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A Kimbanda e o Candomblé
Apesar de ser um reino muito conhecido e adorado, a respeito do Reino da Lira,
pouco realmente se sabe, já que muitos confundiram reinos com povos. Na década de 70,era o reino mais adorado e evocado, tanto assim que naqueles anos, a Kimbanda era
baseada tão somente neste reino sendo chamada de “Candomblé, pronunciar esta palavra
naquela época era o mesmo que evocar o “dem!nio, comentava"se que era uma linha
composta s# por Exu, muito forte.
$este modo as %iras de Kimbanda eram simuladas como um cabaré nas portas do
inferno. As lu&es vermelhas, as capas, os pés descalsos, a bebida e toda uma %ama de
detalhes mostrava com %rande for'a os povos que inte%ravam este reino, sendo que em tais
sess(es quem dominava era o povo dos “malandros, as ci%anas, as prostitutas e os %i%ol!s,
sendo tão peri%osos como o pr#prio fo%o do inferno )não se permitia crian'as nas mesmas*.
+uitas ve&es seus ambientes eram tpicos de bairros pobres do Brasil.
A culpa era dos espritos, dotados da má educa'ão de seus médiuns, do sincretismos
que dominava suas mentes e da falta de evolu'ão espiritual que tinham os pr#prios chefes.
Exu era considerado o pr#prio diabo, os %overnantes dos já citados cabarés, eram Exu
Lúcifer e sua companheira Rainha Maria Padilla, e como se confundia o Reino da Lira
com o “Candomblé, e com o Reino da kimbanda, também a maioria do povo pensava
que o “Candomblé %overnava toda a Kimbanda.
As sess(es de Kimbanda eram escondidas e fechadas )dados os conceitos
diab#licos que se tinham*, s# se podia e-istir com “invitaci#n e come'avam 00h00,
terminando as 0h00, pois e-istia a suspersti'ão de que quando o %alo cantava, os “maus
esprittos deviam retirar"se. /corriam dan'as em roda, recordando as dan'as do
“andomblé )fato que contribuia na confusão*, encontravam"se nesta cerim!nia todas as
almas que vinha na representa'ão de Exu e haviam em vida sido iniciadas no Candomblé.1ma mescla sin%ular entre ci%anos, mulatos, mesti'os, jambos, ne%ros e ndios que
habitavam o século XIX no Brasil )época do aparecimento do Candomblé*, e que quando
se tornavam livres não tinham onde trabalhar, passando a mar%inali&ados e ocupando
lu%ares mais bai-os que os dos brancos pobres. +as com uma %rande evolu'ão, com mais
lu& e quase sem sincretismo ainda ficaram sobre este reino os resqucios sincretistas da
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época2 Exu Lúcifer e Maria Padilha, já que os dois nomes pertenciam a entidades
profanas do catolicismo, )comparadas ao diabo*.
• Exu Lúcifer )lu-"ferre 3 o portador da lu&*, é na realidade o Exu Rei das 7 Liras e
seu nome se deve a %overnar povos na re%ião lrica, da inspira'ão, poesia, profecia,
vid4ncia, m5sica, dan'a, teatro, jo%os de a&ar e com uma %rande habilidade para superar
obstáculos partindo do nada.
6 o Exu que porta a lu& da sabedoria que tra& o conhecimento, a p#lvora, a pemba a
escrita e a adivinha'ão entre tantos outros. Exu Rei das 7 Liras, assim como os demais
reis, foi destronado por autores que2 não praticam o culto, ou o praticam, porém sem
conhecimentos.
• m quanto Maria Palilha, seu nome nas %iras de Kimbanda é Pombaira Rainha
das Marias ou Rainha Maria do Candomblé, fa& alusão ao seu domnio e a dan'a, seus
movimentos er#ticos com os quadris e a sensualidade para atrair os homens. “ Maria
Padilha é o nome de um dem!nio feminino que toma parte das cren'as populares em
Por!ual e Es"anha, sendo a mulher de Lúcifer, que tem como missão tra&er dinheiro e
atacar com vcios as pessoas.
ste nome foi tra&ido da Euro"a pelos ci%anos e bru-as que che%aram ao Brasil emmeados do século XIX, fu%idos da Es"anha ou Por!ual acusados injustamente de2
bru-aria, tráfico de crian'as, prostitui'ão, roubo e contrabando. No Brasil, Maria Padilha
passou a ocupar o lu%ar que tinha na Euro"a como mulher de Lúcifer.
Na Kimbanda todos pertencem a linha de Exu. / nome de “Lira foi dado a este
Reino pelos pr#prios espritos que a medida que iam che%ando davam como ori%em o
citado reino. A ori%em do nome está embasada na cidade da Lira que atualmente cai sobre
#anda, e que os espritos anti%os, vindos da $frica Ban!ú a recordavam como sin!nimo
de2
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“… Vários acampamentos de distintos grupos cuja finalidade era o comércio, o dinheiro
fácil, festas e banquetes todas as noites ao redor do fogo, com reis e convidados especiais,
vindos de lugares remotos e se encontravam neste ponto para realizar seus acordos.
Ali haviam prncipes árabes, chefes ciganos, reis e nobres bant!s, embai"adores, hindus,
mul#umanos, entre outras destacadas personalidades...$
“... As ciganas aproveitavam para fazer seus neg%cios com os ricos mercadores ávidos de
seus corpos semi&desnudos, movendo&se de modo e"citante. 'ealizavam trocas de( cavalos
puro sangue, coisas e"%ticas que pertenciam aos ciganos) porcelanas, adornos, p%lvora
que vinha da china, telas, almofadas persas, diamantes, ferro, cobre e escravos que
traziam das regi*es de m+ata&ambo, marfim, peles, ouro, escravos provenientes de
-imbab+ue) diamantes, ferro ganhos de escravos dos reinos de atá A/ongo, querosene,
álcool e perfumes fabricados pelos árabes.
ram tempos de protocolo, lu-o, diversão, interc8mbios culturais e comerciais.
9ornaram"se então precisamente dem!nios e ne%ros atrasados, sendo que na verdade eram
persona%ens importantes, com %rande cultura, conhecimentos e poderes s#cio"polticos, que
lo%o foram subestimados, discriminados e escravi&ados pelo branco.
+ais tarde sincreti&ados como o diabo, por al%uns descendentes que i%noravam a
quem estavam chamado realmente. 9ra&endo lar%os anos de mesclas com outras ra'as e
cren'as.
$... 0omos seus ancestrais, que voltamos para mostrar a nossa verdade e defender
nossas razes africanas...$
) palavras do -u :ei das 7 ;iras *
1ma espécie de paralelo a este lu%ar havia sido criado no Astral para alocar todos os
%rupos
espirituais comparáveis a este territ#rio também com o nome de Lira.