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SÃO PAULO Terça-feira, 28 de abril de 2015Edição nº 2.028, ano 8

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AU REVOIR, CAMARADAHQ FRANCESA NARRA A MORTE DO LÍDER SOVÉTICO STÁLIN PÁG. 12Decisão no Metro Super Chef

Porto-riquenho e português farão a fi nal no Peru PÁG 12

Henrique Antunes, de Portugal

DIVULGAÇÃO

ANDRÉ PORTO/METRO

Nepal sofre com falta de comida e água após tremor

Vaccari e Duque são denunciados por lavagem

Países se mobilizam para enviar ajuda, mas situação ainda é precária; 96 brasileiros já foram localizados PÁG. 10

Ex-tesoureiro do PT e ex-diretor da Petrobras são acusados de lavarR$ 2,4 milhões em gráfi ca PÁG. 06

Caixa reduz limite para financiar imóvel usadoCasa própria. Teto para financiamento com recursos da poupança vai cair dos atuais 80% para 50% a partir da próxima segunda; objetivo do banco é priorizar unidades novas e moradia popular PÁG. 08

Temporal mata 12 na BASalvador sofre com inundaçõese deslizamentos de terra PÁG. 06

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Alex Cruz, de Porto Rico

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ENGUE NÃO CEDE!

Casos confirmados desde janeiro já superam

o total de todo o ano passado e batem recorde em SP PÁG. 04

209,1204,2

222

23,1

94,6

2012

2013

2014

2015**

2011

CASOS CONTRAÍDOS E IMPORTADOS

NO ESTADO*(em milhares)

*BALANÇOS FORAM INICIADOS EM 1986 PELO CENTRO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DO ESTADO **ATÉ ABRIL

SÃO PAULO, TERÇA-FEIRA, 28 DE ABRIL DE 2015www.metrojornal.com.br |02| {FOCO}

1FOCO

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O prefeito Fernando Had-dad (PT) foi surpreendi-do ontem por um protes-to durante aula ministrada no curso de pós-graduação em ciência política na USP. Desde fevereiro, o petista assumiu a disciplina Eco-nomia e Política da Cidade, na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas.

Quando Haddad iniciava sua aula, um grupo de 40 manifestantes, todos da re-gião de Parelheiros e Mar-silac, na zona sul, invadiu o local para reivindicar a criação de novas linhas de ônibus no bairro.

Com faixas e cartazes, os manifestantes entregaram a Haddad uma carta pedin-do a criação de, no mínimo, cinco linhas de transpor-te imediatamente. O gru-po ainda pediu ao prefeito que assinasse o documento como forma de garantia do cumprimento da demanda.

Claramente irritado com a intervenção, Haddad dei-xou a sala quando começou uma discussão entre alu-nos da pós-graduação e os

manifestantes. O clima fi-cou tenso no momento em que o prefeito declarou que não assinaria o documento, mas que marcaria uma re-união na Subprefeitura de Paralheiros.

Imediatamente, um inte-grante do grupo gritou que a população “estava de saco de cheio de reuniões”. Had-dad questionou o tom de voz do rapaz e deixou a sala de aula rapidamente.

Seguido pelos jovens, o petista atendeu o grupo em um corredor do prédio da pós-graduação. Eles leram o documento e pediram, mais uma vez, que o prefeito as-sinasse o compromisso. De acordo com Luíze Tavares, integrante do movimento Luta pelo Transporte no Ex-tremo Sul, ele afirmou que concordava com parte das reivindicações apresenta-das, mas que não assumiria nenhum compromisso na-quele momento.

Haddad propôs um en-contro no dia 16 ou 23 de maio, na Subprefeitura de Parelheiros. METRO

USP. Grupo invadiu sala de aula para exigir a oferta de mais linhas de ônibus em Paralheiros, no extremo sul

Aula de Haddad termina em protesto por transporte

Grupo invadiu sala de aula com faixas e cartazes por mais transporte| REPRODUÇÃO/FACEBOOK

Clima ficou tenso na USP | REPRODUÇÃO/FACEBOOK Haddad ficou irritado com o ato | REPRODUÇÃO/FACEBOOK

O governador Geraldo Alck-min (PSDB) disse ontem, du-rante a abertura da Agri-show, em Ribeirão Preto, que a rede estadual de ensi-no não está em greve.

O movimento comple-tou 43 dias ontem. “Não te-mos uma greve de professo-res, mas uma paralisação da Apeoesp [sindicato dos do-centes] e da CUT. Isso é uma coisa diferente.”

De acordo com o gover-nador, a média de faltas na rede pública é de 3%. Nas úl-timas semanas, houve um aumento de 1%. Em nota, a

Apeoesp afirmou que a para-lisação supera 50%, chegan-do em alguns momentos a 70% ou 75% dos professores.

A categoria pede um rea-

juste de 75%, mas salienta que não de uma só vez. Se-gundo o governador, o últi-mo aumento foi concedido em agosto de 2014. METRO

‘Não tem greve de professor em SP’, afirma Alckmin

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) na Agrishow | DU AMORIM/A2 FOTOGRAFIA

A prefeitura quer fazer uma PPP (parceria públi-co-privada) para moderni-zar o centro de convenções do Anhembi. O Sambódro-mo não está incluído no projeto.

Ontem, o prefeito Fer-nando Haddad desmentiu o secretário de Turismo, Wil-son Poit, que havia anun-ciado que o complexo seria privatizado.

No Twitter, sob o enun-ciado “perdidos no espa-ço”, o prefeito disse que não fará uma concessão co-mo as realizadas pela pre-sidente Dilma Rousseff em

diversos aeroportos. “Não é uma venda do pa-

trimônio, é uma concessão ou parceria público privada em que você capta do setor privado os recursos necessá-rios para modernizar”, afir-mou Haddad.

Segundo ele, o contrato será similar ao feito pelo go-verno estadual no Centro de Exposições Imigrantes, que foi cedido por à iniciativa privada por 30 anos.

O vencedor deverá mo-dernizar o centro de con-venções e construir no local um hotel e um edifício-gara-gem. METRO

Concessão. Prefeitura quer privatizar Anhembi

Agrishow

Temer é vaiado em

eventoUm grupo manifestantes realizou um ato contra o governo federal ontem,

durante a cerimônia de abertura da 22ª

Feira Internacional de Tecnologia Agrícola, em Ribeirão Preto, interior de São Paulo. Durante

o protesto, o vice-presidente Michel Temer

(PMDB), e a ministra da Agricultura, Kátia

Abreu, foram vaiados e cancelaram os discursos

que haviam programado.

Dólar - 1,13%

(R$ 2,922)

Bovespa - 1,87% (55.534 pts)

Euro - 1,54%

(R$ 3,184)

Selic (12,75% a.a.)

Salário mínimo(R$ 788)

Cotações

SÃO PAULO, TERÇA-FEIRA, 28 DE ABRIL DE 2015www.metrojornal.com.br |04| {FOCO}

O número de casos de den-gue no Estado de São Paulo bateu o recorde, segundo ba-lanço do Centro de Vigilân-cia Epidemiológica.

De janeiro a 24 de abril, foram confirmados 222.044 casos. A quantidade é a maior já registrada na série histórica do CVE, que come-çou a contabilizar os casos em 1986 e supera os 209.052 registros feitos entre janeiro e dezembro de 2013, recorde anterior. Em todo o ano pas-sado, 204.236 pessoas con-traíram a doença (veja qua-dro ao lado).

O total de casos é a soma de paulistas que contraíram a doença em municípios de São Paulo e em outros Esta-dos. Para a Secretaria de Es-tado da Saúde, só devem ser contados os casos contraí-dos em São Paulo. Nesse ca-so, o total seria de 212.904. Mesmo assim, o número de doentes até agora em 2015 supera o de 2013 inteiro.

Além do recorde no nú-mero de contaminados, o boletim mostra que em 2015

as mortes causadas pelo ví-rus também devem ser re-corde. Já são ao menos 125 óbitos confirmados nas 645 cidades do Estado, ante 141 em 2010 –ano em que foi re-gistrado o maior número de mortes pela doença–, segun-do o Ministério da Saúde.

Outros 90 óbitos ainda es-tão sendo analisados.

De acordo com o balan-ço, até o dia 20 de março, 169 cidades estavam imunes à dengue. O total desabou para 31 municípios no últi-mo boletim.

Em números totais, Cam-pinas, São Paulo, Soroca-ba, Sumaré e Catanduva, todos com mais de 6,4 mil registros de infectados, são os municípios que somam mais doentes.

Na capital, 20.764 casos da doença foram confirma-dos até o dia 11 de abril.

Para ajudar no combate à dengue na capital, a pre-feitura instalou oito tendas provisórias ao lado de UBSs e hospitais, Além disso, 50 soldados do Exército come-çaram a trabalhar com agen-tes da prefeitura visitando casas em busca de possíveis criadouros do mosquito.

Segundo o coronel Ricar-do Carmona, nos dois pri-meiros dias da ação (quinta e sexta) 2.368 imóveis foram visitados no Limão, na zona norte. Com a presença dos soldados, o número de pes-soas que não autorizam a entrada dos agentes dimi-nuiu bastante.

“Antes da presença do Exército, para cada 1.000 vi-sitas, havia recusa de 200 moradores. Hoje, menos de 20 para cada mil se re-cusam”, disse Carmona. METRO

Saúde. Estado confirmou 222.044 pessoas infectadas. Número é o maior desde 1986, quando os dados começaram a ser contabilizados

Casos de dengue em SP batem recorde histórico

Um juiz proibiu que meno-res de 16 anos entrem de-sacompanhados em um shopping de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo. A medida é válida pa-ra as sextas-feiras e sábados, a partir das 18h.

A decisão atendeu a um pedido feito pelo estabele-cimento, que tenta impedir que ocorram “rolezinhos” –encontros de adolescen-tes divulgados pelas redes sociais.

Segundo o shopping, nos últimos dois anos acontece-ram vários encontros desse tipo e a medida é uma for-ma de zelar pela segurança dos frequentadores.

Os responsáveis dos jo-vens que descumprirem a medida podem ser presos por desobediência ou mul-tados em até 20 salários mí-nimos. METRO

Rio Preto. Juiz proíbe menores em shopping

FONTE: CENTRO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DO ESTADO

CIDADES COM MAIS CASOS EM NÚMEROS ABSOLUTOS

SÃO PAULO

CAMPINAS

CATANDUVA

SUMARÉ

SOROCABA

Casos contraídos e importados no Estado, em milhares

201520142013201220112010

191,2

94,6

23,1

209,1 204,2222*

RECORDE DE DENGUE NO ESTADO

PREVINA-SE

*ATÉ ABRIL

Ponha areia em pratos de vasos de plantas

Jogue tampinhas, latinhas e embalagens plásticas no lixo e guarde em local coberto

Latas, baldes, potes e outros frascos devem ser guardados com a boca para baixo

Tampe ou cubra a caixas d’água com tela anti-mosquito

Piscinas devem ser tratadas com cloro ou cobertas

Pneus devem ser furados ou guardados em locais cobertos

FONTE: CENTRO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DO ESTADO

Jogue tampinhas, latinhas e embalagens plásticas no lixo e guarde em local coberto

Latas, baldes, potes e outros frascos devem ser guardados com a boca para baixo

280é o número de cidades do Estado que têm epidemia de dengue, segundo a Secretaria de Estado da Saúde.

Leia mais sobre a dengue no site:metrojornal.com.br

O garçom Yuri Jardim No-vaes Medeiros da Silva, 28 anos, foi solto na noite de ontem após pagar dez salá-rios mínimos de fiança.

Anteontem, Silva atrope-lou o personal trainer Cris-tiano Stridelli Ferreira, 41 anos, na alameda Olga, Bar-ra Funda, zona oeste. Ferrei-ra foi lançado a cerca de dez metros e morreu na hora.

Uma amiga dele também foi atingida pela Pajero TR4 prata dirigida pelo garçom. Segundo testemunhas, ele estava em alta velocidade e ziguezagueando na con-tramão, em marcha à ré, quando atingiu os dois. Fer-reira havia saído de uma ca-sa noturna da região e esta-va sentado na calçada com a amiga.

De acordo com a SSP (Se-cretaria de Segurança Públi-ca do Estado de São Paulo), seguranças da casa notur-na impediram que o moto-

rista fugisse do local e não deixaram que as pessoas o linchassem.

Além de o teste de bafô-metro de Silva ter dado posi-tivo para embriaguez, a po-lícia encontrou dois pinos de cocaína. Silva também não portava o documento de habilitação no momento do acidente. Ele foi preso e levado para o 910 DP.

A Pajero, que foi apreen-dida, pertence ao empre-sário Alexandre Pedroso Veronesi.

Silva responderá em li-berdade por homicídio cul-poso (sem intenção), dirigir sem habilitação, embria-guez ao volante, porte de drogas para consumo pes-soal sem autorização e fuga do local do acidente. METRO

Motorista que matou homem é solto depois de pagar fiança

Silva (camiseta azul) é detido pelos policiais | RONNY SANTOS/FOLHAPRESS

Seis pessoas foram mortas em quatro bairros de Mo-gi das Cruzes, na Grande São Paulo, em um período de duas horas na madruga-da de ontem. Duas pessoas ainda ficaram feridas du-rante os crimes, que acon-teceram em um raio de 12 quilômetros.

Segundo a SSP (Secreta-ria da Segurança Pública), o primeiro ataque ocorreu por volta da meia-noite na rua Gramado, no Conjun-to do Bosque. Duas pessoas foram baleadas. Lucas Viei-ra da Silva, de 17 anos, mor-reu no local. Um outro ra-paz, de 18 anos, foi levado para o pronto-socorro.

Cerca de 20 minutos de-pois, Kayque da Silva Serra, de 19 anos, foi morto a tiros na Vila Paulista. Outro jo-vem ficou ferido.

Pouco depois, Kaique Ra-fael Oliveira foi morto a ti-ros na Vila Natal. Por vol-ta de 1h, três pessoas foram

mortas em uma chacina no bairro Caputera. Uma das vítimas era José Dias Figuei-redo Júnior, de 38 anos. As outras duas não foram iden-tificadas. Essa é a segunda chacina de 2015 na cidade. Cinco pessoas foram mortas no dia 24 de janeiro.

A Polícia Civil informou que os crimes estão sendo investigados e ainda não é possível afirmar se há rela-ção entre os casos. Segundo a polícia, os dois jovens se-rão ouvidos e podem ajudar a esclarecer os crimes.

O número de mortos em chacinas nos quatro primei-ros meses do ano em São Paulo é maior do que o to-tal de assassinatos coletivos de 2014. De janeiro a abril, são 42 mortes em chacinas. Nas últimas duas semanas, houve 14 execuções: 6 em Parelheiros, na zona sul, e 8 na sede da torcida Pavi-lhão 9, na marginal Tietê.

METRO

Mogi. Ataques em série deixam seis mortos

SÃO PAULO, TERÇA-FEIRA, 28 DE ABRIL DE 2015www.metrojornal.com.br |06| {BRASIL}

Dois deslizamentos de terra provocados por uma forte chuva em Salvador (BA) der-rubaram casas e levaram à morte 12 pessoas na madru-gada de ontem.

Sete das vítimas foram encontradas na avenida San Martin, em Barro Bran-co, periferia da capital baia-na, após quatro casas serem destruídas pelo desabamen-to. As outras cinco foram localizadas em Marotinho, bairro próximo à BR-324, principal entrada rodoviá-ria da cidade.

Entre os mortos está uma criança de 12 anos, que che-gou a ser socorrida por vizi-nhos, mas não resistiu aos ferimentos antes de chegar ao hospital.

Ao menos oito pessoas que ficaram soterradas fo-ram resgatadas com vida. Segundo a Defesa Civil, 137

desabamentos de terra fo-ram registrados e dois hos-pitais da cidade ficaram parcialmente alagados. Em Barro Branco, sete residên-cias corriam risco de desa-bar, e as famílias tiveram que ser levadas a abrigos.

O prefeito ACM Neto (DEM) disse que a chuva foi a pior dos últimos 21 anos. De acordo com a prefeitu-ra, só a região da avenida San Martin recebeu 198 mm de chuva, o equivalente a 65% do esperado para todo o mês de abril.

Aulas em escolas e uni-versidades foram suspensas e 500 servidores públicos foram mobilizados pela ad-ministração municipal para auxiliar moradores das re-giões afetadas. METRO

O ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e o executi-vo da Toyo Setal Augusto Mendonça foram denuncia-dos, ontem, por operar um esquema de lavagem de di-nheiro desviado da estatal.

Segundo o Ministério Pú-blico Federal, a empreiteira de Mendonça pagou R$ 2,4 milhões em doações ao PT, entre 2010 e 2013, através de depósitos à gráfica Atitu-de, indicada por Vaccari.

As ligações do ex-tesou-reiro com a gráfica foram

detalhadas pela Justiça no pedido de prisão de Vaccari, no dia 15 desse mês.

Estes R$ 2,4 milhões, de acordo com o MPF, eram propinas devidas pelo gru-po Setal, de Mendonça, à Diretoria de Serviços, co-mandada por Renato Du-que. A dívida era por con-tratos de cinco obras com a Petrobras.

Duque pediu a Mendon-ça que procurasse Vaccari, que indicou a gráfica Atitu-de. Através de dois contra-tos com a gráfica (em abril de 2010 e julho de 2013), no

valor de R$ 1,2 milhões ca-da um, o grupo Setal fez os repasses, em 22 parcelas.

Esses contratos, confor-me a denúncia, tiveram co-mo justificativa a veicu-lação de informações de interesse da Setal em uma das revistas editadas pela Atitude, serviço que não foi prestado.

Vaccari e Duque têm ne-gado as acusações. Parte das informações do MPF foram conseguidas com o terceiro denunciado, Augusto Men-donça, que prestou delação premiada. METRO CURITIBA

Lava Jato. Procuradores apontam crime fiscal. Ex-tesoureiro do PT, ex-diretor da Petrobras e delator da Toyo Setal são acusados de lavar R$ 2,4 milhões com contratos falsos de uma gráfica

Vaccari pode se tornar réu em mais uma ação | RODRIGO FÉLIX LEAL / METRO CURITIBA

Moradores ajudam na busca por soterrados | ROMILDO DE JESUS/FUTURA PRESS

MPF denuncia Vaccari e Duque por lavagem

Dirceu fecha consultoriaO ex-ministro José Dir-ceu informou à Justi-ça, na última semana, que encerrou as ativida-des da JD Assessoria e Consultoria.

A empresa e Dirceu são investigados num inquérito sob sigilo que aponta o pagamento de R$ 10 milhões por meio da Engevix. A denúncia foi feita pelo empreitei-ro Gerson Almada, que afirmou que contratou o ex-ministro para bus-car negócios para a em-presa no exterior.

No documento, Ro-berto Podval, advogado de Dirceu, declara que a consultoria demitiu todos os oito funcioná-rios, desativou as lin-has telefônicas e colo-cou à venda o prédio onde funcionava, no bairro do Ibirapuera, em São Paulo.

METRO

Investigado

A divulgação do balanço da Petrobras, embora com nú-meros negativos, é tratado co-mo um ‘marco zero’ para re-cuperação da estatal, segundo integrantes da CPI da Petro-bras. Um grupo de parlamen-tares visitou a sede da em-presa, no Rio de Janeiro,para uma visita técnica e saiu com boa impressão em relação à condução de uma política pa-ra evitar que novos casos de corrupção sejam registrados.

A diretoria da Petrobras apresentou detalhes do fun-cionamento da estatal e pro-meteu ‘tolerância zero’ com funcionários corruptos. “Ha-verá tolerância zero desde diretores até gerentes e fun-cionários de escalões mais baixos e a empresa não ad-mitirá mais uma postura não condizente com uma empre-sa do porte da Petrobras”, informou o presidente da CPI, deputado Hugo Motta (PMDB-PB).

Por causa da morte de um familiar, o presidente da Pe-trobras, Aldemir Bendine, não participou do encontro.

ColaboraçãoA Petrobras informou que atuará como assistente de acusação na investigação con-tra o ex-diretor Nestor Cerve-ró, o lobista Fernando Baia-no, o doleiro Alberto Youssef e empreiteiros, todos investi-gados na Lava Jato. “É uma ga-rantia de que as pessoas que desviaram recursos da Petro-bras vão responder com seus patrimônios para devolver à empresa”, ressaltou Motta.

A oposição criticou o re-sultado do balanço, que apontou prejuízos de R$ 21 bilhões, no ano passado, e apresentará um pedido de nova auditoria. METRO

Corrupção. À CPI, Petrobras promete ‘tolerância zero’

Comitiva da CPI fez ‘visita técnica’ na sede da Petrobras | TÂNIA REGO/ABR

“Acreditamos que sim, a Petrobras virou a página. A partir desse novo modelo, a empresa terá tolerância zero com os funcionários que descumpram obrigações.”

HUGO MOTTA, PRESIDENTE DA CPI

Chuva deixa 12 mortos em SalvadorApós sobrevoar de helicóp-tero as áreas de Xanxerê e Ponte Serrana, em Santa Ca-tarina, atingidas pelo tor-nado na semana passada, a presidente Dilma Rousseff anunciou ontem ajuda de R$ 5,8 milhões ao Estado.

O dinheiro, será liberado em caráter emergencial, as-sim que for apresentado o relatório de danos, que está sendo elaborado pela Defesa Civil. Entre as obras a serem reconstruídas estão: um pos-to de saúde e moradias po-pulares, além do ginásio de esportes de Xanxerê, que re-ceberá a maior parte dos re-cursos: R$ 3 milhões.

A presidente caminhou pela cidade e conversou com vítimas da tragédia. “Fiquei surpresa com a destruição que o tornado causou”, disse.

METRO BRASÍLIA

Tornado. Dilma visita Xanxerê e libera R$ 5,8 mi

Leia mais emmetrojornal.com.br

SÃO PAULO, TERÇA-FEIRA, 28 DE ABRIL DE 2015www.metrojornal.com.br {BRASIL} |07|◊◊

ACUSADO DE ‘ROUBAR DEMAIS’, PT QUER O PDT FORA. Apesar da crise po-lítica e das seguidas der-rotas em importantes votações no Congresso, parlamentares petistas pressionam a cúpula do partido a romper com o PDT de Carlos Lupi, de-mitindo o ministro Ma-noel Dias (Trabalho), por ele indicado. É uma rea-ção a Lupi, que dias atrás acusou o PT de “rou-bar demais” no gover-no. Esse caso foi um dos itens da conversa de Dil-ma com Lula, ontem, em São Paulo.

ENGOLINDO SAPOS. Lula avalia que é hora de “en-golir sapos” e “ciscar para dentro”, por isso não con-corda com a expulsão do PDT da base de apoio do governo.

CAINDO FORA. A iniciativa de rompimento pode ser do próprio PDT: é o que pretendem senadores pe-detistas, em carta aberta a Carlos Lupi divulgada ontem.

ANIQUILAMENTO. O sena-dor Cristovam Buarque (DF) acha que continuar apoiando Dilma pode le-var ao aniquilamento do partido fundado por Leo-nel Brizola.

RICAS BOQUINHAS. O ex--ministro Carlos Lupi não quer romper com o PT. Para a turma dele, é duro se desapegar das bo-quinhas no Ministério do Trabalho.

DILMA CALA SOBRE BRASI-LEIROS CONDENADOS NOS EUA. O Planalto passou a bola para o Itamaraty e não informou a atitude de Dilma quanto a bra-sileiros que estão no cor-redor da morte nos Es-tados Unidos. Um deles, Fernando Pereira Leite Filho, matou com 17 gol-pes de tesoura a própria mãe, corretora de imó-veis querida dos brasilei-ros de Miami. Outro con-denado é Saulo dos Reis, que atraiu uma menina de 13 anos pela internet, em Connecticut, e a estu-prou e matou.

REAÇÃO INFANTIL. Na exe-cução do traficante Marco Archer na Indonésia, Dil-ma reagiu com tanta viru-lência que até arruinou as relações com o país.

COM GABRIEL GARCIA, RODRIGO VILELA E TIAGO VASCONCELOSWWW.DIARIODOPODER.COM.BR

PODER SEM PUDORSolução rápida

A questão de água, no Nordeste, sempre aguçou rivalidades. Certa vez Juarez Távora, ministro da Viação de Cas-tello Branco, foi ao Rio Grande do Norte visitar obras. Ao desembarcar, ouviu de um líder políti-co local:

- Precisamos de um gran-de açude aqui, porque es-tamos inferiorizados em relação ao Ceará. Lá, exis-tem 19; aqui, 18.Távora sacou a solução na hora:- Não tem problema. Man-do arrombar um no Ceará e fica empatado.

“...DIRETAMENTE A RICARDO PESSOA.”

GLEISI HOFFMANN (PT-PR) REVELANDO QUE PEDIU DINHEIRO PARA CAMPANHA

AO DONO DA UTC

Política

Cristovam Buarque | WILSON DIAS/ABR

CLÁUDIO HUMBERTOCLAUDIO.HUMBERTO@METROJORNAL.COM.BR

Janot busca ter acesso a dados de brasileiros no HSBC na SuíçaO procurador-geral da Repú-blica, Rodrigo Janot, está na Europa em busca de informa-ções mantidas sob sigilo sobre contas de brasileiros no HSBC na Suíça. Ele espera receber hoje uma resposta sobre o pe-dido feito ao Ministério Públi-

co da França para comparti-lhamento de dados.

“Queremos separar o joio do trigo e ver aquelas contas que eventualmente não se-jam produto de resultado ilí-cito”, explicou.

A Receita Federal tem in-

formações de 8.667 contas que estavam ativas entre 2006 e 2007 e movimenta-ram US$ 7 bilhões. Os dados são alvo de investigação.

A CPI do HSBC no Sena-do considera fundamental ter acesso aos dados, mas even-

tual decisão das autoridades francesas de manter o sigilo pode frustrar a obtenção da documentação. Nesse caso, o procurador não descartou ob-ter informação do delator do esquema, o ex-funcionário do HSBC Hervé Falciani. METRO

O ministro do Planejamen-to, Nelson Barbosa, disse ontem que espera viabilizar nesta semana a votação da medida provisória de ajus-te fiscal que altera o acesso a benefícios trabalhistas co-mo seguro-desemprego.

O ministro salientou, no entanto, que ainda não há concordância em relação à alteração do prazo para que trabalhadores possam acessar o seguro-desem-

prego pela primeira vez, principal ponto de diver-gência entre governo e par-lamentares. “Continuamos achando que o ideal é 18 meses”, disse. O relator da MP, senador Paulo Rocha (PT-PA), propõe que essa ca-rência seja de 12 meses.

Barbosa também espe-ra que o relatório da MP que trata de auxílio doen-ça e pensão por morte seja apresentado nesta semana. Para ele, há o consenso de determinar um tempo mí-nimo de contribuição para o INSS e de casamento para a pensão por morte. “O que a estamos discutindo ago-ra é a quantificação disso”, disse, após reunião com o vice-presidente Michel Te-mer, os ministros Joa-quim Levy (Fazenda) e Car-los Gabas (Previdência) e a base aliada. METRO

COMO VAI FICARTeto de financiamento de imóvel usado com recursos da poupança

FONTE: CAIXA *IMÓVEIS DE ATÉ R$ 750 MIL NOS ESTADOS DE MINAS GERAIS, RIO DE JANEIRO, SÃO PAULO E NO DISTRITO FEDERAL; NOS DEMAIS ESTADOS, O VALOR É DE R$ 650 MIL

HOJE A PARTIR DE 4/5

SFH (Sistema Financeiro Habitacional)*

SFI (Sistema Financeiro Imobiliário)

80% 50%

70% 40%

SÃO PAULO, TERÇA-FEIRA, 28 DE ABRIL DE 2015www.metrojornal.com.br |08| {ECONOMIA}

A Caixa Econômica Federal reduziu mais uma vez o li-mite máximo que poderá ser financiado na compra de um imóvel. Desta vez, a medida, que entra em vigor a partir da próxima segun-da-feira (4), atinge os con-tratos novos no segmento de usados. Isso significa que o consumidor precisará de-sembolsar mais na entrada para começar a financiar a casa própria.

A cota máxima que po-derá ser financiada cairá de 80% para 50% nas operações do SFH (Sistema Financeiro da Habitação), com recur-sos na poupança. O SFH en-globa imóveis de até R$ 750 mil em São Paulo, Rio de Ja-neiro, Minas Gerais e Distri-to Federal. Nos demais Esta-dos, o teto é de R$ 650 mil.

No SFI (Sistema Finan-ceiro Imobiliário), o percen-tual máximo será reduzido de 70% para 40%, pelo SAC (Sistema de Amortização Constante).

Em nota, a Caixa diz que o foco do banco este ano se-rá o financiamento de imó-veis novos, com destaque para a habitação popular, principalmente operações do Minha Casa Minha Vida e empréstimos com recur-sos do FGTS (Fundo de Ga-rantia do Tempo de Servi-ço). Segundo a instituição financeira, as duas modali-dades não tiveram nenhu-ma alteração.

Em 13 de abril, o banco já havia reduzido a cota de financiamento para os imó-veis em geral, de 90% pa-ra 80%. Na ocasião, a Caixa também elevou, pela segun-da vez neste ano, as taxas de juros do crédito imobiliário.

Poupança em quedaCom a redução do limi-te máximo do valor finan-ciado, a Caixa tenta ameni-zar a escassez de recursos

por conta da forte queda dos depósitos na poupança, principal fonte para o cré-dito imobiliário. Nos três primeiros meses do ano, as retiradas da caderneta de poupança superaram os de-pósitos em R$ 23,2 bilhões, de acordo com dados do Banco Central.

“Esse é um mal que irá atingir a todos os bancos, mas principalmente a Cai-xa, que é a que mais em-presta. As formas de fun-ding utilizadas necessitarão serem revistas”, afirma a advogada Daniele Akamine, sócia-diretora da Akamines Negócios Imobiliários

Mas, na avaliação da es-pecialista, por ora, a medida não deve afetar os demais bancos. Com a nova altera-ção, segundo a advogada, as instituições financeiras estarão em um patamar de igualdade competitiva com a Caixa e poderão ser uma opção para os compradores.

METRO

Casa própria. Hoje, limite é de 80%. Mudança atinge empréstimo com recursos da poupança e vale a partir da próxima segunda. Banco vai priorizar unidades novas e moradia popular

Caixa vai financiar apenas 50% de imóveis usados

Ajuste fiscal. Barbosa espera votação de MP nesta semana

O dólar fechou ontem em queda de 1,13% pela quinta sessão seguida, a R$ 2,922 na venda. É o menor valor desde 2 de março, quando a moeda valia R$ 2,895.

Investidores aguardam dados da economia norte--americana. Na quarta-feira, os Estados Unidos divulgam o PIB do primeiro trimestre pela manhã e, à tarde, acon-tece o anúncio da decisão de política monetária pelo Fed, o banco central dos EUA.

“A visão de que a econo-mia dos EUA retornou a um caminho de crescimento for-te o suficiente para permi-tir ao Federal Reserve iniciar a normalização da política monetária tem sido desafia-da por uma série de dados decepcionantes. Isto vai cul-minar com a primeira esti-

mativa do PIB do primeiro trimestre, em 29 de abril”, disse a Brown Brothers Harri-man, em relatório a clientes.

A recente tendência de queda da moeda norte-ame-ricana reflete ainda um cená-rio político local mais tranqui-lo. Mas negociação do dólar abaixo dos R$ 2,90 deve en-contrar mais resistência, uma vez que, apesar do otimismo com a situação política local, muitas medidas fiscais ainda dependem de aprovação do Congresso, afirmam analistas ouvidos pela “Reuters”.

Economistas e analistas de mercado consultados pe-lo Banco Central projetam que a cotação do dólar deve chegar a R$ 3,20 no final des-te ano. Na semana passada, eles estimaram o valor da moeda em R$ 3,21. METRO

Câmbio. Dólar tem 5a queda seguida e fecha a R$ 2,92

Vingadores na Bolsa de NYPara promover o filme “Vingadores: Era de Ultron”, Robert Downey Jr. (centro à esquerda) e Jeremy Renner (centro) tocaram o sino ontem na abertura do pregão da New York Stock Exchange ao lado do presidente da Bolsa, Thomas Farley | LUCAS JACKSON/REUTERS

Arrecadação cresce 0,5% em março A contração da econo-mia e as desonerações tributárias fizeram a ar-recadação federal ficar praticamente estagnada em março. No mês pas-sado, as receitas soma-ram R$ 94,112 bilhões, alta de apenas 0,48% em relação ao mesmo mês de 2014.

Apesar do leve cres-cimento, a arrecadação continua em queda no acumulado do ano. O governo arrecadou R$ 309,376 bilhões, va-lor 2,03% menor que o registrado no primeiro trimestre de 2014. Para o período, o resultado é o pior desde 2011. METRO

ImpostosFacebook

Messenger ganha chamada de vídeoO Facebook divulgou ontem um novo recur-so para o seu serviço de mensagens instantâneas, o Messenger. Os mais de 600 milhões de usuários poderão fazer chamadas de vídeo pelo app. A no-vidade deve chegar ao Brasil nos próximos me-ses. METRO

Instagram

App libera emojis em hashtags Uma atualização do Insta-gram liberou o suporte a emojis em hashtags, per-mitindo marcar as fotos com os famosos ícones. O app acrescentou três novos filtros: Lark, Reyes e Juno. METRO

Os funcionários da fábrica da Mercedes-Benz em São Ber-nardo suspenderam ontem a greve iniciada quarta-feira após o anúncio de que a mon-tadora não vai mais dispen-sar 500 funcionários. O des-ligamento dos trabalhadores – que fazem parte de grupo de 750 que está em lay-off há quase um ano – estava previs-to para o próximo dia 4.

A Mercedes-Benz anun-ciou ontem que irá prorrogar o lay-off em dois novos pe-ríodos – 15 de junho e 30 de setembro – e que abrirá em maio PDV (Plano de Demis-são Voluntária) com benefí-cio de até R$ 65 mil para os que aderirem. A montadora informou que “não tem co-mo manter o excesso de pes-soas na fábrica.” METRO ABC

Fim de greve. Mercedes cancela demissões no ABC

Assembleia na manhã de ontem | DIVULGAÇÃO/ADONIS GUERRA/SINDICATO DOS METALÚRGICOS

SÃO PAULO, TERÇA-FEIRA, 28 DE ABRIL DE 2015www.metrojornal.com.br |10| {MUNDO

Governos, agências de ajuda humanitária e celebridades intensificaram as ações pa-ra busca de recursos de aju-da aos sobreviventes do ter-remoto de magnitude 7,8 no sábado que deixou mais de 4 mil mortos e 6,5 mil feri-dos no Nepal. Aumentam as dificuldades por falta de co-mida, água e abrigo. A ONU anunciou a liberação de U$ 15 milhões. O Canadá ofere-ceu U$ 5 milhões, e os EUA prometeram U$ 10 milhões além de equipes de busca e resgate. A China, vizinha do Nepal, mandou equipes de resgate e anunciou quase U$ 3,5 milhões em geradores e cobertores. A União Euro-peia também prometeu cer-ca de US$ 3,5 milhões.

O Banco de Desenvolvi-mento Asiático disse que doou US$ 3 milhões para tendas, assistência médica, alimentos e água potável. A Organização Mundial da Saúde disse ter liberado US$ 175 mil em fundos. A Grã--Bretanha anunciou ajuda de US$ 7,5 milhões.

Especialistas em ajuda

recorreram ao Twitter para incentivar pessoas a envia-rem dinheiro a grupos de ajuda humanitária de repu-tação e a não doarem produ-tos não desejados. Em 2010, após o terremoto no Haiti,

doações de americanos to-maram espaço na pista do aeroporto, impedindo a pas-sagem de suprimentos bási-cos às vítimas. METRO

Doações. Países e organizações enviam recursos para vítimas

Acampamento na base sul do Everest, atingida por avalanche | REUTERS

Mundo une forças para ajudar o Nepal

Leia mais no metrojornal.com.br

‘Devemos esperar novos terremotos’O sismólogo David Wald, do United States Geological Survey, disse em entrevista ao Metro que novos tremo-res ocorrerão no Himalaia.

“Devemos esperar novos terremotos em algum mo-mento em outras partes do Himalaia”, afirmou Wald. “Mas podemos lidar com

eles. Como não temos co-mo prever nem conter os movimentos da Terra, en-tão precisamos construir estruturas melhores pa-

ra suportá-los.” Em relação aos alpinistas, Wald afir-mou que eles têm conheci-mento dos riscos que cor-rem. METRO

Embaixada cria centro de atendimento A Embaixada do Brasil no Nepal organizou um centro de atendimento a brasileiros no aeroporto de Katmandu, reaberto no domingo. O Ministé-rio das Relações Exterio-res já recebeu informa-ções sobre 96 brasileiros que estavam no país du-rante o terremoto.

Thiago Cavallini San-ches é um dos sobrevi-ventes das avalanches que mataram 17 pessoas no Everest. Em entrevis-ta à “BandNews FM”, ele disse que, no momento do abalo, estava a 5.000 metros de altitude e a 300 metros de onde a neve começou a cair. O alpinista cearense Rosier Alexandre foi resgatado ontem de helicóptero. Ele estava a 5.900 me-tros de altura no Mon-te Everest. Já o arquite-to carioca Felipe Freire Moulin disse ter procu-rado a Embaixada, mas “não ter recebido nem água”. METRO

96 brasileiros

Manifestante atira garrafa contra policiais em Baltimore | S.S. GURBUZ /REUTERS

Policiais e manifestantes en-traram em confronto ontem em Baltimore (EUA) duran-te protesto após o funeral de Freddie Gray, 25 anos, morto por agentes na semana pas-sada. Jovens atiravam pedras e garrafas, e eram contidos com cassetetes e escudos.

Gray, que é negro, mor-reu de um ferimento na co-luna no último dia 19 após ser detido. Centenas de jo-vens enfrentaram os poli-ciais após o funeral, atiran-do pedras em ônibus e em

carros de polícia. De um he-licóptero, um agente pedia que eles se dispersassem. A polícia afirmou que sete ofi-ciais ficaram feridos. Carros foram vandalizados e tive-ram suas janelas quebradas.

A morte de Gray se jun-tou a outros casos semelhan-tes de jovens negros mor-tos por policiais brancos nos EUA. Desde o ano passa-do, diversos protestos foram realizados em Ferguson, Missouri, Nova York e outros lugares. METRO

EUA. Protesto por morte de jovem negro termina em confronto com a polícia

O governo da Indonésia confirmou ontem que as nove pessoas condenadas à morte no país, incluindo o brasileiro Rodrigo Gularte, serão executadas nesta se-mana. O dia das execuções será anunciado hoje. Conde-nado por tráfico de drogas, Gularte está no corredor da morte ao lado de cidadãos da Austrália, Filipinas, Nigé-ria e do próprio país.

Vítima de esquizofrenia, segundo sua defesa, ele po-de se tornar o segundo cida-dão brasileiro a ser execu-tado na Indonésia este ano, após o fuzilamento de Mar-co Archer, em janeiro, tam-bém condenado por tráfico de drogas. O governo rejei-tou pedidos de clemência do Brasil e de outros gover-nos por seus cidadãos con-denados à morte. METRO

Tráfico. Indonésia anuncia hoje dia das execuções

SÃO PAULO, TERÇA-FEIRA, 28 DE ABRIL DE 2015www.metrojornal.com.br |12| {CULTURA}

CULTURACULTURAAs receitas de Henrique Antunes, de Portugal, e de Alex Cruz, de Porto Rico, fo-ram eleitas as finalistas do Metro Super Chef, o con-curso que convocou inte-ressados pela gastronomia de 12 países a inscrever suas receitas mais espe-ciais. Os dois ganharam um tour gastronômico em Li-ma, no Peru, onde vão cozi-nhar e disputar o título de vencedor diante de um júri composto por Gastón Acu-rio, Mitsuharu “Micha” Tsu-mura e Héctor Solís. A gran-de final acontece em julho. Enquanto isso, conheça as receitas campeãs e teste os pratos em casa. A mesa está servida! METRO

Gastronomia. Leitores de 12 países elegeram um português e um porto-riquenho como finalistas do Metro Super Chef

Receitas imbatíveis

Morte de Stálin ganha ótica de HQ

Pernil de cordeiro recheado com duxelle de cogumelos e pimentões,

purê de ervilhas, galle-te de batata, glacê de cor-deiro e alecrim e perfume

de alho

Peito de frango recheado acompanhado de batatas vermelhas e tomates campari ao forno

“Criei o prato durante uma aula. Me deram um pedaço de cordeiro e alguns ingredientes. Fui para casa, pensei nos sabores e em algumas

técnicas e esse foi o resultado final, muito apreciado por nosso chef.” ”

HENRIQUE ANTUNES, ESTUDANTE DA ESCOLA SUPERIOR DE HOTELARIA E TURISMO DO ESTORIL

“Temos descendência da Índia, África e Espanha. O prato apresentado é completamente criolo e combina o que comemos todos os dias em Porto Rico.” ALEX CRUZ, CHEF E AUTOR DO BLOG DE CULINÁRIA “OPEN FOOD PUERTO RICO”

1º Finalista. Henrique Antunes (Portugal)

2º Finalista. Alex Cruz (Porto Rico)

5.122 4.424votos votos

Cada vez mais o mundo das HQs mostra que é pos-sível contar qualquer histó-ria com bons traços e texto simples, direto e marcan-te. Nessa toada, até persona-gens temidos do mundo real ganham relatos, como acon-tece em “A Morte de Stálin”, publicação francesa roteiri-zada por Fabien Nury e de-senhada por Thierry Robin.

Lançado originalmen-te no ano passado, o livro premiado na França como melhor HQ no Festival En-contros com a História nar-ra em tom de sátira todo o clima de conspiração e pa-ranoia que tomou conta da antiga e totalitária União Soviética no período da morte do líder, em 1953.

Stálin era um dos ho-mens mais poderosos e temidos do mundo no pós-guerra e assumiu o co-mando da URSS após a mor-

te de Vladimir Lênin, em 1924. Conhecido pelo poli-ciamento severo à popula-ção russa e por sua união com a Alemanha nazista durante a invasão polonesa, ele também perseguiu Leon Trotsky, que foi assassinado no México em 1940.

“A Morte de Stálin” conta as tramas que surgem a par-tir de um derrame que le-varia o líder à morte. A par-tir daí, surgem personagens poderosos, envolvidos em conspirações para suceder o chefe de estado – tudo enca-beçado por Lavrenti Béria e Nikita Kruschev – este últi-mo o homem que se torna-ria afinal o novo nome for-te da URSS.

Com tradução de Pau-lo Werneck, o volume re-cém-lançado corresponde à edição integral que saiu na França, contendo os núme-ros 1 e 2 da série. METRO

Derrame e velório de Stálinnos traços de Thierry Robin

“A MORTE DE STÁLIN”

FABIEN NURY E THIERRY ROBIN

ED. TRÊS ESTRELAS 152 PÁGS.

R$ 50

2CULTURA

‘MasterChef’

Data certaA segunda temporada

do “MasterChef” já tem data para estrear: 19 de maio. Com novas provas e novos participantes, a atração continua sob o comando de Ana Paula Padrão e o júri formado

pelos chefs Paola Carosella (foto), Henrique

Fogaça e Erick Jacquin.

Veja as receitas dos pratos no site do Metro Jornal www.metrojornal.com.br

REPRODUÇÃO

SÃO PAULO, TERÇA-FEIRA, 28 DE ABRIL DE 2015www.metrojornal.com.br |14| {PUBLIMETRO}

A ansiedade em esclarecer assuntos no trabalho tende a ser maior e por isso deve aumentar o cuidado para não apressar

situações.

Procure expressar mais as emoções, escolha hobbies ou outro tipo de diversão. Exercitar ou aprender alguma habilidade

artística fará bem.

Está propenso a resgatar lembranças e antigos sentimentos que servirão de inspiração e referência em

decisões.  

Aproveite o dia para conversas com parentes e pessoas que há tempos não convive. Dia positivo para o

entretenimento cultural.

Fique atento com as finanças e priorize despesas mais essenciais. Bom momento para refletir sobre gastos efetivamente

úteis.  

O envolvimento com atividades culturais, religiosas, espirituais e que enriqueçam seus

conhecimentos revitalizará suas energias.

Atente-se para não se preocupar demais com objetivos distantes de resolver e dê atenção ao que precisa

ser resolvido com mais urgência.     

Período intenso para os assuntos íntimos e para a sexualidade na vida amorosa. Tenha mais cuidado e jeito

para expor confidências.

Tenha paciência com as diferenças nas relações. Muitas vezes divergências são capazes de aproximar mais até do que

afastar.

A característica observadora – frequente em virginianos – estará acentuada, contribuindo para auxiliar pessoas e

solucionar problemas.

Possibilidades maiores para lidar com assuntos que envolvam algum tipo de cooperação e integração com outros

grupos.

Uma dedicação extra a amigos que mantinha distância será proveitosa. Também fará bem se dedicar a

círculos sociais diferentes.

Horóscopo Está escrito nas estrelas www.estrelaguia.com.br

A ansiedade em esclarecer assuntos no

Os invasores

Cruzadas

Sudoku

Soluções

Leitor fala

Fundação CasaA reportagem “‘Tempo de internação na Fundação Casa é curto’”, publica-da ontem pelo Metro Jornal, expres-sou tudo o que penso sobre a redução da maioridade penal. As pessoas defen-dem essa proposta como se prender adolescentes a partir dos 16 anos fosse resolver todo o problema de criminali-dade do país. Muito pelo contrário, reduzir a maioridade penal, além de não ir a fundo do verdadeiro proble-ma, irá agravar outro desafio que o Brasil enfrenta: as penitenciárias lota-das. Os adolescentes que cometeram crimes têm que responder pelos seus atos, porém também precisam de su-porte educacional e psicológico para terem condições de retornar à socieda-de e não voltarem ao mundo do crime.FERNANDO ALVES - GUARULHOS, SP

NepalÉ uma verdadeira tragédia o terremoto em Nepal, pois é algo que não há co-mo prever nem controlar e resulta em consequências catastróficas. A quan-tidade de mortos, como divulgado on-tem pelo Metro Jornal em “Terremoto no Nepal mata mais de 2,5 mil”, é algo que afeta qualquer um em qualquer país. Espero que o país e os familiares tenham força para se reerguer.GABRIEL MARQUES - SÃO PAULO, SP

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Papo de propaganda

JOÃO FARIAJOAOFARIA@AGENCIACIDADA.COM.BR

João Faria é jornalista e sócio-diretor da Agência Cidadã

ENGLISH FOR BUSINESSAs escolas de idiomas in-vestem em marketing pa-ra traduzir ao público sua metodologia de ensino e in-formar as vantagens para quem deseja aprender um novo idioma. Mais do que “constar” no currículo, fa-lar outra língua pode abrir outras portas no ambiente profissional e também cultural. Luis Simões, executivo de marketing da Berlitz, conversa com a coluna.

Quais os desafios de comunicação e marketing das es-colas de idiomas?Varia de acordo com a constituição do negócio. Nos últi-mos 30 anos a maioria das escolas se tornou rede de fran-quia, o que não é o nosso caso. Focamos no universo cor-porativo e são muitas as empresas que procuram pela metodologia da escola. Trabalhamos a mídia direcionada ao público corporativo e de acordo com a localização das nossas unidades. Para os alunos que não estão próximos dessas unidades oferecemos ensino a distância, com aulas ao vivo, e a mesma metodologia de ensino.

Por ser um foco corporativo, o que muda na campanha publicitária?Temos cursos customizados para diferentes segmentos e a estratégia publicitária acompanha esse conteúdo. Nos-so maior investimento é no marketing on-line. Identifica-mos as empresas que desejamos falar e seus profissionais e conseguimos aferir o resultado de cada ação.

E a disputa entre as escolas na publicidade?As redes de franquias têm verba de marketing financiada pelo franqueado, têm um volume maior de investimento. As redes permitem oferecer um curso mais baratos por-que têm outro modelo de negócio. Nós trabalhamos com grupos reduzidos, horários flexíveis, ou seja, um nicho di-ferente. Temos uma estrutura de venda corporativa, por exemplo, que apresenta nosso posicionamento para as empresas. Oferecemos 42 idiomas disponíveis, nossos bra-ços de negócios vão além de ensinar idiomas. Nosso esco-po é mais do que ensinar uma língua, é preparar executi-vos que vão se mover pelo mundo.

Qual o posicionamento da marca?Neste ano assumimos o posicionamento de que o Berlitz é o inglês que a pessoa precisa, traduzindo claramente a questão funcional. Levamos em consideração que o aluno deva evoluir profissionalmente, conviver com novas cul-turas e se tornar mais preparado para aquilo que busca. E continuaremos customizando plataformas, conteúdos de curso, novas áreas corporativas, entre outras.

SÃO PAULO, TERÇA-FEIRA, 28 DE ABRIL DE 2015www.metrojornal.com.br |16| {ESPORTE}

1FOCO3ESPORTE

Oi pessoal, tudo beleza?Estou aqui em Las Ve-

gas participando de um evento da Hitachi, que é um dos grandes parceiros do Team Penske na Indy-Car. Alguns dos meus prin-cipais resultados recentes foram conquistados com as cores da Hitachi e é uma honra continuar de-

SUPER MAIO EM INDIANÁPOLIS

Opinião

HELIO CASTRONEVESHELIO.CASTRONEVES@METROJORNAL.COM.BR

Helio Castroneves, 39, nasceu em São Paulo e foi criado em Ribeirão Preto. É o piloto brasileiro com mais vitórias na Indy, com 29 conquistas, e venceu três edições da Indy 500 (2001, 2002 e 2009). Disputa em 2015 sua 17ª temporada na categoria e 15ª pelo Team Penske.

São Paulo

‘Entrei no clima dos clássicos’Depois de dizer que ain-da não estava adaptado ao Brasil, o são-paulino Cen-turión se animou com a vitória por 2 a 0 sobre o Corinthians, pela Liberta-dores e provocou. “Acredi-to que já entrei no clima dos clássicos brasileiros. Gosto do estilo de jogo do Brasil e das rivalidades en-tre os clubes.” METRO

Taekwondo

Wada libera Spider para os JogosAnderson Silva está libe-rado pela Wada (Agência Mundial Antidoping, na si-gla em inglês) para dispu-tar a Olimpíada de 2016, no Rio — ele competirá nas seletivas por uma vaga no taekwondo. Suspenso pela Comissão Atlética do estado americano de Ne-vada, que regula esportes de combate localmente, Anderson não pode lutar no UFC. Contudo, a Wada pune apenas atletas pegos em exames realizados sob sua jurisdição. METRO

Acidente

Polícia investiga Jon JonesPego no exame antido-ping em janeiro por uso de cocaína, Jon Jones, do-no do cinturão dos meio--pesados do UFC, está en-volvido em mais uma polêmica. O americano é investigado por envolvi-mento em um acidente de carro que feriu uma grá-vida de 20 anos e não foi socorrida pelo motorista, em Albuquerque (EUA). O lutador ainda não se apre-sentou à polícia. METRO

A vitória por 1 a 0 do Pal-meiras sobre o Santos no úl-timo domingo, em São Pau-lo, no 1o jogo da decisão do Campeonato Paulista deixou o título completamente em aberto para o duelo derradei-ro, no próximo final de sema-na, na Vila Belmiro.

Do lado palmeirense, fi-cou um sabor amargo. Ape-sar da vitória, a equipe co-mandada por Oswaldo de Oliveira sabe que poderia ir para o 2o jogo com uma vantagem bem mais confor-tável. Isso porque, além do pênalti desperdiçado por Dudu, o Verdão atuou com um jogador a mais desde os 11 minutos da etapa final, quando o santista Paulo Ri-cardo foi expulso.

O resultado, porém, dá ao alviverde a vantagem do em-pate. Apesar disso, os palmei-renses não querem jogar pe-lo regulamento. “É claro que nos vamos lá na Vila para

vencer, porque o Palmeiras é grande, e tem que entrar em todas as partidas para ven-cer”, disse o volante Gabriel.

Essa é a mesma visão do zagueiro Vitor Hugo, que não quer o Palmeiras apenas se defendendo na Vila: “O pri-meiro passo já foi dado. Po-dia ter feito mais, mas 1 a 0 está ótimo. Queremos vencer lá. Se você vai buscando em-pate acaba perdendo.”

Se os palmeirenses estão confiantes para o jogo de vol-ta, o mesmo pode ser dito em relação aos santistas. A come-çar pelo fator casa. Foram se-te partidas disputadas na Vi-la, com cinco vitórias e dois empates. Um dos triunfos foi justamente sobre o Palmei-ras, 2 a 1, pela primeira fase do Paulistão.

Além disso, o Peixe terá o retorno do astro Robinho, que ficou de fora do primeiro jogo por problemas muscula-res. Com ele em campo, o ti-me alvinegro costuma mos-trar um futebol bem melhor.

A confiança do Peixe tam-bém passa pelo resultado obtido no jogo de ida, con-siderado reversível. “Pelas circunstâncias do jogo, con-seguimos um grande resulta-do. Temos que entender que perdemos um atleta. E 1 a 0 é um placar que a gente pode perfeitamente conseguir na Vila”, disse Geuvânio. METRO

Final do Paulistão. Vitória por 1 a 0 do Palmeiras sobre o Santos no 1o jogo deixou os dois times confiantes para o duelo de volta, no próximo domingo, na Vila Belmiro

Robinho está confirmado para o 2o jogo | LUIZ FERNANDO MENEZES/FOTOARENA/FOLHAPRESS Dudu perdeu um pênalti na Arena Palmeiras | CESAR GRECO/FOTOARENA/FOLHAPRESS

Tudo indefinido

RECLAMOUValdivia não jogou contra o Santos, mas foi parar na súmula do jogo por xingamentos à arbitragem. Apesar disso, ele não deve ser problema para o 2o jogo

Lesionado, Mago nãoatuou no 1o jogo

CESAR GRECO/FOTOARENA/FOLHAPRESS

“Meu time vai para Vila Belmiro para tentar ganhar o jogo, não para segurar o resultado”

OSWALDO DE OLIVEIRA, TÉCNICO DO VERDÃO

“Teremos o Robinho no domingo. Vamos reverter esse jogo” MODESTO ROMA JR., PRESIDENTE DO PEIXE

fendendo em 2015 essa mar-ca tão importante. Mas ago-ra quero falar um pouco da etapa disputada domingo no Barber Motorsports Park, vá-lida pela quarta etapa.

Foi uma corrida muito competitiva, em que estive forte praticamente o tempo todo mas, infelizmente, nos instantes finais a nossa estra-

tégia foi prejudicada e eu, de-pois de largar na pole, tive de me contentar com o 15º lu-gar. Foi, de fato, uma decep-ção, pois se não tivesse de parar na penúltima volta pa-ra colocar combustível, teria chegado, na pior das hipóte-ses em 4º, o que me colocaria na liderança do campeonato.

Mas não houve prejuí-zos em termos de pontuação, pois eu cheguei para a prova do Alabama na 2ª colocação, com três pontos de desvanta-gem para o Juan Pablo Mon-toya, e saí exatamente da mesma forma. As 18 voltas li-deradas por mim no início mostraram que nossas chan-

ces eram boas. Mesmo com o carro não se comportando tão bem com o segundo jogo de pneus macios (saía de tra-seira), fiquei na frente.

Na parte final, queria evi-tar um quarto pit e economi-zei o máximo. Nem usei to-dos os “push to pass”, que é um dispositivo que podemos usar 10 vezes, garantindo por alguns segundos um ganho de potência. Mesmo assim fui chamado para o pit.

Na verdade, coisas assim acontecem. O automobilis-mo é um esporte dinâmico e

nem sempre tudo funciona 100%. É do jogo. E por falar em jogo, os nossos esforços agora são para as ativida-des no Indianapolis Motor Speedway. Vamos passar pra-ticamente o mês todo nessa fantástica pista de Indiana. Teremos a corrida no mis-to no dia 9, no dia seguinte acontece a abertura dos tra-balhos da Indy 500, os dias 16 e 17 serão dedicados ao Qualifying e a maior prova do nosso calendário aconte-ce no dia 24. Forte abraço e até semana que vem!

Denunciados

Na mira Expulsos no confronto

com o São Paulo, na última rodada da fase de grupos da Libertadores, Emerson Sheik (foto) e Mendoza foram denunciados pela Conmebol por conduta violenta. O artigo prevê uma punição mínima de

três partidas de suspensão – o máximo é de seis jogos. O Timão tem até amanhã para apresentar a defesa

dos jogadores. Não há uma data determinada para

que a Conmebol dê uma resposta sobre o assunto.