei agora.

Charles Baudelaire · Charles Baudelaire (1821-1876) · c. 1863impressão em carvão · foto: Étienne Carjat (1828-1906) · domínio público

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Pier Paolo Pasolini

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pier pAolo pAsolini02/02

Eis-me, portanto, sozinho sobre a terra, sem outro irmão, próximo, amigo ou companhia que não a mim mesmo. O mais sociável e o mais afetuoso dos humanos dela foi proscrito por um acordo unânime. Buscaram nas sutilezas de seus ódios que tormento poderia ser mais cruel para minha alma sensível e romperam com violência todos os laços que me ligavam a eles. Teria amado os homens apesar deles mesmos. Ao cessarem de sê-lo, só puderam privar-se de minha afeição. Agora, portanto, são para mim estranhos, desconhecidos, por fim insignificantes, pois assim o quiseram. Mas e eu mesmo, afastado deles e de tudo, o que sou? Eis o que me resta buscar.

O melhor será escolher o caminho de Galta, percorrê-lo de novo (inventá-lo à medida que o percorro) e sem perceber, quase insensivelmente, ir até o fim – sem me preocupar em saber o que quer dizer “ir até o fim”, nem o que eu quis dizer ao escrever essa frase. Quando caminhava pela vereda de Galta, já longe da estrada, passada a região das bânias e dos charcos de águas paradas, e ultrapassado o Pórtico em ruínas, entrando na pequena praça de casas desmoronadas, precisamente no começo da minha longa caminhada, não sabia aonde ia nem me preocupava em sabê-lo. Não me fazia perguntas: caminhava, apenas caminhava sem rumo certo. Ia ao encontro… ao encontro de quê? Até então não sabia e nem o sei agora.

Pier Paolo Pasolini · Teorema · 1968 · dir. Pier Paolo Pasolini (Itália)35 mm, cor · 98′

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emmAnuel leVinAs01/02

O que não é de forma alguma apreendido é o futuro; a exterioridade do futuro é totalmente distinta da exterioridade espacial justamente pelo fato de que o futuro é uma surpresa absoluta. A previsão do futuro e a projeção do futuro, tidas como o essencial do tempo por todas as teorias, de Bergson a Sartre, são apenas o presente do futuro e não o futuro autêntico; o futuro é o que não é apreendido, o que cai sobre nós e se apodera de nós. O futuro é o outro. A relação com o futuro é a própria relação com o outro.

Emmanuel Levinas · Le temps et l’autre

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[…] A linguagem parece sempre povoada pelo outro, pelo ausente, pelo distante, pelo longínquo; ela é atormentada pela ausência.

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miChel fouCAult01/02

[…] A linguagem parece sempre povoada pelo outro, pelo ausente, pelo distante, pelo longínquo; ela é atormentada pela ausência.

Michel Foucault · A arqueologia do saber

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O que não é de forma alguma apreendido é o futuro; a exterioridade do futuro é totalmente distinta da exterioridade espacial justamente pelo fato de que o futuro é uma surpresa absoluta. A previsão do futuro e a projeção do futuro, tidas como o essencial do tempo por todas as teorias, de Bergson a Sartre, são apenas o presente do futuro e não o futuro autêntico; o futuro é o que não é apreendido, o que cai sobre nós e se apodera de nós. O futuro é o outro. A relação com o futuro é a própria relação com o outro.

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niColAu de CusA01/02

A precisão da verdade é inacessível. Consequentemente, toda afirmação positiva humana sobre o verdadeiro é uma conjetura. A decadência, [fora] da pureza da verdade, de [nossa] fraca apreensão resulta em que nossas afirmações sobre o verdadeiro sejam conjeturas.

Nicolau de Cusa · Conjectures

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o que AConteCe CAdA Vez que VoCê Consente?01/02

O que acOntece cada vez que vOcê cOnsente?

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Dicionário afetivo · quando convivemos muito com um grupo de pes-soas, acabamos por constituir uma espécie de glossário afetivo, com palavras que podem ser inventadas ou não, usadas frequente-mente para falar de coisas, pessoas ou lugares muito específicos. Junte-se a seus colegas e tentem identificar algumas palavras que usam em sua classe ou mesmo apenas entre alguns amigos ou gru-pos. Convidem as outras classes para fazer o mesmo. Reúnam todos os verbetes e os organizem em ordem alfabética em um caderno ou algo semelhante. Vocês podem deixar o dicionário na biblioteca da escola ou em algum lugar em que todos possam vê-lo.

Tempo perdido · imagine um dia na escola sem horários. Como você saberia a que horas ir à aula de matemática ou quando uma aula acaba? Talvez seu corpo mandasse um aviso, como uma pequena fome aparecendo quando vai chegando a hora do lanche. Para descobrir isso, o que acha de fingir que todos os relógios da sala e da escola desapareceram e passar um dia inteiro sem olhar as horas? Com um colega, registre sua experiência e conte ao grupo como foi sua relação com o tempo sem utilizar um instrumento que o con-trole, como o relógio.

Selar amizades · hoje em dia, a quantidade de redes sociais dis-poníveis levam a pensar que as possibilidades de relacionamento se ampliaram. Mas quantas dessas pessoas com as quais nos rela-cionamos podemos considerar que conhecemos realmente? Pensar em possibilidades e experiências mais profundas e verdadeiras é um desafio próprio da época em que vivemos. Telefone e ouça a voz do outro, fale sem planejar e lide com o imprevisível. Escre-ver uma carta, um bilhete ou um cartão postal para compartilhar momentos do cotidiano também são alternativas. Que tal iniciar um movimento de arte postal, para criar um circuito de relações de natureza mais poética? Imagens e palavras podem se combinar para troca de correspondências.

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quAndo não há nAdA, o que Vemos?01/02

Quando não há nada, o Que vemos?

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quAndo não há nAdA, o que Vemos?02/02

Poesia aleatória · em duas caixas, guarde uma boa quantidade de recortes especiais. Em uma, coloque imagens de revista, jornais, encartes, embalagens. Na outra, formas figurativas ou não, feitas com a tesoura, utilizando ou reutilizando papéis de diferentes cores e texturas. De tempos em tempos, as caixas podem ser aber-tas, para observar o que já têm e o que mais podem ter. Quando houver uma boa quantidade de recortes, individualmente, proponha que sejam criadas colagens a partir da combinação de dois ou três recortes. O grupo pode definir temas: bichos, plantas, pessoas, paisagens. Um a um, os recortes devem ser sorteados, para que as imagens sejam criadas aleatoriamente. É interessante analisar como bichos podem ser feitos de folhas, paisagens de eletrodomés-ticos, pessoas de nuvens.

Alameda para conversar · era comum entre os filósofos gregos caminhar enquanto conversavam e filosofavam. Hoje, fazemos isso quando estamos passeando em um parque, andando pela praia ou em uma rua mais tranquila, e conversamos com um amigo ou familiar sobre assuntos que levam a reflexões sobre nossa existência. Que tal eleger um lugar da escola para caminhadas de caráter filosó-fico? Os assuntos podem ser definidos pela turma e o local em que vão acontecer também. As conversas podem ser compartilhadas em um tipo de assembleia e registradas em um livro-ata, para que possam ser recuperadas em diferentes momentos.

Avestruz visionário · as crianças pequenas adoram se esconder em lugares estreitos, como se lá pudessem perceber toda a dimen-são de seu corpo e ficar a sós com seus pensamentos. “Avestruz visionário” é uma proposta inspirada nessa ideia, pois o avestruz enfia apenas a cabeça num buraco na ilusão de estar inteiramente escondido. Puxe a blusa que está vestindo e esconda a cabeça. Busque o silêncio, perceba o quente do corpo, ouça a respiração, sinta o pulsar do coração. Respire, observe a cor no interior da roupa. O que emerge da experiência? Pensamentos, histórias, lem-branças? Escreva-as em pequenas tiras de papel e guarde-as em um saquinho. O que fazer com o saquinho? As possibilidades são infi-nitas.

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Como medir A distânCiA que te sepArA do que VoCê diz?01/02

Como medir a distânCia que te separa do que voCê diz?

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Como medir A distânCiA que te sepArA do que VoCê diz?02/02

Alfabeto inventado · o alfabeto é constituído por um conjunto de signos com os quais escrevemos as palavras. Existem sistemas que não usam letras, mas outros símbolos que denotam imagens ou ideias abstratas. Em pequenos grupos, invente um alfabeto de ima-gens, definindo a quantidade de símbolos e o desenho de cada um. Grafe o alfabeto em cartões, para em seguida combinar os signos e criar sentidos. Os textos visuais não precisam ser lidos con-vencionalmente. Mais do que comunicar, eles expressam ideias. Os alfabetos e textos podem ser trabalhados visualmente para que depois sejam exibidos e compartilhados em uma pequena exposição.

Inventário de gestos · Bruno Munari, artista e designer italiano, elaborou o livro Fale italiano: a fina arte dos gestos, que é uma coletânea de fotografias dos gestos que fazem parte do modo de expressão e comunicação dos seus conterrâneos. O corpo diz muito e, algumas vezes, há um descompasso entre o que queremos dizer e o que nosso corpo expressa. Como nosso rosto fica quando esta-mos animados? Quando sentimos um cheiro gostoso, como nosso corpo reage? O que acontece quando sentimos medo, alegria ou tristeza? Observe como seu corpo se expressa e compartilhe com seus cole-gas. Será que há expressões comuns a todos ou cada um tem um jeito próprio para cada coisa? Registrem em fotos ou desenhos o que concluírem, criando um dicionário de gestos do grupo.

Objeto sonoro · escolha uma palavra especial. Essa palavra pode trazer uma relação com o espaço ou com o tempo, como MASSA, LONGO, VAZIO, ENCONTRO, PERTO, CURTO, TIC-TAC. Faça essa palavra se transformar em voz. Em um grupo de no mínimo cinco pessoas, defina dois lugares onde desejem propagar essa voz. É impor-tante que esses lugares tenham características diferentes – um lugar aberto, outro fechado; um grande, outro pequeno. Uma pessoa deve se posicionar em uma extremidade e as outras na extremidade oposta. Alternadamente, a palavra será proferida: uma voz, várias vozes. Repita algumas vezes, até formar uma espécie de mantra, de modo que todos sintam que as vozes ocuparam o espaço e o corpo. Leve a mesma proposta a outro ambiente e faça a mesma coisa. Dis-cuta com o grupo as diferentes experiências.

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o que AConteCe quAndo VoCê AndA?01/02

O que acOntece quandO vOcê anda?

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Labirinto de olhares · forme um grupo de quatro ou cinco pessoas. Com um novelo na mão, percorram um caminho. O trajeto deverá ser decidido durante a experiência, por todos os integrantes em comum acordo. Conforme acontece a caminhada, desenrole o fio do novelo de modo a desenhar o percurso. O caminho será percorrido duas vezes. Na ida, a conversa pode estar relacionada à tomada de decisões em relação ao trajeto a ser realizado. Na volta, o grupo pode trocar ideias sobre as escolhas feitas e o modo como cada um percebeu os lugares: acontecimentos vividos, se já tinham passado por ali etc. Como cada participante do grupo percebeu o caminho percorrido? O que cada um observou? A experiência coletiva trans-formou o modo de ver o mesmo lugar? E o seu olhar, mudou?

Todo dia · você já experimentou desenhar os trajetos que faz dia-riamente? Pode ser de sua casa para a escola ou de sua casa até o trabalho, ou tantos outros caminhos. Experimente. Será que, ao desenhar esse percurso, sua relação com o caminho se transfor-mará? Cada integrante do grupo fará um desenho. Os desenhos podem ser feitos em plástico transparente e os percursos dos partici-pantes de cores diferentes. Enquanto cada um conta seu percurso, os plásticos vão sendo sobrepostos para formar uma rede de histó-rias entrelaçadas. Se tiverem um retroprojetor, as imagens podem ser apreciadas em maior escala.

Corpo no espaço · você já parou para pensar que ao ir de um lugar a outro, seja a pé, de ônibus, sozinho ou acompanhado, um desenho invisível se forma no espaço? De algum modo, esse desenho fica registrado no corpo. Faça uma pausa. Recupere na memória um tra-jeto que ficou guardado. Desta vez, você escreverá um haicai. A forma poética de origem japonesa conta com apenas três linhas e é como um raio de inspiração:

Na rua a chuva caiu o corpo transbordou

Pense em um haicai que relacione o corpo e o espaço. Compartilhe com o grupo.

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umA CoisA signifiCA outrA CoisA quAndo mudA de lugAr?01/02

Uma coisa significa oUtra coisa qUando mUda de lUgar?

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umA CoisA signifiCA outrA CoisA quAndo mudA de lugAr?02/02

Território poético nômade · do que são constituídos os espa-ços? Como eles são compostos? Quais suas características? Como um objeto interfere no espaço? Como ele o caracteriza? Para essa investigação, escolha um objeto que marque a presença do grupo em algum lugar, como se fosse uma bandeira, demarcando o território do grupo. Depois, o grupo deve decidir o lugar para onde o objeto será levado. A partir do momento que estiver no lugar estabele-cido, os integrantes do grupo podem se transformar em qualquer coisa presente nesse espaço: uma cadeira, uma árvore, um piso ou um pássaro. Enfim, dependendo do lugar, cada um seleciona o que gostaria de ser, lembrando-se da importância de pertencer ao espaço. Ao escolher em que se transformará, os integrantes devem contar para todos como se imaginam nesse novo corpo.

Elemento perturbador · esta proposta envolve, pelo menos, três classes. Cada uma delas deverá ter um representante, que esco-lherá um objeto que não pertença ao universo da sala de aula, como um funil, uma panela, um espelho, e o coloque na sala. Deixe-o ali por uma semana – os alunos devem observá-lo e fazer o diário do objeto. No final do período, realize uma assembleia com todas as classes envolvidas para compartilhar as relações que as pessoas estabeleceram com esse objeto durante a semana.

Embaralhamento de tudo · renomeie todos os lugares e objetos da escola com etiquetas e placas sinalizadoras. Depois, distribua as placas por diferentes espaços da escola. Por exemplo: a placa BIBLIOTECA pode ser colocada no banheiro, uma etiqueta CARRO, no apagador; no caderno, TRANSATLÂNTICO; no corredor, RIO; na can-tina, ALMOXARIFADO. Como a mudança de nome muda sua relação com as coisas e o sentido que dá a elas?

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o que AConteCe CAdA Vez que VoCê festejA?01/02

O que acOntece cada vez que vOcê festeja?

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Desenhar no espaço · para começar, escolha lugares que sejam conhecidos e apreciados pela turma toda – podem ser lugares pró-ximos ou distantes. É interessante revisitar o local para rever detalhes, tentar observá-lo de perto, com o corpo, pensando em como fazer uma mímica que o represente. A mímica pode fazer refe-rência às características do próprio espaço, sua função ou ao modo como as pessoas se relacionam com ele. Essa ação pode ser realizada em pequenos grupos, e cada um pode explorar um lugar em segredo. Para finalizar a proposta, os grupos devem apresentar os movimentos criados para que os outros descubram qual foi o lugar escolhido.

Correio afetivo · para esta ação, é necessário entrar em contato com outra escola do bairro ou da cidade. Imagine que precisam se comunicar entre si, mas não falam a mesma língua. Os alunos da outra escola querem saber como é a sua, o que há de mais impor-tante e precioso nesse lugar onde passam tanto tempo. Eles não se interessam por valores materiais, mas pelo que é importante para vocês. Para contar-lhes um pouco disso, é preciso escolher objetos ou elementos que representem bem a escola. Se for neces-sário, esses objetos podem ser complementados com desenhos. Envie todos os elementos para os alunos da escola escolhida, em uma caixa. Eles farão o mesmo. Quando receberem a caixa, observem os materiais, tentem conhecê-los, descobrir um pouco sobre eles. Com fotografias, criem um painel de tudo o que receberam e o que pensaram sobre a outra escola. Convide-os para uma exposição con-junta ou assembleia em que possam discutir suas experiências.

Pingue-pongue · crie uma divisória na sala de aula. Você pode usar tecido, papel ou plástico. Organize as carteiras de modo que metade fique voltada para a lousa e metade para a parede do fundo da sala. Conforme os participantes forem chegando, convide-os a ocupar os lugares de ambos os lados da sala. Você ficará no cen-tro, para que possa olhar os dois grupos e apontar para aquele que iniciará a ação. Um dos participantes do lado indicado falará uma frase que precisará ser complementada por um participante do outro lado. As pessoas vão registrando em um papel o nome da pes-soa a quem pertence a voz e que não podem ver. Ao final da ação, a divisória é abaixada e os narradores revelados.

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Por que guardar?

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Memória coletiva · para esta ação, será preciso um caderno ou conjunto de folhas grampeadas, lápis ou canetas coloridas, um fio ou barbante e um papel que possa servir de cartaz. Escolha um banco ou lugar em que as pessoas costumem parar para conversar ou descansar. Com o fio, amarre os materiais no local e os deixe lá, à espera de quem quiser utilizá-los. No cartaz, escreva algo simples, como: “registre neste caderno algo que gostaria de guar-dar”. Após uma ou duas semanas, recolha o caderno e discuta com seu grupo o que foi escrito ou desenhado ali. Será que um desenho influenciou o outro? Será que os textos têm relação com o lugar onde o caderno foi colocado? É possível reconhecer os autores? Como o conjunto nos toca?

Coleção de insignificâncias · você coleciona ou já colecionou algo? Conhece algum colecionador? Existem coleções intencionais e outras que acontecem ao longo da vida. Há coleções que duram muito tempo e outras são temporárias. Experimente fazer uma cole-ção. O que você gostaria de colecionar? Por quê? Para dar mais sentido a esta ação, é importante estabelecer critérios e fazer escolhas. Troque ideias com seus companheiros e defina um prazo para compartilharem suas coleções.

Notas de rodapé · ao ler um livro, as notas de rodapé às vezes são ignoradas, e há quem ache que devem ser evitadas quando escrevemos. Que tal ir contra a corrente, romper as regras e tor-nar as notas o elemento mais importante do livro? Muitos escri-tores dizem que seus livros, depois de publicados, não lhes per-tencem mais e as histórias passam a ser dos leitores, que as transformam segundo suas experiências e desejos. Você e seu grupo podem materializar isso, descrevendo em notas de rodapé seus mer-gulhos profundos na leitura. Para isso, cada um deve escolher um livro que goste e selecionar um trecho ou imagem literária que tenha vontade de explorar. Com um lápis, coloque um número no texto e, no rodapé, repita-o e escreva sua nota. Se a turma se envolver com a proposta, pode fazer notas em outras páginas tam-bém. Monte uma exposição com os livros abertos ou marcadores de páginas que indiquem onde estão as inserções.